Manejo de Insetos e Outros Fitófagos - Sociedade Sul

Transcrição

Manejo de Insetos e Outros Fitófagos - Sociedade Sul
V CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO
XXVII REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO
Pelotas – RS
07 a 10 de agosto de 2007
ANAIS
Vol. 2
Pelotas, RS
2007
Exemplares desta edição podem ser solicitados a:
Embrapa Clima Temperado
BR 392 km 78 – Caixa Postal 403
Cep 96001-970 – Pelotas – RS
Fone: 0xx(53) 3275-8100
0xx(53) 3275-8400
E-mail: [email protected]
Editoração Eletrônica:
Sérgio Ilmar Vergara dos Santos
Oscar Castro
Fotolitos e Impressão:
Gráfica e Editora Pallotti
Tiragem:
800 exemplares
Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado (5.: 2007 : Pelotas,
RS)
Anais do V Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado; XXVII Reunião da Cultura do Arroz
Irrigado, Pelotas, 2007 / Editado por Ariano Martins de Magalhães Júnior [et al]. - Pelotas:
Embrapa Clima Temperado, 2007.
2 v.
ISBN 978-85-85941-22-2
Bioclimatologia - Fertilidade do solo - Ecofisiologia - Fitomelhoramento -Biotecnologia Fitopatologia - Práticas culturais - Arroz irrigado - Entomologia -Semente - Meio ambiente Impacto ambiental - Socioeconomia - Agroindústria -Manejo de plantas - Diversificação de
culturas I. Magalhães Júnior, A.M. II. Reunião da Cultura do Arroz Irrigado (27. : 2007 :
Pelotas, RS) III. Título
CDD: 633.18.03
ISBN 978-85-85941-22-2
SOCIEDADE SUL-BRASILEIRA DE ARROZ IRRIGADO - SOSBAI
DIRETORIA – Gestão de 2005 a 2007
Presidente
Ariano Martins de Magalhães Júnior – Embrapa Clima Temperado
Vice-Presidente
Athos Dias de Castro Gadea – IRGA
1° Secretário
André Andres – Embrapa Clima Temperado
2° Secretário
Antônio Costa de Oliveira - UFPel
1° Tesoureiro
Walkyria Bueno Scivittaro – Embrapa Clima Temperado
2° Tesoureiro
Rubens Marchaleck - EPAGRI
Conselho Fiscal
Titulares:
Algenor da Silva Gomes – Embrapa Clima Temperado
Mara Cristina Barbossa Lopes - IRGA
Ronaldir Knoblauch - EPAGRI
Suplentes:
Moacir Cardoso Elias - UFPel
Leandro Souza da Silva - UFSM
Paulo Regis Ferreira da Silva - UFRGS
Conselho Consultivo
José Alberto Noldin – EPAGRI
Maurício Miguel Fischer – IRGA
Moacir Antonio Schiocchet – EPAGRI
Ênio Marchezan - UFSM
V CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO
XXVII REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO
ARROZ IRRIGADO: AVALIANDO O PRESENTE, PENSANDO O FUTURO
COMISSÃO ORGANIZADORA:
Presidente
Ariano Martins de Magalhães Júnior – Embrapa Clima Temperado
Vice - Presidente
André Andres
1ºTesoureiro
Walkyria Bueno Scivittaro
2º Tesoureiro
Vitor Hugo Souza Porto
1º Secretário
José Alberto Petrini
2ª Secretária
Isabel Helena Vernetti Azambuja
Coordenação Institucional
Algenor da Silva Gomes
Coordenação Técnico-Científico
Paulo Ricardo Reis Fagundes
Coordenação Internacional
Júlio Centeno da Silva
Sílvio Steinmetz
Coordenação Editorial
Ariano Martins de Magalhães Júnior
Paulo Ricardo Reis Fagundes
Algenor da Silva Gomes
André Andrés
Walkyria Bueno Scivittaro
Coordenação de Exposição
Giovani Theisen
Daniel Fernandes Franco
José Francisco Martins
Coordenação de Divulgação
Apes Roberto Falcão Perera
Diná Lessa Bandeira
Sadi Macêdo Sapper
Coordenação Social
Maria Laura Turino Mattos
Marilda Pereira Porto
Ana Cristina Richter Krolow
Comissão de Apoio
Sérgio Ilmar Vergara dos Santos
Carmem Lourdes Pauletto Chemello
Ana Maria Gomes Behrensdorf
Carlos Elói Braga Ribeiro
Oscar Castro
Janete Maria Salagnac Krolow
Rui Carlos da Silva Madruga
Sérgio Antônio Rodrigues da Silva
Antônio Carlos Marques Monassa
Ana Luiza Barragana Viegas
Coordenadores das Sub-comissões Técnicas
Fitomelhoramento – Paulo Ricardo Reis Fagundes
Biotecnologia – Ariano Martins de Magalhães Júnior
Bioclimatologia – Sílvio Steinmetz
Práticas Culturais – José Alberto Petrini
Manejo de Solo e Água – Walkyria B. Scivittaro e Algenor da S. Gomes
Fitopatologia – Cley Donizetti Martins Nunes
Entomologia – José Francisco da Silva Martins
Manejo de Plantas Daninhas – André Andres
Meio Ambiente e Impacto Ambiental – Maria Laura Turino Mattos
Sementes e Agroindústrias - Daniel F. Franco e Ana Cristina Krolow
Sócio-economia – Isabel Helena Vernetti Azambuja
Diversificação de Culturas – Giovani Theisen e Júlio Centeno da Silva
Secretaria SOSBAI - Amanda Ortiz Barros
Ane Gerber Crochemore
“A Comissão Organizadora agradece as contribuições dos revisores externos na correção e
aprovação dos trabalhos técnico-científicos publicados nos Anais do V Congresso Brasileiro de
Arroz Irrigado e da XXVII Reunião da Cultura do Arroz irrigado.”
COMISSÃO DE REVISORES AD-HOC:
Fitomelhoramento
- Antônio Folgiarini de Rosso (IRGA)
- Mara Cristina Barbosa Lopes (IRGA)
- Moacir Antonio Schiocchet (EPAGRI)
Biotecnologia:
- Antonio Costa de Oliveira (UFPel)
- Oneides Avozani (IRGA)
- Rubens Marchaleck (EPAGRI)
Bioclimatologia e Ecofisiologia:
- Carlos Mariot (IRGA)
- Paulo Regis Ferreira da Silva (UFRGS)
Práticas Culturais:
- Luiz Osmar Braga Schuch (UFPel)
- Domingos Sávio Eberhardt (EPAGRI)
Fertilidade e Nutrição de Plantas:
- Leandro Souza da Silva (UFSM)
- Rogério Oliveira de Sousa (UFPel)
Fitopatologia:
- Dieter Kempf (IRGA)
- Ivan Francisco Dressler da Costa (UFSM)
Entomologia:
- Anderson Dionei Grützmacher (UFPel)
- Jaime Vargas de Oliveira (IRGA)
- Honório Francisco Prando (EPAGRI)
Manejo de Plantas Daninhas:
- Aldo Merotto (UFRGS)
- Dirceu Agostineto (UFPel)
- Jesus Juares Oliveira Pinto (UFPel)
- Sérgio L. O. Machado (UFSM)
- Valmir G. Menezes (IRGA)
Meio Ambiente e Impacto Ambiental:
- Charrid Resgala Jr. (UNIVALI)
- Vera mussoi macedo (IRGA)
Sementes e Agroindústria:
- Carlos A. Fagundes (IRGA)
- Élbio Cardoso (Embrapa/SNT)
- Moacir Cardoso Elias (UFPel)
Sócio-economia:
- Alcido Elenor Wander (CNPF)
- Irceu Agostini (EPAGRI)
- Victor Hugo Kayser (IRGA)
Diversificação de culturas:
- Cláudia Lange (IRGA)
NOTA DA COMISSÃO EDITORIAL
A comissão editorial reserva-se ao direito de eximir-se
de qualquer responsabilidade por eventuais incorreções contidas
nos resumos dos trabalhos publicados nos Anais do V
Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado/XXVII Reunião da Cultura
do Arroz irrigado, mesmo tendo ajustado algumas incorreções às
normas.
O conteúdo dos trabalhos publicados nestes Anais é de
inteira responsabilidade dos autores.
APRESENTAÇÃO
A Comissão Organizadora tem a satisfação de apresentar
os Anais do V Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado e a XXVII
Reunião da Cultura do Arroz Irrigado, que a cada ano aponta um
aumento significativo no número de trabalhos publicados, razão
pela qual, compõe-se, em 2007, de dois volumes. Constitui-se de
479 trabalhos de pesquisa recebidos de diversos estados do
Brasil e do exterior, oriundos de diversas Instituições e empresas
e que representam o esforço de profissionais e entidades ligadas
a cadeia produtiva do arroz. Nos trabalhos encaminhados para
publicação pode-se observar o avanço do desenvolvimento da
orizicultura irrigada, a inovação, a abertura de novas fronteiras do
conhecimento, visando aumentar de forma sustentável a
rentabilidade do setor, bem como suprir a demanda de consumo
do produto arroz.
Sob o tema central “Arroz Irrigado: avaliando o presente,
pensando o futuro”, espera-se que a programação apresentada
possa contribuir para a reafirmação da importância da geração e
transferência de conhecimento científico objetivando a melhoria
da qualidade de vida dos cidadãos e a manutenção da
sustentabilidade dos segmentos envolvidos no processo
produtivo.
A Comissão Organizadora agradece à SOSBAI,
promotora deste evento, à Embrapa Clima Temperado, entidade
realizadora, às entidades co-promotoras, EPAGRI, IRGA,
UFPEL, UFRGS e UFSM, aos patrocinadores, RiceTec, John
Deere, FMC, BASF, Iharabras, Bayer, Dow AgroSciences,
Bunge, Ajinomoto e BlueVille e aos apoiadores, Banco do Brasil,
CNPq, Farsul; Federarroz. e FAPEG
A realização do V Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado e
da XXVII Reunião da Cultura do Arroz Irrigado foi uma vitória de
um projeto de cooperação entre instituições e, mais
especificamente, da união de esforços em busca de um objetivo
comum. A todos que trabalharam para realização deste
Congresso, nossos cumprimentos.
Desejamos a todos uma feliz estada entre nós e que
tenhamos uma profícua semana de trabalho em Pelotas, RS.
Comissão Organizadora
SUMÁRIO
ENTOMOLOGIA
COMPATIBILIDADE DE HERBICIDAS UTILIZADOS NA CULTURA DO
ARROZ COM O FUNGO Metarhizium anisopliae, VISANDO O
CONTROLE DO PERCEVEJO-DO-COLMO DO ARROZ - Fátima T.
Rampelotti; Honório F. Prando; José F. da S. Martins; Anderson Ferreira; Fernando A.
Tcacenco e Anderson D. Grützmacher
INFLUÊNCIA DE FATORES ABIÓTICOS NA ABUNDÂNCIA E
RIQUEZA DA FAUNA DE ARANHAS NA LAVOURA DE ARROZ
IRRIGADO E ÁREAS ADJACENTES - Everton N. L. Rodrigues e Milton de S.
Mendonça Jr
EFEITO DE DOSES DE INSETICIDAS APLICADAS ÀS SEMENTES DE
ARROZ NO CONTROLE DO GORGULHO-AQUÁTICO Oryzophagus
oryzae - José Francisco da Silva Martins; Uemerson Silva da Cunha; Anderson Dionei
Grützmacher; Maria Laura Turino Mattos; Márcio Bartz das Neves; Wagner da Roza Härter;
Calisc de Oliveira Trecha; Edson de Oliveira Jardim e Luiz Felipe Thomaz
POTENCIAL DE INSETICIDAS DERIVADOS DE NIM PARA
CONTROLE DO GORGULHO-AQUÁTICO Oryzophagus oryzae E
APLICAÇÃO EM SISTEMAS SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO DE
ARROZ - Uemerson Silva da Cunha; José Francisco da Silva Martins; Anderson Dionei
Grützmacher; Maria Laura Turino Mattos; Paulo César Bogorni; Márcio Bartz das Neves;
Edson de Oliveira Jardim; Calisc de Oliveira Trecha
DIAGNÓSTICO DAS PRAGAS DO ARROZ EM ASSENTAMENTOS DO
INCRA EM FORMOSO DO ARAGUAIA, TO - Dino M. Soares; José Alexandre F.
Barrigossi; Michael Thung; Carlos M. Santiago; Francismar R. Gama; Evaldo C. Martins
COLONIZAÇÃO DE ARROZ E DE LAGARTAS DE Spodoptera
frugiperda POR BACTÉRIA ENDOFÍTICA GENETICAMENTE
MODIFICADA - Fátima T. Rampelotti; Anderson Ferreira Paulo T. Lacava; José Djair
Vendramim; Welington L. Araújo; João Lúcio de Azevedo
DIVERSIDADE E SIMILARIDADE DE ARANHAS EM LAVOURA DE
ARROZ IRRIGADO COM UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES INSETICIDAS
EM CACHOEIRA DO SUL, RS - Everton N.L. Rodrigues; Milton de S. Mendonça Jr.;
Jaime V. de Oliveira; Erica H. Buckup; Maria A.L. Marques; Lídia M. Fiúza; Eduardo Amilibia;
José P. de Freitas; Jaceguay I. de Barros; Jorge L. Cremonese
PARASITISMO SOBRE POSTURAS DO PERCEVEJO-DO-COLMO-DOARROZ EM SANTA CATARINA, BRASIL - Cinei Teresinha Riffel; Honório
Francisco Prando; Mari Inês Carissimi Boff
ASPECTOS BIOLÓGICOS DO PARASITÓIDE Telenomus podisi
ASHMEAD EM OVOS DO PERCEVEJO-DO-COLMO Tibraca
limbativentris (STAL) (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) - Cinei Teresinha
Riffel; Honório Francisco Prando; Mari Inês Carissimi Boff
ESTUDO DO PERÍODO RESIDUAL DE STANDAK 250 FS (FIPRONIL)
NO CONTROLE DA BICHEIRA-DA-RAÍZ EM ARROZ IRRIGADO Honório Francisco Prando; Cinei Teresinha Riffel e Fátima Teresinha Rampelotti
AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE GENÓTIPOS DE ARROZ
IRRIGADO EM SISTEMA PRÉ-GERMINADO, COM E SEM
TRATAMENTO DE SEMENTES PARA CONTROLE DO Oryzophagus
oryzae - Honório Francisco Prando; Rubens Marschalek, Henri Stuker, Jaqueline Nogueira
Muniz, Khadine Thatiane
EFEITO DE Aspergillus flavus SOBRE Oebalus poecilus
(HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) - Juliana da Silva Beringer; Solange Zimmer;
Jaime Vargas de Oliveira; Raquel de Castilhos-Fortes
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS A PARTIR DE Tibraca
limbativentris (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) - Juliana S. Beringer; Solange
Zimmer; Carine Cristina Tavares de Souza; Jaime Vargas de Oliveira; Raquel de CastilhosFortes
FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS NO CONTROLE DO PERCEVEJO
Tibraca
limbativentris
(HEMIPTERA:
PENTATOMIDAE)
NA
HIBERNAÇÃO EM ARROZ IRRIGADO - Jaime Vargas de Oliveira; Lídia M. Fiúza;
Raquel de Castilhos-Fortes; Gilberto M. Dotto; Eduardo Amilibia
AVALIAÇÃO DE INSETICIDAS NO CONTROLE DE ADULTOS DE
Oryzophagus oryzae (COL; CURCULIONIDAE) EM ARROZ IRRIGADO
- Jaime Vargas de Oliveira; Eduardo Amilibia
CONTROLE QUÍMICO DE LARVAS DE Ochetina uniformis
(COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) EM ARROZ IRRIGADO - Jaime
Vargas de Oliveira; Gilberto M. Dotto; José Luis R. dos Santos
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE ALGUNS INSETICIDAS NO
CONTROLE DA BICHEIRA DA RAÍZ NA SAFRA 2000/2001 EM
URUGUAIANA - João Batista Beltrão Marques; Jaime Vargas Oliveira; Maria Benta
Cassetari; Jorge Antônio Molinari Flores; Ígor Sotal Sauceda
TOXICIDADE
DE
Cry1Ba,
SINTETIZADA
POR
BACILLUS
THURINGIENSIS CEPA 4412, À SPODOPTERA FRUGIPERDA
(LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) - Laura Massochin Nunes Pinto; Andréa Roveré
Franz; José Luís Rosa dos Santos; Jaime Vargas de Oliveira; Lidia Mariana Fiúza
PATOGENICIDADE DE BACILLUS THURINGIENSIS THURINGIENSIS
AOS
ADULTOS
DE
OEBALUS
POECILUS
(HEMIPTERA:
PENTATOMIDAE) – Laura Massochin Nunes Pinto; Juliana da Silva Beringer; José Luís
Rosa dos Santos; Jaime Vargas de Oliveira; Lidia Mariana Fiuza
PERFIL
PROTÉICO
E
PATOGENICIDADE
DE
BACILLUS
THURINGIENSIS CEPA T33001 A INSETOS PRAGAS ORIZÍCOLAS Marciele Pandolfo; Jaime Vargas de Oliveira; José Luis Rosa dos Santos Jean-François
Charles; Lídia Mariana Fiúza
EFEITO LETAL DAS PROTEÍNAS Cry1Ab e Cry1Ac DE Bacillus
thuringiensis
ÀS
LAGARTAS
DE
Spodoptera
frugiperda
(LEPIDOPTERA, NOCTUIDAE). - Neiva Knaak; Andréa Rovere Franz; Jaime Vargas
de Oliveira; Lídia Mariana
ídia
CONTROLE QUÍMICO DE LARVAS DA BICHEIRA-DA-RAIZ
Oryzophagus oryzae (COLEOPTERA: CURCULIONIDADE) EM
ARROZ IRRIGADO - Eduardo Amilibia, Jaime Vargas de Oliveira
EFICIÊNCIA DE CURBIX 200 SC, EM DUAS ÉPOCAS DE APLICAÇÃO
NO CONTROLE DE Oryzophagus oryzae (COLEOPTERA;
CURCULIONIDAE), EM ARROZ IRRIGADO - Jonas André Arnemann; Jerson
Vanderlei Carús Guedes; Ervandil Corrêa Costa; Jorge Antonio Silveira França; Sandro Borba
Possebon; Angelita Sangoi Martins; Élder Dal Pra
CONTROLE QUÍMICO DE Ochetina uniformis (PASCOE, 1881)
(Coleoptera, Erirhinidae), ATRAVÉS DE INSETICIDAS APLICADOS
NO TRATAMENTO DE SEMENTES E NA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA
CULTURA DO ARROZ - Sandro Borba Possebon; Jerson Vanderlei Carús Guedes;
Ervandil Corrêa Costa; Fábio karlec; Luciano Pizzuti
DANOS DE Ochetina uniformis (PASCOE, 1881) (Coleoptera,
Erirhinidae, Erirhininae) EM COLMOS DE PLANTAS DE ARROZ
IRRIGADO - Sandro Borba Possebon; Jerson Vanderlei Carús Guedes; Ervandil Corrêa
Costa; Luciano Pizzuti; Jonas André Arnemann
EFICIÊNCIA DO INSETICIDA ETHIPROLE (CURBIX 200 SC) EM
PULVERIZAÇÃO FOLIAR NO CONTROLE DA BICHEIRA-DA-RAIZ
Oryzophagus oryzae (COSTA LIMA, 1936) (COLEOPTERA:
CURCULIONIDAE) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Anderson
Dionei Grützmacher; Douglas Daniel Grützmacher; Rodrigo Roman; Jonas Alex Finatto; Murilo
Damé Fonseca Paschoal; Rafael Antonio Pasini
IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR E HIBRIDIZAÇÃO EM ENTRE OS
BIOTIPOS DE Spodoptera frugiperda - Vilmar Machado; Milena Wunder;
Vanessa D. Baldisera; Jaime V. Oliveira; Lidia M. Fiúza
NIVEL DE INFESTAÇÃO DE Tibraca limbativentris NA COLHEITA DO
ARROZ IRRIGADO, SAFRA 2005/06. - Dionísio Link, Fabio Moreira Link e Juliano
Perlin de Ramos
DISPERSÃO DE Tibraca limbativentris EM DUAS LAVOURAS DE
ARROZ, EM SANTA MARIA, RS, SAFRA 2006/07 - Fábio Moreira Link,
Dionísio Link e Juliano Perlin de Ramos
SELETIVIDADE DE ALGUNS INSETICIDAS NA POPULAÇÃO DE
ARANHAS EM ARROZ IRRIGADO - Jaime Vargas de Oliveira; Erica H. Buckup;
Everton N. L. Rodrigues; Maria Aparecida de L. Marques; Milton Mendonça Jr; Lídia M. Fiuza;
Valmir G. Menezes; Eduardo Amilibia; Jose Patrício de Freitas; Jaceguay I. de Barros; Jorge L.
Cremonese
EFICIÊNCIA DE DIFERENTES INSETICIDAS NO CONTROLE DA
LAGARTA-DA-FOLHA Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH, 1797)
(LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO Anderson Dionei Grützmacher; Douglas Daniel Grützmacher; Murilo Damé Fonseca Paschoal;
Rodrigo Roman; Jonas Alex Finatto
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS
PERÍODOS DE COMPETIÇÃO DE CAPIM-ARROZ (Echinochloa spp.)
NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Dirceu Agostinetto; Leandro Galon;
Siumar P. Tironi; Jesus J. O. Pinto; Rodrigo Neves
COMPETITIVIDADE DE CULTIVAR DE ARROZ COM GENÓTIPO
SIMULADOR DE ARROZ-VERMELHO EM FUNÇÃO DE ÉPOCAS
RELATIVAS DE EMERGÊNCIA - Dirceu Agostinetto; Nilson Gilberto Fleck; Carlos
Eduardo Schaedler; Rubia Piesanti
COMPETITIVIDADE DE CULTIVAR DE ARROZ COM BIÓTIPO DE
ARROZ-VERMELHO EM FUNÇÃO DE ÉPOCAS RELATIVAS DE
EMERGÊNCIA - Dirceu Agostinetto; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler
CONTROLE
DE
ARROZ-VERMELHO
COM
O
HERBICIDA
NICOSULFURON OU A MISTURA FORMULADA DE IMAZETHAPYR +
IMAZAPIC - Lisiane Camponogara Fontana; Dirceu Agostinetto; Jesus Juarez Oliveira
Pinto; Rubia Piesanti Rigoli; Silvia de Souza Figueredo; Mariane Rosenthal; Webster, E.P.;
Masson, J.A
IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE RESIDUAL, ATRAVÉS DE
BIOENSAIO DA MISTURA HERBICIDA (IMAZAPIC + IMAZETHAPYR)
EM ÁGUA, PARA A CULTURA DO SORGO, RABANETE E PEPINO Mariane D’Avila Rosenthal; Jesus Juares Oliveira Pinto; Camila Ferreira de Pinho; Frederico
Bartz de Menezes; Leonard Bonilha Piveta; Rodolfo Rocha Richter; Antonio Donida
BIOENSAIOS
PARA
DIAGNÓSTICO
DA
RESISTÊNCIA
A
HERBICIDAS INIBIDORES DA ENZIMA ALS EM CULTIVARES DE
ARROZ - Ana Carolina Roso; Aldo Merotto Junior; Carla Andréa Delatorre
EFEITO DO ÓLEO VEGETAL AGR’ÓLEO E DO VOLUME DE CALDA
NA EFICIÊNCIA DE HERBICIDAS APLICADOS POR VIA AÉREA EM
ARROZ - Eugenio Passos Schröder
IDENTIFICAÇÃO DE LOCAIS COM POPULAÇÕES DE Sagitaria
montevidensis RESISTENTES AOS HERBICIDAS INIBIDORES DA
ALS EM SANTA CATARINA - Gabriela F. Pinheiro; José Alberto Noldin; Domingos
Sávio Eberhardt; Janaína M. Rodrigues; Leonardo C. Malburg
MANEJO DO SOLO E RESIDUAL DA MISTURA FORMULADA DOS
HERBICIDAS IMAZETHAPYR E IMAZAPIC EM ARROZ NÃO
TOLERANTE - Alejandro F. Kraemer; Enio Marchesan; Mara Grohs; Jefferson T.
Fontoura; Paulo F. S. Massoni; Sérgio L. O. Machado; Luis A. Ávila
SUSCETIBILIDADE DIFERENCIAL DE TRÊS ESPÉCIES
ANGIQUINHO (Aeschynomene spp.) AO HERBICIDA ONLY® -
DE
Carlos
Alberto Lazaroto; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler; Fausto Borges Ferreira
COMPETITIVIDADE ENTRE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO E
BIÓTIPO DE ARROZ-VERMELHO. 2. UTILIZAÇÃO DE VARIÁVEIS
RELATIVAS - Dirceu Agostinetto; Nilson Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler;
Leandro Galon .
ANÁLISE DE CRESCIMENTO DE BIÓTIPOS DE CAPIM-ARROZ
RESISTENTE E SUSCETÍVEL AO QUINCLORAC - Germani Concenço;
Alexandre Ferreira da Silva; Evander Alves Ferreira; Marcelo Rodrigues Reis; Antônio Alberto
da Silva; Francisco Affonso Ferreira; José Alberto Noldin
CRESCIMENTO DE COLMOS E FOLHAS DE CAPIM-ARROZ
RESISTENTE E SUSCETÍVEL AO QUINCLORAC SOB COMPETIÇÃO Germani Concenço; Ignacio Aspiazú; Evander Alves Ferreira; Marcelo R. Reis; Francisco
Affonso Ferreira; Antônio Alberto da Silva
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE RAÍZES DE BIÓTIPOS DE
CAPIM-ARROZ EM FUNÇÃO DA INTENSIDADE DE COMPETIÇÃO Germani Concenço; Evander Alves Ferreira; Alexandre Ferreira. da Silva; Ignacio Aspiazú;
Francisco Affonso Ferreira; Antônio Alberto da Silva
POTENCIAL COMPETITIVO DE BIÓTIPOS DE CAPIM-ARROZ
RESISTENTE E SUSCETÍVEL AO QUINCLORAC - Germani Concenço;
Alexandre Ferreira da Silva; Evander Alves Ferreira; Ignacio Aspiazú; Marcelo Rodrigues Reis;
Antônio Alberto da Silva; Francisco Affonso Ferreira; José Alberto Noldin
TOLERÂNCIA DE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO AO
HERBICIDA NICOSULFURON OU A MISTURA FORMULADA DE
IMAZETHAPYR + IMAZAPIC. I - ESTÁDIO V2 - Lisiane Camponogara Fontana;
Dirceu Agostinetto; Jesus Juarez Oliveira Pinto; Silvia de Souza Figueredo; Rubia Piesanti
Rigoli; Mariane Rosenthal
TOLERÂNCIA DE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO AO
HERBICIDA NICOSULFURON OU A MISTURA FORMULADA DE
IMAZETHAPYR + IMAZAPIC. II - ESTÁDIO V4 - Lisiane Camponogara
Fontana; Dirceu Agostinetto; Jesus Juarez Oliveira Pinto; Rubia Piesanti Rigoli; Silvia de Souza
Figueredo; Mariane Rosenthal
ESTIMATIVAS DAS PERDAS DE PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DE
CULTIVARES DE ARROZ PELA INTERFERÊNCIA DO CAPIM-ARROZ
- Leandro Galon; Dirceu Agostinetto; Pedro V. D. de Moraes; Taísa Dal Magro; Siumar P.
Tironi; Gerson K. Vignolo
NÍVEIS DE DANO ECONÔMICO PARA DECISÃO DE CONTROLE EM
FUNÇÃO DE POPULAÇÕES DE CAPIM-ARROZ E ÉPOCAS DE
ENTRADA DE ÁGUA NA LAVOURA - Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Siumar
P. Tironi; Daniel L. Freitas; Luís E. Panozzo; Randal R. Brandolt
NÍVEIS DE DANO ECONÔMICO PARA DECISÃO DE CONTROLE EM
FUNÇÃO DE POPULAÇÕES DE CAPIM-ARROZ E CULTIVARES DE
ARROZ IRRIGADO - Leandro Galon; Dirceu Agostinetto; Luís E. Panozzo; Gerson K.
Vignolo; Léo S. dos Santos; Glauco F. Almeida
INFLUÊNCIA DE ÉPOCAS DE IRRIGAÇÃO NA INTERFERÊNCIA DO
CAPIM-ARROZ COM A CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Dirceu
Agostinetto; Leandro Galon; Pedro V. D. Moraes; Taísa Dal Magro; Siumar P. Tironi; Randau
R. Brandolt
EFICIÊNCIA DO HERBICIDA PYRIBENZOXIM NO CONTROLE DE
Echinochloa crusgalli, Echinochloa colonum e Cyperus ferax NA
CULTURA DO ARROZ IRRIGADO (Oryza sativa L.) - Rodrigo Alff Gonçalves;
Olavo Gabriel Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; José Antonio Annes Marinho; Luiz Felipe
Thomas; Ana Paula Estevo; Graciela Castilhos
EFICIÊNCIA DO HERBICIDA PYRIBENZOXIM, APLICADO EM
PULVERIZAÇÃO, NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NO
SISTEMA DE CULTIVO DE ARROZ PRÉ-GERMINADO - Rodrigo Alff
Gonçalves; Olavo Gabriel Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; José Antonio Annes Marinho;
Luiz Felipe Thomas; Ana Paula Estevo; Graciela Castilhos
EFICIÊNCIA DE HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS-EMERGÊNCIA
INICIAL NO CONTROLE DE Hymenachne amplexicaulis E DE
Echinochloa crusgalli EM ARROZ IRRIGADO - Rodrigo Alff Gonçalves; Olavo
Gabriel Santi; Fernando Borges Santiago; Fernando Luis Perini; Ana Paula Estevo; Graciela
Castilhos; Danie Martini Sanchotene; Rafael Friguetto Mezzomo
IDENTIFICAÇÃO DE ECÓTIPOS DE Cyperus difformis RESISTENTES
AOS HERBICIDAS INIBIDORES DA ACETOLACTATO SINTASE (ALS)
EM SANTA CATARINA - Sônia Andrade, José Alberto Noldin, Gabriela Fabiane
Pinheiro, Domingos Sávio Eberhardt
DIETHOLATE PERMITE AUMENTAR A DOSE DE CLOMAZONE
SOBRE A CULTIVAR BR IRGA 417 - Alencar Zanon Junior; Graziane Vargas;
Murilo Comassetto Queiroz; André Trevisan de Souza; Nelson D. Kruse
INFLUÊNCIA DO HERBICIDA PENOXSULAM NO CRESCIMENTO DO
SISTEMA RADICULAR DE PLANTAS DE ARROZ (Oryza sativa) –
Mauricio dos Santos; Germani Conçenço; André Andrés; Jorge Rieffel Filho; Jean Vilella;
Carlos Nachtigall Garcia; Nei Fernandes Lopes
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS EM BIÓTIPOS RESISTENTES DE
Cyperus
difformis
PELA
UTILIZAÇÃO
DE
HERBICIDAS
ALTERNATIVOS - Taísa Dal Magro; Dirceu Agostinetto; Leandro Vargas; José Alberto
Noldin
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM ARROZ IRRIGADO COM
USO DE GAMIT COM PERMIT – Eduardo Amilibia; Carlos Henrique Paim Mariot;
Valmir Gaedke Menezes; Héctor Vicente Ramirez; Luiz Felipe Thoma
CONTROLE QUÍMICO DA GRAMA-BOIADEIRA NA CULTURA DO
ARROZ IRRIGADO – Eduardo Pinto Amilibia, Valmir Gaedke Menezes, Carlos Henrique
Paim Mariot, Ricardo Luiz da Silva Herzog
CONTROLE DE ARROZ VERMELHO EM ARROZ TOLERANTE A
IMIDAZOLINONAS E O RESIDUAL EM GENÓTIPO DE ARROZ NÃO
TOLERANTE – Paulo Fabrício Sachet Massoni; Enio Marchesan; Silvio Carlos Cazarotto
Villa; Mara Grohs; Jefferson Tolfo da Fontoura; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Luis Antonio
de láud
BANCO DE SEMENTES DE ARROZ VERMELHO COM USO DO
SISTEMA CLEARFIELD® - Mara Grohs; Enio Marchesan; Paulo Fabrício Sachet
Massoni; Cláudio Glier; Luis Antonio de Ávila
COMPATIBILIDADE ENTRE BASAGRAN E OUTROS HERBICIDAS
UTILIZADOS NA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Domingos Sávio
Eberhardt; José Alberto Noldin
CONTROLE DE ANGIQUINHO (Aeschynomene spp.) PELA
APLICAÇÃO DE IMAZETHAPYR E/OU ETHOXYSULFURON - Luís E.
Panozzo; Dirceu Agostinetto; Camila P. Tarouco; Claudia de Oliveira; José M. Betemps Vaz
Silva; Catarine Markus; Ezequiel de Oliveira
EFEITO DO HERBICIDA PENOXSULAM COM ADIÇÃO DE
DIFERENTES ADJUVANTES NO CONTROLE DE ANGIQUINHO
(Aeschynomene indica) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Luís
Eduardo Panozzo; Rogério Silva Rubin; Rodrigo Neves
INFLUÊNCIA DE ÉPOCAS DE APLICAÇÃO E DOSES DO HERBICIDA
PENOXSULAM E ÉPOCAS DE INÍCIO DA IRRIGAÇÃO NO CONTROLE
DE Cyperus esculentus - Luís Eduardo Panozzo; Dirceu Agostinetto; Leandro Galon;
Taísa Dal Magro; Jesus Juarez Oliveira Pinto; Rodrigo Neves
CONTROLE DE CAPIM-ARROZ EM FUNÇÃO DE ÉPOCAS DE
APLICAÇÃO E DOSES DO HERBICIDA PENOXSULAM E ÉPOCAS DE
ENTRADA DE ÁGUA - Luís Eduardo Panozzo; Dirceu Agostinetto; Leandro Galon;
Pedro Valério Dutra Moraes; Léo Silva dos Santos; Gerson Kleinick Vignolo
HABILIDADE COMPETITIVA DE CULTIVARES DE ARROZ COM
ANGIQUINHO (AESCHYNOMENE DENTICULATA) - Nilson Gilberto Fleck;
Fausto Borges Ferreira; Carlos Eduardo Schaedler; Valmir Gaedke Menezes
ÉPOCAS DO INÍCIO DA IRRIGAÇÃO E DA ADUBAÇÃO
NITROGENADA EM ARROZ IRRIGADO PARA MANEJO DE
ANGIQUINHO (Aeschynomene denticulata) - Fausto Borges Ferreira; Nilson
Gilberto Fleck; Carlos Eduardo Schaedler; Valmir Gaedke Menezes
COMPETIÇÃO DE ANGIQUINHO (Aeschynomene denticulata) COM
ARROZ IRRIGADO EM RESPOSTA À ÉPOCA DE ADUBAÇÃO
NITROGENADA - Fausto Borges Ferreira; Nilson Gilberto Fleck; Valmir Gaedke
Menezes; Hector Ramirez
ÉPOCA E MODO DE APLICAÇÃO DO HERBICIDA CLOMAZONE NO
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS E SELETIVIDADE À CULTURA
DO ARROZ IRRIGADO - Siumar P. Tironi; Dirceu Agostinetto; Leandro Galon; Vinicius
J. de Moraes
DOSES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DO HERBICIDA ONLY® EM
DUAS CULTIVARES DE ARROZ TOLERANTE AS IMIDAZOLINONAS Gustavo Mack Telo; Enio Marchesan; Silvio Carlos Cazarotto Villa; Rafael Bruck Ferreira;
Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Luis Antonio de Ávila
AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE TIRIRICA (Cyperus esculentus L.)
COM HERBICIDAS NA CULTURA DO ARROZ - Fernando Borges Santiago;
Rodrigo Alff Gonçalves; Olavo Gabriel Santi; Ana Paula Estevo; Sylvio Henrique Bidel
Dornelles
EFICIÊNCIA DO HERBICIDA NOMINEE ISOLADO E EM ASSOCIAÇÃO
COM COMMENCE, APLICADOS EM PÓS-EMERGÊNCIA INICIAL NO
CONTROLE DE Panicum dichotomiflorum EM ARROZ IRRIGADO Fernando Borges Santiago; Fernando Luis Perini
EFICIÊNCIA DO HERBICIDA PYRIBENZOXIM NO CONTROLE DE
Echinochloa crusgalli, Aeschynomene denticulata E Cyperus iria. Olavo Gabriel Rossato Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; José Antonio Annes Marinho;
Luiz Felipe Thomas; Rodrigo Alff Gonçalves; Ana Paula Estevo; Graciela Castilhos; Rafael
Friguetto Mezzomo
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE CULTIVARES DE ARROZ (Oryza
sativa L.) RESISTENTES A HERBICIDAS INIBIDORES DA ENZIMA
ALS - Merotto Jr., A.; Kalsing, A.; Roso, A.C.; Matzenbacher, F.O.; Francesqueit, D.V.
CROSS-RESISTANCE TO ALL ALS-INHIBITING HERBICIDE GROUPS
AND PHYLOGENETIC RELATIONSHIP OF ALS GENE IN Cyperus
difformis L. - Aldo Merotto Jr; Marie Jasieniuk; Albert J. Fische
ALTERNATIVAS DE UTILIZAÇÃO DE ÁREAS DE ARROZ IRRIGADO
APÓS O USO DO SISTEMA CLEARFIELD® - Luis Antonio de Ávila; Gustavo
Mack Telo; Enio Marchesan; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Rafael Bruck Ferreira; Getúlio
Rigão Filho
EFEITO RESIDUAL DA MISTURA FORMULADA DE IMAZETHAPYR
COM IMAZAPIC EM GENÓTIPO DE ARROZ NÃO TOLERANTE,
SEMEADO 371 E 705 DIAS APÓS A APLICAÇÃO - Enio Marchesan; Mara
Grohs; Fernando Machado dos Santos; Paulo Fabrício Sachet Massoni; Alejandro Fausto
Kraemer; Gustavo Mack Telo; Luis Antonio de Ávila; Sérgio Luiz de Oliveira Machado
COMPETITIVIDADE DE Heteranthera reniformis COM ARROZ
IRRIGADO, SISTEMA PRÉ-GERMINADO - Domingos Sávio Eberhardt; José
Alberto Noldin; Henri Stuker
RESIDUAL DA MISTURA FORMULADA DOS HERBICIDAS
IMAZETHAPYR E IMAZAPIC EM ÁREA COM CULTIVO SUCESSIVO
DE ARROZ IRRIGADO - Enio Marchesan; Gustavo Mack Telo; Rafael Bruck Ferreira;
Paulo Fabrício Sachet Massoni; Alejandro Fausto Kraemer; Sérgio Luiz de Oliveira Machado;
Luis Antonio de Ávila
CONTROLE DE ANGIQUINHO NO SISTEMA CLEARFIELD® DE
PRODUÇÃO DE ARROZ IRRIGADO - Valmir Gaedke Menezes; Carlos Henrique
Paim Mariot
COMPORTAMENTO DA CULTURA DO SORGO GRANÍFERO
(Sorghum bicolor), cv BR 304, SEMEADO EM ROTAÇÃO COM O
ARROZ CLEARFIELD® - Jesus Juares Oliveira Pinto; José Alberto Noldin; Mariane
D’Avila Rosenthal; Leonard Bonilha Piveta; Camila Ferreira de Pinho
EFEITO DO PH NA MOBILIDADE DA MISTURA HERBICIDA IMAZAPIC
+ IMAZETHAPYR NO PERFIL DE UM PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO
EUTRÓFICO SOLÓDICO - Jesus Juares Oliveira Pinto; Mariane D’Avila Rosenthal;
José Alberto Noldin; Antonio Donida; Glauco Foster Almeida; Camila Ferreira de Pinho;
Leonard Bonilha Piveta
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE RESIDUAL EM SOLO DA MISTURA
FORMULADA COM OS HERBICIDAS IMAZAPIC + IMAZETHAPYR,
PARA A CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, CULTIVAR IRGA 417 Jesus Juares Oliveira Pinto; José Alberto Noldin; Mariane D’Avila Rosenthal; Rodolfo Rocha
Richter; Frederico Bartz de Menezes; Leonard Bonilha Piveta; Camila Ferreira de Pinho
EFEITO DA ATIVIDADE DO HERBICIDA IMAZAPIC+IMAZETHAPYR
NA CULTURA DO AZEVÉM (Lolium multiflorum) SEMEADO EM
SUCESSÃO A CULTURA DO ARROZ CLEARFIELD® - Jesus Juares Oliveira
Pinto; José Alberto Noldin; Mariane D’Avila Rosenthal; Camila Ferreira de Pinho; Glauco
Foster Almeida; Antonio Donida
ÉPOCAS DE CONTROLE DE ANGIQUINHO EM ARROZ IRRIGADO O
André Andres; Giovani Theisen; Jorge Rieffel F ; Douglas Hoffman; Germano
Butow; Paulo di Primio
CONTROLE QUÍMICO DE ANGIQUINHO NO SISTEMA CLEARFIELD André Andres; Giovani Theisen; Douglas A Hoffman; Germano T. Büttow; Jorge Rieffel F°;
Paulo di Primio; Daniela Schossler; Leandro Pasqualli
EFICIÊNCIA DO HERBICIDA PYRIBENZOXIM, APLICADO EM
PULVERIZAÇÃO NO SISTEMA DE CULTIVO PRÉ-GERMINADO - Olavo
Gabriel Rossato Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; José Antonio Annes Marinho; Luiz
Felipe Thomas; Rodrigo Alff Gonçalves; Ana Paula Estevo; Graciela Castilhos; Danie Martini
Sanchotene
COMPETITIVIDADE ENTRE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO E
BIÓTIPO DE ARROZ-VERMELHO. 1. UTILIZAÇÃO DE VARIÁVEIS
MORFOLÓGICAS - Nilson Gilberto Fleck; Dirceu Agostinetto; Carlos Eduardo Schaedler;
Leandro Galon
PERÍODOS DE COMPETIÇÃO DE CAPIM-ARROZ (Echinochloa spp.)
NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Dirceu Agostinetto; Leandro Galon;
Siumar P. Tironi; Jesus J. O. Pinto; Rodrigo Neves
CONTROLE DE ESCAPES DE ARROZ-VERMELHO NO SISTEMA DE
PRODUÇÃO CLEARFIELD NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO Valmir Gaedke Menezes; Carlos Mariot; Ricardo Herzog; Rodrigo Shoenfeld; Eduardo Amilíbia
RENDIMENTO DE GRÃOS DA CULTIVAR PUITÁ EM FUNÇÃO DA
ASPERSÃO DE IMAZAMOX APLICADO EM DIFERENTES ESTÁDIOS
DE DESENVOLVIMENTO - Valmir Gaedke Menezes; Carlos Mariot; Ricardo Herzog;
Rodrigo Shoenfeld; Eduardo Amilíbia
EFICIÊNCIA DO HERBICIDA IR 5878 WG NO CONTROLE DE
Fimbristylis miliacea NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Olavo
Gabriel Rossato Santi; Sylvio Henrique Bidel Dornelles; Rodrigo Alff Gonçalves; Ana Paula
Estevo; Graciela Castilhos; Danie Martini Sanchotene
SUSCETIBILIDADE DE TRÊS ESPÉCIES DE ANGIQUINHO
(Aeschynomene spp.) A HERBICIDAS DE USO EM PÓSEMERGÊNCIA EM ARROZ IRRIGADO - Carlos Eduardo Schaedler; Nilson
Gilberto Fleck; Carlos Alberto Lazaroto; Fausto Borges Ferreira
REDUÇÃO NA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS EM FUNÇÃO DA ÉPOCA
DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ARROZ
IRRIGADO - Carlos Henrique Paim Mariot; Valmir Gaedke Menezes; Héctor Vicente
Ramírez; Rodrigo Neves
CONTROLE DE Digitaria ciliares E DE Alternanthera philoxeroides
PELA APLICAÇÃO DO HERBICIDA NOMINEE ISOLADO E EM
ASSOCIAÇÃO COM COMMENCE NA CULTURA DO ARROZ
IRRIGADO - Fernando Luis Perini; Fernando Borges Santiago
CRESCIMENTO DE ARROZ E CAPIM-ARROZ EM FUNÇÃO DE NÍVEIS
DE UMIDADE DO SOLO - Mauricio dos Santos, Germani Conçenço, André
Andres, Jorge Rieffel Filho, Jean Vilella, Carlos Nachtigall Garcia, Nei Fernandes
Lopes
MEIO AMBIENTE E IMPACTO AMBIENTAL
ASSEMBLÉIAS DE ANFÍBIOS EM ARROZAIS DA PLANÍCIE
COSTEIRA DO SUL DO BRASIL, MOSTARDAS, RIO GRANDE DO
SUL, DADOS PRELIMINARES - Iberê Farina Machado; Aline Regina Gomes Moraes
Lace; Leonardo Felipe Bairos Moreira; Leonardo Maltchick; Demétrio Guadagnim
DIVERSIDADE
DE
TURBELÁRIOS
DULCIAQÜÍCOLAS
(PLATYHELMINTHES) EM ÁREAS DE CULTIVO DE ARROZ
IRRIGADO NO RIO GRANDE DO SUL - Dioneia Conceição da Vara; Ana M. LealZanchet; Demétrio L. Guadagnin
CONSERVAÇÃO DE AVES AQUÁTICAS EM ARROZAIS -
Demétrio Luis
Guadagnin; Ângela Schmitz Peter; Leonardo Maltchik
MACRÓFITAS AQUÁTICAS DE UM CANAL DE IRRIGAÇÃO DE
LAVOURA DE ARROZ DA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO
SUL - Taís Lacerda; Ana Silvia Rolon; Leonardo Maltchik
DINÂMICA DA COMUNIDADE DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM
UMA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO DA PLANÍCIE COSTEIRA DO
RIO GRANDE DO SUL - Ana Silvia Rolon; Taís Lacerda; Leonardo Maltchik
DINÂMICA DE MACROINVERTEBRADOS EM UMA LAVOURA DE
ARROZ IRRIGADO NA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO
SUL, BRASIL - Cristina Stenert, Roberta Cozer Bacca, Carolina Mostardeiro, Tiago
Dexheimer, Leonardo Maltchik
ATIVIDADE RESIDUAL DE HERBICIDAS DO GRUPO QUÍMICO DAS
IMIDAZOLINONAS EM DOIS TIPOS DE SOLO EM ARROZ IRRIGADO,
SISTEMA PRÉ-GERMINADO - José Alberto Noldin; Domingos Sávio Eberhardt;
Leonardo C. Malburg; Gabriela F. Pinheiro; Janaina M. Rodrigues
TOXICIDADE AGUDA DOS PRINCIPAIS HERBICIDAS E INSETICIDAS
UTILIZADOS NA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO SOBRE A
BACTÉRIA VIBRIO FISCHERI - Fernanda Poleza; Rafael Camargo Souza Leonardo
Rubi Rörig; Cesar Augusto Stramosk; José Alberto Noldin; Charrid Resgalla Jr.
RESIDUAL DO HERBICIDA ATRAZINA APLICADO EM MILHO NO
SOLO E NA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO DE CULTIVO SUBSEQÜENTE DE
ARROZ - Maria Laura Turino Mattos; André Andrés; Claudio Alberto S. da Silva; Ieda Maria
Baade dos Santos
ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS E AMBIENTAIS DO INSETICIDA
CARBOSULFANO EM LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Maria Laura
Turino Mattos; José Francisco da Silva Martins; Uemerson Silva da Cunha; Ieda Maria Baade
dos Santos
OCORRÊNCIA DE BACILLUS spp. EM AMOSTRAS DE ÁGUA DE
DIFERENTES REGIÕES ORIZÍCOLAS DO RS. - Leila Lucia Fritz; Maria Helena
Ribeiro Reche; Valmir Gaedke Menezes; Jaime Vargas de Oliveira; Lidia Mariana Fiúza
REÚSO DA ÁGUA DE EFLUENTES URBANOS EM IRRIGAÇÃO DE
LAVOURA DE ARROZ EM PELOTAS, RS - Álvaro Nebel; Rul Martins Antunes;
Gilberto Loguércio Collares; Orlando Pereira Ramirez
A QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL EM UMA MICROBACIA
ONDE O ARROZ IRRIGADO É A PRINCIPAL ATIVIDADE AGRÍCOLA Francisco Carlos Deschamps; José Alberto Noldin
MONITORAMENTO DA ÁGUA DO RIO GRAVATAÍ USADA NA
IRRIGAÇÃO NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DO ARROZ EM
CACHOEIRINHA, RS - Vera Regina Mussoi Macedo; Silvio Aymone Genro Jr; Elio
Marcolin
MONITORAMENTO DA ÁGUA DAS LAVOURAS DE ARROZ NA
BACIA HIDROGRÁFICA DA LAGOA DO GUARAXAIM NO MUNICÍPIO
DE ARAMBARÉ, RS - Vera Regina Mussoi Macedo; Elio Marcolin; Roberto Longaray
Jaeger; Silvio Aymone Genro Jr
RESÍDUOS DE AGROQUÍMICOS NA ÁGUA DOS SISTEMAS DE
IRRIGAÇÃO E DE DRENAGEM PRINCIPAL DA ÁREA CULTIVADA
COM ARROZ NO PERÍMETRO IRRIGADO DA BARRAGEM DO
ARROIO DURO, CAMAQUÃ, RS -
Vera Regina Mussoi Macedo; Valmir Gaedke
Menezes; Elio Marcolin; Sílvio Aymone Genro Jr; Roberto Longaray Jaeger; Éverton Luis
Fonseca; Renato Zanella
EFEITOS DA UTILIZAÇÃO DE PESTICIDAS SOBRE A RIQUEZA
ESPECÍFICA DE COMUNIDADES FITOPLANCTÔNICAS EM CULTURA
DE ARROZ IRRIGADO - Emília de Souza Cebalhos; Maria Angélica Oliveira; Sérgio
Luiz de Oliveira Machado; Geovane Boschmann Reimche; Renato Zanella; Luis Antonio de
Ávila; Enio Marchezan; Sandro Santos; Vânia Lúcia Pimentel Vieira
ANÁLISE DA QUALIDADE DE ÁGUA EM ÁREAS DE ARROZ
IRRIGADO NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DO ARROZ, IRGA,
CACHOEIRINHA, RS - Tavares, C.R.M.; Frizzo, C.; Macedo, V.; Fiuza, L. M
ADUBO VERDE NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO -
Juliana Dode;
Vinicius Scaglioni; Fabiana Timm; Clauber Mateus Priebe Bervald; Nei Lopes
FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO PELO COMPLEXO
SIMBIÓTICO Azolla-anabaena NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO Juliana Dode; Vinicius Scaglioni; Fabiana Timm; Clauber Mateus Priebe Bervald; Nei Lopes
ESPÉCIES DE AVES EM ÁREAS DE ARROZ IRRIGADO NA ESTAÇÃO
EXPERIMENTAL DE ITAJAÍ, SANTA CATARINA - Franciane Moretti; Juliana
Vieira; José Alberto Noldin
REPRODUÇÃO DE AVES EM ÁREAS DE CULTIVO DE ARROZ
IRRIGADO NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE ITAJAÍ, SANTA
CATARINA - Franciane Moretti; José Alberto Noldin; Juliana Vieira
PRESENÇA DE CARBAMATOS EM PARTES DA PLANTA DE ARROZ
PRÉ-GERMINADO - Christina Venzke Simões de Lima; Marcos Rivail da Silva; Joseline
Molozzi; Adriano Alves da Silva
EMISSÃO DE METANO EM LAVOURAS DE ARROZ IRRIGADO SOB
SISTEMA PRÉ-GERMINADO - Magda Aparecida de Lima;, Domingos S. Eberhardtv;
Maria Conceição P.Y. Pessoa; Rosa T. S.Frighetto; Sérgio Valério Neto; Denis F. Plec;
Gabriela F. Pinheiro; Dagmar N. S. Oliveira; Melissa Baccan
INFLUÊNCIA DE IMAZETHAPYR + IMAZAPIC E BISPYRIBACSODIUM NA COMUNIDADE ZOOPLANCTÔNICA EM ARROZ
IRRIGADO - Geovane Boschmann Reimche; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Jaqueline
Ineu Golombieski; Enio Marchesan
PERSISTÊNCIA DE HERBICIDAS NA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA
CULTURA DO ARROZ IRRIGADO - Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Geovane
Boschmann Reimche; Renato Zanella; Enio Marchesan; Marcia Helena Scherer Kurs; Fábio
Ferreira Gonçalves; Luis Antonio de Ávila; Ednei Gilberto Prime
INDICADORES DA QUALIDADE DO SOLO DE VÁRZEA TROPICAL
CULTIVADO COM FORRAGEIRAS PARA IMPLANTAÇÃO DO ARROZ
IRRIGADO NO SISTEMA PLANTIO DIRETO - Murillo Lobo Junior; Valácia
Lemes da Silva Lobo; João Neto Garcia de Souza; Alberto Baeta dos Santos
MONITORAMENTO DE HERBICIDAS E INSETICIDAS EM DOIS RIOS
DA DEPRESSÃO CENTRAL DO RS, DURANTE O CULTIVO DO
ARROZ IRRIGADO - Luis Antonio de Avila; Gerson Meneghetti Sarzi Sartori; Enio
Marchesan; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Tiago Luis Rossato; Gabriel Adolfo Garcia;
Renato Zanella; Fábio Ferreira Gonçalves; Márcia Helena Scherer Kurz; Vera Regina Mussói
Macedo
EFEITO DE UMA FORMULAÇÃO COMERCIAL DO INSETICIDA
CARBOFURAN
SOBRE
A
COMUNIDADE
DE
MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS PRESENTES EM LAVOURA
DE ARROZ IRRIGADO - Joele Schmidt Baumart; Bianca Zimmermann; Marcelo
Dalosto; Geovane Boschmann Reimche; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Enio Marchesan;
Luis Antonio de Avila; Sandro Santos
EFEITO DE DIFERENTES FORMULAÇÕES COMERCIAIS DE
PESTICIDAS SOBRE A ATIVIDADE DA ACETILCOLINESTERASE EM
CÉREBRO E MÚSCULO DE CARPAS (CYPRINUS CARPIO VAR
HUNGARA) EXPOSTAS EM LAVOURA DE ARROZ - Bibiana Silveira
Moraes; Vânia Lúcia Loro; Alice Raabe; Alexandra Pretto; Milene Braga da Fonseca; Geovane
Boschmann Reimche; Luis Antonio de Avila; Sérgio Luiz de Oliveira Machado; Enio
Marchesan; Gerson Meneghetti Sarzi Sartori
QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO
UTILIZADA
NA
ESTAÇÃO
EXPERIMENTAL
DO
ARROZ,
CACHOEIRINHA, RS - Maria Helena Lima Ribeiro Reche; Catiusca Reali; Vera Regina
Mussoi Macedo; Lidia Mariana Fiúza
ABUNDÂNCIA DE COLIFORMES EM ÁGUAS DE IRRIGAÇÃO E
DRENAGEM EM ECOSSISTEMA ORIZÍCOLA, CAMAQUÃ, RS - Maria
Helena Lima Ribeiro Reche; Catiusca Reali; Vera Regina Mussoi Macedo; Lidia Mariana Fiúza
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DE AGROTÓXICOS NO
SEDIMENTO DE DOIS MANANCIAIS HÍDRICOS DA REGIÃO SUL DO
BRASIL - Douglas Daniel Grützmacher; Anderson Dionei Grützmacher; Dirceu Agostinetto;
Alci Enimar Loeck; Rodrigo Roman; Renato Zanella
EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE DESTINAÇÃO DE EMBALAGENS
VAZIAS DE AGROTÓXICOS NA REGIÃO ORIZICOLA DO SUL DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - Douglas Daniel Grützmacher; Cândida
Renata Farias; Anderson Dionei Grützmacher; Rodrigo Schulz; Marcelo Lerina
DINÂMICA DOS ORGANISMOS BENTÔNICOS NA LAVOURA DO
ARROZ E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS FÍSICO-QUÍMICAS DA
ÁGUA DE IRRIGAÇÃO - Karine Delevati
PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO SOLO POR INVERTEBRADOS
AQUÁTICOS, APÓS A IRRIGAÇÃO EM ARROZ - Karine Delevati Colpo
ANÁLISE DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS EM ÁGUAS
UTILIZADAS NA ORIZICULTURA DO RIO GRANDE DO SUL - Caroline
Frizzo; Jaime Vargas de Oliveira; Valmir Gaedke Menezes; Carlos Mariot; Jose Luiz Rosa dos
Santos; Lídia Mariana Fiúza
ABUNDÂNCIA DE BACILOS AERÓBIOS E ANAERÓBIOS PRESENTES
EM ÁGUAS UTILIZADAS NA IRRIGAÇÃO DO ARROZ EM CINCO
REGIÕES PRODUTORAS DO RIO GRANDE DO SUL - Caroline Frizzo; Jaime
Vargas de Oliveira; Valmir Gaedke Menezes; Carlos Mariot; Jose Luiz Rosa dos Santos; Lídia
Mariana Fiúza
AVALIAÇÃO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS UTILIZADOS NA
CULTURA DO ARROZ IRRIGADO EM DOIS MANANCIAIS HÍDRICOS
NO SUL DO BRASIL - Anderson Dionei Grützmacher; Douglas Daniel Grützmacher;
Dirceu Agostinetto; Alci Enimar Loeck; Rodrigo Roman; Renato Zanella
CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA DO SISTEMA DE IRRIGAÇÃO E
DRENAGEM PRINCIPAL DA LAVOURA DE ARROZ NO PERÍMETRO
IRRIGADO DA BARRAGEM DO ARROIO DURO, MUNICÍPIO DE
CAMAQUÃ, RS - Vera Regina Mussoi Macedo; Elio Marcolin; Valmir Gaedke Menezes;
Sílvio Aymone Genro Jr; Roberto Longaray Jaeger; Everton Luis Fonseca
IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL EM
ÁREAS DE LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO NO LITORAL NORTE
DE SANTA CATARINA - Hector Silvio Haverroth; Domingos Sávio Eberhardt
COMPORTAMENTO AMBIENTAL DO HERBICIDA CLOMAZONA NA
TECNOLOGIA PERMIT EM LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Maria
Laura Turino Mattos; André Andrés; Ieda Maria Baade dos Santos; Juliano Anselmo
SEMENTES E AGROINDÚSTRIA
ESTRESSE SALINO E A SENSIBILIDADE DOS GENÓTIPOS DE
ARROZ BR-IRGA 409 E TIBA - Clairomar Emílio Flores Hoffmann; Leonardo
Schaedler; Luiz Augusto Salles das Neves; Cristiane Freitas Bastos; Gabriel da Luz Wallau
COMPOSIÇÃO EM ÁCIDÓS GRAXOS DO ÓLEO DE ARROZ
DURANTE O PROCESSO DE REFINO – Vanessa Ribeiro Pestana; Rui Carlos
Zambiazi; Carla Mendonça; Mariângela Bruscatto
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO FARELO DE ARROZ
UTILIZADO PARA A OBTENÇÃO DO ÓLEO DE ARROZ - Vanessa Ribeiro
Pestana; Rui Carlos Zambiazi; Carla Mendonça; Mariângela Bruscatto
TEORES DE COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS E ÁCIDOS
FENÓLICOS EM GENÓTIPOS PIGMENTADOS E NÃO PIGMENTADOS
DE ARROZ (ORYZA SATIVA, L.) - Nádia Valéria Mussi de Mira; Rosa Maria
Cerdeira Barros; Moacir Antonio Schiocchet; José Alberto Noldin; Ursula Maria Lanfer-Marquez
ESTUDO DE CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE PRODUTOS
DE ARROZ PROVENIENTES DE CAMPOS EXPERIMENTAIS E DO
COMÉRCIO DA REGIÃO SUL DO RS - Débora Craveiro Vieira; Vânia da Silva
Bierhals; Vanessa Goulart Machado; Giniani Carla Dors; Carlos Alberto Fagundes; Eliana
Badiale Furlong
INCIDÊNCIA DE MICOTOXINAS E TEOR DE FENÓIS TOTAIS EM
DIFERENTES FRAÇÕES DO GRÃO DE ARROZ - Débora Craveiro Vieira;
Vânia da Silva Bierhals; Vanessa Goulart Machado; Giniani Carla Dors; Carlos Alberto
Fagundes; Eliana Badiale Furlong
INFLUÊNCIA DO PROCESSO DE PARBOILIZAÇÃO SOBRE A
FRAÇÃO γ- ORIZANOL DO ARROZ - Paulo Romeu Gonçalves; Maria Regina
Alves Rodrigues; Marco Aurélio Ziemerman; Moacir Cardoso Elias; Elvio Aosane; Álvaro
Renato Guerra Dias
DESENVOLVIMENTO DO CULTIVAR IRGA 420 PROVENIENTE DE
SEMENTES DE DISTINTOS VIGORES EM OITO DENSIDADES DE
SEMEADURA - João Batista Beltrão Marques; Alexandre Lul Lima; Jorge Antônio Molinari;
Ígor Sotal Sauceda
SENSIBILIDADE DOS GENÓTIPOS DE ARROZ HÍBRIDO XP-739 E DA
CULTIVAR BR-IRGA 409 AO ESTRESSE SALINO - Leonardo Schaedler;
Clairomar Emílio Flores Hoffmann; Luiz Augusto Salles das Neves; Gabriel da Luz Wallau;
Cristiane Freitas Bastos
EFEITO DO BENEFICIAMENTO DO ARROZ NO DESEMPENHO E
RESPOSTA METABÓLICA EM RATOS - Cristiane Casagrande Denardin; Nardeli
Boufleur; Patrícia Reckziegel; Bruna Mendonça Alves; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto
Alves Fagundes
CARACTERÍSTICAS
TECNOLÓGICAS,
PROPRIEDADES
DE
CONSUMO E PARÂMETROS DE PARBOILIZAÇÃO DOS GRÃOS DE
ARROZ DOS CULTIVARES IRGA 423 E IRGA 424 - Carlos Alberto Alves
Fagundes; Sérgio Iraçu Gindri Lopes; Mara Cristina Barbosa Lopes; Antonio Folgiarini de
Rosso; Renata Pereira da Cruz; Paulo Sergio Carmona; Márcia Arocha Gularte; Moacir
Cardoso Elias
ESTABILIZAÇÃO DE FARELO DE ARROZ POR IMERSÃO EM ÁGUA
QUENTE - Cristina de Simone Carlos Iglesias Pascual; Vanessa Fernandes Araujo; Fausto
Alberto Torres Rodriguez; Maurício de Oliveira; Ursula Maria; Lanfer-Marquez; Moacir Cardoso
Elias
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL EM GRÃOS DE ARROZ POLIDO E
PARBOILIZADO - Fabrício Barros Brum; Bruna Mendonça Alves; Jaqueline Ineu
Golombieski; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto Fagundes
AVALIAÇÂO DA COMPOSIÇÃO MINERAL DE GRÃOS DE ARROZ
BRANCO POLIDO - Jaqueline Ineu Golombieski; Fabrício Barros Brum; Cristiane
Casagrande Denardin; Bruna Roberto; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto Fagundes
CARACTERIZAÇÃO DE MINERAIS EM FARELO DE ARROZ -
Simone
A.S.C. Faria; Otilia T. Carvalho; Luciana T. Yoshime; Selma N. Koakuzu; Priscila Z. Bassinello;
Débora I. T. Fávaro; Marilene D.V.C. Penteado
EFEITOS DA TEMPERATURA DA ÁGUA DE ENCHARCAMENTO NA
PARBOILIZAÇÃO SOBRE O PERFIL CROMATOGRÁFICO LIPIDICA
DO ARROZ - Paulo Romeu Gonçalves; Maria Regina Alves Rodrigues; Marco Aurélio
Ziemerman; Mauricio de Oliveira; Álvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias
ARROZ VERMELHO NAS AMOSTRAS DE SEMENTES ANALISADAS
NA REDE DE LABORATÓRIOS (LAS) DO IRGA NO PERÍODO DE 1996
A 2006 - José Mauro Costa Rodrigues Guma; Jair Flores Junior; Sintia da Costa Trojan;
Maria da Graça Burgo Valério; Roberto Longaray Jaeger; Jaceguay Barros
PRODUÇÃO DE SEMENTE GENÉTICA E BÁSICA DO IRGA NAS
SAFRAS 2005/2006 E 2006/2007 - José Mauro Costa Rodrigues Guma; Athos Dias
de Castro Gadea
ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO DE
SEMENTES DO IRGA NAS SAFRAS 2004/2005, 2005/2006 E
2006/2007 - José Mauro Costa Rodrigues Guma
PROFUNDIDADE DE SEMEADURA E QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS
SEMENTES DE ARROZ HÍBRIDO - Fábio Mielezrski; Rudineli Ribeiro Carvalho;
Luís Eduardo Panozzo; Luis Osmar Braga Schuch; Mateus Olivo
COMPORTAMENTO DE PLANTAS EM POPULAÇÕES DE ARROZ
HÍBRIDO EM FUNÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS
SEMENTES - Fábio Mielezrski; Luis Osmar Braga Schuch; Silmar Teichert Peske; Rudineli
Ribeiro Carvalho; Luís Eduardo Panozzo; Mateus Olivo
EMERGÊNCIA EM CAMPO E CRESCIMENTO INICIAL DE ARROZ
HÍBRIDO EM FUNÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES - Fábio Mielezrski; Luis
Osmar Braga Schuch; Silmar Teichert Peske; Rudineli Ribeiro Carvalho; Luís Eduardo
Panozzo; Jacson Zuchi
DESEMPENHO DE PLANTAS INDIVIDUAIS DE ARROZ HÍBRIDO EM
FUNÇÃO DO VIGOR DAS SEMENTES - Fabio Mielezrski; Luis Osmar Braga
Schuch; Silmar Teichert Peske; Luís Eduardo Panozzo; Rudineli Ribeiro Carvalho; Jacson
Zuchi
MÉTODO ALTERNATIVO NA SEPARAÇÃO DE LOTES DE SEMENTES
DE ARROZ QUANTO AO VIGOR - Cristina Rodrigues Mendes; Maria da Graça de
Souza Lima; Dario Munt de Moraes
INCIDÊNCIA
DE
SEMENTES
DE
AESCHYNOMENE
spp.,
ECHINOCHLOA spp. E IPOMEA sp. EM LOTES DE SEMENTES DE
ARROZ CERTIFICADAS, NÃO CERTIFICADAS E PRÓPRIAS - Maria da
Graça Burgo Valério; Mário Borges Trzeciak; Demócrito Amorim Chiesa Freitas; Patrícia da
Silva Vinholes; Francisco Amaral Villela
ÉPOCAS DE COLHEITA E QUALIDADE DE ARROZ IRRIGADO BRS
JABURU PRODUZIDO EM RORAIMA - Oscar José Smiderle; Moisés Mourão Jr;
Antonio Carlos Centeno Cordeiro
ÉPOCAS DE COLHEITA DE ARROZ IRRIGADO BR IRGA 409
CULTIVADO EM VÁRZEA DE RORAIMA - Oscar José Smiderle; Paulo Roberto
Perreira; Moisés Mourão Jr
EFEITOS DA AMILOSE E DA PARBOILIZAÇÃO SOBRE A
FORMAÇÃO DE AMIDO RESISTENTE EM ARROZ - Elizabete Helbig; William
da Silva Krolow; André Luiz Radünz; Juliane Mascarenhas Pereira; Magna da Glória Lameiro;
Alvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias
COMPORTAMENTO VISCOAMILOGRÁFICO DA FARINHA DE ARROZ
MOTTI MODIFICADA QUIMICAMENTE - Fernanda Muniz das Neves; Juliane
Mascarenhas Pereira; Pablo Daniel Freitas Bueno; Elizabete Helbig; Alvaro Renato Guerra
Dias; Moacir Cardoso Elias
EFEITOS DO GRAU DE POLIMENTO SOBRE PROPRIEDADES DE
TEXTURA E SENSORIAIS EM ARROZ BRANCO - Cátia Regina Storck; André
Luiz Radünz; Gerson Lübk Buss; Jander Luiz Fernandes Monks; Márcia Arocha Gularte;
Moacir Cardoso Elias
INTENSIDADE
DE
POLIMENTO
SOBRE
PARÂMETROS
NUTRICIONAIS E COCÇÃO DO ARROZ PARBOILIZADO - Cátia Regina
Storck; Elessandra Zavareze; Juliane Mascarenhas Pereira; Rafael de Almeida Schiavon;
Jander Luiz Fernandes Monks; Álvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias
EFEITO DO POLIMENTO SOBRE PARÂMETROS NUTRICIONAIS, DE
TEXTURA E SENSORIAIS EM GRÃOS DE ARROZ - Maurício de Oliveira;
Otaviano Maciel Carvalho Silva; Lisandro Karnopp Tuchtenhagen; Pablo Daniel Freitas Bueno;
Cátia Regina Storck; Ana Paula do Sacramento Wally; Moacir Cardoso Elias
TERRA DE DIATOMÁCEA E ÁCIDO PROPIÔNICO NO CONTROLE DE
Rhyzopertha dominica e Tribolium castaneum EM ARROZ
ARMAZENADO - Alexandra Morás; Maurício de Oliveira, Dejalmo Nolasco Prestes; Jonis
Gelain; Irineu Lorini, Moacir Cardoso Elias
EFEITOS DA PARBOILIZAÇÃO, DO ARMAZENAMENTO E DA
COCÇÃO SOBRE A ESTABILIDADE DO AMIDO RESISTENTE EM
ARROZ - Elizabete Helbig; Volnei Luiz Meneghetti; Daniel Rutz; Pedro Luiz Antunes;
Manoel Artigas Schirmer; Moacir Cardoso Elias
EFEITOS
DA
PARBOILIZAÇÃO
SOBRE
O
CROMATOGRÁFICO DOS ÁCIDOS GRAXOS DO ARROZ -
PERFIL
Paulo Romeu
Gonçalves; Maria Regina Alves Rodrigues; Gisele Feijó Brisolara; Marco Aurélio Ziemann dos
Santos; Mauricio de Oliveira; Álvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias
AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE EM CAMPO E QUALIDADE
INDUSTRIAL DE HÍBRIDOS DE ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL Leandro Pasqualli; Evandro Parisotto; Flavio L. Bock; Lauro Weber; Silvio Villa; Cristine Saravia
QUALIDADE DE SEMENTES DE ARROZ ANALISADAS NO
LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE SEMENTES DO INSTITUTO RIO
GRANDENSE DO ARROZ - PELOTAS, NO PERÍODO DE 1991 A 2005 M. G. B. Valerio; M. A. Tillmann
RENDIMENTO DE GRÃOS DA CULTIVAR IRGA 420 PROVENIENTE DE
SEMENTES DE DISTINTO VIGOR EM OITO DENSIDADES DE
SEMEADURA - João Batista Beltrão Marques; Alexandre Lul Lima; Jorge Antônio Molinari
Flores; Ígor Sotal Sauceda
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICA E FISIOLÓGICA DE
SEMENTES DE ARROZ CERTIFICADAS, NÃO CERTIFICADAS E
PRÓPRIAS - Mário Borges Trzeciak; Maria da Graça Burgo Valério; Patrícia da Silva
Vinholes; Demócrito Amorim Chiesa Freitas; Francisco Amaral Villela
AVALIAÇÃO DO GRAU DE UMIDADE DE SEMENTES DE ARROZ
(Oryza sativa L.) DURANTE O PROCESSO DE MATURAÇÃO E SUA
VARIAÇÃO NA PANÍCULA - Rodrigo Castro Soares; Marcus Davi Ferreira Teplizky;
Fabrício Becker Peske; Paulo Ricardo Reis Fagundes; Ariano Martins Magalhães Jr.; Silmar
Teichert Peske
INTENSIDADE DO POLIMENTO SOBRE PARÂMETROS FÍSICOS E
NUTRICIONAIS EM ARROZ BRANCO POLIDO - Jander Luis Fernandes
Monks; Leandro Fernandes Monks; Daniel Rutz; Jeferson da Cunha Rocha; Marcelo Zaffalon
Peter; Cátia Regina Storck; Moacir Cardoso Elias
EFEITO DO POLIMENTO NAS CARACTERISTICAS QUIMICAS E
SENSORIAIS DO ARROZ PARBOILIZADO - Jander Luis Fernandes Monks;
Jonis Gelain; Ana Paula do Sacramento Wally; Mateus Pino; Rafael de Almeida Schiavon;
Ricardo Tadeu Paraginski; Moacir Cardoso Elias
MODELOS MATEMÁTICOS PARA A SECAGEM INTERMITENTE DE
ARROZ EM CASCA - Volnei Luiz Meneghetti; Mateus Pino; Jeferson Cunha da Rocha;
Willian da Silva Krolow; Rodrigo Bubolz Prestes; Fabrízio da Fonseca Barbosa; Moacir
Cardoso Elias
RISCO DE CONTAMINAÇÃO POR MICOTOXINAS EM ARROZ E
DERIVADOS - Giniani Carla Dors; Melissa dos Santos Oliveira; Vânia Bierhals; Cristina
Moreira da Silveira; Eliana Badiale-Furlong
EFEITO DO TEOR DE AMILOSE SOBRE O DESEMPENHO E
METABOLISMO LIPÍDICO EM RATOS - Cristiane Casagrande Denardin; Nardeli
Boufleur; Patrícia Reckziegel; Bruna Mendonça Alves; Leila Picolli da Silva; Carlos Alberto
Alves Fagundes
MODIFICAÇÕES NO MÉTODO CIAT PARA DETERMINAÇÃO DE
AMILOSE - Francisco Carlos Deschamps; Gabriel Deschamps Fernandes
TEOR DE AMILOSE EM CULTIVARES E LINHAGENS DE ARROZ DO
BANCO DE GERMOPLASMAS DA EPAGRI - ESTAÇÃO
EXPERIMENTAL DE ITAJAÍ, SC - Gabriel Deschamps Fernandes; Francisco Carlos
Deschamps
EFEITO DA COCÇÃO SOBRE OS TEORES DE γ-ORIZANOL EM
ARROZ INTEGRAL - Cristina de Simone Carlos Iglesias Pascual; Priscila Araujo Pinto;
Nadia Valéria Mussi de Mira; Isabel Louro Massaretto; Carlos Alberto Alves Fagundes; Ursula
Maria Lanfer-Marquez ...................................................................................................................
AVALIAÇÃO SENSORIAL DE BOLO INGLÊS ELABORADO COM
FARINHA DE ARROZ E XANTANA - Bresolin, Rafael; Duarte, Ana Paula Assis,
Letícia; Gularte, Márcia Arocha
AVALIAÇÃO DA PREFERÊNCIA DE EXTRATOS DE ARROZ
ELABORADOS COM ENZIMAS DE MALTE DE CEVADA - Leandra Zafalon
Jaekel; Rosane da Silva Rodrigues; Amanda Pinto da Silva
ENZIMAS COMERCIAIS NA OBTENÇÃO DE EXTRATO DE ARROZ Leandra Zafalon Jaekel; Rosane da Silva Rodrigues; Amanda Pinto da Silva
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO COZIMENTO NO CONTEÚDO DE
COMPOSTOS FENÓLICOS EM GENÓTIPOS DE ARROZ INTEGRAL Isabel Louro Massaretto; Nádia Valéria Mussi de Mira; Priscila Araújo Pinto; Cristina de Simone
Carlos Iglesias Pascual; José Alberto Noldin; Moacir Antonio Schiocchet; Ursula Maria LanferMarquez
TOCOFERÓIS E γ- ORIZANOL NO ÓLEO DE ARROZ ANTES E
DEPOIS DO PROCESSO DE REFINO - Vanessa Ribeiro Pestana; Rui Carlos
Zambiazi; Carla Mendonça; Mariângela Bruscatt
INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE ARROZ OU DE MACARRÃO NO
DESEMPENHO E RESPOSTA METABÓLICA EM RATOS - Cristiane
Casagrande Denardin; Nardeli Boufleur; Patrícia Reckziegel; Bruna Mendonça Alves; Leila
Picolli da Silva; Carlos Alberto Alves Fagundes
PÃO FRANCÊS MISTO DE ARROZ: ASPECTOS LEGAIS, VALOR
NUTRICIONAL E ACEITABILIDADE - Angélica Magalhães; Elaine Lohmann, Evely
Rucatti; Michele Mendes
EFEITO DE XANTANA E DA SUBSTITUIÇÃO DA FARINHA DE ARROZ
POR FARINHA DE TRIGO EM BOLO INGLÊS - Bresolin, Rafael; Duarte, Ana
Paula; Assis, Letícia; Gularte, Márcia Arocha
EFEITO DA ADIÇÃO DE GORDURA E DA FRITURA NA COCÇÃO DO
ARROZ - Silva, P.M.; Bresolin, R;. Gularte, M.A
INFLUÊNCIA DO RENDIMENTO DO ARROZ COZIDO
SOLTABILIDADE DOS GRÃOS - Silva, P.M; Bresolin, R.; Gularte, M.A
NA
EFEITOS DO GRAU DE GELATINIZAÇÃO SOBRE PROPRIEDADES
TECNOLÓGICAS DE ARROZ PARBOILIZADO - Moacir Cardoso Elias; Flávio
Manetti Pereira; Gustavo Cella; Alberto Conceição da Cunha Neto; Dejalmo Nolasco Prestes;
Diego Hohlz Prestes Gilberto Wageck Amato
CORRELAÇÃO ENTRE VISCOSIDADE FINAL DAS CURVAS
VISCOAMILOGRÁFICAS E OS TEORES DE AMILOSE DE FARINHAS
DE ARROZ POLIDO - Pablo Daniel Freitas Bueno; Cátia Regina Storck; Mário Satte
Alan Neto; Fernanda Scheunemann Sacchet; Moacir Cardoso Elias; Manoel Artigas
CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DE MISTURAS DE FARINHAS DE
TRIGO, ARROZ E SOJA - Ana Paula do Sacramento Wally; Nathan Levien Vanier;
Gilberto Arcanjo Fagundes; Fernanda Neves; Álvaro Renato Guerra Dias; Moacir Cardoso
Elias
POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO DE FARINHA DE ARROZ EM BOLOS Márcia Arocha Gularte; Carla Maria Moita Brites; Maria João Trigo
EFEITO DA PRESSÃO DE AUTOCLAVAGEM SOBRE A FORMAÇÃO
DE AMIDO RESISTENTE EM ARROZ - Elizabete Helbig; Daniel Rutz; Jonis
Gelain; André Luiz Radünz; Maurício de Oliveira; Pedro Luiz Antunes, Moacir Cardoso Elias
EFEITOS
DO
GRAU
DE
GELATINIZAÇÃO
SOBRE
CARACTERÍSTICAS DE COCÇÃO E PROPRIEDADES SENSORIAIS
DE ARROZ PARBOILIZADO - Flávio Manetti Pereira; Elvio Aosani; Paulo Romeu
Gonçalves; Rafael Dionello; Dejalmo Nolasco Prestes; Márcia Arocha Gularte; Moacir Cardoso
Elias
CONDIÇÕES OPERACIONAIS NA PARBOILIZAÇÃO DE ARROZ COM
DIFERENTES TEORES DE AMILOSE - Elizabete Helbig; Elvio Aosani; Jeferson
Cunha da Rocha; William da Silva Krolow; Carlos Alberto Alves Fagundes; Alvaro Renato
Guerra Dias; Moacir Cardoso Elias
EFEITOS DA COMPOSIÇÃO CENTESIMAL E DO CONTEÚDO DE
AMILOSE NAS PROPRIEDADES VISCOAMILOGRÁFICAS DE ARROZ
BRANCO SUBMETIDO A DIFERENTES INTENSIDADES DE POLIMENTO Pablo Daniel Freitas Bueno; Jeferson Cunha da Rocha; Mateus Pino; Fabrício de Matos
Marques; Leandro Fernandes Monks; Manoel Artigas Schirmer; Moacir Cardoso Elias
USO
DE
SUBPRODUTOS
AGROINDUSTRIAIS
NO
DESENVOLVIMENTO
DE
MACARRÃO
NUTRICIONALMENTE
MELHORADO - Angélica Markus Nicoletti; Leila Picolli da Silva; Luisa Helena Hecktheuer;
Geni Salete Pinto de Toledo; Fabrício Barros Brum
ENRIQUECIMENTO NUTRICIONAL DE MACARRÃO E SEU EFEITO
SOBRE A RESPOSTA BIOLÓGICA - Angélica Markus Nicoletti; Leila Picolli da
Silva; Geni Salete Pinto de Toledo; Luiza Helena Hecktheuer; Carine Gláucia Comarella;
Fabrício Barros Brum
COMPORTAMENTO DE HIDRATAÇÃO EM FUNÇÃO DA QUALIDADE
FISIOLÓGICA DAS SEMENTES DE ARROZ - Rafael Pivotto Bortolotto; Nilson
Lemos de Menezes; Danton Camacho Garcia; Nilson Matheus Mattioni
TEOR DE PROTEÍNA EM AUXÍLIO À DETERMINAÇÃO DA
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE ARROZ - Rafael Pivotto
Bortolotto; Nilson Lemos de Menezes; Danton Camacho Garcia; Nilson Matheus Mattioni
ÉPOCAS DE COLHEITA E PRODUTIVIDADE DE ARROZ IRRIGADO
BRS RORAIMA EM VÁRZEA DE RORAIMA - Oscar José Smiderle; Paulo
Roberto Perreira; Moisés Mourão Jr
ÉPOCAS DE COLHEITA E QUALIDADE DE SEMENTES DE ARROZ
IRRIGADO PRODUZIDAS EM VÁRZEA DE RORAIMA - Oscar José
Smiderle; Moisés Mourão Jr.; Vicente Gianluppi
CARACTERISTICAS SENSORIAIS DE PÃES ELABORADOS COM
FARINHAS MISTAS DE TRIGO, ARROZ E SOJA - Ana Paula do Sacramento
Wally; Leandro da Conceição Oliveira; Thiago dos Santos Carrasco; Marlon Leonardo de
Oliveira; Márcia Arocha Gularte; Moacir Cardoso Elias
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO ÓLEO DE ARROZ
DURANTE O PROCESSO DE REFINO - Vanessa Ribeiro Pestana; Rui Carlos
Zambiazi; Carla Mendonça; Mariângela Bruscatto
DORMÊNCIA PÓS COLHEITA EM GENÓTIPOS DE ARROZVERMELHO (Oryza sativa L.) CULTIVADOS - Fernanda Martins de Faria;
Jaime Roberto Fonseca; Veridiano dos Anjos Cutrim
SÓCIO-ECONOMIA
ADIÇÃO DE FARINHA DE ARROZ À DE TRIGO: CONTRIBUIÇÃO À
ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA - Angélica Magalhães; Antonio Augusto Alves
Pereira
DENSIDADE DA PRODUÇÃO DE ARROZ NO MUNDO - Alcido Elenor
Wander; Carlos Magri Ferreira; Fernando Luís Garagorry; Homero Chaib Filho; Tiago Ribeiro
Ricardo
ABASTECIMENTO E CONSUMO DE ARROZ NO BRASIL -
Alcido Elenor
Wander; Carlos Magri Ferreira; Isabel Helena Vernetti Azambuja; Tiago Ribeiro Ricardo
ANÁLISE DO AGRONEGÓCIO DO ARROZ IRRIGADO EM RORAIMA PERÍODO 1981 A 2007 - Antonio Carlos Centeno Cordeiro; Moisés Cordeiro Mourão
Jr.; Roberto Dantas de Medeiros
MANEJO INTEGRADO PARA ALTA PRODUTIVIDADE DO ARROZ
IRRIGADO NA ZONA SUL DO RIO GRANDE DO SUL - Vera Pereira Borges;
Anderson da Costa Chaves; Giuseppe Morroni; Roger Carriconde; Luis Gonzaga; José Celso
Basanesi; Luis Antônio de Leon Valente; Hector Vicente Ramirez; Marcos Souza Fernandes;
Valmir Gaedke Menezes
PROJEÇÕES PARA O PREÇO DO ARROZ: UMA ANÁLISE GRÁFICA Irceu Agostini; Mauricio
ésar Silva.
ANÁLISE DA ACEITABILIDADE DE MACARRÃO DE ARROZ SEM
GLÚTEN - Angélica Magalhães; Antonio Augusto Alves Pereira; Gabriela da Silva
Schirmann
CONSUMO DE ARROZ X ALIMENTOS SUBSTITUTOS: UMA ANÁLISE
ANTROPOMÉTRICA-NUTRICIONAL BASEADA NA POF 2002-2003 Roselene de Queiroz Chaves; Angélica Magalhães
ANÁLISE DAS PRINCIPAIS FONTES DE CARBOIDRATO NA
COMPOSIÇÃO E NO CUSTO DO CESTO BÁSICO DE PORTO
ALEGRE - Evely Gischkow Rucatti; Angélica Magalhães
BENEFICIAMENTO DE ARROZ NO RIO GRANDE DO SUL EM 2006 –
Victor Hugo Kayser; Evely Gischkow Rucatti; Camilo Feliciano de Oliveira
ESTRATÉGIAS DE DIFERENCIAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO NA
AGROINDÚSTRIA ARROZEIRA DO RIO GRANDE DO SUL – Luciane
Dittgen Miritz; Paulo Dabdab Waquil
SEGMENTAÇÃO NO MERCADO DE ARROZ NO VAREJO –
Augusto
Hauber Gameiro; Mariana Bombo Perozzi Gameiro
FARINHA E MACARRÃO DE ARROZ NA ALIMENTAÇÃO
INSTITUCIONAL: ALTERNATIVA PARA O MERCADO ORIZÍCOLA Roselene de Queiroz Chaves; Angélica Magalhães; Nurdine Salé; André Roese; Tânia Nunes
da Silva
COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE ARROZ E DE
INDICADORES ECONÔMICOS NO MUNICIPIO DE URUGUAIANA Evely Gischkow Rucatti; Victor Hugo Kayser; Camilo Feliciano de Oliveira
ANÁLISE DA INTEGRAÇÃO DOS MERCADOS DE ARROZ
INTERNACIONAIS COM O BRASILEIRO - Maria A. S. Braghetta Motta; Hirina
Oliveira Moraes Espósito; Silvia Helena G. de Miranda
CARACTERIZAÇÃO DO COMPOSTO DE MARKETING DO ARROZ:
UMA ANÁLISE CRÍTICA DA SITUAÇÃO NO BRASIL - Tiago Sarmento
Barata, Ana Júlia Teixeira Senna
AVALIAÇÃO DA ROTULAGEM DE ARROZ EM EMBALAGENS DE 1
E 5Kg COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE PELOTAS, RS - Bresolin,
Rafael; Prates, Denise da Fontoura; Fernandes, Meg da Silva; Pinto, Ellen Porto
PROJETO 10: EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE NAS LAVOURAS DE
ARROZ IRRIGADO DO RIO GRANDE DO SUL - Eduardo Pinto Amilibia; Valmir
Gaedke Menezes; Luis Antônio De Leon Valente
DIVERSIFICAÇÃO DE CULTURAS
TEMPO DE INÍCIO DE NECROSE DAS RAÍZES E DIÂMETRO DO
CAULE DE GENÓTIPOS DE SOJA SOB INUNDAÇÃO - Cláudia Erna
Lange
REAÇÃO DE GENÓTIPOS FIXOS DE SOJA AO EXCESSO HÍDRICO:
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA - Cláudia Erna Lange
REAÇÃO DE GENÓTIPOS FIXOS DE SOJA AO EXCESSO HÍDRICO:
ESTIMATIVA DOS COMPONENTES DE VARIÂNCIA - Cláudia Erna Lang ...
DOSES E MANEJO DE NITROGÊNIO NO CULTIVO DO FEIJOEIRO
EM VÁRZEAS TROPICAIS - Alberto Baêta dos Santos; Nand Kumar Fageria
CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE HÍBRIDOS DE MILHO SOB
ESPAÇAMENTO REDUZIDO ENTRE LINHAS EM VÁRZEA
TROPICAL - Alberto Baêta dos Santos; Pedro Hélio Estevam Ribeiro
EFEITO DE PERÍODOS DE SATURAÇÃO DO SOLO NA TOLERÂNCIA
À INUNDAÇÃO DE DOIS GENÓTIPOS CONTRASTANTES DE SOJA Cláudia Erna Lange; Vladirene Macedo Vieira; Paulo Regis Ferreira da Silva; Humberto
Bohnen
PRODUTIVIDADE DE FORRAGEM DE POPULAÇÕES DE CAPIM LANUDO EM TERRAS BAIXAS - Andréa Mittelmann; Bruna Obes Corrêa;
Dagoberto da Silva Pires; Milena Moreira Peres
ATRASO NA SEMEADURA APÓS A DESSECAÇÃO PREJUDICA O
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM MILHO CULTIVADO EM
TERRAS BAIXAS - Theisen, G.; Porto, M.P.; Andres, A
EMERGÊNCIA DE ARROZ E CAPIM-ARROZ EM FUNÇÃO DE NÍVEIS
DE UMIDADE DO SOLO - Mauricio dos Santos; Germani Conçenço; André Andres;
Jorge Rieffel Filho; Jean Vilella; Carlos Nachtigall Garcia; Nei Fernandes Lopes
ALTERAÇÃO NOS PARÂMETROS QUÍMICOS DO SOLO DURANTE
QUATRO ANOS DE RIZIPISCICULTURA - Enio Marchesan; Gustavo Mack Teló;
Tiago Luis Rossato; Silvio Carlos Cazarotto Villa; Diogo Machado Cezimbra; Jaqueline Ineu
Golombieski
OFICINA TECNOLÓGICA
MANEJO E COMPORTAMENTO AMBIENTAL DO INSETICIDA
CARBOFURANO NA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO - Maria Laura
Turino Mattos; José Francisco da Silva Martins
TECNOLOGIA QUE PROPORCIONA MAIOR LUCRATIVIDADE Eduardo Romann Martini
ARROZ HÍBRIDO SUPERANDO DESAFIOS -
Markus Ritter; Leandro
Pasqualli; Renato Luzzardi; Cristine Saravia; Hélvio Missau
CIPERÁCEAS E SEUS DANOS NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO
- Fernando Luis Perini
PALESTRAS
AGRICULTURA DE PRECISION EN INIA - URUGUAY -
Alvaro Roel;
Federico Molina; Hugo Firpo; Jose Terra
FARELO DE ARROZ COMO FONTE DE BIODIESEL -
Tatiana Magalhães,
Thaís Corso, Rosane Ligabue, Sandra Einloft, Jeane Dullius.
IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS SOBRE O
ARROZ IRRIGADO NO SUL DO BRASIL - Silvio Steinmetz
NOVOS PRODUTOS DERIVADOS DO ARROZ - José Luis; Ramírez Ascheri
TREHALOSE PRODUCING TRANSGENIC RICE PLANTS WITH
IMPROVED SALINITY AND COLD TOLERANCE: PROGRESS AND
FUTURE PROSPECTS - Ajay K. Garg; Ray J. Wu
ARROZ, TRIGO E MILHO: A CIÊNCIA DA GENÔMICA
COMPARATIVA E OS CEREAIS QUE ALIMENTAM O MUNDO - Antonio
Costa de Oliveira
COMPATIBILIDADE DE HERBICIDAS UTILIZADOS NA CULTURA DO ARROZ
COM O FUNGO Metarhizium anisopliae, VISANDO O CONTROLE DO
PERCEVEJO-DO-COLMO DO ARROZ
Fátima T. Rampelotti(1), Honório F. Prando(2), José F. da S. Martins(3), Anderson Ferreira(4),
Fernando A. Tcacenco(2) e Anderson D. Grützmacher(5). (1)USP/ESALQ, Depto de
Entomologia – Laboratório de Resistência de Plantas e Plantas Inseticidas. Av. Pádua Dias,
11, C.P.: 9, CEP: 13418-970, Piracicaba, SP. E-mail: [email protected]. (2)Epagri –
Estação Experimental de Itajaí, SC, (3)Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. (4)
USP/ESALQ, Depto Genética; (5)Depto de Fitossanidade-Entomologia, FAEM, UFPel,
Pelotas, RS.
O inseto-praga T. limbativentris, conhecido como percevejo-do-colmo do arroz, tem
sua distribuição em todo território nacional, apresentando-se como importante praga na
cultura do arroz irrigado (Prando et al., 1993). Sua ocorrência tem aumentado
expressivamente nas lavouras de arroz, devido à alta densidade de plantas, ao clima e ao
posicionamento das lavouras favorecem o aumento populacional do inseto.
A ocorrência natural de entomopatógenos sobre percevejo-do-colmo tem sido
observada. De acordo com Martins et al. (2004) alguns isolados de M. anisopliae
apresentam alta virulência sobre esse inseto em condições de campo.
Estudos de compatibilidade entre o fungo e agrotóxicos têm sido realizados para
várias culturas agrícolas, almejando otimizar estratégias para o MIP. Tendo em vista que as
condições microclimáticas no ambiente dos arrozais favorecem o crescimento populacional
de T. limbativentris, devido à localização dos insetos entre os colmos, e que esse ambiente
apresenta-se muito favorável para o desenvolvimento de doenças fúngicas, sugere-se a
otimização do uso de fungos entomopatogêncos no controle desse inseto-praga. Dessa
forma objetivou-se avaliar a compatibilidade in vitro do isolado CG 891 de M. anisopliae
com alguns herbicidas utilizados na cultura do arroz irrigado, visando definir uma proposta
para o manejo integrado.
Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Produção de Beauveria da
Epagri, Estação Experimental de Itajaí, SC. Utilizou-se o isolado CG 891 de M. anisopliae
mantido nesse laboratório para condução dos bioensaios.
Os parâmetros avaliados foram: (i) crescimento vegetativo, (ii) esporulação e a (iii)
germinação dos conídios do fungo com duas doses de pyrazosulfuron (60 e 100 mL/ha),
bentazon (1,2 e 2,00 L/ha), clomazone (0,8 e 1,4 L/ha), glifosato (2 e 4 L/ha) e quinclorac
(500 e 750 g/ha). Para a testemunha utilizou-se meio BDA puro.
O crescimento vegetativo e a esporulação foram avaliados em dois experimentos,
sendo as doses de cada agrotóxico misturadas em meio BDA (Merk) fundido e vertidos 20
mL em cada placa. O fungo foi inoculado com agulha de platina, em três pontos
eqüidistantes por placa, totalizando quatro placas por tratamento, que foram incubadas a
27±1ºC com 14 horas de fotofase por 12 dias, quando se observou a esporulação plena da
testemunha. Das 12 colônias obtidas selecionaram-se oito para avaliar o crescimento
vegetativo, através de duas medidas transversais (diâmetro). Seis dessas colônias foram
selecionadas para determinar a conidiogênese; para tanto, recortaram-se as colônias com
bisturi, as quais foram transferidas individualmente para tubos contendo 10 mL de solução
estéril de Tween 80 (0,1%), e agitadas para facilitar a retirada dos esporos da superfície do
meio. A contagem do número de esporos foi realizada em microscópio óptico com auxílio
da câmara de Neubauer, usando 400 vezes de aumento. As médias obtidas do
crescimento vegetativo e da esporulação foram transformadas pela função √x+0,5 e
submetidas à análise de variância e teste de Tukey (5%) para comparação das médias. O
valor de T segundo Alves et al. (1998) foi utilizado para determinar o nível de toxicidade
dos agroquímicos.
A germinação dos conídios foi avaliada em dois experimentos. Preparou-se uma
suspensão de 107 esporos/mL em água estéril com Tween 80 (0,1%) contendo o
agroquímico testado em sua respectiva dose. Essa suspensão foi mantida sob agitação por
uma hora, na temperatura ambiente. Posteriormente, 100 µL foram inoculados em meio
BDA com auxílio da alça de vidro (Drigalsky). As placas foram incubadas por 24 horas nas
mesmas condições do crescimento do fungo. Após o período de incubação determinou-se
a germinação dos conídios para cada tratamento através da quantificação em microscópio
óptico com 100 vezes de aumento, segundo a metodologia descrita por Neves et al. (2001).
Os dados obtidos foram transformados pela função √x+0,5 e submetidos à análise de
variância e teste de Tukey (5%) para comparação das médias.
Pyrazosulfuron na dose máxima mostrou uma redução acentuada no crescimento
vegetativo do fungo (Tabela 1). O contrário pode ser observado para os demais herbicidas
e doses testadas, visto que não mostraram reduções significativas em relação ao controle.
Analisando os resultados da esporulação pode-se constatar que não existe uma relação
direta entre o tamanho da colônia e a quantidade de esporos produzidos, já que para o
herbicida pyrazosulfuron não se observou diferença do número de esporos quando
comparados ao controle, constatando uma alta taxa reprodutiva do fungo em contato com
esse herbicida. Na dose máxima de clomazone e em ambas as doses de glifosato e
quinclorac reduções foram observadas na esporulação. Costa et al. (2004) observaram
reduções significativas na esporulação de M. anisopliae submetido ao contato com
glifosato, sendo pouco afetado o seu crescimento vegetativo. Esses dados corroboram com
os encontrados nesse trabalho.
Tabela 1. Diâmetro médio das colônias (cm) e número médio de esporos/mL ± EP do
isolado CG 891 de Metarhizium anisopliae, crescido em meio contendo agroquímicos.
Tratamento
Testemunha
Pyrazosulfuron
Bentazon
Doses
(ha)
60 mL
100 mL
1,2 L
2,0 L
CV (%)
Testemunha
Clomazone
Glifosato
Quinclorac
CV (%)
0,8 L
1,4 L
2L
4L
500 g
750 g
Conídios
7
(10 esporos/mL)
Experimento 1
4,55±0,05 a
8,51±0,19 a
4,68±0,07 a
7,03±0,40 a
3,81±0,23 b
5,29±1,68 a
4,40±0,11 a
6,85±0,73 a
4,50±0,08 a
7,84±0,50 a
4,75
16,66
Experimento 2
4,89±0,03 a
15,50±2,00 a
4,79±0,08 ab
11,52±1,23 ab
4,78±0,06 ab
10,12±1,30 bc
4,78±0,05 ab
7,15±0,63 c
4,57±0,08 b
8,96±0,59 bc
4,74±0,06 ab
9,85±0,90 bc
4,72±0,09 ab
9,15±0,37 bc
1,43
11,62
Diâmetro (cm)
Valor
(1)
de T
Classificação(2)
87
66
83,71
93,46
C
C
C
C
79,04
71,77
56,42
64,89
70,21
66,51
C
C
C
MT
C
C
C
Médias ± EP seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância.
Médias transformadas pela √x + 0,5. (1)Valores de T determinados segundo Alves et al. (1998). (2)Classificação: 0-45
incompatível (I); 46-60 moderadamente tóxico (MT); > 60 compatível©
Considerando os critérios propostos por Alves et al. (1998), para determinação do
valor de T constatou-se que glifosato na dose mínima foi moderadamente tóxicos ao
isolado CG 891 de M. anisopliae. Os demais agroquímicos e suas respectivas doses
testadas mostraram-se compatíveis (Tabela 1).
Reduções acentuadas na germinação desse isolado de M. anisopliae foram
constatadas para os herbicidas, principalmente quinclorac e pyrazosulfuron na dose
máxima, os quais reduziram em cerca de 40% a germinação dos esporos com relação ao
tratamento controle. Bentazon, clomazone e glifosato mostraram reduções menores, no
entanto ambas as doses testadas atuaram negativamente sobre o fungo (Tabela 2).
Com base nessas informações e nos resultados obtidos para ensaios realizados in
vitro, pode-se determinar o nível de inocuidade dos agroquímicos para o microrganismo de
interesse. No entanto, para resultados onde a toxicidade fica confirmada in vitro, novos
estudos são necessários para buscar compreender se a relação se mantêm e qual sua
intensidade para as condições de campo.
Tabela 2. Germinação de conídios de Metarhizium anisopliae isolado CG 891 em pré e
pós-contato ± EP para alguns agroquímicos utilizados na cultura do arroz irrigado.
Tratamento
Testemunha
Pyrazosulfuron
-1
Doses (ha )
60 mL
100 mL
1,2 L
2,0 L
Germinação
91±0,06 a
65±0,28 bc
55±0,32 c
Bentazon
75±0,13 ab
74±0,08 b
CV (%)
4,75
Testemunha
85±0,14 a
Clomazone
0,8 L
70±0,23 b
1,4 L
60±0,19 b
Glifosato
2L
66±0,15 b
4L
66±0,05 b
Quinclorac
500 g
44±0,31 c
750 g
35±0,14 d
CV (%)
3,62
Percentagens médias ± EP seguidas da mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de
Tukey a 5% de significância. Médias transformadas pela √x + 0,5.
A presença de agentes de controle biológico nos arrozais e a inocuidade desse
entomopatógeno frente a alguns produtos instiga a viabilização de uma proposta de manejo
integrado para o controle desse inseto, já que em sua maioria o controle de T. limbativentris
vem sendo realizado através de pulverizações com agroquímicos.
Os herbicidas testados reduzem a germinação dos conídios de M. anisopliae, isolado
CG 891; pyrazosulfuron é moderadamente tóxico ao mesmo isolado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, S.B., MOINO JR. A., ALMEIDA, J.E.M. Produtos fitossanitários e
entomopatógenos. In: ALVES, S.B. (ed.), Controle microbiano de insetos. Piracicaba,
FEALQ, 1998. p.217-238.
COSTA, E.A.D., MATALO, M.B., ALMEIDA, J.E.M., LOUREIRO, E.S., SANO, A.H. Efeito
de herbicidas utilizados em cana-de-açúcar no desenvolvimento in vitro do fungo
entomopatogênico Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin. Pesticidas: Revista de
Ecotoxicologia e Meio Ambiente. v.14, p.19-24, 2004.
MARTINS, J.F. DA S., BOTTON, M., CARBONARI, J.J., QUINTELA, E.D. Eficiência de
Metarhizium anisopliae no controle do percevejo-do-colmo Tibraca limbativentris
(Heteroptera: Pentatomidae) em lavoura de arroz irrigado. Ciência Rural, v.34, p.16811688, 2004.
NEVES, P. M. O. J., HIROSE, E., TCHUJO, P. T., MOINO JR., A. Compatibility of
entomopathogenic fungi with neonicotinoid insecticides. Neotropical Entomology, Vacaria,
v. 30, p. 263-268, 2001.
PRANDO, H.F., KALVELAGE, H., FERREIRA, R.A. Ciclo de vida de Tibraca limbativentris
Stal, 1860 (Hemiptera: Pentatomidae) em condições de laboratório. Revista Brasileira de
Entomologia, v.37, p.335-339, 1993.
INFLUÊNCIA DE FATORES ABIÓTICOS NA ABUNDÂNCIA E RIQUEZA DA
FAUNA DE ARANHAS NA LAVOURA DE ARROZ IRRIGADO E ÁREAS
ADJACENTES
Everton N. L. Rodrigues1,2 e Milton de S. Mendonça Jr.1,3. 1PPG Biologia Animal, Depto. de
Zoologia, IB, UFRGS ([email protected]); 2Museu de Ciências Naturais,
Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul; 3Depto. de Ecologia, IB, UFRGS
([email protected]).
Muitos autores têm estimado que a densidade de aranhas tem uma grande variedade
entre habitats naturais e modificados, como os agroecossistemas (Wise, 1993). Entretanto,
poucos estudos foram realizados comparando os mesmos, ou pesquisando a influência de
fatores abióticos nessa fauna. Do único estudo publicado para o Rio Grande do Sul sobre a
fauna de aranhas na lavoura de arroz (Corseuil, 1994) os autores não citam a influência
desses fatores na araneofauna.
Devido a escassez de conhecimento sobre essa relação, o presente trabalho tem
como objetivo avaliar o efeito de fatores abióticos (precipitação e temperatura) na
abundância e riqueza de aranhas no agroecossistema e ambientes adjacentes.
As coletas foram realizadas na Estação Experimental do Arroz (EEA) do IRGA,
Cachoeirinha, RS, na Depressão Central do Estado. No local de estudo foram amostradas
quatro áreas: campo, arroz 1, arroz 2 e borda da mata. O campo localizado
aproximadamente 10 metros de distância da lavoura de arroz (pousio); a vegetação
manteve-se inconstante, crescendo ali espécies vegetais características dos campos em
volta das lavouras de arroz na região. A área de arroz utilizada foi dividida em duas
subáreas (arroz 1 e arroz 2). A única barreira separando as duas subáreas foi um pequeno
canal de irrigação com aproximadamente 2 metros de largura. O sistema de plantio foi o
convencional e o cultivar foi o BR IRGA 410. Foram aplicados os herbicidas FACET 750
PM (300g por hectare), STAM 480 (4 litros por hectare) e Sirius 250 SC (60 ml por hectare).
Durante o desenvolvimento da lavoura não foram utilizados inseticidas, com o intuito de
não influenciar as populações de artrópodes encontradas nas áreas. Uma quarta área foi
utilizada para coletar indivíduos com objetivo de complementar a lista de espécies e
elucidar aspectos da heterogeneidade espacial da região. Esta área encontra-se na borda
de uma mata a aproximadamente 80 metros de distância da área de arroz amostrada.
Em cada área foram utilizados dois transectos para amostragem padronizada da
araneofauna, totalizando ao final de cada coleta oito transectos. Foram efetuadas coletas
de 20/10/2004 a 06/06/2005 cobrindo as diferentes fases na lavoura de arroz e áreas
adjacentes. Foram realizadas 17 coletas, as três primeiras efetuadas antes do arroz ter
sido semeado; o intervalo entre a 4ª e a 14ª amostragens no período de desenvolvimento
da lavoura; e as três últimas realizadas após o arroz ter sido colhido (na chamada
reesteva). Foram realizadas coletas com rede de varredura (50 golpes) sempre no período
matinal.
A identificação e tombamento do material foram realizados no Museu de Ciências
Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Foram realizadas análises de
correlação paramétrica entre a riqueza e abundância e os dados abióticos (temperatura
média e pluviosidade). Estes valores foram disponibilizados pela FEPAGRO (Fundação
Estadual de Pesquisa Agropecuária).
Foi coletado um total de 2717 aranhas, incluindo jovens e adultos, distribuídas em 15
famílias. A predominância foi de aranhas jovens (2138 indivíduos) sobre as adultas (579);
destas prevaleceram as fêmeas (318) sobre os machos (261). Foram determinadas 85
espécies entre as aranhas adultas, a mais registrada no arroz foi Alpaida veniliae e na
borda e campo foi Oxyopes salticus.
Os dois parâmetros comparados aqui, riqueza e abundância, espelham a diversidade
encontrada no local; segundo Rosenzweig (1995) diversos fatores afetam a diversidade,
incluindo sazonalidade, heterogeneidade espacial, competição, predação, tipo de habitat,
estabilidade ambiental e produtividade. Conforme observado, as quatro áreas variam nos
seus resultados e valores e, possivelmente, muitos destes fatores citados acima tiveram
relação com estas oscilações.
A correlação entre os dados abióticos (temperatura e pluviosidade) e a abundância e
riqueza (Figs. 1 e 2), somente houve correlação significativa (p < 0,05) entre temperatura e
abundância na borda (R2 = 0,3106)(Tab. I). Já para a precipitação em nenhum momento
ocorreu significância nas correlações entre as variáveis analisadas.
Pode-se notar que a curva da pluviosidade tem um padrão inconstante, pois no
período em que foram realizadas as amostragens (entre 2004-2005), o estado do RS
passou por uma forte estiagem e os padrões nas quantidades de chuva variaram muito, o
que de alguma forma pode ter influenciado esta falta de correlação entre estes fatores.
Vijaykumar (2004) em lavouras de arroz na Índia, também registrou valores não
significativos para a correlação entre temperatura e umidade na população de aranhas na
plantação estudada.
Como se pode observar nesta pesquisa, não foi encontrada uma grande influência de
fatores abióticos na araneofauna, entretanto, são necessários mais estudos para confirmar
estes resultados ou demonstrar um novo padrão.
200
30
180
Indivíduos
140
20
120
100
15
80
10
60
40
5
20
0
0
1
2
3 4
Campo
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17
Coletas
Arroz1
Arroz2
Borda
T (°C)
Indivíduos
160
Temperatura (°C)
25
200
10
180
9
160
8
140
7
120
6
100
5
80
4
60
3
40
2
20
1
0
Precipitação (mm)
Tabela I. Correlação entre os dados abióticos (temperatura e precipitação) e a riqueza e
abundância das áreas estudadas na Estação Experimental do Arroz, IRGA, Cachoeirinha,
RS, Brasil (* valor de R significante para p < 0,05).
Áreas
Abundância
Riqueza
Temperatura
Precipitação
Temperatura
Precipitação
Campo
0,0513
0,0275
0,1888
0,042
Arroz 1
0,0162
0,033
0,1331
0,1691
Arroz 2
0,0005
0,0296
0,82
0,1712
Borda
0,3106*
0,1105
0,0565
0,0656
0
1 2
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Coletas
Campo
Arroz1
Arroz2
Borda
P (mm)
Figura 1. Relação entre a abundância com a temperatura (°C) e a precipitação
(mm) registradas em cada uma das áreas nas 17 amostragens realizadas no
período de 20/10/2004 a 6/06/2005 na Estação Experimental do Arroz, IRGA,
Cachoeirinha, RS, Brasil.
12
30
12
10
25
10
8
20
6
15
4
10
2
5
0
0
10
7
6
6
5
4
4
3
2
2
1
1
2
3
Campo
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17
Coletas
Arroz1
Arroz2
Borda
T (°C)
0
Precipitação (mm)
8
8
Riqueza
Temperatura (°C)
Riqueza
9
0
1
2
3
Campo
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17
Coletas
Arroz1
Arroz2
Borda
P (mm)
Figura 2. Relação entre a riqueza de espécies com a temperatura (°C) e a precipitação
(mm) registradas em cada uma das áreas nas 17 amostragens realizadas no período de
20/10/2004 a 6/06/2005 na Estação Experimental do Arroz, IRGA, Cachoeirinha, RS, Brasil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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lavoura de arroz irrigado no município de Itaqui, Rio Grande do Sul. Biociências 2(2): 4956.
ROSENZWEIG, M. L. 1995. Species diversity in space and time. Cambridge, Cambridge
University Press. 436p.
VIJAYKUMAR, P. B. V. 2004. Spider fauna of paddy ecosystem in selected areas of
Tungabhadra Project in Karnataka. Journal of Agricultural Sciences 17(3): 584-585.
WISE, D. H. 1993. Spiders in ecological webs. Cambridge, Cambridge University Press.
Xiii+328p.
EFEITO DE DOSES DE INSETICIDAS APLICADAS ÀS SEMENTES DE
ARROZ NO CONTROLE DO GORGULHO-AQUÁTICO Oryzophagus oryzae
José Francisco da Silva Martins(1), Uemerson Silva da Cunha(2), Anderson Dionei
Grützmacher(2), Maria Laura Turino Mattos(1) Márcio Bartz das Neves(2), Wagner da Roza
Härter(2), Calisc de Oliveira Trecha(2), Edson de Oliveira Jardim(2) e Luiz Felipe Thomaz(3).
1
Embrapa Clima Temperado, BR 392, km 78, CP 403, 96.001-970, Pelotas, RS,
([email protected]), 2UFPel-FAEM-DFS, 3FMC Química do Brasil Ltda.
O gorgulho-aquático Oryzophagus oryzae (Costa Lima, 1936) (Coleoptera:
Curculionidae) é o inseto mais prejudicial ao arroz irrigado por submersão no Sul do Brasil.
Reduz em até 18% a produtividade da cultura, principalmente, devido ao corte das raízes
pelas larvas (bicheira-da-raiz). Práticas culturais do arroz podem reduzir a população do
inseto. Em certas situações, porém, não evitam níveis de infestação larval economicamente
prejudiciais, o que demanda o uso de inseticidas químicos, aumentando custos de produção e
riscos de contaminação ambiental (Martins et al., 2001). Três métodos de aplicar inseticidas
em arroz, o tratamento de sementes, a pulverização foliar e a distribuição de inseticidas
granulados na água de irrigação, são eficientes no controle do inseto (Botton et al., 1999).
O uso do tratamento de sementes em arroz com inseticidas tem aumentado devido à
maior intensidade do ataque de insetos-praga de solo nas últimas safras. No sistema
convencional de cultivo, o tratamento de sementes, reduz os danos da bicheira-da-raiz, na
fase pós-inundação, e pode controlar outros insetos-praga de solo na fase pré-inundação.
Outros motivos têm promovido o uso do tratamento de sementes: a possibilidade de reduzir
a densidade de semeadura (Martins et al., 2000) e o advento do cultivo de arroz híbrido,
que passa a requerer menores densidades de semeadura, porém, para garantia de uma
população mínima adequada de plantas na lavoura, dependerá do tratamento de sementes.
Entre alguns dos inseticidas testados para controle de O. oryzae, via tratamento de
sementes, o carbosulfano tem atingido eficiência similar à de fipronil (Botton et al., 1999;
Martins et al., 2005), sendo este último já registrado para controle do inseto. Outros
estudos indicam ser possível reduzir até 60% a dose de inseticidas aplicados às sementes
e manter elevada eficiência de controle de O. oryzae (Grützmacher et al., 2000). A
associação de menores densidades de semeadura com menores doses de inseticidas,
poderá minimizar custos de produção e riscos de impacto ambiental negativo. Neste
contexto, foi realizado este trabalho para avaliar a eficácia de doses dos inseticidas
bifentrina e carbosulfano, no controle de O. oryzae, via tratamento de sementes.
Dois experimentos foram realizados na área experimental da Embrapa Clima
Temperado (Capão do Leão, RS). O primeiro, na safra 2005/06, conforme a metodologia a
seguir: delineamento em blocos casualizados, sete tratamentos [carbosulfano (Fenix 800
TS, 125, 250 e 375g i.a.100 kg de sementes-1); carbosulfano (Fenix 250 TS, 375g i.a.100
kg de sementes-1); fipronil (Standak 250 FS, 30g i.a.100 kg de sementes-1); carbofurano
(Furadan 100 G, 400 g i.a.ha-1) e testemunha (sem inseticida)] e quatro repetições;
parcelas experimentais de 8,8 m2 (onze fileiras de plantas, com 4 m de comprimento,
espaçadas 0,20 m), cercadas por taipas, com entrada e saída individual da água de
irrigação, para evitar a mistura de tratamentos; cultivar BRS Taim, semeada na densidade
de 100 sementes viáveis por metro linear; irrigação por inundação, 30 dias após a
emergência das plantas; avaliação da população larval, 25 e 35 dias pós-inundação (DAI)
por meio da retirada, em cada parcela, de quatro amostras de solo e raízes, com auxílio de
um amostrador (seção de cano de PVC) com 10 cm de diâmetro e 20 cm de comprimento;
aplicação do inseticida carbofurano 15 dias após a inundação das parcelas, por meio de
um aplicador manual tipo saleiro; colheita de grãos.
No segundo experimento (safra 2006/07), a metodologia foi similar à adotada em
2005/06, ocorrendo apenas as seguintes alterações: avaliação de nove tratamentos
[bifentrina (Capture 120 TS, 96, 120 e 144 g i.a.100 kg-1); carbosulfano (Fenix 800 TS, 250,
315 e 375 g i.a.100 kg-1); fipronil (Standak 250 FS, 30 g i.a.100 kg-1); carbofurano (Furadan
100 G, 400g i.a.ha-1) testemunha (sem inseticida)]; parcelas experimentais de 7,9 m2 (nove
fileiras de plantas, com 5 m de comprimento, espaçadas 0,175 m); cultivar BRS Firmeza;
avaliação da população larval, 24 e 39 DAI. Nos dois experimentos foi realizada a análise
de variância, comparando as médias pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05). A mortalidade média
de larvas foi corrigida pela fórmula de Abbott (1925).
Em 2005/06, na primeira avaliação da população larval de O. oryzae (25 DAI), os
tratamentos de semente com carbosulfano (Fenix 800 TS) nas doses de 250 e 375g
i.a.100 kg-1 e carbosulfano (Fenix 250 TS) na dose de 375 g i.a.100 kg-1, apresentaram
eficiência de controle similar ao fipronil (Standak 250 TS) na dose de 30g i.a.100 kg-1,
padrão para o tratamento de sementes (Tabela 1). Os tratamentos com carbosulfano mais
eficientes na primeira avaliação repetiram tal comportamento na segunda avaliação (35
DAI). Atingiram eficiência similar à do fipronil, como também do carbofurano (Furadan 100
G), na dose de 400 g i.a.ha-1, inseticida padrão-geral, aplicado na água de irrigação, com
MC= 100%. O tratamento de sementes com carbosulfano (Fenix 800 TS) na dose de 125 g
i.a.100 kg-1, tanto na primeira como na segunda avaliação, foi menos eficiente, superando,
significativamente, apenas o tratamento testemunha (Tabela 1).
Ainda em 2005/06, segundo a análise de variância, não ocorreram diferenças
significativas entre tratamentos quanto à produtividade de grãos (Tabela 1). Porém, a
equação de regressão (P= 9011,96 - 92,73NL; r2= 0,90) entre o peso de grãos (P) e
número de larvas (NL), apontou uma redução de 1,1% na produtividade (Kg.ha-1) a cada
larva/amostra. Como aos 35 DAI, no tratamento testemunha, o número de larvas/amostra
foi 15,7 (Tabela 1), a perda de produtividade média evitada pelos inseticidas seria de ±
17,5%, equivalendo a ± 1600 kg.ha-1.
Tabela 1. Efeito dos inseticidas Fenix TS (carbosulfano)1, Standak FS (fipronil)1 e Furadan
G (carbofurano)2, na população larval de Oryzophagus oryzae e produtividade de grãos da
cultivar BRS Taim. Safra 2005/06.
25 DAI
35 DAI
Produtividade
3
4
-1(n.s.)
5
NL
MC
NL
MC
Kg.ha
Dif. (%)
Fenix 800 TS (125)
2,4 b
75
4,6 b
71
8673
+ 15,1
Fenix 800 TS (250)
0,6 bc
94
0,7 c
96
9170
+ 21,8
Fenix 800 TS (375)
0,2 c
98
0,7 c
96
8659
+ 14,9
Fenix 250 TS (375)
0,8 bc
92
1,4 c
91
8695
+ 15,4
Standak 250 FS (030)
0,0 c
100
0,3 c
98
8625
+ 14,5
Furadan 100 G (400)
0,0 c
100
9172
+ 21,7
Testemunha
9,8 a
15,7 a
7534
1
g de i.a.100 kg de sementes-1; 2Aplicado na água de irrigação (400 g de i.a.ha-1); 3Número de
larvas/amostra de solo e raízes; 4Mortalidade corrigida (%) pela fórmula de Abbott; 5Aumento em relação
ao tratamento testemunha. Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente pelo teste
de Tukey (P ≤ 0,05).
Tratamento
Em 2006/07, na primeira avaliação da população larval de O. oryzae (24 DAI),
apenas os tratamentos de semente com carbosulfano (Fenix 800 TS) nas doses de 315 e
375g i.a.100 kg-1, atingiram eficiência de controle similar à do inseticida fipronil (Standak
250 TS), padrão, na dose de 30g i.a.100 kg-1 (Tabela 2). Na segunda avaliação (39 DAI),
todos os tratamentos químicos apresentaram significativamente a mesma eficiência do
padrão carbofurano. Comparativamente ao padrão fipronil, apenas o tratamento com
bifentrina (Capture 120 TS), na dose de 120g i.a.100 kg-1, foi inferior. Esse tipo de resultado
evidencia a necessidade de rever a época da segunda avaliação da população larval. Na
safra 2006/07, os reflexos dos tratamentos químicos sobre a produtividade de grãos foram
mínimos (Tabela 2).
Tabela 2. Efeito dos inseticidas Capture TS (bifentrina)1, Fenix TS (carbosulfano)1,
Standak FS (fipronil)1 e Furadan G (carbofurano)2, na população larval de Oryzophagus
oryzae e produtividade de grãos da cultivar BRS Firmeza. Safra 2006/07.
Tratamento
Capture 120 TS (096)
Capture 120 TS (120)
Capture 120 TS (144)
Fenix 800 TS (250)
Fenix 800 TS (315)
Fenix 800 TS (375)
Standak 250 TS (030)
Furadan 100 G (400)
Testemunha
24 DAI
NL3
MC4
3,4 b
73
2,8 bc
78
3,6 b
72
2,0 bc
84
0,9 cd
93
1,1 bcd
91
0d
100
12,9 a
-
39 DAI
NL
0,8 bc
1,6 b
0,8 bc
0,7 bc
0,8 bc
0,2 bc
0c
0,2 bc
10,4 a
MC
93
85
92
93
92
98
100
98
-
Produtividade
Dif. (%)5
Kg.ha-1(n.s.)
8598
+ 2,4
8500
+ 1,3
8262
- 1,6
9016
+ 7,4
8452
+ 0,7
8327
- 0,8
8426
+ 0,4
8327
- 0,8
8395
-
1
g de i.a.100 kg de sementes-1; 2Aplicado na água de irrigação (400 g de i.a.ha-1); 3Número de larvas/amostra de solo e
4
5
raízes; Mortalidade corrigida (%) pela fórmula de Abbott; Aumento em relação ao tratamento testemunha. Médias
seguidas pela mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05).
Como o tratamento de sementes de arroz com determinadas doses de carbosulfano
[Fenix 250 TS (375g i.a.100 kg-1) e Fenix 800 TS (250 a 375g i.a.100 kg-1)] atingiu eficiência
de controle da população larval de O. oryzae (92% ≤ MC ≤ 98%), significativamente igual à
dos padrões fipronil e carbofurano, considera-se que o inseticida possui potencial para uso
no sistema de manejo integrado do inseto. A viabilidade para uso do carbosulfano, porém,
pode ser melhor avaliada considerando, além da eficiência técnica no controle do inseto,
outros aspectos como o econômico (custo/benefício, visto que o nível de controle
econômico do inseto foi aumentado para 5 larvas/amostra padrão) e o ambiental (tipo e
nível de impacto ao ambiente, comparativamente ao de outros inseticidas). Por último, com
base nos efeitos de bifentrina sobre O. oryzae, recomenda-se a reavaliação do inseticida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBOTT, W.S. A method of computing the effectiveness of an insecticide. Journal of
Economic Entomology, v.18, n.1, p. 265-267, 1925.
BOTTON, M.; CARBONARI,J.J.; MARTINS, J.F. da S. Eficiência de métodos de aplicação
de inseticidas no controle de Oryzophagus oryzae (Costa Lima, 1936) (Col.: Curculionidae),
na cultura do arroz irrigado. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, v.5, n.1, p.71-77, 1999.
GRUTZMACHER, A.D.; MARTINS, J.F. da S.; CUNHA, U.S. da; AZEVEDO, R. de; PAN,
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Iguassu, Brazil, Abstracts. Londrina: Embrapa Soja, 2000. p. 683 (Book 2).
MARTINS, J.F. da S.; CARBONARI, J.J.; PRANDO, H.F. Gorgulho-aquático-do-arroz,
Oryzophagus oryzae (Col.: Curculionidae). In: VILELA, E.F.; ZUCCHI, R.A.; CANTOR, F.
(eds.). Histórico e impacto das pragas introduzidas no Brasil, com ênfase na
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MARTINS, J.F. da S.; FRANCO, D.F.; AZAMBUJA, I.H.V.; GRÜTZMACHER, A.D.
Tratamento de sementes de arroz para controle do gorgulho-aquático e redução da
densidade de semeadura. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2000. 2p. (Embrapa Clima
Temperado. Recomendação Técnica, 14).
MARTINS, J.F.S.; MATTOS, M.L.T.; GRUTZMACHER, A.D.; CUNHA, U.S.; NEVES, M.B.
das; GIOLO, F.P.; HÄRTER, W. da R. Redução de doses dos inseticidas fipronil e
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Oryzophagus oryzae (Col.: Curculionidae). In: REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ
IRRIGADO, 26., 2005, Santa Maria. Anais. Santa Maria : UFSM, 2005. p.120-122.
POTENCIAL DE INSETICIDAS DERIVADOS DE NIM PARA CONTROLE DO
GORGULHO-AQUÁTICO Oryzophagus oryzae E APLICAÇÃO EM SISTEMAS
SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO DE ARROZ
Uemerson Silva da Cunha(1), José Francisco da Silva Martins(2), Anderson Dionei
Grützmacher(1), Maria Laura Turino Mattos(2), Paulo César Bogorni(3), Márcio Bartz das
Neves(1), Edson de Oliveira Jardim(1), Calisc de Oliveira Trecha(1). 1FAEM/UFPel,
Departamento de Fitossanidade, Campus Universitário, CP 354, 96010-970, Pelotas, RS.
([email protected]), 2Embrapa Clima Temperado, 3ESALQ/ USP.
Dentre os insetos-praga da cultura do arroz irrigado por inundação, destaca-se o
gorgulho-aquático Oryzophagus oryzae (Costa Lima) (Coleoptera: Curculionidae), cujo
dano é ocasionado principalmente pelas larvas (bicheira-da-raiz), podendo reduzir em até
18% a produtividade (Martins & Prando, 2004). O potencial de dano do inseto, porém, tem
sido ampliado, considerando que atualmente modificou drasticamente o caráter de
distribuição agregada, sendo encontrado na quase totalidade da área das lavouras de arroz
irrigado (Martins et al., 2004).
O controle de O. oryzae tem sido efetuado basicamente por meio de inseticidas
químicos, aplicados preventivamente às sementes de arroz (Grützmacher et al., 2003) ou,
curativamente (distribuição direta de granulados) na água de irrigação do arrozal, cerca de
20 dias pós-inundação definitiva (Botton et al., 1999). A pulverização foliar, cerca de 3 dias
pós-inundação, visando atingir os adultos durante o acasalamento e oviposição, é também
uma tática eficiente de controle (Martins et al., 1996 e 1997; Botton et al., 1999),
apresentando como vantagem, ao tratamento de sementes, a possibilidade de ser baseada
no nível populacional de controle econômico do inseto (NCE), componente indispensável à
implementação do Manejo Integrado de Pragas (MIP). A pulverização foliar pode também
evitar a necessidade de aplicar inseticidas granulados na água de irrigação, desde que
sejam disponibilizados produtos com viabilidade técnica, econômica e ambiental para este
fim (Martins et al., 1996).
O nim Azadirachta indica A. Juss. (Meliaceae), cujo principal composto é a
azadiractina, é mundialmente estudado quanto ao seu potencial inseticida, de maneira que
a atividade de seus extratos é comparável à dos melhores inseticidas sintéticos comerciais
(Schmutterer, 1990). Além de apresentar baixa toxicidade ao homem, o nim tem ação
contra mais de 400 espécies de insetos-praga, causando múltiplos efeitos, como:
repelência, interrupção do desenvolvimento e da ecdise, atraso no desenvolvimento,
redução na fertilidade e fecundidade, e várias outras alterações no comportamento e na
fisiologia que podem causar a morte dos insetos (Martinez, 2002). Neste contexto,
considerando que recentemente a orizicultura irrigada por inundação passou a demandar
por sistemas sustentáveis de produção, como por exemplo a Produção Integrada e a
Produção Orgânica de Arroz, que preconizam, respectivamente, o menor uso possível e o
não uso de agroquímicos, a utilização de inseticidas naturais a base de nim, via
pulverização foliar, pode ser uma alternativa viável para o controle de O. oryzae. O uso
desses produtos em pulverização foliar pode proporcionar melhores índices de segurança
ambiental e alimentar, prerrogativas básicas à maior competitividade da cadeia produtiva
do cereal em diferentes mercados consumidores. Assim, este trabalho objetivou avaliar o
potencial de inseticidas a base de nim para o controle de O. oryzae, via pulverização foliar,
na cultura do arroz irrigado por submersão.
O experimento foi instalado na Estação Experimental Terras Baixas, Embrapa Clima
Temperado, Capão do Leão, RS, na safra de 2006/07, em delineamento de blocos ao
acaso com 4 repetições e 9 tratamentos (Tabelas 1 e 2). As parcelas experimentais, com
área útil de 7,9 m2, consistiram de 9 fileiras de plantas (com 5 m de comprimento,
espaçadas 0,175 m), da cultivar BRS Firmeza, semeada na densidade de 120 sementes
viáveis por metro linear. A irrigação por inundação ocorreu 30 dias após a emergência das
plantas. As demais práticas de manejo da cultura foram realizadas conforme as
recomendações técnicas da pesquisa para o sul do Brasil (SOSBAI, 2005). As caldas
referentes aos respectivos tratamentos foram aplicadas nas parcelas por meio de um
pulverizador costal, pressurizado a CO2 e equipado com bico tipo leque XR 110:02, num
volume de 200 L.ha-1. A população de larvas de O. oryzae foi avaliada 28 e 37 dias após
inundação (DAI) em quatro amostras de solo e raízes, retiradas em cada parcela, por meio
de um amostrador (seção de cano de PVC) com 10 cm de diâmetro, aprofundado 8,5 cm
no solo. A produção de grãos foi obtida em 4,9m2 das parcelas. Os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas por Tukey (P ≤ 0,05).
Tabela 1. Inseticidas a base de nim (Azadirachta indica) e de fipronil, avaliados quanto ao
potencial para controle de Oryzophagus oryzae. Capão do Leão, RS. 2006/07.
Nome comercial
i.a./composição
NeemAzal-T/S
Azadirachtina A
Natuneem agrícola
Óleo de nim
Extrato vegetal
DalNeem emulsionável
Organic neem
Torta de nim
1
Klap 200 SC
fipronil
1
2
Padrão de comparação (testemunha química); ni= não informada.
i.a. (%)
1
ni2
ni
ni
20
Empresa
Trifolio - M
Natural Rural
Dalquim
Dalquim
Basf S/A
Na avaliação realizada aos 28DAI se constatou que, dentre os inseticidas naturais,
apenas o NeemAzal-T/S a 0,5%, pulverizado aos 3 e 6DAI, apresentou eficiência de
controle de 48 e 36% respectivamente, equiparando-se ao inseticida Klap 200 SC (padrão
de comparação), sem, no entanto, ter diferido da testemunha (Tabela 2). Na avaliação
realizada aos 37DAI, além do NeemAzal-T/S a 0,5%, pulverizado 3 e 6DAI, também se
destacaram o NeemAzal-T/S a 0,25% pulverizado aos 6DAI, o DalNeem emulsionável e o
Organic neem, os quais não diferirem do inseticida Klap 200 SC, embora também não
tenham diferido significativamente do tratamento testemunha (Tabela 2). Por outro lado,
NeemAzal-T/S a 0,25% pulverizado 3 DAI, e o Natuneem agrícola, em ambas as
avaliações, não reduziram significativamente a população larval, comparativamente a
testemunha, e apresentaram eficiência de controle muito aquém a do fipronil.
Tabela 2. Efeito de inseticidas a base de nim (Azadirachta indica), aplicados em
pulverização foliar, sobre o número de larvas (NL) de Oryzophagus oryzae e produção de
grãos (PG). Capão do Leão, RS. 2006/07.
28 DAI
37 DAI
EP1
Inseticida (% p.c)
PG4(ns)
DAI
NL2
EC3
NL
EC
NeemAzal T/S (0,25)
3
6,4 a
30
5,1 a
23
9933
NeemAzal T/S (0,50)
3
4,8 ab
48
2,4 ab
63
9552
NeemAzal T/S (0,25)
6
7,7 a
16
4,3 ab
36
9533
NeemAzal T/S (0,50)
6
5,9 ab
36
4,3 ab
35
9768
Natuneem agrícola (0,50)
3
11,1 a
0
6,3 a
5
9093
DalNeem emulsionável (0,50)
3
7,7 a
17
3,8 ab
43
9633
30
9534
Organic neem (0,50)
3
7,7 a
17
4,6 ab
Klap 200 SC (0,06)5
3
0,5 b
94
0,3 b
96
9198
Testemunha
9,2 a
6,6 a
9411
1
Época de pulverização (EP) em dias após a inundação (DAI); 2NL por amostra de solo e raízes, 28 e 37 DAI; 3Eficiência
de controle corrigida (%) pela fórmula de Abbott; 4PG em kg.ha-1; 5padrão de comparação (fipronil) em L.p.c.ha-1. ns= não
significativo. Médias, na coluna, seguidas por letras distintas diferem entre si pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05). Dados
originais de NL; para análise estatística foram transformados em x + 0,5 .
É importante considerar que, apesar da máxima eficiência de controle de O. oryzae
alcançada pelos inseticidas naturais, aos 28DAI, ter sido de apenas 48% (Tabela 2), houve
um incremento significativo em relação a alguns tratamentos, como o NeemAzal-T/S a
0,5% pulverizado 3 DAI (EC=63%) e DalNeem emulsionável (EC=43%), quando avaliados
37 DAI. Além disso, mesmo que as diferenças não tenham sido significativas, há evidência
de que o aumento da dosagem de NeemAzal T/S (0,25 para 0,5%), pulverizado 3 ou 6 DAI,
elevou cerca de 20% a eficiência de controle de larvas aos 28DAI (Tabela 2). Não foram
constatadas diferenças significativas entre os tratamentos quanto à produtividade de grãos
(Tabela 2), o que pode estar relacionado à reduzida área útil da parcela experimental.
Apesar da escassez de pesquisas relacionadas ao efeito de inseticidas naturais em
gorgulhos-aquáticos, sobretudo no Brasil, há relato, porém, para o gorgulho-aquático
americano Lissorhoptrus oryzophilus Kuschel (Coleoptera: Curculionidae), de redução do
número de lesões de alimentação ocasionadas pelo inseto, em folhas tratadas com solução
de óleo de nim a 2,5%. Ademais, a concentração estimada, em laboratório, para reduzir em
50% a alimentação foi de 4,4%, sendo que, acima de 10%, ocorreu fitotoxidez (Mochizuki,
1993). Assim, pode-se considerar que há potencial para que alguns inseticidas derivados
de nim, como NeemAzal-T/S, DalNeem emulsionável e Organic neem, sejam utilizados
como medida alternativa e complementar no controle de larvas de O. oryzae, em sistemas
sustentáveis de produção, como a produção integrada e orgânica de arroz. Há
necessidade, porém, de maior conhecimento sobre determinados aspectos, como
eficiência de dosagens e épocas de pulverização dos produtos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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técnicas para o sul do Brasil. Santa Maria: SOSBAI, 2005. 159p.
DIAGNÓSTICO DAS PRAGAS DO ARROZ EM ASSENTAMENTOS DO INCRA
EM FORMOSO DO ARAGUAIA, TO
Dino M. Soares1; José Alexandre F. Barrigossi1; Michael Thung2, Carlos M. Santiago1;
Francismar R. Gama3, Evaldo C. Martins4. 1Embrapa Arroz e Feijão, Caixa Postal 179, CEP
75375-000, Sto. Ant. de Goiás, GO. ([email protected]). 2Consultor Embrapa Arroz e
Feijão. 3Ruraltins. 4Pref. Municipal de Formoso do Araguaia, TO.
O município de Formoso do Araguaia está localizado no Vale do Rio Javaés, onde
se encontra a maior área contínua apta para a cultura de arroz irrigado no Estado do
Tocantins, com aproximadamente 1,2 milhão de hectares. Além das lavouras extensivas,
existem no município cinco assentamentos do Incra, ocupando uma área acima de 53 mil
ha, onde vivem mais de 500 famílias. No período chuvoso, os rios transbordam cobrindo
grande parte da área plana. Essa característica faz com que o arroz irrigado seja a única
cultura possível de ser explorada no período chuvoso.
Com o objetivo de diagnosticar a situação atual de controle de pragas no ambiente
dos assentamentos, foram aplicados questionários dirigidos aos produtores. Em julho de
2006, foram entrevistados 97 produtores, de três assentamentos: Lagoa da Onça, Três
Poderes e Caracol 2. O questionário foi elaborado com base no conhecimento da realidade
local e informações obtidas com profissionais da região, incluindo uma listagem das
principais pragas e outros aspectos relacionados às práticas de manejo da cultura do arroz.
A importância das pragas foi obtida de acordo com a percepção dos produtores e
classificadas dentro de uma escala de severidade que variou de 1 a 4, sendo 1 o nível mais
grave e 4 o nível menos grave. As pragas mencionadas foram: bicheira da raiz; brusone;
lagarta das folhas; lagarta elasmo; percevejo do colmo; percevejo do grão; plantas
daninhas, pássaros e ratos. Além das pragas, foi permitido que os entrevistados
indicassem outros problemas relacionados ao manejo da cultura. Esses dados são
referentes às safras 2004/2005 e 2005/2006
Todos os entrevistados praticam a agricultura de pequena escala ou familiar. O
tempo médio dos produtores com experiência na atividade agropecuário é de seis anos. O
tamanho médio das propriedades é de 37 ha, sendo a época de cultivo predominante é a
das águas e a maior parte da colheita é realizada no mês de maio.
O inseto-praga mais conhecido dos produtores é o percevejo, na opinião de 81% dos
entrevistados. A maior freqüência de ocorrência de insetos-praga é a do percevejo,
segundo 69% dos produtores e 3% as lagartas.
A decisão de manejo das pragas, segundo 57% dos produtores, é tomada quando a
presença do inseto é detectada e 48% fazem o manejo preventivamente em intervalos
regulares.
Quanto ao uso de agrotóxicos, os inseticidas são os mais utilizados inclusive, em
número de aplicações. Do total de entrevistados, 59% aplica inseticida duas vezes e 11%
aplica uma vez. Apenas 2% dos produtores souberam informar qual o produto que utilizam:
Folisuper e Tamaron, sendo este último não registrado para a cultura do arroz. Apenas 7%
utiliza herbicidas, mas não souberam responder qual o produto e apenas 3% aplicam
fungicida uma vez.
Sobre os inimigos naturais das pragas, 17% responderam que sapos, pássaros,
aranhas, e joaninha, são os mais conhecidos; 66% sabem que existem mas não souberam
informar quais são os inimigos naturais do arroz e 27% informaram não conhecer..
Sobre o manejo integrado de pragas (MIP), 64% dos produtores informaram que
desconhecem a tecnologia e 7% conhecem por meio de eventos agropecuários, televisão e
palestras realizadas no assentamento. Quando questionados sobre a possibilidade de
adotar o MIP, 52% responderam que concordam em experimentar a tecnologia, mas 29%
não concordam ou não manifestaram interesse. A falta de interesse demonstrada por parte
dos produtores pode estar associada ao desconhecimento dos benefícios do MIP,
caracterizando a necessidade de implementar ações de transferência em MIP.
Quanto à sua importância, as pragas apontadas como de maior gravidade, foram
pássaros, percevejo do grão, brusone, ratos, lagarta elasmo, percevejo do colmo, lagarta
das folhas e plantas daninhas. Os pássaros e o percevejo do grão foram os que tiveram
maior relevância na gravidade 1; 36% e 24%, respectivamente (Figura 1). Com gravidade
2, os pássaros e plantas daninhas têm maior incidência com 11% e 12%, respectivamente.
Em seguida, com 8%, está o percevejo do grão (Figura 2). Com gravidade 3, os maiores
percentuais de ataque são os pássaros (16%), ratos (8%) e percevejo do grão (7%) (Figura
3). Com gravidade 4, estão os pássaros com 9%, os ratos com 8% e lagarta das folhas
com 4%.
Na Figura 4 é apresentado o percentual de gravidade de incidência das pragas na
cultura do arroz em Formoso do Araguaia. Foi verificada a gravidade de incidência de cada
uma das pragas. Em seguida, foi selecionada cada praga com maior gravidade. Em alguns
casos, uma mesma praga, teve o mesmo percentual de incidência com gravidades
diferentes: lagarta das folhas com 7% de incidência com gravidades 1 e 2; percevejo do
colmo também com 7% de incidência com gravidade 1 e 2; os ratos tiveram a mesma
incidência (8%) com gravidades 1, 3 e 4. Como se trata de praga que exige manejo,
portanto, optou-se por selecionar pelo grau de maior gravidade, ou seja, gravidade 1.
Em 2004, 92% dos entrevistados utilizaram agrotóxico no manejo do percevejo do
grão; 22% para lagarta das folhas; 18% para a brusone; 14% para o percevejo do colmo e
apenas 1% para o manejo de plantas daninhas.
Dentre os agrotóxicos utilizados na cultura do arroz, os produtores consideram os
inseticidas mais eficientes (71% dos produtores), em seguida estão os herbicidas com 69%
dos produtores e os fungicidas com 66% dos produtores.
Na avaliação dos produtores assentados a perda devido a pragas foi de 22%. Esse
percentual de perda contradiz a afirmativa dos produtores de que é fácil manejar as pragas
na cultura do arroz. Isso também evidencia que as recomendações técnicas disponíveis
para o manejo das pragas não são adotadas.
Diagnosticados os problemas fitossanitários da cultura do arroz nos assentamentos é
possível implantar um programa de capacitação para produtores e agentes da assistência
técnica, bem como estabelecer parcerias para fomentar ações de transferência de
tecnologias em nível de propriedade
40
30
12
20
8
10
4
0
0
F ig. 1. P raga s co m gra vida de 1 na c ultura do arro z
40
P ra ga s
F ig. 3 . P ra ga s c o m gra v ida de 3 na c ult ura do a rro z
Pássaros
P á s s aro s
G1
0
0
P ra gas
F ig. 2 . P ra ga s c o m gra v idade 2 na c ult ura do a rro z
G2
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Gravidade (%)
30
Pe
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12
P á s s a ro s
16
P e rc e nt ua l de gra v ida de ( G 1e G 2 )
F ig. 4 . P e rc e nt ua l de gra v ida de da s pra ga s na c ult ura do
a rro z
COLONIZAÇÃO DE ARROZ E DE LAGARTAS DE Spodoptera frugiperda
POR BACTÉRIA ENDOFÍTICA GENETICAMENTE MODIFICADA
Fátima T. Rampelotti1; Anderson Ferreira2 Paulo T. Lacava2; José Djair Vendramim1;
Welington L. Araújo2; João Lúcio de Azevedo2. 1Departamento de Entomologia,
Fitopatologia e Zoologia Agrícola, ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-900.
([email protected]). 2Departamento de Genética, ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11
- Caixa Postal 83, 13400-970, Piracicaba, SP.
Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), conhecida como
lagarta-do-cartucho, é originária das zonas tropicais e subtropicais do continente
americano. Devido a sua alta polifagia apresenta grande importância econômica para
diferentes culturas tais como arroz (Oryza sativa L.), milho (Zea mays L.) e algodão
(Gossypium hirsutum L.), entre outras (Arthur et al., 2002). Esse inseto danifica a cultura do
arroz por se alimentar de plantas jovens antes da inundação definitiva, sendo mais
importante para o sistema de arroz irrigado convencional (Busato et al., 2004). O controle
dessa lagarta é realizado basicamente pela utilização de inseticidas químicos, sendo,
portanto, necessários novos estudos para viabilizar estratégias dentro das propostas do
manejo integrado de pragas (MIP) nas diferentes culturas, para suprimir as populações
infestantes.
Os avanços biotecnológicos têm permitido identificar microrganismos endofíticos
promissores no controle biológico de insetos-praga (Azevedo et al., 2000). Microrganismos
endofíticos são aqueles que habitam o interior das plantas sem causar qualquer efeito
negativo aparente (Hallmann et al., 1997). Azevedo & Araújo (2007) definiram endófitos
como todos os microrganismos que habitam o interior da planta hospedeira, sem causar
danos aparentes ou estruturas externas visíveis, excluindo desta maneira microrganismos
que fixam nitrogênio atmosférico e produzem nódulos nas raízes vegetais, como também
os fungos micorrízicos, ambos conceitualmente endofíticos, mas que apresentam
características próprias e são bem mais estudados que os endofíticos que habitam partes
aéreas de plantas. A presença desses microrganismos pode conferir proteção, resistência
a insetos, melhoria no desenvolvimento, entre outros benefícios (Azevedo et al., 2000;
Araújo et al., 2002; Scherwinski et al., 2007). Além da ocorrência natural de endófitos nas
plantas, muitos estudos estão sendo realizados com microrganismos geneticamente
modificados (MGM) com intuito de avaliar a forma de colonização do hospedeiro usando
microscopia de fluorescência (Lacava et al., 2007). Essa forma de colonização das plantas
pode possibilitar o uso desses MGMs para conferir resistência aos insetos, visto que o
microrganismo poderia ser transformado com gene(s) responsável pela morte do inseto
alvo.
Dentro desse contexto, esse trabalho teve o objetivo de avaliar a colonização de uma
bactéria endofítica geneticamente modificada em plântulas de arroz e em lagartas de S.
frugiperda, sendo realizados os seguintes experimentos:
(i) Colonização de arroz por Methylobacterium mesophilicum geneticamente
modificada. Utilizou-se a bactéria endofítica M. mesophilicum transformada geneticamente
com um plasmídeo contendo o gene repórter da GFP (Green Fluorecent Protein) e um
gene marcador conferindo resistência ao antibiótico tetraciclina. Sementes da cultivar de
arroz Epagri 112 foram germinadas em meio de cultura MS (Murashige & Skoog) a 26ºC
com 12 h de fotoperíodo. Sete dias após a germinação, as plântulas foram retiradas do
meio de cultura e suas raízes foram submersas em uma suspensão de células bacterianas
na concentração de 108 células ml-1, por uma hora. Após o contato com as bactérias, as
plântulas foram transplantadas para frascos contendo o meio MS e mantidas nas mesmas
condições fototérmicas da germinação. Aos cinco e dez dias após a inoculação, foram
realizados isolamentos de M. mesophilicum da parte aérea das plântulas de arroz,
utilizando 1 g de tecido, o qual foi submetido à desinfestação superficial (1 min em álcool
70%; 2 min em hipoclorito de sódio 2,5%; e lavagens em água destilada autoclavada),
sendo macerado em 5 ml de tampão PBS (tampão fosfato). Alíquotas foram plaqueadas
em meio de cultura contendo o antibiótico tetracilclina (50 µg ml-1). A condição de
incubação foi de 30ºC por sete dias. Após a incubação, o número total de unidades
formadoras de colônia (UFC) foi avaliado. Paralelamente, cortes in natura das plântulas de
arroz inoculadas foram analisadas, quanto à colonização, por microscopia de fluorescência.
(ii) Interação de M. mesophilicum com S. frugiperda. Utilizou-se a mesma bactéria
endofítica do experimento anterior. Lagartas de S. frugiperda de 3º ínstar, mantidas em
criação de laboratório sob dieta artificial (Parra, 2001), foram utilizadas para condução do
bioensaio, que constou de dois tratamentos, com e sem M. mesophilicum. Nos tubos
contendo a bactéria esta foi inoculada por meio da aspersão de 50 µL de suspensão
bacteriana (108 ml-1). Transferiu-se uma lagarta para cada tubo mantendo-os em condições
laboratoriais (25º±1ºC e com 12h de fotoperíodo).
As avaliações para detectar a presença da bactéria no trato digestivo da lagarta
foram realizadas as 24, 48 e 96 h após a instalação do bioensaio. Para este procedimento,
cinco lagartas de cada tratamento foram submetidas a um processo de assepsia (30 s em
álcool 70%; 30 s hipoclorito de sódio 2,5%; 30 s em álcool 70%; e duas lavagens em água
destilada autoclavada), sendo separadas a cabeça e o restante do corpo. O corpo de cada
lagarta e as cabeças de cada tratamento foram macerados em PBS (proporção 1 g tecido
para 10 ml de PBS), sendo plaqueados 100 µl do macerado por placa de meio de cultura. A
condição de incubação foi de 30ºC por 7 dias. A fim de se observar a presença da bactéria
após a passagem pelo trato digestivo da lagarta, fez-se a diluição das fezes em PBS e
plaqueamento como nos procedimentos anteriores. Para cada época de reisolamento de
bactérias, foram analisadas cinco lagartas utilizando três repetições para cada inseto.
No experimento (i), onde se avaliou o número de UFC bacterianas isoladas das
plântulas de arroz inoculadas com M. mesophilicum, expressando GFP, observou-se a
colonização da parte aérea do arroz aos cinco e dez dias após a inoculação. Essa
colonização foi constatada tanto nos ensaios de reisolamento em meio de cultura quanto
nas análises de cortes in natura em microscópio de fluorescência. O número médio de UFC
obtidas aos cinco e dez dias após a inoculação foi de 5x101 e 8,2x101 UFC.g-1 de tecido
respectivamente.
No experimento (ii), onde se avaliou o número de UFC bacterianas isoladas de S.
frugiperda, observou-se a presença de M. mesophilicum nas amostras do trato intestinal e
da cabeça das lagartas avaliadas somente após 96 horas. O número médio de UFC
obtidas do trato intestinal e cabeça foi de 8x102 e 2x102 UFC.g-1 de tecido,
respectivamente. Não se observou UFC nos reisolamentos realizados a partir das fezes
das lagartas, para todas as épocas avaliadas.
M. mesophilicum expressando um gene marcador foi capaz de colonizar plântulas de
arroz e sobreviver no trato intestinal das lagartas. No presente trabalho, o gene inserido na
bactéria era responsável pela produção da proteína GFP, a qual não é tóxica ao inseto. No
entanto, se genes responsáveis pela produção de uma proteína tóxica ao inseto forem
inseridos, esse microrganismo endofítico pode se tornar um candidato no controle de S.
frugiperda. As plântulas inoculadas com a bactéria passariam a ser resistentes ao inseto
por antibiose.
Como a presença da bactéria nas lagartas foi observada somente 96 h após a
inoculação algumas hipóteses podem ser consideradas. Uma delas é a possibilidade de o
isolamento ter sido realizado antes de a bactéria ter sofrido ação das enzimas gástricas do
inseto, mas nesse caso é preciso considerar as avaliações anteriores (24 e 48 h), pois o
mesmo poderia ter acontecido. Cabe ainda ressaltar que a quantidade de alimento ingerido
pelas lagartas foi maior que o ingerido no início do bioensaio onde elas lagartas eram
menores, devendo-se assim considerar o fator de diluição do material durante o
reisolamento. Outra hipótese estaria relacionada ao período que a bactéria levaria para
colonizar o interior do inseto.
Dessa forma, estudos mais aprofundados sobre os mecanismos envolvidos na
interação entre inseto, bactéria e planta são necessários para que se possa definir melhor
uma estratégia de controle. A estimativa da freqüência inicial e a possibilidade de
crescimento dessa bactéria no interior do trato digestivo do inseto podem se constituir em
ferramenta importante para engenheirar um microrganismo capaz de expressar genes de
interesse no controle endossimbiótico de S. frugiperda.
Apoio financeiro: CNPq.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DIVERSIDADE E SIMILARIDADE DE ARANHAS EM LAVOURA DE ARROZ
IRRIGADO COM UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES INSETICIDAS EM
CACHOEIRA DO SUL, RS
Everton N. L. Rodrigues1,2, Milton de S. Mendonça Jr.1,4, Jaime V. de Oliveira3, Erica H.
Buckup2, Maria A. L. Marques2, Lídia M. Fiúza3, Eduardo Amilibia3, José P. de Freitas3,
Jaceguay I. de Barros3, Jorge L. Cremonese3. 1. PPG Biologia Animal, Depto. de Zoologia,
IB, UFRGS ([email protected]); 2. Museu de Ciências Naturais, Fundação
Zoobotânica do RS; 3. EEA, IRGA, Cachoeirinha, RS; 4. Depto. de Ecologia, IB, UFRGS.
As aranhas estão entre os mais abundantes predadores em agroecossistemas
(Greenstone & Sunderland, 1999), entretanto, são poucos os estudos sobre essa fauna
associada às culturas. A araneofauna tem sido intimamente vinculada à complexidade
estrutural do ambiente (Rypstra et al. 1999), portanto, as pesquisas relacionadas a
diversidade de aranhas em agroecossistemas são de grande importância. A partir destes
estudos pode-se observar se o ambiente modificado se manteve ou continua em
permanente mudança.
No Brasil, nenhum estudo foi publicado relacionando diferentes inseticidas (produtos
químicos) e a fauna de aranhas no arroz irrigado. O presente trabalho tem como objetivo
analisar o comportamento de alguns inseticidas sobre a araneofauna na lavoura de arroz.
Foram realizadas seis coletas entre 31/01 e 1/03/2007 com intervalo médio de uma
semana, sempre às 19hs, metodologia de rede de varredura para amostrar a araneofauna
nas plantas do arroz. A área de estudo foi na Barragem do Capané, IRGA, Cachoeira do
Sul, safra de 2006/2007. Utilizou-se cinco parcelas com diferentes tratamentos químicos
(inseticidas): T1, Xentari (500 ml/hectare); T2, Curbix (125 ml/hectare); T3, Karate (150
ml/hectare); T4, Tamaron (125 ml/hectare) e T5, parcela sem tratamento químico (controle).
Efetuou-se 50 redadas em movimentos de avanço pendulares em cada parcela. O material
coletado foi acondicionado em vidros e levado até o laboratório. Para conservação foi
utilizado álcool etílico a 80%. A identificação e tombamento foi realizada no Museu de
Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do RS. Análises foram efetuadas a partir dos
programas: PASt (Paleontological Statistics, versão 1.34) e SPSS®. Para averiguar a
existência de diferenças estatísticas entre os fatores (tratamentos e tempo), e as variáveis
riqueza de espécies, abundância, n° de adultos e jovens, foi realizada MANOVA (análise
de variância multivariada) com pós-teste de Tukey (p < 0,05).
Um total de 840 aranhas foram coletadas, entre jovens (61%) e adultos (39%). Foram
registradas durante as coletas 10 famílias, com o grande predomínio de Araneidae (81,3%),
seguida de Anyphaenidae (8,5%), Tetragnathidae (5,3%) e Oxyopidae (2,5%); as menos
abundantes foram Miturgidae (0,16%) e Theridiidae (0,08%) (Fig. 1). As duas famílias com
maior abundância também foram as com maior riqueza específica. Das famílias cinco
pertencem a guilda das caçadoras, duas das construtoras de teias orbiculares e irregulares,
respectivamente, e uma pertence às emboscadoras.
Foram determinadas 18 espécies, a mais registrada foi Alpaida veniliae (73,9%),
seguida de Oxyopes salticus (5,47%); cinco espécies (28% do total) foram representadas
por somente um indivíduo (singletons) (Tabela. I). A maior riqueza foi encontrada na área
sem tratamento (S=11), o índice de diversidade de Shannon-Wiener foi mais alto nesta
área (1,264); a menor foi registrada na área onde foi utilizado Karate (S=7). Como para a
abundância, a riqueza também demonstra que a área onde foi utilizado este produto foi a
que sofreu maior impacto e, como esperado, a área sem utilização de tratamento foi a
menos afetada, ilustrando o forte dano causado por esses produtos na fauna de
predadores que ocorrem junto às pragas na lavoura de arroz.
A maior abundância foi registrada na área sem tratamento (N= 222; 32,6%) a menor
onde foi utilizado Karate (135; 19,8) (Fig. 2b). Das áreas com utilização de produtos
químicos, onde foi utilizado Xentari apresentou maior abundância (176; 25,6).
A abundância declinou na 3ª coleta (Fig. 2a) em todos tratamentos, após ocorreu
progressivamente um aumento no número de aranhas. Este padrão pode ter ocorrido tanto
pela ação dos produtos químicos, quanto algum outro fator abiótico que pode ter ocorrido.
A partir da MANOVA, tratamento e tempo tiveram diferenças significativas para todas
as variáveis (abundância, riqueza, jovens e adultos) conjuntamente. Pela análise estatística
observou-se que as quatro variáveis foram fortemente influenciadas pelos tratamentos.
Utilizando o índice de Jaccard (Fig. 3) na análise de agrupamento (UPGMA) por
similaridade, os resultados demonstraram que os tratamentos 2 e 4 formam um
agrupamento com maior valor no índice de similaridade aplicado. Outro cluster foi formado
a partir das áreas T1 e T5, sendo aquelas com maior abundância, nota-se que entre os
inseticidas o Xentari (T1) foi o que demonstrou menor impacto na fauna de aranhas. A área
onde foi utilizado Karate (T3) formou um cluster isolado dos demais, possivelmente, o que
mais afetou a fauna de aranhas na área estudada demonstrando um forte impacto nessa
fauna.
4
1000
N
S
3
600
2
400
Riqueza S
Abundância N
800
1
200
Theridiidae
Miturgidae
Thomisidae
Linyphiidae
Salticidae
Lycosidae
Tetragnathidae
Oxyopidae
0
Anyphaenidae
Araneidae
0
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
300
a
250
b
200
Indivíduos
Indivíduos
Figura 1. Abundância e riqueza de aranhas coletadas nas seis amostragens na lavoura de
arroz irrigado em Cachoeira do Sul, RS, 2007.
150
100
50
0
1
2
3
Coletas
4
5
6
1
2
3
Tratamentos
4
5
Figura 2. Aranhas coletadas em Cachoeira do Sul, RS, 2007. a. Aranhas por coleta (Datas
amostrais: 1. 31/1/2007; 2. 01/2; 3. 07/2; 4. 14/2; 5. 23/2; 6. 01/3/2007). b. Aranhas por
tratamento (1. Xentari; 2. Curbix; 3. Karate; 4. Tamaron; 5. Controle – sem produto químico;
barras: intervalo de confiança).
5
1
2
4
3
1
2
3
4
5
1
0,9
0,8
Similaridade (Jaccard)
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
Figura 3. Similaridade entre a fauna de aranhas nos
cinco diferentes tratamentos utilizados nas amostragens
em Cachoeira do Sul, RS, 2007 (Índice de Jaccard).
Tabela I. Lista de espécies (somente aranhas adultas) coletadas a partir de cinco diferentes tratamentos
utilizados na lavoura de arroz irrigado em Cachoeira do Sul, RS, 2007.
Espécies
Alpaida veniliae
Arachosia sp.
Arachosia sp. 2
Argiope argentata
Argiope trifasciata
Argyrodes sp.
Cheiracanthium inclusum
Gea heptagon
Lycosa thorelli
Misumenops pallidus
Notiohyphantes excelsus
Oxyopes salticus
Salticidae
Sanogasta maculatipes
Sanogasta sp.
Tetragnatha jaculator
Tetragnatha nitens
Tetragnatha sp.
N (Adultos)
S (riqueza de espécies)
T1
58
3
1
1
0
0
0
0
0
1
0
3
0
3
2
1
4
2
79
11
T2
34
0
0
2
0
1
0
0
0
0
1
4
1
1
0
0
3
0
47
8
Tratamentos
T3
T4
37
49
0
4
0
0
0
1
1
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
1
5
3
1
1
0
3
2
0
0
0
3
3
0
0
50
65
7
8
T5
61
1
2
0
1
0
1
0
1
0
1
4
1
1
4
1
4
2
85
14
Total
239
8
3
4
2
1
1
1
1
1
3
19
4
8
8
2
17
4
326
Tratamentos: T1. Xentari
T2. Curbix
T3. Karate
T4. Tamaron
T5. Controle – sem produto químico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GREENSTONE, M. H. & SUNDERLAND, K. D. 1999. Why a symposium on spiders in
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PARASITISMO SOBRE POSTURAS DO PERCEVEJO-DO-COLMO-DOARROZ EM SANTA CATARINA, BRASIL
Cinei Teresinha Riffel1 Honório Francisco Prando2 Mari Inês Carissimi Boff1
1.Departamento de Fitotecnia, CAV-UDESC, Av. Luís de Camões 2090, 88520-000, Lages,
SC, ([email protected]) 2.Estação Experimental de Itajaí (Epagri), CP- 277, CEP88301970, Itajaí, SC.
Palavras-chave: Oryza sativa, controle biológico, Tibraca limbativentris, parasitóides.
O percevejo-do-colmo-do-arroz, Tibraca limbativentris Stal, 1860, (Hemiptera:
Pentatomidae) também conhecido como percevejo marrom, percevejo das hastes ou
percevejo grande do arroz é um dos insetos mais prejudiciais à cultura do arroz no Brasil
(Rosseto et al. 1972, Ferreira & Martins 1984, Ferreira et. al. 1986).
No estado de Santa Catarina, Brasil, desde a safra de 1987/88, o percevejo do colmo
vem causando prejuízos às lavouras de arroz principalmente na região do Alto Vale do
Itajaí, tradicional região produtora de arroz irrigado, Prando (2005).
O percevejo–do-colmo-do-arroz é favorecido pelo microclima formado na base dos
colmos do arroz, local de sua alimentação (Martins et al. 1991, Prando et al. 1993). Tanto
os adultos como as ninfas, a partir do segundo instar, alimentam-se nos colmos das plantas
do arroz e injetam saliva tóxica no sistema vascular, provocando os sintomas de “coraçãomorto” quando a cultura é atacada na fase vegetativa e de “panícula-branca” quando o
ataque ocorre na fase reprodutiva. Conforme Ferreira et al. (1997), o ataque desta espécie
pode provocar até 90% de redução no rendimento de grãos
O controle do percevejo–do-colmo-do-arroz restringe-se a aplicação de inseticidas,
que na maioria das vezes, dado ao comportamento do percevejo de se alojar entre os
colmos do arroz, não se traduz em medida eficaz para o seu controle. Embora as
recomendações técnicas apontem para o manejo integrado desta praga o uso de
agrotóxicos, sempre em primeira instância, é comum. Segundo Prando (2002) o uso
inadequado e indiscriminado dos agrotóxicos resulta em contaminação ambiental,
principalmente quando as áreas de produção se localizam próximas a mananciais hídricos,
que é o caso da maior parte das lavouras de arroz no Estado de Santa Catarina.
A busca de medidas para a redução dos problemas fitossanitários que visem o
restabelecimento e ou a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas de cultivo, reduzindo
ou mesmo eliminando o uso de produtos químicos sintéticos tem alavancado inúmeras
pesquisas.
Neste contexto o presente trabalho teve o objetivo estudar a ocorrência de
parasitismo em posturas de T. limbativentris em arrozais localizados no Alto, Médio e Baixo
Vale do Itajaí, região Norte e Sul do estado de Santa Catarina.
Na safra 2005/2006 foram realizadas coletas de ovos do percevejo-do-colmo-doarroz com indício de parasitismo em lavouras de arroz irrigado localizadas nos municípios
de Imbituba, Tubarão, Criciúma, Maçaranduba, Meleiro, Itajaí e Trombudo Central. As
coletas foram realizadas de forma aleatória nas lavouras com cinco amostragens por
região, totalizando vinte e cinco amostras.. Os ovos coletados foram acondicionados em
caixa de isopor, e levados até o Laboratório de Entomologia da Estação Experimental de
Itajaí-Epagri. No laboratório as posturas foram acondicionadas em placas de Petri forradas
com papel filtro umedecido e mantidas em temperatura ambiente até a emergência dos
parasitóides.
O parasitismo nas posturas foi observado pela variação na coloração dos ovos. Ovos
não parasitados apresentam uma coloração verde logo que são ovipositados e com a
proximidade da eclosão vão tornando-se róseos. Os ovos quando parasitados apresentam
coloração cinza que varia até a cor preta próximo da emergência dos parasitóides.
A partir das posturas de T. limbativentris coletadas nos arrozais obteve-se duas
espécies de parasitóides Telenomus podisi (Ashmead) e de Trissolcus urichi (Crawford),
(Riffel et al.., 2006).
Os dados apresentados na Tabela 1 e mostram que as espécies de parasitóides T.
podisi e T. urichi, obtidas por meio das coletas aleatórias de posturas de T. limbativentris
possuem alto potencial de parasitismo natural onde mais de 80% do total de ovos
coletados estavam parasitados.
Na Tabela 2 pode-se verificar o número de adultos emergidos a partir das posturas
parasitadas, bem como a presença das espécies em porcentagem obtida nas diferentes
regiões.
Tabela 1. Percentagem de parasitismo apresentado por ovos de Tibraca limbativentris
coletados em lavouras de arroz irrigado localizadas nas regiões do Alto, Médio e Baixo
Vale do Itajaí, Norte e Sul do estado de Santa Catarina.
Municípios
Criciúma
Imbituba
Itajaí
Maçaranduba
Meleiro
Trombudo Central
Tubarão
Total
Média
Ovos Coletados
o
(N )
125
170
1415
247
185
968
234
3344
Ovos Parasitados
o
(N )
113
147
1359
193
154
878
126
2970
Parasitismo
(%)
90,4
86,47
96,04
78,14
83,24
90,70
53,85
82,69
A espécie T. podisi foi aquela que apresentou maior abundância e um maior número
de ovos parasitados em todos os municípios e em média apresentou 75,01% de
parasitismo (Tabela 2). Já o parasitóide T. urichi apresentou um valor médio de
parasitismo de apenas 7,68% (Tabela 2), e não foi encontrado nas lavouras de Meleiros e
Tubarão. O maior índice de parasitismo apresentado por T. urichi foi observado nas
lavouras de Itajaí (Tabela 2).
Tabela 2. Número total de adultos de Trissolcus urichi e Telenomus podisi emergidos a
partir de ovos de Tibraca limbativentris e porcentagem de parasitismo por espécie de
parasitóide coletados em lavouras de arroz irrigado localizadas nas regiões do Alto, Médio
e Baixo Vale do Itajaí Norte e Sul de Santa Catarina.
Local de coleta
(Municípios)
Região
Criciúma
Imbituba
Itajaí
Maçaranduba
Meleiro
Trombudo Central
Tubarão
Total
Média Parasitismo
Sul
Sul
BaixoVale
Norte
Sul
Alto Vale
Sul
Ovos
Parasitados
(No)
113
147
1359
193
154
878
126
2970
T. urichi
13
15
321
28
0
5
0
382
Adultos (No)
(%)
T. podisi
10,4
8,82
22,69
11,34
0
0,52
0
7,68
100
132
1038
165
154
873
126
2588
(%)
80
77,65
73,36
66,80
83,24
90,19
53,85
75,01
Embora o baixo número de ovos 125, 185 e 234 encontrados e coletados nos
municípios localizados na região Sul compreendendo Criciúma, Meleiro e Tubarão
respectivamente o índice de parasitismo foi elevado assim como nos ovos coletados em
Imbituba onde dos 170 ovos parasitados, (Tabela 1), 132 estavam parasitados por T. podisi
e 15 ovos estavam parasitados por T. urichi (Tabela2). O maior índice de parasitismo
natural, 96,04% ocorreu em posturas coletadas nas lavouras de Itajaí (Tabela 1).
Por meio do levantamento realizado conclui-se que o índice de parasitismo natural de
ovos do percevejo-do-colmo-do-arroz, observado nas lavouras de arroz irrigado em Santa
Catarina foi acima de 80% e que a espécie T. podisi é de ocorrência freqüente e mais
abundante em todos os locais das coletas. Esta espécie apresenta grande potencial para
tornar-se um organismo de controle biológico se multiplicado e liberado em massa.
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Comitê de arroz para as Américas, 2, Pelotas,1972, 227p.
ASPECTOS BIOLÓGICOS DO PARASITÓIDE Telenomus podisi ASHMEAD
EM OVOS DO PERCEVEJO-DO-COLMO Tibraca limbativentris (STAL)
(HEMIPTERA: PENTATOMIDAE)
Cinei Teresinha Riffel1 Honório Francisco Prando2 Mari Inês Carissimi Boff1 1Departamento
de Fitotecnia, CAV-UDESC, Av. Luís de Camões 2090, 88520-000, Lages, SC,
([email protected]) 2Estação Experimental de Itajaí (Epagri), CP- 277, CEP88301-970,
Itajaí, SC.
Palavras-chave: Insecta, biologia, controle biológico
A constante busca por práticas de manejo de cultivos agrícolas que priorizem a
preservação do ambiente, a saúde e o bem estar do homem, tem alavancado pesquisas
que vão ao encontro de estratégias do manejo integrado de pragas.
O uso intensivo de produtos químicos e seu impacto negativo para o homem e o
ambiente bem como a constatação da redução de sua eficiência sobre as populações dos
insetos-praga e o efeito adverso sobre as populações de seus inimigos naturais,
demandam a redução de sua utilização, assim como a introdução de métodos de controle
de menor risco ambiental, que sejam mais seletivos, favorecendo assim as espécies de
inimigos naturais, presentes nos agroecossistemas.
Dentre o conjunto de inimigos naturais considerados agentes de controle biológico,
de insetos-praga estão os microhimenópteros parasitóides de ovos, grupo este considerado
muito promissor. No Brasil, os parasitóides de ovos dos gêneros Trissolcus e Telenomus
são encontrados em uma ampla faixa longitudinal, desde o Centro-Oeste (Medeiros et
al.1997), até o extremo sul do País (Moreira & Becker 1986). A utilização de inimigos
naturais como predadores e parasitóides, nativos ou exóticos, no controle biológico de
pragas têm sido consolidado e vêm sendo difundido em diversas culturas como algodão,
cana-de-açúcar, tomate, soja, trigo, mandioca e florestas (Parra, 2000).
Independente do sistema de cultivo utilizado, as plantas de arroz também sofrem
ataque de insetos sugadores principalmente do percevejo-do-colmo Tibraca limbativentris
(Stal,1860) (Hemiptera: Pentatomidae). Segundo Prando (2002) o percevejo-do-colmo tem
danificado a cultura de arroz em Santa Catarina, desde a safra de 1987/88, causando
prejuízos, estando atualmente distribuído em as regiões orizícolas do Estado.
Informações relacionadas ao emprego de organismos parasitas e/ou parasitóides de
ovos, sobre formas jovens ou adultos do percevejo-do-colmo são escassas.
Prando (2002) relata ter constatado com freqüência na região produtora de arroz
irrigado do Baixo Vale do Itajaí, Santa Catarina, posturas de T. limbativentris parasitadas
por microhimenópteros, sem no entanto indicar a espécie.
Coletas realizadas em diversas lavouras de arroz nas regiões do Alto, Médio e Baixo
Vale do Itajaí, em Santa Catarina demonstraram a ocorrência natural de ovos do percevejodo-colmo T. limbativentris, com sinais de parasitismo. Das posturas de T. limbativentris
parasitadas obteve-se as espécies de Telenomus podisi (Ashmead) e de Trissolcus urichi
(Crawford), (Riffel et al.2006a). Observações preliminares demonstraram que T. podisi
mostrou ter maior potencial de parasitismo sobre ovos de T. limbativentris em relação a T.
urichi, (Riffel et al. 2006b).
O presente trabalho teve como objetivo estudar, em condições de laboratório
atributos biológicos de T. podisi em relação à longevidade das fêmeas do parasitóide, o
índice de parasitismo, o período ovo-adulto bem como a razão sexual do parasitóide,
obtidos a partir de posturas parasitadas de T. limbativentris.
O experimento foi conduzido no Laboratório da Epagri, Estação Experimental de
Itajaí, no período de novembro de 2005 a março de 2006. Realizaram-se bioensaios com
40 fêmeas individualizadas. As unidades experimentais foram compostas por uma placa de
Petri, forada com papel filtro umedecido com água destilada através de um chumaço de
algodão, contendo uma massa de 20 ovos, previamente assepsiados, que recebia uma
fêmea do parasitóide. Como alimento foi fornecido mel puro disposto em um filete de papel
cartolina. As placas de Petri com as posturas e o parasitóide foram transferidas para uma
câmara tipo BOD com temperatura de 25±1oC e fotofase de 14 horas. Realizava-se
diariamente a renovação do alimento dos insetos que permaneciam vivos e da umidade
para evitar a dessecação dos ovos. Para a avaliação da longevidade das fêmeas
diariamente foram feitas avaliações para verificar os insetos que permaneciam vivos bem
como a remoção dos insetos mortos, as avaliações foram realizadas diariamente para
verificar a emergência dos parasitóides. O índice parasitismo dos ovos foi feito vistoriando
diariamente a modificação na coloração externa dos ovos do percevejo, que frescos são
esverdeados e quando parasitados após 4 ou 5 dias passam para uma coloração cinza.
Constatado a modificação da coloração os ovos foram contados. A viabilidade dos ovos foi
obtida por meio da contagem dos insetos que emergiam dos ovos parasitados. A razão
sexual dos parasitóides emergidos das 40 unidades experimentais foi calculada pela
fórmula RS= fêmeas/(machos+fêmeas).
A longevidade média apresentada pelas fêmeas de T. podisi tendo como hospedeiro
ovos de T. limbativentris foi de 5,97 dias (Tabela 1). O período entre a emergência e a
morte dos parasitóides foi relativamente curto. A longevidade dos parasitóides está
diretamente relacionada a sua alimentação, temperatura e umidade relativa do ar bem
como, ao gasto de energia com a cópula e oviposição (Corrêa-Ferreira, 1991). Fêmeas de
T. podisi apresentaram diferentes longevidades quando os hospedeiros variaram, conforme
Pacheco & Corrêa-Ferreira (1998), em ovos de Nezara viridula (L.), percevejo verde da
soja, a média de longevidade das fêmeas foi de 40,6 dias, em ovos de Euchistus heros
(Fabr.) as fêmeas tiveram uma longevidade de 30,9 dias, já em ovos de Piezodorus guildini
(Westwood) a longevidade média alcançada foi de 19,9 dias. O parasitóide T. podisi se
desenvolve de ovo a adulto dentro de ovos do hospedeiro. Dentro do ovo hospedeiro ele
passa pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto. O desenvolvimento é perceptível
externamente pela mudança na coloração dos ovos do hospedeiro. Em ovos de T.
limbativentris, que inicialmente apresentam uma coloração esverdeada, quando
parasitados a cor verde muda para cinza, quatro a cinco dias após o parasitismo. Próximo
à emergência os ovos parasitados tornam-se completamente escurecidos, pretos.
Observou-se que os machos desta espécie emergem um a dois dias antes das fêmeas.
Nos bioensaios realizados verificou-se que a duração média do período ovo-adulto de T.
podisi sobre o hospedeiro T. limbativentris foi de 10,1 dias (Tabela 1). Cividanes et al.
(1998), verificaram que em condições de campo o ciclo biológico (ovo-adulto), tempo para
emergência, de T. podisi tendo como hospedeiros ovos de E. heros se concentrou entre 14
e 16 dias, obtendo neste intervalo a emergência de mais de 50% da população de insetos
adultos. A média do parasitismo observado de T. podisi em ovos de T. limbativentris foi de
72,56% (Tabela 1). Em relação ao parasitismo obtido pode-se concluir que T. limbativentris
também é um hospedeiro adequado para esta espécie de parasitóides. O conhecimento
do potencial de parasitismo de uma espécie é fundamental para a avaliação do potencial
deste, como agente de controle biológico. O número médio de ovos parasitados por fêmea
foi de 14,5 ovos, tendo um intervalo de variação de 0 a 20 ovos (Tabela 2).
Tabela 1. Aspectos biológicos de Telenomus podisi criados em ovos de Tibraca
limbativentris. Itajaí, SC, 2005-06.
Parâmetros biológicos
Período ovo-adulto (dias)
Parasitismo(%)
No emergidos(viabilidade)
Razão sexual
Longevidade da fêmeas(dias)
Média ± E.P.
10,1± 1,5
72,56 ± 12,6
11,49 ± 2,2
0,65 ± 0,11
5,97 ± 0,9
Intervalo de variação1
(0-13)
(0-100)
(0-20)
(0-1)
(3-13)
1
= intervalo de variação observado.
Pacheco & Corrêa-Ferreira (1998), oferecendo ovos de percevejos E. heros, P.
guildini e também com N. viridula ao parasitóide T. podisi obtiveram um índice de
parasitismo igual a 70% , 38,6% e 8,1% respectivamente. Estes dados mostram que a
espécie de percevejo praga da cultura da soja E. heros é um hospedeiro adequados a está
espécie, o mesmo não acontecendo para P. guildini e N. viridula onde o índice de
parasitismo foi reduzido.
Tabela 2. Dados reprodutivos de Telenomus podisi em ovos de Tibraca limbativentris
(temperatura: 25 oC ± 1, fotofase : 14horas). Itajaí, SC, 2005-2006.
Aspectos avaliados
o
N ovos parasitados
o
N descendentes/fêmea
No de fêmeas
No de machos
1
2
Média ± E.P2.
14,5 ± 2,55
11,49 ± 2,2
8,74 ± 1,84
2,67 ± 1,07
Intervalo de variação1
0 - 20
0 - 20
0 - 18
0 - 20
Intervalo de variação observado
Erro Padrão
A média do número de insetos parasitóides emergidos obtida foi de 11,49 insetos por
fêmea (Tabela 2). Embora o índice de parasitismo tenha sido alto, este resultado não se
verificou na porcentagem de insetos emergidos ou na viabilidade. Nos bioensaios
realizados houve uma baixa viabilidade dos ovos, mas embora não tenha ocorrido
emergência de T. podisi também não houve eclosão de ninfas de T. limbativentris
mostrando assim que o parasitóide afetou o desenvolvimento embrionário do percevejo-docolmo. Cada fêmea em média deu origem a 11,19 adultos com uma variação de 0 a 20
insetos (Tabela 2). O número médio de descendentes fêmeas e machos foi de 8,74 e 2,67
respectivamente. A média da razão sexual foi de 0,65 (fêmeas: machos) (Tabela 1),
podendo-se verificar que os parâmetros de temperatura, densidade e tempo de exposição
não tiveram influência, pois a temperatura se manteve constante 25±1 oC bem como a
densidade que foi de apenas de uma fêmea. Porém o tempo de exposição variou, devido à
longevidade das fêmeas e mostrou ter influenciado.
Em conformidade com os resultados obtidos neste trabalho pode-se concluir que o
percevejo-do-colmo, T. limbativentris também é um hospedeiro adequado para o
desenvolvimento do parasitóide de ovos T. podisi, mostrando ser este um promissor agente
de controle biológico deste importante inseto-praga.
BIBLIOGRAFIA
CIVIDANES, F. J.; FIGUEIREDO, J. G.; CARVALHO D. R. Previsão da emergência de
Trissolcus brochymenae Ashmead e Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera:
Scelionidae) em condições de campo. Scientia Agrícola, Piracicaba, vol. 55 n. 1,
Jan/Apr. 1998.
CORRÊA-FERREIRA, B. S. Parasitóides de ovos de percevejos: incidência natural,
biologia e efeito sobre a população de percevejos da soja. Curitiba, UFPR, (Tese de
Doutorado). 1991, 229p.
MEDEIROS, M. A.; SCHIMIDT, F. G. V.; LOIÁCONO, M.S.; CARVALHO, V. F.; BORGES,
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Pentatomidae) no Distrito Federal, Brasil. Anais Sociedade Entomológica do Brasil, n.26,
p. 397-401, 1997.
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(Heteroptera: Pentatomidae) no estágio de ovo na cultura da soja: II. Parasitóides.
Anais Sociedade Entomológica do Brasil, n.15, p. 291-308, 1986.
PACHECO, D. J. P.; CORRÊA-FERREIRA, B. S. Potencial Reprodutivo e Longevidade
do Parasitóide Telenomus podisi Ashmead, em Ovos de Diferentes Espécies de
Percevejos. Anais Sociedade Entomológica do Brasil, n. 27(4), p.585-591. 1998.
PARRA, J. R. P. O Controle Biológico e o Manejo de Pragas: Passado, Presente e
Futuro. In GUEDES, J. C.; COSTA, I. D. da; CASTIGLIONI E. Bases e Técnicas do
Manejo de Insetos. Santa Maria: UFSM/CCR/DFS; Pallotti, 2000. 248p.
PRANDO, H.F. Manejo de Pragas em Arroz Irrigado. In Epagri, Sistema de produção de
do arroz irrigado em Santa Catarina (pré-germinado). Florianópolis, 2002, 273p.
RIFFEL, C. T.; PRANDO, H. F. BOFF, M. I. C. Identificação de Microhimenópteros
Parasitóides de Posturas do Percevejo-do-colmo (Tibraca limbativentris), em Santa
Catarina. Anais do XXI Congresso Brasileiro de Entomologia, Recife, 2006a.
RIFFEL, C. T.; PRANDO, H. F.; BOFF, M. I. C. Identificação de Microhimenópteros
Parasitóides de Posturas do Percevejo-do-colmo (Tibraca limbativentris), em Santa
Catarina, Brasil. Submetido: Rev. Neotropical Entomology, 2006b.
ESTUDO DO PERÍODO RESIDUAL DE STANDAK 250 FS (FIPRONIL) NO
CONTROLE DA BICHEIRA-DA-RAÍZ EM ARROZ IRRIGADO
Honório Francisco Prando1, Cinei Teresinha Riffel1 e Fátima Teresinha Rampelotti1.
1
Epagri/Estação Experimental de Itajaí. Caixa Postal 277 CEP 88.301-970 - Itajaí, SC :
([email protected])
O complexo de espécies de gorgulhos aquáticos (Oryzophagus oryzae entre outras)
é a principal praga do arroz irrigado no sistema de cultivo pré-germinado, em Santa
Catarina. Os adultos causam danos em sementes pré-germinadas nos primeiros dias após
a semeadura e posteriormente em plântulas (Prando, 1999). As larvas atacam o sistema
radicular da cultura e os inseticidas granulados a base de carbofurano têm controlado
satisfatoriamente as larvas. Entretanto, estes inseticidas são aplicados, na maioria das
vezes, quando o sistema radicular já está danificado.
O tratamento de sementes com inseticida Standak 250 SF (fipronil) evita que os
gorgulhos aquáticos prejudiquem o coleóptilo, radícula e plântulas, e, além disso, controla
as larvas logo após a eclosão, ainda na bainha foliar, antes que elas atinjam as raízes
(Prando, 1999). Embora se conheça a eficácia do inseticida Standak 250 SF, no controle
da bicheira-da-raiz, é de suma importância o conhecimento do período da ação residual
efetiva deste inseticida na planta do arroz. Objetivando determinar o período de ação
residual do inseticida Standak 250 FS, em tratamento de sementes de arroz no controle de
O. oryzae, foi realizado o presente trabalho.
O estudo foi realizado na Epagri - Estação Experimental de Itajaí, com arroz irrigado,
sistema de cultivo pré-germinado. A cultivar utilizada foi SCSBRS Tio Taka. O experimento
constou de sementes tratadas com Standak 250 FS (na dose de 160mL/100Kg) e
sementes não tratadas. As sementes foram tratadas três dias antes da hidratação. A
primeira semeadura em unidades experimentais (UE) iniciou em 28/07/05, a segunda dez
dias após e assim sucessivamente, para que no momento da infestação com insetos
adultos (28/09/05) as plantas estivessem para o tratamento a) 60 dias; tratamento b) 50
dias; tratamento c) 40 dias e tratamento d) 30 dias de idade respectivamente, a partir da
semeadura. O experimento foi realizado com quatro repetições, e em cada unidade
experimental, vasos com 25 cm de altura e 20 cm de diâmetro, foram estabelecidas 10
plantas de arroz com lâmina d’água de 10 cm. Cinco casais de O. oryzae foram colocados
em cada unidade experimental, protegida com tule, para evitar a fuga dos insetos. A
primeira infestação (5 casais/UE) ocorreu no dia 28/09/05 (plantas com 60, 50, 40 e 30 dias
após a semeadura), e uma reinfestação com três casais/UE, da mesma espécie, foi
realizada após uma semana da primeira. A manutenção da lâmina d’água nas unidades
experimentais, bem como o manejo e tratos culturais foram realizados sob condições
controladas, em abrigo de cultivo. Para a avaliação contou-se o número de larvas em cada
unidade experimental que ocorreu aos 45 dias após a primeira infestação das plantas com
insetos adultos. As unidades experimentais (vasos) foram avaliadas individualmente,
lavando-se o sistema radicular com um jato d’água em bandejas e registrando-se o número
de larvas encontradas.
Paralelamente a este experimento foram realizados dois bioensaios em laboratório.
Insetos adultos eram capturados nas áreas com arroz, sem tratamento com inseticidas, e
levados ao laboratório, separados em casais e colocados, (em número de três casais) em
cada tubo de ensaio com duas plantas de arroz, cujas sementes foram tratadas (Standak
250 FS na dose de 160ml/100Kg de sementes) e testemunha (sem tratamento), com cinco
repetições. Os insetos foram colocados sobre as plantas idades de 60, 50, 40, 30, 20 e 10
dias. As avaliações eram feitas diariamente registrando-se o número de insetos vivos,
mortos e eclosão de larvas em cada unidade experimental.
Os dados, expressos na Tabela 1, evidenciam que o tratamento de sementes de
arroz com Standak apresentou um efeito residual de até 67 dias controlando a bicheira-daraiz, larvas de gorgulhos-aquáticos.
O inseticida Standak, na dose utilizada, controlou acima de 93% as larvas de
Oryzophagus oryzae, independente da idade do arroz, de 30 a 67 dias. Observou-se ainda
que o número de larvas, em parcelas testemunhas, diminuiu substancialmente com o
aumento da idade da planta. É provável que as condições de postura e sobrevivência do
inseto não sejam tão favoráveis em plantas com idade superior a 47 dias.
Observou-se, também, que a infestação de insetos em plantas acima de 40 dias não
exterioriza sintomas de danos de bicheira-da-raiz. Isso sugere que as plantas com sistema
radicular bem desenvolvido sofrem menos o ataque da bicheira-da-raíz do que em plantas
na fase inicial da formação do sistema radicular.
Tanto no Experimento (Tabela 1), quanto nos bioensaios I e II (Tabelas 2 e 3), ficou
evidente que o poder residual do Standak atingiu 60 dias. Este período residual é suficiente
para proteger a planta de arroz do ataque das larvas do gorgulho aquático.
Tabela 1. Número médio de larvas de Oryzophagus oryzae, das unidades experimentais
com quatro repetições, com tratamento (Standak 160mL/100Kg) de sementes de arroz cv.
SCSBRS Tio Taka e sem tratamento (testemunha), avaliado aos 45 dias após a primeira
infestação com insetos adultos. Itajaí, SC. 2005/06.
Número médio de larvas/amostra2
Idade das plantas
1
(DAS)
Testemunha
125
212
61
25
30 e 37
40 e 47
50 e 57
60 e 67
1
Standak
0,8
1,0
0,8
1,7
Controle
(%)
99,4
99,5
98,7
93,5
2
Idade das plantas (em dias) no momento da infestação; Tamanho da amostra = 10 plantas.
Nos bioensaios observa-se que os insetos adultos (gorgulhos aquáticos) submetidos
à dieta de plantas de arroz com e sem tratamento de sementes foram afetados a partir do
terceiro dia de alimentação em plantas com 50 dias ou menos.
Bioensaio I
Tabela 2. Sobrevivência (%) de insetos adultos em bioensaio com dieta em plantas de
arroz, cv. SCSBRS Tio Taka, com tratamento de sementes (Standak 160mL/100Kg) e sem
tratamento (testemunha). Plantas com diferentes idades (dias após a semeadura). Itajaí,
2005/06.
Idade das
plantas
(dias)
60 (Standak)
50 (Standak)
40 (Standak)
30 (Standak)
20 (Standak)
10 (Standak)
30(Testem.)
4 DAI*
Insetos
vivos (%)
90,0
6,7
30,0
16,7
6,7
0,0
83,3
7 DAI
Insetos
vivos (%)
70,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
80,0
*DAÍ = dias após infestação; ** Até 12 dias após infestação.
10 DAI
Insetos
vivos (%)
54,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
80,0
Eclosão
de larvas
(quantidade)**
28
0
7
18
18
0
236
Controle
(%)
88,2
100,0
97,0
92,4
92,4
100,0
0,0
Bioensaio II
Tabela 3. Sobrevivência (%) de insetos adultos e eclosão de larvas (quantidade) em
bioensaio com dieta em plantas de arroz, cv. SCSBRS Tio Taka, com tratamento de
sementes (Standak 160mL/100Kg) e sem tratamento (testemunha), com plantas de
diferentes idades (dias após a semeadura). Itajaí, 2005/06.
2
Plantas
60
50
40
30
20
10
1
3 DAI
St
Test
100,0
100,0
16,7
100,0
46,7
100,0
20,0
96,7
36,7
100,0
16,7
100,0
6 DAI
St
40,0
0,0
13,3
0,0
3,3
0,0
1
10 DAI
St
Test
6,3
33,3
0,0
50,0
10,0
83,7
0,0
76,3
0,0
-4
0,0
43,7
Test
96,7
100,0
100,0
60,0
100,0
100,0
2
3
St
34
9
3
6
17
1
Larvas
Test
60
100
105
70
70
Controle
(%)
43,2
91,0
97,2
91,4
98,6
-1
Idade das plantas (em dias) no momento da infestação; Dias após a infestação; St = Standak 160ml 100kg sementes;
3
4
Test. = Testemunha; Número de larvas eclodidas até 12 dias após infestação; As plantas destruídas pelos insetos.
As lavouras de arroz irrigado, sistema de cultivo pré-germinado, implantadas com
sementes tratadas, cv. SCSBRS Tio Taka, com Standark 250 FS na dose de 160mL/Kg
não requer tratamentos posteriores para o controle da bicheira-da-raíz, pois o poder
residual ultrapassa aos 50 dias após a semeadura.
Após 47 dias da semeadura, há uma tendência de decréscimo no número de larvas
por unidade experimental, mesmo naquelas em que as sementes não foram tratadas com o
inseticida.
Sintomas de danos da bicheira-da-raíz não são manifestados visualmente na parte
aérea da planta do arroz, na cv. SCSBRS Tio Taka, quando adultos ocorrem depois de 40
dias da semeadura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PRANDO, H.F. Aspectos bioetológicos e de controle de Oryzophagus oryzae (Costa
Lima, 1936) (Coleoptera, Curculionidae) em arroz irrigado, sistema de cultivo prégerminado. Curitiba, 1999. Tese Doutorado. 102p. Universidade Federal do Paraná.
AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE GENÓTIPOS DE ARROZ IRRIGADO
EM SISTEMA PRÉ-GERMINADO, COM E SEM TRATAMENTO DE
SEMENTES PARA CONTROLE DO Oryzophagus oryzae
Honório Francisco Prando(1); Rubens Marschalek(1), Henri Stuker(1), Jaqueline Nogueira
Muniz(2), Khadine Thatiane Appio(2) (1)Epagri - Estação Experimental de Itajaí. C.P. 277,
88301-970, Itajaí, SC, ([email protected]) (2)Bolsista do CNPq junto à Epagri no
Projeto 507396/2004-9.
O gorgulho aquático (Oryzophagus oryzae, Costa Lima, 1936), cujas larvas são
conhecidas por bicheira-da-raiz do arroz, talvez seja um dos principais problemas da
orizicultura catarinense no que diz respeito a insetos-praga, pois as larvas deste inseto
danificam as raízes das plantas. O controle químico deste inseto é hoje a principal
alternativa utilizada pelos orizicultores em cerca de 134.000 ha de arroz irrigado, de um
total de 149.000 anualmente estabelecidos no estado de Santa Catarina. Do total da área
em que é usado inseticida, estima-se que 80% use o tratamento de sementes com fipronil,
e 20% utilize carbofuran. Esta situação, do ponto de vista ambiental, prejudica a imagem da
orizicultura, além de que, o uso de inseticidas, contribui para elevar o custo de produção.
Entretanto, apesar dos prejuízos elevados atribuídos a este inseto pelos agricultores, vários
estudos apontam para o fato destes estarem sendo superestimados. Estes estudos
demonstraram que a produtividade do arroz na presença da praga estatisticamente não
difere da produtividade do arroz tratado com inseticidas (OLIVEIRA; CABRAL, 1984;
OLIVEIRA, 1988; OLIVEIRA, 1993; MARTINS et. al, 1993; PRANDO; PEGORARO, 1993;
PRANDO, 1999; PRANDO, 2005). Isso, no entanto, não significa que tais diferenças,
embora estatisticamente pouco relevantes, não sejam economicamente importantes para o
produtor. Tais diferenças podem atingir até 29,9% (PRANDO, 1999). Mesmo assim, não
se conhece o nível de dano econômico desta espécie, o que dificulta ainda mais as
análises do grau de prejuízo que de fato este inseto imprime à cultura do arroz.
O relativo desconhecimento a respeito do real nível de dano econômico desta praga
impõe que se reflita sobre o custo-benefício do tratamento das lavouras de arroz irrigado
com inseticidas, ou, o custo de oportunidade de não tratá-las, ou ainda, de fazer um
tratamento mais racional, e não preventivo, a fim de reduzir o impacto ambiental negativo
da cultura. Uma possibilidade, neste sentido, seria a busca de alternativas ao controle
químico. Na tentativa de estudar melhor este complexo assunto, que envolve inúmeras
variáveis, estabeleceu-se este experimento, visando identificar uma eventual tolerância de
genótipos de arroz. Estudos anteriores (MARTINS; TERRES, 1989; MARTINS; TERRES,
1991; MARSCHALEK et. al., 2005) relatam que certa resistência ocorre em diferentes
genótipos de arroz, entre os quais a cultivar americana Dawn (SILVA et al., 2003),
apontando assim para a existência de variabilidade genética em relação à este caráter.
Partindo-se desta hipótese, visou-se com este estudo, apoiado em trabalho prévio de
avaliação de cultivares e linhagens de arroz (MARSCHALEK et al., 2005), identificar
genótipos tolerantes ao O. oryzae, os quais deveriam ser capazes de manter suas
produtividades a despeito da presença da praga. Isto é, pretendia-se identificar genótipos
que, mediante o tratamento com inseticida, ou sem este, originassem produtividades
semelhantes.
O ensaio foi conduzido na Epagri – Estação Experimental de Itajaí em 2005/06,
sendo testados 7 genótipos (Fator B: subparcelas) em dois tratamentos básicos (Fator A:
parcelas), ou seja, tratado com inseticida e não tratado, em blocos ao acaso com 2
repetições. As parcelas contendo os genótipos tratados com inseticida não foram
fisicamente separadas das parcelas não tratadas. O inseticida usado foi o fipronil, em
tratamento de sementes (37,5 g i.a./100kg de semente). Alguns dos genótipos foram
inclusos como “tolerantes” (linhagens SC 389 CL, SC 355 ME, e SC 377 ME), pois
apresentaram anteriormente (MARSCHALEK, et al., 2005) baixo número de larvas,
enquanto outros, com elevado número (SCSBRS Tio Taka, e as linhagens SC 385 CL e SC
350 ME), foram inclusos no ensaio como materiais suscetíveis. Os genótipos foram
semeados (100 kg/ha) a 28/9/05 em parcelas de 7,5 m x 7,5 m, sendo colhidas em cada
subparcela três amostras de 2 m2 cada uma, a fim de determinar qual a produtividade de
grãos. Os tratos culturas foram realizados conforme as recomendações técnicas para arroz
irrigado sistema pré-germinado (EPAGRI, 2005), cabendo no entanto salientar que o
nitrogênio foi utilizado na quantidade de 85 kg/ha em três doses. Também foram realizados
dois tratamentos com fungicidas para prevenir o aparecimento e interferência da brusone.
Como resultado, o efeito de tratamento (com e sem inseticida) não foi significativo
estatisticamente. Os genótipos, todavia, diferiram uns dos outros, o que era previsível
(Tabela 1). O tratamento com inseticida não parece ter propiciado um controle que
resultasse em melhor produtividade. Já a interação ausente entre genótipos e tratamento
indica que não foram detectados genótipos tolerantes à praga e genótipos suscetíveis. Ou
seja, respectivamente, não foram encontrados genótipos nos quais a diferença entre a
produtividade das parcelas tratadas e das não tratadas, fosse insignificante (=genótipos
tolerantes). Também não foram identificados genótipos nos quais a diferença de
produtividade em parcelas tratadas com inseticida, e não tratadas, fosse significativa
(=genótipos suscetíveis). Caso tivessem sido encontrados estes dois tipos de genótipos,
ter-se-ia encontrado uma interação genótipo x tratamento significativa.
Tabela 1. Produtividade (kg/ha) de genótipos de arroz na safra 2005/06 (semente não
tratada e tratada com fipronil).
Genótipo
SC 355 ME
SC 385 CL
SCSBRS Tio Taka
SC 377 ME
SC 213
SC 350 ME
SC 389 CL
Não tratado
c/ fipronil
kg/ha
10.181
9.217
8.819
8.146
8.609
7.117
6.661
Tratado
c/ fipronil
kg/ha
a
ab
ab
b
ab
b
b
11.298 a
8.713 a b
8.356 a b
7.887 b
7.300 b
8.239 b
6.733 b
Médias
kg/ha
10.740 a
8.965 a b
8.588 b c
8.017 b c
7.954 b c
7.678 b c
6.697
c
dms = 2.967,88
CV= 20,135%
Valores seguidos da mesma letra não diferem estatisticamente (Tukey 5%)
Neste estudo não se encontrou, entre os genótipos de arroz avaliados, tolerância ao
Oryzophagus oryzae. A praga inclusive não diminuiu significativamente a produtividade, o
que corresponde ao já relatado anteriormente pela literatura.
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Epagri, 2005. 87p. (Sistemas de Produção, 32).
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2003.
Agradecimentos: agradecemos ao CNPq pelo apoio através do Projeto nº 50.7396/20049; sinceros agradecimentos a Samuel Batista dos Santos (Epagri) e Estevão Tirelli (Epagri),
pela dedicação na condução dos ensaios, e pelas valiosas contribuições técnicas.
EFEITO DE Aspergillus flavus SOBRE Oebalus poecilus (HEMIPTERA:
PENTATOMIDAE)
Juliana da Silva Beringer(1), Solange Zimmer(1), Jaime Vargas de Oliveira(2), Raquel de
Castilhos-Fortes(1). 1Universidade do Vale do Rio dos Sinos/UNISINOS - Laboratório de
Microbiologia, São Leopoldo, RS. ([email protected]). 2Instituto Rio Grandense do
Arroz – IRGA.
Oebalus poecilus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae), conhecido popularmente
como percevejo-do-grão, é uma das principais pragas de arroz do Brasil (SQUIRE, 1934;
AMARAL, 1949). Ao alimentar-se do grão, o percevejo ocasiona grandes perdas na
produção (GALLO et al., 2002; AMARAL, 1949; ROSSETTO et al., 1972; ZUCCHI et al.,
1993; EMBRAPA, 1999), resultando em grãos de tamanho irregular que geralmente se
quebram durante o beneficiamento (FERREIRA et al., 2002). Além disso, O. poecilus pode
ser vetor de fungos contribuindo assim, no aumento da incidência de manchas nas
espiguetas (KENNARD, 1966; ANTONIOLLI, 1988; VIEIRA et al., 1999).
Fungos entomopatogênicos podem ser utilizados como uma forma alternativa no
controle de insetos praga. Responsáveis por aproximadamente 80% das doenças de
insetos, esses fungos são altamente especializados na penetração via tegumento e podem
ser obtidos a partir de insetos infectados (ALVES, 1998). As condições do hospedeiro, a
quantidade de inóculo e a virulência do fungo, são fatores que influenciam a rapidez da
morte do inseto, assim como a produção de toxinas pelo fungo (BAO & YENDOL, 1971).
Segundo Alves (1998), espécies do gênero Aspergillus têm a capacidade de crescer
sobre um grande número de substratos, devido à produção de diferentes tipos de enzimas.
Além disso, relata como suscetíveis a A. flavus diversas espécies das ordens Coleoptera,
Diptera, Hemiptera, Himenoptera, Lepidoptera e Isoptera.
Este estudo objetivou avaliar o efeito do fungo Aspergillus flavus sobre Oebalus
poecilus (Hemiptera: Pentatomidae). O fungo A. flavus foi isolado, através de meio de
cultura seletivo, a partir de um exemplar de O. poecilus coletado em uma lavoura de arroz
irrigado em Restinga Seca, RS, sendo mantido em estufa a 28 ± 1°C durante 7 dias (Figura
1). A coleta dos percevejos realizou-se na mesma lavoura. Estes insetos foram mantidos
em gaiolas plásticas, durante um período de adaptação.
A
B
Figura 1. Isolamento do fungo Aspergillus flavus. A: Oebalus poecilus; B: Contaminação de
O. poecillus por A. flavus.
Os bioensaios consistiram de 14 frascos cada, contendo 5 indivíduos. Do total de
frascos, dois foram destinados para o controle (testemunha). Para o tratamento do fungo A.
flavus, pipetou-se 400µL da suspensão nas concentrações de 7 x 106 con/mL e 7 x 107
con/mL. Nas testemunhas, a solução foi substituída por água destilada, no mesmo volume.
O bioensaio foi feito em triplicata. Os insetos foram observados durante dezessete dias
após a inoculação, sendo que os insetos mortos foram transferidos para câmara úmida
para posterior confirmação da mortalidade. Os resultados foram analisados por meio do
teste de mortalidade corrigida. Após dezessete dias de inoculação, o fungo A. flavus se
mostrou eficiente nas concentrações 106 e 107 con/mL quando a mortalidade dos insetos foi
de 54 e 56%, respectivamente.
Verificou-se que as duas concentrações foram patogênicas para O. poecilus, sendo
que um entomopatógeno é considerado eficaz quando apresenta valores de mortalidade
acima de 40% às pragas estudadas, exceto para os insetos transmissores de fitomoléstias
(FARIA et al., 1991; LECUONA et al., 1996; SILVA & VEIGA, 1998).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1988. Dissertação (Mestrado), Universidade do Rio Grande do
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Agradecimentos: Ao IRGA, pelos insetos.
ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS A PARTIR DE Tibraca
limbativentris (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE)
Juliana S. Beringer(1), Solange Zimmer(1), Carine Cristina Tavares de Souza(1), Jaime
Vargas de Oliveira(2), Raquel de Castilhos-Fortes(1). 1Universidade do Vale do Rio dos
Sinos/UNISINOS
Laboratório
de
Microbiologia,
São
Leopoldo,
RS.
([email protected]). 2Instituto Rio Grandense do Arroz – IRGA.
Palavras-chave: Tibraca limbativentris, isolamento, fungos.
O percevejo-do-colmo, Tibraca limbativentris (Stal, 1960) (Hemiptera: Pentatomidae),
é considerado a segunda maior praga na cultura de arroz (COSTA & LINK, 1992;
MARTINS, 1992; PEREZ et al., 1995; FERREIRA et al., 1997; MALAVASI, 1999),
provocando perdas de produção de 5% a 80% (FERREIRA & BARRIGOSSI, 2004).
No Estado do Rio Grande do Sul, além da Fronteira Oeste, nas regiões da
Depressão Central, Planície Costeira Interna e Litoral Sul, a sua ocorrência tem
preocupado e causado redução na produção (OLIVEIRA et al., 2005).
O dano caracteriza-se pela morte parcial ou total da parte central dos colmos, na qual
o inseto injeta uma substância tóxica. Isso ocasiona, na fase vegetativa da planta, o
sintoma conhecido por "coração-morto" e, na fase reprodutiva, o de "panícula-branca" ou
panículas com alta porcentagem de espiguetas vazias (GALLO et al., 2002).
Os fungos são capazes de atacar insetos aquáticos e fitófagos que vivem na parte
aérea das plantas e no solo. Além disso, podem infectar diferentes estágios de
desenvolvimento do hospedeiro, desde ovos até adultos. Os fungos entomopatogênicos
podem ser obtidos a partir de insetos infectados e de amostras de solo (ALVES, 1998). O
objetivo deste trabalho foi isolar e identificar fungos a partir de T. limbativentris. Para o
isolamento foram utilizados 30 exemplares de T. limbativentris coletados em uma lavoura
de Arroz Irrigado em Restinga Seca, RS, e placas de Petri contendo meio de cultura BDA.
As mesmas foram mantidas a 28±1ºC por 7 dias. A identificação realizou-se por meio de
microscopia óptica no aumento de 400x, com auxílio de bibliografia específica e chaves
dicotômicas.
A partir dos exemplares de T. limbativentris, isolaram-se 10 fungos: Aspergillus
ochraceus, Beauveria bassiana, Aspergillus sp., Aspergillus niger, Aspergillus wentii,
Candida sp., Penicillium sp., Curvularia lunata, Trichophyton sp., Mucor sp. (Figura 1).
Dentre esses fungos, dois são comprovadamente entomopatogênicos: B. bassiana e A.
ochraceus (Figura 2) .
Figura 1. Fungos isolados de Tibraca limbativentris. A: Aspergillus ochraceus; B:
Beauveria bassiana; C: Aspergillus sp.; D: Aspergillus niger; E: Trichophyton sp.; F: Mucor
sp.; G: Aspergillus wentii; H: Curvularia lunata; I: Penicillium sp.; J: Candida sp.
A
B
C
Figura 2. Aspergillus ochraceus isolado de Tibraca limbativentris. A: T.
limbativentris; B: Contaminação de T. limbativentris por A. ochraceus; C:
A. ochraceus (400x).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Agradecimentos: Ao IRGA, pelos insetos.
FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS NO CONTROLE DO PERCEVEJO Tibraca
limbativentris (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) NA HIBERNAÇÃO EM
ARROZ IRRIGADO
Jaime Vargas de Oliveira1, Lídia M. Fiúza1,2, Raquel de Castilhos-Fortes2, Gilberto M.
Dotto1, Eduardo Amilibia.1 1.Instituto Riograndense do Arroz, Av. Bonifácio Carvalho
Bernardes, 1494, CEP 94930-030, Cachoeirinha, RS. ([email protected]). 12Microbiologia
Centro2 UNISINOS, RS.
O percevejo-do-colmo é uma das principais pragas do arroz irrigado no Rio Grande
do Sul, devido ao aumento da população e pelos danos causados. Além das infestações
em lavouras da Fronteira Oeste, as regiões da Depressão Central e Sul têm apresentado
altas populações. Como o percevejo encontra-se distribuído por toda a lavoura, maiores
serão os custos no seu controle. Porém, no período da hibernação nos meses de abril a
outubro, os adultos encontram-se abrigados nas plantas daninhas, dentro ou próximas à
lavoura facilitando o controle. Entre os métodos empregados para controlar este percevejo,
os químicos são os mais utilizados mas, o controle biológico é uma estratégia que vem
sendo estudada, pois o seu emprego torna o ambiente mais equilibrado. Dentre os
organismos que compõem o controle microbiano de pragas são citados vírus, fungos,
predadores e parasitóides. O emprego de fungos ainda é pouco utilizado no Brasil, como
alternativa no manejo de insetos-praga. Entre os fungos mais utilizados destacam-se
Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana (BARROS, 2004). Estudos com o isolado de
Metarhizium anisopliae, CG 891, apresentou controle superior a 70% sobre o percevejodo-colmo (RAMPELOTTI et al., 2005). Trabalhos em laboratório, com os fungos
Metarhizium anisopliae, Beauveria bassiana e Paecilomyces fumusoroseus, na
concentração de 107, conídios/mL, o controle do percevejo-do-colmo foi de 75%, 25% e
50%, respectivamente (FRIZZO et al., 2005).
O objetivo deste estudo foi determinar o comportamento de alguns
entomopatógenos no controle de adultos do percevejo-do-colmo.
O trabalho foi instalado a campo na segunda quinzena de outubro de 2006 na
propriedade de Arlenio C. Alves, no município de Restinga Seca, ficando o experimento
distante 20 m da área onde foi a lavoura no período agrícola 2005/2006. O delineamento
experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições, cada parcela medindo
2,0 x 2,0 m, com 4 m² de área. Os tratamentos se constituíram na utilização de três
entomopatógenos, na concentração de 107 conídios/mL, conforme Tabela 1, aplicados
com um pulverizador costal pressurizado a CO² com suspensão de 150 L ha-1 . Um
tratamento sem aplicação do produto foi incluído como testemunha.
As avaliações para determinar a mortalidade causada pelos fungos foram realizadas
pela coleta de 15 insetos por parcela, aos 10 e 30 dias após aplicação dos tratamentos.
Estas constaram da observação do número de insetos mortos e com sintomas de
coloração branca ou verde, ocasionados pelo ataque dos isolados. Os dados foram
submetidos à análise da variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de
Duncan ao nível de 5% de probabilidade. A eficiência dos três fungos foi avaliada mediante
a percentagem de mortalidade, sendo corrigida pela formula de Abbott (1925).
Os resultados obtidos neste estudo mostram que ocorre virulência nos três isolados
testados, porém existe variação em relação à eficiência. Na leitura realizada aos 10 dias
após aplicação dos fungos, os índices de mortalidade foram maiores nos tratamentos com
Metarhizium anisopliae e Paecilomyces fumusoroseus com controle superior a 40%
diferindo estatísticamente dos tratamentos Beauveria bassiana e da testemunha. Na
avaliação efetuada aos 30 dias, mesmo com o aumento da percentagem de mortalidade
nos tratamentos com entomopatógenos, novamente os fungos Metarhizium anisopliae e
Paecilomyces fumusoroseus foram mais eficientes, confirmando resultados obtidos por
Frizzo et al, (2005) em laboratório. Agentes externos devem ser considerados na eficiência
apresentada pelos entomopatógenos testados, pois alguns percevejos já poderiam estar
infectados por fungos existentes no sítio de hibernação. Um entomopatógeno é
considerado eficaz quando apresenta mortalidade superior a 40% para as pragas
estudadas(SILVA & VEIGA, 1998).
Os resultados preliminares deste estudo mostram que os entomopatógenos testados
podem ser uma alternativa eficiente no manejo integrado de pragas do arroz irrigado.
Tabela 1. Eficiência agronômica de entomopatógenos para o controle de adultos de
percevejo-do-colmo na hibernação em arroz irrigado. IRGA, Restinga Seca, 2006/07.
Tratamentos
1.Metarhizium anisopliae
2. Beauveria bassiana
3.Paecilomyces fumusoroseus
4. Testemunha
Conídios
-1
mL
10
30
107
7
10
7
10
-
40 a*
21 b
41 a
0c
50 a
26 b
45 a
0c
Leituras (% mortalidade)
* Médias nas colunas seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância.
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AVALIAÇÃO DE INSETICIDAS NO CONTROLE DE ADULTOS DE
Oryzophagus oryzae (COL; CURCULIONIDAE) EM ARROZ IRRIGADO
Jaime Vargas de Oliveira, Eduardo Amilibia. Instituto Riograndense do Arroz, Av. Bonifácio
Carvalho Bernardes, 1494, CEP 94930-030, Cachoeirinha, RS. ([email protected])
A cultura do arroz irrigado no Rio Grande do Sul, em função da área cultivada e da
produtividade obtida, tem grande importância na economia. Entre os fatores que afetam o
rendimento, são citados os insetos-praga. A bicheira-da-raiz, nome comum das larvas do
gorgulho aquático Oryzophagus oryzae, é a principal, devido à ocorrência anual, aumento
do nível populacional e pelos danos causados. Devido a isso, a lavoura sofreu nas últimas
5 safras altas infestações, pois ao redor de 40% da área semeada foi tratada com
inseticidas (OLIVEIRA & FIUZA 2005).
No controle químico em pulverização o inseticida é aplicado geralmente antes da
irrigação; é empregado em 10% da lavoura do Estado. O seu uso tem demonstrado um
bom controle, porém apenas um produto é utilizado pelos produtores.
Pela expressão deste gorgulho aquático faz-se necessários estudos com novos
produtos, considerando-se o custo, a eficiência e o impacto ambiental.
O estudo foi instalado a campo na Estação Experimental do Arroz (EEA) do Instituto
Riograndense do Arroz (IRGA) em Cachoeirinha, RS, no ano agrícola 2006/2007. O
delineamento experimental foi o de blocos inteiramente casualizados com 4 repetições. Os
tratamentos utilizados Curbix 200SC(ethiprole) e Klap 200SC(fipronil) estão especificados
na Tabela 1. O sistema utilizado foi o cultivo mínimo, semeando-se a cultivar BR-IRGA 409,
na densidade de 120 kg ha-1 . O controle de plantas daninhas foi realizado com Facet 500
PM, na dose de 750 g ha-1 sendo que 2 dias após teve início à irrigação. Para evitar a
circulação de água entre as parcelas estas foram isoladas por armações de ferro 2 x 2 m,
com 4 m² de área por 0,25 m de altura.
No controle dos adultos os produtos foram aplicados 5 dias antes da irrigação, com
um pulverizador costal pressurizado a CO² com volume de calda de 150 L ha-1 . O
inseticida Klap 200SC, foi empregado como padrão e um tratamento sem inseticida foi
incluído como testemunha. As avaliações para determinar a população de larvas foram
realizadas aos 30 e 38 dias após a irrigação através de quatro amostras de solos e raízes,
retiradas em cada parcela, com amostrador de cano PVC, com 10 cm de diâmetro e 15 cm
de altura. O amostrador foi introduzido no solo à profundidade de 8,5 cm. As amostras
foram agitadas sob a água dentro de um balde para liberar as larvas das raízes e do solo.
O número médio de larvas por amostra foi de 13 (primeira avaliação) e de 12 (segunda)
nas parcelas sem controle. A eficiência dos inseticidas foi calculada pela formula de Abbott
(1925). O rendimento de grãos foi obtido pela colheita de 4 m² de área útil de cada parcela,
sendo os resultados expressos em t ha-1 e a umidade dos grãos corrigida para 13 %. Os
dados foram submetidos à análise da variância pelo teste F e as médias comparadas pelo
teste de Duncan, ao nível de 5% de probabilidade.
Quanto ao controle, o inseticida Curbix 200SC (Tabela 1), na primeira leitura de
larvas, nas doses testadas a eficiência foi superior a 95%, não ocorrendo diferença
estatística em relação ao tratamento padrão. Na segunda avaliação, novamente todos os
tratamentos com Curbix não diferiram significativamente do Klap. Em ambas as leituras, o
Curbix nas doses150 e 200 mL ha-1, foi eficiente com 100% de controle. Também nas duas
avaliações, os dados referentes ao Curbix 200 SC, confirmam trabalho de Farias et al.
(2005), no qual o controle foi superior a 97%. Quanto ao rendimento de grãos, os
tratamentos químicos não diferiram da testemunha.
Os resultados obtidos em pulverização com o inseticida Curbix 200 SC demonstram
que este produto é eficiente no controle de bicheira-da-raiz.
Tabela 1. Eficiência de inseticidas em pulverização no controle da bicheira-da-raiz em arroz
irrigado. Estação Experimental do Arroz, IRGA, Cachoeirinha, RS, 2006/07.
Tratamentos
1.Curbix
2. Curbix
3. Curbix
4.Curbix
5. Klap
6. Testemunha
Doses ha-1
mL p.c
100
125
150
200
60
-
N1
0,50 b*
0,25 b
0,00 b
0,00 b
0,50 b
13 a
Leituras (% controle)
302
N1
96
98
100
100
96
,0
0,50 b
0,25 b
0,00 b
0,00 b
0,50 b
12 a
382
96
98
100
100
96
0
Rendimento de
grãos
(t ha-1)
7,75 a
7,72 a
7,70 a
7,73 a
7,78 a
7,40 a
1
Número médio de larvas
Leituras em dias após a irrigação
*.Médias nas colunas seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de
significância.
2.
Duncan ao nível de 5% de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABOTT, W.S. A method of computing the efetivenes of an insecticide. J. Ec. Entomology,
Maryland, v. 18, p. 265 – 67, 1925.
OLIVEIRA, J.V. de; FIUZA, L. M. Interferência da época de controle de larvas da bicheirada-raiz Oryzophagus oryzae (COLEOPTERA; CURCULIONIDAE) em arroz irrigado. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 4. e REUNIÃO DA CULTURA DO
ARROZ IRRIGADO, 26, Santa Maria, 2005. Anais... Santa Maria, Editora Orium, 2005. p.
99-100.
FARIAS, J. R: COSTA, E.C; AURÉLIO, N. D; DONEDA, A; BIGOLIN, M; PASINI, M. P. B.
Avaliação de inseticidas e dosagens
no
controle
de Oryzophagus oryzae
(COLEOPTERA:CURCULIONIDAE) em arroz irrigado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ARROZ IRRIGADO, 4. e REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, 26, Santa
Maria, 2005. Anais... Santa Maria, Editora Orium, 2005. p.40-42.
CONTROLE QUÍMICO DE LARVAS DE Ochetina uniformis (COLEOPTERA:
CURCULIONIDAE) EM ARROZ IRRIGADO
Jaime Vargas de Oliveira, Gilberto M. Dotto, José Luis R. dos Santos. Instituto
Riograndense do Arroz, Av. Bonifácio Carvalho Bernardes, 1494, CEP 94930-030,
Cachoeirinha, RS. ([email protected])
Nas ultimas safras têm aumentado a ocorrência de Ochetina uniformis no estado do
Rio Grande do Sul pois, além da Depressão Central, lavouras da Planície Costeira Interna
foram atacadas. O inseto adulto após a hibernação favorecido pelo aumento da
temperatura e pela irrigação entra na lavoura. No início ataca as folhas, perfurando as
partes terminais. Posteriormente ataca o colmo acima da região do colo, onde é realizada a
postura. Após surgem as larvas que movimentam dentro do colmo, sendo encontradas até
4 cm acima do colo. As plantas atacadas pelas larvas apresentam a folha central enrolada,
depois fica amarelada e, posteriormente alguns afilhos morrem. No final do ciclo, as larvas
deslocam-se para a parte superior das raízes, onde ocorre a fase de pupa. O ataque de O.
uniformis reduz o número de colmos, de panículas e a estatura de plantas, provocando
perdas de até 64% (OLIVEIRA & DOTTO, 2001). Para cada inseto/m2, ocorre redução de
1,08 % na produtividade (SOUSA et al., 2003). Mesmo sendo um dos principais insetospraga do arroz irrigado no Estado, não existem inseticidas registrados.
Este estudo foi realizado com o objetivo de determinar a eficiência de produtos
no controle de larvas de Ochetina uniformis.
O trabalho foi instalado a campo em Restinga Seca no período agrícola 2006/2007.
O delineamento experimental foi o de blocos inteiramente casualizados com quatro
repetições, cada parcela medindo 2,0 x 2,0 m, com 4 m² de área. Os tratamentos utilizados
estão especificados na Tabela 1. O sistema utilizado foi o cultivo convencional, sendo
semeada a cultivar IRGA 422CL, na densidade de 100kg ha-1. Os produtos para controle
de larvas foram aplicados aos 75 dias após a irrigação, sendo que para o Engeo Pleno
247SC (tiametoxam+lambdacialotrin) foi utilizado um pulverizador costal pressurizado a
CO² com volume de calda de 150 L ha-1 . O inseticida Furadan 100 G(carbofuran) foi
aplicado manualmente a lanço. Um tratamento sem inseticida foi incluído como
testemunha. A eficiência dos inseticidas foi calculada pela formula de Abbott (1925). A
população larval foi avaliada aos 10 dias após a aplicação dos produtos, através da coleta
de 20 afilhos de cada parcela, sendo que
todas as plantas apresentavam larvas. O
rendimento de grãos foi obtido pela colheita de 4 m² de cada parcela, sendo os resultados
-1
expressos em t ha e a umidade corrigida para 13%. Os dados foram submetidos à análise
da variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Duncan, ao nível de 5% de
probabilidade.
O número de larvas diferiu entre os tratamentos inseticidas. O maior controle foi com
o Furadan 100G, onde não foram encontradas larvas vivas apresentando eficiência de
100%. Estes resultados foram superiores ao obtido por de França et al. (2005) que, ao
aplicarem Furadan 100G (5 kg ha-1), obtiveram 92% de controle. Para o Engeo Pleno
247SC, nas diferentes doses testadas, o número de larvas foi alto. Mesmo nas doses mais
elevadas, o produto não foi eficiente e o controle continuou baixo inferior a 26%, não
ocorrendo diferenças estatísticas. A alta população larval após a aplicação do Engeo Pleno
refletiu-se no rendimento de grãos, em que a produtividade não diferiu estatisticamente da
testemunha. No controle com o Furadan 100 G, com eficiência de 100%, a produtividade foi
38% maior que os demais tratamentos, mesmo quando a aplicação do produto feita com
alguns afilhos já danificados.
Nas condições que foi realizado este estudo o Furadan 100 G apresentou ótimo
controle, porém o Engeo Pleno 247 SC, nas doses testadas, mostra que o produto não é
eficiente no controle de larvas de Ochetina uniformis.
Tabela 1. Eficiência agronômica de inseticidas, no controle de larvas, de Ochetina sp. em
arroz irrigado. IRGA, Restinga Seca, RS, 2007.
Leitura
Tratamentos
Doses ha-1
Rendimento
de
-1
mL p.c
1
grãos
(t
ha
)
N
Controle (%)
1. Engeo Pleno 247SC
2. Engeo Pleno 247SC
3. Engeo Pleno 247SC
4. Engeo Pleno 247SC
5. Furadan 100G
6. Testemunha
150
200
300
400
7000
--
16 b**
15 b
15 b
16 b
0a
20 c
20
25
25
20
100
0
5,67 b
5,61 b
5,69 b
5,71 b
7,83 a
5,60 b
1
Número de larvas
* Médias nas colunas seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Duncan ao nível de 5% de significância
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABOTT, W.S. A method of computing the efetivenes of an insecticide. J. Ec. Entomology,
Maryland, v. 18,p. 265 – 67, 1925.
FRANÇA, J.A S; GUEDES, J.V. C; AURÉLIO, N. D; FARIAS, J. R; SULZBACH, F;
ROGGIA, S. Eficiência de Micromite 240SC no controle de Ochetina sp. na cultura do
arroz irrigado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 4, e REUNIÃO DA
CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, 26, Santa Maria, RS. 2005. Anais...Santa Maria,
Orium, 2005. p. 75-77.
OLIVEIRA, J.V.de; DOTTO, G.M. Danos de Ochetina sp. na cultura do arroz irrigado. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 3, e REUNIÃO DA CULTURA DO
ARROZ IRRIGADO, 25, Balneário Camboriú, SC. 2003. Anais... Itajaí: EPAGRI, 2003. p.
454-455.
SOUSA, A D. de; OLIVEIRA, J. V. de; FIUZA, L. M; Silva, R. F. P. DA; Costa. Níveis
populacionais de Ochetina sp. (COL:CURCULIONIDAE) na cultura do arroz irrigado. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 3, e REUNIÃO DA CULTURA DO
ARROZ IRRIGADO, 25, Balneário Camboriú, SC. 2003. Anais... Itajaí: EPAGRI, 2003. p.
403-405.
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE ALGUNS INSETICIDAS NO CONTROLE DA
BICHEIRA DA RAÍZ NA SAFRA 2000/2001 EM URUGUAIANA
João Batista Beltrão Marques (1), Jaime Vargas Oliveira (2), Maria Benta Cassetari (3), Jorge
Antônio Molinari Flores (4), Ígor Sotal Sauceda(5). ¹Eng. Agrôn. Dr., Embrapa,
([email protected]), R. Manduca Rodrigues, 47 ap 701, cep 97573560,
Santana do Livramento, ² Eng. Agr. MSc., Irga, ³ Eng. Agr. Dr.ª , Prof. Substituta da UF de
Lages, 4 Tec. Agr. Rice Tec, 5 Tec. Agr. Irga.
A bicheira da raiz (Oryzophagus oryzae Costa Lima, 1936) é uma das principais
pragas do cultivo de arroz irrigado no Brasil (Martins et al., 2004). Particularmente, em
Uruguaiana, constituí-se num inseto de ocorrência endêmica neste município da Fronteira
Oeste do Rio Grande do Sul. Este coleóptero, pertencente a família Curculionidae da
espécie Oryzophagus oryzae, causa seu maior dano quando suas larvas consomem o
sistema radicular, reduzindo significativamente a produção de grãos do arroz irrigado. No
entanto, adultos dessa praga podem também raspar as folhas, reduzindo as suas áreas
fotossinteticamante ativas. Na sua fase larval necessita de ambiente saturado de água para
se desenvolver.
Ao considerar-se a produção de arroz irrigado, associada a menores custos e a
preservação do ambiente, é importante realizar estudos com produtos químicos para
determinar suas eficiências, testando inseticidas de baixa toxicidade (Oliveira & Barros,
2001). O presente trabalho justifica-se tendo em vista a prática generalizada de aplicação
de inseticidas piretróides junto à aplicação de herbicidas pós emergentes nos municípios
de Uruguaiana e Barra do Quarai há diversos anos.
Com o objetivo de avaliar a eficiência de diversos inseticidas em sistema de plantio
semi-direto, que é o mais utilizado nessa região, foi instalado um experimento na estação
de crescimento 2000/2001, na área experimental cedida ao IRGA pela Fepagro, no
município de Uruguaiana, RS.
O ensaio foi conduzido em delineamento completamente casualizado utilizando-se o
cultivar Irga 420, sete tratamentos com diferentes inseticidas e uma testemunha, em seis
repetições. As parcelas, medindo 7,65 m², foram isoladas por taipas de maneira a evitar a
contaminação de inseticidas aplicados em parcelas contíguas. Da mesma forma, a
irrigação permaneceu estável nos diversos tratamentos, com a água do canal principal
abastecendo diretamente cada parcela, evitando mistura dos inseticidas aplicados. O
plantio foi realizado em 05/11/2000, utilizando-se uma plantadeira de parcelas de nove
linhas da marca Semeato, sendo as demais práticas de manejo realizadas conforme o
recomendado para a cultura. Os tratamentos, descritos na tabela 1, foram aplicados em
diferentes fases do cultivo. O inseticida Standak foi utilizado em aplicação prévia ao plantio.
O inseticida Klap, utilizado para controle de adultos, foi aplicado seis dias antes do início da
irrigação. Já os demais tratamentos foram aplicados quatro dias após a irrigação, que foi
realizada 01/12/2007. Os inseticidas utilizados para o controle do adulto, foram aplicados
com um pulverizador costal pressurizado a CO2 ,com vazão de 150 litros de calda por ha.
Os inseticidas granulados Laser e Furadan, utilizados para o controle de larvas, foram
aplicados a lanço, manualmente. Para avaliação dos tratamentos foi utilizado extrator
cilíndrico metálico de 10 cm de diâmetro por 10 cm de altura, realizando-se quatro
amostras por unidade experimental. Após foi feita a lavagem do solo coletado sobre
peneira de malha fina, retendo-se as larvas presentes. O rendimento de grãos foi avaliado
através da colheita das plantas das parcelas numa área útil de 4,76 m², secadas trilhadas
e corrigidos para 13% de umidade de grãos. A análise da variância do rendimento de grãos
e do número de larvas foi realizada, resultando em significância para ambas variáveis,
sendo a comparação das médias feita pelo teste de Tukey. Os resultados apontaram para
que apenas a Testemunha e o Baytroid apresentaram rendimento de grãos inferior em
relação aos demais tratamentos (Tabela 1). Os tratamentos de Furadan 5G nas doses
utilizadas de 6 e 15 Kg/ha não apresentaram diferenças significativas em relação aos
demais produtos aplicados, com exceção do Baytroid, o que justifica cautela na escolha
desse inseticida, tendo em vista a alta toxicidade do mesmo.
Concluí-se que os tratamentos que possibilitaram maior produtividade foram os que
proporcionaram baixo número de larvas. Assim sendo, a testemunha, sem nenhuma
aplicação de inseticida, apresentou elevado número médio de larvas, 9,5 larvas por planta
e produtividades de 8929 kg/ha de arroz. O produto Baytroid, apesar de bom controle de
larvas (Tabela 1), média de apenas 1,25 larvas por planta, apresentou baixo rendimento de
grãos. Nesse caso, outros fatores aleatórios e não avaliados devem ter influenciado na
produtividade desse tratamento, não estando relacionado de forma consistente aos fatores
testados.
Tabela 1. Eficiência relativa de inseticidas no controle de Oryzophagus oryzae (Costa
Lima, 1936), avaliada através da produtividade e porcentagem de controle. Estação
Experimental da Fepagro de Uruguaiana, safra 2000/2001.
Inseticida
KLAP 200 SC
FURADAN 50 G
STANDAK 250 FS
FURADAN 50 G
LASER 100 G
MARSHAL 200 SC
BAYTROID CE
TESTEMUNHA
Dose (Pc/ha)
60 ml
6000 g
200 g/100 Kg de semente
15000 g
6000 g
100 ml
250 ml
-
Nº de larvas
médio
por planta (n)
1,0 A
0,5 A
0,0 A
0,0 A
0,5 A
0,25 A
1,25 A
9,5 B
% de
controle
Produtividade
(Kg/ha)
89,5
94,7
100
100
94,7
97,4
86,8
0,0
10.357,28 A¹
10.353,46 A
9.893,39 AB
9.762,85 AB
9.526,49 AB
9.429,74 AB
7.819,11 C
8.929,62 BC
¹ Médias seguidas de mesma letra não diferem estatisticamente pelo Teste de Tukey a 5%, na vertical.
Concluí-se, também, que a prática de aplicação de inseticidas piretróides junto aos
herbicidas pós-emergentes em arroz irrigado não se justifica, tendo em vista esses
produtos não estarem registrados nos órgãos oficiais e nem nas recomendações técnicas
da pesquisa. O mesmo vale para o inseticida Marshal, classe toxicológica II.
BIBLIOGRAFIA
MARTINS, J. F.; GRÜTZMACHER, A. D.; CUNHA, U. S. da. Descrição e manejo integrado
de insetos-praga em arroz irrigado. In: GOMES, A. da S.; MAGALHÃES JÚNIOR, A. M. de.
(Organizadores). Arroz irrigado no sul do Brasil. EMBRAPA, Brasília, 2004, cap. 19, p.
635-675.
OLIVEIRA, J. V.; BARROS, J.I. Controle da bicheira da raiz Oryzophagus oryzae (Costa
Lima, 1936) em arroz Irrigado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 2.,
2001, Porto Alegra, RS. Anais... : Instituto Rio Grandense do Arroz, Porto Alegre, 2001,
p.456-457.
Agradecimento: aos ex colegas do IRGA que colaboraram nesta pesquisa.
TOXICIDADE DE Cry1Ba, SINTETIZADA POR BACILLUS THURINGIENSIS
CEPA 4412, À SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)
Laura Massochin Nunes Pinto1, Andréa Roveré Franz1, José Luís Rosa dos Santos2, Jaime
Vargas de Oliveira2 e Lidia Mariana Fiuza1,2. 1UNISINOS. PPG em Biologia, Microbiologia.
São Leopoldo, RS. 2EEA-IRGA, Cachoeirinha, RS. ([email protected])
As lagartas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae),
denominadas como lagarta-da-folha na cultura do arroz, são consideradas pragas da parte
aérea da planta. Estes insetos estão presentes em todos os estados brasileiros,
caracterizando-se por terem hábito alimentar polífago, com alto poder de destruição das
plantas. Na cultura do arroz irrigado, as lagartas causam os principais danos entre a
emergência das plantas e a inundação das lavouras. Os danos nas culturas podem variar
desde a redução da população de plantas até a redução da produtividade de grãos.
Na fase inicial da cultura esses insetos têm sido controlados por meio da aplicação
de inseticidas piretróides que representam um baixo custo ao produtor, porém com baixa
seletividade aos inimigos naturais e consequentemente elevado impacto ambiental.
Na linha de controle biológico de insetos da ordem Lepidoptera, destacam-se alguns
produtos comerciais à base do entomopatógeno Bacillus thuringiensis, os quais mostramse específicos pela síntese de proteínas Cry (Crickmore, 2006).
A principal característica que confere segurança na utilização de B. thuringiensis é
sua especificidade aos insetos-alvo. Dentre as 59 famílias de proteínas Cry descritas até o
momento (http://www.lifesci.sussex.ac.uk/home/Neil_Crickmore/Bt), diversos estudos
apontam a atividade entomopatogênica das proteínas Cry1 como sendo específica aos
insetos da ordem Lepidoptera. As proteínas Cry1 têm peso molecular de aproximadamente
130kDa e apresentam toxicidade a insetos de importância econômica do gênero
Spodoptera (Höfte & Whiteley, 1989; Luo et al., 1999).
Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi determinar a toxicidade de B.
thuringiensis cepa 4412, que sintetiza a proteína Cry1Ba, contra lagartas de 2º ínstar de S.
frugiperda.
Para os ensaios in vivo, a bactéria foi submetida à pré-cultura de 24 horas e cultura
de 72 horas, em meio Usual Glicosado, a 30°C e 180rpm. No preparo das suspensões
bacterianas, os esporos foram quantificados em câmara de Neubauer e microscopia óptica.
As amostras foram diluídas à concentração de 2,3.1010 células/mL e foram aplicados 100µL
na superfície da dieta artificial de Poitout & Bues (1974), preliminarmente acondicionada
em mini-placas de acrílico. Na testemunha, a bactéria foi substituída por água destilada
esterilizada. Nos ensaios pré-seletivos foram utilizadas 20 lagartas de 2º ínstar e três
repetições, totalizando 120 insetos. Os experimentos foram conduzidos em condições
controladas em câmara tipo B.O.D (25±1ºC, 70% U.R. e 12h de fotofase). A mortalidade foi
avaliada diariamente até o 7º dia após aplicação dos tratamentos.
A análise protéica foi realizada por eletroforese em gel de poliacrilamida de dodecil
sulfato de sódio a 10% (SDS-PAGE). A amostra foi preparada com 15µL da proteína
bacteriana purificada, 0,125M Tris-Cl pH6,8, 4% SDS, 20% Glicerol, 10% Mercaptoetanol e
0,1% Azul de Bromofenol. Em seguida, aquecida a 100°C por 10 min, centrifugada 10.000
rpm por 30s. O SDS-PAGE foi realizado de acordo com o método descrito por Laemmli
(1970).
Os dados do perfil protéico de B. thuringiensis cepa 4412, apresentados na Figura 1,
revelam as bandas contendo a proteína Cry1Ba purificadas com massa molecular de
aproximadamente 130 kDa, a qual é ativada pela ação da tripsina presente no intestino
médio da lagarta-da-folha, formando peptídeos tóxicos de 65 kDa.
A
B
Figura 1. Proteína Cry1Ba purificada de Bacillus
thuringiensis cepa 4412 (B) em SDS-PAGE (10%)
Marcador de peso molecular (A) peptídeo de 130 kDa
equivalente a Cry1Ba.
Os resultados da toxicidade in vivo de S. frugiperda revelaram que o B. thuringiensis
cepa 4412 apresentou 100% de mortalidade corrigida na concentração de 2,3.1010
células/mL em 48 horas após a aplicação dos tratamentos (Figura 2).
100
Média de mortalidade (%)
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
24h
48h
Tem po após os tratam entos
Figura 1. Toxicidade de B. thuringiensis cepa 4412 às lagartas de
S. frugiperda.
Os resultados deste trabalho podem evidenciar o potencial altamente
entomopatogênico dessa cepa bacteriana e da proteína Cry1Ba presente no corpo de
inclusão paraesporal. Na continuidade dessa pesquisa será determinada a Concentração
Letal Média (CL50) tanto da cepa quanto da proteína Cry1Ba purificada à espécie-alvo em
estudo, buscando sua aplicação como biopesticida ou fonte de genes de resistência dos
cultivares de arroz de interesse comercial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTERNATIONAL RICE RESEARCH INSTITUTE. Standardad evaluation system for rice.
Manilla INGER/Genetic Resources Center, 52p.,1996.
CRICKMORE, N. Beyond the spore – past and future developments of Bacillus
thuringiensis as a biopesticide. Journal of Applied Microbiology. v.101, p. 616–619,
2006.
GALLO, Domingos; NAKANO, Octavio; NETO, Sinval S. et al. Manual de Entomologia
Agrícola. 2. ed. São Paulo: Agronômica Ceres,1998, 649 p.
HÖFTE, H. E WHITELEY, H.R. Insecticidal crystal proteins of Bacillus thuringiensis.
Microbiology Reviews. v. 53, p. 242-255, 1989.
LAEMMLI, U.K. Cleavage os structural proteins during the assembly of the head of
bacteriophage T4. Nature, v. 227, p. 680-685, 1970.
LUO, K., BANKS, D. E ADANG, M.J. Toxicity, Binding, and Permeability Analyses of Four
Bacillus thuringiensis Cry1 δ-Endotoxins Using Brush Border Membrane Vesicles of
Spodoptera exigua and Spodoptera frugiperda. Applied and Environmental
Microbiology, v. 65, n. 2, p. 457-464, 1999.
POITOUT, S., E BUES, R. Elevage des chenilles devingt-huit espèces de Lèpidoptères
Noctuidae et de deux espèces d’Arctidae sur milieu artificiel simple. Annales de Zoologie
Ecologie Animale. v. 6, p. 431-441, 1974.
SILVA, R.F.P. Manejo Integrado de Pragas e Doenças. In.: Cultura do Fumo: Manejo
Integrado de Pragas e Doenças, Santa Cruz do Sul, RS, 1998, p. 3-8.
PATOGENICIDADE DE BACILLUS THURINGIENSIS THURINGIENSIS AOS
ADULTOS DE OEBALUS POECILUS (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE)
Laura Massochin Nunes Pinto1, Juliana da Silva Beringer1, José Luís Rosa dos Santos2,
Jaime Vargas de Oliveira2 e Lidia Mariana Fiuza1,2. 1PPG em Biologia, Microbiologia,
UNISINOS, São Leopoldo, RS. ([email protected]) e ([email protected])
2
Estação Experimental do Arroz, IRGA, Cachoeirinha, RS.
Dentre diversos insetos que afetam a produção de arroz no Brasil, destacam-se os
percevejos, cuja diversidade abriga espécies benéficas. Os danos devido às infestações do
percevejo-do-grão do arroz, Oebalus poecilus, resultam em perdas de 1% na produção,
sem considerar ainda as possíveis perdas qualitativas (SOSBAI, 2005).
A alimentação dos adultos e ninfas nas espiguetas em formação diminui a produção,
reduzindo o rendimento de engenho e o valor comercial do produto. As lesões causadas
nas espiguetas, na fase de endurecimento, são responsáveis pela formação de grãos
gessados e facilitam a entrada de fitopatógenos (Ferreira et al., 2001).
Até o momento, o controle do percevejo-do-grão tem sido realizado com inseticidas
químicos, porém o uso contínuo desses métodos pode provocar o surgimento de pragas
resistentes, além da eliminação de inimigos naturais nas áreas de cultivo e possíveis
intoxicações de mamíferos (Silva, 1998).
Inicialmente, a avaliação da atividade entomopatogênica das proteínas sintetizadas
por Bacillus thuringiensis, esteve restrita a lepidópteros, dípteros e coleópteros. Com o
isolamento de novas subespécies bacterianas, o seu espectro de ação para diferentes
insetos alvo tem sido ampliado e atualmente incluem invertebrados pertencentes a outras
ordens, como Hymenoptera (Pinto et al., 2003), além de outros organismos como
nematóides, ácaros e protozoários (Feitelson, 1993).
Já foram isoladas centenas de cepas dessa bactéria esporulante, as quais, na sua
maioria, produzem inclusões paraesporais com uma ou mais protoxinas inseticidas,
denominadas de δ-endotoxinas. Cada uma destas protoxinas tem mostrado atividade
específica contra as ordens de insetos estudadas (Schnepf et al., 1998). O modo de ação
das proteínas, denominadas Cry, tem sido estudado principalmente em lepidópteros e a
ação primária destas toxinas é a lise das células epiteliais do intestino médio do inseto alvo,
formando nas células intestinais. As inclusões paraesporais ingeridas por larvas suscetíveis
dissolvem-se no ambiente alcalino do intestino e as protoxinas solubilizadas são clivadas
pelas proteases do intestino médio, originando peptídeos resistentes às proteases que são
capazes de se ligarem aos receptores das células intestinais. As proteases que cada grupo
de inseto possui são responsáveis pelos diferentes níveis de toxicidade de cada cepa aos
diversos insetos (Lightwood et al., 2000; Bravo et al., 2004).
Diversos estudos mostram que os genes cry de B. thuringiensis, os quais codificam
as proteínas Cry, podem ser relacionados com a especificidade tóxica das proteínas às
ordens de insetos. Em 1989, Höfte e Whiteley associaram a patogenicidade das proteínas
Cry1 aos lepidópteros, Cry2 aos lepidópteros e dípteros, Cry3 aos coleópteros e Cry4 aos
dípteros. À medida que novos estudos estão sendo realizados a respeito da atividade de B.
thuringiensis a diferentes insetos alvo, surgem dados sobre a ação destas famílias de
genes cry à outras ordens de insetos.
Os biopesticidas à base de B. thuringiensis têm sido utilizados no Manejo Integrado
de Pragas em áreas agrícolas. Nesse caso, embora diversos trabalhos demonstrem que a
presença do esporo bacteriano potencialize a atividade do produto, algumas alternativas
têm sido desenvolvidas sem a presença de esporos, como é o caso de plantas
geneticamente modificadas expressando o gene cry responsável pela síntese da proteína
de interesse (Crickmore, 2006).
O objetivo deste trabalho foi estabelecer em laboratório um método de ensaio in vivo
contra O. poecilus para avaliar a patogenicidade de B. thuringiensis contra adultos do
percevejo-do-grão do arroz.
Os insetos utilizados nos bioensaios do presente trabalho foram coletados em áreas
orizícolas da Depressão Central, no município de Restinga Seca (RS) no ano agrícola
2006/07. No Laboratório de Microbiologia da UNISINOS, os insetos foram acondicionados
em gaiolas com plantas de arroz e mantidos em sala climatizada a aproximadamente 25ºC,
70% de Umidade Relativa e 12 horas de fotofase.
Neste estudo, foi avaliada a cepa B. thuringiensis thuringiensis 4412, a qual foi
submetida à pré-cultura de 24 horas e cultura de 72 horas, em meio Usual Glicosado, a
30°C e 180rpm. No preparo das suspensões bacterianas, os esporos foram quantificados
em câmara de Neubauer e microscopia óptica, padronizando-se uma concentração de
1x1010 células/mL, onde 100µL desta suspensão foi aplicada na superfície de cinco grãos
de arroz higienizados e previamente acondicionados em placas de Petri esterilizadas. Após
a absorção da suspensão líquida pelos grãos, esses foram infestados com cinco insetos
por placa. Os bioensaios foram constituídos de 50 insetos por tratamento e três repetições,
totalizando 300 insetos. Na testemunha, a cepa foi substituída por água destilada
esterilizada. Os experimentos foram conduzidos em câmara tipo B.O.D., 25±1ºC, 70% U.R.
e 12h de fotofase. A mortalidade foi avaliada diariamente até o 8º dia após aplicação dos
tratamentos (DAT).
Os resultados dos ensaios de patogenicidade de B. thuringiensis thuringiensis 4412
aos adultos do percevejo-do-grão encontram-se ilustrados na Figura 1.
30
Média de mortalidade (%)
27
Bt thuringiensis 4412
24
Testemunha
21
18
15
12
9
6
3
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tempo (dias)
Figura 1. Mortalidade de adultos de Oebalus poecilus, em bioensaios realizados no
laboratório, com B. thuringiensis thuringiensis 4412, ano agrícola 2006/07.
Este estudo mostra que a cepa B. thuringiensis thuringiensis 4412 apresenta
patogenicidade contra O. poecilus, porém mostra baixa toxicidade, sendo a mortalidade
corrigida equivalente a 10% aos 8 DAT. Nesse caso, o efeito letal poderá ser
potencializado através da proteína purificada Cry1Ba que é sintetizada pela referida cepa.
Os dados sobre a patogenicidade de cepas de B. thuringiensis contra hemípteros são
restritos, onde se pode destacar a pesquisa realizada no Canadá por Wellman-Desbiens e
Cote (2004) com o inseto Lygus hesperus (Hemiptera: Miridae). Neste estudo, os autores
avaliaram 117 cepas de B. thuringiensis de diferentes subespécies, incluindo a mesma
utilizada no presente estudo, a qual causou 100% de mortalidade à espécie alvo.
Embora incipientes os estudos de B. thuringiensis aplicados no controle microbiano
de hemípteros, esses dados preliminares da patogenicidade de B. thuringiensis
thuringiensis 4412 contra o pentatomídeo, importante praga da cultura do arroz irrigado,
aliado a outras pesquisas referentes a mesma ordem de insetos, revelam perspectivas à
obtenção de plantas resistentes aos ataques e danos diretos ou indiretos de insetos
sugadores. Nesse sentido, o entomopatógenos B. thuringiensis oferece uma ampla gama
de genes cry à engenharia genética de plantas.
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PERFIL PROTÉICO E PATOGENICIDADE DE BACILLUS THURINGIENSIS
CEPA T33001 A INSETOS PRAGAS ORIZÍCOLAS
Marciele Pandolfo(1); Jaime Vargas de Oliveira(2); José Luis Rosa dos Santos(2); JeanFrançois Charles(3); Lidia Mariana Fiuza(1,2). (1)Microbiologia, UNISINOS, São Leopoldo, RS.
(2)
Estação Experimental do Arroz, IRGA, Cachoeirinha, RS. (3)Instituto Pasteur, Paris, FR.
([email protected]).
Palavras-chave:
frugiperda.
Bactérias
entomopatogênicas,
Oryzophagus
oryzae,
Spodoptera
No manejo integrado de pragas destacam-se as bactérias entomopatogênicas, entre
essas, a mais estudada é o Bacillus thuringiensis, que é caracterizada pela produção de
cristal protéico durante a esporulação e especificidade na ação inseticida, cujas toxinas do
cristal são ativadas no intestino médio dos insetos susceptíveis (Pinto et al., 2003).
A lagarta Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) é considerada importante
praga da cultura do arroz irrigado, danificando as folhas das plantas principalmente na fase
inicial da cultura (Gallo et al., 2002). O Oryzophagus oryzae (Coleoptera: Curculionidae) é a
principal praga da cultura do arroz irrigado, cuja larva denomina-se bicheira-da-raiz, as
quais afetam o desenvolvimento das plantas, danificando o sistema radicular e
consequentemente reduzindo a capacidade de absorção de nutrientes (Martins et al.,
1996).
O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a patogenicidade da cepa T33001 de
Bacillus thuringiensis, cedida pelo laboratório de Genie Génétique Bacterienne do Instituto
Pasteur (Paris, França), às larvas de O. oryzae e S. frugiperda.
Para a realização dos bioensaios a cepa T33001 de B. thuringiensis foi crescida em
meio usual glicosado durante 48h, a 180 rpm e 28°C. Em seguida, a suspensão bacteriana
foi centrifugada a 5000 rpm, por 15min e o sobrenadante foi descartado. A suspensão
bacteriana foi quantificada através da contagem de esporos na câmara de Neubauer e
microscópio óptico, posteriormente ajustado na concentração de 1.109 céls./mL.
As larvas de O. oryzae e as plantas de arroz foram coletadas em áreas
experimentais na EEA-IRGA e encaminhadas ao Laboratório de Microbiologia da
UNISINOS, onde foram efetuados os ensaios biológicos. Os experimentos foram
conduzidos utilizando no total 360 larvas (6 repetições), sendo acondicionados em cada
tubo de ensaio: 5 larvas, 1 planta de arroz e 8mL de suspensão bacteriana. No tratamento
controle a bactéria foi substituída por água destilada e esterilizada. Os ensaios foram
acondicionados em B.O.D. a 28°C, 70% U.R. 12h fotofase por 7 dias. Nos bioensaios com
S. frugiperda, as lagartas utilizadas foram criadas em laboratório. Em cada bioensaio foram
utilizadas 100 mini-placas contendo dieta de Poitout & Bues, onde foram individualizadas
lagartas de 2º ínstar. Cada tratamento foi constituído de 50 lagartas que receberam 100µL
de suspensão bacteriana, a qual foi substituída por água esterilizada no grupo controle. Os
experimentos foram acondicionados nas mesmas condições descritas anteriormente. Na
análise dos bioensaios com os insetos-alvo, a mortalidade foi corrigida pela fórmula de
Abbott (Abbott, 1925).
Na análise do perfil protéico da cepa T33001 de B. thuringiensis, essa bactéria foi
crescida em Ágar Nutriente, a 30°C, por 48 h e posteriormente a amostra foi desnaturada
por 10 min. Em seguida 20µL das amostras foram aplicadas no gel de poliacrilamida (SDSPAGE) a 10%, além do marcador de massa molecular (INVITROGEN)
Quanto aos resultados dos ensaios biológicos, os dados correspondentes a
mortalidade corrigida das larvas de O. oryzae tratadas com a cepa bacteriana mostram que
a mesma apresentou uma letalidade média de 29% (Figura 1).
MORTALIDADE (%)
60
50
40
TESTEMUNHA
30
CEPA
20
10
0
R1
R2
R3
R4
R5
R6
REPETIÇÕES
Figura 1. Efeito letal da cepa T33001 de Bacillus thuringiensis
às larvas de Oryzophagus oryzae (Coleoptera, Curculionidae).
MORTALIDADE (%)
Os dados referentes à mortalidade corrigida das lagartas de 2º instar de S. frugiperda
submetidas aos tratamentos com a cepa T33001 de B. thuringiensis encontram-se
ilustrados na Figura 2, onde se constata uma reduzida toxicidade da referida cepa
bacteriana ao lepidóptero alvo.
14
12
10
8
6
4
2
0
TESTEMUNHA
CEPA
R1
R2
R3
R4
REPETIÇÕES
Figura 2. Efeito letal da cepa T33001 de Bacillus
thuringiensis às lagartas de Spodoptera frugiperda
(Lepidoptera, Noctuidae).
Os resultados referentes ao perfil protéico da cepa T33001 de B. thuringiensis,
analisados em SDS-PAGE, encontram-se ilustrados na Figura 3. A referida cepa bacteriana
sintetiza proteínas com massa molecular equivalentes a 130 e 70 kDa, onde pode-se inferir
que essas correspondem às proteínas Cry ativas contra lepidópteros e coleópteros,
respectivamente, conforme descrito nos dados publicados por Crickmore et al. (1998).
M
T33001
220 kDa
130 kDa
70 kDa
50 kDa
Figura 3. Perfil protéico da cepa T33001 de
Bacillus thuringiensis em SDS-PAGE a 10%. (M)
Marcador de massa molecular da Invitrogen.
Para futura aplicação da cepa T33001 de B. thuringiensis no controle da bicheira-daraiz-do-arroz faz-se necessária a purificação das proteínas Cry sintetizadas e
posteriormente avaliação em ensaios biológicos para determinação da Concentração Letal
Média (CL50) ao coleóptero alvo.
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EFEITO LETAL DAS PROTEÍNAS CRY1AB E CRY1AC DE BACILLUS THURINGIENSIS
ÀS LAGARTAS DE SPODOPTERA FRUGIPERDA (LEPIDOPTERA, NOCTUIDAE).
Neiva Knaak1, Andréa Rovere Franz1, Jaime Vargas de Oliveira2 & Lidia Mariana Fiuza1, 2
1
UNISINOS - PPG em Biologia, Microbiologia, São Leopoldo, RS. ([email protected]) 2
IRGA - EEA, Cachoeirinha, RS, Brasil.
A produção agrícola tem evoluído e os avanços da ciência têm fundamentado
tecnologias diversas, permitindo o aumento na produção agrícola. Apesar desses avanços,
os insetos causam danos nas plantas cultivadas, comprometendo o processo produtivo,
onde se destacam os ataques das pragas fitófagas que causam significativa redução na
produtividade orizícola. Entre esses fitófagos encontra-se o lepidóptero da família
Noctuidae, Spodoptera frugiperda (SOSBAI, 2005).
No Rio Grande do Sul, a infestação dessa praga faz com que os produtores utilizem
inseticidas de forma preventiva, podendo provocar a resistência dos insetos a essas
moléculas sintéticas, além de impactos ambientais. Sendo assim, o agravamento destes
problemas ambientais tem levado os pesquisadores à procura de alternativas para
amenizar os efeitos prejudicais dos produtos químicos, através da racionalização da sua
aplicação (CARLINI et al., 2002).
No controle biológico, as bactérias do gênero Bacillus possuem um grande potencial
inseticida para aplicação no manejo integrado de pragas, pois mantém sua viabilidade
quando estocados por longos períodos (ALVES, 1998). O entomopatógeno Bacillus
thuringiensis, tem obtido sucesso em escala comercial para o controle de vários insetospraga nos últimos 50 anos (SCHNEPF et al., 1998), esta é uma bactéria Gram-positiva que
produz inclusões cristalinas durante a esporulação, sendo estas compostas de proteínas
Cry inseticidas (HOFMANN et al., 1998; VAN RIE et al., 1990).
Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade das cepas e
proteínas Cry de B. thuringiensis thuringiensis 407 (pH 408) e B. thuringiensis kurstaki
HD73 contra a lagarta-da-folha, S. frugiperda.
As lagartas de S. frugiperda foram coletadas em áreas de arroz irrigado, na
EEA/IRGA (Cachoeirinha, RS) e mantidas em laboratório, sendo alimentadas com dieta de
Poitout (POITOUT e BUES, 1970). O ciclo biológico foi desenvolvido em condições
controladas (25°C, 12 horas de fotofase e 70% de Umidade Relativa), na sala de Criação
de Insetos na UNISINOS.
As cepas de B. thuringiensis thuringiensis 407 (pH 408) e B. thuringiensis kurstaki
HD-73 foram cedidas pelo International Entomopathogenic Bacillus Centre, do Instituto
Pasteur de Paris (França). Essas cepas foram crescidas em meio usual glicosado, a 180
rpm e 28ºC por 48 horas (DEBARJAC e LECADET, 1976). Em seguida, a suspensão
bacteriana foi centrifugada a 5000 rpm e a contagem de células foi realizada em Câmara
de Neubauer e microscopia óptica, sendo a concentração ajustada em 1.1010 Células/mL.
No preparo das proteínas Cry, o cultivo das duas cepas foi efetuado conforme
descrito anteriormente até a obtenção de 90% de lise celular. A cultura foi centrifugada a
5000 rpm, 5ºC, durante 15 min, e o concentrado obtido foi lavado com tampão fosfato
(0,1M NaH2PO4.H2O + 0,1M NaCl, pH 6,0). A separação dos esporos, cristais e resíduos
celulares foi realizada através da aplicação da suspensão bacteriana no gradiente
descontínuo de sacarose (67 - 79%), o qual foi centrifugado a 9500 rpm, a 5ºC, durante
uma hora. As bandas depositadas entre as diferentes concentrações de sacarose foram
coletadas, lavadas com água mili-Q e observadas em microscopia de contraste de fase.
Sendo, em seguida, as proteínas solubilizadas em tampão fosfato pH 10 (50mM Na2CO3,
10mM DTT, 5mM EDTA, 0,1mM PMSF) conforme descrito por FIUZA et al. (1996). A
concentração protéica foi determinada de acordo com o método de BRADFORD (1976) e o
perfil foi avaliado em SDS-PAGE, a 10% (LAEMMLI, 1970).
As proteínas Cry1Ab e Cry1Ac foram testadas em lagartas de 1º ínstar de S.
frugiperda. Para cada proteína, os ensaios foram constituídos de 5 concentrações protéicas
(0,06 a 610 µg/mL e 0,1 a 1050 µg/mL, para Cry1Ab e Cry1Ac, respectivamente) e uma
testemunha, representando 6 tratamentos de 30 insetos e 3 repetições, totalizando 540
insetos avaliados por proteína. Os tratamentos foram aplicados (100µL) na superfície da
dieta de Poitout, previamente acondicionadas em mini-placas de acrílico, onde as lagartas
foram individualizadas. Nas testemunhas, as proteínas foram substituídas por água
destilada e esterilizada. Os ensaios foram mantidos em câmara climatizada a 25ºC, 70% de
UR e 12h de fotofase. A mortalidade foi avaliada até o sétimo dia após a aplicação dos
tratamentos, sendo em seguida corrigida pela fórmula de Abbott (1925). As concentrações
letais médias (CL50) de cada proteína à espécie alvo foi determinada pela Análise de Probit,
usando o programa Polo-PC LeOra Software, 1987 (HADDAD, 1998). Os dados obtidos
foram submetidos à Análise de Variância e teste de Tukey (P<0,05) para comparação entre
as médias.
Nessa pesquisa, os dados da toxicidade das proteínas Cry1Ab e Cry1Ac,
sintetizadas por B. thuringiensis thuringiensis 407 (pH 408) e B. thuringiensis kurstaki HD73, respectivamente, revelaram Concentrações Letais Médias (CL50) de 9,29 e 1,79 µg/cm2
às lagartas de 1º instar de S. frugiperda (Tabela 1).
Tabela 1. Concentração Letal Média das proteínas Cry1Ab e Cry1Ac de Bacillus
thuringiensis às lagartas de 1º instar de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera, Noctuidae).
Tratamentos
Proteína Cry1Ab
Proteína Cry1Ac
CL50
Proteínas (µg/cm2)
IC (Li-Ls)*
χ2
9,29
1,79
4,34-28,46
0,96-3,76
1,59
1,08
*IC - Intervalo de Confiança, calculado a 95% de probabilidade através da Análise de Probit; Li=limite inferior; Ls=limite
superior.
PRAÇA et al. (2004) selecionando cepas de B. thuringiensis efetivas contra as
lagartas de 2º ínstar de S. frugiperda compararam novas cepas ao B. thuringiensis kurstaki
HD1 (CL50 de 0,285 µg/cm2), obtendo CL50 de 0,09 e 0,52 µg /cm2, respectivamente para
S234 e S997, as quais revelaram elevada toxicidade à espécie-alvo. Já nas pesquisas de
ARANDA et al. (1996), com S. frugiperda, os dados de CL50 das proteínas Cry1Ab e Cry1Ac
foram superiores a 2 µg/cm2, cujos valores diferem em parte do presente estudo onde a
proteína Cry1Ac (1,79 µg/cm2) foi significativamente mais tóxica à espécie-alvo quando
comparada à proteína Cry1Ab (9,29µg/cm2).
MENG et al. (2003) calcularam a CL50 das proteínas Cry1Ac e Cry1Ab, oriundas de
produtos comerciais de B. thuringiensis, para larvas neonatas de Chilo suppressalis
(Walker) (Lepidoptera, Pyralidae), as quais foram de 15 a 157 mg (AI)/L e 2 a 34 mg (AI)/L,
respectivamente. Por outro lado, FIUZA et al. (1996) testando proteínas de Cry1 de B.
thuringiensis em lagartas de 2º instar de C. suppressalis, verificou que a CL50 para Cry1Ac
foi de 2,24 µg/cm2 cujos resultados assemelham-se ao presente estudo também realizado
com a ordem Lepidoptera e família de proteínas cry1.
Os resultados desse trabalho confirmam que as cepas e proteínas sintetizadas por B.
thuringiensis thuringiensis 407 (pH 408) e B. thuringiensis kurstaki HD-73 são eficientes no
controle de S. frugiperda, sendo que a proteína Cry1Ac foi mais efetiva. Nesse caso tanto o
agente de controle microbiano pode ser usado na produção de biopesticidas quanto seus
genes cry na engenharia genética de Oryza sativa L.
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CONTROLE QUÍMICO DE LARVAS DA BICHEIRA-DA-RAIZ Oryzophagus
oryzae (COLEOPTERA: CURCULIONIDADE) EM ARROZ IRRIGADO
Eduardo Amilibia, Jaime Vargas de Oliveira. IRGA – Estação Experimental do Arroz, Caixa
Postal 29, CEP 94930-030, Cachoeirinha, RS. ([email protected])
A bicheira-da-raiz é a mais importante praga do arroz irrigado no RS, causando
redução no rendimento de grãos pelo ataque das larvas. Estas ao cortarem as raízes
diminuem a absorção de nutrientes. As plantas atacadas apresentam, estatura reduzida,
folhas amareladas e são facilmente arrancadas. Nas últimas safras, a incidência desta
praga foi muito intensa, justificando o fato de 40% da área semeada tratada com inseticidas
(OLIVEIRA & FIUZA 2005). Portanto, é importante que o produtor, ao empregar o controle
químico, tenha opções de produtos, pois atualmente em mais de 10% da lavoura são
aplicados produtos para o controle de larvas. A escolha do inseticida, a dose adequada, a
eficiência e o seu impacto ao ambiente são importantes visando apresentar alternativas no
controle desta praga.
Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o comportamento de alguns
inseticidas, aplicados em diferentes doses, no controle da bicheira-da-raiz. O experimento
foi instalado a campo na safra 2005/2006, na Estação Experimental do Arroz (EEA) do
Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). A cultivar BR-IRGA 409 foi semeada em linhas. O
delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições, os tratamentos
constaram da aplicação do produto Actara 250WG (Tiametoxam) em quatro doses, produto
Furadan 100G (Carbofuran) e uma testemunha sem aplicação de inseticida. As doses
utilizadas constam na Tabela1. Os produtos foram aplicados manualmente a lanço
para controle de larvas, aos 28 dias após a irrigação. O Furadan 100G foi empregado como
inseticida padrão. Um tratamento sem inseticida foi incluído como testemunha. As parcelas
foram isoladas entre si por armações de ferro, com as dimensões de 2 x 2 m, por 25 cm de
altura. Visando aumentar a população do inseto, elevou-se a lâmina de água para 15 cm de
profundidade, nas duas primeiras semanas.
As avaliações para determinar a população de larvas foram realizadas aos 32 e 39
dias após a entrada da água de irrigação, através de quatro amostras de solos e raízes
retiradas em cada parcela com amostrador de cano PVC, com 10 cm de diâmetro por 15
cm de altura. O amostrador foi introduzido no solo à profundidade de 8,5 cm. As amostras
foram agitadas sob a água dentro de um balde para liberar as larvas das raízes e do solo.
O número médio de larvas por amostra foi 13 na primeira avaliação e 12 na segunda, das
parcelas sem controle. A análise estatística dos parâmetros foi através do F-teste e a
comparação entre médias dos tratamentos pelo teste de Duncan, ao nível de 5 % de
probabilidade (Tabela 1). Para a avaliação da eficiência de cada tratamento, foi utilizada a
fórmula de Abbott (1925).
Os resultados obtidos mostram que, na primeira avaliação de larvas, os tratamentos
inseticidas apresentaram-se eficientes, com controle superior a 91%, não diferindo do
padrão. Na segunda leitura a aplicação do inseticida Actara 250WG nas três maiores doses
apresentaram eficiência similar á verificada com inseticida padrão. O rendimento de grãos
não diferiu estatísticamente em função da aplicação das diferentes doses de inseticidas,
embora no tratamento testemunha tenha observado valor inferior aos tratamentos com
aplicação de inseticidas.
Tabela 1. Eficiência de inseticidas no controle de larvas da bicheira-da-raiz em arroz
irrigado. Estação Experimental do Arroz, IRGA, Cachoeirinha, RS, 2007.
Tratamentos
1. Actara 250WG
2. Actara 250WG
3. Actara 250WG
4. Actara 250WG
5.Furadan 100G
6. Testemunha
CV (%):
Doses
mL p.c ha-1
200
225
250
300
4000
-
Nº de
larvas1
*
1,0 b
0,8 b
0,3 b
0,3 b
0,3 b
14,0 a
59,6
2
Controle
(%)
93
91
97
97
100
0
Nº de
larvas3
1,0 b
0,8 bc
0,5 bc
0,3 c
0,3 c
12,0 a
45,0
Controle Rendimento
(%)
de grãos
(t ha-1)
96
8,32 a
98
8,13 a
100
8,23 a
100
8,24 a
96
8,25 a
0
7,68 a
1.
Avaliado aos 32 dias após a irrigação.
Conforme fórmula de Abbott (1925).
Avaliado aos 39 dias após a irrigação.
* Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan ao nível de 5% de probabilidade.
2.
3.
Os resultados obtidos indicam que o inseticida Actara apresentou eficácia similar ao
inseticida padrão, com a vantagem de causar menor impacto na lavoura arrozeira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABOTT, W.S. A method of computing the efetivenes of an insecticide, J. Ec. Entomology,
Maryland, v. 18, 265 – 67, 1925.
OLIVEIRA, J.V. de; FIUZA, L. M. Interferência da época de controle de larvas da bicheirada-raiz Oryzophagus oryzae (COLEOPTERA; CURCULIONIDAE) em arroz irrigado. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 4. e REUNIÃO DA CULTURA DO
ARROZ IRRIGADO, 26, Santa Maria, 2005. Anais... Santa Maria, Editora Orium, 2005. p.
99-100.
EFICIÊNCIA DE CURBIX 200 SC, EM DUAS ÉPOCAS DE APLICAÇÃO NO
CONTROLE DE Oryzophagus oryzae (COLEOPTERA; CURCULIONIDAE), EM
ARROZ IRRIGADO
Jonas André Arnemann(1), Jerson Vanderlei Carús Guedes(2), Ervandil Corrêa Costa(3),
Jorge Antonio Silveira França, (4) Sandro Borba Possebon(5),.Angelita Sangoi Martins(6),
Élder Dal Pra(7). 1,2,3,4,5Universidade Federal de Santa Maria, Campus Universitário, Camobi.
([email protected])
Na safra 2006/07 o Rio Grande do Sul alcançou a maior produtividade já registrada
na lavoura orizícola gaúcha. O rendimento médio foi de 6,88 mil quilos por hectare apesar
da redução de 10% na área plantada com relação na safra anterior, segundo o Instituto
Riograndense do Arroz.
A lavoura orizícola se caracteriza por abranger uma entomofauna diversificada e
alguns insetos são considerados pragas importantes como os percevejos (Tibraca
limbativentris e Oebalus poecilus), a lagarta-da-folha (Spodoptera frugiperda) e a bicheirada-raiz (Oryzophagus oryzae) (ROSSETO et al., 1972; GUEDES et al., 1991).
Oryza sativa é citada por Rosseto et al. (1972) como principal planta hospedeira de
importância econômica de O. oryzae, além do capim arroz, canevão, capim treme-treme,
grama rasteira, grama do banhado, grama de ponta e tiriricas para o Rio Grande do Sul. O.
oryzae é uma espécie-praga importante para o Rio Grande do Sul, fato confirmado através
de levantamentos efetuados por Martins et al. (1988) onde ela está colocada em segundo
lugar em importância econômica logo após a lagarta da folha (Spodoptera frugiperda).
Os danos são causados principalmente, pela larva de O. oryzae que ao se alimentar
provoca a destruição das raízes, reduzindo o porte de plantas com folhas amareladas,
resultantes da deficiência nutricional. Os adultos se alimentam do parênquima foliar
deixando estrias longitudinais que mais tarde se tornam necrosadas. Esses danos às
raízes refletem-se em perdas na produção de grãos. Estas perdas são referidas por ISHIY
(1975) e podem ser na ordem de 20% a 30%, em função dos danos causados pelo ataque
das larvas às raízes.
Botton et al. (1995) determinaram que um casal de O. oryzae/planta de arroz reduz a
produção de grãos em 4,8% e em 5,2% para Bluebelle e BR-IRGA 414, respectivamente, e
que uma larva/planta provoca uma perda na ordem de 0,54% e 0,60%, respectivamente,
para Bluebelle e BR-IRGA 414.
O objetivo deste trabalho foi avaliar diferentes dosagens de Curbix 200 SC
(Ethiprole), aplicado, em pulverização foliar, aos dez e cinco dias antes da entrada da água
na lavoura, para o controle da bicheira-da-raíz.
O experimento foi conduzido em lavoura comercial na safra agrícola 2006/2007, no
município de Restinga Seca (RS). A cultivar empregada foi BR IRGA 417. Os tratamentos e
dosagens foram: Curbix 200 SC (Ethiprole), nas doses de 20 ml, 25 ml e 30 ml de i.a./ha
(equivalente a 100 ml, 125 ml e 150 ml de p.c./ha); Klap 200 SC (Fipronil), na dose de 12 g
de i.a./ha (equivalente a 60 ml do p.c./ha) e Testemunha, somente água. Os tratamentos
foram aplicados com equipamento costal, pressurizado com CO2, utilizando um volume de
calda de 200 l/ha. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com quatro repetições
e dez tratamentos. As unidades experimentais mediam 20 m2, individualizadas por taipas
com entrada e saída individual de água de irrigação para evitar contaminação. Nas
avaliações de larvas foi usado um cilindro metálico de 10 cm x 10 cm, retirando-se quatro
amostras/unidade experimental. As datas de avaliação foram aos 28 e 36 dias após a
irrigação. O procedimento de avaliação da eficiência agronômica foi através da fórmula de
ABBOTT (1925) e o agrupamento das médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade
de erro.
Os resultados da Tabela 1 registram dados de campo para número de larvas e
eficiência agronômica para tratamentos em diferentes datas de avaliação além do
agrupamento das médias e o coeficiente de variação (%).
Tabela 1. Avaliação da eficiência agronômica de Curbix 200 SC no controle de O. oryzae,
na cultura do arroz irrigado. Restinga Seca, RS. Safra 2006/07.
Dosagens ha
i.a.
p.c.
Médias
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Klap
Testemunha
20
25
30
12
----
2,00
1,00
1,25
1,25
12,00
b
b
b
b
a
87,50
91,66
89,59
89,59
----
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Klap
Testemunha
C.V. (%)
20
25
30
12
----
1,25
0,50
0,25
0,50
10,25
56,47
b
b
b
b
a
87,80
95,12
97,56
95,12
----
1,75
1,25
0,75
1,50
10,25
b
b
b
b
a
82,92
87,80
92,68
85,36
----
1,00
0,50
0,75
0,75
9,25
52,07
b
b
b
b
a
89,18
94,59
91,89
91,89
----
Tratamentos
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Klap
Testemunha
20
25
30
12
----
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Klap
Testemunha
C.V. (%)
20
25
30
12
----
Repetições
R1
R2
R3
R4
Avaliação aos 28 DAI
Aplicação 10 dias antes da entrada da água
100
2
2
1
3
125
0
2
1
1
150
1
2
1
1
60
3
0
1
1
---12
7
15
14
Aplicação 5 dias antes da entrada da água
100
1
1
2
1
125
0
0
2
0
150
0
1
0
0
60
0
0
1
1
---6
14
11
11
Avaliação aos 36 DAI
Aplicação 10 dias antes da entrada da água
100
2
3
1
1
125
1
2
0
2
150
2
0
1
0
60
2
0
3
1
---9
13
7
12
Aplicação 5 dias antes da entrada da água
100
0
2
1
1
125
1
0
0
1
150
0
0
2
1
60
1
0
1
1
---12
7
10
8
PC (%)
1
DAI: Dias após a irrigação permanente;
Eficiência Agronômica (ABBOTT, 1925);
* Médias, nas colunas, seguidas pela mesma letra, não diferem estatisticamente entre si (Tukey a 5%);
2
Os dados referentes ao número de larvas, na testemunha, mantiveram equilíbrio para
repetições e datas de avaliação nas parcelas da testemunha. De forma que na última
avaliação não houve redução do número médio de larvas na testemunha (Tabela 1).
Aos 28 DAI para a aplicação 10 dias antes da irrigação a eficiência de controle variou
de acordo com a dose de Curbix, ficando esta variação situada entre 87,5% (20 g de
i.a./ha) e 89,5% (30 g de i.a./ha). Ainda aos 28 DAI para a aplicação dos tratamentos 5 dias
antes da irrigação a eficiência de controle da bicheira-da-raiz foi maior, ou seja, variou de
87,8% (20 g de i.a./ha) a 97,5% de controle (30 g de i.a.ha), similarmente ao controle
obtido pelo produto padrão (Klap) na dosagem de 12 g de i.a. de Fipronil/ha (Tabela 1).
Aos 36 DAI para a aplicação 10 dias antes da irrigação a eficiência de controle de
Curbix também foi satisfatória (maior que 80%), e variou conforme a dosagem, ficando esta
variação situada entre 82,9% (20 g de i.a./ha) e 92,6% (30 g de i. a./ha). E aos 28 DAI para
a aplicação 5 dias antes da irrigação a eficiência de controle da bicheira-da-raiz por Curbix
variou de 89,1% (20 g de i.a./ha) a 91,8% de controle (30 g de i.a.ha), mantendo eficiência
similar àquela obtida pelo produto padrão (Klap) na dosagem de 12 g de i.a. de Fipronil/ha
(Tabela 1).
Desta forma, todas as dosagens de Curbix demostraram eficiência satisfatória no
controle da bicheira-da-raiz, apresentando eficiência similar ao produto padrão, Klap (12 g
de i.a. de Fipronil/ha), portanto podendo ser o Curbix, recomendado para controle de O.
oryzae.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBOTT, W.S. A method of computing the effectiveness of an inseticide. Journal
Economic Entomol., Maryland, v.18, v.1, p.265-267, 1925.
AGRIANUAL. Anuário da Agricultura Brasileira. FNP Consultoria & Agroinformativos,
2005. 498p.
BOTTON, M., VENDRAMIN, J.D., MARTINS J.F. da S., et al. Associação entre níveis
populacionais de Oryzophagus oryzae (Costa Lima, 1936) e produção de grãos em culturas
de arroz irrigado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 1995, Caxambú,
MG, Resumos... Caxambú, SEB/ESAL, 1995, 869p. p.620.
GUEDES, J.V.C., COSTA, M.A.G., LINK, D. et al. Artrópodes associados à cultura do arroz
irrigado II - Famílias. In: REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, 1991. Camboriú,
SC, Anais..., Camboriú. 350p.
ISHIY, T. Bicheira da raiz. Lavoura arrozeira, Porto Alegre, v. 28, n.285, p.30-31, 1975.
MARTINS, J.F. da S., OLIVEIRA, J.V. de., VALENTE, L.A. Informações preliminares sobre
a situação dos insetos, na cultura do arroz irrigado no Rio Grande do Sul. In REUNIÃO DA
CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, 1988, Pelotas, RS, Anais... Pelotas, 1988, 413p.
ROSSETTO, C.J., S. SILVEIRA NETO, LINK, D., et al. Praga do arroz no Brasil. In:
Reunião do Comitê de Arroz para as Américas, Pelotas. Contribuições Técnicas da
Delegação Brasileira. Brasília, 1972. p.149-238. 1972.
CONTROLE QUÍMICO DE Ochetina uniformis (PASCOE, 1881) (Coleoptera,
Erirhinidae), ATRAVÉS DE INSETICIDAS APLICADOS NO TRATAMENTO DE
SEMENTES E NA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA CULTURA DO ARROZ
Sandro Borba Possebon(1), Jerson Vanderlei Carús Guedes(2), Ervandil Corrêa Costa(2),
Fábio karlec(3), Luciano Pizzuti(3). 1,2,3Universidade Federal de Santa Maria, Campus
Universitário, Camobi. ([email protected])
Ochetina uniformis vem sendo referida como nova broca-do-colo do arroz, devido
seu hábito de ataque, que causa severos danos em colmos e sérios prejuízos econômicos,
sendo considerada a mais importante praga surgida nos últimos anos (SOUSA et al.,
2003). O poder de destruição da espécie aumentou 16 vezes de uma safra para outra,
(OLIVEIRA & DOTTO, 2001; FIUZA et al., 2002), sendo encontrada em cerca de 5% da
área total cultivada com arroz, no Rio Grande do Sul.
O controle de O. uniformis, ainda é feito empiricamente, pois pouco se conhece a
respeito de quais inseticidas controlam efetivamente esse inseto-praga.
O potencial para adoção do tratamento de sementes é maior em áreas onde há
histórico de ocorrência anual de insetos de solo que atacam sementes ou partes
subterrâneas das plantas no período pré-inundação. Em virtude disso, nos últimos anos o
tratamento de sementes de arroz irrigado vêm ganhando popularidade em muitos países
da América Latina, especialmente na Colômbia e Venezuela.
O presente estudo teve como objetivo: (i) avaliar a eficiência agronômica de
inseticidas aplicados no tratamento de sementes e (ii) gerar subsídios para a
recomendação de inseticidas no controle O. uniformis em áreas de arroz irrigado na região
da Depressão Central do Rio Grande do Sul.
O experimento foi conduzido em campo na safra agrícola 2005/2006, no município de
Santa Maria, RS. O solo é classificado como Planossolo Hidromórfico, pertencente à
unidade de mapeamento Vacacaí (EMBRAPA, 1999). O delinamento experimental foi de
blocos ao acaso, com 14 tratamentos, sendo 10 na modalidade tratamento de sementes:
(Fipronil, 25, 31,25 e 37,5 g i.a./100 kg de sementes; carbofurano, 350 e 525 g i.a./100 kg
de sementes; imidacloprido, 180 e 210 g i.a./100 kg de sementes e tiametoxano, 70 e 140 g
i.a./100 kg de sementes e quatro na modalidade granulado: carbofurano GR, 500, 750 g
i.a.ha-1 e benfuracarbe GR, 1000 e 2000 g i.a.ha-1 e a testemunha (sem inseticidas) em
quatro repetições, com parcelas experimentais de 9 m2, divididas por taipas, com entrada e
saída individual da água de irrigação, para evitar a mistura de tratamentos. A cultivar BRIRGA 422 CL, foi semeada em 10-11-2005, na densidade de 120 kg.h-1. A área útil de cada
tratamento foi de 2 m2 A entrada da água foi realizada 30 dias após a emergência das
plantas. No transcorrer do experimento, a lâmina d’água foi mantida a uma altura constante
de 0,15-0,20 m, para evitar desuniformidade na infestação do inseto. As sementes foram
tratadas (na modalidade tratamento de sementes), três (3) dias antes da semeadura. A
aplicação dos inseticidas granulados (carbofurano GR e benfuracarbe GR), foi realizada na
data da pré-contagem (26 dias após a irrigação), em cobertura, sobre a lâmina da água,
com auxílio de um aplicador manual tipo saleiro. O efeito dos tratamentos de sementes foi
avaliado através de parâmetros relacionados à cultura, tais como: número de colmos
danificados em três momentos, 26, 33 e 40 dias após o início da irrigação (DAI). Para o
cálculo de eficiência agronômica (E.A.%), foi utilizada a Fórmula de ABBOTT (1925).
Pode-se afirmar que fipronil nas doses de 31,25 e 37,5 g i.a./100 kg de sementes, é
eficiente no controle de Ochetina uniformis, com percentual de controle superior a 80%, até
33 dias após da irrigação. Fipronil na dose de 25 g i.a./100 kg de sementes, não apresenta
poder residual suficiente para o controle de O. uniformis após 33 dias do início da irrigação.
Fipronil (31,25 e 37,5 g i.a. por 100 kg de sementes) pode ser indicado no manejo
integrado de O. uniformis, em vista de sua ação biocida (E.A.>80%) (Tabela 1).
Tabela 1. Número de colmos danificados (NCD) por metro quadrado aos, 26, 33 e 40 dias
após a irrigação e percentagem de controle (PC) dos inseticidas avaliados no controle de
Ochetina uniformis em arroz irrigado. Santa Maria, RS, 2005/2006.
Dose
Tratamento
Dias após a irrigação
(g i.a./
100 kg
sementes)
Fipronil
25
NCD/ m2
a
79
9,2
84
8,1 ab
87
6,8
NCD/ m
80
6,0
3,5
ab 1
89
4,6
a
89
3,7
a
0
19,4 bcd
2,0
Fipronil
37,5
1,9
a
Carbofurano
350
19,1 e
Carbofurano
525
11,6
c
33
Imidacloprido
180
11,2
c
Imidacloprido
210
10,9
Tiametoxano
70
abc
56
61
a
68
33
17,8 de
24,9
14
19,4
de
35
15,1
abc
48
15,6
bcde
26
c
37
13,2 abc
55
12,5 abcd
40
13,8 cd
20
20,2 bcd
31
18,3 de
13
52
15,2
abc
48
17,3
cde
-
29,1
d
-
21,0
e
2
PC(%)
Tiametoxano
140
8,3
Testemunha
-
17,3
de
Pré-C
3
PC(%)
NCD/ m
500
11,9 c
Carbofurano GR
750
9,4
c
-
9,6
Benfuracarbe GR
1000
11,6 c
-
14,9
2000
c
C.V.(%)
PC(%)
cd
bc
Benfuracarbe GR
2
40
PC(%)
PC(%)
31,25
Carbofurano GR
3
33
2
Fipronil
-1
2
NCD/m
2
a
(g i.a.ha )
1
26
9,2
34,34
-
-
13,6 abc
54,63
8
18
-
2
NCD/ m PC(%)
53
15,7 bcde
25
67
12,0
abcd
43
abc
49
10,9
abcd
48
ab
67
8,2
ab
61
ab
9,7
15
40,11
Médias seguidas pela letra na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade de erro.
Percentagem de controle, calculado pela Fórmula de ABBOTT (1925).
Pré-contagem de colmos danificados.
Os inseticidas granulados (carbofurano GR e benfuracarbe GR), não reduziram os
danos aos colmos das plantas de arroz, causados pelas larvas de O. uniformis,
apresentando baixos níveis de eficiência. Carbofurano GR (750 g i.a.ha-1) obteve ação
biocida, inferior a 70% na primeira avaliação (33 DAI), reduzindo sua eficiência agronômica
para 43% sete dias após. Isso demonstra que as mesmas doses de carbofurano GR
utilizadas para o controle da bicheira-da-raiz, não são efetivas na redução da população de
O. uniformis, ficando muito aquém do desejado, quando aplicado tardiamente (Tabela 1).
Com base nestes resultados, pode-se concluir que o tratamento de sementes com
fipronil (31,25 e 37,5 g i.a./100 kg de sementes) é eficiente para o controle de O. uniformis
na cultura do arroz irrigado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABOOTT, W.S. A method of computing the effectiveness of an insecticide. Journal of
Economic Entomology, v.18, n.1, p.265-267, 1925.
EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro: EMBRAPA
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FIUZA, L. M. et al. Controle natural de Ochetina sp. (Col., Curculionidae) com Beauveria
bassiana, em áreas orizícolas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 19.,
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DANOS DE Ochetina uniformis (PASCOE, 1881) (Coleoptera, Erirhinidae,
Erirhininae) EM COLMOS DE PLANTAS DE ARROZ IRRIGADO
Sandro Borba Possebon(1), Jerson Vanderlei Carús Guedes(2), Ervandil Corrêa Costa(2),
Luciano Pizzuti(3) Jonas André Arnemann(4). 1,2,3,4Universidade Federal de Santa Maria,
Campus Universitário, Camobi. ([email protected])
O arroz (Oryza sativa L.) é cultivado praticamente em todo o mundo, sendo uma das
mais antigas espécies, ocupando aproximadamente 10% do solo agricultável do planeta. O
arroz é cultivado basicamente sob três tipos de ecossistemas, terras altas, várzeas úmidas
e irrigado por inundação. Dentre estes, o de maior expressão é o arroz irrigado por
inundação (várzeas), devido sua elevada produtividade, representando 80% do arroz
produzido no mundo, sendo responsável por aproximadamente 93% da produção total.
(FREITAS et al., 2004).
Ochetina sp. foi citado pela primeira vez no Estado do Rio Grande do Sul, no ano de
1982, quando foi coletado em armadilha luminosa na Estação Experimental do Arroz
(EEA), do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), em Cachoeirinha, RS.
Segundo OLIVEIRA & DOTTO (2002), nos primeiros anos do aparecimento do inseto
como praga, a ocorrência era mais concentrada, atacando de 20 a 30% da área cultivada,
assim como ocorreu no início com O. oryzae, entretanto, hoje com o aumento da densidade
populacional do inseto-praga, é encontrado em praticamente toda área. Segundo SOUSA
et. al. (2003) a cada inseto/0,8m2, ocorre uma redução de 0,441 panículas/m, 0,456
grãos/panícula e produtividade equivalente a 83,567 kg.ha-1, considerando 13% de
umidade dos grãos, o percentual de redução da produtividade é de 0,863, ou seja, 1,08% a
cada inseto/m2.
O objetivo deste trabalho, foi avaliar e quantificar os danos de O. uniformis, em
plantas de arroz, no sistema irrigado, através de parâmetros como: (i) número de colmos e
panículas por m2; (ii) número de panículas por planta e massa de mil grãos; (iii) estatura de
plantas e (iv) rendimento de grãos, determinado em 1 m2, exceto para rendimento de
grãos, que foi obtido a partir de 2 m2.
O experimento foi conduzido em campo na safra agrícola 2005/2006, na localidade
Vila Figueira, município de Santa Maria (RS). O solo é classificado como Planossolo
Hidromórfico, pertencente à unidade de mapeamento Vacacaí (EMBRAPA, 1999). O
delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com 14 tratamentos, e quatro
repetições, sendo nove aplicados no tratamento de sementes (Fipronil, 100, 125 e 150 g
i.a./100 kg de sementes; carbofurano, 350 e 525 g i.a./100 kg de sementes; imidacloprido,
180 e 210 g i.a./100 kg de sementes e tiametoxano, 70 e 140 g i.a./100 kg de sementes),
mais quatro tratamentos com aplicação de inseticidas granulados (carbofurano, 500 e 750
g i.a.ha-1 e benfuracarbe, 1000 e 2000 g i.a.ha-1) e a testemunha (sem inseticidas). A
aplicação dos inseticidas granulados (carbofurano e benfuracarbe) foi realizada 26 dias
após a irrigação (DAI), em cobertura, na água de irrigação, com auxílio de um aplicador
manual tipo saleiro.
As parcelas experimentais tinham a dimensão de 9 m2, divididas por taipas. A
escolha da área experimental foi com base no histórico de ocorrência de infestações
elevadas de O. uniformis, tendo o solo previamente preparado e nivelado. A cultivar BRIRGA 422 CL, foi semeada em 10-11-2005, na densidade de 120 kg.ha-1, com sementes
tratadas três dias antes da semeadura. A área útil de cada parcela foi de 2 m2 (5 fileiras
centrais x 2 m de comprimento). A adubação de base foi realizada na dose de 250 kg.ha-1
(N-P-K), e a de cobertura ocorreu em dois momentos: 200 kg.ha-1 de uréia (90 kg de N) em
solo seco, 20 dias após a emergência das plantas e a segunda na dose de 100 Kg.ha-1
(45 Kg de N).
A entrada da água foi realizada 30 dias após a emergência das plantas. No
transcorrer do experimento, a lâmina de água foi mantida a uma altura constante de 0,150,20 m, para evitar desuniformidade da infestação do inseto. A infestação foi realizada com
4 insetos/parcela aos cinco dias após o estabelecimento da lâmina de água, para garantir
uma uniformidade de infestação de insetos. As avaliações foram realizadas aos 26, 33 e 40
(DAI). Foi realizado análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas entre si
pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade de erro.
O número de panículas/m2 variou entre 421 (testemunha) e 620 (benfuracarbe –
2000 g i.a./ha). Fipronil na dose de 37,5g i.a./100 kg de sementes foi a segunda melhor
média (594 panículas/m2), diferindo somente da testemunha (Tabela 1).
Tabela 1. Número de panículas/m2, rendimento de grãos e percentagem de perdas do
arroz, em função dos inseticidas aplicado para o controle de Ochetina uniformis em arroz
irrigado. Santa Maria, RS. Safra 2005/06.
Tratamento
Dose
Panículas
(g i.a./100 kg
2
/m
semente)
Fipronil
25
564 abc1
abc
Fipronil
31,25
554
ab
Fipronil
37,5
594
Carbofurano
350
494 abc
Carbofurano
525
496 abc
Imidacloprido
180
568 abc
Imidacloprido
210
556 abc
abc
Tiametoxano
70
511
Tiametoxano
140
538 abc
Testemunha
421 c
Carbofurano
500 g i.a. ha-1 453 bc
-1
abc
Carbofurano
750 g i.a. ha
465
-1
abc
Benfuracarbe 1000 g i.a.ha
513
Benfuracarbe 2000 g i.a.ha-1
620 a
C.V. (%)
17,68
1
Panículas
/planta
3,6 ab1
ab
3,6
3,8 ab
3,6 ab
a
4,2
3,6 ab
4,1 a
ab
3,6
3,8ab
2,7 b
ab
3,6
ab
3,4
a
4,3
4,1 a
21,39
Massa 1000 Produtividade de Perdas
Grãos (g)
grãos (T.ha-1)
(%)
27,5 a1
a
28,1
28,5 a
28,0 a
a
28,7
28,7 a
28,3 a
a
27,7
28,1 a
28,3 a
a
28,4
a
28,2
a
27,6
28,2 a
3,93
9,31 abc1
abc
9,70
10,15 ab
8,35 bc
bc
8,61
9,26 abc
9,79 abc
bc
8,34
8,64 bc
7,60 c
bc
8,36
abc
9,84
abc
9,21
10,58 a
14,14
12
8,3
4,1
21,1
18,6
7,5
12,5
21,2
18,3
28,2
21
7
12,9
0
Médias seguidas pela letra na coluna diferem estatisticamente pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade de erro.
O número de panículas/planta apresentou variação de aproximadamente 63%
(testemunha), com uma média geral em torno de 3,7 panículas/planta. As parcelas que
apresentaram o maior número de panículas/planta em ordem decrescente foram
benfuracarbe (2000 g i.a./ha) (4,3) carbofurano (525 g i.a./100 kg) (4,2) seguido de
imidacloprido (210 g i.a./100 kg) (4,1) e de benfuracarbe (1000 g i.a./ha) (4,1), os quais
diferiram da testemunha (2,7).
O rendimento de grãos (T.ha-1), registrado para avaliar o grau de benefício
proporcionado pelos inseticidas aplicados às sementes e na água de irrigação, a média
alcançada em todos os tratamentos ficou bem acima da média do Estado do RS.
Benfuracarbe (2000g i.a./ha) obteve o maior rendimento de grãos (10,58 T.ha-1) diferindo
estatisticamente da testemunha e dos inseticidas aplicados nas sementes, tais como
carbofurano TS (350 g i.a./100 kg de sementes) e tiametoxam (140 g i.a./100 kg de
sementes) e do granulado carbofurano (500 g i.a.ha-1), assim como também da
testemunha, que obteve o pior desempenho.
Não houve diferença estatística nas parcelas tratadas com fipronil, nas três doses,
entretanto, a que apresentou maior rendimento de grãos foi à dose de 37,5 g i.a./100 kg de
sementes. As demais parcelas obtiveram valores de produtividade entre 9,84 e 7,6 T.ha-1.
As perdas na produtividade chegaram a 28,2% em relação à média do melhor valor
observado (10,58), que foi para o inseticida granulado benfuracarbe (2000 g i.a./ha). O
tratamento de sementes com fipronil FS (37,5 g i.a./100 kg de sementes) obteve a menor
perda (4,1) no rendimento de grãos. Valor semelhante foi obtido por OLIVEIRA et al.
(2001), com fipronil com essa dose no controle de O. uniformis.
A maioria dos inseticidas testados tiveram perdas na produtividade de grãos acima
de 10%, em relação a melhor média (benfuracarbe, 500 g i.a./ha).
Não houve efeito dos tratamentos sobre a massa de 1000 grãos.
Os resultados obtidos evidenciaram que o ataque de O. uniformis, reduz o número de
panículas/planta, o número de panículas/m2 e o rendimento de grãos, sendo proporcional à
população de insetos na área. Essa redução pode chegar à 28,2%.
Não foi verificado redução na massa de 1000 grãos e na estatura de plantas.
Os demais inseticidas aplicados no tratamento de sementes, e na água de irrigação
nas doses testadas não são eficientes para reduzir o número de colmos danificados/m2, em
áreas com ocorrência de O. uniformis.
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EFICIÊNCIA DO INSETICIDA ETHIPROLE (CURBIX 200 SC) EM
PULVERIZAÇÃO FOLIAR NO CONTROLE DA BICHEIRA-DA-RAIZ
Oryzophagus oryzae (COSTA LIMA, 1936) (COLEOPTERA:
CURCULIONIDAE) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO
Anderson Dionei Grützmacher(1)*, Douglas Daniel Grützmacher (1), Rodrigo Roman(1), Jonas
Alex Finatto(1), Murilo Damé Fonseca Paschoal(1), Rafael Antonio Pasini(1) ¹Depto. de
Fitossanidade-FAEM/UFPel, Campus Universitário, Caixa Postal 354, CEP 96.010-900,
Pelotas, RS. *([email protected])
A espécie Oryzophagus oryzae (Costa Lima, 1936) (Coleoptera: Curculionidae) é
uma das pragas mais prejudiciais à cultura do arroz irrigado no Brasil (Martins et al., 2004).
Logo que os insetos entram na lavoura passam a se alimentar das folhas de plantas de
arroz, causando lesões longitudinais de aproximadamente 1,5 mm de largura, e
simultaneamente acasalam-se, realizando posturas diretamente nas lacunas aeríferas da
folha, principalmente na bainha quando submersa. Após o período de incubação (cerca de
7 dias) ocorre a eclosão das larvas (bicheira-da-raiz) que migram para as raízes onde se
alimentam.
Freqüentemente para o controle do inseto tem sido utilizado o inseticida carbofurano
granulado (Furadan), aplicado diretamente na água de irrigação aproximadamente 20 dias
após a inundação definitiva da área, visando o controle de larvas. Embora esta técnica seja
eficiente, existem várias restrições ao seu uso, destacando-se o preço relativamente
elevado e a alta toxicidade do produto. Há, portanto, a necessidade da criação de métodos
alternativos de controle, com custo reduzido, menos agressivos ao meio ambiente e que
possam ser utilizados de forma segura em um sistema de manejo integrado de pragas
(MIP). Nesse sentido, vários métodos de controle químico do inseto vêm sendo estudados
nos últimos anos, destacando-se, o tratamento de sementes, a aplicação na água de
irrigação de inseticidas granulados alternativos ao carbofurano para o controle de larvas e
principalmente a pulverização foliar com inseticidas reguladores de crescimento e
inseticidas dos grupos dos piretróides e fenil-pirazóis, para o controle de adultos. Nos
últimos anos, alguns autores ao trabalharem com novos inseticidas destes grupos quando
aplicados em pulverização foliar visando o controle de adultos de O. oryzae verificaram que
há grande potencialidade para emprego dos mesmos no controle do inseto (Costa et al.,
1999; Martins et al., 1999; Grützmacher et al., 2001; Grützmacher et al., 2005).
Devido à necessidade de encontrar alternativas mais racionais, visando o controle
integrado de O. oryzae, foi desenvolvido este trabalho com o objetivo de avaliar a eficiência
de várias dosagens do inseticida Curbix 200 SC (ethiprole) em pulverização foliar aos dois
e dez dias antes da entrada da água no controle da bicheira-da-raiz na cultura do arroz
irrigado.
O experimento foi realizado na área experimental do Centro Agropecuário da Palma
(CAP), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no município de Capão do Leão, RS,
durante o ano agrícola de 2006/2007, de acordo com as Recomendações Técnicas para a
Cultura do Arroz Irrigado, no que se refere a cultivar, densidade, espaçamento, adubação e
demais práticas culturais.
O ensaio foi instalado na segunda quinzena de novembro de 2006 de acordo com a
seguinte metodologia: delineamento de blocos casualizados, dez tratamentos e quatro
repetições, sendo as parcelas experimentais de 15 m2 (dezoito fileiras de plantas de 5 m de
comprimento, espaçadas 0,18 m), cercadas por taipas, com entrada e saída individual da
água de irrigação, para evitar a mistura de tratamentos. Foi utilizada a cultivar de arroz
irrigado BRS Querência, semeada na densidade de 120 sementes viáveis por metro linear.
Os inseticidas testados foram [ingrediente ativo (dosagem mL p.c./ha)]: Curbix 200
SC [ethiprole (100, 125 e 150)] e Klap 200 SC [fipronil (60)]. Os inseticidas foram
pulverizados aos dois e dez dias antes da entrada da água com um pulverizador costal
pressurizado a CO2, equipado com cinco bicos do tipo leque XR110:015, espaçados de
0,50 m, calibrado para uma vazão de 200 L/ha, atingindo as folhas das plantas na área
total das parcelas.
A irrigação por inundação foi feita 20 dias após a emergência das plântulas. No
transcorrer do experimento, a lâmina d’água foi mantida à altura constante de 0,15 m para
evitar desuniformidade na infestação do inseto. A contagem inicial de larvas foi realizada
aos 28 dias após a irrigação (DAI) através de técnica de amostragem adaptada de Tugwell
& Stephen (1981). Em cada parcela foram retiradas quatro amostras de solo e raízes com
auxílio de um amostrador (secção de cano de PVC) com 10 cm de diâmetro e 20 cm de
comprimento. O amostrador foi colocado sobre as plantas e forçado para baixo, até atingir
profundidade superior a 8,5 cm. As amostras foram agitadas sob água, dentro de uma
peneira com fundo de náilon (malha de 1 mm2) para liberar as larvas das raízes e do solo.
A contagem final de larvas ocorreu aos 38 DAI.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, sendo executadas pelo
programa “SAS” e as médias dos tratamentos foram comparadas entre si pelo teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade. A porcentagem de controle dos inseticidas foi
calculada através da fórmula de Abbott (1925).
O principal parâmetro avaliado a campo foi o número médio de larvas de O. oryzae
nas amostras de solo e raízes obtidas através do amostrador. Na primeira avaliação (28
DAI) foi observada uma população média de 16,81 larvas/amostra na testemunha 1 (dois
dias antes da irrigação) e 15,13 larvas/amostra na testemunha 2 (dez dias antes da
irrigação) e na segunda avaliação (38 DAI) este número reduziu para 14,31 larvas/amostra
na testemunha 1 e 12,42 larvas/amostra na testemunha 2 (Tabela 1).
Tabela 1. Efeito de inseticidas aplicados em pulverização foliar (mL/ha) do arrozal sobre a
população de Oryzophagus oryzae, com aplicação dos tratamentos em diferentes dias
antes da irrigação, CAP/UFPel, Capão do Leão, RS, ano agrícola 2006/2007.
Nome
Comercial
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Klap 200 SC
Testemunha 1
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Curbix 200 SC
Klap 200 SC
Testemunha 2
CV (%)
Época de
Aplicação
2 dias antes
2 dias antes
2 dias antes
2 dias antes
2 dias antes
10 dias antes
10 dias antes
10 dias antes
10 dias antes
10 dias antes
Dosagens
(mL p.c./ha)
100
125
150
60
100
125
150
60
-
28 DAI1
N
2
0,69 b4
0,06 b
0,31 b
0,75 b
16,81 a
0,19 b
0,06 b
0,06 b
0,31 b
15,13 a
58,71
C
3
95,90
99,64
98,16
95,54
98,74
99,60
99,60
97,95
-
38 DAI
N
C
0,88 b
0,00 b
0,13 b
0,44 b
14,31 a
0,81 b
0,63 b
0,25 b
0,94 b
12,42 a
53,39
93,85
100,00
99,09
96,93
93,48
94,93
97,99
92,43
-
1
- Dias após a irrigação por inundação; 2- Número de larvas/amostra; 3- Porcentagem de controle calculada pela fórmula
de Abbott (1925); 4- Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente ao nível de 5% de probabilidade
pelo teste de Tukey.
Com base na eficiência de controle dos inseticidas (Tabela 1), observa-se que aos 28
DAI todos os inseticidas nas diferentes dosagens apresentaram eficiência de controle
acima de 95%, em ambas as épocas de aplicação, não havendo diferença estatística entre
os inseticidas e as dosagens, mas somente em relação às duas testemunhas. Na avaliação
realizada aos 38 DAI, todos os inseticidas apresentaram eficiência de controle acima de
92%. De forma similar a primeira época de amostragem, nesta segunda época novamente
todos os tratamentos com inseticidas apresentaram diferença significativa somente com
relação às duas testemunhas (Tabela 1).
Vários trabalhos sobre a pulverização foliar de inseticidas visando o controle de
adultos de O. oryzae, principalmente com inseticidas piretróides e reguladores de
crescimento (“fisiológicos”) e mais recentemente com thiamethoxam e fipronil (Martins et
al., 1993; Costa et al., 1999; Martins et al., 1999; Grützmacher et al., 2001) mostram que tal
controle do inseto apresenta resultados altamente satisfatórios, conforme comprovado
neste experimento (Tabela 1). Em relação à aplicação de inseticidas antes da irrigação,
Martins et al. (1993) também observaram em um experimento, onde se aplicou o inseticida
piretróide deltametrina 5 dias antes da irrigação, que o controle da bicheira-da-raiz foi de
91,4%, percentual de controle similar aos observados no presente ensaio na menor
dosagem de Curbix 200 SC na última avaliação (Tabela 1). De forma similar, Grützmacher
et al. (2001) também obtiveram excelentes resultados no controle de O. oryzae quando
utilizaram o inseticida fipronil aos 2 e 10 dias antes da entrada da água de irrigação.
Desta forma, a pulverização foliar do inseticida Curbix 200 SC (ethiprole) nas
diferentes dosagens (100, 125 e 150 mL de p.c./ha) controla eficientemente as larvas de O.
oryzae, quando aplicado aos 2 e 10 dias antes da entrada da água de irrigação. Assim
suas características de residual e eficácia o tornam uma ferramenta a mais para o controle
da bicheira-da-raiz na cultura do arroz irrigado e permite seu uso para o controle de insetos
que desenvolveram resistência a outros produtos, pois o seu mecanismo de ação difere
dos produtos Carbamatos convencionalmente utilizados.
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1981. 16p. (Bulletin, 849).
IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR E HIBRIDIZAÇÃO EM ENTRE OS BIOTIPOS
DE Spodoptera frugiperda
Vilmar Machado1, Milena Wunder1, Vanessa D. Baldisera1, Jaime V. Oliveira2 & Lidia M.
Fiúza1. 1Programa de Pós-Graduação em Biologia - Universidade do Vale do Rio dos
Sinos, Cx. Postal 275 - CEP 93022-000. São Leopoldo, RS, Brazil. ([email protected])
2
. Instituto Riograndense do Arroz - IRGA
A lagarta-do-cartucho (Spodotera frugiperda, J. E. Smith, 1797) ataca diversas
culturas importantes em vários países desde a América do Sul até América do Norte,
utilizando uma diversidade de plantas como hospedeiro. S. frugiperda foi registrada em 80
espécies de plantas pertencentes a 23 famílias diferentes (Giolo et al. 2002; Fernandes et
al. 2002). Estudos populacionais indicaram a presença de duas linhagens, (milho e arroz)
simpátricas e sem diferenças morfológicas, apesar da presença de diferenças bioquímicas,
comportamentais e na resposta para diferentes agentes de controle químico e biológico A
linhagem do arroz apresenta maior susceptibilidade a inseticidas como o diazinom e
carbaryl, enquanto a linhagem do milho é mais susceptível ao carbofuran; além disso, as
larvas da linhagem do arroz apresentam maior susceptibilidade a Bacillus thuringiensis.
(Adamczyk et al. 1997; Edwards et al. 1999).
As linhagens podem ser diferenciadas pela utilização de vários marcadores
moleculares (Martineli et al. 2006). A clivagem com as enzimas de restrição Msp I e Sac, de
um segmento de 569 pares de bases do gene para Citocromo Oxidase I (COI), produz
haplótipos específicos denominados de “corn strain” e “rice strain” (NagoshI et al. 2006a). O
segmento FR, corresponde a uma seqüência de 189 pares de bases repetida em tandem e
localizada nos cromossomos sexuais. A amplificação ou não dessa região por PCR permite
identificar as duas linhagens; o haplótipo milho (FR-) caracteriza-se pela ausência ou/e
presença de bandas inferiores a 400 pares de bases e o haplótipo arroz (FR+), pela
presença de bandas superiores a 500 pares de bases (Nagoshi & Meagher 2003a,b).
Este trabalho analisou o potencial destes marcadores na identificação das linhagens
de S. frugiperda e dos níveis de hibridização em populações do Rio Grande do Sul.
As formas imaturas obtidas nas culturas do milho foram coletadas em São Borja (17),
Cachoeirinha (19) e Novo Hamburgo (20). Na cultura do arroz as coletas foram realizadas
em São Borja (17) e Cachoeirinha (17). O DNA total foi extraído conforme protocolo
padronizado por Sambrook et al. (1989). As reações de amplificação e clivagem seguiram o
protocolo descrito por Levy et al. (2002). A identificação da seqüência FR foi realizada
utilizando-se os primers FR-C e FR-2 descritos por Nasgoshi & Meagher (2003 a, b).
As 34 larvas provenientes de populações da cultura do arroz apresentaram o
haplótipo MtR típico das linhagens que atacam essa cultura. Nas 56 larvas provenientes de
populações da cultura do milho foram encontradas 9 larvas com o haplótipo típico do arroz
(MtR): 6 em São Borja (35%), 1 em Cachoeirinha (5,2%) e 2 em Novo Hamburgo (10%). No
total, 16,7% dos indivíduos encontrados nas plantações de milho apresentaram o haplótipo
MtR. Os resultados obtidos pela clivagem das amostras com a enzima Sac I são similares
aos observados pela clivagem com Msp I. Em geral, os espécimes identificados como
portadores do haplótipo típico da linhagem do arroz com a enzima Msp I, são clivados pela
Sac I, o que não acontece quando o haplótipo foi identificado como pertencente à linhagem
do milho (Tabela 1). A freqüência do segmento FR nas amostras da cultura do milho variou
entre 23 e 40%. Nas amostras da cultura do arroz a freqüência foi elevada, sempre acima
de 82%. O percentual de larvas coletadas na cultura do arroz que não apresentaram o
fragmento FR variou entre 11,8 e 17,7%
Tabela 1. Freqüência dos haplótipos milho (MtC) e arroz (MtR) nas populações analisadas
de Spodoptera frugiperda.
Local
Cultura
n
MtR
MtC
São Borja
Arroz
17
17 (100%)
0.0
Milho
17
06 (35%)
11 (65%)
Arroz
17
17 (100%)
0.0
Milho
19
01 (5,0%)
19 (95%)
Milho
20
02 (10%)
17 (85%)
Cachoeirinha
Novo Hamburgo
Os resultados obtidos para cromossomos sexuais são compatíveis com duas
explicações: diferenças na especificidade para hospedeiro entre as linhagens com maior
fidelidade na linhagem do milho e hibridização assimétrica, com as fêmeas da linhagem de
arroz mais receptivas aos machos da linhagem do milho do que as fêmeas da linhagem do
milho aos machos da linhagem do arroz. Neste caso, como o marcador utilizado é
mitocondrial, os indivíduos com haplótipo MtR presentes na cultura do milho seriam híbridos
resultantes do cruzamento entre fêmeas do arroz e machos do milho (Nagoshi & Meagher
2003a,b; 2006 a,b). Segundo estes autores, a hibridização afetaria a especificidade para o
hospedeiro.
Os resultados obtidos para esse marcador de cromossomo sexual indicam a
presença do segmento FR em alta freqüência em larvas da linhagem do milho e, muitas
das larvas com o haplótipo mitocondrial do arroz não apresentaram esse segmento. Uma
explicação possível, é que as populações destas linhagens apresentam um polimorfismo
associado ao fragmento FR com variação espacial na freqüência do fragmento. Nesta
hipótese, não há uma correspondência entre o marcador para cromossomo sexual e os
marcadores mitocondriais como sugerido por LU et al. (1994). Portanto as configurações
MtCFR+ e MtRFR- não podem ser utilizadas para estimar níveis de hibridização entre as
linhagens. Por outro lado, se a presença do segmento FR+ em linhagens do milho é
resultante da ocorrência de hibridização, as configurações MtCFR+ e MtRFR- podem ser
produzidas após duas gerações de hibridização.
Nossos resultados estão de acordo com estudos de laboratório que demonstram a
compatibilidade reprodutiva das duas linhagens de S. frugiperda, mas em ambientes
naturais o cruzamento entre elas é limitado por fatores ambientais (Pashley et al. 1992;
NAGOSHI et al. 2006a). Os níveis de hibridização encontrados entre as linhagens de S.
frugiperda indicam que estas não podem ser utilizadas como exemplo de biótipos
representando espécies crípticas (Drès & Mallet, 2002). Porém, de acordo com os critérios
destacados pelos autores, são linhagens adaptadas a diferentes hospedeiros.
Os diferentes níveis de hibridização registrados em S. frugiperda podem estar
associados ao tempo de ocorrência da sobreposição na área de distribuição das linhagens,
em grande parte influenciada pela expansão da cultura do milho e do arroz nas Américas.
A expansão destas culturas contribui para o processo de hibridização, gerando um padrão
de hibridização diferente do que ocorre na maioria das espécies ou linhagens que evoluem
alopatricamente e entram em contato em algumas áreas, formando as zonas de
hibridização definidas.
A análise dos níveis e dos resultados do processo de hibridização entre as linhagens
de S. frugiperda são relevantes para programas de controle e manejo, especialmente, se
considerarmos que as duas linhagens diferem na susceptibilidade a diferentes agentes de
controle. Esse aspecto é mais relevante ainda, se considerarmos, expansão das áreas
cultivadas com plantas-Bt e que as duas linhagens de S. frugiperda ocorrem em várias
destas culturas. Portanto, a possibilidade de fluxo entre as linhagens de S. frugiperda tem
impactos significantes para programas de manejo da evolução da resistência. Nesse
contexto, um aspecto importante é monitorar os níveis de fluxo gênico entre as linhagens e
definir o quanto essas diferem aos diferentes agentes de controle.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Sambrook, J.; E. Fritsch & T. Maniatis. 1989. Molecular cloning. A laboratory manual.
Cold Spring Harbor Laboratory Press, New York.
NIVEL DE INFESTAÇÃO DE Tibraca limbativentris NA COLHEITA DO
ARROZ IRRIGADO, SAFRA 2005/06.
Dionísio Link, Fabio Moreira Link e Juliano Perlin de Ramos - Eng. Agr., Dr., Rua Conde de
Porto Alegre, 891/504A. Santa Maria, RS. CEP97015-110. ([email protected])
A incidência do percevejo grande do arroz, Tibraca limbativentris Stal, 1860
(Hemiptera: Pentatomidae) tem aumentado, nos últimos anos, na região central do Rio
Grande do Sul, especialmente na bacia do rio Ibicuí Mirim, e a maioria dos produtores de
arroz só constata sua presença quando o dano é visível e o controle químico tornou-se
economicamente inviável (Link et al., 1989; Link, 1998). Uma das alternativas para o
controle desta praga é o manejo pós-colheita, com a eliminação do maior número de
exemplares hibernantes (Link, 1998), no período de julho a setembro. Após a colheita, em
no máximo duas semanas, mais de 90% da população existente na lavoura migrou para os
locais de hibernação, ao redor da área cultivada (Link et al., 1996) permanecendo ali até
meados de novembro, iniciando o retorno à lavoura quando o arroz inicia o perfilhamento
(Trujillo, 1970). Para que este sistema funcione a contento, uma amostragem prévia da
população infestante no momento da colheita é fundamental para se saber a densidade de
insetos hibernantes e que irão infestar o próximo cultivo. A falta de informações sobre a
densidade populacional deste hemíptero, no momento de colheita, para subsidiar um
programa de manejo pós-colheita motivou o presente trabalho.
Quatorze lavouras cultivadas com arroz irrigado, de diferentes variedades, mas todas
com ciclo similar, localizadas na margem esquerda do Rio Ibicuí Mirim, no 7º distrito de
Santa Maria, colhidas entre 15 de março e 22 de abril de 2006. A densidade de infestação
do percevejo, no momento da colheita, foi avaliada retirando-se uma amostra de cerca de
dois litros do resíduo grosseiro (peneira superior), na peneira da pré-limpeza, de cada
reboque graneleiro, com capacidade de 3000 kg de grãos (60 sacos)/carga que chegou ao
galpão do secador. Os espécimens do percevejo grande do arroz existentes em cada
amostra foram quantificados (Tabela 1) e os resultados obtidos foram submetidos à análise
estatística (Nakano et al., 1981).
Tabela 1. Freqüência do percevejo grande do arroz (Tibraca limbativentris), no momento
da colheita 14 lavouras de arroz irrigado. Santa Maria, RS, safra 2005/06.
Lavouras
13*
01*
10
06
07
11
14
09
03
05
04
12
02
08
Freqüência de T. limbativentris/amostra
média
amplitude
109,00a**
32
227
92,00a
20
234
55,33b
14
114
48,50bc
5
101
38,40bcd
8
131
27,29cde
9
45
22,00cde
15
38
19,69de
6
34
19,38e
9
45
19,00e
10
35
13,37e
4
25
12,23e
1
44
11,58e
5
29
8,52e
3
14
Nº de amostras
38
24
72
38
20
17
10
45
21
20
38
52
12
21
*: nestas lavouras, o agricultor estimou um índice de falha superior a 30%.** medias seguidas pela mesma letra, não
diferem estatisticamente (Duncan a 5%).
O nível de infestação variou entre e dentro de cada lavoura indicando que esta
espécie não se distribui ao acaso e nem de forma agregada (Tabela 1). As maiores
infestações ocorreram em lavouras de coxilha (lavoura 01) ou de primeiro ano (lavoura 13),
provavelmente pela existência de elevado número de percevejos hibernantes nas
redondezas. Os menores níveis de infestação foram encontrados naquelas áreas onde no
inverno precedente, o agricultor executou uma queimada da vegetação nativa existente nas
bordas das lavouras ou fez cultivo de pastagem, aveia e azevém, eliminando a vegetação
nativa. As lavouras com as maiores densidades de infestação do percevejo do colmo (01 e
13) tiveram uma estimativa de falha na produção superior a 30%, de acordo com o
agricultor e seus funcionários. Nas demais lavouras, a estimativa de quebra variou entre 10
e 15%, indicando uma similaridade de observação dos mesmos.
Conclui-se que o nível de infestação do percevejo do colmo do arroz está na
dependência da densidade de adultos hibernantes na periferia da lavoura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LINK, D. Controle de Tibraca limbativentris, pós-colheita em arroz irrigado. In: REUNIÃO
NACIONAL DE PESQUISA DE ARROZ, 6, Goiânia, 1998. Anais... Goiânia: EMBRAPAARROZ E FEIJÃO, 1998. p. 347-349.
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LINK, D.; NAIBO,J.G.; PELENTIR, J.P. Hibernation sites of the rice stalk stink bug, Tibraca
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Research Institute Notes, v.21, n.2-3, p. 78, 1996.
NAKANO, O., SILVEIRA NETO, S., ZUCCHI, R.A. Entomologia econômica. Piracicaba:
Livroceres, 1981. 314p.
TRUJILLO, M.R. Contribuição ao conhecimento e biologia de Tibraca limbativentris
Stal, 1860 (Hemíptera: Pentatomidae) praga da cultura do arroz. Piracicaba:
ESALQ/USP, 1970. 63p. (Dissertação de Mestrado).
DISPERSÃO DE Tibraca limbativentris EM DUAS LAVOURAS DE ARROZ,
EM SANTA MARIA, RS, SAFRA 2006/07
Fábio Moreira Link, Dionísio Link e Juliano Perlin de Ramos - Eng. Agr.,MS, Rua Conde de
Porto Alegre, 891/504A. Santa Maria-RS, CEP97015-110. ([email protected])
O percevejo do colmo do arroz, Tibraca limbativentris, é praga importante na cultura
do arroz e seu controle durante o cilo é problemático devido à dificuldade de
monitoramento e comprovação do nível de infestação em função da sua bioecologia. Uma
das metodologias de controle em estudo e a aplicação na cultura é o controle pós-colheita,
com a eliminação da população hibernante (LINK et al., 1989, 1996; LINK, 1998).
Procurando reunir subsídios para capacitar este sistema de controle realizou-se este
trabalho.
Duas lavouras de arroz, sendo uma com área de formato ovalado com
aproximadamente 16 hectares e outra com formato retangular com cerca de 10 ha. (Figura
1) foram avaliadas no momento da colheita, quanto ao nível de infestação de Tibraca
limbativentris.
Figura 1. Croqui das áreas experimentais cultivadas com arroz, demonstrando os
arredores segundo orientação geográfica.
A área oval foi colhida em três secções de tamanho similar acompanhando o
desnível do terreno, constando de onze amostras de cada seção. Da área retangular,
colhida em quatro secções, donde foram retiradas seis amostras de cada. De cada reboque
graneleiro com capacidade 3000 kg de grão (60 sacos) foi retirada uma amostra, na
peneira da pré-limpeza, com cerca de dois litros do resíduo grosseiro (peneira superior da
máquina). Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente e as médias
comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade.
Exemplares adultos do percevejo do colmo do arroz foram retirados de todas as
amostras e sua freqüência anotada (Tabela 1).
Tabela 1. istribuição da freqüência de Tibraca lmbativentris em duas lavouras de arroz
irrigado, na colheita, em Santa Maria, RS, safra 2006/07
Talhões
área Sul
área Noroeste
área Nordeste
área Sul
área Centro-Sul
área Centro-Norte
área Norte
Densidade de T. limbativentris/amostra
Média*
amplitude
Lavoura oval
34,45a
8
7,45b
3
6,18b
3
C.V. (%)= 47,04
Lavoura retangular
92,83a
52
79,33a
41
39,33b
20
9,00b
5
C.V. (%)= 52,62
56
14
11
143
147
59
18
* médias, na coluna, não diferem estatisticamente entre si (Scott-Knott a 5%).
A população hibernante iniciou a infestação das lavouras, a partir da vegetação
periférica não modificada e dispersando-se na lavoura, durante o ciclo da cultura. As
maiores densidades foram encontradas próximas das áreas conservadas da vegetação
nativa e as menores mais distantes. A eliminação da vegetação ao redor das lavouras
indicou que a eliminação dos insetos hibernantes na periferia do talhão, apresentou uma
menor população infestante no final do ciclo e conseqüente um menor dano na cultura.
Conclui-se que o controle pós-colheita da população hibernante é eficaz para redução de
prejuízos na futura safra.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LINK, D. Controle de Tibraca limbativentris, pós-colheita em arroz irrigado. In: REUNIÃO
NACIONAL DE PESQUISA DE ARROZ, 6, Goiânia, 1998. Anais... Goiânia: EMBRAPAARROZ E FEIJÃO, 1998. p. 347-349.
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Research Institute Notes, v.21, n.2-3, p. 78, 1996.
SELETIVIDADE DE ALGUNS INSETICIDAS NA POPULAÇÃO DE ARANHAS
EM ARROZ IRRIGADO
Jaime Vargas de Oliveira(1), Erica H. Buckup(2), Everton N. L. Rodrigues(2,3), Maria
Aparecida de L. Marques(2), Milton Mendonça Jr(3), Lídia M. Fiuza (1,4) , Valmir G. Menezes(1),
Eduardo Amilibia(1), Jose Patrício de Freitas(1), Jaceguay I. de Barros(1), Jorge L.
Cremonese(1). 1Estação Experimental do Arroz, IRGA, Cachoeirinha, RS. E-mail:
[email protected]. 2 Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica, RS. 3 Depto. de
Zoologia, IB, UFRGS, RS. 4 Microbiologia Centro 2 UNISINOS, RS.
A manutenção dos inimigos naturais é de grande importância para o equilíbrio nos
agroecossistemas e pode evitar que os insetos fitófagos alcancem níveis populacionais
capazes de causar danos econômicos (BERTI FILHO & CIOCIOLA, 2002). Dentre estes
destacam-se as aranhas, que mesmo ocorrendo em altas populações na lavoura de arroz
irrigado, têm sido pouco estudadas. As aranhas podem ser efetivas na supressão de
pragas, melhorando a saúde e a produtividade do agroecossistema, ao atuarem no manejo
destas (GREENSTONE & SUNDERLAD 1999). Como predadoras, as aranhas apresentam
inúmeras vantagens na redução das pragas; não danificam as plantas, têm capacidade de
aumentar rapidamente o número de exemplares e eventuais explosões populacionais são
limitadas por sua territoriedade e canibalismo (LEE & KIM 2001). No emprego de um
inseticida, a seletividade é importante, pois produtos não seletivos podem causar um
impacto sobre os inimigos e insetos com maior potencial reprodutivo ressurgem.
O presente experimento tem por objetivo avaliar o comportamento de alguns
inseticidas sobre a fauna de aranhas no arroz irrigado.
O estudo foi realizado a campo na Barragem do Capané, IRGA em Cachoeira do Sul,
na safra 2006/2007. O delineamento experimental foi blocos casualizados com quatro
repetições. As parcelas mediram 100m2 de área (10 x 10m), sendo isoladas por taipas para
evitar a circulação da água entre as mesmas. A cultivar IRGA 417 foi semeada na
densidade de 120 kg ha-1. onstou de cinco tratamentos, sendo quatro inseticidas e a
testemunha não tratada (Tabela 1). Os produtos foram aplicados aos 70 dias após a
emergência, em 30/01/2007 utilizando-se um pulverizador costal de pressão constante,
propelido a CO2, equipado com cinco bicos tipo cone, calibrado para um volume de calda
de 150 l ha-1. As coletas foram efetuadas, no período de 01/02/2007 a 01/03/2007, com
intervalos em geral de sete dias. Todas as amostras foram realizadas sempre a partir das
19:00 h, com o emprego de rede de varredura, sendo realizadas 50 redadas por parcela.
Os exemplares coletados foram colocados em vidros, contendo álcool etílico a 80% e
identificados no Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do RS.
Pelos resultados obtidos na Tabela 1 foram coletadas 185 aranhas, entre adultos e
jovens com predominância de 70% da última, destacando-se a espécie Alfaida veniliae. O
maior número de exemplares foi registrado na testemunha com 51; entre os tratamentos
com produtos químicos o menor e o maior número de aranhas correspondeu ao Karate (28)
e o Xentari (44), respectivamente. Na 2ª coleta em todos os tratamentos houve diminuição
drástica no número de aranhas, em relação a 1ª e 3ª amostras; após ocorre
progressivamente um aumento na população. Esta redução seja possivelmente, devido à
intensidade do vento durante a captura e as altas precipitações (40mm) na noite anterior. A
partir da 3ª leitura ou seja, aos 14 dias após a aplicação dos produtos verificou-se maior
abundância de aranhas nos tratamentos inseticidas.
Analisando o número de aranhas verificou-se que na 5ª coleta ocorreu um aumento
sensível na população em relação ao registrado nas coletas anteriores. Esse resultado
demonstra que a partir de 30 dias da aplicação dos produtos químicos, houve uma
recuperação da abundância de aranhas, em parte concordando com Wick & Freier (2000),
os quais observaram que a ação do inseticida Karate não ultrapassou o mesmo período.
Segundo este estudo, a fauna de aranhas na lavoura de arroz irrigado, apresentou
alta variação pela ação dos produtos químicos testados. Inúmeros fatores podem estar
relacionados a estes resultados, entretanto, é necessário dar continuidade aos estudos,
para confirmar a ação de inseticidas sobre as aranhas.
Tabela 1. População média de aranhas de diferentes tratamentos inseticidas em arroz
irrigado, Barragem do Capané, IRGA, Cachoeira do Sul, RS, 2006/07.
Tratamentos
entariX
Curbix 200 SC
Karate 50 CE
Tamaron BR
Testemunha
1
Doses
(mL ha-1)
500
125
150
1000
2
2 dat1
6,0 ab*
4,8 abc
2,8 c
3,8 bc
7,0 a
Número médio de aranhas
7 dat
14 dat
21 dat
2,5 a
6,5 b
9,5 a
2,0 a
5,0 b
6,3 a
1,0 a
3,3 b
5,0 a
1,5 a
4,5 b
4,3 a
3,8 a
10 a
10 a
29 dat
19,3 a
18,5 a
16,3 a
18,3 a
19,8 a
Total2
44
37
28
32
51
.Dias após aplicação tratamentos; Total coletado até 29 dat
* Médias nas colunas seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Duncan ao nível de 5% de
significância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTI FILHO, E; CIOCIOLA, A I. Parasitóides ou predadores. Vantagens e desvantagens.
In: PARRA, J.R.P; BOTELHO, P.S.M; CORRÊA,F.B.S; BENTO,J.M.S. Controle biológico
no Brasil: parasitóides e predadores. São Paulo: Manole. p. 29-41, 2002.
GREENSTONE, M. H. & SUNDERLAND, K. D. Why a symposium on spiders in
agroecosystems now. The Journal of Arachnology, v.27: p. 267-269, 1999.
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Disponível: www.agnet.org/library/article. Acesso em 16/04/2004, 2001.
WICK, M; FREIER, B. Long-term effects of an insecticide application on non-target
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p. 61-69, 2000.
EFICIÊNCIA DE DIFERENTES INSETICIDAS NO CONTROLE DA LAGARTADA-FOLHA Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH, 1797) (LEPIDOPTERA:
NOCTUIDAE) NA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO
Anderson Dionei Grützmacher(1)*, Douglas Daniel Grützmacher (1), Murilo Damé Fonseca
Paschoal(1), Rodrigo Roman(1), Jonas Alex Finatto(1) ¹Depto. de Fitossanidade-FAEM/UFPel,
Campus Universitário, Caixa Postal 354, CEP 96.010-900, Pelotas, RS.
*([email protected])
Nos últimos anos, a necessidade de aumento da produção de arroz para abastecer
uma população em rápida expansão, provocou várias mudanças no sistema de produção.
Muitas delas propiciaram o aumento do ataque de pragas na cultura. Neste contexto, na
cultura do arroz irrigado é referida com certa freqüência a espécie Spodoptera frugiperda
(J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), devido ao grande desfolhamento que causa na
cultura. Segundo Martins et al. (2004) é considerada uma das principais pragas-chave na
maioria das regiões de cultivo do arroz irrigado no Rio Grande do Sul.
A lagarta alimenta-se de plantas novas, antes da inundação dos arrozais,
consumindo-as totalmente. Em determinados anos atinge níveis populacionais elevados,
podendo destruir totalmente a lavoura. As lagartas, preferencialmente, alimentam-se de
plantas de capim-arroz (Echinochloa spp.), passando a atacar o arroz, quando estas são
eliminadas com herbicidas. Já, nas lavouras onde o arroz também é cultivado sobre taipas,
o ataque pode se estender até a fase de emissão de panículas, devido ao deslocamento
das lagartas para estes locais, após a inundação da lavoura (Loeck et al., 1993). Visto a
maior adequação nutricional e preferência alimentar de S. frugiperda em plantas de capimarroz, Botton et al. (1998) ressaltam ser recomendável que os levantamentos sobre níveis
populacionais do inseto nos arrozais, sejam iniciados quando as lagartas estiverem nos
primeiros ínstares e, preferencialmente, nas áreas mais infestadas pela planta daninha.
Essa prática evitaria a intensificação do ataque das lagartas às plantas de arroz após a
eliminação do capim-arroz e reduziria o uso preventivo de inseticidas nos casos em que a
população estiver abaixo do nível de controle econômico.
No momento são estudados vários aspectos do controle químico da S. frugiperda,
principalmente em relação a menores dosagens, diferentes formulações e novos
ingredientes ativos, visando minimizar os efeitos adversos dos inseticidas na cultura do
arroz irrigado (Grützmacher et al., 1999). Mas o controle químico da lagarta-da-folha nesta
cultura, na grande maioria das situações, é realizado com inseticidas piretróides (Costa &
Link, 1991; Loeck et al., 1993; Guedes et al., 1997). Este controle, geralmente é realizado
preventivamente, onde como medida de reduzir os custos da aplicação aérea é freqüente o
emprego dos inseticidas piretróides em mistura com herbicidas pós-emergentes (Loeck et
al., 1993).
A necessidade de se estabelecer, sob condições locais, a eficácia de novos
ingredientes ativos e diferentes dosagens e de fornecer alternativas mais eficientes e
ambientalmente menos agressivas para a orizicultura motivou a realização deste trabalho,
com objetivo de avaliar a eficiência de várias dosagens de inseticidas piretróides e
reguladores de crescimento no controle da lagarta-da-folha na cultura do arroz irrigado.
O ensaio foi conduzido no município de Capão do Leão-RS, de acordo com as
Recomendações Técnicas para a Cultura do Arroz Irrigado no ano agrícola de 2005/2006,
no que se refere a cultivar, época de semeadura, densidade, espaçamento, adubação e
demais práticas culturais.
Foi adotado o delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições.
O ensaio foi realizado em condições de campo e as unidades experimentais mediram 20
2
m (4 x 5 m), sendo formadas por 20 fileiras de plantas de arroz irrigado da cultivar BRS 7
“Taim” espaçadas de 0,20 m e com 5,0 m de comprimento. A semeadura foi realizada na
primeira quinzena de dezembro de 2005, na densidade aproximada de 100 sementes por
metro linear.
O experimento foi realizado em uma lavoura comercial com infestação natural com
lagartas de S. frugiperda de 3º, 4º e no máximo no 5º ínstar, aos 21 dias após a
emergência do arroz (fase vegetativa - etapa 2. perfilhamento), quando as plantas tinham
aproximadamente de 10 a 15 cm de estatura. Os tratamentos foram aplicados com um
pulverizador costal, pressurizado a CO2, equipado com cinco bicos do tipo cone,
espaçados de 0,50 m. O volume de calda utilizado foi de 150 L/ha.
Foram realizadas avaliações para determinar a eficiência dos inseticidas (Tabela 1)
aos 1, 3, 7 e 10 dias após a aplicação dos tratamentos. Para as amostragens da população
das lagartas, na pré-contagem e nas demais avaliações foi utilizado um quadrado de
madeira de 0,50 x 0,50 m, que foi jogado sobre as plantas de arroz de maneira aleatória
quatro vezes por parcela, totalizando uma área amostrada de 1 m2 por parcela. As análises
de variância foram executadas pelo “SAS” (SAS, 2002) e os resultados das médias dos
tratamentos foram comparados entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade, sendo a eficiência de controle dos inseticidas calculada pela fórmula de
Abbott (1925).
Os resultados com relação aos níveis de infestação da S. frugiperda e à eficiência
dos produtos aplicados encontram-se na Tabela 1. Observa-se que todos os produtos
testados diferiram da testemunha em todas as datas de avaliações após a aplicação dos
inseticidas. No que diz respeito ao percentual de eficiência de controle, o comportamento
foi diferenciado em função do produto, de sua dosagem e do tempo de exposição.
Tabela 1. Efeito da pulverização de diferentes dosagens de inseticidas sobre lagartas de
3º, 4º e 5º ínstar de Spodoptera frugiperda em lavoura de arroz irrigado. Capão do Leão,
RS - ano agrícola 2005/2006.
Dosagem
Tratamentos
Testemunha
Seizer 100 EC
mL
p.c./ha
40,0
Dias após o tratamento químico
0
N
7,06 a1
6,50 a
1
N
4,90 a
0,75 bc
3
PC
84,7
N
3,83 a
0,63 b
7
PC
83,5
N
3,75 a
0,25 bc
PC
93,3
Média
10
PC
N
PC (1-10)
3,15 a
0,38 b
87,9 87,4
Seizer 100 EC
50,0
6,69 a
1,38 bc
71,8
0,06 b
98,4 0,25 bc
93,3
0,19 b
94,0
Seizer 100 EC
75,0
6,96 a
0,38 c
92,2
0,25 b
93,5 0,00 c
100
0,00 b
100
Galgotrin
60,0
6,00 a
0,38 c
92,2
0,13 b
96,6 0,13 bc
96,5
0,13 b
95,9
Galgotrin
75,0
4,94 a
0,63 c
87,1
0,38 b
90,1 0,00 c
100
0,13 b
95,9
Rimon 100 SC
50,0
5,69 a
2,50 b
49,0
0,75 b
80,4 0,63 b
83,2
0,50 b
84,1
Rimon 100 SC
100,0
5,31 a
1,25 bc
74,5
0,38 b
90,1 0,13 bc
96,5
0,31 b
90,2
Rimon 100 SC
150,0
4,77 a
1,38 bc
71,8
0,13 b
96,6 0,00 c
100
0,00 b
100
Arrivo 200 CE
75,0
5,38 a
0,50 c
89,8
0,25 b
93,5 0,00 c
100
0,00 b
100
CV (%)
31,74
51,93
48,91
46,28
62,47
1
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Tukey ao nível
de significância.
N = número médio de lagartas/0,25m2; PC = percentagem de controle calculada pela fórmula de Abbott (1925).
89,4
96,4
95,3
93,3
74,2
87,8
92,1
95,8
de 5%
Na avaliação realizada a campo ao 1 dia após o tratamento químico (DAT), a maioria
dos inseticidas piretróides apresentaram eficiência de controle satisfatório, acima de 80%,
diferindo significativamente todos estes tratamentos da testemunha (Tabela 1). Porém, o
inseticida regulador de crescimento Rimon 100 SC (novaluron) nesta data de avaliação não
atingiu 80% de controle para nenhuma das três dosagens testadas. Assim ficou
evidenciado que somente os inseticidas neurotóxicos, nas diferentes dosagens
apresentaram uma alta ação de choque, determinado por seus altos percentuais de
controle, pois esta é uma característica dos piretróides. Na avaliação aos 3 DAT também
foi observada uma alta ação biocida sobre a população alvo, dependendo a percentagem
de controle do inseticida e da dosagem utilizada, diferindo todos os tratamentos
significativamente da testemunha (Tabela 1), porém os inseticidas não diferiram
estatisticamente entre si. Nesta avaliação foi observado um controle acima de 80,4% para
todos os inseticidas e dosagens testadas, inclusive para o inseticida regulador de
crescimento Rimon 100 SC. Na avaliação aos 7 dias ainda foi observado um
comportamento similar, diferindo estatisticamente todos os inseticidas da testemunha,
sendo que para a maior dosagem dos inseticidas Seizer 100 EC (bifentrina), Galgotrin
(cipermetrina) e Rimon 100 SC, bem como para o inseticida padrão Arrivo 200 CE
(cipermetrina) foram observados percentagem de controle para a lagarta-da-folha de 100%
(Tabela 1). De forma similar ao ocorrido aos 7 DAT, foi observado na avaliação aos 10 dias
o mesmo comportamento para os tratamentos após a aplicação dos inseticidas, onde
somente para a menor dosagem dos inseticidas Seizer 100 EC e Rimon 100 SC
apresentaram eficiência de controle abaixo de 90%, porém nesta última avaliação todos os
inseticidas e dosagens não diferiram estatisticamente entre si (Tabela 1). Durante todo o
período experimental, não se verificou qualquer efeito fitotóxico dos inseticidas utilizados na
cultura de arroz irrigado.
Portanto, nas condições em que o experimento foi desenvolvido concluem-se que: a)
Os inseticidas Seizer 100 EC nas dosagens de 40, 50 e 75 mL p.c./ha, Galgotrin nas
dosagens de 60 e 75 mL p.c./ha e Rimon 100 SC nas dosagens de 50, 100 e 150 mL
p.c./ha controlam com eficiência superior a 80% as lagartas de S. frugiperda, apresentando
um bom poder residual pelo menos até 10 DAT, podendo, portanto serem recomendados
para o controle da lagarta-da-folha; b) Todos os inseticidas químicos avaliados,
independentes da dosagem reduzem significativamente e de forma similar ao inseticida
padrão Arrivo 200 CE a população da lagarta-da-folha S. frugiperda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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