Relatório Missão Sindical
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Relatório Missão Sindical
Relatório Missão Sindical Grupo Metalmecânico-RJ Japão (Nagoya e Tokyo) 2014 MOVIMENTO SINDICAL FIRJAN GRUPO METALMECÂNICO - RJ Sindicatos Associados ao Sistema FIRJAN SISTEMA FIRJAN PRESIDENTE Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira Diretoria Regional do SENAI-RJ Diretora Superintendente do SESI-RJ Maria Lucia Telles Diretoria Executiva de Relação com Associados Ricardo Carvalho Maia Diretoria de Educação Andrea Marinho Gerência do Movimento Sindical Angela Cunha Gerência de Educação Profissional Edson Melo Centro Internacional de Negócios Amaury Temporal Gerência Internacional de Negócios João Paulo Alcântara Gomes SUMÁRIO 1.. APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 5 2..INTRODUÇÃO.............................................................................7 3..INTEGRANTES DA MISSÃO SINDICAL.......................................11 4..ETAPAS E PROGRAMAÇÃO DA MISSÃO SINDICAL......................13 4.1. VISITAS TÉCNICAS A EMPRESAS............................................................14 4.1.1. YAMAZAKI MAZAK CORP.....................................................................14 4.1.2. TOYOTA MOTOR CORP........................................................................16 4.1.3. MURATEC MURATA MACHINERY LTD..................................................18 4.1.4. MAKITA................................................................................................20 4.1.5. TOYODA GOSEI....................................................................................22 4.1.6. KTX CORPORATION..............................................................................24 4.2. INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO................................................................26 4.2.1. HIDA AOTS (Instituição de Treinamento Gerencial)............................26 4.2.2. NAGOYA VOCATIONAL TRAINING INSTITUTE OF AICHI PREFECTURE..................................................................................................28 4.2.3. KANA TECH COLLEGE EAST..................................................................31 4.3. FEIRA TÉCNICA E MUSEU TOYOTA.........................................................36 4.3.1. JIMTOF 2014 – JAPAN INTERNATIONAL MACHINE TOOL FAIR............36 4.3.2. TOYOTA MUSEUM OF INDUSTRY AND TECHNOLOGY.........................39 5..REUNIÃO EMPRESARIAL JSMEA – Japan Ship Machinery and Equipment Association.................................................................43 6..CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................45 FICHA TÉCNICA Projeto Gráfico e Editoração Lienice Silva de Souza (GCR) RevisãoAlexandre Rodrigues Alves 1 Apresentação O Sistema FIRJAN, parceiro das indústrias do Estado do Rio de Janeiro na busca pelo desenvolvimento das empresas fluminenses, alinhado com os movimentos empresariais mundiais, vem desenvolvendo ações em prol da mobilização e conscientização do empresariado, visando o fortalecimento das indústrias e, por consequência, do Estado do Rio de Janeiro. Corroborando esse movimento crucial de crescimento do Rio de Janeiro, os levantamentos realizados pela FIRJAN e publicados na Decisão Rio 2014 – 2016 apontam investimentos públicos e privados, de origem nacional e estrangeira, da ordem de R$ 235,6 bilhões. Deste total, 17,2% (R$ 40,5 bilhões) correspondem a investimentos na indústria de transformação que, somados aos R$ 143,0 bilhões das atividades de Petróleo e Gás, totalizam R$ 183,5 bilhões (77,89%) correspondendo aos investimentos industriais, o que representa uma excelente oportunidade para os produtos e serviços oferecidos pelo segmento Metalmecânico e afins. Assim, estrategicamente, o Sistema FIRJAN tem congregado esforços para o fortalecimento do setor, estruturando o Grupo Metalmecânico do Estado do Rio de Janeiro (GMM), que, dentre outras atribuições, constitui as missões institucionais do segmento, com o objetivo de subsidiar o seu posicionamento do setor no competitivo e turbulento cenário mundial. Em 2009 o GMM participou de missão ao Norte de Itália focando a importância do design de produto e o desenvolvimento da cadeia produtiva e a formação dos APLs (arranjos produtivos locais); em 2010 a Xangai, na China, quando visou conhecer o parque fabril chinês e sua metodologia de trabalho, envolvendo empresas de vários portes; em 2011 a Hannover, na Alemanha, quando objetivou conhecer aplicação do Sistema Dual de Educação Profissional e a importância da política de investimentos em Centros de Tecnologia de Produção; em 2012 à Ásia, englobando China e Coreia do Sul, quando o foco foi avaliar a Política de Desenvolvimento e Inovação sul-coreana e compreender o Processo de Formação Técnica Profissional sul-coreano, englobando a política de Certificação Profissional coreana; em 2013 à Alemanha, contemplando Hannover e Stuttgart, a fim de compreender a regulamentação –5– e os processos ligados a Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos na Europa. Em 2014, a missão ao Japão contemplou as cidades Nagoya e Tokyo; o presente relatório pretende apresentar detalhes que possam subsidiar estudos, estratégias e ações em prol do segmento metalmecânico do Estado do Rio de Janeiro. Assim, com esse propósito, tendo como tema principal o Sistema Toyota de Produção e por consequência o Lean manufacturing, também conhecido como “produção enxuta”, que foi baseado no Sistema Toyota de Produção, a Missão Sindical ao Japão englobou visitação à feira técnica mais importante do setor de processamento de metais no Japão (JIMTOF 2014 – JAPAN INTERNATIONAL MACHINE TOOL FAIR), a duas instituições de educação profissional (NAGOYA VOCATIONAL TRAINING INSTITUTE OF AICHI PREFECTURE e a KANA TECH COLLEGE EAST), a empresas do segmento (MAZAK, TOYOTA MOTOR, MURATEC, TOYODA e KTX), ao museu da Toyota, à instituição HIDA, entidade promotora de treinamento gerencial, além da reunião empresarial junto à JSMEA – associação dos fabricantes japoneses de máquinas e equipamentos para embarcações e plataformas de petróleo. –6– 2 Introdução Este relatório visa consolidar os resultados da Missão Sindical do Grupo Metalmecânico ao Japão, realizada entre os dias 28 de outubro e 04 de novembro de 2014 esta missão é parte do trabalho desenvolvido ao longo dos anos pela FIRJAN junto ao empresariado do setor industrial do Rio de Janeiro, promovendo diversas ações de aproximação das empresas, sindicatos, setor público, instituições e comunidade. Estes são os principais objetivos da missão sindical: • Compreender o modelo de desenvolvimento industrial japonês; sua dinâmica, estrutura, práticas de fomento bem-sucedidas, modelo de formação técnica profissional, a utilização dos centros de tecnologia etc; • Identificar e acessar as melhores práticas relacionadas a melhoria e inovação de produtos e processos; • Disseminar a teoria e compreender na prática os conceitos de gestão dos processos produtivos à luz do modelo japonês (lean manufacturing); • Acessar as próximas tendências tecnológicas relacionadas à cadeia metalmecânica do Japão; • Visitar as referências industriais e institucionais da cadeia metalmecânica japonesa; • Identificar e estreitar relações com potenciais parceiros internacionais. Para atender aos objetivos listados, a missão foi dividida em duas etapas: 1ª Etapa A primeira etapa englobou atividades no período de 28 de outubro a 1º de novembro em Nagoya; foi focada nas visitas técnicas às empresas, à entidade promotora de treinamento gerencial HIDA e à escola de formação profissional NAGOYA VOCATIONAL TRAINING INSTITUTE OF AICHI PREFECTURE, além da visita ao museu da Toyota. –7– 2ª Etapa A segunda etapa contemplou o período de 1º a 4 de novembro em Tokyo. Durante essa etapa tivemos a seguinte programação: • Visitas técnicas à feira de processamento de metais: »» JIMTOF 2014 – JAPAN INTERNATIONAL MACHINE TOOL FAIR • Visitas técnicas à instituição de educação profissional: »» KANA TECH COLLEGE EAST • Reunião empresarial com potencial parceiro internacional: »» JSMEA - JAPAN SHIP MACHINERY AND EQUIPMENT ASSOCIATION A Figura 1 ilustra a localização no Japão das cidades de Osaka, Nagoya e Tokyo; Osaka foi a cidade de entrada dos integrantes da missão no Japão. Figura 1 – Localização no Japão das cidades de Osaka, Nagoya e Tokyo, tendo Osaka como cidade de entrada dos integrantes da missão no Japão. Além das visitas às empresas terem favorecido compreender na prática os conceitos de gestão dos processos produtivos à luz do modelo japonês (lean manufacturing), cabe destacar a visita à HIDA, entidade que tem por objetivo promover a cooperação técnica entre o Japão e países em desenvolvimento, por meio de atividades de treinamento gerencial e técnico. Foi identificada pelos integrantes a possibilidade de parcerias e intercâmbios que possam –8– atender aos interesses de ambas as instituições, assim contribuindo para o desenvolvimento econômico mútuo e relações amigáveis entre o Japão e o Brasil, em um tema de suma importância para as indústrias fluminenses, no tocante à necessidade global de organização do processo produtivo de forma mais eficiente possível, objetivando atender às expectativas dos clientes (qualidade, preço e prazo de entrega), aproveitar economias de escala, reduzir custos e manter elevados níveis de qualidade da produção. Outro destaque foi a reunião com a JSMEA – associação dos fabricantes japoneses de máquinas e equipamentos para embarcações e plataformas de petróleo, que estreitou o relacionamento com empresas japonesas interessadas em parcerias no mercado brasileiro, não só porque empresas japonesas estão se associando a estaleiros no Brasil mas também considerando a política de conteúdo local, porque essas empresas buscam instalar seus fornecedores tradicionais no Brasil. O presente relatório apresentará detalhes da programação, destacando o que houve de maior importância para o desenvolvimento do segmento no Estado do Rio de Janeiro e relacionando experiências vivenciadas pela missão do GMM ao Japão. –9– 3 Integrantes da Missão Sindical De forma sistematizada, a visita congregou os principais atores do setor Metalmecânico de todas as regiões do Estado do Rio de Janeiro, envolvendo 8 dos 9 sindicatos do setor, que constituem o GMM (Grupo Metalmecânico do Estado do Rio de Janeiro): SIMME, SINDMMEP, SINDMETAL, SINMETAL, METALSUL, SINDMEC, SIMMMERJ e SIMMEC, conforme Quadro 1. Destaca-se, ainda, a participação na missão sindical do Presidente e do Diretor Executivo de Relação com Associados da FIRJAN, conforme listados no Quadro 2. QUADRO 1 – INTEGRANTES EMPRESARIAIS Sindicato das Indústrias Metalúrgicas do Município do Rio de Janeiro – SINMETAL Diretor Carlos Fernando Coutinho Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, Automotivas, de Informática e de Material Eletroeletrônico do Médio Paraíba e Sul Fluminense – METALSUL Presidente Adriana Cristina Silva Luiz Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Petrópolis – SINDMMEP Presidente Waultraud Keuper R. Pereira Gastão Reis R. Pereira Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Campos – SINDMEC Presidente Luiz Eduardo Boynard de Faria Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado do Rio de Janeiro – SIMMMERJ Presidente Lucenil Ferreira de Carvalho Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Nova Friburgo – SINDMETAL Presidente Cláudio Tangari – 11 – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico dos Municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis – SIMMEC Presidente Orlando Soares Marques Sindicato das Indústrias Mecânicas e de Material Elétrico do Município do Rio de Janeiro – SIMME Presidente César Moreira QUADRO 2 – INTEGRANTES INSTITUCIONAIS Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira Presidente do Sistema FIRJAN Ricardo Carvalho Maia Diretor Executivo de Relação com Associados do Sistema FIRJAN Raul Eduardo David de Sanson Vice-Presidente do Sistema FIRJAN Ângela Cunha Gerente do Movimento Sindical – FIRJAN Marcus Vinicius Schetino Marinho Especialista em Projetos Internacionais Edson Melo Gerente de Educação Profissional – SENAI Rio – 12 – 4 Etapas e Programação da Missão Sindical Conforme destacado inicialmente, a primeira etapa ocorreu no período de 28 de outubro a 1º de novembro em Nagoya, englobando as visitas técnicas às empresas, à entidade promotora de treinamento gerencial HIDA e à escola de formação profissional NAGOYA VOCATIONAL TRAINING INSTITUTE OF AICHI PREFECTURE, além da visita ao museu da Toyota. A segunda etapa contemplou o período de 1º a 4 de novembro em Tokyo, incluindo na programação visita técnica à feira de processamento de metais JIMTOF 2014 e visita à instituição de educação profissional KANA TECH COLLEGE EAST. Desta forma, foram proporcionados aos integrantes da missão conhecimento e vivências relacionadas ao segmento metalmecânico alinhados aos objetivos elencados para esta missão sindical. Veja no Quadro 3 a programação, a ser detalhada adiante: QUADRO 3 – PROGRAMAÇÃO DIÁRIA DA MISSÃO SINDICAL DATA DENOMINAÇÃO 28/10/2014 Empresas: YAMAZAKI MAZAK CORP TOYOTA MOTOR CORP 29/10/2014 Empresas: MURATEC MURATA MACHINERY LTD MAKITA 30/10/2014 Empresas: TOYODA GOSEI KTX CORP 31/10/2014 01/11/2014 02/11/2014 Entidade treinamento gerencial e técnico: HIDA AOTS Instituição de formação profissional: NAGOYA VOCATIONAL TRAINING INSTITUTE OF AICHI PREFECTURE Museu: TOYOTA MUSEUM OF INDUSTRY AND TECHNOLOGY Visitas técnicas a feira de processamento de metais: JIMTOF 2014 – JAPAN INTERNATIONAL MACHINE TOOL FAIR Reunião empresarial com potencial parceiro internacional: JSMEA - Japan Ship Machinery and Equipment Association 03/11/2014 Visitas técnicas a feira de processamento de metais: JIMTOF 2014 – JAPAN INTERNATIONAL MACHINE TOOL FAIR 04/11/2014 Instituição de formação profissional: KANA TECH COLLEGE EAST – 13 – A seguir está o detalhamento das visitas técnicas realizadas nesta etapa da missão. 4.1. VISITAS TÉCNICAS A EMPRESAS Os integrantes da missão tiveram a oportunidade de visitar seis empresas do segmento: MAZAK, TOYOTA MOTOR, MURATEC, MAKITA, TOYODA e KTX. Em todas, foi adotada a seguinte sistemática: 1. Recepção à delegação empresarial oficial da FIRJAN, geralmente em uma sala de reuniões dotada de equipamentos de projeção multimídia, quando ocorre a apresentação oficial da empresa visitada ao grupo de empresários. Durante essa apresentação algumas perguntas, geralmente com foco mais empresarial, são proferidas. 2. Visita guiada pela planta da fábrica, focando preferencialmente as etapas de fabricação do principal produto industrial, quando são feitas algumas perguntas técnicas sobre mercado, aspectos financeiros, capacitação técnica, gestão da produção, investimentos em PD&I, segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, relações trabalhistas, entre outras. A seguir relatamos os destaques de cada uma das visitas técnicas a empresas japonesas. 4.1.1. YAMAZAKI MAZAK CORP A Yamazaki Mazak Corp, fundada em 1919, possui 20 fábricas, sendo 10 no Japão e as demais na Alemanha, Itália, China, Coreia do Sul etc. É uma das maiores produtoras de máquinas de corte de metal controladas por computador (máquinas operatrizes automáticas, máquinas de corte a laser, máquinas multitarefas, soft de gerenciamento de fábrica, entre outros). A delegação foi recebida na Mazak pelos seus diretores e gerente de exportação, conforme Fotos 1 e 2. Fotos 1 e 2 – Recepção da delegação na Mazak – 14 – Com vendas anuais de mais de 1,5 bilhão de euros, a empresa é uma das principais referências no mundo e possui como missão produzir equipamentos que gerem produtos finais. Em nossa visita, conhecemos o parque fabril e os postos de montagem, encerrando a visita no Centro de Aplicação Tecnológica da empresa, demonstrando sua vasta capacidade gerencial e técnica. Em relação ao processo produtivo, em função das características do que é produzido pela Mazak, é adotada a filosofia lean manufacturing na fabricação de peças e componentes; já na fabricação de máquinas o lean manufacturing é adotado de forma parcial, sempre na linha da produção enxuta. A seguir algumas fotos da Mazak: Fotos 3 e 4 – Produção da Mazak Principais clientes: indústria aeronáutica, indústria automobilística, indústria de equipamentos médicos, indústria de transporte, indústria de equipamentos de geração de energia, indústria pesada etc. Distribuição das vendas de seus equipamentos: 21% – China; 15% – USA; 13% – Alemanha; 8% – Coreia do Sul; 8% – Japão; 4% - Itália; 4% – México; 3% – Brasil; 3% – Rússia; 3% – Índia; 3% – Turquia e 12% – Outros. Como inovação, observou-se a montagem de uma fábrica no subsolo, a cerca de 17 metros de profundidade, que, por consequência, tem os seguintes ganhos: temperatura constante, redução do consumo de energia, ambiente limpo, local ideal para produção de lentes por não ter pó, iluminação led, secagem rápida, graxa no lugar de óleo e redução no consumo de energia em 55%. Destaca-se o treinamento desenvolvido na fábrica: – 15 – • 1 mês – treinamento em grupo • 1 mês – instrução em ferramenta das máquinas • 2 meses – operação das máquinas • 8 meses – dependendo da área (dando foco à necessidade de cada departamento): »» 1 mês – introdução ao CAD/CAM, »» 3 meses – treinamento em área específica para estudos, »» 1 mês – atuação em área fabril e »» 3 meses – atuação no departamento de destino. Destaques: • Possui 7.000 funcionários, sendo 4.000 engenheiros. • Jornada de trabalho de 40 horas semanais distribuídas em 8 horas por 5 dias. • Férias – 20 dias ao ano. • Em seu modelo de gestão possui tempos padrão de processo para acompanhar a produtividade dos funcionários. Foto 5 – Delegação na Mazak Website: https://www.mazak.jp/ 4.1.2. TOYOTA MOTOR CORP Uma das principais empresas de automóveis do mundo, com uma linha diversificada de veículos e principalmente idealizador do STP – Sistema Toyota de Produção, disseminado mundialmente, que foi o foco da visita empresarial, visando à compreensão in loco do modelo Toyota de produção, baseado nos princípios do Jidoka (automação), just in time (produção linear) e Kaizen (melhora contínua), sendo: • Automação – parada automática em situação anormal; – 16 – • Just in time – é uma filosofia em que o sistema de administração da produção é que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata; logo, preconiza produzir o necessário, quando necessário e na quantidade necessária. • Kaizen – refere-se à filosofia ou a práticas que incidem sobre a melhoria contínua com constantes aperfeiçoamentos em todas as atividades, processos e recursos. Como exemplo, seguindo o preconizado pelo STP – Sistema Toyota de Produção, conforme Foto 6, um funcionário da linha de produção aciona sinal de anormalidade; com isso, a linha de produção é parada até que o defeito seja identificado, corrigido e a causa sanada, mais uma vez reforçando a importância do comprometimento de todos no esclarecimento dos problemas e melhoria dos processos de operação. Na Foto 7, vê-se a linha de produção, com a flexibilidade de fabricação de produtos diferentes, neste caso cor e modelo, reforçando o STP – Sistema Toyota de Produção, de forma a adaptar Foto 6 – Um funcionário aciona sinalização de falha as mesmas máquinas aos diferentes modelos de veículos, além de criar ferramentas que proporcionam suprimento confiável de peças sem manter grandes estoques, nascendo desse ponto diversos processos de controle amplamente conhecidos. Foto 7 – Linha de produção, apresentando dois modelos de carro em fabricação na mesma linha Nas Fotos 8 e 9, exemplo da automatização e da criatividade no ambiente de trabalho. – 17 – Fotos 8 e 9 – Linha de produção da Toyota Destaques: • O funcionamento perfeito da linha de montagem inicia pela logística da entrega das peças de seus fornecedores. Para atender no Japão a Toyota possui cerca de 13 sedes de logística onde se separam as peças, são encaixotadas e enviadas para a montadora em sistema just in time. Em casos de atraso de mais de 3 horas, a linha de montagem será interrompida. • As embalagens são retornáveis; são recebidas numa sede e separadas de acordo com o fornecedor. • Os motoristas que entregam são responsáveis em dirigir as empilhadeiras e abastecer as linhas de produção e o mesmo caminhão retorna com as embalagens vazias, que são substituídas por uma nova carga a ser entregue na montadora. • A distância máxima a percorrer é de 50 km, e o volume transportado dia representa 5.218 m3, ou seja, 200 cargas por dia. Website: http://www.toyota-global.com/ 4.1.3. MURATEC MURATA MACHINERY LTD Fundada em 1935 no Japão, a empresa é fabricante de centros de usinagem e equipamentos para automação de processos, com destaque para máquinas CNC de corte de chapas a laser, bem como a linha de máquinas-ferramenta de usinagem combinadas que apoia a indústria moderna na produção de volumes por meio da combinação de carregadores de pórticos e uma ampla variedade de equipamentos periféricos com base em máquinas de alta rigidez e de alta precisão. Possui elevada experiência na indústria de peças automotivas, pelo fornecimento de sistemas de produção mais adequados às necessidades dos clientes, focando produtividade e qualidade do produto. – 18 – A seguir a Foto 10, com a recepção da delegação de empresários na empresa. Foto 10 – Empresários são apresentados à MURATEC A seguir, nas fotos da visitação dos empresários à planta da empresa, destacam-se os painéis de controle da produção. Fotos 11 e 12 – Alguns painéis de controle da produção adotados pela Muratec Fotos 13 e 14 – Empresários visitam a planta da Muratec Em relação ao processo produtivo, em função das características do que é produzido pela MURATEC, isto é, com fabricação, em muitos casos, de um exemplar do produto, é adotada a manufatura por lote único. – 19 – Fotos 15 e 16 – Exemplo do trabalho em uma célula Destaques: • Possui cerca de 6.300 funcionários no grupo, dos quais 400 trabalham em pesquisas em 34 fábricas, sendo 15 no Japão. • O recebimento dos materiais é realizado pelos próprios fornecedores, que inspecionam as etiquetas e armazenam em local definido. • Os tornos frontais e os centros de torneamento CNC são projetados especialmente para as exigências de fabricação de peças para o segmento de produção automotiva. • As máquinas de corte e conformação são as dobradeiras, as puncionadeiras e as de corte com laser. • A Murata está no Brasil desde 1973 com suas linha de produção com base em São Paulo. Website: http://www.muratec.co.jp 4.1.4.MAKITA A Makita é uma empresa japonesa, sendo a segunda maior fabricante de ferramentas elétricas do mundo. Fundada em 1915 como uma companhia de vendas e reparos de motores elétricos, ela se tornou a primeira empresa japonesa a fabricar e vender plainas elétricas. Por mais de meio século a Makita tem trabalhado para se estabelecer como uma fabricante de ferramentas elétricas portáteis e oferecer a seus clientes produtos e serviços de alta qualidade. Os empresários foram recebidos pelo gerente de administração da fábrica, como está nas Fotos 17 e 18. – 20 – Fotos 17 e 18 – Recepção na Makita No tocante ao processo produtivo, foi observada a adoção de células de manufaturas; cada célula fabrica um componente do produto. Todo equipamento necessário para fabricar o componente é mantido na célula. O processo visa reduzir principalmente o manuseio de materiais e o tempo de montagem. Os funcionários devem ter competências variadas para usar vários tipos de máquinas em tarefas repetidas. Destaques: • A Makita possui linhas de máquinas a bateria e com fio, incluindo mecanismo AVT, para minimizar impactos, e motores com quatro estágios. • Os produtos são idealizados, produzidos e testados, visando à garantia da qualidade dos produtos Makita. • A Makita adota quadro de melhorias para propiciar a participação aos funcionários, sendo de cor azul (normal), amarelo/vermelha (relacionadas com as melhorias de metas). A amarela é a ideia e a vermelha representa que a ideia já foi implementada e está em via de melhorias. As melhorias são apresentadas em quantas áreas da produção foram usadas/aplicadas. • A Makita mantém no Japão uma proposta de treinamento, objetivando produção mais eficiente, para capacitação de pessoas que possam orientar a produção nas fábricas fora do Japão. • A educação se dá de forma gradual, considerando a cultura no Japão de trabalhar na mesma empresa por muito tempo. • A educação se dá sob dois aspectos: conhecimento e prática, tendo em conhecimento abordagem nas regras da fábrica, classificação dos lixos e leitura de desenhos técnicos e o profissional terá que obter o mínimo de 80 pontos no exame. Já o aspecto prático, se dá em como apertar parafuso, conectar fio elétrico, furar chapa de ferro e no final é aplicado um exame de qualificação. – 21 – Foto 19 – Delegação na Makita Website: http://www.makita.com.sg/ 4.1.5. TOYODA GOSEI Fundada em 1949, Toyoda Gosei é uma empresa que pertence ao grupo Toyota. É o maior fabricante de peças e sistemas da montadora Toyota. As peças produzidas são enviadas para um CD – Centro de Distribuição, que faz a consolidação para abastecer as linhas de montagem da Toyota em just in time. A seguir, fotos da recepção da delegação na Toyoda Gosei, feitas pelo presidente da empresa, quando deu destaque aos três pontos que se seguem: Fotos 20 e 21 – Recpeção na Toyoda Gosei 1.BRICS – Mecanismo formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Segundo os profissionais que recepcionaram a delegação, esse grupo vai liderar o mundo daqui para frente. Foi sinalizada a oportunidade para que o Brasil aproveite essa onda. 2. Toyota no Brasil – Em 2016 será produzido o carro híbrido. 3. Uso da inteligência – A Toyoda Gosei conquistou grande prêmio de logística do Japão. – 22 – A seguir, Fotos de 22 a 25 do Centro de Distribuição. Fotos 22 a 25 – Visitação ao Centro de Distribuição Destaques: • Atua em 13 localidades, com 960 cargas por dia enviando peças à Toyota e às 18 bases. • A carga não pode atrasar por mais de 3 horas, pois a planta da Toyota pode parar. • A empresa segue fielmente o STP – Sistema Toyota de Produção, principalmente no princípio Kaizen (melhoras contínuas), que são sempre bem-vindas e incentivadas. • 54% dos colaboradores da empresa são dedicados ao transporte e 20% são de logística interna. • Todos usam o Kanban em cada caixa e todos os caminhões são atendidos em minutos. • A contratação do CD – Centro de Distribuição Logístico resolveu diversos problemas. Otimizou o uso dos caminhões, reduziu custo e da emissão de CO2, além de aumentar o volume de caixas transportadas. • Os lemas da empresa são: segurança, atuação inteligente e sistema just in time. • O fluxo é simples. Com a chegada do caminhão, o carregamento é posto em roletes transportadores inclinados, assim seguindo por gravidade. As caixas com identificação vermelha precisam ser desembarcadas. O tempo médio de carregar um caminhão é de 8 minutos, podendo ser em 4 minutos quando utilizados os dois lados de carga. • Uma carga fica no CD por volta de 2 horas, apresentando elevada rotatividade e eficiência, chegando a ser manejados 2.000 paletes por dia. – 23 – • A distância máxima a percorrer é de 50 km, e o volume transportado por dia representa 5.218 m3, ou seja, 200 cargas por dia. • Os caminhões são fechados na carroceria, sendo que abrem totalmente nas laterais, facilitando o acesso das empilhadeiras. Quando carregados, é necessário preenchimento de todo o espaço para permitir a colocação das caixas na posição vertical. Foto 26 – Delegação na Toyoda Gosei Website: http://www.toyoda-gosei.com/ 4.1.6. KTX CORPORATION A empresa KTX tem como objetivo de negócio se dedicar à utilização do processo de eletrodeposição. Esse é um processo metalúrgico no qual molda peças e objetos a partir da deposição mecânica de metal. Pelas Fotos 27 e 28 é possível observar a fachada da fábrica e a recepção aos integrantes da delegação, feita pelo presidente da empresa, Sr. Yasuyoshi. Fotos 27 e 28 – Recepção na KTX Trata-se de um método de produção ou a duplicação de produtos metálicos por eletrodeposição de níquel, cobre ou suas ligas, com espessura da camada de 1 a 5mm em um modelo/ – 24 – mandril) com excelente precisão; a seguir está foto de exemplos dos produtos desenvolvidos para a indústria automotiva por meio do processo de eletrodeposição. Foto 29 – Exemplo de itens produzidos por eletrodeposição Destaques: A empresa possui foco nos principais produtores de automóveis do mundo, tendo na liderança do ranking China (20%) e EUA (18%), seguido do Japão e do Brasil. A participação do Brasil está crescendo e com proposta de superar o Japão em 5 anos. • Possui 160 funcionários, mas a maioria sem altas especializações. • Com a crise do petróleo em 1970, investiu no desenvolvimento de eletrodeposição, mas demorou até que fosse utilizável e vendável. • Em função do processo específico, a empresa perde muito com a saída de funcionários, pois a qualificação é demorada; por isso, a empresa adota alguns benefícios, visando reter profissionais. Foto 30 – Delegação na KTX Website: http://www.ktx.co.jp/ – 25 – 4.2. INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO 4.2.1. HIDA AOTS (Instituição de Treinamento Gerencial) A entidade tem por objetivo promover a cooperação técnica entre o Japão e países em desenvolvimento por meio de atividades de treinamento gerencial e técnico. Sua missão é contribuir para o desenvolvimento econômico mútuo e relações amigáveis entre o Japão e outros países para implementação de projetos visando à promoção da internacionalização das indústrias, bem como incentivando investimentos e cooperação econômica internacional. Os integrantes da missão foram recebidos pelo Sr. Naoshi Miwa, gerente geral da HIDA, que proferiu palestra sobre a instituição, apresentando: • o modelo de capacitação técnica japonesa e sua interação com a Indústria; • a atuação da Instituição e seu papel para o desenvolvimento socioeconômico japonês; • as possibilidades de parcerias e intercâmbios existentes que possam atender aos interesses de ambas as instituições. Fotos 31 e 32 – Empresários são apresentados à HIDA pelo seu gerente geral Sr. Naoshi Miwa A HIDA é privada, mas possui estreita parceria com o governo japonês, que arca com as despesas operacionais. A instituição atende a empresas privadas mediante ressarcimento dos serviços prestados e na maioria dos casos em projetos em parceria público-privada (PPP). O foco da HIDA é o treinamento de profissionais não japoneses em gestão empresarial e técnica, essencial para o desenvolvimento do país. Os treinamentos podem ocorrer no Japão ou nas empresas em países em desenvolvimento, conforme Figuras 2 e 3, em função da parceria da HIDA com outras instituições que proporcionam o envio de especialistas ao exterior. – 26 – Figuras 2 e 3 – Modelos básicos de parcerias A população no Japão está diminuindo, acarretando crise na economia e diminuição da assistência do governo à HIDA, levando à busca cada vez mais de parcerias autofinanciadas. Atualmente existem três formas de atuação, considerando prós e contras: 1. Sem subsídios: aprovação da proposta quase imediata pela HIDA, sem restrição de duração, sendo apenas necessário visto temporário para qualquer país e conteúdo programático flexível etc. 2. Com subsídios parciais: limitado a duas semanas de programa, o tema deve ser propício ao país em desenvolvimento e o subsídio é de no máximo 50% etc. 3. Totalmente financiado pelo governo: limitado a duas semanas de programa, o ministério japonês considera o tema propício ao país em desenvolvimento solicitante e o prazo para tramitação de aprovação é aproximadamente de 6 meses etc. A HIDA possui programas para todos os níveis hierárquicos da pirâmide corporativa, destacando alguns programas subsidiados: • Gestão empresarial • Gestão da produção (Lean) • Gestão da qualidade / controle de qualidade • Liderança • Gestão de recursos humanos • Gerenciamento de projeto • Outros treinamentos específicos Destaque: Os empresários fluminenses demonstraram interesse em firmar parcerias com a HIDA, com a interveniência da FIRJAN, visando favorecer a capacitação de seus empresários e técnicos. Essa parceria deve se iniciar com a proposta junto à JMF (federação dos fabricantes de máqui- – 27 – nas do Japão), instituição similar à FIRJAN, sendo depois direcionada à HIDA, que não possui parcerias no Brasil. Não foi descartado o envio de instrutor japonês ao Brasil para ministrar treinamento, entretanto, para essa estratégia ser efetivada foi sugerido ser totalmente financiada pela iniciativa privada. Website: http://www.hidajapan.or.jp/ Foto 33 – Delegação na HIDA 4.2.2. NAGOYA VOCATIONAL TRAINING INSTITUTE OF AICHI PREFECTURE O Instituto de Treinamento Vocacional de Nagoya é uma escola voltada para a formação de profissionais da indústria mediante o desenvolvimento de habilidades pessoais especificas nas áreas de atuação. A escola possui 7.500m2 de área construída, com salas, laboratório e oficinas, visando fornecer treinamento industrial. O Diretor da escola e coordenadores dos departamentos receberam a delegação da FIRJAN, como está nas Fotos 34 e 35. – 28 – Fotos 34 e 35 – Delegação no Nagoya Vocacional Training Institute Após as boas-vindas detalharam os cinco cursos desenvolvidos pela Nagoya Vocational: • Edificações – Desenvolvido em 2 anos, com turma de no máximo 30 alunos; • Mecânica – Desenvolvido em 1 ano, com turma de no máximo 30 alunos, com foco em usinagem convencional e CNC; • Elétrica, eletrônica e controles – Desenvolvido em 1 ano, com turma de no máximo 30 alunos, incluindo a climatização de ambientes; • Construção civil – Desenvolvido em 6 meses, com turma de no máximo 30 alunos. Possui como foco a manutenção do ambiente (jardinagem), tratamento do resíduo e supervisão da construção; • Soldagem – Desenvolvido em 6 meses, com turma de no máximo 30 alunos. Os cursos de edificações, mecânica e elétrica exigem o ensino médio completo como pré-requisito, idade de 16 a 30 anos e pagamento de pequena taxa (próxima a 50 dólares). Para desempregados existe a possibilidade de abonar a taxa. Na parte final do curso é desenvolvido um estágio, conforme disponibilidade da empresa. O aluno é submetido a um exame no término do curso, similar ao que prestará ao governo visando obter a habilitação na ocupação, sem a qual não pode atuar no mercado de trabalho. Os instrutores passam por um processo de seleção pública, sendo necessário estar habilitado para atuar como professor de ensino médio técnico por exame do governo. Possuem o mesmo nível salarial de uma atuação no governo; o professor é muito respeitado e valorizado no Japão. Os cursos com duração de 6 meses são os chamados de qualificação profissional, destinados prioritariamente a pessoas com maior idade (média de 38 anos), mas variando de 16 a 60 anos. – 29 – Destaques: Nos cursos de soldagem, observa-se o uso de projetos com aplicação de diferentes processos de soldagem, envolvendo diversos tipos de materiais e com desenvolvimento de situações de aprendizagem contemplando ensaios no que é executado, conforme Fotos 36 e 37. Fotos 36 e 37 – Situações de aprendizagem em soldagem Ao visitar o laboratório de software, constatamos uma área ampla com sala de aula e laboratório de forma conjunta, como está nas Fotos 38 e 39. Fotos 38 e 39 – Delegação no laboratório de informática A oficina de soldagem apresenta máquinas convencionais e sistema de exaustão, mas não possui central de gases industriais; os cilindros estão acoplados às máquinas de soldagem instaladas nas cabines de treinamento, conforme Fotos 40 a 42. Fotos 40 a 42 – Delegação visita a oficina de soldagem da escola – 30 – Na oficina de conformação mecânica, foi possível observar etapas de desenvolvimento de chapas em diversos tipos de materiais (Foto 43). Foto 43 – Delegação observando algumas situações de aprendizagem em conformação mecânica A oficina de usinagem apresenta máquinas convencionais antigas, mas bem conservadas e em condições de uso. A escola possui apenas duas máquinas CNC, sendo um torno e uma fresadora de três eixos, mas são utilizados em todas as turmas de usinagem, assim ampliando o campo de atuação do aluno, como nas Fotos 44 e 45. Fotos 44 e 45 – Oficinas de usinagem da escola Website: http://www.pref.aichi.jp/shugyo/koukyou/nagoya/index. 4.2.3. KANA TECH COLLEGE EAST A Faculdade de Tecnologia de Kana é a maior escola de engenharia da província de Kanagawa; é a fusão de cinco escolas técnicas da região. A instituição possui foco no ensino de design mecânico com habilidades aplicadas, destinado à formação de profissionais que atendam às necessidades do mundo corporativo. – 31 – A delegação foi recebida pelos diretores da escola, conforme Fotos 46 e 47, a seguir com visita a instalações. Fotos 46 e 47 – Empresários são apresentados a Kana Impressiona a área da escola, com área de 38.333m2 e 20.468m2 de construção. A redução de alunos do ensino médio provocou o alinhamento para oferecimento de cursos técnicos de longa e curta duração, tendo atualmente quinze cursos a serem oferecidos, com foco na produção industrial, como o de usinagem a CNC, múltiplas operações industriais (operação de máquinas de usinagem, soldagem, desenhista em CAD e eletricidade), manutenção industrial, manutenção automotiva, projetista em 3D, eletricidade, desenvolvimento de sistemas, conformação mecânica, edificações, design de interiores etc. Destaques: • É rotina a visita de alunos de escolas do fundamental; • O aluno concluinte precisa ser habilitado pelo governo, por avaliação, para poder atuar na função; • Existe nota mínima para aprovação, mas sem reprovações, já que todos os alunos que assistem às aulas regularmente atingem o índice mínimo; • Na mesma região, existe uma escola só para PcD; • Boa parte dos candidatos é oriunda da agência de emprego. Algumas áreas da escola foram destacadas durante a visita às instalações. A oficina de soldagem apresenta exaustão central e um modelo de bancadas/cabines diferente, privilegiando apenas o espaço para o soldador, como está nas Fotos 48 e 49. – 32 – Fotos 48 e 49 – Empresários visitam as instalações da oficina de soldagem da escola Na oficina de conformação mecânica, é fato a convivência de máquinas manuais e automáticas, privilegiando a formação profissional em habilidade e em seguida o uso da tecnologia para melhora da qualidade e produtividade, conforme Fotos de 50 a 52. Fotos 50 a 52 – Empresários visitam as oficinas de conformação mecânica As oficinas de eletricidade predial e industrial apresentam uso de situações de aprendizagem próximas às desenvolvidas pelo SENAI Rio, com adoção de bancadas para desenvolvimento de painéis elétricos e de bases móveis para as instalações físicas, como as Fotos de 53 a 56. Fotos 53 a 56 – Laboratórios de eletricidade – 33 – As oficinas de usinagem convencional e a CNC são dotadas de máquinas de boa qualidade, em quantidade e bem conservadas, mas sem destaque para tecnologias em equipamentos (Fotos 57 e 58). Fotos 57 e 58 – Oficinas de usinagem convencional e a CNC Cada ambiente escolar é dotado de vitrine com projetos e peças, ratificando um padrão a ser seguido pelos alunos, conforme Foto 59. Foto 59 – Vitrine com projetos e peças Em área central das oficinas, deparamo-nos com uma sala de aula e uma área de preparação de corpos de prova, o que facilita fortemente o processo formativo, já que em qualquer momento o instrutor pode utilizar a sala para uma ação pontual, bem como os próprios alunos , que podem preparar seus corpos de prova, conforme Fotos 60 e 61. Fotos 60 e 61 – Sala de aula e área de preparação de corpos de prova – 34 – A escola possui, também, ilha com robôs para a prática de configuração e manutenção (Foto 62). Foto 62 – Ilha com robô A escola ofereceu em 2013 apenas 604 vagas, com uma despesa operacional de 6,94 milhões de dólares, acarretando um custo por aluno na ordem de 11.500 dólares por ano, isto é, 950 dólares por mês, o que corresponde a 2.500 reais mensais. Outro destaque da escola japonesa é que a procura por cursos técnicos está em declínio, pois em 2008 a relação aluno vaga estava em 2,0 e em 2014 a relação foi de 1,4, em sua maioria oriundo das agências de emprego, reflexo da farta oferta de emprego de postos de trabalho e assim diminuindo a procura por esses cursos. Os cursos de maior procura pelos jovens são os de serviços, como jardinagem, zeladoria e manutenção automotiva; os cursos industriais são os de menor procura. A escola possui um mapeamento de egressos; em nove meses e um ano após a conclusão do curso, se registra taxa de evasão da ordem de 30%, em sua maioria são alunos que conseguem empregos. Website: http://www.kait.jp/index2.php – 35 – 4.3. FEIRA TÉCNICA E MUSEU TOYOTA 4.3.1. JIMTOF 2014 – JAPAN INTERNATIONAL MACHINE TOOL FAIR Tendo como temas centrais as máquinas-ferramenta, sistemas de acabamentos, ferramentas de precisão, fluxo automatizado de material, tecnologia computacional, eletrônica industrial e acessórios, a 27ª Feira Internacional de Máquinas-ferramenta – Japão apresentou uma diversificada gama tecnológica ligada ao tratamento de metal, focando em um público composto por especialistas altamente qualificados do mundo todo, tendo na edição de 2014 o total de 136.196 visitantes, 865 expositores, dos quais 87 de outros 25 países, incluindo China, Coreia do Sul e Taiwan. Áreas de exposição: 82.660m2 (East 1, 2, 3, 4, 5 e 6 e West 1, 2, 3 e 4) East Hall 1, 2 e 3 Máquinas-ferramenta para usinagem de metais Máquinas-ferramenta para conformação de metais East Hall 4, 5 e 6 Máquinas-ferramenta para usinagem de metais Softwares CAD / CAM Outras máquinas-ferramenta e equipamentos West Hall 1 e 2 Ferramentas de corte em aço-carbono com tratamento Ferramentas de corte de alto rendimento Publicações e informações técnicas Outras máquinas-ferramenta e acessórios West Hall 3 e 4 Instrumentos de medição de precisão Instrumentos de medição óptica Máquinas de ensaios mecânicos – 36 – Ferramentas de alto rendimento (diamante, CBN etc) Motoesmeris e acessórios Máquinas hidráulicas e pneumáticas Equipamentos e dispositivos de engrenagem Outras máquinas-ferramenta e acessórios Destaques: • MAZAK – A Yamazaki Mazak apresentou o seu mais recente lançamento em sistemas CNC; são sete modelos com o novo e alto desempenho do MAZATROL SmoothX CNC, que é a sétima geração de controles Mazatrol da Mazak. Desde a inovadora usinagem com tecnologia híbrida até as mais recentes máquinas de corte a laser, a Mazak apresentou uma gama de soluções de fabricação e de experiências em aplicações. Os visitantes da Mazak puderam ver 21 máquinas-ferramenta altamente avançadas em ação, incluindo cinco máquinas multitarefas de sua linha INTEGREX, das quais duas fizeram suas estreias, a INTEGREX j-200S e a INTEGREX e-1600V / 10s. A seguir estão fotos da visita ao stand da MAZAK na JIMTOF 2014. Fotos 63 e 64 – Empresários visitam a feira • MURATEC – A Muratec apresentou sua linha de máquinas-ferramenta. A empresa apoia a indústria moderna na produção de volumes por meio da combinação de carregadores de pórticos e uma ampla variedade de equipamentos periféricos com base em máquinas de alta rigidez e de alta precisão. Possui também elevada experiência na indústria de peças automotivas, com o fornecimento de sistemas de produção mais adequados às necessidades dos clientes, focando produtividade e qualidade do produto. Para tanto, vem adotando novos compósitos e robôs visando reduzir peso e elevar a velocidade em 240 metros por minuto. A seguir apresentamos fotos da visita ao stand da MURATEC na JIMTOF 2014. – 37 – Fotos 65 e 66 – Empresários visitam a feira • VARGUS – A Vargus apresentou uma linha de ferramentas de torneamento e fresagem de roscas e engrenagem por geração produzidas em pastilhas de alto rendimento. Fotos 67 e 68 – Ferramentas Vargus O Quadro 4 traz algumas das empresas contatadas durante a visita à JIMTOF 2014, com seus respectivos produtos ofertados: QUADRO 4 – ALGUMAS EMPRESAS DESTAQUE DA JIMTOF 2014 EMPRESA PRODUTO WEBSITE Máquinas de usinagem, máquinas-ferramenta sob medida, máquinas para conformação de chapas automatizadas etc. http://www.muratec.net Murata Machinery (MURATEC) YAMAZAKI MAZAK CORP. Máquinas de usinagem multitarefas. http://www.mazak.com SHOWA DENKI Co., LTD. Exaustores industriais, principalmente de partículas suspensas. http://www.showadenki.co.jp MAKITA (OKAZAKI PLANT) Máquinas manuais. http://www.makita.com.sg/ OKUMA CORP Máquinas de usinagem multitarefas. http://www.okuma.co.jp/ Ferramentas de usinagem de alto rendimento, como o alargador diamantado FC300. http://www.ryoco.co.jp RYOCO SEIKI Co., LTD. Brocas especiais de precisão de alto rendimento, com refrigeração. http://www.nachi-fujikoshi.co.jp/ NACHI-FUJIKOSHI CORP. TAKASHIMA SANGYO Co., LTD. Máquinas para microusinagem, inclusive a laser. http://www.takashima.co.jp – 38 – Ferramentas de alto rendimento para geração de roscas e engrenagens. www.vargus.com Vargus Ltd. Máquinas de usinagem de precisão compactas, como as M08SY e M08J. http://www.tsugami.co.jp TSUGAMI CORP HASEGAWA MACHINE WORKS LTD. Máquinas de usinagem de precisão compactas, como a PM250. http://www.hasegawa-m.co.jp BROTHER INDUSTRIES, LTD. Máquinas de usinagem de precisão com 4 eixos, como a M140 x 1. http://www.brother.co.jp A seguir foto oficial da Missão Sindical do Grupo Metalmecânico ao Japão. Foto 69 – Foto oficial da Missão Sindical Website: http://www.jimtof.org/eng/index.aspx 4.3.2. TOYOTA MUSEUM OF INDUSTRY AND TECHNOLOGY Objetivando conhecer os processos de tecelagem (origem do Grupo Toyota) e sua evolução ao longo dos anos, a delegação visitou o museu criado em 1994. O museu visa introduzir, sistematicamente, a história da tecnologia de fabricação japonesa para aqueles que serão responsáveis pelo seu desenvolvimento no futuro. Para conhecer o STP – Sistema Toyota de Produção, nada melhor que visitar o museu idealizado exatamente para eternizar a perseverança do empresário em aumentar a produtividade e a qualidade, tendo como um dos principais pilares o funcionário como responsável por seu – 39 – local de trabalho, estimulando a criatividade e visando a melhor forma de executar seu trabalho, além de atender às expectativas dos clientes em qualidade, preço e prazo de entrega. A foto a seguir retrata o início da história, pois foi a partir da visualização da atuação da mãe em um tear manual que o patriarca da família Toyoda iniciou o processo de automatização das máquinas de tear, incluindo fazer o tear parar automaticamente quando um fio arrebentasse, permitindo a produção sem defeito. Depois avançou na passagem de fios transversais, permitindo melhor qualidade no produto, evoluindo para lançamentos dos fios por jato de água e ar, além da automatização da passagem de fios de diversas cores, possibilitando atualmente produzir tecido com a estampa de uma imagem como se fosse a impressão de uma foto. Assim, com a automatização foi dada a oportunidade de que um único operador atuasse em várias máquinas simultaneamente. Esse foi o marco do STP – Sistema Toyota de Produção. Em 1933 foi instalada a divisão de manufaturas de automóveis, conforme fotos a seguir, dentro da fábrica de tecelagem, depois Foto 70 – O início da história denominada Toyota Motor. Fotos 71 a 74 – Fotos do Museu, traduzindo o início da montagem da indústria de automóvel Toyota Após conhecer o sistema de Henry Ford, fortemente baseado em transportadores contínuos, o empresário adaptou o sistema à realidade japonesa, com a inclusão de diferentes processos, proporcionando fabricação e disponibilização apenas do necessário para o processo – 40 – seguinte e se necessário. Assim, nasceu o STP – Sistema Toyota de Produção, pautado em dois pilares de ideologia: automação com parada automática em situação anormal e just in time. Com conceitos essenciais (comprometimento da alta administração e participação de todos os funcionários) inalterados, mas com a vantagem da adaptabilidade às diferentes circunstâncias, o Sistema Toyota de Produção apoia os ganhos de produtividade destacando as perdas e gerando ganho de qualidade, esclarecendo os problemas, conquistando fluxos mais uniformes e simples de suas operações. No caso da Toyota, o mercado exigiu um modelo flexível, de forma a adaptar as mesmas máquinas a diferentes modelos de veículos, além de criar ferramentas que proporcionassem suprimentos confiáveis de peças sem manter grandes estoques, nascendo desses pontos diversos processos de controle amplamente conhecidos. A seguir são relacionados os quatro fatores chave do Sistema Toyota de Produção: 1. Redução do tamanho dos lotes e flexibilidade da produção; 2. Controle de peças para a montagem pelo sistema de puxar no momento necessário; 3. Arranjos dos equipamentos de produção na sequência dos processos para que as pessoas trabalhem agregando valor; e 4. Controle de qualidade nos equipamentos e processos por meio de dispositivos a prova de falhas e manutenção produtiva total. O Lean manufacturing, também conhecido como produção enxuta, foi baseado no Sistema Toyota de Produção e na filosofia just in time. A filosofia de gestão Lean manufacturing é focada na redução dos sete tipos de desperdício (superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos). Eliminando esses desperdícios, a qualidade melhora e o tempo e o custo de produção diminuem. Foto 75 – Delegação no Museu. Website: http://www.tcmit.org/english/ – 41 – 5 REUNIÃO EMPRESARIAL: JSMEA – Japan Ship Machinery and Equipment Association A JSMEA é uma associação dos fabricantes japoneses de máquinas e equipamentos para embarcações e plataformas de petróleo, “navipeças”. O objetivo do encontro empresarial foi estreitar o relacionamento com empresas japonesas interessadas em participar do mercado brasileiro, buscando parcerias com nossas empresas. O relacionamento com essa instituição é importante na medida em que diversas empresas japonesas estão se associando a estaleiros no Brasil e, considerando a política de conteúdo local, também têm interesse em instalar seus fornecedores tradicionais no Brasil. A delegação fluminense foi recebida pelo principal executivo da JSMEA, Dr. Kitamura Soichi, e pelos gerentes, Sr. Wada Masao e Sr. Tomomatsu Shingo, além do Sr. Ishida Hiroshi – subgerente do setor Offshore. Os empresários fluminenses tiveram a oportunidade de demonstrar a importância estratégica do Estado do Rio nessa cadeia produtiva, por sediar diversos estaleiros e por já contar com um parque de empresas com experiência nesse setor e que no passado já atenderam aos estaleiros japoneses instalados no Brasil. Cada presidente de sindicato presente teve a oportunidade de expor a experiência de sua região e o interesse em abrir canais de contato para seus associados. Da mesma forma, a FIRJAN apresentou o trabalho do SENAI e a expertise da Casa, tanto com informações econômicas, como com informações técnicas, no âmbito dessa cadeia produtiva. Os empresários fluminenses consideraram o encontro muito positivo, e os japoneses mostraram sua determinação em participar dos investimentos brasileiros na área de offshore numa visão estratégica de longo prazo. Dentre as ações, a JSMEA formará uma delegação de empresários para vir ao Brasil no segundo semestre de 2015, e ficou programado para essa ocasião um encontro de trabalho na FIRJAN com os membros do GMM. Essa ação deverá ser discutida melhor nas reuniões do GMM. – 43 – Por fim, os empresários destacaram a importância de atrair parceiros tecnológicos do Japão, em função da participação japonesa cada vez maior nos estaleiros nacionais, bem como reforçaram a importância dada pela JSMEA a esse encontro empresarial, frente às ações para estabelecer futuras parcerias. Foto 76 – Delegação Fluminense recebida pelos executivos da JSMEA Website: http://www.jsmea.or.jp/ – 44 – 6 Considerações finais A missão ao Japão teve seus objetivos atingidos ao conhecer e presenciar um dos mais conceituados sistemas de produção (STP – Sistema Toyota de Produção), que se tornou referência para o mundo. O Sistema Toyota de Produção, também chamado de produção enxuta e Lean Manufacturing, surgiu exatamente no Japão, na fábrica de automóveis Toyota Motor, logo após a Segunda Guerra Mundial. Nessa época a indústria japonesa tinha produtividade muito baixa e enorme falta de recursos, o que naturalmente a impedia de adotar o modelo da produção em massa desenvolvido por Frederick Taylor e Henry Ford no início do século XX, que procurava reduzir os custos unitários dos produtos por meio da produção em larga escala, especialização e divisão do trabalho. Observa-se que esse sistema tinha que operar com estoques e lotes de produção elevados e não existia preocupação com a qualidade do produto. A filosofia Lean Manufacturing proporcionou um alinhamento com os valores sociais atuais, principalmente o fato de que os clientes possuem gostos diferentes. Atender a essa expectativa tornou-se a missão, por isso a produção de lotes variados em pequenas quantidades, exigindo trabalhadores multifuncionais e preocupação extrema com a qualidade do produto. Para tanto foi necessário dar foco total na eliminação do desperdício, tendo como pilares o just in time e a automação. A aplicação da filosofia Lean Manufacturing vem sendo feita em várias empresas, independente do seu porte ou segmento, e seu sucesso reside no aspecto cultural; sendo uma proposta de mudança de mentalidade. Diante disso a empresa deve atender à condição básica de comprometimento e participação da alta administração e de todos os funcionários, sem exceção. Para melhor entendimento da filosofia, a missão contemplou visitas a diversas empresas além da Toyota Motor, como Mazak, Muratec, Toyoda Gansei e KTX, permitindo analisar in loco as variações de processos produtivos e as variações exigidas na adoção da filosofia Lean Manufacturing, necessárias em função do tipo de produto, quantidade etc. – 45 – As visitas às instituições de educação profissional Nagoya Vocational Training Institute of Aichi Prefecture e Kana Tech College East ratificaram que o atual estágio do SENAI Rio no tocante a infraestrutura está em excelente nível. Tem, também, no SENAI Rio maior número de matrículas com menor custo. No Japão destacam-se as ações na formação profissional, o uso de projetos práticos definidos, a avaliação ao final do curso e a habilitação do aluno para atuar em empresas somente após submeter-se a exame oficial. Cabe destacar a visita à HIDA, entidade que tem por objetivo promover a cooperação técnica entre o Japão e países em desenvolvimento, sendo identificada a oportunidade de parcerias e intercâmbios em ações sobre o tema, tendo ainda a possibilidade de subsídios do governo japonês para a realização de treinamentos. A reunião com a JSMEA – associação dos fabricantes japoneses de máquinas e equipamentos para embarcações e plataformas de petróleo – oportunizou o estreitamento do relacionamento com empresas japonesas interessadas em parcerias no mercado brasileiro no intuito de instalar seus fornecedores tradicionais no Brasil, aproveitando o fato de as empresas japonesas estarem se associando a estaleiros no Brasil e a necessidade de considerar a política de conteúdo local. – 46 –