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Bancos abrem os
cofres na 34ª Expointer
Linhas de
crédito chegam
a R$ 3 bilhões
aos produtores
rurais
Setor de máquinas
está mais cauteloso
neste ano
Presidente executivo
da União Brasileira de
Avicultura, Francisco Turra,
avisa: governo precisa
cortar gastos públicos
EXPEDIENTE
Diretora Executiva
Karim Miskulin
[email protected]
Diretor Financeiro
Marcio Regenin
[email protected]
Diretora Comercial
Margareth Santana
[email protected]
Editora
Rosane Frigeri
[email protected]
Reportagem e produção
Roberta Amaral
Administrativo
Iza Moraes
[email protected]
Revisão
Press Revisão
www.pressrevisao.com.br
Projeto gráfico e Pré-impressão
Imagine Design
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Impressão: Contgraf Impressos Gráficos Ltda
Endereço: Av. Carlos Gomes, 1155 - Sala 902
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Capa
Imagine Design
Assinaturas: [email protected]
EDITORIAL
A Expointer da inovação
e da qualidade
Ao chegar em sua 34ª edição, a Expointer quer ser lembrada pela inovação e
qualidade, alinhada à estratégia de desenvolvimento do Rio Grande do Sul. É
o que esperam as autoridades gaúchas empenhadas em transformá-la na melhor dos últimos tempos. O governador Tarso Genro trata deste assunto em
seu artigo nesta edição. Em 2011, as expectativas são de que a Feira seja um
instrumento de difusão de novas tecnologias, um ambiente de intercâmbios
entre o campo e a cidade, entre o pequeno e o grande agricultor.
Não tem como negar que esta é e sempre será uma multifeira que oferece
lazer, negócios, seminários, mostrando o que existe de melhor em termos
de genética, tecnologia e conhecimento agropecuário. Ao mesmo tempo, é
uma oportunidade para que o visitante urbano possa ter contato com o suor
e a garra dos produtores rurais e conheça em detalhes a realidade do campo.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Revista VOTO participa da Expointer, que é a
maior feira agropecuária da América Latina. Queremos interagir com o público, que valoriza o que há de melhor na agricultura do Rio Grande do Sul e do
Brasil, apoiando o fortalecimento do campo que alimenta uma nação e apontando problemas que têm trazido prejuízos aos agricultores, não em forma
de crítica, mas de alerta e em busca de soluções.
Os investimentos no Parque de Exposições Assis Brasil, o custo de um dos
maiores eventos da América Latina, as novas oportunidades para o produtor
e os entraves burocráticos de produtos brasileiros devem repercutir e ser
amplamente debatidos para que a Expointer deste ano seja a melhor de todas as feiras. Pelo menos até a próxima.
Boa leitura!
Karim Miskulin
Diretora Executiva
FEIRA
DIVULGAÇÃO
Expointer: o encontro
do passado com o futuro
No início do século 20, o Rio Grande do Sul alcançou a terceira posição na economia nacional. Apesar
dos seus mais de 1,1 milhão de habitantes, o analfabetismo chegava a
67,3% e os empregados da área rural, a 43%. Havia, também, 3.165
“capitalistas”, como chamavam os
grandes industriais e comerciantes,
e 4.455 funcionários públicos. Os
salários eram baixos e mal cobriam
o sustento mais básico, sem falar nas
fábricas que disciplinavam seus funcionários com chicote. Mulheres e
crianças tinham a mesma carga horária dos homens, que podia chegar
a 15 horas diárias.
No campo, o trabalho era ainda
mais pesado. Horas e horas a fio,
dia após dia, e a família ali unida com
os pés na terra, cheia de esperança, mas muitas vezes com resultados incertos. Diante dessas dificuldades, enquanto a cidade e o campo
buscavam garantias e o fortalecimento das classes, Porto Alegre
não se deixava abater pelos desafios e consolidava sua primeira Exposição Estadual do Rio Grande do
Sul, que reuniu, em 1901, mais de
67 mil pessoas no Campo da Redenção, hoje Parque Farroupilha.
De lá para cá, não parou mais de
crescer. Teve seus dias no Parque de
Exposições do Menino Deus, hoje
sede da Secretaria Estadual da Agricultura e, em 1972, se transferiu definitivamente para o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio,
com o nome de Expointer. O nome do parque é uma homenagem a
João Francisco de Assis Brasil, que
nasceu na estância São Gonçalo, em
São Gabriel, e introduziu no Brasil
os gados Jersey e Devon e a ovelha
Karakul. Ele também teve participação na introdução do cavalo árabe
e no melhoramento do Thoroughbred. Assis Brasil, por essas e outras, ficou conhecido como o “Patrono da Agricultura”.
Ao longo dos anos, as lutas do início do século só vieram a demonstrar que a Expointer não é apenas
um lugar de negócios, mas de convivência pacífica entre o homem do
campo e o da cidade. De um lado,
os agricultores que ralam debaixo
de sol e de chuva, tratadores de animais, fabricantes de máquinas agrícolas e artesãos e quituteiros de
mão cheia. Do outro, os que vivem
nos centros urbanos e, nesta época,
entram em contato com suas raízes,
porque, afinal, todo mundo tem um
pé no campo.
Mais: os sete dias entre o final de
agosto e o início de setembro fazem
parte do calendário afetivo do gaúcho, que gosta de dar um tempo nas
preocupações para apreciar animais
tratados com respeito e sensibilidade pelos seus criadores.
A Expointer é isso, de tudo um pouco, um Rio Grande unido pelo mesmo ideal: o desenvolvimento.
7
FEIRA
34ª Expointer:
a melhor de todas
Por Tarso Genro*
Foi-se a época em que nós, brasileiros, chegávamos ao exterior e
éramos reconhecidos apenas por
algumas de nossas virtudes, como o futebol, o Carnaval e as nossas paisagens. É inegável que esses
sejam, sim, elementos imprescindíveis da nossa cultura e da nossa história. Hoje, somos conhecidos, também, como um país que
não baixa a guarda nem a cabeça
no cenário mundial, pois crescemos, nos desenvolvemos e geramos renda.
Isso não se deve a nenhum governo em particular, a nenhuma classe social ou alguma instituição da
sociedade civil. Deve-se a uma história de luta de construção democrática do povo. Tivemos, ao longo
dos anos, que superar muitas barreiras, co
como a
burocratização das
decisões púb
públicas,
o atraso de determinados setores produtiv
produtivos e
A Expointer é mais que
orgulho para todos os
gaúchos. Desde a primeira
exposição, o que vemos é seu
aperfeiçoamento
a corporativização de certas representações da sociedade. Mas, hoje,
me sinto no dever de dizer que vivemos num país que segue rumo ao
desenvolvimento de cabeça erguida.
Agora é chegado o momento do Rio
Grande do Sul também se afirmar e
compartilhar essa expressão pública do país. Esse compartilhamento
exige uma postura dos nossos empresários, trabalhadores e elites políticas, com grande capacidade de
elaboração, de gestão e de produção de ideias, de pedir novas realizações ao governo.
DIVULGAÇÃO
O Estado gaúcho é reconhecido lá
fora pelo seu pampa, pelo seu Fórum Social Mundial, pelo seu Orçamento Participativo e, acima de tudo, pela sua Expointer. Dependendo
do lugar em que nos encontramos
Brasil afora, do interesse cultural ou
da vocação produtiva, percebemos
essa universalidade com relação ao
RS. Temos forte presença política,
cultural, democrática e produtiva
no mundo.
Dar continuidade a esse sucesso. Esse foi o esforço que pedi aos
meus companheiros de governo.
Nas quatro exposições que teremos sob nossa responsabilidade,
que uma seja infinitamente melhor
e mais completa que a outra. Que
essa nossa primeira Expointer seja
um exemplo para o futuro. Vamos
exibir a pujança de um Estado que
sabe ser guerreiro, que sabe ter suas controvérsias, que sabe politizar
essas controvérsias e, como consequência, se unir a partir de uma visão de desenvolvimento, agregador
e de respeito ao espaço de cada um,
que produza para o Rio Grande, que
produza para o Brasil e que produza
para o mundo.
Esse é o objetivo da 34ª Expointer.
Vamos nos emanar, daqui em diante, cada vez mais e olhar as edições
anteriores como grandes exposições, mas a presente como a melhor de todas.
*Governador do Rio Grande do Sul
CRÉDITO
Instituições financeiras liberam
mais de R$ 750 milhões
Algumas instituições financeiras que
operam o crédito rural mantiveram os mesmos valores disponíveis
na Expointer do ano passado. Outras querem superar suas próprias
expectativas, bem como a de seus
clientes. No total, em 2011, apesar
da crise mundial, os produtores têm
R$ 765 milhões à disposição para
pensar em expandir seus negócios.
O Banrisul chega a esta edição com
R$ 150 milhões para os produtores da
agricultura familiar e empresarial. O valor é 30% superior em relação ao alocado em 2010. Além dos recursos para negócios, o banco prevê injetar em
10
torno de R$ 3 milhões em patrocínios
por meio de convênios com entidades,
agências de publicidade e estandes do
Mais Alimentos e propaganda no Pavilhão da Agricultura Familiar.
No ano passado, o banco disponibilizou R$ 114 milhões aos produtores rurais, enquanto que, em 2009,
os recursos chegaram a R$ 95 milhões, valor 21% superior em relação ao alocado em 2008, que foi de
R$ 78,5 milhões. De acordo com o
diretor de Crédito do Banrisul, Guilherme Cassel, a carteira de crédito
rural está preparada para atender a
toda a demanda por financiamentos,
tanto para a compra de animais como de máquinas e equipamentos.
“O Banrisul irá trabalhar sem limite de recursos. Uma das prioridades
será o Programa Mais Alimentos,
que financia a aquisição de máquinas
e implementos agrícolas, correção
e recuperação de solos, resfriadores de leite, melhoria genética, irrigação, implantação de pomares e de
estufas e armazenagem”, afirma.
A linha contempla, ainda, projetos
de investimentos associados à apicultura, à agricultura, à aquicultura,
à bovinocultura de corte e de leite, à ovinocultura, à produção de
arroz, centeio, feijão, mandioca,
milho, sorgo e trigo. O limite máximo de crédito é de R$ 130 mil,
com prazo para pagamento de até
10 anos e até três de carência, com
taxa de juro de 1% a 2% ao ano.
Os produtores também podem adquirir matrizes e reprodutores de
bovinos, bubalinos, ovinos, suínos
e caprinos registrados ou certificados. O limite de financiamento é de
100% do valor animal, limitado a
R$ 100 mil por produtor e juros de
6,75% ao ano.
Já o Banco do Brasil está disponibilizando R$ 250 milhões para a mostra,
o mesmo oferecido à agricultura familiar e empresarial na edição passada. Conforme o superintendente estadual da instituição, José Carlos Reis
da Silva, há grandes expectativas para
a 34ª Expointer, especialmente pelas
linhas especiais para pecuária do Plano de Safra e de aquisição de animais
com prazo de cinco anos e juros de
até 6,75% ao ano, fruto de um convênio firmado com a Farsul na feira
passada e que foi renovado até o mês
de dezembro deste ano.
Para atender a seus 400 mil agricultores associados, o Sicredi se concentra nesta edição com R$ 110 milhões, mesmo valor financiado em
2010. O presidente do Sistema Sicredi, Orlando Müller, disse que a
expectativa é de que o recurso seja suficiente para atender à demanda durante a mostra, mas garantiu:
dinheiro não é problema.
Por sua vez, o Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE),
que financia projetos por meio de linhas com crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES), estima oferta de
R$ 255 milhões na Expointer. No ano
passado, a instituição recebeu cerca
de R$ 206 milhões em propostas.
Badesul chega à
Expointer com
R$ 300 milhões
Trezentos milhões de reais. Esse é o
valor que o Badesul está disponibilizando durante a 34ªExpointer, principalmente ao setor de máquinas
e implementos agrícolas, para responder às demandas de empreendedores, que não param de chegar,
por financiamentos para a modernização e a inovação nas atividades do
agronegócio.
No total,
em 2011,
apesar da
crise
mundial,
os produtores
têm R$ 765
milhões à
disposição
Os recursos são bem superiores aos
oferecidos em 2010, quando a captação chegou a R$ 150,3 milhões
em financiamentos, por meio de
207 cartas-consulta para operações.
“Durante a Expointer, estaremos
com nossos técnicos, a fim de dialogar com clientes, empreendedores, produtores e parceiros, apoiando as iniciativas de investimento e
apresentando as melhores alternativas em financiamentos de longo prazo”, afirma o presidente do Badesul,
Marcelo Lopes.
No apoio ao agrofomento, o Badesul atua com os programas de Armazenagem Certificada, Irrigação,
Mecanização Geral e Agricultura de
Precisão (projetos com alta tecnologia), fomentando atividades produtivas que incluem a aquicultura,
armazenagem, irrigação, correção
de solos, floricultura, fruticultura,
ovino e caprinocultura, produção
de leite, recuperação de pastagens,
sistematização de várzeas e vitivinicultura, entre outras. Já o incentivo
ao setor do agronegócio acontece
de forma permanente, por meio do
financiamento de máquinas e equipamentos novos nacionais, corretivos e fertilizantes, despesas com
tratos culturais nos primeiros anos
das culturas perenes, investimentos
para controle ou gestão ambiental
e tratamento de resíduos, conservação de energia, construção de silos e armazéns, implantação de silvicultura para fins energéticos ou
suprimento de matéria-prima para
indústrias, entre outras atividades
correlatas.
De acordo com Lopes, o Badesul
é, hoje, a maior agência de fomento entre as 15 existentes no Brasil, pelo critério de ativos totais,
que corresponde à soma dos recursos emprestados com as disponibilidades de caixa. Os ativos
totais aumentaram de R$ 1,074 bilhão em dezembro de 2006 para
R$ 1,992 bilhão em dezembro de
2010, representando um crescimento de 85%, “o que vem a confirmar a adequação de sua política
de atuação como entidade pró-ativa e parceira do empreendedor e
das prefeituras gaúchas”. Quanto ao desempenho operacional de
repasse de recursos do BNDES, a
instituição ocupa a 19ª posição no
contexto de todas as entidades financeiras do país.
11
CRÉDITO
FOTOS DIVULGAÇÃO
RS será um dos maiores
beneficiados pelo Plano
Safra 2011-2012
Os agricultores
gaúchos dispõem
de R$ 3 bilhões
para linhas
de custeio
12
Os agricultores gaúchos dispõem
de R$ 3 bilhões para linhas de custeio e investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf), desde
o início de julho. Deste montante,
R$ 1,4 bilhão são para operações
de investimento e R$ 1,6 bilhão para operações de custeio. Os recursos vão reforçar a organização familiar no Estado, que produz 100%
do café e 85% do leite. Das pessoas ocupadas no campo, 81% têm
vínculo com a atividade.
O Rio Grande do Sul é um dos maiores beneficiados com a Política de
Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF). Novidade do Plano Safra 2011-2012, a
PGPM-AF permitirá a utilização de
instrumentos de comercialização para garantir que o produtor receba o
preço mínimo do produto (pré-fixado no início da safra). Além disso, o
Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA) também será reforçado neste
ano no Estado, com a destinação de
R$ 4 milhões para a compra de produtos da agricultura familiar. O Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA) espera alcançar 280 mil contratos do Pronaf em solo gaúcho.
Juros menores
Os números do IBGE
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence,
o Plano Safra 2011-2012 irá reduzir
de 4% para 2% a taxa de juros máxima cobrada nas operações de investimento do Pronaf e a adoção da taxa
de 1% para operações do Mais Alimentos de até R$ 10 mil por ano. Todas as linhas de investimento, inclusive a linha Mais Alimentos, têm juros
de 1% ou 2% ao ano, prazo de pagamento de até dez anos e até três anos
de carência. O limite de financiamento de contratos de investimento foi
ampliado para até R$ 130 mil.
O Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a agricultura familiar conta com mais de
4,3 milhões de unidades produtivas, o que corresponde a 84% do
número de estabelecimentos rurais do Brasil. Esse segmento produtivo responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), 38% do
Valor Bruto da Produção Agropecuária e 74,4% da ocupação
de trabalhadores no meio rural
(12,3 milhões de pessoas).
“O Plano Safra significa um avanço
na organização econômica da agricultura familiar. No crédito, mais recursos com juros menores no investimento. Na assistência técnica,
mais famílias atendidas. No seguro
à produção, melhores condições de
contratação e garantias de comercialização tanto no mercado institucional quanto no mercado privado.
É a produção de alimentos mais baratos e mais saudáveis na mesa dos
brasileiros e brasileiras, garantindo a
inclusão produtiva de assentados da
reforma agrária e de agricultores”,
assegura o ministro.
No Estado gaúcho, existem 378.546
estabelecimentos da agricultura
familiar, o que corresponde a 86%
do total do setor agropecuário do
Estado. Eles ocupam 31% da área
e são responsáveis por 81% dos
trabalhadores ocupados no meio
rural (992.088 pessoas) e 54% do
Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado. A agricultura familiar responde por 100% da
produção de café, 92% da produção de mandioca, 85% da produção de leite, 84% do feijão, 80%
de aves e 70% dos suínos no Rio
Grande do Sul.
REFORMA AGRÁRIA E CRÉDITO FUNDIÁRIO
➧ Aporte de R$ 530 milhões para obtenção de terras para a reforma agrária
➧ Aporte de R$ 30 milhões para ações de infraestrutura do Programa Nacional
de Crédito Fundiário (PNCF).
SANEAMENTO E HABITAÇÃO
➧ R$ 3,2 bilhões para projetos do PAC Saneamento desenvolvidos pela Funasa
em municípios com menos de 50 mil habitantes
➧ Criação de uma superintendência da Caixa Econômica Federal para avaliar e
acompanhar projetos de habitação rural.
Plano Safra
da Agricultura
Familiar
2011/2012
➧ Disponibilização de R$ 16
bilhões para operações de
custeio e investimento do
Pronaf
➧ Unificação das linhas de
investimento do Pronaf,
com ampliação do limite
de financiamento para até
R$ 130 mil
➧ Elevação do limite de financiamento do Pronaf B de R$ 2
mil para R$ 2,5 mil, com rebates em três operações
➧ Redução da taxa máxima de
juros de 4% para 2% nas
operações de investimento
do Pronaf
➧ Ampliação da cobertura de
renda do Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) de
R$ 3,5 mil para R$ 4 mil
➧ Aporte de R$ 127 milhões
para Assistência Técnica e
Extensão Rural (Ater)
➧ Criação de uma ação específica do Programa de Garantia de Preços Mínimos
(PGPM) para a agricultura
familiar
➧ Unificação das normas do
Sistema Único de Atenção
à Sanidade Agropecuária
(Suasa).
13
ENTREVISTA
Ministério da Agricultura
garante preço mínimo
ao produtor
Considerado o maior pacote da história da agropecuária, o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 tem disponível R$ 107,2 bilhões em créditos
rurais para a agricultura familiar. Entre os destaques, estão linhas especiais para pecuária, cana-de-açúcar e
laranja, além da ampliação do crédito disponível para todos os programas que já faziam parte do plano de
crédito do governo federal. “Os juros também baixaram e dão a chance do produtor brasileiro competir igualmente com os estrangeiros”,
defende a presidente Dilma Rousseff.
Para a pecuária, que inclui o seg
segmento de corte e de leite, o crédito disponível por pecuarista será de
R$ 750 mil para a compra de
matrizes e reprodutores. Já os produtores
de cana, que também estão incluídos nesta linha especial, poderão
acessar até R$ 1
milhão por produtor/safra para a
renovação de canaviais e abertura
de novas áreas.
VOTO – Qual é a perspectiva
para o agronegócio neste ano?
O momento é de boas expectativas
e fortalecimento da agricultura, segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura,
José Carlos Vaz.
Vaz – Os produtores estão capitalizados, reduzindo o endividamento e investindo em suas propriedades e em tecnologia. Por outro lado,
alguns países de grande população,
como China e Índia, estão melhorando o padrão de vida de seus povos e demandando mais alimentos.
Isso abre um imenso mercado para
a carne brasileira e para produtos.
Precisamos ter a capacidade de responder a essa demanda por alimentos de qualidade.
VOTO – Que boas notícias o governo federal tem para os produtores gaúchos?
José Carlos Vaz – O Plano Agrícola e Pecuário traz mais recursos,
com menores taxas, bem como linhas especiais para a pecuária e pastagens, iniciativa da gestão atual.
São R$ 107,2 bilhões direcionados
à agricultura comercial, valor recorde. Temos recursos suficientes para garantir o preço mínimo ao
produtor. Atuamos de forma
vigorosa no apoio à comercialização do arroz e para sustentar a suinocultura
num momento de redução
de mercado e de contencioso com a Rússia, com a qual,
aliás, o ministério mantém
contatos permanentes.
Em uma análise por setores, eu diria
que o cenário para a comercialização de grãos é muito bom para soja e milho. Temos dificuldades no arroz e na suinocultura, que decorrem
de aspectos estruturais que têm de
ser enfrentados. Aliás, estão sendo.
Trigo e vinho são cadeias produtivas
que poderão contar com ações específicas do ministério, a exemplo
de outros anos. Carne bovina e de
aves devem passar por bons momentos de renda. Etanol e açúcar
estão com bastante demanda. E isso
deve se manter, assim como os bons
preços para o algodão.
VOTO – Quais são os maiores
desafios da agricultura brasileira?
RAQUEL AVIANI /ASC/MAPA
Vaz – Os gargalos logísticos, que
estão sendo superados com o PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento), são os maiores desafios. As
obras de infraestrutura melhoraram
as condições de movimentação da
produção agropecuária. Entretanto,
para atender ao crescente volume
de produção, precisamos avançar na
implantação, adaptação e modernização do sistema viário, com ênfase nos modais ferroviário e hidroviário. Também temos outro desafio:
enfrentar as barreiras ao comércio
internacional. Nossos concorrentes
vêm adotando barreiras tarifárias,
sanitárias e fitossanitárias para frear
a competitividade do agronegócio
brasileiro. A eliminação dessas barreiras é estratégica para a ampliação
de mercados aos produtos brasileiros. No âmbito das políticas públicas, é preciso reduzir a volatilidade
de preços, sem prejudicar a renda
dos produtores.
Vaz – Os investimentos do PAC em
infraestrutura são fundamentais para reduzir os custos do escoamento
da produção agrícola e aumentar a
renda do produtor rural. Quanto às
barreiras comerciais, estamos modernizando e melhorando a defesa
animal e vegetal e seremos duros e
firmes nas negociações internacionais governo a governo.
VOTO – Como o governo está
se preparando para enfrentar os
gargalos no setor?
VOTO – Está cada dia mais difícil manter filhos de agricultores no campo. O que o governo
Além dessas duas questões, estamos trabalhando na modernização e
desburocratização do crédito rural.
Queremos criar condições para que
os produtores rurais possam captar
recursos diretamente no mercado
de capitais, via títulos do agronegócio. O seguro rural vai crescer nos
próximos anos, garantindo renda, e
não só custo de produção.
pode fazer para mudar essa
realidade?
Vaz – A urbanização é uma tendência histórica e inexorável. No campo, as propriedades serão cada vez
mais mecanizadas, com menor uso
de mão de obra. É de se esperar
o crescimento dos serviços mecanizados. Menos pessoas das famílias serão necessárias para trabalhar
nas propriedades, mas sua administração vai exigir conhecimentos
de contabilidade, finanças, marketing e tecnologia de produção que
os filhos dos agricultores estão adquirindo nas faculdades e nos cursos técnicos, nas cidades. Precisamos continuar com os esforços dos
produtores, do governo e das demais entidades que atuam no agronegócio, visando ao incremento no
uso da tecnologia, melhoria da gestão, ganhos de eficiência e escala e
redução das perdas.
Mais um gaúcho na gestão da agricultura brasileira
A nomeação foi recebida com
cautela por entidades agropecuárias. Mendes Ribeiro Filho não
tem perfil técnico, mas sua proximidade com a presidente Dilma
pode ser favorável, principalmente ao setor orizícola, que será
uma das prioridades de sua gestão. Ele tem consciência de que,
nos últimos anos, o governo federal falhou e defende medidas
didas
para fortalecer a produção. “Em
minha Camaquã e em minha Resassatinga Seca, os produtores passaerno
ram muito trabalho. O governo
agiu de forma eficiente e rápida
ida e
o preço do arroz reagiu, mas precisamos fazer ainda mais.”
nter,
Assim que terminar a Expointer,
verão
os produtores de arroz deverão
aúcha
se instalar na Assembleia gaúcha
para acompanhar a CPI quee vai
apurar as causas da crise finanfinanceira, investigando a cadeia produtiva do grão no Estado. “Como é que se explica o arrozz ter
DIVULGAÇÃO
A presidente Dilma Rousseff agiu
rápido e, horas depois do então
ministro da Agricultura, Wagner
Rossi, deixar o cargo, confirmou
o nome de Mendes Ribeiro Filho (PMDB/RS) como seu substituto. Em sua primeira entrevista,
disse que sua contribuição será
mediante aprendizado. “Quem
faz a investigação são órgãos especializados, eu tenho que tratar
da agricultura, eu tenho que falar de números, tenho que olhar
para frente”, afirmou, logo após
ser oficializado como ministro em
18 de agosto.
baixado 40% ao produtor nesta
safra e para o consumidor baixou
7% ou 8%? Isso significa que tivemos um desequilíbrio das margens de ganho da cadeia, então
isso tem que ser investigado, isso tem que ser apurado. Todos
devem ganhar: setores produtivo, industrial e o varejo”, diz o presidente da
Federação do Arroz (Federarroz), Renato Rocha.
Segundo ele, quem atua
no setor sabe que há problemas como guerra fiscal,
assimetrismo do Mercosul
e desequilíbrio das margens da cadeia.
CENÁRIO
Sinal vermelho para as
importações de lácteos
O aumento desenfreado das importações de leite em
pó tem preocupado o sistema cooperativista lácteo nacional. O alerta é da Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),
que elaborou um diagnóstico sobre o atual cenário do setor. De acordo com o gerente de Mercados da OCB, Gregory
Honczar, o governo precisa saber qual é o
impacto resultante das importações no
setor lácteo, para que possa proporcionar um ambiente favorável às discussões
entre os países do bloco.
U m a
das principais me
medidas em negociação é a busca da renovação do acordo que limita o ingresso do leite argentino.
A valorização do câmbio é o principal fator que está alaOutro desafio a ser soluciovancando as comercializações.
com
crescentes importações oriundas do Uruguai.
nado são as cres
sobre o atual cenário, ao qual a Revista VOO diagnóstico so
TO teve acesso, servirá também como subsídio para que
Ministério de Desenvolvimento, Indústria e
os técnicos do M
Exterior sejam embasados para análises de emComércio Exteri
que envolvem os países do Mercosul.
barques lácteos q
balança comercial brasileira desses produO saldo da bala
tos, no primeiro semestre deste ano, foi deficitário em
milhões, valor que só não é pior que o registraUS$ 217 milhõ
do em 2000, ano em que o Brasil ainda figurava
ccomo um grande importador e sofria práticas desleais de comércio, como dumping
e triangulação. Entre janeiro e junho destte ano, o faturamento com as importações
lácteas chegou a US$ 274 milhões, valor que respor 83% de todas as negociações efetuadas
ponde po
ao longo de 2010, quando a receita foi de US$ 330
milhões. Enquanto isso, as exportações brasileiras
lácteos movimentaram US$ 57 milhões nos pride lácteo
seis meses do ano. Já as importações de leimeiros se
principalmente provenientes do Uruguai e da Arte, principa
provocam grande receio no setor por esses
gentina, provo
países produzirem com menores custos.
O saldo da balança
comercial brasileira
de produtos lácteos,
no primeiro semestre
deste ano, foi deficitário
em US$ 217 milhões
17
CENÁRIO
Um problema para
um setor que emprega
quatro milhões
Somente no primeiro semestre deste ano, o Uruguai enviou para o Brasil 16.325 toneladas, um volume bem
superior ao que ingressou no país em
todo o ano de 2010. De acordo com
o presidente da Comissão Nacional
de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, o ritmo de
importações pode provocar novamente um surto no país. “Não podemos negligenciar isso porque estaríamos garantindo renda e emprego aos
produtores argentinos e uruguaios,
em detrimento dos produtores brasileiros”, afirma. Alvim alerta, ainda,
que poderá haver forte redução dos
preços pagos ao produtor pelo litro
do leite in natura no Brasil, que, associada à alta dos custos de produção,
pode causar desestímulo à atividade
leiteira nacional. “É um problema para um setor que emprega quatro milhões de pessoas”, disse.
Gregory Honczar lembra que os
Estados Unidos já defenderam a
produção interna em momentos
de apreciação cambial. Atualmente, com a desvalorização do dólar norte-americano frente à grande parte das moedas, o país ganhou
competitividade e passou a ser um
dos maiores players do mercado
internacional.
A produção brasileira de leite, de
acordo com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE),
apontou crescimento de 5,3% ao
ano, no período de 1999 a 2009,
atingindo pouco mais de 29 bilhões
de litros no último ano. Observando somente o leite inspecionado,
8,3 bilhões de litros passaram pelas
cooperativas em 2010. O setor responde por aproximadamente 40%
do total inspecionado no país.
Novo acordo
Desde maio de 2009, o Brasil mantém um acordo com a Argentina
que limita a entrada de produtos
lácteos daquele país a 3,3 mil toneladas de leite em pó por mês. As
negociações com o Uruguai são
mais difíceis, porque as exportações de produtos lácteos estão
entre os principais itens da pauta
uruguaia.
No final de julho, representantes da
indústria leiteira do Brasil e da Argentina se reuniram em Buenos Aires para discutir um novo acordo
que fixe limites às exportações de
leite em pó procedentes do país vizinho. A Argentina pretende manter
sua participação no mercado brasileiro, superior a 70% das importações totais de leite em pó. Segundo
indicou o Ministério da Indústria argentino, as importações brasileiras
“mostram um notável crescimento
nos últimos anos”, o que os levaria a
aumentar suas exportações.
Por enquanto, não há nada definitivo. Os dois países vão continuar
analisando as propostas e conversando nas próximas semanas até
chegarem a um consenso.
CENÁRIO
FOTOS DIVULGAÇÃO
Participação do Holandês
é maior nesta feira
Superando todas as expectativas de
mercado, a circulação da raça Holandês nesta Expointer será 16,11%
maior do que a registrada na edição de 2010. São 209 animais vindos de 22 cidades e estados diferentes, como Minas Gerais e Paraná. O
maior volume foi inscrito pela Granja Tang, do município de Farroupilha
(RS), com 25 exemplares, seguido
do Condomínio Morena, de Pelotas
20
(RS), com 23 animais, e que volta
neste ano a disputar campeonatos
na Feira, depois de um longo período afastado.
Na opinião do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês
do Rio Grande do Sul (Gadolando),
José Ernesto Ferreira, o aumento no
número de inscrições é reflexo do ciclo de exposições que tem acontecido pelo interior do Estado. Segundo
ele, o Prêmio Exceleite está dando
esse impulso nos eventos da raça.
Uma das novidades no julgamento da
raça é a presença do especialista em
suporte técnico e analista de touros
na Semex Alliance, Mike West. Nascido no Canadá e criado em uma fazenda voltada para a raça Holandês,
West participou ativamente no trabalho da família em torno de 50 vacas do rebanho de Criador Master.
Formado em Ciência da Agricultura, Mike West já avaliou mais de dez
mil animais da raça de seu país de origem, dos Estados Unidos, do Japão e
agora do Brasil.
Reconhecimento
especial à fêmea
da raça
A premiação da campeã Suprema
Exceleite 2010/2011 será um carro zero-quilômetro. O resultado do
concurso será conhecido após o julgamento da raça Holandês, na Expointer, quando a Gadolando fará o cálculo das pontuações dos animais que
concorreram nas exposições ranqueadas. Esta também será a oportunidade de serem premiadas a Exceleite
Pista e a Exceleite Produção.
A Suprema é o reconhecimento
à fêmea da raça que somar maior
número de pontos nas categorias
Pista e Produção. Com essa premiação, a Gadolando pretende
contribuir na identificação de animais superiores que aliem excelência fenotípica, a qual redunda
em maior longevidade e expressiva produção de leite.
O concurso incentiva os criadores
a participarem de exposições, que
continuam sendo importantes momentos de comparação, aprendizado, estreitamento de relacionamentos e intercâmbio de experiência
entre os criadores de bovinos. Ainda
com base no regulamento, incentiva
os expositores da Região Metropolitana a exporem em pelo menos uma
exposição do interior do Estado, e os
do Interior a participarem da Expointer e da Expoleite, no Parque Assis
Brasil, em Esteio.
CENÁRIO
Real valorizado aumentou
interesse da Argentina e
do Uruguai
Vários segmentos do agronegócio
estão sofrendo uma “enxurrada”
de produtos importados do Mercosul. O câmbio valorizado e a alta carga tributária têm prejudicado
– e muito– a competitividade do setor. Os produtores estão de plantão
em Brasília reivindicando a desoneração de impostos, para que o produto nacional possa competir com
os importados no mercado interno,
e que acordos dentro do Mercosul
sejam revistos.
O setor leiteiro no Brasil corre risco de morte se voltarmos ao ano de
2009. Desde lá, o segmento apresenta déficits. No ano passado, a
diferença entre importações e exportações foi de US$ 195 milhões.
Neste ano, até julho, chegou a
US$ 262 milhões.
Nesta entrevista à Revista VOTO, o
secretário executivo do Sindicato
das Indústrias de Laticínios do Rio
Grande do Sul (Sindilat/RS), Darlan
Palharini, fala das expectativas do
mercado de laticínios e dos desafios enfrentados pelo setor com as
importações.
VOTO – Quais são as perspectivas do setor para a 34ª Expointer?
Darlan Palharini – A Feira por si
só já é um grande atrativo. Mas sempre esperamos novidades, principalmente para este setor da economia,
que no Rio Grande do Sul tem papel
importante para o desenvolvimento dos municípios. Esperamos novas
tecnologias para que o setor avance ainda mais no quesito competitividade, que é o grande desafio da
nossa economia quando temos o
real valorizado.
FOTOS DI
VU
LGAÇÃO
VOTO – Como está o mercado do Rio Grande do Sul?
Palharini – O RS tem potencial
ainda a ser explorado pelo setor lácteo, seja no aumento de consumo,
através de ações
conjuntas do setor
privado e governamental e, também, com o lançamento de novos
produtos, já que estamos vivendo um momento de incremento de
renda e onde temos, nas mais variadas camadas sociais da população
brasileira, potenciais de consumo
que devem ser melhor explorados
e para que a demanda desses produtos não seja abastecida por indústrias de outros países ou de outros
estados da Federação.
VOTO – Quanto à questão das
importações de leite em pó, como o setor tem enfrentado esse
obstáculo?
Palharini –O Sindilat entende que as
importações são uma nova realidade
na economia brasileira e não deverá
mudar esse quadro no curto prazo.
Por isso, entendemos que a melhor
forma de enfrentar esse desafio é ter
maior competitividade, seja no campo, seja no parque industrial. E para
isso o setor está hoje empenhado em
buscar alternativas através de um planejamento de médio e longo prazo,
para que possamos aproveitar este
momento para melhorar a nossa performance e vencer mais esse desafio.
VOTO – De que forma os governos federal e estadual têm ajudado a resolver o impasse das
importações?
Palharini – É uma equação complicada, pois entendemos a dificuldade, principalmente do governo
federal, de barrar as importações,
já que vivemos em uma economia
de livre comércio, principalmente
com os nossos parceiros do Mercosul. De outro lado, temos mostrado
que o Brasil tem mais de 1,2 milhão
de produtores de leite e que, se não
tivermos uma política para o setor,
o restante da população brasileira
vai, de certa forma, arcar com esse
custo social. Com isso, temos notado o empenho do governo em criar
alternativas para o setor lácteo nacional, que hoje gera muito emprego no campo e tem sido um fator de
distribuição de renda no meio rural.
VOTO – O acordo do Brasil com
a Argentina expiraria no final de
“Estamos em
negociação
direta com a
Argentina e
com o
Uruguai
”
julho, e a renovação que, além
da cota de leite em pó, prevê a
inclusão de uma cota também
para os queijos, depende de um
acordo com o governo uruguaio.
Como está esta questão?
Palharini – Estamos em negociação direta com a Argentina e com
o Uruguai. Todos querem exportar
e, no caso da Argentina e do Uruguai, são países que têm excedente
de produção em alguns produtos,
entre eles nos lácteos. Para eles, o
mercado brasileiro sempre foi muito interessante e, neste momento,
onde temos o real valorizado, se
tornou ainda mais importante. Cabe lembrar que, hoje, o Brasil tem
próximo de 200 milhões de habitantes e com poder de renda aumentando. É o maior país em população na América Latina, é normal
ter essa pressão. Mas entendemos
que, em conjunto, poderemos chegar a um acordo aceitável para ambas as partes.
CENÁRIO
Momento positivo para o
rebanho verde e amarelo
“ O número
de ovinos
nos campos
gaúchos vem
diminuindo
ano a ano, e
nós fomos em
busca de uma
solução
”
Aumentar em 20% o rebanho de
ovinos do Rio Grande do Sul até
2013. Essa é a expectativa do governo gaúcho através do Programa
Mais Ovinos no Campo para estimular a produção de carne e lã. A
ideia é vista pelos produtores com
bons olhos, se voltarmos à década
de 1970, quando o Estado tinha 12
milhões de cabeças. Quarenta anos
depois, o número não passa dos
quatro milhões.
FOTOS DIVULGAÇÃO
O programa oferece para retenção
de matrizes um crédito com taxas
de juros que variam de 2% a 5,75%
ao ano, dependendo do enquadramento do proponente. O prazo para pagamento é de três anos, com
até um ano de carência, sendo financiados 100% do valor da fêmea com
idade até seis meses, e 80% do valor
do ovino com mais de seis meses. O
Banrisul, agente financeiro do programa, já financiou o valor de R$ 19,3 milhões para 700 operações. Os números são surpreendentes, se levar em
conta que há cerca dois meses significavam R$ 3,7 milhões de créditos para 129 proponentes.
Municípios serão
beneficiados com
linhas de crédito
O Estado gaúcho é o que tem a
maior população de ovinos do país.
O primeiro município no ranking é
Santana do Livramento, com 414,2
mil exemplares. O produtor rural
Delci Francisco Cardoso cria a raça Corriedale para vender a lã. “Dá
muito trabalho, mas quando começa a vender, dá lucro. Além disso, consome muito vermífugo, mas
quando vende a ovelha e vende a
lã, desaparece esta despesa toda.
Quem está no negócio tem que investir no ovino”, destaca. Em segundo lugar, desponta a cidade de
Alegrete, com 253,5 mil cabeças.
“O número de ovinos nos campos
gaúchos vem diminuindo ano a ano,
e nós fomos em busca de uma solução, porque pretendemos retomar
o desenvolvimento econômico e
social daqueles setores do agronegócio que enfrentam dificuldades”,
afirma o secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio,
Luiz Fernando Mainardi.
Pelo menos 50 municípios vão ser
beneficiados com linhas de crédito para a compra de matrizes ou
reprodutores e também para a
retenção de matrizes. “O objetivo do programa é fazer com que
ninguém venda fêmeas, a não ser
as de descarte. Que se retenham
as fêmeas, ou que se vendam as
fêmeas para outro produtor e,
com isso, nós vamos, a médio e
longo prazo, recuperando o rebanho de ovinos do nosso Estado”,
diz Mainardi.
Um outro incentivo para o crescimento do rebanho ovino é a grande
demanda de carne e lã, muito maior
que a oferta. Com os preços em alta, a Federação das Cooperativas
de Lã do Brasil (Fecolã) espera uma
boa comercialização. Entre as principais raças, o quilo da lã está custando 4 dólares. “Nesta safra, deverá se antecipar a procura por lã pela
falta do produto no mercado. As indústrias, na safra passada, não compraram as suas necessidades. Então,
podemos dizer que a lã, hoje, encontra-se num momento muito satisfatório”, explica o presidente da
Fecolã, Álvaro Lima da Silva.
Por um Brasil bovino
A pesquisa de Produção da Pecuária Municipal 2010, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgada
somente em outubro. Mas se seguir a tendência dos úúltimos anos,
o Brasil terá em br
breve o maior
rebanho de bovirebanh
nos do mundo.
Em 2009, o país
ocup
ocupava
a segunda p
posição com
205,3 milhõ
milhões de cabeças, ficando atrás da Índia. O efe
efetivo de bovinos enco
encontra-se bem
distribuído, já que os 20
distribuído
principais municípios concentram
8,4% do total de animais. O IBGE
também constatou que naquele período foram abatidas 28,063 milhões de cabeças e produzidas 6,661
milhões de toneladas de carne bovina. Desse total, 13,9% foram exportadas para outros países, tendo
sido observada redução do volume comercializado externamente
em torno de 9,9% sobre o ano de
2008. A maior parte dessa carne foi
exportada para Rússia, Hong Kong e
Irã. O maior consumidor mundial de
carne bovina foram os Estados Unidos, seguidos pela União Europeia e
pelo Brasil.
O Brasil terá
em breve o
maior rebanho
de bovinos do
mundo
O crescimento de 1,5% no rebanho
bovino brasileiro em 2009 já era esperado pelo setor. Na avaliação do
superintendente da Associação dos
Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vaccari, depois de
uma intensa crise de 2005 a 2007, a
pecuária brasileira vem dando sinais
de recuperação. Naquele período,
o setor enfrentou perdas em função de fatores climáticos, de câmbio, além de focos de febre aftosa,
que fez com que países importadores e mesmo o mercado interno impusessem restrições aos seus produtos, gerando grandes prejuízos.
O Estado do Mato Grosso se mantém na liderança do rebanho de bovinos no país, porque acompanha a
CENÁRIO
tendência nacional de recuperação,
com ampliação dos investimentos,
e também aparece como o segundo
maior exportador de carne bovina,
perdendo apenas para São Paulo.
7,7 milhões de toneladas neste ano,
impulsionado pela demanda de importação nos países que enfrentam
rápido crescimento econômico ou
escassez de produção.
Dados da Associação dos Criadores
de Mato Grosso, com base em informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior (MDIC), revelam que, em 2010, o volume exportado da carne bovina já é 8,9%
maior que o do mesmo período do
ano passado. Além disso, enquanto o faturamento da atividade entre janeiro e outubro de 2009 somou US$ 2,45 bilhões, no mesmo
período de 2010 o valor chegou a
US$ 3,3 bilhões, o que representa
um crescimento de 34,6%.
Os maiores ganhos deverão ser obtidos pelos Estados Unidos, que, se
beneficiando de um contínuo enfraquecimento do dólar e da reabertura de mercados anteriormeneriormente restritos por causa
sa da
Encefalopatia Espongiforgiforme Bovina (EEB), poderão
erão
expandir os envios em
m 8%,
um desenvolvimento histórico
com potencial de transformar
sformar o país em um exportador líquido.
Previsões de mercado
O comércio mundial de carne bovina deverá se expandir em 2%, para
Após três anos de declínios
clínios devido à
forte demanda doméstica
éstica e ao fortalecimento da moeda,
eda, as exportações do Brasil, ainda
da o maior exportador mundial, aumentarão
umentarão em
resposta à demandaa de países do
Oriente Médio e do Sudeste da Ásia.
Por outro lado, o Paraguai, um exportador não tradicional da América do
Sul, deverá se beneficiar da recente
certificação da Organização Mundial
de Saúde Animal (OIE) de país “livre
de febre aftosa com vacinação”. As
exportações do país poderão alcançar
as da Argentina, que continuam com
uma queda de dois anos.
ENTREVISTA
Francisco Turra: governo
precisa acordar e reduzir
os gastos públicos
A instabilidade cambial tem feito o
Brasil perder competitividade em
mercados conquistados pela avicultura, como a União Europeia e
o Oriente Médio. Somente a Arábia Saudita, por exemplo, chega a
comprar 50 mil toneladas por mês
do produto brasileiro.
Diante desse cenário, o recomendado aos produtores é muita cautela e reduzir seus custos de todas
as formas para se manter na disputa. Nesta entrevista exclusiva para a
Revista VOTO, o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, fala
dos perigos dos juros elevados e dos
especuladores que se aproveitam da
situação que já fez o país perder – e
muito – nos últimos anos.
Formado em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e em
Comunicação Social pela PUC/RS,
Francisco Turra foi prefeito de Marau (RS), deputado federal, ministro da Agricultura do governo Fernando Henrique Cardoso
e também presidiu a Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab). Ele atuou, ainda, como vicepresidente do Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul
(BRDE), superintendente executivo do Sebrae no Rio Grande do
Sul e diretor institucional da Federação das Indústrias do Estado do
Rio Grande do Sul (Fiergs).
VOTO – Como o Brasil está posicionado no mercado mundial
na produção de frango?
VOTO – E qual é a participação do Rio Grande do Sul nesse mercado?
Francisco Turra – Pela ordem de
produção, primeiro vêm os Estados Unidos, depois a China e, em
terceiro lugar, o Brasil, que está
muito próximo do segundo colocado. Hoje, produzimos 12,5 milhões de toneladas de carne de
frango por ano e, ligeiramente à
frente, posso afirmar com tranquilidade que neste ano a China
irá perder espaço para nós. Como exportador, atualmente, nossos números apontam para 3,9
milhões de toneladas/ano, que representa 41% do mercado mundial de frango.
Turra – O Rio Grande do Sul desponta como o terceiro estado
em produção e exportação, com
21%. O primeiro é Santa Catarina, com 27% e, depois, Paraná,
com 26,5%.
VOTO – De que forma a instabilidade do câmbio tem interferido na competitividade do
Brasil em novos mercados?
Turra – O Brasil, hoje, com a hipervalorização do real frente a todas as
moedas, e não só em relação ao dólar, está perdendo a competitividade em vários produtos, entre eles a
carne de frango. Ao longo dos anos,
muitas conquistas, entrantivemos mu
do onde os Estados Unidos não
entram. É o caso dos 27 paentram
íses da União Europeia e o
Oriente Médio, onde soOri
mos clientes cativos. Som
mente a Arábia Saudita
m
compra 50 mil tonelaco
das por mês da carne de
d
fra
frango brasileira. Sem dúvid
vidas, o câmbio está sendo
terr
terrível e a nossa política é
equiv
equivocada. A cada reunião
do Co
Copom é um susto, porque aum
aumentam os juros e vem o
especulado
especulador que investe em títulos da dívida brasileira, leva os nossos juros e o nosso sangue e aqui ficamos chupa
chupando casca. Se não fosse
a sorte de te
termos apenas o grande
player, que tem
t
estatura para disputar com os E
Estados Unidos, se houvesse ou
outros países competindo,
já tteríamos perdido espaçço. Neste ano, há, ainda,
uum outro adicional neggativo, como a elevação
d
do custo dos insumos,
“O Brasil,
hoje, com a
hipervalorização
do real frente a
todas as moedas,
e não só em
relação ao dólar,
está perdendo a
competitividade
em vários
produtos, entre
eles a carne de
frango
”
que está muito acima do preço do
produto, sem falar no Custo Brasil em infraestrutura logística. Essas
questões, portanto, são um permanente desafio para a nossa entidade
(Ubabef), fora as barreiras que, ao
natural, se impõem, como é o caso
da Rússia embargando a carne brasileira sem nenhum fundamento, e a
África do Sul, um grande comprador
do Brasil, entrando com um processo de investigação de dumping. Ou
seja, as barreiras externas são permanentes e, acima de tudo, desafiadoras. Não fosse uma entidade atilada estudando todos os espaços, o
Brasil perderia muito. A Ubabef tem
uma estrutura muito organizada e
ENTREVISTA
unida, se antepondo e levando a situação com muita dificuldade. Nada
é um mar de rosas e, sim, cheio de
percalços e espinhos.
VOTO – O Brasil tem enfrentado os Estados Unidos em 150 países. Como alcançar novos mercados tendo uma potência como os
EUA ao lado?
Turra – Nosso diferencial para
os Estados Unidos é o profissionalismo do Brasil na cadeia produtiva. Temos um estado sanitário reconhecido no mundo inteiro
como impecável, pois nunca tivemos um surto de gripe aviária. E
estamos cada vez mais competitivos, reduzindo custos em tudo o
que é possível e brigando por novos mercados, como Malásia, Indonésia e Paquistão.
VOTO – Em que o governo federal poderia ajudar para aumentar a competitividade do
Brasil no exterior?
diferencial para
“ Nosso
os Estados Unidos é o
profissionalismo do Brasil
na cadeia produtiva.
Temos um estado sanitário
reconhecido no mundo
inteiro como impecável
”
Turra – Não podemos negar o
apoio do governo federal, mas há
circunstâncias em que a burocracia se torna um ônus, um custo
adicional para o Brasil. Penso que
deveriam ser mais ágeis, pensando na importância do setor como
um grande gerador de empregos.
Está na hora de dar uma parada
nos juros reduzindo os gastos públicos, muitas vezes até supérfluos. No Brasil, o setor dispõe de
820 mil empregos diretos e 4,5
milhões indiretos. Está na hora
de o governo cortar na própria carne para sairmos da
condição de um dos países
com os juros mais elevados. Isso não tem nenhum
sentido.
VOTO – Que mensagem
a Ubabef dá aos criadores
de frango para que eles não
temam perder mercado?
Turra – Cautela, nós estamos
recomendando há tempos, e
trabalhar com o maior número de informação. Uma das
medidas que estamos
buscando com o governo, e por
ora não houve nenhuma sinalização, pagar os créditos tributários
que as empresas brasileiras têm
em grande volume. Isso permitiria que elas se recapitalizassem e
reinvestissem. Não há espaço para
continuar ruim. Há, sim, uma forte demanda dos mercados externos pelo produto brasileiro, portanto, o governo deve perceber
que é uma grande oportunidade.
O mundo, nos próximos 20 anos,
terá uma necessidade por alimentos de 40% para atender a uma
população subnutrida e, também,
ao crescimento da renda. E o Brasil tem todas as possibilidades de
atender à demanda total. O consumo da carne de frango irá crescer
4% ao ano, o que, para nós, é uma
oportunidade de ouro. Para se ter
uma ideia, apenas uma empresa
emprega 120 mil pessoas. Somente nos três estados do Sul, temos
45 mil famílias integradas ao sistema de produção. No Brasil, são
130 mil. É, realmente, um número
impressionante. Eu imagino e espero que o governo acorde.
ARTIGO
Expointer: o emblema
do Rio Grande do Sul
Por Adão Villaverde*
Não foi por acaso que, ao lançar oficialmente a Feira, o governador Tarso Genro salientou a projeção global
do evento e cunhou a expressão “a
melhor carne do mundo” para definir
a produção da pecuária gaúcha. Em
recente entrevista, o presidente do
Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, ressaltou que o país poderá ser “o maior produtor mundial
de proteína, graças ao agronegócio
fantasticamente competitivo, provavelmente com o maior potencial de
expansão”. Outro renomado economista, o gaúcho Enéas de Souza,
abordando a crise europeia que sucede a derrocada norte-americana, destacou, igualmente, esta peculiaridade
do saldo alimentar diante de um mundo que cresce e tem fome. “As pessoas precisam comer. E o Brasil tem
produção alimentar.”
No nosso solo, o agronegócio e a agricultura familiar estão lastreados principalmente pelo sistema diferenciado
do cooperativismo de produção que
remonta às exitosas experiências dos
anos 60 com o trigo e, na década seguinte, com o plantio da soja, que trouxe, na carona, a inovação tecnológica
para o campo. Graças ao cooperativismo, também o setor rural, abalado pelo êxodo resultante da mecanização e
da especulação imobiliária decorrente
da monocultura, ajudou a reorganizar
o sistema de produção especialmente
através da agricultura familiar, que hoje recebe os decisivos incentivos governamentais para alçar-se à dimensão
necessária da elevada competição do
mercado de alimentos.
comunicação que ali se instalam, agrega elementos de atração turística nas
exposições de animais e de máquinas,
na feira do artesanato, nos shows musicais e nos concursos de lidas campeiras, tradicionais como as premiações a
ginetes e laçadores habilidosos.
A Expointer carrega também um valor
sociológico especial que mexe com as
raízes da numerosa população do Interior que se estabeleceu nas localidades
próximas à Capital para estudar, trabalhar e morar. E que, nestes dias, amplia
o orgulho de viver em um Rio Grande do Sul que esbanja superlativos, no
ambiente favorável de um país que cultiva a imagem internacional de um Brasil que cresce, se desenvolve, gera emprego e distribui renda.
*Presidente da Assembleia Legislativa/RS
Parceiros do governo estadual na promoção da Expointer, as cooperativas
filiadas à Ocergs, os agricultores familiares da Fetag e os produtores
rurais daa Farsul mostram um otimismo compatível com a grandeza da exposição, que receberá recursos financeiros do Banrisul
30% superiores ao da edição anterior. No período de 27 de agosto a 4 de setembro, que geralmente
apresenta indícios do final do inverno
e sinaliza para a chegada da primavera no Estado, a efervescente e múltipla programação do espaço de Esteio,
reproduzida ao vivo pelas empresas de
DIVULGAÇÃO
Em seus 110 anos de existência, contabilizando a primeira edição em âmbito estadual em 1901 até as 34 edições
que incorporaram o caráter internacional adicionado ao nome, a Expointer consolidou um cartão-postal que
transcende a imagem fotográfica das
esferas tingidas com as cores do RS
do totem doado pelos alemães e fixado na entrada do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. A nossa Exposição Internacional é, cada vez
mais, o emblema do fortalecimento da
agricultura, do agronegócio e da agricultura familiar rio-grandenses reconhecidos em todo o mundo, especialmente nestes tempos de crise mundial,
na qual o nosso potencial da produção
de alimentos com qualidade e segurança passa a ser um importantíssimo diferencial na economia futura do planeta.
FEIRA
A Expointer em reais
Evento mobiliza mais de 15 mil trabalhadores
a um custo que pode chegar a R$ 7 milhões
Quem chega à Expointer para um
dia de longas caminhadas ou quem
trabalha debaixo de chuva e de sol
nem imagina a trabalheira que dá
montar o evento. São apenas sete
dias de Feira, mas para quem organiza, parece uma eternidade. Quase meio ano de preparativos e muita
dor de cabeça para colocar em ordem um parque que é praticamente uma cidade dentro de Esteio. São
141 hectares, sendo 100 já urbanizados e os 41 restantes prontos para expansão. No total, são 25 quilômetros de ruas e 190 imóveis
públicos e privados.
Um parque para outras
feiras de grande porte
Lá se vão 41 anos no Parque de Exposições Assis Brasil com muitas
conquistas desde então e, também,
muitos problemas estruturais. O governo gaúcho está investindo R$ 5,8
milhões em reformas dos alojamentos, os quais acolhem cerca de 300
funcionários da Secretaria da Agricultura que vêm do Interior para
trabalhar na Feira e dos 11 sanitários públicos, além da construção
de outros dois. Também está sendo
reestruturada a rede de energia do
camping, destinado para abrigar expositores que possuem 196 boxes
de estacionamento. Os investimentos também incluem o cercamento
do parque e a transformação de um
ALGUNS NÚMEROS DE TRABALHADORES
➧ Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (SIMERS): 2 mil
➧ Tratadores de animais: 1.929
➧ Operacionais/Apoio aos animais: 3 mil
➧ Segurança e limpeza: 1 mil
➧ Portões e bilheterias: 200
MARCELO BERTANI
GUERREIRO
Com uma despesa aproximada de
R$ 5,5 milhões, mais as diárias com
veterinários e gastos em infraestrutura, como água, luz e telefone, esses sete dias podem custar
ao Estado R$ 7 milhões. O “Departamento Pessoal” da Expointer
também pode ser visto como uma
grande empresa, com 15 mil trabalhadores que têm hora para chegar, mas não têm hora para sair, sem
contar as mais de mil pessoas que
trabalham nos restaurantes, nos estandes comerciais, nas revendas de
carros e na imprensa credenciada
que cobre o evento.
Focado nesse aspecto, depois de
encerrar oficialmente a 34ª Expointer, o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz
Fernando Mainardi, já tem uma missão: a funcionalidade e a ocupação
do parque, a exemplo do que acontece em outros países, como a Feira
de Verona, na Itália. A feira congrega
órgãos da iniciativa pública e privada
que, juntas, promovem em torno de
32 eventos por ano, com um faturamento anual em torno de 11 milhões de euros.
Quanto às medidas de economia,
uma delas já identificada é a redução do consumo de energia elétrica. “O parque gasta, mensalmente, quase que o mesmo que
a Prefeitura de Esteio investe em
iluminação pública”, revela o secretário da Agricultura. Também
não haverá mais contratos emergenciais. Tudo que envolver a Feira
será feito através de licitação. Para
esta edição da Expointer, Mainardi
espera que a receita obtida chegue
a R$ 9 milhões.
Desenvolvido pela empresa Imply Tecnologia Eletrônica, o sistema
irá controlar a emissão dos ingressos, a partir de um código de barras, organizado especialmente para
idosos, adultos, crianças, estudantes
ou profissionais e bloquear a entrada de bilhetes falsificados ou já utilizados. Para profissionais que trabalharão na Feira, um monitor irá
mostrar a fotografia da pessoa credenciada no momento de cada acesso, evitando fraudes no uso dessas
credenciais.
LUIZ ÁVLIA
MARCELO BERTANI
Feira informatizada
Eventos como a Expointer e a Fenasul (acontece anualmente no
mês de maio) são um exemplo
de superação. Neste ano, a Feira faturou R$ 1,76 milhão, um
crescimento de 84,97% em relação ao ano passado, que somou
R$ 954,43 mil. Além desses, somente os criadores de cavalos realizam seis eventos em um ano e a
Prefeitura Municipal ocupa a área
para outras programações.
Para chegar a esse nível, o secretário não descarta a possibilidade de
se criar uma empresa pública de direito privado, com a participação
do governo, de associações e entidades privadas, o que daria mais
agilidade à concretização de projetos, preservando o interesse público, sem falar nos custos das obras
necessárias para suportar a rotatividade. “O objetivo é promover pelo menos 12 grandes eventos anuais, contemplando todos os
setores da economia gaúcha. Também devemos discutir qual aproveitamento se dará para a área de
41 hectares que está ociosa naquele espaço”, analisa Mainardi.
imóvel da Central Riograndense de
Inseminação Artificial (Cria) em alojamento. Outro projeto em execução é a construção de 330 baias para equinos, uma antiga reivindicação
do setor.
Esperar horas na fila para comprar
um bilhete e, depois, mais algumas horas até que a recepcionista
lhe entregue a metade destacada
é, sem dúvida, coisa do passado.
A 34ª Expointer é pura tecnologia. Um novo sistema de acesso,
implantado a poucos dias do início da Feira, garantirá uma entrada
segura, ágil e eficiente aos visitantes, expositores e demais profissionais que trabalharão nos sete
dias da feira. As catracas irão receber o ingresso, registrar a entrada
e liberar a passagem em menos de
um segundo.
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churrasco gaúcho em cortes especiais.
Rodízio com 26 cortes de carnes nobres.
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FEIRA
O ingresso de veículos também ficará mais ágil, pois o motorista apenas
retirará o ticket do estacionamento no momento da entrada, sendo o
pagamento feito junto às bilheterias,
no interior do parque, como acontece atualmente na maioria dos shopping centers.
Através de uma central de controle, ainda será possível monitorar,
em tempo real, o número de pessoas dentro do Parque de Exposições Assis Brasil. Essas estatísticas
permitirão a análise do fluxo de visitantes que cruzarão as 36 catracas eletrônicas e 22 cancelas dos
estacionamentos. Também serão
instalados painéis eletrônicos com
mensagens institucionais junto aos
portões de entrada. “Até o ano passado, não havia um controle efetivo
que apresentasse números confiáveis relativos ao ingresso de pessoas
e faturamento das bilheterias”, diz o
secretário Luiz Fernando Mainardi,
ao destacar que o novo sistema irá
gerar mais transparência ao informar, com precisão, a receita total de
bilheteria.
Mãozinha da Trensurb
Cerca de 600 mil pessoas são esperadas neste ano, no Parque Assis
Brasil. Trinta por cento desse total
chegam à Feira de trem. Para facilitar a mobilidade dos visitantes, a
Trensurb e a comissão organizadora
da Expointer fizeram uma parceria,
Nº
OBJETO
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
Locação de 18 carros elétricos
Limpeza urbana
Limpeza predial (sanitários)
Assistência técnica em equipamentos telefônicos
Locação e montagem de lonas
Construção de 330 baias
Construção da Rede Elétrica do camping
Reforma do prédio da IVZ
Reforma do chafariz, esferas e escadaria
Locação de equipamentos para bilheterias e estacionamentos
Locação de seis veículos com reboque
Limpeza predial
Segurança patrimonial desarmada
350 sanitários portáteis
Locação de contêiner
Locação de máquinas pesadas
Mão de obra de energia elétrica
Mão de obra de encanador hidráulico
Conserto de máquinas e equipamentos
Três estandes para postos médicos
Alojamento para peões
Locação de sete geradores móveis
Duas carretas com chuveiros
Palco e sonorização para os eventos culturais
Músicos
36
CONTRATADO
(R$)
124.200,00
396.000,00
118.402,00
63.000,00
53.850,00
1.290.000,00
509.731,26
64.000,00
139.000,00
650.000,00
50.000,00
304.750,00
640.000,00
372.350,00
450.000,00
78.000,00
80.367,00
65.000,00
83.000,00
e cada município atendido por esse tipo de serviço terá, pelo menos,
um ponto de venda de ingressos.
De acordo com o supervisor comercial da Trensurb, Edson Carlos
Ferreira dos Santos, a empresa colocará em operação a frota máxima de 21 unidades durante os fins
de semana da Feira, quando são
transportados aproximadamente 90
mil passageiros. Ferreira dos Santos
lembra, também, que nesses dias
seria menos caótico para o trânsito
se os motoristas utilizassem as duas
mil vagas dos estacionamentos próximos às principais estações da Capital. “Assim, o visitante poderá ir
para a Feira com segurança e agilidade”, afirma.
EMPRESA
Razim Locações e Comércio LTDA.
Fortesul Serviços Terceirizados LTDA.
Laboral Serviços Terceirizados LTDA.
EBM Equipamentos Telefônicos Ltda.
Logos Brasil Estrutu. Eventos LTDA.
Conttex Engenharia e Distribuidora LTDA.
Montebrás Montagens Elétricas LTDA.
Porto Redes Const. Instalações LTDA.
Conttex Engenharia e Distribuidora LTDA.
Imply S/A
Razim Locações e Comércio LTDA.
Multiagil S/A
Tedesco Seg. LTDA.
Tecnisan
BR SUL Serviços LTDA.
RETROMAC Máq. e Equip.LTDA.
CONTTEX
Click Vidros e Serviços Ltda.
GASTEC COMÉRCIO
Permuta/ UNIMED
119.500,00 Aline Colombo LTDA.
44.950,00 Energia Grupo Geradores LTDA.
120.000,00
CENÁRIO
Angus: mais um recorde
A Associação Brasileira de Angus
(ABA) registrou neste ano o número recorde de 448 inscrições, somados 307 animais argola e 141 rústicos, na pista de julgamento da 34ª
Expointer. Esse número representa
mais de 50% da raça que se coloca
em segundo lugar em representatividade na Feira.
De acordo com o presidente da
ABA, Paulo de Castro Marques,
o mérito desse recorde de inscrições é todo da associação que, com
seus programas de carne de qualidade e fomento da raça, fez do Angus um animal mais firme e consistente frente a outras raças criadas
na Região Sul. “O motivo de tanto
sucesso do Angus é que o retorno
econômico-financeiro é muito mais
rápido ao produtor rural”, esclarece Marques.
Ao todo, 57 criatórios de Angus PO
e 25 rústicos PO e PC dos estados
de Minas Gerais, São Paulo, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul vão
se revezar na apresentação dos animais em três dias de pista, nesta que
é considerada a maior vitrine da raça na América Latina. Segundo a gerente da entidade, Juliana Brunelli,
na comparação com 2010, o crescimento percentual atinge 15,5%.
“Em números absolutos, o crescimento observado nas inscrições
para exposição de rústicos chega a
42% e para Angus argola de 6,5%”,
explica.
Ainda segundo Juliana Brunelli, a
participação maciça da raça Angus
na 34ª Expointer representa a união
de esforços dos criadores gaúchos
e, também, de outras regiões do
país, no sentido de fortalecer cada
vez mais a imagem da raça na Feira, considerada a mais importante
da Região Sul.
Fortalecendo a imagem
da pecuária brasileira
Recentemente, a ABA se juntou ao
projeto Pecuária Brasil, elaborado
pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes
(ABIEC), para promover a imagem
da nossa pecuária frente aos países
que importam a carne nacional e ao
mercado interno. “A ideia principal
é levar ao mundo o cenário de que
a carne que
q produzimos
p
aqui
q não é
proveniente de áreas de desmatamento, nem tem envolvimento com
trabalho escravo. E, sim, de uma cadeia produtiva sustentável, competente e comprometida com a qualidade do produto que atenda às
questões sociais e ambientais”, explica o diretor de Marketing da
ABA, Felipe Moura.
Atualmente, as receitas geradas
com a exportação de carne, próximas a US$ 5 bilhões, movimentam
a economia de milhares de cidades
em todo o país. Porém, os casos de
sucesso protagonizados pelos pecuaristas brasileiros não foram devidamente contados. “É justamente
nessa questão que a Angus terá participação efetiva, resgatando parte dessa memória e apresentando
de forma transparente as melhores
práticas do setor que representa”,
diz a coordenadora de Marketing
da ABIEC, Monique Morata.
A Associação Brasileira de Angus irá
colaborar com dados, imagens e estatísticas sobre a raça, dando apoio
institucional à ABIEC, participando
do comitê de debates e sendo fonte
de pesquisa na construção da campanha Pecuária Brasil.
ENERGIA
Energia renovável
é a bola da vez
Apesar da desaceleração econômica global, dos cortes nos incentivos
fiscais e dos baixos preços em vigor
no mercado de gás natural, o setor
de energia renovável vem mantendo uma boa performance. O investimento em 2010 chegou a US$ 211 bilhões, e a participação das renováveis
foi de 16% no fornecimento global de
energia e cerca de 20% apenas na geração de energia elétrica.
O governo irá autorizar a
subvenção prevista quando
o crédito rural se destinar ao
financiamento dos equipamentos
de captação de energia solar
Segundo o estudo “Renováveis 21:
Relatório da Situação Global”, a geração de energia solar global duplicou no ano passado em comparação com 2009, graças a programas
governamentais de incentivo e à
queda contínua no preço da energia fotovoltaica, dispositivo utilizado para converter a energia da luz
em elétrica. “O desempenho global
de energia renovável tem sido uma
constante positiva nestes tempos
turbulentos”, afirma o presidente da Comissão de Coordenação
REN21, Mohamed El-Ashry. “Hoje, as pessoas, mais do que nunca,
usam energia derivada de fontes renováveis, enquanto a capacidade de
fornecimento continua a crescer, os
preços continuam a cair, e a participação na energia global aumenta.”
No início deste ano, pelo menos 119
países tiveram algum tipo de meta de
política de apoio às renováveis em nível nacional. Há seis anos, eram apenas 55 os países com políticas para o
setor e, agora, mais da metade está
no mundo em desenvolvimento, onde a demanda por energia será maior
nos próximos anos.
Brasil é top em
investimentos
De acordo com a Consultoria Ernst & Young, que publica trimestralmente um
ranking com os 35 países
mais atrativos para investimentos relacionados a
energias renováveis, após
oito anos, o Brasil entrou para a lista dos top 15. A expansão da energia eólica foi decisiva para que o país subisse quatro posições no último
trimestre, da 16ª para a 12ª.
Em movimento inverso, os demais
países mais bem classificados apresentaram uma ligeira queda em seus
índices, reflexo da redução de incentivos e restrição de acesso ao
capital para projetos desta natureza. Ainda assim, o estudo prevê que
eventos globais recentes, como o
tsunami e o desastre nuclear no Japão, e as sucessivas turbulências políticas no Oriente Médio e norte da
África servirão de estímulo para que
os países ampliem o uso de energias
renováveis em seu portfólio.
A China manteve a primeira posição no ranking, muito em função de
seus projetos de geração de energia eólica em águas marítimas rasas. Com uma série de projetos de
energia solar em andamento e boas perspectivas para este setor, os
Estados Unidos permaneceram no
segundo lugar, enquanto que a Índia se posicionou em terceiro lugar.
Segurança climática
Até 2050, as energias renováveis podem representar 80% da demanda
energética mundial. No melhor cenário, seria possível reduzir significativamente o perigo de mudança
climática catastrófica. Essa é a conclusão do Relatório Especial sobre
Fontes de Energia Renovável e Mitigação da Mudança Climática, elaborado pelo Painel Intergovernamental
sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas (IPCC).
O documento aponta seis fontes de
energia renovável, mas as que ganham
destaque são a eólica e a solar. Em
2008 e 2009, essas duas fontes responderam por metade da nova capacidade
de geração instalada no mundo. Com
relação a 2010, o IPCC ainda não analisou todos os dados, mas os já disponíveis mostram que a capacidade instalada de fontes eólica e solar cresceu
muito e continuou a crescer no primeiro trimestre deste ano.
O cenário mais otimista indica que as
seis fontes de energia renovável (bioenergia, energia solar direta, geotérmica, hidrelétrica, energia dos oceanos,
eólica) podem responder por 77% da
demanda mundial total até 2050. O
crescimento da participação das energias renováveis no mercado será tanto maior quanto mais forem objeto de
políticas públicas. Mas, mesmo sem a
intervenção governamental, seu crescimento seria significativo.
O relatório aponta, ainda, que as
energias renováveis contribuirão mais
para o suprimento de energia de baixo carbono do que a nuclear ou as
energias fósseis usando captura e armazenagem de carbono. Se as seis
renováveis destacadas contribuírem
com perto de 80% da geração de baixo carbono, ainda restaria a contribuição da energia nuclear, o que poderia
elevar esse percentual para 85% ou
90%. Os outros 10% poderiam ser
facilmente atendidos com gás natural, eliminando, tecnicamente, a necessidade de recorrer ao carvão ou
ao óleo para geração de eletricidade.
A aceleração do uso de energias renováveis ainda representará um desafio importante tanto no campo tecnológico quanto no âmbito institucional,
mas não há obstáculos técnicos ou
científicos para que ocorra. O principal problema, na verdade, é a integração dessas energias aos sistemas existentes de suprimento. Esse processo
de substituição da matriz energética
de alto carbono por matrizes de baixo
carbono representa uma importante
mudança nos conceitos de energia. O
Brasil saiu de matrizes com uma fonte dominante para matrizes diversificadas, compostas por várias fontes diferentes de energia e ciclos distintos
de geração. As matrizes se manterão
diferenciadas regionalmente, com base na disponibilidade das várias fontes
renováveis e das tecnologias que permitem seu uso eficiente. Na visão do
IPCC, uma combinação bem feita de
políticas públicas e investimentos em
pesquisa e desenvolvimento pode reduzir os custos de transição para as
novas tecnologias.
Crédito rural
condicionado ao
uso de energia solar
Tramita na Câmara dos Deputados
um projeto de Lei (PL 472/ 11), do
deputado Inocêncio de Oliveira (PR/
PE), que condiciona a concessão de
crédito rural na modalidade de investimento à instalação de sistemas
de aquecimento ou de geração de
energia elétrica por energia solar.
Pela proposta, a condição valerá para os créditos concedidos pelo Sistema Nacional de Crédito Rural nos
casos em que as operações financiadas prevejam o uso de água aquecida
ou de energia elétrica. O governo irá
autorizar a subvenção prevista quando o crédito rural se destinar ao financiamento dos equipamentos de captação de energia solar.
O projeto exemplifica alguns objetos
de financiamento cuja aprovação estará submetida à previsão de instalação de sistemas de captação de energia solar: construção, ampliação ou
reforma de agroindústria, silos, armazéns, casas de moradia, alojamentos rurais e criatórios de animais.
Ficam excluídos da condição apenas
os estabelecimentos que já tenham
instalados sistemas de aquecimento
de água ou geração de energia elétrica com fontes de alternativas de energia e os estabelecimentos localizados
em regiões em que a aquisição do sistema de captação de energia solar gere, comprovadamente, desvantagem
econômica ao produtor rural.
Inocêncio de Oliveira acredita que a
medida deverá diminuir a demanda
por geração de energia elétrica pelas
usinas hidrelétricas. “Há que se buscar formas alternativas de manutenção do crescimento econômico, com
menor impacto ambiental e custo reduzido”, argumenta o deputado.
O projeto autoriza, ainda, a extensão dessa condição de financiamento para a aquisição de máquinas e
equipamentos agrícolas estacionários ou de equipamentos de irrigação. Nesses casos, caberá ao governo decidir o melhor momento para
implementar a nova regra.
“Como ainda não há tecnologia disseminada de captação de grande
força elétrica por meio da energia
solar, caberá ao Executivo, na medida em que julgue possível, decidir
por essa vinculação específica”, afirma Inocêncio.
CENÁRIO
Canola é alternativa para
aproveitar áreas ociosas
da safra de inverno
Até 1974 não se falava em canola no
Brasil, mas depois das primeiras experiências e dos bons resultados, a
Região Sul decidiu evitar os elevados
prejuízos causados pela falta de rotação de culturas em suas propriedades – reduções de mais de 60%
no rendimento de trigo cultivado
sobre trigo. Hoje, o Rio Grande do
Sul é o maior produtor de canola do
país e, nesta safra, já houve um incremento de 41% em relação à passada. Dos 42 mil hectares cultivados
em 2010, passou para 59,1 mil neste ano. Em solo gaúcho, a área semeada aumentou 29%, saltando de
26 mil hectares para 33,5 mil. No
Paraná, que desponta em segunda
posição no cultivo, houve o crescimento mais expressivo, chegando a
67%, ao aumentar a área semeada
de 12.840 hctares para 21,5 mil.
A canola se apresenta como uma das
melhores alternativas para diversificação de culturas de inverno e geração de renda pela produção de
grãos. Se plantada em rotação com
o trigo, diminui as perdas de rendimento e de comprometimento da
qualidade dos grãos causadas por
doenças, além de reduzir a ocorrência de plantas invasoras. Com isso, o produtor pode ter um aumento
de até 20% na sua colheita de trigo,
além de diminuir seus gastos com o
uso de fungicidas. Mais: o país não
precisa derrubar árvores nem converter áreas de pastagem para produção de grãos. Há uma enorme
extensão de terra, onde se pode
produzir a semente com rendimentos competitivos e economicamente
viáveis, empregando as mesmas máquinas semeadoras e colheitadeiras,
os mesmos trabalhadores e a infraestrutura de armazenagem, que ficam
ociosos fora do período de verão.
nos estados do Sul, evitando-se assim a importação do óleo e derivados. A disponibilidade de um conjunto de tecnologias de produção
e de sementes híbridas da mais alta
qualidade e resistência às principais
doenças – dispensa a aplicação de
fungicidas –, o zoneamento agrícola, o financiamento agrícola com seguro pelo Programa de Garantia da
Atividade Agropecuária (Proagro) e
por empresas particulares e a garantia de compra e a assistência técnica
favorecem muito a produção.
Produto de fácil negociação e com
preço equiparado ao da soja, a canola responde por 16% da produção e consumo de óleos vegetais
no mundo, atrás da palma de óleo
(34%) e da soja (33%). O óleo possui elevada quantidade de Ômega-3,
vitamina E e o menor teor de gordura saturada de todos os óleos vegetais. Já o farelo possui 34 a 38%
de proteínas, sendo um excelente
suplemento proteico na formulação
de rações para bovinos, suínos, ovinos e aves.
No momento, a principal dificuldade para ampliar a produção no
país é o fato de os produtores ainda
não terem se dado conta da oportunidade para o cultivo de canola em substituição ao pousio ou à
subutilização das terras no inverno.
A dimensão da oportunidade pode ser exemplificada pelo cultivo
de aproximadamente 5 milhões de
hectares com soja e milho no verão e menos de um milhão de hectares de trigo a cada inverno no
Rio Grande do Sul. De forma semelhante, na região Centro-Oeste milhões de hectares que poderiam produzir canola ficam ociosos
no período de safrinha.
Como a produção mundial deste tipo de óleo vem crescendo nos últimos anos, a demanda do Brasil
já está sendo suprida pelo cultivo
Semente é
importante até na
produção de biodiesel
Outro benefício para os produtores de canola é a produção de biodiesel. O Brasil possui grande capacidade industrial ociosa para a
produção de biodiesel, a qual permitiria a expansão em larga escala
visando a uma produção para exportação. A exigência de qualidade para a exportação à Europa, que
não seria atingida pelo biodiesel de
sebo ou de soja, pode ser atendida empregando o óleo de canola,
matéria-prima de referência do padrão de biodiesel europeu.
Uma das principais empresas que
investem na produção de canola é
a BSBIOS (Passo Fundo), e por uma
série de motivos. “A canola, concebida como a ‘soja de inverno’, encontra no sul do Brasil uma condição própria para cultivo, tanto em
relação ao clima quanto às condições de precipitação e fertilidade do
solo, encaixando-se no sistema produtivo, além de haver mercado para subprodutos, como o farelo. Ela
ainda se destaca por ser uma cultura
rotacional de inverno, por representar uma alternativa viável do ponto
de vista econômico, tecnológico e
social e por proporcionar uma complementação na oferta de matériaprima na produção de biodiesel”,
afirma o presidente da Associação
Brasileira da Canola (ABrasCanola),
Erasmo Carlos Battistella.
A diversificação de culturas, especialmente com a canola, permite uma
complementaridade de matérias-primas para a produção de biodiesel, já
que são cultivadas em períodos que
se complementam perfeitamente
durante o ano: soja produzida no verão e canola no inverno.
A canola,
concebida
como a ‘soja
de inverno’,
encontra no
sul do Brasil
uma condição
própria para
cultivo
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o país se tornou o segundo maior produtor
mundial de biodiesel em 2010 e, recentemente, o maior mercado consumidor. As usinas brasileiras produziram 2,4 bilhões de litros de
biodiesel no ano passado, apenas
7,7% a menos que os 2,6 bilhões
produzidos pela Alemanha no mesmo período. A Argentina ficou com
a terceira colocação no ranking com
uma produção de 2,1 bilhões.
Em parte, os bons resultados no
segmento de biodiesel
el no Brasil podem ser explicados pela demanda
doméstica de óleo diesel
esel que
vem se mantendo aqueciqueciueda
da, frente a uma queda
o.
no consumo alemão.
Considerando apenas o período entre janeiro e abril,
os brasileiros consumiram 786 milhõess
sel
de litros de biodiesel
contra 762 milhões dee
litros dos alemães.
Redução das
importações
A utilização do B10 no Brasil, mistura de 10% de biodiesel ao diesel convencional, poderia possibilitar a redução das importações de
diesel fóssil em cerca de 30%, diminuindo o impacto negativo na balança comercial brasileira. Em 2010, a
importação de diesel representou
25% de todo o déficit da balança.
No ano passado, o Brasil importou
cerca de 9 bilhões de litros de diesel,
um aumento de mais de 150% em relação aos 3,5 bilhões de litros importados em 2009. Segundo estudo da
Fundação Getulio Vargas, com o aumento da mistura de B5 para B10, o
país reduzirá em muito a necessidade
de importação de diesel convencional.
Apenas em 2010, o Brasil evitou a importação de 2,5 bilhões de litros de
diesel com a adoção do B5, já em vigor
em solo nacional. Se o teor da mistura
for ampliado para o B10, o país deixará
de importar cerca de cinco bilhões de
litros daquele combustível fóssil, reduzindo o déficit atual decorrente da
importação de diesel, recorde no ano
passado, e observando reflexos diretos nas contas nacionais no balanço de
pagamentos.
DIVULGAÇÃO
CENÁRIO
Setor de máquinas:
muita cautela nesta hora
O setor chega
à Expointer
apenas com
a expectativa
de repetir os
números da
edição passada
42
O setor de máquinas e implementos agrícolas chega à Expointer sem muitas esperanças, apenas
com a expectativa de repetir os
números da edição passada, que
chegou a quase R$ 830 milhões.
“Eu sou realista, não adianta jogar para torcida. No ano passado,
houve uma correria para aproveitar o término do prazo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), o que fez com que muitos
antecipassem suas compras. Se
chegarmos a R$ 830 milhões, está
bom. Se ultrapassarmos esse valor,
melhor ainda”, diz Claudio Bier,
presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos
Agrícolas do Rio Grande do Sul
(Simers).
De acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas internas de máquinas agrícolas em
julho passaram de 5,6 mil unidades, 12,8% a menos do que o mesmo período do ano passado. A
produção também teve uma queda
de mais de 21%, com 6.673 unidades. Já as exportações apresentaram crescimento superior a 37%,
passando de US$ 270 milhões.
Representantes da entidade afirmam que o setor registrou um forte avanço no mercado interno em
2010. Aproveitando os preços favoráveis das commodities, os produtores investiram em tecnologia
e na compra de maquinários. Neste ano, apesar da continuidade do
bom momento, a expectativa é de
uma acomodação. As vendas externas de máquinas agrícolas somaram
US$ 270,293 bilhões, alta de 37,7%
na comparação anual e expansão de
15,1% na mensal.
No início de agosto, o governo
anunciou a prorrogação do PSI até
dezembro de 2012. Com um orçamento de R$ 75 bilhões, serão mantidos os focos em produtos de bens
de capital, inovação, exportação e
pró-caminhoneiro. Serão incluídos,
A partir deste Plano Safra da
Agricultura Familiar, projetos de
até R$ 10 mil que se enquadram
no programa passam a ter juros
de 1% ao ano
ainda, componentes e serviços técnicos especializados e equipamentos de Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs), ônibus híbridos, Proengenharia e Linha Inovação Produção.
Há também boas
notícias para o setor
Durante a Feira, deverão ser assinados os primeiros contratos para exportação de tratores para a
África. As vendas só foram possíveis graças a um programa que o
Simers e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estão
desenvolvendo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que
terá à frente o ex-ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome do Governo Lula, José Graziano. Através
do Mais Alimentos Global, como
o programa vem sendo chamado,
Claudio Bier acredita que o setor
irá faturar em torno de US$ 200
milhões com encomendas para
países africanos.
Mais Alimentos até 2014
O Programa Mais Alimentos continuará até o final de
2014. É o que prevê o acordo firmado entre o MDA,
o Simers e a Anfavea. O programa foi criado em 2008,
como estratégia para estimular a modernização produtiva das unidades familiares. Desde então, financiou
em todo o país a comercialização de mais de 40 mil
tratores, 2,6 mil caminhões e 160 colheitadeiras.
O Mais Alimentos atende a projetos individuais (até
R$ 130 mil) e coletivos (até R$ 500 mil), com juros de
2% ao ano, até três anos de carência e prazo de pagamento do empréstimo de até dez anos. A partir deste Plano Safra da Agricultura Familiar, projetos de até
R$ 10 mil enquadrados no Programa passam a ter juros
de 1% ao ano. O programa também fortaleceu a indústria nacional. Os Acordos de Cooperação Técnica com
a indústria determinam que os equipamentos financiados (cerca de 4.200) devem se enquadrar aos critérios
de nacionalização da produção industrial do governo federal. Esses critérios determinam que, para ser considerado de fabricação nacional, um produto precisa dispor de conteúdo com pelo menos 60%, em peso e
valor, de seus componentes produzidos no Brasil.
ARTIGO
Em defesa de um novo
marco regulatório para
produção de biodiesel
Por Odacir Klein*
Pode parecer paradoxal, mas a garantia de matéria-prima para a produção de biodiesel com óleo de soja
estimula o plantio de canola e outras
oleaginosas. Não fosse a disponibilidade de soja, não haveria volume
físico para garantir a mistura obrigatória de 5% de biodiesel ao óleo
diesel consumido no país – B5.
O Programa Nacional de Produção
e Uso de Biodiesel (PNPB) brasileiro resultou de sábia decisão governamental ao estabelecer que o mesmo seria ensejador de inclusão social
e desenvolvimento regional. Tal objetivo vem sendo atingido, pois o fato de os leilões para aquisição de
biodiesel exigirem que o volume de
80% seja resultante de empresas detentoras de selo combus
combustível social
faz com que haja
haj aplicação
de recursos na agricultura familiar
familiar, com projetos aprovados
aprov
pelo
Ministério de Desenvolvimento
volviment Agrário
e conseq
consequente estímulo à produção
de outras o
oleaginosas
além da soja.
soj
Não houvesse a disponibilidade do
óleo de soja, seria impossível iniciar
o programa, pois demandaria muito
tempo ter outras matérias-primas.
Desta forma, a existência de soja garantiu o PNPB e o estímulo ao plantio de outras oleaginosas. O caso da
canola, de cujo plantio o Rio Grande do Sul vem sendo exemplo, é
uma demonstração eloquente disso.
No entanto, outros grãos estão sendo plantados. É o caso de girassol,
em algumas áreas geográficas do
país, de palma em outras, de crambe em terceiras, bem como de outras que surgirão.
Poderão dizer que óleos de canola, girassol e palma (dendê) têm valor comercial significativamente superior ao da soja. Que isso também
ocorre com a mamona, cujo valor,
para efeitos industriais, é expressivo.
Pode parecer que tais matérias-primas sejam inviáveis para a produção
de biodiesel em função de seus preços. Contudo, ao aumentar-se o volume de óleos que podem ter fins
alimentícios, farmacêuticos ou para
outras linhas industriais, além da possível utilização para biodiesel, estarse-á aumentando a oferta do conjunto oleaginoso no mercado nacional.
DIVULGAÇÃO
No momento em que houver escala, essas novas matérias-primas podem competir, em termos de preço,
com a soja. Entretanto, mesmo que
tal não ocorresse, o aumento do volume físico estaria representando
substancial oferta, com o que haveria a tendência de diminuição nos
preços. A Fundação Getulio Vargas,
em trabalho patrocinado pela União
Brasileira do Biodiesel (Ubrabio),
demonstrou que, graças ao PNPB,
houve estímulo concreto a mais de
100 mil agricultores familiares.
Diante disso, fica claro que é necessária a mudança do marco regulatório para o aumento de mistura obrigatória, a fim de que continue
havendo o estímulo à busca de novas
matérias-primas e benefícios à agricultura familiar. Se permanecermos
na situação atual, com mistura represada de 5%, o programa estará estancado e não haverá espaço para a
busca de outras oleaginosas ou mesmo renda aos pequenos agricultores.
Ressalte-se, ainda, no caso da soja,
que 18% de seu volume é óleo, e
o restante transforma-se em farelo, alimentando aves e suínos, com
o que se estimula a produção brasileira de proteínas animais. O aumento da mistura obrigatória resultará na continuidade dos benefícios
até agora resultantes do PNPB.
*Presidente Executivo da União
Brasileira do Biodiesel (Ubrabio)
AGRICULTURA FAMILIAR
Fetag espera a presença de
8 mil agricultores familiares
A exemplo das outras edições da
maior feira da Agropecuária da
América Latina, em 2011, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag)
estará ao lado de mais de 125 setores da agroindústria, do artesanato,
da agricultura familiar e mostrando
experiências exitosas de escolas do
meio rural. A expectativa é de que
mais de 8 mil agricultores familiares
cheguem à 34ª Expointer em busca
de conhecimento, de novas tecnologias ou simplesmente para visitar
os pavilhões. O importante é estar
no mercado.
Nesta entrevista, o presidente da
entidade, Elton Weber, e seu assessor de Política Agrícola, Airton
Hochscheid, falam das perspectivas para o setor e os obstáculos enfrentados no campo, principalmente
com relação aos laticínios.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
VOTO – Qual é a expectativa da
Fetag para a 34ª Expointer?
Elton Weber – A nossa expectativa
é de que a 34ª edição da Expointer
seja ainda mais incentivadora para a
superação dos números de vendas
e negociação com relação aos anos
anteriores. A cada nova edição, a
presença das agroindústrias familiares e dos artesãos ligados à Fetag
tem mostrado muita competência
e extrema qualidade na produção
de uma diversidade de alimentos e
artesanatos.
45
A entidade estará presente no Pavilhão da Agricultura Familiar com seu
estande institucional, bem como organizando e apoiando a presença de
agroindústrias e artesanatos da agricultura familiar e experiências de
educação no meio rural, além de
preparar as caravanas
aravanas de agricultores através dos
os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais
urais filiados, para que
possam visitarr a Feira e abrilhantar
ainda mais o evento.
VOTO – Quais
ais são as oportunidades que a Expointer abre para
a agricultura
a familiar?
Airton Hochscheid
hscheid – A Fetag e
os sindicatos dos Trabalhadores
e Trabalhadoras
ras Rurais têm
como bandeira
ira de luência do
ta a permanência
agricultor no campo
com qualidade de vida e garantia
de renda. Entre as formas de garantir renda, está a agregação de
valor ao produto primário. Nesse sentido, incentiva a atividade
agroindustrial, bem como as formas associativas para viabilizar
a comercialização dos produtos
sem necessidade de atravessador.
Portanto, entendemos que participar da Expointer é uma alternativa estratégica de desenvolvimento
não só das agroindústrias que estarão expondo seus produtos, mas
para todos os agricultores que visitarem o evento, sendo um espaço
ideal par
para demonstração de produtos, té
técnicas e serviços concentrados nnum único espaço.
As oport
oportunidades são ilimitadas, por
se tratar de um espaço importante
do ponto de vista econômico, que
proporci
proporciona para o agricultor/expositor (agr
(agroindústrias familiares) realizar ven
venda direta para o consumidor, além de abrir novos canais de
comercialização, novos contatos
comercia
comercia
comerciais, trocas de experiências,
agregaçã
agregação de valor aos produtos
agroindu
agroindustrializados e artesanais,
podendo falar onde e de que forma os produtos são produzidos,
Airton Hochscheid
quais suas particularidades, o que os
diferencia de outros, o que os torna
mais saborosos, propiciando, desta
forma, negociar diretamente com o
consumidor final.
É onde podemos demonstrar todo
o potencial e a diversificação que
está acontecendo em nosso Estado,
agregando renda e qualidade de vida às famílias rurais, representando
cada vez mais afirmação política da
agricultura familiar, pois será mais
uma prova da capacidade da agricultura familiar produzir alimentos de
qualidade para população.
VOTO – Como está a situação
da agricultura familiar no Rio
Grande do Sul com relação às
importações de leite?
Elton Weber – A importação de
leite tem sido uma das principais
ameaças à produção gaúcha, pois
configura uma prática danosa à
produção nacional, principalmente
se considerarmos a concorrência
desleal do produto importado com
a produção local, devido ao custo
de produção nos países do Mercosul ser mais baixo.
No decorrer de 2010, as
importações brasileiras
de produtos somaram
US$ 461,592 milhões. Em 2011,
apenas no período de janeiro
a maio, o montante somou
US$ 306,612 milhões
em importações
No decorrer do ano de 2010, as
importações brasileiras de produtos somaram US$ 461,592 milhões. Em 2011, apenas no período
de janeiro a maio, o montante somou US$ 306,612 milhões em importações, o que demonstra que,
seguindo nesse patamar, fecharemos o ano com um aumento significativo nas importações de produtos lácteos.
Do total de p
produtos lácteos importados pelo Br
Brasil, 31,3% são oriundos do Uruguai
Urugu e 56,5% da Argentina, produto
produtos estes que geralmente
ingressam pe
pela fronteira do RS.
VOTO – E q
quais são os desafios
atuais do ag
agronegócio brasileiro
e gaúcho?
Airton Hoch
Hochscheid – São inúmeros, mas pos
posso citar aqui a necessidade de dim
diminuir o custo de produção; reso
resolver os problemas de
logística e armazenagem; a ampliação dos trabalhos de pesquisa a campo, como forma
de ap
aperfeiçoar os recursos
Elton Weber
disponíveis; a implementação de
uma política de preços mínimos,
que garanta os custos de produção
e uma margem de lucratividade; estabelecer uma política de proteção
do mercado interno da concorrência desigual com os produtos importados; a desoneração da carga fiscal
da agricultura; e, principalmente, a
necessidade de compatibilizar desenvolvimento agrícola com proteção ambiental.
VOTO – Existe no âmbito da Fetag algum projeto para, além de
fortalecer a agricultura familiar,
manter os filhos dos agricultores
no campo?
Elton Weber – Dentre as principais políticas públicas de apoio à
agricultura familiar, destacamos o
Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar), o PGPAF (Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar), o Proagro-Mais
(Programa de Seguro Agrícola), a
Habitação Rural e o Crédito Fundiário.
A SEMANA NA 34ª EXPOINTER - Confira a programação nos sete dias de Feira
DIA 27 DE AGOSTO - SÁBADO
➧ Concurso Freio de Ouro: Prova de Campo e
Mangueira
• Local: Pista 18
09h ➧ Abertura da Expointer 2011 ao Público
➧ Julgamento de Classificação de Equinos:
Mangalarga Marchador
• Local: Pistas 3 e 4
➧ Julgamento de Classificação de Equinos:
Mangalarga
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Demonstração de Cães Adestrados
• Local: Pistas 8 e 9
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Árabe
• Local: Pistas 6 e 7
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano
• Local: Pista 1
➧ Provas Funcionais de Equinos: Quarto de Milha
• Local: Pista de Provas 1
11h ➧ Divulgação dos Vencedores do Prêmio Gerdau Melhores da Terra
• Promoção: Gerdau e Secretaria da Agricultura,
Pecuária e Agronegócio
• Local: Auditório da Administração do Parque
Assis Brasil
14h ➧ Julgamento de Chinchilas
• Local: Auditório da Federacite
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Árabe
• Local: Pistas 6 e 7
➧ Julgamento de Classificação de Equinos:
Mangalarga Marchador
Local: Pistas 3 e 4
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano
• Local: Pista 1
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Demonstrações e Provas de Cães de Pastoreio da
Raça Border Collie
• Local: Pistas 8 e 9
14h30 ➧ Abertura do II Seminário Técnico da NUPEEC
- Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em
Pecuária/UFPel
• Local: Auditório da Administração do Parque
Assis Brasil
14h40 ➧ II Seminário Técnico da NUPEEC
• Palestra: Importância da Nutrição no Período
de Transição de Vacas Leiteiras Sob a Ótica
Genômica.
• Palestrante: Ph.D. Prof. Juan J. Loor
Promoção: NUPEEC/UFPel
• Local: Auditório da Administração do Parque
Assis Brasil
15h ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Novilhos
Devon
Local: Pista 20
15h40 ➧ II Seminário Técnico da NUPEEC
• Palestra: Perspectivas da Cadeia Produtiva do
Leite no Brasil e no Mundo
• Palestrante: Rafael Ribeiro de Lima Filho
• Promoção: NUPEEC/UFPel
• Local: Auditório da Administração do Parque
Assis Brasil
17h ➧ II Seminário Técnico da NUPEEC
• Palestra: Transtornos Metabólicos no Peri-Partos
de Vacas e Seus Impactos na Reprodução
• Palestrante: Ph.D. Prof. W. Ronald Butler
• Promoção: NUPEEC/UFPel
• Local: Auditório da Administração do Parque
Assis Brasil
➧ Demonstrações e Provas de Cães de Pastoreio da
Raça Border Collie
• Local: Pistas 8 e 9
20h ➧ Leilão: Equinos Mangalarga
• Local: Pista B
➧ Leilão: Remate Santa Angélica
• Local: Pista J
08h
48
DIA 28 DE AGOSTO – DOMINGO
08h
09h
10h
14h
17h
20h
➧ Concurso Freio de Ouro: Final do Campeonato
de Rédeas - Categoria Aberta
• Local: Pista 18
➧ Demonstrações de Cães de Pastoreio da Raça
Border Collie
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Suffolk
• Local: Pista 13
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Gir, Gir
Leiteiro e Gir Mocho
• Local: Pista 8
➧ Julgamento de Classificação de Equinos:
Mangalarga Marchador
• Local: Pistas 3 e 4
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel
• Local: Pista 12
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Concurso Leiteiro da Raça Jersey
• Local: Estande da Raça
➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa
• Local: Pista de Provas 1
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano
• Local: Pista 7
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Árabe
• Local: Pista 1
➧ Abertura Oficial do Pavilhão da Agricultura Familiar
Local: Pavilhão da Agricultura Familiar - Q.22
➧ Concurso Freio de Ouro: Prova de Mangueira Etapa Final do Concurso
• Local: Pista 18
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa
• Local: Pista de Provas 1
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel
• Local: Pista 12
➧ Demonstrações de Cães de Pastoreio da Raça
Border Collie
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Suffolk
• Local: Pista 13
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano
• Local: Pista 7
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Poll Dorset
• Local: Pista 10
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus
• Local: Pista 20
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Santa Inês
• Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Gir, Gir
Leiteiro e Gir Mocho
• Local: Pista 8
➧ Concurso Leiteiro da Raça Jersey
• Local: Estande da Raça
➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa
• Local: Pista de Provas 1
➧ Concurso Freio de Ouro: Prova Bayard
• Local: Pista 18
➧ Concurso de Gado Leiteiro da Raça Jersey
• Local: Estande da Raça
➧ Concurso Freio de Ouro: Prova de Campo - Finalistas
• Local: Pista 18
➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa
• Local: Pista de Provas 1
➧ Leilão “Carapuça” de Equinos: Crioulo
• Local: Pista J
09h
10h
14h
17h
DIA 29 DE AGOSTO - SEGUNDA-FEIRA
08h30 ➧ Julgamento de Classificação: Cavalo Crioulo
• Local: Pista 18
09h ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Brangus
• Local: Pista 6
➧ Julgamento de Classificação de Búfalos: Mediterrâneo
• Local: Pista 1
➧ Provas Funcionais Inter Raças: Baliza e Tambor
• Local: Pista de Provas 1
18h
19h
➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Brahman
• Local: Pista 2
➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey
• Local: Estande da Raça
➧ Leilão de Caprinos: Boer
• Local: Estande da Raça
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Fleckvieh
• Local: Pista 4
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Limousin
• Local: Pista 5
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Morgan
e Percheron
• Local: Pista 14
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Mangalarga
• Local: Pista B
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Suffolk
• Local: Pista 13
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel
• Local: Pista 12
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Crioula
• Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Corriedale
• Local: Pista 10
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Shorthorn
• Local: Pista 3
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Pardo
Suiço de Corte e Leite
• Local: Pista 7
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus
(Rústicos)
• Local: Pista 20
➧ Julgamento de Classificação de Búfalos: Murrah
• Local: Pista 1
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Merino
Australiano
• Local: Pista 13
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Karakul e
Bergamacia
• Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Corriedale
• Local: Pista 10
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Caracu
• Local: Pista 7
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel
• Local: Pista 12
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Brangus
• Local: Pista 6
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Braford
• Local: Pista 5
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Crioulo
• Local: Pista 18
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Fleckvieh
• Local: Pista 4
➧ Leilão de Bovinos: Angus (Rústicos)
• Local: Pista J
➧ Provas Funcionais Equinas: Paint Horse
• Local: Pista de Provas 1
➧ Provas de Equinos: Árabe
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey
• Local: Estande da Raça
➧ Leilão de Caprinos: Boer
• Local: Estande da Raça
➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Brahman
• Local: Pista 2
➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey
• Local: Estande da Raça
➧ Julgamento de Classificação de Búfalos: Jafarabadi
• Local: Pista 1
➧ Provas Funcionais Equinas: Paint Horse
• Local: Pista de Provas 1
➧ Provas de Equinos: Árabe
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Leilão de Ovinos: Merino
• Local: Pista B
➧ Entrega do Prêmio: O Futuro da Terra
Promoção: Jornal do Comércio e FAPERGS
• Local: Auditório da Farsul
20h
➧ Leilão de Bovinos: Brangus
• Local: Estande da Raça
➧ Leilão de Ovinos: Poll Dorset
• Local: Pista A
➧ Leilão de Bovinos: Simbrasil
• Local: Pista B
➧ Jantar em Homenagem aos Peões de Estância
• Promoção: Governo do Estado e Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Agronegócio.
• Local: Churrascaria Casa do Gaúcho
➧ Leilão de Bovinos: Angus Rincon del Sarandy
• Local: Pista I
➧ Leilão “Infinito” de Equinos: Crioulos
• Local: Pista G
➧ Leilão de Ovinos: Crioula e Karakul
• Local: Pista C
14h
DIA 30 DE AGOSTO - TERÇA-FEIRA
08h30 ➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Crioulo
• Local: Pista 18
09h ➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel
• Local: Pista 12
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ideal
• Local: Pista 13
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Hereford
• Local: Pista 5
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Julgamento de Classificação de Suínos: Duroc
• Local: Pista 19
➧ Leilão de Caprinos: Saanen e Anglonubiana
• Local: Estande da Raça
➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: 6
Balizas Aberta e Infantil
• Local: Pista de Provas 1
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus
(Fêmeas)
• Local: Pistas 6 e 7
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Charolês
• Local: Pistas1 e 2
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos da Raça:
Hampshire Down
• Local: Pista 10
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ile de France
• Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação: Simental Fleckvieh
• Local: Pista 4
➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Nelore e
Nelore Mocho
• Local: Pista 3
➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey
• Local: Estande da Raça
09h30 ➧ Dia do Cunicultor - Palestra: Mercado da
Cunicultura, Organização da Cadeia e Políticas
para Desenvolvimento Setorial
• Palestrante: Claudio Duarte
• Promoção:Associação Científica Brasileira de
Cunicultura
• Local: Casa do Veterinário CRMV/RS - Q.45
10h45 ➧ Dia do Cunicultor - Palestra: Raças Potencialmente
Exploráveis e Estado Atual do Melhoramento
Genético de Coelhos do Brasil
• Palestrante: Profa. Dra. Ana Silvia Moura UNESP Botucatu
• Promoção: Associação Científica Brasileira de
Cunicultura
• Local: Casa do Veterinário CRMV/RS - Q.45
12h ➧ Dia do Cunicultor - Palestra: Atualização em
nutrição de coelhos
• Palestrante: Prof. Dr. Walter Motta Ferreira UFMG
• Promoção: Associação Científica Brasileira de
Cunicultura
• Local: Casa do Veterinário CRMV/RS - Q.45
14h ➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus
(Fêmeas)
Local: Pistas 6 e 7
17h
18h
20h
➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey
• Local: Estande da Raça
➧ Julgamento de Classificação de Suínos: Landrace
• Local: Pista 19
➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: 6
Balizas Aberta e Infantil
• Local: Pista de Provas 1
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Crioulo
• Local: Pista 18
➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga
• Local: Pista 14 e 15
➧ Leilão de Caprinos: Angorá
• Local: Estande da Raça
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Hampshire
Down
• Local: Pista 10
➧ Dia do Cunicultor - Painel: Panorama Geral das
Associações no Brasil
• Expositor: Associação Científica Brasileira de
Cunicultura, Cooperativa dos Produtores do
Noroeste do Paraná, Associação dos Produtores
de Brasília, Associação dos Produtores de São
Paulo e Associações de Produtores do Rio
Grande do Sul.
• Promoção: Associação Científica Brasileira de
Cunicultura.
• Local: Casa do Veterinário CRMV/RS - Q.45
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Charolês
• Local: Pistas 1 e 2
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Poll Hereford
• Local: Pista 5
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ideal
• Local: Pista 13
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Texel
• Local: Pista 12
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Simbrasil
e Red Poll
• Local: Pista 4
➧ Assembleia Geral Ordinária: Famurs - Federação das
Associações de Municípios do Rio Grande do Sul
• Local: Auditório da Administração do Parque
Assis Brasil
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ile de France
• Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Tabapuã
• Local: Pista 3
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Jersey
➧ Concurso Leiteiro das Raças: Holandês e Jersey
• Local: Estande da Raça
➧ Concurso de Equinos da Raça Crioulo: Final de
Rédeas
• Local: Pista 18
➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: 6
Balizas Aberta e Infantil
• Local: Pista de Provas 1
➧ Leilão de Ovinos: Corriedale
• Local: Pista A
➧ Leilão de Ovinos: Suffolk
• Local: Pista C
➧ Leilão: ver na folha
• Local: Pista G
➧ Leilão: Simental Fleckvieh
• Local: Pista B
➧ Concurso de Equinos da Raça Crioulo: Final de Rédeas
• Local: Pista 18
➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe:
6 Balizas Aberta e Infantil
• Local: Pista de Provas 1
DIA 31 DE AGOSTO - QUARTA-FEIRA
09h
➧ Abertura do Fórum Nacional de Entidades de
Zootecnistas - Tema: Marco Legal e Regulatório
para o Exercício Profissional.
• Local: Auditório da Administração do Parque
Assis Brasil
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Charolês
• Local: Pista 1
09h
12h
14h
17h
➧ Julgamento de Classificação de Zebus: Guzerá
• Local: Pista 3
➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa
• Local: Pista de Provas 1
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Pôneis
• Local: Pista 2
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Romney Marsh
• Local: Pista 10
➧ Julgamento de Classificação de Suínos: Landrace
e Large White
• Local: Pista 19
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Devon
(Fêmeas)
• Local: Pista 5
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Dorper e
White Dorper
• Local: Pista 13
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Hampshire
Down
• Local: Pista 12
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus
(Machos)
• Local: Pistas 6 e 7
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Holandês
• Local: Pista 8
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ile de
France
• Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação de Rústicos Hereford
e Braford
• Local: Pista 20
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Lusitano
e Árabe
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Entrega de Prêmios: Troféu Gerdau Melhores da Terra.
• Promoção: Gerdau e Secretaria da Agricultura,
Pecuária e Agronegócio.
• Local: Siderúrgica Riograndense (Sapucaia do Sul)
➧ Leilão de Ovinos: Hampshire Down
• Local: Pista A
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Devon
(Machos)
• Local: Pista 5
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Santa
Gertrudis
• Local: Pista 4
➧ Fórum Nacional de Entidades de Zootecnistas Tema: Marco Legal e Regulatório para o Exercício
Profissional.
• Local: Auditório da Administração do Parque
Assis Brasil
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Pôneis
• Local: Pista 2
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Angus
(Machos)
• Local: Pista 6 e 7
➧ Julgamento de Classificação de Suínos: Large
White
• Local: Pista 19
➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa
• Local: Pista de Provas 1
➧ Julgamento de Classificação de Ovinos: Ile de France
• Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação de Rústicos Hereford
e Braford
• Local: Pista 20
➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga
• Local: Pista 14 e 15
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Charolês
• Local: Pista 1
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Jersey
➧ Leilão de Ovinos: Texel
• Local: Pista C
➧ Leilão de Ovinos: Ideal
• Local: Pista A
➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa
• Local: Pista de Provas 1
➧ Leilão de Rústicos Hereford e Braford
• Local: Pista J
49
17h
19h
20h
➧ Remate “Catanduva Divas”: Angus
• Local: Pista I
➧ Leilão de Bovinos: Jersey
• Local: Pista D
➧ Leilão de Ovinos: Hampshire Down
• Local: Pista A
➧ Jantar com Prefeitos Municipais
• Promoção: Governo do Estado e Secretaria da
Agricultura, Pecuária e Agronegócio
• Local: Churrascaria Casa do Gaúcho
➧ Remate “Divas”: Crioulo
• Local: Pista G
➧ Leilão de Equinos: Quarto de Milha
• Local: Pista B
➧ Leilão de Bovinos: Charolês
• Local: Estande da Raça
➧ Provas Funcionais de Equinos: Appaloosa
• Local: Pista de Provas 1
➧ Leilão de Rústicos Hereford e Braford
• Local: Pista J
14h
15h
17h
20h
DIA 1 DE SETEMBRO - QUINTA-FEIRA
09h
13h
14h
50
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Holandês
• Local: Pista 8
➧ Provas de Ovinos da Raça Crioula - Final
Campereada
• Local: Pista 18
➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: Laço
e Team Penning
• Local: Pista de Provas 1
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Pônei
• Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Quarto
de Milha
• Local: Pista 6
➧ Julgamento de Classificação de Bovinos: Rústicos
Devon
• Local: Pista 20
➧ Leilão de Equinos: Pônei
• Local: Estande da Raça
➧ Provas Equinas da Raça Appaloosa
• Local: Pistas14 e 15
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Paint Horse
• Local: Pista 7
➧ Leilão de Bovinos: Rústicos Devon
• Local: Pista J
➧ Julgamento de Classificação de Equinos:
Appaloosa
• Local: Pista 7
➧ Leilão de Equinos: Pônei
• Local: Estande da Raça
➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: Laço
e Team Penning
• Local: Pista de Provas 1
➧ Concurso Jurado Jovem Hereford
• Local: Pista 5
➧ Provas de Ovinos da Raça Crioula - Final
Campereada
• Local: Pista 18
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Pônei
Local: Pista 11
➧ Julgamento de Classificação de Equinos: Quarto
de Milha
• Local: Pista 6
➧ Leilão de Bovinos: Holandês
• Local: Pista D
➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga
• Local: Pista 14 e 15
➧ Leilão de Ovinos: Ile de France
• Local: Pista A
➧ Provas de Ovinos da Raça Crioula - Final Campereada
• Local: Pista 18
➧ Leilão de Ovinos: Texel
• Local: Pista C
➧ Leilão de Embriões da Raça Hereford
• Local: Estande da Raça
➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça Árabe: Laço
e Team Penning
• Local: Pista de Provas 1
➧ Concurso Jurado Jovem Hereford
• Local: Pista 5
➧ Leilão de Bovinos: Charolês
• Local: Estande da Raça
➧ Leilão de Bubalinos
• Local: Pista B
➧ Provas de Ovinos da Raça Crioula - Final
Campereada
• Local: Pista 18
➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço
• Local: Pista de Provas 1
➧ Leilão de Equinos: Árabe
• Local: Pista I
14h
17h
20h
➧ Apresentações (livres) de Equinos da Raça
Lusitano
➧ Demonstrações e Provas de Cães de Pastoreio da
Raça Border Collie
• Local: Pistas 8 e 9
➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga: Moto X Cavalo
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Equinos Crioulo: Final Nacional do Movimento
La Rienda
• Local: Pista 18
➧ Leilão de Novilhas Selecionadas
• Local: Pista J
➧ Demonstrações e Provas de Cães de Pastoreio da
Raça Border Collie
• Local: Pistas 8 e 9
➧ Equinos Crioulo: Final Nacional do Movimento
La Rienda
• Local: Pista 18
➧ Leilão de Novilhas Selecionadas
• Local: Pista J
➧ Leilão de Novilhas Selecionadas
• Local: Pista J
➧ Equinos Crioulo: Final Nacional do Movimento
La Rienda
• Local: Pista 18
➧ Leilão de Equinos: Pônei
• Local: Pista B
DIA 2 DE SETEMBRO - SEXTA-FEIRA
➧ Provas Ovinas da Raça Crioula - Jovem
• Local: Pista 18
09h ➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço
• Local: Pista de Provas 1
➧ Provas Equinas da Raça Appaloosa
• Local: Pistas 14 e 15
10h ➧ Inauguração Oficial da Expointer 2011 - Desfile
dos Grandes Campeões. Entrega da Medalha
Assis Brasil.
• Local: Tribuna de Honra do Parque Assis Brasil
13h30 ➧ Provas Ovinas da Raça Crioula - Jovem
• Local: Pista 18
14h ➧ Provas Equinas da Raça Árabe
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço
• Local: Pista de Provas 1
17h ➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço
• Local: Pista de Provas 1
19h ➧ Leilão de Equinos: Pônei
• Local: Pista B
20h ➧ Leilão de Ovinos: Hampshire Down
• Local: Pista C
08h
DIA 4 DE SETEMBRO - DOMINGO
09h
14h
DIA 3 DE SETEMBRO - SÁBADO
08h30 ➧ Provas Funcionais de Equinos da Raça: Crioulo
• Local: Pista 18
09h ➧ Provas Equinas da Raça Mangalarga: Sela e Função
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Concurso Jurado Jovem da Raça Angus
• Local: Pista 4
➧ Provas Funcionais da Raça Quarto de Milha: Laço
• Local: Pista de Provas 1
➧ Julgamento de Classificação de Cães: Border
Collie - Dog School
• Local: Pistas 8 e 9
14h ➧ Concurso Jurado Jovem da Raça Angus
• Local: Pista 4
16h
17h
20h
➧ Provas Funcionais de Equinos Quarto de Milha:
3 Tambores
• Local: Pista de Provas 1
➧ Provas Equinas: Pônei
➧ Prova: Final de Campeonato Nacional de Paleteada
da Raça de Equinos Crioulo
• Local: Pista 18
➧ Provas Equinas da Raça Árabe
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Demonstrações de Cães da Raça Border Collie
- Dog School
• Local: Pistas 8 e 9
➧ Provas Equinas da Raça Árabe
• Local: Pistas 14 e 15
➧ Prova: Final de Campeonato Nacional de Paleteada
da Raça de Equinos Crioulo
• Local: Pista 18
➧ Provas Funcionais de Equinos Quarto de Milha:
3 Tambores
• Local: Pista de Provas 1
➧ Demonstrações de Cães da Raça Border Collie
- Dog School
• Local: Pistas 8 e 9
➧ Coletiva de Encerramento da Exponter 2011 à
Imprensa
• Local: Auditório da Central de Imprensa da
Expointer
➧ Prova: Final de Campeonato Nacional de Paleteada
da Raça de Equinos Crioulo
• Local: Pista 18
➧ Provas Funcionais de Equinos Quarto de Milha:
3 Tambores
• Local: Pista de Provas 1
➧ Provas Funcionais de Equinos Quarto de Milha:
3 Tambores
• Local: Pista de Provas 1