vernária
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Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo Araújo VERNÁRIA janeiro 2014 Nº 7 FICHA TÉCNICA Escola: Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo Diretor: Alberto Rui Monteiro da Silva Equipa Professores: Carla Álvares, Maria José Ramalho, Paula Lemos Clube de Jornalismo: João Dinis Álvares, Roberto Manuel Santos, Cristian Rocha Dias, Matilde Leonor Branco, André Silva Carvalho, Liliana Pinheiro Gonçalves, Marina Valéria Branco, Suse Rita Vieira, Nelson Miguel Estêvão, Renato Gonçalves Costa, Andreia Sofia Vieira, Daniel Silva Pereira, José Luís Brás, Juliana Soares Ramalho, Rosa Soraia Gonçalves Colaboradores: Fernando Gomes, Carla Silva, Ana Cunha Endereço: Rua Dra. Maria Júlia Alves Martins, 4850 - 549 VIEIRA DO MINHO Telefone: 253 647 201 | Email: [email protected] Grafismo: Clube de Jornalismo | Fotografia: Clube de Jornalismo 2 EDITORIAL Caros e caras leitores e leitoras cibernautas do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo… e não só! Como era expectável, eis-nos no final de mais um período letivo que, à semelhança de outros anteriores, foi recheado de experiências da mais variada ordem e feitio. Tratou-se de mais uns meses das nossas vidas que, pela singularidade de cada um de nós, terão sido porventura únicos e, definitivamente, nunca se irão repetir. É por essa razão primordial que o Jornal Vernária, entre outros meios de divulgação da vida do Agrupamento, existe para, por um lado, dar visibilidade às vivências dos diversos intervenientes, sejam eles alunos, não docentes e docentes, parceiros da mais variada índole (Associação de Pais, Câmara Municipal, Escola Segura, CAVA, GNR, Centro de Saúde, entre outros) e, por outro, para, humildemente, deixar registada, para a posteridade, a marca de todos os intervenientes atrás aludidos, nas atividades da mais multifacetada espécie, cujo prioritário objetivo é o de enriquecer o crescimento físico e cognitivo, harmonioso e saudável, de todos. Como tal e porque a época, porventura, mais bonita do ano se aproxima (o Natal), gostaria de enaltecer o papel interventivo de todos (docentes, não docentes, alunos e encarregados de educação) e agradecer a participação pelo contributo dado na prossecução das atividades inseridas no Plano Anual de Atividades deste Agrupamento de Escolas e, através da incansável, laboriosa e persistente atitude de trabalho da equipa responsável por esta provecta publicação, ter tornado possível o merecido e devido destaque de tudo o que se fez e que nesta edição se publica. Este período letivo e que agora vivemos foi recentemente marcado pela partida da D. Celeste, a Coordenadora Operacional que durante tantos anos esteve diretamente ligada a todos nós e que pelo seu cuidado, no desempenho das suas 3 funções, tão afetivamente marcou gerações de alunos e professores desta escola e que a todos deixa uma enorme saudade. Este período letivo também foi marcado pela partida de uma figura emblemática, carismática e incontornável – Nelson Mandela – que, pelo seu testemunho e exemplo, a todos terá marcado e que sempre postulou, sendo que, de entre as muitas verdades que nos deixou, a de que “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”, é um princípio que sempre fez, faz e fará todo o sentido. Para além disso, a circunstância de ter dito "Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.", só reforça a ideia de que a nossa comunidade educativa só poderá ter sucesso se este pressuposto também for cumprido. E como não há duas sem três, postular que "Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram." também faz todo o sentido neste momento conjuntural económico e social difícil que atravessamos, sendo que compete à escola prestar a maior atenção possível às situações que possam indiciar alguma falta de condições básicas fundamentais para que a nobre missão de aprender possa decorrer com normalidade. Tendo como base os pressupostos antes referidos, permitimo-nos garantir que a escola está e estará muito atenta a tal, já que os alunos têm de constituir a verdadeira prioridade da nossa ação. Para finalizar, apresento-vos votos de um final de ano civil em paz e que o tão desejado e merecido descanso, coincidente com a época natalícia de que nos aproximamos possa ser igualmente rica em experiências e repouso. O Diretor do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo Alberto Rui Monteiro da Silva 4 NOTÍCIAS 5 A ÁGUA NO PROJETO DA CIÊNCIA CRIATIVA No primeiro período no âmbito do projeto “Ciência Criativa” sob a temática “A água”, foram realizadas diversas atividades/experiências que se revelaram de motivação e aprendizagem para as crianças. Muitos são os especialistas de diversas áreas e perspetivas que consideram essencial proporcionar às crianças “situações diversificadas de aprendizagem, para exploração de questões e fenómenos que lhes são familiares, aumentando a sua compreensão do real (Martins, 2009, p. 17). 6 Autores como Piaget e Vigotsky chamam a atenção para o papel de uma educação ativa, desde os primeiros anos da criança, estimulando a curiosidade, o gosto por saber, o questionamento sentido e a crítico, resolução o de problemas. Foi assim que aprofundamos conhecimentos sobre a água como fonte de vida, e sobre a importância e preservação deste bem precioso que serviu de mote para o primeiro período da Educação Pré-escolar. Prof. Manuela Marques (EBDA) Sala 3 O DESPERTAR DO CONHECIMENTO CIENTIFICO NO PRÉ – ESCOLAR NAS SALAS DOS 4 ANOS Inserida na área do conhecimento do mundo, as ciências experimentais são uma área central do currículo no pré-escolar, fundamental para a abordagem de diferentes conteúdos científicos, essenciais para satisfazer a curiosidade das crianças, acerca do mundo que as rodeia. Partindo da brochura «despertar para a ciência”, procuramos explorar um fenómeno natural: a queda das folhas das árvores nas espécies de folha permeabilidade da terra em contacto com a água. Foram várias as hipóteses levantadas pelas crianças para responder à questão - porque caiem as folhas das árvores - será que têm frio? 7 caduca observando a As crianças observaram que a água na terra quente chega mais depressa ao fundo do copo que na terra fria. Prof. Carmo e Prof. Alice Salas 4 e 5 (EBDA) Experiência: «Vamos tratar a ÁGUA» As crianças do pré-escolar da Escola Básica Domingos Abreu, no âmbito do projeto “Ciência Criativa” e no que se refere à operacionalização do plano de atividades para o primeiro período sob a temática “ A Água”, realizou um conjunto de atividades que tiveram como motivação o conto da história “ A Gotinha de Água”. Foram explorados vários conteúdos, através de leituras, canções, poemas e vídeos relacionados com a sua importância para o ciclo da vida e a necessidade da sua boa utilização e preservação como recurso essencial à vida. Esta atividade, também pretendeu vivenciar experiências diversificadas no contacto com outros espaços e materiais de forma a enriquecer as aprendizagens das crianças, para isso foi realizada uma experiência, na sala de ciências, relacionada com o processo de tratamento da água numa ETAR. As crianças puderam observar as três fases principais do tratamento da água: primeira, a separação de resíduos sólidos através da filtragem em areias; segunda fase, a limpeza de pequenos resíduos misturados com a água através de filtros; a terceira fase, consistiu em adicionar um desinfetante para limpar a água e torná-la potável, tendo sido explicado que este tinha como objetivo a destruição de organismos patogénicos capazes de produzir doenças ou outros 8 organismos indesejáveis de forma a ser reutilizável, quer para libertar para os rios e não matar os peixes e plantas aquáticas, quer para consumo das pessoas. Quanto aos objetivos definidos para a realização desta atividade foram cumpridos, dado que contribuíram para desenvolver atividades integradoras que estimulam nas crianças espírito crítico face a conhecimentos sobre a água e pretendeu promover o gosto pela aprendizagem de saberes, integrados nas várias formações com vista à sua aplicação prática, quer no contexto educacional, quer na resolução de problemas em geral, da mesma forma promover a criatividade científica e experimental através da imaginação e criatividade. Pré-escolar EBDA ESCOLA BÁSICA DOMINGOS DE ABREU PARTICIPA NO PROJETO PASSEZINHO O Projeto Passezinho é promovido pela administração regional da saúde do norte em parceria com o Ministério da Educação com vista a sensibilizar a comunidade escolar para uma alimentação saudável. A escola, é um espaço seguro e saudável, que facilita a adoção de comportamentos saudáveis, encontrando-se por isso numa posição ideal para promover e manter a saúde da comunidade educativa envolvente. 9 e da comunidade Fonte: programa nacional de saúde escolar (pnse) Diário da República n.º 110 de 7 de junho: despacho n.º 12.045/2006 (2.ª série) Neste contexto várias foram as atividades realizadas com a abordagem à alimentação saudável como a degustação de diferentes legumes e frutos como o physalis, romã, maracujá, dióspiro; jogos lúdicos, a fim de sensibilizar a criança para novos saberes e sabores, fundamentais para uma vida sã e equilibrada. Esperamos que os encarregados de educação e familiares reforcem estas aprendizagens e incluam na alimentação das crianças alimentos diversificados, fundamentais numa alimentação saudável. Pré-escolar - EBDA Os contos infantis na formação da personalidade das crianças Os contos de fadas aumentam a autoestima das crianças e mostram que as dificuldades podem ser vencidas, as florestas atravessadas, os caminhos de espinhos desbravados e os perigos mudados. E a criança sente que também ela pode ser capaz de vencer os seus secretos medos. A magia e o encantamento das crianças podem e devem ser alimentados por meio desta linguagem lúdica! 10 Eis as principais razões para estimular a criança a ler e a ouvir todos os contos infantis: •Ajudam a criança a lidar com as suas dificuldades e os seus sentimentos! Os contos ajudam a criança a lidar com as dificuldades do seu dia a dia e a elaborar melhor os sentimentos negativos tão comuns na primeira infância, como medo, frustração, abandono, rejeição, rivalidade entre irmãos, inveja, relação com os pais, inferioridade, vingança etc. Por isso, elas pedem para ler diversas vezes a mesma história. “Eles falam ao inconsciente através de imagens, que vão conversar com as bruxas, os monstros, os medos que a estão assustando. Com o auxílio das fadas ou da espada mágica, a criança adquire forças para vencer o que a assusta ou preocupa. Enquanto ela não soluciona seu problema inconsciente, ouve ou lê a história até que o resolve. É esse um dos motivos que leva as crianças a pedirem que lhes contem várias vezes a mesma história”. (PAVONI, 1989: p.19). •Aprendem a diferença entre o bom e o mau! 11 Os contos mostram que existem os bons e os maus, deixando transparecer valores sempre atuais. A bruxa, o lobo, o pirata e outros personagens maus, representam sentimentos ruins, portanto querer que estes personagens morram não é uma atitude violenta, mas sim a necessidade de acabar com estes sentimentos maus. É preciso lembrar que nas histórias a morte não é violência, é o símbolo da transformação que vai ajudar a criança a elaborar os sentimentos ou sensações que a incomodam. Não nos devemos preocupar quando a criança festeja a morte desses personagens, eles representam os seus medos e esta é a forma que ela tem de vencê-los ou elaborar estes sentimentos que a angustiam. •Aprendem a lidar com as frustrações! Reconhecer a dor e aceitá-la é um meio de superá-la e assim ser feliz. As crianças aceitarão com mais naturalidade as desilusões que encontrarão no dia a dia, pois à semelhança do que acontece nos contos de fadas, os esforços despendidos hão de ter uma grandiosa recompensa. •Através das histórias podemos trabalhar sentimentos e sensações muito presentes nas crianças! 12 Ingenuidade: Branca de Neve e Pinóquio (acreditam no personagem do mal) Diferença: Patinho Feio (um irmão diferente) Medo: Chapeuzinho Vermelho, Aladim (medo de estranhos) Inexperiência: Os Três Porquinhos (o irmão mais velho sabe tudo) Insegurança: Alice no Pais das Maravilhas, Peter Pan (sentir-se inseguro diante de situações novas) Rejeição: Cinderela Culpa: Rei Leão, Pinóquio Dor: A Pequena Sereia Abandono: João e Maria (sentimento de abandono pela ausência dos pais) •Podemos trabalhar o conceito de “morte”! Tudo na vida tem um começo, meio e fim. As crianças precisam de saber que as pessoas não são como os personagens dos desenhos ou jogos eletrónicos, que 13 nunca morrem. Diante de tanta tecnologia, nunca os contos foram tão importantes e necessários na vida da criança como hoje. •Aprendem o “limite”! Através dos contos de fadas a criança consegue discernir o certo do errado, o que pode e o que não pode fazer, enfim, reconhece o sim e o não. •Aprendem a ética e valores importantes da vida humana! Os contos de fada sobreviveram ao tempo justamente porque contêm ensinamentos que falam à criança, falam de valores imutáveis, caso contrário já teriam desaparecido, apagados pelo tempo e caídos no esquecimento. Passar valores à criança é algo complexo. As histórias são, por isso, um meio facilitador de resolver algumas das questões que esta tarefa nos coloca. Se, por um lado, divertem as crianças, estimulam a sua curiosidade e promovem competências cognitivas e de oralidade, por outro lado são também a forma de concretizarmos alguns dos valores que consideramos aceitáveis e oportunos transmitir à criança. Por isso, os pais devem usar e abusar dos contos. Só assim poderão sonhar com um final feliz para nossa sociedade tão carente dos verdadeiros valores. •Tornam-se otimistas e com vontade de vencer obstáculos! Os contos de fadas exercem uma influência muito benéfica na formação da personalidade porque, pela assimilação dos conteúdos da história, as crianças aprendem que é possível vencer obstáculos e saírem vitoriosas (o herói vence sempre no final). Isso ocorre porque, durante o desenrolar de histórias, a criança identifica-se com as personagens e “vive” o drama que ali é apresentado de uma forma geralmente simples, porém impactante. Essas histórias de contos infantis normalmente começam com “Era uma vez…” e terminam com “viveram felizes para sempre”. Essa ideia cria a esperança de que as coisas na vida podem dar certo e elas podem ter sucesso nas suas dificuldades. •Cada criança interpreta a história da sua forma 14 Os contos de fadas possuem significados e significantes diferentes em determinadas faixas etárias, como por exemplo, ter um significado para uma criança de cinco anos e outro para uma de treze na mesma história, já que as situações, os sentimentos, os desejos e anseios são outros. •Serão adultos mais felizes! Os contos de fadas são para serem escutados, apreciados e interiorizados, cumprindo desta forma com o seu papel que é a construção da personalidade da criança, criando bases sólidas que favoreçam o desenvolvimento intelectual, moral e psíquico. Dessa forma, ao tornarem-se adultos, saberão resolver dificuldades, terão uma estrutura mais forte para aguentar os seus problemas e saberão que mesmo depois de tantas amarguras terão uma recompensa que será a resolução do seu problema. Pode não ser a resolução esperada, mas uma coisa é certa: sempre haverá a possibilidade para uma nova descoberta e um recomeço, pois a beleza da vida é justamente lutar pelos seus ideais e conquistá-los. E isso, só os contos de fadas são capazes de proporcionar ainda na tenra idade! 15 “A fantasia dos contos de fadas é fundamental para o desenvolvimento da criança. Há significados mais profundos nos contos de fadas que se contam na infância do que na verdade que a vida adulta ensina. É por meio dos contos infantis que a criança desenvolve seus sentimentos, emoções e aprende a lidar com essas sensações”. (RESSURREIÇÃO, 2007: p.1). Paula Lemos Feira da Ladra A Feira da Ladra realiza-se no primeiro fim de semana do mês de outubro. Este ano ocorreu de dia seis a dia oito, em Vieira do Minho. Nesta feira existem vários eventos: carrinhos de choque, aviões, dragão… desfile de ranchos, fanfarras, grupos musicais, desfile das freguesias e dos bombeiros, chega de bois, corrida de cavalos. O comércio é muito abundante, com tendas de roupa, calçado, brinquedos… Nesta altura Vieira do Minho é visitada por pessoas de outras terras como Fafe, Guimarães, Braga… Todos nos divertimos imenso, é um fim de semana diferente! Turma 3C – EB Vieira do Minho A ÁRVORE DO OUTONO A relação escola família é fundamental para o sucesso educativo das crianças. Por isso, mais uma vez pedimos a colaboração dos encarregados de educação que construíram uma folha para a árvore do outono com uma rima para partilhar com os amigos da sala 5 dos 4 anos. 16 Crianças e encarregados de educação foram muito criativos e apareceram folhas muito engraçadas que ajudaram as crianças a trabalhar a consciência fonológica e a brincar com a linguagem. A mãe da Matilde veio dar-nos a conhecer uma lengalenga muito engraçada e todos gostamos muito. Sala 5- Prof. Carmo O outono chegou O outono é uma estação do ano que começou no dia 22 de setembro, depois de terminar o verão. Nesta estação o tempo muda, ficando mais frio, fazendo nevoeiro, caindo mais chuva e havendo mais dias ventosos. Por causa destas mudanças de tempo, as pessoas mudam para um vestuário mais quente, utilizando roupas apropriadas. A natureza muda de aspeto, as árvores, de folha caduca, começam a ficar despidas, as outras transformam-se, ficando coloridas de verde, castanho, vermelho e amarelo. Os agricultores realizam diversas tarefas no campo como por exemplo: vindimas, as desfolhadas, apanham frutos do outono para fazer compotas… Para concluir vamos escrever algumas palavras sobre a tradição do São Martinho, que se festeja com uma fogueira, onde se assam as castanhas. As crianças cantam à roda da fogueira e os mais velhos saltam por cima dela. Centro Escolar do Cávado – 4.º ano O outono O outono começou no dia 22 de setembro em Portugal. 17 Os dias começam a ser menores e também há alguns dias quentes e outros frios. Começamos a vestir roupas mais quentes porque começa a vir o frio e a chuva. Temos o feriado municipal da Feira da Ladra, em Vieira do Minho. Fazem-se as vindimas e as desfolhadas. Algumas aves vão para países mais quentes. Também se faz o magusto. Começa-se a apanhar as nozes, os dióspiros, os figos, as uvas e as castanhas. Eu gosto muito do outono porque há muitas uvas e porque na Feira da Ladra há carrinhos de choque. Duarte Sousa Neiva, turma 3C - EBVM O outono O outono começou dia 22 de setembro. A paisagem fica diferente, a cor das folhas muda, ficam amarelas, vermelhas, castanhas, verdes e alaranjadas. Há uma festa no outono que é o magusto. Os dias começam a ser menores. Há dias quentes e dias frios. Nós andamos com roupas mais quentes, o que nós sentimos varia. No outono, nós fazemos as vindimas e as desfolhadas. Eu, no outono, faço sempre a festa do magusto, na escola. Eu gosto bastante do outono e das cores das folhas. Joana Filipa F. Teixeira – Turma 3C (EBVM) O outono O outono é uma das quatro estações do ano. Começa dia vinte e dois de setembro e dura três meses. A seguir, em dezembro, chega o inverno. Nesta estação, chegam as primeiras chuvas e ventos, os dias ficam mais pequenos, as andorinhas migram, usamos roupas mais quentes, começa a caça, 18 fazem-se as vindimas, apanham-se os dióspiros, figos, peras, romãs, castanhas, cogumelos e milho. A festa mais importante desta estação é o São Martinho (11 de novembro). As folhas das árvores começam, a mudar de cor e caem das árvores. Em Vieira do Minho faz-se uma feira anual que dura quatro dias. Essa feira chama-se Feira da Ladra e realiza-se no outono. Turma 3B (EB Vieira do Minho) Mês das bibliotecas escolares O mês de outubro foi o mês internacional das bibliotecas escolares e as crianças desta escola fizeram um concurso. Eu gosto de ir à biblioteca e já li livros lindos tipo: “Ó João, foste tu, porcalhão?” e “Gosto de ti”. Ainda não consegui ler mais livros, mas gostaria de ler o “Abecedário maluco” e talvez outros que me irão agradar. Eu todos os dias saio da biblioteca com dois livros de fantasia maravilhosos e emocionantes. Mas não sou a única a gostar de ir à biblioteca! Os meus colegas também gostam de lá ir. Aprendi que um livro é um amigo, um companheiro e que com ele nunca estou só. Não te esqueças de um livro é um amigo! Valentina Antunes, turma 3B, EBVM A biblioteca Uma biblioteca é um espaço onde estão muitos livros para as pessoas lerem. As pessoas requisitam os livros para levarem para casa e no final de um tempo têm de os entregar novamente e podem levar outros. Nas bibliotecas há livros de estudo, enciclopédias, dicionários, manuais, cd’s, DVD’s, revistas e jornais que se guardam na hemeroteca. Há bibliotecas públicas, onde as pessoas consultam e requisitam livros gratuitamente e também há bibliotecas particulares. 19 Os livros estão organizados, nas estantes, por assuntos e alfabeticamente. Em Portugal, há 510 bibliotecas públicas e com oferta de tecnologias de informação (computadores e internet). Na biblioteca do Centro Escolar do Cávado há cerca de 4 000 livros e CD’s. O senhor Calouste Gulbenkian foi um filantropo, que muito contribuiu para o aumento de leitores em Portugal com a criação da biblioteca itinerante. Centro Escolar do Cávado – Turma C, 3.º ano A nossa biblioteca A nossa biblioteca situa-se no andar de cima, a seguir à sala de professores e antes da sala do 4.º ano. Lá há quatro mesas retangulares, três mesas circulares, cinco estantes com livros, um quadro interativo, computadores, uma mesa para quem regista os livros que nós levamos e alguns instrumentos musicais. Toda a gente gosta de requisitar livros na biblioteca, lá tem muitos livros interessantes. Os livros que nós requisitamos são aqueles que têm a cota azul, da casa oito, que quer dizer literatura juvenil e infantil. Na nossa biblioteca também temos televisão, que dá para ver os quatro canais, e tem DVD e CD para ver. Todos podemos requisitar livros! Nós gostamos muito da nossa biblioteca! Ana Beatriz, turma 4D, Centro Escolar do Cávado Crianças do pré-escolar da Escola Básica Domingos de Abreu comemoram o Dia da Alimentação com construções criativas com frutos diversos As crianças dos 3, 4 e 5 anos foram sensibilizadas para a importância de uma alimentação saudável, como forma de conseguir uma vida equilibrada. 20 Para comemorar o dia da alimentação foram realizadas várias iniciativas a par das realizadas no âmbito do Projeto Passezinho, das quais se destacam as construções realizadas com variados frutos, sensibilizando as crianças para a importância do consumo de fruta, no seu dia-a-dia, de uma forma lúdica e divertida. Tendo em conta que os pais e encarregados de educação são os primeiros educadores e condicionam a os hábitos alimentares dos seus filhos, procuramos também sensibilizar os mesmos para a promoção de hábitos alimentares saudáveis. EBDA Projeto Heróis da Fruta O Projeto Heróis da Fruta é uma iniciativa nacional que está a ser desenvolvida nas escolas. Não é obrigatório, mas a nossa escola, que é o Centro Escolar do Cávado, está a participar com muito interesse. A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil fez esta proposta de trabalho para aumentar o consumo de fruta e assim baixar o excesso de peso nas crianças. Na nossa escola temos substituído alguns alimentos menos saudáveis, que trazíamos nos lanches, por peças de fruta. Os nossos pais gostam da ideia e têm colaborado com o projeto. Sempre que podemos colocamos fotografias dos nossos trabalhos no blogue do projeto Heróis da Fruta. Agora estamos a construir uma letra para o nosso hino da fruta que depois vai ser colocado na internet para votação. Como queremos ganhar pedimos a todos que votem no hino da nossa escola. Para concluir, nós temos mudado os nossos comportamentos alimentares para melhor, pois já comemos mais fruta diariamente. Centro Escolar do Cávado, turma 3.º C 21 Dia das bruxas comemorado pelo Pré-escolar no Domingos de Abreu As bruxas não são mais uma figura mítica assustadora dos contos infantis, mas sim personagens atrativas e motivadoras para as crianças. O dia das bruxas apesar de não fazer parte das tradições portuguesas, foi sendo introduzido como efeméride do agrado das crianças, que ano após ano faz as delícias das mesmas. Este ano não foi exceção, no Jardim de Infância da EB Domingos de Abreu, crianças e adultos divertiram-se com doçuras e travessuras, onde não faltaram as aranhas, os morcegos, as abóboras. Foi um dia muito docinho……e divertido! EBDA Feira da Castanha Cantinho dos 3S: Seres, Saberes e Sabores Foi no dia 15 de novembro que abriu a Feira da Castanha promovida pela Câmara Municipal de Vieira do Minho, onde docentes e não docentes, encarregados de educação e crianças se empenharam para contribuir nesta feira com um «cantinho dos 3S»: Seres, Saberes e Sabores, presenteando desta forma toda a comunidade com produtos locais. 22 Esta iniciativa contou com a generosa colaboração dos encarregados de educação, sendo um incentivo à participação dos mesmos no processo educativo. Teve também como grande objetivo a consciência das crianças do Pré-escolar em intervir ativamente na comunidade. Foi com grande entusiasmo que os pequenitos viram os seus produtos serem vendidos, no cantinho dos 3S, a par com tantos outros, de iguais ou diferentes categorias. Foi bom relembrar esta quadra e os alimentos que fazem parte dela, sem esquecer os saberes mais antigos que nos oferecem sabores que ficam sempre na memória dos seres. Pré-escolar do EBDA Feira da Castanha Em novembro realizou-se em Vieira do Minho a feira da castanha promovida pela Câmara Municipal de Vieira do Minho. 23 Os jardins de infância participaram com algumas bancas de produtos oferecidos pelos familiares das crianças. Após reunião com os encarregados de educação das 3 salas do jardim de infância, as mães acordaram em colaborar com produtos da terra e \ ou com a presença na venda, nos 3 dias em que a feira decorria. As educadoras agradecem a disponibilidade e empenho das mães e avós que mais uma vez nos apoiaram. Com a verba proveniente dos produtos realizaremos uma visita de estudo no segundo período. JI- Cávado “De mãos dadas” Saúde pública e escolas dão as mãos num projeto de intervenção para a prevenção do tabagismo. A Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Cávado II - Gerês/Cabreira identificou o tabaco como determinante de saúde prioritário para a sua intervenção comunitária e lançou o repto às escolas. Neste momento, está no terreno um projeto que tem, como objetivo primordial, reduzir o número de fumadores entre as camadas mais jovens. Trata-se de um projeto que está a ser desenvolvido na nossa escola, em simultâneo com os concelhos de Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso e Terras de Bouro. Os objetivos para o presente ano letivo, são prevenir a iniciação do consumo de tabaco, informar / alertar e promover um clima social favorável ao não tabagismo. Este projeto é direcionado aos alunos, em geral, da EB/S Vieira de Araújo, mas terá particular incidência no 7º e 9º anos de escolaridade. A intervenção direta dos alunos será uma constante ao longo de todo o projeto e será feita através de: campanhas de sensibilização; comemoração de datas alusivas ao tema; educação pelos pares. 24 A Flashmob que decorreu no dia 18 de novembro, organizada com a colaboração do docente Miguel Costa e com a participação de alunos do Ensino Secundário, visou alertar para a importância de adotar estilos de vida saudável, bem como marcar o arranque do projeto na nossa escola. O projeto comum a todas as escolas do ACES Cávado II - Gerês/Cabreira ainda não tem nome próprio. Vamos tentar que a designação atribuída na nossa escola – “De mãos dadas!” – seja adotada pelas restantes escolas envolvidas. Vamos ser nós a criar o logótipo. Estás interessado em ajudar? Participa no concurso que estamos a promover: - Cria um logótipo que sensibilize para os riscos do consumo de tabaco e entrega o teu trabalho na direção da escola até ao dia 31 de janeiro de 2014. - O vencedor será divulgado no mês de fevereiro e além de ter direito a um prémio, candidata-se a participar na grande final entre escolas. Estamos a contar contigo! Este projeto é de todos nós! Ana Cunha (Coordenadora da Educação para a Saúde) 25 Dia do Não Fumador O Dia Mundial do Não Fumador é relembrado todos os anos a 17 de novembro. A nossa escola também se preocupa em sensibilizar a comunidade educativa para os fatores de risco associados ao consumo de tabaco e as formas mais eficazes para deixar de fumar. Esta sensibilização é sobretudo dedicada aos alunos, para que estes não se viciem no consumo de uma substância que os poderá prejudicar para toda a vida em vários aspetos, a nível da saúde, social e económico. Após a sensibilização, nas aulas de Ciências, os alunos manifestaram a sua mensagem elaborando quadras alusivas a este assunto. Fumar é um mau vício Que muita gente tem Temos de parar isso Antes que morra alguém Não sou fumador Nem quero ser Não quero saber Se o fizer, vou morrer Fumar mata Não quero morrer Muitos anos saudável Eu quero viver. Digo cá para os meus botões Que um cigarro nunca vou pegar Porque eu amo os meus pulmões Que me ajudam a respirar 6ºF O Dia do Não Fumador Serve apenas para lembrar Aquilo que todos sabemos É que não devemos fumar. O meu avô fumava. A minha avó dava opinião: Homem deixa de fumar Que te dá cabo do coração! Quando fumas não te esqueças De um conhecido ditado: Prejudicas-te a ti próprio E aos que estão ao teu lado Fumar mata Experimentar não é opção E tu para não fumares Não caias em tentação. Há muitas formas de morrer Já começaste a pensar? Que a pior de todas elas É começar a fumar. Nunca deverás fumar Pois a tua vida irás prejudicar. Uma vez que estás avisado Respeita e segue o recado. 6ºE Se gostas de estar connosco Pensa no que podes fazer. Não fumes, por favor. Mesmo se alguém te oferecer. 26 Dia dezassete de novembro ExIste para nos lembrar O que o cigArro pode causar Vamos Dizê-las sem receio As dOenças que pode provocar A pulmoNar e a cardiovascular A vida vai piorar quando o cancro se manifestar Os dentes vamos estragar e com cáries ficar A Carteira Fica doente Mas de Uma maneira diferente O aMor ao cigarro terá de acabar SerA que vale a pena a vida prejudicar? De maneiras diferentes podes morrer Se nãO queres fumar tenta rejeitar Pois com o cigaRro não deves brincar 6.ºD Natal dos “pequenitos”- sala 2 “A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes.” Oscar Wilde É dentro deste máxima que nós os pequenitos vivemos o natal no EBDA! Ser felizes todos os dias partilhando as nossas brincadeiras, foi assim que resolvemos brindar a nossa escola, com um pai natal e o seu amigo Rodolfo. Foram 27 construidos com materiais reciclados da nossa sala e dos coleguinhas da sala 5, que connosco partilharam alguns materiais. Oxalá o espírito de natal permaneça todos os dias nesta escola e possamos crescer em harmonia. Feliz Natal para TODOS! Prof. Manuela Costa Prof. Carmo O Natal No dia vinte e cinco de dezembro, em Belém, nasceu um menino chamado Jesus. De seguida puseram-no em cima de uma cama de palha, enquanto alguns animais o aqueciam. Três reis magos, com os nomes de Belchior, Gaspar e Baltazar, seguiram uma estrela, que estava a brilhar, para dar ao Menino Jesus ouro, incenso e mirra. Quando Maria e José avistaram ao longe esses reis magos ficaram muito contentes. Depois disso, esse dia começou a chamar-se NATAL. Duarte Sousa Neiva, Escola Básica Vieira do Minho, 3.ºC 28 Presépios A nossa Escola acolheu, no espaço da Biblioteca, de 03 a 17 de dezembro, a Exposição de “Presépios”, um evento de cariz educativo promovido pelo Grupo de Educação Moral e Religiosa Católica. Os visitantes, que por aquele espaço passaram, puderam apreciar trabalhos realizados pelos alunos do sexto ano, no âmbito do tema «Advento e Natal». Os recursos utilizados pelos alunos foram bastante variados e o resultado foi muito positivo. O envolvimento e a participação dos alunos e respetivas famílias revelaram as memórias e os valores associados a esta quadra festiva. O Grupo de Educação Moral e Religiosa Católica Escola Básica de Rossas Neste estabelecimento de ensino promovemos de forma sistemática a articulação entre o pré-escolar e o primeiro ciclo. Foi estabelecida a divisão dos alunos em três grupos de trabalho nas áreas das Expressões Plástica, Dramática/Musical e Motora que abrangem os diferentes níveis de ensino de modo a estimular o contacto, a interajuda e a partilha de saberes e aprendizagens. Ao longo deste primeiro período letivo desenvolvemos diferentes atividades, quer no âmbito da Promoção e Educação para a Saúde, nomeadamente 29 com a comemoração do Dia Mundial da Alimentação, iniciando com a elaboração de frutos em cartão para decorar o refeitório, bem como a confeção de uma salada de frutas e ainda a exploração de novos sabores, dando a conhecer frutos tropicais que habitualmente não são consumidos pelos nossos alunos. Foi ainda dramatizada a história “Quem quer casar com a linda Perinha?” e cantaram-se canções alusivas ao tema. Os encarregados de educação também quiseram associar-se através da confeção de um batido de frutos que distribuíram aos alunos no lanche da tarde. Para vivenciar o São Martinho, prepararam-se diferentes atividades nos diversos grupos de trabalho e realizou-se o tradicional Magusto para o qual foram convidados os encarregados de educação que participaram ativamente quer com o envio das castanhas quer na realização dos jogos tradicionais e foram brindados com a apresentação da lenda de São Martinho, com a “ História da Maria Castanha” e com canções alusivas. Para finalizar este período concretizou-se a Festa de Natal, depois de ter sido preparada nos diferentes grupos de trabalho e que contou mais uma vez com a presença e participação ativa dos encarregados de educação que nos brindaram com belas representações e danças. Textos dos alunos referentes a estes temas: Dia da Alimentação No dia 16 de outubro comemoramos na nossa escola o Dia da Alimentação. Os alunos de todas as turmas trouxeram frutos para confecionarmos uma salada de frutas. Durante a manhã estivemos a provar frutos que não conhecíamos, como o abacate, o mamão, a papaia e o mirtilo. Nem todos gostamos destes frutos, porque têm sabores diferentes daqueles que estamos habituados. No final do almoço, comemos salada de frutas confecionada com os frutos que nós trouxemos. 30 Da parte da tarde, juntamo-nos todos com os meninos do Jardim de Infância para cantarmos e apresentarmos a pela de teatro “A perinha”. Foi um dia muito interessante e divertido. Escola Básica de Rossas – Turma B Dia Mundial da Alimentação Dia dezasseis de outubro, dia da alimentação, Vivemos momentos diferentes, festejámos com motivação. Queremos crescer e ser gente, ter uma vida saudável. Por isso, comemorámos, E foi um dia adorável! Fomos provadores de fruta: Mirtilo, abacate, papaia, mamão, e de alguns destes sabores, uns gostaram, outros não. E, para além desta fruta, outra foi saboreada: Bebemo-la em batido, comemo-la em salada. 31 Fomos ainda cantores e atores profissionais. Dias saudáveis, como este, desde já pedimos mais. Trabalho coletivo S. Martinho Dia de S. Martinho! Festeja-se na escola e passa-se a mensagem “do bem praticar”, recriando as lendas, fazendo fogueiras, jogos praticando... À roda da fogueira, canta-se ao S. Martinho, brinca-se e salta-se. 32 Castanhas assadas, vão todos prová-las como é tradição! Mas tendo presente que, no S. Martinho, tudo quer dizer que, “o bem aos outros”, devemos fazer. Trabalho coletivo NATAL Natal, tempo de Paz, alegria e solidariedade! Todos estes sentimentos, nós vivemos com vontade. Porque é um tempo especial, esquece-se o mal, recorda-se o bem, segue-se a vontade d’ Aquele que, há muito, nasceu em Belém. Reúne-se a família, como manda a tradição. E os amigos visitam-se, trocando prendas, ou não. Mas esta troca de prendas são os adultos quem o faz, porque as prendas das crianças, 33 é o Pai Natal que as traz. Trabalho coletivo NATAL A noite de Natal Para mim, é a mais bela! Recebo muitos presentes, por isso, não me esqueço dela. O Natal é a festa em família, reúnem-se todos para jantar, e lembrar a vinda do Menino Jesus, e do Pai Natal que está a chegar. A estrela de Natal 34 vem visitar esta terra, traz paz, pão e amor, às crianças vítimas da guerra. Natal é a festa dos simples, porque Deus assim o quis, foi por isso que nasceu naquela noite feliz. Inês - 4.º ano Eleições ao Conselho Geral do Agrupamento de Escolas No dia 24 de outubro, decorreram eleições para os representantes do pessoal docente e do pessoal não docente ao Conselho Geral do Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo para o quadriénio 2013/2017. Pela primeira vez concorreram duas listas do pessoal docente, registando-se o seguinte escrutínio: Inscritos 157; votantes 158, Votos brancos 10; Lista A-86; Lista B-42. Assim, através do método Hondt, pela lista A foram eleitos: Maria Antonina Dias; Maria Carmo Fernandes, Albino Falcão Ferreira e Maria dos Santos Ferreira e na lista B, Elisa Cruz Varanda e Carla Machado Álvares. Quanto ao pessoal não docente dos 75 inscritos, votaram na lista A- 42, registaram-se 17 votos brancos e nulos. Foi eleito José Carlos Rodrigues. Relativamente aos representantes dos alunos do ensino secundário, estes para o biénio 2013/2015, apresentou-se apenas uma lista a sufrágio que obteve 48 votos, dos 174 votantes, tendo-se registado 126 votos brancos e nulos. Foram eleitos Gervásio Fernandes Vieira e Jorge Miguel Ribeiro, ambos do 10º ano de escolaridade. 35 TRABALHAMOS EM INGLÊS Os alunos do CEF-Mesa, 8ºG, elaboraram maquetas de casas, legendadas em inglês, com muito empenho e dedicação. Estes trabalhos foram expostos na Biblioteca da Escola a fim de poderem ser vistos por toda a comunidade escolar. O resultado foi muito positivo, quer para os alunos envolvidos no trabalho, quer para os visitantes que muito os elogiaram, promovendo a sua motivação. Alunos da turma G do 8º ano Visita ao Museu No dia 11 de novembro de 2013, as turmas D e E do 10º ano dos cursos profissionais, foram visitar o museu “Adelino Ângelo”, onde decorria uma exposição de cogumelos, dando assim cumprimento ao plano de atividades no âmbito da disciplina de Área de Integração. Com as explicações dos senhores Vasco Guimarães Dias e Francisco Costa ficamos a saber que há vários tipos de cogumelos, uns são comestíveis, outros são tóxicos e venenosos. Ficamos ainda alertados para o perigo de apanhar cogumelos desconhecidos e que só o devemos fazer acompanhados por pessoas com experiência. Os anfitriões informaram-nos dos nomes científicos e comuns dos cogumelos que existem na nossa região, explicaram-nos que para que os cogumelos durassem mais tempo deveriam ser submetidos a uma técnica de secagem por ventilação. Mostraram-nos ainda que há determinados cogumelos que 36 em contacto com o ar modificam a sua cor e alertaram-nos para que, em caso de dúvida não os ingeríssemos e, se tal acontecer, devemos procurar de imediato assistência médica e de preferência guardar um pouco do cogumelo ingerido, para que assim seja fácil de identificá-lo e de receber o antídoto correto. Nesta mesma visita fomos ainda guiados pela senhora Ângela, que nos acompanhou pelas várias salas, onde se encontravam diversas obras do artista que deu nome ao museu. Em suma, achamos esta visita importante e interessante para o nosso desenvolvimento cultural. Artur Fernandes nº2 10ºE Andreia Carvalho Nº2 10ºD Associação de Estudantes Foi no passado dia 3 de dezembro que a nova Associação de Estudantes tomou posse. Assembleia Geral: Vicente Cardoso, Miguel Capela e Vítor Gomes. 37 Conselho Fiscal: Leonardo Pereira, Abel Costa e Mário Carvalho. Direção: Leandro Pereira, André Lobo, Nuno Carvalho, Jorge Pinheiro e Tiago Silva. Apresentaram o programa eleitoral seguinte: • Vida Escolar: Defesa dos direitos dos alunos; Prevenção da indisciplina e da violência na escola; Prevenção / recuperação do insucesso no aproveitamento; Limpeza do espaço escolar; • Atividades culturais: Exposições; Concertos; Artistas / autores convidados; Saraus culturais; • Formação e informação: Debates sobre problemas / questões de interesse dos alunos; Conferências com especialistas convidados; Edição do Boletim Informativo da Associação de Estudantes; • Rádio escola: Equipamento; Programação; Informação; Animação dos intervalos e hora do almoço; Divulgação de atividades na escola; Avisos à comunidade escolar; Visita a uma rádio local; • Atividades desportivas: Torneios na escola; Colaboração com o Desporto Escolar; • Atividades lúdicas: Convívios, festas; Passeios, excursões; Jogos tradicionais; • Instalações e equipamento: Dinamização de atividades de melhoramento de salas, espaços verdes, acessos, etc.; Contributos para aquisição de material diverso; • Financiamento da Associação: Quotas; Patrocínios, Apoios da Associação de Pais e Encarregados de Educação; Apoios da Câmara Municipal de Vieira do Minho. SERÁ QUE A JÚLIA DISTINGUE COCA-COLA E PEPSI? As duas turmas do curso de Ciências e Tecnologias do décimo segundo ano da EB/S vieira de Araújo assistiram, no dia 16 de Dezembro, a uma palestra dirigida pelo professor universitário do Departamento de Matemática e Aplicações da Universidade do Minho, Luís Filipe Machado, na Sala de Trabalho. 38 O início da sessão foi dado pelo Adjunto do Diretor do Agrupamento, professor Fernando Gomes, que agradeceu a presença de todos, inclusive, do professor. O palestrante iniciou a atividade apresentando as aplicações da Estatística: desde a Medicina à Gestão, passando, ainda, pelo Ambiente. Toda esta elucidação quanto a este campo da Matemática, foi apoiada por notícias, na sua maioria, publicadas pelo Jornal de Notícias ou Público, nos últimos anos. Foram divulgadas algumas atividades envolvendo as questões da Estatística que poderiam ser desenvolvidas. Apenas duas delas foram usadas durante a palestra. A primeira atividade remontava há alguns anos: três portas, dois sapos e um carro. Num programa televisivo, conhecido em Portugal como ‘O Preço Certo’, na parte final, o concorrente vencedor tinha de escolher entre três portas. Atrás de uma delas, encontrava-se um grande prémio, normalmente, um carro. Atrás das duas restantes encontravam-se prémios menos valiosos. Das três portas (1,2 e 3), o concorrente escolhia uma, por exemplo, a porta 2. Logo após essa escolha, o apresentador diria que a porta 3 não seria a correta. Deveria o concorrente mudar de opinião, não mudar, ou seria indiferente? Ficou provado que sim. A probabilidade de acertar seria maior caso mudasse de ideias. Passando à segunda atividade, foi escolhido um aluno que tivesse a certeza de que conseguiria distinguir Pepsi de Coca-Cola. Nelson Estêvão do 12.ºB foi o escolhido. O palestrante convidou-o a sair da sala, enquanto o lançamento de uma moeda ao ar determinava qual dos refrigerantes devia encher cada um dos dez copos. O aluno foi chamado a voltar à sala e foi submetido á prova. Dos dez testes, apenas errou três vezes, mas não chegou para se considerar que ele saberia distinguir Pepsi de Coca-Cola. Foi distribuído a cada aluno um panfleto elucidativo da Licenciatura em Estatística Aplicada, tendo sido o representante do grupo de Matemática da escola, professor João Paulo Gonçalves, a dar por encerrada a sessão, agradecendo, mais uma vez, a todos os presentes. Renato Costa 39 CRÓNICAS - por André Carvalho 40 A arte de sofrer até ao fim! Respirou, a plenos pulmões o ar rarefeito que pairava à sua volta. Finalmente chegara ao topo. Virou-se para olhar um horizonte que não era nada mais que uma imensa branquidão. As nuvens que se uniam todas numa só manta com o objetivo de esconder todo o mundo existente lá em baixo. Passara as últimas oito horas a subir sem parar. Sem falar, apenas a respirar, a sentir os batimentos do coração nos ouvidos. Cada passo que dava parecia uma queda para a morte que desejava. O cansaço era tal, que a ideia da morte trazia-lhe um certo conforto. Olhou o cume que há mais de três dias esforçava-se por atingir. E perguntou-se "Porque é que estou a fazer isto?”. Também eu pergunto qual a razão para fazer o que muitos outros já fizeram por obrigação. Quando o curso das suas vidas mudou. Perseguidos, num cenário de guerra, tiveram de abandonar as suas nações. E por entre as montanhas encontrar a fuga. Tal como ele, subiram. Apenas eles, cada com sua respiração, sem falar, com os batimentos do coração nos ouvidos a confirmar que ainda não tinham morrido. A diferença é que eles tinham um propósito. Ele não. Expor o seu corpo a profundas temperaturas negativas, a um clima hostil, só por diversão? Não pode ser essa a razão. Sempre que sobe a reta final arrepende-se. Garante que não volta a fazê-lo. A verdade, porém, é que volta sempre ao mesmo. Repete-o, vezes infindáveis. E continuará a ser assim até ao fim. “É isto que distingue o vencedor do derrotado” pensa. Mesmo quando o odeia fazer, faz. Numa forma, distorcida, de provar a si mesmo que é capaz. Quando não percebemos o porquê do que fazemos, contamos uma história a nós mesmos, e inventamos razões que nos parecem pertinentes. É um contar histórias para sobreviver. Questiona o que motivava Heinrich Harrer? O que motiva cada um de nós? A ele, é a subida mais agreste, aquela onde tem de provar que é merecedor de reclamar o ponto mais alto. Dominar a arte de sofrer até ao fim, a fim de se sentir 41 um vencedor, sem ter de provar a mais ninguém que o é. É esta a história que conta a si mesmo. Carta a alguém do futuro Algures na Terra, 8 de dezembro de 2013 A quem quer que esteja a ler isto, um Olá. Espero que esta carta tenha perdurado por muito, muito tempo. De tal forma que a tenhas encontrado e estas mesmas palavras estejas a ler, a medo e desconfiança, pois a sensação que a estrutura do papel te transmite quando lhe tocas é algo que nunca sentiste ou que a tua geração alguma vez sentiu. A falar assim sinto-me muito velho, muito sábio, apesar de ter algures a mesma idade que tu, uns míseros 18, achando que já sofreu o Atlântico inteiro. “papel, s. m. substância formada de matérias vegetais ou de trapos reduzidos a massa, e disposta em folhas, para se escrever, embrulhar, etc.;(...)” Dou-te esta definição, partindo do princípio de que não passas de um burro ignorante questionando-se ainda do que será um papel. Esta definição, tirei-a do meu dicionário, que deve estar desatualizado, pois se fores ao teu dicionário digital deves encontrar algo do género: “papel, s. m. substância formada de matérias vegetais ou de trapos reduzidos a massa, e disposta em folhas, para se escrever, embrulhar, etc., extinguiu-se nos anos 20 do século XXI, quando a tecnologia desenvolveu-se de tal forma, acabando qualquer tipo de comunicação considerada Pré-pós-Histórica, desde então impera o e-mail.”. Vou ignorar a tua cara de estúpido/encanto/intrigado por alguém, que já não existe no teu século ter descoberto uma definição que nunca se lhe chegou a existir no seu século. Tanta conversa acerca de papel deve ter algum significado. Tens razão. (Vou fingir que interrogaste aquilo!) O papel provém das árvores. Espero que ainda existam aí no teu século. Se caso não existirem aqui tens a definição originária do meu muito desatualizado dicionário: “árvore, s. f. planta lenhosa, elevada, que, em regra, não apresenta ramificações na base; (...)” Sendo que no teu dicionário digital 42 encontrarás ainda o seguinte: “...extinguiram-se por volta dos anos 70 do século XXI, quando a ganância, dos homens desta época, pelo dinheiro, falou mais alto. Causando a morte a imensas espécies de animais. As organizações que tinham como objetivo travar este tipo de ameaça, nada puderam fazer.” O papel vinha daqui, das árvores, causando-lhes uma morte lenta, acelerada pelo crescimento populacional. A reciclagem surgiu como a solução para a existência do papel de forma sustentável, sem causar o desaparecimento das árvores. Ambas existiam em simultâneo, nenhuma tinha de se sacrificar pela outra. Até que... Começo a concluir a carta, dado que a tinta da minha caneta já se começa a esgotar, é muito antiga. Sim, vai procurar a definição de “tinta” e “caneta” ao teu dicionário digital, pois a minha paciência para ti também se esgotou. Não leves a mal. Sempre tive pouca paciência. Toco mais uma vez esta carta, antes de a atirar ao mar, para ser encontrada por ti agora, no teu agora. A sensação que é tocar um papel... Um abraço. Até Sempre. Cenários de um futuro distante... Tenho o estranho hábito de imaginar cenários que em nada se podem comparar a uma realidade, digamos, normal. O último cenário proveniente da minha imaginação, foi a de um tempo e espaço onde o mundo não existia. Existia o universo. Os países não existiam. Existiam os planetas. E o planeta Terra, constituído por diferentes raças e etnias, não existia. Éramos todos denominados pelo mesmo nome. O nome que haveria de ser criado para todos os habitantes do planeta, aquele conhecido por nós, como Terra. 43 Com isto, a diferença entre nós, humanos, não seria tão evidente. A nossa desigualdade haveria de existir para com os habitantes de outros planetas. As guerras e os conflitos armados seriam, igualmente, com eles. O espaço seria o campo de batalha. Talvez assim, na Terra, os menos poderosos seriam-no um pouco mais, e os poderosos seriam-no um pouco menos. Pois a verdade é que nascemos num mundo constituído por diferentes peças, mas tudo um só. Um só sem forma homogénea. Para mim é apenas o estranho hábito de imaginar cenários que em nada se podem comparar a uma realidade, digamos, normal. Para outros, é o desejo de um dia, finalmente, poderem viver como irmãos, deixarem de ser um ‘eu e tu’ e passarem a ser um só. De um dia, algures no futuro, todos nós sermos denominados pelo nome que haveria de ser criado para todos os habitantes do planeta, conhecido por nós como Terra. É um morrer para o mundo. Cada vez mais se convence que dificilmente será feliz a viver naquele mundo. Há dias que não escreve. Porque haveria de o fazer? Começa a ver cada vez mais pessoas a escrever, porém, vê cada vez menos escritores. Todos têm algo a dizer. Poucos dizem realmente algo. Hoje em dia todos expõem a sua visão, muitas delas desnecessárias, tão desnecessárias. Tentou pôr ordem na sua vida, mas a vida, fazia questão em repor a desordem. Encostou-se e deixou-se a ver os pseudo-infelizes a fazer arte, a serem extraordinários... Se esses palermas, os pseudo-infelizes, fossem honestos e admitissem que apenas são masoquistas, que o facto de encontrarem prazer na infelicidade, não faz deles verdadeiros infelizes. Mas não, deixam-se enganar, pensando que o enganam. 44 A noção de mundo está cada vez mais errada na sua perspetiva, a perspetiva do insignificante, daquele que sabe, porém é visto como o snob ignorante, tende a ver-se de forma autopsicográfica e isso não o ajuda. Na verdade é ele mais um desses pseudo-infelizes, que viu demasiado longe e perdeu a vista e já não sabe como a recuperar. Pior é não saber se a quer recuperar. O viver à frente do seu tempo é completa estupidez, pois nunca viverá nesse “à frente” e isso significa a não existência, o que é equivalente à morte. Encontra-se num tempo e nesse tem de viver, à sua maneira, é certo, mas nunca a pensar no passado, muito menos a pensar no futuro. Às vezes pensa que o “futuro” foi obra da expressão do “não há duas sem três”. O passado é o registo das nossas ações no presente. O presente é o presente. E o futuro não passa de um tempo abstrato que nunca vem. São pensamentos destes que o invadem. É uma perspetiva de mil e uma formas. É o deixar-se morrer para o mundo, sem que este alguma vez o saiba. É um ressuscitar quando souber como viver no mundo. É ser artista, e se isso significar arte, é ser infeliz. 45 QUE É FEITO DE TI? 46 ANA ROCHA Em primeiro lugar quero agradecer o convite que me foi feito pela querida professora Carla Álvares, tendo sido minha professora aquando aluna desta fantástica escola pela qual sinto uma enorme saudade. Relativamente ao meu percurso desde a minha saída da Escola E.B. 2,3 Vieira de Araújo até hoje, neste momento encontro-me no quarto ano do curso de Serviço Social na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional de Braga. Sempre me disseram que os anos da universidade são os melhores anos da nossa vida. A meu ver, os melhores anos da minha vida foram mesmo os anos em que frequentei a minha querida escola até ao meu 12º ano. Tinha por perto os meus verdadeiros amigos e na universidade deixei de os ver diariamente para vê-los esporadicamente. Mas também não me posso queixar de tudo na universidade. Encontrei professores fantásticos e colegas fantásticos. Confesso que o que mais me assustou foi a parte em que a maioria dos professores não se preocupa tanto connosco como se preocupavam os nossos professores do secundário. Na universidade, praticamente, é cada um por si. Costumo aconselhar, a quem me pede opinião, que só deve entrar para a universidade quem realmente gosta de estudar porque não é, de todo, fácil. E quem não tem cabeça, consegue perder-se facilmente. Este conselho dou-o a todos vós, caros alunos, que estão a ler este meu pequeno artigo. Mas se gostarem, vão, esforcem-se, lutem e, acima de tudo, divirtam-se. Mas sempre com juízo! É sempre bom aprender e nunca é demais estudar. No final, o trabalho e a dedicação serão recompensados. No geral, faço um balanço positivo relativamente ao meu percurso como universitária. Graças ao meu empenho e dedicação, transitei sempre de ano sem nunca ter deixado uma cadeira para trás. Uma vez que o meu curso é de três anos e meio, estou neste momento neste “meio ano” ao qual chamamos de 47 quarto ano. Assim, o meu curso tem fim em fevereiro de 2014 (está quase, quase!). Quanto ao futuro, não sei o que este me reserva. Apenas sei que adorava permanecer, para sempre, na minha terra onde sou muito feliz. Cumprimentos a todos vós e sejam felizes! CARLA VALE Olá, chamo-me Carla e vou contar um pouco do que é feito de mim… Com 18anos terminei o ensino escolar, tendo completado o 12.º ano. Como não quis continuar os estudos, tive que decidir fazer algo da vida. No princípio parece tudo muito fácil pois queremos é fazer alguma coisa. Nesta altura já tinha carta de condução e carro e o que queria mesmo era trabalhar. Procurei trabalho, até que consegui arranjar lugar na Pousada de S. Bento onde trabalhei na limpeza dos quartos, ajudava na cozinha e copa, entre outros serviços semelhantes. Na verdade não era o que gostava de fazer, mas pelo menos era um trabalho que tinha conseguido. Passados 2 anos casei-me, vivi com os meus pais no início do casamento, pois o meu ordenado não era muito alto e estava sempre a contrato. O do meu marido não era certo, não tínhamos como viver sozinhos. Três anos depois decidimos emigrar, pois se queríamos viver independentes, não seria em Portugal que iríamos conseguir, sem condições de trabalho e com contrato de trabalho. O país de destino seria a Suiça. Primeiro emigrou ele por 3 meses e depois eu. No início não foi fácil a adaptação ao país, passámos por diversas dificuldades. Comecei por fazer algumas horas de limpeza num hospital de Zurique e passados 4 meses arranjei um trabalho numa 48 casa privada onde faço a limpeza diária e onde hoje continuo. Já estamos cá há 3 anos, com todas as dificuldades superadas. Com o passar do tempo tudo melhorou, agora o futuro é visto de outra maneira… tudo graças à nossa decisão, apesar de Portugal ser sempre Portugal. CRISTIANO PINHEIRO Antes de mais, gostaria de agradecer o convite que me foi feito por parte da professora Carla Álvares a fim de participar nesta edição do Vernária. É uma grande honra poder ser parte do jornal da Escola da minha terra, Escola onde tão feliz fui e espero que me seja permitido continuar a ser. Gostaria de deixar aqui também um sincero abraço para aqueles que contribuíram para a minha formação, quer a nível académico, quer a nível pessoal. Desejo honestamente que nunca vos falte a força, nem a paixão pelo ensino para que as novas gerações sejam cada vez melhor formadas, capazes de enfrentar as amarguras de um país que precisa dos seus jovens para que o futuro possa ser uma realidade. A todos vocês, um obrigado! No que concerne à pergunta “que é feito de ti”, responderei sem contemplações ou considerações ulteriores. Sou advogado-estagiário e mestrando em Direito Administrativo. Em junho de 2013 concluí a minha licenciatura em Direito na Universidade do Minho. Foram bons anos. Como se diz, na gíria estudantil, “São os melhores anos da nossa vida”. Boémia, espírito académico, aprendizagem… 49 “A Universidade é a escola da vida”. Conhecemos pessoas muito heterogéneas, umas boas, outras menos boas, aprendemos a lidar com a vida a um nível totalmente diferente. Somos nós os donos e senhores dos nossos narizes. Ninguém nos diz a que horas dormir, a que horas jantar. Ninguém nos diz para estudar. Ninguém nos diz “nada”. É o nosso sentido de responsabilidade e de gosto pelo que fazemos que nos guia. E neste caminho sinuoso, há muitos que se perdem pelo caminho. Talvez aqueles que nunca estiveram predestinados a calcorrear esses caminhos. Talvez. Afinal de contas, o sucesso só vem antes do trabalho, no dicionário! Contudo, nem tudo são rosas. As noitadas a estudar, a ânsia pela nota de um exame, um resultado abaixo das nossas expectativas, impingem-nos sensações um tanto ambíguas. Todavia são essas dificuldades que nos fazem crescer. Amadurecer, ver a vida de outra forma. Valorizar o carinho de uma mãe ou o esforço diário de um pai. Efetivamente “a vida não é fácil” e é nestas alturas que aprendemos a valorizar as pequenas coisas. Ainda assim, o balanço que faço do meu percurso académico é francamente positivo. E se, por hipótese, tivesse que pesar tudo o que obtive direta e indiretamente na Universidade, o prato das “coisas boas” estaria de tal forma pesado que “as coisas más” nem chegariam para levantar uns centímetros o seu homólogo. Gostaria que todos os jovens Vieirenses tivessem oportunidade e ganas (!) de ingressar no ensino superior. Afinal de contas a educação é a trave mestra que sustenta a nossa sociedade! A todos vocês, força, não desistam! Verão que o esforço, o trabalho e a dedicação são amplamente recompensados! 50 Antes de ingressar na Faculdade, estive um ano em Braga na Escola Secundária Carlos Amarante, ignorando os conselhos e os pedidos dos meus professores, do Diretor da escola, dos meus colegas e amigos… Foi um erro, confesso-vos. Na altura realizou-se a junção das Escolas preparatória e secundária, situação que gerou algum alarido e levou a alguns protestos por parte dos alunos mais velhos. Juntando esse facto à expectativa e à possibilidade de conhecer pessoas novas, uma escola nova, um mundo novo de hipóteses, pensando eu que as pessoas em Braga seriam mais interessantes de alguma forma… Enganei-me redondamente. As pessoas são mais frias, mais distantes, mais fúteis. O ambiente de amizade, entreajuda e bonomia vivido em Vieira do Minho não se repete nos grandes centros. Aliás, não se repete em praticamente lado nenhum. Mas nós (oh seres ignorantes e cegos!) só nos apercebemos disso após algum distanciamento, após convivermos com outra realidade e percebermos a riqueza e a maravilha que a nossa terra é. Não sei o que o futuro me reserva. Sei apenas que quero ter o máximo de contacto possível com a minha terra, terra de gente boa, genuína e sincera. Uma terra onde sou feliz. Vieira do Minho, Terra de Sonhos. JOSÉ RODRIGUES Olá comunidade escolar! Sou o José Rodrigues, tenho 22 anos sou natural da freguesia de Parada de Bouro, estudei na Escola EB 2,3/S Vieira de Araújo entre o ano 2002 e 2011. Antes de mais quero começar por agradecer o convite para participar nesta rubrica, é com enorme prazer que deixo aqui o meu testemunho. Orgulho-me de ter feito parte desta escola, uma 51 escola humilde, em que se destaca pelos bons resultados dos seus alunos, uma escola reconhecida a nível nacional e não só, pela capacidade dos seus alunos em desenvolver projetos vencedores. Posso dizer que se hoje tenho um emprego devoo à nossa escola, foi ela que me permitiu ingressar no mundo de trabalho. Foi na nossa escola que adquiri métodos de trabalho, alguns de vocês ainda estarão recordados, os mais novos talvez não, por isso e por saber que a nossa escola tem capacidades, competência, e mão-de-obra (professores e alunos) foi graças a projetos na área da robótica projetos estes que elevaram o nome da nossa escola a nível nacional e além fronteiras, (Espanha, Áustria, Singapura), trazendo visibilidade, prémios e mérito para a Escola EB 2,3/S Vieira de Araújo inseridos no Curso Profissional Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos concluído no ano de 2011. Tive a oportunidade de estagiar por duas vezes na atual empresa onde exerço funções profissionais, de seu nome Fnac Portugal na cidade de Braga. Resultado positivo nos dois estágios foi-me feita uma proposta de trabalho, que de imediato foi aceite e dura até aos dias de hoje. Sabendo das dificuldades que há para ingressar no mundo do trabalho, em obter o primeiro emprego, não tenho duvidas que devo tudo isto à minha escola, aos meus professores. Sem eles eu não teria os métodos de trabalho que hoje tenho, mas afinal o que somos nós se não tivermos professores? Atualmente faço aquilo que gosto, estou numa empresa estável, em que a tecnologia é o forte, todos os dias sou ‘’obrigado’’ a trabalhar com ela, e quando assim é, tudo se torna mais simples, e acreditem que não há nada melhor do que irmos para o nosso local de trabalho e pensar ‘’vou fazer o que gosto’’. Como tal, não fecho a porta a um regresso à escola, com o objetivo de desenvolver ainda mais e dar continuidade ao que aprendi no ensino secundário. Quero, acima de tudo, criar a minha própria empresa direcionada para tecnologia, na minha terra natal, em Vieira do Minho. 52 Termino esta minha rubrica com um agradecimento muito especial, para além de professor, foi e continua a ser um AMIGO, passou-me os seus métodos de trabalho, ensinou-me muito, não só a ser um bom aluno mas a ser um bom profissional, um obrigado ao Professor João Cunha. Deixo-vos, com uma frase de John Dewey: ‘’A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.’’ 53 POESIA AQUI VOU EU… 54 Acróstico Depois de ler e ouvir ler a história “Sorriso de Estrela”, os alunos da turma 3.º C, da Escola Básica de Vieira do Minho elaboraram o acróstico. Dentes sem bactérias Escovar muito bem Nunca esquecer Ter uma boa alimentação Evitar guloseimas Sorrisos brilhantes! Turma 3.ºC, Escola Básica Vieira do Minho Heróis da Fruta Quando formos comprar fruta Devemos bem escolher Pois aquela mais saudável Ajuda-nos a crescer. Eduardo 55 Com este projeto Comecei a comer Muita frutinha Que me ajuda a crescer. Beatriz Ferreira Para ter força essencial Temos de fruta comer, Tem vitamina fundamental Para me dar energia e crescer. Beatriz Martins Eu adoro comer fruta Dá-me muita energia, Levo-a comigo para sempre E como-a com alegria. Luciana Para não esquecer Este projeto também É essencial para crescer E viver muito bem. 56 Beatriz Bicho Muita frutinha Temos que comer, Muito bem lavadinha Para nos ajudar a crescer. Ariana Para bem crescer Com muita energia, Temos de comer Fruta dia-a-dia. Cláudio Centro Escolar do Cávado, turma 4.º D Quando eu cresci Quando eu cresci Toquei na areia da praia. Brinquei nas ondas do mar. Fiz os trabalhos da escola E aprendi a sonhar. 57 Quando eu cresci Aprendi a andar, A falar e a rimar. Quando eu cresci Aprendi a brincar E a fazer amigos. EB1/JI de Guilhofrei – 2.º ano Ler um livro é importante às vezes urgente. Lemos muitos livros já somos gente. As crianças, todos os dias podiam ler, pois assim aprendem a crescer. A escola é a melhor forma de ler e também aprende-se a escrever. Para ser bom aluno é preciso estudar para as fichas preparar. 58 A escola é para estudar, para estar atento. Para no futuro trabalhar, ser gente. Leonor Vieira – 4.ºB (EB Vieira do Minho) Magusto e S. Martinho Como castanhas assadinhas Ao almoço e ao jantar Com sal e bem quentinhas Ao lume a estalar. Amanhã tenho magusto Na escola vamos comemorar É dia de S. Martinho Vamos todos comer e brincar. Eu gosto do S. Martinho Para o festejar Comem-se castanhas 59 E prova-se o vinho. Os castanheiros dão ouriços O ouriço agasalha a castanha Quando o ouriço a larga Toda a gente vem apanhar. Um divertido magusto Se fez cá na escola Brincou-se e jogou-se à bola Saímos tarde e a custo. Fez-se uma grande fogueira Que labaredas tamanhas Comemos a tarde inteira Deliciosas castanhas. David, Diogo Miguel e Renata – 3.º C (Centro Escolar do Cávado) Nasci rapariga e fui feita para lutar Mas perco-me na adolescência Não tenho paciência E não a consigo acompanhar 60 Mudo de humor facilmente E ando sempre ensonada Não é que não durma bem É que não se passa nada Tenho problemas com a sociedade Ela não merece o meu respeito É uma monstruosidade E pode levar isto a peito As hormonas também estão contra mim, Andam sempre alteradas Ora rio, ora choro Quando vão ficar controladas? Seja assim então, Isto constrói o meu corpo e personalidade Sei quem realmente sou… Quem realmente sou de verdade! Sara, 11.ºA If I were young forever… …I would live LIFE more intensely Don’t be afraid of the end And of doing things correctly! …I would make my dreams come true And I could really say “ Life is sooooooooo good!” …I would do all the things I’ve always wanted to do I would fall in love Just for you, and only you… 61 …I would not seize the day Because life would be boring Nothing new for us to say… … I would feel free forever I would live life to the fullest Just you and me…together! ... I would enjoy life to the limit ‘Cause it´s too short to be spoiled… Can’t believe I said it! …I would never study, as my father says I’d play all the time Praying for better days! …maybe life would be boring And we wouldn’t enjoy it As we do now… NEVER! Collective poem based on the lyrics of the song “Forever Young”, by ALPHAVILLE (10th B) 62 OPINIÃO 63 THE POWER OF MONEY In my opinion, rich people should donate part of their money to help other people because if people have money to spend in perfume and make up, I think people also have money to help other people. I agree people need to buy that type of things but if people buy so many cosmetics it’s because they have money. So, part of this money can be used to do altruistic things, like helping poor people! I think money can’t buy happiness but it can help, if we have money and we are modest, humble, we can easily be happy. Of course, people who were poor and then (because they worked hard or because they won something) became rich, know the cost of life. On the other hand, people who were born rich many times don’t know what life is and what is important in each poor person’s life. Adriana Serra- 11th A Dear Earth … All plants, all animals, all landscapes, all the streams, rivers, oceans, everything and everyone show the creativity and intelligence which you possess! Just like you, we, humans, evolved and we discovered that we could do a lot of things with all you have and give to us. However, as we aren’t as perfect as you, all things that we have done have always a negative consequence against you. For example, genetic engineering is very important in terms of our longevity or for the treatment of certain diseases... Nevertheless, for you, it can be an atrocity because it can destroy your future… I also know global warming is something that you are worried about, and I understand, but at the same time, I would like to tell you that I think we, humans, “can go back” and undo it all. 64 Well, I'd just like to sincerely apologize for all the harm we've caused you; for all the pain; all the war; all the chaos. We were given this wonderful gift and we ruined it! Sincerely, Célia (11th B) A Letter to the Earth Hi, Earth! Nowadays, our society is ruining you, with pollution, global warming, deforestation, and many other things…The biggest problem is pollution. Everyone pollutes nowadays, even me, unfortunately! And I know that I have to reduce the level of pollution I do. I think everyone should do it! Polluting is the worst thing that society is doing to you, in my opinion! Another problem is deforestation. I think people who practice deforestation are people that have no mercy on you, and if they need to destroy trees, at least, after cutting the trees they could plant others. Human beings can sometimes be very disrespectful to you. Get well soon! Bye! Artur (11th B) Dear Earth, At this moment, we are aware you have a lot of problems that have been caused by us and can be solved by us, humans. You have so many problems, like acid rain (rain that contains dangerous chemicals), global warming (an increase in world temperature), greenhouse effect (gradual warming of your atmosphere caused by an increase in carbon dioxide), ozone layer (a layer of gases which stops harmful radiation from the sun to reach 65 you), pollution (the damage done to air, water or soil by the addition of harmful chemicals), endangered species (group of animals or plants in danger of becoming extinct), deforestation (the act of cutting down large areas of forest), soil erosion, rivers are running dry, wetlands are disappearing, fisheries are collapsing, temperatures are rising, coral reefs are dying and other problems that we have caused to you, through small things we are doing daily that will worsen the condition of your environment… There are things that we can do every day at no cost to minimize all the damage that we have caused and that will damage our and your future. These things are, for example, turning off lights when we leave a room; turning off televisions, computers and other electronic things when they are not in use; not leaving fridge doors open for longer than necessary; using economy programmes on dishwashers or washing machines; reducing the amount of packaged products you buy; reusing shopping bags and recycling newspapers. There are other solutions besides the solutions above: speeding up the use of clean, renewable forms of energy ; developing a solar car; walking, cycling, taking the train or car-sharing; if car driving is unavoidable, we can choose a fuel-efficient, low-emission; solar technology (e.g. photovoltaic pannels); wind power; hydrogen economy and make the environment a top priority. It's not just policies and industries that need to be more climate-friendly; each individual has an impact on your environment. The choices that we make daily can affect the climate and consequently you. T’sIs important to remember that “Small words … Small actions … can save our planet” (F. Wesley). I say goodbye with the promise that I will help you solve all the problems that we ourselves have caused in you, Caterina Soares (11th A) 66 Portugal, 25th October 2013 Dear Earth, I know perfectly well that you are essential to my survival, and lately I have not really respected you, because I haven’t reduced the emission of gases such as carbon dioxide, which increases your global warming and the greenhouse effect. I’m so sorry! As time passes by, the future is waiting for us, this future of great danger and great hopes. My well-being depends on a healthy biosphere (diversity of fauna and flora), very fertile soils, clean water and clean air, etc... And I should protect it. I'm currently inserted in a community of consumerism, which is leading to the depletion of resources and consequently the extinction of species. Your safety is threatened! It is being very dangerous for your sustainability, but it does not depend only on me to change, it depends on all Mankind. If we try to find harmony, we can change your future. We must begin by changing our lifestyles and values, reducing environmental impacts caused by us. All together we can make a difference, as they say "One for all and all for one." But before making a group decision I have my own responsibility and I MUST BE AWARE of my own mistakes. Only then will I realize all the evil I do to your future. For your sake, we must respect the following principles: Respect life, its biodiversity and respect you essentially; Community care with understanding; Build societies: passive, mainly fair and sustainable; 67 Protect and restore all its ecological systems; Prevent environmental damage and adopt patterns of consumption and production; Investigate the ecological sustainability; Trying to end poverty, since wealth is unevenly distributed; Caring for animals; Etc. So I commit myself to respect all these principles to start your new life. If it depends on me, his future will be great and sustainable. Thank you for all your attention, Diana Barbosa (11th B) Dear Earth: As you know, you are very sic! Some people and animals are concerned about you. Many things are happening with you and I know that it is also my fault. Communities are ruined, resources are depleting, species are being extinguished, pollution growth has overwhelmed you… Unfortunately, your safety is threatened…. We need to save you! Over the years, we have polluted you, although there are some people concerned about the protection of species, recycling, reforestation…. We are slowly killing you, although we need you to survive. 68 It’s time to change!!! I know that the choice is ours, and we choose to change. For you and for all of us! We must respect you; take care of you with compassion and love; promote recovery of threatened species and ecosystems; protect natural reserves (from the wild lands to marine areas); managing the use of renewable resources ( so they do not exceed the rates of regeneration and that protect the health of ecosystems); avoid the possibility of serious or irreversible environmental damage; prevent pollution in any part of the environment; Reduce, Reuse, Recover, Renew and Recycle (the 5 Rs policy!); act with restraint and efficiency when we use energy; promote development… It’s our responsibility to take care of you, don’t worry about yourself… You will be fine… With love, Cristina Rodrigues (Number 10, 11thA) Dear Earth, Days have gone by and I have been thinking why is it that everybody talks about protecting our planet, but actually they don´t do anything to really protect it. Let´s see what your main “diseases” are: • Species extinction: You are losing your family, and the main cause are us, we don´t care about any other species but our own. We eat them, we use their skin and most of all we disrespect you and them that don´t really have a choice, they have to put up with us; • Global Water Crisis: We are using your resources without thinking about it, water is one of the things our species needs the most, basically we are doing it totally wrong, we spend over 12 liters of water showering and we don´t 69 even think about the animals and humans that don’t have water even to drink; • Global Population Growth: We are reproducing at an incredibly high rhythm, and with that comes more pollution and it increases your “sickness state”; • Energy Consumption: We are the most consumerist species of the world we live in, we don´t even think about the consequences of turning on the light when there is daylight outside and all you need to do is open the curtains. • Global Warming and Greenhouse Effect: We try and we talk about it as if everybody else is the guilty one, when actually the person you just judged is as guilty as you. For example, when you are using you´re simple, basic deodorant this is one of the main causers of the condition you are in. The list could go on and on but it´s a complete waste of time for me and for you, I´m also guilty of course, honestly I don´t care about anything that´s going on, I live my life normally without any simple and easy restriction. I don´t plant trees, I don´t recycle… I think about doing it sometimes but every time I do that I use the same stupid and sanctimonious excuse as everybody else, I say « there´s no time for that” and “I have enough complicated stuff to do»… Yes, that´s right! We have other stuff to do that´s not protecting our home and make it more comfortable for us and for the people we like. I´m not going to say that you should do this or do that because everybody knows what they should do to help the planet last longer. The only advice I´m going to give is that we should try to use our spare time and stop complaining about life, because we don´t have the right to do it, because we don´t even have the chance to do it. I apologize…yet, I can´t promise I will improve my behavior. Thank you for everything you have done and for holding on all these years of abuse. Thank you for the attention, Inês Barroso 70 Letter to Earth Dear Earth, Hi! My name is Maria, I’m worried about problems which we are facing. Over time, several problems, developed and which the human being can hide behind them. I think we should take some precautions and try to solve problems that can harm the future generations. I am concerned about pollution, we should not pollute! It would help not only humans but also other living beings, organizing awareness campaigns, with the disadvantages that these pollutants may have now and in the future with these contaminates can be contributing to global warming and hence to global warming, which could cause a change in the climate of our planet, which could cause the extinction of several species, such as ours. I think we should have more consideration for you because we have to take more responsibility and be aware of the bad things that our oversights can have on our planet. I hope that humans bear in mind that we have to be more careful with you to save humanity. I wanted to quote this quotation from Albert Einstein because it gives a lot to think about it: “There should be more action on the part of those who are good, but those who do wrong should be more aware of the losses”: "The world is a dangerous place to live, not because of those who do evil, but because of those who look on and let evil happen." Maria Santos, nº 24, 11ºA 71 Shopaholic… My best friend is a shopaholic, that’s to say, a compulsive buyer or spender. I discovered this when I saw her clothes turning into a hill, and I got scared! Me – What is this? Are all these clothes yours? Her – Who else would they be? Of course they are mine!! - When did you buy all these clothes? You’ll ruin yourself… - I know, I just can’t avoid it. But look, they’re all so cute, so fashionable; I really had to buy them! - Are you crazy? I never saw you wearing most of them! Does your mom know? - Are you kidding? My mom would send me to a neo-nazi concentration camp or something if she fingered it out… You won’t tell her, ok? And I never wore most of these clothes because they’re awesome, but they don’t match anything…That’s not my fault! - Of course it is your fault! You need to think about this kind of things before you buy something. Do you usually go shopping alone? - Yes, when you’re not with me, I’m alone. - When I’m with you, I don’t let you buy anything you don’t need but I never thought you’re addicted like that! - Don’t worry, ok? Don’t preach, you’re nagging at me… I thought you were my friend… - That’s because I’m your friend I’m doing this, because I care! And you have serious problems, you need help… - I’m ok, don’t worry. I can fix it by my own… (Of course she couldn’t! She had to see a psychologist for some months…and get some specific treatment because shopaholism can be a serious problem!) Ana Rita nº2 11thA 72 THE POWER OF…MONEY! Everyone spends money buying extravagant things but there are many countries where people live without money or practically nothing. In developing countries, people have problems in healthcare, education and sanitation and pay the price while developed countries are increasing environmental damage, buying some packaging products and plastic bags that can cause damage in the atmosphere. We can’t buy happiness and being happy is the most important thing in the world! Some people buy things that don’t correspond to their lifestyle and buy things that they can’t afford. It’s not fair that people in developed countries can spend money in things that they don’t need and buy for pleasure while people in developing countries don’t have money to fulfil their basic needs, such as healthcare, sanitation and education. Everyone is a little shopaholic but we have to control ourselves and get the power to control money. Caterina Soares, nº9 11th A Elsa 12th D 73 Dear Earth, I'm sitting here, with my thoughts on you...asking myself how to describe what you are to us... And you know, I've come to a conclusion. It's impossible to describe you, because you are everything, you are our home, our past, our future, our source of life. Without you, none of us would be here, I wouldn't be here... And how do we thank you? We kill you, bit by bit… we hurt you, without even caring and we are destroying part of what you give us... Now, I could start talking about what we've done to you through all these years, but I would never come to an end... because we, humans, achieved so many things...We started with nothing and now we have devices that allow us to know you better... But if we are really interested in knowing you, then why do we kill animals, why do we pollute so much, why do we have companies that send tones of harmful gases to the atmosphere, everyday, or ships that pollute the seas with fuel? Why do we destroy habitats, cause global warming, the greenhouse effect, melting glaciers... Do we actually know what we are doing? The answer is… YES! We know what we are doing, we just don't care, we prefer to ignore it and pretend that it's not our business! Do you know why? Because it all comes down to MONEY! It's amazing what money can do, ah? Even people can be bought by money nowadays... Earth, I can't speak for everyone when I say that pollution will stop, deforestation will decrease and less animals will be killed, but I can speak for myself when I say that I will do my role, I will respect you the way you deserve and take the necessary measures, like recycling and preserving your values, but manly I will try to pass the message forward... because I have faith in us, humans! We're a young species with a lot to learn and I believe one day we will open our eyes and see how important you are to us! I just hope it won’t be too late, because if it is... well if it is... then, there's nothing, not even money will save us! The future is in our hands, our actions, our consequences, and… Earth, I'm with you for a better future! Best wishes! Lara Azevedo (11th A) 74 Letter to the Earth Dear Earth, Hi! My name is Maria and I’m worried about so many problems we, humans, and all the other species are facing. I think we should take some precautions and try to solve problems that can be harmful to the future generations. I am concerned about pollution… It would help not only humans, but also other living beings, to organize awareness campaigns… We are contributing to global warming and hence to a change in the climate of our planet, which could cause the extinction of several species, such as ours. I think we should have more consideration for you because we have to take more responsibility and be aware of the bad things that our deeds can have upon our planet. I hope humans bear in mind that we have to be more careful with you to save Mankind! I want to quote Albert Einstein because his words give us a lot to think about: “There should be more action on the part of those who are good, but those who do wrong should be more aware of the losses”: "The world is a dangerous place to live, not because of those who do evil, but because of those who look on and let evil happen." Bye, dear Earth! Get well soon! Maria Santos ( nº 24, 11thA) MY BEST FRIEND IS A SHOPAHOLIC! Me: Hey, we need to talk! Best Friend (BF): Hello, sure... Is everything ok? Me: Not really... I've just found out something about you... BF: What? Me: I know you're a shopaholic, aren't you? BF: Unfortunately... yes, I am. How did you find out? Me: It doesn't matter, what matters now is that you need to solve this problem. 75 BF: I've already tried, but I can't... I am constantly thinking about shopping because buying things makes me feel better. Me: How long does this problem last? BF: Some months, I think... I need to buy something almost every da. I already spend more than half of my money, I can't control myself... I don't know what to do anymore... Me: You need to learn how to control yourself. You're shopping to escape from your problems. BF: So, what do you think I should do? Me: I'm gonna help you, but you need to promise me that you're gonna try hard to get through this... BF: I'll do anything to solve this problem, I'm sick and I cannot keep living like this... Me: First of all, you need to face your problems, you can't escape from them forever... when a person feels better psychologically, life is much better... Right now you need to face this, so tomorrow we're going to the shopping center and I'm gonna help you to control yourself in the stores, ok? Soon this problem will go away... BF: You're right... I lost control over my actions. I need to face this... With your help, I'm sure that this problem, sooner or later, will be solved... Thank you for never leaving me when I most need you... Me: You're welcome; you know that I'll always be here for you... :) Lara 11th A (Imagine you have found out your best friend is a shopaholic/compulsive shopper. Imagine a dialogue between you and her/him). Me: Please, pick up the phone! (…) My best friend: Hi, Cristina! Me: Hi! I really want you to come to my house now! I really need to talk to you, seriously! My best friend: Ok, I will be there in 10 minutes. Me: Ok. TRIIIIIIIIIIIIIIIM TRIIIIIIIIIIIIIIIIM Me: I’m coming… 76 Me: Hey! Come in, I’m very concerned about you… My best friend: What happened? Me: A little blue bird told me… My best friend: …No, I’m concerned about you! and you are talking to birds? AHAHAHAHAHA Me: Seriously. I know that you are a “shopaholic, my dear, and I know that you don’t have much money, and now I want to know why you are so addicted to shopping! My best friend: Don’t be so worried about me! This is not a problem, I need to go shopping just when I feel down, it is not an important thing! I just spend 175 € a day… Me: WTF?!?!?!?!?! 175 € a day? Why don’t you talk to me when you feel down? I’m your best friend, I’m worried about you! Shopaholism can cause many problems. My best friend: My mom is calling me, we’ll talk later. Bye. Me: Please, we really need to talk later. You need professional help! Think about it! Bye! Cristina Oliveira Rodrigues, nº10, 11thA OMG! MY BEST FRIEND IS A SHOPAHOLIC! - Hello Lunimia, I’m worried about you. - Why? - Because I found out that you have a problem. I don´t care about your money, but I love you and I want the best for you. - Stop! I don’t want to listen! - You are going to listen, sure you are! Later you can have economic problems or psychological problems… - But buying things makes me happy and my problems seem to be gone… - Later they will come back and you’ll go shopping again… 77 - Yes, what is the problem? - Please, listen to me! I’m your friend! You don’t buy to make your problems go away! I’m here, I’m listening and I want to help you in every moment of our lives. - I … I can’t! - Why? - It’s stronger than me! - You can try… For us, for this friendship… -OK. I will try. .. (And with a friend’s help…everything is possible! A friend in need...is a friend indeed!) Sara 11th A “Em nome” “Em nome da tua ausência Construí com loucura uma grande casa branca E ao longo das paredes te chorei” in “Dual”, de Sophia de Mello Breyner Andresen Reflexão: A falta do corpo presente e a depressão que se acumula na alma ao longo dos dias. Ficam as lembranças, aliadas ao desespero, porque elas são apenas uma lasca flutuante do passado… letras escritas na lápide final. A loucura das estações. As folhas caem e não nascem. Da terra, imunda de podridão e pudor, apenas brotam ervas daninhas, incolores. Nasce a neblina de um final de tarde, que impossibilita olhar além. Germinam os incêndios e tudo se resume a cinza, seca e vazia. Porém, a alienação fala, mais alto, de dentro. Com forças inexplicáveis edifica-se um lar. Mas nada muda. Ele não dá abrigo nem qualquer conforto. É apenas um centro 78 de recordação de vivências passadas, bem penetradas e presentes, na memória desfeita e desconfigurada. Apenas o choro sai. Faltam as palavras. Daniel Pereira, 12.ºC “Dual” de Sophia de Mello Breyner Andresen Reflexão: O tempo passa, não como se queria. Este poderia ser como o mar e as suas ondas, que voltam sempre para molhar a pele de quem passa rente, na areia… mas não. O tempo é imortal, imperdoável e não toma retorno. Apenas vai… No mundo, vago mas denso, do sono e do sonho, os corpos desaguam em territórios repletos de lendas e deuses. O cheiro a sal marinho está profundamente penetrado nas paredes invisíveis desse reino e as algas terrestres ainda prendem as memórias que ficaram por lá perdidas. A saudade. O amor. O mar. Os deuses. A ilusão. Tudo se encontra e desencontra nos trilhos percorridos pela poesia, sentida. No entanto… o tempo passa e são as metáforas que ajudam a esquecer esse pesadelo. Daniel Pereira, 12.º C 79 EM FOCO 80 Termo de Responsabilidade: A leitura, bem como a livre interpretação de qualquer subentendido é da inteira responsabilidade do leitor, tirando, desde já o meu cavalinho da chuva sob qualquer falta de responsabilidade moral de terceiros. O seguinte artigo foi revisto e totalmente aprovado para publicação sendo a pureza do tal confirmada. SEXO… biologicamente conhecido por coito ou “truca-truca” (numa linguagem mais ingénua), amor (num sentido sexual) ou “coise” (mais púdico)… mas, como este artigo comporta um nível de maturidade superior, tratemo-lo apenas por “o ato sexual”… o "forrobodó", portanto. Bem… depois de umas "luzes" do vocabulário técnico, passemos ao que verdadeiramente interessa, isto é, jornalisticamente falando. Tenho a certeza que, como ser humano ativo que és (ou dizes ser!), tiveste conhecimento da tertúlia “Dois dedos de conversa: Sexo, amor e responsabilidade”... caso contrário, se aproveitaste para dar uma "fugidela" à Feira da Ladra, proponho que te informes ou (sempre) podes optar pela abstenção e esperar mais um ano. Digamos que os "preliminares" sucederam-se estrategicamente planeados… os mais crentes disseram que se comemorava o Dia Mundial da Música mas, para mim, foi todo ele uma tentativa desesperada de nos aumentar a libido. Tocaram-se os clássicos e, com isto, noticio a apresentação "orgasticamente" fabulosa de alunos e professores da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, mais concretamente, do Pólo de Viera do Minho. Ouviu-se Pachelbel, Yiruma, Mozart, Strauss... se não sabes quem são, dá-te por contente de conheceres a Prof. Sandra Azevedo (um vozeirão que te deixa pianinho), o grupo musical “Quiálteras” (e os seus belos instrumentos), o prof. Nuno Silva, Nuno Teixeira, Joel Azevedo e Jaqueline Conde capazes de tirar o protagonismo à maior orquestra a nível mundial (ou parte dela!). Para rematar, subiu ao palco, o Coro Juvenil de Vieira e os “pequerruchos”embalados nas “cantorias”. Finalmente, depois de uma hora de “intervenção musical”, muitas “baixas” e algumas expectativas é chegada a hora da apresentação do convidado. À mesa, presidia a senhora adjunta do Diretor e professora de biologia e geologia Elsa Ribeiro, a qual auxiliava o sexólogo portuense na tarefa de responder às perguntas dos alunos presentes no público. A variedade das perguntas anónimas, e por isso, livres de qualquer preconceito levaram ao clima de descontração - houve oportunidade de desfazer mitos, bem como de responder a subentendidos e questões dúbias. 81 O sexólogo, Júlio Machado Vaz, levou os alunos do ensino secundário da Escola Básica e Secundária de Vieira de Araújo a “descobrir” que a sexualidade, para além de ser trivial, envolve amor e que nada é feito sem responsabilidade. Numa perspetiva geral, o clima foi de completo “swing” de ideias, uma simbiose de personalidades finalizando, então, a apresentação numa orgia de aplausos – uma experiência a repetir, afirmavam! José Brás, 12ºC TERTÚLIA COM O DOUTOR JÚLIO MACHADO VAZ 4 DE OUTUBRO - (Auditório Municipal) No início do ano letivo transato, no âmbito das temáticas a abordar ao abrigo do Programa PRESSE - Educação Sexual/Educação para a Saúde, as turmas A e B do 10º ano (atuais 11º A e B) lançaram um convite ao Dr. Júlio Machado Vaz, o qual se disponibilizou para participar numa tertúlia com alunos das turmas do Ensino Secundário, no início deste ano letivo, mais concretamente no dia 4 de outubro. Como a chegada do Dr. Júlio estava condicionada por motivos de agenda, antes de se dar início à tertúlia, a Academia de Música Valentim Moreira de Sá (Pólo de Vieira do Minho) procedeu a uma breve atuação (cerca de uma hora), como comemoração do Dia Mundial da Música (efeméride celebrada a 1 de outubro), com um reportório muito rico, alusivo aos afetos e relações interpessoais, uma temática comum ao Programa PRESSE. Destacamos as brilhantes interpretações do Grupo “Quiálteras” e do Coro Juvenil (cantando Avé Verum, Pie Jesu, de Jenkins e Stabat Mater, Pergolesi); as excelentes execuções a solo de vários professores da Academia, bem como do grupo de cordas e da professora Sandra Azevedo, que cantou e encantou com Meine Lippen, de Lehar, Zueignung e Alerseelen, de Strauss. 82 Durante as semanas que antecederam a tertúlia, vários professores das diferentes Equipas Pedagógicas/ Conselhos de Turma procederam à recolha de questões anónimas, a colocar pelos alunos ao orador, que nos respondeu com o seu tom simples, descontraído e profissional, criando a já habitual sensação de nos conhecermos uns aos outros há muito tempo! O objetivo principal desta atividade prende-se com a vivência saudável da nossa sexualidade e, nesse sentido, cremos poder afirmar com total convicção que ficámos todos mais esclarecidos, cientes do nosso dever cívico de viver a nossa sexualidade de forma sadia e responsável. O nosso obrigado a todos quantos, de forma mais direta ou indireta apoiaram a realização desta atividade! O nosso bem-haja! ALGUNS TESTEMUNHOS… “Esta atividade teve início com a preciosa ajuda da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, para comemorar o Dia Mundial da Música. Seguiu-se a Tertúlia “Dois dedos de conversa com o Doutor Júlio Machado Vaz”, sobre “Amor, Sexo…e Responsabilidade”, tendo-se cumprido os objetivos principais: o esclarecimento das nossas dúvidas, de forma a vivermos a nossa sexualidade de forma saudável e responsável.” António, Inês e Henrique “ A tertúlia foi muito enriquecedora, visto que as temáticas abordadas eram muito interessantes. Também os momentos musicais foram do nosso agrado!” Sérgio e Liliana “O espetáculo que a Academia nos proporcionou foi de alta qualidade. O à-vontade do sexólogo Dr. Júlio Machado Vaz foi contagiante. Fez-nos sentir confortáveis e a plateia esteve, no geral, muito atenta às suas respostas.” Carlos e Célia 83 “ A tertúlia foi muito importante para esclarecermos dúvidas que nos surgem durante a adolescência…e, muitas vezes, noutras fases da nossa vida...“ Diana e João Na nossa opinião, esta atividade foi deveras enriquecedora e divertida!” Catarina e Rui Miguel “ Apreciámos os belíssimos momentos musicais, pela Academia Valentim Moreira de Sá, da qual fazem parte muitos alunos da nossa Escola (inclusivamente, da nossa turma e que bem que eles estiveram!), assim como a excelente prestação do Dr. Júlio, que nos respondeu a questões sobre sexualidade, afetos, dependências e tantos outros temas, dúvidas e preocupações próprias dos adolescentes.” Rui Pedro e Eduardo “Fazemos um balanço muito positivo das atividades do dia 4 de outubro – a comemoração do Dia Mundial da Música e a Tertúlia com o sexólogo Dr. Júlio Machado Vaz -, pois, a par dos belos momentos musicais que antecederam a chegada do Dr. Júlio, ouvimos encantados as sábias palavras do sexólogo que tanto admiramos e vimos esclarecidas as várias dúvidas que lhe colocámos.” Manuel, Artur e Rafael (Alunos do 11º B) Mês Internacional das Bibliotecas Escolares Em outubro, celebram-se internacionalmente as Bibliotecas Escolares, embora exista um dia específico para essa celebração. O Dia da Biblioteca Escolar é celebrado em Portugal, na quarta segunda-feira do mês de outubro, sendo que em 2013 será no dia 28 de outubro. Essa data tem como principais objetivos destacar a importância das bibliotecas escolares na educação em geral, e promover o gosto 84 pela leitura em específico. A data foi comemorada pela primeira vez em Outubro de 1999. Todos os anos existe um tema aglutinador que é lançado internacionalmente, sendo que este ano a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) propôs o tema “Biblioteca escolar: uma porta para a vida”. No Agrupamento de Escolas Vieira de Araújo existem 4 bibliotecas escolares pertencentes à RBE, a biblioteca da Escola Básica de Rossas; a biblioteca da Escola Básica de Vieira do Minho; a biblioteca do Centro Escolar do Cávado; e, finalmente, a biblioteca da escola sede do Agrupamento. Estas bibliotecas são um recurso inesgotável para os alunos e docentes, pois podem estudar, pesquisar, ler, ver filmes, assistir a palestras, desenvolver exposições individuais ou coletivas e outras atividades em articulação com as várias disciplinas. O objetivo fulcral da biblioteca escolar é formar e fidelizar leitores, ou seja, motivar aqueles que se sentem mais reticentes e continuar a estimular aqueles que já adotaram o gosto pela leitura. Perante as novas tecnologias não é fácil cativar a atenção para os livros, no entanto, quando se consegue atingir o gosto e o interesse, esses mesmos livros passam a ser os melhores presentes, os melhores amigos e companheiros. Um livro traz consigo novas aventuras, novos conhecimentos, novos vocábulos, novas ideias e certamente muitos momentos de solidão partilhada com as palavras, que nos enriquecem enquanto seres pensantes e críticos, nos fazem viajar e sonhar. Maria José Ramalho OBRIGADA, PROFESSOR TELES! Eugénio de Andrade disse que “as palavras já estão gastas”…E, neste caso, sou “obrigada” a concordar! Porquê? Porque diga eu o que disser, escreva eu o que escrever, jamais conseguirei traduzir em palavras a minha admiração por este MESTRE, meu professor e meu colega, que conto entre aqueles que alimentaram o 85 meu sonho e o meu desejo de querer ser professora! A ele, a quem continuarei eternamente a chamar de “MESTRE” (porque o foi inteiramente, como pessoa, professor e colega!), dedico este poema de Mário Salgueirinho, que expressa o meu carinho e gratidão (que lhe expressei, felizmente, ainda em vida!) por tudo o que me ensinou! OBRIGADA, MESTRE! PROFESSOR: Não escrevo para agradecer-te Pois a felicidade da tua realização, -tantas vezes dura, tantas vezes heroica, -é a tua recompensa fundamental. Venho dizer-te, para seres mais feliz ainda, Que começamos a partilhar tua lição, Quando chegas sorridente, Quando sobes ofegante, de mensagem na alma E livros na mão… Quando sais vagarosamente, Sob o peso do cansaço e da desilusão… Não escrevo para agradecer-te, Porque o nosso acolhimento caloroso, A nossa atenção quando explicas, A nossa curiosidade quando expões, A nossa compreensão quando a fadiga Te arrasa e nos cansas, -o nosso interesse por ti E por quanto nos comunicas com paixão Tudo é resposta da nossa gratidão. 86 Mas escrevo-te com uma mensagem De carinho e de esperança: -ASSEGURAR-TE QUE NÃO MORRERÁS! Ficarás VIVO, perpetuado com saudade, Em tantas estátuas de carne e de espírito Que, num labor insano e agreste, Modelaste generosamente Com tua doação de MESTRE! (Luz Fernandes) "A minha Escola de Ciências" é um projeto coordenado pela Presidência da Escola de Ciências da Universidade do Minho, com financiamento da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, Ciência Viva, no âmbito do programa "Escolher Ciência". Este programa foi criado para promover a aproximação entre os ensinos secundário e superior, numa perspetiva de partilha 87 de recursos e de estímulo ao prosseguimento de estudos em áreas científicas e tecnológicas. O projeto “A minha Escola de Ciências” abrange uma rede de 18 escolas secundárias (entre as quais a nossa) de toda região Minho (distritos de Braga e Viana do Castelo) e implementou nas escolas parceiras, núcleos dinamizadores de iniciativas multidisciplinares que fomentem nos alunos o gosto pelas áreas científicas do conhecimento numa perspetiva STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics). As atividades incluem ações descentralizadas, a realizar nas escolas secundárias parceiras, promovidas por investigadores nacionais e internacionais de instituições parceiras. Serão também realizadas visitas de docentes e alunos da ECUM às escolas secundárias, para ministrar palestras, atividades experimentais e demonstrações sobre temas relevantes, identificados pelas escolas parceiras. Será, também, organizado um congresso no final do projeto, “Congresso Escola, Energia e Ambiente”, em maio de 2014. Este congresso terá como principais intervenientes os alunos do ensino secundário, sob a coordenação de uma equipa composta por elementos da ECUM e das escolas parceiras. No dia 16 de dezembro, a nossa escola irá realizar as primeiras de muitas atividades no âmbito deste projeto. Os alunos das duas turmas do 10º Ano, do curso científico-humanístico de ciências e tecnologias, assistirão a uma palestra no âmbito da disciplina de Física e Química A e os alunos do 12º ano do mesmo curso assistirão a uma palestra no âmbito da disciplina de Matemática A. Os oradores destas palestras serão docentes da Universidade do Minho. Momentos antes do início da primeira palestra, no primeiro intervalo da manhã, cheios de orgulho, por pertencermos e sermos parte ativa deste projeto hastearemos a nossa bandeira. Contaremos, ainda, com a presença do presidente da Associação de pais e um representante da Câmara Municipal. Toda a comunidade escolar está convidada a assistir. Poderá acompanhar o projeto através do site http://www.ecum.uminho.pt/Default.aspx?tabid=21&pageid=877&lang=pt-PT ou através da página do Facebook: www.facebook.com/aminhaescoladeciencia 88 PREMIADO Licenciado em Física pela Universidade do Minho, Paulo André Dias Gonçalves, presentemente investigador e bolseiro do Centro de Física da Escola de Ciências da UMinho, sob a orientação do Prof. Nuno Peres, foi um dos dois vencedores nacionais do "Prémio de Estímulo à Investigação Científica", promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian. O título do projeto vencedor é: "Plasmónica em heteroestruturas de van der Waals" e foi a concurso na área científica de Física. O projeto enquadra-se na linha de investigação do Centro de Física dedicada ao grafeno e outros materiais bidimensionais. O Programa de Estímulo à Investigação Científica distingue anualmente propostas de investigação de elevado potencial criativo em áreas científicas no âmbito das disciplinas básicas: Matemática, Física, Química e Ciências da Terra e do Espaço, apoiando a sua execução em centros de investigação portugueses. FAZ POR SI A solidariedade não se trata de se ver quem se ajuda, ou de esperar um “obrigada”. Não é dar para receber ou dar porque um dia poderás precisar. Não é dar a quem não tem, é dar a quem precisa. Não é ajudar, é apoiar. Não é “estou aqui”, mas sim “passei por cá”. Não é ser maior, é ser melhor. Não é “já dei”, mas sim “dou já”. Não é “talvez”, é a certeza. Solidariedade: muda, enche e preenche… e engana-se aquele que pensa, que faz pelos outros. Sem pensar, faz por si. Liliana Pinheiro Gonçalves | Clube da Solidariedade 5 ESTRELAS 90 O Ator é aquele que sente «Com os actores passa-se algo parecido (…) A cada novo papel, temos de deixar de ser quem somos para viver a personagem. Mas, no fim, acabamos confusos e neuróticos». - Paulo Coelho in Zahir Representar para mim sempre foi - O Sonho! Aquele que me fazia tentar imitar a linguagem dos filmes desde pequena; fazia-me saltar, e cantar como no Senhor dos Anéis; aquele pelo qual fazia palhaçadas em frente à minha, família, em frente ao cão, ao gato, ao espelho, na varanda, no terraço, na sacristia da Igreja, em qualquer lugar! Ou então quando vou às compras e finjo estar a meio de uma perseguição, ou quando o vento passa pelo cabelo e imagino uma cena em slowmotion. No entanto, parte de mim teve sempre um bocado de vergonha de verbalizar este sonho. Raras foram as vezes que falei sobre isto, até que contei à minha mãe, que nunca entendia porque é que eu às vezes me abstraia da realidade desta forma tão estranha. Ela que percebe tudo, mesmo quando estou calada, mesmo quando tento fingir algo. Ela é a única que percebe quando estou a representar, quando estou a mentir. Foi atrás do meu sonho, por mim, e como sempre, está ao meu lado em tudo. Encontrado, o nosso grupo de teatro é um Mundo… às vezes sento-me só a observá-los: É como ver-me mais velha, em muitos «eu» diferentes. Ali se concentram: empregos, casamentos, histórias de amor que já vêm do tempo da guerra e dos namoros por correspondência, Histórias de África, histórias sem travões, histórias 91 da manhã daquele dia, histórias de solidariedade, das universidades, dos netos, dos filhos, do padre, do café, da vida. É ver o amor, a união e aquela alegria que vence a viuvez de duas, a depressão de outras, os problemas de saúde de quatro e o cansaço de todos. E ao ver tudo isto eu divago: “Mais tarde, estarei eu a olhar para trás e a ter saudades de tudo isto… Estarei aí no topo que sonho, ou serei sempre a menina dos pequeninos?» Era dia de estreia. Estava eu sentada em frente ao maior palco em que já alguma vez tínhamos atuado. Bebia um sumo que nunca me soube tão mal, mas o rapaz que o serviu era bonito, e desculpei-o. Ia atuar na terra que de mim menos merecia, e aí pressenti, que nada ia correr bem para mim. Num abrir e fechar de olhos já estava a fazer testes de som. A equipa, tinha reservado para mim, o “microfone especial” que é o nome que serve para eufemismo de “deficiente” e aquele micro realmente o era. Passava o tempo todo a puxá-lo para a beira dos meus lábios, pois não se segurava direito na minha orelha e pesava que nem uma coleira. Esperei na penumbra pela minha deixa inicial. Meditava no silêncio pois já tinha ligado o «on» do microfone. Ouvia o meu contracena debitar texto. E sentia o frio instalar-se no meu corpo. Doía-me tudo, a barriga, a cabeça e os olhos, tanto que quando os fechava, uma luz branca me irradiava a visão interna. Ouvia o barulho dos carrinhos de choque e afins. A falta de respeito que aquela terra significava para mim mostravase em tudo. Entrei. Gritei a minha deixa, e saí de mim. Era a personagem que via o público como parte da cena. 92 As pessoas não se calavam, não prestavam atenção, e estavam longe. Só a distância bastava para que nada daquilo fizesse sentido, e cada vez mais o frio apertava. Eu era a vilã e acabava a peça a chorar e a gritar «Milagre, Milagre». Era uma comédia, como todas as outras peças que fizemos, mas não soava a tal naquele dia. Pouco se riram, pouco interagiram. Queria olhar para alguém e fazer com que alguém se sentisse parte da peça, mas difícil era encontrar quem estivesse a prestar atenção. E não houve ali qualquer tipo de ligação. Foi o pior público de sempre. E quando tudo acabou, senti um alívio, maior do que de qualquer outra vez. Saí de cena, e como sempre fui a última a voltar a entrar em palco. Dei as mãos aos outros dois protagonistas e apertei. Era aquele o sinal para todas as vénias e ao todo foram três. Sentia-me vergada a quem não o merecia e a ouvir palmas sem sentido. Virome como habitual e aplaudo todos os meus colegas. Saí de palco e fui entregar o micro. Dão-me os parabéns e penso: «Que ocos, nem sequer viram a peça, tentam enganar quem?» Atravessei o palco novamente e volto para o camarim improvisado. Todos se congratulam mutuamente, e abraçam-se. Nem sequer tirei a roupa da personagem e saí assim, fui apanhar ar. As dores tinham-se agora intensificado. Estava calada e como dizia Paulo Coelho, «confusa e em estado neurótico» e sabia que estaria assim pelo menos até ao dia seguinte. Corra bem ou corra mal, eu fico sempre assim. A jantarada a seguir não é saboreada, dá-me sono e vontade de solidão infernal. Tenho vontade de chorar silenciosamente ouvir uma música calma e pensar no amor que nos falta. É esta para nós a consequência de naquele espaço de tempo nos darmos completamente aos outros, e isso cansa-nos profundamente, tal como a vida, que é assim que também a vivo. E há alturas, como naquele dia, em que a 93 distância e a frieza nos atira para um buraco ainda mais fundo. Toda a gente pensa que tudo por detrás da cortina é um mundo que de tão misterioso é feito de rosas. E é! Não há dúvida que não há magia mais bonita que a do teatro… Mas o ator não é o teatro: O teatro é quem feche a cortina, o ator é quem a sente; O teatro são os aplausos, o ator é quem os sente; O teatro é o público, o ator é quem o sente; O teatro são as personagens, o ator é quem as sente; O teatro é quem mostra, o ator é quem dá. O teatro é quem nos dá companhia, o ator é quem volta para casa sozinho. O teatro é aquele que enche e o ator é quem fica vazio… … Esvaziando-se no palco e morre. Morre por entre a multidão a quem deu a vida. Liliana Pinheiro Gonçalves PEDRO CAMBALHOTAS e AVÔ SOLIDÃO Ilustrações de Rita e Francisca Há muito, muito, mesmo muito… pouco tempo, vivia, pelas terras altas do Ave, um rapaz franzino de olhos esbugalhados. Um sorriso rasgava o rosto delicado, transparecendo a energia que raiava no corpo do belo jovem. 94 Chamava-se Pedro. Pedro Cambalhotas… O Pedro não vivia muito longe da escola. Todos os dias, bem cedo, percorria o asfalto corroído pela erosão. Casa - escola, escola - casa. Conversa aqui, conversa acolá. Salto aí, salto ali. Pinote no ar, pinote no chão. Cambalhota rasteira, cambalhota acrobática… Assim, passava o tempo e o tempo passava por ele. Apesar de toda a distração durante o percurso, não se desviava do seu destino, casa - escola, escola – casa. Pedro Cambalhotas era sempre pontual! Numa tarde ensoleirada de inverno, um rosto marcado pela passagem do tempo, espreitava através da porta entreaberta. No chão de terra batida, algumas manchas esbranquiçadas relembravam os flocos de algodão atirados pelas nuvens na noite anterior. Um bafo de ar regelado arrepiava os ossos do idoso que hesitava em sair para a rua. O tempo roubara-lhe a coragem, sulcara-lhe a pele e preencheralhe a vida de solidão. Nas redondezas, alguns chamavam-lhe simplesmente Avô; outros apelidavam-no de Avô Solidão, mas, na verdade, era simplesmente José. O tempo que lhe rapinara tantas coisas, também o resignara a aceitar que a sua companhia já não trazia felicidade a ninguém… Alegrava-o as tardes de primavera, quando o perfume das flores silvestres flutuava no ar e o calor do sol aquecia os ossos enregelados. Nesses dias, atrevia-se a dar uns passos no largo de terra batida. Contemplava as borboletas atrevidas que roubavam o néctar às flores amarelas, cor-de-laranja, e de tantas outras cores. Cada uma delas, refletia-se nos espelhos tristes dos seus olhos … Nessa tarde ensoleirada, o calor do sol não o abraçava com força e o perfume das flores fora arrastado pelo vento para terras longínquas. Ali, nesse mesmo dia, a eterna companheira, solidão. 95 Foi precisamente nesse dia, igual a tantos outros dias de inverno, que os olhos de José se prenderam no jovem menino que percorria o carreiro em frente à sua casa. Pinote aqui, cambalhota acolá, um salto à frente, um salto para trás, uma reviravolta para o ar, um mergulho no chão… parecia não ter fim… Avô Solidão acompanhava o rodopio girando o pescoço em todas as direções. - Bom dia, rapaz! – Soltou-se a rouquidão da voz envelhecida. O jovem rapaz continuou. Pinote aqui, salto acolá… e nem se deu conta da presença do velhinho. Orgulhava-se da sua agilidade e não tinha tempo a perder com pessoas murchas pela dureza da vida. -Bom dia, rapaz! – Insistiu o Avô Solidão e o Pedro limitou-se a lançar um assobio no ar. José entristeceu ainda mais o rosto. Imaginou que, um dia, algum menino se sentaria ao seu lado para ouvir todas as belas histórias que ele tinha para contar. Sim, para contar. O tempo furtara-lhe a vivacidade, marcara-lhe o rosto, mas não lhe havia extorquido os belos momentos que vivera num corpo jovem e cheio de genica. A cena repetiu-se noutro dia, na semana seguinte e, ainda, no mês que estava para chegar… O avozinho permanecia à porta na expectativa de uma resposta ao seu “Bom dia”. Mas o Pedro Cambalhotas não tinha tempo a perder, saltava, pulava e voltava a dar pinotes. A energia parecia não ter fim. Os anos foram passando e o Pedro deixou de percorrer o asfalto corroído pela erosão… A escola já não preenchia a sua vida e a Solidão do Avô José deixou de ter companhia. O tempo continuou a correr apressado, deveras apressado…. 96 O vento soprava forte naquela noite de Natal. Os estalidos da lenha na lareira quebravam o silêncio que pairava no ar. Pedro abriu a porta. À entrada, nenhum convidado mostrava interesse em entrar… No olhar sombrio da noite, vislumbrou um sorriso algo familiar. Atrevida e delicada, ali estava a velha solidão. Pronta, ansiosa. Abria largamente os braços e preparava-se para ser acolhida pelo Pedro… Ana Cunha (professora do grupo de Biologia e Geologia) Rádio… Tudo começa numa mini visita de estudo, no estudo da disciplina de Inglês de 10º ano, que aparentemente tinha tudo para terminar quando chegasse ao fim. Na realidade foi assim para quase todos... (Com isto não quero dizer que se esqueceram de mim no local da visita de estudo, mas sim que eu voltei ao local como um criminoso volta sempre quando há crime). Antes que me esqueça de dizer onde foi a visita, informo-vos que foi à estação de rádio do concelho local, a Rádio Alto Ave. Agora que já disse todos os pormenores relevantes vou explicar o porquê da comparação com um criminoso no último parênteses. Na verdade, não fui específico com o tipo de criminoso visto que existem vários motivos para sermos considerados criminosos, mas ao que aqui me 97 refiro é o que rouba coisas. E roubei algo que não é possível devolver: as gargalhadas/riso (o motivo da barra é porque não se expressa da mesma forma em todas as pessoas). Foi isso que aconteceu, eu fi-los rir por uns momentos e foi o suficiente para me ser feito um convite pouco formal para voltar ali. Nesse verão fiz parte da equipa da tarde, onde juntamente com um grande amigo animamos as tardes de verão com brincadeiras e curiosidades. Nessas tardes, criamos uma rubrica semanal intitulada “Noticias reais, mas caricatas!”, que aconteceu todas as quintas-feiras um pouco depois das 16h. Foi realmente um ótimo verão... mas com a chegada do fim das férias escolares, surge um convite (desta vez mais formal) onde me ofereceram um espaço semanal para uma rubrica minha, à qual chamei “Chá das Dez”. Esta rubrica foi gravada todas as quartas-feiras e passava às sextas um pouco antes da dez horas da manhã. Os temas eram aleatórios e sem tabus, e para me ajudar nesta tarefa criei uma personagem, o Zeca, que era eu mas com uma voz mais grave. Foi bastante útil para eu ter conversas durante rubricas a fio. Esta experiência teve a duração de um ano escolar. Entretanto, também participei na rubrica semanal “Alto-Disporto” (o erro é propositado) que era muito semelhante ao “Chá das Dez” mas numa vertente mais desportiva tendo como guionista o meu amigo João Pereira. No verão seguinte, substitui o locutor do programa da manhã dos “Discos Pedidos”. Foi também esta uma excelente experiência. No inicio, foi complicado ouvintes os perceberem que o habitual locutor estava de férias e continuavam a enviar mensagens que começam com “Bom dia Victor”. Quando finalmente perceberam que ele estava ausente tiveram 98 dificuldades em perceber o meu nome, e algumas das mensagens começavam com “Bom dia Nelsu” ou “Bom dia Nelção”. Neste momento está em curso um novo projeto, “Altos-Apanhados”, que conta com a participação da Juliana Ramalho. Neste projeto apenas prometemos apanhar toda a gente. É, portanto, desta forma aqui resumida, que colaboro com a Rádio Alto Ave, que é a nossa rádio de todos os dias. Nelson Estevão Simão Comecei a gostar de desenhar aos 10 anos. Comecei a desenhar, pois via a minha madrinha e o meu primo a desenhar (e desenhavam muito bem) e quando experimentei gostei muito e ao que as pessoas diziam, eu tinha jeito. Quando comecei tentei desenhar casas mas, não conseguia por mais que tentasse. Então, sem inspiração nenhuma comecei a desenhar as personagens de séries transmitidas na televisão. No fim o desenho ficou tal como eu queria que ficasse e percebi que era aquilo que gostava de fazer. Claro que como qualquer desenho, o meu não estava perfeito. Então, anos mais tarde a minha madrinha tirou o curso de “designer” e foi-me ajudando, dizendo-me quais eram os meus erros. Entretanto, comecei a ver anime e a jogar um jogo de computador chamado “League of Lengends” e perguntava-me tantas vezes como é que eles conseguiam fazer aquelas personagens e foi assim que decidi começar a desenhar as minhas próprias personagens. E consegui! Foram tantos os cadernos cheios dos meus desenhos que nem os consigo contar. 99 Depois, quando comecei a ter aulas de Educação Visual fui melhorando a minha técnica e aprendendo métodos novos de desenho. Espero continuar a aprender pois quero tirar o curso de “designer” e fazer aquilo de que gosto mais. Simão Ferreira Filipa O meu gosto por cavalos começou na minha infância. Desde pequena que os cavalos eram os meus brinquedos favoritos, sempre adorei brincar com eles e fingir que eram verdadeiros, adorava ver provas de equitação e pensar que um dia eu podia ter um cavalo e participar em provas, até que um dia os meus pais me levaram a um centro hípico e comecei a praticar e adorei! Apercebi-me que a sensação ainda era melhor do que imaginada. Durante um ano pratiquei e quando estava prestes a dar o próximo passo caí e parti um braço o que me parou durante um mês e, como consequência, a minha mãe não me deixou voltar a praticar, embora eu insistisse muito. Após tanta insistência a minha mãe cedeu, e finalmente ao fim de três anos a minha vida voltou a ter a equitação presente. Bem, eu gostava tanto de cavalos que comecei a tentar desenhá-los, mas com sete anos o máximo que consegui foi uma estrutura mal feita... Com o tempo fui aperfeiçoando e comecei a desenhar os cavalos que tinha em casa e os da minha coleção. Ah! Antes que me esqueça tenho uma coleção de cento e quarenta e sete cavalos (de brincar obviamente)! Aos oito anos já conseguia ter uma ideia do desenho de cavalos, que ainda me era muito difícil apanhar o jeito. Com o tempo a minha técnica foi ganhando 100 rumo e lá consegui fazer alguns bons desenhos. O mais difícil era pintá-los… que cores deveria usar? Castanho, preto ou cinzento? Mais um problema para resolver... Fácil! Pintava com a primeira que aparecesse! Agora associo as cores a raças e ao porte físico e é mais simples. Desenhar cavalos é um dos meus passatempos preferidos, mas tenho um mais importante, que não é tão simples. É uma paixão! A equitação é uma parte muito importante de mim, sem a qual eu não seria a mesma. Filipa Antunes Mariana Aos três anos eu já pintava alguns rabiscos com aguarelas e tintas e, segundo a minha mãe, numa hora, fiz quatro quadros "abstratos". A minha mãe emoldurouos e deu um à minha avó, pendurando os outros na parede. Ela obrigou-me a assinálos! Fazer uns sarrabiscos, vá lá... Depois, na escola primária, comecei a interessarme pelo desenho, porque as professoras pediam-me para copiar imagens à mão para colar em cartazes ou em trabalhos manuais. Elas diziam-me que ficava perfeito mas isso não era assim muito verdade e, como eu não usava borracha (ou muito pouca) ainda ficava pior. Contudo, só comecei a desenhar a sério quando vi a minha mãe a pintar um quadro de uma mulher a carvão quando eu tinha sete, oito anos. Não tinha internet nem computador, logo fiz o que sabia e fui melhorando ao longo do tempo, mas assim que conheci e aprendi a lidar com o "maravilhoso mundo online" fui logo procurar imagens e tutoriais que ensinavam a desenhar. Sobrecarreguei o meu computador com pastas e pastas de imagens e ainda hoje a minha mãe reclama que estou sempre a enfiar mais coisas no PC novo. Assim que entrei para o 5º ano e tive EVT pela primeira vez melhorei mais um pouco por causa dos professores, mas como tive que mudar de escola no 6º ano e vim para a EB/S Vieira de Araújo tive mais sorte. Os conselhos do professor Domingos ajudaram-me muito e então tomei o gosto a desenhar e comecei a encher cadernos e sebentas com desenhos. 101 Um dia estava na net à procura de novos tutoriais e a ver Naruto na TV e descobri o estilo de desenho que me fascinou mais: Anime. Anime é o estilo de desenho japonês que faz das melhores séries juvenis de todos os tempos, desde "Drangon Ball" a "Psycho Pass", que é a minha preferida pelos gráficos e pelo traço do autor. Fiquei muito interessada no anime, comecei a praticar o traço e habitueime a desenhar nesse estilo, porém também gosto de desenhar HQ que é o contrário, ou seja, o estilo americano. Enfim, gosto de desenhar de tudo: retratos, abstratos, pessoas e animais, etc. Eu gostaria de fazer a minha vida do desenho quando fosse crescida, como ilustrar livros, fazer BDs, quadros, pinturas ou até grafitis. Qualquer coisa que envolvesse o que eu gosto de fazer e em que eu pudesse retratar os meus OCs (own characters). Mariana Fernandes Ruben Chamo-me Rúben Ferreira, tenho 10 anos e pertenço ao 4º ano, da turma A. Vivo em Pepim, com os meus pais e irmão. A minha vida escolar podia correr melhor, porque já repeti o 2.º ano, mas há coisas a que atribuo mais importância, que é o caso de fazer desenhos. Comecei a desenhar quando tinha 7 anos, porque sempre que via desenhos me dava vontade também de desenhar. Desenhar faz-me feliz, por estar entretido no meu mundo e por saber que até tenho jeito! Afinal sou bom em alguma coisa. A minha professora, Aldina Castro e a professora de Inglês, Carla Álvares, dizem que sou muito bom no desenho. Isso deixa-me muito mais feliz e com vontade de melhorar ainda mais. 102 PRÓXIMA EDIÇÃO ABRIL 2014 103