Opúsculo - Salesianos
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Opúsculo - Salesianos
DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA DOM BOSCO sonha a OCEÂNIA Em Barcelona na noite de 9 para 10 de abril de 1886, Dom Bosco teve o quinto sonho missionário, que racontou, por vezes com voz soluçante, a todo o Conselho Geral. Pareceu-me finalmente estar na Austrália. ... Não era um continente, mas um agregado de muitas ilhas. Seus habitantes pareciam de tipo, caráter e figura diferentes. Uma grande multidão de meninos que ali habitavam, ansiavam por chegar até nós. Mas eram impedidos pela distância e pelas águas que os separavam. Estendiam os braços a Dom Bosco e aos Salesianos, dizendo: “Vinde ajudar-nos! Por que não realizais a obra que os vossos Pais começaram?. Muitos pararam; outros, por entre mil dificuldades e animais ferozes, vieram unir-se aos salesianos, salesianos que eu já não conhecia, e se puseram a cantar: “Bendito o que vem em nome do Senhor”. À meia distância se viam grupos de incontáveis ilhas; mas eu não as podia distinguir claramente. Parecia-me que tudo estivesse a indicar que a Divina Providência oferecia uma porção do campo evangélico aos Salesianos, mas em tempos futuros. As suas fadigas recolherão frutos, porque a mão de Deus estará sempre com eles, se não desmerecerem os seus favores!” (4º sonho missionário de Dom Bosco, MEMORIE BIOGRAFICHE XVIII,643-647) 2 EXPLICAÇÃO DO PÔSTER DMS 2016 “Vinde ajudar-nos!” O pôster, cores vivas, quer expressar a riqueza das culturas e das tradições da multidão de jovens provenientes das numerosas ilhas da Oceânia que estendem as mãos a Dom Bosco, pedindo-lhe que os venha ajudar. Mas este não é apenas o grito dos jovens no sonho de Dom Bosco. É também o grito atual de uma multidão de jovens provenientes de muitas ilhas da Oceânia, que esperam por Dom Bosco mediante os seus Salesianos. É outrossim um convite aos Salesianos para que se ofereçam generosamente em outros Continentes como missionários ‘ad gentes, ad exteros, ad vitam’ a fim de promover o primeiro anúncio nas periferias e nas novas fronteiras na Oceânia! 23 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Índice Explicação do Põster DMS 2016 .......................................................................................................................................................3 Carta do Reitor-Mor ..........................................................................................................................................................................................4 Carta do Conselheiro para as Missões ......................................................................................................................................6 Descubramos a Alegria da evangelização! ........................................................................................................................7 Dia Missionário Salesiano: Uma tradição que continua ................................................................................8 Tema Geral para este sexênio: O Primeiro Anúncio ...........................................................................................10 Embarques missionários salesianos 1875-2015 ......................................................................................................12 Os Povos da Oceânia .....................................................................................................................................................................................14 A Igreja na Oceânia .........................................................................................................................................................................................16 Os Santos da Oceânia ....................................................................................................................................................................................17 Os países e as presenças salesianas na Oceânia ...................................................................................................18 Os Salesianos na Oceânia ......................................................................................................................................................................20 Um ‘Bispo Voador’.............................................................................................................................................................................................22 Reevangelizando os Jovens numa Sociedade Secularizada...................................................................23 No DBTI Descobri a Alegria de Crer em Jesus Cristo .....................................................................................24 Os SDB e as FMA colaboram para preparar educadores ..............................................................................25 A interculturalidade como Primeiro Anúncio.............................................................................................................26 Uma Nova Fronteira: A Pastoral com os Migrantes ...........................................................................................27 Nas Fronteiras somente o Amor é Crível!.......................................................................................................................28 Subsídios Didáticos........................................................................................................................................................................................29 Projeto DMS 2016 .............................................................................................................................................................................................30 Galilee Song................................................................................................................................................................................................................31 Oração................................................................................................................................................................................................................................32 CARTA do Reitor-Mor DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA 11 de novembro de 2015 Caros irmãos, é com grande alegria que apresento o tema do Dia Missionário Salesiano 2016. Ele nos apresenta as grandes novas fronteiras presentes na Oceânia e os desafios que se impõem para o primeiro anúncio de Jesus Cristo nessas terras e para esses caros jovens. Como sabeis, vivi recentemente uma intensa visita às casas salesianas em diversos países da Oceânia. E a primeira coisa que me vem à mente é a alegria e a certeza de que se está realizando o sonho missionário do nosso amado Pai, Dom Bosco! Pude ver com meus próprios olhos uma enorme diversidade cultural. De um lado, a Nova Zelândia e a Austrália, com todas as suas analogias e semelhanças com a Europa e o Ocidente em geral; e, do outro, a originalidade infinita dos povos das Fiji, Samoa, Ilhas Salomão e Papua-Nova Guiné. Isto desafia fortemente nossa capacidade salesiana de saber colocar-nos ao lado destas culturas, para acolher com afeto e inteligência a novidade de cada uma. Trata-se também de cultivar a arte de compreender as diversas e específicas chaves culturais de cada grupo e de cada nação. E, a partir daí, comunicar Deus com sinais que sejam culturalmente compreensíveis. 4 O contexto de belezas naturais e a proximidade das pessoas junto à criação torna ainda mais promissora a tarefa de evangelização nessa terra. Isso está exata e perfeitamente em linha com os ensinamentos e a exortação do Papa Francisco em sua recente encíclica «Laudato Si’». A imigração à Oceânia é uma ótima oportunidade de mudança e de evangelização para todos esses povos. Através dos imigrantes se está realizando um novo anúncio do Evangelho por causa da fé dos que lá chegam. Cumpre-nos continuar a acolhê-los nos vários ambientes em que se apresentem, com o coração de Dom Bosco, a fim de que possam crescer em todos os sentidos e, ao mesmo tempo, se transformem em verdadeiros missionários em terras estrangeiras. Este é um terreno fértil para o carisma, para anunciar Jesus. Uma terra na qual o carisma frutifica e produz raízes fundas. No futuro, se formos fiéis a Dom Bosco e aos jovens da Oceânia de hoje e se afundarmos maiormente as raízes, dará ainda mais frutos. As vocações, especialmente à vida consagrada salesiana, são um sinal eloquente dessa fertilidade. Contudo, são ainda poucas e insuficientes. Por isso, devemos crescer na capacidade de fazer propostas mais incisivas e claras. É meu ardente desejo então que este Dia Missionário Salesiano possa fazer crescer ainda mais a paixão apostólica em nossa amada Família Salesiana! P. Ángel Fernández Artime SDB Reitor-Mor 5 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA De fato, trata-se para nós na Oceânia de um tempo oportuno. Por toda a parte torna-se urgente um anúncio corajoso e convincente de Jesus Cristo. Percebe-se logo que existe a abertura ao Evangelho. Respira-se entre o povo a simplicidade de quem sabe acolher o Evangelho como Boa Nova. De nossa parte será sempre necessário respeitar o tempos de cada terra, a fim de que os corações e as mentes se abram à ação do Espírito. O importante é não deixar de semear abundantemente no coração de todos os jovens: Ele a seu tempo saberá como o fecundar. CARTA do Conselheiro para as Missões DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Como todos os anos, o Dia Missionário Salesiano (DMS) se apresenta como uma poderosa chave ao alcance dos Delegados Inspetoriais para a Animação Missionária. Todos são convidados a acolher com profundidade e com criatividade os conteúdos e as propostas de cada DMS. Mais do que apenas organizar alguns eventos isolados na Inspetoria, o DMS precisa envolver os irmãos, a Família Salesiana, em processos de renovação e de relançamento missionário. Com efeito, é da Oceânia que São João Paulo II nos exortava: “Toda renovação na Igreja há de ter como alvo a missão, para não cair vítima duma espécie de introversão eclesial” (Ecclesia in Oceania, n. 19). Olhemos, portanto, para a Oceânia com os olhos de Dom Bosco, vendo nela uma promissora nova fronteira na qual seja promovido com zelo e paixão o primeiro anúncio de Jesus Cristo. Este DMS 2016 se apresenta como uma excelente oportunidade: – para uma abertura cognitiva e afetiva mais rica sobre as populações dessa parte do mundo, desconhecida de muitos; uma ótima ocasião, pois, para conhecer e amar mais os jovens da Oceânia; – para valorizar e renovar, em todo o mundo, em âmbito inspetorial e local, o modo como estamos levando avante a nossa presença salesiana em relação aos jovens e às populações migrantes nos diversos contextos continentais em que nos encontramos e; – os processos de inculturação do carisma nos diversos contextos, à luz da carta do P. Pascual Chávez (ACG 411, 2011), especialmente em relação à inculturação da formação; – para acolher o chamado à disponibilidade missionária ‘ad gentes’ e ‘ad vitam’ na Oceânia; percorrendo estas páginas e os diversos testemunhos, certamente muitos jovens irmãos quererão escrever pessoalmente ao Reitor-Mor para dizer-lhe: ‘Eis-me aqui!’; – para promover a solidariedade para com as comunidades salesianas da Região Ásia Leste-Oceânia, participando ativa e generosamente no projeto DMS 2016: o Oratório em Fiji. Inúmeros pobres, crianças e jovens das nossas presenças em todo o mundo poderão sentir uma grande alegria ao ver-se contribuir com as próprias orações, sacrifícios e também mediante eventuais ofertas, para suavizar as necessidades dos seus irmãos e irmãs da Oceânia. Viva Dom Bosco! P. Guillermo Basañes SDB Conselheiro para as Missões 6 A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados. A tentação apresenta-se, frequentemente, sob forma de desculpas e queixas, como se tivesse de haver inúmeras condições para ser possível a alegria. Habitualmente isto acontece, porque “a sociedade técnica teve a possibilidade de multiplicar as ocasiões de prazer; no entanto ela encontra dificuldades grandes no engendrar também a alegria”. Posso dizer que as alegrias mais belas e espontâneas, que vi ao longo da minha vida, são as alegrias de pessoas muito pobres que têm pouco a que se agarrar. Recordo também a alegria genuína daqueles que, mesmo no meio de grandes compromissos profissionais, souberam conservar um coração crente, generoso e simples. De várias maneiras, estas alegrias bebem na fonte do amor maior, que é o de Deus, a nós manifestado em Jesus Cristo. A proposta é viver a um nível superior, mas não com menor intensidade: “Na doação, a vida se fortalece; mas se enfraquece no comodismo e no isolamento. De fato, os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar a vida aos demais”. Quando a Igreja faz apelo ao compromisso evangelizador, não faz mais do que indicar aos cristãos o verdadeiro dinamismo da realização pessoal: “Aqui descobrimos outra profunda lei da realidade: “A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. É isto, definitivamente, a missão”. Consequentemente, um evangelizador não deveria constantemente aparentar um semblante de funeral. Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, “a suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando fosse preciso semear por entre lágrimas”! (Evangelii Gaudium 1, 6, 7, 10) 7 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Descubramos a Alegria da evangelização! Dia Missionário Salesiano Uma tradição que continua ravario – 25 de fevereiro; mês de maio; mês missionário de outubro, ou então 11 de novembro). Antes de tudo, é importante oferecer um itinerário educativo-pastoral de algumas semanas – do qual o Dia Missionário Salesiano se constitui no ponto culminante. O DMS é a expressão de um espírito missionário de toda a Comunidade Educativo-Pastoral, mantido vivo durante todo o ano mediante diversas iniciativas. DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Qual o significado? Desde 1926 se celebra na Igreja Universal o Domingo Missionário Mundial. A partir de 1988 é proposto um tema missionário para toda a Congregação Salesiana. Todas as comunidades salesianas têm oportunidade de conhecer uma realidade missionária específica. É um momento forte para a Animação Missionária nas Comunidades Salesianas inspetoriais ou locais, nos grupos juvenis e na Família Salesiana. Trata-se de uma oportunidade para envolver a comunidade SDB e as comunidades educativopastorais (CEP) nas dinâmicas da Igreja Universal, reforçando a cultura missionária. Como é animado? A partir de uma reunião dos Diretores, ná qual o Delegado para a Animação Missionária explica o objetivo e distribui os instrumentos disponíveis para o DMS na Inspetoria (página web inspetorial ou então um link ao www.sdb.org – DMS). Assim todas as comunidades SDB se tornam as primeiras destinatárias das dinâmicas do DMS. Todos os anos se oferece um apoio concreto à missão, concentrando a atenção num aspecto tambén concreto da cultura missionária e rezando pelos missionários apresentados no DMS. Para quê? Para dar um impulso à Animação Missionária, oferecendo uma proposta que se torne um projeto anual concreto. Para ajudar a Família Salesiana a conhecer o empenho missionário da Congregação, abrir os olhos às nossas realidades missionárias, superar toda tentação ao fechamento dentro do próprio território ou contexto e recordar-se da vivência universal do carisma salesiano. “As atividades de formação sejam sempre orientadas para os seus fins específicos: informar e formar o Povo de Deus para a missão universal da Igreja, fazer nascer vocações ad gentes, suscitar cooperação para a evangelização.” (João Paulo II, Redemptoris Missio, 83). Quem celebra? O primeiro destinatário é a comunidade salesiana SDB. Depois, conforme as Inspetorias, há vários modos de organizar, de acordo com os ambientes da missão salesiana (escolas, centros de formação profissional, paróquias, grupos juvenis, especialmente grupos ou voluntariado missionário) e da Família Salesiana (Salesianos Cooperadores, Ex-Alunos, Grupos da ADMA), abertos a todo o movimento salesiano e aos amigos de Dom Bosco. Quando? Não existe uma data fixa para o DMS em âmbito mundial. Cada Inspetoria escolhe uma data ou período, mais adaptados ao próprio ritmo e calendário. Algumas datas tradicionais nas Inspetorias (próximas à festa de Dom Bosco, em janeiro, ou ao aniversário de Dom Bosco, em agosto, quaresma, festa dos Santos Mártires Missionários Luís Versiglia e Calisto Ca- Com que meios? No ano pastoral são oferecidos a todas as comunidades salesianas: um manifesto, um subsí- 8 Ano 1988 1989 1990 dio impresso, um DVD com filmes sobre o tema, um DVD com o material didático e audiovisual em várias línguas. Para o material impresso basta dirigir-se ao Dicastério para as Missões, Roma ([email protected]), os DVDs são produzidos pela MDB, Turim, e estão disponíveis também no Youtube (http://www.missionidonbosco.tv). Tema Guiné – Conakri: O sonho continua Zâmbia: Projeto Lufubu Timor-Leste – Venilale: Jovens evangelizadores 1991 Paraguai: Meninos de rua 1992 Peru – Vale Sagrado Incas: Cristo vive nas sendas dos Incas A importância da oração pelas missões 1993 Togo – Kara: Dom Bosco e a África – Todos os membros da CEP contrium sonho que se torna realidade buem para a ação missionária da Congre1994 Camboja – Phnom Penh: gação e da Igreja com a oração, acompaMissionários construtores de paz nhada pelos sacrifícios em favor dos mis1995 Índia – Gujarate: sionários salesianos e pelas vocações misEm diálogo para compartilhar a fé sionárias. Todos os meses, o dia 11 é uma 1996 Rússia – Yakutsk: ocasião para rezar conforme a Intenção Luzes de esperança na Sibéria Missionária Salesiana. Todos os anos com 1997 Madagascar: Moço, eu te digo: Levantate o tema do DMS é proposta uma oração 1998 Brasil: Ianomamis: Vida nova em Cristo específica. A ação missionária brota e é 1999 Japão: O difícil anúncio de Cristo no Japã o sustentada pelo encontro com Deus. 2000 Angola: Evangelho, semente de reconcili ação 2001 Papua Nova Guiné: O Projeto para o DMS 2016 Caminhando com os jovens 2002 Todos os anos é proposto um projeto paMissionários entre os jovens refugiados 2003 ra toda a Congregação. Esta é uma parte O empenho pela promoção humana nas missões importante da dinâmica do DMS. A fina2004 Índia – Arunachal Pradesh: lidade primária do projeto do DMS não é O despertar de um Povo apenas coletar fundos. Antes, quer ser uma 2005 Mongólia: Uma nova fronteira missioná experiência educativa à solidariedade conria 2006 Sudão: A missão salesiana no Sudão creta para os jovens. O DIAM – Delegado 2007 Sudão: A missão salesiana no Sudão Inspetorial para a Animação Missionária – 2008 Educar para a vida – HIV/AIDS: promove a solidariedade através de várias a resposta salesiana iniciativas, especialmente durante os tempos 2009 Animação missionária – Mantém viva a litúrgicos fortes do Advento e da Quaresma, tua chama missionária e durante o mês de outubro, ou como parte 2010 Europa: Os salesianos de Dom Bosco das celebrações do DMS. caminham com os Rom – Sinti 2011 América: Voluntários para proclamar Avaliação o Evangelho A avaliação depois do DMS é tão impor2012 Ásia: Contar a história de Jesus tante quanto a sua preparação e celebração. 2013 África: O Caminho da fé na África É preciso não só verificar se de fato o DMS 2014 Europa: Os outros somos nós – favoreceu, mediante o tema proposto, uma Atenção salesiana aos migrantes cultura missionária na comunidade local ou 2015 Manda-me, Senhor! – inspetorial mas também anotar as sugestões Vocação salesiana missionária 2016 pelas quais melhorar os DMS futuros. Vinde ajudar-nos! O Primeiro Anúncio e as Novas Fronteiras na Oceânia DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA DMS uma tradição que continua (1988 – 2016) DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Tema Geral para este sexênio: O Primeiro Anúncio O mais importante é viver a própria vida como cristão e como religioso “permanentemente em estado de missão”, de tal modo que cada pessoa e cada comunidade torna-se um centro de irradiação da vida cristã. O primeiro anúncio, por sua natureza, é dirigido primeiramente 1. não somente àqueles que não conhecem Jesus Cristo (aos não cristãos) mas também aos 2. cristãos que receberam de modo insuficiente o primeiro anúncio do Evangelho. Portanto, a) depois de ter conhecido Jesus Cristo, eles o abandonaram; b) vivem a sua fé como algo cultural, sem prática cristã na comunidade, ou sem receber os sacramentos, ou deixar-se envolver pela vida e pelas atividades da Paróquia; c) pensando conhecer suficientemente Jesus, eles vivem a própria fé como rotina ou algo simplesmente cultural; O tema geral do Dia Missionário Salesiano (DMS) para os anos de 2015-2020 é ‘O Primeiro Anúncio’. O termo se refere ao testemunho de vida de cada cristão e de toda a comunidade cristã; a cada atividade ou conjunto de atividades; ou a um breve e alegre anúncio de Jesus – tudo isto para suscitar interesse pela sua Pessoa, salvaguardando a liberdade de consciência, que, em última análise, leva a uma adesão inicial a Ele ou à revitalização da fé n’Ele. É eficientemente promovido se segue uma pedagogia gradual que esteja atenta ao contexto histórico-social e cultural do interlocutor. Com esta compreensão de primeiro anúncio, o ambiente no qual se encontra o interlocutor tem menor importância, seja este a escola, a universidade, o centro profissional, o oratório, a colonia de férias, a cidade, no seu país ou longe da própria pátria; esteja ou não envolvido na primeira evangelização, no apostolado educativo, na atividade paroquial ou na promoção e desenvolvimento humano. 10 fé da pessoa. Torna-se um segundo e livre convite a redescobrir a Pessoa de Jesus Cristo e o seu Evangelho. Este segundo anúncio desafia também cada cristão e toda a comunidade cristã a ouvir pela segunda vez a Palavra de Deus com o objetivo de promover “um encontro com Cristo, Palavra viva de Deus”, e a ser seu reflexo para os outros. Obviamente, o... segundo anúncio tem profundas consequências na catequese. um primeiro anúncio pobre, o que a pessoa recebeu na família através de seus pais muitas vezes não é suficiente para tornar-se a base de uma fé robusta. Sem esta conversão inicial e a fé pessoal inicial, a própria fé corre o risco de permanecer frágil. Nesta perspectiva, o primeiro anúncio é considerado como o primeiro passo necessário rumo a uma nova evangelização. Este ‘primeiro anúncio aos cristãos que o receberam de modo inadequado’ poderia ser chamado de segundo primeiro anúncio ou simplesmente “segundo anúncio”. Este segundo anúncio tem por objetivo suscitar um interesse que desperta o “adormecido” fascínio inicial pela pessoa de Jesus Cristo, em cristãos frouxos ou negligentes, que vivem a própria fé por costume ou como algo simplesmente cultural. Muitas vezes, o Evangelho não atrai mais porque é considerado algo normal, algo já conhecido e óbvio. Em alguns casos a imagem de Igreja, do Catolicismo ou do Cristianismo é ofuscada por preconceitos, experiências negativas e medos. Portanto, o processo é conduzido a um segundo anúncio. O ponto de partida é a experiência de O primeiro anúncio é a chave na qual se baseiam as estratégias para acompanhar os jovens a conhecer e a encontrar-se com Cristo; promover a nossa presença missionária no mundo digital e entre os imigrantes e refugiados; redescobrir o Sistema Preventivo como proposta de evangelização; e sublinhar o vínculo inseparável entre educação e evangelização. (‘Dias de Estudo sobre O Primeiro Anúncio na Cidade’, Roma, 2015) 11 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA d) têm uma identidade cristã frágil e vulnerável; e) ou não praticam mais a própria fé. O primeiro anúncio é igualmente dirigido 3. àqueles que buscam Alguém ou algo que percebem, mas que não conseguem dizer o que seja, ou 4. àqueles que vivem a sua vida cotidiana sem sentido. Em contextos onde os cristãos receberam Expediçôes Missionárias Sal Dom BOSCO (1859-1888) EXPEDIÇÃO 1 2 3 4 ANO 1875 1876 1877 1878 MISSIONÁRIOS 10 21 18 09 EXPEDIÇÃO 5 6 7 8 ANO 1880 1881 1881 1883 MISSIONÁRIOS 03 06 10 13 EXPEDIÇÃO ANO MISSIONÁRIOS 9 1885 19 10 1886 06 11 1886 22 12 1887 08 Missionários enviados 145 p. RUA (1888-1910) EXPEDIÇÃO 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 ANO 1888 1888 1889 1889 1891 1891 1891 1891 1892 1892 1892 MISSIONÁRIOS 07 11 31 29 26 20 09 17 09 05 32 EXPEDIÇÃO 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 ANO 1893 1893 1894 1894 1895 1895 1896 1897 1898 1899 1900 MISSIONÁRIOS 12 37 12 39 05 87 62 58 126 36 52 EXPEDIÇÃO 35 36 37 38 39 40 41 42 43 ANO 1901 1902 1903 1904 1905 1906 1907 1908 1909 MISSIONÁRIOS 84 54 66 194 90 87 88 99 44 Missionários enviados 145 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA P. ALBERA (1910-1921) EXPEDIÇÃO 44 45 46 47 ANO 1910 1911 1912 1913 MISSIONÁRIOS EXPEDIÇÃO 122 48 54 49 53 50 72 51 EXPEDIÇÃO 54 55 56 ANO 1922 1923 1924 MISSIONÁRIOS 192 134 195 EXPEDIÇÃO 57 58 59 EXPEDIÇÃO 64 65 66 67 68 69 ANO 1932 1933 1934 1935 1936 1937 MISSIONÁRIOS 269 221 260 212 235 227 EXPEDIÇÃO 70 71 72 73 74 75 EXPEDIÇÃO 82 83 84 85 86 ANO 1952 1953 1954 1955 1956 MISSIONÁRIOS 125 80 98 125 121 EXPEDIÇÃO 87 88 89 90 91 ANO 1914 1917 1918 1919 MISSIONÁRIOS EXPEDIÇÃO ANO MISSIONÁRIOS 44 52 1920 08 08 53 1921 08 09 31 Missionários enviados 145 P. RINALDI (1922-1931) ANO 1925 1926 1927 MISSIONÁRIOS 189 171 198 EXPEDIÇÃO ANO MISSIONÁRIOS 60 1928 106 61 1929 374 62 1930 212 63 1931 213 Missionários enviados 145 P. RICALDONE (1932-1951) ANO 1938 1939 1940 1941 1942 1943 MISSIONÁRIOS 250 219 48 41 24 15 EXPEDIÇÃO ANO MISSIONÁRIOS 76 1946 31 77 1947 129 78 1948 191 79 1950 109 80 1951 65 81 1951 65 Missionários enviados 145 P. ZIGGIOTTI (1952-1965) ANO 1957 1958 1959 1960 1961 MISSIONÁRIOS 160 126 100 101 113 EXPEDIÇÃO 92 93 94 ANO 1962 1963 1964 MISSIONÁRIOS 115 96 95 Missionários enviados 145 12 esianas 1875-2015 P. RICCERI (1965-1977) EXPEDIÇÃO 95 96 97 98 ANO 1965 1966 1967 1968 MISSIONÁRIOS EXPEDIÇÃO 98 99 81 100 61 101 72 102 EXPEDIÇÃO 107 108 109 110 111 112 113 ANO 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 MISSIONÁRIOS EXPEDIÇÃO 38 114 45 115 33 116 80 117 68 118 98 119 47 120 EXPEDIÇÃO 126 127 ANO 1996 1997 MISSIONÁRIOS EXPEDIÇÃO 31 128 20 129 EXPEDIÇÃO 132 133 134 135 136 ANO 2002 2003 2004 2005 2006 MISSIONÁRIOS 15 18 14 23 23 ANO 1969 1970 1971 1972 MISSIONÁRIOS EXPEDIÇÃO ANO MISSIONÁRIOS 56 103 1973 48 57 104 1974 60 39 105 1975 83 35 106 1976 50 Missionários enviados 145 P. VIGANÒ (1977-1995) ANO 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 MISSIONÁRIOS EXPEDIÇÃO ANO MISSIONÁRIOS 67 121 1991 22 80 122 1992 17 48 123 1993 17 33 124 1994 16 70 125 1995 17 52 20 Missionários enviados 145 P. VECCHI (1996-2002) MISSIONÁRIOS EXPEDIÇÃO ANO MISSIONÁRIOS 24 130 2000 86 19 131 2001 25 Missionários enviados 145 P. CHÁVEZ (2002-2014) EXPEDIÇÃO 137 138 139 140 141 ANO 2006 2007 2008 2009 2010 MISSIONÁRIOS 23 22 27 38 45 EXPEDIÇÃO 142 143 144 ANO 2011 2012 2013 MISSIONÁRIOS 28 45 39 Missionários enviados 145 P. FERNÁNDEZ (2014) EXPEDIÇÃO 145 ANO 2014 MISSIONÁRIOS 12 TOTAL DE MISSIONÁRIOS ENVIADOS 1875-2015 EXPEDIÇÃO 146 ANO MISSIONÁRIOS 2015 23 Missionários enviados 145 10.340 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA ANO 1998 1999 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Os Povos da Oceânia A maior nação da Oceânia, quer pelo tamanho, quer pela população, é a Austrália, onde habitam aborígenes há milhares de anos, deslocando-se por enormes extensões de território e vivendo em profunda harmonia com a natureza. Descoberta e colonizada por europeus, que a batizaram com o nome de Terra Austral do Espírito Santo (‘Terra Australis de Spiritu Sancto’), foi-se progressivamente ocidentalizando nos seus padrões culturais e na sua estrutura social. Tendo acompanhado os progressos científicos, tecnológicos e sociais do Ocidente, ela apresenta-se hoje em grande parte como uma nação urbana, moderna e secularizada, tendo as sucessivas imigrações da Europa e da Ásia concorrido para fazer dela uma sociedade pluricultural. Os habitantes originais da Nova Zelândia, país insular, eram os maoris que chamavam ao seu país ‘Aotearoa’, ‘Terra da Grande Nuvem Branca’. A colonização e, depois, a imigração forjaram a nação numa sociedade bicultural, onde a integração entre maoris e cultura ocidental continua a ser um premente desafio. A Papuásia-Nova Guiné é a mais extensa das nações da Melanésia. É uma sociedade predominantemente cristã com numerosas línguas locais diferentes e uma grande riqueza de culturas. As nações insulares da Polinésia e Micronésia são relativamente pequenas, e cada uma delas com a sua Geograficamente, a Oceânia compreende o continente da Austrália, uma multidão de ilhas, grandes e pequenas, e imensas extensões de água. O mar e a terra, a água e o solo tocamse de infinitas maneiras, deixando frequentemente a vista humana deslumbrada com cenários de grande esplendor e beleza. Embora a Oceânia seja geograficamente muito extensa, a sua população é relativamente pequena e distribuída de forma desigual, formada por um grande número de povos indígenas e de imigrantes. A grande variedade de línguas aliada às distâncias enormes entre ilhas e regiões, torna a comunicação um grande desafio em todo o Continente. Em muitas partes, viajar por mar ou pelo ar é mais importante do que deslocarse por terra. 14 própria língua e cultura indígena. Também elas têm de enfrentar as pressões e desafios do mundo moderno que exercem uma poderosa influência sobre a sociedade. Sem perder a sua identidade nem abandonar os seus valores tradicionais, desejam tomar parte no desenvolvimento que resulta duma interação mais direta e complexa com outros povos e culturas. Os povos tradicionais da Oceânia formam um mosaico com muitas culturas diversas: aborígene, melanésia, polinésia e micronésia. Desde o período da colonização, a cultura ocidental passou também a modelar a região. Cada um dos grupos culturais, diverso em número e poder, tem as suas tradições específicas e a sua própria experiência de integração numa terra nova. Na Nova Zelândia e mais ainda na Austrália, as políticas coloniais e pós-coloniais de imigração reduziram as populações indígenas a uma minoria na sua própria terra e a um grupo cultural que, de muitos modos, foi depredado. A variedade cultural da Oceânia não está imune do processo mundial de modernização com os seus efeitos positivos e negativos. Sem dúvida que os tempos modernos têm dado novo e maior realce a valores humanos positivos. Mas a modernização acarreta consigo efeitos negativos também na região, constrangendo as sociedades tradicionais a lutarem pela preservação da sua identidade, quando entram em contacto com sociedades ocidentais mais urbanas e secularizadas, e sofrem a crescente influência cultural dos imigrantes asiáticos, especialmente a Austrália. (‘Ecclesia in Oceania’, n.6-7) 15 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA A Igreja na Oceânia A fé cristã foi levada pelos imigrantes que iam da Europa. Com eles lá chegaram também muitos sacerdotes e religiosos, e a sua dedicação pastoral e trabalho educativo ajudaram aos imigrantes a viver a vida cristã numa estranha nova terra. Em seguida vocações sacerdotais e religiosas locais e muitos leigos prestaram a sua indispensável contribuição ao crescimento da Igreja e ao cumprimento da missão. (...) Quando os missionários levaram pela primeira vez o Evangelho aos aborígenes, aos maoris, e restantes nações insulares, encontraram povos que já possuíam um antigo e profundo sentido do sagrado. As práticas e os ritos religiosos constituíam parte integrante da vida quotidiana e permeavam totalmente as suas culturas. Os missionários levaram a verdade do Evangelho que não é alheia a ninguém; mas, por vezes, alguns procuraram impor elementos que eram culturalmente estranhos àqueles povos. Agora há necessidade de um cuidadoso discernimento para ver o que pertence ao Evangelho e aquilo que não lhe pertence, o que é essencial e aquilo que não chega a sê-lo. Uma tal tarefa – há que admiti-lo – tornou-se ainda mais difícil por causa do processo de colonização e modernização que tem ofuscado a fronteira entre o que é autóctone e importado. Em 1844 Maria Auxiliadora foi escolhida como Patrona da jovem Igreja na Austrália e a Catedral de Sydney foi dedicada a ela. Os primeiros missionários alemães levaram este título para Papua-Nova Guiné. Os Salesianos construíram uma igreja dedicada a ela em Port Moresby, que foi declarada santuário arquidiocesano de Maria Auxiliadora em 2008. Um dos traços mais nobres dos povos da Oceânia é o seu forte sentido comunitário e solidário em família e na tribo, na aldeia ou na vizinhança. Por isso, as decisões são tomadas por consenso, fruto de um processo frequentemente longo e complexo de diálogo. Tocado pela graça de Deus, o sentido comunitário natural destes povos fê-los receptivos ao mistério da communio oferecida em Cristo. A Igreja na Oceânia manifesta um verdadeiro espírito de cooperação que se estende às várias comunidades cristãs e a todas as pessoas de boa vontade. Também faz parte das culturas tradicionais da Oceânia um profundo respeito pela tradição e a autoridade. Daí o sentido de solidariedade da geração actual com aqueles que a precederam, e a autoridade excepcional reconhecida aos pais e chefes tradicionais. Uma grande parte da Oceânia, especialmente a Austrália e a Nova Zelândia, entrou numa era caracterizada por maior secularização. Na vida social, a religião – sobretudo o cristianismo – é marginalizada e tende-se a considerá-la como assunto estritamente privado e pouco pertinente para a vida pública: por vezes é negada, às convicções religiosas e conhecimentos da fé, a sua legítima função de formar as consciências das pessoas; de igual modo, a voz da Igreja e doutros organismos religiosos têm reduzido espaço nos assuntos públicos. No mundo actual, a tecnologia de vanguarda, o maior conhecimento da natureza e comportamento humanos, a evolução política e econômica mundial colocam também questões novas e difíceis aos povos da Oceânia. (Ecclesia in Oceania, n.7) 16 Os Santos da Oceânia 17 Beato Diogo Luís de San Vítores Beato João Mazzuconi Santa Maria MacKillop DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Desde o século XVI, quando os primeiros missionários estrangeiros chegaram à Oceânia, os povos insulares ouviram e acolheram o Evangelho de Jesus Cristo. Entre aqueles que deram início ou continuidade à obra missionária, houve santos e mártires, que constituem não só a maior glória do passado da Igreja na Oceânia, mas também a mais segura fonte de esperanSão Peter Chanel ça para o futuro. Sobressaem, entre tais testemunhas da fé, São Pedro Chanel (1803-1841), martirizado em 1841 na ilha de Futuna; os Beato Diogo Luís de San Vítores (16271672) e São Pedro Calungsod (1655-1672), que foram mortos juntos em 1672 em Guam; o Beato João Mazzuconi, martirizado em 1851 na ilha Woodlark; e o Beato Pedro To Rot (1912-1945), morto na São Pedro Calungsod Nova Bretanha em 1945, quase no fim da Segunda Guerra Mundial. Juntamente com a australiana Santa Maria MacKillop (1842-1909) e muitos outros, estes heróis da fé cristã contribuíram, cada um a seu modo, para “implantar” a Igreja nas ilhas da Oceânia. Que a sua memória jamais seja esquecida! Que eles nunca cessem de interceder por estes amados povos por quem derramaram o seu Beato Pedro To Rot sangue! (Ecclesia in ceania, n. 7) ' Ises a P s O ^ ania e c O a d ' Australia Samoa Americana Ilhas Cook Estados Fe'derados da Micronesia Fiji Guam KiribatiS Ilhas Marshall Nauru DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Niue ^ Nova Caledonia ^ Neva Zelandia Iihas Marianas do Norte Palau ' Papua-Nova Guine Samoa ˜ Iihas Salomao Taiti Tokelau Tonga Tuvalu Vanuatu Wallis e Futuna 18 ¸ as presencas ^ Salesianas na Oceania ' Australia Ascot Vale Bairnsdale Brooklyn Park Brunswick Chadstone Clifton Hill Engandine Glenorchy Lysterfield St Mary’s Sunbury Fiji Nova ^ Zelandia Avondale Massey PapuaNova Guine' Araimiri Boroko East Gabutu Kumgi Vunabosco Samoa Alafua Leauva’a Salelologa ˜ Ilhas Salomao Honiara Tetere 19 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Suva DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Os Salesianos na Oceânia sas estão ainda em busca de expressões da vida consagrada nas culturas locais, compartilhadas quer pelos missionários quer pelos membros indígenas. Na Austrália, porém, o empenho dos consagrados tem como centro a pastoral vocacional, a formação de leigos colaboradores segundo os vários carismas das Congregações. É preciso muita paciência para implantar, enraizarse e inculturar o Carisma Salesiano nas Igrejas jovens da Ásia e da Oceânia a fim de que o nosso espírito e a nossa ação se exprimam fielmente nas culturas locais. Esse é o grande desafio, desafio que exige conhecimento e amor, quer perante a mesma cultura, quer perante Dom Bosco e a Congregação. O diálogo entre as culturas, das quais provêm os nossos irmãos e nas quais trabalham, junto com o testemunho do Evangelho de Cristo vivido salesianamente, está a produzir bons frutos. Não há dúvidas de que a proximidade do povo, o estar entre os jovens, o estilo educativo-pastoral (feito de simpatia, de acolhida, de espírito de família), a qualidade religiosa e cultural tornam-nos atraentes e, em geral, benquistos pela Igreja local. Como em toda parte na Oceânia, dá-se importância estratégica a estruturas educativas formais (escolas acadêmicas e centros de Os salesianos chegaram à Austrália em 1922. Dom Ernesto Coppo, o Sr. Celestino Acerni (primeiro salesiano a entrar em solo australiano, em Kimberley) e o P. José Ciantar (1893-1967) são na Austrália alguns dos muitos personagens de realce. E justamente da Inspetoria da Austrália partiram duas iniciativas corajosas. A primeira levou o carisma salesiano a Samoa, em 1978, que deu muitos frutos vocacionais, junto com o trabalho de formação dos catequistas locais; a segunda fez os Salesianos chegar às Ilhas Fiji em 1999. Atualmente estão a se organizar como Delegação do Pacífico. A mais recente presença no Pacífico é a de Auckland, Nova Zelândia (desde 2009). No entanto, em 1980, os Salesianos das Filipinas abriram uma difícil missão em Araimiri, em Papua-Nova Guiné, enquanto os do Japão abriram, em 1995, uma missão também muito difícil em Tetere, nas Ilhas Salomão. Nesses países a missão se desenvolve em regiões pobres, onde a maioria é cristã, mas os católicos são minoria); e têm necessidade não só de evangelização e educação para os seus jovens mas também de desenvolvimento social. Desde 2005 formam a Delegação salesiana de Papua-Nova Guiné e Ilhas Salomão. Na Oceânia muitas Congregações religio- 20 Temos diversas paróquias, algumas em situação de fronteira, muito difíceis, em Araimiri (Papua-Nova Guiné) e Tetere (Ilhas Salomão). Enquanto isso, em Massey e Avondale (Nova Zelândia), em Saleleloga, Leauvaa e Alafua (Samoa), em Adelaide, Melbourne (3), Sydney (2), Tasmânia (Austrália) e Sabama (Papua-Nova Guiné) trabalhamos com os migrantes, onde o desafio é a interculturalidade e a integração. Em todos estes contextos é necessário promover o espírito missionário com particular atenção para o primeiro anúncio. Para a promoção vocacional há aspirantados e pré-noviciados em Alafua (Samoa), Port Moreby (Papua-Nova Guiné), Honiara (Ilhas Salomão) e Clifton Hill-Melbourne (Austrália). Há um noviciado em Suva (Fiji). Salesianos em formação frequentam centros de estudos de religiosos ou da diocese, tendo alguns salesianos como professores. Moram nos nossos pós-noviciados (Suva - Fiji, Port Moresby - Papua-Nova Guiné); e estudantados de teologia (Suva - Fiji e Clifton Hill Austrália). Outros membros da Família Salesiana presentes na Oceânia são as Irmãs Salesianas, os Salesianos Cooperadores, a Associação de Maria Auxiliadora (ADMA), os Ex-alunos e Ex-alunas, as Irmãs da Caridade de Jesus, os Miguelitas. (ACG, 397) 21 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA formação profissional). Em Papua-Nova Guiné há um instituto universitário salesiano Don Bosco Technological Institute (Instituto Tecnológico Dom Bosco), um instituto técnico e três escolas técnicas de nível médio. Nas Ilhas Salomão há um centro de formação profissional e uma escola técnica de nível médio. Na Austrália, os nossos irmãos estão animando com inúmeros leigos oito escolas secundárias desde 1998, segundo a “Carta da Escola Salesiana” fundada no critério oratoriano (Const. 40). A organização, a animação e a revisão são unificadas em torno dessa visão participada e compartilhada de modo eficaz por todos os professores de nossas escolas. Várias obras de tipo educativo estão unidas a 38 internatos ou pensionatos. Há centenas de jovens, rapazes e moças nas zonas em vias de desenvolvimento que freqüentam os nossos campos esportivos, felizes pelos jogos oferecidos e motivados pelo ambiente educativo sereno que ali encontram; nos países desenvolvidos há atividades extra-escolares ao redor dos “media education”, grupos de serviço social e grupos empenhados no caminho de fé. O movimento juvenil salesiano existe de formas bem diversificadas em todas as Inspetorias, a começar pelos grupos organizados em nossas escolas, até ao voluntariado missionário, especialmente o ‘Cagliero Missionary Project’ (Projeto Missionário Cagliero) e o ‘Salesian Youth Mentors in Australia’ (Mentores da Juventude Salesiana na Austrália). DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA ILHAS SALOMÃO Um ‘Bispo Voador’ Dom Luciano Capelli, SDB mo e o dinamismo missionário dos meus Coirmãos encorajaram-me a aceitar o convite dos Superiores de deixar o meu segundo País e, “fazendo-me ao largo”, ir às Ilhas Salomão. Nessas Ilhas trabalhei desde 1999. Em 2007 fui nomeado Bispo de Gizo, Diocese já inteiramente sustentada pela Ordem dos Dominicanos. Ali o maior desafio é o isolamento das sete Paróquias e das mais de 100 Estações missionárias. As demais Dioceses emprestaram dez sacerdotes, e os Catequistas mantiveram viva a fé em muitíssimas dessas Comunidades aonde o sacerdote só podia chegar uma vez por ano. Tive de aprender a pilotar um avião para poder visitar regularmente as estações isoladas. Passei assim a ser conhecido como “o Bispo voador”. Depois de 50 anos, a Diocese tem apenas dois sacerdotes diocesanos e seis seminaristas. Exceto alguns Dominicanos e três Irmãos Maristas, não há outros carismas na Diocese. As demais Congregações que eu convidei foram uma após outra recusando o convite. Os Salesianos estão ainda por me responder ao constante convite de vir à Diocese. Os desafios são muitos. O do precário serviço educativo é um deles: contamos com pouquíssimos seminaristas diocesanos, também porque ninguém atinge o nível mínimo para entrar no pré-seminário. Outro desafio são os Serviços de saúde. Praticamente não existem. Mas sou sobretudo mui grato ao meu Povo: dEle aprendi a paciência, a viver o dia de hoje, a contentar-me com pouco. Com o necessário! Depois de participar de um retiro pregado por dois missionários, minha Mãe começou a rezar para ter um “filho missionário”. Assim, minha vocação missionária teve início antes mesmo de minha concepção! Deus certamente ouviu as preces de minha Mãe, porque o meu primeiro propósito, no dia da Primeira Comunhão, foi: “Quero ser um padre missionário”. Anos depois, durante o Noviciado, o SdeD P. Carlos Braga – somos ambos de Cologna di Tirano, nos Alpes italianos – veio visitar-nos e perguntou quem de nós, noviços, gostaria de ser missionário na incipiente presença salesiana das Filipinas. Dentre os que se apresentaram, foram assumidos três. Vivi 34 maravilhosos anos como missionário nas Filipinas. Como Diretor do oratório, minha maior alegria era trabalhar com a comunidade para ser uma presença relevante e significativa entre o povo humilde e os jovens de Mandaluyong, subúrbio pobre de Manila. Mais tarde, como Encarregado da Pastoral do ‘Don Bosco College Ho’, pude realmente apreciar a confiança franca dos jovens, sobretudo dos jovens mais problemáticos. Ouvia confissões de alunos universitários em qualquer lugar: também no campo de futebol. Foi-me grato ver no meio deles milagres de conversão e curas. No meu ministério de animação e governo na Inspetoria das Filipinas Norte (FIN), trabalhei com Cristãos empenhados e Colaboradores leigos, que causavam grande impacto na vida dos alunos, impostando sólidas bases às nossas presenças salesianas. A coragem, o entusias- 22 Eu não creio que alguém pudesse imaginar a explosão de energia que houve depois da celebração salesiana em Atocha, durante a JMJ 2011 em Madri. Um grupo de jovens salesianos, eu entre eles, foram revigorados e inspirados naquele dia. Com poucas palavras, quisemos simplesmente imitar em nosso contexto o que vimos naquele dia em Madri. Até então, o termo Movimento Juvenil Salesiano não significava nada para os jovens salesianos da Austrália e tornou-se nossa missão mudar a situação. Criamos um grupo de voluntários, apaixonados pela missão salesiana, que dedicam o próprio tempo e as próprias energias para revigorar e fazer crescer o Movimento Juvenil Salesiano da Austrália. Projetamos os ‘Australian Salesian Youth Mentors’ (Mentores da Juventude Salesiana na Austrália) com a função de apoiar o trabalho pastoral na Austrália, oferecendo apoio e orientação aos jovens líderes e a manutenção de uma rede que possa atenuar as diferenças entre as nossas comunidades distantes. A fé, na Austrália, não é considerada um elemento essencial para a nossa cultura, sobretudo entre os jovens, que são mais inclinados a criticar a Igreja do que conhecê-la. Creio, contudo, que os jovens são indiferentes ou, no pior dos casos, hostis para com a própria fé porque não têm testemunhos autênticos para seguir. Para a maioria deles, a fé é herdada através da família, e este exemplo, por sua vez, pode ser frágil, ou a família simplesmente não sabe como ensinar de modo eficaz a própria fé aos filhos. O resultado, infelizmente, é uma jovem pessoa que crê que a fé seja irrelevante e não necessária. Isto é certamente verdadeiro se o objetivo de um indivíduo for só o de ser um membro produtivo da sociedade. Ter fé em Deus não é um pré-requisito para o sucesso na Austrália. Portanto, por que preocuparse com ela? Apesar deste clima, os ASYM estão empenhados em suscitar interesse entre os jovens, a tornar Jesus conhecido, sobretudo para aqueles que não o conhecem, aqueles que são frios na própria fé ou que abandonaram a prática da fé. Isso porque percebe- mos que os jovens, no mais das vezes, tornam-se interessados pela própria fé quando esta é apresentada com as oportunidades e no ambiente adequado. É papel nosso criar estas oportunidades e ambientes. A sabedoria de Dom Bosco foi preciosa para nós. Devemos satisfazer às necessidades do jovem, principalmente de ser jovem, antes de pedir-lhe para descobrir alguma coisa. Num mundo em que os jovens são chamados a crescer muito depressa, é sempre surpreendente quão grande seja a sua carência. O ASYM preenche não só esta exigência, necessária, como também dá aos jovens com os quais trabalhamos um testemunho autêntico da espiritualidade salesiana: algo que possa ser um ideal atualizado para os jovens. Temos uma espiritualidade juvenil com sua potência na própria autenticidade. Nem todos os membros do ASYM vivem profundamente e com empenho a fé na Igreja e nos seus ensinamentos; contudo, vivem com empenho a missão salesiana e estão abertos a refletir sobre a própria fé. Esta é muito mais autêntica e atual. Os jovens que não têm nenhum modelo anterior de fé, são capazes de ver nos nossos ‘mentors’ um modo diverso de viver a fé: não se envergonham de seguir Jesus Cristo. Embora muitos daqueles com os quais trabalhamos mediante o ASYM sejam indiferentes à própria fé ou a recusem ativamente, nós apresentamos a todos o exemplo de Dom Bosco. Os jovens não devem sentir-se obrigados a dar uma resposta ou serem obrigados a fazer, logo, uma opção. Se amamos aqueles com os quais trabalhamos, incondicionalmente, como são, os jovens caminharão ao nosso lado fazendo perguntas e aprendendo a fazer o que nós fazemos todos os dias. O resto virá depois! 23 AUSTRÁLIA Carlos Escobar DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Reevangelizando os Jovens numa Sociedade Secularizada PAPUA-NOVA GUINÉ DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA No DBTI Descobri a Alegria de Crer em Jesus Cristo Jerome Oko Fui batizado aos 14 anos e estudei nas escolas católicas na minha educação primária e secundária. Em nível intelectual, posso dizer que conhecia bem minha fé e as suas implicações na minha vida e na sociedade. Contudo, não havia da minha parte qualquer convicção real de estar plena e ativamente envolvido em atividades religiosas. Vivi minha fé como rotina e uma obrigação a ser respeitada. Experimentei uma verdadeira transformação quando entrei no ‘Don Bosco Technological Institute’ (DBTI). Ali criara-se um ambiente que me fez entender a beleza e a alegria da minha fé cristã. Nesse contexto salesiano encontrei pessoas que eram verdadeiramente felizes e que me impressionaram profundamente; senti-me desafiado a seguir-lhes o exemplo! Depois compreendi que a fonte de sua alegria era a proximidade com Jesus. Outra descoberta ocorreu pelo fato de que é possível divertir-se e, contudo, permanecer puros aos olhos de Deus e dos homens! Aos poucos foi-se mudando a mentalidade de ver minha fé como algo imposto sobre mim e desconectada da minha vida pessoal. Ali descobri a minha fé! Para mim conhecer a espiritualidade juvenil salesiana no DBTI foi como ser novamente evangelizado! Quando tomei conhecimento ao Sistema 24 Preventivo e tive a possibilidade de ler a vida dos jovens – fruto da espiritualidade juvenil salesiana – também senti-me desafiado e motivado a imitar sua santidade e empenho, porque encontrei pessoas (como Domingos Sávio, Miguel Magone, Zeferino Namuncurá) mais próximas da minha idade e assim pude identificar-me com elas. Eram apóstolos entusiastas entre seus companheiros. Aqui no DBTI também me ensinaram e me confiaram papéis de liderança: foi uma excelente oportunidade, que me ensinou a compartilhar o dom da minha fé com os outros. Aquela maravilhosa sensação que eu tive quando era aluno, em ser diligente, empenhado, e colocar-me a serviço dos outros, me levou até este estágio, com uma espiritualidade a ser preservada por toda a vida. Sou muito agradecido ao DBTI por terme ajudado a redescobrir minha fé, viver os valores do Evangelho, estar mais próximo de Jesus, e, sobretudo, ter uma relação filial e alegre com Deus. O DBTI também me ajudou a encontrar minha vocação específica na Igreja. Hoje sou uma pessoa casada e professor no DBTI, onde encontro imensa alegria em ajudar outros jovens que vêm a esta instituição, a fim de que também eles possam descobrir a alegria de ser cristãos! mas de sensibilização social promovem a sua formação integral. Há também momentos especiais para viver, para rezar a Sagrada Escritura e fazer alguma reflexão. Também os grupos juvenis, inspirados na Espiritualidade Juvenil Salesiana, são oportunidades em que propor valores evangélicos atualizados aos seus interesses e ao seu caminho para a maturidade humana e cristã. A identidade católica é muito apoiada e promovida no campus. A presença do Santuário de Maria Auxiliadora no meio do campus é ocasião para promover a devoção mariana. Aqui, os estudantes podem visitar o Santíssimo Sacramento e aproximar-se regularmente do sacramento da Reconciliação. Há também a possibilidade, para quem deseja, de participar da Santa Missa todas as manhãs. Enfim, o testemunho de espírito de família entre SDB, FMA, Colaboradores e Alunos é um poderoso meio para suscitar interesse por Jesus Cristo e o seu Evangelho. A comunidade educativo-pastoral inteira, que continua a se esforçar para construir a unidade na diversidade das culturas é uma proposta de comunhão e uma profecia de fraternidade. O esforço contínuo dos SDB e das FMA para servir com alegria e dedicação é uma experiência de família. Isso contribui para o funcionamento harmonioso da instituição, para criar e manter esse ambiente de família que promove o sucesso na educação: ambiente de que muitos alunos sentem falta ao findar os estudos na DBTI. A DBTI é uma instituição universitária de Porto Moresby, Papua-Nova Guiné, onde os SDB e as FMA trabalham juntos na preparação dos jovens para serem instrutores técnicos e educadores nas escolas secundárias. Ela visa formar os estudantes para serem ‘servi-líderes’ (Jo 13,1314) em sua sociedade. Muitos estudantes pertencem a diversas confissões cristãs, enquanto alguns são membros de famílias cujos pais pertencem a diversas igrejas: alguns nem sequer são batizados. Muitos deles, depois, pedem para receber o batismo. Para os futuros educadores há cursos de catequese, e estudos sobre o Sistema Preventivo e a Pastoral juvenil salesiana. Os estudantes não só aprendem o ensinamento social da Igreja como também têm atividades de sensibilização pelos pobres. As várias propostas pastorais na DBTI são lugares, momentos e experiências para os estudantes encontrarem Cristo. O anual ‘youth camp’ é muito interessante para os estudantes, porque é uma oportunidade de expressar a sua própria capacidade e talentos. As sessões formativas, dinâmicas de grupo e progra- 25 PAPUA-NOVA GUINÉ Ir. Pamela Vecina, FMA DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Os SDB e as FMA colaborando para preparar educadores FIJI A interculturalidade como Primeiro Anúncio DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA P. Taisali Leuluai, SDB riadas atividades do Oratório somos capazes de preencher essa lacuna e colocar o jovem num ambiente educativo em que há respeito pela cultura e a religião de cada um. A presença dos Salesianos provenientes de vários Países, que vivem e trabalham juntos numa única comunidade, com respeito recíproco e abertura, é também um testemunho evangélico para estes jovens. No Oratório, eles aprendem o valor do respeito mútuo, a participação e a unidade. O nosso Oratório situa-se junto a uma das vias de maior tráfego nas ilhas Fiji e, por isso, causa admiração, aos muitos viajantes que passam por ali todos os dias, ver jovens de diversas proveniências e credos divertir-se juntos. Num contexto plurirreligioso e multicultural como o nosso, isso não é também um anúncio do Evangelho? Os Salesianos chegaram a Fiji em 1999, para iniciar uma comunidade de pós-noviciado para os jovens salesianos que estudam no seminário regional do Pacífico. Temos em Fiji apenas uma comunidade de formação, composta por três formadores, cinco noviços, três pós-noviços, dois que frequentam o curso para serem professores, e dois na Teologia; eles provêm da Austrália, de Fiji, Mianmar e Samoa. O nosso apostolado é o do Oratório. Nossos oratorianos provêm de diversas etnias e religiões; temos fijianos indígenas, indo-fijianos e muitos outros grupos minoritários. Há cristãos – católicos e não católicos –, muçulmanos e hindus. Nas Fiji a existência destes grupos distintos cria muitas vezes divisão e discriminação racial entre seus cidadãos. Contudo, através das va- 26 têm suas aulas, também os pais são instruídos na fé. Isso tem ajudado os pais, as jovens famílias, a redescobrirem a sua fé e pertença à Igreja. Alguns se apresentam para terem o matrimônio civil convalidado na Igreja. Trata-se de uma experiência admirável de caminho de fé, rico e aberto ao plano de Deus. O sacramento da Reconciliação em preparação à Páscoa também é uma bela ocasião para reavivar a fé daqueles que são tíbios. Em colaboração com outras paróquias tomamos a iniciativa de ajudar as pessoas a entenderem melhor os vários aspectos da nossa fé, mediante cursos sobre os Sacramentos, a Igreja, os ensinamentos do Concílio Vaticano II, etc. Nossas paróquias favorecem o primeiro anúncio de modos diversos. As ‘Catholic Enquiry Evenings’ são itinerários excelentes para chegar àqueles que não conhecem Jesus Cristo. Também encorajamos ativamente os paroquianos a compartilharem a própria fé com todos. Temos histórias de paroquianos que iniciam uma conversação acerca da vida e da fé depois de uma primeira troca de cumprimentos num café. Esta abordagem acolhedora, atraente, de uma pessoa feliz, que experimentou o Senhor ressuscitado em sua vida, é um modo muito poderoso para suscitar o interesse de outras pessoas a conhecerem Jesus Cristo. Temos ainda o ‘Catholics Returning Home Programme’ para chegar àqueles que abandonaram a prática da fé. Grupos, como a Legião de Maria, são muito úteis para chegar às pessoas nessa situação. Fazem a visita à casa e referem à paróquia. Os sacerdotes, por sua vez, visitam as famílias e as ajudam a “retornarem” à Igreja. A Nova Zelândia é a pátria de muitos samoanos, tonganeses, fijianos, taitianos e outros povos, que habitam muitas ilhas. Os Salesianos chegaram aqui em 2009. Em 2010 foi-nos confiada a paróquia de São Paulo, em Massey, e, em 2013, também a paróquia de Santa Maria da Conceição, em Avondale. Quatro salesianos trabalham nessas duas paróquias, formando uma única comunidade. A maioria dos nossos paroquianos são samoanos, tonganeses, indianos, birmaneses, filipinos e africanos, além dos europeus, junto com os que nasceram e cresceram na Nova Zelândia. Estes migrantes trazem consigo sua arraigada fé, suas tradições e seus valores católicos que procuram viver num novo País e cultura. Alguns são refugiados e devem passar por muitas provações e sofrimento até chegar à Nova Zelândia. Mas eles têm um grande desejo de partilhar a própria fé. As nossas paróquias são enriquecidas e sustentadas pela rica fé que os migrantes trazem consigo da pátria. Nós, Salesianos, os encorajamos a amar as próprias tradições, a favorecer o seu crescimento na fé e a compartilhá-la com toda a comunidade. Cada grupo étnico é estimulado a organizar cursos de catequese para os próprios filhos. Isso os beneficia na aprendizagem e no crescimento na fé, como comunidade, permanecendo próximos dos seus amigos e conservando a própria identidade, enquanto crescem como adultos num novo ambiente. A preparação das crianças aos sacramentos da iniciação é um serviço fundamental que oferecemos em nossas paróquias. Enquanto as crianças 27 NOVA ZELÂNDIA P. Matthew Vadakkevettuvazhiyil, SDB DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Uma Nova Fronteira: A Pastoral com os Migrantes PAPUA NOVA GUINÉ DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Nas Fronteiras somente o Amor é Crível! P. Heraldo Bosquez, SDB Os primeiros salesianos chegaram a Araimiri, Papua-Nova Guiné, em 1980, onde lhes foram confiadas uma escola e uma paróquia. A paróquia é muito extensa. Muitos paroquianos vivem em vilas distantes: a alguns só se chega a pé, pela floresta, enquanto a outros, apenas por mar. Muitas pessoas não recebem instrução, porque onde moram não existem escolas. Não poucos morrem de malária e de outras doenças, porque, com frequência, o hospital mais próximo fica a alguns dias de caminhada. Muitos fiéis se consideram católicos, mas sua fé é fraquíssima: é que um bom número deles são cristãos da primeira geração. Outros se dizem católicos simplesmente porque provêm de uma aldeia que é considerada “católica”; entretanto, nem batizados são, nem conhecem a própria fé. Nossa comunidade salesiana tem uma escola secundária, um pensionato e uma paróquia com muitas estações missionárias. Para favorecer o primeiro anúncio entre os nossos paroquianos devemos necessariamente falar de modo adequado para suscitar neles o interesse por Cristo e pelo seu Evangelho. As pessoas têm dificuldade em crer no amor de Cristo, que não é tangível nem mensurável. Por outro lado, com as pessoas (em sua maioria analfabetas) não existe outra maneira de proclamar o Evangelho senão com a nossa presença, respondendo às suas necessidades fundamentais, às suas dúvidas e problemas. Quem poderia cuidar melhor das suas necessidades senão o próprio Jesus? Com quem poderiam eles partilhar seus problemas a não ser com Jesus? Quem conseguiria entender suas dificuldades melhor do que Jesus? Assim, Jesus Cristo deve ser alguém real: as pessoas que se sentem des- cuidadas pelos missionários se sentirão também abandonadas e não consideradas importantes pelo Filho de Deus, que veio para amar a todos... As relações são um valor importante na Melanésia. O relacionamento se estabelece quando percebem que estamos interessados no seu bem-estar. É este interesse demonstrado pelos Salesianos que poderia suscitar nesse povo um interesse para conhecer Jesus Cristo. Por outro lado, esse interesse poderia fracassar se as relações fossem perturbadas. Portanto, é importante manter sempre um sadio equilíbrio. Como pároco de uma paróquia que está literalmente nas fronteiras, a atitude de algumas pessoas – que consideram nosso esforço de promoção de um desenvolvimento humano integral como uma oportunidade para usufruir de serviços... gratuitos – é um verdadeiro desafio. Para nós, missionários é difícil aceitar que o sacrifício de si mesmos, o desapego das coisas materiais, a doação e o empenho – que são o fundamento de um encontro com Jesus e com o seu Evangelho – não sejam na prática considerados por muitas pessoas como valores importantes, quando elas mesmas no entanto estão prontas a sacrificar-se pelos membros da própria família ou tribo. Contudo, posso dizer que ultimamente muitas pessoas retornaram à Igreja porque veem como os salesianos se interessam por elas, especialmente no que se refere à saúde e à educação. Um exemplo simples é o de um de nossos paroquianos que disse publicamente que tinha o hábito de embriagar-se, drogar-se, praticar jogos de azar, trair sua mulher; mas agora mudou porque chegou a conhecer um sacerdote salesiano. E atualmente vem regularmente à igreja! 28 Subsídios Didáticos Pôster – Formato A2 – 7 Línguas Opúsculo didático – 32 páginas Santinho com uma oração - 7 Línguas Vídeo – http://www.missionidonbosco.tv Algumas atividades Educativas ' Circulo de oracoes ¸˜ • Convidar a comunidade a rezar a oração pelo DMS 2016 todos os dias-11 de cada mês. • Rezar o terço missionário. ' ˜ sobre o Video Perguntas para orientar a reflexao (Para grupos juvenis) • O que percebeu no vídeo que mais o impressionou? Por quê? • Conhecer os Santos da Oceânia. O que nos ensinam com seus exemplos? • Como podemos partilhar Jesus com nossos amigos? ˜ e partilha Perguntas para reflexao (Para a comunidade salesiana) • Qual a sua compreensão sobre o primeiro anúncio? • Como podemos promover o primeiro anúncio em nosso contexto? • “Toda renovação na Igreja há de ter como alvo a missão, para não ser vítima duma espécie de introversão eclesial” (João Paulo II, ‘Ecclesia in Oceania’, n. 19): Qual a implicação dessa afirmação para a nossa comunidade? E para a nossa Inspetoria? 29 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA • Convidar os jovens a preparar uma mostra sobre os países da Oceânia, apresentando sua história, culturas e tradições. • Recolher jornais velhos para vendê-los a fim de ajudar o Oratório em Fiji. Projeto DMS 2016 Durante o Ano Santo da Misericórdia Ajudemos o Oratório em Fiji “Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade.” DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA (Misericordiae Vultus, n. 15) Durante sua visita a Valdocco, em 21 de junho de 2015, o Papa Francisco disse: “Que possais anunciar a todos a misericórdia de Jesus, fazendo “oratórios” em todos os lugares, especialmente nos mais difíceis; levando no coração o estilo oratoriano de Dom Bosco; e buscando horizontes apostólicos cada vez mais vastos!” O Oratório é um modo importante de promover o primeiro anúncio e fazer desaparecer as tensões étnicas numa sociedade multicultural e multirreligiosa em Fiji. Ajudemos e sustentemos os Noviços e Salesianos jovens neste importante apostolado! 30 Galilee Song © Frank Andersen and Chevalier Music 1993. Chorus So I leave my boats behind! Leave them on familiar shores! Set my heart upon the deep! Follow you again, my Lord! (repeat) Verse 2 In my memories, I know how you send familiar rains Falling gently on my days, dancing patterns on my pain! And I need to learn once more in the fortress of my mind, To believe in falling rain as I travel deserts dry! Chorus Verse 3 As I gaze into the night down the future of my years, I’m not sure I want to walk past horizons that I know! And I need to learn once more like a stirring deep within, Restless, ’til I live again beyond the fears that close me in! Chorus Music: https://www.youtube.com/watch?v=bdh1QH3sbQU 31 DIA MISSIONÁRIO SALESIANO DMS 2016 - OCEÂNIA Verse 1 Deep within my heart, I feel voices whispering to me. Words that I can’t understand; meanings I must clearly hear! Calling me to follow close, lest I leave myself behind! Calling me to walk into evening shadows one more time! ORAÇÃO Ó Maria, Auxílio dos Cristãos, recorremos a Vós em nossas necessidades com olhos de amor, mãos livres e corações ardentes, recorremos a Vós or. para podermos ver o vosso Filho, nosso Senh Ó Stella Maris, luz do oceano e Senhora dos abismos, guiai os povos da Oceânia através de todo o mar tenebroso e revolto, e da luz para que possam chegar ao porto da paz s. preparado n'Aquele que acalmou as água , Protegei os vossos filhos de todo o mal e de casa. porque as ondas são altas e estamos long À medida que nos aventuramos pelos oceanos do mundo, po, e atravessamos os desertos do nosso tem re, mostrai-nos, ó Maria, o fruto do vosso vent idos. porque, sem o vosso Filho, estamos perd força Intercedei por nós para que tenhamos a o, de seguir fielmente o caminho de Jesus Crist de proclamar corajosamente a verdade de Jesus Cristo, o. de viver jubilosamente a vida de Jesus Crist Auxílio dos Cristãos, protegei-nos! (São João Paulo II, Ecclesia in Oceania) Setor das Missôes - Direzione Generale Opere Don Bosco Via della Pisana, 1111 - 00163 Roma Tel. (+39) 06 656.121 - Fax (+39) 06 656.12.556 e-mail: [email protected] Pôster: S. Peter Duoc Le, SDB – Fotos: P. Jacob Iruppakkaattu, SDB Tradução: P. Angelo Biz, SDB; P. Hilario Passaro, SDB; P. José Antenor Velho, SDB Gráficos e Impressão: Tipolitografia Istituto Salesiano Pio XI - Tel. 06 7827819 / 06 7848123 • [email protected]
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