Poliuretanos em notícias - Ano 5 - Número 8

Transcrição

Poliuretanos em notícias - Ano 5 - Número 8
Colchões e colchonetes de PU terão selo de conformidade
De olhos bem abertos
Poliuretanos
em notícias
Ano V • Número VIII • Novembro de 2008
Editorial
PU: mais perto do
que você imagina
Trajes de natação que melhoram a flutuação do corpo e conferem
velocidade aos atletas; bolas que, com seus sulcos aerodinâmicos, seguem
trajetória mais direta ao alvo; luvas e capacetes capazes de absorver o impacto
e de proporcionar conforto e segurança aos esportistas. Cada vez mais o
dinamismo tecnológico da indústria química, e em especial dos fabricantes de
poliuretano (PU), está presente no setor de esportes.
Inmetro, fabricantes e outras instituições representativas na
cadeia de colchões – entre elas a Comissão Setorial de PU da Abiquim
– estão de olho na qualidade dos colchões e colchonetes feitos com
espuma de PU. Várias denúncias de consumidores recebidas pelo
Inmetro motivaram a criação de um Programa de Avaliação da
Conformidade, que irá elaborar um regulamento e estabelecer um selo
obrigatório para a comercialização desses produtos. “Recebemos,
também, solicitações dos próprios fabricantes, que têm sofrido com a
concorrência desleal no setor”, conta Cristiane Sampaio, da Divisão
de Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro (Dipac).
A conformidade aos requisitos da norma conferirá aos colchões e
colchonetes uma qualidade mínima. “É importante destacar esta
questão, pois há outros programas, com foco na segurança, saúde,
etc, que não visam à qualidade ou durabilidade do produto e sim à
segurança do consumidor”, lembra Cristiane, referindo-se a
regulamentações para produtos como brinquedos, extintores de
incêndio, entre outros. Com a certificação compulsória, os produtos
serão fiscalizados em todo o Brasil pelos órgãos delegados pelo
e x p e d i e n t e
Atuação Responsável
®
Poliuretanos em Notícias é editado pelo Grupo de
Trabalho de Comunicação da Comissão Setorial de
Poliuretanos da Abiquim, composto por Daniele
Galina, Elizete Nicolini e Luiz Carlos de Medeiros.
Edição de texto: SP4 Comunicação Corporativa
Arte: Fábrica C
Inmetro (como os Institutos de Pesos e Medidas - IPEM), podendo ser
apreendidos em caso de não-conformidades.
O Programa de Avaliação da Conformidade para Colchões e
Colchonetes de Espuma Flexível de Poliuretano foi aprovado pelo
Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade (CBAC). O
Regulamento de Avaliação da Conformidade (RAC) está sendo
elaborado de maneira consultiva: governo, fabricantes e entidades
fazem parte da Comissão Técnica "Colchões e Colchonetes de
Espuma Flexível de Poliuretano". Após a elaboração do RAC, ele será
publicado em consulta pública por 60 dias, para que todo o setor
produtivo, inclusive países exportadores, possa enviar sugestões de
alteração ao documento. Assim, após consolidação das sugestões no
âmbito da CT, o regulamento é publicado em definitivo. Entretanto, é
dado um prazo para adequação dos fabricantes e outro, um pouco
maior, para escoamento do estoque dos varejistas. “Esse
regulamento é uma demanda setorial, e vai garantir um padrão de
qualidade para o mercado de colchões de PU”, explica Fernando
Rodriguez, coordenador da Comissão Setorial de PU.
Acompanhamos, esse ano, a cobertura jornalística dos Jogos Olímpicos
de 2008, realizados em Beijing, na China. Um momento ímpar de superação
física e determinação, sem dúvida, durante o qual o PU deu um espetáculo à
parte. Além de integrar a enorme gama de materiais usados para a construção
do ginásio olímpico e das pistas de atletismo onde tantas provas foram
disputadas, ele tem sido uma das principais matérias-primas utilizadas no
processo de produção de equipamentos e acessórios esportivos.
Hoje, poucas são as práticas esportivas em que o PU, de alguma forma,
não está presente, ajudando atletas ou esportistas de fim de semana a
vencerem limites e a superarem metas. Esses e outros detalhes sobre a
performance do PU nos esportes você pode acompanhar na reportagem
central desta edição do “PU em Notícias”.
Outro tema abordado diz respeito à qualidade dos colchões e dos
colchonetes produzidos com espumas flexíveis de PU, um dos principais
mercados de PU no País. Dos bens de consumo que conhecemos, o colchão é
um dos mais utilizados pela população, afinal, passamos em média 1/3 de
nossas vidas dormindo sobre ele. Considerando, ainda, que estão associados
à saúde do nosso corpo e à qualidade do sono, um colchão pressupõe
qualidade.
Por essas razões, e com a missão de garantir a qualidade do produto que
chega às mãos do consumidor final, o Inmetro acaba de criar uma Comissão
Técnica para avaliar a conformidade dos colchões e colchonetes que chegam
às lojas. Integrantes da Comissão Setorial de PU da Abiquim e de outros órgãos
representativos na cadeia de colchões fazem parte desse grupo. Confira.
Boa leitura!
Fernando Rodriguez
Coordenador da Comissão Setorial de PU da Abiquim e Diretor
Comercial de PU na América Latina da Dow Brasil
Um aliado
dos atletas
Numa competição esportiva, milésimos de segundos
ou milímetros de precisão num movimento podem ser
determinantes para aproximar ou afastar um atleta da
vitória. Os materiais e tecnologias utilizadas nas práticas
esportivas, portanto, podem fazer grande diferença na
performance do atleta. O PU, reconhecidamente um dos
mais versáteis produtos químicos, vem sendo
considerado uma opção eficiente nesse sentido,
integrando de forma crescente a composição de
inúmeros artigos esportivos.
Os Jogos Olímpicos de 2008, realizados
recentemente em Beijing, na China, foram palco de
muitos desses avanços tecnológicos, e o PU fez parte
desse grande espetáculo. Em meio aos milhares de
atletas que disputavam a chance de subir ao pódio, o PU
aparecia, discretamente, sob a forma de bolas, luvas,
tênis, capacetes, chuteiras e tantos outros equipamentos
e acessórios indispensáveis às competições.
Na infra-estrutura do ginásio, na textura das pistas de
atletismo e no revestimento das quadras havia PU, bem
como nos trajes usados na natação, definitivamente uma
revolução das indústrias química e têxtil.
Sólido ou expansível, flexível ou elástico, semi-rígido
ou rígido, o PU, em suas variadas formas, se destaca por
apresentar propriedades como resistência química e
física, leveza e resiliência, amplamente valorizadas
quando se trata de proporcionar conforto, segurança e
um melhor desempenho aos atletas. Por isso, seja um
tênis com material mais leve e maior aerodinâmica, uma
bola que voa em direção ao alvo com mais precisão ou
luvas que amenizam o impacto dos golpes, o fato é que,
cada vez mais, os desportistas dependem de bons
acessórios para superarem seus limites e quebrarem
recordes.
Tanta tecnologia não se restringe às modalidades
olímpicas; suas vantagens servem também a outras
atividades de lazer e recreação, abrangendo inclusive os
chamados esportes radicais e de aventura, como surf,
body board, skate e patins. Confira a seguir, um pouco
mais sobre as inúmeras aplicações do PU nos esportes.
PU: um aliado dos atletas
Presença garantida
Placas melhoram a flutuação
Sem riscos de lesões
Registros da história mostram que, há 2.500 anos, os
nadadores já buscavam soluções que os ajudassem a
melhorar o desempenho na água. Assim, em lugar às
túnicas de linho comuns da época, que dificultavam os
movimentos, muitos disputavam as provas completamente
nus. De lá prá cá, obviamente, muita coisa evoluiu e os atletas não só
puderam voltar a se vestir, como hoje contam com trajes cada vez mais
“inteligentes”, que funcionam praticamente como uma segunda pele.
Seja no boxe ou em lutas marciais,
como tae kwon do e muay thai, o uso de
luvas de proteção é essencial para a
segurança do atleta. Fabricadas a partir de
espumas pré-moldadas e revestidas com PU,
as luvas ajudam a reduzir o forte impacto dos golpes,
impedindo, assim, os riscos de lesões. O revestimento de PU,
associado ao interior de espuma, confere ao equipamento
leveza, resiliência e resistência física, à hidrólise (combate à
umidade) e ao ataque de bactérias. Assim como as luvas, os
sacos usados para treinamento também levam PU,
proporcionando maior conforto e proteção ao atleta.
No caso da natação, a combinação de diferentes fios favorece o
deslizamento do corpo e a dissipação do suor, enquanto placas de PU
agregadas ao tecido melhoram a flutuação na água. Há quem diga,
inclusive, que o segredo para tantos recordes batidos pelo americano
Michael Phelps nesta olimpíada estaria em parte associado ao
novo traje.
Passadas amortecidas
Cada vez mais os desportistas dependem de bons
acessórios para quebrar recordes. E, sem dúvida, os
calçados espor tivos têm papel fundamental na
performance de atletas da maioria das modalidades.
Muitos dos modelos de tênis e chuteiras fabricados hoje
contam com o PU termoplástico em sua composição. A aplicação
maior está na estrutura dos solados, mas o produto é também alternativa
ao couro no revestimento interno e externo das peças, e pode ser
adicionado à tinta do acabamento.
Um dos principais avanços obtidos com o uso do PU nesse
segmento está no moderno sistema de amortecimento de impactos, que
garante conforto e protege os pés e as articulações de possíveis lesões
decorrentes dos intensos movimentos do atleta. O material se destaca,
ainda, por ser resistente à abrasão, diminuir a absorção de umidade e
apresentar alta resiliência, essencial para impedir deformações e manter
as peças bonitas por mais tempo.
Mais pedaladas
A introdução do PU na fabricação de equipamentos e
acessórios para ciclismo teve seu início em meados dos
anos 90. Desde então, as bicicletas em geral passaram a
contar com amortecedores de elastômero microcelular (tipo
de PU), que oferece mais conforto e segurança aos ciclistas. O
PU também está presente na produção dos capacetes de proteção, item
indispensável para quem gosta de pedalar. Muitos dos modelos hoje
disponíveis nas lojas são fabricados em PU expandido, com estrutura
celular extremamente leve e resistente. Por meio de sistemas avançados,
cada célula de PU é fechada individualmente, de modo que o ar fique
preso dentro delas, o que garante maior absorção de impacto.
Bola da vez
Protagonista de grandes lances, a
bola de futebol é certamente um dos
artigos esportivos mais populares que
levam PU em sua fabricação. O material
passou a ser aplicado como revestimento, em
substituição ao couro de procedência animal, originando,
assim, uma nova geração de “redondas” colocadas em
campo. Mais resistentes, macias e impermeáveis por conta
das propriedades do PU, as novas bolas estão garantindo aos
atletas melhor desempenho e velocidade nas jogadas. Um
bom exemplo dessa inovação é a bola oficial do Campeonato
Brasileiro deste ano que, com sulcos aerodinâmicos
revestidos de PU, foi projetada para voar mais rápido e com
maior uniformidade ao alvo. Além de futebol de campo, as
bolas de futsal, futebol americano, vôlei e handebol também
contam com PU em sua composição.
Com a peteca no ar
Pouco disseminado no Brasil, o
badminton é mais um dos esportes em
que o PU está presente. Introduzido como
modalidade olímpica na competição de
Barcelona, em 1992, o jogo é parecido com o
tênis, porém, ao invés de utilizar uma bola, é praticado com
uma espécie de peteca, a qual é chamada de volante. Essas
petecas são feitas com penas de ganso ou material sintético,
nesse caso mais econômico e durável. Em ambos os
modelos, no entanto, as bases esféricas das petecas são
fabricadas, em geral, com PU. O material não só garante
leveza ao equipamento – em média uma peteca pesa entre
4,74 e 5,50 gramas – como também a resistência para
suportar o impacto da rebatida da raquete, sem, com isso,
deformar ou quebrar.
Sob nossos pés
O tipo de piso no qual uma modalidade de
esportes é praticada tem influência direta sobre os
ganhos de milésimos de segundos que fazem toda
a diferença no resultado final de uma prova. Nesse
sentido, o PU pode ser considerado um bom aliado do
atleta. Usado como revestimento em quadras e pistas de atletismo, o
material se ajusta bem às necessidades de cada esporte, contribuindo
para maior agilidade e segurança do esportista durante seus
movimentos. A principal característica do PU e também a mais
valorizada quando se trata de pisos é a capacidade de amortecer
impactos, evitando assim danos à ossatura e à musculatura do atleta.
O material apresenta, ainda, vantagens como melhor resistência ao
desgaste, conforto térmico, grande impermeabilidade, bem como
facilidade para limpeza e manutenção. Além disso, combinado a certos
tipos de tintas e vernizes, o PU pode ser usado para sinalizar as
demarcações do piso, proporcionando, no caso das quadras, um
efeito de antiofuscamento que impede a reflexão dos holofotes.
Na crista da onda
Entre as modalidades esportivas, o surf foi
um dos primeiros a ser beneficiado com o uso do
PU. O material, aplicado na fabricação de
pranchas, desde o começo se mostrou como uma
opção mais barata e prática a ser utilizada em lugar das
enormes e pesadas pranchas de madeira comuns no passado. A
versatilidade do material em se moldar a diferentes formatos, somada à
sua flutuabilidade e à forte resistência à abrasão e à hidrólise, abriram
portas para que a indústria do surfe pudesse oferecer pranchas cada
vez mais leves, menores e duráveis, melhorando também a
performance dos surfistas. Hoje, a maioria dos modelos é fabricada
com blocos ou placas de PU, que apresentam estrutura celular
bastante uniforme e fechada, proporcionando maior leveza ao produto.
Assim como as de surfe, as pranchas de body board também são
fabricadas com PU expandido.
Manobra radical
A prática de skate se caracteriza por giros e
saltos radicais que chegam a desafiar a gravidade.
No entanto, para que esses movimentos sejam
feitos com precisão e segurança, além da
habilidade do skatista, a qualidade do skate conta
muito e é aí que mais uma vez as propriedades do PU fazem diferença.
Utilizado nas rodas e, por vezes, no próprio eixo do skate, o PU confere
durabilidade, aderência, além de resistência aos impactos. Outra
atividade também praticada sobre rodas são as manobras com patins.
Nesse caso, as rodas de PU reduzem o ruído, diminuem o atrito com o
solo e tornam o ato de patinar mais suave e seguro.
A Feiplar Composites & Feipur 2008 – Feira e Congresso
Internacional de Composites, Poliuretano e Plásticos de
Engenharia acontecerá de 11 a 13 de novembro de 2008 no
Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte, em São Paulo. Este é
considerado o maior evento de negócios do setor de
poliuretanos na América Latina, e a Comissão Setorial de PU
estará presente, divulgando e informando a importância do PU
para os diversos ramos industriais. Uma equipe de
profissionais ficará à disposição do público para tirar dúvidas
sobre o produto e suas aplicações e para informar as
atividades que vêm sendo desenvolvidas pela entidade.
O evento deverá reunir cerca de 220 expositores de
diversos países e um público estimado de 13 mil pessoas,
entre fabricantes e consumidores de áreas como papel e
celulose; agroindústria; cloro-soda; química e petroquímica;
alimentícia; isolamento térmico e acústico; automotiva;
construção civil; telecomunicações; aeronáutica; arquitetura e
decoração; entre outras, além de pesquisadores e do público
universitário. A edição anterior, realizada em 2006, também em
São Paulo, contou com 200 estandes e 11,6 mil visitantes.
A Comissão Setorial de PU apóia a Feipur desde sua
primeira edição, em 2004. Esta será mais uma oportunidade
de apresentar ao público as atividades institucionais e todos os
benefícios oferecidos pela utilização deste material tão versátil
– o poliuretano.
GT elabora texto para
norma de spray
A Comissão Setorial de poliuretano (PU), por meio de seu
Grupo Técnico (composto por representantes da Basf, da
Bayer e da Dow), continua atuante no processo para
normalização do spray de PU na construção civil. O momento
é de elaboração de um texto base que servirá para determinar
o escopo da norma e que leva em conta não apenas as
características técnicas do produto e de sua aplicação, mas
também as necessidades das empresas consumidoras. A
previsão é de que o pedido oficial de abertura da comissão de
estudos voltada ao assunto seja encaminhado à ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas – em 2009. Esse
comitê deverá reunir representantes de diversos segmentos,
desde produtores de matéria-prima, fabricantes e clientes até
pesquisadores.