Caminhando nº 35 - Renovamento Carismático Católico

Transcrição

Caminhando nº 35 - Renovamento Carismático Católico
RENOVAMENTO CARISMÁTICO CATÓLICO
D IOCESE DO P ORTO
C AMINHANDO
N EWSLETTER - E DIÇÃO 35
JUNHO
2014
«Vem, Espírito Santo!
Entra também no meu coração!
Enche-me com a tua alegria, a tua paz, a tua força divina.
Vem e habita em mim!
Inunda-me com a Tua Graça!
Tira do meu coração os maus pensamentos,
as inquietações, as tristezas.
Espírito Santo, sê o meu melhor amigo e conselheiro.
Conduz-me para que eu nunca me afaste dos caminhos de Deus.
Sê Aquele que me dá pensamentos de paz.
Consola-me, quando eu estiver triste.
Dá-me força para resistir à tentação.
Aquece-me, onde o meu amor possa esfriar.
Faz com que eu brilhe e seja para os outros um sinal do amor de Deus.
Vaticano: Francisco recebeu crianças e fez
convite «a encontrar a luz»
DESTAQUES
 “Vinde Espírito Santo, Vinde e
Renovai a face da Terra
 Papa Francisco recebeu crian-
ças e fez convite “A encontrar a
Luz”
 Como crianças diante de uma
prenda
 Procissão da Luz na cidade da
Virgem – encerramento do
mês de Maria
 Ecos da Assembleia de Maio
 Meu Testemunho...
 Falecimento do Padre José La-
pa
 Precisa-se
 Cantinho do Leitor
“(...) “Quando estamos na escuridão, caminhamos em direção à luz. Mas dentro de
nós: sempre. E todos nós temos a possibilidade de encontrar a luz”, afirmou o Papa,
reforçando o conceito de Deus como “amor”.(...)” (cont.pág.3)
 A Não Esquecer...
P ÁGINA 2
C AMINHANDO
"Vinde Espírito Santo, vinde e renovai a face da terra!"
Recordamos o discurso de João Paulo II, em maio de 1998, dia de Pentecostes. Palavras ainda hoje atuais, verdadeiras e repletas de sabedoria.
«Subitamente ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde
se encontravam. Viram, então, aparecer umas línguas à maneira de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre
cada um deles. Todos ficaram cheios de Espírito Santo» (Act 2, 2-3).
"Com estas palavras os Actos dos Apóstolos introduzem-nos no coração do evento do Pentecostes; apresentam-nos os discípulos que, reunidos com Maria no Cenáculo, recebem o dom do Espírito. Realiza-se assim a promessa de Jesus e inicia o
tempo da Igreja. A partir daquele momento o vento do Espírito levará os discípulos de Cristo até aos extremos confins da
terra.
Em Jerusalém, há quase dois mil anos, no dia de Pentecostes, diante de uma multidão estupefacta e zombeteira por causa da
inexplicável mudança notada nos Apóstolos, Pedro proclama com coragem: «Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus
junto de vós... a Este matastes, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O» (Act 2, 22-24).
Nas palavras de Pedro manifesta-se a autoconsciência da Igreja, fundada sobre a certeza de que Jesus Cristo está vivo, atua no
presente e transforma a vida.
O Espírito Santo, já operante na criação do mundo e na Antiga Aliança, revela-Se na Encarnação e na Páscoa do Filho de
Deus, e como que «explode» no Pentecostes para prolongar, no tempo e no espaço, a missão de Cristo Senhor. O Espírito
constitui assim a Igreja como fluxo de vida nova, que circula dentro da história dos homens."
Sempre, quando intervém, o Espírito nos deixa maravilhados. Suscita eventos cuja novidade causa admiração; muda radicalmente as pessoas e a história. Esta foi a experiência inesquecível do Concílio Ecuménico Vaticano II, durante o qual, sob a
guia do mesmo Espírito, a Igreja redescobriu como constitutiva de si mesma a dimensão carismática: «O Espírito Santo não
só santifica e conduz o Povo de Deus por meio dos sacramentos e ministérios e o adorna com virtudes, mas “distribuindo a
cada um os Seus dons como Lhe apraz” (1 Cor 12, 11), distribui também graças especiais entre os fiéis de todas as classes, as
quais os tornam aptos e dispostos a tomar diversas obras e encargos, proveitosos para a renovação e cada vez mais ampla
edificação da Igreja» (Lumen gentium, 12).
Abri-vos com docilidade aos dons do Espírito! Acolhei com gratidão e obediência os carismas que o Espírito não cessa de
dispensar! Não esqueçais que cada carisma é dado para o bem comum, isto é, em benefício de toda a Igreja!
Pela sua natureza, os carismas são comunicativos e fazem nascer aquela «afinidade espiritual entre as pessoas» (cf. Christifideles laici, 24) e aquela amizade em Cristo que dá origem aos «movimentos». A passagem do carisma originário ao movimento acontece pela misteriosa atração exercida pelo Fundador sobre quantos se deixam envolver na sua experiência espiritual. Desse modo, os movimentos reconhecidos oficialmente pelas autoridades eclesiásticas propõem-se como
formas de auto-realização e reflexos da única Igreja.
No nosso mundo, com frequência dominado por uma cultura secularizada que fomenta e difunde modelos de vida sem Deus,
a fé de muitos é posta à dura prova e, não raro, é sufocada e extinta. Percebe-se, então, com urgência a necessidade de um
anúncio forte e de uma sólida e aprofundada formação cristã. Como é grande, hoje, a necessidade de personalidades cristãs
amadurecidas, conscientes da própria identidade baptismal, da própria vocação e missão na Igreja e no mundo! E eis, então,
os movimentos e as novas comunidades eclesiais: eles são a resposta, suscitada pelo Espírito Santo, a este dramático desafio
do final de milénio. Vós sois esta resposta providencial.
Jesus disse: «Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero Eu senão que ele já se tenha ateado?» (Lc 12, 49); enquanto a Igreja
se prepara para cruzar o limiar do terceiro milénio, acolhamos o convite do Senhor, para que o Seu fogo se propague no
nosso coração e no dos irmãos."Vinde Espírito Santo, vinde e renovai a face da terra! Vinde com os vossos sete dons! Vinde
Espírito de vida, Espírito de verdade, Espírito de comunhão e de amor! A Igreja e o mundo têm necessidade de Vós. Vinde
Espírito Santo e tornai sempre mais fecundos os carismas que concedeis. Reavivai o empenho cristão no mundo. Tornai-os
corajosos mensageiros do Evangelho, testemunhas de Jesus Cristo ressuscitado, Redentor e Salvador do homem. Fortalecei o
seu amor e a sua fidelidade à Igreja.
A Maria, primeira discípula de Cristo, Esposa do Espírito Santo e Mãe da Igreja, que acompanhou os Apóstolos no primeiro
Pentecostes, dirigimos o nosso olhar para que nos ajude a aprender do seu sim a docilidade à voz do Espírito.
Hoje, Cristo repete a cada um de vós: «Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a todas as criaturas» (Mc 16, 15). Ele
conta com cada um de vós, a Igreja conta convosco. «Eis — assegura o Senhor — Eu estarei sempre convosco, até ao fim do
mundo» (Mt 28, 20).
Amém!"
(Retirado do: Discurso do Papa João Paulo II aos participantes do congresso mundial dos movimentos eclesiais,27.05.1998)
C AMINHANDO
P ÁGINA 3
Vaticano: Francisco recebeu crianças e fez convite «a
encontrar a luz»
A iniciativa «Pátio das Crianças» contou com cerca de 500 crianças da
periferia de Nápoles e Roma
Na Cidade do Vaticano a 31 maio 2014, o Papa Francisco recebeu
cerca de 500 crianças da periferia de Nápoles e Roma, numa organização do Pontifício Conselho para a Cultura, no âmbito da iniciativa
“Pátio das Crianças” e convidou à confiança no Amor de Deus.
“Quando estamos na escuridão, caminhamos em direção à luz. Mas
dentro de nós: sempre. E todos nós temos a possibilidade de encontrar a luz”, afirmou o Papa, reforçando o conceito de Deus como
“amor”.
Através de perguntas e respostas Francisco explicou que as catacumbas são sinónimo de trevas e que a escuridão é feita para a luz – luz que está dentro de nós, que nos dá alegria e esperança.
“Quando o Apóstolo João, que era muito amigo de Jesus, queria dizer quem era Deus, sabem o que ele disse? “Deus é
amor”. E nós vamos rumo à luz para encontrar o amor de Deus.”
“Mas o amor de Deus também está dentro de nós, nos momentos escuros? Sim, sempre. O amor de Deus jamais nos abandona. Está sempre connosco. Tenhamos confiança neste amor”, disse o Papa Francisco perante 500 crianças de seis escolas
onde é elevado o risco de abandono escolar.
RV/SN, agência Ecclesia
Como crianças diante de uma prenda
A verdadeira paz é uma pessoa: o Espírito
Santo. «É um dom de Deus» para ser acolhido e conservado, exactamente como «faz uma criança quando recebe uma prenda». Contudo, atenção, às várias «pazes» que o mundo oferece, propondo as falsas seguranças do dinheiro, do poder e da
vaidade: estas são «pazes» só aparentes e incertas. Foi precisamente para viver a paz verdadeira que o Papa Francisco sugeriu alguns conselhos práticos. Ponto de partida da sua meditação foram as palavras do discurso de despedida de Jesus aos
seus discípulos, descritas no Evangelho de João (14, 27-31): «Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz». A paz «é um dom
que ele nos dá antes de se despedir, é um presente antes de ir rumo à paixão». Mas, advertiu, Jesus «é claro quando diz que
a sua paz não é a que o mundo dá». De facto, «é outra paz». A paz do mundo «é um pouco superficial», é «uma paz que não
chega ao fundo da alma». Por isso «é uma paz» que proporciona «uma certa tranquilidade e até uma determinada alegria»
mas só «até a um certo nível». Por exemplo, a «paz das riquezas». Mas é o próprio Jesus quem nos recorda para não
«confiar nesta paz, porque nos diz com grande realismo: reparai que existem ladrões! E eles podem roubar as vossas riquezas!». Eis porque o dinheiro não nos dá uma paz definitiva».
Outra paz do mundo é o poder, prosseguiu o Santo Padre. Herodes encontrava-se
nesta situação quando chegaram os magos e lhe anunciaram o nascimento do rei de
Israel e «a sua paz acabou naquele mesmo instante». Em confirmação de que «a paz
do poder não funciona: um golpe de Estado leva-a embora de repente!».
O terceiro tipo de paz que o mundo dá é a «vaidade». Todavia, esta também «não
é uma paz definitiva, porque — advertiu o bispo de Roma — hoje és estimado,
amanhã serás insultado!».
E de que modo «se recebe a paz do Espírito Santo?», perguntou-se o Papa. Primeiramente «no baptismo, porque vem do Espírito Santo, e também na crisma». O
Espírito Santo está dentro de nós e devemos conservá-lo sem o fechar, senti-lo, e
pedir-lhe ajuda».
Para verificar que tipo de paz vivemos, sugeriu o Pontífice, «podemos fazer esta
pergunta: prefiro a paz que me dá o mundo, a do dinheiro, do poder e da vaidade?». A paz de Cristo é definitiva: só é necessário recebê-la como crianças e conservá-la». O Senhor nos ajude a compreender isto, foi o pedido conclusivo de Francisco.
Publicado no L'Osservatore Romano, ed. em português, n. 21 de 22 de Maio de 2014
P ÁGINA 4
C AMINHANDO
Procissão da Luz na cidade da Virgem – encerramento
do mês de Maria
No final da Eucaristia Carismática celebrada na Igreja do Bonfim no 4º
sábado do mês de Maio, o Sr. Padre Nuno Antunes desafiou toda a comunidade carismática a participar activamente na “Procissão da Luz na cidade
da Virgem”, salientando a necessidade de todas as paróquias da cidade do
Porto se unirem na expressão da fé a Cristo e a Nossa Senhora num contexto de profundo desânimo motivado pela crise actual a todos os níveis,
mas também de uma preocupante indiferença e até desrespeito, por parte
da maioria da população do Porto, pelo papel de evangelização e de ajuda
aos mais desfavorecidos da cidade que a diocese e as demais instituições de
caridade cristãs portuenses têm feito sem dar descanso.
O Grupo de Jovens do RCC Porto respondeu positivamente a este desafio, sem qualquer hesitação e com muita alegria, no que representou uma
clara afirmação de um sentimento de profundo amor, estima, respeito e
reverência pela Virgem Maria, tal como ela deu o seu “sim” quando lhe foi
incumbida a missão de ser a Mãe de Deus. Participar nesta procissão, presidida pela primeira vez pelo novo Bispo do Porto, D. António Francisco
dos Santos, foi para nós, carismáticos, um privilégio e uma bênção, até porque ainda há um mês ele teve a iniciativa
de se dar a conhecer e conhecer o dinamismo do louvor a Deus pela força do Espírito Santo, naquilo que foi um momento inesquecível da XXXIX Assembleia Diocesana do RCC da Diocese do Porto.
Participaram muitas pessoas na procissão, talvez cerca de 10 mil pessoas, mesmo no coração da cidade, num percurso com começo e término no largo da Igreja da Trindade, e que contou com a colaboração de acólitos, escuteiros, sacerdotes e leigos das várias paróquias da cidade. Ali todos, pedras vivas do Templo do Senhor, com as velas
acesas, rezamos juntos o terço, com a Virgem, Mãe de Deus e Nossa Mãe, sempre a amparar a nossa caminhada pelas ruas de uma cidade que é palco de uma desintegração profunda a todos os níveis, motivada por influências malignas que provocam a ocorrência de diversos crimes; pela oração, renovámos as preces para que aqueles que não comungam da fé cristã se deixem iluminar pela Luz de Cristo e tornem a “antiga, mui nobre, sempre leal e invicta”
cidade do Porto numa cidade viva e cheia da força do Espírito Santo, para que a violência, o desespero e o desânimo
não tenham aí mais lugar e o espírito de união tão característico da cidade de outrora seja restaurado.
No regresso da procissão ao largo da Igreja da Trindade, entoou-se um cântico de consagração de todas as paróquias da cidade à Nossa Senhora, e a seguir o bispo D. António transmitiu uma mensagem de esperança aos que estiveram presentes, com o compromisso de uma máxima dedicação à sua missão com o povo de Deus que vive nesta
cidade, recebendo ainda uma palavra, por parte de um dos padres que de seguida tomou a palavra, de afecto e de
reconhecimento de que a comunidade cristã precisa do seu bispo para ajuda-la a caminhar neste tempo de turbulência e de terramotos sociais, com o pedido especial de que o bispo presida todos os anos a esta procissão. Ficou patente o carinho e a admiração que os cristãos nutrem pelo novo bispo, sempre muito afável e sorridente, e acima de
tudo com uma transparência e simplicidade incríveis que inspiram o povo a dar um novo alento à sua caminhada
com Cristo.
Que toda a comunidade cristã nunca feche os olhos aos demais problemas sociais e que, por força na união ao
amor de Cristo, sob intercessão de Nossa Senhora, todos os cristãos sejam solidários uns com os outros e a transmitir esse amor àqueles que andam afastados de Deus. Eis aqui uma chave para se concretizar a salvação do mundo que
a Santíssima Trindade deseja a todos sem excepção.
“A Luz de Cristo ilumine a terra inteira! Aleluia! Aleluia!”
(A.R)
C AMINHANDO
P ÁGINA 5
E COS DA ASSEMBLEIA DE M AIO
XXXIX ASSEMBLEIA RCC - PORTO
De 9 a 11 de maio 2014 teve lugar na diocese do Porto a XXXIX assembleia anual do Renovamento Carismático, com o tema "Vós sois a luz do mundo; não pode esconder uma cidade
edificada sobre o monte." Mt.5,14. Esta foi orientada pelo Assistente diocesano de Portalegre-Castelo Branco, Pe. Alberto Tapadas.
Começou por convidar, através de Pe.2,1-9, cada um de nós a ser criança, a viver sem preocupações de gente adulta.
Enquanto cristãos rezamos muito pouco. Apelou para rezarmos três avé-marias. Isto é simplicidade. Torna-se um bom aperitivo e, inicialmente é saboroso mas, com o passar dos
tempos, acaba por ser pouco. Ao levarmos as três avé-marias como uma rotina seremos
capazes de discernir mais facilmente pelo bem.
Gastamos tanto tempo com coisas fúteis quando este é a maior riqueza que mede o que de
mais precioso temos - VIDA. Deus perdoa sempre e esquece. Há que optar pelo bem em
palavras e obras, nunca esquecendo a medida certa -AMOR.
Deus fez-nos livres e, quando fazemos as nossas orações, Ele coloca-nos á prova porém, só
permanece quem tiver a marca do amor.
A FÉ funciona como a luz, ou seja, não vemos mas faz-nos ver. Foi aqui que o Pe. Alberto,
falou dos quatro F que cada um deve ser: FIRME; FORTE;FIEL e FELIZ. Só assim, permitimos que se faça a vontade de Deus em nós. Viveremos, assim, plenamente pela FÉ que recebemos.
No início da tarde, fomos agraciados pela presença de D. António Francisco, que na sua
simplicidade pediu á assembleia que o abençoasse e, abençou a mesma. Disse ainda que o
Papa Francisco dissera para transmitir ao RCC " Diga aos membros do RCC que os amo
muito." Para finalizar, disse ainda que todos somos necessários e imprescindíveis. Porque o
tempo não permitiu mais a sua presença entre nós, o bispo D. António, ausentou-se sorrindo para a assembleia.
No segundo ensinamento, o Pe. Alberto, iniciou dizendo que a família e paróquia deviam alegrar-se com a nossa mudança, só que, são eles que nos
atrapalham.
O Espírito Santo e Nossa Senhora, são uma dupla imbatível pois, têm pureza no coração e no olhar. Começamos a rezar mais; amar mais a igreja; a
darmo-nos aos outros que é aquilo que a profundidade da fé exige. No RCC deixamos que o Homem novo apareça pela efusão - cf EF.5,8 << Porque
noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.>>
Sendo, cada um de nós, filhos de Deus há que Lhe pedir que nos mostre devagarinho, com toda a ternura; carinho e misericórdia que só o Pai sabe.
Quando Deus nos chama a alguma coisa deveríamos estar mais vazios;
A Igreja como Comunhão
mais limpos e mais disponíveis para Ele se encher de nós.
Jesus diz-nos << Eis que estou á porta e bato.>> Isso em nós é uma
constante conversão que vais até á eternidade. Para tal acontecer, o Senhor terá que nos peneirar e, tudo é fruto do amor qu'Ele tem por cada
um de nós.
No nosso exame de consciência, façamos a seguinte pergunta:
" QUE BEM É QUE FIZ HOJE?
Isto sim, é um bem mais simples existindo mudança das pequenas coisas
pois, Jesus entrou.
Sendo filhos da luz teremos que estar alerta das provações. Somos livres
e isto, exige o amor e, o mais difícil é deixar-se amar. Deus deixa-nos
livres!
Para isso, teremos que ser humildes e o profeta Is. 45, 9-13 ajuda-nos
neste caminho de conversão contínua.
A arrogância; a mentira e o orgulho do ser humano dificultam-no neste
caminho. O medo, por sua vez, faz o ser humano perder, quando o Senhor é tudo. Pode até parecer pouco, mas do pouco com Deus é muito!
É aí que surge a gratidão. Quando Jesus entra ficamos a ganhar. Queres
entregar-Me tudo? Ás vezes, caímos em rasteiras, mas sejamos verdadeiros e estas coisas deixarão de meter medo.
Para encerrar este leque de ensinamentos Pe. Alberto referiu que a luz que a humanidade tem de ser é o facto de cada um dar conselho e palavra ao
outro. A nossa casa é o local onde alguém isto.
Se o outro souber que tem alguém á sua esperar preenche o seu vazio, só Deus tem o tamanho do vazio que está em nós.
Jesus conduz-nos á sua igreja e o louvor é o maior dom da Santíssima Trindade. Cristão é luz e esta incomoda os outros, contudo a nossa vontade de
supera tudo. Nunca podemos obrigar, porém a forma como vivemos é fruto da fé. Em Deus nada se impõe, propõe-se, até porque, as coisas mais valiosas são livres.
A palavra de Deus é viva e eficaz. Temos que ter uma atitude orante, demonstrando a nossa fé aos outros.
Para finalizar, há que referir a participação do GJRCC nas suas dramatizações , que nos ajudou a entender melhor o tema desta assembleia. Agradecer a
todos que intercederam pela assembleia, sendi um raio de luz na mesma.
Que cada um seja, por isso, esta luz pequenina, edificada sobre os vales e colinas por onde passa.
J.L
P ÁGINA 6
C AMINHANDO
Meu Testemunho...
Estive presente na XXXIX Assembleia Diocesana do Renovamento Carismático
do Porto e posso testemunhar a alegria e as maravilhas do Renovamento…
Eu já conheço o Renovamento há bastantes anos, mas desta vez conheci-o ainda
melhor…
Quando era jovem lembro-me de ter assistido a uma parte de dois encontros,
um no auditório do Perpétuo Socorro, convidado pelo Nuno Vieira e outro num
Colégio em Gaia, integrado no grupo de jovens das Antas. Entretanto, ao longo
dos últimos vinte anos estive presente em vários fins de semana em Fátima promovidos pelo Renovamento…
Tive ocasião de conhecer o Padre Emiliano Tardif uma vez (autor dos livros
«Jesus Está Vivo» e «Volta ao Mundo Sem Bagagem») e duas vezes o Padre Rufus
Pereira, a última das quais há cerca de três anos com a minha irmã Ana…
Costumava testemunhar que gostava muito do Renovamento e que se sentia uma
fé mais viva, como a dos Franciscanos e dos Dominicanos na Idade Média….
Gostei também muito da Comunidade Emanuel, com quem fui a Paray-le-Monial (a cidade do Sagrado Coração de Jesus, em
França) em princípios de Agosto de 1995…
Um casamento realizado um pouco longe do Porto distanciou-me, e, entre outras circunstâncias, não me permitiu aproximar-me mais do Renovamento nessa altura e, em particular, da Comunidade Emanuel. Anos volvidos, de regresso ao Porto
e com o casamento a não correr bem, nestes últimos sete anos, assisti de vez em quando aos encontros do grupo de oração
da D. Almerinda a que a minha mãe me levava…
Mas esta Assembleia foi diferente… Diferente pelas condições difíceis da minha vida…
Gostei muito do orador convidado, o Padre Alberto Tapadas, de Portalegre, ainda bastante novo, mas com uma experiência
espiritual muito rica e “especial”, que só vi no Renovamento. Eu acreditava profundamente no Renovamento mas andava um
pouco sozinho, perto e longe ao mesmo tempo, agora depois desta Assembleia creio mais ainda…
Desta vez, assisti a quase toda a Assembleia… Só cheguei um bocadinho atrasado nas manhãs de Sábado e de Domingo, o
que não quebrou o essencial dos ensinamentos e de ver, sentir, observar e tomar parte do Renovamento em ação.
O Dr. José Luís testemunhou na Noite de Sábado, no momento da oração de louvor e intercessão que via em seu coração
uma pessoa e depois mais pessoas que estavam numa casa escura, em casas escuras e que depois ficavam iluminados.
Parece-me que me aconteceu algo do género. Nessa oração de louvor e intercessão senti um calor muito grande no peito.
No dia seguinte, de manhã, sentia o meu corpo como que ‘iluminado’ no regresso à Assembleia…
Talvez devido às circunstâncias difíceis da minha vida, desta vez, senti de uma maneira mais forte, mais profunda, mais envolvente a maravilha do Renovamento em ação…
Se estava com dúvidas sobre certo problema grande da minha vida, quase insolúvel para mim, fiquei com alguma certeza
depois deste fim de semana e espero com alguma serenidade uma solução esperada.
Gostei muito, de igual forma, do tema desta Assembleia… «Vós Sois a Luz do Mundo… Não Se Pode Esconder Uma Cidade Situada Sobre Um Monte…» uma palavra muito própria e que me atrai bastante… do Evangelho de São Mateus…
Obrigado a todos… Obrigado Assembleia… Obrigada Renovamento…!! (Luís Miguel Serra Fernandes)
Falecimento do PAdre José Lapa
Na Casa dos Missionários Espiritanos, em Lisboa, faleceu na manhã do dia 19 de maio,
o Padre Espiritano José da Lapa. Natural de Sedielos, concelho da Régua, ia fazer,
dentro de poucos dias, 88 anos.
Foi introdutor em Portugal do movimento do Renovamento Carismático Católico, em
1974, com a criação, em Fátima, de Grupo de Oração Pneumavita, que depois, com a
concordância do Cardeal Patriarca António Ribeiro, se transferiu para Lisboa, onde
permaneceu ativo ao longo destes 40 anos.
O Padre Lapa foi, ininterruptamente, o orientador espiritual de Pneumavita.
Foi também, desde os primeiros tempos do RCC em Portugal, o organizador e animador, em Fátima, de uma Assembleia anual do Renovamento Carismático, aberta a todas as Dioceses. Esta Assembleia
anual continua a realizar-se regularmente, animada por Pneumavita, e tem contado com inúmeros e muito qualificados oradores sagrados.
Foi ainda o fundador da revista Pneuma, cuja orientação é precisamente a de apoiar a espiritualidade carismática.
Pneumavita
C AMINHANDO
P ÁGINA 7
P RECISA - SE
Eu preciso de alguém ...
Que me olhe nos olhos quando falo.
Preciso de alguém que ouça as minhas tristezas e neuroses com
paciência e, mesmo que não me compreenda, respeite os meus sentimentos ...
Preciso de alguém que passe, ao menos de vez em quando,
junto de mim, que esteja ao meu lado sem precisar de ser convocado.
Preciso de alguém suficientemente amigo para dizer-me as verdades, mesmo as que não quero ouvir, e, até sabendo
que posso ficar irritado com isso.
Preciso, neste mundo de loucos, de alguém que creia nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: A
Amizade.
Preciso de alguém que teime em ser leal, simples e justo.
Preciso de alguém que não se afaste mesmo se eu um dia perder o meu ouro e a atenção dos outros. Preciso de um
amigo que receba também o meu auxilio, a minha mão estendida mesmo que isso seja muito pouco para as suas necessidades.
Preciso de um amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, lutas e alegrias.
Preciso de um amigo que no meio da tempestade, grite em coro comigo: "Nós ainda vamos rir muito disto ..."
Preciso: de ti
Almanaque 2014, Boa Nova
C ANTINHO
DO
L EITOR
Vinde, Espírito Santo!
Vinde, Espírito Santo, que cria a vida,
enchei-nos com a Vossa força.
A Vossa Palavra criadora chama-nos à vida:
dai-nos agora o sopro de Deus.
Vinde, consolador, que dirige o nosso coração,
Vós, conselheiro que ofereceis o Pai;
de Vós provém a vida, a luz e a felicidade,
a nós, fracos, dai-nos força e coragem.
Senhor, preciso do vosso Espírito.
Senhor
preciso do vosso Espírito,
daquela força divina que transformou tantas,
personalidades humanas,
tornando-as capazes de gestos extraordinários
e de vidas extraordinárias.
Dai-me esse Espírito que, procedendo de Vós e voltando a Vós,
Santidade infinita,
é um Espírito Santo.
dai-me aquele Espírito
que tudo perscruta, tudo segure e tudo ensina,
que me fortalecerá,
para suportar aquilo que ainda no suporto.
Aquele Espírito
que transformou frágeis pescadores da Galileia
em colunas da vossa Igreja
e em Apóstolos que deram o supremo testemunho
de amor aos irmãos
com o holocausto da própria vida.
Devocionário, "Vinde, espírito Santo", Pe. Pedro
Arrupe
A N ÃO E SQUECER ...
Vós sois enviado de Deus Todo-Poderoso
no fogo e na Tempestade;
Vós abris a nossa boca emudecida
e dais a conhecer a verdade ao mundo.
Inflamai sentido e alma,
para que o amor irradie o nosso coração
e para que a nossa fraca carne
faça o bem com a Vossa força.
Afastai o poder do mal,
dai sempre a Vossa paz.
Conservai-nos nos caminhos retos,
para que o maligno não nos possa fazer mal.
Deixai-nos ver o Pai com fé,
compreender o Filho, Sua imagem,
e confiar em Vós, que nos invadis
e que nos dais a vida de Deus.
Ao Pai no Reino eterno,
e ao Seu Filho ressuscitado,
a vós, sopro de Deus, Espírito Santo,
Louvores na Terra e nos Céus eternos. Ámen.
YOUCAT - Oração para os Jovens, São Rábano
Mauro
Assembleia de Julho
 20 de Julho 2014, pelas 10.00hr, Casa Diocesana de Vilar.
Eucaristia Sábado
 28 de Junho 2014,pelas 21.30hr, Igreja do Bonfim.
Aniversários:
 11 de Junho 2014, Aniversários dos Grupos de Oração Paz e Alegria, Nova Jerusalém
e Bom Pastor,pelas 21.00, Eucaristia no Salão Paroquial de S. João da Madeira.
 2 julho 2014,21º Aniversário do grupo de Oração Pedras Vivas, pelas 21h.30, Eucaris-
tia celebrada pelo Sr. Padre José Manuel no Salão Paroquial, junto à Igreja de Coimbrões.
Organização
Grupo de Jovens
RCC Porto
Casa Diocesana de Vilar
Rua Arcediago Van Zeller, 50
4050-621 - Porto
[email protected]
http://www.rccporto.com