os beneficios da natação para crianças com asma
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os beneficios da natação para crianças com asma
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA MARIANA DE SOUZA RODRIGUES LUCAS OS BENEFICIOS DA NATAÇÃO PARA CRIANÇAS COM ASMA PORTO VELHO 2015 MARIANA DE SOUZA RODRIGUES LUCAS OS BENEFICIOS DA NATAÇÃO PARA CRIANÇAS COM ASMA Trabalho de conclusão de curso de graduação em Licenciatura em Educação Física na modalidade de Ensino Presencial pelo Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Rondônia. Orientadora: Profª. Dra. Angeliete Garcez Militão PORTO VELHO 2015 FICHA CATALOGRÁFICA BIBLIOTECA PROF. ROBERTO PIRES Lucas, Mariana de Souza Rodrigues. L933b Os Benefícios da Natação para Crianças com Asma./Mariana de Souza Rodrigues Lucas, Porto Velho, 2015. 38f. Orientadora: Profª. Dra. Angeliete Garcez Militão Monografia (Graduação) - Fundação Universidade Federal de Rondônia. UNIR, Porto Velho, 2015. . 1. Asma. 2. Natação. 3. Crianças com asma. I. Fundação Universidade Federal de Rondônia. II. Título. Bibliotecário responsável: Luã Silva Mendoça-CRB11/905 MARIANA DE SOUZA RODRIGUES LUCAS MARIANA DE SOUZA RODRIGUES LUCAS OS BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA CRIANÇAS COM ASMA Defesa pública do trabalho de conclusão de curso para obtenção do Grau Superior em Licenciatura em Educação Física na Modalidade de Ensino Presencial pelo Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Rondônia. Com o Tema: Educação Física e Saúde. Palavras-Chave: Asma. Natação. Crianças com asma. Banca Examinadora: _________________________________________________________ Profª. Dra. Angeliete Garcez Militão (UNIR) – Orientadora __________________________________________________________ Prof. Me Daniel Delani - (UNIR) – 1º Membro __________________________________________________________ Prof. Dr. Mario Roberto Venere - (UNIR) – 2º Membro ______________________________________ Prof. Dr. Célio José Borges DEF/UNIR – Responsável Conceito: _____________ Porto Velho, _____de________________de 2015 DEDICATÓRIA A minha família, em especial meu esposo que sempre esteve ao meu lado me ajudando e apoiando nessa grande caminhada. Aos meus pais que sempre me incentivaram e acreditaram em meu potencial dizendo “só uma grande mulher seria capaz de conciliar trabalho família e estudo”, assim me fortalecendo pra que eu não desistisse não tendo palavras suficientes para expressar tamanho sentimento. AGRADECIMENTO Agradeço a Deus em primeiro lugar, pois sem ele eu nada seria. Agradeço a minha família (pai Sebastião Lobato Rodrigues, mãe Maria Inês de Souza Rodrigues e irmãos: Marineide de Souza, Helton de Souza, Érisson de Souza, Helson de Souza, Everton de Souza e Héliton de Souza) que sempre acreditaram em mim e me apoiaram, ao meu esposo pela paciência e ajuda nos momentos mais difíceis da minha vida. Agradeço a minha grande amiga e colega de turma Josivana Santos. Agradeço a minha orientadora pela paciência e ótima professora. Agradeço aos professores do departamento de Educação Física que contribuíram para a minha formação acadêmica. Agradeço também todos da minha família que mesmo de longe, participaram do meu aprendizado. RESUMO Atualmente em todo o mundo houve um aumento no índice de pessoas com asma, atingindo as mais variadas faixas etárias, sendo a asma considerada um problema de saúde pública, as autoridades de saúde vêm enfrentando uma grande batalha para reverter e amenizar este quadro. Objetivo: Identificar os benefícios da natação para crianças com asma. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal de abordagem descritiva qualitativa, realizada com uma criança de oito (8) anos de idade do sexo masculino juntamente com o seu responsável legal (mãe) e uma professora de natação de uma escolinha de natação na cidade de Porto Velho/RO. Para conclusão da pesquisa foi aplicado um questionários com responsável e a professora complementando a mesma com revisão bibliográfica para confirmar os benefícios da natação. Resultados: Fica evidente que a criança deste estudo demonstrou melhoria no quadro asmático após as aulas de natação planejada e orientada. Apesar de um estudo restrito, espera-se que este, possa contribuir efetivamente e assim ampliar os estudos, visando esclarecer os mecanismos responsáveis pelos efeitos observados do treinamento em natação e assim minimizar tais problemas em crianças com asma e, auxiliar positivamente aqueles que têm vivenciado essa realidade. Palavras-chaves: Asma. Natação. Crianças com asma. ABSTRACT Currently worldwide there has been an increase in the percentage of people with asthma, reaching the most varied ages, asthma being considered a public health problem, health officials are facing an uphill struggle to reverse and mitigate this situation. Objective: To identify the benefits of swimming for children with asthma. Method: This is a cross-sectional survey of qualitative descriptive approach, carried out with an eight (8) year old male with his legal guardian (mother) and a swimming teacher at a swimming kindergarten in town Porto Velho / RO. To conclusion of the research it applied a questionnaire with the teacher responsible and complementing it with literature review to confirm the benefits of swimming. Results: It is evident that the child of this study showed improvement in asthma symptoms after swimming lessons planned and targeted. Although a small study, it is expected that this may contribute effectively and extending the studies to elucidate the mechanisms responsible for the observed effects of training in swimming and so minimize such problems in children with asthma and help positively those who have experienced this reality. Keywords: Asthma. Swimming. Children with asthma. SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10 1 OBJETIVOS ........................................................................................................... 11 1.1 GERAL ................................................................................................................ 11 1.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................... 11 2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 11 3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 12 3.1 CONCEITO DE ASMA ........................................................................................ 12 3.1.1 Crianças com asma ........................................................................................ 14 3.1.2 Fatores de risco para asma ........................................................................... 16 3.2 NATAÇÃO........ ................................................................................................... 18 3.2.1 Os benefícios da natação para crianças com asma .................................... 21 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 23 4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO .......................................................................... 23 4.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA ......................................................................... 23 4.3 LIMITAÇÃO DO ESTUDO ................................................................................... 24 5 RESULTADOS ....................................................................................................... 24 6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 25 CONCLUSÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES ...................................................... 26 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27 APÊNDICES ............................................................................................................. 36 APÊNDICE 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido o para o Responsável Legal ........................................................................................................................ 36 APÊNDICE 2 – Termo de Consentimento livre e esclarecido para o Professor ........ 36 APÊNDICE 3- Questionário para o Responsável legal ............................................. 38 APÊNDICE 4- Questionário para o Professor............................................................39 10 INTRODUÇÃO Atualmente em todo o mundo houve um aumento no índice de pessoas com asma, atingindo as mais variadas faixas etárias. Sendo a asma considerada um problema de saúde pública, as autoridades de saúde vêm enfrentando uma grande batalha para reverter e amenizar este quadro. Asma é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios recorrente de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse (DIRETRIZES BRASILEIRA PARA MANEJO DA ASMA, 2006). A prevalência média da asma no Brasil é de 20% (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA e TISIOLOGIA, 2004), sendo a quarta maior causa de hospitalização no país e a segunda e terceira causa de internação entre crianças de quatro a nove anos e adolescentes respectivamente (ALVIM e LASMAR, 2009). Segundo esses autores a asma representa uma das doenças mais procuradas nos serviços de urgência e unidades básicas de saúde (UBS). Entre as diversas alternativas de tratamento da asma, muitas pesquisas assinalam os benefícios proporcionados pelas atividades físicas. Gualdi (2004) relata que praticar corretamente atividades físicas traz benefícios às pessoas com a doença, uma vez que os exercícios ajudam a melhorar a mecânica respiratória e a eficácia da ventilação pulmonar. A natação tem sido uma das atividades físicas mais indicadas pelos médicos para indivíduos com asma. Segundo Kerbej (2002), a natação promove melhorias da resistência cardiovascular, da expansão pulmonar, da resistência do sistema respiratório, do desenvolvimento do sistema muscular, das qualidades físicas, relaxamento, controle respiratório, melhoria dos problemas posturais, tornando o asmático capaz de suportar um esforço de longa duração, com intensidade moderada. A natação é uma atividade física praticada na água, sendo considerada uma das atividades físicas mais saudáveis quando bem trabalhada, pois atua nos diversos grupos musculares e articulações do corpo, podendo agir como fator protetor dos sintomas da asma colaborando para um fortalecimento geral. 11 Diante do acima exposto, este estudo procurou responder a seguinte pergunta: Quais os benefícios da natação para crianças com asma? 1 OBJETIVOS 1. 1 GERAL Identificar os benefícios da natação para crianças com asma. 1. 2 ESPECÍFICOS Verificar se há melhora para o aluno deste estudo com a prática da natação. Descrever os benefícios da prática da natação para crianças com asma. Verificar na percepção dos pais as melhorias no quadro clínico. Descrever o que é asma e suas consequências. 2 JUSTIFICATIVA A asma é uma doença crônica das vias aéreas que afeta um número elevado da população brasileira, principalmente crianças e adolescentes. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (2012), são estimados mais de 200 milhões de reais em gastos para atender quase 400 mil internações hospitalares com indivíduos com asma e ainda elucida que a cada ano, dois mil brasileiros morrem em consequência da asma. Portanto conhecer os benefícios da natação como uma forma não medicamentosa para asma é muito importante para proporcionar conhecimentos aos graduandos em Educação Física acerca da natação como atividade física eficaz que produz efeitos orgânicos significativos, proporcionando uma qualidade melhor de vida aos praticantes de Porto Velho. 12 3 REFERNCIAL TEÓRICO 3.1 CONCEITO DE ASMA A asma é definida como uma doença caracterizada pelo aumento da reatividade da traqueia e dos brônquios a vários estímulos e que se manifesta por estreitamento difuso das vias aéreas, variando de severidade espontaneamente, ou como resultado de terapia (FITCH; MORTON, 1988). A asma é entendida como uma doença crônica e de caráter recorrente às vias aéreas tornando-as hiper-irritáveis e hiper-sensíveis (SAFRAN, 2002). De acordo com Marques (1990), a asma é a causa mais comum de doença crônica durante a infância. O termo “asma” vem do grego “Asthma”, que significa sufocação. É uma doença complexa, a qual não pode ser definida adequadamente em termos de um simples mecanismo fisiopatológico. Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) no caderno de atenção básica define a asma como uma condição crônica que resulta da inflamação das vias aéreas nos pulmões, afetando a sensibilidade das terminações nervosas das vias aéreas, que se tornam facilmente irritáveis, sendo caracterizada por episódios de ofegação e chiados, cuja gravidade e frequência variam individualmente (OMS 2010). Solé (1998) diz que a asma é definida como uma doença crônica das vias aéreas caracterizada por: obstrução do fluxo aéreo reversível espontaneamente ou com tratamento;inflamação em que muitas células têm um papel importante, em particular mastócitos e eosinófilos; aumento das reatividades das vias aéreas a uma variedade de estímulos;episódios recidivastes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente á noite e pela manhã ao acordar. Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação no qual a inflamação crônica está associada à hiperresponsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão torácica e tosse, 13 particularmente à noite ou no início da manhã, os episódios são uma consequência da obstrução ao fluxo aérea intrapulmonar generalizada e variável, reversível espontaneamente ou com tratamento (GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA, 2010). Para Barbosa (2004) as manifestações clínicas da exacerbação aguda da asma caracterizam-se por tosse, simbilância e dispnéia e são muitas vezes, precedidas por manifestações de rinite alérgica diz que a crise de asma pode ser desencadeada por alérgicos (hiper sensibilidade do tipo I); infecções virais, exercícios físicos, emoções, irritantes (poluição atmosférica), medicamentos (inibidores da prosta glandina sintetase e betabloqueadores) e estímulos colinérgico (mudanças bruscas de temperatura). Solé (1998) diz que a asma é definida como uma doença crônica das vias aéreas caracterizada por: obstrução do fluxo aéreo reversível espontaneamente ou com tratamento; inflamação em que muitas células têm um papel importante, em particular mastócitos e eosinófilos; aumento das reatividades das vias aéreas a uma variedade de estímulos; episódios recidivastes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente á noite e pela manhã ao acordar. A asma é uma doença complexa com ampla variabilidade de apresentação, sendo assim, diversos métodos são necessários para realizar o diagnóstico e avaliar seu controle, todos com vantagens e limitações, os parâmetros clínicos aliados à avaliação da qualidade devida, da função pulmonar e dos métodos relacionados à inflamometria avaliam diferentes aspectos da doença e se complementam (ANDRADE et al., 2010). A asma é uma das condições crônicas mais comuns que afeta tanto crianças quanto adultos, sendo um problema mundial de saúde e acometendo cerca de 300 milhões de indivíduos (GINA, 2010). Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma (DSBPTMA, 2012), estima-se que, no Brasil, existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos, se for considerada uma prevalência global de10%.(2,3) As taxas de hospitalização por asma em maiores de 20 anos diminuíram em 49% entre2000 e 2010. Já em 2011 foram registradas pelo DATASUS 160 mil hospitalizações em todas as idades, dado que colocou a asma como a quarta causa de internações. 14 O processo inflamatório tem como resultado as manifestações clínicofuncionais características da doença, a inflamação crônica da asma é um processo no qual existe um ciclo contínuo de agressão e reparo podendo levar a alterações estruturais irreversíveis, isto é, o remodelamento das vias aéreas (COCKCROFT, 2010; GINA, 2010). O diagnóstico clínico da asma é sugerido por um ou mais sintomas, como dispneia, tosse crônica, sibilância, opressão ou desconforto torácico, sobretudo à noite ou nas primeiras horas da manhã, Episódios recorrentes de sibilância, Tosse ou sibilância desencadeada por exercício, Tosse noturna na ausência de resfriado, Ausência de variação sazonal dos sintomas, Sintomas desencadeados por alérgenos e irritantes, Sintomas que melhoram com broncodilatador e História familiar de asma e/ou atopia (ALVIM; LASMAR, 2009). Segundo Sears et al. (2003) as manifestações que sugerem fortemente o diagnóstico de asma são a variabilidade dos sintomas, o desencadeamento de sintomas por irritantes inespecíficos (como fumaças, odores fortes e exercício) ou por aeroalérgenos (como ácaros e fungos). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma (2012) O exame físico do asmático geralmente é inespecífico e a presença de sibilos é indicativa de obstrução ao fluxo aéreo; contudo, pode não ocorrer em todos os pacientes. Embora o diagnóstico clínico da asma em sua forma clássica de apresentação não seja difícil, a intensidade da obstrução ao fluxo aéreo e a confirmação diagnóstica devem ser feitas, em pelo menos uma ocasião, por um método objetivo, uma vez que os sinais e sintomas da asma não são exclusivos desta condição (ADELROTH, 1986; NATIONAL, 2007). 3.1.1 Crianças com asma No Brasil, entre as crianças de 6 e 7 anos e adolescentes de 13 e 14 anos de idade a prevalência média de asma ativa no ano de 2003 correspondeu a 24,3 e 19%, respectivamente, essa prevalência parece 15 aumentar proporcionalmente à proximidade da linha do Equador(SOLÉ et al., 2006). Segundo Lasmar et al. (2002) a maioria das crianças asmáticas é internada no primeiro ano de vida. Fritscher (1994) publicou seu trabalho de investigação da prevalência de asma em escolares com idade de 10 a 18 anos na cidade de Porto Alegre e constatou que 16,5% apresentavam asma cumulativa, enquanto que 10,9% tinham asma ativa. Para As crianças asmáticas com quadro de maior gravidade apresentam tendência de repetição de crises e, consequentemente, podem ser hospitalizadas com frequência (LASMAR, et al., 2006). A hospitalização torna-se para a criança um evento relacionado à ausência escolar e de sofrimento familiar importante. Além disso, para o sistema de saúde, tem um custo elevado, mesmo sendo um desfecho que pode ser prevenido pela adequada assistência ambulatorial (LENZ et al., 2008). De acordo com estudos da World Health Organization (WHO, 2008) uma das características predominantes da doença é que, em cinquenta por cento dos casos, ela aparece antes dos dez anos de idade, tendo incidência sobre crianças do sexo masculino. Segundo Solé et al. (2006) embora a asma possa se manifestar já nos primeiros meses de vida, nessa fase é difícil se estabelecer um diagnóstico definitivo, pois várias outras causas podem se exteriorizar por tosse e/ou sibilância recidivante, neste caso a anamnese detalhada (história pessoal e/ou familiar de asma ou atopia), alterações ao exame físico e achados característicos à avaliação laboratorial podem auxiliar na identificação de um diagnóstico alternativo para asma, nesses pacientes. Segundo a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia (1998) a evolução da asma é variável segundo a idade de início dos sintomas e o fator etiológico implicado. Schuhl et al. (1989) e Sporik, Holgate e Cogswell (1991) relatam que em geral, 30 a 80% das crianças asmáticas iniciam seus sintomas durante os primeiros três anos de vida. 16 3.1.2 Fatores de risco para asma Na atopia a asma é uma doença complexa e vários fatores podem atuar, aumentando o risco de seu aparecimento, cerca de 80% a 90% dos asmáticos são sensíveis a, pelo menos um, dos alérgenos ambientais mais comuns, e as crianças que se sensibilizam precocemente apresentam risco bem maior de manifestar a doença (Sears et al., 1993). A exposição aos ácaros domiciliares é um importante e bem documentado fator de risco para o desenvolvimento de hiper-responsividade brônquica (HRB) e sintomas asmáticos em todo o mundo e, ainda, exposições em níveis superiores a 2mcg/g de antígeno Der p I aumentam o risco de a criança desenvolver sensibilização e asma (Sporik; Chapman; Platts-Mills, 1992). Para Gelber et al. (1993) e Sporik et al. (1995) além dos ácaros domiciliares, podem, também, exercer um importante papel nessa sensibilização os alérgenos de animais, como cães e gatos, de baratas e de fungos. Segundo o Serviço de Pneumologia e Alergia Pediátrica (SPAP, 2015), outro fator que se é discutido é a relação entre cloro e doenças respiratórias, porém ainda é um assunto muito controverso, sendo que não é a água clorada que entra pelo nariz causando sinusite ou asma, pois a água no nariz, mesmo em quantidade muito pequena, é uma situação muito desagradável e que acontece raramente,o cloro da piscina reage com o suor e a urina criando um gás poluente que irrita o trato respiratório, por isso é que as piscinas fechadas concentram maior quantidade desse gás poluente, no entanto, a fumaça do cigarro e a poluição de grandes cidades são muito piores que a poluição em volta de uma piscina. Na Prematuridade, sabe-se que existe maior prevalência de sintomas respiratórios e redução na função pulmonar em crianças e adolescentes nascidos prematuramente ou com baixo peso ao nascimento, contudo, não se observa nenhuma diferença na sensibilidade atópica entre essas crianças, quando comparadas às nascidas a termo, a presença de sibilos e tosse em crianças nascidas prematuramente pode ser atribuída mais a alterações 17 anatômicas persistentes das vias aéreas ou do parênquima pulmonar do que a uma maior prevalência de atopia (VON MUTIUS; NICOLAI; MARTINEZ, 1993). Para Von Mutius (1996) a presença de sibilos persistentes, nos nascidos prematuramente ou com baixo peso, pode, portanto, representar um fenótipo de sibilância distinto que não deveria ser confundido com asma. Referente ao Sexo, a asma é mais prevalente em meninos do que em meninas segundo alguns estudiosos, antes dos 14 anos, essa prevalência pode ser até duas vezes maior entre os meninos (CAMELO-NUNES, 1997; FRISCHER, 1993). A Fumaça do tabaco pode se maléfica para o individuo, pois os efeitos da fumaça do tabaco sobre a saúde respiratória das crianças têm sido revistos exaustivamente, sendo que mães que fumam na gestação têm recém-nascidos de baixo peso e, consequentemente, com trato respiratório também comprometido, assim como mães e pais que fumam no mesmo ambiente em que se encontram seus filhos praticamente dobram a probabilidade de eles apresentarem infecção respiratória grave e sibilância, muitas delas necessitando internação ou atendimento médico (RYLANDER et al., 1993; WEISTZMAN et al., 1990). Sem dúvida, o tabagismo passivo é o fator de risco mais bem documentado para a manifestação de doenças respiratórias, mas são conflitantes as evidências da existência de associação entre asma e tabagismo passivo (CHEN, 1994; MARTINEZ; CLINE; BURROWS, 1992). Em relação a infecções respiratórias, é complexo o papel exercido pelas infecções respiratórias bacterianas e virais no desenvolvimento da asma, entre elas as mais frequentes são as por vírus sincicial respiratório (VSR), adenovírus e por influenzae. A infecção pelo VSR, além de ser responsável por lesões estruturais importantes da mucosa respiratória e manutenção de sintomas respiratórios por tempo variável, em alguns pacientes, pode desencadear ativação de mecanismos celulares de padrão Th2, facilitando a sensibillização posterior a aeroalérgenos (PEAT, 1996). O Aleitamento natural, nos primeiros três anos de vida exerce efeito benéfico sobre a incidência de eczema, alergia alimentar, sensibilização atópica e “doença sibilante”, o leite materno pode, ainda, prevenir o aparecimento de infecções respiratórias e gastrintestinais. Existem, entretanto, 18 poucos indícios de um efeito protetor persistente do aleitamento natural sobre a incidência de asma na infância (POYSA, 1991; BURR, 1993). Alguns pontos são fundamentais ao se estabelecer um plano de tratamento para pacientes asmáticos, a via inalatória é a preferencial para a administração de fármacos, pois permite a ação destes diretamente no órgão acometido, (Souza, 1998). A National Institutesof Health (1997) relata que segundo o principal mecanismo de ação, os medicamentos empregados no tratamento da asma podem ser divididos em duas categorias: os de alívio (ß2 agonistas de curta duração, brometo de ipratrópio, teofilina e derivados, e corticosteróides sistêmicos) são administrados para controle de sintomas agudos e os controladores nedocromil (ß2 agonistas de sódico, cetotifeno, longa duração, cromoglicatodissódico, glicocorticosteróides inalatórios e os antileucotrienos) são administrados por período de tempo prolongado para controle da inflamação. Da Silva e Menezes (2001) apontam a dificuldade de diagnosticar entre asma ativa e asma cumulativa. A asma ativa é aquela que manifestou pelo menos um episódio nos últimos doze meses, enquanto que a asma cumulativa é concebida por estes autores como quando o paciente apresentou um ou mais episódios de sibilância em algum momento da vida. 3.2 NATAÇÃO Santos (1996) afirma que se verificar-mos historicamente a origem da natação será difícil, pois a mesma e confunde com a historia da humanidade, essa afirmação se da em decorrência de vestígios que mostram algumas atividades no meio aquático pelos nossos ancestrais. Para nadar segundo a história nossos ancestrais usavam cintos de cortiça assim como tubos cheios de ar para auxiliar-se. A natação surgiu na antiguidade como uma alternativa, saber nadar era mais uma arma de que o homem dispunha para sobreviver. Os povos antigos (assírios, egípcios, fenícios, ameríndios, etc.) eram exímios nadadores. Muitos dos estilos do nado desenvolvidos a partir das primeiras competições 19 esportivas realizadas no século XIX basearam-se no estilo de natação dos indígenas da América e da Austrália (CDOF, 2009). A propagação da natação se deu com o objetivo de atender as necessidades de sobrevivência do homem, no qual o mesmo teve seu interesse aguçado em virtude de satisfazer suas necessidades básicas, que iam desde fugir dos inimigos através de rios e lagos, como alimentar-se (LIMA, 2003). Na época da Grécia antiga, os romanos também utilizavam a natação como meio de treinamento de seus soldados (PERINAZZO, 2000). Araújo Junior (1993) afirma que os índios no Brasil utilizavam a água como meio de transporte, lazer e assepsia. A natação surge oficialmente no Brasil em 1897 quando quatros clubes do Rio de Janeiro (Botafogo, Gragoatá, Icaraí e Flamengo) fundaram a União de Regatas Fluminense, em 1908 foi criada a Federação Internacional de Natação (FINA) e alguns anos depois surgiria a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, onde a natação pode ser trabalhada desde a adaptação às suas diversas modalidades (CBDA), (SANTOS, 2010). A natação é compreendida como a capacidade do indivíduo para dominar o elemento água, deslocando-se de forma independente e segura sob e sobre a água, utilizando, para isto, toda sua capacidade funcional, residual e respeitando suas limitações (COSTA; DUARTE, 2000). Para Damasceno (1997), a natação deve proporcionar o “interrelacionamento entre o prazer e a técnica, através de procedimentos pedagógicos criativos que facultem comportamentos inteligentes de interação entre o indivíduo e o meio líquido, visando o seu desenvolvimento”. Segundo Veslaco (1997) a natação é praticada por quatro motivos, Saúde: Produção de efeitos benéficos ao físico e a mente; Lazer: Oportunidade de satisfações emocionais; Necessidade: sobrevivência ou reabilitação; Esporte: performance e resultados. Para Correa e Massaud (1999) relata que a natação durante anos vem contribuindo de forma notável para o desenvolvimento das faculdades humanas, sendo também um importante instrumento pedagógico e declara que com a prática da natação desde a infância, a formação do indivíduo acontecerá tanto no nível social como no nível biológico. 20 Wilkie e Kelvin (1984), a natação é considerada um dos esportes mais completos e que possui menos restrições, a natação é muitas vezes considerada como um dos desportos mais saudáveis, recomendada pelos médicos é tida como uma espécie de panaceia, para a vasta gama de doenças. A Federação Internacional de Natação (FINA, 2015) que nadar representa a ação de autopropulsão e auto-sustentação na água que o homem aprendeu por instinto ou observando os animais, sendo um dos exercícios físicos mais completos. Segundo Mansolo (1986) a natação é fonte de grandes números de benefícios, tais como: Desenvolvimento cardiocirculatório e respiratório, Terapia para portadores de bronquite asmática (através do fortalecimento da musculatura responsável pela expiração), Condicionamento físico, Desenvolvimento harmônico do físico e da estética e dentre outros. Natação é uma atividade que exige muito do seu praticante por, movimentar todos os músculos e articulações do corpo, ela é considerada um dos melhores exercícios físicos existentes, trazendo ótimos benefícios para o organismo, além de ser recomendada para pessoas com problemas respiratórios (AZEVEDO et al., 2008). A natação funciona como educação esportiva e social, pois favorece um relacionamento melhor consigo e com os outros (RAMALDES, 1997). Eckert (1993) relata que a natação é um dos esportes mais precoces para as crianças. Mendonça, Ribeiro Neto e Vargas (2010) relatam que a natação, como atividade física no meio líquido, destaca-se por ser altamente motivadora e prazerosa, além desses qualificativos, as propriedades mecânicas do meio líquido colocam o corpo em uma situação gravitacional diferenciada, a qual permite maior diversidade das habilidades motoras, pois no meio líquido, os movimentos dos segmentos são capazes de deslocar o centro de gravidade do corpo, a partir de aplicação de forças de empuxo. A natação pode ser praticada desde o nascimento, e através dela adquirir boa coordenação e desenvolver grandes funções como exercitação das destrezas motoras, conhecimento e domínio progressivo do corpo, socialização entre outros aspectos (BEE, 1995). 21 3.2.1. Os benefícios da natação para crianças com asma A natação é uma atividade física muito indicada pela classe médica para pessoas com vários tipos de patologias, entre elas a asma brônquica, os problemas ortopédicos e posturais, assim como para pessoas obesas, grávidas, deficientes físicas, hipertensas e com problemas nas coronárias. Desde muito tempo, sabe-se da importância da água para o homem, tanto para o seu bem estar físico como para seu bem estar mental (CRUZ, 2004). A prática da natação é tida como a atividade física mais indicada as crianças acometidas de asma, sendo uma das razões mais prováveis a baixa asmogenicidade (grau de brococonstrição induzida pelo exercício), comparada com outras atividades físicas. A natação terapêutica para pneumopatas é uma atividade direcionada para várias pneumopatias como: bronquite, bronquite crônica, muscosividose, enfisema pulmonar e a asma (OLIVEIRA, 2011). Na literatura que aborda o tema sobre a doença asma, muitos estudiosos apontam que a atividade física traz benefícios para as pessoas desta doença, (GUALDI, 2004; COSTA, 2001; MOISÉS et al., 1993). A prática de atividade física, principalmente a natação pode ser uma importante alternativa no combate a esta doença (NIEMAN,1999). Nieman (1999) afirma que os objetivos propostos pela natação incorporam conceitos de reeducação no comportamento do indivíduo, no meio aquático, enfrentando situações novas e, a cada dificuldade superada, constatando um progresso na sua eficiência. Para Mendonça, Ribeiro Neto e Vargas (2010) a área da Educação Física Adaptada estruturada para o asmático confere um importante papel na prevenção de crises asmáticas, sendo o broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE) um fator preocupante, este é uma broncoconstrição transitória que ocorre em resposta a alguns minutos de exercício extenuante e manifestase por uma redução importante do fluxo aéreo após cessar o exercício. Segundo Kerbej (2002), na natação, a ventilação pulmonar deve ser mais eficiente, por isso trabalha-se a resistência aeróbia tornando o asmático capaz de suportar um esforço de longa duração, numa intensidade moderada, 22 inicialmente, os exercícios respiratórios deverão ser feitos com baixa intensidade. Os exercícios respiratórios têm a finalidade de melhorar a capacidade ventilatória, visando ao treinamento de músculos específicos da expiração e à alteração da estrutura torácica (BETTI, 1996); KERBEJ 2002). A prática de atividades físicas tem se mostrado capaz de melhorar a aptidão física e algumas funções pulmonares de indivíduos asmáticos, sendo que dentre elas a natação tem sido considerada a atividade menos asmagênica, quando comparada à corrida em esteira rolante; à corrida livre; ao ciclismo (NATALI; REGAZI; ROSE, 2002). Betti (1997) diz que os exercícios com intensidade leve e breves intervalos são os mais indicados. Neste sentido, o trabalho expiratório executado contra a pressão da água, na natação induz a melhora na musculatura respiratória, principalmente a expiratória, e também reeduca o processo (Oliveira e Serrano, 1984). Sabendo que os exercícios respiratórios têm por objetivo melhorar a função respiratória e evitar o aumento do volume residual, a realização dos movimentos intensos e regulares de braçadas facilita o trabalho articular da cintura escapular, responsável pela mecânica respiratória; o acervo motor da criança é aumentado pela gama de habilidades motoras aquáticas, proporcionando realização emocional pelos desafios intrínsecos à atividade, além do benefício do treinamento aeróbio para nadadores habilidosos, característico da modalidade da natação (MOISÉS, 2007). A natação se impõe a aprendizagem do comando voluntário da respiração e a noção de imobilidade voluntária será utilizada para conduzir o praticante a consciência e ao controle da respiração, em que os atos de inspirar e expirar são controlados voluntariamente e depois automatizados (BURKHARDT; ESCOBAR,1985). Laitano e Meyer (2007) destacam a importância da prática de atividade física por crianças e adolescentes com asma induzido pelo exercício (AIE). Pesquisadores que trabalham com programas de atividades físicas, mais especificamente o trabalho aeróbio, chegaram à conclusão de que asmáticos, depois de um treinamento adequado, adquirem melhor rendimento motor e tolerância ao esforço (DUARTE, 2000; MOISES, 2007). Por outro lado Costa (2001) destaca que crianças com asma devem ter treinamento físico 23 orientado como parte integrante e importante do conjunto das medidas terapêuticas. Segundo Oliveira (2011), para garantir o grau de eficiência da natação utilizada para crianças asmáticas, devemos realizar testes comprovatórios das modificações da resistência das vias aéreas (PeakFlow Meter), antes e após a cada sessão aquática e periodicamente realizar a espirometria. 4 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa transversal de abordagem descritiva qualitativa, realizada com uma criança de oito (8) anos de idade do sexo masculino juntamente com o seu responsável legal (mãe) e uma professora de natação de uma escolinha de natação da cidade de Porto Velho/RO. 4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO Foi realizada uma pesquisa bibliográfica para saber os benefícios da natação e em seguida foi realizado visita a uma escolinha de natação de Porto Velho, para saber quantas crianças com asma estavam matriculadas no horário (das 14 às 15 horas). Nesse horário apena um aluno tinha asma. Entrou-se em contato com o responsável legal por esse aluno e foi explicado o objetivo da pesquisa e pedido autorização para aplicar questionários com ele e com a professora. 4.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA Questionário construido pela pesquisadora com perguntas abertas (apêndice 1). 24 4.3 LIMITAÇÕES DO ESTUDO Este estudo limita-se por ter sido realizado a pesquisa com apenas uma amostra, e apenas três perguntas para o responsável e duas ao professor com subjetividade das respostas e viés de interpretações dos entrevistados. 5 RESULTADOS Neste capitulo seram apresentados os principais resultados da pesquisa referente aos questionários aplicados com mãe e com a professora do aluno pesquisado. Quando questionada a professora se havia diferença na prática de exercício para o aluno do estudo em relação às outras crianças, a mesma relatou que não, porque acredita que não há necessidade depois que ele aprende o processo de respiração. Em relação à pergunta sobre os benefícios para criança com asma a professora relatou que o menino melhorou, mas poderia ter desenvolvido mais acreditando que tudo depende de força de vontade do aluno. Referente à entrevistada com a mãe da criança com asma, quando questionada se havia diferença nas atividades aplicadas ao seu filho em relação aos outros alunos, a mesma relatou que não, pois a professora lhe explicou que uma vez trabalhada a respiração correta não havia necessidade de diferenciar. A resposta referente a pergunta sobre o que mudou na vida de seu filho após a prática de natação, a mesma relatou que houve uma melhora significativa em relação ao condicionamento físico e mental. Quanto à pergunta sobre a melhoria do quadro clínico a mesma relatou que sim, pois houve um aumento em sua auta estima e uma melhora em relação à respiração que antes o mesmo tinha dificuldades de respirar, principalmente à noite. 25 6 DISCUSSÃO Os resultados do presente estudo corroboram com Betio et al. (2007) que afirmam que o fluxo expiratório apresenta discreta melhora e também evidenciaram os benefícios advindos da prática da natação. Estudo realizado por Gualdi e Tumelero (2004) realizado com 04 crianças com faixa etária de 5 a 9 anos, sendo 2 masculinos e 2 femininos, no qual 100% delas apresentaram melhoras relacionadas a natação para asmáticos. A partir do momento que houve melhoria no quadro da criança em relação ao controle da respiração a professora não vê a necessidade de tratamento diferenciado com esta criança. O presente estudo destaca que houve um aumento na autoestima da criança e uma melhora em relação à respiração que antes o mesmo tinha dificuldades para respirar. Estes resultados são confirmados pela literatura, como cita Oliveira (1988): existem crianças asmáticas cujas crises, com a prática da natação, tendem a diminuir, podendo até mesmo desaparecer. Esta pesquisa corrobora com o estudo realizado por Jacques e Silva (1997) com crianças asmáticas na faixa etária de seis (6) a 14 anos,realizado com 17 entrevistas em seis escolas de natação da Ilha de Santa Catarina, percebeu-se que a prática da natação aumenta o intervalo entre as crises de asma, diminui sua duração, tendo havido melhora no grau de intensidade das mesmas, e que as crianças asmáticas adquirem mais resistência com a prática da natação, evidenciando melhora nos aspectos psicológicos e sociais, após a prática da natação, houve melhor eficácia da mecânica respiratória, consequentemente melhor ventilação pulmonar e também reeducação respiratória. Ao avaliar um grupo de oito crianças com diagnóstico de asma, com idade entre sete e dez anos, com tratamento de fisioterapia na piscina e no solo, houve melhora na capacidade de exercícios e a qualidade de vida quanto à função emocional em crianças asmáticas (FELCAR,2006). 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES Ficam evidentes os benefícios que a natação trouxe para a criança com asma deste estudo, atuando como uma excelente alternativa na ajuda para minimizar os problemas causados pela doença. Observou-se que os resultados desta pesquisa apontaram uma melhora no quadro sintomático acusada por uma redução do número de crises asmáticas, principalmente à noite. Conclui-se, através da pesquisa bibliográfica, da percepção da mãe da criança pesquisada, e da professora que a natação para crianças asmáticas, além de melhorar a respiração, aumenta alto estima, condicionamento físico e mental dessa população. São necessários outros estudos com um maior número de crianças e professores de escolinhas de natação de Porto Velho para um maior aprofundado sobre este assunto. 27 REFERÊNCIAS ADELROTH, E; HARGREAVE, F. E; RAMSDALE, E.H. Do physicians need objective measurements to diagnose asthma? Am Rev Respir Dis. Oct;134(4):704-7, 1986. ANDRÉ, M. E. D. A. Estudo de Caso em Pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Liber Livro Editora, 2005. ALVIM, C. G; LASMAR, L. M. L. B. F. Saúde da criança e do adolescente: doenças respiratórias. Nescon/UFMG. Editora Coopmed. Belo Horizonte, 2009. ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 7 ed., São Paulo: Atlas, 2005. ANDRADE, C. R. et al. Avaliação do grau de controle clínico, espirométrico e da intensidade do processo inflamatório na asma. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro Vol. 86(2), p.93-100, 2010. ARAUJO JUNIOR, B. Natação: Saber fazer ou fazer sabendo? 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Estou ciente que o pesquisador me entrevistará, com o objetivo de investigar sobre os principais motivos que me levaram a participar da pesquisa sobre crianças portadoras de asma em um polo aquático na cidade de Porto VelhoRO. Depois de completamente esclarecido (a) pelo referido pesquisador, ACEITO PARTICIPAR DESTE ESTUDO, PODENDO INTERROMPER MINHA PARTICIPAÇÃO A QUALQUER MOMENTO. Porto Velho, RO ......./......./2013. __________________________________ Assinatura do PARTICIPANTE __________________________________________ Assinatura da PESQUISADORA RESPONSÁVEL Mariana de Souza Rodrigues Lucas RG 539.456 SSP/RO Rua: Henrique Soro, nº 6196 Bairro Aponiã Porto Velho, Rondônia, Tel.(69) 9283 - 0196 37 APÊNDICE 2 - Termo de consentimento livre e esclarecido para professor Eu,____________________________________________,RG_____________, Professora responsável, nascido (a) em....../......./......., tendo sido convidado(a) pela graduando de Educação Física Mariana de Souza Rodrigues Lucas, a participar do projeto de pesquisa “Os benefícios da natação para crianças com asma”.Compreendo que posso contribuir neste estudo e que não me oferece risco de qualquer natureza . Estou ciente que o pesquisador me entrevistará, com o objetivo de investigar sobre os principais motivos que me levaram a participar da pesquisa sobre crianças portadoras de asma em um polo aquático na cidade de Porto VelhoRO. Depois de completamente esclarecido (a) pelo referido pesquisador, ACEITO PARTICIPAR DESTE ESTUDO, PODENDO INTERROMPER MINHA PARTICIPAÇÃO A QUALQUER MOMENTO. Porto Velho, RO ......./......./2013. ____________________________________ Assinatura do PARTICIPANTE __________________________________________ Assinatura do (a) PESQUISADOR RESPONSÁVEL Mariana de Souza Rodrigues Lucas RG 539.456 SSP/RO Rua: Henrique Soro, nº 6196 Bairro Aponiã Porto Velho, Rondônia, Tel.(69) 9283 - 0196 38 APÊNDICE 3 - Questionário para o Responsável Legal Nome:__________________________________________________________ 1-Em sua concepção houve melhoria no quadro clínico de seu filho? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ______________________________________________________________. 2-O professor diferencia as atividades aplicadas ao seu filho dos demais alunos? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________. 3-O que mudou na vida de seu filho após a prática da natação? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________. 39 APÊNDICE 4 - Questionário para o professor Nome:_________________________________________________________. 1-Você diferencia as atividades impostas aos alunos em relação ao aluno com asma? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________. 2-Em sua concepção, como está o desempenho do aluno com asma em relação ao início da prática da natação? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________.
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