ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE LUVAS DE SEGURANÇA 1
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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE LUVAS DE SEGURANÇA 1
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE LUVAS DE SEGURANÇA 1. DAST nº 03/2001 – R6 6ª Revisão: 08/02/2010 OBJETIVO Esta especificação tem como objetivo estabelecer a sistemática para aquisição de luvas de proteção e definir as características técnicas dos diversos tipos, de acordo com os riscos das atividades existentes na Companhia. 2. DEFINIÇÃO Luva de proteção é um equipamento de proteção individual (EPI) destinado a proteger as mãos e punhos contra as lesões de acidentes a que os trabalhadores se expõem. 3. CLASSIFICAÇÃO DAS LUVAS 3.1. Quanto à proteção: a) física e mecânica - protege contra agentes físicos como abrasão, cortes, perfurações, calor, frio, radiações, etc. b) química - oferece proteção contra a ação de produtos químicos, quando em contato com as mãos, absorvidos pela pele, causam danos provenientes deste contato. 3.2. Quanto à estrutura: a) leves – luvas de grande flexibilidade, utilizadas em atividades que necessitem destas características b) médias – oferecem uma maleabilidade boa, embora utilizadas em atividades que necessitam de uma moderada proteção à abrasão, cortes, etc. c) pesadas – por serem mais espessas possuem pouca maleabilidade, dependendo do material em que são fabricadas, uma vez que necessitam de maior proteção contra o risco de cortes, abrasão, excesso de calor, etc. IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição 4. DESCRIÇÃO DAS LUVAS 4.1. LUVAS DE COURO As luvas não devem conter partes de couro de má qualidade. O couro deve estar isento de defeitos ou fibras soltas que possam reduzir gradualmente sua resistência. Não deve ser preparado de forma a ocultar imperfeições ou ser tratado com produtos químicos à base de ferro, e deve possuir grau de flexibilidade e resistência exigidas para as finalidades a que se destinam. A especificação exigida para o acabamento de couro deve ser obtida de um curtume idôneo, depois de analisado em laboratório técnico credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização, Qualidade - INMETRO, que fornecerá o certificado. As luvas não devem rachar quando dobradas com a flor do lado externo e terão que possuir boa resistência à abrasão, a cortes e ao calor. 4.2. LUVAS DE RASPA PARA TRABALHOS COM SOLDA Confeccionada integralmente em raspa Grupon ao cromo; não apresentar cortes ou furos no couro, partes do couro divergindo em espessura e qualidade, deverão ser flexíveis e macias e não podem apresentar partes deformadas, nem costuras abertas ou irregulares. Ter espessura de 1,5 mm a 2mm; modelo Gunn ou Montpelier; união da face palmar com a dorsal por meio de costura interna; com linha em fio de nylon 3 (três) cabos; protetor de artéria; união do punho a palma e dorso em costura dupla; devem possuir punho longo, aproximadamente até os cotovelos (+ou– 46cm). Tamanhos médio e grande. 4.3. LUVAS DE TRICOTADA COM PALMA DE BORRACHA NATURAL Luva tricotada em fio de algodão e poliamida, na cor azul, livres de costuras anatômicas e flexíveis, revestida com borracha natural espumada na face palmar e pontas dos dedos. luva de segurança contra agentes mecânicos. Deve atender a BS EN 420/2003; BS EN 388/2003.Aplicação similar às luvas de raspa em couro ou luvas de vaqueta. Tamanhos: G( 9,5) e XG(10,5) IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição 4.4. LUVAS DE TECIDO DE ALGODÃO (SUEDINE) Em tecido de 100% algodão, resistente, sem reforço, com punho ; tipo leve. Costura: não deve haver menos de 24 pontos por decímetro, nem mais de 45 pontos por decímetro, as extremidades de costura devem ser firmemente arrematadas. comprimento aproximado 260 mm. Suedine média: 260 g/m2 + 20 g/m2 4.5. LUVA DE ALGODÃO PIGMENTADA COM PVC ANTIDERRAPANTE NA PALMA Com punho, tricotada 4 fios, antiderrapante na palma, grande flexibilidade e resistência a abrasão, sem costura. Os pigmentos em PVC azul não devem ser de material reciclado. Aderidos firmemente aos fios, os pigmentos não devem soltar facilmente. Suas dimensões devem estar de acordo com a NBR 13712/96. 4.6. LUVA ANTICORTES EM KEVLAR Luva confeccionada com fibra 100% KEVLAR®, malha média, sem costura, no modelo reversível, punho elastizado. com altíssima resistência ao corte, malha gramatura média, cor amarela. Tamanhos: Médio e Grande. 4.7. LUVAS NITRÍLICAS Flocadas internamente e palma lisa, confeccionadas em borracha nitrílica antiderrapante, flexível, ter comprimento de 250 a 350 mm, formato anatômico, confortáveis, ter excelente resistência química, longa vida útil e boa aderência em meio oleoso ou com graxa. granulação fina. IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição 4.8. LUVA NITRÍLICA SINTÉTICA AZUL Luvas de baixa espessura, oferecendo excelente mobilidade tátil e resistência, devem ser antiderrapante, ambidestra, isenta de látex natural, não esterilizada. Aplicável nas atividades de laboratório químico. 4.9. LUVAS DE PVC Fabricada em PVC forrado, palma antiderrapante, granulação fina, com alta resistência à abrasão, comprimento aproximado de 350 mm, tamanhos pequeno, médio e grande. Utilizada em atividades que envolvam manipulação de produtos químicos, solventes, ácidos, galvanoplastia, etc. Dependendo da necessidade da atividade.Devem ser de espessura leve, que varia de 0,60 a 0,70 mm. 4.10. LUVAS EM LÁTEX NITRÍLICO Luvas impermeáveis, com duplo revestimento, revestimento total, em borracha nitrílica, de formato anatômico, com suporte têxtil em Suedine com fios de algodão, com excelente flexibilidade e grande resistências mecânica e química no manuseio de solventes, graxas e óleos. Devem possuir punhos de malha. Os tamanhos adotados são 9,5 e 10,5. Aplicação similar às luvas de raspa em couro, mas também destinadas ao manuseio de materiais impregnados de produtos químicos. Deve obedecer às normas BS EN 420:2003; BS EN 388/2003; MT-11/1977. Apresentamos, abaixo a tabela demonstrando os agentes químicos e a eficiência das luvas de látex, nitrílica e de pvc em relação aos mesmos: Tipos de Luva Tabela de resistências químicas Látex Nitrílica PVC Acetato de Amônia A A A Acetato de Anila D C C Acetato de Butila D C C Acetato de Cálcio A A A Acetato de Etila D C C Acetato de Potássio A A A Acetona A D D Acido Acético Glacial A B C Ácido Bórico Concentrado A A A Ácido Clorídrico (Muriático) A A B Ácido Crômico D C B Ácido Nítrico a 20% B C C Ácido Fosfórico A A A Ácido Sulfúrico CON D D B Ácido Sulfúrico diluído (Bat.) A A A Ácido Etílico (Etanol) A A A Ácido Metílico (Metanol) A A A IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição Amoníaco Concentrado A A A Água Oxigenada C A D Bicarbonato de Potássio A A A Bicarbonato de Sódio A A A Cal Viva A A A Cal Hidratada A A A Cloro D A A Cloreto de Amônia A A A Cloreto de Metila (metileno) D C C Detergentes B B B Fluidos hidráulicos (Esteres) A A C Gasolina D A C Glicerina A A A Graxas Minerais D A C Hexano D A C Hipoclorito de Sódio A A A Óleo diesel D A A Óleo de Freio C A C Óleo Hidráulico (petróleo) D A C Óleo de Parafina D A C Óleo para Turbinas D A C Querosene D A C Soda de escamas A C C Tecloreto de carbono D B C Tolueno C B C Ticloroetano D C D Xileno (Xilol) D B C Conceitos da Tabela apresentada: A - Excelente; B - Bom; C - Médio; D - Desaconselhável. 4.11. LUVAS DE ARAMIDA Luvas tricotadas, confeccionadas em aramida, com grande mobilidade, alta resistência ao estiramento, sem costura, lavável e reversível. Estrutura média de + 300 g/m2., oferecendo proteção nas atividades que apresentem riscos a cortes, escoriações, abrasão, altas temperaturas (dependendo da estrutura). IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição 4.12. LUVAS DE COBERTURA Utilizada sobre as luvas isolantes de borracha, confeccionada nas faces palmar e dorsal em vaqueta ao cromo; espessura de 0,60 mm a 0,70 mm; modelo MONTPELIER; união da face palmar com a dorsal em costura superior sobreposta; tira de reforço em vaqueta entre os dedos polegar e indicador; cinta ajustável em vaqueta com largura de 15 mm na face dorsal em velcro; protetor de artéria em vaqueta; punho em raspa ao cromo, espessura de 1,0 a 1,2 mm; união do punho a palma e dorso em costura dupla; linha em fio de poliéster ou algodão; comprimento + 250 mm; tamanhos 229 a 280 mm. Estas luvas devem estar de acordo com as exigências da NBR 13712/1996. Os tamanhos devem ser 9,5 e 11. 4.13. LUVAS ISOLANTES DE BORRACHA Equipamento de proteção individual, destinado à proteção dos eletricistas, contra choques elétricos, provenientes do contato com condutores ou equipamentos elétricos energizados. 4.13.1. Descrição do material: Confeccionada em borracha natural, antichama. Podem ser toda em cor preta ou na cor preta por fora e amarela por dentro, com clorinação e orla com virola. Devem ser isentas de irregularidades prejudiciais, que possam ser constatadas através de inspeção visual, fabricadas com acabamento uniforme. As luvas devem cobrir totalmente as mãos, pulso e parte do antebraço do usuário, permitindo a interdependência de movimento entre os dedos. Devem ser adquiridas nos tamanhos: 9,5 e 11. 4.13.2. Classificação As luvas isolantes podem ser de dois tipos de classes: Classe 0 (Máxima Tensão de Uso 1KV) ou Classe II (Máxima Tensão de Uso 17KV), de acordo com a NBR 10622/1989, segundo as tabelas abaixo: Propriedades elétricas para corrente alternada (CA) Classes das luvas 00 0 1 2 3 Tensão de Ensaio (Valor eficaz) (V) 2500 5000 10000 20000 30000 IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição Tensão Máxima de uso Tensão de linha (Valor eficaz) (V) 500 1000 7500 17000 26500 Corrente máxima de fuga (mA) Tensão mínima de perfuração (Valor Eficaz) (V) Luva de 267mm Luva de 356mm Luva de 406mm Luva de 457mm 5000 6000 20000 30000 40000 6 8 - 10 12 14 16 18 12 14 16 18 20 14 16 18 20 22 4 40000 36000 50000 22 24 Nota: Exceto para luvas de classe 0 e 00, a tensão máxima de uso deve ser baseada na seguinte fórmula: Tensão máxima de uso= 0,95 da tensão de ensaio - 2000V Propriedades elétricas para Corrente Contínua (CC) Tensão de Ensaio Tensão mínima de perfuração Tensão Máxima de uso (Valor médio) (Valor médio) (Valor médio) (V) (V) (V) 00 10000 20000 750 0 20000 35000 1500 1 40000 60000 11250 2 50000 70000 25500 3 60000 80000 39750 4 70000 90000 54000 Nota: Assume-se como tensões máximas de uso as que provocam corrente de fuga não superior a 1µ A Classes das luvas 4.13.3. Dimensões A espessura deve estar de acordo com os limites especificados na tabela abaixo: Espessura Mínima Classes das luvas Na união dos dedos Nas outras partes 00 0 1 2 3 4 0,40 0,46 0,63 1,02 1,52 2,03 0,43 0,51 0,76 1,27 1,90 2,54 Espessura Máxima 0,60 1,02 1,52 2,29 2,92 3,56 4.13.4. Tamanho O tamanho deve ser obtido pelo perímetro interno da luva e pode ser representado pela tabela abaixo. Os tamanhos adquiridos pela CHESF estão destacados abaixo: Nº 8 8,5 9 9,5 10 10,5 Mm 203 216 229 241 254 267 Nota: A tolerância permissível no tamanho deve ser mais ou menos 13 mm 11 279 11,5 292 12 303 4.13.5. Comprimento O comprimento deve ser obtido pela distância entre as extremidades do dedo médio e a outra extremidade da luva (orla), e devem ser padronizados de acordo com a seguinte tabela: Classe 00 0 1 2 Pequeno 267/356 267/356 356 356 Médio 406 406 406 Grande 457 457 457 Nota: A tolerância permissível no comprimento deve ser mais ou menos 13 mm 3 356 406 457 4 406 457 Para as luvas cuja orla é inclinada, a diferença entre o comprimento máximo e mínimo deve ser (51 + ou - 6) mm. IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição 5. DESCRIÇÃO DOS MODELOS DAS LUVAS a. modelo “Montpelier” – luvas com 5 (cinco) dedos em que a palma e a face palmar dos dedos, exceto o polegar, são feitas de uma só peça, o mesmo acontecendo com a face dorsal. Este modelo possui, optativamente, uma forqueta de 2 (duas) peças entre os dedos, exceto o polegar. b. modelo “Clute” – luvas com 5 (cinco) dedos, em que a palma, a face palmar de todos os dedos (exceto o polegar) e a face dorsal do indicador são feitas de uma só peça e com punho separado. Este modelo possui 3 (três) forquetas para formar a face dorsal e os lados dos dedos médio, anular e mínimo. O uso dessas forquetas é optativo. c. modelo “Gunn” – luvas com 5 (cinco) dedos em que a face palmar do polegar, a palma e os dedos indicador e mínimo são feitas de uma só peça, que se estende até o punho e inclui, pelo menos, a face dorsal dos dedos indicador, médio, anular e mínimo. As faces palmares dos dedos médios e anulares podem ser feitos em peças separadas e devem, então, estar ligadas à palma na base destes dedos. 6. DISPOSIÇÕES FINAIS a. todas as instruções em língua estrangeira devem ser obrigatoriamente traduzidas; b. as luvas isolantes devem ser marcadas no punho, de forma legível e indelével ( na cor amarela), com o nome do fabricante ou importador, classe de tensão de isolamento, a tensão máxima de uso, o número do CA (Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego), o nº do lote, o tamanho e o nº da norma internacional , se houver, ou norma nacional. Nas demais luvas, se exige indelevelmente marcados o CA e o nº do lote. c. a data de fabricação deve estar identificada no próprio EPI ou na sua embalagem. d. para todos os efeitos desta Especificação, a fabricação das luvas, bem como os ensaios devem estar rigorosamente de acordo com a NBR 10622 e a NBR 13.712, além das referências normativas e anexos nelas contidos. e. o licitante melhor classificado deverá apresentar: • cópia do Certificado de Aprovação (CA), emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE • cópias do laudos dos ensaios em instituição idônea capacitada para esse fim. • uma amostra de cada produto para verificação da área técnica, com a identificação da data de fabricação, nº do lote e nº do CA. f. o EPI deve atender, além dos critérios de proteção e durabilidade, aos critérios de qualidade de acabamento e conforto. g. as gravuras apresentadas, são exclusivamente representativas, as luvas não precisam, necessariamente, ser adquiridas nestes formatos, mas devem obrigatoriamente atender às especificações aqui contidas. IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição h. todas as luvas devem vir acompanhados de ficha técnica com a identificação e discriminação de sua aplicação. i. na entrega do material pelo fornecedor, não serão aceitas luvas: • de tecido de algodão (suedine, tricotada ou tricotadas com revestimento), de poliamida, em aramida e em couro com mais de 6 (seis) meses de fabricação; • de borracha (nitrílica, PVC) com mais de 5 (cinco) meses de fabricação; • de borracha isolante com mais de 4 (quatro) meses de fabricação. IN-RH.02.007 – Anexo I.e – 2ª edição