tabernáculo e seus utensílios

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tabernáculo e seus utensílios
INTRODUÇÃO
- TABERNÁCULO E O LIVRO “AOS HEBREUS”
O autor da Epístola aos Hebreus é o autor do Novo Testamento que nos dá toda a base
bíblica espiritual do Tabernáculo. É ele quem nos faz entender o significado do Tabernáculo e as
coisas a este concernente.
O Tabernáculo foi à instituição de Deus como sendo um local escolhido para Ele habitar
entre os homens, particularmente seu povo, Israel. O Tabernáculo acompanhou o povo de Deus
durante toda a peregrinação no deserto e foi substituído pelo Templo de Salomão.
Somente o Tabernáculo de Moisés contém a linguagem de Deus, revelando o plano
divino da redenção. Todo o simbolismo do Tabernáculo está ligado ao Tabernáculo de Moisés, e
que acompanhou o povo na peregrinação do deserto, que é sobre o qual estava a nuvem da glória
de Deus e tinha relacionamento direto com Arão, seus filhos e com Moisés.
A sua substituição pelo templo, se transforma apenas em lembrança, ou “memorial” do
verdadeiro, do original, o qual realmente representa o propósito de Deus no plano da redenção.
Assim, toda a simbologia do Tabernáculo está ligada ao Tabernáculo de Moisés, no deserto.
A forma do Tabernáculo, suas dimensões, seus utensílios, em todos os detalhes, foram
ditados por Deus e mostrados a Moisés no Sinai. Foi construído ao pé do monte Sinai, tendo os
seus artistas sidos escolhidos e capacitados por Deus.
A construção do Tabernáculo no deserto já é uma demonstração inequívoca da presença
da mão de Deus nesse negócio. A tecnologia desenvolvida e necessária a essa construção é o
indicativo na presença de Deus, alterando as leis naturais para a sua realização. A capacitação
dos artífices na realização de sua construção é indicativa da presença de Deus.
Podemos ler sobre as exigências de Deus com relação ao Tabernáculo em ÊXODO 25.8-9
8 - E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.
9 - Segundo a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de
todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.
Assim o Tabernáculo foi dado por Deus a Moisés, e, foi mostrado a Moisés como deveria
ser feito, e foi construído ali no deserto do Sinai, assim como todos os seus móveis e seus
utensílios.
O Tabernáculo era, portanto, um local para a habitação de Deus no meio do seu povo.
O Tabernáculo foi utilizado por Deus para guiar o povo através do deserto, sendo
desmontado todas as vezes que levantavam acampamento e sendo montado novamente sempre
que assentavam o acampamento. Eram guiados através de uma nuvem durante o dia e uma
coluna de fogo durante a noite, a qual acompanhavam conforme orientação de Moisés.
Pode-se ler sobre isso em ÊXODO 40.36-38
36 - Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de Israel
caminhavam avante, em todas as suas jornadas;
37 - se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até ao dia em que ela se
levantava.
38 - De dia a nuvem do Senhor repousava sobre o tabernáculo, e de noite havia fogo
nele, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.
Dessa forma o Tabernáculo servia como habitação de Deus e servia para guiar o povo
através da nuvem ou da coluna de fogo.
Os utensílios do Tabernáculo tinham o cuidado de serem práticos para o transporte, e o
Tabernáculo em si tinha de ser prático para montar e desmontar.
Dessa maneira Deus guiou o seu povo em todo o tempo da peregrinação no deserto. Ver
NÚMEROS 9.17-18.
17 - Quando a nuvem se erguia sobre a tenda, os filhos de Israel se punham em
marcha; e no lugar onde a nuvem parava, aí os filhos de Israel se acampavam.
18 - Segundo o mandado do Senhor os filhos de Israel partiam, e segundo o mandado
do Senhor acampavam; por todo o tempo em que a nuvem parava sobre o tabernáculo,
permaneciam acampados.
Baseado no comportamento da nuvem, os filhos de Israel se dirigiam através do deserto,
de modo que tinham a orientação de Deus nessa peregrinação. O povo de Israel não tinha a
preocupação “para onde ir”, porque eram, literalmente, guiados pela nuvem.
É bom salientar aqui as grandes dificuldades, os grandes problemas que eram decorrentes
dessas mudanças do acampamento. O número de pessoas era muito grande, seiscentos mil
homens, fora mulheres e crianças diz o verso trinta e sete do capítulo doze de Êxodo quando
saíram do Egito; isso fora os animais cujo número também era muito grande; e ainda tinha as
coisas, os objetos materiais que eram propriedades das famílias, os objetos pessoais de cada um.
A mudança do acampamento além de muito complicada, trabalhosa, tomava também muito
tempo, e demorava muito para se fazer percursos pequenos.
Entretanto o povo de Israel mudava constantemente através do deserto, onde peregrinou
durante trinta e oito anos. É muito importante pensar no porque dessas mudanças!
Antes da chegada em Cades-Barnéia, Números 14, as mudanças tinham o objetivo de
atingir a terra de Canaã que era o destino quando foram libertos da escravidão do Egito. Após o
evento dos espias, Números 13, Deus castigou o povo, condenando-o a peregrinar no deserto, o
que ocorreu durante mais trinta e oito anos. Após esse advento, qual foi o motivo das mudanças
do acampamento? Não havia mais objetivos a ser atingido! A determinação era “peregrinar”
pelo deserto. Então porque tantas mudanças? Não seria muito mais prático permanecerem
quietos num só lugar e evitarem todo o transtorno da mudança no acampamento?
Quando Israel foi condenado a peregrinar pelo deserto, e todos os maiores de vinte anos,
impedidos de entrarem na terra prometida, exceto Josué e Calebe, já existia a instituição do
Tabernáculo com todo o seu ritual simbólico, porque esse foi instituído quando ainda estavam no
Sinai, quando receberam, também, as Tábuas da Lei, e já estavam sendo alimentados pelo Maná
através do deserto.
Ver: ÊXODO 16.35:
35 – E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra
habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.
A fixação do acampamento traria vários problemas, entre eles:
a) O acúmulo de lixo e excreto passaria a ser um grande problema.
b) A necessidade de existência de um local externo para enterrar os mortos.
c) Em decorrência dos sacrifícios, o local onde estava o Tabernáculo se tornaria fonte de
contaminação e doença, devido à abundância de sangue dos animais sacrificados
diariamente.
d) O povo se tornaria sedentário no local, devido a adaptação humana no local, e
perderiam o interesse na conquista da nova terra prometida.
e) Ocorreria lentamente o distanciamento de Deus, e uma independência do povo, com
formação de uma nação no deserto.
Então se fazia necessário as constantes mudanças; a fim de que:
a) Se preservasse o Espírito da saída do Egito.
b) Se preservasse a saúde e a higiene do povo, ainda que precárias.
c) Se mantivesse o povo unido e dependente de Moisés.
d) Educar o povo na obediência ao Senhor e mostrar-lhes a sua dependência de Deus.
e) Manter o povo em comunhão com Deus, através dos problemas decorrentes da
peregrinação.
A simbologia e a riqueza espiritual do Tabernáculo em relação a nossos dias extrapola o
Tabernáculo em si e atravessa as atividades nele desenvolvidas, desde o sacerdócio até o
sacrifício. Estudaremos por parte esse significado que ele representa, iniciaremos pela descrição
do Tabernáculo e dos seus utensílios, seguido do significado de cada coisa, e finalmente
estudaremos o sacerdócio e os sacrifícios.
O Tabernáculo foi um “escrito” na linguagem de Deus, com a finalidade de expor Jesus
como Salvador do mundo. Tudo no Tabernáculo aponta para Jesus e para o plano de Deus para a
redenção humana.
Precisamos saber como “ler” essa mensagem de Deus, escrita no Tabernáculo, porque se
faz necessário entender qual é a linguagem de Deus, nele escrita.
A EPÍSTOLA AOS HEBREUS E O TABERNÁCULO
A partir do verso quatorze do capítulo quatro e nos capítulos cinco e seis, aos Hebreus,
temos Jesus como Sacerdote Eterno, o que estudaremos no capítulo seis deste livro.
O sacerdócio é uma atividade ligada ao Tabernáculo, pois foi constituído para oferecer
dons e sacrifícios a favor dos homens, o que faziam em maior parte de sua vida de Sacerdotes.
(HEBREUS 8.3).
3 – Pois todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer assim dons como sacrifícios;
por isso era necessário que também esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer.
O sacrifício era repetitivo no Tabernáculo porque não tinha poder em si mesmo, mas
apontava para Jesus, o Sacerdote perfeito, real e eterno, o qual foi capaz de oferecer o sacrifício
vicário válido eternamente. (HEBREUS 10.4; 8.13).
10.4 – porque é impossível que sangue de touros e de bodes remova pecados.
8.13 – Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna
antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer.
O novo concerto envelheceu o primeiro, levando-o a se acabar.
O autor fala da existência de dois Santuários:
1- Aquele que o autor chama de primeiro
2- Aquele que ele chama de segundo
O primeiro compartimento do Santuário, ao qual tinha livre acesso os Sacerdotes,
representa o primeiro Tabernáculo, o terrestre, no qual se ofereciam os sacrifícios. Mas o
segundo, representa o Tabernáculo Celeste, onde somente o Sumo Sacerdote poderia entrar uma
vez ao ano, no dia da expiação. Este seria o lugar onde estaria a habitação do Altíssimo e a
presença dos querubins.
O primeiro era separado do segundo por um véu, indicando que o caminho do Santuário
um (o primeiro) não estava aberto para o Santuário dois, (o segundo) o que deveria manter o
Santuário um em atividade. Ver HEBREUS 9.6:
6 - Ora, depois de tudo isto assim preparado, continuamente entram no primeiro
tabernáculo os sacerdotes, para realizar os serviços sagrados;
Enquanto não veio Jesus, o Messias verdadeiro, então se fez necessário manter
“continuamente” as atividades do Primeiro Tabernáculo através do sacerdócio Levítico.
Essas atividades mantidas no Primeiro Tabernáculo, através do sacerdócio levítico, era a
prova da ineficácia desse procedimento, mas mantinha o simbolismo que ele representava, e
ainda era a concretização da fé dos oficiantes e dos ofertantes, na realização de um verdadeiro
exercício sacerdotal, dotado do poder que pudesse abolir para sempre a necessidade dos
sacrifícios diários.
Nós, hoje, após o advento do Calvário, vivemos a esperança do Arrebatamento da Igreja,
e da primeira ressurreição, a dos justos; mas eles, antes do Calvário, viviam na esperança dessa
realização, o sacrifício do Cordeiro Pascal, Jesus, o Salvador do mundo. E o sacrifício de Jesus
que aboliu de uma vez por todas, a necessidade de se manter o santuário terrestre.
Quando Jesus morreu, rasgou-se o véu do Templo do alto a baixo, o que significa não ter
mais sentido a manutenção do primeiro Tabernáculo, porque agora todos teriam livre acesso ao
segundo. MATEUS 27.51; HEBREUS 9.8
51 – Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo: tremeu a
terra, fenderam-se as rochas,
8 - querendo com isto dar a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santo
Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro tabernáculo continua erguido.
Antes de Jesus, havia separação entre o primeiro e o segundo! Jesus não se envolveu com
o santuário terrestre.
Jesus entrou num Tabernáculo, do qual o segundo compartimento era apenas uma figura.
Deste Santuário celestial, onde está o altar do incenso, é que fala HEBREUS 9.2 - 4.
2- Com efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde estavam o
candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o Santo Lugar;
3 - por trás do segundo véu se encontrava o tabernáculo que se chama o Santo dos
Santos,
4 - ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente
coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que
floresceu, e as tábuas da aliança;
É necessário salientar que no Santuário terrestre o Altar do Incenso se achava aquém do
véu, portanto não se achava no Santo dos Santos junto da Arca, mas no Local Santo onde estão a
mesa dos pães e o candelabro.
O plano de Deus é intimamente relacionado ao Tabernáculo porque Jesus entrou uma vez
no Santuário para efetuar a redenção. O processo da redenção divina está todo representado
nesse Tabernáculo de Moisés.
O Santuário terrestre era figura de um Santuário no céu, onde esse (o terrestre) foi feito
por mãos humanas. O Santuário terrestre, produzido por mãos humanas é figura de um existente
no céu. Na verdade Jesus nunca entrou no Santuário da terra, mas sim, no Celestial, a fim de
fazer o sacrifício vicário, o sacrifício expiatório... para comparecer por nós, diante de Deus... sem
a necessidade de oferecer sacrifício por si mesmo. Hebreus 9.24-25.
24 - Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro,
porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;
25- nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada
ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio.
Jesus ao entrar no Santuário celestial, solicita ao Pai o cancelamento do Santuário
terrestre, porque não será mais necessária a realização de sacrifícios. HEBREUS 10.9
9 - então acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o
primeiro para estabelecer o segundo.
“Remove o primeiro” é a declaração da vitória de Jesus como Sacerdote Eterno,
removendo o santuário terrestre, pois o santuário terrestre não tem ligação direta com Jesus
exceto no simbolismo. Jesus atua junto ao Pai como Sacerdote Eterno, era linhagem de
Melquisedeque, estabelecendo uma nova aliança, o Novo Testamento em seu sangue.
O Sumo Sacerdote entrava no Santuário dois, com sangue de bode e carneiro, mas nós
entramos no Santuário celestial pelo sangue de Jesus, através de sua própria carne (que foi
rasgada na cruz do Calvário, junto com o véu do Templo). Ver HEBREUS 10.19-20.
19 - Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de
Jesus,
20 - pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,
O Tabernáculo foi um instrumento que Deus usou para guiar o povo através da
peregrinação no deserto, durante os trinta e oito anos que ele peregrinou. Ver Êxodo 40.36-38;
Números 9.17-18; e que nos trouxe os ensinamentos sobre a redenção divina, através de sua
simbologia.
ÊXODO 40.36 – Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de
Israel caminhavam avante, em todas as suas jornadas;
37 – se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até ao dia em que ela se
levantava.
38 - De dia a nuvem do Senhor repousava sobre o tabernáculo, e de noite havia fogo
nele, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.
NÚMEROS 9.17 – Quando a nuvem se erguia sobre a tenda, os filhos de Israel se
punham em marcha; e no lugar onde a nuvem parava, aí os filhos de Israel se acampavam.
18 – Segundo o mandado do Senhor os filhos de Israel partiam, e segundo o mandado
do Senhor se acampavam; por todo o tempo em que a nuvem pairava sobre o tabernáculo,
permaneciam acampados.
Havia sobre o Tabernáculo uma nuvem durante o dia, e uma coluna de fogo durante a
noite. (Êxodo 40.38)
Quando essa nuvem se “levantava”, o povo se preparava para partir, e se “permanecia”, o
povo mantinha o acampamento no local.
O Tabernáculo, portanto, foi o local da habitação de Deus entre o povo de Israel. Foi o
guia do povo de Israel através do deserto e constitui a linguagem de Deus, apontando Jesus no
plano da redenção.
D
ESCRIÇÃO
DO
TABERNÁCULO
E SEUS
UTENSÍLIOS
Tabernáculo foi uma “tenda” construída e forjada no deserto, cercado por um cortinado
com aproximadamente dois metros e meio de altura, onde o povo adorava a Deus, tanto no
deserto, como na Palestina, até a construção do templo de Salomão, por volta de 950aC.
O Tabernáculo:
a) Simbolizava a presença de Deus e a glória de seu povo. ÊXODO 40.34-35.
34 – Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o
tabernáculo.
35 – Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia
sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.
b) Era o local onde Deus se fazia presente e se comunicava com o seu povo. ÊXODO
25.8:
8 – E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.
c) Tem uma simbologia profunda com respeito a JESUS, como se vê na Epístola aos
Hebreus.
O Tabernáculo se manteve em uso durante todo o tempo que o povo de Israel ocupou
Canaã, antes de Salomão. No período dos juízes esteve em Siló. (Ver Josué 18.1) No período de
Saul, esteve em Nobe (ver I Samuel 21.1) e também em Gibeon (I Reis 3.4-5).
JOSUÉ 18.1 – Reuniu-se toda a congregação dos filhos de Israel em Silo, e ali
armaram a tenda da congregação; e a terra estava sujeita diante deles.
I SAMUEL 21.1 – Então veio Davi a Nobe, ao sacerdote Aimeleque; Aimeleque,
tremendo, saiu ao encontro de Davi, e disse-lhe: Por que vens só, e ninguém contigo?
I REIS 3.4 – Foi o rei a Gibeom para lá sacrificar, porque era o alto maior; ofereceu
mil holocaustos Salomão naquele altar.
I REIS 3.5 – Em Gibeom apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos. Disse-lhe
Deus: Pede-me o que queres que eu te dê.
Todo o Tabernáculo, assim como todos os seus utensílios, foram feitos com ofertas
alçadas ou voluntárias desenvolvidas pelo povo de Israel, ali junto ao Sinai. Ver ÊXODO 25.2:
2 - Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o
mover para isso, dele recebereis a minha oferta.
Ver também ÊXODO 35.20-29
20 – Então toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés,
21 – e veio todo homem, cujo coração o moveu e cujo espírito o impeliu, e trouxe a
oferta ao senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as
vestes sagradas.
22 – Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração: trouxeram fivelas,
pendentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro; todo homem fazia oferta de ouro ao
Senhor;
23 – e todo homem possuidor de estofo azul, púrpura, carmesim, linho fino, pêlos de
cabras, peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de animais marinhos, os trazia.
24 – Todo aquele que fazia oferta de prata ou bronze, por oferta ao Senhor a trazia; e
todo possuidor de madeira de acácia, para toda obra do serviço a trazia.
25 – Todas as mulheres hábeis traziam o que por suas próprias mãos tinham fiado,
estofo azul, púrpura, carmesim, e linho fino.
26 – E todas as mulheres, cujo coração as moveu em habilidade, fiavam os pêlos das
cabras.
27 – Os príncipes traziam pedras de ônix e pedras de engaste párea a estola sacerdotal e
para o peitoral,
28 – e os arômatas, e o azeite para a iluminação, e para o óleo da unção, e para o
incenso aromático.
29 – Os filhos der Israel trouxeram oferta voluntária ao Senhor; a saber, todo homem e
mulher, cujo coração os dispôs para trazerem uma oferta para toda a obra que o Senhor tinha
ordenado se fizesse por intermédio de Moisés.
Essa oferta deveria oferecer todo o material necessário à construção do Tabernáculo que é
enumerado a seguir. ÊXODO 25.3-9
3 - Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, prata e bronze.
4 - e o estofo azul e púrpura e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra,
5 - e peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de animais marinhos, e madeira de
acácia,
6 - azeite para a luz, especiarias para o óleo de unção, e para o incenso aromático.
7 - pedras de ônix, e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral.
8 - E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.
9 - Segundo a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de
todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.
O MATERIAL UTILIZADO NO TABERNACULO
O material utilizado no tabernáculo foi basicamente:
Ouro
Prata
Cobre ou bronze
Estofo azul
Púrpura
Carmesim
Linho branco
Animais marinhos
Madeira de acácia
Azeite puro
Pedras
Todo esse material utilizado no tabernáculo, aponta para Jesus e para o plano da redenção
divina, por exemplo:
 Ouro
 Prata
 Bronze
 Divindade, glória. Jesus como Deus glorificado
 Redenção, redentor. Jesus como redentor
 Está ligado ao Juízo de Deus. Tipifica o sofrimento.
 Tipifica Jesus como sofredor.
 Estofo azul  Céu. Jesus como filho de Deus
 Púrpura  Realeza. Jesus como Rei.
 Carmesim  Sofrimento, servidão. Jesus o Salvador
 Linho branco  justiça. Jesus como Filho do Homem.
 Animais marinhos  Ausência de beleza.
Jesus sem formosura.
 Madeira de Acácia  A carne incorruptível de Jesus o homem perfeito
 Azeite puro
 É a fonte da luz. Jesus ungido.
 Óleo da unção  Ele é ungido.
 Incenso aromático  É o único agradável
 Pedras de engastes  Jesus como sustentáculo o pecador.
 Pregos de bronze.  O sofrimento de Jesus na cruz
O povo de Deus não teve nenhuma dificuldade de angariar o material necessário à
construção do Tabernáculo porque, ao saírem do Egito, o fizeram carregados de ouro, prata e
animais. Ver isso em ÊXODO 12.31-36.
31 - Então, naquela mesma noite, chamou a Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos,
saí do meio do meu povo, assim vós como os filhos de Israel; ide, servi ao Senhor, como tendes
dito.
32 - Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos
embora, e abençoai-me também a mim.
33 - Os egípcios apertavam com o povo, apressando-se em lançá-los fora da terra, pois
diziam: Todos morreremos.
34 - O povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em
trouxas com seus vestidos, sobre os ombros.
35 - Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés, e pediram aos
egípcios objetos de prata, e objetos de ouro, e roupas.
36 - E o Senhor fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de maneira
que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios.
Assim procedendo, ao saírem do Egito, o povo de Israel tinha grande suporte em
ouro, prata, bronze, tecidos, gado, e roupas, etc...
Confeccionar o Tabernáculo a partir da matéria prima era a parte mais difícil dessa tarefa.
O povo se encontrava no deserto e não havia recursos tecnológicos na época. Como fazer uma
obra de tão esmerada arte?
Deus foi o Senhor da obra e era Ele quem se achava no comando de tudo. Então Deus
separou a dois homens em especial e dotou-os da sabedoria e da destreza necessária, além de
refinada habilidade a fim de serem os artífices de tão arrojado projeto.
Ver ÊXODO 35.30-35 e 36.1:
30 - Disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o Senhor chamou pelo nome a Bezalel,
filho de Uri, filho de Hur da tribo de Judá,
31 - e o Espírito de Deus o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento, em todo
artifício,
32 - e para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze,
33 - para lapidação de pedras de engaste, para entalhe de madeira, para toda sorte de
lavores.
34 - Também lhe dispôs o coração para ensinar a outrem, a ele e a Aoliabe, filho de
Aisamaque, da tribo de Dã.
35 - Encheu-os de habilidade, para fazerem toda obra de mestre até a mais engenhosa,
e a do bordador em estofo azul, em púrpura, em carmesim e em linho fino, e a do tecelão; sim,
toda sorte de obra, e a elaborar desenhos.
1 - Assim trabalharam Bezalel e Aoliabe, e todo homem hábil a quem o Senhor dera
habilidade e inteligência para saberem fazer toda obra para o serviço do santuário, segundo a
tudo o que o Senhor havia ordenado.
Note que Deus escolheu dois homens, entre o povo, a fim de dotá-los da capacidade, da
habilidade artística, e manual necessária ao desempenho do projeto. Somente Moisés havia visto
o Tabernáculo porque Deus lhe mostrara no monte, mas os artistas (artífices) que o
desenvolveriam não tinham a noção exata do que deveria ser feito. Deus também colocou à
disposição de Bezalel e Aoliabe, o primeiro da tribo de Judá e o segundo da tribo de Dã, homens
também habilitados por Deus na obra, pois os dois sozinhos demandariam um tempo muito
grande, na confecção de toda a obra.
A oferta do povo para a construção do Tabernáculo foi tão generosa que foi necessário
Moisés colocar um “basta”, proibindo trazerem mais ofertas, para o Senhor. ÊXODO 36.6.
6 – Então ordenou Moisés - e a ordem foi proclamada no arraial, dizendo: Nenhum
homem, nem mulher faça mais obra alguma para a oferta do santuário. Assim o povo foi
proibido de trazer mais.
A CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
O Tabernáculo era formado por:
a) Um cortinado em forma de muro que separava o arraial da área sagrada,
delimitando a área do Tabernáculo.
b) Um Santuário localizado na parte ocidental desse cortinado onde ficava a habitação
de Deus.
c) Um pátio formado pela área cercado pelo cortinado.
d) Os utensílios do Tabernáculo, que eram:
1- Altar dos sacrifícios
2- Bacia de Bronze
3- Mesa dos pães
4- Candelabro ou Castiçal
5- Altar do Incenso
6- Arca da Aliança
7- Propiciatório
Todos esses elementos, como veremos em capítulos posteriores, possuem significados
profundos em nossa vida de hoje.
Todos esses elementos são figuras celestiais, sendo o Santuário a representação de um
Santuário do céu onde está o Trono de Deus. Os elementos do Tabernáculo de Moisés foram
apenas “sombras” dos bens futuros e nunca a imagem exata das coisas celestiais. HEBREUS
10.1:
1 – Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das cousas,
nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após
ano, perpetuamente, eles oferecem.
Vamos descrever e construir cada um desses elementos.
Nesse livro vamos convencionar que:
a)
Tabernáculo é o conjunto global formado por todos os elementos que
compõem o Tabernáculo de Moisés ·
b)
Santuário, é apenas a tenda, que foi construído no interior do pátio, também
conhecido por Tenda da Congregação.
Vamos iniciar a construção do Tabernáculo, iniciando pelo cortinado exterior.
O CORTINADO E AS ESTACAS
O cortinado era constituído por um “muro” formado de tecido, suspenso por estacas cujo
número era sessenta. Essas estacas eram distribuídas na forma retangular, sendo dez ao Oriente,
dez ao Ocidente e vinte de lado norte e vinte do Sul.
ÊXODO 27.9 - Farás também o átrio do tabernáculo; ao lado meridional que dá para o
sul, o átrio terá cortinas de linho fino retorcido; o comprimento de cada lado será de cem
côvados.
10 - Também as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os ganchos
das colunas e as suas vergas serão de prata.
11 - De igual modo para o lado do norte ao comprido haverá cortinas de cem côvados
de comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os ganchos das
colunas e as suas vergas serão de prata.
12 - Na largura do átrio para o lado do ocidente haverá cortinas de cinqüenta côvados;
as colunas serão dez, e as suas bases dez.
13 - A largura do átrio do lado oriental para o levante será de cinqüenta côvados.
17 - Todas as colunas ao redor do átrio serão cingidas de vergas de prata; os seus
ganchos serão de prata, mas as suas bases de bronze.
FIGURA 1 - AS ESTACAS
FIGURA 2 - O CORTINADO
Esse cortinado tinha cinco côvados de altura, o que dá aproximadamente 2,5m. Isso
equivale dizer que em condições de normalidade, não se podia ver o interior do Pátio, sem que se
entrasse dentro dele ou se provesse de algo que pudesse servir de escada.
O comprimento do cortinado era de cem côvados em seu lado maior, cinqüenta côvados
em seu lado menor. Isso dá aproximadamente cinqüenta metros no comprimento e vinte e cinco
na largura.
A área delimitada por esse cortinado, dentro do arraial, era chamada de PÁTIO. Era
natural ver-se de longe, no centro do arraial, esse cercado que delimitava a área do Tabernáculo.
Na frente oriental desse cortinado havia uma porta. Essa porta era fechada com
um “tapete” ou “coberta”, suspensa sobre quatro colunas.
A PORTA DO PATIO
FIGURA 3 - Porta da entrada
ÊXODO 27.14 - As cortinas para um lado da entrada serão de quinze côvados; as suas
colunas serão três, e as suas bases três.
15 - Para o outro lado da entrada haverá cortinas de quinze côvados; as suas colunas
serão três, e as suas bases três.
16 - A porta do átrio haverá um reposteiro de vinte côvados, de estofo azul, púrpura,
carmesim e linho fino retorcido, obra de bordador; as suas colunas serão quatro, e as suas
bases quatro.
Essa porta de entrada era fechada por um cortinado de tecido bordado em cores: AZUL PÚRPURA - CARMESIM – BRANCO. Esse cortinado é que se chamado de “coberta” ARC e
reposteiro na ARA em Êxodo 27.15.
Tem a mesma altura do muro formado pelo cortinado que delimita o pátio, isto é: 2,5m de
altura.
Essa “coberta” era apoiada sobre quatro colunas.
Veremos oportunamente que:
1- As cores bordadas na coberta que constitui a porta de entrada simbolizam os
quatro aspectos do Evangelho, refletidos pelos quatro Evangelistas, Mateus,
Marcos, Lucas e João que apresentam Jesus como Rei, como Servo, como Filho
do homem e como o Messias, o Filho de Deus.
A porta era uma só e se achava sustentada por quatro colunas. Era formada por um
cortinado que continha quatro cores. Isso tem a ver com o Evangelho que sendo um só, tem sua
apresentação na Bíblia com quatro faces distintas embora intimamente ligadas entre si e sem
nenhuma contradição. O Evangelho é um só, mas é apresentado em quatro aspectos distintos
através dos quatro Evangelistas.
As tribos de Israel acampavam ao seu redor, sendo que a frente do Tabernáculo era
sempre virada para o Oriente.
O fato de ser assim, isto é, sua frente sempre voltada para o Oriente, lembra que sua porta
principal está sempre apontando para o nascimento do sol.
Isto é uma forma de apontar para Jesus, que haveria de nascer como “SOL DA JUSTIÇA”
de Malaquias 4.2, e se constituir na “Porta e no Caminho”, trazendo a salvação a todos nós,
através de sua luz.
MALAQUIAS 4.2 - Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da
justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria.
Aos levitas Deus confiou o manuseio do tabernaculo e somente a eles Deus confiou à
administração do tabernáculo. Ver NÚMEROS 3.6-8:
6 – Faze chegar a tribo de Levi, e põe-na diante de Arão o sacerdote, para que o sirvam,
7 – e cumpram seus deveres para com ele e para com todo o povo, diante da tenda da
congregação, para ministrar no tabernáculo.
8 – Terão cuidado de todos os utensílios da tenda da congregação, e cumprirão o seu
dever para com os filhos de Israel no ministrar no tabernáculo.
Por motivo de serem os responsáveis pelo tabernaculo, Deus também distribuiu os levitas
ao redor do tabernáculo de modo que as tribos não se distribuíam à revelia, mas tinham o seu
lugar determinado a partir do santuário.
Mais próximo do Tabernáculo ficavam as famílias dos Levitas, de modo que:
- Os Gersonitas acampavam-se atrás do tabernáculo, do lado do ocidente. NÚMEROS
3.23.
23 – As famílias dos gersonitas se acamparão atrás do tabernáculo, ao ocidente.
Tinham por responsabilidade cuidarem das cortinas do pátio e da porta de entrada no
tabernaculo. Também tinham a responsabilidade com o material do santuário assim como as
cortinas da cobertura e da entrada do santuário. Também ficaram para eles as cordas de uso no
tabernaculo mais ao Ocidente.
- Os Coatitas habitavam o lado ao sul (Números 3.29) e tinham por responsabilidade
cuidar dos utensílios do tabernáculo, isto é: a arca, a mesa dos pães, o castiçal, o altar do
sacrifício, e a bacia de bronze além do véu do santuário.
NÚMEROS 3.29 – As famílias dos filhos de Coate se acamparão ao lado do
tabernáculo, da banda do sul.
- Os Meraritas acampavam ao Norte. Números 3.35. Tinham por responsabilidade
estavam as tabuas, estacas com suas cordas, os varais, colunas e as bases. NÚMEROS 3.35-37
35 – O príncipe da casa paterna das famílias de Merari será Zuriel, filho de Abiail;
acampar-se-ão ao lado do tabernáculo, da banda do norte.
36 – Os filhos de Merari por designação, terão a seu cargo as tábuas do tabernáculo, as
suas travessas, as suas colunas, as suas bases, e todos os seus utensílios: todo serviço a eles
devido;
37 – As colunas do pátio em redor, as suas bases, as suas estacas e as suas cordas.
Moisés habitava bem na frente do tabernáculo junto com Arão. Números 3.38.
38 – Os que se acamparão diante do tabernáculo, ao oriente, diante da tenda da
congregação, para a banda do nascente, serão Moisés e Arão, com seus filhos, tendo o seu
cargo os ritos do santuário, para cumprirem seus deveres prescritos, em prol dos filhos de
Israel: o estranho que se aproximar morrerá.
As demais tribos acampavam ao redor do Tabernáculo, de modo a se ter três em cada
lado, assim distribuídos:
Ao Oriente: Judá, Issacar e Zebulom. NÚMEROS 2.3-9
3 - Os que se acamparem da banda do oriente, para o nascente, serão os do estandarte
do arraial de Judá, segundo as suas turmas; e Naassom, filho de Aminadabe, será príncipe dos
filhos de Judá.
4 - E o seu exército, segundo o censo, foram setenta e quatro mil e seiscentos.
5 - E junto a ele se acampará a tribo de Issacar; e Natanael, filho de Zuar, será
príncipe dos filhos de Issacar.
6 - E o seu exército, segundo o censo, foram cinqüenta e quatro mil e quatrocentos.
7 - Depois a tribo de Zebulom; e Eliabe, filho de Helom, será príncipe dos filhos de
Zebulom,
8 - E o seu exército, segundo o censo, foram cinqüenta e sete mil e quatrocentos.
9 - Todos os que foram contados do arraial de Judá, cento e oitenta e seis mil e
quatrocentos, segundo as suas turmas; e estes marcharão primeiro.
Ao Ocidente: Efraim, Manassés e Benjamim. NÚMEROS 2.18-23.
18 - O estandarte do arraial de Efraim segundo as suas turmas, estará para a banda do
ocidente; e Elisama, filho de Amiúde, será príncipe dos filhos de Efraim.
19 - E o seu exército, segundo o censo, foram quarenta mil e quinhentos.
20 - E junto a ele a tribo de Manassés; e Gamaliel, filho de Pedazur, será príncipe dos
filhos de Manassés.
21 - E o seu exército, segundo o censo, foram trinta e dois mil e duzentos.
22 - Depois a tribo de Benjamim; e Abidã, filho de Gideoni, será príncipe dos filhos de
Benjamim.
23 - O seu exército, segundo o censo, foram trinta e cinco mil e quatrocentos.
Ao Sul: Ruben, Simeão, e Gade. NÚMEROS 1.21-25
21 - foram contados deles, da tribo de Rúben, quarenta e seis mil e quinhentos.
22 - Dos filhos de Simeão, as suas gerações, pelas suas famílias, segundo a casa de seus
pais, contados nominalmente, cabeça por cabeça, todos os homens de vinte anos para cima,
todos os capazes de sair à guerra,
23 - foram contados deles, da tribo de Simeão, cinqüenta e nove mil e trezentos.
24 - Dosa filhos de Gade, as suas gerações, pelas suas famílias, segundo a casa de seus
pais, contados nominalmente, de vinte anos para cima, todos os capazes de sair à guerra,
25 - foram contados deles, da tribo de Gade, quarenta e cinco mil seiscentos e
cinqüenta.
Ao Norte: Dã, Áster e Naftalí. NÚMEROS 1.39-43
39 - foram contados deles, da tribo de Dã, sessenta e dois mil e setecentos.
40 - Dos filhos de Aser, as suas gerações, pelas suas famílias, segundo a casa de seus
pais, contados nominalmente, de vinte anos para cima, todos os capazes de sair à guerra,
41 - foram contados deles, da tribo de Aser, quarenta e um mil e quinhentos.
42 - Dos filhos de Naftalí, as suas gerações, pelas suas famílias, segundo a casa de seus
pais, contados nominalmente, de vinte anos para cima, todos capazes de sair à guerra,
43 - foram contados deles, da tribo de Naftalí, cinqüenta e três mil e quatrocentos.
FIGURA 4 - O tabernáculo e o arraial
AS ESTACAS
Todas as estacas que sustentam o cortinado são de cobre, colocadas sobre bases também
de cobre, distribuídas na forma retangular, de modo a se ter vinte em cada lado leste-oeste.
Igualmente espaçadas entre si, dispostas de modo que não se pode contar a mesma estaca duas
vezes.
Existem teólogos de renome que defendem a tese destas estacas serem feitas de madeira,
mas eu entendo que essas estacas eram feitas de cobre, como se pode ver em: ÊXODOS 38.29-31
29 – O bronze da oferta foi setenta talentos, e dois mil e quatrocentos siclos.
30 – Dele fez as bases da porta da tenda da congregação, e o altar de bronze, e a sua
grelha de bronze e todos os utensílios do altar.
31 – e as bases do átrio ao redor, e as bases da porta do pátrio, e todas as estacas do
tabernáculo e todas as estacas do átrio ao redor.
O cortinado era suspenso e preso às estacas através das vergas de prata, as quais eram
presas às estacas de bronze.
Esses colchetes mantinham o cortinado como se fosse um muro com 2,5m de altura,
estendido, suspenso e sustentado por vergas e colchetes de prata.
ÊXODO 27.11- De igual modo para o lado do norte ao comprido haverá cortinas de
cem côvados de comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os
ganchos das colunas e as suas vergas serão de prata.
Estas estacas eram firmadas ao chão através de cordas ou fios feitos de pele de cabra,
fixadas em pregos de bronze especialmente preparados para esse fim, os quais eram fincados no
chão de modo a se ter parte deles para fora da terra. Veja figura 4
Nestas estacas podemos ver Jesus como nosso Salvador
Coroa de prata
Jesus como Redentor
Poste em pé
Jesus como Salvador
Base de Bronze
Jesus como Sofredor de Isaias 53
Cordonel de pelos de cabra
Jesus em nosso lugar
Quando se fez pecador por nós.
Jesus se fez oferta por nossos pecados.
Parte da haste fincada no chão
Jesus morto no Gólgota
Parte da haste fora da terra
Jesus ressuscitado no domingo
Cabra ou cabrito é o animal da oferta do pecado. Levítico 9.3.
Bronze fala do sofrimento
Coroa fica sempre em cima e fala de poder, vitória.
LEVÍTICO 9.3 – Depois dirás aos filhos de Israel: Tomai um bode para oferta pelo
pecado: um bezerro e um cordeiro, ambos de um ano e sem defeito, como holocausto;
Jesus em pé como nosso Salvador, (poste); sofreu carregando sobre si nossas dores e
o castigo que nos traz a paz estava sobre ele (base de bronze); fez-se oferta por nossos
pecados por isso desceu de cima para baixo.(cordonel de pelo de cabra); Morreu no gólgota
e foi sepultado (espeto de bronze fincado no solo), mas ressuscitou, pois a morte não teve o
poder de detê-lo, (parte do espeto que ficou de fora do solo) e vitorioso nos coroou com a
redenção, (coroa de prata encimando o poste em pé).
FIGURA 5 - As estacas
O INTERIOR DO CORTINADO
No interior desse cortinado tínhamos:
A metade oriental, voltada para frente do Tabernáculo, continha o Altar dos
Sacrifícios e a Bacia de bronze.
A metade ocidental, na parte mais posterior do pátio continha a conhecida Tenda
da Congregação ou Santuário.
FIGURA 6 - O interior do cortinado
O SANTUÁRIO
Vamos estudar agora o Santuário na sua estrutura, como ele foi feito ali no deserto.
Vale salientar nesse momento que:
1 - Somente o Tabernáculo de Moisés no deserto representa a tipologia celestial e a
linguagem do plano divino da redenção, sendo os demais contidos no templo de Salomão e
mantidos nos templos reconstruídos por Esdras e Herodes, somente a lembrança desta tipologia.
2 - Nesta obra vamos convencionar que:
a) Tabernáculo é todo o conjunto
b) Santuário é apenas a tenda existente no interior do cortinado.
Vamos ver a construção do Santuário no deserto.
O Santuário é uma verdadeira Tenda como é chamada em ÊXODO 26.36.
36 – Farás também párea a porta da tenda um reposteiro de estofo azul e púrpura e
carmesim, e de linho fino retorcido, obra de bordador.
Ele foi construído na metade ocidental, no interior do pátio. Suas paredes laterais eram de
tábuas, forradas em ouro, e eram cobertos por tapetes.
No seu interior havia os demais utensílios sagrados, tais como:
Mesa dos pães
Candelabro ou Castiçal
Altar do Incenso
Arca da Aliança
Propiciatório
Estudaremos cada um desses elementos individualmente, sobre os vários aspectos
espirituais, em secções oportunas.
No momento nos ateremos à construção física do Santuário.
A CONSTRUÇÃO DO SANTUÁRIO
As paredes laterais norte e sul eram formados cada uma com vinte tábuas, cuja medida no
comprimento total era de quinze metros aproximadamente.
A largura do Santuário era de cinco metros, formando uma tenda retangular de 15 x 5m,
aproximadamente.
Cada tábua era de madeira de cetim que tinha cinco metros de altura e setenta e cinco
centímetros de largura. Não consigo ter uma idéia de como naquela época, em pleno deserto,
conseguiram tábuas tão largas e tão compridas, e tudo dá a entender que não tinham emendas.
Isso é verdadeiramente uma prova da mão de Deus nesse negócio.
Esse local, chamado Santuário, tinha dois ambientes em seu interior, cuja divisão era feita
por um tapete ou coberta, conhecida com o nome de véu.
Era o chamado “véu do Santuário”.
Servia para separar o local do fundo, chamado SANTO DOS SANTOS, do local mais
anterior, chamado SANTO.
À entrada do Santuário, fechando esse primeiro compartimento, tínhamos outra coberta,
ou tapete, que servia como porta de entrada no Santuário, e dava acesso ao Local Santo. Essa
porta se constitui na segunda porta do Tabernáculo, enquanto que o “véu” se constitui na terceira
porta.
O Santuário então fica formado por dois cômodos, um anterior medindo 10x5m e outro
no fundo medindo 5x5m, sendo separados pelo véu do Santuário.
1- Local Santo dos santos (o mais interno).
2- Local Santo (o mais externo).
Vamos aos textos que falam sobre a sua estrutura:
ÊXODO 26.15 - Farás também de madeira de acácia as tábuas para o tabernáculo, as
quais serão colocadas verticalmente.
16 - Cada uma das tábuas terá dez côvados de comprimento e côvado e meio de largura.
Estas tábuas eram justapostas e serviam para formar as paredes do Santuário, com uma
altura de cinco metros e setenta e cinco centímetros de largura, aproximadamente. Essas tábuas
eram unidas entre si através das chamadas “travessas” e se constituíam de cinco em cada lado, na
horizontal, totalizando por volta de quinze metros em seu comprimento.
Essas tábuas não entravam em contato direto com a areia do deserto, mas eram
sustentadas e apoiadas em bases feitas de prata, duas para cada tábua. Ver ÊXODO 26.19–21:
19 - Farás também quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas: duas bases
debaixo duma tábua para os seus dois encaixes, e duas bases debaixo doutra tábua para os
seus dois encaixes.
20 - Também haverá vinte tábuas ao outro lado do tabernáculo, para a banda do norte,
21 - com as suas quarenta bases de prata: duas bases debaixo de uma tábua, e duas
bases debaixo de outra tábua;
FIGURA 7 - O Santuário visto de cima sem cobertura
Essas são as paredes laterais, situadas ao norte e ao sul, sendo todas revestidas de ouro,
como se vê no verso 29 de Êxodo capitulo 26.
Todas as tabuas que foram utilizadas na construção do santuário foram revestidas de ou
puro
ÊXODO 26.29 - Cobrirás de ouro as tábuas, e de ouro farás as suas argolas, pelas
quais hão de passar as travessas; e cobrirás também de ouro as travessas.
O lado que corresponde ao fundo ocidental do Santuário também foi fechado com seis
tábuas idênticas às da parede lateral, sobrando dois pequenos espaços em cada canto que foi
fechado com duas pequenas tábuas feitas especialmente para esse fim, totalizando oito tábuas no
fundo. Veja isso em ÊXODO 26.22-25.
22 - ao lado posterior do tabernáculo para o ocidente farás seis tábuas.
23 - Farás também duas tábuas para os cantos do tabernáculo, na parte posterior;
24 - as quais por baixo estarão separadas, mas em cima se ajustarão à primeira argola:
assim se fará com as duas tábuas; serão duas para cada um dos dois cantos.
25 - Assim serão as oito tábuas com as suas bases de prata, dezesseis bases: duas bases
debaixo duma tábua, e duas debaixo doutra tábua.
Todas essas tábuas eram unidas entre si através das “travessas” laterais, que eram em
número de cinco para cada lado, igualmente espaçadas entre si, a partir do centro todas dispostas
transversalmente, na posição horizontal.
Todas essas travessas, assim como todas as tábuas eram revestidas de ouro. ÊXODO
26.26-29
26 - Farás travessas de madeira de acácia; cinco para as tábuas dum lado do
tabernáculo,
27 - cinco para as tábuas do outro lado do tabernáculo e cinco para as tábuas do
tabernáculo ao lado posterior que olha para o ocidente.
28 - A travessa do meio passará ao meio das tábuas de uma extremidade à outra.
29 - Cobrirás de ouro as tábuas, e de ouro farás as suas argolas, pelas quais hão de
passar as travessas; e cobrirás também de ouro as travessas.
FIGURA 8 - Santuário sem as travessas
Assim temos três paredes no Santuário, formadas por tábuas revestidas em ouro, faltando
à parte anterior do Santuário.
Essa frente do Santuário foi fechada com um CORTINADO, feito nas mesmas cores que
o cortinado da entrada do pátio, também chamadas de coberta, na Bíblia.
Esse cortinado que tinha cinco metros de altura era apoiado em cinco colunas e formava a
porta de entrada do Tabernáculo. Veja ÊXODO 26.36-37
36 - Farás também para a porta da tenda um reposteiro de estofo azul, e púrpura e
carmesim, e de linho fino retorcido, obra de bordador.
37 - Para este reposteiro, farás cinco colunas de madeira de acácia e as cobrirá de
ouro; os seus colchetes serão de ouro, e para ela fundirás cinco bases de bronze.
FIGURA 9 - O Santuário com a porta de entrada e o véu do santuário.
O santuário era dividido no seu terço posterior, através de um cortinado denso cuja
finalidade era separar o local mais reservado ao fundo onde se colocou a arca da aliança. Esse
compartimento mais ao fundo se chamou LOCAL SANTÍSSIMO ou SANTO DOS SANTOS;
enquanto que o local anterior ao cortinado foi chamado de LOCAL SANTO.
Esse cortinado que separava o lugar Santo, do Santo dos Santos ficou conhecido como
VÉU DO SANTUÁRIO. Foi feito de tecido da mesma cor que os dois outros anteriores (o da
porta do pátio e o da entrada do Santuário), mas tinha uma diferença importante:
Nele havia querubins bordados. Veja ÊXODO 26.31-32.
31 - Farás também um véu de estofo azul, púrpura e carmesim, e de linho fino
retorcido; com querubins o farás de obra de artista.
32 - Suspendê-lo-ás sobre quatro colunas de madeira de acácia, cobertas de ouro; os
seus colchetes serão de ouro, sobre quatro bases de prata.
Esse cortinado era apoiado sobre quatro colunas, feitas de madeira e revestidas de ouro
tinha a finalidade de isolar o local Santíssimo (local santo dos Santos) do local santo, situado
anteriormente.
Assim temos então, na metade posterior do Tabernáculo, uma tenda feita de madeira
revestida em ouro, tendo como comprimento quinze metros, altura cinco metros e largura cinco
metros.
A cobertura desse Santuário foi feita em quatro camadas, utilizando-se de quatro tapetes
distintos entre si que estudaremos a seguir.
FIGURA 10 - O véu do Santuário
A COBERTURA DO SANTUÁRIO
A cobertura do Santuário foi feita através de quatro tapetes medindo por volta de quinze
metros por quinze metros, cada um deles com um significado, e cada um deles com um
propósito.
De dentro para fora, teremos:
1ª Camada - tapete de cor azul púrpura, carmesim e branco, com querubins.
2ª Camada - tapete feito de pêlo de cabra, cor natural.
3ª Camada - tapete de pele de carneiro tintas de vermelho.
4ª Camada - tapete de pele de animal marinho.
A primeira camada:
A primeira camada, medindo quatorze metros de comprimento, foi formada por dez peças
contendo cada uma dois metros, unidas entre si para formar o tapete. ÊXODO 26.1-6:
1 - Farás o tabernáculo que terá dez cortinas; de linho retorcido, estofa azul, púrpura e
carmesim: com querubins as farás de obra de artista.
2 - O comprimento de cada cortina será de vinte e oito côvados, e a largura de quatro
côvados; todas as cortinas serão de igual medida.
3 - Cinco cortinas serão ligadas umas às outras; e as outras cinco também ligadas
umas às outras.
4 - Farás laçadas de estofo azul na orla da cortina extrema do primeiro agrupamento; e
de igual modo farás na orla da cortina na extrema do segundo agrupamento.
5 - Cinqüenta laçadas farás numa cortina, e cinqüenta na outra cortina no extremo do
segundo agrupamento; as laçadas serão contrapostas uma à outra.
6 - Farás cinqüenta colchetes de ouro, com os quais prenderás as cortinas uma à outra;
e o tabernáculo passará a ser um todo.
Essa primeira camada é a primeira camada de quem olha no interior do Santuário, para
cima era formada de estofo azul. Essa cobertura era visível e fazia parte da beleza interior do
Tabernáculo e nela tínhamos desenhado a imagem de querubins. Veremos oportunamente que
essas cores tinham significado muito importante, entre eles, refletir a glória da presença de Deus.
FIGURA 11- Primeira camada da cobertura
A segunda camada:
A segunda camada, feita de pêlo de cabra, já é formada por onze peças com comprimento
de quinze metros, e com a mesma largura da primeira. Essa camada ficava oculta aos olhos, isto
é: não se podia vê-la por se constituir na segunda camada, de baixo para cima, sendo ocultada
pela primeira de cor azul e pelas demais que ficavam sobre ela.
FIGURA 12 - A segunda camada da cobertura
Essa camada aqui indica o CARÁTER PERFEITO DE JESUS que permaneceu
oculto em Jesus por todo o período de sua vida.
Olhando para Jesus nós não somos capazes de ver as suas virtudes, o seu caráter humano
e nem o seu caráter divino. Tais atributos somente são revelados aos mais íntimos que
conviverem com ele.
A sobra no comprimento que corresponde à 11ª cortina deveria cair na frente do
santuário. Essas cortinas eram unidas entre si e não receberam pinturas, mantendo-se a
tonalidade natural. ÊXODO 26.7-9; 36.14-18
7 - Farás também de pêlos de cabras cortinas para servirem de tenda sobre o
tabernáculo; onze cortinas farás.
8 - O comprimento de cada cortina será de trinta côvados, e a largura de quatro
côvados; as onze cortinas serão de igual medida.
9 - Ajuntarás à parte cinco cortinas entre si, e de igual modo às seis restantes, a sexta
das quais dobrarás na parte dianteira da tenda.
ÊXODO 36.14 – Fez também de pêlos de cabras cortinas para servirem de tendas sobre
o tabernáculo; fez onze cortinas.
15 – O comprimento de cada cortina era de trinta côvados, e a largura de quatro
côvados; as onze cortinas eram de igual medida.
16 – Ajuntou à parte cinco cortinas entre si, e de igual modo às seis restantes.
17 – E fez cinqüenta laçadas na orla da cortina extrema do primeiro agrupamento.
18 – Fez também cinqüenta colchetes de bronze para ajuntar a tenda, para que viesse a
ser um todo.
A Terceira Camada
Sobre a terceira camada, temos poucos detalhes, mas sabemos ser feita de peles de
carneiro, tingidas de vermelho. A referência dessa cobertura está no verso 14 de Êxodo e
capítulo 26, junto com as referências da quarta camada.
ÊXODO 26.14 – Também farás de peles de carneiros tintas de vermelho uma coberta,
para a tenda, e outra coberta de peles de animais marinhos.
Essa camada também fica oculta aos olhos, escondida pela quarta camada externa. Isso
quer dizer que nós nunca teremos idéia real do sofrimento de Jesus porque esse vermelho fala do
sofrimento de Jesus. Esse sofrimento está além de nossa capacidade de se ver, e muito além do
nosso entendimento.
A Quarta Camada
A quarta camada é a mais externa, formada por pele de animais marinhos de forma
natural sem tintura. Era formada por couro fino, provavelmente de Texugo.
ÊXODO 26.14 - Também farás de pelos de carneiros tintas de vermelho uma
coberta para a tenda, e outra coberta de peles de animais marinhos.
Era uma cobertura de aparência rude, externa, podendo ser vista por todos. Essa cobertura
ocultava a beleza interna do Santuário.
Quem olha do lado de fora, vê apenas uma tenda cuja cobertura não tem nenhuma beleza,
empoeirada pelo pó do deserto.
Não tem acesso à beleza que pode observar quem está lá dentro. A beleza do Santuário
só pode ser observada se entrarmos através do pátio e avançarmos até o seu interior.
Assim são as coisas de Deus; quem está de fora, não vê nelas beleza alguma, mas quem
está aqui dentro do Santuário na presença de Deus, esse vê a beleza de sua Glória, o requinte de
sua beleza.
FIGURA 13.a - As camadas da cobertura do Santuário
FIGURA 13.b - O santuário coberto
VISÃO PANORAMICA DO TABERNÁCULO
Agora com a visão panorâmica do Tabernáculo, já sabemos que ele era formado por:
a) Um pátio
a) Um Santuário, e dentro do Santuário dois compartimentos: o primeiro e o segundo
FIGURA 14.a - O Tabernáculo Completo
FIGURA 14.b O Santuário mostrando o seu interior sem cobertura
FIGURA 14.c - O Santuário coberto o mostrando o seu interior
Falta-nos falar sobre o piso desse Tabernáculo.
O piso do Tabernáculo, isto é, o chão onde se punham os pés para entrar dentro dele, era a
superfície natural, formada pela areia do deserto.
Não havia nenhuma atividade sobre esse piso, simplesmente a areia do deserto.
À primeira vista achamos que em meio a tanta beleza, tanta riqueza, deveria se fazer
tapetes para o chão, pois seria uma maneira de tornar o interior do Tabernáculo num ambiente
mais rico, mais belo e mais condizente com a presença de Deus.
Veremos oportunamente, porque as coisas foram assim.
Visto então a construção do Tabernáculo em si resta-nos agora falar dos seus utensílios.
OS UTENSÍLIOS DO TABERNÁCULO
São vários os utensílios do Tabernáculo, distribuídos no pátio e no Santuário.
No Pátio:
Altar do Sacrifício
Bacia de Bronze
No Santuário:
** Na primeira repartição do santuário, encontramos o local Santo contendo a
Mesa dos Pães, e o Candelabro ou Castiçal e ainda encontramos o Altar do Incenso
localizado mais ao fundo, mais próximo do véu do Santuário.
** Na segunda repartição, o local Santo dos Santos, além do véu:
A Arca da Aliança
O Propiciatório
Agora passaremos a descrever cada um desses utensílios, iniciando com os do pátio para
os do santuário.
OS UTENSÍLIOS DO TABERNÁCULO
I - PÁTIO
O ALTAR DOS SACRIFÍCIOS
Assim que entramos no Tabernáculo já nos deparamos com o altar dos sacrifícios, ou
altar do holocausto, como também é conhecido.
Era um altar feito de madeira, de forma quadrada, medindo dois e meio metros de cada
lado e um e meio metros de altura, sendo todo revestido de cobre. Era uma peça sensivelmente
grande e revestida em cobre, a finalidade desse tamanho tão grande era caber os animais de
grande porte como o boi e o motivo do revestimento de cobre era a resistência ao fogo, no
sentido de proteger a madeira.
Era o local onde se imolavam os animais para os Sacrifícios.
Tinha duas argolas laterais que tornavam práticos o seu transporte.
Vamos ler sobre isso em ÊXODO 27.1-8
1 - Farás também o altar de madeira de acácia; de cinco côvados será o seu
comprimento, e de cinco a largura, será quadrado o altar, e de três côvados a altura.
2 - Dos quatro cantos farás levantar-se quatro chifres, os quais formarão uma só peça
com o altar, e o cobrirás de bronze.
3 - Far-lhe-ás também recipientes para recolher a sua cinza; e pás, e bacias, e garfos, e
braseiros; todos esses utensílios farás de bronze.
4 - Far-lhe-ás também uma grelha de bronze em forma de rede, à qual farás quatro
argolas de metal nos seus quatro cantos,
5 - e as porás dentro do rebordo do altar para baixo, de maneira que a rede chegue até
o meio do altar.
6 - Farás também varais para o altar, varais de madeira de acácia, e os cobrirás de
bronze.
7 - Os varais se meterão nas argolas, de um e de outro lado do altar, quando for levado.
8 - Oco e de tábuas o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão.
Vários eram os utensílios acessórios desse altar, sempre voltados para a prática dos
sacrifícios, especialmente os holocaustos, que se realizavam nesse altar, entre eles: grelha de
bronze, recipientes de sangue, cinza, etc., pás, para controle do fogo, garfos, para manusear a
carne sacrificial, etc.
Todos de bronze porque se relacionavam com fogo.
FIGURA 15.a - O Altar dos Sacrifícios
FIGURA 15.b ALTAR DO SACRIFICIO COM A GRELHA
A BACIA DE BRONZE
Entrando no Tabernáculo nos deparamos com o altar dos sacrifícios, que já discutimos
anteriormente. Prosseguindo adiante vamos nos encontrar com a bacia de bronze.
Esta fica localizada na metade posterior, antes de se chegar ao santuário. É também
conhecida como lavatório ou pia de cobre.
Era uma peça também feita para prático transporte, e servia para os Sacerdotes se lavarem
antes de entrarem no Santuário.
Temos sobre isso em ÊXODO 30.18-21
18 - Farás também uma bacia de bronze, com seu suporte de bronze, para lavar. Pô-laás entre a tenda da congregação e o altar, e deitarás água nela.
19 - Nela Arão e seus filhos lavarão as mãos e os pés.
20 - Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não
morram; ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao
Senhor.
21 - Lavarão, pois, as mãos e os pés, para que não morram; e isto lhes serás por
estatuto perpétuo, a ele e a sua posteridade, através de suas gerações.
Nada se conhece sobre a sua forma ou sobre suas dimensões. Exceto que tinha um suporte
a ela associado. Ela continha água todo o tempo, e essa água servia para o Sacerdote, no caso
Arão, quando entrasse no Santuário, ou quando fosse praticar sacrifícios com ofertas queimadas
ao Senhor. Ver ÊXODO 40.30-32
30 – Pôs a bacia entre a tenda da congregação e o altar, e a encheu de água, para se
lavar.
31 – Nela Moisés, Arão e seus filhos lavavam as mãos e os pés,
32 – quando entravam na tenda da congregação, e quando se chegavam ao altar;
segundo o Senhor ordenara a Moisés.
O material dessa bacia foi obtido do bronze dos espelhos das mulheres, e continuou a
exercer o papel “de espelho” refletindo, através da água nela contida, a imagem daquele que se
espelhasse na superfície da água nela contida.
FIGURA16 - A Bacia de Bronze
OS UTENSÍLIOS DO TABERNÁCULO
II -SANTUÁRIONo Santuário, onde há divisão em dois ambientes, o primeiro medindo 10x5m e o
segundo medindo 5x5m, temos:
a) No primeiro ambiente: (Local Santo)
A mesa dos pães - O Candelabro - O Altar do Incenso
al A MESA DOS PÃES
Ao entrarmos no Santuário, veremos a nossa direita a mesa dos pães. Trata-se de uma
mesa, lato sensu, sobre a qual são colocados os pães da proposição. Esses pães são trocados,
todos os sábados, por novos pães, e cada um deles representa uma tribo de Israel.
A mesa é rodeada em sua extremidade por uma moldura de ouro, com mais ou menos dez
centímetros de altura, servindo-lhe como enfeite, como se fosse uma coroa. Ver em ÊXODO
25.23-25
23 - Também farás a mesa de madeira de acácia; terá o comprimento de dois côvados, a
largura de um côvado e a altura de um côvado e meio;
24 - de ouro puro a cobrirás, e lhe farás uma bordadura de ouro ao redor.
25 - Também lhes farás moldura ao redor, da largura de quatro dedos, e lhe farás uma
bordadura de ouro ao redor da moldura.
O comprimento era de um metro, a altura de setenta e cinco centímetros e a largura
cinqüenta centímetros. Era totalmente forrada de ouro.
FIGURA 17- A mesa dos Pães sem os pães
A mesa também tinha que ser prática no transporte, por isso foram colocadas em suas
laterais quatro argolas através das quais passavam duas hastes, feitas de madeira e revestidas com
ouro.
As argolas colocadas lateralmente à mesa tornavam os seus transporte prático através das
varas. Ver em Êxodo 25.26-28.
26 - Também lhe farás quatro argolas de ouro; e porás as argolas nos quatro cantos,
que estão nos seus quatro pés.
27 - Perto da moldura estarão as argolas, como lugares para os varais, para se levar a
mesa.
28 - Farás, pois, esses varais de madeira de acácia, e os cobrirás de ouro; por meio
deles se levará à mesa.
FIGURA 18 - A Mesa dos pães com as varas
Sobre ela eram colocados os doze pães, chamados: pães da proposição, os quais era
comido pelos Sacerdotes e substituídos todo sábado.
ÊXODO 25.30 - Porás sobre a mesa os pães da proposição diante de mim
perpetuamente.
Não sabemos sobre a forma dos pães, mas era, certamente, uma forma prática, pois não
havia indicação de nenhuma forma especial para eles.
Também não sabemos sobre o seu peso nem sobre o seu tamanho, certamente eram pães
grandes para o conceito da época, porque eram pães feitos para Deus.
Sobre essa mesa também ficavam alguns objetos mais, como: pratos, tigelas, vaso de
azeite, ou de incenso, certamente todos de ouro puro.
a2 )
O CANDELABRO OU CASTIÇAL
Ao entrarmos no Santuário, já deparamos à nossa esquerda com um candelabro aceso,
emitindo luz e iluminando todo o ambiente do Santuário. (Local Santo)
Esse candelabro fora construído de ouro puro e maciço, trabalhado numa só peça.
Continha SETE hastes, cada haste com uma lâmpada, e era aceso continuamente. Havia uma
haste central ladeada de três hastes laterais de cada lado.
Esse castiçal iluminava a mesa dos pães, também o Altar do Incenso e a si mesmo, pois
todos os três estavam nesse recinto fechado.
ÊXODO 25.31 - Farás também um candelabro de ouro puro; de ouro batido se fará
este candelabro; o seu pedestal, a sua hastea, os seus cálices, as suas maçanetas e as suas
flores formarão com ele uma só peça.
32 - Seis hasteas sairão dos seus lados; três de um lado, e três do outro.
ÊXODO 25.37 - Também lhe farás sete lâmpadas, as quais se acenderão para alumiar
defronte dele.
Era uma peça magnífica feita sem emenda e sem solda, constituindo-se numa obra de arte
finíssima e de extrema habilidade por parte do artista.
ÊXODO 25.36 - As suas maçanetas e as suas hasteas serão do mesmo; tudo será duma
só peça, obra batida de ouro puro.
Estas lâmpadas eram alimentadas pelo azeite. Esse azeite nunca poderia faltar, porque
essas lâmpadas não poderiam se apagar. Ver Êxodo 27.20 e Levíticos 24.2
ÊXODO 27.20 - Ordenarás aos filhos de Israel que se tragam azeite puro de oliveira,
batido para o candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente.
LEVITICO 24.2 - Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira,
batido para o candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente.
Certamente essas “lâmpadas” nada têm a ver com o conceito de lâmpadas que temos hoje
em dia, mas essa referência indica uma idéia similar. Está mais relacionada com a antiga
lamparina “alimentada com querosene, as quais utilizavam um pavio feito de tecido o qual ficava
sempre embebido em querosene, passando através da tampa que fechava o recipiente ficando
externamente embebido no combustível. Se aceso, o combustível sustenta a chama e não queima
o pavio”.
Não temos informações sobre as dimensões do candelabro, mas estima-se que tinha a
mesma altura da mesa dos pães. Não sabemos a quantidade de ouro que nele havia.
FIGURA 19 - O Castiçal
O ALTAR DO INCENSO
O Altar do incenso se achava localizado na frente de quem entra no Santuário, já mais
próximo à parte do fundo, o qual também se acha iluminado pelo castiçal.
Esse altar não era de ouro maciço, e sim feito de madeira de acácia, revestido de ouro.
Seu comprimento era por volta de cinqüenta centímetros, sua forma era quadrada, com um metro
de altura.
Ficava diante do véu do Santuário. Era o local onde se queimava incenso. ÊXODOS
30.1-3; 37.25-29
1 - Farás também um altar para queimares nele o incenso; de madeira de acácia o
farás.
2 - Terá um côvado de comprimento, e um de largura, será quadrado, e dois de alto; os
chifres formarão uma só peça com ele.
3 - De ouro puro o cobrirás, a parte superior, as paredes ao redor, e os chifres; e lhe
farás uma bordadura de ouro ao redor.
ÊXODO 37.25 – Fez de madeira de acácia o altar do incenso; tinha um côvado de
comprimento, e um de largura, era quadrado, e dois de altura; os chifres formavam uma só
peça com ele.
26 – De ouro puro o cobriu, a parte superior, as paredes ao redor, e os chifres; e lhe fez
uma bordadura de ouro ao redor.
27 – Também lhe fez duas argolas de ouro debaixo da bordadura, de ambos os lados as
fez; nelas se meteram os varais para se levar o altar:
28 – de madeira de acácia fez os varais, e os cobriu de ouro.
29 – Fez também o óleo santo da unção, e o incenso aromático, puro, de obra de
perfumista.
Dá a impressão de ser uma mesa totalmente fechada, pois se fala em “paredes” ao redor,
provavelmente sem “pés”. Tinha, à semelhança da mesa dos pães, uma moldura de mais ou
menos dez centímetros, formando uma coroa ao redor da tampa da mesa.
O altar do incenso está ligado ao incenso santo, o qual tipifica a santificação e o louvor.
Veremos oportunamente que existe dois incensos: o incenso Santo e o incenso Puro.
O incenso puro não era exclusividade de Deus, mas era um produto de uso geral entre os
pagãos, nos cultos da idolatria. Esse incenso não pode ser queimado no Altar do incenso. Deus
determinou uma fórmula particular e criou o incenso santo, uma mistura aromática que só se
poderia usar para Deus, e somente o povo de Israel tinha a fórmula.
FIGURA 20 - Altar do incenso
Como as demais mobílias do Tabernáculo, havia necessidade de fácil transporte, e o altar
do incenso recebeu também as argolas e as hastes, todas de ouro (as argolas) e as varas revestidas
de ouro. Ver ÊXODO 30.4-5.
4 - Também lhe farás duas argolas de ouro debaixo da bordadura, de ambos os lados as
farás, nelas se meterão os varais para se levar o altar.
5 - De madeira de acácia farás os varais, e os cobrirás de ouro.
Esse altar foi colocado diante do véu do Santuário, como se vê em ÊXODO 30.6.
6 - Porás o altar defronte do véu que está diante da arca do testemunho, diante do
propiciatório, que está sobre o Testemunho, onde me avistarei contigo.
Esse incensário era ativado com queima de incenso Santo duas vezes ao dia: manhã e
tarde. O incenso Santo era feito com fórmula especial e destinado a esse único fim. Ver ÊXODO
30.7-8
7 - Arão queimará sobre ele o incenso aromático; cada manhã, quando preparar as
lâmpadas, o queimará.
8 - Quando ao crepúsculo da tarde, acender as lâmpadas, o queimará; será incenso
contínuo perante o Senhor pelas vossas gerações.
Dentro do Santuário, ali no lugar santo, havia atividade diária através do azeite do
candelabro e da queima do incenso duas vezes ao dia. Certamente o incenso era guardado em
vasilhas de ouro e se mantinha armazenado no próprio altar, dentro do Santuário.
Se prosseguirmos, atravessaremos o véu do Santuário e nos depararemos com a arca da
aliança e com o propiciatório.
O sangue das ofertas pelo pecado era também colocado sobre as pontas desse altar.
LEVITICOS 4:7 e 18.
7 – Também daquele sangue porá o sacerdote sobre os chifres do altar do incenso
aromático, perante o Senhor, altar que está na tenda da congregação; e todo o restante do
sangue do novilho derramará à base do altar do holocausto, que está à porta da tenda da
congregação.
18 – E daquele sangue porá sobre os chifres do altar que está perante o Senhor, na
tenda da congregação; e todo o restante do sangue derramará à base do altar do holocausto,
que está à porta da tenda da congregação.
b) No segundo ambiente - Local Santíssimo
1- Arca
2- O Propiciatório
b1) A ARCA DO CONCERTO
Avançando além do véu, nos deparamos com a Arca da Aliança, e entramos no local
chamado Santo dos Santos.
Essa arca fica no local que corresponde ao local mais interno do Santuário, também o
local mais sagrado do Tabernáculo. Neste recinto não havia livre trânsito. Era um local
absolutamente reservado, onde somente o Sumo Sacerdote entrava uma só vez no ano, no dia do
sacrifício da expiação. O sacrifício da expiação era anual, e se prestava para tirar o pecado de
todo o povo durante todo o ano. Nesse dia o Sumo Sacerdote entrava no Santo dos Santos,
devidamente vestido para esse fim, levando o sangue das vítimas do sacrifício.
A Arca era uma espécie de “baú”, feita de madeira de acácia toda revestida em ouro por
dentro e por fora. ÊXODO 25.10-15:
10 - Também farão uma arca de madeira de acácia; de dois côvados e meio será o seu
comprimento, de um côvado e meio a largura, e de um côvado e meio a altura.
11 - de ouro puro a cobrirás; por dentro e por fora a cobrirás, e farás sobre ela uma
bordadura de ouro ao redor.
12 - Fundirás para ela quatro argolas de ouro, e as porás nos quatro cantos da arca;
duas argolas num lado dela, e duas argolas no outro lado.
13 - Farás também varais de madeira de acácia, e os cobrirás de ouro;
14 - meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para se levar por meio deles a
arca.
15 - Os varais ficarão nas argolas da arca, não se tirarão dela.
Como se pode ver no verso 12, a arca também tinha o dispositivo das argolas e das hastes
para facilitar o transporte. Duas argolas de cada lado e duas hastes.
As argolas de ouro puro e as hastes de madeira de Acácia, revestidas em ouro, verso 13.
Assim os utensílios do Tabernáculo eram ligados à praticidade do transporte.
FIGURA 21 - A Arca sem a tampa
As dimensões da arca são:
Altura
1,5 côvados ou
75 cm.
Comprimento
2,5 côvados ou
125 cm.
Largura
1,5 côvados ou
75 cm.
Dentro dessa arca, inicialmente, havia as Tábuas do Testemunho, isto é, as Tábuas da Lei;
posteriormente recebeu também a Vara florida de Arão e um Vaso com o Maná, que sustentou o
povo no deserto, durante quarenta anos. Ver Êxodo 25. 16; 16.33-35; Hebreus 9.4; Êxodo 31.1518; 34.1-4; Números 17.1-11
ÊXODO 25.16 - E porás na arca o Testemunho, que eu te darei.
ÊXODO 16.33 - Disse também Moisés a Arão: Toma um vaso, e mete nele um ômer
cheio de maná, coloca-o diante do Senhor, para guardar-se às vossas gerações.
34 - Como o Senhor ordenara a Moisés, assim Arão o colocou diante do Testemunho
para o guardar.
35 - E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra
habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.
HEBREUS 9.4 - ... e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma
urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança.
ÊXODO 31.15 – Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso
solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado dizer alguma obra morrerá.
16 – Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança
perpétua nas suas gerações.
17 – Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o
Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento.
18 – E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do
testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.
ÊXODO 34.1 – Então disse o Senhor a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as
primeiras; e eu escreverei nelas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que
quebraste.
2 – E prepara-te para amanhã, para que subas pela manhã ao monte Sinai, e ali te
apresentes a mim no cume do monte.
3 – Ninguém suba contigo, ninguém apareça em todo o monte; nem ainda ovelhas nem
gado se apascentem defronte dele.
4 – Lavrou, pois, Moisés duas tábuas de pedra, como as primeiras; e, levantando-se
pela manhã de madrugada, subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe ordenara, levando nas
suas mãos as duas tábuas de pedra.
NÚMEROS 17.1 – Disse o Senhor a Moisés:
2 – Fala aos filhos de Israel, e recebe deles varas, uma pela casa de cada pai de todos
os seus príncipes segundo as casas de seus pais, isto é, doze varas; escreve o nome de cada um
sobre a sua vara.
3 – Porém o nome de Arão escreverá sobre a vara de Levi; porque cada cabeça da casa
de seus pais terá uma vara.
4 – E as porás na tenda da congregação, perante o testemunho, onde eu vos
encontrarei.
5 – A vara do homem que eu escolher, essa florescerá; assim farei cessar de sobre mim
as murmurações que os filhos de Israel proferem contra vós.
6 – Falou, pois, Moisés aos filhos de Israel, e todos os seus príncipes lhe deram varas,
cada um lhe deu uma, segundo as casas de seus pais; doze varas; e entre elas a vara de Arão.
7 – Moisés pôs estas varas perante o Senhor na tenda do testemunho.
8 – No dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão,
pela casa de Levi, brotara, e, tendo inchado os gomos, produzira flores, e dava amêndoas.
9 – Então Moisés trouxe todas as varas de diante do Senhor a todos os filhos de Israel;
e eles o viram, e tomaram cada um a sua vara.
10 – Disse o Senhor a Moisés: Torna a pôr a vara de Arão perante o Testemunho, para
que se guarde por sinal para os filhos rebeldes:assim farás acabar as suas murmurações
contra mim, para que não morram.
11 - E Moisés fez assim; como lhe ordenara o Senhor, assim fez.
Essa arca era indicativa da presença de Deus entre o povo de Israel.
ÊXODO 25.22 - Ali virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins
que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para
os filhos de Israel.
Essa arca possui vários nomes que serão discutidos oportunamente sendo que cada nome
ressalta um aspecto do seu caráter e daquilo que ela representa.
b2) O PROPICIATÓRIO
O Propiciatório não era outra coisa senão a tampa que fechava a arca, sobre a qual
tínhamos a figura esculpida ou moldada de dois querubins voltados um para o outro.
Suas medidas eram de tal modo a fechar a arca direitinho.
Esse Propiciatório embora complexo, devido à figura dos querubins com suas asas, era
feito numa só peça, sem emendas e sem soldas, totalmente em ouro batido.
Os querubins estavam colocados de modo que:
a) Suas faces se voltavam uma para a outra.
b) Suas faces ficavam de modo que olhavam para o Propiciatório exatamente onde o
Sacerdote colocava (aspergia) o sangue.
c) Suas asas cobriam o Propiciatório.
Lemos sobre isso em ÊXODO 25.17-22.
17 - Farás também um propiciatório de ouro puro; de dois côvados e meio será o seu
comprimento, e a largura de um côvado e meio.
18 - Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás nas duas extremidades do
propiciatório;
19 - um querubim na extremidade de uma parte, e o outro na extremidade da outra
parte: de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele.
20 - Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório;
estarão eles de faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório.
21 - Porás o propiciatório em cima da arca; e dentro dela porás o Testemunho, que eu
te darei.
22 - Ali virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão
sobre a arca do testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos
de Israel.
Sobre esse Propiciatório, que funcionava como tampa da arca, o Sacerdote aspergia o
sangue da expiação, uma vez no ano. Esse sangue era o sangue do Sacrifício expiatório.
Esse é o local designado por Deus para falar com Moisés.
ÊXODO 25.22 - Ali virei a ti, e, de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins
que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para
os filhos de Israel.
Lembrar que a presença dos querubins é um indicativo da presença de Deus, pois Deus é
Deus que habita entre os querubins.
Os querubins são seres angelicais guardiões do Trono de Deus, e também são
responsáveis pela guarda do céu.
FIGURA - O Propiciatório
FIGURA 23 - A Arca e o Propiciatório
c) Existem outros elementos importantes ligados ao Tabernáculo, cuja importância é
muito grande, os quais devemos estudar individualmente entre eles:
1- Azeite da Unção
2- Óleo da Unção
3- Incenso
c1) AZEITE DA UNÇÃO
Dos utensílios do Tabernáculo, devemos falar também do azeite da unção, assim como do
azeite puro de oliveira e o do incenso.
Falaremos agora do Azeite da Unção.
O azeite da unção era um azeite especial, cuja fórmula foi fornecida por Deus em Êxodo
30 versos 23 ao 33; e servia para ungir a tenda da congregação, a arca, a mesa dos pães, os
utensílios da mesa dos pães, o castiçal, o altar do holocausto, a bacia de bronze, ou seja, tudo do
Tabernáculo e seus utensílios.
É também o mesmo azeite com o qual Moisés ungiu a Arão para o Sacerdócio.
As medidas Him equivalem a seis litros e o Ômer equivale a três litros e meio.
ÊXODO 30.23 - Tu, pois, toma das excelentes especiarias, de mirra fluida quinhentos
ciclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinqüenta siclos, e de cálamo
aromático duzentos e cinqüenta siclos,
24 - e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira
um him.
25 - Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do
perfumista: este será o óleo sagrado da unção.
26 - Com ele ungirás a tenda da congregação, e a arca do testemunho,
27 - e a mesa com todos os seus utensílios, e o candelabro com os seus utensílios, e o
altar do incenso,
28 - e o altar do holocausto com todos os utensílios, e a bacia com o seu suporte.
29 - Assim consagrarás estas cousas, para que sejam santíssimas; tudo o que tocar
nelas será santo.
30 - Também ungirás a Arão e a seus filhos, e os consagrarás para que me oficiem
como sacerdotes.
31 - Dirás aos filhos de Israel: Este me será o óleo sagrado da unção nas vossas
gerações.
32 - Não se ungirá com ele o corpo do homem que não seja sacerdote, nem fareis outro
semelhante, da mesma composição: é santo, e será santo para vós outros.
33 - Qualquer que compuser óleo igual a este, ou dele puser sobre um estranho, será
eliminado do seu povo.
C2) O AZEITE PURO
O azeite puro de oliveira era o azeite usado para manter acesas as lâmpadas do castiçal.
Essas lâmpadas tinham a finalidade de iluminar o ambiente todo o tempo, e manter a luz
no local santo. Isso quer dizer que onde está Deus não há trevas. O azeite era reposto de forma
contínua, de modo a nunca faltar.
Era Arão que cuidava desse azeite e também de repô-lo nas fontes que alimentavam as
lâmpadas, isso era feito duas vezes ao dia, manhã e tarde.
Ver sobre isso em ÊXODO 27.20:
20 - Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira, batido para o
candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente.
c3) O INCENSO
O incenso, aqui no Velho Testamento é uma referência geral, quando se trata de
atividades religiosas.
“INCENSO” é símbolo de religiosidade mesmo pagã ou idólatra.
O incenso era uma resina aromática, obtida de várias fontes vegetais, cujo comércio era
intenso na época levando ao enriquecimento de muitos mercadores. (APOCALIPSE 18.11-13)
11 – E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra, porque já ninguém
compra a sua mercadoria,
12 – mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo,
de púrpura, de seda, de escarlata, e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de
marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore,
13 – e canela de cheiro, especiarias, incenso, ungüento, bálsamo, vinho, azeite, flor de
farinha, trigo, gado, ovelhas, e de cavalos, de carros, de escravos, e até almas humanas.
Não devemos confundir o incenso puro com o incenso santo, porque se trata de coisas
absolutamente distintas, embora às vezes a Bíblia não faz referência a qual incenso se acha em
apreço, se o “puro” se o “santo”.
INCENSO PURO
Era uma substância resinosa, aromática, obtida por vários processos, entre eles o exudato
de várias plantas. Nas épocas bíblicas era importado de Sabá, e se constituía em objeto de forte
comércio.
ISAIAS 60.6 – A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Mídia e de Efá;
todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor,
O incenso é símbolo da religiosidade humana, incluindo-se as pagãs, veja:
MALAQUIAS 1.11 - Mas desde o nascente do sol até ao poente é grande entre as
nações o meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras; porque
o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos.
Foi esse o incenso trazido pelos reis magos, quando visitaram ao menino Jesus, em
Belém.
MATEUS 2.11 – Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe,. Prostrandose, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e
mirra.
Era também esse, o incenso colocado sobre os pães da proposição.
LEVITICOS 24.7 – Sobre cada fileira porás incenso puro, que será para o pão, como
porção memorial; é oferta queimada ao Senhor.
Esse incenso, em virtude de ter uso em cultos pagãos, não podia ser usados nos cultos de
adoração ao Senhor. Deus o considerava como abominação.
ÊXODO 30.9 – Não ofereceis sobre ele incenso estranho, nem holocausto, nem ofertas
de manjares; nem tão pouco derramareis libações sobre ele.
Deus não aceita esse incenso como símbolo de adoração ou de louvor.
JEREMIAS 48.35 – Farei desaparecer de Moabe, diz o Senhor, quem sacrifique nos
altos e queime incenso aos seus deuses.
Esse incenso faz parte da fórmula do incenso Santo, cuja composição foi determinada por
Deus em ÊXODO 30.34-35.
34 – Disse mai8s o Senhor a Moisés: Toma substâncias odoríferas, estoraque, onicha e
gálbano; estes arômatas com incenso puro; cada um de igual peso;
35 – e disto farás incenso, perfume segundo a arte do perfumista, temperado com sal,
puro e santo.
Como componente do incenso Santo só se poderia usar o incenso Puro obtido de exudato
de plantas, porque esse era dotado de maior pureza, em relação ao incenso obtido por outros
processos, tritura de plantas, por exemplo.
INCENSO SANTO
O incenso Santo, às vezes chamado simplesmente de “incenso”, dê a confusão com o
incenso puro, é uma composição aromática cuja fórmula foi determinada por Deus, com a
finalidade de ser usado no Santuário. Esse é o incenso que está ligado ao altar do incenso, no
Santuário.
O incenso Santo é composto por cinco componentes, a saber: (Êxodo 30.34- 35).
1- Estoraque
2- Onicha
3- Galbano
4- Incenso Puro
5- Sal
Em virtude de a fórmula ter sido fornecida por Deus, somente o povo de Deus o possui, e
se caracteriza pela santidade e pelo que pode representar: ADORAÇÃO A DEUS.
Esse incenso tipifica o verdadeiro louvor que é o principal veículo da adoração ao Senhor.
Falemos um pouco sobre cada um desses componentes:
1 - Estoraque
Resina aromática extraída de uma planta que possui o mesmo nome, mas através de um
processo natural, sem sangrias, sem sulcos, sem ferimentos na planta.
Essa resina aromática, muito utilizada na fabricação de perfumes, essências concentradas,
podia ser obtido por dois processos:
a) Em grande quantidade ou comercial, através do trituramento dos elementos da planta,
ou sulcos no tronco das plantas a fim de colher a seiva, como se faz com a seringueira,
na colheita do látex para a fabricação da borracha.
b) Pouca quantidade, onde se obtinha a resina através de um processo natural, exudativo,
de alta pureza.
Somente a resina colhida por processo natural poderia entrar na composição do incenso
Santo.
2 - Onicha
Era uma resina obtida com o uso do fogo a partir de válvulas que formam as garras que
fecham a concha de alguns moluscos, especialmente os de água profunda.
3 - Galbano
Era uma resina obtida pela tritura das folhas de certos arbustos.
4 - Incenso Puro
Já falamos sobre esse componente.
5 - Sal
Esse elemento é também um elemento natural, obtido da água do mar por processo de
evaporação, está muito ligado ao e à conservação dos produtos.
O TABERNÁCULO
E
O MATERIAL NELE UTILIZADO
Já sabemos que o Tabernáculo foi instituído por Deus, sendo uma exigência da parte de
Deus a sua construção.
Deus mostrou a Moisés como deveria ser o Tabernáculo, de modo a passar a Moisés
exatamente o modelo, o material, a forma, o tamanho, a disposição e tudo mais. Tudo foi dado a
Moisés, ali junto ao Sinai, no início da peregrinação. O Tabernáculo construído por Moisés foi
utilizado no deserto por Arão e seus filhos. Depois, o mesmo esteve em alguns lugares em Israel
até a construção do templo quando foi incorporado no Templo de Salomão. O tabernáculo de
Moisés tem grande importância para nós no Novo Testamento, mormente nós do século vinte e
um, pois estamos muito próximo da vinda de Jesus para galardoar os seus fiéis. Toda a Bíblia se
preocupa com Jesus e sempre aponta para a redenção humana.
Veremos ao longo desse estudo que o Tabernáculo também aponta para Jesus e para todo
o plano de Deus para a salvação do homem.
Em ROMANOS 15.4, lemos:
4 - Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que,
pela paciência, e pela consolação das escrituras, tenhamos esperança.
Ora, tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino o foi.
Por esse motivo Deus tem um profundo ensino para nós nesse Tabernáculo erigido no
deserto sob a exigência de Deus.
Dentro dos propósitos de Deus temos informações precisas sobre o Tabernáculo e isso
tem finalidades bem definidas que são para nosso ensino, em todo o tempo.
O Tabernáculo da terra, o qual posso chamar “Tabernáculo de Moisés”, teve a Deus como
Arquiteto e se constitui numa figura de um Tabernáculo que está no céu.
Esse de Moisés foi feito por homens, mas aquele não teve a participação humana.
Jesus como Salvador do mundo nunca entrou no Santuário feito pelos homens, onde só
entravam os sacerdotes e os Sumo Sacerdotes.
No tempo de Jesus já não havia mais Tabernáculo desde o tempo de Salomão. Dentro do
templo de Salomão havia todos os elementos do Tabernáculo, e a partir de então o templo
substituiu o Tabernáculo.
O Templo de Salomão foi destruído por Nabucodonosor por volta de 626 aC. Mas foi
reconstruído por Neemias e Esdras após o cativeiro.
No tempo de Jesus, o templo era o Templo de Herodes. Este Templo mantinha a mesma
simbologia do Tabernáculo, mas Jesus nunca entrou no Santuário do Templo, pois só era
permitido aos sacerdotes. Jesus não era da família dos levitas.
Assim Jesus nunca entrou no Santuário terrestre, feito pelas mãos dos homens, mas entrou
no Santuário Celestial, onde ministrou o sacerdócio em nosso favor, e ainda o faz até hoje.
São esses os ensinamentos do autor da Epístola aos Hebreus, onde nos ensina que Jesus
entrou num Tabernáculo celestial; na presença real de Deus, levando, não sangue de bode, mas o
seu próprio sangue, e através do propiciatório celestial, em meio dos querubins, Deus nos aceita
em comunhão pelo sangue de Jesus.
HEBREUS 9.24 – Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;
O sangue de Jesus foi aspergido e colocado junto às pontas do altar, mas num tabernáculo
celeste, do qual esse de Moisés foi somente uma figura. Nós voltaremos a falar do sacerdócio de
Jesus.
Vamos falar do material com o qual foi construído o tabernáculo.
MATERIAL UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO
O Tabernáculo, entre outras coisas, era feito de:
 ouro
 prata
 bronze
 madeira
 tecido
Vamos discutir esses elementos um a um, a iniciar pelo OURO.
O OURO
O ouro, no tabernáculo:
Tipifica a gloria de Deus (no Velho Testamento)
Tipifica Jesus como Divino (no Novo Testamento)
É certamente o ouro que tipifica a realeza no Tabernáculo, embora ele fique escondido
aos olhos de todos, permanecendo acessível apenas aos Sacerdotes ou Sumo Sacerdotes da
família de Arão.
O ouro aqui representa a realeza de Deus, inacessível ao mortal pecador, mas que é
revelada a todos aqueles que rompem o arraial e adentram ao tabernáculo e se achegam ao
Santuário de Deus. Essa é a razão dos ímpios não poderem ver a gloria de Deus e nem
enxergarem a extensão de sua realeza.
Para se ver a gloria de Deus é necessário entrar no santuário sem o que esta será
inacessível.
O ouro é o elemento de maior valia no tabernáculo e por isso tipifica a realeza de Deus.
O OURO AQUI TAMBEM TIPIFICA JESUS COMO DIVINO
A PRATA
A prata era um metal precioso que estava presente:
 Sustentando o cortinado que cercava o pátio. Êxodo 27.11
 Na base de sustentação as tábuas do Santuário. Êxodo 26.19.
 Na base de sustentação das colunas do véu do Santuário. Êxodo 26.32
ÊXODO 27.11 - De igual modo para o lado do norte ao comprido haverá cortinas de
cem côvados de comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os
ganchos das colunas e as suas vergas serão de prata.
ÊXODO 26.19 – Farás também quarenta bases de prata debaixo das vinte tábuas: duas
bases debaixo duma tábua para os seus dois encaixes, e duas bases debaixo doutra tábua para
os seus dois encaixes.
ÊXODO 26.32 - Suspendê-los-ás sobre quatro colunas de madeira de acácia, cobertas
de ouro; os seus colchetes serão de ouro, sobre quatro bases de prata.
A prata ficava suspensa nos cortinados ou enterradas na areia do deserto, no Santuário.
A prata é símbolo de resgate, e podemos ver isso em LEVÍTICOS 5.15.
15 - Quando alguém cometer ofensa, e pecar por ignorância nas cousas sagradas do
Senhor, então trará ao Senhor por oferta um carneiro sem defeito do rebanho, conforme a tua
avaliação em siclos de prata, segundo o siclo do santuário, como oferta pela culpa.
A prata no Tabernáculo aponta para Jesus em seu sacrifício expiatório, pagando o preço
do resgate de nossas almas.
Observe que a prata formava a base de sustentação do Santuário. Isso quer dizer que o
sacrifício de Jesus é à base da sustentação do plano de Deus, na redenção humana. Jesus é tudo
nesse plano, e sem ele ainda estaríamos em débito com Deus e não existiria o Santuário no qual
pudéssemos entrar.
Ora se não houvesse Santuário no qual pudéssemos entrar, nunca poderíamos ter acesso a
Deus. Portanto Jesus é a base de sustentação do nosso retorno para Deus.
Então a nossa comunhão com Deus está garantida no sacrifício de Jesus, cuja redenção
aqui é simbolizada pela prata.
É também a prata que sustenta o cortinado suspenso, delimitando a área do Pátio, isolando
o Santuário de Deus.
A primeira porta do Tabernáculo, aquela que permite a entrada no pátio, aponta
diretamente para Jesus que é a porta do Santuário de Deus.
JOÃO 10.9 - Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e
achará pastagem.
A prata é símbolo do resgate e aponta para Jesus como Redentor.
O BRONZE
O bronze aqui neste contexto não é exatamente o bronze que se conhece hoje, mas era
uma mistura de BRONZE. E COBRE, sendo esse o motivo de certas versões falarem bronze, e
outras falarem cobre.
O Bronze é símbolo de Julgamento.
O Bronze é símbolo do SOFRIMENTO DE JESUS.
Como o julgamento de Deus culminou na crucificação de Jesus, esse metal também
aponta para a crucificação, daí os pregos serem todos de bronze.
O bronze é também símbolo de força, ou de dureza.
O bronze revestia o altar do sacrifício que deveria suportar o fogo do sacrifício.
ÊXODO 27.2 - Dos quatro cantos farás levantar-se quatro chifres, os quais formarão
uma só peça com o altar; e o cobrirás de bronze.
Em Jeremias 6.28 fala da força do cobre e Jó 40.18 fala também dessa força.
JEREMIAS 6.28 - Todos eles são os mais rebeldes, e andam espalhando calúnias; são
bronze e ferro, são todos corruptores.
JÓ 40.18 - Os seus ossos são como tubos de bronze, o seu arcabouço como barras de
ferro.
O bronze deveria ser resistente ao fogo de modo a proteger a madeira do altar, não
permitindo que o fogo do sacrifício atingisse a madeira.
Veremos depois que a madeira simboliza a humanidade. Isso quer dizer que a
humanidade deverá estar revestida, a fim de suportar o juízo de Deus revestimento esse que teve
origem no Calvário, o único capaz de resistir o juízo de Deus.
O bronze estava presente, no tabernáculo:
a) No altar do Holocausto. O altar do holocausto era feito de madeira e revestido de
bronze. Êxodo 27.2
b) Na bacia de bronze a qual era feita de bronze maciço.
c) Nas bases das cinco colunas que sustentavam o cortinado da entrada no Santuário.
Êxodo 26.37.
d) Nas estacas que sustentavam o cortinado e formavam o pátio. Êxodo 27.11-19.
e) Nas bases das estacas que sustentavam o cortinado, inclusive a porta da entrada. Êxodo
27.17.
ÊXODO 27.2 - Dos quatro cantos farás levantar-se quatro chifres, os quais formarão
uma só peça com o altar; e o cobrirás de bronze.
ÊXODO 26.37 - Para este reposteiro farás cinco colunas de madeira de acácia, e as
cobrirás de ouro; os seus colchetes serão de ouro, e para elas fundirás cinco bases de bronze.
ÊXODO 27.11 - De igual modo para o lado do norte ao comprido haverá cortinas de
cem côvados de comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de bronze; os
ganchos das colunas e as suas vergas serão de prata.
ÊXODO 27.19 - Todos os utensílios do tabernáculo em todo o seu serviço, e todas as
suas estacas, e todas as estacas do átrio, serão de bronze.
ÊXODO 27.17 - Todas as colunas ao redor do átrio serão cingidas de vergas de prata;
os seus ganchos serão de prata, mas as suas bases de bronze.
Tudo isso tem significado e porquê. Deus não fez o Santuário à revelia, e não o detalhou
por capricho, mas tudo tem um fundamento.
A MADEIRA
A madeira aqui no Tabernáculo aponta para o componente humano no Tabernáculo.
A madeira de Acácia tipifica o corpo incorruptível de Jesus o qual não viu a corrupção.
A madeira de Acácia é a única madeira que se desenvolve no deserto do oriente e não
apodrece nem atrai vermes ou insetos de modo a apodrecer.
A acácia é nativa do deserto e se desenvolve muito bem em terra seca e arenosa onde
outra madeira não teria sucesso. Somente ela consegue extrair dela os nutrientes necessários ao
seu desenvolvimento.Assim Jesus necessitou de Maria para vir a esse mundo como humano e
dela extraiu o sustento para nascer e depois crescer como todos os homens.
GALATAS 4.4 - vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher...
Esta tipologia é uma referência inequívoca à humanização de Jesus como homem perfeito
e se refere à passagem de Isaías 53.2 onde temos Jesus como raiz de uma terra seca.
ISAIAS 53.2 - Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz duma terra
seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos
agradasse.
Jesus foi judeu, nascido em Belém na Judéia, pertenceu a tribo de Judá, linhagem de
Davi, e morreu como todos os homens.
Por isso Jesus foi cem por cento homem, embora, através do Espírito Santo, nunca deixou
de ser Deus.
Jesus foi concebido e gerado pelo Espírito Santo.
Jesus como homem só teve mãe e como Deus só teve Pai.
A madeira representa o componente humano no Tabernáculo.
A madeira simboliza o componente humano no Tabernáculo.
A madeira de acácia tipifica a incorruptibilidade do corpo de Jesus.
A madeira fora do tabernáculo e toda retorcida e dessa forma tem pouca serventia e só é
útil para o fogo, mas dentro do tabernáculo ela é trabalhada no altar do sacrifício e revestida de
ouro no santuário. Toda madeira que se acha no santuário já foi madeira bruta!!! Mas agora
esta revestida de bronze (no altar dos holocaustos) ou de ouro (no santuário) onde temos a
tipologia do homem regenerado na habitação de Deus.
Tem muito crente que ainda é madeira bruta, não sofreu a ação do carpinteiro e por isso
é madeira torta, cheia de nó, áspera, grotesca e não serve para nada; apenas serve para o fogo.
O homem de Deus, quando é um verdadeiro instrumento nas mãos do Senhor, se
comporta como madeira revestida de ouro refletindo a gloria de Deus.
O TECIDO BRANCO DO CORTINADO
O Branco aponta para a justiça de Deus e o cortinado branco aponta para a perfeição de
Jesus como Homem.
Então o cortinado quer dizer que Deus está separado do arraial devido a sua justiça e
juízo, em função de todos terem pecado e destituídos estarem da sua Glória. Mas veja que a prata
está acima do cobre e do cortinado, significando que a redenção de Jesus está acima de tudo.
O cortinado representa um muro de separação entre a humanidade e o santuário de Deus.
O branco do cortinado aponta para a justiça de Deus.
O cortinado branco aponta para Jesus como homem perfeito

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