Espaço nasofaringeano. Avaliação pela telerradiografia
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Espaço nasofaringeano. Avaliação pela telerradiografia
Avaliação Radiográfica Espaço nasofaringeano. Avaliação pela telerradiografia Cristiane Celli Matheus dos Santos-Pinto*, Paulo Roberto dos Santos-Pinto**, Edvaldo Luiz Ramalli***, Ary dos Santos-Pinto****, Dirceu Barnabé Raveli**** Resumo A amídala faringeana, comumente conhecida como adenóide é uma estrutura de tecido linfóide, localizada na parede posterior da nasofaringe. A adenóide faz parte do anel linfático de Waldeyer que circunda a região posterior da cavidade bucal e nasal, representando a primeira linha de defesa do organismo durante os primeiros anos de vida até que outras estruturas, como o baço, o timo e a medula óssea, ligadas à formação e manutenção do sistema imunológico, se desenvolvam. Em seu desenvolvimento normal, a amídala faringeana exibe um aumento em massa do nascimento à puberdade e, após este período, sofre um processo de atrofia, provavelmente devido à ação dos hormônios sexuais. Dependendo do volume que adquire durante seu desenvolvimento a adenóide provoca diferentes graus de obstrução da via respiratória nasal superior podendo nos casos mais graves interferir no processo normal de crescimento e desenvolvimento dentofacial da criança. O objetivo deste trabalho é apresentar um método fácil e objetivo para a avaliação do espaço respiratório nasofaringeano, por meio da telerradiografia cefalométrica em norma lateral, de acordo com os vários graus de hipertrofia da amídala faringeana ou adenóide. Palavras-chave: Adenóide. Obstrução aérea. Obstrução nasofaringeana. Telerradiografia. * Mestre em Ortodontia pela FOB-USP. Professora da Disciplina de Ortodontia da Universidade de Ribeirão Preto-UNAERP. **Mestre em Ortodontia pela FOB-USP. Doutorando em Ortodontia na Faculdade de Odontologia de Araraquara–UNESP. Professor da Disciplina de Ortodontia da Fundação Educacional de Barretos e da Universidade Paulista. ***Mestre em Reabilitação Oral pela USP- Ribeirão Preto. Doutor em Ortodontia pela UNICAMP-Piracicaba. Professor da Disciplina de Ortodontia da Universidade de Ribeirão Preto-UNAERP. ****Professor Adjunto do Departamento de Clínica Infantil, Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESP. 56 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 6 - dez. 2005/jan. 2006 Cristiane Celli Matheus dos Santos-Pinto, Paulo Roberto dos Santos-Pinto, Edvaldo Luiz Ramalli, Ary dos Santos-Pinto, Dirceu Barnabé Raveli Introdução O espaço nasofarigeano, fisiologicamente necessário à respiração, constitui, segundo Moss15, um fator primordial ao crescimento e desenvolvimento dentofacial, pois os ossos faciais crescem influenciados pelo desenvolvimento de suas matrizes funcionais. Essas matrizes funcionais representadas pelos músculos e seios da face se desenvolvem de acordo com as funções vitais que desempenham como a respiração, a mastigação, a fonação e outras, influenciando assim o crescimento facial. A amídala faringeana se localiza na parede posterior da nasofaringe e participa do anel linfático de Waldeyer, juntamente com outras estruturas de tecido linfóide. Representam a primeira linha de defesa do organismo nos primeiros anos de vida da criança até que outras estruturas de mesma função se desenvolvam tais como: o baço, o timo e a medula óssea10. Subtelny26, Emslie, Massler e Zwemer4 salientaram que a amídala faringeana exibe um aumento em massa, do nascimento à puberdade e, após este período, sofre um processo de atrofia, provavelmente sob a ação dos hormônios sexuais produzidos durante adolescência (Quadro 1). Quando a amídala faringeana 2A 6M 9A apresenta-se aumentada em volume é comumente conhecida como adenóide. A relação entre o tamanho da adenóide e o espaço nasofaringeano resultante é fundamental para a determinação do grau de obstrução nasal e do padrão respiratório10. A adenóide provoca vários graus de obstrução da via respiratória nasal superior dependendo do volume que adquire durante a infância. Weimert29 denominou o istmo como o menor espaço existente entre a superfície dorsal do palato mole e a parede posterior da nasofaringe ou adenóide, quando presente (Fig. 1). Nos casos onde o istmo apresenta-se sensivelmente reduzido, ocorre uma diminuição do fluxo respiratório nasal resultando em uma respiração bucal compensatória. Segundo O´Ryan et al.17, a avaliação específica das vias respiratórias superiores utilizando telerradiografias, tomografias da nasofaringe ou nasofaringoscopia, possibilita um correto diagnóstico das obstruções nasofaringeanas. Apesar da telerradiografia em norma lateral fornecer informações de modo bidimensional, esta possibilita a visualização das estruturas de tecido mole tão bem quanto as estruturas de 7A 13,6 A 25 A Quadro 1 - Traçados cefalométricos evidenciando as alterações da amídala faringeana da infância à fase adulta. Fonte: Subtelny26. Figura 1- Identificação do istmo (A) que corresponde ao menor espaço existente entre a superfície dorsal do palato mole e a parede posterior da nasofaringe ou adenóide. R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 6 - dez. 2005/jan. 2006 57 Espaço nasofaringeano. Avaliação pela telerradiografia tecido duro. Quando a análise radiográfica sugere a presença de uma adenóide obstrutiva, capaz de reduzir significantemente o istmo ou obstruí-lo totalmente, Poole, Egel e Chaconas18 recomendam que exames rinométricos complementares sejam realizados para um correto diagnóstico. Holmberg e Linder-Aronson6 destacaram que durante o diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico a avaliação da obstrução respiratória representa um fator relevante, sendo importante a utilização de um método simples para a análise do espaço nasofaringeano. Destacaram que a telerradiografia, em norma lateral, possibilita a medição e a avaliação do tamanho da adenóide, demonstrando valores semelhantes aos obtidos com exames complementares como a rinoscopia. Ianni7 destacou que houve concordância diagnóstica entre a telerradiografia cefalométrica lateral e a videoendoscopia nasofaringeana para o diagnóstico da hipertrofia adenoideana. Jean, Fernando e Maw8 salientaram que a mensuração do istmo, por meio da telerradiografia em norma lateral, constitui um método simples e eficaz para a avaliação da obstrução nasofaringeana. Com o objetivo de estabelecer uma linha de referência para aferição do espaço nasofaringeano na telerradiografia em norma lateral, McNamara13 definiu como “Linha de McNamara” a menor distância entre a superfície convexa da adenóide (ou parede posterior da nasofaringe) e a superfície dorsal do palato mole, representada na figura 2 por “Mc”. Em seu estudo observou que os pacientes que apresentavam valores iguais ou menores a 5mm demonstraram resultados positivos nos testes rinométricos, evidenciando uma deficiência respiratória nasal, enquanto os pacientes com valores superiores a 5mm apresentaram resultados negativos nos testes rinométricos. Destacou portanto, haver uma correlação positiva entre os resultados obtidos entre as duas avaliações. Santos-Pinto22 realizou um estudo analisando as várias situações radiográficas da amídala faringeana, desde sua ausência até sua presença obstrutiva, com o intuito de verificar a ocorrência de alterações dentofaciais resultantes da redução do espaço nasofaringeano. Demonstrou que um espaço nasofaringeano menor ou igual a 4mm resultava em alterações dentoesqueléticas importantes que comprometiam o desenvolvimento morfofuncional da criança. O reconhecimento precoce da adenóide como fator etiológico das más oclusões, bem como as indicações e contra-indicações para intervenções cirúrgicas, deveriam ser de grande interesse tanto para o ortodontista quanto para o otorrinolaringologista. Quando o fator etiológico da má oclusão não é identificado corretamente e, conseqüentemente eliminado, a estabilidade do tratamento ortodôntico fica comprometida. Portanto, fatores etiológicos devem ser diagnosticados e tratados precocemente, para que possa haver maior estabilidade dos casos tratados ortodonticamente16. 58 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 6 - dez. 2005/jan. 2006 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DO ESPAÇO NASOFARINGEANO Neste trabalho serão apresentadas imagens de telerradiografias em norma lateral com a identificação do espaço nasofaringeano e da Linha de McNamara, nos diferentes graus de adenóide, desde sua ausência à sua presença obstrutiva. Algumas regiões do trato respiratório podem ser observadas na figura 2 como o espaço respiratório nasal representado pela letra A, o espaço nasofaringeano representado pela letra B e o espaço bucofaringeano identificado pela letra C. O contorno da parede posterior da nasofaringe está demonstrado pela letra D, evidenciando uma suave hipertrofia da amídala faringeana. A letra E representa o dorso do palato mole e Mc, a Linha de McNamara que quantifica o istmo resultante, em milímetros. Na figura 3 o espaço nasofaringeano, apresentado na imagem radiográfica, é amplo com um istmo equivalente a 11mm, evidenciando ausência de adenóide. O espaço nasofaringeano, apresentado na imagem radiográfica da figura 4, apresenta-se suavemente reduzido com um istmo equivalente a 6mm. Nesses casos observa-se a presença da adenóide, todavia, com espaço nasofaringeano satisfatório. Na figura 5 observa-se uma redução do espaço nasofaringeano com o istmo correspondente a 4mm, evidenciando uma maior obstrução do espaço nasofaringeano. Figura 2 - Telerradiografia em norma lateral: A) espaço respiratório nasal; B) espaço nasofaringeano; C) espaço bucofaringeano; D) contorno da parede posterior da nasofaringe; E) dorso do palato mole, Mc) Linha de McNamara. Cristiane Celli Matheus dos Santos-Pinto, Paulo Roberto dos Santos-Pinto, Edvaldo Luiz Ramalli, Ary dos Santos-Pinto, Dirceu Barnabé Raveli Figura 3 - A) Espaço nasofaringeano favorável com um istmo de 11mm. B) Destaque da região nasofaringeana. Figura 4 - A) Espaço nasofaringeano suavemente reduzido com um istmo de 6mm. B) Destaque da região nasofaringeana. Figura 5 - A) Espaço nasofaringeano reduzido com um istmo de 4mm. B) Destaque da região nasofaringeana. Figura 6 - A) Espaço nasofaringeano inadequado ou deficiente com um istmo de 2mm. B) Destaque da região nasofaringeana. Figura 7 - A) Espaço nasofaringeano deficiente com um istmo de 1mm. B) Destaque da região nasofaringeana. R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 6 - dez. 2005/jan. 2006 59 Espaço nasofaringeano. Avaliação pela telerradiografia As figuras 6 e 7 apresentam imagens de adenóides obstrutivas com istmos equivalentes a 2mm e 1mm, respectivamente. Esses graus acentuados de hipertrofia da adenóide resultam em importante obstrução do espaço nasofaringeano. Torna-se importante ressaltar que quando o istmo apresenta-se reduzido, com valores iguais ou menores que 4mm, o paciente deve ser encaminhado ao otorrinolaringologista para uma avaliação endoscópica complementar de modo a determinar, precisamente, o grau de obstrução respiratória nasal. Um fator importante durante o diagnóstico do espaço nasofaringeano, por meio da telerradiografia é o posicionamento do palato mole. Na figura 8, encontramos aparentemente um istmo reduzido, todavia, observa-se uma elevação do palato mole evidenciando que o paciente deglutiu no momento da tomada radiográfica e não há uma obstrução nasorespiratória real. Portanto é imprescindível que durante a execução da telerradiografia em norma lateral que o paciente encontre-se em posição de repouso, com os dentes ocluidos e com os côndilos em relação cêntrica. Caso o mesmo degluta durante o procedimento, a imagem do espaço nasofaringeano ficará comprometida pela elevação do palato mole. DISCUSSÃO Para um correto diagnóstico das más oclusões e elaboração de um adequado plano de tratamento, é de suma importância que os fatores etiológicos sejam identificados e sempre que possível eliminados, para que as deformidades dentofaciais possam ser corrigidas e uma oclusão estável e satisfatória se estabeleça. Os achados científicos dos autores descritos neste trabalho possibilitam o conhecimento das alterações dentofaciais relacionadas às obstruções nasofaringeanas. Linder-Aronson9 afirmou que pacientes respiradores bucais apresentavam face estreita, nariz com base alar pequena e pouco desenvolvida e, principalmente, expressão facial vaga e inerte, características que conferem à criança um tipo facial específico ao qual denominou de “Face Adenoideana”. Crianças com adenóides volumosas geralmente apresentam o arco superior atrésico e em forma de ‘V’. O estreitamento do arco superior resulta de um desequilíbrio muscular decorrente de uma posição mais inferior e anterior da língua, pois esses pacientes permanecem por longo período com a boca entreaberta e com a língua posicionada ântero-inferiormente para possibilitar a respiração bucal14,28. Este desequilíbrio entre a musculatura peribucal e a musculatura intrabucal ocasiona uma maior compressão da musculatura externa sobre a porção lateral da maxila, levando a uma atresia do arco dentário superior. Esses dados encontram apoio em muitos trabalhos que destacam a ocorrência da atresia do arco dentário superior em indivíduos com espaço nasofaringeano reduzido1,2,3,24,25. 60 R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 6 - dez. 2005/jan. 2006 Associada à contração do arco dentário superior, referida por esses autores, Hannuksela e Vaananen5 observaram a ocorrência altamente significante de mordida cruzada posterior em pacientes respiradores bucais quando comparados aos pacientes respiradores nasais. Corroborando com esses resultados, Santos-Pinto21,22 salientou que a redução acentuada do espaço nasofaringeano influi, de modo significante, na forma e nas dimensões transversais do arco dentário superior, podendo ocasionar a mordida cruzada posterior. Wertz30 afirmou que, nos casos onde disjunções palatinas eram realizadas, sinais evidentes de melhora da capacidade respiratória nasal eram observados apenas nos pacientes que apresentavam o fator etiológico da obstrução respiratória localizado na porção ântero-inferior da cavidade nasal. Enfatizou que nos casos onde o fator responsável pela obstrução se localizasse mais posteriormente, como nos casos de adenóides hipertróficas, a disjunção da sutura palatina mediana não traria benefício significativo no sentido do aumento da capacidade respiratória nasal. Quanto ao padrão de crescimento facial, alguns autores10,21,22,23 destacaram que a altura facial ântero-inferior está diretamente relacionada à direção de crescimento mandibular e conseqüentemente aos fatores neuromusculares que influenciam a postura Figura 8 - Observa-se a elevação do palato mole evidenciando que o paciente deglutiu durante a tomada radiográfica. Cristiane Celli Matheus dos Santos-Pinto, Paulo Roberto dos Santos-Pinto, Edvaldo Luiz Ramalli, Ary dos Santos-Pinto, Dirceu Barnabé Raveli da mandíbula. A rotação do plano mandibular representa uma das conseqüências mais preocupantes da obstrução respiratória nasal. Crianças com uma redução evidente do espaço nasofaringeano, apresentaram uma rotação mandibular em sentido horário durante o período de crescimento, evidenciando um padrão de crescimento vertical. Quanto ao posicionamento ântero-posterior da maxila em relação à base do crânio, Trask, G. Shapiro e P. Shapiro27 não encontraram diferenças estatisticamente significantes, quando compararam pacientes respiradores bucais com pacientes respiradores nasais. Corroborando com estes autores, Santos-Pinto21 não observou alterações significantes que demonstrassem modificações no posicionamento da maxila, no sentido ântero-posterior, nos vários graus de redução do espaço nasofaringeano. Massler e Zwemer12 salientaram, porém, que devido ao palato atrésico, profundo e ogival, a porção anterior do arco dentário superior tende a se deslocar para frente. Essa alteração pode, segundo os autores, favorecer a ocorrência de má oclusão de Classe II, divisão 1, caso haja uma predisposição genética. Mocellin14 destacou que a obstrução respiratória nasal representa um fator que pode acentuar e agravar, mas não ocasionar as más oclusões de Classe II, divisão 1. Além das alterações dentofaciais, a respiração bucal pode predispor a criança às infecções respiratórias, às gengivites hiperplásicas e a uma maior predisponência às cáries12. Santos-Pinto22 salientou que o espaço nasofaringeano deveria ser avaliado por meio da telerradiografia cefalométrica em norma lateral, por ortodontistas e odontopediatras, de modo a favorecer a identificação precoce das obstruções respiratórias nasais que possam comprometer o equilíbrio das funções bio-psico-sociais da criança. Embora o diagnóstico e o tratamento das obstruções respiratórias, devam ser realizados por otorrinolaringologistas, que detém o conhecimento aprofundado da anatomia, fisiologia e patologia da região nasofaringeana11, o ortodontista deve se preocupar com estas questões, pois é responsável pelo tratamento das deformidades dentofaciais resultantes das obstruções respiratórias nasais. Por ser o profissional melhor qualificado para o monitoramento do crescimento da face, deve atuar juntamente com os otorrinolaringologistas e pediatras para o controle das alterações respiratórias nasais20. Conclusões A telerradiografia cefalométrica em norma lateral possibilita a avaliação dos vários graus de hipertrofia da amídala faringeana, desde a sua ausência à sua presença obstrutiva por meio da medição do espaço nasofaringeano resultante. Quando o istmo se apresentar igual ou inferior a 4mm, indicará que existe uma obstrução nasofaringeana importante e, nesses casos, o paciente deve ser encaminhado para o otorrinolaringologista, para um diagnóstico preciso do grau de obstrução respiratória nasal. O diagnóstico da obstrução respiratória nasofaringeana é de suma importância para o ortodontista, pois a presença da adenóide obstrutiva pode interferir tanto nos resultados do tratamento ortodôntico como na estabilidade da oclusão pós-tratamento. Nasopharyngeal airway. Roentgencephalometric evaluation Abstract The pharyngeal amygdale, commonly known as adenoid, is a lymphatic tissue structure located in the posterior nasopharyngeal wall. The adenoid is part of the Waldeyer lymphatic ring that surrounds the posterior area of the mouth and nasal cavity, representing a line of organic defense during the first years of life until the other structures, linked to the formation and maintenance of the immune system as the spleen, the thymus, and the bone marrow, have attained enough development. In its normal development, the pharyngeal amygdale presents an increase in mass from birth to puberty, and after this period, it goes through an atrophy process, probably due to the action of the sexual hormones. Depending on the volume that it gets during its development, adenoid brings different degrees of upper nasal airway obstruction, causing in the most serious cases interference with the normal process of child dentofacial growth and development. The objective of this work is to present an easy and objective method to evaluate the respiratory site, through the lateral cephalometric radiograph norm, considering the degrees of hypertrophy of the amygdale pharyngeal or adenoid. KEY WORDS: Adenoid. Nasopharyngeal obstruction. Cephalometric evaluation. R Clin Ortodon Dental Press, Maringá, v. 4, n. 6 - dez. 2005/jan. 2006 61 Espaço nasofaringeano. Avaliação pela telerradiografia Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. ADAMIDS, I. P.; SPYROPOULUS, M. N. The effects of lymphoadenoid hypertrophy on the position of the tongue, the mandible and the hyoid bone. Eur J Orthod, London, v. 5, p. 287-297, 1983. BEHLFELT, K. Enlarged tonsils and the effect of tonsillectomy: characteristics of the dentition and facial skeleton: posture of the head, hyoids bone and tongue. Mode of breathing. Swed Dent J, Jönköping, v. 72, p.1-35, 1990. Supplement. BUSHEY, R.S. Adenoid Obstruction of the Nasopharynx. In: McNAMARA JR., J. A. 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