Suplemento "Empresas +"

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Suplemento "Empresas +"
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Edição n.º5 junho 2014
CEIA: O maior empreendimento da Região Oeste de Portugal
Em destaque: Distrito de Leiria e Concelho de Vila Verde
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VILAR
Área total:17880m2 • Área coberta: 1167m2 • Área loteada: Projecto para construção de edifício multifamiliar com:
18 fogos habitacionais; 3 lojas rés-do-chão; 6 garagens cobertas
VENDE-SE
ALJUSTREL
Área total: 3150 m2 • Snack-Bar/Restaurante; Armazem com +/- 100m2, com 3 divisórias; Duas esplanadas, uma com
churrasqueira; Parque de estacionamento; Dois WC’s exteriores; Posto de abastecimento de combustíveis com 4 zonas de
abastecimento; O posto de abastecimento está livre de qualquer contrato com alguma companhia petrolífera.
SEDE Est. São Brás - Zona Industrial • 2540-136 Bombarral • Tel: +351 262 609 110
FILIAL Rua Francisco da Silva Duarte, Fracção L, Nº 157 • Parque Industrial Ferreiró, Avioso• 4475-269 Maia • Tel: +351 229 826 613
CEIA - Centro Equestre Internacional de Alfeizerão
O maior empreendimento
da Região Oeste de Portugal
Em entrevista ao Suplemento Empresas+,
Rogério Nunes, fundador e administrador
do CEIA, fala sobre as mais-valias deste
complexo desportivo, dedicado
essencialmente à prática de hipismo mas
que está também preparado para acolher
outros desportos de pavilhão. Neste
espaço, onde se encontra o maior
picadeiro coberto da Europa, realizam-se
provas nacionais e internacionais que
projetam o concelho de Alcobaça além-fronteiras. Por forma a complementar as
várias atividades aqui realizadas, o CEIA
dispõe de quatro salas de restauração,
bar, pastelaria/cafetaria e duas
esplanadas. Está também projetada a
construção de um hotel com 64 quartos,
que vai concluir a oferta do Centro
Equestre Internacional de Alfeizerão.
História do CEIA
O Centro Equestre Internacional de Alfeizerão, até à
data um investimento que ronda os 16 milhões de
euros, com apenas dois anos de existência, representa, para Rogério Nunes, não só o alargamento da
sua área de atividade enquanto empresário, mas,
essencialmente, uma vertente afetiva e geracional.
“Isto começou por causa dos meus netos, quatro
rapazes, dois dos quais gémeos. Eles começaram a
brincar aos cavalos, andaram numa escola e ao
aperceber-me que, apesar de jovens, tinham
potencialidades ao nível do hipismo, decidi abraçar
este projeto”, refere o mentor do centro. O CEIA é
um centro hípico que, na Região Oeste, disponibiliza serviços de desbaste e treino de cavalos, escola,
preparação de competição, pensionato (vulgarmente designado “penso”), formação teórica, exames
de sela e que ainda proporciona a possibilidade de
receber nesta zona formações organizadas pela
Federação Equestre Portuguesa de juízes e de
comissários graças às condições proporcionadas de
salas de formação com as condições requeridas para
o efeito.
Picadeiros interiores e exteriores
Idealizado para proporcionar as melhores condições
tanto a cavaleiros, como a treinadores e alunos, o
CEIA dispõe de dois picadeiros interiores e três
exteriores. O CEIA tem o maior picadeiro coberto
português, com cerca de 4.000m2 em piso “cushion
track”, que é “um piso único em Portugal, que
proporciona elevadas performances aos cavalos e
previne lesões. Tem a característica curiosa de não
precisar de levar água e, ainda assim, não fazer pó
nem se desagregar, permitindo prestações constantes durante a competição”, explica Rogério Nunes.
2 Picadeiros Exteriores Piso Fluxo/Refluxo
Picadeiro Exterior de Aquecimento
Picadeiro Interior — Piso Cushion Track — 4.000m²
Picadeiro Interior de Aquecimento
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www.ceia.pt
Este pavilhão conta com bancada para cerca de
1.100 pessoas e permite, para além de provas
hípicas, a realização de desportos de pavilhão,
possuindo para o efeito um piso amovível com
características próprias, aprovadas pelas mais diversas federações desportivas. “Neste espaço, através
da utilização de bancadas amovíveis, é possível
aumentar a capacidade para os 3500 lugares
sentados”. A dar apoio a este pavilhão e à realização das competições existe outro com 1800m2, piso
de sílica e fibras geotêxteis, contemplando ainda
250 boxes.
O espaço foi idealizado no seu todo para um dia ser
também cenário para a realização de exposições e
congressos. Tudo foi pensado para conseguir alber-
gar atividades muito distintas, daí ter ainda uma
boca de palco de grandes dimensões, que também
serve para tribuna de júri dos concursos equestres.
Por baixo, estão construídas oito cabines para 12
atletas cada e mais duas para árbitros. Rogério
Nunes adianta, “estamos, neste momento, a
programar e estruturar festivais de música. Se vierem a ser uma realidade, temos capacidade para
albergar entre seis e sete mil pessoas”.
A integrar a planta geral deste empreendimento de
três pisos existem mais três pistas exteriores
(60x40m, 75x95m e 130x85m) com bancadas para
cerca de 1500 pessoas que permitem a prática de
atividades ao ar livre. De maneira a tornar mais
eficientes e rentáveis os recursos existentes, os
campos exteriores do CEIA funcionam com um
método de fluxo/refluxo, ou seja, um sistema
colocado debaixo do solo que permite injetar água
ou retirar, consoante as condições atmosféricas
assim o justifiquem.
O Centro Equestre tem ainda uma ETAR própria para
tratamento dos resíduos que produz e ainda possui
uma central de tratamento de águas por ionização,
tornando a água novamente potável para utilização
humana.
No piso inferior do CEIA existem 250 boxes, sendo 185
de 9m2 e 65 de 12m2, para além de 20 casas de
arreios. “Como queremos atingir um nível de cinco
estrelas, estamos a dotar o centro com os requisitos
necessários. E vamos cumprir esses requisitos, apesar
dos custos acrescidos”, explica Rogério Nunes.
viradas a sul “as pessoas têm uma vista privilegiada
para os picadeiros e podem assistir às provas num
local mais resguardado das bancadas enquanto
providenciamos refeições ou serviços de catering”,
salienta Rogério Nunes.
O CEIA dispõe ainda de uma clínica veterinária, que
brevemente irá estar aberta tanto para prestar
cuidados a equídeos como a pequenos animais.
Existem ainda duas lojas, uma com artigos para
cavalos e cavaleiros, onde podemos encontrar todo
o tipo de acessórios e equipamentos relacionados
com equitação e outra com produtos e artigos
regionais. De referir também que o parque de
estacionamento do empreendimento tem capacidade para mais de 300 veículos, entre ligeiros e
pesados, preparado com ligações elétricas e de
água para quem pernoita.
Atividades hípicas e medicinais
Dentro das atividades disponíveis no Centro Equestre de Alfeizerão são de salientar as aulas com
professores habilitados ao nível da equitação em
geral, podendo os alunos escolher entre a dressage
ou os saltos com obstáculos. O CEIA proporciona
Restauração, veterinário e lojas
Para dar apoio às diversas atividades realizadas, o
CEIA dispõe de quatro salas de restauração com
capacidade global de 650 lugares sentados, entre o
bar, pastelaria e duas esplanadas. As salas do piso 0
servem refeições diariamente, enquanto as salas do
piso 1 estão mais vocacionadas para a organização
de eventos tais como casamentos, aniversários e
almoços de empresas, entre outros, apoiadas por
um segunda sala e uma esplanada. Nas duas salas
Pastelaria
Cafetaria
Pão-de-Ló
Snack-Bar
Estrada Nacional 8—Km 89
Vale de Maceira—Alfeizerão
262 980 048—926 879 008
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Atividades Hipismo
- Saltos de Obstáculos
- Dressage/Ensino
- Equitação Terapêutica
- Horseball
Outras Atividades (a desenvolver em breve)
- Andebol
- Voleibol
- Basquetebol
- Futsal
- Pentatlo Moderno (vertente de equitação)
ainda a possibilidade de se efetuarem passeios pela
região.
A equitação terapêutica ou hipoterapia é mais uma
das valências que está a ser implementada, sendo que
“já colocámos à disposição de várias câmaras e
escolas de educação especial, gratuitamente, a
recuperação de crianças através da vertente equina.
Temos terapeutas especializados nesta área, preparados para trabalhar neste tipo de atividade. É um tipo
de terapia que apresenta resultados já comprovados e
começa a ser muito solicitado”.
40 Profissionais formam o CEIA
Ricardo Cabrera, neto de Rogério Nunes e vice-campeão de Portugal de Jovens Cavaleiros de Obstáculos, é um dos cavaleiros que diariamente se dedicam ao treino dos muitos cavalos de competição
existentes no CEIA e integra uma equipa técnica da
qual fazem parte neste momento seis tratadores,
três cavaleiros, dirigida pelo diretor técnico do
centro, major Pedro Carvalho (mestre de equitação).
No total, o Centro Equestre conta com 40 colaboradores diretos, entre a parte hípica, administrativa e
de restauração, sendo já um grande empregador do
concelho de Alcobaça.
Praticantes
As lições de equitação são ministradas aos praticantes
com o nível etário a partir dos cinco anos, quer seja com
cavalos propriedade do CEIA, quer sejam dos próprios
alunos. As lições são orientadas segundo três vertentes:
RESTAURANTE
4 SALÕES
RESERVAS PARA GRUPOS
SERVIÇO BUFFET OU À CARTA
www.ceia.pt
[email protected]
262 980 048 — 926 879 008
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Teoria Equestre, Maneio e Prática Equestre. Atualmente,
o CEIA tem cerca de 80 alunos a frequentar as aulas,
dadas por treinadores com classificação de grau I, II e IV.
“Neste momento temos mais meninas do que meninos
nas aulas. Começam bem pequeninos e podem ir até à
idade sénior. As mulheres ocupam lugares de topo no
que diz respeito ao hipismo em Portugal. Mais recentemente, temos recebido alguns alunos cujas ambições já
estão em conseguir chegar à alta-competição, coisa que
lhes podemos aqui proporcionar pois temos todas as
condições para isso: cavalos, treinadores e infraestruturas”, explica Rogério Nunes.
Cavalos e Criação Equina
Considerando os cavalos próprios e os de clientes
são já perto de uma centena os cavalos que habitam
no CEIA, sendo que os de competição são, na sua
maioria, para a vertente de obstáculos, havendo
também alguns mais vocacionados para a dressage.
Faz também parte das instalações do CEIA uma quinta
com 17ha onde andam em regime de liberdade éguas e
poldros. Com estas éguas “está a ser feito um trabalho
de cruzamento com cavalos de renome mundial cujos
sémens são adquiridos a centros especializados e que
nos chegam prontos para inseminar. Dos animais já
nascidos nas nossas instalações existem oito poldros,
filhos de campeões olímpicos, mundiais e europeus
sobres sobre os quais temos expetativas muito elevadas.
Para além das nossas éguas, neste momento este
com vários países para poderem fazer estágios em
Portugal. “Nós levamos o nome de Alcobaça ao
mundo todo. Somos visitados por gente de toda a
Europa”, salienta Rogério Nunes.
Projetos de futuro
trabalho está também já a ser feito com animais de
clientes que usam as nossas instalações para esse fim e é
uma área que temos intenção de desenvolver, criando
mesmo um centro de inseminação e banco de sémen,
com reconhecimento internacional”, refere o proprietário do CEIA.
Mercados externos
De acordo com o mercado equestre nacional e
Calendário de Provas
5 e 6 Jul - CSN-B - Saltos de Obstáculos
19 e 20 Jul - Horseball
26 e 27 Jul - Dressage
2 e 3 Ago - CSN-B - Saltos de Obstáculos
6 e 7 Set - Dressage
13 e 14 Set - CSN-B - Saltos de Obstáculos
27 e 28 Set - CSN-B - Saltos de Obstáculos
4 e 5 Out - Horseball
11 e 12 Out - CSN-B - Saltos de Obstáculos
24, 25 e 26 Out - CSN-A/C- Saltos de Obstáculos
1 e 2 Nov - CSN-B - Saltos de Obstáculos
15 e 16 Nov - CSN-B - Saltos de Obstáculos
21, 22 e 23 Nov - CSN-A/C - Saltos de Obstáculos
29 e 30 Nov - CSN-B - Saltos de Obstáculos
6 e 7 Dez - Horseball
12, 13 e 14 Dez - CSN-A/C - Saltos de Obstáculos
18, 19, 20 e 21 Dez - CSI** - Saltos de Obstáculos
27 e 28 Dez - CSN-E - Saltos de Obstáculos
internacional, 90% das pessoas que compram
cavalos querem que estes já tenham sido montados.
Por essa razão, o Centro Equestre Internacional de
Alfeizerão está presente em vários países para onde
vende a sua criação. Contudo, Rogério Nunes
acrescenta, “os cavalos demoram 11 meses a gestar,
depois durante seis meses não largam as mães e só
posteriormente são separados das mesmas, não
podendo ser montados antes dos três anos. Eu quero
vender os meus cavalos e dar garantias de que são
ótimos animais”. Ao nível dos praticantes e cavaleiros estrangeiros, o CEIA está a chegar a um acordo
A fim de se tornar um centro de referência a nível
global, está prevista a construção de um hotel num
espaço de terreno contíguo ao CEIA. Este investimento
prevê criar 64 quartos em três pisos, com o objetivo
de servir não só os cavaleiros e familiares que frequentem o centro, mas também o público em geral.
Num futuro próximo, o CEIA vai ainda ter um parque
infantil, com profissionais responsáveis por cuidar das
crianças enquanto os pais estão a treinar ou em
competição.
Concursos Nacionais e Internacionais
O CEIA desde a sua abertura que vem organizando
concursos nacionais e internacionais de obstáculos,
bem como dressage e horseball. As entradas são
gratuitas pelo que poderá ser a altura certa para
poder visitar o CEIA e conhecer in-loco todas as
valências que aqui referimos.
CENTRO DE INSEMINAÇÃO
VETERINÁRIO
DESBASTE DE POLDROS
TREINO DE CAVALOS
www.ceia.pt
262 980 048
[email protected]
926 879 008
AULAS DE EQUITAÇÃO
PREPARAÇÃO DE COMPETIÇÃO
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Competição de Saltos Internacional (CSI**)
Cavaleiros e amantes do hipismo
elogiam qualidades do CEIA
António Vozone
Hugo Carvalho
Francisco Fleming
Ivo Carvalho
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Durante a Competição de Saltos Internacional (CSI**), que
decorreu no CEIA de 5 a 8 de junho, o Empresas + esteve
à conversa com alguns cavaleiros e amantes do hipismo,
que realçaram a qualidade das infraestruturas de um
centro que, apesar da ainda curta existência, é já uma
referência nacional na modalidade.
As instalações do CEIA estiveram, no primeiro fim de
semana de junho, lotadas de conjuntos inscritos e com
muitos adeptos que não quiseram perder a oportunidade
de assistir à Competição de Saltos Internacional (CSI) de
2 estrelas. No evento marcaram presença várias caras
conhecidas da modalidade, que não pouparam elogios ao
CEIA e às potencialidades que traz para o hipismo e para
a própria região.
Na opinião de António Vozone, campeão nacional de Saltos
de Obstáculos em título, o CEIA “tem instalações fantásticas, e importa louvar esta grande iniciativa de Rogério
Nunes”. Também o cavaleiro Francisco Fleming que monta
cavalos do cantor José Cid, realça as “ótimas estruturas e
instalações”, referindo ainda “a quantidade de concursos
organizada pelo CEIA ao longo do ano, graças às pistas de
exterior e interior de grande qualidade”.
Por sua vez, Hugo Carvalho, um dos mais assíduos e mais
premiados cavaleiros de todos quantos vêm ao CEIA,
acredita que “estas são instalações ao nível do que há de
melhor na Europa e, quando o hotel previsto no projeto, for
construído, o CEIA será certamente um centro único no país
e com grande potencial para atrair atletas do estrangeiro”.
Ivo Carvalho, campeão nacional de jovens cavaleiros, tem
também “uma opinião muito positiva do centro, uma vez
que ajuda à evolução do hipismo em Portugal”. Luís Sabino,
um dos mais consagrados cavaleiros nacionais corrobora
dessa opinião, ao referir que “o hipismo é cada vez mais
praticado no nosso país e, o CEIA, ao concentrar um grande
número de valências distintas, é já, sem dúvida, uma
referência nacional. Finalmente, Mário Wilson, cavaleiro da
selecção nacional de obstáculos não esquece que “sem
centros como o CEIA, o acesso à modalidade é cada vez
mais dificultado e este centro será também um ponto de
atração de estrangeiros para o país”.
Sá Pinto não é, certamente, um nome a que associamos ao
hipismo, mas também o ex-futebolista fez questão de
assistir ao CSI**. “A minha filha Leonor, começou a montar
há cerca de sete anos e, graças a ela, comecei a apreciar e
a acompanhar a modalidade. O CEIA reúne excelentes
condições para este desporto e para receber grandes
concursos internacionais. Acredito que vai ser um projeto
de referência a nível nacional e internacional”, termina.
Luís Sabino
Mário Wilson
Rogério Nunes com Ricardo Sá Pinto
Leonor Sá Pinto
Cobermetal
Tecnologia e Qualidade
em Estruturas Metálicas
Fundada em 1995, a Cobermetal é uma
empresa de referência no ramo das
construções metálicas, tanto a nível
nacional como fora de portas.
A Cobermetal insere-se no grupo Planeta
SGPS, detentor de cinco empresas da
mesma área e que se distinguem pela
aposta na mais avançada tecnologia e
qualidade dos seus produtos.
Com sede na Batalha, a Cobermetal surgiu em
1995 e, graças à frequente aquisição de
maquinaria e várias tecnologias, foi ganhando
capacidade e implementando-se de forma sólida
no mercado, sendo, hoje, uma das principais
empresas do país na área das estruturas e
construções metálicas.
Com a diversificação do produto, a estratégia
passou por criar várias empresas, surgindo assim o
grupo Planeta SGPS. A par da Cobermetal, o grupo
detém a Maxperfil, dedicada à perfilagem de
produtos finos, chapa perfilada, acessórios, entre
outros, a Etram, direcionada para os perfis
metálicos (madres ) e chapas grande espessura, e
a Telba, que trabalha na área das estruturas
metálicas pesadas. Para além destas empresas,
todas a laborar em território nacional, o grupo
Planeta SGPS conta também com duas empresas no
estrangeiro: a Couvermetal Marrocos e a
Cobermetal Argélia.
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Na rota das exportações
Graças à forte aposta
na inovação, design e
qualidade dos produtos, a
Cobermetal foi desde cedo
uma empresa exportadora.
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Graças à forte aposta na inovação, design e
qualidade dos produtos, a Cobermetal foi desde
cedo uma empresa exportadora, colocando os seus
produtos em países como Espanha, Inglaterra,
França e Finlândia. No entanto, foi em 2001 que a
empresa apostou de forma mais sólida nos
mercados internacionais, com a partida para
Marrocos.
“Apesar de muitas empresas nacionais não terem
sido bem sucedidas em Marrocos, nós temos uma
situação extremamente estável nesse mercado,
onde crescemos, inclusive, muito mais do que em
Portugal. Estamos ligados e mantemos parcerias
com empresas de renome nesse mercado”, explica
Carlos Crespo, CEO da Cobermetal.
A entrada em mercados externos foi também uma
forma de compensar a quebra sentida no mercado
nacional, sobretudo a partir de 2009, com a
chegada da crise. A partir de 2012, a aposta na
internacionalização é reforçada, e os países do
Magreb e Norte de África continuam a fazer as
preferências do grupo. “Estamos a trabalhar muito
bem em Marrocos e na Argélia, e uma das
vantagens que temos em relação, por exemplo, às
empresas que optam por se internacionalizarem
em Angola ou Moçambique, prende-se com as
distâncias, que são muito mais reduzidas”,
continua o responsável, avançando, no entanto,
que “se surgir alguma oportunidade, em termos de
venda do nosso know-how e tecnologia ou através
da constituição de uma parceria, não excluímos a
hipótese de apostar nos mercados dos PALOP”.
xxx.
Complexo
de Tomar
As futuras instalações do Grupo Planeta SGPS
albergam um conjunto de 10 pavilhões com 130 m
comprimento por 20 m de largura mais um edifício
só para escritórios.
Área total = 58660 m²
Área de fabricação = 26000 m²
Área de escritórios = 1894 m²
“Apesar de muitas
empresas nacionais
não terem sido bem
sucedidas em Marrocos,
nós temos uma situação
extremamente estável
nesse mercado, onde
crescemos, inclusive,
muito mais do que em
Portugal. Estamos ligados
e mantemos parcerias
com empresas de renome
nesse mercado.”
Tecnologia e Design Vanguardista
É graças a “um nível de tecnologia e equipamentos
muito avançados, e uma forte aposta num design
vanguardista”, aliados a uma experiência e
know-how de mais de duas décadas, que a
Cobermetal se consegue implementar, com
sucesso, em vários mercados.
Em 2013, a faturação do grupo Planeta SGPS
ascendeu aos 13 milhões de euros, tendo-se
verificado uma quebra face a anos anteriores.
Neste momento, 60% da faturação das empresas do
grupo sediadas em Portugal destina-se à
exportação. Esse valor ajuda a colmatar a quebra
sentida no mercado nacional que, apesar das
dificuldades, continua a fazer parte dos planos de
futuro da Cobermetal. “Já sentimos, ainda que
muito pequena, uma ligeira recuperação, e
acreditamos que daqui para a frente as coisas vão
melhorar. Para além disso, do ponto de vista
estratégico, continua a ser importante para nós
estarmos sediados em Portugal”, continua Carlos
Crespo.
A principal aposta de futuro da Cobermetal deverá
passar pela expansão para novos mercados,
sobretudo no norte do continente africano.
“Já sentimos, ainda que muito pequena, uma ligeira
recuperação, e acreditamos que daqui para a frente
as coisas vão melhorar. Para além disso, do ponto de
vista estratégico, continua a ser importante para nós
estarmos sediados em Portugal.”
Grupo Planeta SGPS
Outras empresas do Grupo
- Maxperfil – Perfis Metálicos
A Maxperfil possui uma vasta experiência no setor da
perfilagem e quinagem. Uma aposta clara na qualidade e
satisfação integral das mais rigorosas exigências dos seus
clientes demonstram que a Maxperfil será a opção
acertada numa solução global para a construção
metálica.
- Telba
A Telba é uma empresa conceituada na construção de
estruturas metálicas. Com um crescimento acentuado
ao longo dos anos tem vindo a fazer um forte
investimento, tanto em equipamento, como em
recursos humanos. Hoje, possui capacidade para
produzir um grande número de toneladas de maneira
a fazer face aos variados pedidos de mercado.
- ETRAM – Empresa Transformadora de Metais, Lda
- Couvermetal
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Pombo & Ferreira – Postos de Combustível e Metalomecânica
Inovação pautada pelo
crescimento externo
Com sede no Bombarral e uma filial na
zona Norte do país, na Maia, a Pombo &
Ferreira emprega atualmente 36 pessoas
e define a sua orientação estratégica,
após avaliar a conjuntura do mercado,
enquanto empresa prestadora de
serviços no que diz respeito à
manutenção de postos de combustível,
construção de edifícios,
desmantelamentos, metalomecânica,
serralharia e eletricidade. José Silva,
diretor executivo, conta com a ajuda do
filho, Nuno Silva, atual diretor de
operações, e, neste momento, a empresa
encara a entrada no continente africano
como um passo importante para a
consolidação e crescimento.
Execução da pala de cobertura - Horta - Açores
A Pombo & Ferreira foi fundada em 1995,
dando seguimento a uma empresa familiar do
mesmo ramo de atividade e possuindo uma
equipa de técnicos, com formação e experiência profissional na área da fabricação de
depósitos, montagem e reparação de sistemas
de medição de abastecimento de combustíveis,
intervindo essencialmente na indústria petrolífera.
Certificação de qualidade,
ambiente e segurança
Em 1997 é concedida a autorização para a construção de depósitos de combustíveis, de parede
simples, segundo a norma NF-M88-512, atualizada
para a norma EN 12285-2, emitida pela Direção
Geral de Energia. No ano de 2000 obteve a sua
qualificação pelo IPQ como reparador/instalador
de Sistemas de Medição para abastecimento de
Combustíveis.
Em 2002, a Pombo & Ferreira obtém a licença de
Exploração Industrial para o exercício da atividade
de fabrico de depósitos para Líquidos e Serralharia
ligeira e pesada e, desde 2010, implementa um
Sistema de Gestão da Qualidade.
As questões ambientais e de segurança são uma
preocupação da empresa, o que a faz atuar de
forma a minimizar os impactes ambientais e
recorre sistematicamente à análise de riscos,
envolvendo todos os seus trabalhadores.
“Nós fazemos tudo o que tem a ver com manutenção e adequação de postos de combustível, área
de construção, metalomecânica, serralharia e
eletricidade. Apresentamos um posto de raiz,
12
Desmantelamento de parque de combustível e gás - Madeira
chave na mão, incluindo o projeto e licenciamento”, esclarece José Silva.
Ultrapassar as dificuldades
do mercado interno
Com uma faturação, no ano 2013, a ultrapassar os
2 milhões de euros, após dois anos consecutivos
sem obter lucro, com incidência apenas no mercado interno, a Pombo & Ferreira assume que os
ramos da metalomecânica e serralharia têm vindo
a estagnar devido à paragem da construção.
Contudo, a empresa tem conseguido superar as
dificuldades por via dos seus clientes mais regulares, tais como as companhias petrolíferas.
Por outro lado, a Pombo & Ferreira considera que
Imagem corporativa
e Portefólio
Com o cunho inovador de Nuno Silva, a Pombo &
Ferreira apostou recentemente na remodelação
da sua estratégia de comunicação, destacando-se
o lançamento do novo site da empresa onde os
clientes e parceiros podem encontrar informação
relevante.
Entre vários outros trabalhos, a Pombo & Ferreira
tem no seu portefólio postos de combustível Galp
e Repsol, passando pelo desmantelamento do
parque de combustíveis e gás da Shell, na
Madeira, construção de postos de abastecimento
marítimo no Porto de Leixões, Marina de Angra do
Heroísmo, entre outros e até construção de várias
moradias unifamiliares.
Construção de depositos metálicos
existe uma quebra na contratação dos seus
serviços, apesar de acreditar que nos próximos
anos existam melhorias. “As companhias petrolíferas em Portugal não estão a investir na construção
de grandes estações de serviço, tendo em conta a
conjuntura económica atual”, referem os entrevistados.
Perspetivas de mercado externo
A empresa aposta no mercado externo como
solução para expandir a sua atuação. Para África,
considerada a porta de saída, a Pombo & Ferreira
tem dois empreendimentos em mãos. A empresa
tem, neste momento, uma adjudicação para fazer
uma instalação no Lobito, após ter efetuado
“Nós fazemos
tudo o que tem
a ver com manutenção
e adequação de
postos de
combustível,
área de construção,
metalomecânica,
serralharia e
eletricidade.
Apresentamos
um posto de raiz,
chave na mão,
incluindo o projeto
e licenciamento”
contactos com a Sonangol.
Outro dos projetos inovadores, facilmente exportável para
outros países, e que já rendeu 12 vendas para Angola,
“passa pela fabricação de postos de abastecimento
contentorizados. O contentor chega a um local, abre-se as
portas, liga-se o gerador e temos um posto de combustível
móvel. Prático e eficiente em locais remotos. Também
fabricamos plataformas de lubrificação móveis, podendo
estas ser aplicadas em viaturas pesadas tornando-as numa
estação de serviço móvel, capacitada de prestar a manutenção a todas as máquinas numa obra”, explica Nuno Silva.
Estabelecidas estas parcerias no estrangeiro, a
empresa assume disponibilizar os meios humanos,
técnicos e financeiros necessários e suficientes
para o desenvolvimento, em segurança de toda a
atividade da empresa.
Posto de abastecimento Galp no Tojal
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FGP – Comércio e Representação de Bebidas
Equipa de sucesso premiada
com a excelência
Com 24 anos de experiência, a
FGP - Fonseca, Garcia e Prazeres,
representante da marca Unicer nos
concelhos de Bombarral, Cadaval,
Peniche, Lourinhã, Torres Vedras,
Alenquer, Arruda dos Vinhos, Sobral de
Monte Agraço, Mafra, Azambuja, Vila
Franca de Xira, Alcobaça e Nazaré,
encontra-se entre os maiores
distribuidores nacionais, pelo território
que abrange, atualmente, nos 13
concelhos acima descritos.
José Fonseca e Carlos Garcia, sócios-gerentes da
empresa, têm 55 pessoas a colaborar na empresa e
orgulham-se de, ao longo deste tempo, terem
constituído uma empresa bastante profissional.
Em 1990, do convite da Unicer para se tornar um
distribuidor oficial, nasce a FGP, com duas pessoas
e apenas dois concelhos: Bombarral e Cadaval. Em
apenas seis meses, e devido ao trabalho,
dedicação e empenho pela marca, foi proposto à
FGP a distribuição nos concelhos de Torres Vedras
e Lourinhã. À data de 1996 a atuação passava já
pela cidade de Peniche e parte sul deste concelho.
Atualmente, com 17 elementos na área comercial e 25
elementos na área da distribuição, a FGP tem cerca
3500 clientes fidelizados. A empresa de distribuição de
bebidas foi premiada em seis anos, ao nível da
qualidade e serviço prestado, com a medalha de
excelência.
14
Distribuidor oficial
de marcas de referência
Considerando-se uma empresa dinâmica e influente na
zona Estremadura-Ribatejo, hoje apresenta-se aos seus
clientes como distribuidora com os seguintes parceiros, Unicer, Sogrape, Diageo, Viborel e New Coffe
entre outro. Representando, entre outras, as seguintes
marcas: Super Bock, Carlsberg, Pedras Salgadas,
Vitalis, Mateus Rosé, Planalto, Esteva, Barca Velha,
Quinta Carmo, Cartuxa, Tapada do Barão, Quinta da
Bacalhoa, Morganheira, Raposeira, Cutty Sark, Porto
Ferreira, JB, Smirnoff, e as marcas de café Bogani e
Cafeeira.
Consolidação e crescimento
das vendas
Com perspetivas de crescimento ao nível dos
clientes e com uma faturação anual de 9 milhões de
euros, esta empresa ambiciona continuar a crescer
nos próximos anos.
A FGP comercializa sete milhões de litros de todo o
tipo de bebidas por ano, entre cerveja, sumos e
néctares, águas lisas e gaseificadas, cafés, vinhos e
bebidas espirituosas. “Hoje são os litros que contam e
não os euros. Vamo-nos adaptando às circunstâncias.”,
afirma José Fonseca, acrescentando que “os nossos
parceiros, com a introdução de novos produtos ou
marcas, também nos têm ajudado no acompanhamento das tendências de consumo, permitindo assim
fidelizar mais os clientes”.
O foco de mercado da FGP está no mercado que se
designa por Horeca, onde em Portugal se encontra o
maior consumo de bebidas, apesar de nos últimos anos
se ter assistido a um maior consumo dentro de casa.
A nível percentual, o trabalho da FGP divide-se em traços
gerais da seguinte forma: “O nosso mercado a nível de
restauração é muito grande e a distribuição de vinhos foi
mais um elemento. A Unicer representa 65% e os vinhos e
derivados 35%, é uma mais-valia. Foi em boa hora que
abraçamos esta parte”, refere José Fonseca.
Um dos últimos projetos foi a abertura de uma
Garrafeira destinada ao público em geral, nas instalações, que permite estar junto do consumidor final e
perceber as suas preferências.
Em 2014, associou uma Garrafeira Online, permitindo
aumentar a geografia de venda.
Neste momento, o projeto da FGP passa também por
manter a consolidação orçamental. O investimento nas
novas instalações tem apenas dois anos e rondou os 2
milhões de euros.
Armazenagem dos produtos
O armazém está desenhado de forma adequada,
considerando a dimensão necessária, ou seja, o espaço
mínimo coberto para armazenar três dias de stock.
O fluxo operacional de cargas e descargas compreende o
total do produto cheio e os vasilhames em stock, de
modo a permitir a movimentação de cargas e descargas
de viaturas durante o horário de serviço. Existem meios
de stockagem adequados à optimização vertical do
espaço, ou seja, suportes (prateleira, seed locks). Estes
suportes permitem a política FIFO (o primeiro lote de
produto a entrar em armazém é o primeiro a sair).
Dinâmica de equipa
A FGP aposta e investe atualmente em formação, facultando o desenvolvimento ao nível das competências
profissionais dos seus colaboradores. “Queria salientar
o espírito de sacrifício dos funcionários desta empresa.
Esta é uma empresa familiar, brincamos, trabalhamos
e respeitamo-nos uns aos outros. O sucesso é coletivo”, salienta José Fonseca.
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Américo Alves, S.A.
Interotel – A marca referência
em produtos e soluções para
profissionais da restauração e hotelaria
O Grupo Américo Alves iniciou a sua
atividade em 1975, através da Alves &
Alves, Lda, empresa com atividade
marcante no canal doméstico - utilidades
e decoração para o lar. Em 2002 Américo
Alves percebe que o percurso daquela
empresa, que entretanto incorporara no
portefólio alguns produtos de utilização
profissional – restauração - tinha que ser
especializado, criando então a Américo
Alves, S.A., com sede em Caldas da
Rainha. Emerge então o conceito de
produtos direcionados a clientes do canal
profissional de restauração e hotelaria.
Era a génese da Interotel.
possibilitou o nascimento no Grupo de um novo conceito
e de uma marca hoje de referência, a Interotel”, explica
o fundador da marca.
O Grupo de empresas conta com mais de 50 colaboradores e tem tido um crescimento e evolução sustentadas. O
volume de negócios emerge entre os 5 e 10% ao ano.
“Tivemos um crescimento médio de 8%, pois contamos
com as adversidades da conjuntura económica no canal
doméstico [Alves & Alves], enquanto o crescimento e
expansão da Américo Alves é acentuado. A Interotel tem
aqui um peso muito relevante”, afirma Américo Alves.
Interotel – A marca
Américo Alves, hoje com 68 anos, lidera o Grupo com a
colaboração do seu filho Júlio Alves. “Na vida, o trabalho
e a dedicação aos produtos e clientes, foram sempre a
minha orientação. A experiência empresarial de décadas
A necessidade de produtos para os profissionais de
hotelaria é complexa. Este universo comporta segmentos
díspares que vão da pastelaria, ou da nossa tradicional
“tasca” ao hotel, passando pelos mais diversificados
conceitos de restauração comercial e institucional.
É necessário um trabalho constante de procura e
inovação nos produtos. A oferta Interotel é hoje superior
a 40.000 referências e a predisposição é de apresentar
mais soluções e produtos.
Mercado Interno e áreas de produtos
Com uma estrutura sólida, profissionais especializados e
com três plataformas de distribuição (pontos de venda de
tipologia cash & carry) implantadas em Caldas da Rainha,
Sto. Antão (Batalha) e Buarcos (F. Foz) a Interotel tem
um nível global de stocks e capacidade instalada, que
normalmente permitem satisfazer “na hora” as necessidades do cliente.
A Interotel é pois sinónimo de produtos e soluções para
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cozinha, pastelaria, mesa, buffet, bar, equipamento,
higiene, limpeza, fardamento e descartáveis. A relação
preço/qualidade é sustentada com uma oferta múltipla
de produtos, para uma mesma finalidade. “A nossa
preocupação é que o cliente sinta na Interotel a confiança, profissionalismo, serviço e satisfação, nos produtos e
preços, com a capacidade de resposta dos nossos stocks”,
salienta Américo Alves.
Interotel – Comunicação e Distribuição
Tendo os pontos de venda afastados dos grandes centros,
a Interotel disponibiliza recursos em plataformas digitais
(via Internet) aos clientes registados no seu site. As novas
tecnologias são cada vez mais uma ferramenta de
trabalho e uma ponte de apoio para o cliente, pois os
catálogos digitais facilitam a ligação com a empresa na
hora de procurar soluções. “Também na cobertura dos
principais grupos hoteleiros e centrais de compras, a
Interotel se faz notar, com visão de mercado e estratégias que, sem precipitações ou atropelos, vão marcando
posição”, comenta Américo Alves.
Produtos – Origens
As necessidades e exigências são, hoje, multifacetadas.
Os novos conceitos, as misturas de influências étnicas, as
nossas tradições… um Mundo! Assim a Interotel disponibiliza produtos de origem nacional ou importados. Vão das
principais marcas produzidas em Portugal, em porcelana
ou cutelaria, até marcas de referência importadas. Assim
é tão relevante perceber que Américo Alves é sócio-fundador da Costa Verde, como é importador de escala sob a
marca Interotel. O mercado assim o exige.
Mercado externo
“O peso do mercado externo no nosso volume de
negócios é hoje inferior a 10%”, diz Américo Alves, ciente
que a internacionalização da Interotel é o próximo passo.
Projeta então a Interotel aumentar a visibilidade e
presença da marca no mercado externo. Está já garantida para 2014 a presença nos principais certames europeus da especialidade, perspetivando potenciar o volume
de negócios de forma sustentada.
Angola, mercado emergente e de valor seguro, assim diz
Américo Alves, tem tido presença da Interotel em
negócios pontuais, principalmente através de compras
efetuadas em Portugal. Agora, a Interotel prepara-se
para selecionar dois ou três parceiros locais, com quem
partilhe know-how e produtos, permitindo-lhes especialização e portefólio.
A análise que efetua aos potenciais parceiros angolanos é
paralelamente estendida aos Palop, pois a capacidade
como importador de escala permite olhar para esses
mercados e concluir que a expansão da marca é transversal aos mercados interno e externo.
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Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão
Delícias com história e tradição
Fundada há 89 anos, a Casa do Pão-de-Ló
de Alfeizerão foi a primeira a
comercializar este doce de origem
conventual, cuja receita remonta ao
século XII da nossa história. Situada perto
de Alcobaça, uma zona do país onde
antigamente existiam inúmeros
conventos, a Casa do Pão-de-Ló de
Alfeizerão não deixou cair no
esquecimento as receitas de diversas
iguarias conventuais e ainda hoje as
fabrica e comercializa para delícia dos
seus inúmeros clientes. Além do famoso
pão-de-ló, temos as restantes
especialidades em doces regionais como
as trouxas-de-ovos, as queijadas, os
suspiros, empadas de galinha, entre
muitos outros.
Reza a história que a receita do pão-de-ló de Alfeizerão tem a sua origem no Mosteiro de Santa Maria de
Cós, em Alcobaça, ainda no século XII. Quando, no
século XIX, várias ordens religiosas foram alvo de
brutas perseguições, diz a história que algumas freiras
ter-se-ão refugiado na pacata vila de Alfeizerão, e que
na altura teriam passado a receita deste bolo às senhoras da terra. Além da sua história, do pão-de-ló de
Alfeizerão é também contada uma antiga lenda. A zona
de Alfeizerão e São Martinho do Porto eram frequentes
locais de estadia do rei D. Carlos e na mesa do rei não
poderiam faltar as iguarias da região. Diz a lenda que,
numa das visitas das cortes do rei, o nervosismo de
uma das cozinheiras fez com que a cozedura do
pão-de-ló ficasse incompleta, ficando com a sua única
consistência e aspeto que ainda hoje apresenta.
Fundada há 89 anos pelo padre João Matos e sua irmã,
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Adília de Matos Vieira, a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão fez com que, ao longo dos anos, muitas receitas de
iguarias e doces conventuais não se perdessem no
tempo e ainda hoje mantém vivas todas as histórias e
sabores de antigamente. Ao longo destas quase nove
décadas de história, a casa começou por ganhar fama
pelos seus doces e respetivo pão-de-ló e começou por
ser ponto de paragem obrigatória de inúmeras pessoas
que viajavam de norte para sul, e vice-versa, e que
escolhiam a região para passar os meses de veraneio. A
fama dos sabores da Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão
ultrapassou gerações e o local encerra em si atualmente, recordações, histórias e um sem número de
episódios de vida de muitas pessoas que ainda hoje se
mantêm vivas neste local.
Por isso, há 20 anos que José Castro abraçou o
projeto da Casa de Pão-de-Ló de Alfeizerão para não
deixar morrer a tradição e a história da primeira
casa de pão-de-ló da terra, além de que o próprio
passou a sua infância neste local, nutrindo por isso
um sentimento mais do que puramente empresarial
por este negócio. Fizeram obras de remodelação e
aumento de instalações de modo a “voltar a caracterizar esta casa nos moldes que toda a gente
conhecia, remodelando de acordo com a traça
inicial. Dotámos a casa de melhores condições de
resposta e procurámos repor o pão-de-ló no seu
devido lugar e fazer ver ao público que nós estávamos cá como antigamente e com a mesma qualidade
de sempre”, salienta José Castro.
Atualmente com dez colaboradores, a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão é a única da terra a fazer parte da
Confraria do Pão-de-Ló Tradicional Português. Trata-se
de uma casa com muita história e tradição e, por isso,
“há um mercado da saudade. Com a evolução dos
tempos, quem vem aqui é realmente quem gosta,
quem vem matar a saudade da qualidade dos produtos”, diz José Castro. Apesar dos picos de negócio
serem no Natal, na Páscoa e no verão, durante todo o
ano a Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão recebe inúmeros clientes para degustar as suas especialidades. Ao
pão-de-ló tradicional que é a bandeira da casa,
juntam-se as trouxas-de-ovos, queijadas, suspiros,
entre muitos outros doces de origem conventual. Além
das especialidades tradicionais, a Casa do Pão-de-Ló
de Alfeizerão procura também a introdução de novos
produtos, entre os quais bolos sem glúten, e uma das
especialidades da casa que tem tanta procura como o
pão-de-ló são as empadas de galinha.
Para manter viva a tradição, a Casa do Pão-de-Ló de
Alfeizerão faz todos os dias visitas guiadas para
grupos às suas instalações, visitando toda a área da
produção, com a degustação de vários doces no
final. “Temos uma parceria com a Fundação Inatel,
que através do turismo sénior nos permitem ter cá
pessoas nos períodos mais baixos. Há também uma
parceria com a Embaixada do Japão, de onde
chegam muitos turistas japoneses, onde a tradição
do nosso pão-de-ló foi levado para lá pelos nossos
missionários”, frisa Helena Castro, esposa de José
Castro e sócia do espaço. Um desejo antigo dos
proprietários da Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão era
que partisse das “entidades estatais fazer a denominação e certificação de origem e criar uma associação. Se nós nos juntássemos e estabelecêssemos
padrões de qualidade, mais a denominação de
origem, podíamos melhorar a qualidade de todos e
proteger o nosso produto”, explica Helena Castro.
A delícia do pão-de-ló de Alfeizerão faz com que a casa
tenha constantemente várias solicitações para colocar
o produto noutros pontos do país e até no estrangeiro.
“Temos a expansão no nosso pensamento, mas não
queremos massificar devido aos padrões de qualidade.
A partir do momento em que temos o nosso pão-de-ló
em todo o lado, perdemos o nosso fator de diferenciação”, refere José Castro. Assim, nos planos de futuro
da Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão continua a estar a
missão de manter o local como uma casa de referência
na rota da doçaria nacional e na preferência dos seus
clientes, dos avós aos netos. No ajuste à nova realidade, mas sem deturpar a tradição, poderá existir a
longo prazo a expansão a nível nacional e a internacionalização do produto.
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RGE – Engenharia de Moldes
Os moldes do presente para
os produtos do futuro
Com 25 anos de atividade, a RGE dedica-se à produção de moldes para a
indústria de plásticos e fundição injetada
de alumínio e zamac. Situada na Marinha
Grande, a empresa tem ao seu dispor as
mais variadas e modernas soluções
existentes no mercado para ser o seu
parceiro de negócio. Com tecnologia de
ponta e recursos humanos qualificados, a
RGE projeta, desenvolve e fabrica os
seus moldes destinados a várias áreas de
atividade, desde a indústria automóvel,
aos eletrodomésticos, iluminação entre
outros. Atualmente, 60% dos moldes
produzidos pela RGE são para exportação
direta.
20
Fundada em 1984, a RGE nasce no seio de um dos
mais importantes clusters industriais do nosso país.
É na Marinha Grande que se situa a maioria das
indústrias de moldes existentes em Portugal, num
tecido industrial sobejamente reconhecido a nível
mundial. Neste campo, a RGE desenvolve a sua
atividade no início da cadeia produtiva, ou seja, a
empresa produz os moldes que irão dar origem às
peças com que são fabricados os mais variados tipos
de produtos em diferentes ramos de negócio. Com
22 colaboradores, a empresa da Marinha Grande
atingiu em 2013 um volume de negócios superior a
1,6 milhões de euros, sendo que 60% deste total diz
respeito a negócios diretos para o mercado externo.
No entanto, a restante fatia deste bolo também se
destina na sua larga maioria à exportação, através
de clientes nacionais.
E porque esta indústria tem um mercado bastante
abrangente, carece hoje em dia de empresas que
forneçam soluções técnicas e que, ao mesmo
tempo, possam dar total resposta às exigências do
setor. Há 25 anos que a RGE fornece ao mercado e
aos seus clientes soluções para os seus problemas,
assumindo-se como o parceiro de negócio ideal. A
RGE dedica-se ao projeto e fabrico de moldes para
a indústria de produção em massa de peças e
componentes plásticos e peças através da fundição
injetada de metais como o alumínio ou o zinco. No
seu processo operacional, a empresa dispõe de
vários departamentos que acompanham todo o
processo produtivo, desde o desenho informático
do projeto do molde, passando pela sua maquinação até ao departamento de qualidade que atesta
a precisão e fiabilidade dos moldes produzidos. Os
moldes fabricados pela RGE destinam-se a empresas especializadas na produção de peças e componentes para vários setores de actividade, seja
para a indústria automóvel, eletrodomésticos e
aplicações domésticas, setor eletrónico ou para
utilidades diversas. Atualmente, 60% dos moldes
fabricados pela RGE são para a indústria dos
plásticos e 40% para a fundição injetada de
metais. Uma vez que 65% dos moldes produzidos
pela empresa da Marinha Grande são para exportação direta, a empresa exporta muito para o
mercado europeu, nomeadamente para a Alemanha, onde se concentram grandes marcas de
automóveis ou para a Inglaterra, na indústria de
aplicações domésticas e outras. Ao nível dos
metais, a RGE já produziu moldes para a indústria
das energias eólicas e para o setor da iluminação,
mais precisamente a iluminação LED “porque este
liberta grandes temperaturas e estas lâmpadas só
podem ter uma estrutura em metal para dissipar o
calor”, informa José Carlos Magalhães, um dos
sócios-gerentes da empresa.
Olhando para o panorama atual do mercado,
prevê-se que, no futuro, a procura de moldes para
a fundição de metais sofra um aumento de procura, pois “é uma alternativa e um nicho de mercado
que tem ganho cada vez mais espaço”, refere João
Alexandre, diretor geral da RGE. Isto é explicado
porque “estamos há quatro anos a expandir a
vertente comercial da empresa e está a começar a
dar frutos. O ano passado foi o ano que obtivemos
mais volume de negócios e este ano está a manter-se”, continua João Alexandre. Isto é explicado
também pela presença cada vez mais assídua da
RGE
RGE em feiras internacionais da especialidade no
setor. No futuro, está nos planos da RGE operar
alguns investimentos na área fabril, contudo, “isto
é uma atividade muito exigente. Há necessidade
de fazer alguns investimentos na área fabril,
porém, a incerteza em termos da conjuntura
económica deixa-nos a pensar se devemos fazer no
imediato ou esperar”, salienta Gabriel Alexandre,
também sócio-gerente da RGE. Apesar de a
empresa estar a crescer sustentadamente, a sua
política de atuação no mercado é sensata e
moderada, o objetivo primário passa então por
abordar novos mercados externos e consolidar a
sua posição tanto no mercado nacional como nos
países para onde já exporta.
ENGENHARIA
DE MOLDES, LDA.
MOLDES PARA A INDÚSTRIA E FUNDIÇÃO INJECTADA
MOULDS FOR THE INDUSTRY DIE CASTING
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NORMAX – Fábrica de Vidros Científicos
Liderança e qualidade
na produção do vidro
Implementada no mercado desde a
década de 60, a Normax, fundada por
Joaquim Manuel Gomes, pai de Joaquim
e Rui Gomes, atualmente sócios-gerentes
da empresa, é líder nacional destacada
na produção e distribuição de produtos
para as áreas da Saúde, Educação,
Investigação, Controlo e Indústria. Ao
nível do mercado externo encontra-se
presente nos cinco continentes. Hoje em
dia com 94 colaboradores, a empresa
domina uma grande variedade de
tecnologias para transformação de tubo e
chapa de vidro, assim como diversas
técnicas de fabrico de vidro fundido,
quer através das linhas automáticas da
transformação, quer através do fabrico
manual.
Criada por uma família de vidreiros, desde a geração
dos avós aos pais, que trabalhavam a cultura do vidro
em casa, a Normax tem vindo a crescer a um ritmo
sustentado, sendo que o maior impulso se deu em 1975
com a mudança para as atuais instalações.
A atividade da Normax passa, para além da produção
de todo o tipo de artigos em vidro para laboratório,
pela comercialização de bens consumíveis de laboratório e hospitalares, que vão desde os plásticos, doseadores de líquidos, reagentes, material de colheita,
passando pelo material cirúrgico e mobiliário clínico
até à assistência preventiva e corretiva de equipamentos médicos e científicos.
Joaquim Gomes resume, “somos fornecedores de
material de laboratório para todo o tipo de entidades
que precisem de fazer ensaios. Universidades, farmacêuticas, hospitais, laboratórios clínicos, ou seja,
qualquer tipo de empresa que tenha um laboratório é
um potencial cliente”.
Representação exclusiva de marcas
mundiais e mercado externo
Apesar de enfrentarem a concorrência na área do
vidro, estabelecida pelas empresas importadoras, a
Normax orgulha-se de representar algumas marcas de
prestígio mundial que confiaram na sua equipa de
vendas para promover e introduzir idoneamente os
Normalab
O Normalab - Laboratório de Calibração de Vidraria
Volumétrica da Normax dedica-se à manutenção e
calibração de instrumentos de medição de volumes,
tais como micropipetas, doseadores, buretas e
vidraria volumétrica em geral. Disponibiliza um
serviço de recolha e entrega em qualquer ponto de
país, incluindo ilhas.
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seus produtos em todo o país.
Com uma faturação anual de cerca de 7,5 milhões de euros,
da qual resultam 2 milhões em exportação, Joaquim Gomes
refere, “o ano passado foi o nosso melhor ano de vendas no
mercado interno e este ano vamos bater essa fronteira. Há
oportunidades que aparecem e vamos aproveitar esses
momentos para aumentarmos o número de artigos com a
nossa marca própria”.
No mercado externo, onde está presente em 60 países,
o equivalente a 80% do escoamento do material
produzido, a Normax considera a vizinha Espanha o
melhor mercado europeu. As vendas para o mercado
angolano estão em crescimento e no continente
asiático têm já negócios na China.
Últimos investimentos e projetos de futuro
As mais recentes apostas da empresa têm passado pela
área tecnológica e investimento em equipamentos de
fabricação produzidos, exclusivamente, pela empresa.
Os produtos mais vendáveis da Normax são fabricados
com tecnologia própria.
O futuro passa pela diversificação de mercados, “em
vez de 200 clientes ativos queríamos ter 300 ou 400 e
estar em 80 países”, explica o diretor geral.
Desde há três anos a esta data, a Normax realiza um
encontro nacional de distribuidores externos, onde
disponibiliza nas suas instalações formação técnica de
vidro, recebendo pessoas de todo o mundo.
Moldetipo
A moldar o futuro
Direcionada para a conceção e
engenharia de moldes, a Moldetipo tem
expandido, desde a sua fundação, o seu
raio de intervenção a diferentes pontos
do globo. Para além da unidade da
Marinha Grande, a empresa tem já uma
filial no México e abriu, mais
recentemente, outra na China.
A Moldetipo pauta-se pelo elevado grau
tecnológico das suas soluções, somando
clientes de prestígio na indústria
automóvel e de eletrodomésticos.
A Moldetipo assumiu-se, desde a sua origem, em 1996,
como uma empresa exportadora, tendo começado pelo
mercado europeu e, aos poucos, expandindo o seu raio
de ação a vários países por todo o mundo. Em 2007
nasceu a filial no México, dedicada à manutenção de
moldes e, mais recentemente, em 2013, a empresa
deu um novo passo na internacionalização, com a
abertura de uma filial na China. A Moldetipo conta,
assim, com uma equipa de 60 colaboradores dividida
pelas suas três unidades, tendo atingido, em 2013, um
volume de negócios que ultrapassa os 15 milhões de
euros, num crescimento de 30% face a 2012.
Adotando a máxima “From ideas to series”, a Moldetipo investe na conceção de soluções integradas para o
cliente, que nascem com uma ideia e terminam com o
produto final. A empresa aplica técnicas avançadas no
fabrico de moldes de injeção de plástico, recorrendo a
tecnologias inovadoras na área de moldes bimatéria,
sopro e injeção de água. Com grande flexibilidade em
relação às necessidades dos clientes, a Moldetipo tem
uma equipa de projeto multidisciplinar e experiente,
apostando nos rápidos prazos de entrega e preços
ajustados ao mercado.
A empresa dedica-se a 100% à exportação, com o
mercado europeu a representar 60% do volume de
negócios (Alemanha, França, Suécia e Espanha). Fora
da Europa, o México é um dos mercados mais relevantes, e a China e Índia são apostas que têm ganho
expressão. O setor automóvel representa 70% da
faturação da Moldetipo, com clientes de prestígio
internacional como a Renault, Rolls Royce e Porsche. A
segunda área de negócio mais forte é a indústria de
eletrodomésticos, mas a empresa desenvolve também
produtos para áreas como os plásticos para a indústria
médico-farmacêutica, ou até setores tecnologicamente muito exigentes, como a nanotecnologia, a injeção
de peças plásticas assistidas com água o os moldes
para plásticos reforçados com fibra de vidro.
Destaca-se, em particular, um projeto de ID&T desenvolvido pela empresa, com suporte no âmbito do QREN
Inovação (IAPMEI), que permitiu o lançamento de um
pedal de embraiagem marca BMW através do processo de
injeção de água. Trata-se de um produto que permite
uma redução de custo de 50% para o cliente face a um
pedal convencional. Neste momento, a Moldetipo já se
encontra em negociações com a Mercedes para avançar
com a mesma solução tecnológica.
Mais do que uma empresa exportadora, a Moldetipo é
já, atualmente, uma empresa internacional, com
unidades de negócio espalhadas pelo mundo, particularmente em países com taxas de crescimento do setor
automóvel acima dos 10%. Dentro deste âmbito, a
expansão continua a fazer parte dos planos de futuro
da empresa, sendo a Índia, a médio prazo, um dos
mercados mais apetecíveis.
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Megatech Industries – Marinha Grande
Uma referência no grupo
Sediado na Áustria e com unidades distribuídas por vários países em dois continentes, o grupo Megatech Industries é
especializado na conceção, desenvolvimento e produção de vários tipos de
componentes plásticos para a indústria
automóvel. Em 2011, o grupo opta por
instalar uma unidade produtiva na Marinha Grande. Em dois anos, a fábrica
portuguesa atinge um crescimento de
relevo, duplicando o número de produção, volume de negócios e ao mesmo
tempo de colaboradores. Este êxito nos
negócios fez da unidade da Marinha
Grande um exemplo para todo o grupo.
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Com 70 anos de história, o grupo Megatech Industries
tem hoje com 1500 colaboradores à escala mundial,
contando com várias unidades produtivas e de desenvolvimento de componentes para a indústria automóvel em
vários países da Europa e no Brasil. No decorrer da sua
estratégia de crescimento, em Abril de 2011 o grupo
adquire uma empresa familiar na Marinha Grande, uma
empresa portuguesa já inserida no setor de atividade da
Megatech. Especializada na conceção, desenvolvimento e
produção de sistemas, módulos e componentes de
plástico para a indústria automóvel, a Megatech Industries produz na Marinha Grande, componentes para
grandes marcas de viaturas e peças como o grupo PSA,
Plasticomnium, Faurecia e Valeo. A unidade portuguesa
conta com 60 colaboradores e tem um volume de
negócios na ordem dos quatro milhões de euros, sendo
que 95% deste valor se destina à exportação. Em apenas
dois anos, a unidade portuguesa da Megatech Industries
alcançou números de crescimento relevantes, duplicando
a sua produção e volume de negócios e por consequência
o número de colaboradores. “O êxito da Marinha Grande
tem a ver com a revolução que fizemos na fábrica.
Incrementamos o número de colaboradores, duplicamos a
produção e faturação. Hoje somos uma referência no
grupo. O trabalho que fizemos nestes dois anos demonstrou as boas capacidades que tem a fábrica e há boas
perspetivas para o futuro. Em 2013 entraram novos
projetos que representam 85% da faturação. A entrada
dos novos moldes para o modelo Citroën C4 Picasso foi o
que nos fez despoletar”, salienta Sara Mendez, diretora
de fábrica da Marinha Grande.
O facto de a Megatech Industries não se especializar
somente no fabrico dos componentes, mas também na sua
criação e desenvolvimento, faz com que o grupo trabalhe
com as melhores marcas de viaturas e peças do ramo
automóvel. Esta grande mais-valia de inovação resulta do
centro técnico do grupo situado no País Basco em Espanha.
“É uma entidade que dá suporte a todo o grupo, possuidora
de muitas patentes, com mais de 30 anos de experiência e
uma equipa técnica de mais de 40 engenheiros que fazem
todo o desenvolvimento das peças e têm demonstrado
soluções inovadoras”, explica Sara Mendez.
Os planos de futuro do grupo Megatech Industries passam
naturalmente pelo crescimento agregado de todas as
unidades. “Acreditamos que podemos trazer inovação e
desenvolvimento a esta indústria”, diz a diretora de
fábrica da Marinha Grande. A respeito da unidade
portuguesa, as perspetivas são otimistas, pois o objetivo
é até 2016 crescer o dobro destes últimos anos. Sendo já
uma referência no grupo Megatech Industries, a fábrica
da Marinha Grande continuará a vencer e a convencer
com o seu crescimento.
DB Schenker Portugal
Aposta em Portugal reforçada
Prestes a completar 50 anos em Portugal,
a DB Schenker, presente em cerca de
130 países em todo o mundo, tem
reforçado a sua aposta no território
nacional. O investimento de nove
milhões de euros num novo centro
logístico em Vila do Conde veio
centralizar e otimizar as operações da
empresa na região Norte e dar emprego
a 170 colaboradores. A par disso, a DB
Schenker considera a sua presença em
Portugal uma vantagem por vários
fatores, entre os quais a ponte com o
mercado angolano, onde também já se
instalou.
O novo centro logístico de Vila do Conde veio substituir
os armazéns da DB Schenker na Maia e concentrar todas
as operações num só local, com mais de 14 mil metros
quadrados. O novo layout, que combina as atividades de
logística e “cross docking”, tem como vantagens “a
otimização dos recursos, uma melhoria significativa nos
processos e organização, com reflexos no aumento da
produtividade e qualidade de serviço ao cliente”, refere
Frank Gutzeit, diretor geral da DB Schenker Portugal.
Trata-se de um investimento de 9 milhões de euros e que
vai assegurar cerca de 170 postos de trabalho.
A nível nacional, a DB Schenker conta com mais de 350
colaboradores e uma frota de 350 viaturas. “O nosso
serviço é a logística integrada. Oferecemos um leque
vasto de soluções ao cliente, que vai desde o transporte à armazenagem, carga marítima, aérea, entre
outros serviços associados. Em Portugal, não existem
muitas empresas com uma gama de serviços tão
alargada como a DB Schenker. Estamos no top 3 dos
maiores operadores de logística e transportes a nível
nacional”, continua Frank Gutzeit.
Mesmo em tempos economicamente conturbados, a DB
Schenker mantém uma aposta estratégica no nosso
país. “Devido à existência de vários fornecedores do
setor automóvel, cuja produção se destina a 100% para
a exportação, conseguimos desenvolver em Portugal
uma divisão que se dedica apenas à área das componentes automóveis. Neste momento, e dentro do
grupo, Portugal é o segundo país mais forte nesta área,
logo atrás da Alemanha”.
Para além disso, a DB Schenker implementou-se em
Angola, e a ligação com Portugal é crucial. “A DB Schenker Angola vai reportar diretamente a Portugal, e nós
temos cá competências muito valiosas no relacionamento
com Angola, nomeadamente a língua e as semelhanças
no sistema legal”, refere. A empresa já “oferece um
serviço muito estável e de grande qualidade em Angola”,
contando com 40 colaboradores. As relações privilegiadas
de Portugal com os PALOP também serão vantajosas para
o mercado moçambicano, para o qual a DB Schenker
pretende avançar em breve.
No futuro, a DB Schenker pretende aperfeiçoar o seu
serviço nas mais diversas vertentes, inclusive na distribuição nacional, que iniciou há cerca de dois anos, com
entregas feitas em 24 horas. “Estamos a ter muito
sucesso com esse serviço, porque somos muito cumpridores em termos de prazos. Temos ganho novos clientes
todos os dias”, atenta o responsável. Mas, a DB Schenker
promete ir ainda mais longe. Um dos projetos prestes a
entrar em funcionamento é o serviço de transporte
ferroviário. Iniciado em 2012, este serviço foi entretanto
suspenso devido a obras em França, mas, e depois de
estudadas as melhores alternativas, as diferentes
delegações da DB Schenker na Alemanha, França,
Espanha e Portugal chegaram a um consenso que lhes vai
permitir retomar a aposta no transporte ferroviário.
“É uma iniciativa inovadora e muito positiva para
Portugal, porque a ligação ferroviária vai permitir que as
empresas sejam mais competitivas num cenário europeu,
sobretudo se tivermos em conta que, nos próximos anos,
a tendência é que o transporte rodoviário seja cada vez
mais dispendioso e prejudicial para o ambiente”, termina
Frank Gutzeit.
25
Dingipeças – Comércio de Peças Automóvel
Experiência e qualidade
no mercado das peças
A Dingipeças, sediada em Madeiras,
Leiria, conta com a experiência de 35
anos no comércio de peças para
automóveis, devido ao saber adquirido
ao longo dos anos por Alberto Flora, de
50 anos, e José Luís, de 47, que
concretizaram o sonho de se
estabelecerem por conta própria em
Abril de 2002. Atualmente com 13
colaboradores, a Dingipeças é
representante oficial no distrito de Leiria
da marca de lubrificantes Valvoline,
tendo sido distinguida em 2013, pela
mesma entidade, com o prémio de Maior
Implementação Local, e considerada uma
PME Líder no mesmo ano.
26
“O projeto começou porque já trabalhávamos juntos
na área. Eu, desde 1977, e o José Luís entrou pouco
depois, em 1980. Quando criámos a Dingipeças, há
12 anos, éramos apenas três pessoas, eu fiquei
responsável pelas peças e ele era vendedor”,
começa por afirmar Alberto Flora, a propósito do
início da empresa.
Liderança na distribuição
de equipamento original
O principal objetivo da Dingipeças é prestar um bom
serviço, conciliando profissionalismo e qualidade nos
produtos que comercializa e serviços que presta. Por
essa razão trabalha, desde o início, com marcas de
referência do ramo automóvel, tais como a Opel, Ford,
Volkswagen, Mercedes e BMW. Entre outros artigos
automóveis, a Dingipeças é também distribuidor oficial
de marcas mundiais como a TRW, Lucas e LUK-INA-FAG
e nas suas instalações os clientes podem adquirir peças
para embraiagem, travagem, suspensão, rolamentos,
filtros, escovas limpa vidros etc.
Com um leque de clientes de cerca de 130 oficinas
apenas no raio de ação do distrito de Leiria, a aposta e
o sucesso da Dingipeças passa pela venda de artigos
testados e certificados, sem margem para reclamações
e, essencialmente, pela rapidez no serviço de entrega
das peças às oficinas.
Com cinco viaturas ao serviço da distribuição, “a nossa
filosofia é termos três pessoas na rua, que fazem uma
ou duas rotas diárias. Aqui perto, atuamos sempre que
o cliente solicita, o que pode ser quase de hora a hora.
Há sempre clientes que vêm cá ao balcão, mas são
cada vez menos”, salienta o sócio-gerente e supervisor
de distribuição, José Luís.
Com um crescimento sustentado e valores de
faturação de 1 milhão e 200 mil no ano de 2013, a
empresa regista no primeiro semestre de 2014 um
crescimento na ordem dos 10%, que, de acordo com
a gerência, se deve ao “conhecimento, rapidez,
satisfação do cliente e relação qualidade/preço”.
Alberto Flora salienta ainda que “somos uma
empresa que leva o negócio das peças a sério. O
correto seria os importadores venderem só às casas
de peças e nós vendermos às oficinas, só que está
tudo misturado, os importadores são desleais e
vendem diretamente a oficinas particulares”.
Inovação e formação de clientes
A Dingipeças conta ainda com a colaboração dos filhos
de Alberto Flora e José Luís. A nova geração contribui
para o desenvolvimento desta empresa, que conseguiu
fidelizar os seus clientes ao longo dos anos através da
lealdade, proximidade e também pela implementação
de campanhas promocionais. O futuro passa pela
diferenciação e consolidação dos caminhos trilhados.
De salientar que nos cerca de 400 m2 das instalações,
as peças estão minuciosamente separadas em estantes
por referência, marca e tudo com localização, para
que o balconista ao introduzir a referência da peça
saiba exactamente onde a ir buscar de modo a servir
rapidamente o cliente, uma vez que todo o sistema é
computorizado.
A Dingipeças preocupa-se com a formação dos seus
clientes, disponibilizando-lhes cursos de formação. Estes cursos de cinco módulos são ministrados na ATEC,
no parque empresarial da Autoeuropa e têm uma periodicidade regular. Um complemento a isso são as acções de formação locais que a empresa disponibiliza
nomeadamente acerca de embraiagem, travagem, direcção, suspensão, sistema EGR entre outras.
AZ PEÇAS – Peças automóvel usadas
Armazém inteligente e parque
automóvel com 1000 carros
A atividade da AZ Peças, situada em
Ataíja de Cima, Aljubarrota, caracteriza-se pela venda de peças auto, usadas e
salvados. As atuais instalações, com
cerca de 30 mil m2, permitem a António
Pinho, de 38 anos, ter uma empresa de
referência no que diz respeito ao
desmantelamento e venda de peças
automóvel. Com sete colaboradores, esta
demonstra ser uma equipa dinâmica que
pretende oferecer aos clientes as
melhores opções de mercado.
A trabalhar na área há mais de dez anos, foi em 2012 que
António Pinho, enquanto mentor do projeto, decidiu
alargar a sua oferta para corresponder à procura dos
clientes. Com uma variedade enorme de artigos para
comercialização, para ligeiros e pesados, o atual
estabelecimento encontra-se numa fase de organização
em que o objetivo passa por selecionar todas as peças
nas prateleiras por marcas, categorias e referências.
Armazém inteligente, raro em Portugal
“Foi um grande investimento, uma aposta colossal. O
objetivo passará por fazer um armazém inteligente. Eu
tirei esta ideia de Espanha já há alguns anos e agora
decidimos dar o passo”, salienta António Pinho.
Para além da alta densidade do armazenamento, que
proporciona tempos de entrega extra-rápidos, a gestão
de armazém integrada permite a proteção e controlo do
inventário e uma visível redução de custos. A lógica é
produto ao utilizador, em vez de utilizador ao produto.
“O que me importa é que a casa esteja a trabalhar
bem. O que tem valor é o cliente chegar aqui, ser
atendido com rapidez, que seja prático e que as coisas
cheguem ao balcão. Basta introduzir no sistema
computorizado as referências e verificar se temos as
peças”, é assim que António Pinho define o projeto.
A dinâmica da AZ Peças passa pela compra de automóveis, alguns no estrangeiro, outros em Portugal, e a
venda das peças. Deste processo faz parte o desmantelamento do carro, ou seja, tirar as peças que podem
ser aproveitadas e vendê-las a particulares ou oficinas
de reparação automóvel.
Mercado nacional
e perspetivas internacionais
Sendo uma empresa multimarcas, que importa grande
parte dos carros de Madrid, António Pinho considera
que há mais hipótese de negócio. “Motores e caixa são
logo das primeiras peças a serem retiradas, pois são os
produtos mais vendáveis e assim, quando os clientes
pedem, já estão disponíveis. O restante do automóvel
volta para o parque, que de momento tem cerca de
1000 carros”, explica o sócio-gerente.
Com 300 mil euros de faturação em 2013, principalmente para o mercado interno, a AZ Peças tem já
parte do seu volume de negócios em Espanha e Cabo
Verde, com mais destaque para esta última ilha. Os
PALOP são mercados que interessam a António Pinho
que, contudo, refere que “até podia ter várias
parcerias com esses países, mas, quando começamos a
ter muita coisa, algo fica para trás. E não estando lá é
muito complicado. O licenciamento desta obra é uma
prioridade”, afirma.
Mercado online
Através do site da Telepeças, Localização de Peças Auto Usadas, e enquanto a página da AZ Peças não estiver acessível a essa função, António Pinho tem catalogadas online todas as peças disponíveis. O cliente só
precisa de introduzir o artigo que pretende e aguardar
pela entrega da peça ou deslocar-se à AZ Peças e proceder ao levantamento ao balcão.
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José Ilídio da Cruz – Serralharia e Carroçarias
Empresa familiar no ramo
das carroçarias
Com 30 anos de experiência no ramo da
serralharia e fabricação de carroçarias,
José Ilídio da Cruz constituiu a empresa
em 1985 e estabeleceu-se em 1992,
mantendo-se até aos dias de hoje nas
mesmas instalações, nas Caldas da Rainha,
que perfazem um total de 2000 mil m2 de
área coberta. Na empresa conta com a
colaboração de sete empregados, incluindo
a sua filha Catarina que trata da parte
administrativa, e o seu filho Pedro na parte
da produção. Pautada pela qualidade, a
José Ilídio Cruz contribui para a economia
nacional ao comprar as matérias-primas
para a produção em Portugal.
Tendo iniciado a sua atividade com apenas três colaboradores, a empresa dedica-se ao fabrico de caixas de carga
para os veículos de transporte. O veículo chega à
empresa em chassi e o processo passa por produzir e fixar
a caixa de carga adequada às medidas e em função
daquilo que o cliente pretende. “Fazemos entre caixas
tradicionais abertas com taipais, contentores de alumínio
ou madeira, caixa de toldos de cortinas e outras estruturas. Não fazemos básculas. Fazemos a carroçaria ou a
reparação”, explica José Ilídio.
Com maquinaria suficiente para construir carroçarias
fechadas, tipo TIR, e plataformas elevatórias, os
serviços da empresa passam também pelas reparações
e assistência técnica dos veículos, pequenos serviços
de corte e quinagem de chapas.
Empresa familiar e inovadora
Desde o início da sua atividade que a José Ilídio da
Cruz se afirma no mercado por ir ao encontro das
necessidades dos clientes, insistindo sempre na
evolução e inovação, como veículos essenciais para a
modernização. A aposta ao longo dos anos tem sido no
investimento em meios técnicos e humanos para
melhor servir a procura.
Na expectativa para saber em que sentido vai o
mercado, o empresário afirma, “gostaria que os meus
filhos continuassem com isto. Daqui a alguns anos isto
vai melhorar e voltar ao que já foi”.
Um olhar sobre o mercado
No ramo da serralharia e carroçarias tem-se assistido,
nos últimos anos, ao encerramento de várias empresas, principalmente, familiares. O setor das viaturas
comerciais parou as vendas em mais de 90% e o
aumento dos combustíveis apresenta-se também uma
razão para este flagelo em Portugal.
28
José Ilídio Cruz justifica, “o que aconteceu foi um
excesso de vendas no passado, a maior parte das
empresas que fecharam puseram esses carros à venda
no mercado secundário. Daqui a quatro anos não
existirão carros seminovos porque não se venderam
hoje. Hoje os bancos também já não emprestam
dinheiro para comprar viaturas”.
As perspetivas da empresa para o ano de 2014 prendem-se com a estabilização do orçamento, dos serviços
e dos materiais, sem perspetivas de crescimento, por
enquanto, apesar de acreditarem na mudança. “Aqui
há uns anos não havia mãos a medir, trabalhávamos a
100%, hoje já não é bem assim. Contudo, tenho
qualidade e tenho clientes que me procuram pela
qualidade, ainda há clientes que olham para esse facto
e não só para o preço”, salienta José Ilídio.
Perspetivas de exportação
Sendo um ramo em que se torna complicado aderir
aos mercados externos devido aos obstáculos colocados e ao difícil acesso em conquistar os empresários
estrangeiros e estabelecer parcerias, José Ilídio
acrescenta, “é muito difícil por causa do transporte.
Há viabilidade para fazer, mas ainda não exploramos
pelo grande entrave que é o transporte devido ao
volume das peças”.
Grupo Hermínio – Compra e venda de peças e camiões
Manutenção e reparação
de peças e camiões
Com mais de 20 anos de experiência, a
Hermínio Cordeiro Batalha (HBC) é um
grupo de empresas especializadas na
manutenção, reparação e comercialização
de peças e camiões, das principais marcas
de pesados. Num total de 70 pessoas, o
grupo tem atualmente seis lojas, sendo
que a sede e a oficina se situam na Batalha
e as filiais se encontram nas cidades de
Pombal, Ovar, Alverca, Ermesinde e Rio
Maior. Estas lojas estão abertas ao público,
localizadas para servir de forma eficiente
clientes de todo o país.
Hermínio Batalha começou esta atividade com 26 anos,
por conta própria, e dedicava-se à venda de peças de
camiões da marca Scania. A HBC surge em 1996 e, a
certa altura, após a criação de diversas empresas
fundiram todas num grupo. Atualmente tem duas
empresas ativas, a HBC II – Peças Auto e a HBC –
Transportes que se dedica ao transporte de viaturas
pesadas.
HBC II – Peças Auto
Com 30 mil metros m2 de área, sendo que 10 mil são
cobertos, a empresa disponibiliza um grande leque
de peças novas, usadas e recondicionadas. A HBC é
ainda licenciada para fazer o desmantelamento de
viaturas em fim de vida. No leque de peças
recondicionadas pela HBC os clientes podem
encontrar desde motores, caixas de velocidade,
diferenciais, bombas e caixas de direcção, bombas
injetoras, motores de arranque e alternadores. Este
tipo de material não se limita apenas à marca Scania
como se extende pelas marcas ZF, Mercedes, Volvo,
DAF e MAN.
Oficina de Reparações
A HBC II tem uma oficina modernizada que dispõe de
equipamentos sofisticados para assistência aos
veículos, bem como profissionais devidamente
qualificados, desde mecânicos, bate-chapas e
eletricistas, que se dedicam à manutenção e reparação
de camiões Scania.
A HBC II trabalha com as principais marcas de
aftermarket, 65% das peças que trabalham e
comercializam estão relacionadas com a marca Scania,
mas a HBC II é uma empresa multimarcas. No que diz
respeito à concorrência, Hermínio Cordeiro refere
“alguns dos nossos concorrentes são também nossos
parceiros e nossos clientes, às vezes até acabamos por
trocar, mas mantendo sempre a nossa posição no
mercado”.
Mercado de importação e investimentos
A faturar mais de 9 milhões de euros/ano, a empresa
considera que atualmente as perspetivas são de
consolidação orçamental e a aposta está a ser feita na
área das peças e no aumento e diversidade de stock.
João Cordeiro, filho de Hermínio Cordeiro, colabora
com o pai na empresa dedicando-se à parte da
importação de países tais como Espanha, Itália,
Alemanha, China e Brasil, participando também em
feiras no estrangeiro. “Temos que estar atentos ao
mercado interno. Neste momento, o site está em
preparação para venda online, onde o cliente tem uma
área reservada com acesso a preços e a stock”,
salienta João Cordeiro.
Mercado externo
Com valores residuais no mercado externo, entre 5 a
10% a HBC II tem clientes em Angola e Moçambique,
mas não pretende abrir filiais nesses locais, uma vez
que possui lá clientes estabelecidos. A nível europeu a
empresa tem vindo a focar a sua atuação na
exportação para Espanha.
TTP – Marca própria
A TTP, Truck and Trailer Parts, corresponde a 7% da
faturação. “Em 2009 estabelecemos uma parceria com
uma empresa espanhola e uma italiana, encomendando
assim maiores volumes a melhores preços, uma vez que
estamos juntos.” A marca TTP atualmente dispõe dos
seguintes produtos: discos e pastilhas e calços de
travão, foles e amortecedores de suspensão, baterias,
farolins, espelhos e barras de direção.
29
Yudo
Portugal como centro
de decisão estratégico
A Yudo é um grupo empresarial que
opera em vários setores de atividade,
entre os quais o fabrico de sistemas de
injeção de plástico para o setor dos
moldes. Portugal mereceu a escolha do
grupo para a instalação de uma unidade
industrial que funciona ao mesmo tempo
como centro de decisão para a Europa,
África e América Latina. Situada na
Marinha Grande, a Yudo exporta 65% da
sua produção e é líder mundial no setor
onde opera. Com um crescimento
acentuado ano após ano, está nos planos
da Yudo a sua ampliação com vista a
duplicar a produção.
Fundada em 1980 na Coreia do Sul, a Yudo nasceu
“fruto da visão e sonho do fundador, Francis Yu,
com o fim de desenvolver ferramentas que auxiliassem o processo de injeção de plástico”, revela
Fausto Esperança, diretor geral da Yudo em Portugal. Depois de um grande crescimento e expansão
internacional, hoje a Yudo está presente em vários
países em todos os continentes do globo. No final
dos anos noventa a Yudo chega a Portugal. Portugal
foi o país da Europa onde a Yudo mais cresceu e
criou uma estrutura dinâmica e capaz de ser um
ponto de partida para a conquista da Europa.
“Havia várias localizações em discussão, mas o
fator principal da escolha da Marinha Grande teve a
ver com o cluster dos moldes. Este cluster traz-nos
a concentração e proximidade dos clientes, traz-nos a mão-de-obra e acesso a fornecedores de
serviços e produtos”, explica Fausto Esperança. Em
2007 a Yudo constrói a fábrica na Marinha Grande
num investimento de quatro milhões de euros. A
fábrica dá emprego a 70 pessoas e tem um volume
de negócios de 7,5 milhões de euros. Neste valor,
65% é exportação direta e a restante percentagem
30
diz respeito às vendas para o mercado português.
Portugal assume-se como o maior cliente da Yudo
na Europa, seguindo-se a Alemanha, Espanha,
França e Itália.
A Yudo fez de Portugal a base para liderar a
expansão pela Europa, África e América Latina,
exceto o Brasil. “Portugal é um centro de decisão
nevrálgico e estratégico e estamos a liderar um
processo de afirmação e sustentação do mercado
europeu”, salienta Fausto Esperança. A empresa
tem vindo a obter um crescimento de dois dígitos
todos os anos. Por esta razão, a fábrica da Marinha
Grande está a ser insuficiente para a demanda do
mercado e a Yudo tem já um projeto de ampliação
para duplicar a capacidade de produção.
Sendo a Yudo líder mundial no fabrico e comercialização de bicos de injeção de plástico para aplicar
nos moldes, neste momento “estamos numa fase de
investimento muito grande na transição de uma
gama de produtos, a reformular todo o catálogo e a
parte produtiva no desenvolvimento de ferramentas
informáticas para ganhos de eficiência produtiva.
Estamos a trabalhar em eficiência dos processos a
fim de obter uma vantagem competitiva perante os
nossos concorrentes nos prazos de entrega”,
informa Fausto Esperança. Não é por acaso que
hoje a Yudo é líder mundial no setor onde opera e é
um dos grupos empresariais que regista atualmente
uma maior ascensão e expansão nos ramos de
atividade onde opera. A partir de Portugal e em
apenas sete anos, o grupo sul coreano está, portanto, a dar passos de gigante no seu crescimento a
nível global.
Doces Sabores – Pastelaria e Restaurante
Sabores que falam por si
Aberto em 2011, o Doces Sabores é um
espaço recente de pastelaria e
restauração, situado em Ataíja de Cima,
Alcobaça, à face da EN1. Criado com o
objetivo de ser um espaço diferente dos
demais, o Doces Sabores preza a
qualidade dos seus produtos e o sabor
dos seus pratos. Com capacidade para
100 pessoas em duas salas separadas, o
Doces Sabores também pode levar as
suas delícias até si, pois também presta
serviços de catering em diversos locais.
O Doces Sabores é um novo espaço de pastelaria e
restaurante criado em 2011 por Carlos Roxo e Pedro
Luís. Amigos de infância, os dois decidiram juntar-se
no mundo dos negócios para criar um novo conceito de
hotelaria na localidade. “Apesar de termos aberto na
pior fase da restauração nos últimos 30 anos, com a
baixa do poder de compra e o aumento do IVA, tenho
de fazer uma análise positiva destes anos pois todos os
anos aumentámos a faturação”, diz Pedro Luís.
Situado junto a um tecido empresarial relevante e
junto a uma via de passagem principal, o Doces
Sabores é um espaço diferente que não existia na zona
até então. Aberto desde cedo, disponibiliza o serviço
de café, pastelaria e snack-bar num espaço, e numa
sala contígua existe o restaurante, cada espaço
separado e individual. O restaurante define-se pela
qualidade dos seus pratos tanto de carne como de
peixe. Carlos Roxo, responsável pela cozinha, conta
com 30 anos de experiência neste ramo e é da sua
responsabilidade a escolha dos produtos a confecionar
e as receitas. “Costumo dizer que não sei cozinhar, o
que eu faço aqui é ser criterioso ao comprar matérias-primas de muito boa qualidade e respeitá-las”,
humoriza Carlos Roxo. Com serviço de diárias, mas
também escolha à carta, no menu temos pratos de
todo o tipo de carnes. No pescado, a frescura dos
peixes da nossa costa fazem a diferença na hora de
escolher um prato. No fim de uma deliciosa refeição, o
Doces Sabores tem uma adocicada lista de sobremesas
onde se destacam os crepes, panacotas e um doce da
criação da casa de nome Arrepiado, feito com doce de
maçã de Alcobaça, leite-creme e merengue queimado.
“Nós temos um produto e levámo-lo para onde
quisermos. Temos um conceito, foi isso que nós
quisemos criar independente do sítio onde estivéssemos”, salienta Pedro Luís. Assim, o Doces Sabores
também faz serviços de catering em convívios, festas
ou casamentos. Se preferir degustar os saborosos
pratos num momento mais íntimo, Carlos Roxo pode
deslocar-se a qualquer local para confecionar as suas
receitas. Com esta solução polivalente de negócio, o
Doces Sabores tem vindo a conquistar cada vez mais
clientes, não só no seu espaço mas também por toda a
região, fazendo as delícias dos clientes.
Gambas al ajillo
Tábua de queijos
Tábua de enchidos ibéricos
Tábua de presunto ibérico
Foie Gras salteado com maçã ou alcaparras
Cogumelos salteados
Pimento recheado
Salada de tomate, alface, pepino,
feijão frade e polvo (azeite, cebola, vinagre e sal)
Salada de polvo
Linguine de tinta de choco
com camarão, ameijoa e tomate
Lasanha de legumes
Percebes cozidos
Lombo de bacalhau à Doces Sabores
Açorda de bacalhau
Polvo à lagareiro
Peixe no pão (por encomenda)
Mista de porco preto
Maminha
Bife do acém
Bife de alcatra
Bife do pojadouro
Panacota com frutos silvestres
Crepe com gelado / frutos silvestres
Cheesecake de lima
Arrepiado
31
Câmara Municipal de Alcobaça
Um concelho empreendedor
Reeleito nas mais recentes eleições
autárquicas para um segundo mandato à
frente dos destinos da Câmara Municipal
de Alcobaça, Paulo Inácio tem
implementado diversas medidas para
estimular a economia de “um concelho
de forte cariz empreendedor, com uma
produção voltada para a exportação”. O
apoio aos empresários da região está
patente em diversas medidas, desde a
criação de uma Linha Verde de
atendimento prioritário até aos
incentivos à instalação de empresas em
zonas industriais, entre outras.
Como carateriza o tecido industrial e empresarial do
concelho de Alcobaça?
O tecido industrial e empresarial do concelho de
Alcobaça carateriza-se pelo seu forte cariz empreendedor, o qual tem levado as nossas empresas a alcançar
bons resultados, inclusive, e com destaque, para uma
produção voltada para a exportação. Este facto tem
permitido alcançar resultados muito expressivos,
traduzindo-se numa balança comercial positiva. O
concelho de Alcobaça registou o ano passado um saldo
positivo da balança comercial que ronda os
81.500.000,00€, o valor mais siginificativo dos concelhos
da Região Oeste, bem como um dos mais elevados do
distrito de Leiria.
protocolos de geminação. Queremos também apostar nos
nossos emigrantes, no sentido em que pretendemos que
sejam embaixadores destas missões.
Que medidas concretas a autarquia instaurou ou irá
concretizar para apoiar as empresas do seu concelho?
A autarquia instaurou a Linha Verde para atendimento
prioritário a empresários, com vista a uma resolução
rápida e eficaz de todas as questões que estes tenham a
colocar, procurando fazer uma discriminação positiva de
setores que entendemos estratégicos para o concelho.
O dossier da Área de Localização Empresarial da
Benedita já está concluído? Em que fase se encontra o
processo?
Este dossier encontra-se já em fase de conclusão. Vai ter
lugar a segunda conferência de interessados para
conseguirmos ultrapassar as questões burocráticas que
ainda se levantam, com a maior brevidade.
Que tipo de benefícios ou apoios a autarquia oferece
para a instalação de novas empresas no concelho e
como medidas de atração de investimento?
Para além da Linha Verde para atendimento prioritário
aos empresários, apostamos na Zona Industrial do Casal
da Areia, com condições vantajosas para os empresários
que se queiram lá sediar, uma vez mais tentando fazer
uma discriminação positiva em relação a setores como a
cerâmica e novas tecnologias, entre outros, que entendemos serem estratégicos para o desenvolvimento do
concelho de Alcobaça.
Pela sua história, património e riqueza cultural, o
turismo também é uma das áreas que traz muitos
benefícios à economia local. Que esforços tem a
autarquia encetado para divulgar as potencialidades
turísticas do concelho?
A autarquia tem-se concentrado nos eventos que melhor
a diferenciam e dão a conhecer o que de melhor se faz
no concelho de Alcobaça, procurando atingir escala e
atraindo assim muitos turistas e visitantes. Posso adiantar
que Alcobaça teve honras de capa na revista da TAP no
passado mês de Maio, sendo que a visibilidade internacional é algo que, constantemente, procuramos alcançar.
Importa acrescentar que o concelho de Alcobaça, apesar
da crise que o país vive, tem demonstrado saldos
económicos significativos em áreas de referência, como a
agricultura, e sendo um concelho com uma grande
diversificação setorial, tem obtido também resultados
significativos nas suas exportações. Apesar da taxa de
desemprego ser significativa, a mesma encontra-se
abaixo da média nacional. O município tem diligenciado
nas mais diversas formas para a captação de investimento privado para o concelho de Alcobaça.
A Câmara Municipal de Alcobaça apoia os empresários
na concretização de novos negócios? Por exemplo, na
concretização de missões empresariais ao estrangeiro
ou facilidades de comunicação entre entidades estatais
e os empresários.
A Câmara Municipal de Alcobaça tem vindo a realizar
diversos eventos e seminários com o objetivo de apoiar
os empresários e o surgimento de novos negócios. Temos
em vista a realização de missões empresariais, nomeadamente com cidades e territórios com quem já mantemos
FICHA TÉCNICA Propriedade, Edição, Administração e Autor: Páginautêntica – Publicações, Lda Administração, Redação e Depto. Gráfico: Avenida Rodrigues de Freitas, 164, 2º traseiras, 4000-416 Porto,
Tel. 225 360 898, [email protected], www.empresasmais.pt Editor: Carla Borges Produção de Conteúdos: Nuno Sobrosa, Joana Martins Gestão de Comunicação: Alberto Santos, Hugo Midão, Susana Oliveira
Periodicidade: Mensal Depósito Legal: 370221/14 Os artigos nesta publicação são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor. Reservados todos os direitos, proibida a
reprodução, total ou parcial, sem prévia autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da revista, exceto nos anúncios com localização obrigatória paga. O editor não se
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Câmara Municipal de Vila Verde
Um município em crescimento
Eleito nas autárquicas de 2013 para um
segundo mandato à frente dos destinos
da Câmara Municipal de Vila Verde,
António Vilela tem na criação de
emprego e atração de investimento uma
das maiores prioridades para os próximos
quatro anos. A construção de diversas
infraestruturas, como é o caso da rede
de saneamento, dos centros escolares e
da Casa do Conhecimento, e as
iniciativas ligadas à cultura, onde se
incluem o Namorar Portugal e a Rota das
Colheitas, são alguns dos projetos-chave
da autarquia.
Nas mais recentes eleições autárquicas, os vilaverdenses mostraram-se agradados com o trabalho
realizado por António Vilela no seu primeiro mandato, e reelegeram, por isso, o autarca, para um novo
mandato à frente do município. As prioridades para
os próximos quatro anos resultam, assim, de um
planeamento já feito no passado, e “de uma estratégia de desenvolvimento local que assenta, especialmente, na criação de emprego, e que implica a
atração de investimento”.
O município aposta na criação de condições que
facilitem a instalação de empresas no concelho,
nomeadamente “a isenção de pagamentos das taxas de
licenciamentos, as taxas de IMI no valor mínimo e
taxas de água e saneamento com valores entre as mais
baixas do país. Pontualmente, fazemos também a
cedência de terrenos para a instalação de unidades
empresariais”, atenta António Vilela. O responsável
entende também que, para atrair investimento, é
necessário que exista mão de obra qualificada, daí a
importância da formação. A autarquia está, assim, a
concluir a construção de todos os equipamentos previstos na carta educativa.
“Esse é o primeiro passo para fixar as pessoas em Vila
Verde, pois os pais sabem que vamos proporcionar aos
seus filhos uma formação de qualidade, em centros
escolares de excelência, espalhados por todo o
concelho. Neste momento, além dos que já estão em
funcionamento, encontram-se em construção os de
Turiz, Soutelo, Lage e Cervães, com conclusão prevista
para o final do ano. Falamos de centros escolares
requalificados, ampliados e de excelentes condições,
que abrangem desde o pré-escolar até ao terceiro
ciclo, e também o ensino profissional”, explica o
autarca.
Ainda dentro do âmbito pedagógico, a Casa do
Conhecimento, um espaço de experimentação e de
desenvolvimento de iniciativas ligadas às novas
Rota das Colheitas – Um Evento a Descobrir
Todos os anos, o concelho de Vila Verde organiza a Rota
das Colheitas, e este ano não é exceção. Com início em
agosto e término no fim de novembro, o evento inclui
“uma agenda de eventos associados, no sentido de
promover o concelho, os produtos e as suas tradições”.
Todos os fins de semana são reproduzidos quadros
associados ao mundo rural, como as desfolhadas,
malhadas e fiadas, entre outros. Em outubro, têm lugar
vários eventos associados à gastronomia e colheitas, dos
quais se destacam a Festa das Colheitas no primeiro e
segundo fins de semana, e que incluem áreas como a
gastronomia, o artesanato, e a degustação de produtos
regionais e a venda de produtos agrícolas.
tecnologias, é outro dos projetos que deverá ser
inaugurado ainda este ano, e que terá também
associada uma vertente de formação.
Namorar Portugal
Cada vez mais conhecidos em todo o país, os lenços
dos namorados, tradição com raízes em Vila Verde,
motivaram a criação, há 11 anos, do projeto Namorar
Vila Verde que, um ano depois, assumiu um âmbito
nacional, passando a designar-se Namorar Portugal. Na
edição deste ano do evento, foi criada uma marca
registada para os produtos, que podem ser desde
artigos de decoração para o lar, souvenirs, vestuário e
calçado ou até peças de arte. “Hoje, temos parceiros
a nível nacional e internacional, como é o caso, por
exemplo, da Lameirinho e da Vista Alegre, que criaram
linhas de produtos inspirados nos motivos de lenços de
namorados. A nível local, este é um projeto gerador de
mais-valias para o território, gerando emprego, e que
é fundamental para a dinamização da atividade
económica. Para além disso, tem trazido uma grande
visibilidade e notoriedade para o concelho”, termina
António Vilela.
33
Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde
Celebrar 70 anos
com novo hospital
Foi em 1944 que nasceu a Santa Casa da
Misericórdia de Vila Verde e, com ela, o
Hospital da Misericórdia. 70 anos depois,
a instituição cresceu, projetando-se para
todo o Alto Minho e tornando-se uma
referência a nível nacional. Hoje, em
pleno aniversário e como forma de
retribuir a criação do hospital, a Santa
Casa da Misericórdia de Vila Verde está a
renovar e ampliar as suas instalações,
prevendo-se, assim, a entrada em
funcionamento do novo Hospital da
Misericórdia já em setembro.
Desde a criação do Hospital da Misericórdia, várias valências
têm sido acrescentadas na Santa Casa da Misericórdia de
Vila Verde. Entre infantário, lares de idosos, lar residencial
para deficientes profundos, unidades de cuidados continuados e até uma farmácia, um spa e uma padaria, entre
outros, a instituição serve uma população de 350 mil
habitantes, e conta com uma equipa de 500 colaboradores.
Na instituição desde 1997, o provedor Bento Sousa Morais
tem impulsionado e acompanhado este crescimento, em
que se procuram também incluir valências inovadoras,
como é o caso do Hospital de Dia para doentes de Alzheimer. “Existem muito poucos no país, e um deles é aqui em
Vila Verde. Neste momento, abrangemos 15 utentes, e
asseguramos o acompanhamento muito técnico e especializado que esses casos exigem”, atenta Bento Sousa Morais.
Ainda assim, de todas as valências da Santa Casa da
Misericórdia de Vila Verde, o hospital continua a ser o
mais procurado pela população. “O nosso hospital é já
uma referência no país. Temos 130 médicos, que
abrangem todas as especialidades, e fazemos também
todo o tipo de cirurgias, exeto ao coração. Temos três
salas de cirurgia, 30 camas de apoio à cirurgia, e fazemos
cerca de 300 consultas diárias. Dispomos ainda de uma
maternidade e de um centro de imagiologia, de um
laboratório de análises clínicas e uma unidade de
medicina física e reabilitação”, continua o provedor.
Na atual conjuntura, as principais necessidades que levam a
população à Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde
prendem-se com os cuidados de saúde, e ali, de facto, os
VALÊNCIAS
Creche e Jardim-de-Infância; Hospital; Lares de
Idosos e Centro de Dia; C.A.O. e Lar Residencial;
Farmácia e Parafarmácia; Apoio Domiciliário;
Empresas de Inserção; Pastelaria; Formação; Spa;
Unidade de Prado; Banco Solidário
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utentes podem contar com “uma maneira distinta de tratar
cada doente, com um atendimento rápido, eficiente, e
preços mais acessíveis”.
O novo e remodelado hospital, cuja entrada em funcionamento está prevista para setembro, estará “bem equipado
e pronto para servir não só as populações do concelho, mas
toda a região do Alto Minho”. As preocupações ambientais
não foram esquecidas no novo projeto, nomeadamente
através da inclusão de tecnologias de poupança energética,
quer de aquecimento, quer de arrefecimento.
Mas, a abertura do novo Hospital da Misericórdia não é
o único projeto que a Santa Casa da Misericórdia de
Vila Verde tem em mãos. Bento Sousa Morais aponta “a
ampliação do lar residencial para deficientes profundos, uma obra de importância social enorme”, como
um dos projetos de futuro da instituição, e ainda da
criação do 1º ciclo.
ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave
A lutar pelo desenvolvimento
rural integrado desde 1991
Ao longo de 23 anos, a ATAHCA ajudou a
colocar em marcha diversas ações e
projetos na sua área de intervenção
geográfica, num investimento que
ultrapassa os 50 milhões de euros. Hoje,
a ATAHCA mantém-se num lugar cimeiro
entre as associações congéneres, a nível
nacional, em termos de execução
financeira, e continua a apoiar diversos
projetos, inseridos no âmbito do turismo,
recuperação do património, atividade
complementar à agricultura, apoio a
micro-empresas, atividades agrícolas e
formação profissional, entre outras.
A ATAHCA é uma instituição do terceiro setor, onde o
desenvolvimento rural integrado é o seu principal
objetivo. A ATAHCA como associação de desenvolvimento
local desenvolve um vasto conjunto de iniciativas
transversais e necessárias ao desenvolvimento do
território do Alto Cávado, que engloba seis municípios. O
LEADER, o PRODER e o POPH têm sido as principais fontes
de financiamento das iniciativas que têm desenvolvido
durante os 23 anos da sua existência.
O desenvolvimento rural integrado é o grande objetivo
da ATAHCA, e no qual “cabe um leque de atividades,
como as atividades complementares à agricultura, o
apoio às micro-empresas, o turismo no espaço rural, a
animação turística, a recuperação do património, com
realce para o património etnológico, e o apoio na área
social”, destaca José Mota Alves, presidente da
ATAHCA.
Depois da iniciativa LEADER, entrou em vigor, entre
2007 e 2013, o subprograma 3 da abordagem LEADER
do PRODER, durante o qual a ATAHCA aprovou 149
projetos para um investimento de cerca de 20 milhões
de euros. Com o término desta iniciativa, a associação
está a preparar-se para o próximo quadro comunitário,
que decorrerá entre 2014 e 2020, no âmbito do
FEADER, FEDER E FSE, com gestão plurifundo. A
ATAHCA está preparada para a gestão plurifundo, pois
a sua experiência nesta tipologia de gestão, permite
uma aplicação mais eficaz e mais sustentada na
estratégia integrada do território, esperando-se que a
tutela continue a acreditar no trabalho de missão que
as ADL têm desempenhado no desenvolvimento
transversal do mundo rural.
No futuro, a ATAHCA prepara-se para abranger mais
território e mais população, mantendo-se atenta a
este reforço das atividades agrícolas na região e
prestando o seu apoio a micro-empresas do setor. Para
além disso, o grande potencial do turismo na região,
dada a proximidade do Gerês, o dinamismo jovem e a
centralidade, é também algo a ter em conta. “Vamos
ter sempre presente a preocupação de como vender o
território, no seu todo e como diferenciar o Alto
Cávado como marca”, termina José Mota Alves.
A atividade da ATAHCA não se cinge à gestão de fundos
comunitários. “A dada altura, identificámos uma
necessidade junto da população – a formação – e
começámos a intervir nessa área. Já tivemos cursos
EFA, um centro de Novas Oportunidades, e atualmente
temos um CQEP (Centro para a Qualificação e o Ensino
Profissional), Cursos de Aprendizagem destinados a
jovens entre os 18 e os 23 anos que abandonaram a
escolaridade obrigatória, e que permitem completar o
12.º ano com direito a uma certificação profissionalizante. Temos ainda cursos de Design de Moda, Programação, Saúde, Comercial e Multimédia. No 1º e 2º
semestre deste ano, vamos iniciar novos cursos de
aprendizagem para jovens. O território só cresce e se
desenvolve com conhecimento, com uma população
formada e bem preparada profissionalmente”, refere o
responsável.
Alto Cávado Com ... Vida!
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Decor-Verde, Interiores e Arquitetura, Lda. A decorar interiores
há mais de três décadas Inaugurada em 1981 a Decor-Verde surge
como empresa de decoração, que aposta
na criação de novos espaços, com o
intuito de oferecer um serviço de
qualidade a nível de interiores e
revestimentos. Situada em Vila Verde, a
Decor-Verde representa um serviço de
referência nesta área.
Com o término dos estudos, Adelaide Marques viu na área
da decoração uma oportunidade de negócio. A ajuda do
marido António Marques que trabalhava nessa área,
especificamente na pintura de construção civil, foi
importante para a planificação do negócio. A abertura da loja aconteceu em 1981 com a comercialização de tintas, papel de parede e alcatifas, tendo sido
acrescentado, mais tarde, à gama de produtos as passadeiras, carpetes e revestimentos vinílicos e de madeira.
O negócio da decoração foi crescendo com a ampliação da
loja e a junção de novos produtos como móveis (estes que
se executam por medida e personalizados), cortinas,
colchas, candeeiros, quadros, loiças e bibelôs. A Decor-Verde apostou, igualmente, num atelier próprio para a
confeção de cortinas, reposteiros e colchas. O mercado de tendências da decoração é ditado pela
região e pelos clientes, e a aposta de Adelaide Marques
passou por fazer várias formações, incluindo decoradora
profissional, para que o atendimento seja personalizado
e diferenciado dos diversos espaços que decora, tendo
acompanhamento técnico em todas as áreas. No fundo, a Decor-Verde apresenta atualmente um
posicionamento transversal a vários setores de atividade,
como arquitetura, decoração, revestimentos e construção de espaços interiores.
Projeto “Namorar Portugal” O lenço dos namorados é um marco de Vila Verde, e foi a
partir dessa tradição que surgiu a ideia de Adelaide
Marques em expor no ano passado um produto alusivo ao
dia dos namorados na loja. A perda de hábito das pessoas na escrita de cartas foi o
florear desta ideia que se começou a delinear. Com a
mente neste projeto, Adelaide Marques bordou uma
carta em linho e o respetivo envelope com as quadras
que tinha escrito. Após expor esses produtos na loja foi
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contactada pela Câmara Municipal de Vila Verde para se
associar ao projeto “Namorar Portugal”. A sucessão de ideias e projetos cresceu e Adelaide
Marques criou a receita do amor e a receita de amizade,
das quais fazem parte os ingredientes necessários, para
bons relacionamentos. A partir daqui os bordados assumiram um papel importante na Decor-Verde e também no projeto de Adelaide
Marques, que associou aos bordados uma imagem de
marca, a tulipa, que borda em todos os trabalhos. Estes produtos já chegaram ao mercado internacional
com uma exposição em Bruxelas, e a venda para a
América, Luxemburgo e Paris vem atestar isto mesmo.
Este acaba por ser um trabalho demorado, que requer
qualidade e dedicação, mas que dá um gosto especial à
proprietária. Perspetivas de Futuro Com o olhar no futuro, Adelaide Marques pensa em novos
projetos relativos aos produtos de “Namorar Portugal”,
referindo a vontade de “continuar a inovar e a divulgar
novos produtos”. Em relação à Decor-Verde o fundamental é manter a loja
e continuar a trabalhar em decorações inovadoras e de
qualidade, que mantenham a fidelização dos clientes. Por
fim, a nossa entrevistada encontra-se a ponderar ainda a
abertura de uma loja noutro local, ainda em estudo.
Agradecimentos Adelaide Marques endereça um especial agradecimento
a todos os clientes pela confiança e preferência
depositada na Decor-Verde. Ao Município de Vila Verde
pela oportunidade de divulgação e criação dos produtos
ligados ao “Namorar Portugal”. E finalmente, ao
presidente António Vilela, à vereadora da Cultura Júlia
Fernandes e às colaboradoras Paula e Arminda.
Clínica da Botica
Uma referência na saúde
da Vila de Prado
Com uma localização privilegiada, no
centro da Vila de Prado, a Clínica da
Botica surgiu num local histórico – pensa-se que, ali, terá nascido uma das
primeiras farmácias de Portugal. Muitos
anos, décadas, e até séculos depois, no
ano de 1995, a Clínica da Botica abria,
pela primeira vez, as suas portas ao
público, procurando oferecer logo desde
a sua fundação um conjunto abrangente
de especialidades, chefiadas por um
corpo clínico de referência na região.
O nome Botica vem precisamente do facto de,
noutros longínquos tempos, no local onde se
encontra, atualmente, a clínica, ter existido uma
farmácia que, diz-se, terá sido a primeira farmácia de Portugal. Depois de reconstruída a casa,
nasceu, há 19 anos, a Clínica da Botica. A iniciativa partiu de Beatriz Macedo, diretora clínica e
responsável pela área de medicina dentária.
“A ideia inicial era, desde o início, fazer uma
clínica com várias especialidades, que foram
sendo introduzidas aos poucos. Começámos por ter
clínica geral, cirurgia geral e medicina dentária.
Entretanto, fomos entrando em contato com
outros médicos, de instituições e clínicas de
referência, até que, hoje, conseguimos reunir 20
especialidades. A clínica foi crescendo até porque,
na altura, não existia aqui na região nenhuma
instituição que prestasse os mesmos serviços que
nós, e também porque a própria população assim o
foi exigindo”, recorda Beatriz Macedo.
Esse aumento na procura levou, precisamente, há
nove anos, a uma ampliação da clínica. Atualmente, o espaço é composto por seis gabinetes de
consulta, um gabinete de pequena cirurgia em
ambulatório e uma unidade de recolha de análises
clínicas. Entre médicos, enfermeiros, técnicos
auxiliares e prestadores de serviços, a clínica
conta com uma equipa de cerca de 40 profissionais. E, para além das instalações principais, a
Clínica da Botica conta com uma unidade em
Palmeira, aberta há cerca de dez anos e que
possui dois gabinetes de medicina dentária, um
gabinete médico com algumas especialidades e um
posto de recolha de análises clínicas.
No que diz respeito ao público-alvo, a clínica
Especialidades
Medicina Dentária; Clínica Geral; Cirurgia Geral
Cirurgia Vascular; Cardiologia; Dermatologia
Endocrinologia; Audiologia; Gastroenterologia
Ginecologia e Obstetrícia; Neurocirurgia; Nutrição
Ortopedia; Otorrinolaringologia; Pneumologia
Podologia; Pediatria; Psicologia
Psiquiatria; Terapia da Fala; Urologia
abrange uma população de vários estratos sociais,
uma vez que “os preços das consultas são acessíveis e o serviço é de grande qualidade”. Em
termos geográficos, a clínica é procurada, sobretudo, por clientes da zona sul do concelho, de
Barcelos, e, por uma questão de proximidade,
também de Braga. É “uma equipa com médicos de
referência, reconhecidos pela sua grande experiência” que faz com que tantos utentes prefiram
a Clínica da Botica, e Beatriz Macedo espera que,
no futuro, o bom serviço prestado pela instituição
faça, cada vez mais, a preferência dos utentes.
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Agrupamento de Escolas de Vila Verde
Oferta diversificada de
qualidade no ensino público
O Agrupamento de Escolas de Vila Verde
é um espaço de referência no ensino do
município, um mega agrupamento que
disponibiliza uma oferta formativa
diversificada e de excelência. Desde a
ciência, ao desporto e passando pela
música, a oferta escolar deste
agrupamento conta com diversas
valências que o reconhecem como
serviço escolar de qualidade.
Data de julho de 2012 a junção de dois dos maiores
agrupamentos do concelho de Vila Verde: o Agrupamento Monsenhor Elísio Araújo e o Agrupamento de
Escolas de Vila Verde. Com uma estrutura de cerca de
170 professores, 120 funcionários e perto de 3000
alunos, este é considerado um mega agrupamento.
Com uma dimensão significativa, este agrupamento
estende-se por todo o leste do concelho de Vila Verde,
desde a região de Soutelo mais a sul, até Covas, uma
das freguesias mais a norte.
A conclusão das obras do parque escolar nas escolas de
Turiz e Soutelo termina a última fase do projeto e
torna-o num dos agrupamentos mais atrativos da
região.
Alberto Rodrigues, diretor do mega agrupamento
sedeado na escola básica de Vila Verde, realça a força
desta estrutura: “Este é um agrupamento jovem,
dinâmico e com uma grande propensão para as
tecnologias”. Para além da qualidade das instalações,
Alberto Rodrigues destaca a importância do trabalho
dos professores, bem como o empenho e a dedicação
dos alunos e das famílias, elementos base do sucesso
da estrutura educativa. Essa dedicação dos alunos
reflete-se na conquista de bons resultados nos exames
nacionais, tendo este agrupamento as duas melhores
escolas do concelho de Vila Verde.
Oferta formativa
e atividades extracurriculares
No ensino regular, a oferta do Agrupamento de Escolas
de Vila Verde estende-se desde o jardim-de-infância,
até ao 3.º ciclo do ensino básico. Esta oferta é
complementada pelos cursos de educação e formação,
e pelos cursos vocacionados - um projeto piloto de
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âmbito nacional. Uma das referências do Agrupamento
de Vila Verde centra-se no projeto “Português para
todos”, o qual visa integrar os imigrantes recém-chegados a esta região no processo de alfabetização.
Uma das imagens de marca deste agrupamento é a
oferta do Ensino Especializado da Música, em articulação com a Academia de Música de Vila Verde, onde os
nossos alunos se têm destacado.
O Agrupamento de Escolas de Vila Verde é, igualmente, uma referência no âmbito do ensino especial, com
duas unidades de multideficiência: uma no primeiro
ciclo do ensino básico a funcionar no Centro Escolar de
Vila Verde, e uma outra presente na escola sede, a
Escola Básica de Vila Verde. Este ensino especializado
pretende desenvolver as capacidades dos jovens com
multideficiência, trabalhar as suas capacidades de
aprendizagem e, desse modo, proporcionar um melhor
nível de vida e com a máxima qualidade a esses alunos
com maior dificuldade.
A oferta formativa não se extingue na excelência
programática, passa igualmente pelas atividades extracurriculares, que incentivam os alunos a desenvolver
outro nível de capacidades. O Agrupamento de Escolas
de Vila Verde tem ao dispor dos seus alunos clubes
escolares com as mais diversas vertentes, como arte,
bordados, teatro, pintura de azulejos, línguas,
necessidades educativas especiais, cursos de educação
e formação de jardinagem, e mini-hortos. Um dos mais
significativos projetos que o agrupamento abraça é o
Projeto Comenius, um projeto internacional de
trabalho e de aprendizagem que visa o intercâmbio de
saberes entre escolas da União Europeia.
Os jardins-de-infância e as escolas de 1.º ciclo do
agrupamento possuem hortos pedagógicos com
produtos da terra, assim como programas direcionados
para a área da reciclagem, recuperação de embalagens
e reutilização, reforçando desde cedo nos mais novos
os cuidados a ter com a natureza e o ambiente.
A nível desportivo são 13 os clubes de desporto escolar
que podemos encontrar, entre estes o de badminton,
corfebol, ténis de mesa, boccia, futebol, natação,
remo, andebol e a ginástica desportiva, onde, nos
últimos anos se distinguem alunos no distrito e na
região. Estas atividades extracurriculares contam com
a colaboração de parceiros fortes ligados ao Agrupamento de Vila Verde. Alberto Rodrigues referiu-nos
esses protocolos de cooperação entre o agrupamento e
as diversas instituições, destacando a Associação
Empresarial de Vila Verde e o Complexo de Lazer de
Vila Verde.
namorados e que pretende a participação em massa de
todo o país.
Projeto “Namorar Portugal”
Um futuro promissor
O projeto municipal de Vila Verde também está
implementado neste agrupamento de escolas. Como
salienta Alberto Rodrigues: “Este projeto está presente
nas nossas escolas. E passa por, no futuro, divulgar não
só o nome da escola, mas principalmente de Vila
Verde”. Uma divulgação que incluirá o lançamento a
nível nacional de um concurso literário alusivo a esta
temática, que compõe três vertentes possíveis: a
literária, o cinema, e a arte. No fundo, trata-se de um
concurso direcionado para a temática dos lenços dos
Para Alberto Rodrigues o futuro antevê-se positivo,
com algumas preocupações. “O futuro prevê-se
risonho, com qualidade e com uma oferta educativa
forte, e igualmente de qualidade”. Um positivismo que
se transmite numa esperança reforçada do agrupamento de escolas de Vila Verde ter bons resultados a nível
nacional neste ano letivo.
O nosso interlocutor não deixa, no entanto, de se
manifestar apreensivo com “os problemas da natalidade, emigração e criação de emprego”.
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AgroInvest
Lance a semente e colha
o fruto com a AgroInvest
Falámos com Tadeu Alves, líder da
AgroInvest, técnico agrícola
especializado em mecanização e
tecnologia agrária. Desde a semente até
à colheita do fruto, a AgroInvest faz
brotar o seu investimento agrícola.
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Em Junho de 2012, pelas constantes solicitações que
aconteciam diariamente no terreno e pela motivação
expressa dos seus sócios, Tadeu Alves e Nuno Antunes, é
criada a empresa Antunes & Alves Consultores Associados,
Lda, cuja referência é a marca AgroInvest, que atua na
área dos investimentos agrícolas e de turismo rural.
A AgroInvest encara a agricultura como um pilar do
desenvolvimento territorial sustentado, onde o
investimento tem, obrigatoriamente, que ser considerado
na vertente empresarial, em que o empresário agrícola
almeja a rentabilização dos capitais colocados à
disposição do investimento realizado.
Fruto desta perspetiva empresarial, no ano de 2012
a Agroinvest foi consultada por mais de 300 pessoas,
tendo daí resultado a apresentação de 60
candidaturas de investimento ao PRODER, num
montante superior a 9 M€, com uma taxa de
aprovação de 100% em relação às candidaturas e de
92,13% em relação ao investimento apresentado. No
ano de 2013, apesar de consultada por cerca de 400
pessoas para elaborar candidaturas, após a primeira
reunião preparatória e visita técnica aos terrenos
envolvidos, foram apresentadas 40 candidaturas ao
PRODER, tendo sido aprovadas até à data 15
candidaturas, estando 7 em fase de análise e as
restantes aguardam validação por parte do PRODER.
Com base no sucesso alcançado nas diversas áreas de
atuação, a AgroInvest posiciona-se como parceiro ideal
do investidor agrícola.
O target da AgroInvest é o jovem agricultor na faixa
etária entre os 23-40 anos, onde 80% dos investidores
possuem formação superior e, amiúde, provêem de
outros sectores de atividade que não a agricultura.
No ano de 2013 a AgroInvest teve um crescimento de
O target da AgroInvest
é o jovem agricultor na
faixa etária entre os 2340 anos, onde 80% dos
investidores possuem
formação superior.
300% e Tadeu Alves prevê uma curva de crescimento de
25% a 30% para 2014.
Além de elaborar a candidatura aos apoios PRODER, a
AgroInvest avalia a execução do investimento e faz o
acompanhamento administrativo e financeiro após
aprovação da candidatura. Posteriormente, faz o
acompanhamento de todo o processo de investimento.
A AgroInvest recorre a uma vasta equipa de especialistas:
engenheiros agrícolas e agrónomos, engenheiros civis,
arquitetos, contabilistas, topógrafos e economistas. A
equipa técnica atual dispõe de seis pessoas, a tempo
inteiro, com formação superior na área agrícola. Aliás,
merece destaque o facto da maioria dos técnicos da
AgroInvest trabalharem, também, em consultoria e
formação profissional agrícola – nas vertentes da
formação para agricultores e para técnicos,
nomeadamente na aplicação sustentada de produtos
fitofarmacêuticos – know-how que é aplicado nos
projetos agrícolas.
Existe ainda outra equipa que faz a instalação dos
investimentos agrícolas, nomeadamente na preparação
de solos, plantações e montagem de estruturas de
suporte e proteção.
O cliente tem a garantia total de
satisfação por parte da Agroinvest
O empresário/a pode ainda recorrer aos serviços de
consultoria especializada na área de produção dos
pequenos frutos, plantas aromáticas e medicinais,
horticultura, pecuária e fruticultura. Esta consultoria
tem acompanhamento periódico da exploração com
emissão de relatório técnico detalhado de
aconselhamento após cada visita.
Outra vertente da empresa é a comercialização de alguns
fatores de produção, onde se destacam todos os materiais
associados à montagem de estruturas de suporte e proteção
das culturas e o fornecimento de plantas de mirtilos,
estando reconhecida como Fornecedor de Materiais de
Propagação (viveirista) com o n.º 1-7662 pelo Ministério da
Agricultura e do Mar através da D.G.A.V - Direcção Geral de
Alimentação e Veterinária.
A AgroInvest faz igualmente aconselhamento emérito
na escolha adequada dos fatores de produção,
equipamentos, ferramentas e infra-estruturas a
instalar, como sejam estufas, sistemas de regas, entre
outros, auxiliando na análise de orçamentos.
A empresa preza os valores da responsabilidade social
e do crescimento sustentável. Esta cultura empresarial
é efígie da AgroInvest para com os seus clientes e o
mercado. A consciência social, ambiental e a
responsabilidade são um selo de qualidade com que
rotulam os seus serviços.
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João Abreu Mediação de Seguros / Contabilidade e Serviços
Sempre ao lado do cliente
João Abreu começou há mais de vinte
anos a trabalhar, em nome individual,
nas áreas de seguros, contabilidade e
serviços associados. Entretanto, em
1999, fruto do crescimento do negócio,
foram constituídas duas empresas
distintas, mantendo a
complementaridade das áreas. Hoje, as
duas empresas reúnem 13 colaboradores
que prestam um apoio muito próximo e
estão sempre ao lado do cliente.
A João Abreu Mediação de Seguros e João Abreu
Contabilidade e Serviços são duas empresas
distintas, mas criadas na mesma altura e pela mão
do mesmo fundador. No entanto, aquando da
fundação das empresas, a ideia passaria por
apostar na área dos seguros apenas como um
complemento, mas, mais tarde, veio a provar-se o
contrário. Há cerca de três anos, houve um
reforço na área da mediação de seguros.
Precisamente na área dos seguros, a empresa
mantém já há vários anos uma oferta tradicional,
procurando, no entanto, diferenciar-se. “O
mercado dos seguros está cada vez mais saturado.
Vender o produto em si não é difícil, mas quando
os problemas surgem, o importante é trabalhar
com seguradoras que garantam uma grande
proximidade aos parceiros e clientes”, atenta João
Abreu.
No que diz respeito à empresa de contabilidade,
os serviços são vários. “Fazemos, de uma forma
geral, a assessoria fiscal às empresas, oferecendo
um conjunto de serviços nas áreas de contabilidade, fiscalidade e consultoria financeira, serviços
esses, de qualidade, prestados por uma equipa de
profissionais dinâmica e especializada. Esse
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conjunto de serviços é prestado tanto dentro de
portas, como também nas instalações dos próprios
clientes. Intervimos nas empresas desde a sua
constituição, mas principalmente no acompanhamento do cumprimento das obrigações fiscais e
segurança social, na divulgação da informação
fiscal, na gestão e no desenvolvimento das suas
atividades, com análises periódicas da situação
económico-financeira, definindo em conjunto
estratégias empresariais e de planeamento fiscal.
De forma a conseguirmos prestar um serviço de
qualidade e rigor, trabalhamos com um advogado
em regime de avença, que nos permite também
oferecer ao cliente algum acompanhamento e
assessoria jurídica”, continua o responsável.
As empresas de João Abreu trabalham com os mais
variados setores de atividade, sendo que há
alguma prevalência de empresas ligadas à construção civil e atividades relacionadas (serralharia,
metalomecânica, pichelarias e carpintarias, entre
outras). “Os nossos clientes são sobretudo pequenas empresas, algumas delas micro, e também
empresários em nome individual. Esse tipo de
cliente sempre foi uma aposta minha e a verdade
é que, ao contrário de muitas grandes empresas,
estes têm resistido às turbulências do mercado.
Graças a esses pequenos empresários, conseguimos
ter uma carteira de clientes muito bem estruturada”, afirma. No que toca ao raio de intervenção
das empresas, este estende-se “à zona de Braga,
Ponte da Barca e Ponte de Lima, sendo que a
maioria dos nossos clientes encontra-se na zona
norte do concelho de Vila Verde”.
Qualidade, rigor e proximidade
Uma das razões que leva a que as empresas de
João Abreu se encontrem com grande dinâmica e
com boas margens de crescimento no mercado há
mais de 20 anos prende-se com “a qualidade, rigor
e proximidade que temos em relação aos nossos
clientes. Vemos o problema do cliente como o
nosso problema, e a verdade é que não temos
reclamações por falta de apoio. Estamos sempre
contatáveis e isso é algo que, neste meio, faz toda
a diferença”.
Numa fase em que “as margens são cada vez mais
reduzidas”, a João Abreu Mediação de Seguros e
João Abreu Contabilidade e Serviços continuam a
conseguir manter um volume de negócios considerável e uma boa margem de progressão. A aposta
na divisão das empresas em dois espaços distintos
pretende “dar resposta ao crescimento do negócio
num futuro próximo, principalmente no que diz
respeito à área dos seguros. No ramo da contabilidade, queremos dar primazia à qualidade dos
nossos serviços, o aumento do volume de negócios
não é a principal preocupação. Há que manter a
boa carteira de clientes que detemos, e a nossa
estrutura está bem dimensionada para isso.
Eventualmente, no futuro, poderei admitir mais
um ou dois colaboradores”, termina João Abreu.
“Os nossos clientes são sobretudo pequenas
empresas, algumas delas micro, e também
empresários em nome individual. Esse tipo de cliente
sempre foi uma aposta minha e a verdade é que, ao
contrário de muitas grandes empresas, estes têm
resistido às turbulências do mercado. Graças a esses
pequenos empresários, conseguimos ter uma carteira
de clientes muito bem estruturada.”
43
Reinaldo Veloso Martins
Seriedade e Rigor
ao serviço do Direito
A exercer advocacia desde 2001,
Reinaldo Veloso Martins tem trilhado um
caminho pautado pela seriedade e rigor
ao serviço do Direito. Graças ao trabalho
que tem vindo a fazer há quase 14 anos,
Reinaldo Veloso Martins é cada vez mais
um nome conhecido não só dos
vilaverdenses, mas por todo o país.
Depois de concluir a licenciatura em Direito na
Faculdade Clássica de Direito de Lisboa, em 1999,
Reinaldo Veloso Martins deixou a capital e regressou a
Braga, onde realizou, sob a alçada de Artur Guimarães
Marques, o estágio da Ordem dos Advogados. O
percurso profissional do advogado começou, assim,
com a abertura de um escritório na Praça do Município, em Vila Verde, onde, apesar de ter passado por
vários espaços, ainda se mantém hoje.
Um percurso em rota ascendente
“Recordo-me que, no início, não tendo muito mais
onde me agarrar a não ser o gosto pela área do
Direito, foi difícil começar. Aos poucos, foram chegando os primeiros clientes, e o trabalho foi surgindo.
Entretanto, reuni uma equipa de quatro advogados e,
como o espaço começou a ficar exíguo, mudámo-nos
para as atuais instalações. Neste local temos ótimas
condições para trabalhar, até porque a área do Direito
assim o exige. Mais espaço permite melhor organização, e uma melhor organização permite rentabilizar o
trabalho”, explica Reinaldo Veloso Martins.
Atualmente, o advogado conta, assim, com uma
equipa de nove colaboradores: os advogados José
Tinoco, Margarida Lira Fernandes e Vânia Rocha, as
advogadas estagiárias Sofia Souto, Margarida Teixeira
Fernandes, Cristina Azevedo e Vitória Rodrigues e a
secretária Raquel Filipa Silva.
No escritório de Reinaldo Veloso Martins trabalham-se
as mais diversas áreas do Direito, desde o Direito
Penal, Comercial, Civil, Administrativo e da Família,
entre outras. Para o advogado, a vantagem de “ter um
escritório com vários advogados prende-se com o facto
de cada elemento ter mais apetência por uma área em
específico, o que faz com que se possa distribuir
melhor o trabalho. É uma equipa que veste verdadeiramente a camisola e em quem eu confio muito. Para
além disso, é muito importante no Direito que exista
um estudo constante e uma atualização de conhecimentos sobre os mais variados assuntos, e todos nós
fazemos esse acompanhamento”.
Reinaldo Veloso Martins conta, atualmente, com um
leque de clientes que ultrapassa largamente a região
de Vila Verde, estendendo-se a outras regiões do país.
Novo mapa judiciário traz “aumento
de custos para todos”
A nova organização do mapa judiciário é um tema a
que Reinaldo Veloso Martins não fica indiferente.
Apesar de reconhecer que a situação do tribunal de
Vila Verde não é das piores, o advogado entende que,
de uma forma geral, esta reforma não vai trazer
vantagens para nenhum dos envolvidos.
“Há vários tipos de
processos que vão deixar
de existir em Vila Verde
e vão ser redistribuídos
pelos tribunais de Braga,
Guimarães e Vila Nova de
Famalicão, e isso obriga
a um maior número de
deslocações por parte dos
advogados”
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“Há vários tipos de processos que vão deixar de existir
em Vila Verde e vão ser redistribuídos pelos tribunais
de Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão, e isso
obriga a um maior número de deslocações por parte
dos advogados, o que implicará uma maior perda de
tempo e também um aumento nos custos nas deslocações e horas despendidas, que se irão refletir no
cliente. A situação é complexa, tendo em conta que as
pessoas, com a crise económica que se instalou no
país, têm que fazer face a cada vez mais encargos,
pelo que pagar ao advogado também se torna mais
difícil. E, infelizmente, a protecção jurídica só
abrange uma fatia da população com rendimentos
muito baixos”, afirma.
Reinaldo Veloso Martins lamenta, sobretudo, “o
encerramento de tribunais nas comarcas mais pequenas, principalmente porque houve muitos tribunais que
ou foram construídos recentemente, ou foram objeto
de obras de restauro e têm excelentes condições, mas
agora vão encerrar. As populações estão revoltadas, e
com razão”.
Voltando ao caso particular de Vila Verde, o advogado entende que “o nosso tribunal estava a funcionar
relativamente bem, pese embora necessitasse de
mais meios, nomeadamente mais funcionários.
Agora, vão ser retirados determinados processos que
vão ser encaminhados para outros tribunais. Se
querem que as comarcas pequenas se desenvolvam,
a justiça tem que estar próxima dos cidadãos. Para
além disso, todos sabemos que a justiça, por si só,
já é algo morosa, e se vai haver a transferência de
processos para outros tribunais, a tendência poderá
ser para a situação piorar. E coloca-se a questão:
como é que os tribunais que vão receber novos
processos, e outros redistribuídos de outros tribunais, vão fazer face ao aumento do volume de
trabalho? Será que nesses tribunais irão ser colocados mais juízes e funcionários? Penso que esse é
outro assunto importante. Por exemplo, aqui em Vila
Verde, existem três juízes e o volume de trabalho
para cada um deles é considerável”, atenta.
Apesar de tudo, Reinaldo Veloso Martins mantém
algumas reservas sobre se a nova organização do mapa
judiciário vai, efetivamente, entrar em funcionamento. “O passado mostra-nos que já houve uma série de
reformas que foram aprovadas e que nem sequer
foram colocadas em prática, portanto penso que nesta
reforma ainda podem acontecer alterações ou reveses.
De qualquer das formas, a nossa classe é uma classe
lutadora, nós estamos habituados a ter que nos
adaptar às constantes alterações na legislação”,
termina, em tom de brincadeira.
REINALDO
VELOSO
MARTINS
ADVOGADOS
Travessa do Outeirinho, nº 42
Edifício Abade de Priscos, Fração CJ
4730-794 Vila Verde
Tlf.: 253 312 843 / Fax: 253 321 649
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Delícias do Tojal
Na vanguarda dos
pequenos frutos
A Delícias do Tojal nasceu pela mão de
José e Patrícia Cerqueira, que, depois de
testarem, com sucesso, vários frutos na
zona de Vila Verde, começaram a juntar
produtores e a dar escoamento a vários
produtos, com destaque para a fileira dos
pequenos frutos (framboesa, mirtilo,
amora, groselha e morango). A associação
é cada vez mais procurada por novos
produtores, até porque o fruto que
existe no mercado ainda não é suficiente
para dar resposta à procura.
A história da Delícias do Tojal começa em 1982,
quando José e Patrícia Cerqueira fizeram os primeiros
ensaios de kiwi em Portugal. Passados três anos, já
com uma produção de cinco hectares, começaram a
reunir-se vários produtores e a ideia de criar uma
associação foi ganhando forma. A empresa acabaria ser
constituída no início dos anos 90, já com instalações e
armazém próprio.
Entretanto, a estratégia da empresa passou pela
diversificação dos produtos. “O kiwi deixou de ser a
nossa prioridade. Continuamos, no entanto, a manter
uma boa relação com os produtores e a dar rentabilização ao fruto. A meados da década de 90 partimos
para os frutos silvestres, com a framboesa, e fomos
introduzindo a amora, mirtilo, groselha e morangos”,
recorda Ayrton Cerqueira.
Produtores precisam-se
Hoje, para além de deter produção própria destes
frutos, sendo viveirista certificada, a Delícias do Tojal
tem cerca de 100 produtores espalhados pelo país, a
quem assegura todo o apoio técnico, com visitas de
campo incluídas. “Temos ganho força e volume de
forma a exportar em quantidade e com qualidade,
para que o fruto português seja bem visto fora de
portas”, atenta o responsável. A empresa exporta 90%
da sua produção, que tem como principais destinos
França e Bélgica. “Vamos entrar este ano em novos
mercados como o Japão e o Brasil, mas uma dificuldade que temos é que não há fruto suficiente para dar
resposta aos pedidos dos clientes. Estamos numa fase
em que quantos mais produtores tivermos, melhor, até
porque damos boas condições, praticamos os melhores
preços do mercado, e garantimos a 100% o escoamento
dos produtos”, realça Ayrton Cerqueira.
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A Delícias do Tojal tem sentido a procura de cada vez
mais pessoas que querem iniciar as suas produções,
particularmente jovens. Apesar disso, Ayrton Cerqueira
defende que, e particularmente em produções a partir
de cerca de um hectare, é necessária uma regulamentação e profissionalização do setor. “Ser agricultor não
é um hobby, é uma atividade a tempo inteiro. Há
muita gente que quer entrar na área e não tem essa
noção. Esta é, sem dúvida, uma excelente oportunidade de mercado, é uma fileira ótima e rentável, mas é
preciso trabalhar com planeamento, com pés e
cabeça. Para além disso, ser agricultor não é uma
profissão inata. Há muita aprendizagem envolvida”,
atenta.
A ideia para o futuro é, portanto, crescer, mas com os
pés assentes na terra. “Temos uma grande margem de
crescimento porque, como já foi referido, a procura é
imensa. Este ano projetamos atingir as 300 toneladas
de produção de frutos silvestres, face às 100 de 2013,
e ambicionamos, em dois ou três anos, atingir as 500”,
termina Ayrton Cerqueira.
MotorSport
Crescimento e expansão num
negócio com 15 anos de existência
A MotorSport em Vila Verde apresenta-se
como um negócio familiar que nasceu da
ideia de José Dias e Nuno Dias de formar
um stand que abrangesse uma maior
oferta e variedade de carros. A empresa
formou-se em 1999 e conta, atualmente,
com três espaços em Vila Verde.
Com sede em Vila Verde, a MotorSport tem vindo a
crescer no mercado da região. Começou por ser um
projeto pequeno, com cerca de cinco viaturas.
Entretanto, a evolução do mercado e as naturais
necessidades de crescimento e projeção da marca
acabaram por proporcionar a mudança de instalações, passados dois anos.
Neste momento, a MotorSport tem três espaços que
abrangem uma variedade de gamas centradas nos
carros usados e seminovos, sendo eles, a MotorSport,
a MotorSport Outlet e a MotorSport Prestige &
Classics. Estes três locais pretendem garantir a
diferenciação e abarcar uma gama variável de
automóveis que permitam chegar a todos os clientes. Com especial destaque para a gama Prestige &
Classics, à qual Nuno Dias salienta a importância da
imagem da marca: “Esta gama é a joia da coroa.
Projeta a nossa marca noutro sentido, e ajuda-nos a
vender outro tipo de carros que possamos ter nos
outros dois espaços.”
Com um raio de ação que se estende muito além do
concelho de Vila Verde, os proprietários da Motorsport revelam que, com o aparecimento do canal da
Internet, o mercado se tornou ultracompetitivo.
Com este novo veículo de informação conseguem
abranger uma área de mercado muito maior, incluindo as ilhas: “Vila Verde continua a dar-nos boas
referências, mas hoje em dia, o mercado da Internet
é um mercado nacional”, revela José Dias.
A Motorsport diferencia-se, igualmente, pela aposta
num serviço que vai muito além da garantia e em
que o pós-venda assume-se como um pilar base da
empresa. José Dias considera mesmo que “cada vez
mais as pessoas confiam na casa, e isso deve-se em
parte à antiguidade. Mas, hoje em dia, as pessoas
percebem que é uma mais-valia comprarem uma
“Vila Verde
continua a dar-nos
boas referências,
mas hoje em dia,
o mercado da
Internet é um
mercado
nacional.”
viatura usada num local onde têm um feedback e a
garantia de poderem reclamar dos direitos adquiridos”.
Mais recentemente, e na perspetiva de futuro da
empresa, a MotorSport vai inaugurar, em Moure, um
espaço com 2000 m2 à face da estrada. Nesse novo
espaço vão abranger toda a gama média e o outlet,
aproveitando também o potencial do local. Com este
investimento pretende-se um melhoramento das
condições e uma maior oferta e diversificação no
que concerne ao stock de viaturas. Este espaço irá
ter uma capacidade de stock na ordem das 120 às
150 viaturas. Nuno Dias completa a ideia revelando
que “neste novo espaço vamos concentrar todo o
conceito motorsport, por também ser uma zona de
elevado interesse”. Para já concentrados na abertura do novo espaço, os proprietários da MotorSport
pretendem continuar a crescer em mercado, ser
cada vez mais competitivos e manter o enfoque na
relação com o cliente.
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ResiSénior
Um novo conceito de residências
para a terceira idade
Com uma larga experiência e formação
na área social, Carlos Branco introduziu
em Portugal um novo conceito na área da
prestação dos cuidados geriátricos.
Um modelo dividido entre o apoio
residencial e os cuidados ao domicílio,
visando a satisfação total dos residentes
e familiares.
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É com o know-how desenvolvido em Espanha que
Carlos Branco apostou na vertente privada das residências para séniores, com o objetivo de dignificar e
potenciar este serviço em Portugal.
A experiência de oito anos é uma das mais-valias da
empresa, para além do enfoque referido por Carlos
Branco na abordagem funcional e biopsicossocial que
direcionam aos residentes.
A ResiSénior iniciou a atividade em 2007 com a
abertura da residência geriátrica, que introduziu um
novo conceito, no qual os residentes têm ao dispor
todo o tipo de equipamentos e apoio especializado,
com a garantia de serviços de qualidade. Com uma
capacidade máxima para 40 residentes, a ResiSénior
tem um raio de intervenção regional, que não se
confina ao concelho de Vila Verde. Trata-se de um
novo modelo com valências a nível do conforto,
tranquilidade e segurança, que pretende proporcionar aos residentes uma vida autónoma e independente. A complementar este serviço privado na área
geriátrica e da gerontologia, destaca-se o ambiente
familiar e as acessibilidades.
Em 2008, a ResiSénior acrescenta ao percurso a área
da consultadoria técnica em projetos de investimento.
Esta área, pouco reconhecida em Portugal, pretende
prestar serviços de aconselhamento a empresas
privadas que pretendam abrir unidades geriátricas, e
desse modo dar a devida orientação.
A formação de profissionais especializados e de
qualidade na área geriátrica é igualmente um parâmetro importante na ResiSénior. Nesse sentido, destacamse as duas candidaturas ao abrigo do POPH a dois
projetos de formação especializada.
Com a progressão natural da ResiSénior, foi implementado, em 2010, um sistema de gestão de qualidade,
que acrescentou uma nova linha empresarial e um
novo parâmetro na área dos cuidados ao domícilio.
Este recente paradigma pretende uma abordagem
diferenciada com uma multiplicidade de serviços, que
vão desde o apoio clínico, aos cuidados de enfermagem, fisioterapia, reabilitação, podologia, imagem e
estética.
Com o registo da marca ResiSénior, Carlos Branco
direcionou-se para uma nova vertente no negócio:
“Decidimos lançar uma linha de franchising, o que de
facto é uma inovação, por ser uma empresa do Norte,
e em especial de Vila Verde”.
Relativamente ao futuro, a empresa pretende consolidar este novo conceito social e estendê-lo a nível
nacional, como modelo de referência e de replicação
noutras regiões.
Serviços Personalizados
- Alojamento temporário ou permanente
- Avaliação gerontológica integral
- Apoio médico e de enfermagem
- Apoio psicológico e social
- Animação sócio-cultural/ Terapia ocupacional
- Visitas culturais e viagens
- Programa de ginásio
- Ateliers de estimulação física e cognitiva
- Manualidades
- Serviço de refeições
- Acompanhamento nas atividades da vida diária
- Acompanhamento a consultas externas e assuntos
pessoais
- Serviço de lavandaria
- Serviços religiosos
- Serviço de transporte particular da ResiSénior
- Vídeo-conferência
- Internet
Júlio Fernandes Serralharia
Exportação do Sucesso
A Júlio Fernandes Serralharia iniciou a
sua atividade em dezembro de 2003 e
executa obras de serralharia em alumínio
e projetos de caixilharia. Atualmente, a
exportação de produtos para os
mercados internacionais como França,
Suíça e Luxemburgo, representa metade
da faturação e, no futuro imediato, a
empresa pretende entrar nos mercados
moçambicano e angolano.
Júlio Fernandes é o paradigma do empresário que subiu a
pulso. Deixa a escola cedo e inicia-se na indústria de
serralharia pela mão do seu pai, com quem abriu, em
2003, a empresa. Desde o seu arranque, a Júlio Fernandes Serralharia angariou uma vasta clientela, fruto da
reputação construída no setor e do contacto direto com
clientes e fornecedores, fortalecendo uma relação mútua
de confiança.
Em 2010, a empresa muda de instalações para o espaço
atual da fábrica, numa área de 800 m2. A nova fábrica,
erigida a partir de capitais próprios em terreno familiar,
representa um investimento de 500 mil euros, e nela
trabalham diariamente seis trabalhadores. Situada no nº
10 da Avenida Central de Marrancos, em Vila Verde, a
empresa concebe, executa e instala projetos de serralharia em alumínio e produz objetos de caixilharia diversa
como janelas, portas, portadas e gradeamentos.
“Acredito que é a trabalhar que se
consegue atingir os objetivos”
Em setembro deste ano a empresa irá completar a sua
oferta com novos serviços de serralharia. O cliente passa,
assim, a dispor de serviços de caixilharia, serralharia,
instalação e acompanhamento em obra num espaço só.
90% do volume de negócios da Júlio Fernandes Serralharia é representado pelo mercado particular e residencial,
estabelecendo-se uma forte relação de confiança com os
clientes. A empresa colaborou também em vários
projetos de reformulação do parque escolar público,
sendo ainda uma parceira estratégica de importantes
marcas do setor, como Extrusal, Grupo Navarra, Cortizo,
Bramolde, Portalux, Lacoviana, Perfiviana, Vitrália do
Neiva, entre outras.
Ligado à política local, através da junta de freguesia,
Júlio Fernandes afirma: “Tenho o defeito de querer
acreditar muito na minha terra” e encara o futuro com
otimismo, sem deixar de, no entanto, deixar algumas
críticas. “Quando há, por exemplo, visitas oficiais do
Presidente da República, só participam empresários de
grandes empresas e consórcios, e os pequenos e médios
empresários ficam de fora. Faz falta uma associação
industrial que represente esse grupo de empresários nas
visitas oficiais de Estado”, sugere. A falta de união da
indústria, também entre os pequenos e médios empresários, acaba por, na opinião de Júlio Fernandes, enfraquecer o setor.
O futuro imediato da empresa de Vila Verde é encarado
de forma positiva, graças à prosperidade e expansão
prevista para os mercados de França, Suíça e Luxemburgo. A Júlio Fernandes Serralharia vai também apostar em
mercados africanos da diáspora portuguesa, com enfoque
em Angola e Moçambique.
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UT Químicos
Distribuição de matérias-primas
para a indústria
Com a base no projeto pessoal de
Filipe Carvalho, a UT Químicos
destaca-se no mercado como uma
empresa de distribuição de produtos
químicos e matérias-primas dirigidas
à indústria. Criada em 2009, a
empresa procura continuar a crescer
no mercado e distinguir-se como
referência neste setor.
50
Licenciado em Química, e depois de uma larga experiência profissional no setor da química industrial, adquirida
em várias multinacionais de referência, Filipe Carvalho
decidiu apostar num negócio próprio. Em 2009 decide
fundar a U.T. Químicos, Lda e começa a trabalhar com
vários fabricantes através de representações. As representadas que se espalham pela União Europeia e Ásia,
nomeadamente em países como Espanha, Itália, Holanda,
Alemanha, Inglaterra, China e Índia são divulgadas através
da UT Químicos, que coloca as representações no
mercado.
A base da empresa centra-se na distribuição de matérias
-primas de base, ou seja, especialidades químicas que são
fornecidas às diversas indústrias, para estas produzirem os
produtos finais. As especialidades químicas distribuídas
são usadas nas mais diversas atividades industriais, desde
curtumes, têxtil, tintas e vernizes, plásticos, colas,
borrachas, detergentes, cosmética e papel.
Com escritórios em Vila Verde, a empresa UT Químicos
tem a sua base logística na Maia, tendo para isso contratado num sistema de outsourcing um armazém especializado em logística de produtos químicos, sendo este
responsável pela receção, stockagem e posterior envio
das mercadorias paras os clientes.
Filipe Carvalho salientou que este setor é muito exigente
nos aspetos técnicos e requer uma contínua abordagem a
todas as inovações na área da química para poder
transmitir aos clientes uma informação sempre atualizada
e proporcionar-lhes uma otimização dos processos
produtivos. Nesta atividade a relação entre fornecedor e
cliente é vista sempre numa perspetiva de parceiros de
negócios, pois existe uma interdependência muito forte.
A fazer o balanço deste início de atividade, Filipe
Carvalho assume que “tem corrido acima das expetativas,
até porque o mundo da química é muito abrangente”,
mas revela que é necessário uma adaptação e aposta em
nichos de mercado. Com cerca de 40% do mercado no
setor dos curtumes, e outros 40% no setor dos vernizes e
tintas, em especial no fornecimento de corantes para o
mobiliário, esta empresa continua a tentar diferenciar-se
e a levar matérias-primas aos clientes que sejam uma
mais-valia no setor.
A UT Químicos destaca, igualmente, as parcerias criadas
com outras empresas ligadas à química, pois esta é uma
área que requer especializações, o que demonstra uma
clara valorização das sinergias no setor complementando
os serviços que os potenciais clientes precisam e podem
requerer.
A nível de perspetivas de futuro, Filipe Carvalho pretende
continuar no caminho traçado: “Mantermo-nos no mercado, avançar ano após ano com um crescimento sustentado
e, futuramente, colocar mais uma pessoa no setor comercial”. Reforça também a importância de continuar à procura de novos mercados e clientes, algo que se torna inerente à própria atividade. Apesar de uma estrutura reduzida, a UT Químicos reflete o rigor e o profissionalismo da
equipa especializada que se mantém num mercado exigente, com um acompanhamento continuado.
MultiOpticas Vila Verde
Um percurso de
empreendedorismo e estabilidade
Com um percurso ascendente na marca
MultiOpticas, Susana Vieira começou a
carreira profissional como optometrista,
subiu para subgerente e mais tarde para
gerente da óptica. Este percurso natural
fez com que decidisse apostar numa
ótica própria, e resultou na atual
gerência de três óticas.
É na MultiOpticas de Braga que Susana Vieira começou
o estágio de optometrista, local esse onde iniciou a
progressão natural na empresa. Foi promovida a
subgerente, e logo depois a gerente, o que a levou a
pensar no passo seguinte: o de abrir uma ótica própria.
Um processo facilitado, pois Susana Vieira identifica-se
completamente com a filosofia da empresa. Concluída
a candidatura e após um estudo de mercado, a região
escolhida foi Vila Verde.
A ótica de Vila Verde é inaugurada em 2003, mas a
necessidade de crescimento e alargamento levou à
abertura, em 2007, de um outro espaço em Amares,
completando este ciclo em 2011 com a abertura da
ótica de Ponte de Lima.
MultiOpticas: marca de confiança dos
portugueses
A política da MultiOpticas, eleita pelo segundo ano
consecutivo como “marca de confiança dos consumidores”, é apostar no bem-estar da saúde ocular dos
portugueses com rastreios gratuitos (exame de
optometria). Susana Vieira tem nas três óticas quatro
optometristas que garantem as necessidades dos
clientes, e que têm sempre ao dispor um serviço
profissional e atento. A consulta de optometria
divide-se em dois exames importantes: o subjetivo,
que depende das respostas do paciente, e o objetivo,
que já não depende do paciente. O aconselhamento
personalizado dependerá destes dois exames, e poderá
incluir a recomendação ou não do uso de óculos ao
paciente.
Quanto aos produtos, existe desde o óculo de sol, a
óculos graduados e lentes de contato, uma gama
diversificada em materiais e preços que pretende
chegar a todos os clientes. As armações, os modelos,
as cores, tudo isto se evidencia na hora de escolher um
óculo, que ganhou um estatuto de moda, e não
somente de saúde. Uma das campanhas mais conhecidas da marca passa pela compra do primeiro óculo com
a oferta do segundo e pretende, assim, contribuir para
a divulgação da importância do óculo de sol como
protetor dos raios ultravioletas. Ou seja, é uma marca
que não deixa de apostar na moda, mas com preocupações equivalentes na saúde.
Para além disso, a MultiOpticas apresenta marcas
próprias e exclusivas, pretendendo assim chegar a todo o
mercado. Apesar do nome da marca ser fundamental em
termos publicitários, Susana Vieira realça que “tentamos
que seja o próprio cliente a fazer a publicidade da nossa
casa”, tornando-se fundamental um serviço profissional e
de qualidade. A localização destas três óticas contribui
para um relacionamento ainda mais personalizado, na
medida em que os clientes conhecem os profissionais e
cria-se uma relação até familiar. Os protocolos estabelecidos com as mais diversas instituições, entidades e
empresas contemplam este relacionamento pessoal e
regional, em locais de referência de Vila Verde, Amares e
Ponte de Lima.
Visão de Futuro
A MultiOpticas está presente no mercado português
há 26 anos, como marca de confiança dos portugueses, e representa a evolução do mercado da ótica.
Um progresso de liderança e solidez que se revê nas
três óticas de Susana Vieira, e que prova a qualidade
do serviço prestado. A proprietária acrescenta
mesmo, “viemos alertar os consumidores para
aspetos que estes desconheciam no segmento da
ótica. E com o nosso crescimento de mercado
possibilitamos a todas as pessoas a facilidade de
adquirir os óculos, e isso tornou-se numa das nossas
mais-valias”, conclui.
51
David Ferreira Transportes
Qualidade de serviço
e enfoque no cliente
Depois de ter trabalhado, durante vários
anos, como motorista de várias
empresas, David Ferreira decidiu criar o
seu próprio emprego, fundando uma
pequena empresa dedicada ao aluguer
de autocarros para serviços ocasionais e
transporte fixo. Com um crescimento
lógico e bem ponderado, a David Ferreira
Transportes pauta-se por atuar no
mercado com qualidade de serviço e
total enfoque no cliente. A aquisição de
uma nova viatura, de 55 lugares, é um
dos projetos de futuro da empresa.
52
A constituição da sua própria empresa foi, para
David Ferreira, “um passo normal no seguimento do
trabalho de motorista que já fazia noutras empresas”. Graças a essa experiência, foi percebendo
como funcionava o mercado e, movido pela ideia de
que “poderia ter uma palavra a dizer neste setor”, o
responsável partiu para este projeto em nome
próprio. “O percurso tem sido trabalhoso, mas
também muito gratificante, pois faço a minha
gestão, decido cada passo que vou dar e o caminho
que quero seguir, com toda a ponderação”, confirma.
Assim, a David Ferreira Transportes dedica-se ao
aluguer de autocarros, tanto para serviços ocasionais
e transportes fixos, nos quais se incluem desde
passeios de família, excursões, viagens de grupo,
circuitos turísticos e transportes de atividades
desportivas, culturais e religiosas, até ao transporte
coletivo de crianças, serviço escolar, transferes e
visitas de estudo. Recentemente, David Ferreira
adquiriu uma carrinha de nove lugares que, juntando
Próximos Passeios
14 de setembro - Castro Laboreiro e Srª da Peneda
4 e 5 de outubro - Aldeias de Xisto
9 de novembro - Golegã - Feira Nacional do Cavalo
14 de dezembro - Maior Presépio do Mundo – Santa
Maria da Feira
19 de dezembro - Convívio de Grupo - Jantar de Natal
ao mini-bus de 27 lugares já detido pela empresa,
vai permitir “abrir uma nova área de negócios,
trabalhando para o mercado de operadores turísticos
em serviços especializados”.
Apesar de estar apenas há dois anos no mercado, a
David Ferreira Transportes é uma empresa em que se
procura “uma melhoria constante dos serviços.
Trata-se de uma pequena empresa, mas com total
enfoque no cliente, nas suas necessidades e bem-estar.
O respeito pelo que é acordado e o profissionalismo
são os pilares em que nos baseamos e têm sido,
efetivamente, o melhor cartão de visitas, pois os
clientes vão sendo fidelizados e, ao mesmo tempo,
vamos angariando novos”, atenta David Ferreira.
Já num futuro próximo, o responsável pretende
adquirir uma nova viatura, de 55 lugares, “de forma a
conseguir dar uma resposta mais completa às solicitações que a empresa tem e que, neste momento, tenho
que subcontratar. No entanto, o valor do investimento
será um passo feito na mesma lógica, numa aposta
segura e ponderada, que tenho vindo a seguir e que
tem dado frutos. Crescimento sim, mas honrando os
compromissos com os clientes e fornecedores, mantendo uma imagem de seriedade e profissionalismo que é
cada vez mais importante neste mercado e setor”,
termina.
Zenit Automóveis
Segurança no comércio
online de peças usadas
A Zenit Automóveis é, desde a sua
fundação, em 2008, uma empresa de
referência na área da venda de peças
usadas e no abate de viaturas em fim de
vida (VFV). Com um raio de atuação que
se estende a todo o país, a Zenit
Automóveis procura manter uma política
de responsabilidade social em que as
preocupações ambientais, a inovação e a
prestação de um bom serviço estão
sempre no topo da lista de prioridades.
Quando Tiago, Ana e Martinho Almeida fundaram, há seis
anos, a Zenit Automóveis, fizeram-no com o objetivo de
“não ser apenas mais um centro de abate, com aquela
ideia que as pessoas têm deste tipo de negócios.
Tentámos, desde o início, adaptar todos os procedimentos à legislação em vigor, e procurámos evoluir e inovar
na forma de trabalhar. Isso vê-se, desde logo, na
apresentação das nossas instalações, na organização e na
limpeza do espaço”, inicia Ana Almeida.
A Zenit Automóveis dedica-se ao abate de viaturas em
fim de vida e à venda de peças usadas, sobretudo
online, onde desenvolveu uma plataforma segura e de
confiança, “Temos várias certificações na área da
segurança e estamos a concluir o programa de acreditação confiança online. Adaptamos ainda o nosso site
às novas regras que protegem o consumidor nas vendas
à distância”. A atividade da empresa está associada a
uma forte responsabilidade social, e existe a preocupação de desmistificar, perante a sociedade, como
funciona a reciclagem de automóveis.
“O objetivo da criação de um centro de abate é o
desmantelamento da viatura, garantindo a reutilização e
reciclagem de cerca de 90%, em peso, de cada VFV. Todos
os resíduos são alvo de uma gestão eficiente, respeitando
exigentes padrões ambientais, sendo enviados para
operadores autorizados. Posteriormente, são reintroduzidos no mercado das mais diversas formas, como, por
exemplo, o ferro na construção civil ou o plástico no
mobiliário urbano. O proprietário pode entregar-nos o
seu VFV, sem custos, e garantir assim o correto destino
dos seus resíduos”, explica a responsável.
A empresa recebe visitas de estudo de alunos de
escolas da região, que ficam assim a perceber como,
de forma geral, se processa a reciclagem dos veículos
e, ao mesmo tempo, mais sensibilizados para o tema.
“Um carro abandonado pode prejudicar, e muito, o
ambiente, e tentamos que os alunos percebam isso. É
a nossa forma de contribuir para um futuro melhor,
com menos desperdício, mais reciclagem e mais
poupança dos recursos energéticos”, reforça.
Seguindo também esta lógica de reaproveitamento, a
Zenit Automóveis detém uma secção de salvados,
“viaturas danificadas, mas que podem ser recuperadas”, e um serviço de reboque. De qualquer forma, a
venda de peças usadas é o serviço mais procurado.
“Neste momento, a nossa grande aposta é a loja
online, que nos permite alcançar todo o mercado
nacional. A exportação é pontual, sendo que temos
algumas vendas já feitas para países como a Ucrânia,
Espanha e França. A pessoa faz a encomenda da peça,
pela internet ou telefone, e nós verificamos a sua
compatibilidade, de forma a tentar minimizar a troca.
A nossa política vai sempre no sentido de satisfazer o
cliente. Se a peça não for compatível, fazemos a troca
imediata”, continua Ana Almeida.
No futuro, “pretendemos continuar a prestar um bom
serviço, adaptando-nos ao que o mercado oferece e
exige. Queremos estar sempre a evoluir e a fazer a
empresa crescer, dando também apoio aos nossos 11
colaboradores”, termina.
53
Sinergeo
Inovação a partir do Minho
Dedicada à prestação de serviços,
consultoria e execução de projetos nas
áreas de geologia, hidrogeologia,
geofísica e geotecnia, a Sinergeo é uma
jovem empresa sediada no Instituto
Empresarial do Minho que, graças à
aposta na inovação e desenvolvimento,
criou dois projetos que prometem
revolucionar o mercado: o Agrocontrol e
o Prospeg.
54
Bruno Pereira, João Azevedo e Jorge Oliveira tinham a
ideia de formar uma empresa juntos desde os tempos
de colegas de turma, na Universidade do Minho. Três
anos depois de terminarem o curso, os três geólogos
reuniram-se, nascendo assim, em 2006, a Sinergeo.
A alteração de lei que veio obrigar a que as empresas
de pesquisa e captação de água tivessem um diretor
técnico garantiu à Sinergeo, logo numa fase inicial, um
volume de trabalho que lhe permitiu, mais tarde,
enveredar por novos mercados, como é o caso da
geotecnia. Paralelamente, a empresa quis dirigir os
seus esforços para a área da inovação e desenvolvimento.
“Em 2007 decidimos aproveitar os apoios do QREN,
diversificando os nossos serviços e enveredando pela
pesquisa e investigação científica, sempre com o
objetivo de colocar os resultados dessa pesquisa no
mercado”, explica Bruno Pereira. Foi assim que surgiu
o primeiro projeto de I&D da Sinergeo, o Agrocontrol,
dedicado à deteção de teores de humidade no solo
através de um georadar. Trata-se de um projeto com
grande aplicabilidade no setor agrícola, uma vez que
permite a gestão racional da rega e o conhecimento do
volume de água existente no solo. A empresa já
colocou, inclusive, este projeto em marcha numa
plantação de vinha. Importa referir, no entanto, que o
Agrocontrol tem aplicação também noutras diversas
áreas, como a arqueologia, engenharia civil ou até a
ciência forense.
Mais recentemente, a Sinergeo abraçou um novo
projeto, desta feita dedicado à prospeção e pesquisa
de recursos mineiras com recurso à interpretação e
análise de imagem-satélite. “Trata-se de uma tecnologia que permite analisar remotamente o potencial
mineral de qualquer área, em qualquer local do
mundo. É uma forma mais eficaz, mais rápida e mais
económica de fazer prospeção geológica e que permite
o acesso a zonas atualmente inacessíveis”, refere o
responsável da Sinergeo, que já tem sido contatada
por entidades, em vários países, interessadas no
Prospeg. O projeto encontra-se, neste momento, em
fase de divulgação, e quase a postos para entrar no
mercado.
No que diz respeito à restante atividade da empresa,
os serviços como os estudos geotécnicos, ensaios de
caudal e captação de água, entre outros, são procurados tanto no mercado nacional como em países como
Espanha, Angola e, pontualmente, Brasil. No entanto,
como realça Bruno Pereira, “nesta fase estamos a dar
mais atenção ao mercado nacional, de forma a que,
quando chegarmos a projetos internacionais, o
possamos fazer com maior know how e eficácia”.
A versatilidade de serviços, a procura constante de novas soluções e a proximidade com o cliente são algumas das mais-valias da Sinergeo e que lhe vão permitir,
no futuro, chegar a cada vez mais mercados. A aposta
no I&D continuará a estar nos horizontes da empresa,
e Bruno Pereira não esquece o agradecimento “aos
parceiros dos nossos projetos, desde a Universidade do
Minho até às empresas prestadoras de serviços, equipas sem as quais seria impossível colocar estes projetos no terreno”.
Glamour – Clínica de Saúde e Beleza
De Braga para Vila Verde
Depois de ter o seu gabinete durante
mais de duas décadas no centro de
Braga, Martine Soares fez as malas e
procurou uma nova paragem para a sua
clínica de saúde e beleza. Vila Verde,
terra de onde é, aliás, natural, acabou
por ser o local eleito, e onde conseguiu
manter a clientela bracarense, fidelizada
ao longo dos anos, e um novo leque de
clientes das proximidades.
Foi com apenas 20 anos que Martine Soares abriu o seu
primeiro espaço dedicado aos tratamentos de estética,
na central Avenida da Liberdade, em Braga. Com o passar
do tempo e a evolução galopante da área, a responsável
viu abrir muitos novos espaços na cidade, e, 24 anos
depois, o espaço era curto e a vontade de mudar foi-se
instalando. “Ponderei muito bem se deveria sair de
Braga, porque estava lá há muitos anos. Entretanto,
comecei a estudar outras zonas onde me poderia
implementar, e surgiu um espaço que me interessou
bastante aqui em Vila Verde, que tinha também a
vantagem de ser uma zona pouco explorada”, revela
Martine Soares.
Com a mudança concretizada, assim, há cerca de dois
anos, nasceu o novo espaço Glamour, com uma grande
variedade de serviços na área da estética. “O que mais
fazemos é a epilação de luz pulsada; é algo que eu faço,
aliás, já há 12 anos. Fazemos também limpezas de pele e
hidratações, micropigmentação, drenagem, radiofrequência, entre outros”, atenta.
A epilação de laser luz pulsada é, efetivamente, um dos
serviços mais procurados, e, com a sua vasta experiência,
Martine Soares acredita que há ideias que importam
desmistificar. “Os resultados nesse tipo de tratamentos
estão muito ligados à parte hormonal, daí que variam
muito de paciente para paciente. Quando há alguém a
quem volta a nascer o pêlo, isso deve-se, precisamente,
a questões hormonais, e acontece frequentemente em
pessoas mais jovens. A partir dos 35 anos, as sessões já
funcionam a 90%. E, ao contrário do que as pessoas
possam pensar e ao que é apregoado em vários locais,
são sempre necessárias muitas sessões para que o
trabalho seja bem feito”, clarifica, realçando ainda o
“feedback muito positivo” que tem tido nesta área.
Martine Soares faz um balanço positivo da mudança do
negócio para Vila Verde, até porque conseguiu “trazer
cerca de 60% da minha clientela em Braga. Vila Verde
acaba por ter algumas vantagens, mesmo para as clientes
que vêm de lá, porque os acessos são bons, o trânsito é
menor e o estacionamento é mais facilitado”.
O facto de ter conseguido atrair as clientes de Braga para
Vila Verde ajudou a alavancar o negócio, que se encontra
ainda numa fase bastante inicial. No entanto, aos poucos,
as clientes de Vila Verde também foram aderindo. “Como
procuramos ter uma clínica com um aspeto e decoração
cuidada, as pessoas achavam que iamos praticar preços
muito elevados, mas começaram a experimentar e
aperceberam-se, precisamente, do contrário. Felizmente,
tenho conseguido aumentar o meu número de clientes, e
conto, no futuro, continuar a manter a qualidade nos
serviços, a vanguarda nos equipamentos e os preços
acessíveis”, termina Martine Soares.
55
Palhágua 2
Qualidade e serviço
de excelência
Sediada em Vila Verde, a Palhágua 2 Lda
é uma empresa com grande ligação
comercial à Palhágua, com sede em
Braga, fundada em 1998 pelo sócio João
Silva Palha. A empresa labora no ramo
das piscinas, saunas, spas, turcos, regas
e canalizações em geral, contando com
clientes de vários setores de atividade e
uma equipa de onze colaboradores
sempre prontos a dar resposta às mais
variadas solicitações.
56
Aberta ao público desde 2007,a Palhágua 2 surgiu pela
iniciativa dos sócios Luís Cerqueira e João Palha, com
o objetivo de alargar a área de negócios deste ramo, e
“uma forma de aproveitar o nome Palhágua, que já
existia no mercado há alguns anos e que era sinónimo
de qualidade e sucesso na sua área”, refere Luís Cerqueira.
No caso da Palhágua 2, tem havido um reforço na área
dos sistemas de rega. “Aqui em Vila Verde temos implementado muitos sistemas de rega para plantações
de pequenos frutos, como o mirtilo e as framboesas,
muito em voga nesta região. Trata-se de um mercado
em ascensão e temos sentido bastante satisfação e
aceitação por parte dos clientes”, continua o responsável.
Já na área das piscinas, e contrariamente ao passado, em
que os particulares, que queriam ter piscinas nas suas casas, eram os principais clientes, atualmente a Palhágua
tem trabalhado mais para clientes com projetos turísticos, hotéis, parques de campismo, turismo rural, câmaras municipais, escolas, ginásios, spas e outros.
Também na área das piscinas, a Palhágua 2 tem feito
trabalhos além-fronteiras, particularmente em Espanha e França, sendo que as negociações com Angola
estão em cima da mesa. A empresa também faz manutenção em todos os serviços do seu ramo. “É um serviço que ajuda a contrariar a sazonalidade deste negócio”, atenta Luís Cerqueira. Para além disso, a venda e
instalação de equipamentos específicos, como as bombas de calor, desumidificação e aquecimento, natação
contra corrente, desinfeção de águas, coberturas automáticas, entre outros, ajuda a completar a oferta de
serviços da Palhágua 2.
Com uma clientela cada vez mais exigente, a Palhágua 2 promete, no futuro, continuar a procurar as
melhores soluções e a prestar um serviço de excelência ao cliente. Luís Cerqueira não esconde que
gostaria de expandir o negócio, “mas não será no
imediato, pois o mercado ainda tem que melhorar e
estabilizar. Acredito que, no entanto, depois de o
país ultrapassar esta fase, não só a Palhágua 2 mas,
de forma geral, toda a sociedade vai estar melhor
preparada para crescer, fazendo-o de forma sustentada”, termina o responsável.
Centro Social do Vale do Homem
Qualificação e vertente humana
num projeto de cariz social
Com apenas cinco meses de existência, o
centro social do Vale do Homem já se
apresenta como um espaço de referência
dos concelhos de Vila Verde e Amares.
A componente de lar já se encontra
completamente implementada, e a
aprovação do serviço de apoio ao
domicílio é também já uma realidade.
É pela necessidade de 16 freguesias da região de
Vila Verde e sete freguesias da região de Amares,
mais concretamente do Vale do Homem, que surge
um projeto no âmbito social para a criação de uma
estrutura que abrangesse esta área de atuação. Nos
concelhos que apresentam um grande envelhecimento da população, existia a necessidade de um
elemento de aproximação e desenvolvimento da
região.
Na condução deste projeto foi criada uma associação,
o Centro Social do Vale do Homem, que conseguiu o
estatuto de IPSS passados cerca de dois anos. Esta
associação nasceu fundamentalmente da vontade dos
cidadãos atentos que identificaram o iminente envelhecimento e também a carência de outros apoios de
caráter social. Além disso, a criação desta instituição
surgiu também como meio para gerar emprego e assim
fixar a população. Neste âmbito, candidatou-se aos
fundos comunitários, mais concretamente ao POPH,
reunindo todas as condições exigidas e consequente
aprovação do projeto.
Em Dezembro de 2013 é acolhido o primeiro utente no
centro social, que passados quatro meses, apresentava
100% da capacidade na valência de lar.
Com esta valência preenchida, a direção do centro
social sentiu um enorme desafio em alargar a resposta
social às necessidades específicas da população,
apostando noutra valência, mais concretamente, no
serviço de apoio ao domicílio. Jorge Pereira, presidente da instituição, considera este início extremamente
positivo, como o transmitiu: “Uma nova instituição que
surge como nós surgimos e que, ao fim de quatro
meses, está a trabalhar como nós estamos, torna-se já
numa referência”.
Quanto às valências necessárias ao funcionamento
do lar, este tem todas as componentes fundamentais
e indispensáveis à saúde e bem-estar dos utentes,
assim como um conjunto alargado de serviços:
fisioterapia, nutrição, enfermagem, cabeleireiro e
assistência religiosa. A animação sociocultural
funciona como complemento a esses serviços
prioritários, como exemplo: ver televisão, executar
jogos, praticar outras atividades, para além da
assistência aos ensaios do rancho folclórico. Esta
animação é intrínseca à instituição, uma vez que o
rancho folclórico pertence e apoia a vertente
cultural deste Centro Social.
Na ótica de Jorge Pereira existem assim três pontos
fundamentais para o sucesso do Centro Social do Vale
do Homem: “a qualificação e escolha dos profissionais,
a qualidade das instalações, e a vertente humana, que
é essencial”, conclui.
Este projeto contou, igualmente, com os apoios
institucionais da Misericórdia de Vila Verde, da Escola
Profissional Amar Terra Verde, da Associação Empresarial de Vila Verde, das Câmaras Municipais de Amares e
de Vila Verde e do arcipreste de Vila Verde. A ATAHCA
(Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do
Homem, Cávado e Ave) desempenhou também um
papel importante no processo, através do apoio à
candidatura ao PRODER, e que se concretizou na
criação de uma cozinha, lavandaria, e na aquisição de
uma viatura de nove lugares.
Com a mente no futuro, o presidente da instituição
acredita que este centro social está a marcar pela
diferença, e afirma: “Vamos continuar a inovar.
Estamos a fazer bem e diferente”. O responsável
espera também que, no futuro mais próximo, o serviço
de apoio ao domicílio esteja a funcionar em pleno e a
dar resposta a cerca de 40 utentes.
57
Casa Fonseca
Honestidade e bem servir
desde 1910
Sediada em Vila Verde, Braga, a Casa
Fonseca é uma referência na região para
quem procura materiais nas mais
diversas áreas – desde os materiais de
construção passando pela drogaria e
agricultura, entre outros. Com mais de
um século de existência, o negócio, que
mantém uma estrutura familiar desde a
sua fundação, procura marcar a
diferença pela honestidade e bem servir.
As raízes da Casa Fonseca remontam a 1910, quando
João Serôdio da Fonseca, pai do sogro do ainda hoje
proprietário, António da Silva Domingues, abriu, em
conjunto com outro sócio, a “Ferraz e Fonseca”,
dedicada ao comércio de mercearia, drogaria e
ferragens.
Ao longo dos anos, o negócio foi sofrendo várias
mutações e atravessando gerações. Depois do
fundador, o filho, Mário Santos da Fonseca, assumiu
a gestão da casa, e, em 1964, chegou a vez de
António da Silva Domingues, a quem coube a tarefa
de trazer um novo fôlego depois de uma fase mais
difícil na vida da Casa Fonseca. Foi também nessa
fase que se iniciou uma grande restruturação em
termos de produtos, com o negócio a voltar-se para
as áreas que abrange atualmente: materiais de
construção, drogaria, eletrodomésticos, ferragens,
58
material elétrico, pichelaria, agricultura, jardim e
pecuária, e, finalmente, decoração, casa e lar.
Com uma vasta visão do negócio, pelos largos anos
de experiência que tem, António da Silva Domingues
explica que “apesar de, hoje em dia, se vender
muito menos produto em termos de quantidade, por
outro lado temos muitas mais condições, produtos
de boas marcas e uma grande diversidade e qualidade. Para além disso, acredito que, ao fim de todos
estes anos, o que marca a diferença no nosso
negócio é a honestidade e o bem servir dos clientes”.
A Casa Fonseca conta, para além do espaço principal que se mantém no mesmo local desde a sua
fundação, e que foi alvo de obras em 2009, com um
segundo armazém voltado para a área de agricultura, jardim e decoração. Atualmente, a equipa da
Casa Fonseca conta com 13 colaboradores, e a
estrutura familiar deverá manter-se no futuro, com
os filhos de António da Silva Domingues, Epifânio,
Maria Fernanda, Manuela Maria e Carla Cristina
Domingues à frente do negócio.
Lar S. Salvador
Um lar de referência em Vila Verde
Carlos Saraiva Dias tinha apenas 26 anos
quando começou a idealizar o seu
projeto de sonho. Com a esposa, Marta
Gonçalves, foi alinhavando as ideias e,
aos poucos, começou a nascer o Lar S.
Salvador. Aberto há dois anos, este lar
para seniores é já uma referência em
Vila Verde, graças a uma série de
valências que garantem a máxima
comodidade aos seus utentes.
A ideia para a criação do Lar S. Salvador vagueava na
mente de Carlos Saraiva Dias já há vários anos, e saltou,
finalmente, do papel para o terreno há dois anos. Com o
objetivo de proporcionar aos seus utentes o maior
conforto possível, o lar reúne, assim, valências de
acompanhamento médico e enfermagem, fisioterapia e
reabilitação, serviço de nutrição, higiene pessoal e
transporte, dispondo de 10 quartos single e 10 quartos
duplos. Neste momento, o Lar S. Salvador já atingiu a sua
capacidade máxima, com 30 utentes.
O lar encontra-se aberto a todo o tipo de utentes, mas, e
“tendo em consideração que existem muitas instituições
que não aceitam utentes com quadros demenciais, nós
temos tido uma grande procura desse nicho de mercado.
Neste momento, 80% dos nossos residentes são pessoas
portadoras de patologias demenciais, das quais alzheimer,
demências vascular e outras e, por isso, queremos
especializar-nos nessa área, de forma a saber lidar com a
demência e envelhecimento em todos os seus quadrantes”, explica Raquel Carvalho, diretora técnica do lar.
A introdução de terapias inovadoras é uma das apostas do
Lar de S. Salvador, como é o caso da sala de snoezelen.
“Trata-se de uma sala que disponibilizamos para os nossos
utentes mais desorientados no espaço e no tempo, monitorizada pela nossa fisioterapeuta, que graças ao seu equipamento produz diversos efeitos sensoriais – visuais, auditivos,
gustativos e táteis, musicoterapia e efeitos luminosos num
ambiente controlado. O objetivo é proporcionar o máximo
de relaxamento e harmonia aos residentes, com grandes
benefícios, por exemplo, na redução da ansiedade, na
majoração da função cognitiva, renal, circulatória e
digestiva e coadjuvando também no repouso”, atenta a
responsável. Esta técnica tem tido resultados tão positivos
que a sala já foi ampliada e, no futuro, o lar pretende
implementá-la também ao domicílio.
Para além disso, o lar dispõe de salas de atividades, com
uma animadora social, cozinha com todas as refeições
preparadas no local e sala de enfermagem, permitindo
aos utentes “usufruir de um conjunto de serviços dentro
do lar, sem necessitarem de se deslocarem ao exterior. E,
quando têm consultas de saúde, nós fazemos todo o
acompanhamento, o que deixa as famílias muito mais
tranquilas”. Aqui, procura-se “que nada falte aos utentes
e que as pessoas se sintam em casa. Temos sentido que há
muita gente que têm uma ideia muito negativa do
conceito de lar, mas a verdade é que os nossos utentes
gostam muito de cá estar, sentem-se satisfeitos”, atenta
Carlos Saraiva Dias.
A expansão das valências é um dos projetos de futuro do
Lar S. Salvador. “Prevemos aumentar a capacidade do lar/
residência, de forma a acolher mais cerca de seis pessoas.
Outro projeto passará pela criação de um serviço
pioneiro, que passará pela prestação de fisioterapia de
neuro reabilitação em domicílio. Pretendemos também
introduzir a valência de apoio domiciliário”, terminam os
responsáveis.
59
Investe Brasil
Exportar o made in Portugal
para o Brasil e o Mundo
De Vila Verde para o Mundo. Instalada
no Instituto Empresarial do Minho, a
Investe Brasil quer levar o made in
Portugal para terras de Vera Cruz. E, no
horizonte, estão os mercados do
Mercosul, África e Europa.
A sua empresa é uma PME? Não tem experiência na
internacionalização? Procura um parceiro que o ajude
a implementar a sua empresa no Brasil? Não se
preocupe. A Investe Brasil tem a resposta a todas
estas perguntas. A Investe Brasil é uma empresa de
consultoria que apoia empresários que pretendem
inserir-se no competitivo mercado brasileiro.
Prestam serviços de apoio administrativo, consultoria
imobiliária, consultoria ambiental, assessoria jurídica, assessoria bancária, assessoria contabilística e
fiscal, assessoria a expatriados, assessoria em
prospeção e pré-atendimento e assessoria em
comunicação e marketing.
A união faz a força
Projeto de duas amigas de infância, Susana Costa,
contabilista e formadora de contabilidade/gestão
no IEFP, e Sofia Fernandes, também contabilista.
Trabalharam em gabinetes concorrentes durante
nove anos, acumulando experiência, que se materializou na Investe Brasil. Susana Costa concluiu
que era altura de mudar de rumo, e com a sua
amiga Sofia Fernandes abriram uma empresa com
objetivo de oferecer serviços de contabilidade e
outros de apoio ao negócio e à gestão como:
serviço de advocacia, consultoria no âmbito da
criação e modernização das empresas no mercado,
entre outros serviços.
O duo de empreendedoras identificou a necessidade
de fazer a ponte entre o mercado luso e o mercado
brasileiro quando um cliente lhes pediu ajuda para
abrir uma empresa no Brasil. A solução para responder ao pedido de ajuda deste cliente passou pela
parceria com os amigos Lídia Vieira e Vítor Silva,
portugueses empresários no Brasil há cerca de dez
anos. Estava lançada a semente.
60
O target são as PME’s com pouco ou nulo conhecimento da realidade brasileira, que necessitem de
um parceiro sólido, com larga experiência no
setor de gestão e assessoria, mas também com o
profundo entendimento do apetecível mercado
brasileiro.
“Acreditamos no projeto”
“Sentimo-nos hoje, para além de técnicas oficiais de
contas, verdadeiras parceiras de negócio dos nossos
clientes”, afirma Susana Costa. A Investe Brasil apoia
o empresário que deseja investir no ramo imobiliário,
bem como o empresário que pretende abrir uma
sucursal no Brasil ou criar uma empresa de raiz, ou
ainda o empresário que pretende exportar os seus
produtos made in Portugal, como calçado, artesanato, produtos alimentares ou produtos regionais para o
mercado brasileiro.
A Investe Brasil faz um acompanhamento personalizado ao negócio de cada empresário, dotando-o de um
plano de negócios, preparação de um dossier para
requisição de crédito bancário no Brasil e assessoria
de prospeção de mercado, além dos serviços mencionados.
2012 foi o ano em que a Investe Brasil firmou parcerias fulcrais com diversas instituições. É o exemplo da
parceria com a Rede Petro – Bacia de Campos,
organização que promove, articula e fomenta a
celebração de negócios entre os players da cadeia
produtiva de petróleo, gás e energia da Bacia de
Campos – Rio de Janeiro.
Em 2013, a Investe Brasil continua em ascensão. Para
o futuro próximo, as empresárias Susana Costa e Sofia
Fernandes visionam a expansão para outros países do
Mercosul e a expansão para o mercado Africano e
Europeu.
Magnific-International
Qualidade e bem-estar
na hora do deitar
Presente no mercado desde 1991, a
Magnific-International assume-se como
marca de referência na área da saúde e
bem-estar no que concerne aos colchões.
A passar uma fase de transferência de
testemunho do negócio, esta empresa
localizada em Vila Verde continua a
manter o núcleo familiar.
É no ano 2009 que Lúcio Lomba decide comprar a
prestigiada marca Magnific-International, que se
encontrava a ser comercializada por uma empresa,
que, infelizmente, teve de fechar portas. Foi
então que teve a iniciativa de abrir uma empresa
em que colocasse a marca/produto em contato
com os clientes.
A empresa dedica-se à comercialização de uma
vasta gama de produtos que visam o conforto
individual, desde colchões, poltronas de massagem, estrados elétricos e almofadas. O forte das
vendas concentra-se nos colchões ortopédicos com
características anatómicas, medicinais e terapêuticas.
Esta foi a primeira marca a produzir colchões
ortopédicos sem molas, mantendo a mesma
identidade desde a fundação. Resistentes,
ventilados, flexíveis, adaptáveis ao corpo e
antialérgicos são alguns dos atributos dos
colchões da Magnific, que se distinguem igualmente pelos materiais utilizados, que vão desde
a soja, viscoelástico, látex, a diferentes densidades de poliuretano. As várias gamas de colchões são a prova disso mesmo, sendo elas:
Magnidreams, Magnivisco, Magnilight, Magnisoja,
Magnisoft, Magniflex e Magniplus. Cada uma
destas gamas pretende garantir todos os padrões
de qualidade e bem-estar, com uma garantia
equivalente aos valores apresentados.
A procura pela personalização no atendimento e
acompanhamento dos clientes é, igualmente, uma
das mais-valias que distinguem a Magnific no
mercado, sendo esta a maior marca de colchões
ortopédicos a nível nacional.
A passagem da empresa para a geração seguinte
está assente num percurso sustentado. Diogo
Ramalho começou pela área comercial da empresa, com vista a perceber todo o processo que
envolve a venda de um colchão. Neste momento
dedica-se à gestão da área comercial, e salienta
“quando me iniciei nesta área, comecei a gostar
do feedback positivo dos clientes e, além disso,
sinto-me orgulhoso por estar a proporcionar
bem-estar e qualidade de vida às pessoas. É
gratificante servir e sentir a alegria e a satisfação
de cada cliente”, afirma Diogo Ramalho.
Com uma intervenção de mercado essencialmente a nível nacional, estando presente nas maiores exposições em Portugal, a Magnific-International começa a marcar presença no mercado
internacional, em países como Angola, Suíça e
França. Os colaboradores, experientes e com
formação a nível de ortopedia e medicina, são
outra das distinções da empresa, que assenta o
serviço no envio do comercial à casa do cliente,
visando um acompanhamento mais especializado
e adequado às necessidades de cada possível
comprador.
Com uma presença marcada a nível nacional, a
Magnific-International oferece qualidade, durabilidade e garantia de um produto que pretende proporcionar um nível de vida saudável na hora de deitar.
Diogo Ramalho perspetiva o futuro com a continuação de um crescimento sustentado e avança:
“Gostaríamos de apostar na expansão, mas são
projetos ainda a ponderar, contudo a intenção é,
claramente, continuar a crescer”.
Lúcio Lomba, Diogo Ramalho e toda a sua equipa
agradecem “o voto de confiança e preferência
pela nossa marca ao longo destes 23 anos presente
no mercado”.
“Dormir Bem e Viver Melhor”.
61
Jerofil
Aposta séria na globalização
Constituída em novembro de 1998, a
Jerofil é uma sociedade familiar
especializada em serralharia mecânica
pesada para a indústria transformadora e
extração de inertes. Com 95% da sua
faturação direcionada para o mercado
internacional, a empresa é detentora do
estatuto de PME Líder e PME Excelência,
atribuído pelo IAPMEI.
A Jerofil começa a sua atividade ligada à construção civil,
com o fabrico de betoneiras, andaimes, portões, entre
outros equipamentos para a construção civil. Aquando da
crise nacional no setor, a empresa decide apostar na
exportação e, em 2002, entra no mercado europeu,
nomeadamente em Espanha. Atualmente, está presente
em países como a Alemanha, França, Rússia e Bélgica,
estando também posicionada no mercado africano, em
Angola, Camarões, Serra Leoa, Congo, Gana, Senegal,
Cabo Verde e Moçambique, bem como no mercado árabe.
Novos negócios na América do Sul foram recentemente
firmados, em países como a Venezuela, Chile, Equador e
Peru. A companhia foi distinguida com o estatuto empresa
PME Excelência e é uma entidade global, mas sem perder
a sua essência familiar.
Excelência e experiência internacional
Situada em Lugar do Monte, Vila Verde, a sociedade conta
já com 15 anos de existência e não possui concorrência
direta na indústria. A Jerofil especializou-se no setor da
serralharia mecânica pesada e constrói equipamentos para
a indústria extrativa e transformadora de inertes.
Na fábrica da Jerofil projetam-se, produzem-se e instalam-se máquinas e equipamentos industriais. A atuação da
firma abrange todos os componentes para as indústrias,
desde a extrativa à industrial, e desenvolve projetos
especiais de consultoria, elaborando um plano de desenvolvimento e estudo tecnológico para que o seu negócio
62
prospere em força e escala. Cada peça desenvolvida pela
Jerofil é criada de raiz, tendo em conta elevados padrões
de qualidade. A marca procura sempre a satisfação
máxima do cliente, atendendo a todas as características
distintas que cada trabalho exige.
Na Jerofil, cada projeto é criteriosamente estudado e
condicionado pelo material a extrair. “Um cliente que
tenha mais do que uma pedreira não tem duas extratoras
iguais. As máquinas diferem pelo tipo de rocha extraída e
devido à morfologia do terreno”, esclarece António Jorge,
sócio-gerente da Jerofil. Todos os projetos são elaborados
em CAD na sede, e a inovação tecnológica é sinónimo de
mais encomendas e de um período de entrega ainda mais
curto. A firma dedica-se ainda à comercialização de
materiais elétricos e tudo o que esteja relacionado com a
motorização e movimentação. Com uma equipa de 15
colaboradores e mais sete funcionários subcontratados,
dedicados exclusivamente aos projetos de serralharia, a
Jerofil aposta também na formação contínua.
Já se planeia 2015 na empresa de Vila Verde, estando em
produção encomendas que serão entregues apenas em
2016, expressão do triunfo desta organização. Recentemente, a Jerofil executou uma obra de grande envergadura em Portugal, impulsionada pelos apoios estatais
concedidos às PME.
A Jerofil vai continuar a consolidar a sua posição nas
diversas esferas de atuação, estabelecendo um padrão
elevado de qualidade com que premeia os seus clientes.
ASF Clínica Médica e Dentária
Empatia e competência
ao serviço do utente
Ana Sofia Fernandes ainda não tinha
terminado o curso de Medicina Dentária,
mas já tinha a ambição de, um dia, vir a
abrir a sua própria clínica. Depois de
concluída a formação, a responsável
procurou um espaço de referência em
Braga, que lhe deu a experiência
necessária até abrir, em Vila Verde, a ASF
– Clínica Médica e Dentária.
Aberta há nove anos em Vila Verde, a ASF – Clínica
Médica e Dentária foi o resultado do percurso de Ana
Sofia Fernandes, que, ainda durante a faculdade, já
tinha a ambição de ter a sua própria clínica. No
entanto, e como recorda a própria, “quando terminei
o curso senti que não tinha a experiência suficiente
para assumir a direção de uma clínica, e, por isso,
procurei um espaço de referência em Braga, a Clínica
Dr.Jorge Lima Fernandes, onde trabalhei e trabalho
desde então”.
A jovem bracarense quis sair do centro da cidade e
optou por abrir a clínica em Vila Verde, porque “sabia
que era uma zona de referência e na qual, apesar de
já existir bastante oferta, poderia oferecer algo de
diferente”. A estratégia passou por “ter todas as áreas
da medicina dentária, desde a cirurgia oral à implantologia, ortodontia ou odontopediatria, entre outras,
mas em permanência, algo que não existia em Vila
Verde. Qualquer paciente que nos visite tem sempre
todas as especialidades disponíveis, não necessitando,
por exemplo, de esperar pelo médico que só vem uma
vez por semana. O facto de o paciente vir cá e ter
sempre, sem exceção, um médico para o ver, seja qual
for o tratamento, é uma mais-valia”, explica Ana Sofia
Fernandes.
Constituída por cinco médicos e três assistentes, a
equipa da ASF – Clínica Médica e Dentária foi “escolhida pela sua grande competência técnica, mas por
outro fator que valorizo muito, que é o tipo de
relação, de grande empatia, que estabelecemos com
os pacientes. Há também um grande espírito de
entreajuda entre todos, o que gera um bom ambiente
no local de trabalho e se reflete nos pacientes, que
nos procuram mais”, continua a responsável.
A responsabilidade social é também uma vertente
importante na clínica, que optou, “desde o início”, por
trabalhar com o cheque-dentista. “Penso tratar-se de
uma grande mais-valia, pois temos muitas crianças
que, de outra forma, nunca viriam ao dentista, pois há
pais que nem dinheiro têm para comprar uma escova
ou pasta de dentes. E é importante que as crianças
venham regularmente ao dentista, pois se os problemas não forem tratados há um grande risco de
chegarem a adultos com situações muito graves por
resolver”, atenta.
Em quase dez anos, a ASF Clínica Médica e Dentária
tem trilhado um caminho de sucesso, e a expansão é
um dos planos feitos para o futuro. “Neste momento,
estamos em obras para abrir mais um consultório na
clínica; prevemos que esteja pronto no mês de setembro. A longo prazo, gostaria muito de abrir um novo espaço semelhante a este e também num local do distrito de Braga”, termina Ana Sofia Fernandes.
63
Sergyos On Style
Um espelho da modernidade
e das novas tendências
Muito mais do que um salão de
cabeleireiro, o Sergyos on Style
apresenta-se como um novo
conceito de beleza e moda na
cidade do Porto. Com a junção de
cabeleireiro, estética, massagem,
joalharia e guarda-roupa, quem
visita este espaço encontra o
enquadramento perfeito entre o
bem-estar e a preocupação com a
imagem.
64
É com o início numa parceria ligada à organização
de casamentos, que Sérgio Pinto e Sérgio Costa se
associaram neste ramo de negócio. Sérgio Pinto na
área da decoração de interiores, gestão de espaços
e no tratamento das noivas, e Sérgio Costa com toda
a envolvente dos cabelos.
A inauguração do salão Sergyos on Style aconteceu a
9 de Maio de 2011, com um conceito totalmente
inovador na cidade do Porto: “Todo o ser humano
está habituado a chegar a um cabeleireiro, ver
imensos expositores e muita publicidade. Quem
chega ao nosso espaço não encontra nada disso. O
nosso cabeleireiro é completamente diferente, aqui
damos a conhecer os profissionais e as tendências”,
revelou Sérgio Costa.
Com a abertura deste espaço, os proprietários
notaram uma mudança de comportamento dos
clientes, ou seja, perceberam que existe uma
preocupação maior por parte da classe masculina em
tratar do aspeto e do bem-estar do corpo, e não só
da classe feminina.
O salão Sergyos on Style pretende deste modo que
as pessoas entrem, sintam conforto e confiança. É
um espaço desenvolvido a pensar em toda a
envolvente da beleza e do bem-estar dos clientes,
com diversos serviços desde o cabeleireiro unissexo, venda de joalharia em prata e ouro, estética,
massagens, unhas de gel, e ainda roupa por
medida. Sérgio Pinto confessa mesmo que, “quando o cliente chega aqui, eu digo que está a entrar
num shopping”.
Um sábado por mês o Sergyos on Style diferencia-se,
igualmente, pelas atividades que desenvolve e
concretiza durante o horário de funcionamento do
cabeleireiro: “Já tivemos fados, música ao vivo,
bodypainting, dança do ventre, dança indiana com
pinturas aos clientes, workshops de produtos de
limpeza de pele, tudo enquanto os clientes estão a ser
atendidos e tratados”, revela Sérgio Pinto.
Com uma presença recente no mercado e a comemoração dos três anos de existência, este é um espaço
já recomendado por figuras públicas, mas que não
desmobiliza os proprietários de continuar a apostar
no trabalho, empenho, e na atualização das várias
formações. Sérgio Pinto revela também que pretende chegar a todas as pessoas: “Temos preços para
todos os segmentos. O que pretendemos é que as
pessoas possam ter acesso a estes tratamentos, se
sintam bonitas e possam tratar da imagem”, sintetiza.
Os proprietários do Sergyos on Style consideram que o
balanço dos três anos de existência é positivo, com
possibilidades de crescimento, e em que podem começar a surgir novos projetos. “Vamos continuar a apostar na simpatia, nos bons trabalhos, na boa relação
qualidade/preço, com produtos nacionais Lupabiológica, e em dar a conhecer o nosso trabalho e quem somos”, concluem.
Pajá Internacional Lda
A qualidade traduzida
nos produtos
Especializada no fabrico de ferragens e
puxadores, a Pajá é uma das empresas
mais conhecidas no mercado português
neste setor. Com décadas de história, a
empresa de Matosinhos exporta a
maioria da sua produção para vários
países da Europa, apresentando uma
grande diversidade de produtos com
diversos tipos de acabamentos.
Ostentando com orgulho o selo de “made
in Portugal”, os produtos da Pajá
traduzem qualidade e design, uma maisvalia reconhecida pelos clientes.
“A empresa começou com o nosso avô a fazer cunhos e
cortantes na sua oficina em casa”, revela Rui Pinto,
sócio-gerente da empresa. A altura remonta a 1957, ano
de fundação da Pajá, que de seguida se especializou no
fabrico de ferragens e puxadores em alumínio, latão e
também em inox. Ao fim de décadas de história e de
crescimento sustentado no mercado, a Pajá tornou-se
uma empresa de referência no setor e uma das mais
conhecidas no país. Hoje com 35 colaboradores, a Pajá
exporta cerca de 65% da sua produção para vários países
europeus com especial relevância para o mercado inglês,
estando também presente em Espanha, França ou
Alemanha.
Com uma extensa variedade de produtos e referências em
ferragens e puxadores, seja para interior ou exterior, para
portas, portões, janelas, móveis, etc, todos os produtos
fabricados na Pajá são desenvolvidos pela própria
empresa. “Em termos concorrenciais, as nossas mais-valias são a flexibilidade e a nossa capacidade de desenvolver as ferramentas necessárias para o nosso fabrico e com
isso temos capacidade de resposta temporal, com curtos
prazos de serviço, fornecendo o produto à medida do
cliente”, salienta Rui Pinto. Com produtos para todas as
gamas de preços mas sempre com a mesma garantia de
qualidade, outra das grandes mais-valias da Pajá passa
pela diversidade de acabamentos. “As pessoas começam a
dar mais atenção ao design e à qualidade em detrimento
do preço, e nesse campo somos muito competitivos.
Incorporamos diferentes materiais nos nossos produtos,
como por exemplo madeira, cortiça, couro, vidro ou
porcelana”, acrescenta Pedro Pinto, também sócio-gerente da Pajá. Um exemplo da qualidade dos produtos da
Pajá passa pela parceria com a marca Swarovski, onde a
empresa portuguesa trabalha diretamente com a marca
no fabrico de puxadores, incorporando os cristais da
reconhecida marca de produtos de luxo.
A respeito da conjuntura económica, a Pajá não passou
imune à crise mas “já invertemos o declínio e agora a
empresa está em crescimento. Neste momento estamos a
mudar a política comercial e por isso este ano e os
próximos serão de crescimento. Queremos crescer e não
queremos esquecer o mercado interno, pois é por aqui
que começamos a mudar a nossa política comercial”,
afirma Pedro Pinto. “O mercado interno é muito importante e podemos dizer que somos dos poucos fabricantes
no nosso ramo que se mantiveram fiéis ao fabrico. Os
produtos são todos de fabrico nosso e nunca trouxemos
produto de fora”, acrescenta Rui Pinto. Sempre a
desenvolver novos produtos, a Pajá prepara-se para lançar
uma nova linha de ferragens para casa de banho. Ao nível
dos mercados, a empresa de Matosinhos está em fase
adiantada nas negociações para entrar nos países da
Escandinávia. A exportação para Moçambique e para os
países árabes também está na calha. A tendência no
futuro será para um aumento das exportações, dependendo do comportamento do mercado nacional. Para o ano
que vem, a Pajá marcará presença numa importante feira
do setor no exterior, a fim de apresentar as suas novas
gamas de produtos.
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Oficinas Santa Bárbara – Conservação e Restauro
Execução com cuidado e rigor
Com uma larga experiência em
conservação e restauro do património
cultural, as Oficinas Santa Bárbara
assinam já numerosas intervenções de
recuperação em todo o país. Desde a
pintura de cavalete à pintura decorativa,
da talha religiosa à escultura em madeira
e pedra, passando por materiais
etnográficos e de colecionismo, assim
como tratamento de estrutura edificadas,
fazem parte das especialidades de
conservação e restauro das Oficinas
Santa Bárbara. Outra das missões da
empresa passa pela divulgação, formação
e sensibilização das pessoas para a
conservação do património.
66
Fundadsa há 15 anos, as Oficinas Santa Bárbara são o
projeto de duas pessoas com uma vasta experiência na
área da conservação e restauro de bens culturais.
Falamos de Pedro Santa Bárbara, fundador e antigo
diretor do curso superior de Conservação e Restauro do
Instituto Politécnico de Tomar, e Olga Santa Bárbara,
que conta com mais de 20 anos de experiência nesta
atividade e passou por diversas instituições ligadas ao
património nacional. Sediadas em Matosinhos, as
Oficinas Santa Bárbara são o corolário de um percurso
de vida integralmente dedicado a esta área, e hoje
contemplam cinco pessoas totalmente especializadas e
qualificadas para a execução de conservação e restauro.
Sempre com uma preocupação de abordagem segundo
os materiais que constituem a peça a intervencionar,
especializaram-se na conservação e restauro de pintura
(sobre tela, madeira, estuque, metal, etc.), madeira
(talha dourada e policromada, mobiliário, escultura),
pedra (estruturas edificadas, monumentos, estatuária,
etc.) e materiais diversos (colecções etnográficas,
colecionismo, desde o marfim às lacas), assim como
controle ambiental e desinfestações de colecções e
espaços.
As Oficinas Santa Bárbara imprimem um trabalho de
qualidade e de rigor técnico em todas as suas intervenções, baseado no saber e na experiência. “Sempre que
nos pedem trabalhos fora da nossa área de intervenção, como por exemplo têxteis e documentos gráficos,
recorremos a técnicos especializados. O que hoje em
dia continua a ser extremamente importante é a
qualidade de trabalho. De facto, é a confiança que o
cliente deposita na empresa, isso tem um peso muito
importante, quer em termos de clientes particulares ou
institucionais”, revela Olga Santa Bárbara. Com
intervenções no património espalhadas por todo o país,
os principais clientes da empresa são institucionais,
desde a Igreja às autarquias e instituições públicas e
privadas, e ainda mantêm uma carteira de clientes
particulares com colecções especializadas.
O objetivo de futuro da empresa de conservação e
restauro passa por continuar o seu caminho de qualidade
e rigor técnico impresso em cada trabalho e intervenção,
contribuindo de forma ativa na manutenção do nosso
património e riqueza cultural.
Marisqueira de Matosinhos
Entre os 50 melhores do mundo
A Marisqueira de Matosinhos é um dos
restaurantes mais afamados da região, e
não só. A publicação britânica The
Telegraph colocou este espaço entre os
50 melhores restaurantes de todo o
mundo, realçando as suas iguarias, com
destaque para os percebes. De portas
abertas desde 1978, esta casa serve
marisco de grande qualidade que, a par
do excelente serviço e da boa relação
qualidade/preço, tem assegurado a
longevidade do negócio.
Foi em 1978 que nasceu, pela mão de Henrique Torres,
um dos empresários mais dinâmicos da restauração e
hotelaria da cidade, a Marisqueira de Matosinhos. Na
altura, o empresário reuniu-se de alguns colaboradores, entre os quais Miguel Faria, que acabaria por
deter a totalidade do restaurante em 1993.
Desde a sua fundação na rua Roberto Ivens, a Marisqueira de Matosinhos foi alvo de uma grande remodelação em 2001, melhorando sobretudo as instalações e
mantendo a qualidade do serviço. Para além disso,
“vamos fazendo ajustes e acrescentando coisas novas
sempre que necessário. Como estamos abertos há
muito tempo, já temos a perceção de que o mercado
nos obriga a adaptar-nos. No entanto, há algo que
valorizamos e procuramos manter ao longo dos anos,
que é a qualidade do serviço”, explica Miguel Faria.
Essencial para essa qualidade de serviço é a equipa de
20 colaboradores, “todos com muitos anos de casa.
Penso que é aí que está um pouco do nosso segredo. A
equipa já têm uma forma de trabalhar muito interiorizada, que reflete aquilo que queremos para esta casa.
Para além disso, o facto de já conhecerem muito bem
alguns clientes facilita também o serviço”. Miguel
Faria aponta ainda “a higiene, atendimento e a boa
relação preço/qualidade” como aspetos que têm
ajudado à longevidade do restaurante.
Com uma clientela muito fidelizada, o principal cartão de
visita da marisqueira é a qualidade dos produtos. Aqui, o
marisco, ao natural, grelhado ou cozido, é o principal
chamariz, sendo também o arroz de marisco um dos
pratos mais procurados. No entanto, nem só de frutos de
mar é composta a carta do restaurante. O peixe fresco e
um bom bife, de carne do vazio ou de lombo, são
alternativas à altura. E, importa referir que “apesar da
especialidade ser o marisco, tudo o que temos na nossa
carta é feito com a mesma dedicação e qualidade”.
Foi, precisamente, essa aposta na qualidade que levou
a Marisqueira de Matosinhos às páginas do britânico
The Telegraph. O espaço faz parte da lista dos 50
melhores restaurantes do mundo elaborada pelo
jornal, tendo sido alvo de atenção de uma crítica da
publicação, que destacou “um restaurante de marisco
prático e eficiente mas muito profissional”, referindose ainda aos “deliciosos” percebes.
Manter viva a memória de Henrique Torres
Miguel Faria recorda, com saudade, a vida de Henrique
Torres, “o grande hoteleiro de Matosinhos” que fundou
também, entre várias casas de restauração, a
Marisqueira de Matosinhos. O responsável entende que,
por ter feito tanto pela restauração naquela zona,
Henrique Torres merecia ser homenageado. “Acho que a
cidade devia fazer algo para manter viva a memória de
Henrique Torres”, termina.
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Microprocessador – Sistemas Digitais S.A.
Soluções tecnológicas
em produtos e serviços
Como uma empresa de base
tecnológica, a Microprocessador atua
em dois ramos de atividade, fornece
soluções de automação industrial e de
edifícios e é produtora de painéis
eletrónicos de informação para o setor
dos transportes. Sediada em
Matosinhos, a Microprocessador foi
criada em 1979 e desde então tem
marcado a sua referência no panorama
empresarial português pelas soluções
que desenvolve. A empresa já deu o
salto da internacionalização,
exportando atualmente os seus
produtos para vários países.
A comemorar 35 anos de atividade, a Microprocesador foi
criada por um grupo de docentes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, “com ideias de desenvolver
tecnologia própria, pois na altura tinham saído para o
mercado os microprocessadores e eles pretendiam criar
uma gama de produtos de tecnologia portuguesa”, explica
Fernando Sá, administrador delegado da empresa. O sucesso alcançado com os projetos desenvolvidos pela Microprocessador atraiu a atenção de grandes grupos empresariais
nacionais, até que, em 1984, a Sonae adquiriu a maioria do
capital da empresa. Em 1990, a Sonae sai do capital da
empresa, contudo, não durou muito tempo até que o
interesse da Efacec pela Microprocessador se concretizasse, adquirindo a maioria das ações da empresa. Durante
14 anos a Efacec esteve à frente da Microprocessador,
quando, em 2006, a Microprocessador voltou à sua
condição inicial. O facto de a Microprocessador ter estado
68
no seio de dois grandes grupos empresariais portugueses
permitiu à empresa crescer sustentadamente ao longo dos
anos e desenvolver o seu know how de base tecnológica.
Atualmente a empresa conta com 68 colaboradores e
fechou o ano de 2013 com um volume de negócios a rondar
os cinco milhões de euros.
A área de atividade da Microprocessador divide-se em dois
setores: na área dos serviços de automação industrial e de
edifícios e na área dos produtos, onde produz painéis
electrónicos de informação e sinalização para o setor dos
transportes. Na área dos serviços a empresa integra e
funciona com as tecnologias presentes no mercado. A
Microprocessador foi pioneira no mercado na introdução do
conceito de gestão integrada para edifícios, isto é, a
empresa implementa soluções de automação que permitam
o controlo dos vários sistemas operacionais de um edifício,
sejam de segurança, ventilação, sistema elétrico, energético, etc. Já na automação industrial, o mesmo princípio de
fornecer soluções de automação e gestão integrada
também se aplica, mas desta vez ligada à produção,
controlo e supervisão de todos os sistemas. Se na área dos
serviços a Microprocessador trabalha com a tecnologia
existente no mercado, é no setor dos produtos que a
empresa de Matosinhos aplica a sua tecnologia própria. No
desenvolvimento e fabrico das placas de sinalização e
informação eletrónica, todas as soluções e tecnologia são
“made in Portugal”. Assim, inserida no setor dos transportes
a Microprocessador fabrica painéis de sinalização rodoviária
utilizadas em autoestradas, túneis, entre outros, e painéis
de sinalização e informação para metropolitanos, comboios,
etc. A conceção e fabrico destes produtos é inteiramente da
Microprocessador, desde as placas electrónicas ao software
dos controladores. Uma vez que estes produtos têm de
obedecer a normas europeias e certificações de cada país,
eles são testados e certificados em laboratórios internacionais independentes. “Para vendermos em todos os países
tivemos de homologar o produto junto das entidades oficiais
desses países. O investimento é sempre elevado e exige-nos
muito desenvolvimento interno para que o produto se
ajuste às exigências do mercado”, informa Fernando Sá.
Sempre esteve vocacionada para o mercado interno, a
Microprocessador tinha em Portugal entre 80/90% do
seu mercado. “Em 2006 desenhamos a estratégia de
internacionalização do nosso produto para manter a
nossa atividade. Procuramos parceiros em mercados
que consideramos interessantes no setor dos transportes. Passamos a inverter a percentagem, hoje temos
mais atividade no estrangeiro do que em Portugal”,
salienta Fernando Sá. Atualmente a Microprocessador
está presente em todos os países da Europa Central,
bem como Polónia, Dinamarca, Angola, e já efetuou
projetos para Israel, Índia e Arábia Saudita. “Mesmo
que o mercado interno retome a sua atividade, a nossa
dimensão enquanto empresa é já suficientemente
grande para pensarmos de maneira global, mesmo
dentro dos mercados onde já estamos.”, afirma
Fernando Sá. No futuro, um dos objetivos da Microprocessador é começar a fabricar fora de Portugal para
estar mais perto dos seus clientes, nomeadamente
numa fábrica de um parceiro na Polónia.
Restaurante São Gonçalo
Comida tradicional portuguesa
com boa disposição
Situado na zona do Cais de Gaia, com
vista privilegiada para o Centro Histórico
do Porto, encontra-se o Restaurante São
Gonçalo, gerido por Fernando Jorge Dias
e esposa, Isabel Dias, onde o peixe
sempre fresco atrai inúmeros turistas e
locais.
No nº 144 da Avenida Diogo Leite, zona do Cais de
Gaia, os clientes, turistas e locais chegam às tripas à
moda do Porto, às francesinhas, ao bacalhau à
lagareiro, ao polvo à lagareiro, à cataplana de
peixes, parelhada de carnes na brasa e ao robalinho
fresco grelhado pelo boca-a-boca que faz crescer
água na boca. “Somos todos uma família”, diz-nos o
gerente do espaço, Fernando Jorge Dias. “Os turistas
dizem que é um restaurante familiar e ficam surpreendidos por pagar tão pouco!” O responsável
conta o episódio de um casal norte-americano, de
visita ao Porto, que só após duas semanas de
descoberta da cidade Invicta é que conseguiu
finalmente degustar uma bela refeição no restaurante São Gonçalo. E chegaram ao espaço recomendados por outros turistas. “Eles adoraram! Foi pena
terem ido embora!”, relembra com orgulho Fernando Jorge Dias.
Há quatro anos, com a esposa, o responsável
assumiu a gerência do S. Gonçalo, que pertencia
anteriormente a Avelino Martins, seu cunhado. O
restaurante tem crescido exponencialmente, pelo
que o casal pondera aumentar o espaço, com outra
loja adjacente. Aberto todos os dias das 9h30 até às
22h, exceto domingo (dia em que existe sempre
cabrito assado no forno) e segunda-feira, em que
abre às 9h30 e fecha às 15h, serve pequenos-almoços e funciona como snack-bar restaurante. Com 56
lugares nas mesas e oito ao balcão (64 no total), o
forte está nos almoços e jantares, chegando a servir
centenas de refeições desde o meio-dia até as 15h.
No inverno fazem dezenas de refeições ao almoço
para os locais e o restaurante está aberto também
ao jantar, que é a base de sustentação do espaço. “A
cozinha está sempre aberta”, confidencia-nos o
proprietário, e esta privilegia sempre a cozinha
tradicional portuguesa.
No Restaurante São Gonçalo pode fazer a sua festa
de aniversário ou marcar aquele jantar de amigos
especial. Há sempre desconto para grupos, 10 euros
por pessoa (no máximo 15 euros) com direito a
entradas e sobremesa. Com uma equipa de seis
elementos fixos, a boa disposição e sorriso largo é
apanágio da casa. Qualidade é o que diferencia este
espaço da concorrência, além da comida, feita pela
esposa de Fernando Jorge Dias, e evidentemente, o
preço económico. “É uma casa que chega a toda a
gente”, sorri-nos Fernando Jorge Dias.
Pode desfrutar dos sabores tradicionais da nossa
cozinha portuguesa deslocando-se ao nº 144 da
Avenida Diogo Leite, zona do Cais de Gaia, ao
Restaurante São Gonçalo, ou marcando antecipadamente a sua reserva através do sítio online http://
www.restaurante-sgoncalo.pt/.
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AH Catering
A paixão pela cozinha
Apesar de não ter qualquer tipo de
formação na área, a cozinha sempre foi a
paixão de Ângelo Teixeira. Aos poucos,
foi entrando na área, agarrando as
oportunidades e ganhando experiência,
que lhe levou a fundar, em 2007, a AH
Catering. Iguarias excelentemente
apresentadas e de paladares apurados
são a proposta da empresa, que é
solicitada para todo o tipo de eventos.
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Quando a profissão de modelador de calçado
deixou de ser uma alternativa viável, Ângelo
Teixeira viu naquela que é a sua paixão, a cozinha,
uma oportunidade de começar a trabalhar numa
nova área. Aos poucos, começou a trabalhar como
empregado de mesa, posição que lhe foi permitindo angariar conhecimentos, estar próximo dos
chefs e conhecer as cozinhas. Foi em 1998 que
começou a fazer trabalhos pontuais para um
reconhecido hotel portuense, e, em paralelo,
entrava no mundo das festas particulares e dos
congressos hospitalares. A experiência acumulada
e “todo o apoio que tenho tido da minha esposa e
filha” ajudaram-no a fundar, em 2007, a AH
Catering.
Desde o início que a empresa se posicionou com
sucesso num segmento de clientes de classe alta,
muito graças “ao serviço diferenciado, apresentação cuidada, aspeto e qualidade gourmet e uma
vasta gama de produtos”, nota Ângelo Teixeira,
explicando que “as ideias para confecionar os
meus pratos saem da minha imaginação e de uma
grande improvisação no momento. Não tenho
formação, tudo o que faço vem de uma grande
paixão por esta área, da vontade de trabalhar e
chegar mais longe”. Entre algumas das iguarias de
autor de Ângelo Teixeira está o mil folhas de
cherne, pescada ou camarão e a pescada gratinada
em papelote com arroz basmati, molho de açafrão
e camarão.
Atualmente, o tipo de eventos mais procurados é o
catering para casamentos. A AH Catering trabalha
em parceria com a Quinta de Santo António, tendo
a seu cargo todo o catering realizado nas instalações da quinta, mas trabalhando também noutros
espaços quando contratada para o efeito. Para
além disso, “continuamos a ter uma grande
procura para festas e coquetéis privados, onde
trabalhamos muitas vezes na residência ou empresas dos clientes. Trata-se de uma clientela muito
exigente mas que fica sempre satisfeita com o
nosso trabalho. Gosto de trabalhar com qualidade
e adoro ver o sorriso de satisfação no rosto dos
clientes. É muito gratificante”, conclui Ângelo
Teixeira que, até ao final de outubro, já tem a
agenda lotada de eventos.
Anjos Urbanos
Marcar uma filosofia
Há 12 anos que os Anjos Urbanos têm
vindo a mostrar o seu lado alternativo, a
sua visão, a sua maneira pessoal e única
de fazer cortes e penteados. Hoje, mais
do que um nome e uma marca, ganharam
um lugar no panorama da moda nacional,
expressando a sua arte a cada trabalho
com assinatura própria. Com o seu salão
situado na baixa da cidade do Porto, os
Anjos Urbanos têm clientes dos oito aos
oitenta, pessoas que confiam na mestria
e arte e na liberdade para criar. Mais do
que uma moda, trata-se de uma filosofia
que os Anjos Urbanos fazem por passar
para os seus clientes.
A busca por um nome que ficasse na mente das pessoas e
que marcasse a diferença “surgiu numa noite de loucura”,
diz Carlos Almeida, proprietário do salão Anjos Urbanos.
Corria o ano de 2002 quando abriram um espaço em Santo
Tirso, mas “a necessidade de querer crescer obrigou-nos a
dar o salto. Sentimos que o Porto não tinha nada do
género do que queríamos fazer”, continua Carlos
Almeida. A nova cidade parecia ser o local ideal para
deixar florescer o seu conceito e marcar uma posição. No
entanto, para que o trabalho dos Anjos Urbanos passasse
a ser visto e reconhecido pelo público, tiveram de o
mostrar durante a noite por variadíssimos bares da
cidade. “No início não foi fácil porque vínhamos com um
conceito na altura um bocado alternativo para a cidade,
as pessoas associavam os Anjos Urbanos a um espaço onde
só se faziam coisas diferentes e neste momento estou a
tentar quebrar essa filosofia porque não é isso que
fazemos”, revela Carlos Almeida.
A equipa dos Anjos Urbanos é formada atualmente por oito
pessoas. Com clientes dos oito aos oitenta, numa percentagem idêntica entre homens e mulheres, o objetivo da equipa
é fazer um trabalho sempre com a máxima qualidade e
encaixar na imagem, filosofia das pessoas e ir de encontro ao
que os clientes necessitem para se sentirem bem, “mas ao
mesmo tempo deixar a nossa marca”, salienta Carlos
Almeida. “Adoro esculpir, trabalhar o rosto das pessoas e
criar. É o que me dá gozo fazer, mas também gostamos
muito das limitações que nos dão, pois exigem-nos algo
novo. Sentimos que as pessoas se vão sentir diferentes e sair
daqui a sentirem-se bem”, acrescenta o propretário dos
Anjos Urbanos.
A liberdade com que os Anjos Urbanos gostam de trabalhar
é-lhes fornecida pelos clientes. É através deles que toda a
equipa corta, penteia e cria, numa relação de confiança
mútua. Os Anjos Urbanos pretendem deixar a sua marca em
cada trabalho e marcar a sua filosofia em cada obra. “Temos
necessidade de estar sempre a criar e a fazer coisas novas,
temos uma filosofia que marcamos e conseguimos consolidar”, refere Carlos Almeida. Por isso, os Anjos Urbanos
preparam para este ano o lançamento do primeiro book de
tendências. A fim de propagar a sua filosofia e o seu
conceito, existe o objetivo de franchisar a marca a nível
nacional, sendo que o sonho de Carlos Almeida é ter, no
futuro, um salão em cada capital de distrito.
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Bulls Restaurante Rodízio
O suprassumo da carne
Aberto desde o início do ano em
Matosinhos, o restaurante Bulls marca
pela diferença naquela zona – ou não
fosse um restaurante em que a carne
reina no meio de uma oferta de espaços
dedicada, sobretudo, ao peixe e marisco.
E o Bulls é mais do que um mero
restaurante de rodízio. Aqui, a
experiência dos fundadores alia-se a uma
carne que não é simplesmente boa, é “o
suprassumo da carne”, servida num
ambiente de degustação refinado.
72
O projeto Bulls começou a ser pensado em setembro
do ano passado, quando Artur Silva e Marcos Cruz, dois
nomes ligados à restauração portuense há cerca de 20
anos, detentores de uma vasta experiência na área, se
juntaram a Cristiano Sousa, com quem mantinham uma
relação de amizade, e que viu no Bulls uma oportunidade de entrar num novo ramo, com perspetivas a
longo prazo.
“Desde logo soubemos, fruto da experiência do Artur e
do Marcos, que queríamos ter um espaço dedicado à
carne, e Matosinhos interessava-nos, sobretudo, por
ser uma zona de restauração por excelência. Foi um
projeto muito bem pensado e um investimento muito
ponderado. Quando andávamos à procura de um local
para o restaurante, tivemos a sorte de encontrar um
local que já tinha funcionado como um restaurante de
rodízio, e que, por ainda ter alguns equipamentos
dessa altura, ajudou um pouco a minimizar os custos
iniciais”, refere Cristiano Sousa.
Depois de uma noite de abertura lotada, o Bulls tem
conseguido manter uma procura crescente, sendo que
“o facto de termos duas pessoas muito experientes
nesta área, que já estiveram noutras casas, faz com
que os clientes já conheçam o seu bem servir, o que
fez com que rapidamente nos visitassem e se tornassem assíduos”. Aos poucos, cada vez mais curiosos vão
entrando, desejosos por provar o fantástico rodízio, a
picanha, linguiça toscana ou filé com queijo, entre
outros. A refeição fica completa com a excelente carta
de vinhos e as apetitosas sobremesas.
“A nossa carne passa por uma seleção muito apertada, procuramos o suprassumo da carne. Em termos
de restaurantes de rodízio, podemos dizer que nos
inserimos num segmento diferente. Somos um
espaço mais gourmet, em que valorizamos a degustação e o excelente serviço”, explica Marcos Cruz. O
ambiente contrasta, efetivamente, com o de muitos
espaços de rodízio. Música ao vivo é algo que, por
exemplo, não entra nas portas do Bulls. O ambiente
é refinado e discreto. “Temos pessoas que nos
visitam e dizem, à saída, que nunca tinham estado
num restaurante de rodízio como este”, confirma
Cristiano Sousa.
Neste momento já com uma equipa de 14 colaboradores, os sócios do Bulls fazem um balanço positivo da
ainda curta vida do restaurante, procurando evoluir e
limar algumas arestas. “Todas as semanas procuramos
experimentar coisas novas, seja nas nossas entradas,
na procura de novos fornecedores, na própria forma de
servir as carnes ou na pesquisa constante que fazemos
sobre o melhor que se faz lá fora”, termina Cristiano
Sousa.
Barão & Barão
Há 30 anos a produzir leite
com rigor e inovação
É à produção de leite de vaca que a
empresa Barão & Barão se tem dedicado
há cerca de 35 anos, tendo expandido a
produção também ao leite de cabra nos
últimos dez. Com raízes familiares, a
empresa Barão & Barão iniciou a
atividade na zona do Montijo,
deslocalizando depois a produção para
Benavente, onde se encontra
atualmente.
Com uma aposta clara na produção de leite de qualidade, a exploração possui neste momento cerca de 1000
bovinos, dos quais 500 são vacas adultas, assim como
na área dos caprinos conta com cerca de 2500 cabeças, das quais 1800 são cabras adultas. Toda a capacidade produtiva de leite é comercializada através de
uma cooperativa local, que por sua vez vende a
diversas entidades, em cisternas de 25 mil litros.
Investimento e inovação
Nos últimos anos, a Barão & Barão tem investido e
apostado em nova tecnologia, no que concerne aos
sistemas de ordenha, e investido na optimização do
armazenamento e conservação do leite. Como refere
António Barão, administrador da Barão & Barão, “neste
momento está em curso um investimento de cerca de
um milhão de euros, que passa por investir principalmente em equipamentos para optimização da colheita
e conservação das forragens - alimentação dos animais – e
em adquirir novos equipamentos de ordenha, recorrendo ao que de melhor existe no mundo em tecnologia
de ponta”.
Outro aspeto que a empresa revela como de extrema
importância é o bem-estar e a qualidade de vida dos
animais, fatores que afirmam estar diretamente relacionados com a saúde do animal e com o aumento da
produção de leite. “Todas as semanas as vacas são vistas
por um nutricionista e, mensalmente, todos os alimentos
que possam ingerir são analisados laboratorialmente,
para quantificar os valores nutricionais, tais como energia
e proteína e, dessa forma, estabelecer uma alimentação
mais equilibrada”, sublinha o administrador.
Todo este processo tem como base a preocupação com o
bem-estar animal, o qual refletiu resultados bastante
positivos na produção de leite do ano 2013, com 11 mil e
800 litros de leite produzidos em 305 dias. O objetivo
para este ano está já traçado. Pretende-se uma produção
de 12 mil litros de leite vaca/ano, algo que António Barão
pretende alcançar através do investimento no maneio e
na criação de boas condições ambientais e de nutrição.
Perspetivas de Futuro
António Barão vê de forma apreensiva o futuro devido às
novas regulamentações do setor na União Europeia.
“Temos de ser otimistas em relação ao futuro, mas neste
setor estamos algo apreensivos devido à extinção das
cotas leiteiras. A campanha de 2014 e 2015 será a última
das cotas leiteiras, e era algo que nesta atividade dava
tranquilidade e equilibrava a oferta e a procura. Uma
outra preocupação do setor é a nova PAC, pois os
rendimentos dos produtores de leite vão diminuir cerca
de 30% até 2020, o que, certamente, vai afetar o setor”.
No entanto, esta é uma empresa que continua a
trabalhar e a inovar em prol da qualidade da produção
de leite, e que valoriza o trabalho e empenho da
equipa. António Barão salienta mesmo: “O trabalho,
dedicação e gosto por uma atividade que se desenvolve 365 dias por ano”.
73
Litoral Regas
Inovação ao serviço
da Agricultura
A Litoral Regas surgiu em 2007 pela
iniciativa de Joaquim Cantadeiro e
Afonso Costa, detentores de uma vasta
experiência e profundo conhecimento na
área da rega e automação. A pesquisa e
inovação ao serviço da agricultura está
no ADN desta empresa, que tem sido
uma das maiores responsáveis pela
introdução de técnicas inovadoras num
setor que é, cada vez menos, tradicional.
A agricultura é, hoje, uma área cada vez
mais procurada por uma nova vaga de
empreendedores que não têm medo de
inovar e procurar novas soluções, e a
Litoral Regas é o parceiro ideal para
esses produtores.
74
Desde a sua fundação que a Litoral Regas se dedica à
pesquisa e inovação ao serviço e no apoio à agricultura, criando e desenvolvendo na íntegra o software
e hardware das suas máquinas e equipamentos. Com
uma equipa que serve esses propósitos, uma das
grandes apostas da Litoral Regas é a investigação em
automatismos que facilitam e respondem às exigências dos agricultores, seja em termos de poupança
de tempo ou de criação de ferramentas mais
intuitivas, que respondam aos anseios dos produtores e às novas técnicas de produção.
Entre as soluções que a Litoral Regas disponibiliza ao
mercado encontram-se os equipamentos de controlo
de rega, de adubação (máquinas de fertirega), de
controlo de pH e Ce, de controlo climático e de
fitossanitários. A empresa encontra-se na vanguarda
do mercado, colocando em marcha as soluções mais
inovadoras, em particular na área da hidroponia [ver
caixa], com projetos que têm causado uma autêntica revolução no setor – o Nutrient Film Technique
(NFT) e os sistemas de cultura suspensa fixa ou
oscilante. “Estou há 25 anos no setor agrícola e
tenho procurado sempre inovar e crescer. Com estes
sistemas, estamos a lançar um desafio não só a nós
mesmos mas também ao mercado, e podemos dizer
que esse desafio está a ser superado. Temos feito as
maiores instalações de sistemas de hidroponia no
território nacional e somos, por isso, detentores de
uma quota de mercado muito assinalável, graças à
qualidade e fiabilidade da solução de engenharia
criada”, revela Joaquim Cantadeiro. Importa referir
que um dos parceiros da Litoral Regas, o projeto
Hortovolátil, foi premiado a nível nacional e internacional pela inovação em termos de produção e
automatização num produção de morangos suspensa
em hidroponia, implementado, precisamente, pela
empresa.
Vantagens para todos
Tanto o NFT como o modelo suspenso ou oscilante
têm inúmeras vantagens para o produtor, o
consumidor e o próprio ambiente. “Por se trata-
rem de sistemas onde existe a recirculação da
água, há um reaproveitamento da mesma, a
rondar os 70%. Para além disso, a automatização
que é feita, desde a rega e a fertilização até à
climatização das estufas, permite ganhos de
eficácia, e, como estes sistemas são suspensos,
não há o contato com o solo, o que reduz a
propagação de pragas, diminuindo o uso de
pesticidas. Os produtos são colhidos com grande
frescura, têm uma excelente qualidade e apresentam uma durabilidade entre o momento em que
são colhidos e consumidos superior à média. No
que toca ao nosso controlador climático, que foi
desenvolvido para dar o apoio em culturas de
estufa, foi desenvolvido um sistema que proporciona a otimização da gestão dos sistemas de
ventilação, sombreamento por telas térmicas,
humidificação, ventiladores, extratores e aquecimento, e possiu ainda sensores de direção de
vento, radiação solar, chuva, humidade, temperatura, anemómetro, pluviómetro e protetor de
sondas”, esclarece Joaquim Cantadeiro.
A Litoral Regas desenvolveu também recentemente
um projeto na área dos resíduos florestais amigo do
ambiente. “Os nossos sistemas trabalham preferencialmente com aquecimento, em ambiente controlado, e tendo em conta que os custos dos combustíveis
fósseis são incomportáveis, apostámos na biomassa,
cuja produção é excedentária no nosso país. Trabalhamos com caldeiras de biomassa, que representam
um investimento ligeramente ao superior ao das
caldeiras de gasóleo ou gás, mas que depois trazem
um retorno muito interessante.”
Trilhar novos caminhos
Joaquim Cantadeiro entende que se não fossem “os
muitos agricultores e empreendedores que têm
compreendido e acreditado na nossa mensagem, e
que têm partilhado o risco de trilhar novos caminhos
e desenvolver novas soluções”, o trabalho da Litoral
Regas seria muito diferente. Com cerca de 60% de
clientes que “vêm de áreas que não a agricultura”, a
empresa congratula-se por “trazer jovens para esta
área”, num trabalho feito com uma visão e profissionalismo muito distinta dos tempos passados.
Neste momento, a maioria das soluções da empresa são implementadas em território nacional, mas
a exportação, iniciada em 2008, já fez chegar os
sistemas da Litoral Regas a países como Angola,
Turquia, México, Porto Rico, República Dominicana
e Brasil, sendo que há novos mercados em negociação. Da equipa de 20 funcionários, 70% têm
formação e estão aptos para trabalhar em qualquer parte do mundo, dado que a exportação não
se limita ao envio dos produtos, há todo um
acompanhamento que só pode ser feito no próprio
local.
Em termos de território nacional, o crescimento da
Litoral Regas tem sido assinalável. “Na área do NFT
tem sido criado um núcleo muito interessante nas
zonas do Oeste e do Ribatejo e que está agora a
chegar à zona Norte e Centro. Trata-se de uma
solução que pode, no entanto, ser implementada em
qualquer zona do país. No que diz respeito aos
sistemas de cultura suspensos, as nossas soluções já
se encontram de norte a sul do país”, atenta o
responsável.
A Litoral Regas valoriza, sobretudo, “a inovação, o
desenvolvimento e o funcionamento dos sistemas
in loco, com a preparação, execução e conclusão
de projetos”, reunindo-se de um conjunto de
parceiros escolhidos de forma criteriosa. “Abrangemos o território nacional com a ajuda dos nossos
parceiros mas escolhemos trabalhar com poucos,
porque estas são tecnologias que obrigam a um
estudo muito exaustivo e a uma grande dedicação.
Escolhemos parceiros de confiança e que trabalham sob a nossa supervisão”, realça Joaquim
Cantadeiro.
O responsável destaca também a ideia de que “mais
do que vender projetos, procuramos dar-lhes
sustentabilidade. Somos contatados por muita gente
interessada, mas temos que analisar cada caso, e há
situações em que o investimento não compensa, pois
pode ser inferior ao retorno, sobretudo se a área a
ocupar/explorar não for suficiente. Nós disponibilizamos um pré-estudo ao nosso cliente, com a
definição de uma área mínima, e a partir daí
apresentamos um leque de opções disponíveis e que
garantam sustentabilidade.
Novas Instalações e
Projetos de Futuro
No início deste ano, e no seguimento de um crescimento que a empresa tem vivido todos os anos,
desde a sua fundação, a Litoral Regas mudou-se para
novas instalações com uma estrutura logística
definida, departamentos bem delimitados e um local
próprio para dar formação. As novas instalações
vieram ainda dar resposta ao aumento dos funcionários, que passaram de dez para vinte. Joaquim
Cantadeiro acrescenta que “nestas instalações
vamos ter uma estufa dedicada à investigação,
ensaios e inovação no terreno, e vai estar a cargo do
departamento de engenharia, que vai monitorizar as
plantas. Para além disso, no futuro, vamos evoluir
ainda mais na criação de software e hardware, e
vamos passar a ser totalmente autónomos nessas
áreas, graças, novamente, ao departamento de
engenharia, criado já nas novas instalações. E,
finalmente, vai haver um reforço da área comercial
além-fronteiras, com a venda e o apoio técnico a
outro tipo de estruturas”, termina Joaquim Cantadeiro.
O que é a hidroponia?
A hidroponia é uma técnica de cultivo de plantas
sem a utilização do solo, em que as raízes das
plantas recebem uma solução nutritiva que contém
água e uma combinação de nutrientes essenciais ao
desenvolvimento da planta. No sistema Nutrient
Film Technique (NFT), as plantas são colocadas em
canais suspensos a cerca de 80 cm do solo, por
onde circula essa solução nutritiva que é
monitorizada com o máximo rigor (concentração de
nutrientes e PH). A qualidade superior e
rentabilidade dos produtos é uma das grandes
vantagens da hidroponia, que pode ser
implementada numa grande diversidade de
produtos – alfaces, rúcula, espinafres, nabiça ou
salsa, entre outros.
Para além do sistema NFT, a Litoral Regas
desenvolve e implementa os sistemas de cultura
suspensa fixa ou oscilante, que têm tido uma
procura crescente no mercado, particularmente em
plantações de morangos.
75
Hidrofrut
Nutrimondego
Uma lufada
de ar fresco
Várias culturas com
escoamento garantido
Vasco Silva, Paulo Cosme e Renato
Domingues são três amigos cuja
atividade profissional nunca
esteve sequer próxima da agricultura. O projeto Hidrofrut, que
consiste na produção de morangos
em sistema oscilante, fascinou
estes empreendedores, que se
lançaram no final de 2013 nesta
aventura.
Apesar de só estar no terreno há
cerca de seis meses, o projeto
Hidrofrut já converteu três novos
empreendedores à agricultura. Logo
numa fase inicial, depois de feita a
candidatura ao programa PRODER,
foi crucial a escolha de fornecedores. “Queríamos que fossem
credíveis, que nos dessem garantias
da execução do trabalho, acompanhamento e assistência. Foi assim
que surgiu a Litoral Regas”, inicia
Vasco Silva.
A Litoral Regas foi, assim, o
parceiro eleito para a implementação do sistema oscilante de produção de morangos.
“É um sistema que proporciona poupanças energéticas, de água, e minimiza a
contaminação do solo e o uso desenfreado de pesticidas e químicos. Sentimos que
fomos uma lufada de ar fresco no nosso mercado local, pois começámos a ter
morangos fora de época, que têm grande qualidade, tanto em termos de sabor como
de aspeto”, continua o responsável.
Com uma área de cerca de um hectare e 170 mil plantas, este sistema permite uma
produção constante de morangos, sendo que este, por ser o ano de arranque do
projeto, ainda não atingirá a produção no seu pleno. A expetativa é que, no final de
2014, a produção atinja as 80 toneladas.
Considerando esta atividade “muito gratificante”, é vontade destes três amigos
tornarem-se “empresários agrícolas a tempo inteiro” e é por isso ambição de todos
fazer chegar a Hidrofrut mais longe. Um dos projetos de futuro é, assim, a aposta na
exportação dos produtos.
A produção de produtos hortícolas
de elevada qualidade e durabilidade foi um dos motivos por detrás
da criação da Nutrimondego,
projeto de Sandra Domingues que,
com o apoio do Programa Proder,
criou uma plantação em sistema
de hidroponia com enfoque em
várias culturas.
Foi em 2012, depois da candidatura
ao programa PRODER, que Sandra
Domingues investiu no projeto
Nutrimondego. Inserida numa
quinta com 2,5 hectares, na zona
norte de Coimbra, foi construída
uma estufa com 1800m2. Com
resultados positivos à vista, a
responsável refere que ampliará o
projeto durante o ano de 2015.
O sistema hidropónico NFT (Nutrient Film Technique), implementado com o apoio da Litoral Regas,
foi a opção ideal para o projeto, e
as nabiças, alfaces, coentros, salsa,
rúcula, agrião e espinafre crescem a um excelente ritmo – 45 mil plantas/mês. A
responsável prevê, no entanto, que por volta de 2015 esse número duplicará com a
finalização do projeto, que contempla uma área de 3 mil m2. Tratam-se de números
apelativos, tendo em conta que “consegue-se assegurar uma produção constante e
independente das condições climatéricas”, realça Sandra Domingues.
Neste momento, a produção da Nutrimondego é escoada a nível local, através de
pequenos distribuidores, embora “existam já alguns clientes de referência nacional
muito interessados em comercializar a produção das próximas estufas”, refere a
responsável.
Para o desenvolvimento do projeto Nutrimondego foi essencial a ação de dois grandes
parceiros. Para além da Litoral Regas, que fez a instalação de todo o sistema de rega
e controlo climático, também a Estufas Minho, que teve a cargo a construção de toda
a estrutura das estufas, desempenhou um papel crucial no desenvolvimento deste
projeto.
76
Biostasia
Um percurso dedicado
à inovação
Há dez anos no mercado, a Biostasia,
sediada em Almada, começou por
dedicar-se à conceção, execução e
manutenção de espaços exteriores. No
entanto, nos últimos anos, a empresa
direcionou os seus esforços para uma
nova área de negócio – os produtos e
serviços de controlo biológico. Com uma
política ativa de inovação, a Biostasia
dedica-se ainda à investigação e
desenvolvimento, sempre atenta às
necessidades do mercado.
A criação, desenvolvimento e execução de projetos
de requalificação paisagística começou por ser, em
2004, a atividade principal da Biostasia. A empresa
dispõe de uma equipa de engenheiros e arquitetos
especializados, que procuram elaborar estudos
personalizados e adaptados às necessidades de cada
espaço. Neste âmbito, a empresa é reconhecida a
nível ibérico pela especialização na conceção de
hidrossementeiras.
Em 2010 a Biostasia iniciou-se na comercialização de
produtos “com grandes exigências técnicas, mantendo
a premissa de satisfação das necessidades dos nossos
clientes. Conseguimos trazer para Portugal técnicas e
produtos inovadores”, atenta Carlos Gabirro, sócio-gerente da empresa. Entre esses produtos, o destaque
vai para os pavimentos drenantes, “muito importantes
para a afirmação da Biostasia no mercado da construção e espaços exteriores, uma vez que nos permitiram
mostrar toda a nossa capacidade técnica e inovadora,
utilizando soluções integradas de engenharia ambiente”.
Foi também há cerca de quatro anos que a Biostasia
redefiniu o seu caminho, apostando em força no
mercado do controlo biológico, em particular na praga
do escaravelho da palmeira. Esta nova área viria a
trazer à empresa um grande reconhecimento no
mercado nacional, bem como um reforço na área da
investigação, desenvolvimento e inovação, potenciando novas oportunidades na criação e desenvolvimento
de novos produtos.
Esse percurso culminou, assim, no lançamento do
primeiro produto da Biostasia, um fertilizante “doméstico” para plantas, totalmente biológico. “Hoje, temos
a preocupação em desenvolver produtos para o
mercado profissional, sobretudo na área da agricultu-
ra, e para mercado o doméstico (casa e jardim). Para
além disso, mantemos a comercialização e alargámos o
leque de oferta no mercado da decoração, especialmente nos inertes naturais”, continua o responsável.
Em 2014, a Biostasia é já uma empresa com um raio
de ação internacional, continuando “a firmar
parcerias que nos permitam alcançar a satisfação e
a excelência junto dos nossos clientes”. A grande
aposta para o futuro passará pelo crescimento e
desenvolvimento sustentado da empresa, focandose, sobretudo, no setor agrícola e mercado dos
biológicos. Num curto a médio prazo, a Biostasia vai
apostar ainda mais na internacionalização da
empresa, mantendo aquela que foi, desde sempre, a
sua missão – a satisfação das necessidades do cliente
através de soluções inovadoras e de grande fundamentação técnica.
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Gestiverde
A apoiar projetos no meio
rural desde 1995
Fundada em 1995, a Gestiverde partiu da
iniciativa de José Luís André, que
detinha já uma vasta experiência na área
da consultoria, planeamento e gestão nas
áreas agrícola e florestal. Uma das áreas
de intervenção da Gestiverde é o apoio
na preparação de candidaturas a fundos
comunitários, uma opção cada vez mais
procurada por uma nova vaga de
empreendedores que está interessada
em investir em projetos de índole
agrícola.
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Para além de se dedicar à consultoria agrícola,
agroflorestal e agroindustrial, a Gestiverde intervém
também na execução dos trabalhos em si, recorrendo
a maquinaria, equipamentos e mão de obra especializada. Esta é uma ajuda preciosa para os empresários
que querem colocar os seus projetos em marcha, seja
no trabalho de ‘bastidores’, com grande enfoque no
apoio à preparação de candidaturas a fundos comunitários, seja in loco, no terreno.
“O nosso trabalho consiste, essencialmente, em ajudar
os proprietários a enquadrar o propósito dos seus
investimentos, seja no que diz respeito a benfeitorias,
maquinaria, novas plantações, ou obras e equipamentos em adegas, lagares ou outro tipo de agro-indústrias. A nossa função passa ainda pelo planeamento
desses investimentos e o enquadramento no melhor
programa de apoio”, refere José Luís André.
Neste momento, encontra-se já aprovado um novo
pacote de ajudas para o período entre 2014/2020, sendo
que, ao abrigo do regime de transição do atual para o
novo programa, o Ministério da Agricultura já recebeu
cerca de 8300 candidaturas. José Luís André reconhece
que “a atividade agrícola está, hoje, em constante
evolução técnica, e há cada vez mais pessoas atentas e a
acompanhar a evolução, pois a necessidade de investimento e modernização é constante. Quando muitas das
áreas estão em declínio, a verdade é que a agricultura
está em contraciclo, onde o investimento e a criação de
emprego não param de crescer. Há muitas pessoas,
sobretudo jovens, que nunca estiveram ligados a este
ramo e agora estão a entreter pela agricultura. Com um
raio de ação que abrange todo o território nacional, a
Gestiverde procura analisar caso a caso, tendo em
conta as necessidades dos clientes e procurando
maximizar a rentabilidade do seu património rural.
“Tentamos perceber quais as infraestruturas que
existem, as condições edafo-climáticas (disponibilidades hídricas, solo, clima, etc...), para melhorar
enquadrar as atividades a desenvolver. Tudo isto é
incluído no estudo prévio de viabilidade económica do
projeto, e depois é feito o acompanhamento financeiro
da sua execução”, atenta José Luís André, realçando
ainda que “estes programas são transversais a todo o tipo
de atividades agrícolas, e, por isso, temos que estar
preparados para dominar todas as áreas, tendo uma visão
global para melhor aconselhar os clientes e garantir-lhes
rentabilidade no seu negócio”.
O Hotel D. Afonso tem à sua disposição:
75 quartos (incluíndo 1 suite)
Restaurante de cozinha tradicional
portuguesa
Bar e sala de televisão
Garagem privativa gratuita
Piscina semi-olímpica coberta e aquecida
com cascatas, hidromassagem e Jacuzzi
Spa com ginásio, sauna, banho turco,
duche Vichy, massagens e solário natural
Sala para eventos
Espaços para a prática de jogos (tennis,
snooker, bilhar, ping pong e matraquilhos)
Área de lazer para crianças com 2 parques
infantis
Área ajardinada
Situado no centro do País, tem uma
localização privilegiada relativamente
a Coimbra (85 km), Lisboa (150km)
ou Porto (180km).
Contacto:
R. Dr. Oliveira Salazar, 19
2425-044 Monte Real
Int: +351 244 611 184
Fax: 244 611 322
[email protected]
www.hoteldomafonso.com
Pavilhão de 100x38m em piso "cushion track"
Bancada para 1100 pessoas
Picadeiro de Aquecimento 60x30m
250 Boxes Fixas e 20 Casas de Arreios
3 Picadeiros Exteriores - 70x85m+120x85m+60x40m
Piso de fluxo e Refluxo e bancadas para 1500 pessoas
Restaurante com 4 Salões
Serviço Buffet e à Carta (Reservas para Grupos)
Pastelaria/Cafetaria
2 Esplanadas
Clínica Veterinária para equídeos e pequenos animais
(brevemente)
Lojas de Artigos Equestres e Regionais
Parque de Estacionamento com capacidade
para 250 ligeiros e 70 camiões
Hotel (em projecto)
Estrada Nacional 8 – Km 89
2460-204 Vale de Maceira – Alfeizerão
Tel.: 262 980 048 / 926 879 008
Coordenadas GPS: 39.472461 / -9.110906
Email Geral: [email protected]
www.ceia.pt