issn 21774013 produção científica na área do ensino de
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issn 21774013 produção científica na área do ensino de
PRODUÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DO ENSINO DE ARTES PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: ANÁLISE DE TESES E DISSERTAÇÕES Larissa Guadagnini Melina Thais da Silva Gomes Michele Röesler Bernardini Cassiana Buck Dias Wandreia Lúcia de Oliveira Vestri Pedroso Márcia Duarte Universidade Federal de São Carlos Palavras chave: Arte, Inclusão, Educação especial, inclusão escolar, Deficiência. INTRODUÇÃO A educação especial no Brasil, por muito tempo foi vista como uma modalidade de ensino separada do ensino regular, o que impôs as pessoas com deficiência uma segregação escolar e social. Ao longo do tempo, essa concepção foi se modificando, sobretudo no que tange a forma e local onde os alunos público alvo da educação especial eram atendidos, sendo o principal marco a Constituição Federal (Brasil,1988), que universalizou o acesso e permanência de todos os alunos à uma escola de qualidade. Desta forma, o ensino de artes para as pessoas com deficiência é uma questão merecedora de reflexões, pois são necessárias ações escolares que viabilizem a participação desses alunos nas aulas de artes. A arte desempenha um papel importante na formação dos indivíduos, constituindo-se como componente curricular obrigatório pela LDBN 9394/96, visto que a mesma proporciona a estes contato com a cultura local, o autoconhecimento e a valorização das expressões artísticas, de modo a possibilitar a ampliação da visão de mundo e o respeito as diferenças (TOMAZ; FRATARI, s/d). Perante o exposto, surgem as seguintes questões: Qual a tendência da produção científica acerca do ensino de arte a pessoa com deficiência nos últimos sete anos. Portanto o estudo objetivou verificar e analisar a tendência da produção científica em teses e dissertações brasileiras publicadas nos últimos sete anos, acerca do ensino de artes para as pessoas com deficiência. MÉTODO Para realização deste estudo, de natureza bibliográfica, foi utilizado o Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ISSN 21774013 (CAPES) foi definida como Locus para coleta dos dados, por configurar, dentre os bancos o que representa nacionalmente as produções de teses e dissertações. Inicialmente, foi realizado um recorte para a busca dos últimos sete anos das produções. A busca dos dados ocorreu a partir da utilização dos seguintes descritores: arte e inclusão, arte e educação especial, arte e educação inclusiva, arte e deficiência. Essas palavras foram inseridas uma por vez e ou cruzadas entre si, gerando um total de 140 trabalhos, após leitura dos títulos gerados, foi se eliminados trabalhos que apresentavam duplicidade e excluídos os que não tinham a ver coma temática e sendo selecionados desse total 25 trabalhos, os quais tiveram seus resumos obtidos na íntegra e analisados, e em seguida selecionando o total de 5 trabalhos relacionados com a temática deste estudo, visto que seis deles eram estrangeiros, dez eram repetidos e o restante se referia a temáticas como o ensino de arte a comunidades africanas e indígenas ou a somente o ensino de arte na educação básica, bem como em instituições específicas para pessoas com deficiência como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e ONGS. A partir desta etapa, seguida de leitura exploratória e seletiva, realizou-se a categorização dos artigos. RESULTADOS E DISCUSSÕES A análise empreendida, a partir da leitura, na íntegra, desses trabalhos, subsidiada pela abordagem qualitativa, permitiu considerar: que nos anos de 2010 e 2011 houve um aumento gradativo das teses e dissertações relacionadas a temática arte e deficiência. Após a coleta de dados pode-se perceber que nos últimos sete anos as publicações relacionadas a temática arte e deficiência, tiveram um aumento gradativo sobretudo nos anos de 2010 e 2011, sendo encontrados quatro publicações neste período, o que pode ter sido ocasionado em função do relativo aumento de pesquisas relacionadas a área da inclusão escolar. (SILVA E SILVA, 2012). O gráfico 1 representa a distribuição das teses e dissertações de acordo com o ano de publicação. ISSN 21774013 Gráfico 1 – Ano das publicações É importante ressaltar que nos anos de 2008,2009, 2012. 2014 e 2015 não foram encontradas nenhuma pesquisa e no ano de 2013 foi encontrada apenas uma pesquisa, o que ressalta a necessidade de mais estudos nessa área. ANALISE DESCRITIVA DAS PUBLICAÇÕES ENCONTRADAS As pesquisas encontradas foram divididas em três categorias: arte para pessoas com deficiência, artes para pessoas com deficiência visual e formação docente para o ensino de artes a pessoa com deficiência. O gráfico 2, apresenta as três categorias dos trabalhos encontrado. Grafico 2 – Categorização das pesquisas encontradas Na categoria ensino de arte para pessoas com deficiência destacam-se os estudos de Reily (2010) e de Drogomireck e Leão (2010), já na categoria ensino de artes para pessoas com deficiência visual destacam-se os estudos de Quast e Pires (2013) e de Silva (2010) e na categoria formação docente destaca-se o estudo de Nauyorks, Real e Mohr (2011). A pesquisa Reily (2010) teve como intuito discutir o ensino de arte para alunos com deficiências, para tanto a autora por meio da pesquisa bibliográfica fez uso da ISSN 21774013 produção brasileira para enfatizar a necessidade de se inserir o ensino de arte para os alunos público alvo da educação especial nos currículos das licenciaturas em Arte, o que atrelado a ausência de publicações na área, pode ocasionar um constante despreparo do professor para atuar com a diversidade existente dentro das salas de aula. (REILY, 2010) Já o estudo de Drogomireck e Leão (2010) trata-se de uma pesquisa qualitativa que teve como intuito verificar as possíveis aprendizagens de sujeitos com necessidades especiais, através da prática de Arte, utilizada como uma forma de integração da música num ambiente de ensino contraturno. Já a pesquisa de Galb e Pires (2013), por meio da tecnologia computacional, na qual o indivíduo é convidado a descobrir os contrastes das cores, definir a percepção de um som por suas cores, dentre outras atividades. Esse método foi aplicado em vinte e três pessoas divididas em: pessoas com deficiência visual, visão subnormal e normovisuais, o que possibilitou compreender as especificidades de cada grupo, para só assim todas as experiências serem socializadas e refletidas. A pesquisa de Silva (2010), realizou seis experiências, sendo elas: 1ª fotografar vendado e sentado em uma cadeira, uma apresentação de teatro; 2ª fotografar vendado e no escuro uma modelo, guiado apenas por sons emitidos pela mesma; 3ª fotografar vendado uma modelo, guiado apenas pelo tato, 4ª fotografar uma apresentação de teatro, guiado por um dos participantes do mesmo, 5ª fotografar uma modelo também vendada, sendo ambos guiados pelo tato e percepção do ambiente e 6ª passear guiado por alguns alunos de um curso de fotografia, e a partir de suas descrições e sensações fotografar o ambiente. Todas essas experiências ocorreram paralelamente a encontros com pessoas com deficiência visual, os quais tinham como foco a troca de informações e o relato de suas sensações em relação a fotografia, o que serviu de base para discussões e possibilitou ao mesmo compreender as diferentes formas de ver e fotografar o mundo ao seu redor: pelo tato, pelas sensações e sons, pois cada fotografia revela um sentimento, um momento, uma vivência. O estudo de Nauyorks, Real e Mohr (2011), teve por objetivo articular as relações entre cinema, imaginário, deficiência e formação docente, a fim de refletir sobre as possibilidades de intervenção e formação docente para atuar com os alunos com deficiência. Os autores identificaram que o cinema é um recurso pedagógico ISSN 21774013 atrativo aos alunos, pois a partir de seus recursos audiovisuais possibilita aos mesmos uma melhor compreensão da cultura nacional e local. Considerações finais Os resultados obtidos permitem considerar que a arte quando atrelada a educação especial, possibilita aos estudantes com deficiências sua plena participação em sala de aula, bem como o desenvolvimento de suas potencialidades. Contudo, para que isso ocorra o professor de arte em conjunto com o professor da educação especial, deve planejar atividades condizentes com a realidade de seu alunado e que possibilitem o máximo possível do desenvolvimento dos sentidos de seus alunos. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. _____. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n. º 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996. Disponível em www.planalto.gov.br. Acesso em 10 de jan. 2016. BOER, W. A. Adequações curriculares na área da deficiência intelectual: Análise de uma realidade. 2012. 121f. Tese (Tese de Mestrado em Educação Especial). 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