2235 - Sei

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2235 - Sei
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Abril 2014 – no 2235
IGUALDADE
D.Villela
artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia Geral das
Nações Unidas, em 1948, tem a seguinte
redação: “Todos os homens nascem livres
e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência, devendo agir
em relação uns aos outros com espírito
de fraternidade.” E o lema da Revolução
Francesa de 1789 foi “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.
As referências à igualdade decorrem
de uma aspiração arraigada no ser humano, pois todos percebemos – e não gostamos disso – quando sofremos qualquer
tipo de discriminação.
Por outro lado, convivemos, há milênios, com acentuadas desigualdades, seja
em termos econômicos e sociais – riqueza
e miséria –, seja no plano individual, onde
se observam profundas diferenças quanto
a inteligência, habilidade e iniciativa, considerando injustas as primeiras e inexplicáveis estas últimas.
Habitualmente ligada ao poder, a religião chegou a sancionar alguns desses
desníveis, como o direito divino dos reis
ao governo de seus respectivos povos,
atribuindo também os aspectos positivos
de nossa personalidade – por exemplo, fé,
humildade ou aptidão acentuada para algum ramo da ciência – a uma concessão
especial do Criador.
Quanto aos traços negativos do caráter, não podendo provir de Deus, essencialmente bom, constituiriam uma
característica da condição humana ou decorreriam da ação de Satã e seu séquito de
subordinados, seres intrinsecamente maus
e dotados de imenso poder para enganar e
seduzir as pessoas, levando-as ao mal e à
condenação eterna.
Soa estranho, sem dúvida, qualificar
de má a natureza humana, pois nossa ori-
O
gem é divina, bem como imaginar a existência de uma fonte autônoma para o mal
que não pudesse ser neutralizada pelo Poder Supremo.
Com as noções de livre-arbítrio, reencarnação e progresso, a Doutrina Espírita
veio oferecer conceituação nova, lógica e
abrangente para esta questão, esclarecendo que todos são criados simples e sem
conhecimentos e percorrem uma trajetória
na qual, empregando a liberdade e a vontade, caminham para a vivência integral
das Leis Divinas com aprimoramento incessante da inteligência e dos sentimentos.
Por isso, bondade espontânea ou pendor
para música ou para matemática representam conquistas anteriormente realizadas e
que não mais se perdem por se acharem
incorporadas ao nosso patrimônio espiritual. Títulos honoríficos e propriedades
materiais são transitórios, sendo abandonados, juntamente com o corpo, ao ensejo
da morte.
A igualdade é assim uma lei divina
que se manifesta na identidade de origem,
destinação e tratamento que Deus dá a todos os seus filhos, respeitando, ao mesmo
tempo, sua liberdade, que singulariza o
percurso que cada um realiza da infância à
plena maturidade espiritual.
◊
“O Livro dos Espíritos” (803 a 805).
O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
Frederico Guilherme Kremer
esus de Nazaré foi, em termos de
influência, o ser humano mais importante da História. Também é
aquele sobre o qual mais se escreve, se
estuda e discute, notadamente a partir do
século XVIII, por influência das correntes
filosóficas do Racionalismo, em especial
o Iluminismo francês, quando surgiu a
crítica extracristã. Estudiosos, sem vinculações com organizações religiosas e com
J
espírito
crítico,
interessaram-se,
fascinados, pela
investigação desta personalidade
única e impressionante que, sem
estrutura política,
pobre,
vivendo
numa região remota e sem importância, auxiliado
por homens simples e tendo uma existência curta, acabou
dividindo, no século VI, a cronologia da
Humanidade em antes e depois do seu
nascimento, embora atualmente exista
um movimento para alterar a terminologia para Era Comum (EC) e Antes da Era
Comum (AEC). Até então, a referência era
o ano da fundação de Roma, por volta de
753 a.C., pelos irmãos Rômulo e Remo,
segundo reza a narrativa mitológica.
De fato, o interesse deixava de ser
pelo Cristo da fé apresentado pelos religiosos, mas pelo Jesus real, que impactou
a civilização ocidental como nenhum outro homem. Até o século XVIII se podia
falar, sem hesitação, sobre “a verdade do
Evangelho”, pois era inconcebível qualquer dúvida a respeito dele. As discussões
eram internas sobre o que era “ortodoxia” ou “heresia”. A partir do século XIX
a busca foi pelo Jesus histórico, ajudada
pelas inúmeras descobertas arqueológicas.
Citamos, por exemplo, a questão emblemática relacionada à pequena cidade
de Nazaré. Segundo os evangelistas foi a
cidade onde Jesus viveu até iniciar o seu
ministério público. Não existem referências sobre ela no Antigo Testamento nem
nos comentários judaicos das Escrituras.
Seria uma cidade imaginária? Nesse caso,
o termo Nazareno também seria um mito.
No final do século XIX era moda afirmar
que Jesus não existiu ou era um mito.
Entretanto, em 1962, uma equipe
de arqueólogos israelenses dirigida pelo
professor Avi Jonah, da Universidade de
2
Jerusalém, realizou escavações entre as
ruínas de Cesareia Marítima, residência
estival dos procuradores romanos na Judeia, situada às margens do Mediterrâneo.
Naquelas ruínas, os arqueólogos encontraram uma pequena lápide de mármore
cinza, com 15 por 12 centímetros e quatro
linhas de inscrição em caracteres hebraicos, seguramente não posterior ao terceiro
século antes de Cristo. Nesse antigo mármore, gravado pelo menos 300 anos antes
de Jesus, uma enorme surpresa, o nome
de uma localidade: Nazaré. A pequena lápide encontra-se no museu arqueológico
de Jerusalém. A arqueologia, incontestavelmente, tem ajudado os estudiosos a
buscarem o Jesus histórico, embora ainda
seja subestimada.
Um dos pioneiros desse movimento
foi o filósofo alemão Hermann Samuel
Reimarus (1694-1768) e, desde então, o
interesse não parou de crescer. As estimativas indicam que, somente no século
XIX, foram escritos mais de 60.000 livros
sobre o Novo Testamento, segundo referências de Vittorio Messori no livro “Hipóteses sobre Jesus”. Hoje há mais de cem
mil biografias impressas de Jesus apenas
em inglês, e mais de cem foram lançadas
na primeira década do século XXI, segundo o historiador Paul Johnson. Na Biblioteca Nacional de Paris, espelho da cultura
ocidental, o verbete com o segundo maior
número de fichas é Jesus. Evidentemente,
o primeiro é Deus.
Além da busca pelo Jesus histórico,
existe o interesse em conhecer o verdadeiro sentido dos ensinamentos de Jesus.
Identificamos que as religiões sempre tiveram duas linguagens: uma direta, em
que são expostas as lições morais e, outra
simbólica, onde são abordados os ensinamentos mais elaborados e complexos.
Para interpretá-los foram criadas, na Antiguidade, as famosas escolas de mistérios,
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cujos participantes passavam por rituais de
iniciação. Os mistérios mais famosos, no
século I, foram os de Elêusis, cidade próxima de Atenas, onde os nobres eram iniciados pela deusa Deméter. Embora Jesus não
tenha criado uma escola para iniciados,
identificamos o seu cuidado na divulgação
de certas lições. Em alguns momentos o
Mestre trouxe explicações reservadas apenas para os discípulos. O maior exemplo
foi a ceia Pascal realizada intimamente
com eles, quando o Mestre abordou temas transcendentes como, por exemplo, a
promessa do envio do Consolador, que é
a Doutrina Espírita. No tempo apropriado
ela foi codificada, esclarecendo em linguagem direta e clara os chamados “mistérios
do passado”.
O Espírito de Verdade, em comunicação dada em Paris em 1860 e incluída
em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, afirmou que encontramos toda a
verdade no Evangelho do Mestre Galileu
e coube a Allan Kardec a tarefa luminosa de desvendá-la numa forma estruturada e única, que facilita o entendimento
dos ensinamentos do Evangelho. Muitas
lições de Jesus somente são compreensíveis à luz desses conceitos e, em alguns
casos, sem eles poderiam até serem consideradas demagógicas. Allan Kardec em
“O Evangelho segundo o Espiritismo”,
interpretou, secundado pelas instruções
dos Espíritos, várias passagens utilizando os conceitos básicos da doutrina dos
Espíritos. Estudando “O Evangelho segundo o Espiritismo” nos capacitamos a seguir
a mesma linha de interpretação para as demais lições trazidas por Jesus e que não foram incorporadas na obra de Kardec.
“O Evangelho segundo o Espiritismo”
foi publicado em abril de 1864 e teve a ajuda indireta do filósofo, pensador e escritor
francês Ernest Renan, que, em 1863, publicou o livro “Vida de Jesus”, o primeiro
de uma série sobre o Cristianismo, onde
apresentou um Jesus humano, distanciando-se, assim, de toda conceituação sobrenatural acerca do Mestre. A reação do
clero foi imediata, pressionando Napoleão
III, que o demitiu do Collége de France,
onde ensinava línguas orientais. Allan
Kardec no livro “Obras Póstumas” expõe
alguns acontecimentos que antecederam
a publicação de “O Evangelho segundo o
Espiritismo”, inclusive a mudança do título original que era “Imitação do Evangelho”. Interessado no obra de Renan, que
certamente leu (“Revista Espírita” de maio
e junho de 1864), Kardec perguntou ao
Espírito Erasto qual o efeito que a mesma
teria (“Obras Póstumas”, Segunda Parte).
O nobre Espírito se pronuncia de maneira
favorável àquela publicação, embora fazendo algumas ressalvas no tocante à falta
da visão espiritual, que seria apresentada
em “O Evangelho segundo o Espiritismo”;
e encerra a sua mensagem afirmando:
“Quis Deus que um escritor, justamente
conceituado entre os homens, do ponto de
vista do talento, viesse projetar luz sobre
algumas questões obscuras e eivadas de
preconceitos seculares, a fim de predispor
os Espíritos às novas crenças. Sem o suspeitar, Renan achanou o caminho para o
Espiritismo.”
Destacamos, por fim, que as luzes do
conhecimento emanadas, há 150 anos, de
“O Evangelho segundo o Espiritismo”
ampliam e aprofundam nosso entendimento das lições de Jesus; entretanto, só
terão valor se transformarmos o conhecimento intelectual em disposição emocional ou vivencial. Esta é a tarefa que devem
realizar todos os que são abençoados pelo
seu estudo.
INTERNACIONAIS
ESTADOS UNIDOS
É esperada
para breve a nova
tradução de “O Livro dos Espíritos” em
inglês. O responsável pela iniciativa é o
Conselho Espírita dos Estados Unidos,
que no momento faz a revisão e seleção
de capa da obra, que trará um inglês mais
contemporâneo, preservando a qualidade
literária e a fidelidade do pensamento das
obras de Allan Kardec. A previsão é que
“The Spirits’ Book” saia ainda em abril.
FRANÇA
Berço de Allan
Kardec, o Codificador do Espiritismo, a França
receberá em junho
a visita do brasileiro Divaldo Pereira Franco. Na
oportunidade, o
médium e orador
espírita realizará
duas
conferências. A primeira será no dia 3 de junho, às
16h15min, com o tema “O amor universal”. Local: Hotel Ibis – 4 rue de la Fonderie – 59500 Douai. A segunda ocorrerá em
4 de junho, às 20h, tendo como tema “A
psicologia do perdão”. Local: Fiap – salle
Lisboneea – 30 rue Cabanis 75014 Paris
– Métro Glacière. Entrada: 5 euros. Detalhes, pelo e-mail [email protected].
PORTUGAL
“Mente e saúde” será o tema do seminário realizado no dia 13 de abril, domingo, pela Associação Médico-Espírita
de Portugal. O evento é voltado principalmente a profissionais da área de saúde. O
local de realização é o auditório do Ins-
3
tituto Português
da Juventude, em
Viseu, com início
previsto para as
9h e encerramento às 16h30min.
A inscrição custa
12 euros e pode
ser feita pelo telefone 232426515
ou e-mails [email protected] e asceviseu@gmail.
com.
NOTAS DA GRANDE IMPRENSA
CARIDADE
Um homem de
54 anos, chamado Mário e
que está com
um tumor no
cérebro e não
fala mais, conseguiu, há poucos dias, realizar um desejo que pode ser
o seu último: visitar o zoológico de Roterdã para dar adeus aos animais que ajudou a cuidar por 25 anos. A visita foi um
presente antecipado por seu aniversário,
comemorado agora em abril. Quem proporcionou a visita do ex-funcionário do
zoo foi a instituição holandesa “Stichting
Ambulance Wens”, dedicada a realizar os
últimos desejos de doentes terminais.
“Um momento que emocionou todas
as pessoas presentes na visita foi quando
uma das girafas se aproximou do ex-funcionário e o tocou com o focinho” – informou a reportagem “Paciente com câncer
terminal realiza último desejo de ver bichos em zoo”, divulgada pelo site G1 em
21 de março.
*
Querer ver o outro bem mesmo em sua
fase final da vida... Tudo isso é caridade,
é amor ao próximo, é sentimento cristão.
Religioso que se dedicou a socorrer os sofredores, Fabiano de Cristo (1676-1747)
sabia como era importante o estender a
mão, sobretudo aos que atravessam grandes dores. Em mensagem de sua autoria,
psicografada por Chico Xavier e incluída
no livro “Falando à Terra” (ed. FEB), o
benfeitor espiritual fala desse sentimento
tão especial. A inspiradora mensagem é
intitulada “Caridade”:
“Sem a caridade, tudo, na Terra que
povoamos, seria o caos do princípio.
A ciência ateará sempre a chama da
palavra nos lábios humanos, erguendo pedestais à inteligência; mas, sem a caridade
de Jesus, que alimenta o corpo e sustenta
a vida, debalde se levantarão púlpitos e
monumentos.
Todos os patrimônios que enriquecem
o homem foram acumulados pela graça do
Senhor, considerando o progresso em seus
alicerces profundos.
A caridade divina é tangível em toda
parte.
Caridade é o ar que respiramos, a luz
que nos aclara os caminhos, o grão que
nos supre de forças, o pano que nos envolve, a afeição que nos acalenta, o trabalho
que nos aperfeiçoa e a experiência que nos
aprimora.
O mundo inteiro é uma instituição de
amor divino, a que nos acolhemos para
amealhar a riqueza do futuro. A caridade
é a coluna central que o mantém. Sem ela,
que exprime paciência e humildade, serviço e elevação, a máquina da vida paralisaria em todas as peças. Sem ela, os santos
mofariam no paraíso e os pecadores clamariam, desesperados, no inferno; os fortes não se inclinariam para os fracos, nem
os fracos vicejariam ao contato dos fortes;
os sábios apodreceriam na estagnação, por
ausência de exercício, e os ignorantes gemeriam, condenados indefinidamente às
próprias trevas.”
E conclui o amigo espiritual:
“Recebendo as bênçãos do Céu,
através de mil vias, a cada instante da
experiência no corpo, o homem que não
aprendeu a dar, em auxílio espontâneo aos
semelhantes, é louco e infeliz.
Multipliquem-se palácios para a administração e para cultura do cérebro;
mas, enquanto a porta do coração não se
descerrar ao toque do amor fraterno, a
guerra será o vulcão espiritual do mundo,
devorando a Paz e a Vida. Descubram-se
preciosos segredos da matéria e entoem-se
cânticos de triunfo no seio das nações gloriosas da Terra; mas, enquanto o homem
não ouvir o apelo suave da caridade, para
fazer-se verdadeiro irmão do próximo, o
solo do Planeta permanecerá empestado
de vermes e encharcado de sangue dos
mártires, que continuarão tombando a serviço da divina virtude em intérmina caudal.”
LIVRO É NOTÍCIA
ALLAN KARDEC
PARA TODOS
outrina que esclarece e consola, o
Espiritismo reúne grande cabedal
de informações para os que buscam
respostas para aquelas clássicas dúvidas
que há milênios afligem o espírito humano – Quem sou? De onde vim? Para onde
vou? –, “mistérios” que o estudo da Codificação e das obras complementares pouco
a pouco irá ajudando a desvendar. Considerando, contudo, que nos dias de hoje,
de tanta pressa, nem sempre é possível
D
dispor do tempo
que se gostaria,
inclusive para o
estudo das coisas relacionadas
ao Espírito, um
livro
especialmente preparado
para agilizar esse
aprendizado pode
ser um grande
aliado. Pensando nisso, Luis Hu Rivas, colaborador da
Federação Espírita Brasileira (FEB) e do
Conselho Espírita Internacional, elaborou
uma síntese ilustrada das obras do Codificador do Espiritismo e o resultado é o
recém-lançado “Allan Kardec para todos”,
que sai com o selo e a qualidade da FEB
Editora.
“Colocamos à disposição dos nossos
irmãos espíritas este singelo trabalho, sobretudo àqueles que se iniciam no conhecimento e na prática do Espiritismo, como
um convite para que comecem a estudar
o Espiritismo. [...] Para alguns, será uma
descoberta, para outros um guia rápido de
acesso aos conteúdos doutrinários do Espiritismo, além de servir de veículo para
a perfeita compreensão do pensamento de
Allan Kardec e de sua vasta obra” – explica o autor na apresentação do livro.
Com textos curtos e em linguagem
acessível, a publicação chama a atenção também pela beleza gráfica, com fotografias e
ilustrações. Os temas são apresentados de
forma metódica e sequencial, começando
por “O Livro dos Espíritos” até chegar ao
opúsculo “O que é o Espiritismo”. A parte
final da obra traz, entre outros destaques,
uma minibiografia dos amigos espirituais
que assinam a maioria das mensagens inseridas nos livros da Codificação Espírita,
tais como Santo Agostinho, Sócrates, Paulo de Tarso e Emmanuel.
“Mas o mérito do livro não consiste
apenas em sintetizar os ensinamentos doutrinários do Espiritismo e oferecer um panorama geral aos interessados na sua leitura. Traz, também, notáveis informações
sobre a vida e a personalidade de Allan
Kardec, além de abordar outras obras menos conhecidas e não menos importantes
da lavra do Codificador do Espiritismo,
como ‘O Espiritismo na sua expressão
mais simples’, ‘Instrução prática sobre as
manifestações espíritas’ e ‘Viagem espírita em 1862’, entre outras” – acrescenta o
tradutor de livros da FEB Evandro Noleto
Bezerra, no prólogo do novo lançamento.
“Allan Kardec para todos – síntese
ilustrada das obras do Codificador do Espiritismo”, este o título completo da publicação, tem 144 páginas e 17x25cm. Pode
ser adquirida em www.feblivraria.com.
br, pelo valor promocional de R$24,00,
acrescido do frete.
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FEB E O LIVRO ESPÍRITA
Dentro de
sua missão
de divulgar o Espiritismo, a
Federação
Espírita Brasileira (FEB) tem se dedicado
com afinco também à publicação de livros
doutrinários. Desde sua criação, há 130
anos, é responsável pela edição de 567 títulos, totalizando a impressionante marca
de 44.397.400 livros publicados.
Ocupando o primeiro lugar no ranking
de obras com o selo FEB mais procuradas
está – com larga margem de vantagem –
“O Evangelho segundo o Espiritismo”, de
Allan Kardec, que agora em abril comemora 150 anos de seu lançamento. Até o
momento, 4.490.300 exemplares desta
publicação, a terceira do chamado Pentateuco Kardequiano, foram produzidas
pela FEB Editora, o que ajuda a reforçar
a importância desse livro para todos os
interessados no Evangelho à luz do Espiritismo.
Em segundo lugar no ranking vem “O
Livro dos Espíritos”, também de Kardec,
com 2.472.000 exemplares impressos. O
clássico “Nosso Lar”, do Espírito André
Luiz, psicografado por Chico Xavier,
surge em terceiro, com tiragem total de
2.107.000. A segunda obra do Codificador, “O Livro dos Médiuns”, é a quarta
colocada, com 1.277.000 exemplares. O
quinto, sexto e sétimo lugares são ocupados, respectivamente, por “A prece”
(924.000 exemplares), de Kardec; “Os
Mensageiros” (701.000) e “Missionários
da Luz” (670.500), ambos de André Luiz/
Chico Xavier.
Mas toda essa produção não é dirigida
apenas aos falantes da língua portuguesa.
Alemão, castelhano, espanhol, francês,
grego, húngaro, inglês, italiano, japonês,
russo, sueco, tcheco e esperanto são os outros idiomas em que se encontram alguns
desses 567 títulos da FEB, mas precisamente 69 deles, por enquanto. Também é
possível achar vários livros vertidos para
o sistema braille, editados com o apoio
do Grupo Espírita Emmanuel (GEEM),
de São Paulo, e da Sociedade Pró-Livro
Espírita em Braille (Spleb), do Rio de Janeiro.
E como abril é mês de comemoração
para a comunidade espírita, devido ao sesquicentenário de “O Evangelho segundo
o Espiritismo”, o SEI não poderia deixar
de informar que mais cinco obras inéditas virão se juntar a essa grande família
literária da FEB. Será durante o Congresso Espírita Brasileiro, que acontecerá nos
próximos dias 11, 12 e 13 de abril, conjuntamente nas cidades de Manaus, Campo
Grande, João Pessoa e Vitória.
Um dos pontos altos desses novos lançamentos, sobretudo por seu valor histórico, é “Imitação do Evangelho segundo o
Espiritismo”.
“A presente edição da FEB contém
a reprodução eletrônica (digitalizada) da
primeira edição francesa da ‘Imitação do
Evangelho segundo o Espiritismo’, tal
como surgiu em Paris em abril de 1864,
bem como sua tradução integral em nossa língua, a fim de que os leitores possam
conferir as diferenças existentes entre o
texto primitivo e o da terceira edição da
obra, publicada em 1866, revista, corrigida e modificada por Allan Kardec sob o
título de ‘O Evangelho segundo o Espiritismo’, versão que hoje utilizamos” – explica a direção da FEB.
Os outros quatro lançamentos serão
“O Evangelho segundo o Espiritismo,
orientações para estudo”, organizado pelo
presidente da FEB Antonio Cesar Perri de
Carvalho e sua esposa Célia Maria Rey de
Carvalho; “O Evangelho por Emmanuel:
comentários ao Evangelho segundo Mateus – volume 1”, fruto de pesquisa coordenada por Saulo César Ribeiro e que terá
sete volumes; “As leis morais na atualidade”, em que Christiano Torchi analisa
a terceira parte de “O Livro dos Espíritos”; e, por fim, o quarto e último lançamento, que, na realidade, é composto por
duas obras separadas da saudosa médium
Yvonne do Amaral Pereira. São elas “As
três revelações da Lei de Deus” e “Contos amigos”, que fecham a série de quatro livros inéditos de Yvonne, cujos dois
primeiros – “Evangelho aos simples” e “A
família espírita” – chegaram às livrarias há
poucos meses. É esperar para ver.
MOVIMENTO ESPÍRITA
ENCONTRO ESPÍRITA NA AFA
O 3o Encontro Espírita da
Academia da
Força Aérea e
Grupo Espírita
Irmão Gabriel
acontecerá nos
dias 26 e 27 de abril em Pirassununga (SP).
O evento terá como tema central “Brasil,
coração do mundo, pátria do Evangelho”.
Entre os expositores convidados estarão
Décio Iandoli Jr., Geraldo Lemos Neto,
Paula Zamp e Suely Caldas Schubert. No
sábado, as atividades irão das 13h20min
às 21h10min, e no domingo, das 7h20min
às 17h.
O local de realização é a sede da Academia da Força Aérea e a programação
completa pode ser consultada em www.
encontroespiritaafa.com.br, onde é possível também fazer a inscrição.
ESPIRITISMO EM ÁUDIO
Está em pleno funcionamento o Projeto Illuminati, para promover mais ampla
distribuição de livros espíritas e espiritualistas em áudio. A intenção é atender a
cegos e demais pessoas com deficiência
visual ou de leitura.
“A proposta consiste em comercializar CDs/MP3 pela livraria da sua Entidade. O acerto inicial pode incluir um kit
com 24 obras ou meio kit com 12, da Editora Livro Falante” – explicam, em nota,
os responsáveis.
O percentual de desconto sobre as
obras pode ser de 30% ou mais, conforme o acordado. Mais informações, com
a Central de Vendas da “Livro Falante”,
telefone (11) 3815-6057, e-mail [email protected] e página www.
illuminatiportalaudio.com.
CONGRESSO ALAGOANO
Haroldo Dutra
Dias,
Alberto Almeida e
Aline De Carli
estarão entre os
expositores do
2o Congresso
Espírita Alagoano, que acontecerá de 25
a 27 de abril. Promovido pela Federação
Espírita do Estado de Alagoas, terá como
tema central “Sob a luz do Evangelho –
Vinde a mim. Consegues ir?”. Local: Centro de Convenções de Maceió. Inscrições
e informações em www.congressoespiritaalagoano.com.br.
BRASILEIROS NA EUROPA
O casal de expositores Aloísio e Ivone
Ghiggino (RJ) cumprirá roteiro de atividades doutrinárias em solo europeu. Em
abril, na Suíça: dia 22, em Berna, abordando “Libertação pelo amor”; dia 23,
em Urtenen, “Amai os vossos inimigos”;
dia 25, em Zurique, “Compromisso com
a consciência”; dias 26 e 27, em Urtenem,
“O dirigente, o colaborador e os processos
de trabalho na Casa Espírita”; dia 28, em
Basel, “Família: mecanismo de evolução
do espírito”; dia 29, em Winterthur, “150
anos de O Evangelho segundo o Espiritismo”; e, dia 30, em Baden, “Mediunidade
ou obsessão”. Em maio, estarão em Portugal: dia 2, na Comunhão Espírita Cristã, de Lisboa, com tema livre; dia 3, na
Federação Espírita Portuguesa, também
em Lisboa, “Tempo presente, resgatando
o passado e construindo o futuro”; dia 4,
novamente na FEP, num encontro cultural
espírita. Com temas livres, no dia 5, em
Olhão; dia 6, em Albufeira; dia 7, de novo
em Olhão; dia 8, em Quarteira; dias 9 e
10 (seminário “Obsessão e desobsessão”),
em Leiria; e, dia 12, em Figueira da Foz.
Informações adicionais, pelo e-mail [email protected].

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