Projeto Pedagogico 2011.indd

Transcrição

Projeto Pedagogico 2011.indd
Fundação Técnico-Educacional Souza Marques
Ftesm
Escola de Medicina Souza Marques
Curso de Medicina
Projeto Pedagógico
2011
Copyright © FTESM, 2011
Editor
João Baptista Pinto
Capa
Luiz Guimarães
Revisão
Prof. Dr. Luiz Antônio Silva
Editoração Eletrônica
Luiz Guimarães
Letra Capital Editora
Telefax: (21) 3553-2236/2215-3781
www.letracapital.com.br
FUNDAÇÃO TÉCNICO-EDUCACIONAL
SOUZA MARQUES
Profa. STELLA de SOUZA MARQUES GOMES LEAL
Presidente
Prof. MAGNO de AGUIAR MARANHÃO
Diretor Acadêmico
ESCOLA DE MEDICINA
SOUZA MARQUES
Prof. Dr. ANTÔNIO PATROCÍNIO LOCOSELLI
Diretor
Prof. Dr. RAYMUNDO MANNO VIEIRA
Diretor Acadêmico
Profa. Dra. YARA CURVACHO MALVEZZI
Coordenadora de Ensino
Prof. Dr. FERNANDO ANTONIO PINTO NASCIMENTO
Coordenador na Santa Casa
Profa. LEOPOLDINA DE SOUZA MARQUES
Secretária Geral
ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES
PROJETO PEDAGÓGICO
Coordenação:
PROF. DR. RAYMUNDO MANNO VIEIRA
Diretor Acadêmico
PROFª DRª YARA CURVACHO MALVEZZI
Coordenadora do Curso
Revisor de Português
PROF. DR. LUIZ ANTÔNIO SILVA
1ª REVISÃO
RIO DE JANEIRO – 2011
Índice
Breve Notícia Histórica....................................................................15
Introdução à Programação..............................................................23
Apresentação
1. Dos Compromissos..............................................................23
2. Do Ideal de Saúde................................................................24
3. Das Responsabilidades.........................................................24
4. Das Proposições....................................................................25
5. Dos Objetivos........................................................................26
6. Da Síntese..............................................................................27
Parâmetros da Programação...........................................................31
1. Dos Critérios para o Perfil dos Objetivos...........................31
2. Dos Critérios para o Perfil do Graduando.........................33
Organização Curricular....................................................................37
1. Do Ciclo de Formação.........................................................37
1. A. Dos Fundamentos de Medicina Social.......................37
1. B. Dos Fundamentos de Medicina Curativa...................38
2. Do Ciclo de Internato..........................................................39
Currículo: Referências Conceituais................................................43
1ª Referência: do Estudo da Saúde........................................................44
1. Da Concepção da Promoção da Saúde...............................44
2. Do Estudo da Saúde Humana: A Higiologia......................48
3. Da Atenção Primária à Saúde..............................................49
4. Da Medicina Social...............................................................51
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2ª Referência: da Formação do Médico..................................................53
5. Das Bases da Formação Médica..........................................53
6. Da Morfologia Funcional.....................................................54
7. Dos Mecanismos de Agressão e de Defesa.........................56
3ª Referência: da Prática Médica..........................................................57
8. Da Medicina Curativa..........................................................57
9. Da Iniciação à Prática Médica.............................................57
10. Da Propedêutica e da Semiologia.......................................58
11. Da Medicina Clínica.............................................................62
Medicina Interna..................................................................63
Pediatria................................................................................64
Tocoginecologia...................................................................64
12.Especialidades......................................................................65
13.Terapêutica...........................................................................66
4ª Referência: da Educação Médica......................................................68
A Educação Médica
Da Educação Médica..................................................................75
Portaria nº07/2008.....................................................................80
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas..........................................................83
Programação
Programação Curricular......................................................................87
Critérios Adotados......................................................................87
Programação do 1º Ano.............................................................90
Programação do 2º Ano.............................................................90
Programação do 3º Ano.............................................................91
Programação do 4º Ano.............................................................91
Programação do 5º Ano.............................................................92
Programação do 6º Ano.............................................................93
Consolidação das Cargas Horárias............................................94
Organização Curricular: Estrutura Matricial............................94
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Ementas
1º ano Ementas....................................................................................97
Iniciação à Prática Médica 1......................................................97
Iniciação Científica.....................................................................99
Linguagem Médica...................................................................101
Medicina Social 1......................................................................102
Morfologia Funcional 1............................................................107
Orientação e Tutoria................................................................110
2º ano Ementas..................................................................................111
Farmacologia Básica.................................................................111
Fisiopatologia............................................................................113
Iniciação à Prática Médica 2....................................................116
Medicina Social 2......................................................................118
Morfologia Funcional 2............................................................121
Patógeno Hospedeiro: Interrelações.......................................124
3º ano Ementas..................................................................................127
Diagnóstico Médico..................................................................127
Farmacologia Clínica................................................................129
Infectologia................................................................................131
Iniciação à Prática Cirúrgica....................................................133
Medicina Social 3......................................................................135
Psicologia...................................................................................139
Puericultura...............................................................................141
Semiologia e Propedêutica Especial........................................142
Semiologia e Propedêutica Geral............................................146
4º ano Ementas..................................................................................149
Especialidades...........................................................................149
Medicina Interna.......................................................................154
Medicina Social 4......................................................................158
Pediatria.....................................................................................163
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Terapêutica................................................................................165
Tocoginecologia........................................................................167
Internato Ementas
Internato....................................................................................173
Ciclo de Internato: Normas Gerais..........................................175
Bibliografia Indicada
Bibliografia Indicada................................................................181
Bibliografia Complementar.....................................................195
Organização Administrativa
Organização Administrativa....................................................203
Avaliação do Desempenho Escolar...............................................209
Avaliação do Desempenho Escolar: Regulamento Interno....209
Avaliação do Internato: Regulamento Interno.......................215
Complemento aos Critérios de Avaliação...............................219
Deliberações Complementares................................................231
Tutoria e Orientação: Ficha de Avaliação...............................235
Internato: Ficha de Avaliação...................................................237
Código de ética................................................................................241
Introdução.................................................................................241
Da Moral.............................................................................241
Da Ética...............................................................................242
Da Universidade.................................................................244
Da Área da Saúde: da Medicina........................................245
Código de Ética...............................................................................247
Capítulo 1: Dos Preceitos Fundamentais.................................247
Capítulo 2: Dos Preceitos Universitários.................................248
Secção I - Dos Bens Comuns.............................................248
Secção II – Das Tradições..................................................249
Secção III – Do Convívio Humano...................................249
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Secção IV – Das Produções...............................................250
Secção V – Do Ensino e da Docência...............................250
Secção VI – Da Pesquisa e do Saber.................................251
Secção VII – Da Extensão e dos Serviços.........................252
Secção VIII – Dos Docentes..............................................252
Secção IX – Dos Discentes.................................................252
Secção X – Dos Técnicos...................................................253
Secção XI – Dos Pacientes.................................................253
Secção XII – Da Atenção ao Humano..............................254
Capítulo 3: Das Disposições Gerais.........................................255
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Curso
de Medicina
Breve Notícia Histórica
01. A ideia de criação de uma Escola de Medicina pela Fundação
Técnico-Educacional Souza Marques resultou de uma proposta
apresentada em abril de 1967 na Congregação da Escola de PósGraduação Médica Carlos Chagas, fundada pela Associação de
Livre-Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Os membros dessa Congregação, todos com titulação de livredocência e com larga experiência de magistério, na sua maioria,
chefes de enfermarias da Santa Casa da Misericórdia do Rio de
Janeiro, julgaram oportuno o momento para a criação de uma escola médica tendo em vista o grande número de jovens aprovados
nos vestibulares sem que existissem vagas para que pudessem se
matricular. Eram os denominados excedentes.
O fato da existência de excedentes criava problemas políticos
preocupantes para o Ministério da Educação e para a própria
Presidência da República.
Assim, a iniciativa da criação da Escola de Medicina Souza Marques foi tida como uma ideia feliz por ir ao encontro da política
do governo, interessado em aumentar o número de vagas oferecidas pelas poucas escolas de medicina então existentes.
02. Uma vez aprovada a sugestão, foi constituída uma comissão que
iniciou as negociações junto ao então Conselho Federal de Educação (CFE), presidido, na ocasião, pelo Professor Deolindo Augusto de Nunes Couto, ao Ministro da Educação, Professor Tarso
de Moraes Dutra e finalmente junto ao Presidente da República,
General Artur da Costa e Silva.
A ideia teve boa receptividade por parte das autoridades consultadas e foi iniciada a elaboração do Projeto Pedagógico da nova
escola médica.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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Desde o início definiu-se com precisão o perfil do profissional
que se desejava formar.
Respeitado o Currículo Mínimo de Medicina (CFE Resolução
nº 8/69 de 8 de outubro de 1969), nascente a esta época, a
metodologia de ensino projetada obedecia a mais moderna
orientação para a época, com determinação de objetivos para
cada uma das disciplinas e com um esquema que, sem realizar
a plena integração interdisciplinar, o que seria impossível numa
escola de professores em tempo parcial, organizava de modo lógico e concatenado o ensino entre as disciplinas do ciclo básico
e, sempre que possível, entre estas e as do ciclo profissional.
Foram constituídas duas comissões: uma, para a redação do Regimento e outra, para a elaboração do Projeto Pedagógico, as
quais em setembro de 1969 deram o trabalho por concluído.
Para enfatizar o valor da proposta efetivada, basta dizer que nessa ocasião, fim da década de sessenta, quando poucas faculdades
pensavam em recorrer ao auxílio de especialistas em ensino médico, já organizava a Escola Souza Marques, mesmo antes do início de seu funcionamento, cursos de didática médica e tecnologia
educacional para a área da saúde.
Foram ministrados cursos de organização de currículos, formulação de objetivos, de avaliação e muitos outros ministrados
pelos poucos especialistas que, à época, atuavam na área. Entre os professores que participaram desses cursos importa citar
Agnelo Collet, consultor de Educação Médica da Organização
Mundial de Saúde, um dos precursores (se não o precursor) dos
que se dedicaram à nova especialidade da Pedagogia Médica.
O Projeto Pedagógico da nova Escola ficou pronto e acordos
com a Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, que por
tantos anos já havia abrigado a antiga Faculdade Nacional de
Medicina, asseguraram as enfermarias do tradicional Hospital
como o ambiente propício e apropriado para o ensino da escola
médica nascente.
03. Era, como ainda é, exigência legal a existência de uma entidade
mantenedora a qual seria a pessoa jurídica responsável pela Escola. Após vários entendimentos foi firmado um pacto entre os
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
fundadores da Escola e o Professor José de Souza Marques, então
presidente da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, que
já possuía vários cursos de nível superior, o que tornava a FTESM
na entidade mantenedora da nova Escola.
Então, já com a denominação de Escola de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques, faltava, no entanto, a
base física para instalação de sua administração e para o ensino
das disciplinas do ciclo básico.
Novamente a Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro veio
apoiar a ideia, colocando à disposição da Escola o histórico prédio da rua do Catete nº 6, no Bairro da Glória.
Esse prédio, que havia sido a residência de uma figura tradicional do império, fora deixado por morte de seu proprietário à
Santa Casa, com a cláusula que restringia seu uso a finalidades
educacionais.
Nele havia sido instalado e funcionou durante anos um asilo para
jovens órfãs: o Asilo São Cornélio. A dificuldade em manter o asilo levou a Santa Casa a desativá-lo e, assim, nesta ocasião, o edifício
estava desocupado.
Necessitava de reformas, construção de novas instalações e
equipamentos para as cadeiras básicas. O Ministério da Educação, interessado ainda em resolver o problema dos alunos excedentes, prontificou-se em custear as obras necessárias, com a
condição de que a Escola absorvesse 192 excedentes do último
vestibular que há pouco se realizara e que criava um difícil problema político para o governo.
Deve ser destacado este fato, pois muitas vezes a Escola tem sido
citada por ter número excessivo de alunos, mas as 192 vagas
resultaram de uma imposição do Ministério da Educação.
04.Em 15 de outubro de 1969, o Conselho Federal de Educação
(CFE), através do Parecer CFE nº 795/69, de Autorização para
o funcionamento da Escola e em 29 de janeiro de 1970 o DOU
publicou o Decreto nº 66.141 que legitimou a Autorização de
funcionamento da Escola de Medicina Souza Marques.
No dia 15 de maio de 1971 foi proferida a aula inaugural da
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Escola de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza
Marques.
Em 1976, antes de formar a primeira turma, a Escola de Medicina obteve o seu Reconhecimento oficial pelo Parecer CFE nº
2937/76 de 02 de setembro de 1976 e o Decreto nº 78665/76,
publicado no DOU em 05 de novembro de 1976, legalizou o
Reconhecimento da Escola de Medicina Souza Marques.
Sucessivamente a Escola de Medicina Souza Marques tem tido
o seu Reconhecimento de funcionamento renovado, sendo que
o último ocorreu em 2008 (Portaria sesu no 1180/05 de 23 de
dezembro de 2008, publicada no DOU de 26 de dezembro de
2008).
Áreas de Atuação
A Escola de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza
Marques é Instituição de Ensino Superior fundamentalmente voltada ao ensino de graduação da medicina.
Desde o seu reconhecimento, há trinta e três anos, já graduou
acima de 5.000 médicos, dos quais, hoje, muitos ensinam a medicina, praticam com eficiência a arte médica e desenvolvem conhecimentos e técnicas que auxiliam a evolução dos procedimentos médicos.
Porém, a atuação da Escola de Medicina Souza Marques não
tem se limitado ao ensino de graduação, pois, promove, em convênio com o Hospital Aristarcho Pessoa da Secretaria de Estado da
Defesa Civil – SEDEC-RJ (Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de
Janeiro), programa de Residência Médica nas áreas de clínica médica, clínica cirúrgica, pediatria, tocoginecologia e ortopedia. E mais,
estudos estão sendo realizados para a implantação de programa de
Residência Médica na área da Saúde da Família em colaboração
com o Hospital Central do Exército.
A Escola de Medicina Souza Marques atua ainda no ensino de
pós-graduação lato senso, por meio de programas de especialização
como: Especialização em Dermatologia, Especialização em Medicina
Estética e outros.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Estão sendo desenvolvidos Projetos para a futura implantação
de programas de pós-graduação, estrito senso, com áreas de concentração no campo das ciências morfológicas, da medicina experimental e da cirurgia experimental.
Como atividade essencial ao ensino de graduação e pós-graduação, programas sociais de atenção à saúde são promovidos para a
comunidade que acorre aos seus serviços e serviços conveniados.
No Polo de Atendimento Itanhangá (Polo Comunidade Sítio
do Pai João), na Creche Casulo Padre Aleixo (Paróquia da Santíssima Trindade) e mais recentemente no Polo de Saúde da Família:
Unidade Souza Marques (Comunidade do Fubá), em Cascadura,
são exercidas atividades de extensão pela Escola de Medicina como
programas docentes e discentes assistenciais em colaboração aos
serviços de saúde municipais e estaduais.
Cabe dizer, enfim, que a Escola de Medicina Souza Marques,
tem mantido, nesses anos, continuado processo de desenvolvimento
e atualização da consecução de suas precípuas finalidades de Escola
Médica.
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Introdução
à Programação
Introdução à Programação
1. Dos Compromissos
Três são os compromissos que norteiam as diretivas principais
da programação do curso da Escola de Medicina Souza Marques.
A. O Compromisso Educacional:
O qual é o fundamento dos seus objetivos de centro formador
de recursos humanos, habilitados e qualificados, para atuar com
proficiência na promoção da saúde humana, em todos os seus diferentes níveis;
B. O Compromisso Social:
O qual é o fundamento dos seus objetivos de centro de atenção
à saúde, prestador de serviços de manutenção, recuperação e prevenção da saúde humana, como ação de extensão assistencial à comunidade da localidade geopolítica na qual se insere, para contribuir, com
isto, na elevação da qualidade de vida desta comunidade;
C. O Compromisso Cultural:
O qual é o fundamento dos seus objetivos de um centro produtor de conhecimentos, científicos e filosóficos, e de tecnologias, que
almejam não só o desenvolvimento do saber sobre a realidade do
homem nas suas dimensões: física, mental, sociocultural e política,
quanto a produção de recursos e meios para melhorar a saúde e a
qualidade de vida do ser humano.
Como Instituição de Ensino Superior, a preocupação com a formação integral do homem e a colaboração na transformação sociocultural da realidade de seu contexto geopolítico são, naturalmente, partes integrantes dos seus compromissos.
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2. Do Ideal de Saúde
Assim, os três compromissos, como fundamentos, que emergem em todas as intenções de atuação, delineadas nos objetivos do
Curso da Escola de Medicina Souza Marques, se reúnem na proposta de que o ensino médico, a atenção à saúde e a pesquisa para
o desenvolvimento das ciências da saúde são interdependentes e
interativos nos seus processos de consecução e de evolução.
Por isto, cabe à Escola Médica um papel de centralizador na
convergência do aprendizado, da assistência e da ciência que almejam o mais alto ideal da saúde humana, como o proposto pela Organização Mundial de Saúde:
“Saúde, um direito humano fundamental, é um estado de completo bem-estar físico, mental, sociocultural e político, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”.
3. Das Responsabilidades
Os três compromissos, o educacional, o social e o cultural, assumidos para argumentos de base das diretrizes do Curso desta
Escola de Medicina, por serem, na sua realização e implementação,
convergentes e interdependentes, fundamentam, na formulação dos
propósitos e finalidades da programação pedagógica, a valorização
de três responsabilidades:
A. No Campo da Educação:
A de formar o aluno com preparo para uma atuação consciente
da realidade, tanto da saúde da população, quanto do sistema de
saúde do Brasil, e disso, a de o qualificar para prestar serviços médicos que contribuam para a elevação do nível de saúde do cidadão
brasileiro;
B. No Campo da Assistência:
A de implementar, desenvolver e consolidar, em consonância
com as diretrizes do Sistema Único de Saúde, SUS, um modelo de
serviços de atenção à saúde para a comunidade geopolítica, na qual
se insere. Este modelo deve propiciar, pelo padrão de sua estrutu24
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
ração, uma Promoção da Saúde transformada e diferenciada, como
decorrência da prestação de serviços médicos, biomédicos e paramédicos, mais adequados, qualificados e atualizados;
C. No Campo da Pesquisa Científica:
A de ajustar o seu processo de ensino-aprendizagem, viabilizando a inter-relação entre a erudição e a técnica, no sentido de, por
um lado, recuperar, proteger e manter a saúde humana cada vez de
modo mais efetivo e, por outro, promover conhecimentos para a
educação integral do homem e para uma qualidade de vida humana
cada vez melhor.
4. Das Proposições
Como consequência, o Curso de Medicina da Escola Souza Marques se realiza, assim, como um núcleo real de progresso comunitário, pois tem inserido nos seus propósitos a função de centralizar,
como um intermediário ativo, toda a integração que a educação
médica, a atenção à saúde e as ciências da saúde pressupõem.
Em decorrência, este curso médico valoriza como seus propósitos:
I. De Ensino:
Qualificar profissionais médicos habilitados a atuar nas diferentes instâncias da promoção da saúde e nos diferentes níveis de
atenção à saúde e que priorize os atendimentos primários e secundários. Objetiva, deste modo, graduar um médico com formação
geral capaz de atuar nas necessidades mais básicas de saúde do homem brasileiro;
educar profissionais médicos para procedimentos que valorizem uma continuada preocupação com o ideal de saúde do homem,
na sua plena realização de “bem-estar físico, mental, sociocultural e
político”, preparando-o, em virtude disto, para um continuado aprimoramento e atualização de suas qualificações profissionais.
II. De Assistência:
Atuar, por integração e interação, nos sistemas promotores de
saúde da região geopolítica na qual se localiza, pois, com isso, proCurso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
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piciará, pela atuação de seus docentes e discentes, uma colaboração
de serviços médicos qualificados à comunidade da região;
Interagir, como coparticipante, suas estruturas com as dos sistemas promotores da saúde de sua localização geopolítica para, não
só realizar seu compromisso social, como também gerar condições
de adequar o ensino que ministra às necessidades básicas de saúde da sociedade na qual se insere. Este propósito almeja promover
uma continuada evolução da atenção à saúde humana em todos os
seus diferentes níveis, como também, colaborar na melhoria dos
níveis da saúde e nas transformações exigidas pelos níveis de saúde
do seu contexto sociocultural.
III. De Pesquisa:
Desenvolver conhecimentos, científicos e filosóficos, e tecnologias que, fundamentados nas prioridades das questões de saúde da
comunidade, na qual atua em interação com os sistemas locais promotores de saúde, objetivem a elevação do nível de atenção à saúde,
e, com isto, a melhor qualidade de vida, nesta coletividade;
Implementar um núcleo de desenvolvimento voltado a contribuir nas grandes questões de saúde, que afligem a sociedade da
região geopolítica na qual se insere. Esse núcleo deve se prestar, por
um lado, para adequar melhor o ensino ministrado e, por outro,
para melhor ajustar a prestação de serviços na assistência à saúde
realizada.
Assim, promover uma atenção integral ao ser humano almejando o ideal do “bem-estar físico, mental, sociocultural e político” é
a mais importante das proposições do curso da Escola de Medicina
Souza Marques.
5. Dos Objetivos
Agora, ao se apreciar estes que devem ser os propósitos e metas
do Curso de Medicina da Escola Souza Marques, quando são avocados os seus compromissos, educacional, social e cultural, infere-se
que todos eles convergem para uma participação atuante, interativa
e integrativa, da escola médica na atenção à saúde e no sistema de
saúde local, por ter esta escola preocupação em qualificar médicos
com uma formação geral e abrangente.
26
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Então, por meio dessa inserção, integração e interação, no sistema de saúde local e na atenção à saúde, é que este Curso poderá
então, abranger os objetivos de:
a. Graduar futuros médicos, com formação geral, para atuar
na atenção primária e secundária à saúde, sem esquecer a
terciária, pois poderá treiná-los, com currículos adequados,
em programas de integração docente-discente-assistencial;
b. Prestar serviços médicos mais qualificados à comunidade,
visando à elevação do nível de saúde dessa, pois, através de
seus recursos estruturais, de seus serviços e de seus programas de integração docente-discente-assistencial, poderá
cumprir o seu papel de núcleo transformador da realidade
de sua localidade;
c. Contribuir com conhecimentos, científicos e filosóficos, e
tecnologias, não só para a solução das grandes questões de
saúde da população, mas, também para a qualificação mais
completa e efetiva em medicina de seus docentes e discentes
e, ainda, dos membros do sistema de saúde local.
E deste modo, a elevação do nível de saúde e, por extensão,
da qualidade de vida da comunidade na qual se insere a
Instituição, estão contidos nos objetivos deste Curso de Medicina.
6. Da Sinopse
Em síntese, a formulação dos objetivos do Curso da Escola de
Medicina Souza Marques é delineada tendo como fundamentos,
por um lado, os compromissos educacional, social e cultural que,
necessariamente, devem ser assumidos por uma Instituição de Ensino Superior, e, por outro, a intenção de uma ação integrada e
interativa a qual a Instituição deve realizar com o Sistema de Saúde
da localidade geopolítica de sua inserção.
Disto decorre que os objetivos do Curso de Medicina da Escola
Souza Marques são estabelecidos valorizando a formação do médico
generalista, por um lado, preparado para uma prestação de serviços
de promoção da saúde qualificados, atualizados e diferenciados, e,
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
27
por outro, do médico habilitado a atuar nas diferentes instâncias do
sistema de saúde do país (Sistema Único de Saúde).
Além disto, este curso está estruturado com a proposição de
graduar médicos empenhados tanto na melhoria dos níveis da saúde da sociedade, quanto da qualidade de vida da população brasileira.
Em suma, a intenção que contém a esperança e o ideal que
pretendem um profissional médico que promova com competência
e atualidade a atenção integral à saúde do homem, almejando o seu
mais completo estado de “bem-estar físico, mental, sociocultural e
político”, é o fundamento mais intrínseco na formulação dos objetivos do Curso da Escola de Medicina Souza Marques.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Parâmetros
da Programação
Parâmetros da Programação
O curso da Escola de Medicina Souza Marques pretende com
a sua programação, por um lado, estar fundamentado na Resolução CNE nº 4, de 7 de novembro de 2001 que fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para Curso de Medicina e, por outro, valorizar as muitas proposições que ao longo dos anos têm emanado da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), da
Comissão de Ensino Médico do MEC e mesmo da Declaração de
Edimburgo e, ainda que incorpore algumas inovações e visões da
modernidade, ter a intenção fundamental de resgatar valores da
formação ética, humanística e cívica para o médico que pretende
graduar.
Para isto, a estruturação de seu Currículo Pleno, o planejamento de sua seriação e das sequências, programações e matérias de
suas disciplinas têm referência em alguns critérios que, de início,
merecem ser destacados.
Numa apresentação ordenada, estes critérios podem ser categorizados em:
1. Critérios para o perfil dos objetivos;
2. Critérios para o perfil dos graduandos.
1. Dos Critérios para o Perfil dos Objetivos
Para a estruturação do currículo pleno e programação do curso
médico da Escola de Medicina Souza Marques, respeitados os objetivos já propostos para a IES, os quais decorrem de seus compromissos educacionais, sociais e culturais, utilizados como argumento,
para ser a primeira referência no estabelecimento do projeto de
organização deste currículo (composição, seriação, sequências, conteúdos), a intenção de cumprir a propósito de:
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
31
Graduar médicos de formação geral, médicos generalistas.
E este propósito subentende que:
A Medicina é profissão que tem como vocação:
Contribuir com a expectativa da sociedade em saúde e em qualidade de vida;
Educar o ser humano para o seu bem-estar físico, mental, sóciocultural e político;
Respeitar ao ser humano valorizando o direito à vida de cada
homem;
Proteger e salvaguardar a vida humana;
Acompanhar a gestação, o crescimento, o desenvolvimento e a maturação da pessoa;
Manter, promover e recuperar a saúde humana;
Compreender, controlar e erradicar as enfermidades;
Amparar, acolher e solidarizar com quem padece enfermo;
Aliviar as dores e amainar os sofrimentos;
Protelar e dignificar a morte do homem..
Assim, o perfil de um médico de formação geral (o médico
generalista) é o de um profissional de saúde habilitado e treinado
para:
A. Atuar na atenção à saúde humana principalmente com os
procedimentos preventivos e curativos exigidos pela atenção em nível primário e secundário, porém com conhecimentos dos procedimentos do nível terciário;
B. Atuar nos agravos à saúde estando habilitado às ações de
pronto atendimento e de emergência e a realizar os procedimentos cirúrgicos básicos;
C. Atuar como médico da família estando preparado, por seu
treinamento, para os diagnósticos e tratamentos corretos
32
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
das principais enfermidades do ser humano e para as ações
preventivas e curativas que garantam um acompanhamento
do crescimento, desenvolvimento e vitalidade dos membros
da família;
D. Atuar na Promoção da Saúde, no seu nível de competência,
e atuar com proficiência na manutenção, proteção e recuperação da saúde humana tanto em nível individual quanto
em nível coletivo;
E. Atuar nas questões da saúde coletiva e ser um agente educador da sociedade para uma melhoria da qualidade de vida
desta, no que é pertinente à saúde;
F. Atuar profissionalmente sempre com ética, humanismo, civilidade e atualidade científica.
2. Dos Critérios para o Perfil do Graduando
Graduado o futuro médico, observados os princípios aqui formulados, este deverá, então, estar apto a:
A. Atuar no sistema hierarquizado de saúde, Sistema Único de
Saúde (SUS), obedecendo aos princípios de referência e contrarreferência;
Praticar a medicina de forma a garantir a integralidade da
atenção à saúde;
Atuar como médico generalista e como médico da família;
Comunicar-se adequadamente com os colegas, os pacientes
e os familiares destes;
Atuar, com cooperação, em equipe multidisciplinar de saúde;
Considerar a relação custo-benefício nas suas decisões, solicitações e indicações médicas;
B. Realizar com proficiência a anamnese e a consequente construção da história clínica;
Dominar a arte e a técnica semiológica e propedêutica e o
uso dos recursos propedêuticos especiais;
Utilizar adequadamente recursos complementares de diagnóstico;
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n
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Ser capaz de diagnosticar, a partir da anamnese, da semiologia e propedêutica, as principais enfermidades que acometem ao homem;
Indicar adequadamente recursos terapêuticos;
Realizar com proficiência procedimentos cirúrgicos básicos;
C. Atuar profissionalmente sempre com compromisso ético;
Ter uma visão crítica do papel do médico tanto social quanto nos procedimentos de promoção da saúde;
Lidar judiciosamente com o mercado de trabalho e com as
políticas de saúde;
Informar e educar para a saúde seus pacientes, os familiares
desses e a coletividade;
Promover e contribuir com estilos de vida saudável;
Atualizar continuamente os seus conhecimentos profissionais;
Zelar sempre pela própria saúde, apresentação e por sua pulcritude.
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n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Organização
Curricular
Organização Curricular
Em decorrência do propósito de graduar o médico de formação
geral, a programação do curso da Escola de Medicina Souza Marques, se organiza com a seguinte estrutura:
Duração de seis anos, divididos em dois ciclos de estudos, com
atividades didático-pedagógicas em tempo integral:
1. Ciclo de Formação
(com duração de quatro anos);
2. Ciclo de Internato ou de Estágios
(com duração de dois anos).
1. Do Ciclo de Formação
O Ciclo Formativo nas suas atividades de ensino, como seus
fundamentos, tem nas suas finalidades integrar os conhecimentos
da medicina social e os conhecimentos da medicina curativa.
1. a. dos Fundamentos de Medicina Social:
Estas atividades de ensino têm por objetivo orientar o aluno para:
1. Compreender o ser humano como um indivíduo, a sua origem, sua história evolutiva, as suas principais características
de pessoa física, mental e espiritual;
2. Conhecer o corpo como o instrumento da vida humana, a
vida física, ambiental, comunitária, sociocultural e política
do homem;
3. Compreender a saúde, os seus determinantes, os seus principais meios de manutenção, de prevenção e recuperação, a
educação em saúde e sua importância na qualidade de vida
do homem;
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
37
4. Compreender as funções da medicina na evolução e história
humana, na atualidade, nos seus compromissos científicos e
filosóficos, nos seus princípios humanísticos e éticos, no seu
papel na qualidade da vida humana;
5. compreender os conhecimentos que embasam os saberes
e as práticas médicas e promover a iniciação científica do
futuro médico;
6. Conhecer as funções da medicina na Promoção da Saúde,
nos diferentes níveis de atenção à saúde, na assistência aos
agravos à saúde e aos traumas mais frequentes.
1. b. Dos Fundamentos de Medicina Curativa:
Estas atividades de ensino têm por objetivo orientar o aluno para:
1. Conhecer a morfologia e a fisiologia, normal e patológica,
do corpo humano e os mecanismos de agressão e defesa
do organismo, como argumentos para o aprendizado dos
princípios da proteção, manutenção e recuperação da saúde
humana e das ações médicas de diagnóstico e tratamento
das enfermidades;
2. Conhecer as bases físico-químicas e biológicas dos recursos
do diagnóstico médico (diagnósticos laboratoriais, por imagem e por exames gráficos), seus níveis de confiabilidade,
custos e as bases e princípios dos tratamentos médico e cirúrgico;
3. Assimilar os conhecimentos que garantam os saberes e as
habilidades requeridas de um médico de formação geral,
para que possa promover a proteção, a manutenção e a recuperação da saúde de seus pacientes;
4. Adquirir as habilidades da elaboração da história clínica, da
coleta de informações e dos interrogatórios para compor a
anamnese;
5. Apreender as técnicas da relação médico-paciente e apreender a ética do ato médico e o compromisso profissional do
médico;
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n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
6. Adquirir as habilidades para realizar o exame físico dos pacientes (inspeção, palpação, percussão e ausculta) e para interpretar sinais e sintomas das enfermidades;
7. Apreender as habilidades para a formulação de diagnósticos
diferenciais e de diferenciação do diagnóstico principal;
8. Desenvolver a proficiência em tratamentos e condutas clínicas e procedimentos cirúrgicos básicos para ações de atenção básica, pronto atendimento e de emergência;
9. Adquirir os conhecimentos das clínicas: cirúrgica, médica,
pediátrica e tocoginecológica e das especialidades e ainda
da medicina social, para o desenvolvimento da proficiência
nas ações de diagnóstico e tratamento que são utilizadas
principalmente na atenção à saúde em níveis primário e secundário, porém, sem esquecer os procedimentos do nível
terciário.
2. Do Ciclo de Internato:
O Ciclo de Internato ou de Estágios tem por finalidade precípua proporcionar ao aluno da graduação médica, as condições
para que desenvolva, por meio do treinamento prático em serviço,
porém com supervisão docente, as habilidades que lhe garantam
uma efetiva utilização dos conhecimentos e das competências, que
fundamentam os saberes e os procedimentos médicos, para:
1. Praticar, como um profissional, nas estruturas de diferentes
serviços de saúde, as competências requeridas de um médico de formação geral;
2. Praticar em serviços do SUS como centros de saúde, unidades básicas de saúde, ambulatórios, enfermarias e serviços
diversos, a desenvoltura requerida do médico geral;
3. Praticar as ações curativas e preventivas das clínicas: cirúrgica, médica, pediátrica e tocoginecológica e de especialidades médicas e ainda da medicina social;
4. Praticar a solicitação criteriosa e a utilização coerente dos diferentes recursos complementares de diagnósticos médicos;
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
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5. Praticar os procedimentos de prevenção e de educação em
saúde da Promoção da Saúde e do Programa de Saúde da
Família;
6. Praticar, objetivando a maior eficiência, as ações médicas de
atenção integral à saúde que propiciem a proteção, a manutenção e a recuperação da saúde humana, principalmente as
que são utilizadas na atenção à saúde em níveis primário e
secundário, porém se valendo também dos conhecimentos
e procedimentos do nível terciário.
observações
Nesta estrutura geral que valoriza a qualificação do médico
generalista, estão compreendidos ensinamentos fundamentais da
ética médica, sempre almejando o humanismo e a urbanidade pressupostos na arte médica.
Cabe observar, ainda, que a divisão da estrutura do curso em
ciclos e atividades de ensino está estabelecida tão só para uma apresentação sistemática de objetivos em paradigmas conceituais, uma
vez que as várias propostas de conteúdos das disciplinas a serem
lecionadas se entrecruzam, em longitude, com esses paradigmas
para resultando numa estruturação matricial para o Curso de Medicina.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Currículo:
Referências
Conceituais
Currículo Pleno:
Referências Conceituais
Para estabelecer a organização do novo currículo pleno do curso da Escola de Medicina Souza Marques foram adotadas quatro
referências conceituais como norteadoras dos objetivos, conteúdos
e distribuição das disciplinas do curso.
1ª Referência: do Estudo da Saúde
Compreendendo a Medicina Social enquanto os conhecimentos que abrangem o estudo da concepção da saúde humana, da
atenção básica à saúde e da promoção da saúde.
2ª Referência: da Formação Médica
Compreendendo as bases da Medicina contidas nos conhecimentos da morfologia funcional, dos mecanismos de agressão e
defesa do organismo humano e da fisiopatologia e, ainda, contidas nos fundamentos dos diagnósticos e dos procedimentos
médicos.
3ª Referência: da Prática Médica
Compreendendo a Medicina Curativa constituída, por um lado,
pelo estudo da Propedêutica e da Semiologia e, por outro, pelo
estudo da Medicina Clínica e da Terapêutica.
4ª Referência: da Educação Médica
Compreendendo a fundamental preocupação com a Educação
Médica, a continuidade da formação profissional, a formação
ética e humanística do futuro médico e com a valoração dos
princípios e compromissos do Profissionalismo Médico.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
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1ª Referência: Do Estudo da Saúde
1. Da concepção da promoção da saúde
A Promoção da Saúde é um processo abrangente e contínuo
que almeja idealizar e desencadear ações que possibilitem o ideal de
saúde, como direito humano fundamental, para todos os homens.
É também o processo que busca efetivar pela prevenção, manutenção e recuperação da saúde a melhor qualidade de vida humana.
Assim sendo, a Promoção da Saúde deve ser entendida como a
resultante da participação de diferentes setores da sociedade numa
elaboração de estratégias que permitam a consecução da saúde plena
para todos os seres humanos.
Sendo a prevenção baseada na concepção do risco, ou probabilidade, do homem se tornar enfermo e que toda e qualquer
ação para evitar a enfermidade ou agravos à saúde deve ser olhada
como preventiva e sendo a educação em saúde a transmissão de
informações relativas à saúde que objetiva a mudança de comportamentos e a adoção de estilos e hábitos de vida saudáveis, nos
quais cada indivíduo é o principal agente pela manutenção de seu
estado de saúde, depreende-se que a Promoção da Saúde transcende as atividades e decisões individuais para tornar-se numa atividade coletiva quando a abrangência das medidas preventivas é
considerada.
O modelo tradicional de saúde, o Modelo Biomédico, tem o seu
foco principal na etiologia, diagnóstico e tratamento das enfermidades e dos agravos à saúde e dá uma grande importância à atuação, contribuição e desenvolvimento da assistência médica.
O moderno modelo de saúde, o Modelo Social, entende a Promoção da Saúde como um processo amplo e complexo de parcerias,
de atuações intersetoriais e de participação popular que envolve a
sociedade civil organizada, as instituições públicas e privadas e as
organizações internacionais e que objetiva a soma de esforços no
sentido de atuação conjunta que possibilite alcançar resultados que
se traduzam em mais e melhores condições e qualidade de vida
para os seres humanos.
A Promoção da Saúde, portanto, é o modo moderno e eficaz
de enfrentar os desafios referentes à saúde e à qualidade de vida,
44
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
introduzindo a noção de responsabilidade civil dos gestores, compartilhada com a sociedade organizada.
A concepção da Promoção da Saúde compreende:
1. lidar com as condições socioeconômicas dos segmentos populacionais mais carentes;
2. lidar com a pobreza e toda a desestruturação no seu entorno
marcada pela falta de emprego, de infraestrutura adequada
às necessidades humanas (água potável, esgoto, destino adequado do lixo e dejetos), pela poluição dos ambientes, pelas
carências alimentares e educacionais;
3. lidar com estilos de vida e as formas de viver constituídas
nas sociedades modernas, onde mesmo os segmentos mais
favorecidos da população perdem de vista o que é uma vida
saudável, adaptando-se à vida sedentária e estressante, geradora de angústia, ansiedade e depressão, sentimentos que
expressam legítimas insatisfações e que têm como consequência o uso de drogas, lícitas ou não;
4. lidar com a mobilização comunitária, combatendo o individualismo que se tornou uma das principais características
das sociedades modernas, industrializadas, e que nos atinge
igualmente, desmobiliza as pessoas para a luta coletiva por
melhores condições de vida, atualizando a necessidade de
resgatar e reforçar valores como a solidariedade e a ética;
5. lidar com o meio ambiente uma vez que as noções prevalentes de progresso vêm estimulando agressões constantes aos
rios, mares, terra, floresta, ar etc.;
6. lidar com os ambientes de trabalho muitas vezes não adequados às condições mínimas de salubridade;
7. lidar com ambientes escolares nos quais há grandes e persistentes dificuldades para conter a violência e o desrespeito às
regras básicas da convivência social;
8. lidar com a política e a administração pública cuja gestão
estatal é geralmente fragmentada e burocratizada.
Portanto Promover Saúde é aceitar o imenso, incomensurável,
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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desafio de desencadear um processo amplo e complexo de parcerias, atuações intersetoriais e participação do cidadão que otimize
os recursos disponíveis e garanta a aplicação destes em políticas que
respondam mais efetiva e integralmente às necessidades de vida das
diversas comunidades humanas, principalmente as mais carentes.
Cabe lembrar que na Conferência de Ottawa (Canadá, 1986)
foi proposto o processo da Promoção da Saúde, o qual germinou da
proposição de saúde para todos da Conferência de Alma-Ata (Cazaquistão, 1978), de atenção primária de saúde.
Estas propostas evoluíram nas Conferências: de Adelaide (Austrália, 1988) para as políticas públicas saudáveis; de Sundswall (Suécia, 1991) para ambientes favoráveis à saúde; de Jakarta (Indonésia, 1997) e México (México, 2000) para a saúde no século XXI.
Na América Latina, na Conferência de Bogotá (Colômbia, 1992)
como promoção da saúde e igualdade e com a Carta do Caribe
(Port Spain, 1993) na declaração sobre a saúde da comunidade caribenha. Em síntese, estas propostas evoluíram para os conceitos de
vida, comunidade, ambientes e cidade saudáveis.
Para a Conferência de Alma-Ata as condições e requisitos para a
saúde, que estariam contidas na atenção primária à saúde, seriam:
1. Educação em saúde;
2. Alimentos e nutrição apropriada;
3. Abastecimento de água potável;
4. Saneamento básico;
5. Assistência maternoinfantil;
6. Imunização;
7. Prevenção de enfermidades endêmicas;
8. Tratamento apropriado das enfermidades e traumatismos
comuns;
9. Disponibilidade de medicamentos.
A atenção primária à saúde compreende, assim, três grandes
campos para as ações que objetivam a saúde:
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
1º o campo das ações sociais:
o abastecimento de água potável, o saneamento básico, o favorecimento de alimentos e nutrição apropriada, como também
as ações de educação em saúde;
2º o campo das ações preventivas:
a assistência maternoinfantil, as campanhas de imunização e de
prevenção de enfermidades endêmicas;
3º o campo das ações clínicas:
os procedimentos para o tratamento apropriado das enfermidades e traumatismos comuns, sustentados pela disponibilidade de
medicamentos.
A partir de Ottawa, as Conferências Internacionais de Saúde
seguintes acrescentaram a estas condições outras circunstâncias de
vida como requisitos da saúde:
A paz; a escolaridade; a moradia; a renda; ecossistema
estável; o uso sustentável dos recursos naturais; segurança; relações e justiça sociais; igualdade de direito para as
mulheres, respeito aos diretos dos homens e à equidade
humana.
Assumindo-se ser a pobreza, acima de tudo, a maior ameaça à saúde.
Com isto, para o Modelo Social, a saúde brota, vinga e se desenvolve na vida cotidiana, nos centros educacionais, no trabalho e
no lazer.
A saúde é, pois, o resultado dos cuidados que cada um dispensa
a si mesmo e aos demais, é a capacidade de tomar decisões e controlar a própria vida e assegurar que a sociedade em que vive ofereça a
cada um dos seus membros a possibilidade de ser saudável.
Deste modo entende-se que o Modelo Social não invalida o Modelo Biomédico da Saúde, pois estão contidas nas ações coletivas e,
além delas, continua existindo nas condições para a saúde, sempre,
a necessidade de atenção aos agravos à saúde e à ocorrência de enfermidades. Ou seja, para a proteção, manutenção e recuperação
da saúde humana continua havendo a necessidade da prevenção de
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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epidemias, da vigilância sanitária e epidemiológica, da imunização,
da assistência maternoinfantil, das ações de pronto-atendimento nos
traumas frequentes, a assistência às enfermidades endêmicas, os procedimentos terapêuticos e indicações de medicamentos etc.
E mais, na atualidade ainda são tidas como ameaças à saúde: a
urbanização, o aumento no número de pessoas idosas, a prevalência
de doenças crônicas, o comportamento mais sedentário, a resistência a antibióticos e a outros medicamentos, o uso abusivo de drogas,
a violência civil e doméstica e o mal-estar de centenas de milhões de
pessoas. As doenças infecciosas novas e reemergentes e um maior
conhecimento sobre os problemas de saúde mental, que requerem
uma providência urgente, também fazem parte deste quadro.
Por tudo isto, entende-se que o ensino moderno da medicina
deva privilegiar, com igual importância, o papel do médico na Promoção da Saúde, como também o seu papel na atenção primária à
saúde, como ainda todos os recursos da assistência médica às enfermidades e aos agravos à saúde humana. Isto é, o ensino moderno da
medicina deve privilegiar tanto o Modelo Social quanto o Modelo
Biomédico de Promoção da Saúde.
2. Do estudo da saúde humana: A Higiologia
Assim, a primeira referência para a estruturação do currículo pleno deste curso, respeitados os compromissos institucionais, e
respeitados os modelos da Promoção da Saúde, está fundamentada
no conceito de saúde e na valorização da atenção à saúde em nível
primário como proposta na Conferência de Alma-Ata (1978) reiterando a concepção de saúde da Organização Mundial de Saúde:
“Saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doenças ou enfermidades.”
Assim sendo, à ideia mais primitiva de que o estado de saúde é um polo oposto ao daquele em que estão presentes moléstias
e doenças, ou ao originário conceito de que, para que haja saúde
deve existir uma ausência de enfermidades, se estabeleceu, modernamente, a concepção de que a saúde é uma disposição, uma pro48
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
pensão, um modo de ser. Disto saúde ser o conjunto das condições
que garantem ao homem um estado de bem-estar, isto é, um estar
de bem, um sentir-se bem, com a realidade do seu organismo, do
seu psiquismo, com a realidade da sua vida e do seu mundo.
Pode-se até afirmar que, quando o ser humano, apesar da sua
constituição física e psíquica e das suas circunstâncias ambientais,
sociais e culturais de vida, é feliz, isto é, demonstra ter proficuidade
e satisfação, o prazer de viver, tem, então, saúde.
Neste enfoque, a saúde é concebida mais como um estado existencial subjetivo, do que como um estado natural no qual não ocorrem doenças e moléstias, pois que, apesar do homem ser portador
destas, ou de sequelas das mesmas, é possível que se sinta bem consigo mesmo, com a sua vida e com as circunstâncias de seu mundo.
Mas, é claro que as condições orgânicas e funcionais de normalidade e as da ausência de doenças, enfermidades e moléstias, ou
mesmo de sequelas dessas, são as que facilitam o estado de saúde,
muito embora se possa aceitar que estas condições não sejam as
indispensáveis para que a saúde se manifeste, ou exista.
Deste modo, fundados nesta concepção de saúde, os procedimentos para uma educação em saúde, assim como os de reabilitação e reeducação ganham importância e destaque e complementam
ou substituem os procedimentos curativos, nas ações de proteção,
manutenção e de recuperação da saúde humana, tornando-se assim
indispensáveis.
Em decorrência desta concepção, então, o propósito de formar
médicos generalistas, que, além de toda uma boa formação nas práticas curativas para a promoção da saúde, tenham também uma
visão mais abrangente da saúde humana, norteou a programação
desse Curso de Medicina para se estruturar com esta referência
como um dos seus eixos de sua construção.
3. Da atenção primária à saúde
Reiterando, neste curso toda prioridade e ênfase são dadas, na
sua programação, ao estudo da saúde humana. Antecedendo a preocupação com o ensino das enfermidades, o ensino da saúde ocupa
posição de destaque no projeto pedagógico do curso da Escola de
Medicina Souza Marques.
Compreendida, ainda que de um modo simplificado, a atenção
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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primária para a Promoção da Saúde como o conjunto das ações
que, “procurando modificar as circunstâncias de vida de populações humanas, objetivam permitir aos membros destas conquistarem melhor qualidade de vida e, em decorrência disto, terem maiores probabilidades de alcançar o estado de bem-estar que é a saúde”,
o saber promover saúde por meio das ações de atenção primária
se torna um conhecimento imprescindível na formação do médico
generalista, o qual deve ter no seu perfil profissional a competência
para atuações de sanitarista e de agente educador em saúde.
“A atenção primária à saúde é a assistência sanitária essencial baseada em métodos e tecnologias práticas, cientificamente fundamentadas e socialmente aceitáveis, postas ao
alcance de todos os indivíduos e famílias da comunidade
mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam suportar”.
A atenção primária “... representa o primeiro nível de contato do indivíduo, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde... e é o primeiro elemento de um
processo permanente de atenção à saúde”.
Assim, muitas das ações de atenção primária, além de outras, se
constituem na educação do homem para a importância da higiene
pessoal, dos cuidados com o corpo, da alimentação balanceada, do
uso da água tratada e dos esgotos, da construção e localização da
moradia, da escolaridade, da correção da poluição e contaminação
do ambiente de vida e de trabalho etc.
Estas ações, de modo geral, objetivam melhorar, como já dito, a
qualidade da vida humana e, disto, a expectativa de saúde para garantir um melhor crescimento, desenvolvimento e maturidade para
o ser humano.
Numa realidade como a brasileira, estes recursos devem ser do
conhecimento de um médico generalista, que está sendo formado
para atuar como agente modificador da realidade de saúde da localidade na qual se insere a escola médica ou na qual irá exercer
futuramente as funções de médico.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Em síntese, apesar da abrangência das ações da Atenção à Saúde e da diversidade das ações médicas o curso, ainda, objetiva inserir o aluno no contexto mais amplo da participação da medicina
no processo da Promoção da Saúde, quer caracterizada como a assistência à saúde do modelo biomédico, quer caracterizada como a
prevenção e manutenção da saúde e a educação em saúde do modelo social.
4. Da Medicina Social
Além do aprendizado da história natural das doenças e moléstias, o qual deve possibilitar os argumentos para as ações preventivas e recursos para as ações curativas, existe na programação do
Curso Médico da Escola de Medicina Souza Marques, um empenho
em difundir os conhecimentos e os procedimentos que venham a
permitir ao futuro médico atuar como um real agente de saúde o
qual saberá educar o homem para a saúde, entendida esta como
“um estado de bem-estar físico, mental, sociocultural e político”.
Por tudo isto se justifica a Medicina Social no projeto pedagógico
e o seu ensino se distribuir por todas as séries letivas deste curso de
medicina.
Compete, então, ao Departamento de Medicina Social preparar
o futuro médico a ser graduado no curso, para os conhecimentos
sobre a moderna concepção de saúde e educá-lo nos conhecimentos
e procedimentos requeridos nas ações de atenção à saúde em nível
primário e das ações de educação em saúde e preventivas compreendidas no modelo coletivo de promoção da saúde.
Ainda que não seja desconhecida e nem mesmo desmerecida a
importância e o valor das ações curativas para a proteção, manutenção e recuperação da saúde humana, as disciplinas que compõem
este departamento ocupam uma posição de eixo longitudinal de
referência na programação do curso, almejando, assim, garantir ao
Projeto Pedagógico uma unidade de objetivos e finalidades.
Compõem o ensino da Medicina Social os tópicos:
Fundamentos das Ações de Saúde (Medicina Social 1)
Que compreende conhecimentos: da Antropologia Médica; da
Higiologia; de uma Iniciação à Saúde Coletiva; da Educação em
Saúde; da Ética e Bioética Médica; da Promoção da Saúde.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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Organização dos Serviços de Saúde (Medicina Social 1)
Que compreende conhecimentos: dos Sistemas de Atenção à
Saúde; do Sistema Único de Saúde: SUS; da Organização do
Sistema Único de Saúde: SUS.
Epidemiologia (Medicina Social 2)
Que compreende conhecimentos: da Epidemiologia; do Método Epidemiológico; da Medicina Preventiva.
Atenção à Saúde (Medicina Social 3)
Que compreende conhecimentos: do Planejamento em Saúde;
das Políticas Brasileiras de Saúde; dos Programas de Saúde; dos
Sistemas de Atenção à Saúde.
Medicina Sanitária e Ações de Saúde (Medicina Social 4)
Que compreende conhecimentos: da Medicina Legal; da Medicina Ocupacional; do Programa de Saúde da Família; da Vigilância em Saúde.
Cabe ainda ao Departamento de Medicina Social a programação das atividades práticas de ações sanitaristas, as quais estarão
distribuídas por todas as séries, inclusive no Internato, deste Curso
de Medicina.
A formação em atenção primária à saúde se fará centrada em
atividades práticas constituídas principalmente: por visitas domiciliares que objetivarão a educação em saúde por meio do acompanhamento das condições sanitárias locais e da qualidade de vida
dos moradores; levantamento e ordenamento dos problemas da
comunidade e propostas de soluções a estes; das atuações em prevenção pela participação em programas de profilaxia, vacinação
e erradicação de endemias e epidemias; das atuações em pronto
atendimento por meio de estágios e plantões em centros de saúde
ou unidades básicas de saúde; do pronto atendimento e primeira
consulta pelas participações nas diferentes ações do Programa de
Saúde da Família.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
2ª Referência: Da Formação Médica
5. Das bases da formação médica
Utilizando o modelo dos “Campos de Saúde”, proposto em 1973
por Laframboise, se entende ser o estado de saúde determinado por
um conjunto de fatores que podem ser agrupados em quatro grandes categorias:
1. Fatores Biológicos
[constituição orgânica do indivíduo]:
Fatores que abrangem a estruturação normal do corpo humano; sua herança genética, seus processos de desenvolvimento,
crescimento e maturação e suas funções;
2. Fatores Ambientais
[circunstâncias ambientais]:
Fatores que abrangem as circunstâncias externas ao organismo
humano, isto é, os ambientes em suas dimensões física (geográfica), humana (ecologia, etologia e etnologia), sociocultural e política, sobre os quais o indivíduo, de per si, exerce pouco ou nenhum
controle;
3. Fatores dos Estilos de Vida
[qualidade e atividades da vida diária]:
Fatores que abrangem o conjunto das atividades da vida humana como o asseio corporal, a alimentação, a educação, o trabalho e o lazer, parcialmente sob o controle do indivíduo;
4. Fatores da Atenção à Saúde
[recursos para cuidados com a saúde]:
Fatores que abrangem a quantidade, a qualidade e a disponibilidade dos recursos destinados aos cuidados com a saúde, principalmente os assistenciais.
Reiterando concepções já referidas, o estado de saúde é decorrente da qualidade da vida humana que resulta da interação da
constituição individual com as circunstâncias ambientais e das disponibilidades de condições e recursos de manutenção, recuperação
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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e promoção da saúde, compreendendo-se entre estas as ações de
Atenção à Saúde.
Cabe lembrar que os estudos dos fatores ambientais e dos relativos aos estilos de vida são considerados, com mais propriedade,
pelas disciplinas que compõem o ensino da medicina social, como
já visto atrás.
Já o estudo dos fatores biológicos (constituição orgânica do indivíduo), quer na sua normalidade, quer nas suas alterações determinadas, ou pelos agravos ao organismo, ou pelos agentes etiológicos
das enfermidades, constituem o objeto do campo de conhecimento
que pode ser qualificado como Fundamentos Biomédicos da formação médica.
Deste modo, a formação do médico deve compreender, integrado ao aprendizado da Medicina Social, com igual ênfase, também o
aprendizado da normalidade da Morfologia Funcional do corpo humano e o aprendizado dos diferentes Mecanismos de Agressão e de
Defesa do organismo envolvidos nos processos das enfermidades.
Já o estudo dos procedimentos, das condições e recursos de manutenção, recuperação e promoção da saúde, relativos às responsabilidades dos médicos, que são compreendidos na Atenção à Saúde,
enquanto procedimentos de assistência à saúde compõem o aprendizado dos fundamentos e dos procedimentos da Medicina Curativa.
Assim a formação em Medicina Curativa deve compreender
o aprendizado e o treinamento prático nas ações que compõem
o ato médico como: a anamnese, a semiologia e propedêutica; os
raciocínios para os procedimentos médicos de diagnóstico e tratamento das principais enfermidades; a indicação, valor e custo
de exames complementares; as condutas médicas mais efetivas
de pronto atendimento e primeiros socorros; as técnicas dos atos
cirúrgicos, dos procedimentos anestésicos e cirúrgicos básicos;
as bases da terapêutica e a indicação dos medicamentos mais comuns, baratos e efetivos.
6. Da Morfologia Funcional
A Morfologia Funcional abrange o ensino da estruturação
e organização normais do corpo humano (conhecimentos de
anatomia, citologia, embriologia, histologia) e da função dos órgãos e dos sistemas (conhecimentos de fisiologia), objetivando
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
uma visão integrada da forma e da função do organismo, tendo como referência a integridade equilibrada do corpo humano,
quer como meio interno (homeostase), quer com o meio externo
(adaptação), a ser considerada como um único todo distinto e
individualizado.
Compõem o ensino da Morfologia Funcional (1 e 2) os tópicos:
O Homem
Introdução à antropologia física e cultural. A evolução do homem.
O Corpo Humano
O corpo como órgão da vida humana. Funções biológicas básicas.
A Construção do Corpo Humano
Estruturação somática: planos e eixos; posição anatômica.
Biotipologia humana.
A Estruturação do Corpo Humano
Organização celular e tissular: morfologia funcional geral.
Morfologia funcional dos órgãos e sistemas.
A Homeostase
A equilibração do meio interno: os mecanismos da homeostase.
A Adaptação
O equilíbrio com o meio externo: os mecanismos da adaptação.
Os Sistemas de Controle da Equilibração
Os controles da homeostase: morfologia funcional.
Regulação da homeostase: humoral, endócrina e nervosa.
Os Mecanismos de Proteção do Corpo
O sistema reticuloendotelial; os órgãos linfoides
A pele e seus anexos. A regulação térmica do organismo.
As Funções Básicas da Vida
Funções vitais básicas: morfologia funcional.
Funções: energética, de assimilação e excreção, reprodutiva.
O Crescimento e o Desenvolvimento
Os códigos da vida: a herança genética. Embriogenia e nascimento.
Maturação morfológica e funcional: crescimento e desenvolvimento.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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55
As Idades da Vida Humana
Diferenças etárias e sexuais. As diferentes fases da vida.
Do útero a senilidade. O processo da morte.
7. Dos Mecanismos de Agressão e Defesa
O ensino dos Mecanismos de Agressão e de Defesa compreende
os conhecimentos das agentes etiológicos, vivos ou não, das alterações morfológicas e funcionais dos tecidos, órgãos e sistemas, dos
processos fisiopatológicos, dos mecanismos de estabelecimento dos
sinais e sintomas das enfermidades mais frequentes que acometem
o ser humano, bem como o conhecimento dos recursos laboratoriais para o diagnóstico destas.
Esses conhecimentos são os fundamentos para o posterior
aprendizado, pelo futuro médico, dos sinais e sintomas clínicos e
do diagnóstico e tratamento das mais diversas enfermidades.
Compõem o ensino dos Mecanismos de Agressão e de Defesa
do organismo humano os tópicos:
Fisiopatologia
O estudo das enfermidades: doenças, moléstias e síndromes.
Etiologia e fisiopatologia dos processos patológicos gerais. Fisiopatologia dos sinais e sintomas nos processos patológicos gerais.
As bases moleculares e genéticas das enfermidades.
Alterações orgânicas e sistêmicas decorrentes de processos fisiopatológicos especiais (orgânicos e sistêmicos). Procedimentos anatomopatológicos de diagnóstico. Principais entidades
patológicas.
Patógeno Hospedeiro: Inter-relações
Fundamentos da Infectologia. Noções de doenças infecciosas e
parasitárias. Noções de endemias e epidemias. Infecções, infestações e parasitismo. Micro-organismos e parasitas causadores
de doenças infecciosas endêmicas. Fisiopatologia das principais
enfermidades de origem viral, microbiana, parasitária e por
animais peçonhentos. Resposta imune humoral e celular. Mecanismos de defesa do organismo. Mecanismos imunológicos
de defesa do organismo. Transmissão das doenças infecciosas
e parasitárias.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
3ª Referência: Da Prática Médica
8. Da Medicina Curativa
O modelo tradicional de saúde é o Modelo Biomédico, o qual
tem como foco principal: a história clínica, o diagnóstico e o tratamento das principais enfermidades, endêmicas e epidêmicas, e a
assistência aos agravos à saúde e aos traumas.
Esse é o modelo que não só dá grande importância à formação
médica dirigida para a assistência curativa, cada vez mais especializada, e que se vale de recursos diagnósticos de alto custo, quanto
dá importância enfática à atuação do médico junto a cada enfermo,
numa relação individualizada.
No currículo deste curso de medicina, o aprendizado dos principais procedimentos da assistência curativa, ainda que observem
princípios do Modelo Biomédico procuram, no entanto, abarcar
os meios e recursos de diagnóstico e tratamento das enfermidades
mais comuns, que devem ser valorados na formação de um médico
generalista.
São valorizados ainda e principalmente os procedimentos a serem realizados nas diferentes instâncias do Sistema Único de Saúde
(SUS), do nível de menor até o de maior complexidade. São valoradas também as ações de pronto atendimento e os cuidados que devem compor a atenção primária e secundária à saúde, introduzindo
conhecimentos relativos aos cuidados de nível terciário.
9. Da Iniciação à Prática Médica
A programação do curso prevê para o aluno, desde o início do
seu aprendizado, além das práticas da medicina social, uma iniciação à prática médica curativa enfatizando a importância dos contatos iniciais do aluno com pacientes e destacando a postura e a
ética do médico, envolvidas nestes contatos. O objetivo é dar aos
discentes uma introdução à medicina como profissão, como prática
e como vocação.
Compõem o ensino da Iniciação à Prática Médica os tópicos:
Iniciação à Prática Médica 1
Homeostase e balanço hidro-eletrolítico. Bases bioquímicas e
biofísicas das funções orgânicas e dos principais exames compleCurso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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mentares. A lógica do diagnóstico médico. Os exames complementares e o laboratório clínico. Enzimas e diagnóstico laboratorial. Clínica e laboratório das principais enfermidades. Laboratório e clínica da dieta. Noções de exame de sangue, de urina, por
imagem e gráficos.
Iniciação à Prática Médica 2
Iniciação ao ato médico. A relação médico-paciente: a postura
médica. A abordagem do paciente. Iniciação ao raciocínio clínico. Iniciação à propedêutica e à semiologia. O exame físico do
paciente. A participação do médico em equipes de saúde. O ato
médico e o Código de Ética. Noções de primeiros socorros e de
suporte básico de vida. Princípios básicos de terapêutica.
Iniciação à Prática Cirúrgica
Bases biológicas da cirurgia. Princípios da técnica cirúrgica. A
equipe, instrumental e centro cirúrgico. Antissepsia, assepsia
e degermação. Intubação e extubação. Fios e suturas. Tempos
fundamentais da técnica operatória. Feridas e cicatrização. Drenagem. Acesso venoso periférico. Noções básicas de anestesiologia. Anestesia local e geral, Anestesia loco-regional, raquiana
e peridural. Monitoração anestésica. Recuperação pós-anestésica.
10.Da Propedêutica e da Semiologia
O diagnóstico é, tanto para a Medicina Curativa quanto para a
Medicina Social, assim como o é para outras profissões da saúde,
o pré-requisito básico e fundamental para o estabelecimento dos
procedimentos necessários.
Mas, sem o reconhecimento dos sinais e dos sintomas, o processo lógico de diagnosticar não pode acontecer. Assim as atividades e
os conhecimentos mais nobres da medicina são os da Semiologia e
da Propedêutica que fundamentam primeiro, a obtenção dos diagnósticos e depois, a formulação das condutas de tratamento.
Deste modo, prioridade e ênfase são dadas, na programação, ao
ensino da Semiologia e da Propedêutica, que ocupa, por isto, uma
posição chave no currículo, pois, este currículo entende que a boa
prática médica é feita fundamentada na semiologia e propedêutica
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
bem realizadas e que, para o bem diagnosticar é preciso saber-se
bem semiologia e propedêutica.
E mais, para a Escola de Medicina Souza Marques o ensino e
a prática da Semiologia e da Propedêutica sempre foram uma das
suas marcas diferenciais e de excelência.
O ensino da Propedêutica é desenvolvido em atividades práticas, na beira do leito do enfermo e abrange, por um lado, a arte da
anamnese e do interrogatório que desencadeiam os procedimentos
lógicos dos diagnósticos e, por outro, as técnicas dos exames físicos
e das avaliações dos sinais que permitem distinguir o diagnóstico
principal dos diferenciais.
O ensino da Semiologia médica, realizado principalmente
a partir do estudo e da discussão de casos clínicos, objetiva não
só o conhecimento dos sinais e sintomas das enfermidades, como
também a utilização dos recursos dos exames físicos e dos exames
subsidiários para auxiliar o médico nos seus diagnósticos. Assim, o
estudo da Semiologia é acima de tudo um treinamento prático no
raciocínio e na lógica médica para a formulação dos diagnósticos
que permitam a proposição de condutas apropriadas.
A programação voltada à formação do médico geral tem grande preocupação em preparar os alunos na prática da Semiologia e
Propedêutica que garantam os raciocínios que o possibilitem, quando graduado, mesmo não dispondo de grandes recursos de exames
complementares, a levantar hipóteses de diagnósticos confiáveis,
válidas e seguras.
Semiologia
Anamnese e sinais vitais. A importância da anamnese para o
clínico. Os principais sinais e sintomas clínicos. Semiologia das
síndromes respiratórias, cardíacas e vasculares. Semiologia dos
principais sinais e sintomas gastrintestinais. Semiologia da insuficiência renal. Semiologia da perda e ganho de peso. Sinais e
sintomas das glândulas endócrinas. Semiologia das artropatias.
Semiologia das cefaleias, das alterações da consciência e da linguagem.
Propedêutica
Inspeção geral. Exame físico geral. Exame da cabeça e pescoço.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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Propedêutica respiratória. Propedêutica cardíaca. Exame segmentar do aparelho cardiovascular. Propedêutica do abdômen.
Exame segmentar do abdômen. Propedêutica dos membros (ossos e articulações). Propedêutica neurológica: postura e marcha; movimentos e força muscular; tônus e coordenação motora; reflexos; sensibilidades.
Além da Semiologia e Propedêutica gerais são ensinadas a Semiologia e a Propedêutica Especiais, complementares e relativas às
especialidades médicas da cardiologia, gastroenterologia, neurologia e pneumologia.
Na Semiologia e Propedêutica Especiais além da ênfase nos sinais e sintomas mais distintivos das enfermidades são também focalizados os exames complementares mais específicos destas especialidades. O estudo compreende os tópicos:
Semiologia e Propedêutica Cardiológica
A importância da anamnese e do exame físico em cardiologia.
A indicação apropriada e os resultados válidos dos principais
exames laboratoriais, gráficos e por imagem em cardiologia.
Indicações da cinecoronariografia, do estudo eletrofisiológico,
do ultrassom coronário e de biópsias.
Semiologia e Propedêutica Gastrenterológica
A importância da anamnese e do exame físico em gastroenterologia. A indicação apropriada e os resultados válidos dos principais exames laboratoriais, gráficos e por imagem em gastroenterologia. Indicações das endoscopias, das punções, de biópsias
e anatomopatológicos.
Semiologia e Propedêutica Neurológica
Correlação clínica da morfologia funcional do sistema nervoso.
A importância da anamnese e do exame físico em gastroenterologia. A indicação apropriada e os resultados válidos dos principais exames laboratoriais, gráficos e por imagem em gastroenterologia. Indicação da eletrencefalografia e eletromiografia,
do exame do líquido cérebro espinhal.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Semiologia e Propedêutica Pneumológica
A importância da anamnese e do exame físico em pneumologia.
A indicação apropriada e os resultados válidos dos principais
exames laboratoriais, gráficos e por imagem em pneumologia.
Indicação das provas de função respiratória, da gasometria, do
exame de escarro, das punções e biópsias em pneumologia.
Consolidam o ensino da Semiologia e da Propedêutica as atividades e atribuições da disciplina de Diagnóstico Médico que
orienta os alunos nas discussões de casos clínicos, objetivando a
integração dos conhecimentos necessários para o estabelecimento
da etiologia, da fisiopatologia, do diagnóstico do quadro clínico. A
disciplina acompanha também os alunos na interpretação e correlação dos exames subsidiários com os resultados dos exames físicos
objetivando a lógica da formulação das proposições de condutas de
tratamento das enfermidades mais comuns.
Diagnóstico Médico compreende o ensino dos tópicos:
Diagnóstico Médico
A importância da associação de conhecimentos semióticos, de
medicina interna e de métodos complementares na lógica do
diagnóstico clínico. A interpretação do resultado de exames laboratoriais (exames de sangue, urina e fezes, provas funcionais
hepática e renal) e de exames por imagem (a imagem radiográfica, a radiologia do tórax, noções fundamentais de ultrassonografia e tomografia computadorizada). Formulação de diagnósticos diferenciais, apreciando a indicação apropriada e os
resultados válidos dos exames subsidiários mais genéricos.
Completam este ensino a Puericultura (noções de Semiologia e
Propedêutica aplicáveis, em particular à Pediatria) a Psicologia e a
Infectologia.
Puericultura
Ações básicas de puericultura e sua importância para a prevenção, manutenção e recuperação da saúde do neonato e do
recém-nascido. Ações de atenção integral à saúde da criança.
Imunizações: cartão vacinal. Aleitamento Materno. Indicações
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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nutricionais. Assistência ao recém nascido. Acompanhamento
do crescimento e desenvolvimento sadio das crianças. Prevenção de acidente e de maus tratos.
Psicologia
Importância da Psicologia para o médico geral. Neurociência e
mente humana. Inconsciente e consciente: mecanismos de defesa. A dinâmica do psiquismo. Introdução à psicopatologia, à
psicossomática. A relação médico-paciente. O atendimento psicológico. Aplicações da psicologia médica: na educação em saúde,
na saúde mental.
Infectologia
Controle das doenças transmissíveis. Exames complementares
nas infecções. Diagnóstico em infectologia. Uso clínico de antimicrobiano, antiparasitário e de quimioterapia. Antibióticos
e quimioterápicos. Quimioterapia antiparasitária, antiviral, antirretroviral. O Programa Nacional de Imunizações. Diarreias
infecciosas e parasitoses intestinais. Síndrome febril. Doenças
respiratórias agudas. Acidentes por animais peçonhentos. Mordeduras por mamíferos. Tétano e raiva.
Vale reforçar que as atividades do ensino da Propedêutica são
eminentemente práticas e são realizadas preferencialmente junto a
pacientes internados em enfermarias, mas, também junto a pacientes usuários de ambulatórios de clínicas gerais ou especializadas.
Cabe considerar também que a discussão de Casos Clínicos
é atividade fundamental nesta programação, pois objetiva o treinamento do aluno no raciocínio médico de integração de conhecimentos fisiopatológicos, semiológicos, propedêuticos e clínicos
para a formulação de diagnósticos principais e diferenciais e para
as sugestões de condutas de tratamento.
11.Da Medicina Clínica
A medicina clínica é ensinada através de quatro grandes áreas
da erudição médica que concentram os conhecimentos médicos a
serem assimilados pelos alunos: a clínica cirúrgica, a clínica médica,
a pediatria e a tocoginecologia (ginecologia e obstetrícia).
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Cada uma destas áreas valoriza os conhecimentos e as práticas
médicas que importam a um generalista, porém, sem perder de vista
os avanços dos conhecimentos nas diversas especialidades que compõem a sabedoria da medicina. Para que isto ocorra, as programações dessas áreas são estabelecidas a partir das grandes questões de
saúde e das ocorrências mórbidas de maior incidência e prevalência,
bem como nos procedimentos e técnicas que um médico de formação geral, ao se graduar, deva estar apto a realizar.
Ainda, que o concurso de especialistas e recursos especializados sejam necessários para que a formação mais plena do médico
geral se faça, nem a organização departamental e nem a programação do curso destacarão as muitas especialidades que, hoje, os
avanços científicos da medicina promovem.
Em síntese, o ensino da medicina se fará objetivando os conhecimentos e práticas que um médico recém-formado deva estar qualificado e habilitado a realizar com proficiência para poder, com
isto, recuperar, manter e proteger a saúde de seus pacientes.
Da Medicina Interna
A Medicina Interna é ensinada, não só fundamentalmente a partir da discussão de casos clínicos, como também com atividades que
envolvem a participação conjunta de clínicos e cirurgiões, na intenção
de garantir ao estudante uma visão abrangente da medicina atual.
Nesse curso o ensino da clínica cirúrgica e da clínica médica
é desenvolvido de forma integrada, no que se denomina Medicina
Interna.
O ensino da Medicina Interna se organiza em quatro blocos
que compreendem o ensino de:
Bloco I: enfermidades e síndromes do sistema digestivo;
Bloco II: enfermidades e síndromes cardiovasculares e respiratórias;
Bloco III:enfermidades e síndromes do sistema urinário, das
glândulas endócrinas, do colágeno e neoplasias;
Bloco IV:enfermidades e síndrome neurológicas e ortopédicas;
traumatologia e suporte básico de vida.
O ensino da Clínica Cirúrgica e o da Clínica Médica abrangem
os sinais e sintomas e o quadro clínico das enfermidades prevalenCurso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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tes cujos procedimentos de seus tratamentos operatórios e medicamentosos são da competência do médico geral. Compreende o
estudo das enfermidades dos adultos e idosos.
Da Pediatria
Na formação do médico generalista, assim como daquele que
deverá atuar como médico da família, a Pediatria é campo de
conhecimento fundamental. E, por isto, o seu ensino deve compreender a neonatologia, a pediatria do recém-nascido e a geral
e ainda a infectologia pediátrica, e o pronto atendimento nas
urgências pediátricas. O ensino é desenvolvido essencialmente
a partir dos principais sinais e sintomas que se verificam na
criança.
Semiologia dos principais sinais e sintomas pediátricos. Desnutrição, desidratação e reidratação. Infecções. Insuficiência cardíaca. Distúrbios respiratórios. Dor abdominal. Parasitoses intestinais. Infecções
do trato urinário. Síndrome nefrítica e nefrótica. Doenças exantemáticas e doenças neoplásicas. Distúrbios do peso e do crescimento.
Da Tocoginecologia
O aprendizado da Ginecologia e da Obstetrícia, a Tocoginecologia, deve completar a formação do médico geral. Devem ser bem
apreendidos pelo médico generalista, graduado neste curso, não
só a valorização da atenção à saúde da mulher, quanto os cuidados maternoinfantis. A integração dos conhecimentos ginecológicos, obstétricos, concorde com os Programas de Saúde da Mulher,
é fundamental para uma visão diferenciada da atenção à saúde da
mulher a ser realizada pelo médico geral e da família.
Obstetrícia
Gestação: anamnese, exame físico, cálculo da idade gestacional.
Estática fetal. Medicina fetal. Pré-natal. Gravidez e enfermidades. Drogas e gravidez. Mecanismo do parto. Cesariana. Fórcipe.
Prenhez ectópica. Abortamento. Puerpério normal e patológico.
Lactação.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Ginecologia
Propedêutica ginecológica: dor pélvica. Malformações genitais.
Amenorreia, dismenorreia. Anticoncepção. Climatério. Patologias do ovário, do trato genital inferior, do corpo e colo uterino, da mama. Doenças sexualmente transmissíveis na mulher.
Reprodução humana.
O ensino prático da Medicina Clínica é realizado preferencialmente em ambulatórios, sem esquecer o treinamento do futuro médico em unidades básicas de saúde, em centros de saúde, em unidades de saúde da família e ainda em enfermarias.
Não custa enfatizar, ainda que redundando, que esse Curso Médico pretende preparar futuros médicos com uma formação geral
voltada para a atenção primária e secundária à saúde, sem esquecer,
no entanto, a importância da atenção terciária nesta formação e,
por isto, a importância assumida pela prática no aprendizado da
Medicina Clínica.
A discussão de casos clínicos é, por outro lado, o caminho adotado para um aprendizado mais dinâmico e ativo dos temas teóricos
e doutrinários da Medicina Clínica ou Medicina Curativa.
12.Das Especialidades
Para complementar a formação do médico generalista, apesar
da programação do ensino da medicina objetivar as grandes áreas
de concentração dos conhecimentos médicos, já referidos, algumas
especialidades, no que têm importância para ações preventivas,
para o diagnóstico e tratamento de endemias e epidemias, para o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças,
para ações de reabilitação e reeducação, para atenção à saúde dos
idosos, para as ações de atenção à saúde de nível primário, compõem o currículo do curso.
Assim, são destacadas para serem discutidas em teorias e práticas de diagnóstico e de tratamento, noções fundamentais de Dermatologia, de Infectologia, de Oftalmologia e Otorrinolaringologia e de Psiquiatria e Saúde Mental.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
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Dermatologia
As doenças sexualmente transmissíveis. Sífilis. Eczemas. Micoses. Hanseníase. Dermatoviroses. Piodermites. Dermatozoonoses.
Infectologia
Dengue. Febre Amarela. Malária. Leptospirose. Estreptococcias. Estafilococcias. Meningoencefalites. Infecções transfusionais e Aids.
Oftalmologia e Otorrinolaringologia
Semiologia em otorrinolaringologia. Sinusites. Otites. Urgências em otorrinolaringologia. Semiologia em oftalmologia. Vícios de refração. Fundo de olho. Urgências em oftalmologia.
Estrabismo.
Psiquiatria e Saúde Mental
Introdução à psicopatologia. Anamnese e diagnóstico em psiquiatria. Terapêutica psicofarmacológica. Atendimento para a
promoção da saúde mental.
13.Da Terapêutica
Além das informações que fundamentam o entendimento, a
interpretação e valoração dos sinais e sintomas, da fisiopatologia
e quadro clínico das enfermidades estão as informações que subsidiam a compreensão e a escolha das condutas médicas de tratamentos, principalmente as da terapêutica medicamentosa e as dos
procedimentos cirúrgicos.
Como subsídios para o aprendizado do Tratamento Médico,
os conhecimentos farmacológicos (farmacologia básica) são as
bases (farmacologia clínica) e os princípios da terapêutica medicamentosa (terapêutica), e as já referidas noções da Técnica
Cirúrgica são os princípios dos recursos para procedimentos cirúrgicos constituídos pela prática da anestesia e técnicas cirúrgicas básicas, os quais devem compor as habilidades do médico
geral. A farmacologia básica e a farmacologia clínica também
subsidiam os conhecimentos dos anestésicos, suas ações, indicações e problemas.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
O ensino do emprego e indicação de medicamentos como agentes efetivos da proteção, manutenção e recuperação da saúde humana, também é destacado na programação do Curso, como na
disciplina de Terapêutica.
O ensino de Terapêutica compreende principalmente as disciplinas:
Farmacologia Básica
Princípios da ação dos fármacos e seus destinos no organismo
humano. Métodos de administração e de eliminação de medicamentos. Locais e formas de ação dos medicamentos: indicações, efeitos adversos. Interações medicamentosas. Ativadores
e inibidores da função adrenérgica e colinérgica. Farmacologia
dos músculos e dos neurotransmissores. Farmacologia da inflamação e da dor. Fundamentos farmacológicos da anestesia.
Reações alérgicas.
Farmacologia Clínica
Bases farmacológicas do tratamento de enfermidades orgânicas
e sistêmicas. Usos da terapêutica medicamentosa. Corticoides e
antibióticos. Interferências farmacológicas nas atividades simpáticas e parassimpáticas. Tratamento farmacológico da dor, das
doenças inflamatórias e autoimunes, das doenças respiratórias,
das cardiopatias, dos transtornos digestivos e dos distúrbios psiquiátricos e neurológicos. Farmacologia da anticoncepção e do
parto. Dependência e abuso medicamentoso.
O conhecimento das medicações mais comuns do mercado e os
seus usos para lidar com as ocorrências mórbidas mais frequentes
estão incluídos neste ensino, bem como os conhecimentos sobre os
principais medicamentos genéricos que devem ser receitados pelo
generalista.
Terapêutica
Princípios gerais da terapêutica clínica. As indicações do uso de
analgésico. O uso de anti-inflamatórios não hormonais. Princípios gerais do uso de antibióticos. O tratamento medicamentoso das enfermidades prevalentes e da competência do médico
de formação geral.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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Além disso, o currículo do curso propõe ampliar o ensino das
condutas de tratamento indo além da terapêutica medicamentosa
clássica incorporando o ensino de práticas alternativas de tratamento, que já possuam comprovação científica.
Em síntese, o curso da Escola de Medicina Souza Marques espera, com a formação em medicina clínica, que o aluno se torne competente em:
Ouvir os queixumes do paciente;
Inquirir para obter a história da enfermidade;
Perguntar por informações complementares;
Construir a história clínica;
Examinar fisicamente o paciente
(exame geral: inspeção, palpação, percussão, ausculta);
Realizar exames físicos especiais básicos;
Solicitar exames complementares;
Apreciar resultados de exames complementares e avaliações;
Consolidar o diagnóstico de síndromes;
Estabelecer condutas para terapêutica e tratamento;
Acompanhar a evolução do paciente;
Buscar auxílio nas dúvidas e necessidades.
Cabe observar que o ensino da Medicina Social e da Medicina
Curativa atravessa toda a estrutura do curso, se dispondo, assim, do
primeiro a sexto ano. Deste modo, nesse Curso de Medicina os dois
modelos de Promoção da Saúde, o Social e o Biomédico, coexistem
e interagem ao longo de todo o curso.
4ª Referência: Da Educação Médica
Cabe sempre lembrar que a Medicina é a arte e a ciência para
promover, com sabedoria e amor, a saúde humana e que, por isto, o
ato médico é sempre um ato de respeito pelo ser humano, pela sua
vida e sua saúde.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Deste modo a escola médica deve, além de favorecer a instrução
médica, buscando orientar o aluno nas técnicas e procedimentos,
nas informações e conhecimentos os mais hodiernos, desenvolvidos
pela ciência médica, prestigiar também a educação médica objetivando formar o aluno na sabedoria da medicina.
A educação médica é mais do que a instrução médica e depende, por isto, da participação ativa do aluno na sua formação, pois,
como dizia o professor Renato Locchi, para esta vale o princípio:
“Cada homem consciente é, ainda que orientado, antes de
tudo, o resultado do que faz, ele próprio de si mesmo”.
Assim a formação do médico, antes de tudo, é uma autoeducação. Deste modo, sem o compromisso individual e consciente do
próprio aluno, a sua educação médica não se consolidará, embora
até possa ocorrer a sua instrução médica.
Cabe, pois, à escola médica despertar o aluno para além da sua
vocação original, almejando uma motivação interior que o dirija
para ter papel ativo na sua instrução e, além desta, na sua educação
médica.
É com a educação médica que a moral e a ética, o afeto e o
respeito e o humanismo que devem envolver todos os atos da arte
médica se consolidam.
E mais, o humanismo esperado na prática da medicina é forjado na educação médica.
Assim sendo o estudo da medicina é um acordo que se estabelece no compromisso do aluno com a sua família, com a sua sociedade e, antes de tudo, do aluno para consigo mesmo, para viver o
ideal humanístico de manter, recuperar e promover a saúde de seus
semelhantes, o qual deve desabrochar na orientação recebida no
ensino médico.
Portanto, o estudo da medicina é um entendimento que parte
do individual e alcança o social o qual, apoiado nos sentimentos e
razões íntimas, deve ser norteado pelo amor ao próximo.
A formação do médico, germinada no sonho do ideal vertido
como vocação, é forjada desde o lar e nas escolas, mas, que só se
consolida no compromisso do próprio estudante com a medicina.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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A arte que é a medicina pressupõe, pois, o amor à humanidade
o qual, germinado na intimidade da vocação, idealiza o sonho de
promover o bem-estar, que é a saúde, para cada ser humano. Assim
a prática médica é compromisso sócio-cultural com civilidade, urbanidade e humanidade.
Uma das principais intenções deste Curso de Medicina está em
ir além da instrução do futuro médico, tanto no modelo biomédico, quanto no modelo social da prática da medicina, para procurar
educá-lo numa prática médica assentada em procedimentos humanísticos, éticos e de civilidade.
Deste modo, o propósito de além de instruir o aluno na prática
médica, educá-lo para a arte de uma medicina humanística, permeia todo o processo de ensino do Curso de Medicina da Escola de
Medicina Souza Marques.
Para complementar, ainda, a formação do aluno este Curso
de Medicina possibilita aos seus alunos atividades curriculares
de Iniciação Científica, com o desenvolvimento de trabalhos de
campo para a coleta de informações e dados e também de atividades extracurriculares com a realização de pesquisa experimental e elaboração de trabalhos científicos em Programa de
Iniciação Científica que o permitam aprender a metodologia dos
procedimentos e técnicas científicas para a produção de conhecimentos médicos.
A disciplina de Iniciação Científica compreende os tópicos:
Iniciação Científica
O método científico. Modelos de pesquisa médica. O conhecimento dedutivo e indutivo. Normas de pesquisas científicas e
de suas divulgações. Delineamento de um estudo científico. A
elaboração, composição e edição do trabalho científico. Elaboração de uma monografia. Ética e bioética em pesquisa.
A disciplina de Iniciação Científica objetiva ainda favorecer ao
aluno a realização inicial de um trabalho científico baseado em pesquisas aplicáveis às disciplinas do curso.
Reforçam os conhecimentos dos discentes, na medida que colaboram no aprendizado de seus colegas, as atividades de Monitoria.
Também colaboram na sua formação atividades que o permitam
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
desde o início de sua formação atuar junto à comunidade local nos
Programas Sociais como atividades de Extensão à Comunidade do
saber universitário.
Para favorecer não só o aprendizado da medicina, como também a formação científica do aluno, e, ainda, acima de tudo, a sua
educação médica, é instituído para os primeiros anos curso um Programa de Tutoria realizado pelos docentes.
Está contida na tutoria a preocupação com a saúde do aluno
e também o desenvolvimento desta preocupação em nível individual.
Foi instituído, em 2004, como um incentivo à produção científica de alunos, o Prêmio Souza Marques, com edição anual, tendo a
finalidade de premiar os três melhores trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelos discentes.
Por último, cabe ainda lembrar que o Internato, como um tempo de treinamento efetivo em serviço, é momento fundamental na
estrutura deste curso, pois, é nesse tempo que o desenvolvimento
intensivo do futuro profissional médico ocorre e é que o Internato
é o tempo em que se dá o treinamento efetivo deste na proficiência
da sua atuação em medicina geral.
Por tudo isto, este Curso de Medicina espera que o egresso esteja preparado para cumprir e praticar os três princípios e os dez
compromissos do Profissionalismo Médico, proposto na Carta de
Princípios da Abim Foundation, Acp-Assim Foundation & European
Federation of Internal Medicine, publicada sob o título, Medical Professionalism in the new Millennium: a Physician Charter, no Annals of
Internal Medicine. v. 136, p.: 243 a 246, ano 2002.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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Princípios e Compromissos do Profissionalismo Médico
Princípios:
1. Priorizar o bem-estar do paciente: estabelecendo com
altruísmo uma relação médico-paciente de confiança;
2. Garantir autonomia ao paciente, nas suas opções: informando corretamente e sendo honesto com estes, porém respeitando o código de ética médica;
3. Almejar e promover a justiça social na atenção à saúde:
procurando eliminar formas de discriminação das pessoas.
Compromissos:
1. Atuar com competência profissional, sempre crescente;
2. Agir com honestidade com os pacientes, informando-os
antes e depois do tratamento;
3.Manter o sigilo profissional;
4. Buscar um relacionamento ético e moral com os pacientes;
5. Garantir qualidade no atendimento;
6. Facilitar sempre o acesso aos cuidados médicos;
7. Distribuir com justiça recursos financeiros para a saúde;
8. Atualizar, continuadamente, conhecimentos científicos;
9.Manter a sua integridade e a integridade da medicina
nos conflitos de interesse;
10. Atuar sempre com a maior responsabilidade profissional.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
A Educação
Médica
Da Educação Médica
Mais do que conhecimento, a arte médica exige atitude adequada e condizente com o respeito que o médico deve ter pela
saúde e vida de seu semelhante. E, desde os tempos de Hipócrates,
sempre tem sido importante a apresentação social do médico a
qual vai, desde a sua higiene e vestuário, até o seu vocabulário e
ética profissional, obviamente compreendendo o seu conhecimento médico.
Cabe sempre lembrar que o médico é o profissional responsável
pelo nascimento, pela preservação da vida e pela garantia da dignidade a ser dada à morte do homem; profissional que é responsável
pela promoção, manutenção e preservação da saúde do ser humano; que luta contra as enfermidades e doenças; que é guardião de
segredos íntimos de seus pacientes; que adentra a intimidade dos
lares e aconselha na vida de famílias; enfim, o profissional que é
o continuador de uma profissão, de história milenar, que não é só
conhecimento, mas, acima de tudo, é sabedoria e cujo exercício é
arte, ciência e humanismo; profissão que, por tudo isto, é exercida
no amor e no respeito aos semelhantes.
Entende-se, deste modo, que desde os primeiros dias de faculdade até a sua titulação deve ser cobrado do estudante atitude,
apuro na aparência e vestuário, vocabulário, enfim, pulcritude ou
elegância médica.
Assim, faz parte do aprendizado da medicina o aprender a se
apresentar como médico.
A escola médica deve, portanto, além de favorecer a instrução
médica, buscando orientar o aluno nas técnicas e procedimentos,
nas informações e conhecimentos desenvolvidos pela ciência médica, prestigiar também a educação médica objetivando formar o
aluno na sabedoria da medicina.
A educação médica é mais do que a instrução médica e depen-
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
75
de da participação ativa do aluno na sua construção. A educação do
médico, antes de tudo, é uma autoeducação.
Sem o compromisso individual e consciente do próprio aluno, a
sua educação médica não se consolidará, embora até possa ocorrer a
sua instrução médica. É com a educação médica que a moral e a ética,
o afeto e o respeito, o humanismo e a civilidade, que devem envolver
todos os atos da arte médica, se consolidam. E mais, o amor esperado
na prática da medicina é forjado na educação médica.
O estudo da medicina é, assim, um acordo que se estabelece no
compromisso do aluno com a sua família, com a sua sociedade e,
acima de tudo, do aluno para consigo mesmo, para viver o ideal humanitário de manter, recuperar e promover a saúde de seus semelhantes. E este compromisso deve desabrochar com as orientações
recebidas no ensino da medicina, na escola médica.
A arte que é a medicina pressupõe, pois, o amor à humanidade o qual, germinado na intimidade da vocação, idealiza o sonho
de promover o bem-estar, que é a saúde, para cada ser humano. A
prática médica é compromisso sócio-cultural com civilidade e humanidade.
Portanto, o estudo da medicina é um entendimento que parte
do individual e alcança o social o qual, apoiado nos sentimentos e
razões íntimas do estudante, deve ser norteado pelo amor ao próximo.
Uma das principais intenções da Escola de Medicina Souza
Marques está em ir além da instrução do futuro médico, tanto no
modelo biomédico, quanto no modelo social da prática da medicina, para procurar educá-lo numa atividade médica assentada em
procedimentos humanísticos, éticos e de civilidade.
O propósito, pois, de além de instruir o aluno na prática médica, educá-lo para a arte de uma medicina humanística, permeia
todo o processo de ensino do Curso de Medicina Souza Marques.
“Pulcritude” (qualidade do que é “pulcro”, do latim “pulcher”:
belo, formoso, elegante) a elegância que é uma obrigação do
médico.
O termo elegância advém da raiz latina “elegir”.
Ao hábito do reto eleger chamavam os latinos de “eligentia” e,
logo em português, elegância. Por isto, o vocábulo elegância referese indissoluvelmente ao termo eleger, escolher entre.
76
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Observe-se que o vocábulo “inteligência” também provém de
“eligencia” e significa, na sua acepção mais própria escolher entre.
A inteligência, como a elegância, se desvela na capacidade de bem
escolher.
Eis porque a elegância é uma arte, a arte de escolher o preferível dentre opções. Não é à toa que o termo elegância não possui
só a conotação da boa preferência, mas de algo mais, o de uma
virtude, pois ao final elegância se confunde com a ética, que também é a escolha justa e adequada de comportamentos, condutas,
de atitudes.
Todo médico deve ser elegante (pulcro) não só nas maneiras, no
agir, no trajar, mas principalmente no se relacionar com os pacientes, colegas, alunos, professores, subordinados e chefes.
E eleição pressupõe opções de escolha e, para bem escolher, um
homem precisa não só saber que opções há à sua disposição, mas
principalmente as conseqüências de cada uma delas.
O homem não nasce elegante, ele se faz elegante. Por isto faz
parte da elegância, a cultura geral, o conhecimento da língua materna, a redação adequada, a proficiência em línguas e, principalmente, o conhecimento dos saberes médicos. Além do conhecimento profissional, deve o médico também conhecer história, filosofia,
literatura, música, pintura, pois a cultura geral é parte fundamental
nas escolhas de opções que resultam na elegância.
Para ser elegante e bem se apresentar e conduzir, o médico deve
estar sempre bem asseado, unhas cortadas e limpas, barbeado, adequadamente vestido, enfim com aparência elegante. Se usar barba,
que ela seja bem cuidada, se usar branco que seja bem limpo. Como
conquistar a confiança de pacientes se apresentando desleixado e
mal arrumado? Podem pensar: “Este doutor não cuida nem de si,
como pode cuidar de mim?”
Assim, o aluno, noviço ou o interno, deve aprender a se vestir, a
se apresentar e a se conduzir não só nas salas de aula e laboratórios,
como em ambulatórios, enfermarias e demais locais de atendimento, como deve aprender a se comportar nestes locais, demonstrando
a intenção de vir a ser um bom profissional da saúde.
Mais importante ainda que o aspecto físico é o aspecto moral.
O amor pela profissão, sem interesse pecuniário, o interesse
pelo bem estar daquele que o procura para aliviar seus males, o
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
77
interesse e o carinho verdadeiros pelo doente revelam o médico
educado, assim o médico elegante.
Não se pode esquecer, porém, que a família do paciente também merece o carinho do médico, com explicações cuidadosas sobre o estado do paciente e instruções quanto à melhor maneira de
cuidá-lo, tanto física quanto psicologicamente.
É bom lembrar ainda que valem mais cinco minutos de atenção
à beira do leito do que vinte linhas de prescrição na folha de medicação. E, de acordo com um antigo clínico, uma consulta médica
deveria demorar uma hora: 50 minutos de boa conversa e 10 minutos de exame físico.
Sempre cabe enfatizar que a Medicina é a arte e a ciência para
promover, com sabedoria, civilidade, humanismo e amor, a saúde
do homem e que, por isto, o ato médico é sempre um ato de respeito pelo ser humano, pela sua vida e sua saúde.
Ouçamos o que Hipócrates diz em “A Sabedoria do Médico”:
(...) pois as coisas relacionadas à sabedoria estão todas na medicina: desamor ao dinheiro, recato, capacidade de ruborizar,
decência, reputação, decisão, tranquilidade, capacidade de responder, pureza, linguagem sentenciosa, conhecimento das coisas úteis e necessárias à vida, rejeição da impureza, ausência
de superstição (...)
Hipócrates nos legou a obra Do Médico (Peri Ietroy), c. 450-375
a.C.
É um pequeno tratado, de estilo claro e didático, dirigido aparentemente a iniciantes. O texto foi escrito provavelmente em algum momento do final do século IV a.C. ou início do século III a.C.
Na passagem selecionada são mencionas regras básicas de “etiqueta
médica”, essenciais à dignidade da profissão.
78
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
A apresentação do médico
O médico deve se apresentar com boa cor e ser também
robusto, conforme sua própria natureza, pois os que não
têm uma disposição assim boa são por muitos considerados incapazes de cuidar bem dos outros; e ter sobre si
coisas apropriadas, como vestimentas de boa qualidade e
perfumes de odor agradável e insuspeito.
Pois acontece que essas coisas são tidas por agradáveis pelos doentes, e é preciso ter isso em vista.
Quanto às coisas do espírito, ter sensatez, e não apenas em
relação ao silêncio, mas manter também uma vida muito
regular, o que é muito importante para a boa reputação.
Quanto aos hábitos, deve ser honesto e bom e, assim sendo, também sério e cordial em todas as coisas.
Pois a intromissão e o obséquio são desprezados, ainda
que muito úteis. (...)
Quanto ao aspecto exterior, deve ter um rosto compenetrado, mas sem aspereza, pois o ar irritado dá aparência
de misantropia, e ser propenso ao riso e ter ar excessivamente alegre é considerado vulgar.
Isso deve ser observado, e não pouco.
Deve ser correto em todo relacionamento, pois frequentemente é necessário zelar pela correção.
Não é pequena a intimidade entre o médico e os pacientes, que se colocam nas mãos de seus médicos; e o tempo
todo ele se depara com mulheres, moças e bens de considerável valor.
É preciso, portanto, observar todas essas coisas com firmeza e conduzir-se assim, de corpo e alma.
[Hipócrates, Do Médico, 1.]
(Tadução de Wilson A. Ribeiro Jr.)
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
79
portaria nº 07 / 2008
O Diretor Acadêmico da Escola de Medicina Souza Marques
Prof. Dr. Raymundo Manno Vieira
No uso de suas atribuições e considerando:
1. o documento sobre o vestuário do aluno, aprovado por unanimidade na Reunião de 16 de abril de 2008 do Conselho
Departamental;
2. a necessidade de regulamentar a aplicação deste conteúdo,
Resolve que:
Artigo 1º Nas dependências da Escola de Medicina Souza Marques, próprias ou conveniadas como hospitais, enfermarias, ambulatórios e demais locais de atendimento médico, isto é, em todos os locais nos quais se desenvolve o
ensino da Faculdade sugere-se, respeitando os princípios
da educação médica, que o aluno deva se apresentar vestido adequadamente (trajes sociais) e nos laboratórios
usando, sempre, avental branco longo;
Artigo 2º O acesso do aluno às referidas dependências usando
bermudas, “shorts”, ou qualquer outro traje impróprio a
uma apresentação social adequada a estudante de medicina é entendido como falta de aprendizado do decoro
médico;
Artigo 3º Caso o aluno opte pelo uso de roupa branca, própria
a profissionais da saúde, isto não o dispensará do uso do
avental branco nos laboratórios;
Artigo 4ºSerá muito bem visto o uso de avental que apresente os logotipos da Escola de Medicina e da Fundação
Técnico-Educacional Souza Marques.
Artigo 5ºEsta portaria entra em vigor a partir de 17 de novembro de 2009.
Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2009.
Reedição da Portaria 07/2008 em 10 de março de 2009
80
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Referências
Bibliográficas
Currículo Pleno:
Referências Bibliográficas
Abim Foundation; Acp-Assim Foundation; European Federation of Internal Medicine-Medical. Professionalism in the new Millennium: a Physician Charter. Annals of Internal Medicine: v. 136, p. 243-246, 2002.
Brasil. Ministério da Educação. SESu. Comissão de Especialistas do
Ensino Médico. Documentos do ensino médico. 3. ed. Brasília, DF:
MEC-SESu. 1989. p. 11-27.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Breve histósico da Promoção da Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde/ Promoção da saúde no Brasil. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasi|. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Conferência Internacional sobre Cuidados`Primários de Saúee. Declaração de
Alma-Ita (1978). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Primeira
Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Carta de Ottawa
(1986). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
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Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Declaração de
Adelaide (1988). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
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Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Sundsvall (1991),
Ambientes favoráveis à saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
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de Santafé de Bogotá para a América Latina. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Conferência
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
83
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para a Promoção da Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Quarta Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Jacarta (1997), Promoção da saúde no século XXI. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Quinta
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Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
CHAVES, M.; ROSA, A. R. Educação médica nas Américas: desafio
dos anos 90. São Paulo: Cortez, 1990.
Conselho Nacional de Educação. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina: Resolução CES/CNE 4 de
7 de novembro de 2001. Homologada pelo Ministro da Educação, em 01
outubro de 2001. Brasília, DF: Diário Ofial da União de 03/10/2001.
Conselho Nacional de Educação. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina: Parecer da CNE/CES 1.133
de 7 de agosto de 2001. in ABMES: Legislação Atualizada. Brasília, DF:
Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior. 2001. v. 5.
Conselho Nacional de Educação. Parecer da CNE/CES 184
de 7 de julho de 2006. [Encaminhado para homologação].
COSTA, E. M. A.; CARBONE, M. H. Saúde da Família: uma abordagem
interdisciplinar. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Garbin, W. O Sistema de saúde no Brasil. In Vieira, R. M.; Vieira, M.
M.; Ávila, C. R. B. de; Pereira, L. D. Fonoaudiologia e saúde pública. 2.
ed. São Paulo: Pró-fono, 2000. p. 23-43.
SOUZA, E. M. de; GRUNDY, E. Promoção da Saúde, epidemiologia social & capital social: inter-relações e perspectivas para a Saúde Pública.
In Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Cadernos
de Saúde Pública. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Vieira, R. M. A medicina. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Observação:
As referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde,
Estão disponíveis em <http://saudeemmovimento.com.br/>.
84
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Programação
Programação Curricular:
Critérios Adotados
l
O curso da Escola de Medicina Souza Marques é anual, seriado
e em tempo integral.
l
Tem duração de seis anos sendo os dois últimos anos (5o e 6o)
destinados ao Internato.
l
Em cada série (menos na sexta, Internato II) os alunos são divididos em quatro turmas (1 e 2, 3 e 4), cada uma com cerca de
48 alunos.
l
Cada turma (1 e 2, 3 e 4) tem a sua própria programação.
l
Cada turma ainda é dividida em subturmas conforme as características do tipo de atividade de ensino.
l
As programações das subturmas, de modo geral, alternam entre elas as aulas teóricas e as aulas práticas, ou teórico-práticas,
ou seminários, ou de aplicação, ou de discussão de casos clínicos.
l
As aulas teóricas são ministradas para atender, em média, a cinquenta (50) alunos e destinam-se, em geral, aos assuntos doutrinários, conceituais, sistematizadores e àqueles que requerem a
experiência profissional do docente para a sua apresentação.
l
As aulas práticas, as teórico-práticas, os seminários, as aulas
de aplicação ou de discussão de casos clínicos se constituem na
maior parte das atividades de ensino do curso e nestas é dada
primazia aos modelos didáticos e pedagógicos que privilegiem
a participação ativa do aluno no seu aprendizado e na sua educação médica.
l
Nas aulas práticas, teórico-práticas, ou seminários em assuntos experimentais ministrados em laboratórios e nas aulas de
discussão de casos clínicos com a aplicação de fundamentos de
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
87
conhecimentos básicos ou gerais em temas médicos, grupos de
25 alunos, em média, têm o acompanhamento de pelo menos
um professor.
l
Nas aulas práticas, ou teórico-práticas, em assuntos ministrados
à beira do leito de pacientes internados ou em consultórios de
atendimento ambulatorial, grupos de no máximo 12 alunos,
têm o acompanhamento de pelo menos um professor.
l
No 3º ano, as aulas práticas de Propedêutica Geral são desenvolvidas para grupos de 08 alunos. As demais atividades de ensino, as aulas práticas, ou teórico-práticas, ou seminários, ou de
casos clínicos, obedecem aos critérios já referidos.
l
No 4º ano, nas aulas práticas das clínicas, um professor acompanha a grupos de 12 alunos (podendo esse número variar de
08 a no máximo 16 alunos).
l
No 1º, 2º, 3o e 4o anos a discussão de casos clínicos é privilegiada como modelo didático pedagógico que favorece a participação ativa do aluno na sua formação médica.
l
Os casos clínicos, para as diferentes séries e para o 4o ano, principalmente, são selecionados e montados objetivando não só
uma abordagem que aproxime a prática da medicina, clínica
e cirúrgica, com os fundamentos teóricos, como também que
permitam uma visão desta a qual deva ser do conhecimento do
médico generalista.
l
Esses casos clínicos são entregues aos alunos com antecedência
para que tenham tempo hábil para preparar-se para a discussão
do mesmo.
l
O modelo de ensino da Medicina Interna privilegia o caso clínico a ser discutido pelo aluno na presença de docentes da clínica médica e da clínica cirúrgica e, quando possível, da anatomia
patológica para uma abordagem fisiopatológica complementar
l
As atividades do Ciclo de Internato são eminentemente práticas, fazendo exceção seminários, reuniões clínicas, atualizações
de conhecimento com leitura de revistas.
l
No Ciclo de Internato, um professor acompanha grupos de 08
a no máximo 12 alunos.
88
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
l
As programações do 1º ao 4º ano, por semestre, contemplam
100 dias letivos, incluídos em 20 semanas, em média, de atividades didáticas sendo destas, de regra, 4 semanas de provas de
aproveitamento.
l
As programações do Ciclo de Internato compreendem 40 horas semanais de atividades e têm a duração de 48 semanas no
5º ano e 40 semanas no 6º ano.
l
Todos os rodízios programados no Internato são obrigatórios a
todos os internos.
códigos
série
turmas
1
2
3
4
1º ano
111
112
113
114
2º ano
121
122
123
124
3º ano
131
132
133
134
4º ano
141
142
143
144
5º ano
151
152
153
154
6º ano
161 / 162
163 / 164
Observações:
A carga horária para cada um dos grupos de alunos é a estimada e calculada na sua média por semestre.
Nos quadros a seguir, a carga horária é apresentada por aluno,
embora os grupos de alunos se sucedam ou se alternem pelos dois
semestres letivos.
legendas
C.H. = Carga Horária
T = Total
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
89
Programação do 1º Ano
1º e 2º semestres
cargas horárias
1º Sem.
2º Sem
t
01
Iniciação à Prática Médica 1
80
80
160
02
Iniciação Científica
80
80
160
03
Linguagem Médica
40
40
80
04
Medicina Social 1
240
240
480
05
Morfologia Funcional 1
160
160
320
06
Tutoria e Orientação
80
80
160
TOTAL
540
640
1360
Programação do 2º Ano
1º e 2º semestres
cargas horárias
1º Sem.
2º Sem
t
01
Farmacologia Básica
80
80
160
02
Fisiopatologia
160
160
320
03
Iniciação à Prática Médica 2
80
80
160
04
Medicina Social 2
160
160
320
05
Morfologia Funcional 2
160
160
320
06
Patógeno-hospedeiro Inter-relações
160
160
320
TOTAL
800
800
1600
90
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Programação do 3º Ano
1º e 2º semestres
cargas horárias
1º Sem.
2º Sem
t
01
Diagnóstico Médico
80
80
160
02
Farmacologia Clínica
80
80
160
03
Infectologia
40
40
80
04
Iniciação à Prática Cirúrgica
80
80
160
05
Medicina Social 3
80
80
160
06
Propedêutica e Semiologia
320
320
640
07
Psicologia Médica
40
40
80
08
Puericultura
80
80
160
TOTAL
800
800
1600
Programação do 4º Ano
1º e 2º semestres
cargas horárias
1º Sem.
2º Sem
t
01
Especialidades
120
120
240
02
Tocoginecologia: Ginecologia
80
80
160
03
Medicina Interna
320
320
640
04
Medicina Social 4
40
40
80
05
Tocoginecologia: Obstetrícias
80
80
160
06
Pediatria
120
120
240
07
Terapêutica
40
40
80
TOTAL
800
800
1600
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
91
Programação do 5º Ano
internato i
RODÍZIO 1
RODÍZIO 2
RODÍZIO 3
RODÍZIO 4
meses
meses
meses
meses
01
1
Cl. Cirúrgica
2
Cl. Médica
02
03
04 05 06
07
08
09
10
11
12
Ginecologia
3
Obstetrícia
4
Pediatria
RODÍZIO 1
ATIVIDADES
clínica
cirúrgica
RODÍZIO 2 RODÍZIO 3
Clínica
médica
Sub Rodízios G G Ort Enferm.= 6
Número de alunos 16 16
C. H. Atividades
16
48
Ginecol.
obstetr.
RODÍZIO 4
pediatria
Gin Obst G
24
24
16
Bç AB
16 16
360
360
180
180
360
C. H. Estudo (*)
120
120
60
60
120
C. H. Total
480
480
480
480
legendas
AB = G =
Ort = Bç. = (*) = Atividades voltadas à atenção básica
Geral
Ortopedia e traumatologia
Berçário
Seminário, reunião clínica, clube de revista;
Atualização de conhecimentos, variável segundo o rodízio
Observação: Alguns rodízios comportam plantões.
92
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Programação do 6º Ano
internato iI
RODÍZIO 1
RODÍZIO 2
meses
meses
meses
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
1
Especialidades
2
Med. Social 6
3
A Ho Básica
4
PSF
5
Saúde Mental
6
Est. Optativo
RODÍZIO 1
RODÍZIO 2
Inf
oft
Der
orl
ahb
psf
S.m.
Número de alunos
19
19
19
19
19
96
C. H. Atividades
120
120
120
120
120
600
ATIVIDADES
Méd. Social
optativo
C. H. Estudo (*)
40
40
40
40
40
200
C. H. Total
160
160
160
160
160
800
legendas
A HB ou AHBásica = Atenção Hospitalar Básica
DER = Dermatologia
inf = Infectologia
OFT = Oftalmologia
ORL = Otorrinolaringologia
psf = Programa de Saúde da Família
sm = Saúde Mental
(*) = Seminário, Reunião Clínica, Clube de
Revista;
Atualização de conhecimentos, variável
segundo o rodízio
Observação: Alguns rodízios comportam plantões.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
93
cargas horárias
Consolidação
Consolidação das cargas horárias
t
1 Ano
1360
2 Ano
1600
3 Ano
1600
4o Ano
1600
5º Ano
1920
6º Ano
1600
total GERAL
9680
o
o
o
Organização curricular: estrutura matricial
Organização Serial
Campos do
Conhecimento
Ciclo de Formação
Internato
Fundamentos Biomédicos
e Médicos
Ciclo
de Estágios
1o ano 2o ano 3o ano 4o ano 5o ano 6o ano
Medicina Social
Bases da Medicina
Propedêutica
& Semiologia
Medicina Clínica
94
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Ementas
Ementas 1º Ano
Iniciação à Prática Médica 1
Objetivo Geral
Instruir sobre a lógica do diagnóstico médico. Propiciar conhecimentos sobre as bases bioquímicas e biofísicas das funções orgânicas e dos
principais exames complementares; sobre a homeostase e a balança
hidroeletrolítica; sobre o papel das enzimas no diagnóstico laboratorial; sobre a clínica e o laboratório das principais enfermidades. Desenvolver noções fundamentais sobre exame de sangue, de urina, por
imagem e gráficos.
Ementa
Introdução à Prática Médica: os exames subsidiários. As funções
vitais dos seres vivos. Noções de bioenergética. Saúde: homeostase e
metabolismo. Dieta: água e eletrólitos; digestão das proteínas, dos
glicídios, dos lipídios. Clínica da absorção e destino dos aminoácidos, dos glicídios e dos lipídios. Dieta: as vitaminas. Clínica das
vitaminas. Clínica do metabolismo do cálcio e fosfato. Exames complementares: a densitometria óssea. Sangue: composição e funções.
Avaliação do hemograma. Circulação do sangue: pulso e pressão
arterial. Laboratório dos peptídeos e das proteínas. Laboratório
das funções das enzimas. Clínica das funções enzimáticas. Enzimas
plasmáticas e o diagnóstico laboratorial. Respiração: transporte de
gases e homeostase. Laboratório dos destinos metabólicos da glicose. Homeostase da glicose no homem. Laboratório do plasma:
açúcares redutores e proteínas. Destinos metabólicos dos lipídios:
clínica e laboratório. Destinos metabólicos das proteínas: clínica e
laboratório. Clínica do balanço nitrogenado e da excreção da uréia.
Homeostase: o equilíbrio ácido-básico. Clínica do equilíbrio ácidobásico. Laboratório do plasma: lipidograma. Provas das funções he-
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
97
páticas. Diabete: clínica e laboratório; curva glicêmica e marcadores
plasmáticos. Obesidade: clínica e laboratório. Síndrome metabólica: clínica e laboratório. Exame de urina: diagnóstico de distúrbios
metabólicos. Exames por imagens e por métodos gráficos.
Bibliografia Básica
Devlin, T.M. Manual de bioquímica com correlações clínicas. São Paulo: Edgard Blucher, 2003.
Hall, J.; Guyton, A. Tratado de fisiologia médica. 10. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Lopez, M.; Medeiros, L. Semiologia médica: as bases do
diagnóstico. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
Murray, R. et al. Harper’s Bioquímica. 9. ed. São Paulo:
Atheneu, 2002.
Bibliografia de Consulta
Leningher, A.L.; Nelson, D.L.; Cox, M.M. Princípios de
bioquímica. 3. ed. Ribeirão Preto: Sarvier, 2002.
Montgomery, R. et al. Biochemistry: a case oriented approach. 6. th. St. Louis: Mosby-Year Book, 1996.
Porto, C.C. Semiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Stryer, L. Bioquímica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004.
Voet, D.; Voet, J.G. Bioquímica. 3. ed. São Paulo: ArtmedBookman, 2006.
98
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Iniciação Científica
Objetivo Geral:
Propiciar ao aluno o conhecimento do método científico e dos modelos
de pesquisa médica. Discutir criteriosamente as normas das pesquisas
científicas e de suas divulgações. Ensinar o delineamento de um estudo científico. Ensinar a elaboração, composição e edição do trabalho
científico. Analisar criticamente a ética e bioética em pesquisa.
A prática de Iniciação Científica objetiva estimular, no aluno, o desenvolvimento do raciocínio científico e da capacidade de estabelecer
hipóteses e adotar decisões cientificamente adequadas; desenvolver o
pensamento introspectivo voltado à criatividade e respaldado na ética
e na lógica científica. Favorecer a realização inicial de um trabalho
científico baseado em pesquisas aplicáveis às disciplinas do curso. Favorecer a elaboração de monografia a ser apresentada ao final da
disciplina.
Ementa
O conhecimento: tipos e métodos. O método científico. Dados:
tipos e representações. Iniciação à pesquisa médica: exploração de
dados. Delineamento de um estudo científico: modelos. A pesquisa
científica: modelos. Normas orientadoras para pesquisas científicas.
A pesquisa científica: comunicação e apresentação. Ética e bioética
da pesquisa científica. Apresentação de dados: tabelas e gráficos;
recursos de informática. O conhecimento dedutivo e o indutivo.
Medidas de tendência central e de dispersão. O conhecimento indutivo: amostras e probabilidades. Probabilidades. Distribuição de
probabilidades. Distribuição normal. Hipóteses e erros: tomada
de decisão. Análise de variância. Teste de hipóteses. Leitura crítica da literatura médica. Noções básicas da medicina baseada em
evidência. Elaboração do trabalho científico: considerações gerais;
planejamento; o corpo do trabalho; acessórios; composição e edição; análise; apresentação. Conhecimentos básicos de referências
bibliográficas. Normas da Associação Brasileira de Normas Técnica
(ABNT). Monografias, dissertações e teses.
Monografia: é obrigatoriedade da disciplina a elaboração de
monografia pelo aluno.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
99
Bibliografia Básica
Arango, H.G. Bioestatística teórica e computacional. 2. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Lakatos, E.M.; Marconi, M.A. Fundamentos da metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
Vieira, S. Introdução à bioestatística. 3. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1998.
Bibliografia de Consulta
Jacques, S.M.C. Bioestatística: princípios e aplicações. 1.
ed. reimpressão. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Medronho, R. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Atheneu,
2004.
Pataco, V.L.P.; Ventura, M.M.; Resende, E.S. Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de apresentação
gráfica. 3. ed. Rio de Janeiro: Rio, 2006.
Rouquayrol, M.Z.; Almeida Filho, N. Epidemiologia
& saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
Spiegel, M.R. Estatística. 3. ed. São Paulo: Makron Books
do Brasil, 1993.
Vieira, R.M. A composição e a edição do trabalho científico:
dissertações, monografias e teses. São Paulo: Lovise, 1995.
Vieira, R.M. Normas gerais para trabalhos científicos Souza Marques. Rio de Janeiro: Souza Marques (FTESM), 2006.
100
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Linguagem Médica
Objetivo Geral:
Proporcionar ao estudante do Curso um maior domínio das técnicas
de comunicação tanto oral quanto escrita, dentro das normas gramaticais e ortográficas atuais da língua portuguesa. Desenvolver a capacidade de interpretar textos da área médica e outros tipos diversos de
textos. Identificar o uso da linguagem médica como um instrumento
de ação social e cultural reconhecendo a sua ligação com desenvolvimento da sociedade, da cultura e principalmente da prática médica.
Desenvolver e implementar a formação cultural do estudante a partir
do contato com obras e textos fundadores da cultura universal.
Ementa
A linguagem médica e a educação do médico. Termos médicos:
etimologia, histórico e evolução; a grafia e a semântica atuais; as
questões gramaticais. Obras de consulta em medicina. Nomenclaturas médicas: princípios gerais. Obras gerais e clássicas que importam na formação cultural educativa do médico. A interpretação de
textos médicos e textos gerais. A redação de diferentes documentos
médicos. Orientação de ortografia e semântica na composição do
texto e contexto na produção da monografia a ser apresentada na
disciplina de Iniciação Científica.
Bibliografia Básica
GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna: aprender a
escrever, aprendendo a pensar. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2006.
PENNAC, D. Como um romance. Trad. Leny Werneck. 3. Rio
de Janeiro: Rocco, 1997.
SCLIAR, M. A Linguagem Médica. São Paulo: Publifolha, 2002.
Vieira, R.M. A medicina. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Bibliografia de Consulta
ECO, U. Seis passeios pelos bosques da ficção. Trad. Hildegard Feist. 8. São Paulo. Companhia das Letras, 1994.
Rezende, J. M. Linguagem Médica. 3.ed. AB editora, 2004.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
101
Medicina Social 1
Objetivo Geral:
Possibilitar ao futuro médico o aprendizado dos conceitos fundamentais de saúde, dos determinantes do processo saúde-doença. Favorecer
o entendimento da saúde coletiva, da atenção à saúde e seus níveis, da
Promoção da Saúde, do sistema de saúde e sua organização, da educação em saúde. Oferecer as bases éticas e bioéticas para uma contínua
reflexão sobre o papel social do médico e enquanto um dos agentes de
saúde na sociedade.
A prática de Medicina Social 1 objetiva propiciar ao aluno o contato
inicial com os cenários do sistema de saúde brasileiro (SUS), propiciar
um estágio inicial em centros de saúde e unidades básicas de atenção
à saúde, o treinamento inicial em atividades de saúde em escola e trabalhos de campo que favoreçam a coleta de informações sobre condições
sanitárias de comunidades locais.
Ementa
1. Noções de Antropologia Médica. O homem: concepção em
medicina. A realidade humana: constituição e circunstâncias; saúde
e enfermidade. Introdução à medicina: a vocação da medicina. Noções de história da medicina. Medicina social e medicina curativa.
A medicina na Atenção à Saúde e na Promoção da Saúde. O médico
como profissional e cidadão: seu papel sócio-cultural. O ato médico. A relação médico-paciente. Da formação à prática do médico: os
gestores. A formação do médico: a educação médica. A medicina
hoje: seus recursos, seus custos, suas perspectivas.
2. Noções de Higiologia. O estudo da saúde: concepções e
definições. A saúde como bem-estar. Determinantes do processo
saúde-doença. Noção de risco e de proteção em saúde e doença.
Antecedentes da conferência de Alma-Ata. A Conferência de AlmaAta. Cuidados primários em saúde e atenção primária. Impacto dos
cuidados primários na saúde coletiva. Qualidade de vida e saúde.
Ações comunitárias e fortalecimento de habilidades pessoais em
saúde. Ambiência e saúde. O movimento “cidades saudáveis”.
3. Iniciação à Saúde Coletiva. Saúde coletiva: aspectos históricos. O campo da saúde coletiva e suas práticas. O modelo da história natural da doença. Níveis de prevenção e seus objetivos. Con102
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
ceitos gerais sobre sistemas de saúde. “Porta de entrada”: o acesso
ao sistema de saúde. Níveis de atenção à saúde. Competência da
atenção primária, secundária e terciária. Atenção primária e Promoção da Saúde. Cuidado em saúde na atenção primária. Ações de
saúde na comunidade. Vigilância e atenção à saúde: Programa de
Saúde da Família (PSF) e Programa de Agentes Comunitários de
Saúde (PACS).
4. A Promoção da Saúde. Determinantes de saúde e doenças
em grupos populacionais. Indicadores de saúde: desigualdade e riscos em populações. Antecedentes históricos da promoção de saúde.
Reorientação dos sistemas de saúde. Atenção integral à saúde: do
preventivo ao curativo. Ações programáticas e integralidade. Conferência internacional de Ottawa. Repercussões da carta de Ottawa.
Conferências internacionais de Promoção da Saúde. O conceito atualizado de Promoção da Saúde. As conferências nacionais de saúde.
A reforma sanitária no Brasil.
5. O Sistema Único de Saúde (SUS). A saúde pública no Brasil.
As campanhas e o controle de epidemias. Saúde no estado novo. A
criação dos iaps. Saúde e previdência: o modelo inps. A crise financeira no modelo de assistência médica. A história da promoção
de saúde no país. Abertura política e a viiI Conferência Nacional
de Saúde. A constituinte e o movimento sanitário. A constituição de
1988 e a saúde. Lei orgânica da saúde: a criação do sus. Princípios
do sus e equipe de saúde.
6. A Organização do SUS. Os diferentes cenários de atenção à
saúde. O modelo da hierarquização. Princípios e diretrizes do sus
na organização dos serviços. Sistema hierarquizado de saúde. Descentralização da gestão no sistema de saúde. A municipalização na
atenção à saúde. Modelos técnicos de assistência. Organização e interação dos diferentes níveis de atenção. Sistemas de informação e
gestão da saúde. Os sistemas do datasus: ferramentas para informação e controle. A expansão estratégica do psf e pacs no Brasil.
Impacto do psf na saúde da comunidade.
7. A Educação em Saúde. O papel da educação em saúde. Acesso à informação e saúde. Promoção da qualidade de vida e saúde.
Desigualdades sociais e vulnerabilidade. O desafio da intervenção
sobre hábitos e estilos de vida. Fortalecimento de habilidades pessoais. Campanhas de saúde: avaliação critica. Tecnologias e práticas
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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103
de educação em saúde. O agente comunitário: a visita domiciliar. O
papel do médico como educador na saúde. Educação para a saúde e
cidadania. A busca pelos direitos em saúde.
8. Iniciação à Ética e Bioética Médicas. Fundamentos e conceitos de moral e ética. Noção de costumes, valores e normas. Da ética
à bioética. A bioética como campo de conhecimento. Ética em pesquisa com seres humanos: aspectos históricos. A regulamentação
brasileira sobre ética em pesquisa. Princípios da beneficência, não
maleficência e autonomia. Temas controversos: eutanásia. Bioética
e ciência: até onde avançar sem agredir. Estudo de temas: reprodução assistida. A bioética e saúde pública. A política nacional de
humanização da assistência.
Bibliografia Básica
Bertolli Filho, C. História da saúde pública no Brasil. 4.
ed. São Paulo: Ática, 2001.
Campos, G.W.S. et al. (Org.). Tratado de saúde coletiva. São
Paulo: Hucitec, 2006.
Costa, E.M.A.; Carbone, M.H. Saúde da família: uma
abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Medronho, R. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Atheneu,
2004.
Pereira, M.G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Rouquayrol, M.Z.; Almeida Filho, N. Epidemiologia
& saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
Bibliografia de Consulta
Conselho Regional de Medicina do Estado do
Rio de Janeiro. Código de ética médica. 15. ed. Rio de
Janeiro, 2006.
Liberal, E.F. (Org.). Construindo escolas promotoras de
saúde. Rio de Janeiro: Atheneu, 2003.
Rosen, G. Uma história da saúde pública. São Paulo: Hucitec, Unesp, Abrasco, 1994.
Vieira, R.M. A medicina. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Vieira, R.M. et al. Fonoaudiologia e saúde pública. 2. ed.
São Paulo: Pró-fono, 2000.
104
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Bibliografia Complementar: Documentos Oficiais
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Breve histórico da Promoção da Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde: Declaração de Alma-Ata (1978). Brasília, DF: 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Primeira Conferência Internacional sobre a Promoção da
Saúde. Carta de Ottawa (1986). Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Segunda Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Declaração de Adelaide (1988). Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Terceira Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Sundsvall (1991), Ambientes Favoráveis à Saúde. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Quarta Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Jacarta (1997), Promoção da Saúde no século XXI. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Quinta Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. México (2000). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde.
Caribe (1993), Carta do Caribe para a Promoção da Saúde.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Bogotá (1992), Carta de Santafé de Bogotá para a América Latina.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da Saúde no Brasil. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Disponíveis em <http://saudeemmovimento.com.br/>.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
105
Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional: Sisvan. Orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004.
Brasil, Ministério da Saúde. Vigilância alimentar e nutricional: Sisvan. Antropometria: como pesar e medir. Normas e
manuais técnicos. Série A. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
2004.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2203 de
1996. Norma operacional básica de atenção à saúde: NOB
1/96. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1996.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 373 de 2002.
Norma operacional da assistência à saúde. NOAS SUS 01/02.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 399 de 2006.
Diretrizes do pacto pela saúde: consolidação do Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 648 de 2006.
Política nacional da atenção básica. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2203 de
1996. Norma operacional básica de atenção à saúde: NOB
1/96. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1996.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
Brasil. Anais do Ministério da Saúde. Oitava Conferência
Nacional de Saúde: relatório final. Brasília, Df, Ministério da
Saúde, 1986.
Brasil. Constituição (1988). Título Viii. Da ordem social. Seção Ii. Da saúde: artigos de 196 a 200. Brasília, DF.
Brasil. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF,
1990.
Brasil. Lei 8142 de 28 de setembro de 1990. Brasília, DF,
1990.
Brasil. Emenda Constitucional n° 29 de 13 de setembro de
2000. Brasília, DF, 2000.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
106
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Morfologia Funcional 1
Objetivo Geral
Corroborar, num enfoque integrado, no aprendizado do corpo do homem considerado como um único todo, distinto e individualizado.
Favorecer conhecimentos integrados, teóricos e práticos, da forma (microscópica e macroscópica) e das funções vitais (respiração e metabolismo, absorção e excreção, reprodução e seleção) do organismo humano,
tendo como referência a integridade equilibrada do corpo humano,
quer como meio interno (homeostase), quer com o meio externo (adaptação).
Ementa
Noções de antropologia física e cultural. O homem: biologia
e zoologia; espécie e indivíduo. O corpo como órgão da vida: as
funções vitais. A manifestação da vida: equilíbrio e adaptação. A
energia da vida: respiração e metabolismo. A manutenção do corpo: absorção e excreção. A preservação da espécie: reprodução e
seleção. Normalidade e saúde. O conceito de normal e variação. A
construção do corpo humano: posição anatômica; planos e eixos;
a construção tubular. Simetria, metameria, paquimeria. Noções de
biotipologia humana. Morfologia funcional geral: órgãos e sistemas.
A estruturação do corpo humano: tecidos e células. Unidades de
construção e funcionais. Homeostase: o equilíbrio do meio interno.
A composição hídrica e eletrolítica do meio interno: a sua regulação. Os mecanismos de regulação do meio interno. Adaptação: mecanismos adaptativos; motilidade. Reflexos, automatismos, volição,
conduta e atuação. A regulação do equilíbrio com o meio externo.
Os mecanismos de controle da adaptação. O esqueleto humano.
Ossos e cartilagens: arquitetura celular e tissular. Ossos: morfologia
funcional. O processo de ossificação. Ossificação e o metabolismo
do cálcio. Articulações: arquitetura celular e tissular; morfologia
funcional. Músculo: arquitetura celular e tissular; morfologia funcional. A contração muscular; propriedades da contração muscular;
funções musculares. A eletromiografia. Morfologia funcional das regiões: axial; da cabeça e pescoço; do membro superior; do membro
inferior. Aparelho locomotor: morfologia funcional. Anatomia do
coração. Sistema de condução do coração. Débito cardíaco. PequeCurso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
107
na e grande circulação. Mecânica cardíaca. O eletrocardiograma.
Artérias e veias: arquitetura celular. Circulação sanguínea: circulação arterial e venosa. Hemodinâmica. Micro-circulação: arquitetura
celular funcional. Principais artérias e veias. O sangue: composição
e funções. O sistema linfático: órgãos; circulação e funções da linfa.
Morfologia funcional das glândulas endócrinas: hipotálamo; hipófise; tireoide; paratireóide; pâncreas; adrenal.
Bibliografia Básica
Berne, R.M. et al. Manual de fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.
Cosenza, R.M. Fundamentos de neuroanatomia. 3. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Drake, R.L.; Vogt, W.; Mitchell, A. Gray Anatomia clínica para estudantes. 1. ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
Gardner, E.; Gray, D.J.; Rahilly, R.O. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
Junqueira, L.C.U. Biologia estrutural dos tecidos. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Junqueira, L.C.U.; Carneiro, J. Histologia básica. 10.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Junqueira, L.C.U.; Carneiro, J. Biologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Machado, A.B.M. Neuroanatomia funcional. 2. ed. Rio de
Janeiro: Atheneu, 2006.
Rhoades, A.R.; Tanner, G.A. Fisiologia médica. 2. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Tortora, J.G.; Grabowski, S.R. Princípios de anatomia
e fisiologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Bibliografia de Consulta
Berne, R.M. et al. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2004.
Cormack, D.H. Histologia do Ham. 9. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1991.
Gartner, L.P.; Hiatt, J.L. Tratado de histologia em cores.
108
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Geneser, F. Histologia com bases biomoleculares. 3. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Moore, K.L. Anatomia orientada para a clínica. 4. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Bibliografia Complementar: Atlas
Di Fiori, M.S.H. Atlas de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1984.
Gartner, L.P.; Hiatt, J.L. Atlas colorido de histologia. 3.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Kopf-Maier, P. Heidegger-Wolf Atlas de anatomia humana.
6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Sobotta, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Sobotta, J. Atlas de histologia, citologia, histologia e anatomia microscópica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
109
Orientação e Tutoria
Objetivo Geral:
O Programa de Tutoria e Orientação tem como finalidades
A tutoria:
• Acompanhar o aluno no desenvolvimento da sua formação médica
inicial;
• Acompanhar o aluno no aproveitamento do ensino ministrado;
• Acompanhar o aluno no seu desempenho nas atividades e avaliações acadêmicas.
A orientação:
• Acompanhar o aluno na proposição e preparo do seu trabalho de
campo;
• Acompanhar o aluno na coleta de dados e informações para a monografia a ser apresentada na Iniciação Científica;
• Acompanhar o aluno na elaboração, composição e redação de sua
monografia.
Ementa
A assistência por docentes, designados como tutores-orientadores, a alunos para, semanalmente, haver um acompanhamento do
desenvolvimento do discente nos seus estudos, no seu aprendizado,
na realização de seus trabalhos escolares, nas suas dificuldades acadêmicas e no seu desempenho nas avaliações escolares, e, acima de
tudo, orientação na produção da monografia a ser apresentada na
disciplina de Iniciação Científica.
110
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Ementas 2º Ano
Farmacologia Básica
Objetivo Geral
Possibilitar ao futuro médico reconhecer os princípios da ação dos fármacos e os seus destinos no organismo humano, os métodos de administração e os mecanismos de eliminação de medicamentos, esquemas
terapêuticos. Possibilitar também o aprendizado, dos principais locais
e formas de ação dos medicamentos, assim como, suas cinéticas, indicações e efeitos adversos.
Ementa
Bases farmacológicas da terapêutica. Disponibilidade do fármaco: local de ação; condicionantes. Métodos de administração
de fármacos: enteral e parenteral. Mecanismos de eliminação
de medicamentos. Esquemas posológicos e terapêuticos. Princípios de ação de medicamentos. Consequências das interações
medicamentosas. Ativadores e inibidores da função adrenérgica.
Modulação farmacológica da transmissão adrenérgica. Usos terapêuticos das aminas simpaticomiméticas, dos bloqueadores adrenérgicos. Ativadores e inibidores da função colinérgica. Modulação farmacológica da transmissão colinérgica. Farmacologia da
excitabilidade celular. Fundamentos farmacológicos da anestesia
local. Farmacologia da transmissão neuromuscular. Relaxantes
musculares: usos terapêuticos. Modulação farmacológica da dor.
Bases farmacológicas da analgesia central e periférica. Modulação farmacológica da inflamação. Antinflamatórios esteroidais
e não-esteroidais. Controle farmacológico das reações alérgicas.
Modulação farmacológica da excitação cardíaca. Farmacologia
da contração e relaxamento do miocárdio e do músculo liso. Farmacologia da neurotransmissão central. Modulação das sinapses
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
111
gabaérgicas e glutamatérgicas; serotoninérgicas; dopaminérgicas e colinérgicas.
Bibliografia Básica
Katzung, B.G. Farmacologia básica e clínica. 9. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Tripaldi, K.D. Farmacologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
Silva, P. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2006.
Bibliografia de Consulta
Brunton, L.; Lazo. P.; Parker, K. Goodman & Gilman’s
the Pharmacological Basis of Therapeutics. 11. th. New York:
McGraw-Hill, 2005.
DiPiro, J.T. et al. Pharmacotherapy. 6. th. New York: McGrawHill, 2005.
Rang, H.P. et al. Pharmacology. 5. th. New York: Churchill
Livingstone, 2003.
112
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Fisiopatologia
Objetivo Geral
Favorecer a compreensão da etiologia e da fisiopatologia dos processos
patológicos gerais, da fisiopatologia dos sinais e sintomas manifestos
nas enfermidades e síndromes, as bases moleculares e genéticas das
enfermidades. Analisar as alterações orgânicas e sistêmicas decorrentes de processos patológicos e os procedimentos anatomopatológicos de
seus diagnósticos.
Ementa
Fisiopatologia. Fisiopatologia: introdução e objeto do estudo. Alterações celulares. Fisiopatologia e principais alterações: da
displasia celular; da degeneração e necrose celular; da inflamação
aguda; da inflamação crônica. Regeneração e reparo tissular: fisiopatologia, principais alterações. Fisiopatologia e principais alterações dos distúrbios circulatórios: infarto pulmonar. Neoplasias:
fisiopatologia, principais alterações, morfologia, correlação clínicolaboratorial. Fisiopatologia e principais alterações dos distúrbios
hematológicos: anemias. Fisiopatologia e principais alterações dos
distúrbios do crescimento: nanismo; dos distúrbios nutricionais e
metabólicos: desnutrição. Envelhecimento e morte: fisiopatologia,
laboratório anatomopatológico, correlação clínico-laboratorial. Fisiopatologia e principais alterações da insuficiência cardíaca: infarto do miocárdio; da hipertensão arterial. Fisiopatologia dos distúrbios da tireoide, da hipófise, da suprarrenal: o diabete melito. Acidente vascular cerebral: fisiopatologia. AVC e meningite: correlação
clínico-laboratorial. Fisiopatologia e principais alterações da úlcera
e gastrite. Neoplasias do trato gastrintestinal: fisiopatologia. Fisiopatologia da hepatite e da cirrose; correlação clínico-laboratorial.
Fisiopatologia da glomerulonefrite; da insuficiência renal aguda e
crônica. Fisiopatologia da pneumonia, da tuberculose; da DPOC:
correlação clínico-laboratorial. Fisiopatologia das neoplasias do
pulmão; do sistema genital feminino e do genital masculino. AIDS:
fisiopatologia e correlação clínico-laboratorial.
Biologia molecular e Genética. Ciclo celular: mitose e meiose,
gametogênese. O material genético. Estudo de cromossomos metafásicos. Análise de cariótipos. Anomalias cromossômicas. Conceitos
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
113
básicos de genética clássica e molecular. DNA: descoberta, caracterização e propriedades. Mecanismo de replicação. Genes procarióticos e eucarióticos. Síntese e processamento do RNA. Código
genético e síntese protéica. Mecanismos e níveis de regulação da
expressão gênica. Mutações gênicas. A tecnologia do DNA recombinante. Técnicas de isolamento e separação de DNA. Isolamento de
genes específicos: a reação da polimerase em cadeia (PCR). Técnicas de transgênese e terapia gênica. Hereditariedade, herança monogênica e poligênica: clínica. Análise de heredogramas. Genética
bioquímica: erros inatos do metabolismo. Farmacogenética. Grupos
sanguíneos. Hemoglobinopatias. Diagnóstico molecular por PCR.
Aconselhamento genético. A ética do DNA.
Bibliografia Básica
Alberts, B. et al. Fundamentos de biologia molecular. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.
Farah, S.B. DNA: segredos & mistérios. São Paulo: Sarvier,
2001.
Jorde, L.B. et al. Genética Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
Kumar, V.; Abbas, A.K.; Fausto, N. Robbins e Cotran Patologia: bases patológicas das doenças. 7. ed. Rio de janeiro:
Elsevier, 2005.
Rubin, E. et al. Rubin Patologia: bases clinicopatológicas da
medicina. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Bibliografia de Consulta
Brasileiro Filho, G. (ed.). Bogliolo Patologia. 7. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Griffiths, A.J.F. et al. Biologia celular e molecular. 8. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Nussbaum, R.L.; Mcinnes, R.R.; Willard, H.F. Thompson & Thompson Genética médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Porth, M.C.; Kunnert, P.M. Fisiopatologia. 6. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
114
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Strachan, T.; Read, A.P. Genética molecular humana. 2.
ed. Porto Alegre: Artmed. 2002.
Voet, D.; Voet, J.G. Bioquímica. 3. ed. São Paulo: ArtmedBookman, 2006.
Wesller, S.R. Introdução à genética. 8. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
115
Iniciação à Prática Médica 2
Objetivo Geral
Promover uma iniciação ao ato médico e ao raciocínio clínico. Entender a relação médico-paciente: a postura médica; a abordagem do
paciente. Iniciar o aluno na propedêutica e na semiologia; no exame
físico do paciente; nos princípios básicos de terapêutica; nas ações de
primeiros socorros e de suporte básico de vida. Considerar a participação do médico em equipes de saúde e analisar o Código de Ética
Médica.
Ementa
Iniciação à prática médica. O ato médico. A relação médico-paciente. A postura do médico diante do paciente. A história clínica:
valor e importância. O interrogatório complementar. Introdução
à propedêutica e à semiologia. A pesquisa e a interpretação de sinais e sintomas. Enfermidades: antecedentes constitucionais e circunstanciais; fatores biológicos, sociais e culturais. Medicina social,
medicina preventiva e medicina curativa. O psiquismo humano. A
dinâmica do psiquismo e enfermidades. Introdução à medicina psicossomática. Tipos constitucionais: diferenças sexuais e etárias. Biótipos humanos. O exame físico do paciente. A postura médica e o
exame físico do paciente. Inspeção, ausculta, percussão e palpação.
Inspeção geral. Inspeção da pele e anexos. Inspeção dos segmentos
corporais. Ausculta pulmonar, cardíaca e abdominal. Palpação e
percussão torácica e abdominal. Estados da consciência. Pesquisa
de reflexos. Primeiros socorros. Suporte básico de vida. Princípios
básicos da terapêutica. Ética Médica. A ética no atendimento médico. Princípios gerais da ética médica. Direitos do médico. Responsabilidades profissionais do médico. Direitos humanos e atendimento
médico. Relação com pacientes e familiares. Relação entre médicos.
O segredo médico. As condutas médicas. A perícia médica. O atestado e o boletim médicos. A ética e a bioética na pesquisa médica.
O erro médico e sua prevenção.
116
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Bibliografia Básica
Canetti, M.D. (Ed.) Manual básico de emergências pré-hospitalares do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Rio de
Janeiro: Atheneu, 2005.
Canetti, M.D.; Santos, R.R. Manual de socorro de emergência. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005.
Conselho Regional de Medicina do Estado do
Rio de Janeiro. Código de ética médica. 15. ed. Rio de
Janeiro:: 2006.
Lopez, M.; Medeiros, L. Semiologia médica: as bases do
diagnóstico. 5. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
Porto, C.C. Semiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro Guanabara Koogan, 2005.
Bibliografia de Consulta
Bickley, L.S.; Szilagyi, P.G. Bates Propedêutica médica.
8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Galvão-Alves, J. Emergências clínicas. Rio de Janeiro: Rubio, 2006.
Hall, J.; Guyton, A. Tratado de fisiologia médica. 10. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Vieira, R.M. A medicina. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
117
Medicina Social 2
Objetivo Geral
Discutir a evolução do conceito de doença e seus modelos explicativos;
apresentar aos alunos os principais indicadores de saúde coletiva; oferecer aos alunos fundamentos teóricos e metodológicos do conhecimento
epidemiológico. Possibilitar o aprendizado crítico sobre os principais
problemas de saúde pública no Brasil, introduzindo conceitos gerais
sobre planejamento e programação em saúde; estimular o raciocínio
sobre as ações programáticas de saúde na premissa da integralidade
das ações, discutindo o modelo assistencial brasileiro e a dicotomia
entre as ações curativas e preventivas.
A prática de Medicina Social 2 objetiva propiciar ao aluno estágio em
centros de saúde e unidades básicas de atenção à saúde, e trabalhos de
campo que favoreçam a coleta de informações sobre condições sanitárias de comunidades locais.
Ementa
1. Epidemiologia. Histórico da epidemiologia: conceituação e
aplicações na atenção à saúde. Epidemiologia descritiva: variáveis
epidemiológicas. Medidas de saúde coletiva: indicadores de saúde.
Fontes de dados e validade de indicadores de saúde. Transição demográfica e epidemiológica. Medidas de freqüência das doenças e
óbitos. Epidemiologia de agravos não transmissíveis. Epidemiologia
das doenças transmissíveis. Epidemias e endemias. Doenças crônicas e causas externas.
2. Método Epidemiológico. Modelos de fatores de risco. Epidemiologia analítica: associação e causalidade. Estudos descritivos e
analíticos. Desenhos de estudos epidemiológicos. Definição e aplicação dos estudos de coorte: análise dos estudos. Definição e aplicação dos estudos de caso-controle: análise dos estudos. Ensaiosclínicos: metodologia e ética. Conceitos de eficácia, efetividade e
eficiência. Estudo dos erros sistemáticos: tipos de viés. Variáveis de
confundimento e análise multivariada. Validade em epidemiologia.
Reprodutibilidade e confiabilidade. Importância do diagnóstico em
epidemiologia. Problemas na definição de casos e controles. Avalia-
118
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
ção de um teste em relação a um padrão-ouro. Medidas de sensibilidade, de especificidade, de confiabilidade. Estratégias para ampliar
a reprodutibilidade. Escolha de exames por melhor evidência científica. Método epidemiológico e decisões clínicas. Análise crítica de
artigos científicos.
3. Promoção da Saúde. Prevenção: modelos individual e coletivo. Diagnóstico de necessidades em saúde. Vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis. Ações preventivas individuais e
coletivas. Vigilância epidemiológica da doença meningocócica. Vigilância epidemiológica e ações contra a dengue. Ações preventivas
e controle do meio ambiente. Saneamento básico. Saneamento e
sustentabilidade ambiental. Qualidade do ar e da água. Noções de
riscos ambientais.
Bibliografia Básica
Campos, G.W.S. et al (Org.). Tratado de saúde coletiva. São
Paulo: Hucitec, 2006.
Medronho, R. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Atheneu,
2004.
Pereira, M.G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Rouquayrol, M.Z.; Almeida Filho, N. Epidemiologia
& saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
Bibliografia de Consulta
Bertolli Filho, C. História da saúde pública no Brasil. 4.
ed. São Paulo: Ática, 2001.
Costa, E.M.a.; Carbone, M.H. Saúde da família: uma
abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Duncan, B.B.; Schmidt, M.I.; Giugliani, E.R.J. Medicina ambulatorial: condutas clínicas em atenção primária. 3.
ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.
Rosen, G. Uma história da saúde pública. São Paulo: Hucitec, Unesp, Abrasco, 1994.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
119
Bibliografia Complementar: Documentos Oficiais
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Breve histórico da Promoção da Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da Saúde no Brasil. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção
da Saúde. Textos básicos de saúde. Série B. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
Disponíveis em <http://saudeemmovimento.com.br/>.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 648 de 2006.
Política nacional da atenção básica. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2006.
Disponível em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
120
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Morfologia Funcional 2
Objetivo Geral
Corroborar, num enfoque integrado, no aprendizado do corpo do homem considerado como um único todo, distinto e individualizado.
Favorecer conhecimentos integrados, teóricos e práticos, da forma (microscópica e macroscópica) e das funções vitais (respiração e metabolismo, absorção e excreção, reprodução e seleção) do organismo humano,
tendo como referência a integridade equilibrada do corpo humano,
quer como meio interno (homeostase), quer com o meio externo (adaptação).
Ementa
Organização morfofuncional do Sistema Nervoso. Vias e centros nervosos. O neurônio e as células da glia. A fibra e o impulso
nervoso. A transmissão sináptica. O neuroeixo. Morfologia funcional da medula espinhal. Motilidade: movimento reflexo. Neurônios
periféricos: motor e sensitivo. Morfologia funcional do tronco cerebral e do cerebelo. Núcleos da base. Motilidade: movimentação
extrapiramidal. Diencéfalo. Sensibilidade: vias e centros. Sistema
centrencefálico: ritmos biológicos. Sistema límbico: emoções e instintos. Motilidade: movimentos voluntários. O córtex cerebral: altas
funções corticais. Funções corticais integrativas: a linguagem. O eletroencefalograma. Nervos espinhais. Plexos nervosos. Nervos crânicos. Visão: órgão; vias e centros. Audição e equilíbrio: órgãos; vias
e centros. SNA: vias e centros simpáticos e parassimpático: funções.
Artérias e veias do sistema nervoso. Circulação cerebral. Ventrículos e meninges. Circulação do líquor. O sistema reticuloendotelial.
Mecanismos imunológicos de defesa. Superfícies do corpo: a pele
e seus anexos; as mucosas. Controle homeotérmico e suas funções:
perspiração e transpiração. Morfologia funcional do sistema digestório: boca e faringe; esôfago e estômago; glândulas anexas; fígado
e pâncreas. Morfologia funcional do estômago. Sistema digestório:
intestinos: motilidade intestinal; absorção intestinal. Vias aéreas superiores e inferiores. Mecânica respiratória. Trocas gasosas. Metabolismo basal. Regulação da respiração. Morfologia funcional do
sistema urinário. Rim: tubos proximais e tubos distais. Rim: filtração e clearance; controle da tonicidade e volemia. Micção. MorfoloCurso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
121
gia funcional dos sistemas genitais masculino e feminino. Geração
e embriogênese. Os códigos da vida: a herança genética. Cronologia do desenvolvimento embrionário e do desenvolvimento fetal.
Modelagem fenotípica: fatores paratípicos. O nascimento: fatores
peri-natais. Desenvolvimento morfológico e desenvolvimento funcional: etapas e idades. Maturação morfofuncional do organismo.
Desenvolvimento comportamental e psíquico. Diferenças sexuais e
etárias. As idades da vida humana. Comunicação e linguagem.
Bibliografia Básica
Berne, R.M. et al. Manual de fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2006.
Cosenza, R.M. Fundamentos de neuroanatomia. 3. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Drake, R.L.; Vogt, W.; Mitchell, A. Gray Anatomia clínica para estudantes. 1. ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
Gardner, E.; Gray, D.J.; Rahilly, R.O. Anatomia: estudo regional do corpo humano. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
Junqueira, L.C.U. Biologia estrutural dos tecidos. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Junqueira, L.C.U.; Carneiro, J. Histologia básica. 10.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Junqueira, L.C.U.; Carneiro, J. Biologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Machado, A.B.M. Neuroanatomia funcional. 2. ed. Rio de
Janeiro: Atheneu, 2006.
Rhoades, A.R.; Tanner, G.A. Fisiologia médica. 2. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Tortora, J.G.; Grabowski, S.R. Princípios de anatomia
e fisiologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Bibliografia de Consulta
Berne, R.M. et al. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2004.
Cormack, D.H. Histologia do Ham. 9. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1991.
Gartner, L.P.; Hiatt, J.L. Tratado de histologia em cores.
122
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Geneser, F. Histologia com bases biomoleculares. 3. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Moore, K.L. Anatomia orientada para a clínica. 4. ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Bibliografia Complementar: Atlas
Di Fiori, M.S.H. Atlas de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1984.
Gartner, L.P.; Hiatt, J.L. Atlas colorido de histologia. 3.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Kopf-Maier, P. Heidegger-Wolf Atlas de anatomia humana.
6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Sobotta, J. Atlas de anatomia humana. 22. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Sobotta, J. Atlas de histologia, citologia, histologia e anatomia microscópica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
123
Patógeno Hospedeiro: Interrelações
Objetivo Geral
Propiciar o entendimento dos patógenos infecciosos e parasitários e
dos mecanismos de defesa do hospedeiro. Estudar os microorganismos
e parasitas causadores de doenças infecciosas endêmicas; a resposta
imune do organismo; a fisiopatologia das principais enfermidades infecciosas, parasitária e causadas por animais peçonhentos. Conhecer
os fundamentos da infectologia: as noções de endemias e epidemias;
de infecções, infestações e parasitismo; de transmissão das doenças infecciosas e parasitárias.
Ementa
Mecanismo de infecção e doenças: parasitárias e microbianas.
Conceitos de parasitismo e de microrganismos. Circulação de agentes patogênicos: conceito ecológico. Foco, área endêmica, surto, epidemia, endemia. Monitoração de endemias e epidemias. Controle de
endemias: zoonoses; doenças bacterianas. Componentes do sistema
imunológico. Resposta imune humoral e celular. Resposta imune
inata e adaptativa. Mecanismos efetores do sistema imune nas enfermidades. Sistema imunológico e os mecanismos de infecção e doença. Relação patógeno-hospedeiro (RPH): conceitos; bases genéticas,
moleculares e imunológicas. Cepa, mimetismo molecular, escape da
resposta imune. Mecanismos de escape do patógeno. Mecanismos
de defesa do hospedeiro. Bases genéticas, moleculares e imunológicas: doenças infecto-parasitárias. Helmintos, protozoários e fungos:
caracterização. Microbiologia: conceitos e caracterização. Microrganismos de interesse médico. O laboratório em parasitologia médica:
o diagnóstico laboratorial. O laboratório em microbiologia médica:
métodos diagnósticos. Exames complementares em parasitologia.
Infecções parasitárias de interesse médico. Exame bacteriológico
da água e do leite. Patógenos do sistema gênito-urinário. DST: tricomoníase; sífilis; blenorragia e outras DST. Diagnóstico, epidemiologia e prevenção das DST. Patógenos intestinais: esquistossomose;
teníases e cisticercose; enterobiose e tricuríase; shigelose, febre tifóide; cólera; amebíase e criptosporidiose; H. pilori; bacilos Gram+;
bacilos Gram−; salmoneloses e shigeloses. cocos Gram+. Patógenos
intestinais: enterites, enteroviroses. Patógenos intestinais: ascaridí124
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
ase; heminolepíase e giardíase; estrongiloidíase e ancilostomose.
Diagnóstico das diarréias infecto-parasitárias. Patógenos do sistema
linfo-hematopoiético: doença de Chagas; filarioses e toxoplasmose;
citomegalovirose; borrelioses e leptospirose; malária. Patógenos do
sistema linfo-hematopoiético e tecidos: leishmanioses e hanseníase. Grandes endemias no Brasil. Patógenos da pele: oncocercose;
micoses superficiais; esporotricose e coromomicose; pinta, bouba e
riquetsioses. Patógenos da pele: contágio e diagnóstico diferencial.
Patógenos do sistema respiratório: micoses profundas; sarampo e
outros vírus; tuberculose; hemófilos; coqueluche. Controle das doenças respiratórias infecto-parasitárias. Sistema nervoso central e
doenças parasitárias. Patógenos do sistema nervoso central: raiva;
encefalites; listeriose. Artrópodes de interesse médico: dípteros; siphonaptera; anoplura e acari. Patógenos transmitidos por artrópodes: arboviroses; dengue e febre amarela; tifo exantemático e murino; febre das trincheiras; doença de Lyme. Animais peçonhentos:
serpentes; aranhas e escorpiões. Hiv-aids. Avanços no controle da
epidemia de Hiv. Aids. Infecções microbianas secundárias. Doenças
parasitárias de comportamento oportunista. Doenças parasitárias
puramente oportunistas. Vacinas em doenças infecto-parasitárias.
Calendários de vacinação de crianças e adultos. Medicina dos viajantes.
Bibliografia Básica
Abbas, A.K.; Lichtman, A.H. Imunologia celular e molecular. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
Janeway, Jr C.; Travers, P. (Ed.). Imunobiologia: o sistema imune na saúde e na doença. 2. ed. São Paulo: Artes
Médicas Sul, 1996.
Murray, P.R.; Rosenthal, K.S.; Pfaller, M.A. Microbiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
Rey, L. Parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Zaitz, C. Compêndio de micologia médica. Rio de Janeiro:
Medsi, 1998.
Trabulsi, L.R. Microbiologia. 4. ed, Rio de Janeiro: Atheneu, 2005.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
125
Bibliografia de Consulta
Abbas, A.K.; Lichtman, A.H.; Pober, J.S. Cellular and
Molecular Immunology. 5. th, Philadelphia: W.B Saunders,
2003.
Batista, R.S. et al. Medicina tropical. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2001.
Burton, G.R.W.; Engelkirk, E. Microbiologia para as ciências da saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005.
Jawertz, E. Microbiologia médica. 18. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2002.
Neves, D.P. Parasitologia Humana. 10. ed. Rio de Janeiro:
Atheneu, 2000.
Pelczar, M.J. Microbiologia. São Paulo: McGraw-Hill,
2003.
Pollard, T.D.; Earnshaw, W.C. Biologia celular. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2006.
Rey, L. Bases da parasitologia médica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2002.
Ferreira, U.M. Fundamentos biológicos da parasitologia
humana. São Paulo: Manole, 2003.
Roitt, I.; Walkelind, D. Microbiologia médica. 3. ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2005.
Rosseti, M.L.; Dornelles-Silva, C.M.; Rodrigues,
J.J.S. Doenças infecciosas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Sounis, M. Curso prático de microbiologia. Rio de Janeiro:
Atheneu, 1999.
Veronesi, R.; Focaccia, R. Tratado de infectologia. 3.
ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
126
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Ementas 3º Ano
Diagnóstico Médico
Objetivo Geral
Praticar o raciocínio clínico procurando associar conteúdos semióticos,
conhecimentos de medicina interna e métodos complementares para a
formulação de hipóteses diagnósticas. Favorecer a interpretação do
resultado de exames laboratoriais e de exames por imagem. Discutir
diagnósticos diferenciais apreciando a indicação apropriada e os resultados válidos dos exames subsidiários mais genéricos.
Ementa
1. Radiologia. A formação da imagem radiográfica. Imagem
radiográfica: escala de cinzas, incidências. A radiografia do tórax:
indicações. Radiologia do tórax: compartimentos; estruturas ósseas
e partes moles; mediastino, hilo, diafragma; parênquima, cavidade pleural. Noções fundamentais de ultra-sonografia e tomografia
computadorizada: terminologia; planos. Lesões fundamentais do
pulmão: consolidações; atelectasias; cavitações; hiperinsuflações.
A radiografia panorâmica do abdômen e seus compartimentos. A
radiografia no abdome agudo obstrutivo e inflamatório; na colecistite e na pancreatite; na apendicite; na diverticulite. Lesões do tubo
digestivo superior: métodos de contraste. Lesões do tubo digestivo
inferior: o cólon-clister opaco. Lesões fundamentais do trato urinário: urografia excretora, ultra-sonografia e tomografia computadorizada. Avaliação por tomografia computadorizada do snc; dos
seios da face e da coluna.
2. Exame de laboratório. O exame de sangue. O hemograma
completo. As anemias. Leucocitoses. Enzimas miocárdicas. O exame
de urina. Elementos anormais e sedimentos urinários. Elementos
anormais nas fezes e parasitológico de fezes. Doença úlcero-péptica.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
127
Pesquisa de Helicobacter pylori. Provas de função hepática. Avaliação
laboratorial em reumatologia. Provas funcionais da tireóide. Laboratório nas doenças renais. Avaliação laboratorial da trombofilia.
Trombose venosa profunda.
Bibliografia Básica
Eisenberg, R.L. Diagnóstico diferencial por imagens. 3.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
Wallach, J. Interpretação de exames laboratoriais. 7. ed.
Rio de Janeiro: Medsi. 2003.
Santos, A.a.S.M.; Nacif, M.S., Galvão, M.C. Radiologia
e diagnóstico por imagem do abdome. Rio de Janeiro: Rubio,
2005.
Santos, A.A.S.M. et al. Radiologia e diagnóstico por imagem do aparelho respiratório. Rio de Janeiro: Rubio, 2005.
Bibliografia de Consulta
Lima, A.O. et al. Métodos de laboratório aplicados à clinica.
8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Nacif, M.S. Radiologia prática para o estudante de medicina. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. 2 V.
Bibliografia Geral
Bickley, L.S.; Szilagyi, P.G. Bates Propedêutica Médica.
8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Goldman, L.; Ausiello, D. Cecil Tratado de medicina
interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2005. 2 V.
Kasper, D.L. et al. Harrison Medicina interna. 16. ed. São
Paulo: McGraw Hill, 2006. 2 V.
Lopes, A.C.; Amato Neto, V. Tratado de clínica médica.
São Paulo: Roca, 2006. 3 V.
Porto, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 5.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Porto, C.C. Semiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Talley, N.J.; O’Connor, S. Exame clínico: um guia do
diagnóstico físico. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003.
128
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Farmacologia Clínica
Objetivo Geral
Possibilitar o aprendizado das bases farmacológicas do tratamento de
enfermidades orgânicas e sistêmicas: os fundamentos farmacológicos
necessários para a compreensão e uso da terapêutica medicamentosa,
os princípios do uso de corticoides e de antibióticos; as interferências
farmacológicas nas atividades simpáticas e parassimpáticas. Compreender a dependência e abuso medicamentoso.
Ementa
Fatores que modificam a ação e os efeitos dos medicamentos.
Dependência e abuso medicamentoso. Fármacos que interferem
com as atividades simpáticas e parassimpáticas. Farmacologia clínica dos anestésicos locais e da anestesia geral. Tratamento farmacológico da dor. Farmacologia clínica dos transtornos da ansiedade.
Depressão: como tratar farmacologicamente. Tratamento farmacológico dos quadros psicóticos. Farmacologia clínica das disritmias
cerebrais. Tratamento farmacológico dos distúrbios do sono. Tratamento farmacológico das coagulopatias. Farmacologia clínica dos
transtornos digestivos. Princípios da corticoterapia. Tratamento
das doenças inflamatórias e auto-imunes. Farmacologia clínica da
anticoncepção e do parto. Tratamento farmacológico das doenças
respiratórias. Tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca
e da hipertensão arterial; das arritmias cardíacas. Princípios da terapêutica clínica das cardiopatias isquêmicas. Como tratar farmacologicamente as dislipidemias. Antibioticoterapia: farmacologia
clínica.
Bibliografia Básica
Brunton, L.; Lazo, P.; Parker, K. Goodman & Gilman’s
The Pharmacological Basis of Therapeutics. 11. th. New York:
McGraw-Hill, 2005.
Katzung, B.G. Farmacologia básica e clínica. 9. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Tripaldi, K.D. Farmacologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
129
Bibliografia de Consulta.
DiPiro, J.T. et al. Pharmacotherapy. 6. th. New York: McGrawHill, 2005.
Green, B.G. et al. The Washington Manual TM: Manual de
terapêutica clínica. 31. th. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005.
Koda-Kimble, M.A. et al. Applied Therapeutics: the Clinical use of the Drugs. 8. th. London: Lippincott Williams &
Wilkins, 2004.
Prado, F.C.; Ramos, J.; Valle, J.R. Atualização terapêutica. 22. ed., São Paulo: Artes Médicas, 2005.
Tierney, L.M.; McPhee, S.J.; Papadaki, M.A. Current
Medical Diagnosis & Treatment. 45. th. New York: McGrawHill/Lange Medical Books, 2006.
130
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Infectologia
Objetivo Geral
Favorecer conhecimentos para o diagnóstico das doenças infecciosas e
parasitárias prevalentes. Compreender o controle das doenças transmissíveis. Analisar os usos de medicamentos em infectologia. Conhecer o Programa Nacional de Imunizações. Estudar, no enfoque da
infectologia, as síndromes febris e diarreicas, as doenças respiratórias
agudas, os acidentes por animais peçonhentos, as mordeduras por mamíferos.
Ementa
Importância atual das doenças transmissíveis: métodos de controle. Interpretação de exames complementares nas infecções. Métodos de diagnóstico em doenças infecciosas. Introdução ao uso clínico de antimicrobianos e antiparasitários. Quimioterapia antibacteriana e antifúngica. Implicações clínicas da resistência bacteriana.
Antibióticos e quimioterápicos: efeitos adversos. Quimioterapia antiparasitária; antiviral. antiretroviral: HIV. O Programa Nacional
de Imunizações. Imunização em adultos e adolescentes. Infecções
relacionadas à assistência à saúde. Acidentes com material biológico
e profilaxia pós-exposição. Diarreias infecciosas e parasitoses intestinais. Síndrome febril. Linfadenomegalias febris. Doenças respiratórias agudas: gripe e resfriado. Acidentes por animais peçonhentos. Mordeduras por mamíferos, tétano e raiva.
Bibliografia Básica
Tavares, W. Antibióticos e quimioterápicos para o clínico.
São Paulo: Atheneu, 2006.
Tavares, W.; Marinho, L.A.C. Rotinas de diagnóstico e
tratamento das doenças infecciosas e parasitárias. São Paulo:
Atheneu, 2005.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
131
Bibliografia de Consulta
Mandell, G.L.; Bennett, J.E.; Dolin, R. (Ed.). Principles and Practice of Infectious Diseases. 6. th. New York:
Churchill/Livingstone. 2004.
Veronesi, R.; Focaccia, R. Tratado de infectologia. 3. ed.
São Paulo: Atheneu, 2005.
Bibliografia Geral
Goldman, L.; Ausiello, D. Cecil Tratado de medicina
interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2005. 2 V.
Kasper, D.L. et al. Harrison Medicina interna. 16. ed. São
Paulo: McGraw Hill, 2006. 2 V.
Lopes, A.C.; Amato Neto, V. Tratado de clínica médica.
São Paulo: Roca, 2006. 3 V.
Bibliografia Complementar: Documentos Oficias
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para
atendimento e acompanhamento de exposição ocupacional a
material biológico. HIV e hepatites B e C. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004.
[Disponível em <http:://www.aids.gov.br>]
132
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Iniciação à Prática Cirúrgica
Objetivo Geral
Promover o conhecimento das bases biológicas da cirurgia; dos princípios da técnica cirúrgica; dos princípios da antissepsia, assepsia e degermação; dos fios e suturas; das feridas e cicatrização; da intubação
e exturbação; os tempos fundamentais da técnica operatória. Desenvolver as noções básicas de anestesiologia: da anestesia local e geral,
locorregional, raquiana e peridural; da monitoração anestésica; da
recuperação pós-anestésica.
O ensino prático tem por finalidade o treinamento inicial do aluno
nos procedimentos cirúrgicos e anestésicos básicos.
Ementa
Bases da técnica cirúrgica e sua aplicação. O laboratório de cirurgia experimental. Nomenclatura em técnica cirúrgica. O centro cirúrgico.
Anestesia local e loco-regional. A agressão cirúrgica. Bloco cirúrgico, equipe cirúrgica. Antissepsia, assepsia e degermação. Tempos fundamentais
da técnica operatória. Técnica e tática operatória. Fios de sutura e suturas. Procedimento ambulatorial. Drenagem em geral. Classificação das
laparotomias. Ficha de anestesia. Bloqueio de nervos periféricos. Bases da
cirurgia laparoscópica. Prática em caixa preta. Anestesia raquiana e peridural. Aparelho de anestesia. Material anestésico. Feridas e cicatrização
de partes moles. Instrumental cirúrgico. Anestesia geral. Bases biológicas
da cirurgia. Bloqueio regional. Cirurgia laparoscópica. Intubação e exturbação. Monitoração em anestesia. Procedimento sobre via biliar principal
e acessória. Acesso venoso periférico. Recuperação pós-anestésica. Parada
cardíaca. Bases da cirurgia experimental. Autoenxerto e autotransplante.
Acesso venoso periférico.
Bibliografia Básica
Goffi, F.S. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas de cirurgia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 1996.
Madden, J.L. Atlas de técnicas cirúrgicas. 2. ed. São Paulo:
Roca, 2005.
Manica, J. (Org.). Anestesiologia: princípios e técnicas. 3.
ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
133
Bibliográfia de Consulta
Sabiston Jr, D.C. Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical Practice. 4..th. Philadelphia: Saunders,
2004.
Marques, R.G. Técnica operatória e cirúrgica experimental. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Magalhães, H.P. Técnica cirúrgica e cirurgia experimental. São Paulo: Sarvier, 1996.
Schwartz, S.I. Principles of Surgery. 7. th. New York: Mc
Graw-Hill, 1998.
134
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Medicina Social 3
Objetivo Geral
Discutir criticamente os sistemas de saúde no Brasil e os modelos assistenciais de saúde no mundo. Identificar os grandes problemas assistenciais. Discutir o Pacto da Atenção Básica e seus indicadores.
Discutir a regulação do SUS: normas operacionais e normas de assistência à saúde. Debater sobre planejamento, organização e direção
de serviços de saúde. Introduzir conceitos gerais sobre planejamento e
programação em saúde; introduzir noções de gestão hospitalar e analisar o papel do hospital no Sistema de Saúde. Apresentar o histórico
dos Programas de Saúde no Brasil. Analisar o conteúdo básico dos
principais programas de saúde, normalizados pelo Ministério da Saúde.
A prática de Medicina Social 3 objetiva propiciar ao aluno estágio em
centros de saúde e unidades básicas de atenção à saúde, e trabalhos de
campo que favoreçam a coleta de informações sobre condições sanitárias de comunidades locais.
Ementa
1. Sistemas de atenção à saúde. Sistemas de Saúde no Brasil. A
crise do estado de bem-estar social e a saúde. Modelos assistenciais
de saúde no mundo. Os casos dos Estados Unidos e do Canadá. Globalização, desigualdade e saúde. Sistemas equitativos e atenção à
saúde. Saúde e participação social. Proteção social e prioridades em
saúde. Sistema suplementar de saúde no Brasil. A Agência Nacional
de Saúde (ANS). Desenvolvimento e incorporação tecnológica. Impasses técnicos, éticos e direitos humanos.
2. Políticas de saúde. Legislação atualizada do SUS. Os princípios e diretrizes no cenário atual. Economia da saúde. Financiamento e crises do SUS. Níveis de gestão e financiamento do SUS. A
gestão colegiada. Incentivos e recursos para a Atenção Básica. Indicadores do Pacto da Atenção Básica. Financiamento da assistência
médica no SUS. Regulação do SUS. Normas Operacionais do SUS.
Normas de Assistência à Saúde no SUS.
3. Planejamento em saúde. Noções Básicas de Planejamento
em Saúde. Planejamento normativo e estratégico. Conceitos sobre
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
135
Programas de Saúde: definição de metas e objetivos. Avaliação do
impacto de Programas de Saúde. Mecanismos de controle e avaliação de Programas. O Hospital no Sistema de Saúde. Introdução
à administração hospitalar. Inovações da gestão hospitalar. A informação na gestão hospitalar. O censo hospitalar. Indicadores de
qualidade na assistência hospitalar.
4. Programas de saúde. Histórico dos Programas de Saúde no
Brasil. O controle das grandes endemias regionais. Programas de
Assistência Materno-Infantil. A história do Programa de Atenção
Integral à Saúde da Criança (PAISC) e da mulher (PAISM) no Brasil. Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, à Saúde da
Criança, à Saúde do Adolescente. Saúde Mental e Droga adição.
Programa de Controle e Assistência da Hipertensão, do Diabete, da
Hanseníase, da AIDS.
Bibliografia Básica
Campos, G.W.S. et al (Org.). Tratado de saúde coletiva. São
Paulo: Hucitec, 2006.
Medronho, R. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Atheneu,
2004.
Pereira, M.G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Rouquayrol, M.Z.; Almeida Filho, N. Epidemiologia
& saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
Schraiber, L.B. Programação em saúde hoje. 2. ed. São
Paulo: Hucitec, 2000.
Bibliografia de Consulta
Bertolli Filho, C. História da saúde pública no Brasil. 4.
ed. São Paulo: Ática, 2001.
Duncan, BB.; Schmidt, M.I.; Giugliani, E.R.J. Medicina ambulatorial: condutas clínicas em atenção primária. 3.
ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.
Rosen, G. Uma história da saúde pública. São Paulo: São
Paulo: Hucitec, Unesp, Abrasco, 1994.
136
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Bibliografia Complementar: Documentos Oficiais
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde: Declaração de Alma-Ata (1978). Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da Saúde no Brasil. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Textos básicos de saúde (Série
B). Política nacional de promoção da saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
Disponíveis em <http://saudeemmovimento.com.br/>.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria executiva: núcleo técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: a
clínica ampliada. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da
Hanseníase. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual Técnico para
o controle da tuberculose: cadernos de atenção básica. 6. ed.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa nacional de dst e aids: Plano estratégico do
Programa Nacional de dst e aids 2005. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Diretrizes para o
controle da sífilis congênita. Brasília, DF: Ministério da Saúde.
2005.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
137
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2203 de
1996. Norma operacional básica de atenção à saúde: NOB
1/96. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1996.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 312 de 2002.
Padronização da nomenclatura do censo hospitalar. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 336 de 2002.
Saúde Mental no SUS: diretrizes de funcionamento dos centros de atenção psicossocial. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 373 de 2002.
Norma operacional da assistência à saúde. NOAS SUS 01/02.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 399 de 2006.
Diretrizes do pacto pela saúde: consolidação do Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 648 de 2006.
Política nacional da atenção básica. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2203 de
1996. Norma operacional básica de atenção à saúde: NOB
1/96. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1996.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
Brasil. Anais do Ministério da Saúde. Oitava Conferência
Nacional de Saúde: relatório final. Brasília, Df, Ministério da
Saúde, 1986.
Brasil. Constituição (1988). Título Viii. Da ordem social. Seção Ii. Da saúde: artigos de 196 a 200. Brasília, DF.
Brasil. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF,
1990.
Brasil. Lei 8142 de 28 de setembro de 1990. Brasília, DF,
1990.
Brasil. Emenda Constitucional n° 29 de 13 de setembro de
2000. Brasília, DF, 2000.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
138
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Psicologia Médica
Objetivo Geral
Apreciar a importância da Psicologia para o médico geral. Favorecer
a compreensão da dinâmica do psiquismo e das emoções humanas; do
inconsciente e do consciente; dos mecanismos de defesa da mente. Introduzir conhecimentos básicos das neurociências, da psicopatologia
e da medicina psicossomática. Analisar de modo prático os resultados
do atendimento psicológico e dos testes psicológicos.
Ementa
Introdução à Psicologia Médica. Importância da Psicologia para
o médico geral. Neurociência e mente humana. Desenvolvimento
e estruturação do comportamento. Inconsciente e consciente: memória implícita e explícita. Dinâmica do psiquismo e das emoções.
Teorias psicológicas. Dinâmica do psiquismo e mecanismos de defesa. Introdução à psicopatologia. Testes psicológicos: interpretação
de resultados. Atendimento multidisciplinar em psicologia médica.
Pesquisa em psicologia. Introdução à psicossomática: a importância
na medicina. As doenças psicossomáticas. A entrevista psicológica:
a anamnese. O atendimento psicológico. Aplicações da psicologia
médica: a relação médico-paciente; o psiquismo do médico; o médico e a morte. Aplicações da psicologia médica: na educação para a
saúde; na saúde mental. Psicologia nas diversas especialidades médicas.
Bibliografia Básica
Andrade, V.M.; Santos, F.H dos; Bueno, O.F.A. Neuropsicologia hoje. Buenos Aires: Artes Médicas, 2004.
Camon, V.A.A. Psicologia hospitalar: atuação do psicólogo
no contexto hospitalar. São Paulo: Traço, 1984.
Camon, V.A.A (Org.). Psicologia: um novo significado para
a prática clínica. São Paulo: Pioneira, 2000.
Camon, V.a.A (Org.). O doente, a psicologia e o hospital. 3.
ed. São Paulo: Pioneira, 2004.
Angemari, V.A.-Camon (Org.); Chiattone, H.B.C.; Meleti, M.R. A psicologia no hospital. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2003.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
139
Bibliografia de Consulta
Aiken, L.R. Psychological Testing and Assessment. 6. th.
Boston: Allyn and Bacon, 1988.
Hinte, R. (Ed.). Nonverbal Communication. New York:
Cambridge University Press, 1972.
Contrada, R.J. Type A Behavior, Personality and Social.
Psychology. n. 57: p. 895-903, 1989.
Goldstein, R.B.; Black, D.W.; Nasrallah, A.M.; Winokur, G. The prediction of suicide. Archives of General
Psychiatry. n. 48: p. 418-423, 1991.
Kolb, B. Brain Development, Plasticity, and Behavior. American Psychologist. n. 44: p. 1203-1212, 1989.
Krantz, D.S. et al. Environmental Stress and Biobehavioral
Antecedents of Coronary Heart Disease. Journal of Consulting and Clinical Psychology. n. 56: p. 333-341, 1988.
140
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Puericultura
Objetivo Geral
Considerar a importância das ações básicas de puericultura para a
prevenção, manutenção e recuperação da saúde do neonato e do recémnascido. Analisar as ações de atenção integral à saúde da criança.
Considerar a importância das imunizações; das indicações nutricionais; da prevenção de acidente e de maus tratos para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento sadio das crianças.
Ementa
Apresentação da puericultura. Programa de Atenção Integral
à Saúde da Criança (Paisca): ações básicas. Atendimento integral
às doenças prevalentes na infância (aidpi): ações básicas. Imunizações. Cartão vacinal. Crescimento e desenvolvimento. Cartão da
criança. Desenvolvimento neuropsicomotor: gráficos de Denver. Assistência ao recém nascido normal: sala de parto. Folha de anamnese neonatal. Terminologia da oms. Maturidade do recém-nascido.
Idade gestacional: Capurro. Ballard. “Teste do pezinho”. Icterícia
fisiológica. Infecção respiratória aguda: projeto ira. Desidratação:
prevenção. Reidratação: planos. Diarreia. Cólica idiopática do lactente. Aleitamento materno. Desmame. Nutrição. Prevenção de acidentes e maus tratos.
Bibliografia Básica
Marcondes, E. et al (Ed.). Pediatria básica. 9. ed. São Paulo: Sarvier, Vol I. 2002. Vol II. 2003. Vol III. 2005.
Rodrigues, Y.T.; Rodrigues, P.P.B. Semiologia pediátrica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Isler, H.; Leone, C.; Marcondes, E. Pediatria na atenção primária. São Paulo: Sarvier. 2002.
Dutra, A. Medicina neonatal. Rio de Janeiro: Revinter,
2006.
Bibliografia de Consulta
Behrman, R.E.; Kliegman, R.M.; Jenson, H.B. Nelson
Tratado de pediatria. 17. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 2 V.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
141
Semiologia e Propedêutica Especial
Objetivo Geral
Cardiologia
Considerar a importância da anamnese e do exame físico em cardiologia. Analisar a indicação apropriada e os resultados válidos dos
principais exames laboratoriais, gráficos e por imagem em cardiologia. Analisar as indicações da cinecoronariografia, do estudo eletrofisiológico, do ultra-som coronário e de biópsias em cardiologia.
Gastrenterologia
Considerar a importância da anamnese e do exame físico em gastroenterologia. Analisar a indicação apropriada e os resultados válidos
dos principais exames laboratoriais, gráficos e por imagem em gastroenterologia. Analisar as indicações das endoscopias, das punções, de
biópsias e anatomopatológicos em gastroenterologia.
Neurologia
Considerar correlação clínica da morfologia funcional do sistema nervoso. Considerar a importância da anamnese e do exame físico em
neurologia. Analisar a indicação apropriada e os resultados válidos
dos principais exames laboratoriais, gráficos e por imagem em neurologia. Analisar a indicação da eletrencefalografia e eletromiografia,
do exame do líquido cérebro-espinhal em neurologia.
Pneumologia
Considerar a importância da anamnese e do exame físico em pneumologia. Analisar a indicação apropriada e os resultados válidos dos
principais exames laboratoriais, gráficos e por imagem em pneumologia. Analisar a importância das provas de função respiratória, da
gasometria, do exame de escarro, das punções e biópsias em pneumologia.
Ementa
1. Cardiologia. A importância do exame físico em cardiologia.
Anamnese em cardiologia. Modelo anátomo-funcional. A eletrocar-
142
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
diografia. Radiologia do tórax. Exames não invasivos em cardiologia: laboratoriais, ergometria, mapa, holter, ecocardiografia, tomografia, ressonância magnética cardíaca e outros. Exames invasivos
em cardiologia: cinecoronariografia, estudo eletrofisiológico, ultrasom coronário, biópsias.
2. Gastroenterologia. A importância do exame físico em gastroenterologia. Laboratório em gastroenterologia. Exame de fezes
(cultura de fezes, parasitológico, mif). Imagens em gastroenterologia: radiologia convencional, esofagografia, trânsito e clister opaco,
arteriografia. Tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia, cintilografia. Endoscopia em gastroenterologia: endoscopia alta e baixa. Biópsias, punções, exames anatomopatológicos, phmetria de 24 h e esofagomanometria.
3. Neurologia. Morfologia funcional do sn: correlação clínica.
A importância do exame físico em neurologia. O laboratório na
neurologia. Imagens em neurologia: radiologia, tomografia computadorizada, ressonância magnética. Angiografia, mielografia, cintilografia. Eletrencefalografia e eletromiografia. O exame do líquido
cérebro-espinhal.
4. Pneumologia. A importância do exame físico em pneumologia. O exame de sangue em pneumologia. O exame de escarro:
Gram, Baar, cultura e citologia. Exames cutâneos em pneumologia.
Imagens em pneumologia: radiologia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultra-sonografia. Endoscopia em pneumologia. Punções e biópsias em pneumologia. Provas de função
respiratória e gasometria.
Bibliografia Básica
Cardiologia
Couto, A.A. Semiologia cardiovascular. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2002.
Goldwasser, G.P. Eletrocardiograma orientado para o clínico. Rio de Janeiro: Revinter, 2002.
Perlott, J.K. Coração, circulação, semiologia. Rio de Janeiro: Revinter, 1984.
Saad, E.S. Tratado de cardiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
143
Topol, E.J. Tratado de Cardiología. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Volume I, Ii.
Gastroenterologia
Castro, L.P.; Coelho, L.G.V. Gastroenterologia. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Dani, R. Gastroenterologia essencial. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
Galvão Alves, J.; Dani, R. Terapêutica em gastroenterologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Neurologia
Nitrini, R.; Bacheschi, L.A. A neurologia que todo médico deve saber. São Paulo: Atheneu, 2003.
Pneumologia
Bethlem, N. Pneumologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu,
2000.
Silveira, I.C. O Pulmão na prática médica. 4. ed. Rio de
Janeiro: EPUB, 2005.
Tarantino, A.B. Doenças pulmonares. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
Bibliografia de Consulta
Cardiologia
Nobre, F. Tratado de cardiologia. São Paulo: Manole, 2005.
Stefanini, E. Guia de medicina ambulatorial. São Paulo:
Manole, 2005.
Zipes, D.P.; Braunwald, E. Braunwald’s Heart Disease. 7.
th. Philadelphia: Sauders, 2005.
Gastroenterologia
Feldman, M.; Friedman, L.S.; Brandt, L.J. Sleisenger
and Fordtran’s Gastrointestinal and Liver Disease. 8. th. Philadelphia; Saunders., 2006. 2 V.
Galvão Alves, J. Emergências em Gastroenterologia. Rio
de Janeiro: Rubio, 2002.
144
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Neurologia
Foltin, J. et al. (Ed.). Adams and Victor’s principles of Neurology. 8. th. New York: McGraw-Hill, 2005.
Goetz, C.G.; Pappert, E.J. Textbook of Clinical Neurology.
New York: Saunders, 1999.
Pneumologia
Fishman, A.P. Pulmonary Disease and Disorders. 3. th.
New York: McGraw-Hill, 1998.
Beers, M.H.; Berkow, R. (Ed.). Manual Merck. 17. ed. São
Paulo: Roca, 2001.
Bibliografia Geral
Bickley, L.S.; Szilagyi, P.G. Bates Propedêutica médica.
8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Goldman, L.; Ausiello, D. Cecil Tratado de medicina
interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2005. 2 V.
Kasper, D.L. et al. Harrison Medicina interna. 16. ed. São
Paulo: McGraw Hill, 2006. 2 V.
Lopes, A.C, amato Neto, V. Tratado de clínica médica.
São Paulo: Roca, 2006. 3 V.
Porto, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 5.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Porto, C.C. Semiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Talley, N.J.; O’Connor, S. Exame clínico: um guia do
diagnóstico físico. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
145
Semiologia e Propedêutica Geral
Objetivo Geral
Semiologia
Considerar a importância do conhecimento dos sinais vitais para a
prática médica. Propiciar os conhecimentos sobre os principais sinais
e sintomas pelos quais se manifestam as doenças prevalentes e a semiótica das principais síndromes e enfermidades.
A prática de semiologia objetiva o treino do aluno na identificação
dos grandes sintomas e sinais, e o seu adestramento na formulação de
diagnósticos sindrômicos e diferenciais.
Propedêutica
Considerar a importância da relação médico-paciente, da anamnese,
dos procedimentos propedêuticos e do exame físico geral e segmentar
dos aparelhos e sistemas orgânicos para a prática médica.
Considerar a importância da prática da abordagem de pacientes, da
coleta dos dados de histórias clínicas e a realização de exames físicos
de forma adequada e sequencial. Objetiva desenvolver o raciocínio
clínico a fim de favorecer a formulação de hipóteses diagnósticas acertadas.
A prática de propedêutica objetiva o treinamento do aluno no contato
com pacientes, na coleta e registro de dados de histórias clínicas e a realização de exames físicos de forma adequada e sequencial. Objetiva,
ainda, o reconhecimento dos sintomas e sinais que indiquem anormalidade, a avaliação do paciente como um todo.
Ementa
Bloco 1. Propedêutica. Anamnese e sinais vitais. Exame físico geral. Exame da cabeça e pescoço. Propedêutica respiratória.
Semiologia. A importância da anamnese para o clínico. Inspeção
geral. Semiologia da cianose; da dispneia; da dor torácica; da hemoptise; da insuficiência respiratória; da temperatura corporal e
febre; da tosse e expectoração; das anemias. Semiologia da tireoide.
Semiologia das pneumonias; das síndromes pulmonares e pleurais;
146
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
das doenças do mediastino; da tuberculose ganglionar. Semiologia
do edema. Semiologia do edema agudo de pulmão. Semiologia dos
linfonodos.
Bloco 2. Propedêutica. Propedêutica respiratória. Propedêutica cardíaca. Semiologia. Exame segmentar do aparelho cardiovascular. Semiologia da insuficiência cardíaca; da insuficiência arterial
periférica; da insuficiência venosa. Semiologia da pericardite; do
derrame pericárdico; das alterações valvulares; da hipertensão arterial sistêmica; da hipertensão arterial secundária. Classificação das
cardiopatias. Semiologia da insuficiência coronariana; do infarto
agudo do miocárdio. Semiologia da febre reumática.
Bloco 3. Propedêutica. Propedêutica do abdômen. Semiologia.
Exame segmentar do abdômen. Semiologia da disfagia; das náuseas
e vômitos; da dor torácica esofagiana; da dor abdominal; da doença do refluxo gastro-esofágico; da diarreia. Semiologia da doença
úlcero-péptica; da doença inflamatória intestinal; da icterícia. Semiologia da hipertensão porta; hemorragia digestiva alta e baixa.
Bloco 4. Propedêutica. Propedêutica dos membros (ossos e articulações). Propedêutica neurológica. Semiologia. Semiologia da
insuficiência renal aguda e crônica. Semiologia da perda e ganho
de peso. Semiologia da hipofunção e hiperfunção tireoideana; das
tireoidites. Semiologia das colagenoses; do diabete melito e suas
complicações. Semiologia das artropatias inflamatórias e degenerativas. Semiologia da dor lombar; dos nervos crânicos; das cefaleias;
das alterações da consciência e do coma; da linguagem e da consciência. Semiologia do Alzheimer.
Bibliografia Básica
PORTO, C.C. Semiologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Rezende J. de; Montenegro, C.A.B. Obstetrícia fundamental. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Rodrigues, Y.T.; Rodrigues, P.P.B. Semiologia pediátrica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Bibliografia de Consulta
Bickley, L.S.; Szilagyi, P.G. Bates Propedêutica médica.
8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
147
Porto, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 5.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Talley, N.J.; O’Connor, S. Exame clínico: um guia do
diagnóstico físico. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003.
Bibliografia Geral
Goldman, L.; Ausiello, D. Cecil Tratado de medicina
interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2005. 2 V.
Kasper, D.L. et al. Harrison Medicina interna. 16. ed. São
Paulo: McGraw Hill, 2006. 2 V.
Lopes, A.C.; Amato Neto, V. Tratado de clínica médica.
São Paulo: Roca, 2006. 3 V.
148
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Ementas 4º Ano
Especialidades
Objetivo Geral
Desenvolver atitudes e hábitos profissionais para a abordagem das
patologias da pele e mucosas, das doenças infecciosas e parasitárias
prevalentes, das enfermidades do olho e anexos e otorrinolaringológicas mais frequentes, das enfermidades psiquiátricas; conhecer a
importância das medidas preventivas e de pronto atendimento nas
urgências; aprender a indicar de forma correta o encaminhamento do
paciente ao especialista.
Dermatologia
A prática de dermatologia objetiva treinamento do aluno em infecções
e infestações da pele e mucosas; em doenças sexualmente transmissíveis; em hanseníase.
Infectologia
A prática de dermatologia objetiva treinamento do aluno em doenças
endêmicas e epidêmicas; em infecções por transfusão; em Aids.
Oftalmologia e Otorrinolaringologia
A prática de oftalmologia e otorrinolaringologia objetiva o treinamento do aluno em semiologia dos olhos e anexos e na semiologia otorrinolaringológica; em urgências oftalmológicas e otorrinolaringológicas.
Psiquiatria e Saúde Mental
A prática de psiquiatria e saúde mental objetiva treinamento do aluno em anamnese e diagnóstico em psiquiátrica; terapêutica psicofarmacológica; atendimento de promoção da saúde mental.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
149
Ementa
Dermatologia. Piodermites. Eczemas. Doenças sexualmente
transmissíveis. Sífilis. Hanseníase. Micoses superficiais e profundas.
Dermatoviroses. Dermatozoonoses,
Infectologia. Doenças emergentes, reemergentes e negligenciadas. Dengue e Febre Amarela. Leptospirose; hantavirose; outras febres hemorrágicas. Malária. Infecções transfusionais. Estreptococcias e estafilococcias. Meningoencefalites. Paracoccidioidomicose.
Infecção pelo HIV
Oftalmologia e Otorrinolaringologia. Semiologia em otorrinolaringologia: sinais e sintomas. Sinusites. Otites. Urgências em otorrinolaringologia. Semiologia em oftalmologia. Vícios de refração.
Urgências em oftalmologia. Fundo de olho normal e nas doenças
sistêmicas. Noções de neuro-oftalmologia. Estrabismo.
Psiquiatria e Saúde Mental. Introdução à psicopatologia. Psiquiatria: anamnese, diagnóstico. Transtornos do humor e ansiosos.
Esquizofrenia e transtornos psicóticos. Transtornos de personalidade. Saúde mental: prevenção primária, secundária e terciária. Saúde mental: promoção e proteção.
Bibliografia Básica
Dermatologia
Azulay, D.R.; Azulay, R.D. Dermatologia. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Infectologia
Batista, R.S. et al.. Medicina tropical: abordagem atual das
doenças infecciosas. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2001.
Coura, J.R. Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Fernandes, A.T. Infecções hospitalares e suas interfaces
na área de saúde. São Paulo: Atheneu, 2001.
Rachid, M.; Schechter, M. Manual de HIV/Aids. 8. ed.
São Paulo: Revinter, 2005.
Strickland, G.T. (Edit.). Hunter´s Tropical Medicine and
150
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Emerging Infectious Diseases. 8. th. Philadelphia: W.B. Sauders, 2000.
Tavares, W.; Marinho, L.A.C. Rotinas de diagnóstico e
tratamento das doenças infecciosas e parasitárias. São Paulo:
Atheneu, 2005.
Veronesi, R.; Focaccia, R. Tratado de infectologia. 3.
ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
Oftalmologia
Dantas, A.M. Anatomia funcional do olho e seus anexos. 2.
ed. Rio de Janeiro: Colina Editora, 2002.
Otorrinolaringologia
Bento, R.F.; Miniti, A.; Butugan, O. Otorrinolaringologia: clínica e cirúrgica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
Fukuda, Y. Guias de medicina ambulatorial e hospitalar
UNIFESP-Escola Paulista de Medicina – Otorrinolaringologia. Barueri: Manole, 2003.
Psiquiatria e Saúde Mental
Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento. CID 10. 10. ed. Porto Alegre: Artes Medicas, 2003.
Manual de Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais.
DSM IV TR. 4. ed. Porto Alegre: Artes Medicas, 2002.
Kaplan, H.I.; Sadock, B. Compêndio de psiquiatria. 8.
ed. Porto Alegre: Artes Medicas, 2006.
Bibliografia de Consulta
Dermatologia
Habif, T.P. Dermatologia clínica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
Infectologia
Aids. Tratamento anti-retroviral
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para
terapia antiretroviral para adultos e adolescentes infectados
pelo HIV. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
151
Dengue
Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde.
Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.
Guzmán, M.G.; Kuri, G. Dengue. an update. Lancet Infect
Dis. n. 2: p. 33-42, 2001.
Estreptococcias
Matos, J.A, Estreptococcias. Material didático da disciplina
de Doenças Infecciosas e Parasitárias da FTESM, 2006. p. 12.
Martin, M.J.; Green, M. Group A Streptococcus. Semin
Pediatr Infect Dis. n. 17: p. 140-148, 2006.
Febre amarela
Rio de Janeiro. Secretaria de Estado de Saúde. Febre amarela: informe técnico. Rio de Janeiro, RJ: Secretaria de Estado
de Saúde, 2000.
Vasconcelos, P.F.C. Febre amarela. Rev Soc Bras Med
Trop. n. 36(2): P. 275-93, 2003.
Infecções associadas a hemoderivados
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 1376 de
1993. Norma técnica para coleta, processamento e transfusão
de sangue, componentes e derivados. Brasília, DF: Ministério
da Saúde, 1993.
Malária
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral do Programa Nacional de Controle da
Malária. Febre? Cuidado! Pode ser malária. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde,
Marques, AC. Manual de terapêutica da malária. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2001.
Ashley, E.; McGready, R.; Proux, S.; Nosten, F. Malaria. Trav Med Infect Dis. n. 4: p,159-73, 2006.
Meningoencefalites
Tunkel, A.R. et al. Practice Guideline for the Manegement
of Bacterial Meningitis. Clinical Infectious Diseases. n. 39(9):
p. 1267-84, 2004
152
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Paracoccidiodomicose
Shikanai-Yassuda, M.A. et al. Consenso em Paracoccidiodomicose. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. n. 39(3): p. 297-310, 2006.
Oftalmologia
Kanski, J.J. Clinical Ophthalmology. 4. th. London, Butterworth-Heinemann, 1999.
Otorrinolaringologia
Campos, C.A.H,.; Costa, H.O. Tratado de Otorrinolaringologia ABORL-CCF. São Paulo: Roca, 2002.
Figueiredo, R. Urgências e Emergências em Otorrinolaringologia. Rio de Janeiro: 2006.
Hungria, H. Otorrinolaringologia. 8. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2000.
Selaimen, S.; Laércio, O.; Oliveira, J.A. Otorrinolaringologia: princípios e prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed,
2006.
Psiquiatria e Saúde Mental
Cordas, T.A. Condutas em psiquiatria. 4. ed. São Paulo:
Lemos, 2002.
Dalgalarrondo, P. Psicopatologia e semiologia psiquiátrica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
Mello, M.F. Epidemiologia da saúde mental no Brasil. Porto Alegre; Artmed, 2007.
Stahl, S.M. Psicofarmacologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Medsi,
2002.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
153
Medicina Interna
Objetivo Geral
Conhecer a clínica das doenças prevalentes da medicina interna:
sua história natural, seus sinais e sintomas, sua fisiopatologia, seu
diagnóstico e diagnósticos diferenciais, condutas de tratamento e prognóstico. Promover conhecimentos atualizados da medicina interna de
enfermidades e síndromes: I. do sistema digestivo; II. cardiovasculares
e respiratórias; III. do sistema urinário, das glândulas endócrinas,
colágeno e neoplasias; IV. neurológicas e ortopédicas; traumatologia
e suporte básico de vida.
Conhecer as propostas dos Programas de Saúde para as doenças prevalentes.
A prática da Medicina Interna, realizada no acompanhamento do paciente internado e do ambulatorial, objetiva a coleta dos dados da história do paciente e a realização do exame físico de forma adequada e
sequencial; a solicitação, atentando para os custos e riscos, dos exames
subsidiários indispensáveis para a confirmação diagnóstica; o desenvolvimento do raciocínio clínico a partir destes dados e a formulação
de hipóteses diagnósticas; o treinamento nas propostas de condutas
terapêuticas e cirúrgicas, adequadas a cada caso, o reconhecimento
das situações de emergências. A prática da Medicina Interna objetiva
sempre a avaliação do paciente como um todo, de modo humanizado,
integrando procedimentos éticos e noções de medicina psicossomática.
Ementa
1. Gastroenterologia. Doença do refluxo gastro-esofagiano.
Disfagia. Úlcera e suas complicações. Dispepsia. Cirurgia do esôfago, estômago e duodeno. Hepatites. Icterícia. Hérnias. Doença
diverticular dos cólons. Hemorragia digestiva alta e baixa. Cirrose
e suas complicações. Ascite. Colecistite aguda. Cirurgia do reto e
ânus. Pancreatites e suas complicações. Síndrome de mal-absorção.
Trauma de abdome. Colecistopatias. Doença inflamatória intestinal
e suas complicações. Diarreia aguda. Apendicite. Abdome agudo.
Parasitoses intestinais. Abscesso intra-abdominal. Obstrução intestinal alta e baixa.
2. Cardiologia e Pneumologia. Síndrome da resposta inflama154
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
tória sistêmica (SIRS). O risco cirúrgico. Febre reumática. Insuficiência cardíaca. Insuficiência coronariana. Infarto do miocárdio.
Revascularização do miocárdio. Lesões oro-valvares. Cardiopatias
congênitas. Doença do pericárdio. Derrame pericárdico. Trauma
do mediastino. Ressuscitação cárdio-pulmonar. Terapia transfusional. Hipertensão arterial. Vasculopatias periféricas. Aterogênese.
Insuficiências venosas. Arteriopatias. Choque. Doenças pulmonares intersticiais. Tuberculose. Ventilação mecânica. Insuficiência
respiratória aguda. Pneumonias. Doenças pulmonares obstrutivas.
Derrame pleural. Trauma torácico. Complicações pulmonares pósoperatórias. Tromboembolia pulmonar.
3. Nefrologia, Oncologia. Glomerulonefrite aguda e crônica.
Infecção urinária; pielonefrite. Insuficiência renal. Trauma renal.
Urolitíase. Pneumatúria. Doenças da bolsa escrotal. Trauma urogenital. Hiperplasia prostática. Poliadenomegalia com esplenomegalia. Esplenopatias. Hemostasias. Artrite reumatoide. Colagenoses: poliartrite. Enfermidades da supra-renal. Diabete melito e suas
complicações. O paciente cirúrgico diabético. Nutrição em cirurgia.
Neoplasia de fígado. Icterícia obstrutiva neoplásica. Ascite neoplásica. Câncer de pulmão. Tumor de estomago. Carcinoma do cólon.
Síndrome para-neoplásica. Metástases. Câncer de próstata. Nódulos
tireoideanos.
4. Neurologia;Traumatologia. Fraturas em geral. Fraturas e
luxações dos membros superiores e dos membros inferiores. Fraturas abertas. Trauma com amputação. Procedimentos em ortopedia.
Lombalgia. Osteoporose. Enfermidades congênitas em ortopedia.
Trauma crânio-encefálico. Fundamentos gerais do Advanced Trauma Life Support (ATLS). Afecções desmielinizantes. Neuropatias
periféricas. Fraqueza muscular. Convulsões e epilepsias. Hipertensão intracraniana. Cefaléias. Demências. Parkinsonismos e doença
de Parkinson. Doença vascular cerebral. Doenças musculares. Acidente vascular cerebral. Neuroviroses, parasitoses e infecções do Sistema Nervoso. Encefalopatias crônicas (PCI, DCM, SDA). Tumores
encefálicos. Preparo pré-operatório. Complicações pós-operatórias.
Distúrbios hidroeletrolíticos. Queimaduras. Coma.
Pci= Paralisia Cerebral Infantil; Dcm= Disfunção Cerebral Mínima; Sda= Síndrome do Déficit de Atenção.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
155
Bibliografia Básica
Birolini, D. Condutas em cirurgia de urgência. Rio de Janeiro: Atheneu, 2003.
Goldman, L.; Ausiello, D. Cecil Tratado de medicina
interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 2 V.
Kasper, D.L. et al.. Harrison Medicina interna. 16. ed. São
Paulo: McGraw Hill, 2006. 2 V.
Lopes, A.C.; amato Neto, V. Tratado de clínica médica.
São Paulo: Roca, 2006. 3 V.
Townsend, S. Tratado de cirurgia. 16. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2003.
Way, D. Cirurgia: diagnóstico e tratamento. 11. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Bibliografia de Consulta
Ferraz, A.; Mathias, C.a.; Ferraz, E.M. Condutas em
cirurgia geral. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
Maia, A.M.; Iglesias, A.C.R.G. Complicações em cirurgia:
prevenção e tratamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005.
Porto, C.C. Exame clínico: bases para a prática médica. 5.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
Talley, N.J.; O’Connor, S. Exame clínico: um guia do
diagnóstico físico. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003.
Vieira, O.M.; Chaves, C.P.; Manso, J.E.F. Clínica cirúrgica: fundamentos teóricos e práticos. Rio de Janeiro: Atheneu,
2000. 2 V.
Vinhaes, J.C. Clínica e terapêutica cirúrgicas. 2. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Bibliografia de Neurologia
Cambier, J.; Masson, M.; Dehen, H. Neurologia. 11. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Rowland, L.P. Tratado de Neurologia de Merritt. 11. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
156
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Bibliografia de Ortopedia
Xavier, R.; Herbert, S.; Pardini Jr, A.G.; Barros Filho, T.E.P. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática.
3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Lech, O.; Barros Filho, T.E.P. Exame físico em ortopedia. 2. ed. São Paulo: Sarvier, 2001.
Bucholz, R.W.; Heckman, J.D. Fraturas em adultos. 5. ed.
São Paulo: Manole, 2006.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
157
Medicina Social 4
Objetivo Geral
Caracterizar os procedimentos básicos de diagnóstico médico-legal;
refletir sobre o comportamento, os direitos e deveres do médico; sua
responsabilidade civil e penal. Analisar as bases da relação saúde e
trabalho através de aspectos conceituais, históricos e metodológicos que
caracterizam os efeitos adversos à saúde dos trabalhadores. Apresentar o Programa de Saúde Família e a sua importância para a saúde
comunitária; considerar a inserção do médico em equipes de saúde.
Apresentar as noções fundamentais da vigilância epidemiológica e
sanitária e suas aplicações na promoção da saúde.
Ementa
1. Medicina Legal. Histórico da Medicina Legal. A Medicina
Legal no Brasil. Conceitos gerais de Medicina Legal. Noções sobre perícia médica. Documentos médicos: prontuários e atestados.
Atestados médicos e declaração de óbito. Noções sobre lesões corporais. Conceitos sobre balística. Morte: diagnóstico e cronologia.
Toxicologia: conceitos gerais. Sexologia legal. Atendimento às vítimas de violência sexual.
2. Medicina Ocupacional. Ambiente de trabalho: conceitos gerais. Categorias de risco e organização do trabalho. Determinantes
de Saúde no trabalho. Ações de promoção de saúde no trabalho.
Segurança e Medicina do Trabalho. Acidentes de trabalho e legislação. Força de Trabalho em Saúde. Riscos e agravos na equipe de
saúde. Saúde e trabalho na economia global. Saúde, informalidade
e desemprego. Vigilância em Saúde Ocupacional. Investigação de
ambientes de trabalho.
3. Saúde da Família. Origens da Medicina da Família. Histórico do PSF no Brasil. Objetivos e estratégias do PSF. Conceitos de
territorialidade. Definição de área, micro-área e domicílio. Competências da gestão municipal no PSF. O médico de família: formação
e perfil. PSF: equipe multidisciplinar; trabalho em equipe. Informações na Atenção Básica. Instrumentos do SIAB.
4. Vigilância em Saúde. Vigilância em Saúde: objetivos e áreas
de atuação. Vigilância e Políticas de Saúde. Vigilância Epidemioló-
158
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
gica: legislação e normas. Responsabilidades do médico e equipe
da vigilância epidemiológica. Vigilância Sanitária: áreas de atuação.
Vigilância dos serviços e produtos de saúde. Vigilância de riscos ambientais e saúde. Legislação ambiental e sustentabilidade. Vigilância e Controle das Infecções Hospitalares. Normas e procedimentos
de controle: a CCIH. Vigilância na Atenção Básica. Indicadores e
vigilância de agravos no PSF e PACS.
Bibliografia Básica
Campos, G.W.S. et al (Org.). Tratado de saúde coletiva. São
Paulo: Hucitec, 2006.
Costa, E.M.A.; Carbone, M.H. Saúde da família: uma
abordagem interdisciplinar. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Conselho Regional de Medicina do Estado do
Rio de Janeiro. Diretrizes gerais para o exercício da medicina do trabalho. Rio de Janeiro:, 2005.
Duncan, B.B.; Schmidt, M.I.; Giugliani, E.R.J. Medicina ambulatorial: condutas clínicas em atenção primária. 3.
ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.
França, G.V. de. Medicina legal. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
França, G.V. de. Direito médico. 7. ed. São Paulo: BYK,
2001.
Medronho, R. Epidemiologia. Rio de Janeiro: Atheneu,
2004.
Pereira, M.G. Epidemiologia. teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Rouquayrol, M.Z.; Almeida Filho, N. Epidemiologia
& saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
Bibliografia de Consulta
Alcântara, H.R. Perícia médica judicial. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
Bertolli Filho, C. História da saúde pública no Brasil. 4.
ed. São Paulo: Ática, 2001.
Conselho Regional de Medicina do Estado do
Rio de Janeiro. Código de ética médica. 15. ed. Rio de
Janeiro:, 2006.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
159
Gomes, L.F. Código Penal, Código de Processo Penal e Constituição Federal. 5. ed. Rio de Janeiro: Rev Tribunais, 2003.
Hercules, H.C. Medicina legal. São Paulo: Atheneu, 2005.
Mendes, R. Patologia do trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu,
1995.
Petroianu, A. Ética moral e deontologia médicas. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Rocha, L.E. Isto é trabalho de gente. São Paulo: Vozes,
1993.
Vieira, R.M. A medicina. Rio de Janeiro: Rubio, 2004.
Vieira, R.M.; Vieira, M.M.; Ávila, C.R.B. de; Pereira,
L.D. Fonoaudiologia e saúde pública. 2. ed. São Paulo: Prófono, 2000.
Bibliografia Complementar: Documentos Oficiais
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Breve histórico da Promoção da Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde: Declaração de Alma-Ata (1978). Brasília, DF: 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Primeira Conferência Internacional sobre a Promoção da
Saúde. Carta de Ottawa (1986). Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Segunda Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Declaração de Adelaide (1988). Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Terceira Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Sundsvall (1991), Ambientes Favoráveis à Saúde. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Quarta Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Jacarta (1997), Promoção da Saúde no século XXI. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
160
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Quinta Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. México (2000). Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde.
Caribe (1993), Carta do Caribe para a Promoção da Saúde.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde. Bogotá (1992), Carta de Santafé de Bogotá para a América Latina.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da Saúde no Brasil. Brasília, DF: Ministério da
Saúde, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção
da Saúde. Textos básicos de saúde. Série B. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
Bibliografia Complementar: Saúde da Família.
Brasil. Ministério da Saúde. Programa de saúde da família. Saúde dentro de casa. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
1994.
Brasil. Ministério da Saúde. Programa de saúde da família.
Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1997.
Brasil. Ministério da Saúde. Programa de saúde da família.
A implantação da Unidade de Saúde da Família. Brasília, DF:
Ministério da Saúde, 2000.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de atenção básica. Guia prático do Programa de Saúde da Família. Brasília,
DF: Ministério da Saúde, 2001.
Brasil. Ministério da Saúde. Programa de saúde da família.
Avaliação da implementação do Programa de Saúde da Família em dez grandes centros urbanos: síntese dos principais
resultados. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Programa de saúde da família.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
161
O Programa de Saúde da Família e a atenção básica no Brasil.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2002.
Brasil. Ministério da Saúde. Agenda de compromissos para
a Saúde Integral da Criança e redução da mortalidade infantil. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
Bibliografia Complementar: Saúde Ocupacional
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 3120 de
1998. Instrução Normativa de Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 1998.
Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de segurança e saúde do trabalhador. Brasília, DF: Ministério da Saúde,
2004.
Disponíveis em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
Brasil. Anais do Ministério da Saúde. Oitava Conferência
Nacional de Saúde: relatório final. Brasília, Df, Ministério da
Saúde, 1986.
Brasil. Constituição (1988). Título Viii. Da ordem social. Seção Ii. Da saúde: artigos de 196 a 200. Brasília, DF.
Brasil. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF,
1990.
Brasil. Lei 8142 de 28 de setembro de 1990. Brasília, DF,
1990.
Brasil. Emenda Constitucional n° 29 de 13 de setembro de
2000. Brasília, DF, 2000.
Disponível em <http://www.portal.saude.gov.br/saude/>.
162
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Pediatria
Objetivo Geral
Reconhecer e tratar as principais enfermidades de crianças e adolescentes prevalentes no Brasil. Propiciar os conhecimentos sobre os principais sinais e sintomas pelos quais se manifestam as doenças e a clínica das principais síndromes e enfermidades em pediatria. Reconhecer
e orientar o tratamento das principais doenças em pediatria.
Conhecer as propostas dos Programas de Saúde para as doenças pediátricas prevalentes.
A prática de pediatria objetiva o treinamento do aluno na coleta e
registro dos dados da história do paciente e a realização do exame
físico de forma adequada e sequencial, o reconhecimento dos sintomas
e sinais que indiquem anormalidade, a avaliação da criança e do
adolescente como um todo.
Ementa
Desnutrição protéico-calórica. Insuficiência cardíaca congestiva. Enteroparasitores. Infecção do trato urinário. Reanimação cardiorrespiratória. Doenças exantemáticas na criança. Pneumonias.
Doenças cirúrgicas da infância. Asma brônquica. Diarréia. Dor abdominal. Febre reumática. Infecções congênitas. Infecções no período neonatal. Cardiopatias congênitas. Tuberculose. Síndrome
nefrítica e nefrótica. Principais doenças neoplásicas na infância.
Distribuições metabólicas do recém-nascido. Distúrbios respiratórios do recém-nascido. Cetoacidose diabética. Desidratação e reidratação. Síndromes ictéricas. Intoxicações exógenas.
Bibliografia Básica
Behrman, R.E.; Kliegman, R.M.; Jenson, H.B. Nelson
Tratado de pediatria. 17. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 2 V.
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Churchill/Livingstone, 2004.
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2006.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Terapêutica
Objetivo Geral
Apresentar ao aluno os princípios gerais da terapêutica clínica, as
indicações do uso de analgésico, de antiinflamatórios não hormonais
e de antibióticos. Discutir o tratamento medicamentoso das enfermidades prevalentes e da competência do médico de formação geral.
Ementa
Princípios gerais da terapêutica clínica. O uso de analgésicos.
Como tratar: alterações da pressão arterial; angina pectoris; infecções das vias aéreas superiores; broncoespasmos; pânico; ansiedade e depressão; febre e suas complicações; alterações da glicemia;
hipotireoidismo; hipertireoidismo. Como tratar: enteroparasitoses;
parasitoses e infecções cutâneas; infecções urinárias altas e baixas;
cólica renal; gastroenterite aguda; refluxo gastroesofagiano; hepatites; doença úlcero péptica; tuberculose pulmonar e extrapulmonar.
Profilaxia das hepatites. O uso de anti-inflamatórios não hormonais. Princípios gerais do uso de antibióticos.
Bibliografia Básica
Prado, F.C.; Ramos, J.; Valle, J.R. Atualização Terapêutica. 22. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2005.
The Washington Manual. Manual de Terapêutica Clínica. 31. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Tierney, L.M.; McPhee, S.J.; Papadaki, M.A. Current
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Bibliografia de Consulta
Galvão Alves, J.; Dani, R. Terapêutica em Gastroenterologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Goldman, L.; Ausiello, D. Cecil Tratado de medicina
interna. 22. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 2 V.
Kasper, D.L. et al. Harrison Medicina interna. 16. ed. São
Paulo: McGraw Hill, 2006. 2 V.
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Lopes, A.C.; amato Neto, V. Tratado de clínica médica.
São Paulo: Roca, 2006. 3 V.
DEF 2005/06. Dicionário de especialidades farmacêuticas.
34. ed. Rio de Janeiro: Jornal Brasileiro de Medicina (JBM),
2005/06.
166
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Tocoginecologia
Ginecologia
Objetivo Geral
Diagnosticar as patologias ginecológicas mais comuns; tratar as patologias mais simples e reconhecer o momento de encaminhar ao especialista; valorizar a importância da prevenção do câncer e das doenças
sexualmente transmissíveis na mulher.
A prática de ginecologia objetiva a propedêutica ginecológica e o
diagnóstico e tratamento das principais enfermidades que acometem
a mulher.
Ementa
Órgãos genitais femininos: anatomia e embriologia: fisiologia.
Malformações genitais e intersexo. Propedêutica ginecológica. Dor
pélvica. Climatério. Anticoncepção. Doenças sexualmente transmissíveis. Doença inflamatória pélvica. Distopias genitais e incontinência urinária. Síndrome pré-menstrual. Dismenorreia. Reprodução
humana. Sangramento uterino anormal. Síndrome dos ovários policísticos. Hirsutismo. Endometriose. Patologias benignas da mama;
do colo uterino; do corpo uterino; do ovário. Vulvovaginites e patologias benignas vulvovaginais. Amenorreia. Patologias malignas do
trato genital inferior; do ovário; do corpo uterino; da mama.
Bibliografia Básica
Conceição, J.C.J. Ginecologia fundamental. Rio de Janeiro: Atheneu, 2006.
Freitas, F.; Mencke, C.H.; Rivoire, W.; Passos, E.P.
Rotinas em ginecologia. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Viana, L.C.; Martins, M.M.F.; Geber, S. Ginecologia. 2.
ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2001.
Bibliografia de Consulta
Berek J.S. Novak Tratado de ginecologia. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
Oliveira, H.C.; Lemgruber, I. Tratado de ginecologia da
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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167
Febrasgo. 4. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
Smith, R.P. Ginecologia e obstetrícia de Netter. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Silveira, G.P.G. Ginecologia baseada em evidências. Rio
de Janeiro: Atheneu, 2004.
Obstetrícia
Objetivo Geral
Identificar as alterações orgânicas próprias da gravidez, seus comemorativos clínicos e conduta assistencial; conhecer as principais alterações patológicas e conduta terapêutica a elas relacionadas; conhecer a
conduta na gravidez de pacientes com doenças pré-existentes.
A prática de obstetrícia objetiva propiciar ao aluno conhecer procedimentos de pré-natal, acompanhar e finalizar o trabalho de parto sem
complicações e identificar e indicar conduta nas intercorrências.
Ementa
Gravidez: endocrinologia; modificações do organismo materno. Gestação: anamnese, exame físico, cálculo da idade gestacional.
Estudo da pelve feminina. Estática fetal. Pré-natal. Contratilidade
uterina. Mecanismo do parto: discinesias. Assistência ao parto e
secundamento. Puerpério normal e patológico. Lactação. Cesariana. Fórcipe. Neoplasia trofoblástica gestacional. Prenhez ectópica.
Abortamento. Hemorragias do 3º trimestre. Rotura uterina. Laceração do trajeto. Hipertensão crônica e cardiopatia na gravidez.
Diabete e gravidez. Toxemia gravídica. Medicina fetal. Toxoplasmose, rubéola, citomegalovirus e sífilis. Gravidez gemelar. Sofrimento
fetal: crônico e agudo. Drogas e gravidez. Patologia do liquído aminiótico. Amniorrexe prematura.
Bibliografia Básica
Rezende, J.; Montenegrom, C.A.B. Obstetrícia fundamental. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Bibliografia de consulta
Rezende, J. Obstetrícia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Rezende, J. Operação cesariana. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Montenegro, C.A.B.; Rezende Filho, J. Medicina fetal.
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Montenegro, C.A.B.; Rezende Filho, J.;, Lima, M.L.A.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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169
170
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Internato
Internato
Objetivo Geral
Propiciar ao futuro médico treinamento prático supervisionado, em
exercício como um profissional, nos diferentes setores das estruturas de
serviços de saúde como: unidades básicas de saúde (centro de saúde),
pronto atendimento, ambulatórios, enfermarias, berçários, centros cirúrgicos e obstétricos, unidades de terapia intensiva, setores de diagnóstico gráficos, laboratoriais e por imagem, para que desenvolva as
habilidades que garantam uma efetiva utilização dos conhecimentos
médicos aprendidos e que possibilite o desenvolvimento dos saberes e
das competências requeridas de um médico de formação geral.
Ementa:
As atividades do Internato objetivando o treinamento prático
do futuro médico:
01.Nos procedimentos de anamnese, de exame físico, de propedêutica e semiologia para a avaliação do quadro clínico, da etiologia
e fisiopatologia, dos diagnósticos e diagnósticos diferenciais, das
condutas de tratamento e o acompanhamento da evolução das principais enfermidades atendidas por um médico de formação geral;
02.Para eficiência nas ações médicas de diagnóstico e tratamento que propiciem a proteção, a manutenção e a recuperação da saúde humana, principalmente as ações que são utilizadas na atenção à
saúde em níveis primário e secundário, sem, no entanto, relegar as
de nível terciário;
03.Na utilização dos diferentes recursos dos procedimentos
médicos, para as ações preventivas e curativas, tanto em nível individual, quanto coletivo, requeridas na Promoção da Saúde;
04.Na solicitação coerente de exames complementares e nas
adequadas interpretações dos exames laboratoriais, por imagem e
gráficos;
05.Nos procedimentos: anestésicos básicos, cirúrgicos gerais,
de pequenas cirurgias, de traumatologia básica, obstétricos gerais,
de berçário, de atenção aos recém-nascidos, de diagnóstico e condutas em doenças infecciosas e parasitárias prevalentes, de imunizações, de terapia intensiva, de socorro em urgências, de pronto
atendimento, de acompanhamento familiar.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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As práticas de internato objetivam ainda desenvolver;
06.A apuração do raciocínio lógico requerido no diagnóstico e
condutas médicas;
07.A aquisição de posturas humanísticas;
08.A busca pela atualização científica e evocação da necessidade da atualização continuada do conhecimento médico;
09.A relação médico-paciente em níveis éticos e morais.
10.O treinamento no cumprimento dos compromissos profissionalismo médico.
Internato I: 5º ano
Compreende 4 rodízios de 12 semanas de duração, abrangendo
práticas em Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Pediatria e Tocoginecologia (Ginecologia e Obstetrícia).
Internato II: 6º ano
Compreende rodízios de 4 semanas de duração, sendo 3 rodízios com práticas em Medicina Social, abrangendo ações de
Pronto Atendimento hospitalar, Saúde Mental e Saúde da Família e, ainda, 2 rodízios de Especialidades com práticas em
Dermatologia e Infectologia e em Oftalmologia e Otorrinolaringologia.
Compreende ainda um Rodízio Optativo de 20 semanas de duração.
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Ciclo de Internato
Normas Gerais
Objetivar o bem-estar do Ser Humano em sua abrangência física, mental sócio-cultural e política, é o destino primeiro e último da Promoção
da Saúde.
1. do horário:
Assiduidade e interesse
O interno deverá ter sempre em mente que a confiança que
outros, principalmente os seus pacientes, depositam nele é gerada
pelos seus comportamentos de convívio social e que a pontualidade,
isto é, a observância e o cumprimento de horários, com que atende
e realiza os seus compromissos, é a primeira porta a abrir o crédito
para esta confiança.
2. do vestuário:
Exemplo de higiene e asseio
O interno deverá se apresentar sempre, em quaisquer das dependências de centros hospitalares universitários, usando trajes
brancos, completos, bem limpos e adequados. Cabe lembrar que o
asseio e a boa higiene são os primeiros dos procedimentos básicos
para uma boa promoção da saúde e que o médico, como um agente
de saúde, deve dar e servir de exemplo a isto.
3. das atitudes morais:
Atitudes de dignidade e nobreza
A regra moral fundamental reza pelo respeito de que o semelhante é merecedor nos seus direitos, decorrendo disto que, a liberdade de cada um acaba onde começa a do seu próximo; por este
motivo, cabe ao interno cuidar de suas posturas enquanto linguagem, atitudes e condutas, pois, assim se apresentará como um futuro profissional da saúde que sabe respeitar não só o ambiente de
trabalho, como também a todos aqueles que deste se utilizam, pelos
mais diversos e diferentes motivos.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
175
4. dos comportamentos éticos:
Postura educada para o respeito humano
A ética é um conjunto de princípios, consensuais ou legislados,
que regula procedimentos de interação de um grupo de pessoas
humanas, em situações de intercâmbio de interesses. Assim as atividades de médicos com os seus pacientes são normalizadas por
princípios éticos, os quais, embora dependentes da formação moral
dos envolvidos, são estabelecidos por regras tratadas no convívio
pessoal, ou fixadas por critérios legais. Deste modo, cabe aos internos, nas práticas diárias com seus pacientes, manifestarem responsabilidades éticas, pois, com isso, estarão desvelando a formação
humanística de que, como futuros profissionais da área da saúde,
devem ser portadores.
5. das responsabilidades:
Esmero e aplicação na formação profissional
Nas atividades de ambulatórios, internações, centro cirúrgico
e pronto socorro, as quais envolverão práticas em procedimentos
médicos de responsabilidade como, elaboração de história clínica
(própria), proposição de hipóteses diagnósticas, prescrições medicamentosas e outros cuidados médicos como: exames subsidiários,
atos cirúrgicos, curativos etc., a presença do interno será não só
obrigatória, como também ética e moral. Pesará na qualificação do
interno para a sua titulação, não só a maneira como se relaciona
com os pacientes sob seus cuidados, como também a proficiência
com a qual procura desenvolver o treinamento nas diferentes práticas de sua futura profissão. Nas visitas aos pacientes internados, realizadas pelos chefes de serviços, as quais deverão acontecer diariamente, é indispensável a presença do interno. No transcurso dessas,
o interno deverá demonstrar ser conhecedor da evolução clínica
dos pacientes sob a sua responsabilidade.
6. das obrigações:
Atuação efetiva e consciente
A realização de procedimentos técnicos como coleta de materiais para exames laboratoriais, punções, drenagens etc., o acompa176
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
nhamento do paciente em exames subsidiários laboratoriais, gráficos e de imagem, o seguimento da realização dos exames e a coleta
dos resultados desses, será da inteira responsabilidade do interno,
pois, isso implicará na atenção à evolução clínica dos pacientes sob
seus cuidados.
7. da participação:
Aprimoramento da competência abrangente
As reuniões clínicas que, semanalmente, ocorrerão em cada
uma das clínicas, as quais objetivarão a discussão científica de casos
clínicos de interesse didático, deverão ser preparadas pelos internos. Em virtude disto, a presença e a participação desses não só
serão obrigatórias, como serão também demonstrativas de seu interesse e envolvimento na efetiva realização das mesmas.
8. do interesse:
Preocupação com a especialização e a diferenciação
Deverão ser apresentados pelo interno, durante seus estágios,
nos diferentes rodízios do internato, seminários de atualização de
conhecimentos médicos sobre temas sugeridos e coordenados por
professores das disciplinas e preceptores dos rodízios. Os seminários deverão, após a sua apresentação, ter o seu conteúdo composto
por datilografia, com boa apresentação e conforme normas técnicas vigentes para os tópicos e referências bibliográficas, a fim de
servirem como documentação na avaliação dos conhecimentos médicos do interno.
9. do envolvimento
Presença comprometida e responsável
O não-comparecimento, ou abandono, de atividades e práticas,
desde que não justificados, adequada e consistentemente, serão considerados faltas gravíssimas e pesarão como desabono à aprovação
do interno. A presença do futuro médico, bem como o respeito que
demonstra por suas atribuições junto aos seus locais de formação,
quer próprios da Instituição, quer externos, conveniados, pesará
também na avaliação do desenvolvimento de suas responsabilidaCurso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
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177
des profissionais. Para os plantões constantes da programação do
internato, que serão noturnos, com doze horas de duração, programados em escalas com intervalos de três dias (72 horas), o não comparecimento do interno, ou o abandono destes, será considerada
falta gravíssima e valerá como desabono à aprovação e graduação
do futuro médico.
10. da tradição:
Empenho no futuro profissional
O conceito que um profissional desfruta, em boa parte, depende da tradição da Instituição que o formou, a qual, por sua vez, também adquire prestígio na competência e qualificação demonstradas
pelos profissionais que graduou. Deste modo, ao zelarem pela imagem do ensino, da pesquisa e da extensão de serviços da Instituição
na qual estudam, os internos estarão favorecendo, por um lado, os
seus futuros profissionais e, por outro, reforçando a tradição da Escola Médica que os gradua. Assim sendo, os internos devem assumir
que têm responsabilidade na construção da tradição da escola que
os forma e que essa se manifesta pelas condutas que assumem ao
praticar as suas obrigações acadêmicas, preparando-se para o futuro exercício da profissão de sua escolha.
178
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Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Bibliografia
Indicada
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Organização
Administrativa
Organização Administrativa
instância deliberativa
Órgão
Composição
Funções
congregação
Diretor
Diretor Acadêmico
Professores Titulares
Representantes docentes por cargo
Representantes discentes
Política institucional de ensino, pesquisa e extensão;
Diretrizes didáticas, pedagógicas, científicas e filosóficas
do ensino, da pesquisa e da
extensão.
Diretor
Diretor Acadêmico
Conselho
Chefes dos Departadepartamental mentos
Representantes discentes
Órgão normativo superior;
Planejamento das atividades
de ensino, pesquisa e extensão da Escola;
Administração e planejamento das atividades dos
departamentos acadêmicos.
instância executiva
Órgão
diretoria
Composição
Funções
Diretor
Diretor Acadêmico
Órgão executivo superior;
Gestão das atividades de ensino, pesquisa e extensão;
Direção administrativa;
Manutenção da ordem e disciplina no campus.
Coordenação de Curso
Coordenação, acompanhamento e avaliação das atividades do ensino de graduação.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
203
Secretaria
Geral
Comissões de
Assessoria
Secretário Geral
Comissão Curricular
Órgão assessor e de apoio
da Diretoria;
Secretaria dos Colegiados
Superiores;
Administração das instalações e equipamentos.
Planejamento e acompanhamento das atividades de ensino de graduação.
Compreende a Comissão de
Internato.
Comissão Própria de Avaliação interna do ensino
Avaliação Interna
da pesquisa e da extensão;
Comissão de Apoio Psi- Apoio e orientação psicopeco-pedagógico
dagógica a discentes.
Comissão de Ética
Comissão de
Pós-graduação
Chefe do Departamento
Vice-chefe do Departamento
departamentos
Supervisor de Ensino
Colegiado do
Supervisor de Internato
Departamento
Docentes do Departamento
Representantes discentes
204
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Normalização, controle e
ajuizamento de questões de
ética, de bioética e de biossegurança correlatas aos
projetos de pesquisa.
Planejamento e gestão das
atividades de pós-graduação
lato e strito sensu.
Unidade administrativa e
funcional da Escola;
Lotação de docentes e técnicos.
Disciplinas afins que desenvolvem as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
ÓRGÃOS DE APOIO
Órgão
Secretaria
Acadêmica
Biblioteca
Núcleo de
Documentação
Científica
e de Recursos
Instrucionais
Composição
Funções
Secretário Acadêmico
Auxiliares de secretaria
Órgão de apoio à Diretoria,
subordinado ao Secretário
Geral;
Serviços administrativos e
escolares.
Bibliotecário Chefe
Bibliotecários
Auxiliares de biblioteca
Serviços de apoio ao ensino,
pesquisa e extensão;
Material bibliográfico da
área biomédica;
Material de consulta e estudo.
Chefe
do
NDCRI
Docentes (4)
Pedagogo
Psicólogo
Equipamentos, materiais e
recursos instrucionais de
apoio ao ensino e produção
de documentações de apoio
às atividades de ensino, pesquisa e extensão.
núcleo
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
205
Avaliação do
Desempenho
Escolar
Avaliação do Desempenho Escolar
Regulamento interno
Artigo 1º - A avaliação do desempenho escolar é feita por disciplina
e incide sobre a frequência e o aproveitamento.
§ Único - No Ciclo de Internato a avaliação é feita por rodízio.
Artigo 2º - A frequência às aulas e demais atividades escolares, permitida apenas aos alunos regularmente matriculados, é obrigatória, sendo vetado o abono de faltas.
§ 1º - A verificação e o registro da frequência são de total responsabilidade do professor da disciplina e a Secretaria
a documentará e a controlará.
§ 2º - No Ciclo de Internato o registro da frequência é feita por
rodízio e da responsabilidade do preceptor do interno.
Artigo 3º - O aproveitamento escolar é avaliado, nas disciplinas constantes do projeto pedagógico, através do acompanhamento
contínuo do aluno e dos resultados que este obtém em provas
de aproveitamento (PA), provas gerais (PG), em trabalhos e
exercícios escolares diversos e nos exames.
§ 1º - As provas de aproveitamento (PA) e gerais (PG) objetivam a avaliação sistemática do aprendizado do aluno e
devem constar do plano anual de ensino das disciplinas.
§ 2º -Cabe ao professor da disciplina determinar os diversos
trabalhos e exercícios escolares a serem realizados periodicamente pelos alunos, bem como lhes julgar os resultados.
§ 3º -Excepcionalmente, em algumas disciplinas, conforme
deliberação da Comissão Curricular, o aluno poderá ser
avaliado apenas por trabalhos e exercícios escolares.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
209
§ 4º -Ao professor da disciplina compete elaborar as avaliações do aluno, duas por semestre letivo, sob a forma
de avaliações teóricas, provas de aproveitamento (PA) e
avaliações práticas, aproveitamento prático (provas práticas ou prático-orais, seminários e trabalhos ou exercícios escolares diversos).
§ 5º -As provas gerais (PG), também duas por semestre, compreendem os conteúdos de todas as disciplinas lecionadas até a sua data. Estas provas, organizadas com questões que objetivam a correlação e integração de conhecimentos, na forma de testes de múltipla escolha devem
ocorrer em data que anteceda de quinze (15) a trinta
(30) dias do início das provas de aproveitamento (PA).
§ 6º -Para cada uma das disciplinas do semestre letivo, a nota
obtida pelo aluno na prova geral (PG), transformada em
décimos, será somada às notas obtidas como resultado
das provas de aproveitamento escritas (PA).
§ 7º -As disciplinas lecionadas em duas (2) ou mais séries terão avaliações e exames finais em cada série, respectivamente.
Artigo 4º - Ao final do ano letivo, para cada disciplina ocorrerá uma
5a prova de aproveitamento (5a PA) com as finalidades de:
a:
Ou, propiciar ao aluno que deixou de comparecer a
uma prova de aproveitamento, oportunidade para a reposição desta prova;
b:
Ou, oferecer ao aluno possibilidade para substituir a
pior nota de rendimento obtida em uma das provas teóricas de uma disciplina.
§ 1º A 5a prova de aproveitamento (5a PA) ocorrerá em data
fixada no calendário escolar.
§ 2º A 5a prova de aproveitamento (5a PA) deve ser organizada em níveis de complexidade e dificuldade semelhantes
às demais provas de aproveitamento e abrangerá toda a
matéria lecionada na disciplina.
210
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
§ 3º A 5a prova de aproveitamento (5a PA) deve ser, explicitada a sua finalidade, requeridas no prazo máximo de
sete dias úteis anteriores à data de sua realização.
Artigo 5º - A nota atribuída nas verificações do aproveitamento,
provas, trabalhos e exames, variam de zero (0,0) a dez (10,0),
sendo permitida uma fração decimal.
§ 1º Após a realização de qualquer prova deve ser publicado
o gabarito, sendo aconselhável a discussão de seu conteúdo.
§ 2º É atribuído grau zero (0,0) ao aluno que deixar de se
submeter a qualquer verificação de aproveitamento,
bem como ao aluno que nela utilizar meio fraudulento.
§ 3º Pode ser concedida revisão das notas atribuídas às provas de aproveitamento (PA) desde que requerida no prazo de três (3) dias úteis após a sua divulgação.
Artigo 6º - Quando das provas de aproveitamento (PA), ao aluno
será conferida, por disciplina, uma nota de aproveitamento
(NA) resultante da média entre a nota da prova teórica e a
nota prática, média das notas das avaliações práticas: (prova
prática ou prático-oral, seminários e trabalhos e exercícios,
conforme for o caso, às quais, a critério da disciplina e constante do plano de ensino, poderão ser atribuídos pesos).
§ Único - A nota da 5ª prova de aproveitamento (5ª PA) substituirá uma nota de prova de aproveitamento (PA),
conforme finalidade constante do requerimento, substituindo-a no cálculo da nota de aproveitamento (NA).
Confere Artigo 4º.
Artigo 7º - Independente dos demais resultados obtidos, é considerado reprovado na disciplina o aluno que não obtenha frequência mínima de 75% às aulas e demais atividades programadas.
§ Único - No Internato o aluno que não tenha frequência integral (100%) às atividades de qualquer dos rodízios, ou
num dos sub-rodízios destes, estará reprovado no rodízio.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
211
Artigo 8º - Atendida, em qualquer caso, a frequência mínima de
75% às aulas e demais atividades escolares, o aluno é considerado aprovado, na disciplina, quando:
I
Obtiver na média aritmética das notas de aproveitamento (NA) nota final (NF) igual ou superior a sete (7,0),
estando, com isto, dispensado do exame;
IITendo conseguido na média aritmética das notas de
aproveitamento (NA) nota final (NF) igual ou inferior a
seis vírgula nove (6,9), porém, igual ou superior a quatro (4,0), obtiver, após os exames da disciplina, na média
aritmética entre a nota do exame e a média das notas
de aproveitamento, nota final (NF) igual ou superior a
cinco (5,0).
Artigo 9º - O aluno é considerado reprovado, na disciplina, quando:
I
Não obteve frequência mínima de 75% às aulas e demais atividades programadas, independentemente de
suas notas;
IIMesmo que tenha cumprido a frequência mínima de
75% às aulas e demais atividades escolares obteve na média aritmética das notas de aproveitamento (NA), nota
final (NF) igual ou inferior a três vírgula nove (3,9);
III
Após o exame da disciplina obteve na média aritmética
entre a nota do exame e a média das notas de aproveitamento, nota final (NF) igual ou inferior a quatro vírgula
nove (4,9).
Artigo 10 - É promovido à série seguinte o aluno aprovado em todas
as disciplinas da série cursada.
Artigo 11 - Admite-se a promoção para a série seguinte com dependência ao aluno reprovado em apenas uma (1) disciplina da
série anterior.
§ 1º Não é permitida a dependência a aluno que tenha sido
reprovado por falta.
212
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
§ 2º O aluno promovido em regime de dependência deverá
matricular-se também na série da disciplina da qual é
dependente.
§ 3º É terminantemente proibida a matrícula no Ciclo de Internato a alunos com qualquer dependência.
Artigo 12 - O aluno dependente está sujeito às seguintes normas:
I A frequência do aluno dependente será substituída por
exercícios escolares semanais, os quais, na sua sequência, devem cumprir o conteúdo programático da disciplina ou matéria cursada;
II O aluno dependente será arguido, periodicamente, sobre os conteúdos dos trabalhos e exercícios escolares,
devendo sempre ter uma nota atribuída a estas arguições e aos trabalhos e exercícios;
III O aluno dependente deve observar as normas de notas
para as provas de aproveitamento (PA), respeitando o
que este Regulamento Interno dispõe para as disciplinas regulares;
IV Das valorações parciais atribuídas aos trabalhos e respectivas arguições sobre estes, deverá resultar, por média, uma nota a qual, em observância ao disposto no
artigo 6º, será computada na correspondente nota de
aproveitamento (NA).
V Na dependência, caso o aluno faça a prova geral (PG) da
série desta, a nota obtida, transformada em décimos, será
somada à nota obtida como resultado da prova de aproveitamento (PA) escrita da disciplina da dependência.
Artigo 13 - O aluno reprovado em mais de uma disciplina está sujeito às exigências de frequência e de aproveitamento nestas
disciplinas, como estabelecidas neste Regulamento, não podendo se matricular na série seguinte.
§ 1º No caso de ser o aluno reprovado na dependência deverá, então, voltar a cursar a disciplina com obrigatoriedade de frequência às suas aulas e ficando impossibilitado
de cursar séries à frente.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
213
§ 2º Compensação de ausência às aulas, às provas de aproveitamento e aos Exames Finais, em época especial, somente serão concedidos na forma da lei.
Artigo 14 - Aspectos específicos da avaliação no Ciclo de Internato
obedecem a critérios estabelecidos em Regulamento Interno
Próprio.
Artigo 15 - Este Regulamento Interno aprovado em reunião do
Conselho Departamental de 25 de novembro de 2009 passa a
vigorar a partir do início do ano letivo de 2010 revogando as
deliberações anteriores.
214
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Avaliação do Desempenho Escolar:
Internato: Regulamento interno
Artigo 1º - A avaliação do desempenho do aluno no Internato é feita
por rodízio e incide sobre a frequência e o aproveitamento.
Artigo 2º - A frequência às atividades previstas no rodízio é obrigatória, sendo vetado o abono de faltas.
§ Único - A verificação e o registro da frequência são de total
responsabilidade do professor preceptor do interno e a
Secretaria a documentará e a controlará. Cabe aos supervisores de internato acompanhar a participação dos
internos nos rodízios que gerenciam.
Artigo 3º - O aproveitamento escolar é avaliado através do acompanhamento contínuo do aluno e dos resultados que este obtém
nas atividades previstas nos rodízios e em provas de aproveitamento (PA) e provas gerais (PG).
§ 1º As provas de aproveitamento (PA) e gerais (PG) objetivam a avaliação sistemática do aprendizado do aluno e
devem constar do plano geral do Internato.
§ 2o Provas gerais (PG) não serão aplicadas para internos do
6o ano.
§ 3º Cabe ao Supervisor do Rodízio determinar as atividades
deste e, nestas atividades, o aluno, será avaliado por:
I Desempenho e conduta ético-moral: que se referem
à sua postura e às suas atitudes enquanto um profissional da saúde preocupado com os seus pacientes,
numa relação humanitária, ética e moral. Compreende ainda o seu relacionamento com docentes, profissionais não médicos e colegas;
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
215
II Aproveitamento prático que compreende:
1.o comparecimento: que deve refletir a presença
mental e espiritual do interno nas suas incumbências, isto é, a qualidade da sua presença;
2. o cumprimento de obrigações: que se refere à sua
eficiência na execução das determinações que são
atribuídas pelos docentes ao interno;
3. a eficiência clínica: que expressa a sua capacidade de examinar e avaliar, diagnosticar, planejar e
orientar condutas e tratamentos para os pacientes;
4. o interesse e iniciativa: que se referem à capacidade de observar, de atuar e sua preocupação com a
sua formação médica;
5. a participação efetiva em sessões clínicas, clube de
revistas, seminários e outras atividades práticas
formativas.
IIIO aproveitamento teórico (PA) se fará por prova elaborada e aplicada pelo supervisor do rodízio na última semana deste. A prova geral (PG), apenas para o
5º ano, será aplicada pela coordenação do internato
e a nota em décimos será enviada aos serviços antes
do término do rodízio;
§ 4º Ao supervisor do rodízio compete elaborar as avaliações do aluno, uma por rodízio, sob a forma de prova
de aproveitamento (PA).
§ 5º A prova geral (PG), também uma por rodízio, compreende os conteúdos de todas as disciplinas já lecionadas no
curso. Esta prova, organizada com questões que objetivam
a correlação de conhecimentos, na forma de testes de múltipla escolha e nos moldes de prova de concurso de Residência Médica, deve ocorrer em data que anteceda de
quinze (15) dias à da prova de aproveitamento (PA).
§ 6º A nota obtida pelo aluno na prova geral (PG), transformada em décimos, será somada à nota obtida como
resultado da prova de aproveitamento (PA) escrita.
216
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Artigo 4º - A nota atribuída nas verificações do aproveitamento,
provas, exercícios, varia de zero (0,0) a dez (10,0), sendo permitida uma fração decimal.
§ 1º É atribuído grau zero (0,0) ao interno que deixar de
se submeter a qualquer verificação de aproveitamento,
bem como ao aluno que nela utilizar meio fraudulento.
§ 2º Após a realização de qualquer prova deve ser publicado
o seu gabarito, sendo aconselhável a discussão de seu
conteúdo.
Artigo 5º - Quando da prova de aproveitamento (PA), ao aluno será
conferida, por rodízio, uma nota de aproveitamento (NA) resultante da média entre as notas do seu desempenho e sua
conduta ético-moral, do seu aproveitamento prático e do seu
aproveitamento teórico (confere ficha de avaliação do Internato).
§ 1º A nota do aproveitamento prático é a média dos graus
obtidos nos 5 tópicos referidos no item II do § 3º do
artigo três (3).
§ 2º Os três itens têm o mesmo peso. A nota de aproveitamento (NA) é, assim, a média aritmética das notas dos
três itens.
Artigo 6º - O aluno é aprovado ou reprovado por rodízio cursado.
Artigo 7º - Independente dos demais resultados obtidos, é considerado reprovado no rodízio o aluno que não obtenha frequência de 100% nas atividades do rodízio.
Artigo 8º - Atendidas, em qualquer caso, as exigências de frequência, o aluno é considerado reprovado no rodízio, quando, não
obtiver nota de aproveitamento (NA) igual ou superior a sete
(7,0) e nenhuma nota parcial menor do que 5,0 (cinco).
Artigo 9º - O aluno reprovado em qualquer rodízio está sujeito às
seguintes normas:
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
217
I-R
epetir os rodízios nos quais foi reprovado, quando estes
forem ofertados e só após ter completado todo o ciclo de rodízios;
II - O aluno reprovado deve observar as normas de frequência, notas nas provas de aproveitamento, respeitando o que
este Regulamento Interno dispõe para os rodízios regulares;
III- Não há dependência no Internato.
Artigo 10 - Este Regulamento Interno aprovado pela Comissão de
Internato em 18 de novembro de 2009 e pelo Conselho Departamental e em 25 de novembro de 2009 passa a vigorar a
partir do início do ano letivo de 2010 e revoga deliberações
anteriores.
218
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Avaliação do Desempenho Escolar
Critérios Complementares
1. Quanto à frequência:
1. A presença do aluno às aulas é sempre obrigatória;
2. Não há abono de falta;
3. Casos excepcionais serão apreciados pela Direção Acadêmica, ou então ajuizadas pelos Colegiados Superiores da
Escola de Medicina;
4. Do primeiro ao quarto ano o aluno que exceder em faltas a 25% do total das aulas registradas em qualquer das
disciplinas letivas (computadas as aulas teóricas, teóricopráticas, seminários, práticas etc.) está inexoravelmente
reprovado nesta disciplina;
5. As faltas de alunos monitores regulares terão regulamentação própria;
6. As frequências, em contrapartida as faltas, às aulas práticas do 3º e do 4º ano serão integralizadas por disciplina
ao final do semestre letivo;
7. Quanto à frequência para o 3º e o 4º ano deve ser observado ainda que, a ausência do aluno a mais de 80% de
qualquer das atividades previstas nos rodízios de práticas, o reprova por falta na disciplina que o compreende.
2. Quanto às provas:
1. As provas de aproveitamento (PA) e as provas gerais (PG)
são marcadas e agendadas pela Coordenação do Curso e
constam do Calendário Escolar Anual;
2. A data de qualquer prova nunca será alterada, salvo em
situações altamente excepcionais e por estrita determina-
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
219
ção da Coordenação do Curso, ou da Diretoria Acadêmica como instância superior;
3. As provas gerais (PG) perdidas não terão reposição;
4. O aluno em dependência pode fazer a PG da série desta
e somar o décimo desta nota à PA da dependência;
5. A confecção das PA fica a critério da disciplina e deve
observar as Normas Operacionais para provas (Portaria
nº 9 de 2008).
3. Quanto às avaliações das práticas e dos trabalhos escolares:
1. Nas atividades práticas e nos trabalhos e exercícios escolares, a avaliação do aluno compreende: as provas práticas (PP), as provas prático-orais (PO), os seminários, as
discussões de casos clínicos, os trabalhos monográficos
e outros trabalhos e os exercícios, sendo estabelecidos
pelas disciplinas e devem constar da proposta de ensino
destas;
2. Para cada disciplina que avaliou o aluno nas suas práticas
e por trabalhos e exercícios escolares, a cada bimestre,
quando ocorre a PA, deve ser atribuída ao aluno uma
nota prática (NP), que é resultante da média das notas
das avaliações práticas e dos trabalhos escolares a que foi
submetido o aluno na disciplina;
3. Fica a critério das disciplinas, em circunstâncias excepcionais, permitir a alunos faltosos às provas, a reposição
de provas práticas, orais ou trabalhos escolares;
4. Para o quarto ano, a avaliação prática do aluno é feita por
rodízio e uma nota prática (NP) é atribuída à disciplina
que compreende o rodízio;
5. Para as Especialidades (4º ano) a NP resulta da média das
notas obtidas em cada rodízio e sub-rodízio.
220
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
4. Quanto à nota de aproveitamento (NA):
1. A cada bimestre, deve ser atribuída ao aluno, por disciplina, uma nota de aproveitamento (NA) que resulta da média entre a nota da prova de aproveitamento (PA) acrescida dos décimos resultantes da PG, e a nota prática (NP);
2. No cálculo da nota de aproveitamento (NA), fica a critério da disciplina atribuir pesos às notas que participam
da nota prática (NP);
3. Para o terceiro e quarto anos, nas disciplinas desenvolvidas na forma de blocos, o aluno é avaliado com provas
teóricas por bloco;
4. Para o quarto ano: por disciplina, ao final do ano, é calculada uma nota de aproveitamento (NA) final a partir
da média entre as notas de aproveitamento teórico dos
blocos e a nota prática (NtP);
a. A nota de aproveitamento (NA), por disciplina, é estabelecida ao final do ano a partir da média entre média das notas das quatro teóricas e da nota avaliação
prática (NP);
b. Observa-se que o aluno que obtiver em qualquer dos
blocos da disciplina, nas avaliações teóricas ou na
prática nota igual ou inferior a três vírgula nove (3,9)
estará reprovado na disciplina;
5. Para o internato, ao final de cada rodízio é atribuída ao
aluno uma nota de aproveitamento (NA) a qual resulta
da média aritmética entre as notas de sua conduta éticomoral, do seu aproveitamento prático e do seu aproveitamento teórico.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
221
5. Quanto à dependência:
1. Apenas uma dependência é permitida por série;
2. Não é permitido acesso ao internato a alunos com dependência;
3. A dependência, de aluno reprovado em disciplina do
quarto ano, se fará na forma de curso de reposição, considerando até 80% da carga horária da disciplina, com
duração mínima de seis semanas, do qual constarão trabalhos (compreendendo os conteúdos lecionados pela
disciplina) e avaliações parciais semanais dos trabalhos e
sobre estes;
4. Na dependência a alunos do quarto ano, os trabalhos e
avaliações semanais permitirão, com a média das notas
atribuídas a estes, uma nota prática (NP) e, ao final da
reposição, o aluno será ainda submetido a uma prova de
aproveitamento escrita (PA);
5. Para ser aprovado na dependência do quarto ano o aluno
deverá obter na média entre a nota prática (NP) e a nota
de aproveitamento (NA), nota final de aproveitamento
igual ou superior a cinco (5,0).
6. Não é permitida a aprovação de aluno que tenha obtido
ou na nota prática ou na nota de aproveitamento, nota
igual ou menor do que três vírgula nove (3,9).
6. Quanto à reprovação no internato:
1. O aluno reprovado em rodízio do internato deverá repetir este após o término do último dos rodízios de seu
internato;
2. O aluno reprovado em rodízios do internato só colará
grau após ter reposto e ter sido aprovado na reposição
dos rodízios em que tenha sido reprovado.
222
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
7. Quanto à sequência de recursos :
1. Os alunos, para revisões de provas, questões de avaliações
e conteúdos e outras demandas didático-pedagógicas,
devem recorrer, como instâncias de recurso, na seguinte
sequência:
1º Responsável pela disciplina ou matéria;
2º Supervisor de ensino;
3º Chefia do departamento.
2. Conforme for ainda o caso, a sequência de recursos em
instâncias superiores, segue por:
1º Coordenação do ciclo;
2º Coordenação do curso;
3º Diretoria Acadêmica.
3. Em situações de grande complexidade e gravidade, em
havendo necessidade indiscutível, por deliberação da Diretoria Acadêmica os recursos e deliberações seguem a
sequência:
1º Comissão Curricular ou Comissão de Internato;
2º Conselho Departamental.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
223
Avaliação do Desempenho Escolar
Provas: Normas Operacionais
Das PROVAS TEÓRICAS
1. As provas teóricas deverão ser confeccionadas em duas partes:
a. O caderno de questões:
Devem estar contidas no caderno de questões as orientações necessárias para que os alunos compreendam o
que é solicitado nas diferentes questões.
b. As folhas de respostas.
2. As provas teóricas deverão comportar obrigatoriamente três componentes:
a.Testes de múltipla escolha:
Preconiza-se:
1. No mínimo vinte (20) testes;
2. Que esta parte tenha valor de três (3,0).
b. Questões dissertativas:
Preconiza-se:
1. No mínimo quatro (4) questões;
2. Que sejam questões abrangentes e, quando possível, que integrem conhecimentos;
3. Que esta parte tenha valor quatro (4,0).
c. Casos clínicos:
Preconiza-se:
1. No mínimo três (3) casos clínicos;
2. Que comportem pelo menos 3 ou 4 questões abran-
224
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
gentes, que solicitem conhecimentos integrados e
que requeiram o uso de raciocínio lógico;
3. As questões podem ser, alternando-se, teste de
múltipla escolha, ou solicitação de diagnóstico
justificado, ou solicitação de exames para esclarecimento, ou conduta clínica e cirúrgica etc.
dando-se preferência a respostas discursivas com
valoração de condutas e conhecimentos médicos
generalistas;
4. Que esta parte tenha valor três (3,0).
Observação:
Em situações particulares pode-se aceitar que os
testes possam vir a ser substituídos por três (3)
questões dissertativas.
Das PROVAS PRÁTICas E ORAIS
As provas práticas e as provas orais ou prático-orais devem
procurar avaliar não só os conhecimentos do aluno, mas, também, as suas habilidades, desempenhos e desembaraços. Devem
objetivar a identificação de estruturas, de sinais, de sintomas,
conforme for o caso.
Devem possibilitar ao aluno demonstrar a capacidade de
examinar um paciente, formular um diagnóstico, solicitar exames complementares, formular condutas de tratamento. Devem
permitir ao aluno demonstrar, como um futuro médico, responsável e ético, linguagem e proficiência médica e também
científica.
Preconiza-se:
1. Que, a cada avaliação, sejam feitas provas práticas e ou
provas orais;
2. Que de preferência sejam feitas provas prático-orais;
3. Que as provas práticas e ou orais, prático-orais, além
de avaliadoras, sejam informativas, formativas e educadoras.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
225
Das demaiS PROVAS
Além das provas teóricas, práticas e ou orais, podem compor
o processo de avaliação do aluno: seminários, discussão de casos
clínicos, trabalhos monográficos e outros.
Os seminários devem ser avaliados sob os quesitos:
1. Pertinência e atualidade do conteúdo;
2. Cuidado no preparo da apresentação;
3. Proficiência na apresentação;
4. Objetividade e finalidade;
5.Efetividade da comunicação e propriedade da linguagem;
6. Desembaraço e postura do aluno no seminário.
As discussões de casos clínicos devem ser avaliadas sob os quesitos:
1. Valoração e interpretação de dados da anamnese, dos
sinais e dos sintomas;
2. Formulação de diagnósticos diferenciais;
3. Propriedade das hipóteses diagnósticas;
4. Indicação e leitura de exames complementares;
5. Lógica e conhecimento na escolha do diagnóstico
apropriado;
6.Sugestões de terapêutica;
7.Sugestões de condutas;
8. Conhecimentos médicos;
9. Raciocínio clínico;
10.Raciocínio lógico.
Os trabalhos monográficos devem ser avaliados sob os quesitos:
1. Elaboração, redação, composição e apresentação;
2. Proposição, objetivos e finalidade;
3. Propriedade do conteúdo e das partes do trabalho;
4. Linguagem médica e língua nacional;
5. Metodologia científica.
226
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Da aplicação das provas
Dos princípios gerais
Preconizam-se, como princípios gerais, para a aplicação das
provas:
1. A fiel observância das datas e dos horários destas;
2. A presença obrigatória dos examinadores designados
para estas, sendo que no caso da impossibilidade de algum deles, que seja feita a substituição imediata, para
que não haja falta de docentes das disciplinas participantes da prova;
3. A indicação pelas disciplinas dos examinadores, sendo
pelo menos dois (2) por sala;
4. Fiscalização feita com responsabilidade, observados o
respeito aos princípios didáticos e pedagógicos e aos
princípios ético-morais;
5. Real controle de meios escusos utilizados por alunos
para burlar a boa mensuração do seu aproveitamento.
Dos princípios especiais
Para as provas teóricas:
1. Prazo de tolerância de no máximo quinze (15) minutos, após o início da prova, para a entrada de alunos;
2. Esclarecimentos devidos antes do início da prova;
3. Manutenção da tranquilidade no ambiente da prova;
4. Respeitar o horário de duração da prova.
Para as provas práticas e orais:
1. Observar datas e horários;
2. Procurar perguntas coerentes e pertinentes ao conteúdo ensinado;
3. Ser objetivo nos questionamentos;
4. Não prolongar desnecessariamente as avaliações;
5. Compor, quando cabível, pequenas bancas com docentes.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
227
Para as demais provas:
Seminários:
1. Observar datas e horários;
2. Controlar o tempo de duração;
3. Coordenar a apresentação e os questionamentos;
4. Apartear com oportunidade e propriedade.
Observação:
Cabe a disciplina estabelecer princípios para controlar
a participação dos alunos da turma nos seminários e
também para a avaliação dos mesmos.
Discussão de casos clínicos:
1. Observar datas e horários;
2. Controlar o tempo de duração;
3. Coordenar a apresentação e os questionamentos;
4. Apartear com oportunidade e propriedade;
5. Discutir o fecho do caso, diagnósticos, terapêuticas e
condutas.
Trabalhos Monográficos:
1. Observar os prazos de entrega;
2. Corrigir respeitando as normas para trabalhos científicos da Escola de Medicina Souza Marques;
3. Pontuar: elaboração, redação, conteúdo, comentários,
conclusões, referências bibliográficas;
4. Fazer a apresentação dos trabalhos, quando possível,
para os grupos de alunos.
Da correção das provas teóricas
Dos procedimentos gerais.
1. Até que todo o processo de correção e revisão das folhas de resposta se encerre, é da total e exclusiva responsabilidade das disciplinas a guarda dos cadernos
de questões e das folhas de resposta;
228
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
2. Os resultados serão consolidados em ata devidamente
assinada pelos responsáveis pela correção;
3. Após a consolidação da ata com os resultados das provas, a disciplina lançará as notas dos alunos, respeitados
os prazos institucionais, no sistema informatizado;
4. As folhas de resposta dos alunos, dois ou três exemplares dos cadernos de questões e a ata da correção e
notas da prova Teórica deverão ser guardadas na disciplina até o término efetivo do ano letivo;
5. Corrigidas as provas, a disciplina poderá dispor dos
cadernos de questões, a seu critério, como bem entender, ou seja, destruindo, guardando ou entregando aos
alunos.
Dos procedimentos específicos
1. Cabe à disciplina, logo que encerre a prova, publicar,
para divulgação e conhecimento dos alunos, o gabarito desta, observando que deve constar do gabarito os
critérios de pontuação de cada questão.
2. É de obrigação da disciplina, logo após o término da
prova, ou na primeira aula após a prova, discutir com
os alunos a prova.
3. A disciplina terá um prazo máximo de quinze (15)
dias, após ter discutido a prova, para a correção desta
e lançamento das notas no Sistema Informatizado.
4. Divulgada as notas os alunos terão prazo de uma (1) semana para requerer, junto à disciplina, vista das folhas
de respostas corrigidas.
5. A vista das folhas de resposta corrigidas será realizada mediante procedimentos fixados e acompanhados
pela disciplina.
6. Os alunos terão prazo de três (3) dias, após a vista das
folhas de resposta corrigidas, para solicitarem, junto à
disciplina, revisão da correção da prova. A solicitação
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
229
de revisão poderá ser de toda a prova, mas, deverá ser
fundamentada, obrigatoriamente, incluindo referências bibliográficas nos casos de divergência com o gabarito divulgado, ou da reavaliação da correção.
7. A disciplina terá um prazo máximo de uma (1) semana para realizar as revisões de provas solicitadas pelos
alunos.
8. Complementados os procedimentos de revisão, cabe à
disciplina lavrar a ata da prova e encaminhá-la para a
Secretaria Escolar, observado o disposto nos itens 2 e 3
dos Procedimentos gerais, acima apresentados.
9. Devem ser observados os prazos institucionais para o
lançamento das notas no Sistema Informatizado;
10.Não serão aceitas formas alternativas de procedimentos
para correção e revisão de provas e registros de notas.
Dos procedimentos complementares
1. Não será permitido, sob nenhuma alegação, cópia das
folhas de respostas dos alunos;
2. Dada a complexidade da feitura das provas gerais (PG),
não haverá revisão destas;
3. Cabe lembrar que provas são produções intelectuais
dos professores. Isto posto cabe a eles a permissão para
cópias das mesmas.
Normas aprovadas em reunião do Conselho Departamental
de 13 de agosto de 2008
Revogam-se a partir da data da assinatura e publicação destas
Normas Operacionais todas as Portarias e Resoluções anteriores
sobre procedimentos para confecção, aplicação, correção e revisão
de provas na Escola de Medicina Souza Marques.
Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2008
230
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Avaliação do Desempenho Escolar:
Deliberações complementares
Portarias
portaria nº 09 / 2008
Os Diretores da Escola de Medicina Souza Marques
Prof. Dr. Antônio Patrocínio Locoselli,
Prof. Dr. Raymundo Manno Vieira
No uso de suas atribuições e considerando:
1. a necessidade de acompanhar e aperfeiçoar, sistemática e continuamente, o Projeto Pedagógico do Curso de Medicina;
2. a necessidade de promover alterações para atualizar os procedimentos de provas na Escola de Medicina Souza Marques;
3. a deliberação do Conselho Departamental em reunião de
13 de agosto de 2008.
Resolvem:
Art. 1º Publicar, na forma de Normas Operacionais, em Anexo a esta Portaria, os novos critérios para provas na
Escola de Medicina Souza Marques.
Art. 2º Revogar, a partir da data da assinatura e publicação
desta Portaria, todas as Portarias e Resoluções anteriores sobre procedimentos para confecção, aplicação,
correção e revisão de provas na Escola de Medicina
Souza Marques.
Art. 3ºEsta Portaria entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 14 de agosto de 2008.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
231
portaria nº 01 / 2009
O Diretor Acadêmico da Escola de Medicina Souza Marques
Prof. Dr. Raymundo Manno Vieira
No uso de suas atribuições e considerando:
1. o aprovado na Reunião de 13 de janeiro de 2009 do Conselho de Coordenadores e Diretores dos Cursos da Fundação
Técnico-Educacional Souza Marques;
2. a necessidade de regulamentar a aplicação deste conteúdo;
Resolve que:
Artigo 1º A partir de 2009, a 5ª prova só poderá ser solicitada
pelos alunos ou para substituir uma prova teórica
perdida ou para substituir a menor nota obtida em
prova teórica de uma disciplina;
Artigo 2ºEsta Portaria entra em vigor após a sua aprovação
no Conselho Departamental e revoga deliberação
anterior.
Rio de Janeiro, 04 de fevereiro de 2009.
232
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
portaria nº 02 / 2009
O Diretor Acadêmico da Escola de Medicina Souza Marques
Prof. Dr. Raymundo Manno Vieira
No uso de suas atribuições e considerando:
1. a necessidade de organizar a oferta de provas Finais;
2. a necessidade de regulamentar a realização de provas Finais;
3. a necessidade de buscar maior empenho dos alunos na realização de suas provas;
Resolve que:
Artigo 1º A partir de 2009 as provas de 2ª época ficam extintas;
Artigo 2º A extinção destas provas será progressiva, sendo
que, iniciando em 2009 pelo 1º ano, a cada ano sucessivamente será praticada nas séries seguintes;
Artigo 3ºEsta Portaria entra em vigor após a sua aprovação
no Conselho Departamental e revoga deliberações
anteriores.
Rio de Janeiro, 04 de fevereiro de 2009.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
233
portaria nº 03 / 2009
O Diretor Acadêmico da Escola de Medicina Souza Marques
Prof. Dr. Raymundo Manno Vieira
No uso de suas atribuições e considerando:
1. a necessidade de cumprir e fazer cumprir o calendário escolar;
2. a necessidade de regulamentar a solicitação de mudança de
datas de provas;
3. que as datas do calendário escolar devam ser observadas
pelos alunos para marcar suas eventuais viagens e compromissos;
4. que deve haver maior empenho dos alunos no cumprimento
de suas obrigações acadêmicas;
Resolve que:
Artigo 1º A partir de 2009, por nenhum motivo, salvo em
ocorrências coletivas, serão alteradas datas de provas, principalmente da 5ª prova e provas Finais;
Artigo 2ºEsta Portaria entra em vigor após a sua aprovação
no Conselho Departamental e revoga deliberações
anteriores.
Rio de Janeiro, 04 de fevereiro de 2009.
234
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES
TUTORIA & ORIENTAÇÃO: FICHA DE AVALIAÇÃO
NOME:
SÉRIE:
TURMA:
avaliação bimestral da tutoria & orientação
ITENS
AVALIAÇÃO
1. PULCRITUDE E CONDUTA ÉTICO-MORAL
............... [
]
COMPARECIMENTO ............... [
]
2. DESEMPENHO PRÁTICO
INTERESSE E INICIATIVA ............... [
]
CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES ............... [
]
DESEMPENHO ACADÊMICO ............... [
]
PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES ............... [
]
MÉDIA ............... [
]
CUMPRIMENTO DA ETAPA ............... [
REALIZAÇÃO DO TRABALHO ............... [
MÉDIA ............... [
]
3. MONOGRAFIA
]
]
NOTA DE APROVEITAMENTO NO BIMESTRE
MÉDIA PARCIAL A = [(1 + 2) / 2 ] ............... [
MÉDIA = [(A + 3) / 2] ............... [
]
]
FREQÜÊNCIA NO BIMESTRE
NÚMERO DE SESSÕES NO BIMESTRE ...............
FALTAS ...............
N
[
]
N
[
]
AUTO avaliaçãO
INTERESSE E EMPENHO ............... [
DESEMPENHO ACADÊMICO ............... [
PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES ............... [
TUTOR
CARIMBO:
ASSINATURA:
DATA:
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
]
]
]
n
235
Tutoria e Orientação
Ficha de Avaliação
orientação para preenchimento da ficha de avaliação
1. Todos os itens devem receber uma nota de 0 a 10, permitida a fração decimal;
2. Pulcritude e conduta ético-moral se referem à postura e às atitudes do discente
como referidas nos itens “A elegância médica” e “Código de Ética”, presentes
no Projeto Pedagógico. Compreende ainda o seu relacionamento com docentes,
técnicos e colegas;
3. O comparecimento deve refletir a presença mental e espiritual do aluno nas suas
incumbências, isto é, na qualidade da presença nas reuniões de Tutoria e Orientação;
4. O interesse e a iniciativa se referem à capacidade de observar, de atuar, ao interesse técnico-científico do aluno e a preocupação com a sua formação e educação médica;
5. O cumprimento de obrigações se refere à eficiência na execução das determinações que são atribuídas pelos docentes ao discente;
6. O desempenho acadêmico se refere aos resultados obtidos pelo discente nas avaliações no bimestre e ao seu desempenho como um discente do 1º ano de medicina;
7. A participação em atividades se refere ao cumprimento, por parte do discente,
das tarefas atribuídas pelo Tutor Orientador;
8. Monografia: cumprimento da etapa se refere ao empenho do aluno em cumprir,
a cada bimestre, do esperado de sua monografia.
1º bimestre: apresentação do projeto de pesquisa;
2º bimestre: apresentação dos resultados e da documentação;
3º bimestre: apresentação dos comentários e esboço das conclusões;
4º bimestre: apresentação da monografia na sua íntegra e completude.
9. Monografia: realização do trabalho se refere, a cada bimestre, na apresentação
das partes da monografia em conformidade com as normas institucionais para
as mesmas.
Nota de aproveitamento no bimestre:
Observe-se, para o cálculo da nota de aproveitamento, as fórmulas constantes
da ficha de avaliação.
Frequência no Bimestre
O número de faltas é calculado levando em conta o número efetivo total de
reuniões de tutoria e orientação ocorridas no bimestre.
Auto avaliação
Nota atribuída pelo próprio aluno nos três itens destacados:
1. interesse e empenho; 2. desempenho acadêmico; 3. participação em atividades.
Estas notas não se prestam à nota de aproveitamento do aluno no bimestre mas
a uma conscientização do mesmo de seu desenvolvimento acadêmico.
Observação.
A folha de avaliação deverá ser entregue ao Supervisor da Tutoria e Orientação.
236
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES
INTERNATO: FICHA DE AVALIAÇÃO
NOME:
SÉRIE:
TURMA:
RODÍZIO:
PERÍODO:
SERVIÇO:
DEPARTAMENTO:
avaliação DO RODÍZIO
ITENS
AVALIAÇÃO
1. DESEMPENHO E CONDUTA ÉTICO-MORAL
............... [
]
2. APROVEITAMENTO PRÁTICO
COMPARECIMENTO ............... [
]
CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES ............... [
]
EFICIÊNCIA CLÍNICA ............... [
]
INTERESSE E INICIATIVA ............... [
]
PARTICIPAÇÃO EM SESSÕES, SEMINÁRIOS, ETC. ............... [
]
MÉDIA ............... [
]
PROVA DE APROVEITAMENTO = PA + PG ............... [
]
3. APROVEITAMENTO TEÓRICO
NOTA DE APROVEITAMENTO NO RODÍZIO
[(1 + 2 + 3) / 3 ] ............... [
]
FREQÜÊNCIA NO RODÍZIO
FREQÜÊNCIA INTEGRAL SIM [
PROFESSOR:
ASSINATURA:
NÃO [
]
CARIMBO:
ASSINATURA:
SUPERVISOR DE INTERNATO:
]
DATA:
CARIMBO:
DATA:
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
237
Internato
Ficha de Avaliação
ORIENTAÇÃO PARA PREENCHIMENTO
1.Todos os itens devem receber uma nota de 0 a 10, permitida a fração
decimal;
2. O desempenho e a conduta ético-moral se referem à postura e às atitu-des do interno enquanto um profissional da saúde preocupado com os
seus pacientes, numa relação humanitária, ética e moral. Compreende
ainda o seu relacionamento com docentes, profissionais não médicos e
colegas;
3. O comparecimento deve refletir a presença mental e espiritual do in-terno nas suas incumbências, isto é, a qualidade desta presença;
4.
O cumprimento de obrigações se refere à eficiência na execução das determinações que são atribuídas pelos docentes ao interno;
5. A eficiência clínica expressa a capacidade de examinar e avaliar, diag-nosticar, planejar e orientar condutas e tratamentos para os pacientes;
6. O interesse e a iniciativa se referem à capacidade de observar, de atuar,
ao seu interesse técnico-científico e preocupação com a sua formação
médica;
7. A prova de aproveitamento (PA) será elaborada e aplicada pelo super-visor do rodízio na última semana deste;
8. A prova geral (PG), apenas para o 5º ano, será aplicada pela coorde-nação do internato e a nota em décimos será enviada ao serviço antes do
término do rodízio;
9. A nota de aproveitamento (NA) para a aprovação no rodízio deve ser
igual ou maior do que 7,0 (sete) e nenhuma nota parcial pode ser me-nor
do que 5,0 (cinco);
10. Os três itens têm o mesmo peso. A nota de aproveitamento é assim a
média aritmética das notas dos três itens;
11. A frequência (expressa em porcentagem) no Internato refere-se ao efe-tivo comparecimento do aluno às atividades de cada rodízio. Para ser
aprovado no rodízio o interno deve, também, ter frequência de 100%;
12. A folha de avaliação deverá ser entregue ao supervisor da área (clínica
cirúrgica, clínica médica, especialidades, medicina social, pediatria e
to-coginecologia).
238
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Código
de Ética
Código de Ética
Introdução
i. da moral
Cada homem é, na sua existência, apesar de sua origem e de sua circunstancialidade de vida, aquilo que faz de si mesmo.
A moral se constitui em princípios que, quando interiorizados
na dinâmica psíquica, dirigem a manifestação e justificam a valoração das muitas condutas do Homem no dia a dia da sua vida.
É pela educação que esses princípios são aprendidos para se tornarem normas e critérios de referência, para que cada ser humano
possa nortear as suas opções de atitudes no mundo e no tempo.
As heranças resultantes das histórias das ascendências raciais,
os hábitos etológicos desenvolvidos nas relações de seres humanos
com seus ambientes, as tradições que as estruturas familiares estabelecem, os princípios que decorrem de valores culturais, as medidas de propósitos existenciais atribuídos por fundamentos religiosos, as regras que garantem harmonia no convívio social, que
são transmitidos pelas diferentes formas de educação a que cada
Homem está submetido no transcurso de sua vida, é o que acaba se
interiorizando como os fundamentos da mentalidade que atribui os
critérios para que o ser humano dirija e escolha as suas condutas
existenciais.
Assim, a moral é aprendida e tem referência em valores que
resultam do que, pela educação, é transmitido ao ser humano, principalmente nas suas idades de crescimento e desenvolvimento, no
tempo de vida em que amadurece como uma pessoa, como uma
individualidade.
Deste modo, toda e qualquer conduta humana só pode ser
apreciada em sua moralidade, no que é relativa aos valores sócioCurso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
241
culturais, religiosos e familiares que são objetos de transmissão da
educação, a qual procura nortear, como referência, a formação da
personalidade de cada indivíduo humano.
Porém, apesar da educação, que tenta formular referências para
conduzir a formação da conduta do ser humano, cada Homem, pelo
seu livre arbítrio, tem plena liberdade de agir para realizar os seus
juízos e deliberações, para alcançar a realização ou a satisfação de
suas necessidades e vontades, dos seus desejos e aspirações.
Disto decorre que, para que possa haver harmonia no convívio
humano, a sociedade, por meio de seus valores culturais, religiosos
e políticos, acaba por estabelecer normas, formuladas como legislações próprias, para que haja uma moral que possa ser comum a
todos os seus membros e deste modo, com justiça, se verifiquem nos
relacionamentos interpessoais desses, respeito e dignidade.
Em síntese, a moral é aquilo que justifica o mérito e o valor
das condutas com as quais cada Homem se manifesta, na sua vida
diária, no mundo e no tempo. Desta forma, a apreciação das condutas humanas tem de ser relacionada aos princípios morais que as
fundamentam e as governam.
ii. da ética
O principal elo que une grupos de homens em comunidades é o amor.
Assim, os grupos humanos, para serem compreendidos nos seus relacionamentos, necessitam ser estudados em suas interações afetivas.
A ética se constitui em princípios que procuram normalizar as
inter-relações humanas em seus diferentes grupos de organização.
Em todos os níveis de convívio, as relações de seres humanos exigem legislações normativas que apreciem os limites, além do livre
arbítrio, das condutas humanas para que, nestes grupos, a harmonia e a justiça imperem.
Como, por um lado, o ser humano, por características biológicas próprias, é gregário e, obrigatoriamente, vive em organizações
sociais de diferentes complexidades, e por outro, como qualquer
ser vivo, o Homem procura realizar e satisfazer aos seus ímpetos e
necessidades, para que haja paz nos grupos humanos - a qual decor242
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
re das garantias que cada um dos membros deve possuir para ter
salvaguardada as suas integridades física, mental e espiritual - se
fazem necessárias regras que determinem o direito e a liberdade
das ações humanas, para que estas não firam o direito e a liberdade
dos semelhantes.
Assim sendo, um código de ética tem que ser entendido como
um conjunto de princípios normativos que procuram garantir a todos os indivíduos de um grupo humano terem salvaguardadas as
suas integridades e individualidades.
Mas, é fundamentada em princípios morais, que a ética é formulada.
Numa sociedade como a nossa, três valores culturais, um grego,
outro romano e o terceiro cristão, herança da formação da civilização ocidental, têm sido adotados para servirem de parâmetros às
formulações de códigos morais sociais:
- valores de respeito e de dignificação à individualidade do
cidadão cosmopolita, do homem político, tais como direito à
nobreza, à justiça, à palavra, às opiniões, à participação nas
coisas públicas etc.;
- valores de respeito e de dignificação à participação do indivíduo, com o seu trabalho, a sua arte, nas diferentes atividades
da vida comunitária;
- valores de respeito e de dignificação à igualdade e à liberdade de cada Homem em ser física, mental e espiritualmente o
ser humano que deseja ser.
Assim na igualdade perante a lei e a justiça, na igualdade do
direito ao trabalho e na igualdade do respeito físico, mental e espiritual, devidos a cada ser humano, se fundamentam os princípios
morais que servem de argumento para o estabelecimento dos códigos de ética, os quais procuram regular as inter-relações de Homens
nos diferentes grupos sociais de suas convivências diárias.
Em síntese, a ética é um conjunto de referências que servem
para legislar a interpelação de seres humanos na vida em sociedade, para regrar o direito à igualdade e liberdade que cada Homem
possui na sua participação nas organizações sociais.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
243
III. DA UNIVERSIDADE
É papel da Universidade a formação do homem político, com os conhecimentos e as competências que lhe permitam fazer com que o país
evolua e alcance, no âmbito das nações, posição de respeito à sua
soberania e desenvolvimento.
A Universidade deve ser entendida como uma assembleia
que reúne um corpo de recursos humanos de elite que tem, essencialmente, preocupações com a formação de profissionais
qualificados e especializados, com o desenvolvimento dos conhecimentos científicos e filosóficos e com a prestação de serviços diferenciados à comunidade, que almejam contribuir para o
desenvolvimento social, cultural e político da localidade na qual
se insere.
Deste modo, uma Universidade deve ser considerada como uma
organização social, um agrupamento humano gregário, que tem as
suas características estabelecidas a partir de seus objetivos de ensino, pesquisa e extensão.
Então, como conseqüência das peculiaridades de suas finalidades, para que as interpelações dos membros da comunidade, que é
a Universidade, sejam efetivas na realização dos seus objetivos firmados, se fazem necessários princípios de convívio que, fundamentados e decorrentes de princípios morais e éticos sociais, permitam
uma harmonia interna a todos os seus membros, para que se torne
profícua.
Assim é que, para garantir a igualdade de respeito ao trabalho
e de respeito físico, mental e espiritual, de que cada participante do
corpo de seres humanos que atuam na Universidade é merecedor,
se faz necessária a conceituação de princípios morais que sirvam
como argumentos para o estabelecimento de um código de ética da
Universidade.
Para que uma Universidade cumpra os seus papéis de ensino,
de pesquisa e de extensão, são necessários recursos humanos que
compreendam docentes e pessoal técnico e administrativo, os quais
favoreçam, por um lado, que discentes de graduação e de pós-graduação adquiram conhecimentos necessários à profissionalização
especializada e, por outro, que pesquisas e serviços sejam desenvol244
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
vidos, possibilitando com isto que a Instituição possa vir a cumprir
os seus compromissos socioculturais e políticos.
Deste modo, cabe ao código de ética da Universidade estabelecer normas que sirvam na legislação que norteie a harmonia de
convívio dos docentes, dos discentes, do pessoal técnico e administrativo, e dos demais profissionais que labutam na Instituição, o que
é indispensável para possibilitar os trabalhos que devem garantir o
ensino, a pesquisa e a extensão, objetivos pretendidos pela Universidade.
Em síntese, o código de ética da Universidade deve ser um referencial que permita legislar a interpelação dos seres humanos que
nela atuam, para que ela se torne, apoiada em preceitos morais,
numa organização social que possibilite a diferenciação cultural do
ser humano, o avanço dos conhecimentos e tecnologias e o desenvolvimento econômico e político da comunidade na qual se insere.
iv. da área da saúde: da medicina
Garantir, com efetivo empenho, a recuperação, a manutenção e a proteção da saúde do ser humano é o objetivo das ciências da saúde e, por
isso, o principal mister das competências dos profissionais que nelas
atuam.
Uma faculdade de ciências da saúde, e por isso também, as estruturas que servem aos cursos que ministra, tem, por pertencer
à categoria das atividades que pretendem graduar e pós-graduar
profissionais da área da saúde, além de seus compromissos universitários de ensino, pesquisa e extensão, também um papel que se
define nos seus objetivos de ser um centro promotor de saúde para
a comunidade humana do local de sua inserção.
Deste modo, como sede de serviços que almejam atender à saúde humana, em seus diferentes níveis, nas relações morais e éticas
que se estabelecem para todas as pessoas que participam dos seus
diferentes sistemas, os pacientes atendidos nos seus diversos centros
de atenção à saúde, também devem ser considerados importantes
sujeitos envolvidos nas relações interpessoais, que devem ser definidas no seu código de ética.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
245
Assim sendo, é fundamental considerar a significação moral do
respeito à pessoa enferma, a atenção humanitária ao sofrimento
dos que são doentes, a reverência pela vida humana, na formulação
de um código de ética que pretenda abranger todos os profissionais
que atuam num sistema que é do tipo de uma faculdade de ciências
da saúde.
Em síntese, o código de ética de uma faculdade de ciências da
saúde deve ser um referencial que permita legislar não só a interpelação dos profissionais e alunos que nela trabalham, como também as interpelações humanas que abrangem o tratamento que os
pacientes atendidos em seus centros de atenção à saúde recebem,
para que se torne, fundamentada em preceitos morais, com uma
abordagem humanizada da promoção de saúde, numa Instituição
social que possibilite a diferenciação cultural do Homem, além do
avanço dos conhecimentos e dos serviços de saúde na localidade
política na qual se insere
Prof. Dr. Raymundo Manno Vieira
Este Código de Ética foi aprovado em reunião do
Conselho Departamental de Maio de 2001
246
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Código de Ética
Capítulo 1.
DOS PRECEITOS FUNDAMENTAIS
Artigo 1° - Todo ser humano, independentemente de sua ascendência, sua etnia, seu sexo e idade, sua posição sócio-econômica,
sua formação cultural, suas crenças e credos, suas preferências partidárias, é merecedor de respeito à dignidade de sua
individualidade pessoal.
Artigo 2° - A integridade física, mental e espiritual de todo e qualquer Homem não deve ser compungida, nem por palavras
nem por ações, pois é o dote mais precioso de um ser humano com personalidade e individualidade próprias.
Artigo 3° - A intimidade e o recolhimento aos quais todo Homem
tem direito, devem ser considerados invioláveis como um
bem inalienável e intocável.
Artigo 4° - O direito e a liberdade de manifestação de qualquer
Homem é plena e irrestrita, desde que não fira o direito e
a liberdade de manifestação de qualquer um de seus semelhantes.
Artigo 5° - Toda e qualquer ação coercitiva ou autoritária, que almeje benefícios pessoais, ou que pretenda submeter o semelhante às vontades e desejos pessoais, é condenável e deve ser
repudiada em nome da nobreza do ser humano.
Artigo 6° - Toda e qualquer forma de abuso, quer por posição sócioeconômica, quer por intenções sexuais, ou, ainda, por diferenças culturais, deve ser considerada desqualificada e, por
isso, abominada.
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
n
247
Artigo 7° - Todo Homem deve ser respeitado no seu direito de livre
escolha de professar e participar de credos religiosos, partidos políticos e de outras organizações socioculturais.
Artigo 8° - A todo e qualquer ser humano deve ser garantido o direito e a liberdade para cumprir as obrigações de trabalho,
de estudo, de práticas profissionais, devendo ser respeitada
a sua concentração para tal.
Artigo 9° - A utilização de qualquer forma ou meio de constrangimento que coíba a possibilidade de acesso ao trabalho e ao
estudo, por ser, ou abuso da força, ou imposição da vontade
de minorias, é ofensiva ao direito e à liberdade pessoal de ir
e vir e, por isso, sempre condenável.
Artigo 10 - É garantido a cada ser humano o direito de manifestar
opiniões, crenças, e opções sociais, culturais e políticas, desde que, com isso, não fira princípios morais, éticos e socioculturais.
CAPÍTULO 2.
DOS PRECEITOS UNIVERSITÁRIOS
secção i.
dos bens comuns
Artigo 11 - As instalações e os recursos de equipamento e bens móveis de uma instituição universitária, por servirem a uma coletividade de Homens, devem ser respeitados e protegidos,
pois, são os meios para que muitos seres humanos possam
trabalhar, se beneficiar do estudo, desenvolver pesquisas que
façam evoluir os conhecimentos e prestar serviços que auxiliem à comunidade.
Artigo 12 - Toda e qualquer dependência do próprio de uma Universidade, por ser acolhedora das heranças culturais da humanidade, deve ser entendida como um templo do saber humano e, em virtude disso, ser preservada de qualquer forma
de degradação de seus valores humanísticos.
248
n
Curso de Medicina - Projeto Pedagógico 2011
Artigo 13 - Perante o fundamento de universalidade da Universidade, não há forma mais aviltante de lesar os patrimônios de
sabedoria da humanidade do que danificar livros, estragar
equipamentos de estudo e pesquisa e vilipendiar instalações
e bens que servem ao ensino, à pesquisa e à prestação de
serviços à comunidade.
secção ii.
das tradições
Artigo 14 - As tradições das instituições universitárias são sempre as
resultantes dos trabalhos de muitos seres humanos que dedicaram as suas vidas ao ideal do mais pleno cumprimento das
finalidades destas. Por este motivo, prejudicar, por qualquer
forma que seja, as tradições de instituições universitárias é
crime que, perante a sabedoria humana, não pode ser desculpável.
Artigo 15 - Assim como não há nenhuma dignidade numa história
que não gere tradições, não há honra, ou valor, ou virtude
na destruição das tradições que, como memória, recontam
esta história.
Artigo 16 - Nada é mais ofensivo ao espírito humanístico da natureza mais essencial da Universidade do que ter o seu patrimônio de tradições de sabedoria ofendido ou corrompido por
intenções egoístas, interesseiras e tendenciosas.
secção iii.
do convívio humano
Artigo 17 - É na deferência mútua e solidária que seres humanos
podem conviver em harmonia e paz. Em virtude disso, cada
membro da comunidade universitária deve zelar pelo respeito que cada um de seus pares é merecedor.
Artigo 18 - Na organização da Universidade, a ascendência é, além
de funcional, também intelectual. Cabe então, a cada um
dos membros dessa, saber respeitar seus pares não só como
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pessoas humanas, mas também como profissionais qualificados e diferenciados em seus papéis.
Artigo 19 - Respeitar e honrar as pessoas investidas em cargos e
funções é, não só maneira de garantir a ordem do sistema
universitário, como também forma de permitir a harmonia
interna imprescindível para o ensino, para a pesquisa e para
a extensão de serviços à comunidade.
Artigo 20 - Todo e qualquer membro da organização universitária
deve ter ciência de que homem algum nada realiza dependendo só de si mesmo. Assim, é através do concurso solidário de todos os que trabalham na Instituição que, cada um
dos seus objetivos, maiores ou menores, se concretiza.
secção iv.
das produções
Artigo 21 - Todo e qualquer trabalho humano, por mais simples ou
diferenciado que seja, é digno de ser respeitado e, por isso,
nada mais constrangedor ao espírito da Universidade do que
as depreciações gratuitas que só pretendem diminuir os seus
méritos.
Artigo 22 - É digna a crítica formulada no espírito do progresso do
conhecimento, e indigna a crítica formulada na intenção de
desmerecer aquilo que é o produto do trabalho de qualquer
ser humano.
Artigo 23 - Dentre as mais abomináveis ações que um Homem pode
manifestar, estão aquelas que almejam denegrir o que é produto da elaboração do espírito humano no caminho de seu
próprio conhecimento.
secção v.
do ensino e da docência
Artigo 24 - O ensino, além de ser uma atividade profissional é também o principal meio para a formação e a qualificação de
profissionais para o mercado de trabalho e, ainda mais, o
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modo de dar formação a cidadãos responsáveis, profícuos e
comprometidos com o desenvolvimento sócio-cultural, econômico e político da comunidade e da nação.
Artigo 25 - As atividades de docência são idealísticas, enquanto uma
maneira de auxiliar seres humanos a alcançarem a realização
de sonhos e anseios de vida; são morais enquanto meio pelo
qual possibilitam a formação de seres humanos idôneos; são
éticas enquanto qualificadoras de profissionais proficientes
em suas especialidades. Neste sentido, cabe ao docente ter a
consciência de que, ensinar, mais do que cumprir obrigações
profissionais, é educar o Homem para a cidadania ativa e
efetiva.
secção vi.
da pesquisa e do saber
Artigo 26 - A pesquisa é o caminho pelo qual os conhecimentos
científicos e filosóficos, que compõem as sabedorias das erudições e das artes, evoluem para servirem ao progresso do
ser humano. Neste sentido, toda e qualquer produção de
conhecimento deve ser respeitada como um bem que é propriedade da humanidade.
Artigo 27 - Pesquisar é ter compromisso com a utilidade do saber e
de suas aplicações para beneficiar a todos os seres humanos.
Assim sendo, toda e qualquer promoção ou utilização de conhecimentos para benefícios de poucos, para a subjugação
de Homens, ou para atitudes não condizentes com o respeito
à nobreza e integridade humanas é, por ser execrável, indigna e condenável.
Artigo 28 - Ainda que meritórias para o desenvolvimento de conhecimentos, toda e qualquer pesquisa que se realize em anima
nobile, só poderá ser praticada, ainda que respeite preceitos
morais, se não macular, ferir, ou prejudicar, nem a liberdade
de ser e nem a integridade da pessoa humana.
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secção vii.
da extensão e dos serviços
Artigo 29 - É um dever de todos os membros da Universidade garantir que a extensão dos serviços desta à comunidade se
faça para possibilitar que a comunidade se beneficie não só
culturalmente, como também melhore em atenção à saúde e
qualidade de vida, possibilitando, com isso, que a Instituição
efetive o seu compromisso social.
Artigo 30 - Quando as atividades de extensão se fizerem extramuros, deverão ser respeitados os princípios de organização e
de funcionamento das instituições que as sediam, pois isto
é o que garantirá à Universidade a consecução de seus compromissos sociais e culturais com o respeito e a dignidade
que lhe são próprios.
secção viii.
dos docentes
Artigo 31 - O docente, por ser um exemplo e um modelo para seus
alunos, deve ter sempre em mente que, com o fiel cumprimento de atribuições de horários, de deveres de ensino, de
obrigações de pesquisa e de extensão de serviços, no respeito às determinações institucionais, está efetivamente praticando as suas obrigações educacionais.
Artigo 32 - O docente honra aos mais nobres objetivos da Universidade, no respeito ao direito de aprender de todos os que
com ele convivem, ao se aprimorar e titular para cada vez
melhor se qualificar para o ensino.
secção ix.
dos discentes
Artigo 33 - O discente demonstrará saber respeitar e reconhecer
a Instituição que lhe propicia aprender e aprimorar conhecimentos e práticas, assumindo posturas condizentes a um
ambiente universitário, manifestando atitudes próprias de
quem zela pela erudição e respeitando, por sua linguagem,
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gestos e ações, a todos aqueles que o atendem e colaboram
na sua formação, educação e qualificação.
Artigo 34 - O discente honra os mais nobres objetivos da Universidade, no respeito ao direito de aprender de todos os que
com ele convivem, ao estudar com responsabilidade, objetivando se graduar, ou titular, para vir a ser um profissional
proficiente nas suas sabedorias e práticas.
secção x.
dos técnicos
Artigo 35 - No zelo pela conservação e manutenção de instalações,
equipamentos e meios que servem ao ensino, à pesquisa e à
extensão praticadas na Universidade, o técnico demonstrará
respeitar a Instituição na qual trabalha.
Artigo 36 - O técnico honra aos mais nobres objetivos da Universidade, no respeito ao direito de aprender de todos os que
com ele convivem têm, ao garantir, com responsabilidade
profissional, o funcionamento pleno dos meios que permitem o ensino, a pesquisa e a extensão de serviços praticados
na Universidade.
secção xi.
dos pacientes
Artigo 37 - Todo e qualquer paciente deve ser sempre merecedor de
toda a atenção dos profissionais de saúde que dele cuidam.
Como um ser humano, o paciente é sempre digno do máximo zelo e consideração, devendo ser acudido com o melhor
da capacidade profissional dos que o atendem.
Artigo 38 - Deve ser sempre garantido, a qualquer paciente atendido nos serviços de saúde da Escola de Medicina:
I. A
utilização de todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento ao alcance;
II. As informações sobre o diagnóstico, o tratamento e o
prognóstico da enfermidade que o acomete e o acesso
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ao seu prontuário, ou ficha clínica;
III. O respeito à sua liberdade de decidir livremente sobre
a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas,
salvo nos casos de iminente perigo de vida ou de grande dano à integridade de seu corpo e mente;
IV. O sigilo sobre revelações de sua intimidade, comunicadas
na credibilidade da relação com o profissional de saúde;
V. A preservação de suas integridades física e mental, de
sua individualidade e da sua vida.
Artigo 39 - Nos múltiplos relacionamentos que se estabelecem entre
pacientes e discentes, docentes e outros profissionais da Universidade, deve sempre ser observado o que os códigos de
ética das diferentes profissões da área da saúde dispõem.
SECÇÃO XII.
DA ATENÇÃO AO HUMANO
Artigo 40 - Nas práticas de ensino e aprendizado dos conhecimentos e dos procedimentos profissionais da atenção à saúde, o
corpo do ser humano, quer vivo, quer morto, deve ser respeitado e honrado como um santuário que acolhe uma dádiva
maravilhosa, o espírito do Homem.
Artigo 41 - A mais pura forma de caridade é manifestada por aquele que, quer como ser humano vivo, quer como um corpo
morto, ainda que um paria da sociedade, ou mesmo um indigente, permite que outros aprendam sobre a vida e a morte,
sobre a saúde e a enfermidade, sobre o Homem e sobre as
ciências médicas. Assim, todo aquele que permite que profissionais da saúde aprendam sobre as artes de suas práticas
profissionais, independentemente de seu nível socioeconômico, é merecedor das mais altas honras e respeito por todos
aqueles que com isto se beneficiam.
Artigo 42 - O profissional da área da saúde deve, por um lado, guardar absoluto respeito pela vida humana, atuando sempre em
benefício dos pacientes e, por outro, jamais se utilizar de seus
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conhecimentos para gerar sofrimento físico ou moral, para o
extermínio do Homem, ou para permitir e acobertar tentativas contra a dignidade e a integridade do ser humano.
capítulo 3.
das disposições gerais
Artigo 43 - O presente Código de Ética contém normas que devem
ser seguidas por todos os que participam da Escola de Medicina, quer pelo exercício profissional, quer pelo aprendizado
ou prática do ensino, pela pesquisa e prestação de serviços,
na atenção à saúde humana, independentemente de seus papéis, funções ou cargos.
Artigo 44 - Caberá à Comissão de Ética da Escola de Medicina:
I. Fiscalizar o cumprimento das normas estabelecidas
neste código;
II. Zelar pela ética das pesquisas desenvolvidas na Instituição e pelos serviços de saúde prestados;
III. Revisar e sugerir modificações a este código, e deliberar em suas omissões.
Artigo 45 - Aos infratores deste Código, na observância ao que estabelecem o Estatuto e Regimento Geral da Escola de Medicina, serão aplicadas penalidades, por sugestão da Comissão
de Ética.
Artigo 46 - Este Código de Ética entrará em vigor na data de sua
aprovação pelo Conselho Departamental da Escola de Medicina.
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