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Bancos abrem os cofres na 34ª Expointer Linhas de crédito chegam a R$ 3 bilhões aos produtores rurais Setor de máquinas está mais cauteloso neste ano Presidente executivo da União Brasileira de Avicultura, Francisco Turra, avisa: governo precisa cortar gastos públicos EXPEDIENTE Diretora Executiva Karim Miskulin [email protected] Diretor Financeiro Marcio Regenin [email protected] Diretora Comercial Margareth Santana [email protected] Editora Rosane Frigeri [email protected] Reportagem e produção Roberta Amaral Administrativo Iza Moraes [email protected] Revisão Press Revisão www.pressrevisao.com.br Projeto gráfico e Pré-impressão Imagine Design [email protected] Impressão: Contgraf Impressos Gráficos Ltda Endereço: Av. Carlos Gomes, 1155 - Sala 902 CEP 90480-004 Porto Alegre/RS )* +*' -.*/ Fone: (51) 3028.8286 Fax: (51) 3028.8285 www.revistavoto.com.br ! "# % " &' '( Comercial: [email protected] Capa Imagine Design Assinaturas: [email protected] EDITORIAL A Expointer da inovação e da qualidade Ao chegar em sua 34ª edição, a Expointer quer ser lembrada pela inovação e qualidade, alinhada à estratégia de desenvolvimento do Rio Grande do Sul. É o que esperam as autoridades gaúchas empenhadas em transformá-la na melhor dos últimos tempos. O governador Tarso Genro trata deste assunto em seu artigo nesta edição. Em 2011, as expectativas são de que a Feira seja um instrumento de difusão de novas tecnologias, um ambiente de intercâmbios entre o campo e a cidade, entre o pequeno e o grande agricultor. Não tem como negar que esta é e sempre será uma multifeira que oferece lazer, negócios, seminários, mostrando o que existe de melhor em termos de genética, tecnologia e conhecimento agropecuário. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade para que o visitante urbano possa ter contato com o suor e a garra dos produtores rurais e conheça em detalhes a realidade do campo. Pelo terceiro ano consecutivo, a Revista VOTO participa da Expointer, que é a maior feira agropecuária da América Latina. Queremos interagir com o público, que valoriza o que há de melhor na agricultura do Rio Grande do Sul e do Brasil, apoiando o fortalecimento do campo que alimenta uma nação e apontando problemas que têm trazido prejuízos aos agricultores, não em forma de crítica, mas de alerta e em busca de soluções. Os investimentos no Parque de Exposições Assis Brasil, o custo de um dos maiores eventos da América Latina, as novas oportunidades para o produtor e os entraves burocráticos de produtos brasileiros devem repercutir e ser amplamente debatidos para que a Expointer deste ano seja a melhor de todas as feiras. Pelo menos até a próxima. Boa leitura! Karim Miskulin Diretora Executiva FEIRA DIVULGAÇÃO Expointer: o encontro do passado com o futuro No início do século 20, o Rio Grande do Sul alcançou a terceira posição na economia nacional. Apesar dos seus mais de 1,1 milhão de habitantes, o analfabetismo chegava a 67,3% e os empregados da área rural, a 43%. Havia, também, 3.165 “capitalistas”, como chamavam os grandes industriais e comerciantes, e 4.455 funcionários públicos. Os salários eram baixos e mal cobriam o sustento mais básico, sem falar nas fábricas que disciplinavam seus funcionários com chicote. Mulheres e crianças tinham a mesma carga horária dos homens, que podia chegar a 15 horas diárias. No campo, o trabalho era ainda mais pesado. Horas e horas a fio, dia após dia, e a família ali unida com os pés na terra, cheia de esperança, mas muitas vezes com resultados incertos. Diante dessas dificuldades, enquanto a cidade e o campo buscavam garantias e o fortalecimento das classes, Porto Alegre não se deixava abater pelos desafios e consolidava sua primeira Exposição Estadual do Rio Grande do Sul, que reuniu, em 1901, mais de 67 mil pessoas no Campo da Redenção, hoje Parque Farroupilha. De lá para cá, não parou mais de crescer. Teve seus dias no Parque de Exposições do Menino Deus, hoje sede da Secretaria Estadual da Agricultura e, em 1972, se transferiu definitivamente para o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, com o nome de Expointer. O nome do parque é uma homenagem a João Francisco de Assis Brasil, que nasceu na estância São Gonçalo, em São Gabriel, e introduziu no Brasil os gados Jersey e Devon e a ovelha Karakul. Ele também teve participação na introdução do cavalo árabe e no melhoramento do Thoroughbred. Assis Brasil, por essas e outras, ficou conhecido como o “Patrono da Agricultura”. Ao longo dos anos, as lutas do início do século só vieram a demonstrar que a Expointer não é apenas um lugar de negócios, mas de convivência pacífica entre o homem do campo e o da cidade. De um lado, os agricultores que ralam debaixo de sol e de chuva, tratadores de animais, fabricantes de máquinas agrícolas e artesãos e quituteiros de mão cheia. Do outro, os que vivem nos centros urbanos e, nesta época, entram em contato com suas raízes, porque, afinal, todo mundo tem um pé no campo. Mais: os sete dias entre o final de agosto e o início de setembro fazem parte do calendário afetivo do gaúcho, que gosta de dar um tempo nas preocupações para apreciar animais tratados com respeito e sensibilidade pelos seus criadores. A Expointer é isso, de tudo um pouco, um Rio Grande unido pelo mesmo ideal: o desenvolvimento. 7 FEIRA 34ª Expointer: a melhor de todas Por Tarso Genro* Foi-se a época em que nós, brasileiros, chegávamos ao exterior e éramos reconhecidos apenas por algumas de nossas virtudes, como o futebol, o Carnaval e as nossas paisagens. É inegável que esses sejam, sim, elementos imprescindíveis da nossa cultura e da nossa história. Hoje, somos conhecidos, também, como um país que não baixa a guarda nem a cabeça no cenário mundial, pois crescemos, nos desenvolvemos e geramos renda. Isso não se deve a nenhum governo em particular, a nenhuma classe social ou alguma instituição da sociedade civil. Deve-se a uma história de luta de construção democrática do povo. Tivemos, ao longo dos anos, que superar muitas barreiras, co como a burocratização das decisões púb públicas, o atraso de determinados setores produtiv produtivos e A Expointer é mais que orgulho para todos os gaúchos. Desde a primeira exposição, o que vemos é seu aperfeiçoamento a corporativização de certas representações da sociedade. Mas, hoje, me sinto no dever de dizer que vivemos num país que segue rumo ao desenvolvimento de cabeça erguida. Agora é chegado o momento do Rio Grande do Sul também se afirmar e compartilhar essa expressão pública do país. Esse compartilhamento exige uma postura dos nossos empresários, trabalhadores e elites políticas, com grande capacidade de elaboração, de gestão e de produção de ideias, de pedir novas realizações ao governo. DIVULGAÇÃO O Estado gaúcho é reconhecido lá fora pelo seu pampa, pelo seu Fórum Social Mundial, pelo seu Orçamento Participativo e, acima de tudo, pela sua Expointer. Dependendo do lugar em que nos encontramos Brasil afora, do interesse cultural ou da vocação produtiva, percebemos essa universalidade com relação ao RS. Temos forte presença política, cultural, democrática e produtiva no mundo. Dar continuidade a esse sucesso. Esse foi o esforço que pedi aos meus companheiros de governo. Nas quatro exposições que teremos sob nossa responsabilidade, que uma seja infinitamente melhor e mais completa que a outra. Que essa nossa primeira Expointer seja um exemplo para o futuro. Vamos exibir a pujança de um Estado que sabe ser guerreiro, que sabe ter suas controvérsias, que sabe politizar essas controvérsias e, como consequência, se unir a partir de uma visão de desenvolvimento, agregador e de respeito ao espaço de cada um, que produza para o Rio Grande, que produza para o Brasil e que produza para o mundo. Esse é o objetivo da 34ª Expointer. Vamos nos emanar, daqui em diante, cada vez mais e olhar as edições anteriores como grandes exposições, mas a presente como a melhor de todas. *Governador do Rio Grande do Sul CRÉDITO Instituições financeiras liberam mais de R$ 750 milhões Algumas instituições financeiras que operam o crédito rural mantiveram os mesmos valores disponíveis na Expointer do ano passado. Outras querem superar suas próprias expectativas, bem como a de seus clientes. No total, em 2011, apesar da crise mundial, os produtores têm R$ 765 milhões à disposição para pensar em expandir seus negócios. O Banrisul chega a esta edição com R$ 150 milhões para os produtores da agricultura familiar e empresarial. O valor é 30% superior em relação ao alocado em 2010. Além dos recursos para negócios, o banco prevê injetar em 10 torno de R$ 3 milhões em patrocínios por meio de convênios com entidades, agências de publicidade e estandes do Mais Alimentos e propaganda no Pavilhão da Agricultura Familiar. No ano passado, o banco disponibilizou R$ 114 milhões aos produtores rurais, enquanto que, em 2009, os recursos chegaram a R$ 95 milhões, valor 21% superior em relação ao alocado em 2008, que foi de R$ 78,5 milhões. De acordo com o diretor de Crédito do Banrisul, Guilherme Cassel, a carteira de crédito rural está preparada para atender a toda a demanda por financiamentos, tanto para a compra de animais como de máquinas e equipamentos. “O Banrisul irá trabalhar sem limite de recursos. Uma das prioridades será o Programa Mais Alimentos, que financia a aquisição de máquinas e implementos agrícolas, correção e recuperação de solos, resfriadores de leite, melhoria genética, irrigação, implantação de pomares e de estufas e armazenagem”, afirma. A linha contempla, ainda, projetos de investimentos associados à apicultura, à agricultura, à aquicultura, à bovinocultura de corte e de leite, à ovinocultura, à produção de arroz, centeio, feijão, mandioca, milho, sorgo e trigo. O limite máximo de crédito é de R$ 130 mil, com prazo para pagamento de até 10 anos e até três de carência, com taxa de juro de 1% a 2% ao ano. Os produtores também podem adquirir matrizes e reprodutores de bovinos, bubalinos, ovinos, suínos e caprinos registrados ou certificados. O limite de financiamento é de 100% do valor animal, limitado a R$ 100 mil por produtor e juros de 6,75% ao ano. Já o Banco do Brasil está disponibilizando R$ 250 milhões para a mostra, o mesmo oferecido à agricultura familiar e empresarial na edição passada. Conforme o superintendente estadual da instituição, José Carlos Reis da Silva, há grandes expectativas para a 34ª Expointer, especialmente pelas linhas especiais para pecuária do Plano de Safra e de aquisição de animais com prazo de cinco anos e juros de até 6,75% ao ano, fruto de um convênio firmado com a Farsul na feira passada e que foi renovado até o mês de dezembro deste ano. Para atender a seus 400 mil agricultores associados, o Sicredi se concentra nesta edição com R$ 110 milhões, mesmo valor financiado em 2010. O presidente do Sistema Sicredi, Orlando Müller, disse que a expectativa é de que o recurso seja suficiente para atender à demanda durante a mostra, mas garantiu: dinheiro não é problema. Por sua vez, o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE), que financia projetos por meio de linhas com crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estima oferta de R$ 255 milhões na Expointer. No ano passado, a instituição recebeu cerca de R$ 206 milhões em propostas. Badesul chega à Expointer com R$ 300 milhões Trezentos milhões de reais. Esse é o valor que o Badesul está disponibilizando durante a 34ªExpointer, principalmente ao setor de máquinas e implementos agrícolas, para responder às demandas de empreendedores, que não param de chegar, por financiamentos para a modernização e a inovação nas atividades do agronegócio. No total, em 2011, apesar da crise mundial, os produtores têm R$ 765 milhões à disposição Os recursos são bem superiores aos oferecidos em 2010, quando a captação chegou a R$ 150,3 milhões em financiamentos, por meio de 207 cartas-consulta para operações. “Durante a Expointer, estaremos com nossos técnicos, a fim de dialogar com clientes, empreendedores, produtores e parceiros, apoiando as iniciativas de investimento e apresentando as melhores alternativas em financiamentos de longo prazo”, afirma o presidente do Badesul, Marcelo Lopes. No apoio ao agrofomento, o Badesul atua com os programas de Armazenagem Certificada, Irrigação, Mecanização Geral e Agricultura de Precisão (projetos com alta tecnologia), fomentando atividades produtivas que incluem a aquicultura, armazenagem, irrigação, correção de solos, floricultura, fruticultura, ovino e caprinocultura, produção de leite, recuperação de pastagens, sistematização de várzeas e vitivinicultura, entre outras. Já o incentivo ao setor do agronegócio acontece de forma permanente, por meio do financiamento de máquinas e equipamentos novos nacionais, corretivos e fertilizantes, despesas com tratos culturais nos primeiros anos das culturas perenes, investimentos para controle ou gestão ambiental e tratamento de resíduos, conservação de energia, construção de silos e armazéns, implantação de silvicultura para fins energéticos ou suprimento de matéria-prima para indústrias, entre outras atividades correlatas. De acordo com Lopes, o Badesul é, hoje, a maior agência de fomento entre as 15 existentes no Brasil, pelo critério de ativos totais, que corresponde à soma dos recursos emprestados com as disponibilidades de caixa. Os ativos totais aumentaram de R$ 1,074 bilhão em dezembro de 2006 para R$ 1,992 bilhão em dezembro de 2010, representando um crescimento de 85%, “o que vem a confirmar a adequação de sua política de atuação como entidade pró-ativa e parceira do empreendedor e das prefeituras gaúchas”. Quanto ao desempenho operacional de repasse de recursos do BNDES, a instituição ocupa a 19ª posição no contexto de todas as entidades financeiras do país. 11 CRÉDITO FOTOS DIVULGAÇÃO RS será um dos maiores beneficiados pelo Plano Safra 2011-2012 Os agricultores gaúchos dispõem de R$ 3 bilhões para linhas de custeio 12 Os agricultores gaúchos dispõem de R$ 3 bilhões para linhas de custeio e investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), desde o início de julho. Deste montante, R$ 1,4 bilhão são para operações de investimento e R$ 1,6 bilhão para operações de custeio. Os recursos vão reforçar a organização familiar no Estado, que produz 100% do café e 85% do leite. Das pessoas ocupadas no campo, 81% têm vínculo com a atividade. O Rio Grande do Sul é um dos maiores beneficiados com a Política de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF). Novidade do Plano Safra 2011-2012, a PGPM-AF permitirá a utilização de instrumentos de comercialização para garantir que o produtor receba o preço mínimo do produto (pré-fixado no início da safra). Além disso, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) também será reforçado neste ano no Estado, com a destinação de R$ 4 milhões para a compra de produtos da agricultura familiar. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) espera alcançar 280 mil contratos do Pronaf em solo gaúcho. Juros menores Os números do IBGE De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, o Plano Safra 2011-2012 irá reduzir de 4% para 2% a taxa de juros máxima cobrada nas operações de investimento do Pronaf e a adoção da taxa de 1% para operações do Mais Alimentos de até R$ 10 mil por ano. Todas as linhas de investimento, inclusive a linha Mais Alimentos, têm juros de 1% ou 2% ao ano, prazo de pagamento de até dez anos e até três anos de carência. O limite de financiamento de contratos de investimento foi ampliado para até R$ 130 mil. O Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a agricultura familiar conta com mais de 4,3 milhões de unidades produtivas, o que corresponde a 84% do número de estabelecimentos rurais do Brasil. Esse segmento produtivo responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e 74,4% da ocupação de trabalhadores no meio rural (12,3 milhões de pessoas). “O Plano Safra significa um avanço na organização econômica da agricultura familiar. No crédito, mais recursos com juros menores no investimento. Na assistência técnica, mais famílias atendidas. No seguro à produção, melhores condições de contratação e garantias de comercialização tanto no mercado institucional quanto no mercado privado. É a produção de alimentos mais baratos e mais saudáveis na mesa dos brasileiros e brasileiras, garantindo a inclusão produtiva de assentados da reforma agrária e de agricultores”, assegura o ministro. No Estado gaúcho, existem 378.546 estabelecimentos da agricultura familiar, o que corresponde a 86% do total do setor agropecuário do Estado. Eles ocupam 31% da área e são responsáveis por 81% dos trabalhadores ocupados no meio rural (992.088 pessoas) e 54% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado. A agricultura familiar responde por 100% da produção de café, 92% da produção de mandioca, 85% da produção de leite, 84% do feijão, 80% de aves e 70% dos suínos no Rio Grande do Sul. REFORMA AGRÁRIA E CRÉDITO FUNDIÁRIO ➧ Aporte de R$ 530 milhões para obtenção de terras para a reforma agrária ➧ Aporte de R$ 30 milhões para ações de infraestrutura do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). SANEAMENTO E HABITAÇÃO ➧ R$ 3,2 bilhões para projetos do PAC Saneamento desenvolvidos pela Funasa em municípios com menos de 50 mil habitantes ➧ Criação de uma superintendência da Caixa Econômica Federal para avaliar e acompanhar projetos de habitação rural. Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 ➧ Disponibilização de R$ 16 bilhões para operações de custeio e investimento do Pronaf ➧ Unificação das linhas de investimento do Pronaf, com ampliação do limite de financiamento para até R$ 130 mil ➧ Elevação do limite de financiamento do Pronaf B de R$ 2 mil para R$ 2,5 mil, com rebates em três operações ➧ Redução da taxa máxima de juros de 4% para 2% nas operações de investimento do Pronaf ➧ Ampliação da cobertura de renda do Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) de R$ 3,5 mil para R$ 4 mil ➧ Aporte de R$ 127 milhões para Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) ➧ Criação de uma ação específica do Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para a agricultura familiar ➧ Unificação das normas do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). 13 ENTREVISTA Ministério da Agricultura garante preço mínimo ao produtor Considerado o maior pacote da história da agropecuária, o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 tem disponível R$ 107,2 bilhões em créditos rurais para a agricultura familiar. Entre os destaques, estão linhas especiais para pecuária, cana-de-açúcar e laranja, além da ampliação do crédito disponível para todos os programas que já faziam parte do plano de crédito do governo federal. “Os juros também baixaram e dão a chance do produtor brasileiro competir igualmente com os estrangeiros”, defende a presidente Dilma Rousseff. Para a pecuária, que inclui o seg segmento de corte e de leite, o crédito disponível por pecuarista será de R$ 750 mil para a compra de matrizes e reprodutores. Já os produtores de cana, que também estão incluídos nesta linha especial, poderão acessar até R$ 1 milhão por produtor/safra para a renovação de canaviais e abertura de novas áreas. VOTO – Qual é a perspectiva para o agronegócio neste ano? O momento é de boas expectativas e fortalecimento da agricultura, segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. Vaz – Os produtores estão capitalizados, reduzindo o endividamento e investindo em suas propriedades e em tecnologia. Por outro lado, alguns países de grande população, como China e Índia, estão melhorando o padrão de vida de seus povos e demandando mais alimentos. Isso abre um imenso mercado para a carne brasileira e para produtos. Precisamos ter a capacidade de responder a essa demanda por alimentos de qualidade. VOTO – Que boas notícias o governo federal tem para os produtores gaúchos? José Carlos Vaz – O Plano Agrícola e Pecuário traz mais recursos, com menores taxas, bem como linhas especiais para a pecuária e pastagens, iniciativa da gestão atual. São R$ 107,2 bilhões direcionados à agricultura comercial, valor recorde. Temos recursos suficientes para garantir o preço mínimo ao produtor. Atuamos de forma vigorosa no apoio à comercialização do arroz e para sustentar a suinocultura num momento de redução de mercado e de contencioso com a Rússia, com a qual, aliás, o ministério mantém contatos permanentes. Em uma análise por setores, eu diria que o cenário para a comercialização de grãos é muito bom para soja e milho. Temos dificuldades no arroz e na suinocultura, que decorrem de aspectos estruturais que têm de ser enfrentados. Aliás, estão sendo. Trigo e vinho são cadeias produtivas que poderão contar com ações específicas do ministério, a exemplo de outros anos. Carne bovina e de aves devem passar por bons momentos de renda. Etanol e açúcar estão com bastante demanda. E isso deve se manter, assim como os bons preços para o algodão. VOTO – Quais são os maiores desafios da agricultura brasileira? RAQUEL AVIANI /ASC/MAPA Vaz – Os gargalos logísticos, que estão sendo superados com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), são os maiores desafios. As obras de infraestrutura melhoraram as condições de movimentação da produção agropecuária. Entretanto, para atender ao crescente volume de produção, precisamos avançar na implantação, adaptação e modernização do sistema viário, com ênfase nos modais ferroviário e hidroviário. Também temos outro desafio: enfrentar as barreiras ao comércio internacional. Nossos concorrentes vêm adotando barreiras tarifárias, sanitárias e fitossanitárias para frear a competitividade do agronegócio brasileiro. A eliminação dessas barreiras é estratégica para a ampliação de mercados aos produtos brasileiros. No âmbito das políticas públicas, é preciso reduzir a volatilidade de preços, sem prejudicar a renda dos produtores. Vaz – Os investimentos do PAC em infraestrutura são fundamentais para reduzir os custos do escoamento da produção agrícola e aumentar a renda do produtor rural. Quanto às barreiras comerciais, estamos modernizando e melhorando a defesa animal e vegetal e seremos duros e firmes nas negociações internacionais governo a governo. VOTO – Como o governo está se preparando para enfrentar os gargalos no setor? VOTO – Está cada dia mais difícil manter filhos de agricultores no campo. O que o governo Além dessas duas questões, estamos trabalhando na modernização e desburocratização do crédito rural. Queremos criar condições para que os produtores rurais possam captar recursos diretamente no mercado de capitais, via títulos do agronegócio. O seguro rural vai crescer nos próximos anos, garantindo renda, e não só custo de produção. pode fazer para mudar essa realidade? Vaz – A urbanização é uma tendência histórica e inexorável. No campo, as propriedades serão cada vez mais mecanizadas, com menor uso de mão de obra. É de se esperar o crescimento dos serviços mecanizados. Menos pessoas das famílias serão necessárias para trabalhar nas propriedades, mas sua administração vai exigir conhecimentos de contabilidade, finanças, marketing e tecnologia de produção que os filhos dos agricultores estão adquirindo nas faculdades e nos cursos técnicos, nas cidades. Precisamos continuar com os esforços dos produtores, do governo e das demais entidades que atuam no agronegócio, visando ao incremento no uso da tecnologia, melhoria da gestão, ganhos de eficiência e escala e redução das perdas. Mais um gaúcho na gestão da agricultura brasileira A nomeação foi recebida com cautela por entidades agropecuárias. Mendes Ribeiro Filho não tem perfil técnico, mas sua proximidade com a presidente Dilma pode ser favorável, principalmente ao setor orizícola, que será uma das prioridades de sua gestão. Ele tem consciência de que, nos últimos anos, o governo federal falhou e defende medidas didas para fortalecer a produção. “Em minha Camaquã e em minha Resassatinga Seca, os produtores passaerno ram muito trabalho. O governo agiu de forma eficiente e rápida ida e o preço do arroz reagiu, mas precisamos fazer ainda mais.” nter, Assim que terminar a Expointer, verão os produtores de arroz deverão aúcha se instalar na Assembleia gaúcha para acompanhar a CPI quee vai apurar as causas da crise finanfinanceira, investigando a cadeia produtiva do grão no Estado. “Como é que se explica o arrozz ter DIVULGAÇÃO A presidente Dilma Rousseff agiu rápido e, horas depois do então ministro da Agricultura, Wagner Rossi, deixar o cargo, confirmou o nome de Mendes Ribeiro Filho (PMDB/RS) como seu substituto. Em sua primeira entrevista, disse que sua contribuição será mediante aprendizado. “Quem faz a investigação são órgãos especializados, eu tenho que tratar da agricultura, eu tenho que falar de números, tenho que olhar para frente”, afirmou, logo após ser oficializado como ministro em 18 de agosto. baixado 40% ao produtor nesta safra e para o consumidor baixou 7% ou 8%? Isso significa que tivemos um desequilíbrio das margens de ganho da cadeia, então isso tem que ser investigado, isso tem que ser apurado. Todos devem ganhar: setores produtivo, industrial e o varejo”, diz o presidente da Federação do Arroz (Federarroz), Renato Rocha. Segundo ele, quem atua no setor sabe que há problemas como guerra fiscal, assimetrismo do Mercosul e desequilíbrio das margens da cadeia. CENÁRIO Sinal vermelho para as importações de lácteos O aumento desenfreado das importações de leite em pó tem preocupado o sistema cooperativista lácteo nacional. O alerta é da Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que elaborou um diagnóstico sobre o atual cenário do setor. De acordo com o gerente de Mercados da OCB, Gregory Honczar, o governo precisa saber qual é o impacto resultante das importações no setor lácteo, para que possa proporcionar um ambiente favorável às discussões entre os países do bloco. U m a das principais me medidas em negociação é a busca da renovação do acordo que limita o ingresso do leite argentino. A valorização do câmbio é o principal fator que está alaOutro desafio a ser soluciovancando as comercializações. com crescentes importações oriundas do Uruguai. nado são as cres sobre o atual cenário, ao qual a Revista VOO diagnóstico so TO teve acesso, servirá também como subsídio para que Ministério de Desenvolvimento, Indústria e os técnicos do M Exterior sejam embasados para análises de emComércio Exteri que envolvem os países do Mercosul. barques lácteos q balança comercial brasileira desses produO saldo da bala tos, no primeiro semestre deste ano, foi deficitário em milhões, valor que só não é pior que o registraUS$ 217 milhõ do em 2000, ano em que o Brasil ainda figurava ccomo um grande importador e sofria práticas desleais de comércio, como dumping e triangulação. Entre janeiro e junho destte ano, o faturamento com as importações lácteas chegou a US$ 274 milhões, valor que respor 83% de todas as negociações efetuadas ponde po ao longo de 2010, quando a receita foi de US$ 330 milhões. Enquanto isso, as exportações brasileiras lácteos movimentaram US$ 57 milhões nos pride lácteo seis meses do ano. Já as importações de leimeiros se principalmente provenientes do Uruguai e da Arte, principa provocam grande receio no setor por esses gentina, provo países produzirem com menores custos. O saldo da balança comercial brasileira de produtos lácteos, no primeiro semestre deste ano, foi deficitário em US$ 217 milhões 17 CENÁRIO Um problema para um setor que emprega quatro milhões Somente no primeiro semestre deste ano, o Uruguai enviou para o Brasil 16.325 toneladas, um volume bem superior ao que ingressou no país em todo o ano de 2010. De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, o ritmo de importações pode provocar novamente um surto no país. “Não podemos negligenciar isso porque estaríamos garantindo renda e emprego aos produtores argentinos e uruguaios, em detrimento dos produtores brasileiros”, afirma. Alvim alerta, ainda, que poderá haver forte redução dos preços pagos ao produtor pelo litro do leite in natura no Brasil, que, associada à alta dos custos de produção, pode causar desestímulo à atividade leiteira nacional. “É um problema para um setor que emprega quatro milhões de pessoas”, disse. Gregory Honczar lembra que os Estados Unidos já defenderam a produção interna em momentos de apreciação cambial. Atualmente, com a desvalorização do dólar norte-americano frente à grande parte das moedas, o país ganhou competitividade e passou a ser um dos maiores players do mercado internacional. A produção brasileira de leite, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou crescimento de 5,3% ao ano, no período de 1999 a 2009, atingindo pouco mais de 29 bilhões de litros no último ano. Observando somente o leite inspecionado, 8,3 bilhões de litros passaram pelas cooperativas em 2010. O setor responde por aproximadamente 40% do total inspecionado no país. Novo acordo Desde maio de 2009, o Brasil mantém um acordo com a Argentina que limita a entrada de produtos lácteos daquele país a 3,3 mil toneladas de leite em pó por mês. As negociações com o Uruguai são mais difíceis, porque as exportações de produtos lácteos estão entre os principais itens da pauta uruguaia. No final de julho, representantes da indústria leiteira do Brasil e da Argentina se reuniram em Buenos Aires para discutir um novo acordo que fixe limites às exportações de leite em pó procedentes do país vizinho. A Argentina pretende manter sua participação no mercado brasileiro, superior a 70% das importações totais de leite em pó. Segundo indicou o Ministério da Indústria argentino, as importações brasileiras “mostram um notável crescimento nos últimos anos”, o que os levaria a aumentar suas exportações. Por enquanto, não há nada definitivo. Os dois países vão continuar analisando as propostas e conversando nas próximas semanas até chegarem a um consenso. CENÁRIO FOTOS DIVULGAÇÃO Participação do Holandês é maior nesta feira Superando todas as expectativas de mercado, a circulação da raça Holandês nesta Expointer será 16,11% maior do que a registrada na edição de 2010. São 209 animais vindos de 22 cidades e estados diferentes, como Minas Gerais e Paraná. O maior volume foi inscrito pela Granja Tang, do município de Farroupilha (RS), com 25 exemplares, seguido do Condomínio Morena, de Pelotas 20 (RS), com 23 animais, e que volta neste ano a disputar campeonatos na Feira, depois de um longo período afastado. Na opinião do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), José Ernesto Ferreira, o aumento no número de inscrições é reflexo do ciclo de exposições que tem acontecido pelo interior do Estado. Segundo ele, o Prêmio Exceleite está dando esse impulso nos eventos da raça. Uma das novidades no julgamento da raça é a presença do especialista em suporte técnico e analista de touros na Semex Alliance, Mike West. Nascido no Canadá e criado em uma fazenda voltada para a raça Holandês, West participou ativamente no trabalho da família em torno de 50 vacas do rebanho de Criador Master. Formado em Ciência da Agricultura, Mike West já avaliou mais de dez mil animais da raça de seu país de origem, dos Estados Unidos, do Japão e agora do Brasil. Reconhecimento especial à fêmea da raça A premiação da campeã Suprema Exceleite 2010/2011 será um carro zero-quilômetro. O resultado do concurso será conhecido após o julgamento da raça Holandês, na Expointer, quando a Gadolando fará o cálculo das pontuações dos animais que concorreram nas exposições ranqueadas. Esta também será a oportunidade de serem premiadas a Exceleite Pista e a Exceleite Produção. A Suprema é o reconhecimento à fêmea da raça que somar maior número de pontos nas categorias Pista e Produção. Com essa premiação, a Gadolando pretende contribuir na identificação de animais superiores que aliem excelência fenotípica, a qual redunda em maior longevidade e expressiva produção de leite. O concurso incentiva os criadores a participarem de exposições, que continuam sendo importantes momentos de comparação, aprendizado, estreitamento de relacionamentos e intercâmbio de experiência entre os criadores de bovinos. Ainda com base no regulamento, incentiva os expositores da Região Metropolitana a exporem em pelo menos uma exposição do interior do Estado, e os do Interior a participarem da Expointer e da Expoleite, no Parque Assis Brasil, em Esteio. CENÁRIO Real valorizado aumentou interesse da Argentina e do Uruguai Vários segmentos do agronegócio estão sofrendo uma “enxurrada” de produtos importados do Mercosul. O câmbio valorizado e a alta carga tributária têm prejudicado – e muito– a competitividade do setor. Os produtores estão de plantão em Brasília reivindicando a desoneração de impostos, para que o produto nacional possa competir com os importados no mercado interno, e que acordos dentro do Mercosul sejam revistos. O setor leiteiro no Brasil corre risco de morte se voltarmos ao ano de 2009. Desde lá, o segmento apresenta déficits. No ano passado, a diferença entre importações e exportações foi de US$ 195 milhões. Neste ano, até julho, chegou a US$ 262 milhões. Nesta entrevista à Revista VOTO, o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan Palharini, fala das expectativas do mercado de laticínios e dos desafios enfrentados pelo setor com as importações. VOTO – Quais são as perspectivas do setor para a 34ª Expointer? Darlan Palharini – A Feira por si só já é um grande atrativo. Mas sempre esperamos novidades, principalmente para este setor da economia, que no Rio Grande do Sul tem papel importante para o desenvolvimento dos municípios. Esperamos novas tecnologias para que o setor avance ainda mais no quesito competitividade, que é o grande desafio da nossa economia quando temos o real valorizado. FOTOS DI VU LGAÇÃO VOTO – Como está o mercado do Rio Grande do Sul? Palharini – O RS tem potencial ainda a ser explorado pelo setor lácteo, seja no aumento de consumo, através de ações conjuntas do setor privado e governamental e, também, com o lançamento de novos produtos, já que estamos vivendo um momento de incremento de renda e onde temos, nas mais variadas camadas sociais da população brasileira, potenciais de consumo que devem ser melhor explorados e para que a demanda desses produtos não seja abastecida por indústrias de outros países ou de outros estados da Federação. VOTO – Quanto à questão das importações de leite em pó, como o setor tem enfrentado esse obstáculo? Palharini –O Sindilat entende que as importações são uma nova realidade na economia brasileira e não deverá mudar esse quadro no curto prazo. Por isso, entendemos que a melhor forma de enfrentar esse desafio é ter maior competitividade, seja no campo, seja no parque industrial. E para isso o setor está hoje empenhado em buscar alternativas através de um planejamento de médio e longo prazo, para que possamos aproveitar este momento para melhorar a nossa performance e vencer mais esse desafio. VOTO – De que forma os governos federal e estadual têm ajudado a resolver o impasse das importações? Palharini – É uma equação complicada, pois entendemos a dificuldade, principalmente do governo federal, de barrar as importações, já que vivemos em uma economia de livre comércio, principalmente com os nossos parceiros do Mercosul. De outro lado, temos mostrado que o Brasil tem mais de 1,2 milhão de produtores de leite e que, se não tivermos uma política para o setor, o restante da população brasileira vai, de certa forma, arcar com esse custo social. Com isso, temos notado o empenho do governo em criar alternativas para o setor lácteo nacional, que hoje gera muito emprego no campo e tem sido um fator de distribuição de renda no meio rural. VOTO – O acordo do Brasil com a Argentina expiraria no final de “Estamos em negociação direta com a Argentina e com o Uruguai ” julho, e a renovação que, além da cota de leite em pó, prevê a inclusão de uma cota também para os queijos, depende de um acordo com o governo uruguaio. Como está esta questão? Palharini – Estamos em negociação direta com a Argentina e com o Uruguai. Todos querem exportar e, no caso da Argentina e do Uruguai, são países que têm excedente de produção em alguns produtos, entre eles nos lácteos. Para eles, o mercado brasileiro sempre foi muito interessante e, neste momento, onde temos o real valorizado, se tornou ainda mais importante. Cabe lembrar que, hoje, o Brasil tem próximo de 200 milhões de habitantes e com poder de renda aumentando. É o maior país em população na América Latina, é normal ter essa pressão. Mas entendemos que, em conjunto, poderemos chegar a um acordo aceitável para ambas as partes. CENÁRIO Momento positivo para o rebanho verde e amarelo “ O número de ovinos nos campos gaúchos vem diminuindo ano a ano, e nós fomos em busca de uma solução ” Aumentar em 20% o rebanho de ovinos do Rio Grande do Sul até 2013. Essa é a expectativa do governo gaúcho através do Programa Mais Ovinos no Campo para estimular a produção de carne e lã. A ideia é vista pelos produtores com bons olhos, se voltarmos à década de 1970, quando o Estado tinha 12 milhões de cabeças. Quarenta anos depois, o número não passa dos quatro milhões. FOTOS DIVULGAÇÃO O programa oferece para retenção de matrizes um crédito com taxas de juros que variam de 2% a 5,75% ao ano, dependendo do enquadramento do proponente. O prazo para pagamento é de três anos, com até um ano de carência, sendo financiados 100% do valor da fêmea com idade até seis meses, e 80% do valor do ovino com mais de seis meses. O Banrisul, agente financeiro do programa, já financiou o valor de R$ 19,3 milhões para 700 operações. Os números são surpreendentes, se levar em conta que há cerca dois meses significavam R$ 3,7 milhões de créditos para 129 proponentes. Municípios serão beneficiados com linhas de crédito O Estado gaúcho é o que tem a maior população de ovinos do país. O primeiro município no ranking é Santana do Livramento, com 414,2 mil exemplares. O produtor rural Delci Francisco Cardoso cria a raça Corriedale para vender a lã. “Dá muito trabalho, mas quando começa a vender, dá lucro. Além disso, consome muito vermífugo, mas quando vende a ovelha e vende a lã, desaparece esta despesa toda. Quem está no negócio tem que investir no ovino”, destaca. Em segundo lugar, desponta a cidade de Alegrete, com 253,5 mil cabeças. “O número de ovinos nos campos gaúchos vem diminuindo ano a ano, e nós fomos em busca de uma solução, porque pretendemos retomar o desenvolvimento econômico e social daqueles setores do agronegócio que enfrentam dificuldades”, afirma o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi. Pelo menos 50 municípios vão ser beneficiados com linhas de crédito para a compra de matrizes ou reprodutores e também para a retenção de matrizes. “O objetivo do programa é fazer com que ninguém venda fêmeas, a não ser as de descarte. Que se retenham as fêmeas, ou que se vendam as fêmeas para outro produtor e, com isso, nós vamos, a médio e longo prazo, recuperando o rebanho de ovinos do nosso Estado”, diz Mainardi. Um outro incentivo para o crescimento do rebanho ovino é a grande demanda de carne e lã, muito maior que a oferta. Com os preços em alta, a Federação das Cooperativas de Lã do Brasil (Fecolã) espera uma boa comercialização. Entre as principais raças, o quilo da lã está custando 4 dólares. “Nesta safra, deverá se antecipar a procura por lã pela falta do produto no mercado. As indústrias, na safra passada, não compraram as suas necessidades. Então, podemos dizer que a lã, hoje, encontra-se num momento muito satisfatório”, explica o presidente da Fecolã, Álvaro Lima da Silva. Por um Brasil bovino A pesquisa de Produção da Pecuária Municipal 2010, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgada somente em outubro. Mas se seguir a tendência dos úúltimos anos, o Brasil terá em br breve o maior rebanho de bovirebanh nos do mundo. Em 2009, o país ocup ocupava a segunda p posição com 205,3 milhõ milhões de cabeças, ficando atrás da Índia. O efe efetivo de bovinos enco encontra-se bem distribuído, já que os 20 distribuído principais municípios concentram 8,4% do total de animais. O IBGE também constatou que naquele período foram abatidas 28,063 milhões de cabeças e produzidas 6,661 milhões de toneladas de carne bovina. Desse total, 13,9% foram exportadas para outros países, tendo sido observada redução do volume comercializado externamente em torno de 9,9% sobre o ano de 2008. A maior parte dessa carne foi exportada para Rússia, Hong Kong e Irã. O maior consumidor mundial de carne bovina foram os Estados Unidos, seguidos pela União Europeia e pelo Brasil. O Brasil terá em breve o maior rebanho de bovinos do mundo O crescimento de 1,5% no rebanho bovino brasileiro em 2009 já era esperado pelo setor. Na avaliação do superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vaccari, depois de uma intensa crise de 2005 a 2007, a pecuária brasileira vem dando sinais de recuperação. Naquele período, o setor enfrentou perdas em função de fatores climáticos, de câmbio, além de focos de febre aftosa, que fez com que países importadores e mesmo o mercado interno impusessem restrições aos seus produtos, gerando grandes prejuízos. O Estado do Mato Grosso se mantém na liderança do rebanho de bovinos no país, porque acompanha a CENÁRIO tendência nacional de recuperação, com ampliação dos investimentos, e também aparece como o segundo maior exportador de carne bovina, perdendo apenas para São Paulo. 7,7 milhões de toneladas neste ano, impulsionado pela demanda de importação nos países que enfrentam rápido crescimento econômico ou escassez de produção. Dados da Associação dos Criadores de Mato Grosso, com base em informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), revelam que, em 2010, o volume exportado da carne bovina já é 8,9% maior que o do mesmo período do ano passado. Além disso, enquanto o faturamento da atividade entre janeiro e outubro de 2009 somou US$ 2,45 bilhões, no mesmo período de 2010 o valor chegou a US$ 3,3 bilhões, o que representa um crescimento de 34,6%. Os maiores ganhos deverão ser obtidos pelos Estados Unidos, que, se beneficiando de um contínuo enfraquecimento do dólar e da reabertura de mercados anteriormeneriormente restritos por causa sa da Encefalopatia Espongiforgiforme Bovina (EEB), poderão erão expandir os envios em m 8%, um desenvolvimento histórico com potencial de transformar sformar o país em um exportador líquido. Previsões de mercado O comércio mundial de carne bovina deverá se expandir em 2%, para Após três anos de declínios clínios devido à forte demanda doméstica éstica e ao fortalecimento da moeda, eda, as exportações do Brasil, ainda da o maior exportador mundial, aumentarão umentarão em resposta à demandaa de países do Oriente Médio e do Sudeste da Ásia. Por outro lado, o Paraguai, um exportador não tradicional da América do Sul, deverá se beneficiar da recente certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de país “livre de febre aftosa com vacinação”. As exportações do país poderão alcançar as da Argentina, que continuam com uma queda de dois anos. ENTREVISTA Francisco Turra: governo precisa acordar e reduzir os gastos públicos A instabilidade cambial tem feito o Brasil perder competitividade em mercados conquistados pela avicultura, como a União Europeia e o Oriente Médio. Somente a Arábia Saudita, por exemplo, chega a comprar 50 mil toneladas por mês do produto brasileiro. Diante desse cenário, o recomendado aos produtores é muita cautela e reduzir seus custos de todas as formas para se manter na disputa. Nesta entrevista exclusiva para a Revista VOTO, o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, fala dos perigos dos juros elevados e dos especuladores que se aproveitam da situação que já fez o país perder – e muito – nos últimos anos. Formado em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e em Comunicação Social pela PUC/RS, Francisco Turra foi prefeito de Marau (RS), deputado federal, ministro da Agricultura do governo Fernando Henrique Cardoso e também presidiu a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele atuou, ainda, como vicepresidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), superintendente executivo do Sebrae no Rio Grande do Sul e diretor institucional da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). VOTO – Como o Brasil está posicionado no mercado mundial na produção de frango? VOTO – E qual é a participação do Rio Grande do Sul nesse mercado? Francisco Turra – Pela ordem de produção, primeiro vêm os Estados Unidos, depois a China e, em terceiro lugar, o Brasil, que está muito próximo do segundo colocado. Hoje, produzimos 12,5 milhões de toneladas de carne de frango por ano e, ligeiramente à frente, posso afirmar com tranquilidade que neste ano a China irá perder espaço para nós. Como exportador, atualmente, nossos números apontam para 3,9 milhões de toneladas/ano, que representa 41% do mercado mundial de frango. Turra – O Rio Grande do Sul desponta como o terceiro estado em produção e exportação, com 21%. O primeiro é Santa Catarina, com 27% e, depois, Paraná, com 26,5%. VOTO – De que forma a instabilidade do câmbio tem interferido na competitividade do Brasil em novos mercados? Turra – O Brasil, hoje, com a hipervalorização do real frente a todas as moedas, e não só em relação ao dólar, está perdendo a competitividade em vários produtos, entre eles a carne de frango. Ao longo dos anos, muitas conquistas, entrantivemos mu do onde os Estados Unidos não entram. É o caso dos 27 paentram íses da União Europeia e o Oriente Médio, onde soOri mos clientes cativos. Som mente a Arábia Saudita m compra 50 mil tonelaco das por mês da carne de d fra frango brasileira. Sem dúvid vidas, o câmbio está sendo terr terrível e a nossa política é equiv equivocada. A cada reunião do Co Copom é um susto, porque aum aumentam os juros e vem o especulado especulador que investe em títulos da dívida brasileira, leva os nossos juros e o nosso sangue e aqui ficamos chupa chupando casca. Se não fosse a sorte de te termos apenas o grande player, que tem t estatura para disputar com os E Estados Unidos, se houvesse ou outros países competindo, já tteríamos perdido espaçço. Neste ano, há, ainda, uum outro adicional neggativo, como a elevação d do custo dos insumos, “O Brasil, hoje, com a hipervalorização do real frente a todas as moedas, e não só em relação ao dólar, está perdendo a competitividade em vários produtos, entre eles a carne de frango ” que está muito acima do preço do produto, sem falar no Custo Brasil em infraestrutura logística. Essas questões, portanto, são um permanente desafio para a nossa entidade (Ubabef), fora as barreiras que, ao natural, se impõem, como é o caso da Rússia embargando a carne brasileira sem nenhum fundamento, e a África do Sul, um grande comprador do Brasil, entrando com um processo de investigação de dumping. Ou seja, as barreiras externas são permanentes e, acima de tudo, desafiadoras. Não fosse uma entidade atilada estudando todos os espaços, o Brasil perderia muito. A Ubabef tem uma estrutura muito organizada e ENTREVISTA unida, se antepondo e levando a situação com muita dificuldade. Nada é um mar de rosas e, sim, cheio de percalços e espinhos. VOTO – O Brasil tem enfrentado os Estados Unidos em 150 países. Como alcançar novos mercados tendo uma potência como os EUA ao lado? Turra – Nosso diferencial para os Estados Unidos é o profissionalismo do Brasil na cadeia produtiva. Temos um estado sanitário reconhecido no mundo inteiro como impecável, pois nunca tivemos um surto de gripe aviária. E estamos cada vez mais competitivos, reduzindo custos em tudo o que é possível e brigando por novos mercados, como Malásia, Indonésia e Paquistão. VOTO – Em que o governo federal poderia ajudar para aumentar a competitividade do Brasil no exterior? diferencial para “ Nosso os Estados Unidos é o profissionalismo do Brasil na cadeia produtiva. Temos um estado sanitário reconhecido no mundo inteiro como impecável ” Turra – Não podemos negar o apoio do governo federal, mas há circunstâncias em que a burocracia se torna um ônus, um custo adicional para o Brasil. Penso que deveriam ser mais ágeis, pensando na importância do setor como um grande gerador de empregos. Está na hora de dar uma parada nos juros reduzindo os gastos públicos, muitas vezes até supérfluos. No Brasil, o setor dispõe de 820 mil empregos diretos e 4,5 milhões indiretos. Está na hora de o governo cortar na própria carne para sairmos da condição de um dos países com os juros mais elevados. Isso não tem nenhum sentido. VOTO – Que mensagem a Ubabef dá aos criadores de frango para que eles não temam perder mercado? Turra – Cautela, nós estamos recomendando há tempos, e trabalhar com o maior número de informação. Uma das medidas que estamos buscando com o governo, e por ora não houve nenhuma sinalização, pagar os créditos tributários que as empresas brasileiras têm em grande volume. Isso permitiria que elas se recapitalizassem e reinvestissem. Não há espaço para continuar ruim. Há, sim, uma forte demanda dos mercados externos pelo produto brasileiro, portanto, o governo deve perceber que é uma grande oportunidade. O mundo, nos próximos 20 anos, terá uma necessidade por alimentos de 40% para atender a uma população subnutrida e, também, ao crescimento da renda. E o Brasil tem todas as possibilidades de atender à demanda total. O consumo da carne de frango irá crescer 4% ao ano, o que, para nós, é uma oportunidade de ouro. Para se ter uma ideia, apenas uma empresa emprega 120 mil pessoas. Somente nos três estados do Sul, temos 45 mil famílias integradas ao sistema de produção. No Brasil, são 130 mil. É, realmente, um número impressionante. Eu imagino e espero que o governo acorde. ARTIGO Expointer: o emblema do Rio Grande do Sul Por Adão Villaverde* Não foi por acaso que, ao lançar oficialmente a Feira, o governador Tarso Genro salientou a projeção global do evento e cunhou a expressão “a melhor carne do mundo” para definir a produção da pecuária gaúcha. Em recente entrevista, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, ressaltou que o país poderá ser “o maior produtor mundial de proteína, graças ao agronegócio fantasticamente competitivo, provavelmente com o maior potencial de expansão”. Outro renomado economista, o gaúcho Enéas de Souza, abordando a crise europeia que sucede a derrocada norte-americana, destacou, igualmente, esta peculiaridade do saldo alimentar diante de um mundo que cresce e tem fome. “As pessoas precisam comer. E o Brasil tem produção alimentar.” No nosso solo, o agronegócio e a agricultura familiar estão lastreados principalmente pelo sistema diferenciado do cooperativismo de produção que remonta às exitosas experiências dos anos 60 com o trigo e, na década seguinte, com o plantio da soja, que trouxe, na carona, a inovação tecnológica para o campo. Graças ao cooperativismo, também o setor rural, abalado pelo êxodo resultante da mecanização e da especulação imobiliária decorrente da monocultura, ajudou a reorganizar o sistema de produção especialmente através da agricultura familiar, que hoje recebe os decisivos incentivos governamentais para alçar-se à dimensão necessária da elevada competição do mercado de alimentos. comunicação que ali se instalam, agrega elementos de atração turística nas exposições de animais e de máquinas, na feira do artesanato, nos shows musicais e nos concursos de lidas campeiras, tradicionais como as premiações a ginetes e laçadores habilidosos. A Expointer carrega também um valor sociológico especial que mexe com as raízes da numerosa população do Interior que se estabeleceu nas localidades próximas à Capital para estudar, trabalhar e morar. E que, nestes dias, amplia o orgulho de viver em um Rio Grande do Sul que esbanja superlativos, no ambiente favorável de um país que cultiva a imagem internacional de um Brasil que cresce, se desenvolve, gera emprego e distribui renda. *Presidente da Assembleia Legislativa/RS Parceiros do governo estadual na promoção da Expointer, as cooperativas filiadas à Ocergs, os agricultores familiares da Fetag e os produtores rurais daa Farsul mostram um otimismo compatível com a grandeza da exposição, que receberá recursos financeiros do Banrisul 30% superiores ao da edição anterior. No período de 27 de agosto a 4 de setembro, que geralmente apresenta indícios do final do inverno e sinaliza para a chegada da primavera no Estado, a efervescente e múltipla programação do espaço de Esteio, reproduzida ao vivo pelas empresas de DIVULGAÇÃO Em seus 110 anos de existência, contabilizando a primeira edição em âmbito estadual em 1901 até as 34 edições que incorporaram o caráter internacional adicionado ao nome, a Expointer consolidou um cartão-postal que transcende a imagem fotográfica das esferas tingidas com as cores do RS do totem doado pelos alemães e fixado na entrada do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A nossa Exposição Internacional é, cada vez mais, o emblema do fortalecimento da agricultura, do agronegócio e da agricultura familiar rio-grandenses reconhecidos em todo o mundo, especialmente nestes tempos de crise mundial, na qual o nosso potencial da produção de alimentos com qualidade e segurança passa a ser um importantíssimo diferencial na economia futura do planeta. FEIRA A Expointer em reais Evento mobiliza mais de 15 mil trabalhadores a um custo que pode chegar a R$ 7 milhões Quem chega à Expointer para um dia de longas caminhadas ou quem trabalha debaixo de chuva e de sol nem imagina a trabalheira que dá montar o evento. São apenas sete dias de Feira, mas para quem organiza, parece uma eternidade. Quase meio ano de preparativos e muita dor de cabeça para colocar em ordem um parque que é praticamente uma cidade dentro de Esteio. São 141 hectares, sendo 100 já urbanizados e os 41 restantes prontos para expansão. No total, são 25 quilômetros de ruas e 190 imóveis públicos e privados. Um parque para outras feiras de grande porte Lá se vão 41 anos no Parque de Exposições Assis Brasil com muitas conquistas desde então e, também, muitos problemas estruturais. O governo gaúcho está investindo R$ 5,8 milhões em reformas dos alojamentos, os quais acolhem cerca de 300 funcionários da Secretaria da Agricultura que vêm do Interior para trabalhar na Feira e dos 11 sanitários públicos, além da construção de outros dois. Também está sendo reestruturada a rede de energia do camping, destinado para abrigar expositores que possuem 196 boxes de estacionamento. Os investimentos também incluem o cercamento do parque e a transformação de um ALGUNS NÚMEROS DE TRABALHADORES ➧ Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (SIMERS): 2 mil ➧ Tratadores de animais: 1.929 ➧ Operacionais/Apoio aos animais: 3 mil ➧ Segurança e limpeza: 1 mil ➧ Portões e bilheterias: 200 MARCELO BERTANI GUERREIRO Com uma despesa aproximada de R$ 5,5 milhões, mais as diárias com veterinários e gastos em infraestrutura, como água, luz e telefone, esses sete dias podem custar ao Estado R$ 7 milhões. O “Departamento Pessoal” da Expointer também pode ser visto como uma grande empresa, com 15 mil trabalhadores que têm hora para chegar, mas não têm hora para sair, sem contar as mais de mil pessoas que trabalham nos restaurantes, nos estandes comerciais, nas revendas de carros e na imprensa credenciada que cobre o evento. Focado nesse aspecto, depois de encerrar oficialmente a 34ª Expointer, o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, já tem uma missão: a funcionalidade e a ocupação do parque, a exemplo do que acontece em outros países, como a Feira de Verona, na Itália. A feira congrega órgãos da iniciativa pública e privada que, juntas, promovem em torno de 32 eventos por ano, com um faturamento anual em torno de 11 milhões de euros. Quanto às medidas de economia, uma delas já identificada é a redução do consumo de energia elétrica. “O parque gasta, mensalmente, quase que o mesmo que a Prefeitura de Esteio investe em iluminação pública”, revela o secretário da Agricultura. Também não haverá mais contratos emergenciais. Tudo que envolver a Feira será feito através de licitação. Para esta edição da Expointer, Mainardi espera que a receita obtida chegue a R$ 9 milhões. Desenvolvido pela empresa Imply Tecnologia Eletrônica, o sistema irá controlar a emissão dos ingressos, a partir de um código de barras, organizado especialmente para idosos, adultos, crianças, estudantes ou profissionais e bloquear a entrada de bilhetes falsificados ou já utilizados. Para profissionais que trabalharão na Feira, um monitor irá mostrar a fotografia da pessoa credenciada no momento de cada acesso, evitando fraudes no uso dessas credenciais. LUIZ ÁVLIA MARCELO BERTANI Feira informatizada Eventos como a Expointer e a Fenasul (acontece anualmente no mês de maio) são um exemplo de superação. Neste ano, a Feira faturou R$ 1,76 milhão, um crescimento de 84,97% em relação ao ano passado, que somou R$ 954,43 mil. Além desses, somente os criadores de cavalos realizam seis eventos em um ano e a Prefeitura Municipal ocupa a área para outras programações. Para chegar a esse nível, o secretário não descarta a possibilidade de se criar uma empresa pública de direito privado, com a participação do governo, de associações e entidades privadas, o que daria mais agilidade à concretização de projetos, preservando o interesse público, sem falar nos custos das obras necessárias para suportar a rotatividade. “O objetivo é promover pelo menos 12 grandes eventos anuais, contemplando todos os setores da economia gaúcha. Também devemos discutir qual aproveitamento se dará para a área de 41 hectares que está ociosa naquele espaço”, analisa Mainardi. imóvel da Central Riograndense de Inseminação Artificial (Cria) em alojamento. Outro projeto em execução é a construção de 330 baias para equinos, uma antiga reivindicação do setor. Esperar horas na fila para comprar um bilhete e, depois, mais algumas horas até que a recepcionista lhe entregue a metade destacada é, sem dúvida, coisa do passado. A 34ª Expointer é pura tecnologia. Um novo sistema de acesso, implantado a poucos dias do início da Feira, garantirá uma entrada segura, ágil e eficiente aos visitantes, expositores e demais profissionais que trabalharão nos sete dias da feira. As catracas irão receber o ingresso, registrar a entrada e liberar a passagem em menos de um segundo. Há 20 anos servindo o autêntico churrasco gaúcho em cortes especiais. Rodízio com 26 cortes de carnes nobres. Bufê de saladas, frios e comida campeira. Adega de vinhos. Em Porto Alegre Rua Ramiro Barcelos, 389 | 51 3225.2205 Avenida Pernambuco, 569 | 51 3337.2333 Avenida Dr. Nilo Peçanha, 2131 | 51 3333.1413 www.churrascarianabrasa.com.br FEIRA O ingresso de veículos também ficará mais ágil, pois o motorista apenas retirará o ticket do estacionamento no momento da entrada, sendo o pagamento feito junto às bilheterias, no interior do parque, como acontece atualmente na maioria dos shopping centers. Através de uma central de controle, ainda será possível monitorar, em tempo real, o número de pessoas dentro do Parque de Exposições Assis Brasil. Essas estatísticas permitirão a análise do fluxo de visitantes que cruzarão as 36 catracas eletrônicas e 22 cancelas dos estacionamentos. Também serão instalados painéis eletrônicos com mensagens institucionais junto aos portões de entrada. “Até o ano passado, não havia um controle efetivo que apresentasse números confiáveis relativos ao ingresso de pessoas e faturamento das bilheterias”, diz o secretário Luiz Fernando Mainardi, ao destacar que o novo sistema irá gerar mais transparência ao informar, com precisão, a receita total de bilheteria. Mãozinha da Trensurb Cerca de 600 mil pessoas são esperadas neste ano, no Parque Assis Brasil. Trinta por cento desse total chegam à Feira de trem. Para facilitar a mobilidade dos visitantes, a Trensurb e a comissão organizadora da Expointer fizeram uma parceria, Nº OBJETO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 Locação de 18 carros elétricos Limpeza urbana Limpeza predial (sanitários) Assistência técnica em equipamentos telefônicos Locação e montagem de lonas Construção de 330 baias Construção da Rede Elétrica do camping Reforma do prédio da IVZ Reforma do chafariz, esferas e escadaria Locação de equipamentos para bilheterias e estacionamentos Locação de seis veículos com reboque Limpeza predial Segurança patrimonial desarmada 350 sanitários portáteis Locação de contêiner Locação de máquinas pesadas Mão de obra de energia elétrica Mão de obra de encanador hidráulico Conserto de máquinas e equipamentos Três estandes para postos médicos Alojamento para peões Locação de sete geradores móveis Duas carretas com chuveiros Palco e sonorização para os eventos culturais Músicos 36 CONTRATADO (R$) 124.200,00 396.000,00 118.402,00 63.000,00 53.850,00 1.290.000,00 509.731,26 64.000,00 139.000,00 650.000,00 50.000,00 304.750,00 640.000,00 372.350,00 450.000,00 78.000,00 80.367,00 65.000,00 83.000,00 e cada município atendido por esse tipo de serviço terá, pelo menos, um ponto de venda de ingressos. De acordo com o supervisor comercial da Trensurb, Edson Carlos Ferreira dos Santos, a empresa colocará em operação a frota máxima de 21 unidades durante os fins de semana da Feira, quando são transportados aproximadamente 90 mil passageiros. Ferreira dos Santos lembra, também, que nesses dias seria menos caótico para o trânsito se os motoristas utilizassem as duas mil vagas dos estacionamentos próximos às principais estações da Capital. “Assim, o visitante poderá ir para a Feira com segurança e agilidade”, afirma. EMPRESA Razim Locações e Comércio LTDA. Fortesul Serviços Terceirizados LTDA. Laboral Serviços Terceirizados LTDA. EBM Equipamentos Telefônicos Ltda. Logos Brasil Estrutu. Eventos LTDA. Conttex Engenharia e Distribuidora LTDA. Montebrás Montagens Elétricas LTDA. Porto Redes Const. Instalações LTDA. Conttex Engenharia e Distribuidora LTDA. Imply S/A Razim Locações e Comércio LTDA. Multiagil S/A Tedesco Seg. LTDA. Tecnisan BR SUL Serviços LTDA. RETROMAC Máq. e Equip.LTDA. CONTTEX Click Vidros e Serviços Ltda. GASTEC COMÉRCIO Permuta/ UNIMED 119.500,00 Aline Colombo LTDA. 44.950,00 Energia Grupo Geradores LTDA. 120.000,00 CENÁRIO Angus: mais um recorde A Associação Brasileira de Angus (ABA) registrou neste ano o número recorde de 448 inscrições, somados 307 animais argola e 141 rústicos, na pista de julgamento da 34ª Expointer. Esse número representa mais de 50% da raça que se coloca em segundo lugar em representatividade na Feira. De acordo com o presidente da ABA, Paulo de Castro Marques, o mérito desse recorde de inscrições é todo da associação que, com seus programas de carne de qualidade e fomento da raça, fez do Angus um animal mais firme e consistente frente a outras raças criadas na Região Sul. “O motivo de tanto sucesso do Angus é que o retorno econômico-financeiro é muito mais rápido ao produtor rural”, esclarece Marques. Ao todo, 57 criatórios de Angus PO e 25 rústicos PO e PC dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul vão se revezar na apresentação dos animais em três dias de pista, nesta que é considerada a maior vitrine da raça na América Latina. Segundo a gerente da entidade, Juliana Brunelli, na comparação com 2010, o crescimento percentual atinge 15,5%. “Em números absolutos, o crescimento observado nas inscrições para exposição de rústicos chega a 42% e para Angus argola de 6,5%”, explica. Ainda segundo Juliana Brunelli, a participação maciça da raça Angus na 34ª Expointer representa a união de esforços dos criadores gaúchos e, também, de outras regiões do país, no sentido de fortalecer cada vez mais a imagem da raça na Feira, considerada a mais importante da Região Sul. Fortalecendo a imagem da pecuária brasileira Recentemente, a ABA se juntou ao projeto Pecuária Brasil, elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), para promover a imagem da nossa pecuária frente aos países que importam a carne nacional e ao mercado interno. “A ideia principal é levar ao mundo o cenário de que a carne que q produzimos p aqui q não é proveniente de áreas de desmatamento, nem tem envolvimento com trabalho escravo. E, sim, de uma cadeia produtiva sustentável, competente e comprometida com a qualidade do produto que atenda às questões sociais e ambientais”, explica o diretor de Marketing da ABA, Felipe Moura. Atualmente, as receitas geradas com a exportação de carne, próximas a US$ 5 bilhões, movimentam a economia de milhares de cidades em todo o país. Porém, os casos de sucesso protagonizados pelos pecuaristas brasileiros não foram devidamente contados. “É justamente nessa questão que a Angus terá participação efetiva, resgatando parte dessa memória e apresentando de forma transparente as melhores práticas do setor que representa”, diz a coordenadora de Marketing da ABIEC, Monique Morata. A Associação Brasileira de Angus irá colaborar com dados, imagens e estatísticas sobre a raça, dando apoio institucional à ABIEC, participando do comitê de debates e sendo fonte de pesquisa na construção da campanha Pecuária Brasil. ENERGIA Energia renovável é a bola da vez Apesar da desaceleração econômica global, dos cortes nos incentivos fiscais e dos baixos preços em vigor no mercado de gás natural, o setor de energia renovável vem mantendo uma boa performance. O investimento em 2010 chegou a US$ 211 bilhões, e a participação das renováveis foi de 16% no fornecimento global de energia e cerca de 20% apenas na geração de energia elétrica. O governo irá autorizar a subvenção prevista quando o crédito rural se destinar ao financiamento dos equipamentos de captação de energia solar Segundo o estudo “Renováveis 21: Relatório da Situação Global”, a geração de energia solar global duplicou no ano passado em comparação com 2009, graças a programas governamentais de incentivo e à queda contínua no preço da energia fotovoltaica, dispositivo utilizado para converter a energia da luz em elétrica. “O desempenho global de energia renovável tem sido uma constante positiva nestes tempos turbulentos”, afirma o presidente da Comissão de Coordenação REN21, Mohamed El-Ashry. “Hoje, as pessoas, mais do que nunca, usam energia derivada de fontes renováveis, enquanto a capacidade de fornecimento continua a crescer, os preços continuam a cair, e a participação na energia global aumenta.” No início deste ano, pelo menos 119 países tiveram algum tipo de meta de política de apoio às renováveis em nível nacional. Há seis anos, eram apenas 55 os países com políticas para o setor e, agora, mais da metade está no mundo em desenvolvimento, onde a demanda por energia será maior nos próximos anos. Brasil é top em investimentos De acordo com a Consultoria Ernst & Young, que publica trimestralmente um ranking com os 35 países mais atrativos para investimentos relacionados a energias renováveis, após oito anos, o Brasil entrou para a lista dos top 15. A expansão da energia eólica foi decisiva para que o país subisse quatro posições no último trimestre, da 16ª para a 12ª. Em movimento inverso, os demais países mais bem classificados apresentaram uma ligeira queda em seus índices, reflexo da redução de incentivos e restrição de acesso ao capital para projetos desta natureza. Ainda assim, o estudo prevê que eventos globais recentes, como o tsunami e o desastre nuclear no Japão, e as sucessivas turbulências políticas no Oriente Médio e norte da África servirão de estímulo para que os países ampliem o uso de energias renováveis em seu portfólio. A China manteve a primeira posição no ranking, muito em função de seus projetos de geração de energia eólica em águas marítimas rasas. Com uma série de projetos de energia solar em andamento e boas perspectivas para este setor, os Estados Unidos permaneceram no segundo lugar, enquanto que a Índia se posicionou em terceiro lugar. Segurança climática Até 2050, as energias renováveis podem representar 80% da demanda energética mundial. No melhor cenário, seria possível reduzir significativamente o perigo de mudança climática catastrófica. Essa é a conclusão do Relatório Especial sobre Fontes de Energia Renovável e Mitigação da Mudança Climática, elaborado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (IPCC). O documento aponta seis fontes de energia renovável, mas as que ganham destaque são a eólica e a solar. Em 2008 e 2009, essas duas fontes responderam por metade da nova capacidade de geração instalada no mundo. Com relação a 2010, o IPCC ainda não analisou todos os dados, mas os já disponíveis mostram que a capacidade instalada de fontes eólica e solar cresceu muito e continuou a crescer no primeiro trimestre deste ano. O cenário mais otimista indica que as seis fontes de energia renovável (bioenergia, energia solar direta, geotérmica, hidrelétrica, energia dos oceanos, eólica) podem responder por 77% da demanda mundial total até 2050. O crescimento da participação das energias renováveis no mercado será tanto maior quanto mais forem objeto de políticas públicas. Mas, mesmo sem a intervenção governamental, seu crescimento seria significativo. O relatório aponta, ainda, que as energias renováveis contribuirão mais para o suprimento de energia de baixo carbono do que a nuclear ou as energias fósseis usando captura e armazenagem de carbono. Se as seis renováveis destacadas contribuírem com perto de 80% da geração de baixo carbono, ainda restaria a contribuição da energia nuclear, o que poderia elevar esse percentual para 85% ou 90%. Os outros 10% poderiam ser facilmente atendidos com gás natural, eliminando, tecnicamente, a necessidade de recorrer ao carvão ou ao óleo para geração de eletricidade. A aceleração do uso de energias renováveis ainda representará um desafio importante tanto no campo tecnológico quanto no âmbito institucional, mas não há obstáculos técnicos ou científicos para que ocorra. O principal problema, na verdade, é a integração dessas energias aos sistemas existentes de suprimento. Esse processo de substituição da matriz energética de alto carbono por matrizes de baixo carbono representa uma importante mudança nos conceitos de energia. O Brasil saiu de matrizes com uma fonte dominante para matrizes diversificadas, compostas por várias fontes diferentes de energia e ciclos distintos de geração. As matrizes se manterão diferenciadas regionalmente, com base na disponibilidade das várias fontes renováveis e das tecnologias que permitem seu uso eficiente. Na visão do IPCC, uma combinação bem feita de políticas públicas e investimentos em pesquisa e desenvolvimento pode reduzir os custos de transição para as novas tecnologias. Crédito rural condicionado ao uso de energia solar Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de Lei (PL 472/ 11), do deputado Inocêncio de Oliveira (PR/ PE), que condiciona a concessão de crédito rural na modalidade de investimento à instalação de sistemas de aquecimento ou de geração de energia elétrica por energia solar. Pela proposta, a condição valerá para os créditos concedidos pelo Sistema Nacional de Crédito Rural nos casos em que as operações financiadas prevejam o uso de água aquecida ou de energia elétrica. O governo irá autorizar a subvenção prevista quando o crédito rural se destinar ao financiamento dos equipamentos de captação de energia solar. O projeto exemplifica alguns objetos de financiamento cuja aprovação estará submetida à previsão de instalação de sistemas de captação de energia solar: construção, ampliação ou reforma de agroindústria, silos, armazéns, casas de moradia, alojamentos rurais e criatórios de animais. Ficam excluídos da condição apenas os estabelecimentos que já tenham instalados sistemas de aquecimento de água ou geração de energia elétrica com fontes de alternativas de energia e os estabelecimentos localizados em regiões em que a aquisição do sistema de captação de energia solar gere, comprovadamente, desvantagem econômica ao produtor rural. Inocêncio de Oliveira acredita que a medida deverá diminuir a demanda por geração de energia elétrica pelas usinas hidrelétricas. “Há que se buscar formas alternativas de manutenção do crescimento econômico, com menor impacto ambiental e custo reduzido”, argumenta o deputado. O projeto autoriza, ainda, a extensão dessa condição de financiamento para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas estacionários ou de equipamentos de irrigação. Nesses casos, caberá ao governo decidir o melhor momento para implementar a nova regra. “Como ainda não há tecnologia disseminada de captação de grande força elétrica por meio da energia solar, caberá ao Executivo, na medida em que julgue possível, decidir por essa vinculação específica”, afirma Inocêncio. CENÁRIO Canola é alternativa para aproveitar áreas ociosas da safra de inverno Até 1974 não se falava em canola no Brasil, mas depois das primeiras experiências e dos bons resultados, a Região Sul decidiu evitar os elevados prejuízos causados pela falta de rotação de culturas em suas propriedades – reduções de mais de 60% no rendimento de trigo cultivado sobre trigo. Hoje, o Rio Grande do Sul é o maior produtor de canola do país e, nesta safra, já houve um incremento de 41% em relação à passada. Dos 42 mil hectares cultivados em 2010, passou para 59,1 mil neste ano. Em solo gaúcho, a área semeada aumentou 29%, saltando de 26 mil hectares para 33,5 mil. No Paraná, que desponta em segunda posição no cultivo, houve o crescimento mais expressivo, chegando a 67%, ao aumentar a área semeada de 12.840 hctares para 21,5 mil. A canola se apresenta como uma das melhores alternativas para diversificação de culturas de inverno e geração de renda pela produção de grãos. Se plantada em rotação com o trigo, diminui as perdas de rendimento e de comprometimento da qualidade dos grãos causadas por doenças, além de reduzir a ocorrência de plantas invasoras. Com isso, o produtor pode ter um aumento de até 20% na sua colheita de trigo, além de diminuir seus gastos com o uso de fungicidas. Mais: o país não precisa derrubar árvores nem converter áreas de pastagem para produção de grãos. Há uma enorme extensão de terra, onde se pode produzir a semente com rendimentos competitivos e economicamente viáveis, empregando as mesmas máquinas semeadoras e colheitadeiras, os mesmos trabalhadores e a infraestrutura de armazenagem, que ficam ociosos fora do período de verão. nos estados do Sul, evitando-se assim a importação do óleo e derivados. A disponibilidade de um conjunto de tecnologias de produção e de sementes híbridas da mais alta qualidade e resistência às principais doenças – dispensa a aplicação de fungicidas –, o zoneamento agrícola, o financiamento agrícola com seguro pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e por empresas particulares e a garantia de compra e a assistência técnica favorecem muito a produção. Produto de fácil negociação e com preço equiparado ao da soja, a canola responde por 16% da produção e consumo de óleos vegetais no mundo, atrás da palma de óleo (34%) e da soja (33%). O óleo possui elevada quantidade de Ômega-3, vitamina E e o menor teor de gordura saturada de todos os óleos vegetais. Já o farelo possui 34 a 38% de proteínas, sendo um excelente suplemento proteico na formulação de rações para bovinos, suínos, ovinos e aves. No momento, a principal dificuldade para ampliar a produção no país é o fato de os produtores ainda não terem se dado conta da oportunidade para o cultivo de canola em substituição ao pousio ou à subutilização das terras no inverno. A dimensão da oportunidade pode ser exemplificada pelo cultivo de aproximadamente 5 milhões de hectares com soja e milho no verão e menos de um milhão de hectares de trigo a cada inverno no Rio Grande do Sul. De forma semelhante, na região Centro-Oeste milhões de hectares que poderiam produzir canola ficam ociosos no período de safrinha. Como a produção mundial deste tipo de óleo vem crescendo nos últimos anos, a demanda do Brasil já está sendo suprida pelo cultivo Semente é importante até na produção de biodiesel Outro benefício para os produtores de canola é a produção de biodiesel. O Brasil possui grande capacidade industrial ociosa para a produção de biodiesel, a qual permitiria a expansão em larga escala visando a uma produção para exportação. A exigência de qualidade para a exportação à Europa, que não seria atingida pelo biodiesel de sebo ou de soja, pode ser atendida empregando o óleo de canola, matéria-prima de referência do padrão de biodiesel europeu. Uma das principais empresas que investem na produção de canola é a BSBIOS (Passo Fundo), e por uma série de motivos. “A canola, concebida como a ‘soja de inverno’, encontra no sul do Brasil uma condição própria para cultivo, tanto em relação ao clima quanto às condições de precipitação e fertilidade do solo, encaixando-se no sistema produtivo, além de haver mercado para subprodutos, como o farelo. Ela ainda se destaca por ser uma cultura rotacional de inverno, por representar uma alternativa viável do ponto de vista econômico, tecnológico e social e por proporcionar uma complementação na oferta de matériaprima na produção de biodiesel”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Canola (ABrasCanola), Erasmo Carlos Battistella. A diversificação de culturas, especialmente com a canola, permite uma complementaridade de matérias-primas para a produção de biodiesel, já que são cultivadas em períodos que se complementam perfeitamente durante o ano: soja produzida no verão e canola no inverno. A canola, concebida como a ‘soja de inverno’, encontra no sul do Brasil uma condição própria para cultivo De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o país se tornou o segundo maior produtor mundial de biodiesel em 2010 e, recentemente, o maior mercado consumidor. As usinas brasileiras produziram 2,4 bilhões de litros de biodiesel no ano passado, apenas 7,7% a menos que os 2,6 bilhões produzidos pela Alemanha no mesmo período. A Argentina ficou com a terceira colocação no ranking com uma produção de 2,1 bilhões. Em parte, os bons resultados no segmento de biodiesel el no Brasil podem ser explicados pela demanda doméstica de óleo diesel esel que vem se mantendo aqueciqueciueda da, frente a uma queda o. no consumo alemão. Considerando apenas o período entre janeiro e abril, os brasileiros consumiram 786 milhõess sel de litros de biodiesel contra 762 milhões dee litros dos alemães. Redução das importações A utilização do B10 no Brasil, mistura de 10% de biodiesel ao diesel convencional, poderia possibilitar a redução das importações de diesel fóssil em cerca de 30%, diminuindo o impacto negativo na balança comercial brasileira. Em 2010, a importação de diesel representou 25% de todo o déficit da balança. No ano passado, o Brasil importou cerca de 9 bilhões de litros de diesel, um aumento de mais de 150% em relação aos 3,5 bilhões de litros importados em 2009. Segundo estudo da Fundação Getulio Vargas, com o aumento da mistura de B5 para B10, o país reduzirá em muito a necessidade de importação de diesel convencional. Apenas em 2010, o Brasil evitou a importação de 2,5 bilhões de litros de diesel com a adoção do B5, já em vigor em solo nacional. Se o teor da mistura for ampliado para o B10, o país deixará de importar cerca de cinco bilhões de litros daquele combustível fóssil, reduzindo o déficit atual decorrente da importação de diesel, recorde no ano passado, e observando reflexos diretos nas contas nacionais no balanço de pagamentos. DIVULGAÇÃO CENÁRIO Setor de máquinas: muita cautela nesta hora O setor chega à Expointer apenas com a expectativa de repetir os números da edição passada 42 O setor de máquinas e implementos agrícolas chega à Expointer sem muitas esperanças, apenas com a expectativa de repetir os números da edição passada, que chegou a quase R$ 830 milhões. “Eu sou realista, não adianta jogar para torcida. No ano passado, houve uma correria para aproveitar o término do prazo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), o que fez com que muitos antecipassem suas compras. Se chegarmos a R$ 830 milhões, está bom. Se ultrapassarmos esse valor, melhor ainda”, diz Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers). De acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas internas de máquinas agrícolas em julho passaram de 5,6 mil unidades, 12,8% a menos do que o mesmo período do ano passado. A produção também teve uma queda de mais de 21%, com 6.673 unidades. Já as exportações apresentaram crescimento superior a 37%, passando de US$ 270 milhões. Representantes da entidade afirmam que o setor registrou um forte avanço no mercado interno em 2010. Aproveitando os preços favoráveis das commodities, os produtores investiram em tecnologia e na compra de maquinários. Neste ano, apesar da continuidade do bom momento, a expectativa é de uma acomodação. As vendas externas de máquinas agrícolas somaram US$ 270,293 bilhões, alta de 37,7% na comparação anual e expansão de 15,1% na mensal. No início de agosto, o governo anunciou a prorrogação do PSI até dezembro de 2012. Com um orçamento de R$ 75 bilhões, serão mantidos os focos em produtos de bens de capital, inovação, exportação e pró-caminhoneiro. Serão incluídos, A partir deste Plano Safra da Agricultura Familiar, projetos de até R$ 10 mil que se enquadram no programa passam a ter juros de 1% ao ano ainda, componentes e serviços técnicos especializados e equipamentos de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), ônibus híbridos, Proengenharia e Linha Inovação Produção. Há também boas notícias para o setor Durante a Feira, deverão ser assinados os primeiros contratos para exportação de tratores para a África. As vendas só foram possíveis graças a um programa que o Simers e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estão desenvolvendo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que terá à frente o ex-ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome do Governo Lula, José Graziano. Através do Mais Alimentos Global, como o programa vem sendo chamado, Claudio Bier acredita que o setor irá faturar em torno de US$ 200 milhões com encomendas para países africanos. Mais Alimentos até 2014 O Programa Mais Alimentos continuará até o final de 2014. É o que prevê o acordo firmado entre o MDA, o Simers e a Anfavea. O programa foi criado em 2008, como estratégia para estimular a modernização produtiva das unidades familiares. Desde então, financiou em todo o país a comercialização de mais de 40 mil tratores, 2,6 mil caminhões e 160 colheitadeiras. O Mais Alimentos atende a projetos individuais (até R$ 130 mil) e coletivos (até R$ 500 mil), com juros de 2% ao ano, até três anos de carência e prazo de pagamento do empréstimo de até dez anos. A partir deste Plano Safra da Agricultura Familiar, projetos de até R$ 10 mil enquadrados no Programa passam a ter juros de 1% ao ano. O programa também fortaleceu a indústria nacional. Os Acordos de Cooperação Técnica com a indústria determinam que os equipamentos financiados (cerca de 4.200) devem se enquadrar aos critérios de nacionalização da produção industrial do governo federal. Esses critérios determinam que, para ser considerado de fabricação nacional, um produto precisa dispor de conteúdo com pelo menos 60%, em peso e valor, de seus componentes produzidos no Brasil. ARTIGO Em defesa de um novo marco regulatório para produção de biodiesel Por Odacir Klein* Pode parecer paradoxal, mas a garantia de matéria-prima para a produção de biodiesel com óleo de soja estimula o plantio de canola e outras oleaginosas. Não fosse a disponibilidade de soja, não haveria volume físico para garantir a mistura obrigatória de 5% de biodiesel ao óleo diesel consumido no país – B5. O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) brasileiro resultou de sábia decisão governamental ao estabelecer que o mesmo seria ensejador de inclusão social e desenvolvimento regional. Tal objetivo vem sendo atingido, pois o fato de os leilões para aquisição de biodiesel exigirem que o volume de 80% seja resultante de empresas detentoras de selo combus combustível social faz com que haja haj aplicação de recursos na agricultura familiar familiar, com projetos aprovados aprov pelo Ministério de Desenvolvimento volviment Agrário e conseq consequente estímulo à produção de outras o oleaginosas além da soja. soj Não houvesse a disponibilidade do óleo de soja, seria impossível iniciar o programa, pois demandaria muito tempo ter outras matérias-primas. Desta forma, a existência de soja garantiu o PNPB e o estímulo ao plantio de outras oleaginosas. O caso da canola, de cujo plantio o Rio Grande do Sul vem sendo exemplo, é uma demonstração eloquente disso. No entanto, outros grãos estão sendo plantados. É o caso de girassol, em algumas áreas geográficas do país, de palma em outras, de crambe em terceiras, bem como de outras que surgirão. Poderão dizer que óleos de canola, girassol e palma (dendê) têm valor comercial significativamente superior ao da soja. Que isso também ocorre com a mamona, cujo valor, para efeitos industriais, é expressivo. Pode parecer que tais matérias-primas sejam inviáveis para a produção de biodiesel em função de seus preços. Contudo, ao aumentar-se o volume de óleos que podem ter fins alimentícios, farmacêuticos ou para outras linhas industriais, além da possível utilização para biodiesel, estarse-á aumentando a oferta do conjunto oleaginoso no mercado nacional. DIVULGAÇÃO No momento em que houver escala, essas novas matérias-primas podem competir, em termos de preço, com a soja. Entretanto, mesmo que tal não ocorresse, o aumento do volume físico estaria representando substancial oferta, com o que haveria a tendência de diminuição nos preços. A Fundação Getulio Vargas, em trabalho patrocinado pela União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), demonstrou que, graças ao PNPB, houve estímulo concreto a mais de 100 mil agricultores familiares. Diante disso, fica claro que é necessária a mudança do marco regulatório para o aumento de mistura obrigatória, a fim de que continue havendo o estímulo à busca de novas matérias-primas e benefícios à agricultura familiar. Se permanecermos na situação atual, com mistura represada de 5%, o programa estará estancado e não haverá espaço para a busca de outras oleaginosas ou mesmo renda aos pequenos agricultores. Ressalte-se, ainda, no caso da soja, que 18% de seu volume é óleo, e o restante transforma-se em farelo, alimentando aves e suínos, com o que se estimula a produção brasileira de proteínas animais. O aumento da mistura obrigatória resultará na continuidade dos benefícios até agora resultantes do PNPB. *Presidente Executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio) AGRICULTURA FAMILIAR Fetag espera a presença de 8 mil agricultores familiares A exemplo das outras edições da maior feira da Agropecuária da América Latina, em 2011, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag) estará ao lado de mais de 125 setores da agroindústria, do artesanato, da agricultura familiar e mostrando experiências exitosas de escolas do meio rural. A expectativa é de que mais de 8 mil agricultores familiares cheguem à 34ª Expointer em busca de conhecimento, de novas tecnologias ou simplesmente para visitar os pavilhões. O importante é estar no mercado. Nesta entrevista, o presidente da entidade, Elton Weber, e seu assessor de Política Agrícola, Airton Hochscheid, falam das perspectivas para o setor e os obstáculos enfrentados no campo, principalmente com relação aos laticínios. FOTOS: DIVULGAÇÃO VOTO – Qual é a expectativa da Fetag para a 34ª Expointer? Elton Weber – A nossa expectativa é de que a 34ª edição da Expointer seja ainda mais incentivadora para a superação dos números de vendas e negociação com relação aos anos anteriores. A cada nova edição, a presença das agroindústrias familiares e dos artesãos ligados à Fetag tem mostrado muita competência e extrema qualidade na produção de uma diversidade de alimentos e artesanatos. 45 A entidade estará presente no Pavilhão da Agricultura Familiar com seu estande institucional, bem como organizando e apoiando a presença de agroindústrias e artesanatos da agricultura familiar e experiências de educação no meio rural, além de preparar as caravanas aravanas de agricultores através dos os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais urais filiados, para que possam visitarr a Feira e abrilhantar ainda mais o evento. VOTO – Quais ais são as oportunidades que a Expointer abre para a agricultura a familiar? Airton Hochscheid hscheid – A Fetag e os sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras ras Rurais têm como bandeira ira de luência do ta a permanência agricultor no campo com qualidade de vida e garantia de renda. Entre as formas de garantir renda, está a agregação de valor ao produto primário. Nesse sentido, incentiva a atividade agroindustrial, bem como as formas associativas para viabilizar a comercialização dos produtos sem necessidade de atravessador. Portanto, entendemos que participar da Expointer é uma alternativa estratégica de desenvolvimento não só das agroindústrias que estarão expondo seus produtos, mas para todos os agricultores que visitarem o evento, sendo um espaço ideal par para demonstração de produtos, té técnicas e serviços concentrados nnum único espaço. As oport oportunidades são ilimitadas, por se tratar de um espaço importante do ponto de vista econômico, que proporci proporciona para o agricultor/expositor (agr (agroindústrias familiares) realizar ven venda direta para o consumidor, além de abrir novos canais de comercialização, novos contatos comercia comercia comerciais, trocas de experiências, agregaçã agregação de valor aos produtos agroindu agroindustrializados e artesanais, podendo falar onde e de que forma os produtos são produzidos, Airton Hochscheid quais suas particularidades, o que os diferencia de outros, o que os torna mais saborosos, propiciando, desta forma, negociar diretamente com o consumidor final. É onde podemos demonstrar todo o potencial e a diversificação que está acontecendo em nosso Estado, agregando renda e qualidade de vida às famílias rurais, representando cada vez mais afirmação política da agricultura familiar, pois será mais uma prova da capacidade da agricultura familiar produzir alimentos de qualidade para população. VOTO – Como está a situação da agricultura familiar no Rio Grande do Sul com relação às importações de leite? Elton Weber – A importação de leite tem sido uma das principais ameaças à produção gaúcha, pois configura uma prática danosa à produção nacional, principalmente se considerarmos a concorrência desleal do produto importado com a produção local, devido ao custo de produção nos países do Mercosul ser mais baixo. No decorrer de 2010, as importações brasileiras de produtos somaram US$ 461,592 milhões. Em 2011, apenas no período de janeiro a maio, o montante somou US$ 306,612 milhões em importações No decorrer do ano de 2010, as importações brasileiras de produtos somaram US$ 461,592 milhões. Em 2011, apenas no período de janeiro a maio, o montante somou US$ 306,612 milhões em importações, o que demonstra que, seguindo nesse patamar, fecharemos o ano com um aumento significativo nas importações de produtos lácteos. Do total de p produtos lácteos importados pelo Br Brasil, 31,3% são oriundos do Uruguai Urugu e 56,5% da Argentina, produto produtos estes que geralmente ingressam pe pela fronteira do RS. VOTO – E q quais são os desafios atuais do ag agronegócio brasileiro e gaúcho? Airton Hoch Hochscheid – São inúmeros, mas pos posso citar aqui a necessidade de dim diminuir o custo de produção; reso resolver os problemas de logística e armazenagem; a ampliação dos trabalhos de pesquisa a campo, como forma de ap aperfeiçoar os recursos Elton Weber disponíveis; a implementação de uma política de preços mínimos, que garanta os custos de produção e uma margem de lucratividade; estabelecer uma política de proteção do mercado interno da concorrência desigual com os produtos importados; a desoneração da carga fiscal da agricultura; e, principalmente, a necessidade de compatibilizar desenvolvimento agrícola com proteção ambiental. VOTO – Existe no âmbito da Fetag algum projeto para, além de fortalecer a agricultura familiar, manter os filhos dos agricultores no campo? Elton Weber – Dentre as principais políticas públicas de apoio à agricultura familiar, destacamos o Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar), o PGPAF (Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar), o Proagro-Mais (Programa de Seguro Agrícola), a Habitação Rural e o Crédito Fundiário. A SEMANA NA 34ª EXPOINTER - Confira a programação nos sete dias de Feira DIA 27 DE AGOSTO - SÁBADO ➧ Concurso Freio de Ouro: Prova de Campo e Mangueira • Local: Pista 18 09h ➧ Abertura da Expointer 2011 ao Público ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga Marchador • Local: Pistas 3 e 4 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Demonstração de Cães Adestrados • Local: Pistas 8 e 9 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Árabe • Local: Pistas 6 e 7 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano • Local: Pista 1 ➧ Provas Funcionais de Equinos: Quarto de Milha • Local: Pista de Provas 1 11h ➧ Divulgação dos Vencedores do Prêmio Gerdau Melhores da Terra • Promoção: Gerdau e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio • Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil 14h ➧ Julgamento de Chinchilas • Local: Auditório da Federacite ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Árabe • Local: Pistas 6 e 7 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga Marchador Local: Pistas 3 e 4 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano • Local: Pista 1 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Demonstrações e Provas de Cães de Pastoreio da Raça Border Collie • Local: Pistas 8 e 9 14h30 ➧ Abertura do II Seminário Técnico da NUPEEC - Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária/UFPel • Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil 14h40 ➧ II Seminário Técnico da NUPEEC • Palestra: Importância da Nutrição no Período de Transição de Vacas Leiteiras Sob a Ótica Genômica. • Palestrante: Ph.D. Prof. Juan J. Loor Promoção: NUPEEC/UFPel • Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil 15h ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Novilhos Devon Local: Pista 20 15h40 ➧ II Seminário Técnico da NUPEEC • Palestra: Perspectivas da Cadeia Produtiva do Leite no Brasil e no Mundo • Palestrante: Rafael Ribeiro de Lima Filho • Promoção: NUPEEC/UFPel • Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil 17h ➧ II Seminário Técnico da NUPEEC • Palestra: Transtornos Metabólicos no Peri-Partos de Vacas e Seus Impactos na Reprodução • Palestrante: Ph.D. Prof. W. Ronald Butler • Promoção: NUPEEC/UFPel • Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil ➧ Demonstrações e Provas de Cães de Pastoreio da Raça Border Collie • Local: Pistas 8 e 9 20h ➧ Leilão: Equinos Mangalarga • Local: Pista B ➧ Leilão: Remate Santa Angélica • Local: Pista J 08h 48 DIA 28 DE AGOSTO – DOMINGO 08h 09h 10h 14h 17h 20h ➧ Concurso Freio de Ouro: Final do Campeonato de Rédeas - Categoria Aberta • Local: Pista 18 ➧ Demonstrações de Cães de Pastoreio da Raça Border Collie ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Suffolk • Local: Pista 13 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Gir, Gir Leiteiro e Gir Mocho • Local: Pista 8 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga Marchador • Local: Pistas 3 e 4 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel • Local: Pista 12 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Concurso Leiteiro da Raça Jersey • Local: Estande da Raça ➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa • Local: Pista de Provas 1 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano • Local: Pista 7 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Árabe • Local: Pista 1 ➧ Abertura Oficial do Pavilhão da Agricultura Familiar Local: Pavilhão da Agricultura Familiar - Q.22 ➧ Concurso Freio de Ouro: Prova de Mangueira Etapa Final do Concurso • Local: Pista 18 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa • Local: Pista de Provas 1 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel • Local: Pista 12 ➧ Demonstrações de Cães de Pastoreio da Raça Border Collie ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Suffolk • Local: Pista 13 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano • Local: Pista 7 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Poll Dorset • Local: Pista 10 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus • Local: Pista 20 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Santa Inês • Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Gir, Gir Leiteiro e Gir Mocho • Local: Pista 8 ➧ Concurso Leiteiro da Raça Jersey • Local: Estande da Raça ➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa • Local: Pista de Provas 1 ➧ Concurso Freio de Ouro: Prova Bayard • Local: Pista 18 ➧ Concurso de Gado Leiteiro da Raça Jersey • Local: Estande da Raça ➧ Concurso Freio de Ouro: Prova de Campo - Finalistas • Local: Pista 18 ➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa • Local: Pista de Provas 1 ➧ Leilão “Carapuça” de Equinos: Crioulo • Local: Pista J 09h 10h 14h 17h DIA 29 DE AGOSTO - SEGUNDA-FEIRA 08h30 ➧ Julgamento de Classificação: Cavalo Crioulo • Local: Pista 18 09h ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Brangus • Local: Pista 6 ➧ Julgamento de Classificação de Búfalos: Mediterrâneo • Local: Pista 1 ➧ Provas Funcionais Inter Raças: Baliza e Tambor • Local: Pista de Provas 1 18h 19h ➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Brahman • Local: Pista 2 ➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey • Local: Estande da Raça ➧ Leilão de Caprinos: Boer • Local: Estande da Raça ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Fleckvieh • Local: Pista 4 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Limousin • Local: Pista 5 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Morgan e Percheron • Local: Pista 14 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga • Local: Pista B ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Suffolk • Local: Pista 13 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel • Local: Pista 12 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Crioula • Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Corriedale • Local: Pista 10 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Shorthorn • Local: Pista 3 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Pardo Suiço de Corte e Leite • Local: Pista 7 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus (Rústicos) • Local: Pista 20 ➧ Julgamento de Classificação de Búfalos: Murrah • Local: Pista 1 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Merino Australiano • Local: Pista 13 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Karakul e Bergamacia • Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Corriedale • Local: Pista 10 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Caracu • Local: Pista 7 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel • Local: Pista 12 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Brangus • Local: Pista 6 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Braford • Local: Pista 5 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Crioulo • Local: Pista 18 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Fleckvieh • Local: Pista 4 ➧ Leilão de Bovinos: Angus (Rústicos) • Local: Pista J ➧ Provas Funcionais Equinas: Paint Horse • Local: Pista de Provas 1 ➧ Provas de Equinos: Árabe • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey • Local: Estande da Raça ➧ Leilão de Caprinos: Boer • Local: Estande da Raça ➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Brahman • Local: Pista 2 ➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey • Local: Estande da Raça ➧ Julgamento de Classificação de Búfalos: Jafarabadi • Local: Pista 1 ➧ Provas Funcionais Equinas: Paint Horse • Local: Pista de Provas 1 ➧ Provas de Equinos: Árabe • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Leilão de Ovinos: Merino • Local: Pista B ➧ Entrega do Prêmio: O Futuro da Terra Promoção: Jornal do Comércio e FAPERGS • Local: Auditório da Farsul 20h ➧ Leilão de Bovinos: Brangus • Local: Estande da Raça ➧ Leilão de Ovinos: Poll Dorset • Local: Pista A ➧ Leilão de Bovinos: Simbrasil • Local: Pista B ➧ Jantar em Homenagem aos Peões de Estância • Promoção: Governo do Estado e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. • Local: Churrascaria Casa do Gaúcho ➧ Leilão de Bovinos: Angus Rincon del Sarandy • Local: Pista I ➧ Leilão “Infinito” de Equinos: Crioulos • Local: Pista G ➧ Leilão de Ovinos: Crioula e Karakul • Local: Pista C 14h DIA 30 DE AGOSTO - TERÇA-FEIRA 08h30 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Crioulo • Local: Pista 18 09h ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel • Local: Pista 12 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ideal • Local: Pista 13 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Hereford • Local: Pista 5 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Julgamento de Classificação de Suínos: Duroc • Local: Pista 19 ➧ Leilão de Caprinos: Saanen e Anglonubiana • Local: Estande da Raça ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: 6 Balizas Aberta e Infantil • Local: Pista de Provas 1 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus (Fêmeas) • Local: Pistas 6 e 7 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Charolês • Local: Pistas1 e 2 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos da Raça: Hampshire Down • Local: Pista 10 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ile de France • Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação: Simental Fleckvieh • Local: Pista 4 ➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Nelore e Nelore Mocho • Local: Pista 3 ➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey • Local: Estande da Raça 09h30 ➧ Dia do Cunicultor - Palestra: Mercado da Cunicultura, Organização da Cadeia e Políticas para Desenvolvimento Setorial • Palestrante: Claudio Duarte • Promoção:Associação Científica Brasileira de Cunicultura • Local: Casa do Veterinário CRMV/RS - Q.45 10h45 ➧ Dia do Cunicultor - Palestra: Raças Potencialmente Exploráveis e Estado Atual do Melhoramento Genético de Coelhos do Brasil • Palestrante: Profa. Dra. Ana Silvia Moura UNESP Botucatu • Promoção: Associação Científica Brasileira de Cunicultura • Local: Casa do Veterinário CRMV/RS - Q.45 12h ➧ Dia do Cunicultor - Palestra: Atualização em nutrição de coelhos • Palestrante: Prof. Dr. Walter Motta Ferreira UFMG • Promoção: Associação Científica Brasileira de Cunicultura • Local: Casa do Veterinário CRMV/RS - Q.45 14h ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus (Fêmeas) Local: Pistas 6 e 7 17h 18h 20h ➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey • Local: Estande da Raça ➧ Julgamento de Classificação de Suínos: Landrace • Local: Pista 19 ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: 6 Balizas Aberta e Infantil • Local: Pista de Provas 1 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Crioulo • Local: Pista 18 ➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga • Local: Pista 14 e 15 ➧ Leilão de Caprinos: Angorá • Local: Estande da Raça ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Hampshire Down • Local: Pista 10 ➧ Dia do Cunicultor - Painel: Panorama Geral das Associações no Brasil • Expositor: Associação Científica Brasileira de Cunicultura, Cooperativa dos Produtores do Noroeste do Paraná, Associação dos Produtores de Brasília, Associação dos Produtores de São Paulo e Associações de Produtores do Rio Grande do Sul. • Promoção: Associação Científica Brasileira de Cunicultura. • Local: Casa do Veterinário CRMV/RS - Q.45 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Charolês • Local: Pistas 1 e 2 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Poll Hereford • Local: Pista 5 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ideal • Local: Pista 13 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel • Local: Pista 12 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Simbrasil e Red Poll • Local: Pista 4 ➧ Assembleia Geral Ordinária: Famurs - Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul • Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ile de France • Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Tabapuã • Local: Pista 3 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Jersey ➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey • Local: Estande da Raça ➧ Concurso de Equinos da Raça Crioulo: Final de Rédeas • Local: Pista 18 ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: 6 Balizas Aberta e Infantil • Local: Pista de Provas 1 ➧ Leilão de Ovinos: Corriedale • Local: Pista A ➧ Leilão de Ovinos: Suffolk • Local: Pista C ➧ Leilão: ver na folha • Local: Pista G ➧ Leilão: Simental Fleckvieh • Local: Pista B ➧ Concurso de Equinos da Raça Crioulo: Final de Rédeas • Local: Pista 18 ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: 6 Balizas Aberta e Infantil • Local: Pista de Provas 1 DIA 31 DE AGOSTO - QUARTA-FEIRA 09h ➧ Abertura do Fórum Nacional de Entidades de Zootecnistas - Tema: Marco Legal e Regulatório para o Exercício Profissional. • Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Charolês • Local: Pista 1 09h 12h 14h 17h ➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Guzerá • Local: Pista 3 ➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa • Local: Pista de Provas 1 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Pôneis • Local: Pista 2 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Romney Marsh • Local: Pista 10 ➧ Julgamento de Classificação de Suínos: Landrace e Large White • Local: Pista 19 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Devon (Fêmeas) • Local: Pista 5 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Dorper e White Dorper • Local: Pista 13 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Hampshire Down • Local: Pista 12 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus (Machos) • Local: Pistas 6 e 7 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Holandês • Local: Pista 8 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ile de France • Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação de Rústicos Hereford e Braford • Local: Pista 20 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano e Árabe • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Entrega de Prêmios: Troféu Gerdau Melhores da Terra. • Promoção: Gerdau e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. • Local: Siderúrgica Riograndense (Sapucaia do Sul) ➧ Leilão de Ovinos: Hampshire Down • Local: Pista A ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Devon (Machos) • Local: Pista 5 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Santa Gertrudis • Local: Pista 4 ➧ Fórum Nacional de Entidades de Zootecnistas Tema: Marco Legal e Regulatório para o Exercício Profissional. • Local: Auditório da Administração do Parque Assis Brasil ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Pôneis • Local: Pista 2 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus (Machos) • Local: Pista 6 e 7 ➧ Julgamento de Classificação de Suínos: Large White • Local: Pista 19 ➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa • Local: Pista de Provas 1 ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ile de France • Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação de Rústicos Hereford e Braford • Local: Pista 20 ➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga • Local: Pista 14 e 15 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Charolês • Local: Pista 1 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Jersey ➧ Leilão de Ovinos: Texel • Local: Pista C ➧ Leilão de Ovinos: Ideal • Local: Pista A ➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa • Local: Pista de Provas 1 ➧ Leilão de Rústicos Hereford e Braford • Local: Pista J 49 17h 19h 20h ➧ Remate “Catanduva Divas”: Angus • Local: Pista I ➧ Leilão de Bovinos: Jersey • Local: Pista D ➧ Leilão de Ovinos: Hampshire Down • Local: Pista A ➧ Jantar com Prefeitos Municipais • Promoção: Governo do Estado e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio • Local: Churrascaria Casa do Gaúcho ➧ Remate “Divas”: Crioulo • Local: Pista G ➧ Leilão de Equinos: Quarto de Milha • Local: Pista B ➧ Leilão de Bovinos: Charolês • Local: Estande da Raça ➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa • Local: Pista de Provas 1 ➧ Leilão de Rústicos Hereford e Braford • Local: Pista J 14h 15h 17h 20h DIA 1 DE SETEMBRO - QUINTA-FEIRA 09h 13h 14h 50 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Holandês • Local: Pista 8 ➧ Provas de Ovinos da Raça Crioula - Final Campereada • Local: Pista 18 ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: Laço e Team Penning • Local: Pista de Provas 1 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Pônei • Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Quarto de Milha • Local: Pista 6 ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Rústicos Devon • Local: Pista 20 ➧ Leilão de Equinos: Pônei • Local: Estande da Raça ➧ Provas Equinas da Raça Appaloosa • Local: Pistas14 e 15 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Paint Horse • Local: Pista 7 ➧ Leilão de Bovinos: Rústicos Devon • Local: Pista J ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Appaloosa • Local: Pista 7 ➧ Leilão de Equinos: Pônei • Local: Estande da Raça ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: Laço e Team Penning • Local: Pista de Provas 1 ➧ Concurso Jurado Jovem Hereford • Local: Pista 5 ➧ Provas de Ovinos da Raça Crioula - Final Campereada • Local: Pista 18 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Pônei Local: Pista 11 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Quarto de Milha • Local: Pista 6 ➧ Leilão de Bovinos: Holandês • Local: Pista D ➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga • Local: Pista 14 e 15 ➧ Leilão de Ovinos: Ile de France • Local: Pista A ➧ Provas de Ovinos da Raça Crioula - Final Campereada • Local: Pista 18 ➧ Leilão de Ovinos: Texel • Local: Pista C ➧ Leilão de Embriões da Raça Hereford • Local: Estande da Raça ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: Laço e Team Penning • Local: Pista de Provas 1 ➧ Concurso Jurado Jovem Hereford • Local: Pista 5 ➧ Leilão de Bovinos: Charolês • Local: Estande da Raça ➧ Leilão de Bubalinos • Local: Pista B ➧ Provas de Ovinos da Raça Crioula - Final Campereada • Local: Pista 18 ➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço • Local: Pista de Provas 1 ➧ Leilão de Equinos: Árabe • Local: Pista I 14h 17h 20h ➧ Apresentações (livres) de Equinos da Raça Lusitano ➧ Demonstrações e Provas de Cães de Pastoreio da Raça Border Collie • Local: Pistas 8 e 9 ➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga: Moto X Cavalo • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Equinos Crioulo: Final Nacional do Movimento La Rienda • Local: Pista 18 ➧ Leilão de Novilhas Selecionadas • Local: Pista J ➧ Demonstrações e Provas de Cães de Pastoreio da Raça Border Collie • Local: Pistas 8 e 9 ➧ Equinos Crioulo: Final Nacional do Movimento La Rienda • Local: Pista 18 ➧ Leilão de Novilhas Selecionadas • Local: Pista J ➧ Leilão de Novilhas Selecionadas • Local: Pista J ➧ Equinos Crioulo: Final Nacional do Movimento La Rienda • Local: Pista 18 ➧ Leilão de Equinos: Pônei • Local: Pista B DIA 2 DE SETEMBRO - SEXTA-FEIRA ➧ Provas Ovinas da Raça Crioula - Jovem • Local: Pista 18 09h ➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço • Local: Pista de Provas 1 ➧ Provas Equinas da Raça Appaloosa • Local: Pistas 14 e 15 10h ➧ Inauguração Oficial da Expointer 2011 - Desfile dos Grandes Campeões. Entrega da Medalha Assis Brasil. • Local: Tribuna de Honra do Parque Assis Brasil 13h30 ➧ Provas Ovinas da Raça Crioula - Jovem • Local: Pista 18 14h ➧ Provas Equinas da Raça Árabe • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço • Local: Pista de Provas 1 17h ➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço • Local: Pista de Provas 1 19h ➧ Leilão de Equinos: Pônei • Local: Pista B 20h ➧ Leilão de Ovinos: Hampshire Down • Local: Pista C 08h DIA 4 DE SETEMBRO - DOMINGO 09h 14h DIA 3 DE SETEMBRO - SÁBADO 08h30 ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça: Crioulo • Local: Pista 18 09h ➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga: Sela e Função • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Concurso Jurado Jovem da Raça Angus • Local: Pista 4 ➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço • Local: Pista de Provas 1 ➧ Julgamento de Classificação de Cães: Border Collie - Dog School • Local: Pistas 8 e 9 14h ➧ Concurso Jurado Jovem da Raça Angus • Local: Pista 4 16h 17h 20h ➧ Provas Funcionais de Equinos Quarto de Milha: 3 Tambores • Local: Pista de Provas 1 ➧ Provas Equinas: Pônei ➧ Prova: Final de Campeonato Nacional de Paleteada da Raça de Equinos Crioulo • Local: Pista 18 ➧ Provas Equinas da Raça Árabe • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Demonstrações de Cães da Raça Border Collie - Dog School • Local: Pistas 8 e 9 ➧ Provas Equinas da Raça Árabe • Local: Pistas 14 e 15 ➧ Prova: Final de Campeonato Nacional de Paleteada da Raça de Equinos Crioulo • Local: Pista 18 ➧ Provas Funcionais de Equinos Quarto de Milha: 3 Tambores • Local: Pista de Provas 1 ➧ Demonstrações de Cães da Raça Border Collie - Dog School • Local: Pistas 8 e 9 ➧ Coletiva de Encerramento da Exponter 2011 à Imprensa • Local: Auditório da Central de Imprensa da Expointer ➧ Prova: Final de Campeonato Nacional de Paleteada da Raça de Equinos Crioulo • Local: Pista 18 ➧ Provas Funcionais de Equinos Quarto de Milha: 3 Tambores • Local: Pista de Provas 1 ➧ Provas Funcionais de Equinos Quarto de Milha: 3 Tambores • Local: Pista de Provas 1
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