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Congresso DA REGIÃO NORTE DE SAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS
ANAIS 2015 - No.01 - ISSNe: 2447-7060
COORDENAÇÃO
COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO
Maria Socorro de Araújo Dias
Diógenes Farias Gomes
Márcio José Lima Barros
ORGANIZAÇÃO GERAL
Maria da Conceição Coelho Brito
Silvinha de Sousa Costa
Eliany Nazaré Oliveira
Thaís Araújo Dias
Fernando Cavalcante Dias
Isabela Tiara de Oliveira Venuto
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA
Maristela Inês Osawa Vasconcelos
Maria da Conceição Coelho Brito
Francisca Lopes de Souza
Maria Jose Galdino Saraiva
Márcia Maria Santos da Silva
Maria Michelle Bispo Cavalcante
Maristela Inês Osawa Vasconcelos
Maria Socorro de Araújo Dias
Maria Jose Galdino Saraiva
Suzana Mara Cordeiro Eloia
COMISSÃO CIENTÍFICA
COMISSÃO FINANCEIRA
Diógenes Farias Gomes
Eliany Nazaré Oliveira
Francisco Elder Escossio de Barros
Fernando Antonio Cavalcante Dias
Maria Edilania Lima
Francisco José Leal de Vasconcelos
Ivna Hitvschky Silva dos Fernandes Vieira Previdelli
Jacques Antonio Cavalcante Maciel
Karina Oliveira de Mesquita
Lielma Carla Chagas da Silva
Maria da Conceição Coelho Brito
Pedro Gomes Cavalcante Neto
José Reginaldo Feijão Parente
Suzana Mara Cordeiro Eloia
Thaís Araújo Dias
PRODUÇÃO
Núcleo de Comunicação da Escola de Formação em Saúde da
Família Visconde de Sabóia
Diagramação: Antônio Felipe de Vasconcelos Neto
MONITORES
Adeliane Sousa Freire
Layanne Maria Araújo Farias
Ana Eliselma Furtado Silva
Luisa Stephanie Albuquerque Araújo
Ana Jessyca Campos Sousa
Luiza Jocymara Lima Freire Dias
Anna Larissa Moraes Mesquita
Maria Aline Moreira Ximenes
Ana Karoline Barros Bezerra
Maria Isabel Oliveira Rodrigues
Antonia Rodrigues Santana
Maria Jucilene Azevedo Gomes
Aurilene Correia Parente
Marília Campos Fernandes
Carlos Henrique Linhares Ripardo
Natália Ângela Oliveira Fontenele
Conceição de Maria Farias Sousa
Rafaella Marques Vieira
David Gomes Araújo Júnior
Roberta Magda Martins Moreira
Francisca Andreza Nascimento Carvalho
Sibele Pontes Rocha
Isabelly Oliveira Ferreira
Simone Braga Rodrigues
Ismael Brioso Bastos
Tatiane Moreira Costa
Jamylle Lucas Diniz
Walyson Araújo Rodrigues
Lara Silva de Sousa
I Congresso da Região Norte de Saúde Baseada em Evidências
Sobral, CE 18, 19 e 20 de Novembro de 2015
C749a
Congresso da Região Norte de Saúde Baseada em Evidências (01., 2015 : Sobral, CE)
Anais / 1º Congresso da Região Norte de Saúde Baseada em Evidências, 18, 19, 20 de Novembro, Sobral, CE. – Ministério da Saúde, 2015.
ISSN: 2447 -7060
Evento realizado pela Secretária de Saúde de Sobral e promovido pelo Núcleo de Evidências
de Sobral, CE.
1. Evidências em Saúde. 2. Atenção à Saúde. 3. Pesquisa em Saúde. I. Título
CDD 614
I Congresso da Região Norte de Sáude Baseada em Evidências - Anais 2015
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .....................................................................................................................................................................
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TRABALHOS PREMIADOS - EIXO: DIREITO À SAÚDE…………………………………..............................................
1ºLUGAR - O E stado
democrático de direito no brasil e a efetivação do direito à saúde
2º LUGAR - A responsabilidade
3º LUGAR - J udicialização
subsidiária da união , estados e municípios na efetivação do direito à saúde
da saúde : confronto entre a prestação individual e coletiva
TRABALHOS PREMIADOS - EIXO: AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS E PROGRAMAS………............................. 14
1º LUGAR - I mpactos
do programa bolsa família na incidência da tuberculose
2º LUGAR - P rograma
3º LUGAR - I mpacto
de atenção integral a saúde da criança e puericultura : uma reflexão teórica
do padrão higiênico - sanitário de coleta de leite humano sobre o percentual de perda do volume
doado .
TRABALHOS PREMIADOS - EIXO: GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS……………..................................... 21
1º LUGAR - P ráticas
gerenciais no
2º LUGAR - A nálise
da atuação do enfermeiro gerente da atenção básica : uma revisão integrativa
3º LUGAR - S treptococcus
SUS: evidenciando
o fazer na atenção primária à saúde
e enterococcus isolados de águas marinhas e de galerias pluviais na costa de fortaleza ,
ceará .
TRABALHOS PREMIADOS - EIXO: ATENÇÃO À SAÚDE.............................................................................. 28
1º LUGAR - E stratégias
2º LUGAR - E ducação
3º LUGAR - M arcos
de coping no enfrentamento da violência por pessoas portadoras de deficiência
permanente como estratégia para a prática em saúde em um hospital terciário
teóricos - políticos em saúde da mulher : bases para a assistência
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TRABALHOS PREMIADOS - EIXO: PARTICIPAÇÃO SOCIAL..................................................................... 35
1º LUGAR - M obilização
popular como ferramenta de fortalecimento da gestão participativa nos espaços democráticos
dos conselhos locais de saúde
2º LUGAR - P rojeto
imagem solidária : um relato de experiência dos alunos da liga de radiologia do curso de medicina
3º LUGAR - V iolência
contra a pessoa idosa no contexto familiar : percepção do cuidador
PESQUISAS DESENVOLVIDAS NO MUNÍCIPIO DE SOBRAL - COMUNICAÇÃO ORAL:
CONTRIBUIÇÕES DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO SISTEMA DE SAÚDE DE SOBRAL PARA
O FORTALECIMENTO DO SUS............................................................................................................................................... 42
APRESENTAÇÕES BANNER - PRODUÇÃO DE SABERES E PRÁTICAS NO ÂMBITO DA
REGIÃO NORTE DO CEARÁ E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O SUS............................................................................ 58
eixo :
PARTICIPAÇÃO SOCIAL………………………………………………………………................................................................... 59
eixo :
DIREITO À SAÚDE………………………………………………………………………..................................................................... 74
eixo :
AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS E PROGRAMAS……………………………………………................................................... 79
eixo :
GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS…………………………………………………………....................................................109
eixo :
ATENÇÃO À SAÚDE………………………………………………………………………..................................................................120
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APRESENTAÇÃO
Saúdo, em nome do Núcleo de Evidências de Sobral, todos os representantes da mesa.
Agradeço, desde já, aos nossos colaboradores, convidados e participantes que aceitaram o convite do debate da evidência científica para
tomada de decisão.
Quero também agradecer, em nome do NEV Sobral (idealizador e promotor maior deste evento), aos que conosco realizam este Congresso:
a Prefeitura Municipal de Sobral, a Secretaria Municipal de Saúde, a Escola de Formação em Saúde da Família, a Universidade Estadual Vale
do Acaraú-UVA e a Pró-Reitoria de Extensão da UVA, bem como aos nossos apoiadores, como a Rede de Políticas Informadas por Evidências
- Evipnet Brasil, o Ministério da Saúde por meio do Departamento de Ciência, Inovação e Tecnologia- DECIT, a Secretaria de Saúde do Estado
do Ceará, o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Ceará, a Liga de Enfermagem em Saúde da Família da UVA e a Universidade
Federal do Ceará-UFC.
Agradeço também, de modo solidário, a participação dos NEV da ESP-CE e da URCA. Agradecimentos são extensivos ainda aos nossos
patrocinadores.
Expresso meu abraço de agradecimento e companheirismo aos colegas do Núcleo de Evidências de Sobral - NEV e aos colegas da Escola
de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia e Núcleo de Estudo e Pesquisa em Saúde - NEPS, que foram essenciais na realização
deste Congresso. Cumprimento e agradeço também aos monitores e avaliadores que voluntariamente se juntaram a nós e colaboraram
para a realização deste Congresso.
Agora, um abraço fraterno de boas-vindas a essa legião de trabalhadores, gestores, professores, pesquisadores e estudantes que acolheram
o nosso convite e que hoje materializam este evento. Este Congresso é nosso, realizado com muito carinho e trabalho para que tivéssemos
mais esta oportunidade de estarmos juntos neste grande e necessário debate sobre o uso de evidências nas tomadas de decisões nas Políticas Públicas e por que não referir em nossos microprocessos de trabalho.
Bem-vindos a este debate. Este Congresso tem um diferencial. É um Congresso que propõe o diálogo entre produção do conhecimento e
aplicação/tradução do conhecimento. É um encontro (necessário) entre academia e serviço!!
Parto do entendimento que o expressivo número de inscritos e a diversidade de participantes neste Congresso já é uma evidência da necessidade deste debate, da vontade de refletir, de registrar e de disseminar nossas melhores pesquisas para as melhores práticas. Tivemos
mais de 400 inscritos, recebemos quase 200 trabalhos, dos quais, 131 foram aprovados e serão apresentados. Temos mestres e doutores que
desenvolveram suas pesquisas em nosso semiárido e que nos premiarão com apresentação dos resultados de suas pesquisas como forma
de apresentar ao tomador de decisão opções para enfrentamento dos problemas investigados.
Um importante desafio para os sistemas de saúde é incorporar o uso sistemático do conhecimento produzido em políticas públicas que
busquem, ao mesmo tempo, melhorar a eficiência das ações e as condições de saúde da população.
Sabemos que temos uma demanda grande de incorporação rápida e crescente de tecnologia e inovações de produtos e serviços que vêm
das mais distintas fontes. Situação que não assegura, necessariamente, maior eficiência e eficácia. É preciso buscar o máximo rigor em
requisitos que determinem a qualidade e a segurança de qualquer produto ou serviço.
Na área da saúde, isto é fato recorrente e tem contribuído para a denominada judicialização da saúde. Esta temática de fronteira de diferentes áreas (no caso, Saúde e Direito) requer uma interlocução entre estas para maior transparência nas decisões. A evidência científica
pode nos ajudar nesta procura.
Portanto, a utilização de evidências científicas é fundamental para assegurar que a alocação de recursos públicos seja feita de maneira a
garantir a efetividade de políticas e programas. Esta premissa tem sido preconizada pela Organização Mundial de Saúde-OMS entre seus países-membro. Entretanto, ainda se percebe
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limitações do diálogo entre a gestão e a academia. Nos países latino-americanos, esta premissa assume caráter de constatação. Estudo
revela que a América Latina apresenta a segunda mais baixa divulgação de evidências de pesquisas em saúde no mundo, ficando atrás
apenas de países do Oriente Médio.
Nesse contexto, promover o uso sistemático das evidências científicas nos processos decisórios representa um importante desafio para
políticas de saúde no Brasil e no mundo. É sugestivo, então, diversificar os modos de disseminação do conhecimento para além das revistas
científicas. Assim, alcançaremos diversos públicos envolvidos no processo de tomada de decisões em políticas públicas.
Estudo realizado por Correa Dias et al (2015) evidenciou como uma das estratégias para estimular o uso de evidências na tomada de decisão em Políticas Públicas promover a interação entre pesquisadores e tomadores de decisão. Entendo que este Congresso é um desses
momentos de interação.
Espero que a tenhamos três dias de profundas trocas e reflexões a fim de que não se perca de vista aquilo que é fundamental: o direito
fundamental à saúde.
Muito obrigada!
Profa. Dra. Maria Socorro de Araújo Dias
Coordenadora do Congresso
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TRABALHOS PREMIADOS
eixo :
DIREITO À SAÚDE
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O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO NO BRASIL E A EFETIVAÇÃO DO
DIREITO À SAÚDE
Thaís Araújo Dias 1
Diógenes Farias Gomes 2
Lielma Carla Chagas da Silva 3
Manoel de Castro Carneiro Neto 1
Maria Socorro de Araújo Dias 2
[email protected]
1. Universidade Estadual Vale do Acaraú – Curso de Direito.
2. Universidade Estadual Vale do Acaraú – Curso de Enfermagem
3. Universidade Federal do Ceará
INTRODUÇÃO
O Estado Democrático de Direito possui como objetivo a efetivação dos Direitos Fundamentais e Sociais. Figueiredo (2007) chama
atenção para o reconhecimento constitucional da saúde não apenas como norma, mas, também como direito social a ser garantido. O
exposto indica uma relação intrínseca entre a consolidação do Estado Democrático de Direito e a efetivação do Direito à Saúde.
OBJETIVOS
Descrever o direito à saúde enquanto direito fundamental no estado democrático de direito brasileiro e os desafios de sua efetivação.
METODOLOGIA
Estudo documental e bibliográfica de base normativa (Constituição e Leis), doutrinária e jurisprudencial do tipo descritivo-analítico.
Recorreu-se a bibliotecas físicas e buscas online relacionadas a temática (Estado Democrático de Direito, Direito Fundamental, Direito à
Saúde e Judicialização da Saúde) no período de junho a setembro de 2015. Os resultados foram organizados em três categorias: Brasil:
Estado Democrático de Direito; Base normativa do Direito à Saúde e O dilema da Judicialização da Saúde.
RESULTADOS
Brasil: Estado Democrático de Direito: O Brasil é proclamado Estado Democrático de Direito desde a Constituição de 1988, em seu
artigo 1o. Para Lima Júnior (2001) esta Constituição expressa os Direitos Humanos, apresentando acolhida a estes ao longo do texto constituinte, representando não somente uma concepção escrita mas, a busca da efetivação quantiqualitativa dos Direitos. Base normativa
do Direito à Saúde: A Constituição assegura a saúde como Direito nos artigos 6O, 194, e dos dispostos no Capítulo II, Seção II Da Saúde e
na Lei 8.080/90 que regula as ações dos serviços de saúde. Para Mazza e Mendes (2014), a saúde é o principal direito fundamental social
expresso na Constituição, ligado ao princípio que rege todo o ordenamento jurídico pátrio: o da dignidade da pessoa humana. Dilema da
Judicialização da Saúde: O Direito à Saúde no Brasil exige prestações positivas à sua efetividade, sob pena de ineficácia de tal direito.
Assim, as políticas de saúde devem garanti-lo. Registra-se que há interferência do Judiciário na busca da efetivação deste Direito e
alerta-se um equilíbrio nas decisões para que não neguem outras legislações, a exemplo da Lei de Responsabilidade Fiscal e inviabilizem
a Política de Saúde (MAZZA e MENDES, 2014). Camargo (2014) afirma que saúde enquanto estado de bem-estar é essencial à efetivação
de outros direitos. Elucida que todo direito ao ser garantido na Constituição é exigível, podendo ser, inclusive, por vias jurídicas.
CONCLUSÃO
A Constituição Cidadã afirmou o Brasil como Estado Democrático de Direito e nesta a Saúde assumiu status de Direito Fundamental.
Apesar deste reconhecido, movimentos ancorados no judiciário buscam sua implementação. Instaura-se no Estado um dilema: restri8
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ções orçamentárias e o dever de garantir o direito à saúde. Espera-se que as decisões repousem em bases normativas e em evidências
científicas.
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Caroline Leite de. Saúde: um direito essencialmente fundamental. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVII, n. 120, jan 2014.
Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_ id=14074 >. Acesso em set 2015.
FIGUEIREDO, Mariana Filchtiner. Direito fundamental à saúde: parâmetros para sua eficácia e efetividade. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2007.
LIMA JUNIOR, Jayme Benvenuto. Os direitos humanos econômicos, sociais e culturais. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.
MAZZA, Fábio Ferreira e MENDES, Áquilas Nogueira. Decisões judiciais e orçamento: um olhar sobre a saúde Pública. Rev. Dir. Sanit., São
Paulo, v. 14, n. 3, p. 42-65, nov. 2013/ fev. 2014
Descritores: Direito à Saúde; Direito Sanitário; Judicialização da Saúde; Direito Constitucional; Estado Democrático de Direito.
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A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS NA
EFETIVAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE
Wendell Sousa Linhares
Renaud Ponte Aguiar
Geane Sales Bezerra
Mariana Melo Angelim
Maria Clara Cardoso Mont’Alverne Barreto
[email protected]
1,4,5. Acadêmicos do Curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão – FLF.
2. Orientador e Docente do Curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão – FLF.
3. Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
INTRODUÇÃO
Na CF/88 a saúde passou a fazer parte dos direitos sociais, estabelecendo menção a estes no caput do art. 6º e nos arts. 196 a 200, onde
ocorre a implantação do SUS. Contudo, percebe-se na prática que a política do SUS possui contradições visto que nem sempre os usuários conseguem obter os medicamentos necessários para seus tratamentos, necessitando recorrer ao Judiciário para que isso aconteça.
OBJETIVOS
Discutir o fenômeno da judicialização da saúde no Brasil, com enfoque na obtenção de medicamentos excepcionais e analisar a responsabilidade solidária dos Entes Federativos.
METODOLOGIA
Estudo de revisão sistemática, adequado para estabelecer consenso sobre uma temática específica, aprofundando o conhecimento por
meio do seguinte processo: formulação de uma pergunta, seleção e análise crítica de estudos científicos contidos em bases de dados
eletrônicas. A pergunta de pesquisa foi: “o poder judiciário deve subsidiar o direito à saúde no que se refere aos medicamentos excepcionais?”. A busca de artigos foi realizada nas bases eletrônicas Scientific Electronic Library Online (SciELO), Revista de Iniciação Científica
Univali e Conteúdo Jurídico, por meio das palavras-chaves: “medicamento and direito” e “judicialização and saúde”. Para seleção dos
artigos realizaram-se alguns critérios, como: data de publicação de 2011 a 2015; idioma português; artigos e periódicos. Os critérios de
exclusão foram artigos que não abordaram precisamente a questão.
RESULTADOS
Nas constituições anteriores as de 1988 o direito à saúde era mitigado. Haviam pouquíssimas previsões constitucionais sobre o tema e
os cidadãos ficavam à mercê de sua própria sorte, pois não podiam recorrer ao Estado para conseguir tratamentos. Somente na CF/88
que tais direitos foram efetivados como sociais, sinalizando a igualdade entre todos e mencionando o direito à saúde no art. 6º e nos arts.
196 ao 200, onde traça estratégias e implanta o Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, os usuários do SUS nem sempre conseguem a
obtenção de medicamentos para seus tratamentos de saúde, por não estarem previstos no RENAME (Relação Nacional de Medicamentos
Essenciais), tendo que recorrer ao Judiciário. Assim, o Art. 23, inciso II da CF/88 trata sobre a responsabilidade solidária dos entes públicos, sejam União, Estados e Municípios, afirmando que cuidar da saúde é competência comum destes entes. O Ministro Joaquim Barbosa
afirma que embora o art. 196 da CF/88 traga norma de caráter programático, o Município não pode furtar-se do dever de propiciar os
meios necessários ao gozo do direito à saúde por todos os cidadãos. Se uma pessoa necessita, para garantir o seu direito à saúde, de
tratamento médico adequado, é dever solidário da União, do Estado e do Município providenciá-lo. Dessa forma, torna-se cristalina a
ideia de que os entes federativos têm responsabilidade subsidiária quanto a prestação da saúde.
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CONCLUSÃO
Após análise jurisprudencial, conclui-se que a saúde é um direito imprescindível e que o Estado deve garanti-la, principalmente no que
se refere a medicamentos excepcionais. Dessa forma, sendo subsidiária a responsabilidade da União, Estados e Municípios, não recebendo medicamentos de forma administrativa, os usuários são obrigados a ingressar no judiciário para que seus direitos sejam assegurados.
REFERÊNCIAS
GUIMARÃES, Márcia; PILAU SOBRINHO, Liton Lanes. Judicialização da saúde: direito a medicamento excepcional. Revista Eletrônica de
Iniciação Científica. Itajaí, Centro de Ciências Sociais e Jurídicas da UNIVALI. v. 4, n.3, p. 727-746, 3º Trimestre de 2013. Disponível em:
<http://www.univali.br/ensino/graduacao/cejurps/cursos/direito/direito-itajai/publicacoes/revista-de-iniciacao-cientifica-ricc/edicoes/Lists/Artigos/Attachments/915/marcia-e-liton.pdf>. Acesso em: 28 out. 2015.
MAMELUK, Lethícia Andrade. Consequências da judicialização do direito à saúde. Conteúdo Jurídico, Brasília-DF: 16 jun. 2012. Disponível
em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.37535&seo=1>. Acesso em: 28 out. 2015.
Descritores: Sistema Único de Saúde, Direito à Saúde, Poder Judiciário.
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JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE: CONFRONTO ENTRE A PRESTAÇÃO
INDIVIDUAL E COLETIVA
Geane Sales Bezerra
Renaud Ponte Aguiar
Wendell Sousa Linhares
Mariana Melo Angelim
Maria Clara Cardoso Mont’Alverne Barreto
[email protected]
1. Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
1. Orientador e Docente do Curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão – FLF.
1,4,5. Acadêmicos do Curso de Direito da Faculdade Luciano Feijão - FLF.
INTRODUÇÃO
A judicialização da saúde é um fenômeno crescente no Brasil nas últimas décadas e ocorre por dois fatores: 1) a Constituição garantir
o direito à saúde a todos; 2) maior conscientização da população sobre seus direitos perante o Judiciário. Porém, tal fenômeno traz
inúmeras consequências, como a colisão entre o direito à vida e a saúde individual e a promessa constitucional de uma saúde universal.
OBJETIVOS
Verificar se as demandas judiciais interferem de forma negativa na implementação das políticas públicas, de modo a buscar um entendimento que não prejudique os direitos individuais e coletivos.
METODOLOGIA
Estudo de revisão sistemática, adequado para estabelecer consenso sobre uma temática específica, aprofundando o conhecimento por
meio do seguinte processo: formulação de uma pergunta, seleção e análise crítica de estudos científicos contidos em bases de dados
eletrônicas. A pergunta de pesquisa foi: “as demandas judiciais de tratamento de alto custo interferem na prestação de saúde do coletivo?” A busca de artigos foi realizada nas bases eletrônicas Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Conteúdo Jurídico, por meio
das palavras-chaves: “direito and saúde” e “judicialização and saúde”. Para seleção dos artigos realizaram-se alguns critérios, como:
data de publicação de 2010 a 2015; idioma português; artigos e periódicos. Os critérios de exclusão foram artigos que não abordaram
precisamente a questão.
RESULTADOS
A judicialização da sáude, de forma excessiva, gera muitos gastos para o poder público, além de ferir os princípios da universalidade e
igualdade, visto que, a concessão de tratamentos e medicamentos individuais de alto custo podem interferir na prestação dos serviços
de saúde de toda a coletividade. Luiz Roberto Barroso, sobre o tema, assevera:
“Em muitos casos, o que se revela é a concessão de privilégios a alguns jurisdicionados em detrimento da generalidade da
cidadania, que continua dependente das políticas universalistas implementadas pelo Poder Executivo.” (BARROSO, 2012)
Dessa forma, torna-se extrema a necessidade de uma maior harmonização entre a coletividade e o individual, duas formas de concretização da saúde, sem que um prejudique o outro. Contudo, a depender do caso, o entendimento pende para os que necessitam do
acesso à saúde. Diante da análise do RESP 1.028.835, o STJ vem reconhecendo aos portadores de doenças graves, sem disponibilidade
financeira para pagar seu tratamento, o direito de receber do Estado gratuitamente os tratamentos, diante de necessidade comprovada.
Entretanto, o relator, Min. Luiz Fux, entende que o indivíduo, necessitando de determinado tratamento, poderá recebê-lo. No entanto, é
necessário que seja investigado a condição financeira do doente.
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CONCLUSÃO
Conclui-se que uma demasiada judicialização da saúde pode trazer prejuízo para a coletividade em detrimento das prestações individuais. Assim, torna-se necessário que o Judiciário prepare melhor seus servidores para que se decida satisfatoriamente as ações sobre
direito de saúde, referente à assistência farmacêutica, contando com uma boa dilação probatória para a concessão gratuita de remédios.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Leonardo José Campos Maia de. Uma discussão sobre a efetividade do direito fundamental à saúde. Conteúdo Jurídico,
Brasilia-DF: 06 out. 2010. Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.29208>. Acesso em: 30 out. 2015.
BARROSO, Luís Roberto. Da falta de efetividade à judicialização excessiva: direito à saúde, fornecimento gratuito de medicamentos e
parâmetros para a atuação judicial. Disponível em: < http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI52582,81042- Da+falta+de+efetividade
+a+judicializacao+excessiva+Direito+a+saude> Acesso em: 30 out. 2015.
MAMELUK, Lethícia Andrade. Consequências da judicialização do direito à saúde. Conteúdo Jurídico, Brasilia-DF: 16 jun. 2012. Disponível
em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.37535&seo=1>. Acesso em: 30 out. 2015.
Descritores: Direito à Saúde, Assistência Individualizada de Saúde, Saúde Pública.
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TRABALHOS PREMIADOS
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AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS
E PROGRAMAS
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IMPACTOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NA INCIDÊNCIA
DA TUBERCULOSE
Rafaella Marques Vieira 1
Suzana Mara Cordeiro Eloia 1
Maria Socorro Carneiro Linhares 1
Sara Cordeiro Eloia 1
Sandra Maria Carneiro Flôr 2
[email protected]
1
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
2
Secretaria da Saúde do Município de Sobral - CE
INTRODUÇÃO
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis. No Brasil, a tuberculose é marcador social
importante das precárias condições de vida das pessoas em quase todos os centros urbanos do país (BRASIL, 2014). Por isso, torna-se
relevante discutir os diversos fatores relacionados aos pacientes ou aos serviços de saúde que influenciam na adesão ao tratamento.
OBJETIVOS
Descrever as características da incidência de tuberculose no município de Sobral-Ceará, no ano de 2014, e a relação do Programa Bolsa
Família (PBF) com os indicadores desta doença.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, epidemiológica e descritiva. Os objetos de análise do estudo constituem-se em todos os indivíduos que desenvolveram a tuberculose no ano de 2014 no município de Sobral. Os dados foram coletados através do Sistema de Informação
de Agravos de Notificação, fornecidos pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Sobral e a partir da busca
ativa dos usuários que eram beneficiários do Programa Bolsa Família. As informações foram tabuladas por meio do software TabWin e
organizadas em planilhas do programa Excel. Para análise dos dados incluíram-se as variáveis socioeconômicas, demográficas, clínicas e
epidemiológicas, que foram analisadas por meio da elaboração de frequências absolutas e relativas e das respectivas taxas de incidência
da tuberculose. Respeitou-se os critérios éticos e legais da pesquisa.
RESULTADOS
Os resultados apresentaram 137 novos casos de tuberculose, em Sobral, no ano de 2014. Destes, 65,7% ocorreram no sexo masculino,
63,5% com faixa etária entre 20 e 49 anos e 34,3% não concluíram o ensino fundamental. Quanto ao encerramento dos casos, 88,6%
evoluíram para cura e 11,7% abandonaram o tratamento. Deste total de casos novos de tuberculose, constatou-se que 19% dos indivíduos
eram beneficiários do PBF. Destes que recebem benefício, 76,9% tiveram diagnóstico concluído pela baciloscopia de escarro e 61,6%
realizaram a radiografia de tórax por suspeita da doença. A maioria, 80,9%, não possui outras doenças e agravos associadas à tuberculose e 92,3% não eram infectados pelo HIV. Quanto à conclusão dos casos, 88,6% evoluíram para cura da tuberculose e apenas 3,8%
abandonaram o tratamento. Vale destacar que os achados relacionados aos dados demográficos fazem menção a distritos sanitários
urbanos com grande aglomerado populacional, no caso dos distritos Sinhá Saboia, Coelce, Padre Palhano e Terrenos Novos.
CONCLUSÃO
A incidência notificada da tuberculose em Sobral no ano de 2014 (72,7/100 mil hab) é considerada de alta magnitude. Logo, conhecer a
realidade dos indivíduos, por meio da identificação dos fatores de risco em que estão expostos e dos determinantes sociais da saúde, é
fundamental para elaborar estratégias equânimes e intersetorias de redução da carga das doenças negligenciadas no Brasil.
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I Congresso da Região Norte de Sáude Baseada em Evidências - Anais 2015
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação em Saúde. Saúde Brasil
2013: uma análise da situação de saúde e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza. Brasília: MS, 2014. 384 p.
Descritores: Avaliação de programas e serviços de saúde; Incidência; Tuberculose.
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20 LUGAR
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA CRIANÇA E PUERICULTURA:
UMA REFLEXÃO TEÓRICA
Diógenes Farias Gomes 1
Tayanny Teles Linhares Bezerra 2
Layanny Teles Linhares Bezerra 2
Bruna da Conceição Lima 2
Ronaldo César Aguiar Lima 3
[email protected]
1. Acadêmico de Enfermagem da UVA.
2. Acadêmico(a) de Enfermagem do INTA
3.Enfermeiro. Graduado em Enfermagem pela UVA
INTRODUÇÃO
A Puericultura é parte do amplo Programa de Atenção Integral a Saúde da Criança (PAISC) e é apontada por muitos autores como a
mais relevante estratégia de acompanhamento de crescimento e desenvolvimento da criança. Quando realizada de maneira eficaz, essa
estratégia da atenção básica a saúde da criança previne danos diversos a saúde e agravos à criança (LACOSKI; HONER, 2005).
OBJETIVOS
O presente estudo tem por objetivo demonstrar, a partir da literatura, a importância da puericultura dentro do PAISC.
METODOLOGIA
Trata-se de uma integrativa de literatura, realizado através de um levantamento de dados nos principais bancos de dados on-line (SciELO, LILACS, BIREME, BDENF), além de livros-texto considerados fundamentais para compreensão de tema e manuais e normas do Ministério da Saúde. Os critérios de elegibilidade foram: a relação com o tema; a temporalidade, pois foram excluídos os estudos realizados
antes de 2005, disponíveis na íntegra e em português.
RESULTADOS
Pela análise de nossos resultados, podemos constatar que o programa de Puericultura corresponde a mais importante parte do PAISC,
pois é a Puericultura que acompanha todo o processo de desenvolvimento da criança. Em sua programação, a Puericultura, envolve
avaliações periódicas, e monitora as etapas inicias da vida de uma criança, atuando desde o nascimento até o completo desenvolvimento
neurológico e motor. De forma geral, a importância da Puericultura reside na constatação de que ela é a responsável pela realização
dos exames iniciais, como o Teste do Pezinho, pelo controle do Calendário Vacinal, pela prevenção de agravos a saúde da criança, pela
prevenção contra acidentes e maus-tratos, bem como pelo incentivo ao aleitamento materno. Fechando toda atenção voltada à criança,
a Puericultura ainda acompanha de perto a um dos passos mais importantes da vida de uma criança, a evolução e desenvolvimento
neurológico. Através da interpretação dos achados neurológicos o profissional poderá atuar de forma eficaz e segura em todas as etapas
do desenvolvimento da criança. Ratificando sua ampla importância nos programas de saúde da criança.
CONCLUSÃO
A Puericultura constitui-se na mais importante estratégia de atenção à saúde da criança nos serviços de atenção básica à saúde. Desta
forma é fundamental que tanto os profissionais da saúde como também as famílias reconheçam a relevância dessa estratégia dentro
dos programas de atenção à saúde da criança, sendo o primeiro o corresponsável pela qualidade da assistência e adesão da comunidade
as proposta desse atendimento.
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REFERÊNCIAS
LACOSKI, M.C.E.K; HONER, M.R. Programa de assistência integral à saúde da criança: avaliação de aspectos do desenvolvimento neuropsicológico de crianças em Campo Grande, MS. Ensaios e Ciência. v 9, n 2, p. 397-408, 2005.
Descritores: Puericultura; Saúde da Criança; Políticas Públicas de Saúde.
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30 LUGAR
IMPACTO DO PADRÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIO DE COLETA DE LEITE HUMANO
SOBRE O PERCENTUAL DE PERDA DO VOLUME DOADO
Aline Costa Souza 1
Samara Maria Pereira de Andrade 1
Paulo Roberto de Sousa Araújo 1
Vivianne Almeida Alves Arrais 1
Cleia Cavalcante Pereira 1
[email protected]
1
Banco de Leite Humano do Hospital Regional Norte, Sobral (CE).
INTRODUÇÃO
A ordenha ou coleta de leite humano é uma das etapas mais importantes para assegurar a qualidade higiênico-sanitária do leite humano
que será processado e distribuído pelos Bancos de Leite Humano. Dentre as etapas do processamento, a Acidez Dornic é o primeiro teste
utilizado como indicador da qualidade, decisivo para o descarte ou continuidade no processamento do leite humano coletado.1
OBJETIVOS
Avaliar a porcentagem de descarte por acidez do leite humano coletado pelo Banco de Leite do Hospital Regional Norte. Relacionar a taxa
de descarte com os métodos de higiene e conservação adotados para a coleta.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo retrospectivo de análise dos dados obtidos no processamento de leite humano no período de setembro de 2013 a
setembro de 2015. Para avaliar a taxa de descarte de leite foi utilizado o cálculo simples de porcentagem tomando como base o volume
de leite coletado e o volume de leite descartado em cada mês dentro do período estudado, para obtenção da porcentagem geral de
perda. Os padrões de higiene e conservação foram enumerados conforme a rotina descrita do serviço ofertado, os quais contemplam
correta higienização do profissional e da doadora, segurança no acondicionamento e conservação do leite humano coletado. A partir
dessa avaliação, foram relacionados a porcentagem de perda por acidez elevada e os cuidados de higiene e conservação adotados para
a coleta do leite humano no Banco de Leite Humano do Hospital Regional Norte.
RESULTADOS
No período estudado foram coletados 218,8 litros de leite, sendo apenas 2,3 litros (1,1%) descartado por acidez acima de 8°D, o que demonstra uma baixa taxa de perda por esse parâmetro, quando comparada com um estudo semelhante no qual apresentou 17,82% de
perda de leite humano por acidez elevada.2 O leite humano obtido de doadoras sadias e coletado sob rigoroso controle de higiene é isento
de microrganismos patogênicos e, quando presentes, são oriundos de fontes de contaminação externas.3 Durante o processamento, a
avaliação dessa contaminação externa se dá, sobretudo, com a realização do Teste de Acidez Dornic, no qual é confirmada por meio de
resultados acima de 8°D, o que desqualifica o produto para consumo. A rotina para a coleta de leite humano estabelecida pelo Banco
de Leite Humano do Hospital Regional Norte inclui higienização e paramentação, tanto do profissional quanto da doadora, ambiente de
coleta adequado, embalagem estéril, desprezo das primeiras gotas, conservação do leite em caixa isotérmica durante a coleta e estocagem em freezer/congelador dentro do prazo de validade preconizado (15 dias sob congelamento). Sabe-se que a alta taxa de perda de
leite humano coletado está relacionada ao manejo incorreto na coleta, falhas na manutenção da cadeia de frio e estocagem, embalagens
inadequadas, dentre outros fatores que resultam em alterações das propriedades do leite, tornando-o impróprio para o consumo.4
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CONCLUSÃO
O Banco de Leite Humano do Hospital Regional Norte apresentou baixo índice de perda de leite humano por acidez acima de 8°D como
resultado da adoção de medidas para o controle rigoroso na coleta e conservação do leite humano. Dessa maneira, confirma-se que a
qualidade do leite humano coletado é decorrente das boas práticas aplicadas durante o processo de coleta e estocagem.
REFERÊNCIAS
1
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Banco de leite humano: funcionamento, prevenção e controle de riscos/Agência Na-
cional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2008.
2
DIAS, E. G. C. et al. Causas de perda do leite humano doado ao Banco de Leite de uma maternidade de alto risco de Alagoas. In: Congres-
so BRASILEIRO DE ENFERMAGEM NEONATAL. Anais... Fortaleza (CE), 2012. Disponível em: < http://www.abenfoce.org.br/sites/default/
files/CAUSAS%20DE%20PERDA%20DO%20LEITE%20HUMANO%20DOADO%20AO%20BANCO%20DE%20LEITE%20DE%20U.pdf>.
Acesso em: 21 outubro 2015.
3
NOVAK, F. R. et al. Qual seria a fonte de fungos miceliais encontrados em leite humano ordenhado? Caderno de Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v. 18, n. 3, p. 873-875, mai./jun. 2002.
4
GRAZZIOTIN, A. L.; GRAZZIOTIN, M.C.; LETTI, L.A. Disposal of human milk donated to a human milk bank before and after measures to
reduce the amount of milk unsuitable for consumption. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 86, n.4, p. 290-294, 2010.
Descritores: Banco de Leite Humano. Coleta. Higiene. Leite Humano. Controle de Qualidade.
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TRABALHOS PREMIADOS
eixo :
GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
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10 LUGAR
PRÁTICAS GERENCIAIS NO SUS: EVIDENCIANDO O FAZER NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
Rafaella Marques Vieira 1
Suzana Mara Cordeiro Eloia 1
Maristela Inês Osawa Vasconcelos 1
Sara Cordeiro Eloia 1
Sandra Maria Carneiro Flôr 2
[email protected]
1
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
2
Secretaria da Saúde do Município de Sobral - CE
INTRODUÇÃO
A Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada a principal porta de entrada dos usuários à rede de serviços de saúde, estruturada a
partir da implantação de Unidades Básicas de Saúde. Assim, a tarefa de gerenciar um território exige dos profissionais a sensibilidade
de compreender os processos sociais, políticos, culturais, epidemiológicos, ecológicos e históricos (XIMENES NETO; SAMPAIO, 2008).
OBJETIVOS
Analisar produções científicas na literatura a cerca das práticas gerenciais na Atenção Primária à Saúde no Brasil.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa, na qual se realizou a busca de estudos nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Medical Literature Analysisand Retrieval System On-Line
(MEDLINE), com os descritores “Atenção Primária à Saúde” e “gerência”; depois se realizou outro cruzamento com as palavras “gerência”
e “território”. As buscas foram realizadas no mês de setembro de 2015, utilizando o operador booleano “and”. Foram critérios de inclusão
os artigos publicados em periódicos indexados nas bases eletrônicas citadas, disponíveis em textos completos, escritos em português e
que discutisse o objetivo da investigação. Dessa forma, identificou-se 85 estudos na primeira busca de dados e 09 estudos na segunda
busca. Após uma análise minuciosa 12 estudos se adequaram aos critérios de inclusão, se constituindo a amostra final da pesquisa.
RESULTADOS
Dos 12 artigos selecionados, houve maior número de publicações na base de dados LILACS (06 artigos); destacou-se entre os periódicos
de publicação, a Revista Baiana de Saúde Pública (03 artigos); e quanto ao ano de publicação, o ano de 2014 se destacou (04 artigos). De
acordo com as publicações, as ações de gerência realizadas no cotidiano de trabalho são: reuniões semanais com a equipe, educação
permanente para os profissionais, planejamento das ações e serviços, gerência dos recursos materiais, negociação dos conflitos, avaliação do resultado da assistência fornecida e apoio da gestão municipal. Muitas publicações ressaltaram a importância do vínculo de confiança entre a equipe para um bom relacionamento interpessoal, contribuindo para a superação das dificuldades e o alcance do objetivo
proposto entre os profissionais. Implicações relacionadas ao gerenciamento na APS sublinham fragilidades como a falta de profissionais
para completar a equipe de saúde, estrutura física inadequada das Unidades de Saúde, grande extensão territorial dos municípios, falta
de participação e colaboração do Conselho Municipal de Saúde, dentre outras que precisam ser intermediadas pela gerência para não
comprometer no processo de trabalho da equipe em sua totalidade.
CONCLUSÃO
Faz-se necessário empenhar-se na construção de estratégias que promovam mudanças no cotidiano dos serviços de saúde, como maior
organização da APS, capacitação dos profissionais, integração da equipe multiprofissional, reestruturação dos serviços, adequação de
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estrutura física, sensibilização de gestores e promoção de atendimento integral e de qualidade ao usuário.
REFERÊNCIAS
XIMENES NETO, F. R. G.; SAMPAIO, J. J. C. Processo de ascenção ao cargo e as facilidades e dificuldades no gerenciamento do território
na Estratégia Saúde da Família. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 61, n. 1, p. 36-45, 2008.
Descritores: Atenção Primária à Saúde; Gerência; Território.
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20 LUGAR
ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO GERENTE DA ATENÇÃO BÁSICA:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Catarina de Vasconcelos Pessoa 1
Ângelo Brito Rodrigues 2
[email protected]
1. Enfermeira pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA,
2. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí Campus Amilcar Ferreira Sobral-Floriano – PI
INTRODUÇÃO
Nos diversos serviços de saúde, especificamente na Atenção Básica (AB), a gerência em enfermagem tem assumido importância na
articulação entre os vários profissionais da equipe, além de organizar o processo de trabalho da enfermagem. No que concerne à gestão
dos serviços de saúde, a gerência implementa os procedimentos visando a manutenção do ambiente, pessoas, infraestrutura e equipamentos.
OBJETIVOS
Analisar como vêm sendo abordados os saberes e práticas gerenciais dos enfermeiros na AB, a partir da produção cientifica sobre o
assunto nos últimos dez anos.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa, na qual os artigos científicos foram capturados por meio da busca eletrônica nos bancos de dados:
BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde), BDENF (Base de Dados de
Enfermagem), MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde) e na biblioteca eletrônica de acesso aberto, SciELO (Scientific
Eletronic Library Online). Os descritores utilizados foram: Administração de serviço de saúde, Gerência, Unidade Básica de Saúde e Enfermagem. O critério de inclusão para a seleção da amostra foram artigos de periódicos nacionais dos últimos dez anos. Elaborou-se um
quadro com os estudos selecionados, organizando-os em: categoria, título, autor e ano de publicação e periódico de publicação. A análise
e discussão ocorreram a partir da leitura extensiva dos conteúdos apresentados nos artigos, de forma a contribuir para a ampliação dos
conhecimentos acerca do objeto de estudo em questão.
RESULTADOS
A partir dos artigos analisados foi possível emergir quatro categorias. Tipos e técnicas de gerência:As organizações de saúde têm
investido na busca de novas estratégias de gestão que possibilitem conciliar a redução dos custos, a melhoria da qualidade dos serviços
oferecidos e a satisfação dos usuários. Entretanto, uma das maiores dificuldades encontradas é a insuficiência de profissionais para
assistir a demanda. Atuação do enfermeiro como gestor de uma UBS:O enfermeiro deve ser crítico, reflexivo, dinâmico e ativo diante
do mercado de trabalho. Assim, os principais objetos de trabalho do enfermeiro no processo de trabalho gerencial são a organização do
trabalho e os recursos humanos de enfermagem. Gestão da UBS e planejamento:.A política de saúde vigente, as relações de poder,
de saber, de agir, a tecnologia disponível e a complexidade dos casos atendidos são fatores que influenciam o modo de gerenciar em
enfermagem. Dentre estes planos de ação, cabe citar a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE). Tendências gerenciais para a enfermagem:As mudanças no contexto econômico e social têm determinado novas estratégias de gestão no processo
de trabalho, como capacitar os profissionais para a gerência e cuidar do cuidador, buscando uma prática aberta, flexível e participativa.
Nesse contexto, cabe citar o conceito de Clínica Ampliada, uma das diretrizes que a Política Nacional de Humanização propõe para qualificar o modo de se fazer saúde.
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CONCLUSÃO
Após a análise, percebeu-se a relevância da ação gerencial na organização de uma UBS, o que permite identificar e resolver problemas e
necessidades, dimensionar recursos humanos e financeiros, planejar e desenvolver estratégias e intervenções mais efetivas, qualificando o trabalho. A dificuldade exige que se repensem formas de superá-los, favorecendo as relações interpessoais e em equipe.
REFERÊNCIAS
SPAGNOL, C.A. Repensando a gerência em enfermagem a partir de conceitos utilizados no campo da saúde coletiva . Revista Ciência e
Saúde Coletiva, 2005
THOFEHRN, M.B; LEOPARDI, M.T. Competências gerenciais na formação do enfermeiro. Revista Texto e Contexto ,2006..
PASSOS, J.P; CIOSAK, S.I. A concepção do enfermeiro no processo gerencial em unidade básica de saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP; 2006.
LOURENÇO, D.C.A; BENITO, G.A.V. Competências gerenciais na formação do enfermeiro. Revista Brasileira de Enfermagem, 2010.
Descritores: Administração de serviço de saúde; Gerência; Unidade Básica de Saúde; Enfermagem.
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30 LUGAR
STREPTOCOCCUS E ENTEROCOCCUS ISOLADOS DE ÁGUAS MARINHAS E DE
GALERIAS PLUVIAIS NA COSTA DE FORTALEZA, CEARÁ
Marina Teresa Torres Rodríguez 1
Oscarina Viana de Sousa 1
Regine Helena Silva dos Fernandes Vieira 1,2
[email protected]
1
Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará,
2
Departamento de Engenharia de Pesca, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici.
INTRODUÇÃO
O termo estreptococos fecais abrange bactérias dos gêneros Streptococcus e Enterococcus com diferentes significado sanitário e características de sobrevivência. As bactérias pertencentes ao gênero Enterococcus têm sido utilizadas e aceitas como indicadoras de
contaminação fecal em ambientes aquáticos marinhos (ASBOLT; GRABOW; SNOZZI, 2001).
OBJETIVOS
Quantificar e identificar bactérias contaminantes (Streptococcus e Enterococcus), em duas galerias pluviais e em dois pontos de água de
mar adjacentes a cada galeria na orla da cidade de Fortaleza.
METODOLOGIA
Foram realizadas cinco coletas contínuas com periodicidade semanal nos quatro pontos selecionados. Bactérias dos gêneros Streptococcus e Enterococcus foram quantificadas pelo método de Contagem Padrão em Placa (CPP) de acordo com World Health Organization
(WHO, 2000), utilizando- se a técnica da membrana filtrante (APHA-AWWA-WPCF, 1992). As contagens foram expressas em Unidades
Formadoras de Colônias (UFC)/ 100 mL de amostra testada. A identificação em espécies foi realizada por meio de testes bioquímicos
convencionais, segundo Mannero e Blanch (1999), baseados na fermentação dos carboidrados: manitol, sorbitol, Arabinose, rafinose,
sacarose e lactose na descarboxilação da arginina; detecção da produção de pigmento amarelo, hemólises em ágar sangue e motilidade-SIM. A prova da hidrólise da L-pirrolidonil-β-naftilamida (PYR) foi realizada e interpretada segundo especificações do fabricante e
conforme sugerido por Koneman et al. (2001).
RESULTADOS
Os valores de CPP de estreptococos e enterococos variaram de ≤10 na galeria G2 (coleta 4) a 192 x 10 2 UFC /100 mL (coleta 2) na galeria
G1 e para os pontos de água de mar de ≤10 (coleta 5) a 94 x 102 UFC/ 100 mL (coleta 2) em P1. Na presente pesquisa foram encontradas
quantidades de Enterococcus/100 mL acima do permitido pela legislação (Brasil, 2000) para amostras de água do mar (P1 e P2). As
maiores contagens nas águas das galerias (G1 e G2) e nos pontos de água de mar adjacente (P1 e P2) foram observadas na segunda coleta.
Segundo registros, a coleta foi precedida de chuva intensa e de grande atividade antropogênica pelo início das obras de recuperação do
mercado de Mucuripe. Uma vez realizadas as provas bioquímicas para a identificação das espécies, vinte e seis estirpes apresentaram
resposta negativa frente à prova PYR (gênero Streptococcus – 13,54 %), das quais duas foram identificados como S. mutans e o restante
(24 estirpes) foram agrupadas como Streptococcus ou outros gêneros afins. Cento e sessenta e seis estirpes (86,45 %) apresentaram
resultados positivos na prova PYR (gênero Enterococcus). No presente estudo seis espécies de Enterococcus foram identificadas, sendo
isolados: E. faecium (n = 67), E. gallinarium (n = 29), Enterococcus spp. (n = 28); E. mundtii (n = 15), E. raffinosus (n = 12) E. casseliflavus
(n =11) e E. faecalis (n = 4).
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CONCLUSÃO
Foi possível quantificar bactérias dos gêneros Streptococcus e Enterococcus em águas captadas de galerias pluviais e nas águas marinhas receptoras em quantidades maiores que as permitidas pela Legislação 274 do CONAMA para águas marinhas.
REFERÊNCIAS
ASHBOLT, N.J.; GRABOW, W.O.K.; SNOZZI, M. Indicators of microbial water quality. In: Water Quality: Guidelines, Standards and Health;
Fewtrell, L.; Barthram, J., Eds; IWA Publishing: London, UK, p. 289-316, 2001.
APHA-AWWA-WPCF. American Public Health Assn; American Water Works Assn., and Water Pollution Control Federation. Standard Methods for the Examination of Water and Waste Water; 18 th Edition; section 9230; Wahington D.C., 1992.
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Monitoring Bathing Waters - A Practical Guide to the Design and Implementation of Assessments
and Monitoring Programmes. Chapter 8: Sanitary inspection and microbiological water quality. Jamie Bartram and Gareth Rees (Ed),
London, 2000.
Descritores: Streptoccocus , Enterococos, Poluição Costeira
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TRABALHOS PREMIADOS
eixo :
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ATENÇÃO À SAÚDE
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10 LUGAR
ESTRATÉGIAS DE COPING NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA
POR PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA
Gleisson Ferreira Lima 1
Eliany Nazaré Oliveira 2
José Machado Linhares 3
Maria Aline Furtado Carvalho 4
Gerciara Barbosa Palácio 5
[email protected]
1. Universidade Estadual Vale do Acaraú Curso de Educação Física, Monitor do PET Saúde Redes de Atenção /Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.
2. Universidade Estadual Vale do Acaraú, Coordenadora do PET Saúde Redes de Atenção.
3. Universidade Estadual Vale do Acaraú Tutor do PET Saúde Redes de Atenção /Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
4. Universidade Estadual Vale do Acaraú Curso de Enfermagem, Monitor do PET Saúde Redes de Atenção /Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.
5. Universidade Estadual Vale do Acaraú Curso de Enfermagem, Monitor do PET Saúde Redes de Atenção /Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência.
INTRODUÇÃO
O contexto no qual se insere à pessoas com deficiência segundo o Relatório Mundial sobre Deficiência não é algo favorável. Em todo o
mundo, as pessoas com deficiência apresentam piores perspectivas de saúde, níveis mais baixos de escolaridade, participação econômica menor, e taxas de pobreza mais elevadas em comparação às pessoas sem deficiência. Em parte, isto se deve ao fato das pessoas com
deficiência enfrentarem barreiras no acesso a serviços que muitos de nós consideramos garantidos há muito, como saúde, educação,
emprego, transporte, e informação. Tais dificuldades são exacerbadas nas comunidades mais pobres (RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE
DEFICIÊNCIA, 2011).
OBJETIVOS
Analisar as estratégias de enfrentamento da violência em pessoas com deficiência, tendo como referencial o Inventário de Estratégias
de Enfrentamento de Lazurus e Folkman.
METODOLOGIA
O estudo se caracteriza como descritivo exploratório, com abordagem qualitativa. Ressaltamos ainda que o mesmo é parte integrante
das atividades do PET SAÚDE REDES DE ATENÇÃO 2013/2015 – Rede de Atenção às Pessoas com Deficiência Física. O cenário foi a Cidade
de Sobral – Ceará, mais especificamente os locais de imersão dos monitores da rede de Cuidados à Pessoas com Deficiência, que podemos lista: Centro de Reabilitação (CR); Serviço de Atendimento ao Cidadão Sobralense (SACS), Projeto Superando Obstáculos e Limites
– SOL, Programa Melhor em Casa e Centros de Saúde da Família. Os participantes foram 107 pessoas com deficiência. O instrumento de
coleta de informações foi elaborado com base nos pólos teóricos do Inventário de Estratégia de Enfrentamento de Coping de Lazarus e
Folkman (1984), adaptado por Savoia e Mejias (1996) para realidade brasileira. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA com parecer favorável de número CAAE 26152213.3.0000.5053.
RESULTADOS
As falas produzidas pelas pessoas com deficiência evidenciaram 35 categorias de analise que emergiram dos 08 COPING. A maioria
apresentava deficiência física 92,4%, quanto ao gênero, 63,2 % eram homens e 36,8 % são mulheres. Quanto à religião 83% são católicos,
41,5% são casados, 36,8% solteiros e 8,5 em união estável.
Apresentaram escolaridade bem diversificada: 27,3% ensino fundamental incompleto, 25,5% ensino médico incompleto, 12,3% analfabetos e 10,4% ensino superior completo. Sobre a ocupação, 33,9% são desempregados, 28,3% aposentados, 13,2% empregado com
carteira assinada. A maioria apresentou renda mensal de 1 a 2 salários mínimos.
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Os fatos evidenciam uma historia marcada por uma trajetória de superação da invisibilidade e luta por cidadania das pessoas com deficiência. Rejeitadas em diferentes sociedades e culturas, vistas durante muitos séculos como ‘inválidas’ ou ‘incapazes. As pessoas com
deficiência convivem todos os dias com a violência. As categorias que emergiram foram potentes e revelaram em por menores como os
participantes convivem com as situações relacionadas à suas deficiências. A violência contra a pessoa com deficiência pode atingir todo
o leque de direitos fundamentais, principalmente a educação e a saúde física e psicológica. No Brasil não se produziu até o momento
dados e estatísticas específicos em relação à violência praticada contra a pessoa com deficiência.
CONCLUSÃO
Urge a necessidade de ações e politicas para aumentar os canais de denúncia; incluir a pessoa com deficiência na rede regular de ensino; estabelecer planos de enfrentamento à violência contra a pessoa com deficiência nos âmbitos estadual municipal e distrital; criar e
fortalecer os conselhos de direitos estaduais, municipais e distrital; implantar serviço de notificação de violências contra a pessoa com
deficiência no âmbito do SUS; divulgar os direitos das pessoas com deficiência e construir centros integrados de prestação de serviços
às vítimas de violência, com apoio psicológico e social.
REFERÊNCIAS
SÃO PAULO (Estado). Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Sumário: Relatório Mundial sobre a Deficiência. São Paulo: SEDPcD, 2012. Disponível em: <http://whqlibdoc.who.int/hq/2011/WHO_NMH_VIP_11. 01_por.pdf>. Acesso em: 02 maio 2012.
Descritores: Pessoa com Deficiência, Violência, Saúde Mental, Enfrentamento.
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20 LUGAR
EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO ESTRATÉGIA PARA A PRÁTICA EM SAÚDE
EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO
Ana Egliny Sabino Cavalcante ¹
Antonia Regynara Moreira Rodrigues ²
Francisca Brunna de Carvalho Costa Vasconcelos ³
Maria Danara Alves Otaviano 4
Marcelo Martins Aragão 5
[email protected]
1. Enfermeira do Serviço de Educação Permanente do Hospital Regional Norte.
2. Enfermeira Mestranda em Enfermagem e Cuidados Clínicos em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará – UECE.
3. Enfermeira Coordenadora do Centro de Estudos do Hospital Regional Norte.
4. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
5. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
INTRODUÇÃO
Os princípios da educação permanente em saúde se estabelecem pela ação e reflexão da realidade vivida no cotidiano de serviços dos
trabalhadores da saúde de modo a transformar a realidade. Dessa forma, visa ao questionamento da realidade e suas metas de pactos
e acordos diversos que conformam propostas e projetos potentes para mudar as práticas e operar realidades vivas (SILVA et al, 2010).
OBJETIVOS
Refletir sobre o papel da educação permanente como estratégia para transformação da prática dos profissionais de saúde em um hospital de referência da zona norte do estado do Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de uma reflexão teórica acerca da política de educação permanente desenvolvida pelo Hospital Regional Norte - HRN com o
intuito de avaliar sua atuação frente à prática dos profissionais de saúde.
RESULTADOS
A política de educação permanente do HRN/ISGH (Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar) foi articulada conforme os preceitos do Ministério da Saúde descritos na portaria nº 278, que define a educação permanente em saúde como a aprendizagem no trabalho, onde
o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações, baseando-se na aprendizagem significativa e na possibilidade de
transformar as práticas dos trabalhadores da saúde (BRASIL, 2014). Tem como objetivo fomentar práticas educacionais em espaços coletivos de trabalho, fortalecendo o trabalho em equipes multiprofissionais. Está estruturada de acordo com as etapas de funcionamento
do PDCA (planejar, fazer, checar e identificar resultados alcançados). O uso de metodologias ativas é inerente ao processo, destacando-se os vídeos, jogos, discussão em grupo e simulações realísticas. As capacitações são avaliadas utilizando os quatro níveis da metodologia de Donald Kirkpatrick: avaliação de satisfação, aprendizagem, comportamento (adesão) e de resultados. Também, associados aos
preceitos teóricos, busca integrar prática e teoria no processo educativo, criando um movimento dinâmico de fazer e refazer-se. Assim,
a política de educação permanente do HRN pode ser compreendida no contexto de uma práxis criadora, que de acordo com Ricaldoni,
Sena (2006) estabelece possibilidades de transformação, visualização, ampliação e valorização dos conhecimentos do coletivo de sujeitos envolvidos no processo de trabalho da saúde.
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I Congresso da Região Norte de Sáude Baseada em Evidências - Anais 2015
CONCLUSÃO
A proposta de educação permanente em saúde na perspectiva de transformação ocorre através da articulação entre a teoria e prática
realizada pelos sujeitos-trabalhadores, permeada por políticas institucionais que sustentem estas ações.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde, Portaria nº278. Institui Diretrizes para Implementação da Política de Educação Permanente em Saúde, no
âmbito do Ministério da Saúde (MS). Brasília (DF): 27 de fevereiro de 2014.
SILVA LAA, FERRAZ F, LINO MM, BACKES VMS, SCHMIDT SMS. Educação permanente em saúde e no trabalho de enfermagem: perspectiva de uma práxis transformadora. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 set;31(3):557-61.
RICALDONI CAC, SENA RR. Educação permanente: uma ferramenta para pensar e agir no trabalho de enfermagem. Rev Latino-Am
Enfermagem. 2006;14(6): 837-42.
Descritores: Educação continuada; Pessoal da saúde; Atenção terciária à saúde.
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30 LUGAR
MARCOS TEÓRICOS-POLÍTICOS EM SAÚDE DA MULHER:
BASES PARA A ASSISTÊNCIA
Ana Egliny Sabino Cavalcante 1
Antonia Regynara Moreira Rodrigues 2
Marcelo Martins Aragão 3
Francisca Brunna de Carvalho Costa Vasconcelos 4
Dafne Paiva Rodrigues 5
[email protected]
1. Enfermeira do Serviço de Educação Permanente do Hospital Regional Norte.
2. Enfermeira Mestranda em Enfermagem e Cuidados Clínicos em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará – UECE.
3. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
4. Enfermeira Coordenadora do Centro de Estudos do Hospital Regional Norte.
5. Enfermeira Doutora. Docente da Universidade Estadual do Ceará – UECE.
INTRODUÇÃO
A saúde da mulher compreende um processo contínuo de garantia de condições amplas de bem-estar físico, psicológico e social, qualidade de vida e fortalecimento para a vida social. A evolução histórica das políticas de saúde no Brasil está relacionada diretamente a
evolução político-social e econômica da sociedade, resultante do poder de luta, organização e reivindicação dos brasileiros.
OBJETIVOS
Identificar as principais políticas que fundamentam a formulação e execução de ações voltadas à atenção da saúde da mulher, compreendendo-as como base de evidências para práxis nos serviços de saúde.
METODOLOGIA
Pesquisa documental realizada nos endereços eletrônicos do Governo Federal Brasileiro para identificar as políticas implementadas
pelo Ministério da Saúde relacionadas à saúde da mulher e a contribuição destas para a estruturação dos serviços e embasamento das
ações profissionais na atenção à saúde da mulher. Foi fruto das discussões do Grupo de Pesquisa em Enfermagem e Saúde da Mulher e
atividade do Estágio de docência do mestrado em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Ceará-UECE.
RESULTADOS
No cenário brasileiro, até 1970 as políticas para saúde da mulher eram sustentadas na visão da mulher enquanto mãe, enfatizando
os cuidados voltados ao ciclo gravídico-puerperal como o Programa de Saúde Materno-Infantil. Em 1983, a criação do Programa de
Assistência Integral à Saúde da Mulher foi resultado da convergência de interesses e ideais dos movimentos sanitário e feminista,
considerando a necessidade de cuidar da mulher em todos os ciclos de vida (BRASIL, 1983). A Constituição de 1988 traz garantia dos
direitos sociais e reprodutivos, rompendo concepções acerca do papel exclusivamente reprodutor para o entendimento sobre cidadania
feminina. Assim, associado à criação e implantação do Sistema Único de Saúde, são lançados o Programa Nacional de Humanização do
Pré-Natal e Nascimento e o Programa Viva Mulher Saúde com objetivo primordial de ampliar o acesso e prestar assistência de qualidade
e humanizada (BRASIL, 2000; BRASIL 2002). Em 2004, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher representa um marco
nas políticas públicas, abrange integralidade e promoção da saúde como princípios norteadores com enfoque na melhoria da atenção
obstétrica, reprodutiva, prevenção e tratamento de agravos e no combate à violência doméstica e sexual contra a mulher, irradiando-se
dentro do sistema de saúde como um novo pensar e agir, concebendo a assistência à mulher como atitude ética e técnica-científica dos
profissionais e de adequação dos serviços de saúde (BRASIL, 2004).
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I Congresso da Região Norte de Sáude Baseada em Evidências - Anais 2015
CONCLUSÃO
As políticas públicas influenciam na organização dos sistemas e serviços de saúde e norteiam a práxis na assistência à mulher. Entretanto
é preciso questionar se é oferecida assistência integral à mulher, pois existe ainda necessidade de articulação, incentivo ao empoderamento e participação social das mulheres, ação crítica-reflexiva de profissionais e gestores para a concretização das políticas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de assistência integral à saúde da mulher. Brasília(DF):1983.
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa de humanização no pré-natal e nascimento: informações para gestores e técnicos.
Brasília(DF): 2000.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Viva Mulher. Rio de Janeiro:
2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de
atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília(DF): Ministério da Saúde, 2004.
Descritores: Saúde da mulher, Políticas Públicas, Assistência à Saúde.
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TRABALHOS PREMIADOS
eixo :
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
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10 LUGAR
MOBILIZAÇÃO POPULAR COMO FERRAMENTA DE FORTALECIMENTO DA
GESTÃO PARTICIPATIVA NOS ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS DOS CONSELHOS
LOCAIS DE SAÚDE
Benedita Neves Vidal 1
Francisco José Leal de Vasconcelos 1
Expedito Vidal dos Santos 1
Lívia Alves de Souza 1
Leidy Dayane Paiva de Abreu 1
1- Prefeitura Municipal de Sobral /Secretaria de Saúde de Sobral
INTRODUÇÃO
Esta prevista na lei 8.142/90, o estabelecimento e disposição legal do controle social, através da criação das Conferências de Saúde e dos
Conselhos de Saúde (BRASIL, 1990). Neste contexto o Município de Sobral criou redes intersetoriais valorizando possibilidade construção
do modelo de atenção proposto para o SUS, configurando se como espaços potencializados de construção coletiva através, da existência
dos Conselhos Locais de Saúde e Desenvolvimento Social, como órgão de gestão democrática e participativa
OBJETIVOS
Relatar as estratégicas de mobilização social dos conselheiros de saúde, por meio das contribuições e qualificação da participação social
dos Conselhos Locais de Saúde, do município de Sobral/CE
METODOLOGIA
Relato de experiência, realizado em janeiro de 2015. A vivência descreve as ações de mobilização social realizada por três representantes
do Conselho Municipal de Saúde, nas categorias de usuário, com uma estudante da saúde do curso de enfermagem e duas representantes do poder público, além do mobilizador social da Secretaria Municipal de Saúde. Foram realizadas rodas dialogadas nos 20 conselhos
locais em funcionamento, utilização de observação participante e diário de campo para os momentos em roda, em que os representantes dos conselhos locais relaram a realidade, necessidades e potencialidades do território de saúde, posteriormente cada problemática
dos conselhos locais foram analisadas, em seguida criado um plano de ação e estratégias de implantação e implementações das ações.
RESULTADOS
Dos vintes (20) Conselhos Locais, houve uma redução da desmotivação da participação popular. Isto alertou os conselheiros de saúde
para criar estratégias que possibilitassem mudanças no quadro atual de participação voluntária nos Conselhos Locais de Saúde. Todo
trabalho foi necessário obter o apoio da gestão, comunidade e parceiros. Nos momentos em roda nos territórios, observou-se nos diálogos com a comunidade e conselheiros locais algumas problemáticas como a violência, drogas lícitas e ilícitas, falta de saneamento
básico, desemprego, dengue e a problemática do lixo, ocasionado doenças epidemiológicas, crônicas, mentais, devido aos determinantes
de saúde e doenças existentes nos bairros. A partir do momento que as ações foram implementadas, conforme a realidade in loco junto
com os conselheiros locais foi observada em seis meses uma maior participação dos conselheiros locais nas ações interventivas, coparticipando das atividades, fortalecendo e efetivando o controle social, permitindo uma maior aproximação da população com as questões
do Sistema Único de Saúde.
CONCLUSÃO
Considera-se que os Conselhos Locais de Saúde apontam para o caráter inovador na gestão pública municipal, já que tais conselhos são
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canais em que os setores populares participam da construção da política de saúde, deliberando, normatizando e fiscalizando as ações e
os serviços da área.
REFERÊNCIAS
BEASIL. Lei nº 8142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde
e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 dez. 1990
Descritores: Saúde, Comunidade, Gestão.
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20 LUGAR
PROJETO IMAGEM SOLIDÁRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS ALUNOS DA
LIGA DE RADIOLOGIA DO CURSO DE MEDICINA
Milleani Rocha Correia ¹
Talyta Camelo de Morais ²
Michel Santos Palheta ³
[email protected]
Estudante de medicina das Faculdades Inta, coautora ¹
Estudante de medicina das Faculdades Inta, autora ²
Médico radiologista, orientador da liga de radiologia ³
INTRODUÇÃO
O Projeto “Imagem Solidária” criado pela Liga Acadêmica de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (LARDI) visa difundir o conhecimento
científico e despertar um olhar reflexivo sobre a realidade social. Por meio dessa experiência, os ligantes desenvolvem habilidades e
atitudes éticas, fundamentais para o exercício da profissão médica.¹
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos integrantes da LARDI sobre o Projeto “Imagem Solidária” e sua repercussão social
e científica.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência do Projeto de cunho social e científico denominado “Imagem Solidária” o qual foi desenvolvido pelos integrantes da LARDI do curso de Medicina das Faculdades INTA, na cidade de Sobral, Ceará. O projeto teve início no mês de Novembro
de 2014 e promove a difusão de conhecimentos em radiologia, através de cursos, palestras e sessões clínicas em troca da doação de
alimentos e brinquedos. Até o presente momento foram realizados um Curso de Interpretação Radiológica do Tórax e uma Sessão Clínica
sobre Nódulo na Tireóide. O primeiro evento arrecadou 115 brinquedos os quais foram entregues para crianças carentes da Comunidade
de Feitoria, na cidade de Coreaú, Ceará. Na Sessão Clínica foram arrecadados 48 quilos de alimentos que serão entregues no natal em
um abrigo de idosos da cidade de Sobral.
RESULTADOS
O curso de Interpretação Radiológica do Tórax aconteceu no auditório do Instituto Ieducare e na ocasião foram arrecadados brinquedos
para serem entregues no natal de crianças carentes. A entrega dos presentes ocorreu na Igreja local do município de Coreaú com a
realização de um momento lúdico de brincadeiras e descontração. O outro evento realizado pelo Projeto foi a Sessão Clínica sobre Nódulo na Tireóide ocorrido no Departamento de Ensino e Pesquisa-DEPE localizado na Santa Casa de Sobral e contou com a participação
de 7 médicos, dentre eles, radiologistas, endocrinologistas, patologista e cirurgião de cabeça e pescoço. Foram arrecadados alimentos
para serem doados a um abrigo de idosos no natal desse mesmo ano. Esse contato dos estudantes com um cenário de carência trouxe
uma reflexão sobre a realidade dessas pessoas e da importância da participação social para a formação de um médico mais humano.
A pequena intervenção nessa realidade foi significativa para ambas as partes e recompensadora para os acadêmicos. Esses resultados
servem para aprofundar a reflexão sobre as dimensões da participação e as possibilidades de ampliação da cidadania.
CONCLUSÃO
As Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Medicina, de 2011, sugerem “a inclusão curricular de dimensões éticas e
humanas que desenvolvam no aluno atitudes e valores orientados para a cidadania.”² Em face disso, o Projeto agregou valores constru
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tivos para a formação dos participantes por meio da interseção da educação e da solidariedade, proporcionando o conhecimento técnico
e induzindo à reflexão e à crítica, em prol de uma Medicina mais ética e humana.
REFERÊNCIAS
TORRES, Albina Rodrigues et al . Ligas Acadêmicas e formação médica: contribuições e desafios. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 12, n.
27, p. 713-720, Dec. 2008 .
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO/Câmara Educação Superior. Resolução n° 4 institui diretrizes curriculares nacionais do curso de
graduação em Medicina. Diário Oficial da União 2011; 7 nov.
Descritores: Formação Médica. Participação Social, Ligas Acadêmicas.
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30 LUGAR
VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA NO CONTEXTO FAMILIAR:
PERCEPÇÃO DO CUIDADOR
Maria Auxiliadora Resende Sampaio ¹
José Gerardo da Silva ²
Antônia Eliana Araújo Aragão ³
Lívia Guimarães Albuquerque 4
[email protected]
¹ Enfermeira, Secretaria de Saúde de Monsenhor Tabosa - Ceará
² Enfermeiro, Serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Sobral - Ceará
³Enfermeira, Docente das Faculdades INTA
4
Enfermeira
INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define maus-tratos, na terceira idade, como sofrimento ou angústia que ocorre dentro de um
relacionamento de confiança. Esse cenário é, atualmente, uma preocupação relacionada com a saúde pública e a violação dos direitos
humanos e, por não ter um fator uni causal, trata-se de um fenômeno biopsicossocial.
OBJETIVOS
Averiguar a percepção do cuidador de idosos sobre a violência no contexto familiar, caracterizando seu perfil sociodemográfico; elaborar
estratégias de minimização dos riscos de violência ao idoso.
METODOLOGIA
Trata-se de estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa realizado nos meses de agosto e setembro de 2013 com dez
cuidadores de idosos atendidos por um Centro de Saúde da Família localizado no município de Sobral – Ceará. Foi realizada aplicação
de formulário semiestruturado contendo dados sociodemográficos e questões subjetivas para alcance dos objetivos. Após o reconhecimento dos idosos cadastrados na Unidade Básica de Saúde (UBS), foi realizada abordagem individual dos seus cuidadores, os quais
foram esclarecidos e convidados a participar da pesquisa através do preenchimento do formulário. Os dados foram analisados à luz
da proposta de Minayo (2011), desta forma foram categorizados, interpretados e articulados com a teoria que fundamentou o estudo.
Ressalta-se que a pesquisa foi realizada após consentimento do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú
sob o parecer Nº 406.282.
RESULTADOS
Os dados foram organizados em três categorias de análise, elaboradas a partir do conteúdo das entrevistas por convergência de ideias.
Desta forma, foi possível classificar e categorizar os dados obtidos nos seguintes tópicos: Perfil Sociodemográfico do Cuidador; Caracterização da Profissão; Percepção do cuidador acerca da temática; Estratégias traçadas a partir da opinião dos sujeitos. Em se tratando do
perfil sociodemografico e Caracterização da profissão, pode-se afirmar que os cuidadores de idosos, que são em sua maioria mulheres
entre 22 e 49 anos, residentes de Sobral-Ce estão cursando Ensino Médio ou Ensino Superior e possuem renda que varia entre R$
400,00 a três salários mínimos, possuem pouco tempo de experiência no ramo e não portam qualquer tipo de capacitação e/ou especialização voltada ao cuidado da pessoa idosa. Averiguando a ótica do cuidador é possível compreender que o mesmo defende de forma
enfática a ideia de que atos violentos cometidos à pessoa na terceira idade são atitudes desrespeitosas que contribuem para a regressão
da sociedade, pois atingem a esta parcela de pessoas vulneráveis. De acordo com os cuidadores, algumas estratégias podem ser adotadas para a minimização da exposição do idoso às situações de violência: Cadastro das residências com idosos pela Estratégia Saúde
da Família; Criação de Conselho Municipal que apure/investigue possíveis denúncias de violência e Capacitação do Cuidador Informal.
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CONCLUSÃO
Novas pesquisas evidenciam que muito se debate acerca do processo de envelhecimento e sua relação com a violência no contexto domiciliar, porém pouco se discute esta temática sob a ótica daquele que se dedica quase que integralmente a cuidar do idoso. A presente
pesquisa além de refletir de forma prática sobre a temática, oferta estratégias de enfrentamento ao problema baseadas em evidências.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Plano de ação para o enfrentamento da violência contra a pessoa idosa. Brasília:
Secretaria Especial dos Direitos Humanos; 2007: Disponível em:.Acesso em :27 ago. 2013.
DAY, V. P. et al. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. R. Psiquiatr. Rio Grande do Sul, v 25, sup. 1, pp. 9-21, abril, 2012.
FORMIGA, S. N. Valoração da família e condutas desviantes: testagem de um modelo teórico. Rev Psico. PUCRS. Porto Alegre, 2011.
MINAYO M.C. Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. Editora Vozes. 30°edição. São Paulo. 2011.
Descritores : Maus-tratos ao Idoso; Violência Doméstica; Cuidadores Familiares.
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I Congresso da Região Norte de Sáude Baseada em Evidências - Anais 2015
PESQUISAS DESENVOLVIDAS NO MUNÍCIPIO
DE SOBRAL
COMUNICAÇÃO ORAL:
CONTRIBUIÇÕES DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA
DO SISTEMA DE SAÚDE DE SOBRAL PARA O
FORTALECIMENTO DO SUS
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TRABALHO E SAÚDE MENTAL EM PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA:
A EXPERIÊNCIA DE SOBRAL, CEARÁ
Mariana Ramalho de Farias 1
José Jackson Coelho Sampaio 2
Jacques Antônio Cavalcante Maciel 3
[email protected]
Doutorado em Saúde Coletiva. Universidade Estadual do Ceará. 1,2
Mestrado Acadêmico em Saúde da Família – UFC, Campos Sobral. 3
INTRODUÇÃO
A presente investigação toma como objeto de estudo a análise da relação entre trabalho e sofrimento psíquico em profissionais da
Atenção Básica do município de Sobral, Ceará.
OBJETIVOS
Compreender a relação entre trabalho e saúde mental, buscando, de forma específica, descrever o perfil de trabalho dos profissionais e o
perfil de características psicológicas, produzindo mapa de relações entre o perfil de trabalho e o perfil psicológico identificados e estimar
a prevalência de transtornos mentais comuns nesses sujeitos
METODOLOGIA
A metodologia escolhida opta por uma pesquisa social em saúde, de natureza qualitativa, crítico-analítica, com triangulação metodológica. Os sujeitos do estudo foram constituídos pelos trabalhadores que atuam na atenção básica, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, cirurgiões dentistas, auxiliares de saúde bucal e agentes comunitários de saúde. Para o processo de investigação,
utilizou-se cinco ferramentas: um questionário sócio-demográfico-profissional; a versão em português do Job Content Questionaire;
a versão em português do Self Report Questionaire-20; a Entrevista de Aprofundamento Clínico e Representação do Trabalho e o diário de campo. Em um primeiro momento, aplicou-se os questionários com 433 profissionais para identificar os expostos ao risco de
adoecimento mental relacionado ao trabalho. A partir dessa identificação, procedeu-se à segunda etapa, com aplicação da entrevista
aberta, a Entrevista de Aprofundamento Clínico e Representação do Trabalho, com onze profissionais representativos da maior e da
menor propensão de desenvolver sofrimento psíquico. Os dados foram analisados a partir do modelo Demanda-Controle e da análise
de discurso de Orlandi.
RESULTADOS
Os resultados apontaram uma prevalência de TMC de 26,8%, com maior frequência entre os Agentes Comunitários de Saúde. Quanto
ao modelo Demanda-Controle, cerca de 5% dos trabalhadores apresentaram alto desgaste no trabalho. Verificou-se que quanto maior
a posição hierárquica na equipe, menores são os riscos de adoecimento relacionado ao trabalho. As categorias de nível médio, principalmente os Agentes Comunitários de Saúde, apresentaram maior risco de adoecimento relacionado ao trabalho. A partir da análise da
jornada, turnos de trabalho, intervalos e socialização, verificou-se que não há interferência desses fatores na saúde mental dos trabalhadores. A precariedade do vínculo e a ausência de Plano de Cargos, Carreira e Salários não se materializaram enquanto adversidade
na consciência desses sujeitos, portanto, apresentam-se como eventual fonte de desgaste, mas não de sofrimento psíquico. O trabalho
comparece como elemento constituinte da identidade e das experiências de vida, interferindo nas relações pessoais e afetivas. É vivenciado de forma paradoxal, pois é destacado como fonte de prazer; satisfação e realização pessoal; e reconhecimento social. Entretanto,
há outro lado, caracterizado pela falta de reconhecimento, de valorização profissional, de sobrecarga de trabalho e de impotência diante
das demandas dos usuários e dos problemas da comunidade, que não só geram insatisfação, como também podem produzir sofrimento
e adoecimento.
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A análise também demonstrou que quanto maior a posição hierárquica na ESF, menores são os riscos de adoecimento relacionado ao
trabalho. A categoria de ACS apresentaram maior risco de adoecimento relacionado ao trabalho. Deve-se considerar que a elevada
sobrecarga de trabalho, a grande responsabilidade, o baixo controle sobre o que e como o trabalho deve ser realizado e a baixa valorização social, podem, de certa maneira, influenciar o adoecimento mental desses profissionais. Embora apresentem maiores riscos de
adoecimento, possuem menor visibilidade, considerando a hierarquia e a valorização profissional na ESF, para discutir suas condições
de trabalho.
O suporte social foi, dentre as variáveis do modelo Demanda-Controle, o que apresentou maior relação com a ocorrência de TMC. Constatou-se que os TMC foram cinco vezes mais prevalentes dentre os sujeitos que percebiam um ambiente de trabalho com baixo apoio
social do que os que não tinham essa percepção.
CONCLUSÃO
A prevalência de TMC foi considerada intermediária em relação a outros estudos, com maior frequência entre os ACS, enfermeiros e
médicos. Há uma associação entre ser ACS e apresentar TMC. Os ACS apresentam-se como a categoria profissional da ESF que precisa
de maior atenção, por apresentarem maior razão de prevalência de TMC, além de baixo apoio social e baixo controle no trabalho. O baixo
poder de agir e a falta de consciência do processo de trabalho interferem para o aparecimento de sentimentos de frustação e de impotência, o que pode propiciar o surgimento de transtornos psíquicos.
REFERÊNCIAS
CODO, W. Por uma Psicologia do trabalho. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.
CODO, W.; SAMPAIO, J.J.C.; HITOMI, A.H. Indivíduo, trabalho e sofrimento. Petrópolis: Vozes, 1998.
SAMPAIO, J.J.C. Epidemiologia da imprecisão: processo saúde/doença mental como objeto da epidemiologia. Rio de Janeiro: Editora
FIOCRUZ, 1998. 133 p.
SAMPAIO, J.J.C.; BORSOI, I.C.F.; RUIZ, E.M. Saúde Mental e Trabalho em Petroleiros de Plataforma: penosidade, rebeldia e conformismo em petroleiros de produção (onshore/offshore) no Ceará. Fortaleza: FLACSO/EDUECE, 1998.
Descritores: Saúde Mental. Saúde do Trabalhador. Atenção Primária à Saúde.
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ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA PESSOA COM DOENÇA RENAL CRÔNICA ANTES DO
INÍCIO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA
Paulo Henrique Alexandre de Paula 1
Paulo Roberto Santos 2
Maria Socorro de Araújo Dias 3
Mestrado Acadêmico em Saúde da Família - Universidade Federal do Ceará – Campos Sobral. 1,2,3
INTRODUÇÃO
A assistência prévia ao início da terapia renal substitutiva (TRS) tem grande impacto na morbimortalidade dos pacientes com doença
renal crônica (DRC).
OBJETIVOS
Propomo-nos neste estudo a avaliar a assistência primária e terciária (com nefrologista) recebida por pessoas com DRC durante os cinco
anos anteriores ao início da TRS.
METODOLOGIA
A amostra foi formada pelos sujeitos com DRC que iniciaram TRS na modalidade de hemodiálise, entre julho de 2012 e junho de 2013, nas
duas unidades de diálise que são referência para TRS na região norte do Ceará. A coleta de dados ocorreu nas unidades de diálise e nas
unidades básicas do Programa de Saúde da Família (PSF) dos municípios de origem dos sujeitos.
RESULTADOS
A amostra foi formada por 35 participantes, sendo 19 (54,3%) mulheres e 16 (45,7%) homens, com idade média de 58,8 ± 17,7 anos. Do
total da amostra, 22 (62,8%) foram consultados no PSF antes do início da TRS. Desses 22, apenas seis (22,3%) tiveram a função renal
avaliada pela dosagem de creatinina e 4 (18,1%) se consultaram com nefrologista (assistência terciária). O intervalo entre primeira consulta e início da TRS foi de 2,5 dias (mediana) e 273,5 (mediana) no PSF e com nefrologista, respectivamente. O intervalo de 2,5 dias
claramente indicou início de urgência da TRS. Conclui-se que a DRC não é rastreada na maioria dos pacientes atendidos no PSF; poucos
pacientes com DRC são atendidos por nefrologista antes do início da TRS; a consulta com nefrologista parece postergar o início da TRS.
CONCLUSÃO
Os resultados indicam necessidade urgente de um programa que promova rastreamento rotineiro da DRC na assistência primária e
possibilite um sistema de interação do PSF com nefrologistas que atuam na assistência terciária à saúde.
Descritores: Insuficiência renal crônica; Programas de rastreamento; Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Diálise renal
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Atenção à saúde do adolescente na estratégia saúde da família:
desenvolvimento de um instrumento para subsidiar uma prática
José Jeová Mourão Netto 1
Maria Socorro de Araújo Dias 2
Maria de Fátima Antero Sousa Machado 3
Fabiane do Amaral Gubert 4
Mariza Silva de Oliveira 5
Maristela Inês Osawa Vasconcelos 6
[email protected]
1
Discente do Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Família (UVA/RENASF).
2,3,4,6
5
Docentes do Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Família (UVA/RENASF).
Docente do Departamento de Enfermagem (Faculdades INTA).
INTRODUÇÃO
O adolescer compreende uma etapa deveras importante no desenvolvimento humano, repleta de peculiaridades, dúvidas, preconceitos,
ansiedades, paixões, dentre outros, e quando inserimos esta situação, o adolescer, no cenário das dinâmicas de vida atuais, entendemos
que grande parte destes adolescentes encontra-se em uma situação de vulnerabilidade iminente e constante, necessitando de orientação, apoio e empatia dos serviços de saúde, das escolas, de pais e cuidadores.
OBJETIVOS
O estudo objetivou construir e validar um instrumento para subsidiar o cuidado ao adolescente na Estratégia Saúde da Família.
METODOLOGIA
Estudo metodológico, ocorrido entre agosto de 2012 e março de 2014, em Sobral/CE, envolvendo as áreas adstritas de dois Centros de
Saúde da Família .
Neste estudo, optou-se por utilizar oito etapas adaptadas do referencial de Pasquali (1999), sendo a primeira caracterizada pela delimitação do tema do instrumento, sendo escolhida a saúde do adolescente, na perspectiva da ESF.
A segunda e terceira etapas envolveram a consulta à literatura. A busca teve o intuito de identificar outros instrumentos na área temática e encontrar materiais que tratassem sobre a atenção integral à saúde do adolescente. Assim, o primeiro levantamento de itens foi
subsidiado por artigos científicos e por documentos do Ministério da Saúde (MS), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização das
Nações Unidas (ONU). Assim, o primeiro levantamento contou com 41 itens.
A quarta etapa compreendeu uma consulta ao público envolvido com a temática saúde do adolescente. Assim, para a coleta das informações junto aos adolescentes, pais, professores e profissionais, foi utilizada entrevista semi-estruturada. Essa escuta se configurou no
segundo levantamento, resultando em 52 itens.
Após as entrevistas, foi realizada a quinta etapa, a qual foi denominada de mesclagem, caracterizada pelo confronto dos itens do primeiro levantamento e do segundo levantamento. Assim, os itens foram categorizados compondo uma nova lista com 66 itens, a qual foi
encaminhada para avaliação dos juízes, se configurando na sexta etapa.
O projeto foi aprovado pelo CEP da UVA,sendo utilizados TCLE e Termo de Assentimento.
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Figura 1- Etapas realizadas para construção do instrumento. Sobral, CE, Brasil, 2014.
RESULTADOS
Compuseram o quadro de juízes: enfermeiros, médicos, assistentes sociais e uma pedagoga. O grupo foi composto por 10 membros,
sendo três doutores (doutorados em pediatria, nutrição e enfermagem), um mestre (saúde do adolescente) e seis especialistas (Atenção
Integral à Saúde do Adolescente), de forma que desenvolviam atividades relativas ao adolescente no âmbito do ensino, pesquisa, assistência ou gestão. Um dos membros apresentava experiência com a construção e validação de instrumentos.
Para a validação de conteúdo, os juízes avaliaram os itens quanto à abrangência, relevância do item para a saúde do adolescente e pertinência. Assim, não foi recomendada a exclusão de nenhum item, embora tenham sido sugeridos novos itens e solicitados ajustes quanto
à adequação de termos e tornar os itens mais claros e objetivos.
Na validação de aparência, as alterações recomendadas discorriam sobre: (1) itens que deveriam ser direcionados de uma para outra
faixa etária; (2) organização de uma forma que mostrasse uma inter-relação entre os itens e (3) reduzir o número de itens, a partir da
eliminação de redundâncias. A síntese das recomendações estão expressas na figura 2.
A escrita dos itens ganhou uma perspectiva mais direcionada e específica, distanciando-se do caráter amplo e subjetivo identificado
pelos juízes. Os itens também foram dispostos em uma nova ordem que considerou a proximidade dos temas.
Incluir conteúdo ou item
- pranchas de avaliação da maturação sexual
-verificar pediculose e escabiose
-estimular boa convivência comunitária
-orientar vacina contra HPV
-investigar Bullying
-investigar dores e desconfortos mais prevalentes nas meninas e nos meninos
-investigar uso de anabolizantes neste item
- investigar bulimia e anorexia
- Inserir o esquema de vacinação atualizada para o profissional checar
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Modificação de faixa etária
Item 15: transferir para faixa etária 17-19 anos.
Item 22: inserir também na faixa etária 14-16 anos
Item 48: transferir para faixa etária 10-13 anos.
Item 52: inserir também na faixa 10-13 anos
Substituição de palavras
- Prostituição por exploração sexual comercial.
- Uso da camisinha por uso de métodos contraceptivos
- função por atribuição
- problema por alteração
- aborto por abortamento provocado ou espontâneo
Ajustes quanto a concepções e con- - Direcionar sobre qual tipo de leitura deve ser orientada.
ceitos
- O item parece conduzir o adolescente para uma religião, quando estamos em um estado
laico.
- Não está clara a orientação de que serviço, que acompanhamento e quem está à disposição.
- Melhor detalhar o que vem a ser ‘fortalecer a autoestima’.
- O item 21 não está compreensível.
- É necessário definir o conceito de grupo que serve ao instrumento.
Aspectos gerais
- Diminuir o número de itens
- Muitos itens deverão ser melhor redigidos, pois estão superficiais, amplos e genéricos
- Os itens devem estar agrupados seguindo alguma orientação, pois estão desorganizados.
Figura 2 - Síntese das recomendações dos juízes após avaliação dos itens. Sobral, CE, 2014.
CONCLUSÃO
Os resultados alcançados neste estudo, através da validação aparente e de conteúdo do instrumento pelo grupo de juízes, mostraram
nível satisfatório de validação.
O chekclist foi construído levando-se em consideração material científico, a vivência dos autores e percepções de adolescente, pais,
professores e profissionais da ESF, imprimindo um caráter multifacetado ao construto.
A versão on-line deste estudo está disponível no acervo da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família (RENASF).
O instrumento pode ser utilizado em serviços que prestem cuidado ao adolescente, como Centros de Saúde da Família, serviços ambulatoriais ou mesmo durante visitas domiciliarias.
REFERÊNCIAS
PASQUALI, L. Instrumentos psicológicos: manual prático de elaboração. Brasília: LabPAM/IBAPP, 1999.
Descritores: Adolescente; Protocolo; Enfermagem; Estratégia Saúde da Família.
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ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DE
SOBRAL-CEARÁ: AVALIAÇÃO NA PERSPECTIVA DAS MÃES USUÁRIAS
Francisco Meykel Amancio Gomes 1
Ana Cecília Silveira Lins Sucupira 2
Mestrado Profissional em Saúde da Família - Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA 1,2
INTRODUÇÃO
Posterior à criação do Sistema Único de Saúde (SUS), foi concebida a Estratégia Saúde da Família (ESF) na busca da reorientação do
Sistema de Saúde com foco na prevenção de doenças e promoção da saúde, onde, nessa perspectiva, encontram-se as ações de saúde
da criança desenvolvidas na ESF. Nesse contexto, a avaliação dessas ações configura-se como importante ferramenta relacionada à
melhoria do processo de trabalho.
OBJETIVOS
A pesquisa teve por objetivo geral avaliar a Atenção à Saúde da Criança na ESF de Sobral-CE, na perspectiva das mães usuárias, a partir
do referencial do PCATool. Como objetivos específicos teve-se classificar as unidades de saúde avaliadas por escores de qualidade e
verificar possíveis variações da qualidade da atenção primária à saúde das crianças segundo a localização geográfica da unidade.
METODOLOGIA
Tratou-se de uma pesquisa descritiva, avaliativa, de abordagem quantitativa, realizada no período de fevereiro de 2013 a junho de 2014
no município de Sobral-CE. Os participantes foram mães de crianças menores de 02 anos acompanhadas por todos os Centros de Saúde
da Família (CSF) do município, moradoras nas áreas referidas há pelo menos 06 meses. A amostra foi de 293 mães distribuídas proporcionalmente nos CSF da sede e dos distritos, selecionadas por meio de sorteio simples. Foi aplicado o instrumento padronizado PCATool
para as mães tanto nos CSF como nos domicílios e nos CSF. Os escores de cada atributo foram obtidos a partir da média dos valores das
respostas. Para a tabulação dos dados utilizou-se o programa MICROSOFT EXCEL e o aplicativo para as análises estatísticas foi o SPSS
versão 19.0. O teste Mann-Whitney foi utilizado para análise dos cruzamentos entre as variáveis. A pesquisa respeitou os preceitos éticos,
tendo seu projeto aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UVA.
RESULTADOS
Verificou-se que a faixa etária predominante das mães entrevistadas foi de 21 a 25 anos com escolaridade predominante do ensino
médio completo. O atributo Acesso de Primeiro Contato no componente Utilização apresentou forte grau de orientação à APS pelas
mães entrevistadas. O componente Acessibilidade do atributo Acesso de Primeiro Contato também apresentou forte grau de orientação
à APS pelas mães entrevistadas. O Vínculo obteve a melhor avaliação de todos os atributos com média geral de atributos 8,2. O Grau
de Afiliação mostrou uma excelente vinculação das famílias aos profissionais de saúde. No que diz respeito ao atributo Coordenação no
componente Integração do Cuidado a média geral de escores mostrou um baixo grau de orientação à APS. Diferentemente aconteceu
com o componente Sistemas de Informação, também do atributo Coordenação, com média geral de escores 8,1. Para o componente
Serviços Disponíveis, também do atributo Coordenação, obteve-se um forte grau de orientação à APS pelas mães dos distritos, já para as
mães da sede não. Os dois atributos derivados, Orientação familiar e Orientação Comunitária, obtiveram baixo grau de orientação à APS
pelas mães entrevistadas, com médias de escores 5,3 e 6,3 respectivamente.
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CONCLUSÃO
Com essa pesquisa, considera-se que as avaliações mostraram um grau de satisfação das mães bastante considerável, principalmente
no que se refere ao vínculo e acompanhamento da criança. A atenção do ponto de vista individual da criança parece dar conta das
necessidades das mães que se expressaram positivamente em relação aos vários aspectos do atendimento realizado pelas equipes de
saúde da família.
Descritores: Insuficiência renal crônica; Programas de rastreamento; Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Diálise renal
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CARACTERIZAÇÃO DOS ACIDENTES COM MOTOCICLETAS ATENDIDAS PELO
SAMU, EM SOBRAL-CE, DE 2006 A 2012
Vicente de Paulo Texeira Pinto 1
Ana Karina Barbosa Vasconcelos 2
[email protected]
Mestrado Acadêmico em Saúde da Família - Universidade Federal do Ceará – Campos Sobral. 1,2
INTRODUÇÃO
A violência é um fenômeno social complexo, que compromete o direito fundamental à vida, à saúde, ao respeito, à liberdade e à dignidade humana (UNICEF,1998). Neste contexto, encontramos as causas externas, em especial os acidentes de trânsito, entre os eventos que
adquiriram grande importância na atualidade, comprometendo a saúde da população. Segundo a Organização Panamericana de Saúde
(OPAS), nas Américas do Norte e Sul, os acidentes de trânsito, são os principais responsáveis por lesões não intencionais decorrentes de
causas externas, apresentando uma alta mortalidade estimada em 20,8/100.000 hab (OPAS, 2007).
OBJETIVOS
Caracterizar a distribuição temporal dos acidentes envolvendo motociclistas no município de Sobral, no período de 2006 a 2012, a partir
da implantação do SAMU.
Objetivos Específicos:
•
Abordar as características epidemiológicas das vítimas de acidentes com motocicletas, atendidos pelo SAMU de Sobral, no período
de 2006 a 2012;
•
Descrever a dinâmica/cinética do trauma envolvendo pacientes atendidos pelo SAMU de Sobral e que utilizavam motocicletas
como meio de transporte;
•
Identificar e descrever os dados referentes a mortalidade pré-hospitalar em Sobral, relacionada ao uso de motocicletas como meio
de transporte;
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e documental, do tipo exploratório e descritivo. Nesse tipo de abordagem, os pesquisadores buscam identificar os elementos constituintes do objeto estudado, estabelecendo a estrutura e a evolução das relações entre
os elementos. Seus dados são métricos (medidas, comparação/padrão/metro) e as abordagens são: experimental, hipotético-dedutiva
e verificatória. Eles têm como base as metateorias formalizantes e descritivas. Tem como vantagens a automaticidade e precisão, sendo limitados pela determinação prévia de resultados (LEOPARDI, 2002). A pesquisa foi realizada no Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), da cidade de Sobral. A população do estudo foi composta por 6.484 ocorrências com vítimas de acidentes envolvendo motociclistas, atendidas entre os anos de 2006 a 2012. A coleta de dados aconteceu no SAMU, mediante a consulta realizada pela
pesquisadora às folhas de Ocorrência, que são preenchidas pelos profissionais do SAMU, arquivadas no Sistema SRSAMU e enviadas ao
Ministério da Saúde, bem como as ocorrências da Motolância, que só foram incluídas a partir de 2010, ano em que foi incorporada ao
SAMU Sobral. Estas ocorrências são arquivadas mensalmente e organizadas por dia, mês e ano. Os dados foram analisados utilizando-se
o Programa SPSS, Statistics 19, e apresentados em gráficos e tabelas. A pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução nº 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS
Em Sobral, as características epidemiológicas dos acidentes envolvendo motocicletas parecem seguir um padrão comum às demais,
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cidades brasileiras no que diz respeito ao aumento significativo do número de ocorrências. Entretanto, os números de Sobral apresen
tam particularidades relacionadas ao número de vítimas por acidente, assim como em relação ao horário em que ocorrem e, sobre tudo
pela elevada proporção de óbitos em relação ao número total de acidentes.
Cerca de 78,5% das ocorrências com motocicletas atendidas pelo SAMU, nos anos de 2006 a 2012, envolveram pessoas com idade entre
16 e 59 anos. Este resultado está de acordo com as estatísticas apresentadas por VIEIRA (2003). Na faixa etária de 16 a 29 anos ocorreu
aumento 3 vezes (passando de 225 em 2006 para 676 em 2012). A principal vítima envolvida no acidente, quanto ao gênero, foi o homem. Em Sobral, 4.644 (71,66%) das vítimas foram do gênero masculino e 1.838 (29,44%) do gênero feminino.
Acidentes envolvendo o gênero masculino tiveram um aumento de 3 vezes (passando de 324 em 2006 para 993 em 2012), no entanto,
entre as mulheres ocorreu aumento maior, de cerca de 3,6 vezes (passando de 122 em 2006 para 426 em 2012). Quanto ao uso do capacete, 4951 (76,36%) pessoas estavam usando este equipamento no momento do acidente e 597 (9,20%) não estavam usando capacete,
com cerca de 935 (14,42%) que não tinham capacetes, visto ser esses os acidentes envolvendo bicicletas ou pedestres.
Em relação ao crescimento significante na aquisição de motocicletas, de 13.454 em 2006 para 34.242 em 2012, significando um aumento
de 254%, com pico entre 2009 a 2012 (crescimento anual de 16,70% do ano de 2008 para 2009; de 19,93% do ano de 2009 para 2010; de
16,13% para 2011; e de 7,43% do ano de 2011 para 2012). Quantitativo maior que o encontrado para o Ceará e para o Brasil, demonstrando
uma situação diferenciada para a cidade de Sobral, que ganhou elevado estímulo econômico, repercutindo na aquisição de motocicletas
como meio de transporte, aumentando as estatísticas da epidemiologia da saúde pública.
O efeito mais visível e estatisticamente notório desse crescimento foram os acidentes de trânsito, envolvendo motocicletas que aumentaram 320,40% neste mesmo período, com aumento de cerca de 3,2 vezes durante os anos de 2006-2012. O gráfico 8 revela um
aumento de 320,40% entre os anos de 2006 a 2012 no número de acidentes com motocicletas. Com aumento anual de 26,64% de 2009
para 2010; 19,38% do ano de 2010 para 2012, já enfatizado anteriormente.
CONCLUSÃO
Com crescimento da frota de 13.454 em 2006 para 34.242 em 2012, aconteceu um aumento de 254%, o efeito foi o crescimento do
número de acidentes em 320,40%. As principais causas dos acidentes com motocicletas foram: 2.808 (43,31%) de quedas de moto,
1.158 (17,73%) colisões moto com carro e 1.064 (16,41%) colisões moto com moto. As colisões moto com bicicleta mantiveram um padrão
estável, com um decréscimo de 25,75% em 2012, compatível com a substituição gradativa da bicicleta pela motocicleta. Os dados apresentados são de relevância fundamental para ações de prevenção e promoção da saúde dos sobralenses.
REFERÊNCIAS
ALBINO, R. M.; RIGGENBACH, V. Medicina de urgência – passado, presente, futuro. Arquivos Catarinenses de Medicina, Florianópolis, v.
33, n. 3, p. 15-17, 2004.
ANDRADE SM, Mello Jorge MHP. Características das vítimas por acidentes de transporte terrestre em município da Região Sul do
Brasil. Rev Saúde Publica. 2000;34:149-56
BRASIL. Avaliação para Melhoria da Qualidade da Estratégia Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2005a
BRASIL. Portaria nº 2329/GM de 9 de junho de 1998: Programa de Implantação dos Sistemas Estaduais de Referencia Hospitalar
para Atendimento de Urgências e Emergências. Brasília: Ministério da Saúde, 1998;
DATASUS. Mortalidade proporcional por causas, Ceará, 2010. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br>. Acesso em: 18 fevereiro
de 2013. 52
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EFETIVIDADE DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: uma análise a partir
do quadrilátero da formação para a área da saúde
Márcia Maria Santos da Silva 1
Maria Socorro de Araújo Dias 2
Maria José Galdino Saraiva 3
Maristela Inês Osawa Vasconcelos 4
Maria Rocineide Ferreira da Silva 5
[email protected]
1- Mestre em Ensino na Saúde (UECE). Especialista com caráter de residência multiprofissional em Saúde da Família - (UVA)/ EFSFVS/Secretaria Municipal de Saúde de Sobral/CE. Coordenadora
da RMSF (EFSFVS).
2- Doutora em Enfermagem (UFC), Mestre em Enfermagem (UFC). Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Diretora da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia.
3- Mestre em Ensino na Saúde. Especialista em Gestão Pedagógica para Escolas Técnicas do SUS, Coordenadora Pedagógica do Núcleo de Educação Profissional da Escola de Formação em Saúde
da Família Visconde de Sabóia (EFSFVS).
4- Doutora em Enfermagem (UFC), Mestre em Enfermagem (UFC), Docente e Pró Reitora de Extensão e Cultura da Universidade Estadual Vale do Acaraú.
5- Doutora em Saúde Coletiva (UFC), Mestre em Saúde Pública (UECE), Docente da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
INTRODUÇÃO
A Residência Multiprofissional em Saúde da Família (RMSF) é um processo formativo que se caracteriza pela imersão de profissionais
na Estratégia Saúde da Família (ESF), com o intuito de qualificá-los para o SUS. Guarda coerência com os pressupostos da Educação
Permanente, favorecendo a articulação entre Ensino, Gestão, Atenção e Controle Social, preconizada no quadrilátero da formação para
a área da saúde. Em Sobral/Ceará, a RMSF é desenvolvida há 13 anos, contudo verificamos uma lacuna de estudos que expressem as
contribuições trazidas pela RMSF nas práticas de atenção à saúde no município.
OBJETIVOS
Analisar evidências de efetividade da RMSF no Sistema de Saúde de Sobral sob o prisma da reorientação das práticas em saúde, na
perspectiva de usuários, de profissionais da ESF, de gestores da saúde e da EFSFVS, de docentes e egressos da Residência.
METODOLOGIA
Para o alcance do objetivo, após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa, procedemos ao estudo, do tipo exploratório-descritivo, com
abordagem qualitativa, no período de Maio/2012 a Abril/2014. Definimos como sujeitos da pesquisa, seguindo o quadrilátero: docentes e
discentes da RMSF (Ensino); gestores da EFSFVS e da Atenção Básica (Gestão); profissionais que atuam na ESF (Atenção) e moradores
dos bairros onde a RMSF atua (Controle Social). Foram consultados documentos pedagógicos e normativos oficiais do Programa, bem
como o Sistema de Informação da Residência. O referencial metodológico adotado foi a Triangulação de Métodos proposta por Minayo
(2006). As informações colhidas foram analisadas a guisa da Análise do Discurso (ORLANDI, 2009), a partir das seguintes categorias
(denominadas Conjuntos de Sentidos): As contribuições da RMSF; A reorientação do modelo de atenção à saúde; A relação entre os
investimentos e os resultados; As evidências de efetividade da RMSF. A análise destas categorias foi alicerçada em referencial teórico,
sobretudo de Ceccim (2004), Feuerwercker (1999), Freire (2011), Furtado (2007) e Merhy (2005).
RESULTADOS
Sobre as contribuições da RMSF, verificamos nos discursos dos sujeitos a predominância de cinco contribuições que o programa de RMSF
agrega ao sistema municipal de saúde: a Produção de Tecnologias; um Novo Olhar para a ESF, permeado de criticidade, estranhamento,
pluralidade, inovação; a Multiprofissionalidade, expressa, sobretudo em ações coletivas e grupos; a Potencialização da Educação Permanente; e a Politicidade que emana nas expressões dos residentes nos espaços coletivos. O segundo conjunto de sentidos da pesquisa
refere-se ao modelo de atenção à saúde, no qual buscamos apreender como a RMSF contribui na reorientação deste modelo, que traz
ranços curativistas, com práticas centradas em doenças. Os aspectos predominantes nos discursos foram: Promoção da Saúde, com
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ênfase na atuação com grupos e na percepção dos Determinantes Sociais da Saúde; a Atuação Interdisciplinar e a perspectiva da integralidade do cuidado; a Clínica Ampliada e a Participação Social. O terceiro Conjunto de Sentidos expressa o olhar de um dos componentes
do quadrilátero da formação para a saúde (Gestão) quanto à relação entre o investimento feito pela gestão municipal e os resultados
gerados a partir da inserção da RMSF em Sobral, sendo mencionada a necessidade de considerar um Olhar Analítico, com a discussão
de algumas possibilidades de analisar os retornos da RMSF; e um Sentido do Amplo Retorno, onde foram evidenciados alguns retornos
da RMSF apontados pela Gestão. O quarto Conjunto de Sentidos apresenta as evidências de efetividade apontadas pelos sujeitos da
pesquisa. Para fins desse estudo consideramos efetividade como a capacidade de se promover resultados pretendidos, a qual pode
ser apresentada pelos benefícios, efeitos ou impactos diretos ou indiretos promovidos. Portanto, foram destacados os elementos que,
na ótica do quadrilátero da formação para a área da saúde, representam a efetividade da RMSF no município de Sobral, vislumbrando
aspectos intrínsecos à realidade vivenciada pela Residência: produção de tecnologias; ações de grupalidade; reorganização de práticas e
fortalecimento à participação social.
CONCLUSÃO
A ênfase manifestada pelos componentes do quadrilátero da formação para a saúde quanto à contribuição da RMSF deixou claro que
os residentes estão conseguindo levar práticas que agreguem novas reflexões sobre as formas de atenção à saúde na ESF em Sobral.
Compreendemos que o estudo configura-se, pois, como dispositivo pedagógico para reflexões inerentes ao Programa, pode contribuir
enquanto elemento de gestão do Programa e do Sistema Municipal de Saúde, e constituir-se como unidade disparadora de novos estudos sobre processos formativos no âmbito do SUS.
REFERÊNCIAS
CECCIM, Ricardo B.; FEUERWERKER, Laura C. M. O quadrilátero da formação para a saúde: ensino, gestão, atenção e controle social.
Revista Physis. Rio de Janeiro, v.14 n.1, p.41-65. jan./jun. 2004.
MERHY, Emerson Elias; FEUERWERKER, Laura Camargo Macruz. Novo olhar sobre as tecnologias de saúde: uma necessidade contemporânea. In: MANDARINO, Ana Cristina de Souza; GOMBERG, Estélio. (Orgs.). Leituras de novas tecnologias e saúde. São Cristóvão: Editora
UFS, 2009. p.29-74.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2006.
ORLANDI, Eni Pucinelli. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. São Paulo: Pontes, 2012.
Descritores: Formação Profissional, Estratégia Saúde da Família, Tecnologias, Promoção da Saúde.
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O CONSUMO DE BENZODIAZEPÍNICOS E ANTIDEPRESSIVOS POR MULHERES
NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Bruna Vieira Gomes 1
Eliany Nazaré Oliveira 2
Geison Vasconcelos Lira 3
[email protected]
Mestrado Acadêmico em Saúde da Família - Universidade Federal do Ceara 1,2,3
INTRODUÇÃO
Muitas vezes diante do sofrimento e das frustrações oferecidas pela vida, a saída mais plausível parece ser recorrer ao uso de algum tipo
de psicotrópico, isto nos levou a questionar qual o contexto de vida das usuárias de benzodiazepínicos e antidepressivos.
OBJETIVOS
Propomo-nos neste estudo a analisar as características do consumo de benzodiazepínicos e/ou antidepressivos por mulheres na Estratégia Saúde da Família do município de Sobral-Ceará.
METODOLOGIA
Participaram da pesquisa 75 mulheres. Utilizamos como abordagem a técnica de métodos mistos, tivemos como cenário de pesquisa 05
UBS no município de Sobral e como público alvo mulheres usuárias de benzodiazepínicos e/ou antidepressivos por período superior a
12 meses ininterruptos e que aceitaram participar da pesquisa assinando o TCLE. As informações foram coletadas através de formulário
e roteiro de entrevista semiestruturada, nos meses de janeiro a março de 2014. Os dados quantitativos foram analisados utilizando a
estatística descritiva e os dados qualitativos através da codificação axial.
RESULTADOS
Os resultados demonstram o seguinte perfil: mulher branca (57,3%), casada (52%), tempo de união acima de 30 anos (36,0%), com 4
filhos ou mais (36%), alfabetizada (76%) e com renda familiar de um salário mínimo ou menos (74,6%). Quanto ao tempo de uso, 66%
das mulheres entrevistadas fazem uso de benzodiazepínicos e/ou antidepressivos há mais de 5 anos, sendo o maior tempo 36 anos, o
principal prescritor é o médico da UBS. Os fatores desencadeadores do consumo de benzodiazepínicos e psicotrópicos foram divididos
em três categorias: perdas e mortes; problemas de relacionamento; problemas de saúde. Nossos achados sinalizaram que o início do
consumo está intimamente relacionado com problemas conjugais e familiares e que o acompanhamento dessas mulheres precisa de
um olhar holístico para que o medicamento não seja um suporte, muitas vezes inadequado para um problema de ordem não fisiológica.
CONCLUSÃO
Nosso estudo contribuirá para uma reflexão das próprias usuárias sobre o seu relacionamento com a medicação e para a equipe de saúde
repensar o cuidado a essa mulher, buscando estratégias não farmacológicas para prestar a assistência à qual essa mulher necessita.
Descritores: Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária; Benzodiazepínicos; Antidepressivos; Mulheres. ORAL
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Saúde Bucal de Indivíduos Hansênicos Acompanhados no Serviço
Especializado do Município de Sobral, Ceará
Bianca Dutra Aguiar 1
Adriano de Aguiar Filgueira 2
Maria Socorro Carneiro Linhares 3
Mariana Ramalho Farias 4
Ana Karine Macedo Teixeira 4
[email protected]
1. Acadêmica do curso de Odontologia da Universidade Federal do Ceará – Campus Sobral. 2. Mestrando em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 3. Docente da
Universidade Estadual Vale do Acaraú. 4. Docente da Universidade Fedral do Ceará – Campus Sobral.
INTRODUÇÃO
A hanseníase está entre as doenças consideradas negligenciadas e em eliminação que devem ser priorizadas pelos serviços de saúde.
A Odontologia tem sido apontada como uma especialidade importante na condução de uma melhor qualidade de vida aos pacientes
acometidos pelo bacilo de Hansen.
OBJETIVOS
Este estudo objetiva avaliar a condição de saúde bucal dos indivíduos atendidos pelo Ambulatório de Hanseníase de Sobral, Ceará, e
verificar se há associação entre reação hansênica e a condição de saúde bucal.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal realizado no Ambulatório de Hanseníase no município de Sobral, Ceará, contemplando levantamento
epidemiológico em saúde bucal e entrevista com 56 pacientes em tratamento no serviço especializado para consequência da doença
e foram divididos em dois grupos: os que apresentam reações hansênicas e os que não apresentavam. As variáveis pesquisadas foram:
condições de saúde bucal, dados socioeconômicos, utilização dos serviços epidemiológicos e percepção entre a doença e saúde bucal.
Utilizou-se teste do qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher.
RESULTADOS
A maioria dos pacientes era do sexo masculino, de baixa escolaridade e multibacilar. Encontrou-se relação estatisticamente significante
entre presença de reação hansênica com as seguintes variáveis: presença de cárie dentária (p=0,01), necessidade de exodontia e/ou
endodontia (p=0,005), sangramento gengival (p=0,003), cálculo dentário (p=0,002) e bolsa periodontal (p=0,000).
CONCLUSÃO
Os pacientes em tratamento no serviço especializado em hanseníase de Sobral apresentaram precárias condições de saúde bucal, sendo
piores naqueles que apresentaram reações hansênicas.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, J.R.S. Atenção à saúde bucal dos portadores de hanseníase no município de Fortaleza-CE, Brasil [dissertação]. Fortaleza
(CE): Universidade Federal do Ceará, 2010.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Weekly Epidemiological Record. 2014 set; 36(89): 389-400.
TEIXEIRA, M.A.G.; SILVEIRA, V.M.; FRANÇA, E.R. Características epidemiológicas e clínicas em indivíduos paucibacilares e multibacilares, atendidos em dois centros de referência para hanseníase, na cidade de Recife, Estado de Pernambuco. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2010 mai-jun; 43 (3): 287-292.
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ORAL
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
SOUZA, V.A.; OLIVEIRA, A.E.; COUTINHO, E.M.; FREITAS, M.G.; SILVA, E.H.; MERÇON, F.G. et al. Dental and oral condition in leprosy patients from Serra, Brazil. Leprosy Review, 2009 80:156-163
Descritores: Hanseníase, Saúde Bucal, Odontologia em Saúde Pública, Epidemiologia.
ORAL
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APRESENTAÇÕES BANNER:
PRODUÇÃO DE SABERES E PRÁTICAS NO
ÂMBITO DA REGIÃO NORTE DO CEARÁ E SUAS
CONTRIBUIÇÕES PARA O SUS
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eixo :
PARTICIPAÇÃO SOCIAL
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INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR E AçÕES DE EXTENSÃO E
RESPONSABILIDADE SOCIAl: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Glaucirene Siebra Moura Ferreira 1
Regina Maria Alve Aguiar 2
Francisco Ivanildo Sales Ferreira 3
Lourdes Claudenia Aguiar Vasconcelos 4
Michelle Alves Vasconcelos Ponte 5
[email protected]
Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA 1.2,3.4,5
INTRODUÇÃO
O Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA, é uma Instituição de Ensino Superior, que contribui com a sociedade promovendo interação entre a Instituição e a comunidade onde está inserida de forma ampla. Nos cursos existe diversos Projetos de Extensão que atuam
isoladamente, foi proposto um projeto que agregasse Extensão e Responsabilidade Social em uma ação de atendimento a comunidade.
OBJETIVOS
Descrever as ações de Extensão e Responsabilidade Social ofertada à comunidade em uma ação global por uma Instituição de Ensino
Superior particular.
METODOLOGIA
Pesquisa descritiva, tipo relato de experiência com abordagem qualitativa. Trata-se de um estudo descritivo o qual visa descrever as
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 2010). É do tipo relato de
experiência com abordagem qualitativa, que segundo Minayo (2010), a pesquisa qualitativa consiste em um estudo para compreender
as relações de crenças, percepções, opiniões e interpretações dos homens referentes á sua forma de se posicionar e pensar. No dia 12 de
Setembro de 2015 foi realizado o lançamento do Projeto “INTA na comunidade” no Parque Santo Antônio, bairro circunvizinho da sede
da Instituição. Em parceria com a Associação dos moradores do bairro e meios de comunicação local, sendo deste modo feito o convite
à comunidade para participação no evento. Foi realizada previamente uma seleção dos Projetos de Extensão na Instituição e escolhido
dez para disponibilizarem serviços à comunidade no dia da ação global.
RESULTADOS
Foram oferecidos os seguintes serviços no dia da ação global: Nutrição – Avaliação Nutricional; Fisioterapia – atendimento dermato-funcional; Farmácia e Biomedicina: Classificação Sanguínea; Projeto Laços de Família – atendimento de Assistência Social, Direito e
Psicologia; Enfermagem – Projeto “Cuidadores do Coração” com verificação de Pressão Arterial e Glicemia e prevenção de doenças
cardiovasculares, Projeto “Promoção da Saúde Sexual e Reprodutiva” com coleta de Prevenção do Câncer Ginecológico no consultório
da UnidadeMóvel, orientação sobre Infecções sexualmente Transmissíveis e uso de contraceptivos; Medicina – Consulta Médica com
Clinico Geral ;Odontologia – Orientação sobre escovação, Prevenção de câncer bucal e colocação de flúor ; Promoção da Inclusão digital
orientando quanto a realização de Cursos gratuitos on-line com certificação disponibilizados pela Instituição. Tivemos uma quantidade
grande de visitantes no local e totalizamos 380 atendimentos diretos.
CONCLUSÃO
Com duas ações globais do Projeto “INTA na Comunidade” considera-se que este projeto pioneiro em nossa cidade é de extrema importância, pois trabalha de uma forma direta a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. Bem como, a quantidade de pessoas que
procuraram os serviços ofertados, podemos confirmar o beneficio que o programa traz a comunidade de uma forma geral.
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REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5º ed.São Paulo: Atlas, 2010.
MINAYO, M. C.S. O desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 12ª Ed. São Paulo: Hucitec-Abrasco, 2010.
Descritores: Extensão; Responsabilidade Social; Relações Comunidade- instituição.
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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA: SINAIS DE EMPODERAMENTO
Antonia Eliana de Araújo Aragão 1
Lorita Marlena Freitag Pagliuca 2
Eliany Nazaré Oliveira 3
Lívia Mara de Araújo 1
[email protected]
1
Faculdades INTA/Enfermagem
2
Universidade Federal do Ceará(UFC)/Enfermagem
3
Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA)/Enfermagem
INTRODUÇÃO
Pessoa com deficiência é aquele que se encontra fragilizado diante das condições e situações da vida diária. A grande dificuldade é a
discriminação, muitas vezes iniciada dentro de casa, por meio de atitudes grosseiras ou por falta de conhecimento dos direitos e deveres
(GASPAROTO; ALPINO, 2012)
OBJETIVOS
Descrever sinais de empoderamento de pessoas com deficiência física.
METODOLOGIA
Estudo descritivo realizado em agosto de 2009 em uma associação de pessoas com deficiência física, com nove associados, por meio de
um grupo focal realizado semanalmente. As conversas foram gravadas e transcritas. Analisado por meio de categorias após aprovação
do CEP da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
RESULTADOS
Participação em eventos: Comissão de Formação Pró-Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência do Município de
Sobral-Ceará, Encontro Estadual das pessoas com deficiência Semana Sobralense da Pessoa com Deficiência: iguais nas diferenças. Manifesto público realizado no encerramento da Semana Sobralense da Pessoa com Deficiência e criação do Projeto de Acessibilidade das
Faculdades INTA de Sobral-Ceará. Conquistas sociais e políticas: Inserção no Conselho Municipal dos direitos da pessoa com deficiência
ocupando os cargos de presidente e vice-presidente, organização e realização do encontro de “acessibilidade como exercício da cidadania”. Referido encontro contou com a presença de diversos segmentos políticos e sociais. Entrega da Carta de Reinvindicações aos presentes com cópia para o Secretário de Saúde e Ação Social. Avaliação das pessoas do grupo focal: Cooperação, motivação, organização,
conscientização (GF3, Rosa Dália; Glicínia). Lazer (GF3, Cacto). Incentivo (GF 3, Gérbera).Empatia (GF3, Crisântemo Branco).Comunicação
geral de todos (GF 3, Camélia Vermelho).Aprendizagem (GF4, Alfazema).Resgate da APNE (GF4, Cacto; Gerbéra; Crisântemo Vermelho;
GF 3, Anêmona).Amizade, companheirismo, empoderamento (GF6, Rosa Dália; Girassol).
CONCLUSÃO
Considera-se que os participantes do estudo se empoderaram e se apropriaram do momento e foram exercitar – se na cidadania e
participação social,
REFERÊNCIAS
GASPAROTO, M. C.; ALPINO, Â. M. S. Avaliação da acessibilidade domiciliar de crianças com deficiência física. Rev. bras. educ. espec., Marília, v. 18, n. 2, June 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382012000200011&lng
=en&nrm=iso>. Acesso em: 03 Out 2013.
Descritor: Pessoas com deficiência.
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PROGRAMA DE COLETA SELETIVA DO MUNICÍPIO DE CRATEÚS E SUAS
CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE PÚBLICA
Amanda Luiza Marinho Feitosa ¹
Francisco Alves Mesquita ¹
Rayara Rodrigues Araújo ¹
Antonio Dean Barbosa Marques ²
Marcia Cristina Saboia Andrade ³
[email protected]
1.Discentes do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Princesa do Oeste.
2.Mestrando do Programa de Pós-graduação em Saúde coletiva da Universidade de Fortaleza. Professor EMI do Instituto CENTEC e Professor da Faculdade Princesa do Oeste.
3.Mestre em gestão ambiental. Especialista e graduada em Biologia pela Universidade Vale do Acaraú- UVA. Secretária de Meio Ambiente do município de Crateús.
INTRODUÇÃO
É nítida a relação entre saúde pública e meio ambiente, visto que doenças como diarréia, cólera, hepatite A, dengue, verminoses entre
outras tem seus vetores a partir do acúmulo de lixo em lugares inadequados.
O município de Crateús é referência em coleta seletiva de resíduos sólidos recicláveis, contando com uma Associação de catadores de
material recicláveis de Crateús – RECICRATIÚ.
OBJETIVOS
•
Analisar o programa de coleta seletiva de Crateús e suas contribuições para a saúde pública.
•
Perceber o quanto a participação da população é importante na melhoria da qualidade de vida.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo e quantitativo, de caráter exploratório, onde os acadêmicos realizaram uma visita ao
lixão de Crateús, em conjunto com a secretária de meio ambiente do município em questão e esta também se expandiu a Associação de
Catadores de lixo intitulada RECICRATIÚ no momento houve a oportunidade de conversar com os trabalhadores sobre as dimensões daquele projeto. Os pesquisadores em parceria com secretaria municipal de meio ambiente de Crateús fizeram uma visita na comunidade
que seria realizada a pesquisa, onde houve uma palestra sobre saneamento básico e coleta seletiva. Foram aplicados 80 questionários
com 07 perguntas objetivas, fechadas e 01 questão opcional para acréscimos e sugestões. Sendo que parte do público é de origem de
localidades vizinhas ainda não atendidas pela Coleta Seletiva, desta forma será feito um comparativo entre comunidade atendida e
comunidade não atendida.
RESULTADOS
Elaboraram-se gráficos a partir do questionário e pode-se perceber o quão a população ainda é leiga sobre este assunto, 74% afirma ser
atendido pela coleta seletiva, 86% dizem separar seu lixo, 70% destina seu lixo á coleta, 83% dos entrevistados atribuíram a proliferação
de doenças ao lixo, quando questionados ao tipo de doença ocasionado pelo lixo 28% relacionou á dengue, 21% atribuiu á problemas
respiratórios, 9% á cólera, 2% á diabetes, 5% á tuberculose, 1% á gastrite, 20% á diarréia, 5% á febre, 9% á doença de Chagas, em relação á pergunta que remetia aos motivos pelos quais a população participava da coleta 36 % afirmou que por essa deixar a comunidade
limpa, no último questionamento foi indagado se estes achavam que a coleta seletiva contribuía para a saúde, 91% respondeu que sim.
Precisamos sobre tudo perceber que as relações socioambientais precisam ser fortalecidas, a população precisa de mais informações.
CONCLUSÃO
Observou-se que a importância da coleta seletiva tem grande influencia na saúde pública, porém o programa ainda apresenta fragilidaBANNER
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des, tais como a pouca colaboração da população. Diante disso os acadêmicos puderam perceber quão o meio ambiente tem interferência no bem estar da população e que o lixo que geralmente é desprezado se torna uma fonte de renda para alguns indivíduos.
REFERÊNCIAS
1.
Arnaldo Jardim, Consuelo Yoshida, José Valverde Machado Filho. Política Nacional, Gestão de gerenciamento de resíduos sólidos.
Barueri, São Paulo, manole, 2012.
2.
SOUZA, Wanderley Marques de; ANDRADE, Márcia Cristina Sabóia de Coleta Seletiva no Município de Crateús - Ceará: desafios e
perspectivas. Crateús, 2013.
Descritores: Resíduos sólidos, saúde coletiva, meio ambiente.
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A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL PARA QUALIDADE DE VIDA NA
VELHICE EVIDENCIADA POR UM GRUPO DE IDOSOS EM UM CSF DE SOBRAL
Darliane Kelly Barroso de Sousa 1
Elainy Cristiny Silva Ponte 2
[email protected]
1-Enfermagem- Universidade Estadual Vale do Acaraú
2-Enfermagem- Universidade Estadual Vale do Acaraú
INTRODUÇÃO
O envelhecimento e a morte são vistos como fato natural entre os idosos, e o aspecto comprometedor da qualidade de vida destes é a
falta de perspectivas de participação social na comunidade (ROCHA et al, 2011). Grupo de idosos dentro na Estratégia de Saúde da Família
pode ser uma alternativa de perspectiva de participação e interação social na velhice, contribuindo para qualidade de vida do idoso.
OBJETIVOS
Relatar através da participação em um grupo de idosos de um Centro de Saúde da Família de Sobral, sobre a importância da participação
social para a qualidade de vida na terceira idade.
METODOLOGIA
Estudo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, da Liga de Enfermagem em saúde da Família, sobre a participação em
dois encontros, em um grupo de idosos de uma Unidade Básica de Sobral no mês de julho de 2015, onde foi evidenciada a importância
da participação social à pessoa idosa. No primeiro encontro mediado por quatro ligantes da LESF e uma assistente social, houve a abordagem sobre os diversos tipos de violência onde os idosos socializaram experiências e dilemas sobre o assunto. O segundo encontro
mediado pelas ligantes da LESF e uma psicóloga, tratou-se de uma grupoterapia onde os idosos tiveram a oportunidade de exprimirem
e socializarem seus sentimentos e relatarem como viam-se dentro da sociedade.
RESULTADOS
Durante os dois encontros com os idosos na Unidade Básica de Saúde, evidenciou-se a importância dos momentos em grupo para
os mesmos, onde eles afirmaram do sentimento de satisfação em poderem conhecer e interagir com novas pessoas e esquecerem
problemas de saúde e pessoais durante as conversas e atividades realizadas na Unidade. Através dos relatos notou-se também, que os
idosos não relacionam muito o envelhecimento e suas limitações, com baixa qualidade de vida, mas segundo eles o que mais afeta o
bem estar e a qualidade de vida, são a falta de perspectiva social, solidão e sentimento de inutilidade na sociedade, fato que comprova
a importância do enfoque nos aspectos sociais do idoso na Estratégia de Saúde da Família, para promoção de um envelhecimento mais
ativo e com qualidade.
CONCLUSÃO
Viu-se que, a participação social na velhice está diretamente ligada com qualidade de vida, diante disso é necessário que a ESF invista
não apenas no tratamento de patologias crônicas e complexas que são comuns na velhice, mas que trabalhe momentos e atividades sociais, onde o idoso tenha perspectiva de participação e utilidade social fato que contribuirá para um envelhecimento com mais qualidade.
REFERÊNCIAS
ROCHA, F.C.V.et al. O cuidado do enfermeiro ao idoso na Estratégia Saúde da família. Rio de Janeiro: Rev. Enferm. UERJ, 2011.
Descritores: Qualidade de vida, saúde do idoso, participação social e Estratégia Saúde da Família.
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APLICAÇÃO DO ARCO DE CHARLES MAGUEREZ EM PACIENTES
CORONARIOPATAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Glaucirene Siebra Moura Ferreira 1
Lélia de Sousa Sales 2
Fabiene Lima Parente 3
Talita Oliveira 4
Vanêssa Xavier Silva Sousa 5
[email protected]
Universidade Estadual do Ceará – UECE 1,2,3,4,,5
INTRODUÇÃO
A Coronariopatia é a doença aterosclerótica que atinge as coronárias (as artérias do coração), causando a diminuição do diâmetro dessas
artérias o que leva à baixa do aporte de sangue para a musculatura cardíaca, situação favorável ao infarto do miocárdio. O seu principal
sintoma é caracterizada pela dor sobre o peito devido à falta de sangue na musculatura do coração(BAGGIO, 2011).
OBJETIVOS
Investigar qual a opinião dos pacientes em relação às causas que levavam ao número expressivo de internação hospitalar por problemas
cardíacos, em especial as coronariopatias.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo relato de experiência com o uso do Método do Arco, desenvolvida em Maio
de 2014, no Hospital do Coração de Sobral especializado em Cardiologia, conveniado com o Sistema Único de Saúde. Participaram da
pesquisa oito pacientes que foram submetidos a procedimento para desobstrução de artérias do coração o estudo seguiu os cinco passos do arco de Maguerez (COLOMBO; BERBEL, 2007).
RESULTADOS
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CONCLUSÃO
É fundamental a mudança do estilo de vida e do padrão alimentar, pois, o aumento da ingestão de produ­tos industrializados, o consumo
excessivo de açúcar, teor de gorduras e a ingestão insuficiente de frutas, legumes e verduras, é desfavorável a alimentação saudável,
porém é importante identificar em que momento da vida as pessoas estão mais propensa e prevenir o ganho de peso.
REFERÊNCIAS
COLOMBO, Andréa Aparecida. BERBEL, Neusi Aparecida Navas. A Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez e sua relação
com os saberes de professores. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 28, n. 2, p. 121-146, jul./dez. 2007. Disponível em http://
www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/viewFile/3733/299
Acesso em 18 de maio 2014.
BAGGIO, Maria Aparecida et al . Incidência e características sociodemográficas de pacientes internados com coronariopatia. Rev. Enf.
Ref., Coimbra, v. serIII, n. 5, dez. 2011. Disponível em http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832011000300008&lng=pt&nrm=iso Acesso em 18 maio 2014. Descritores: Coronariopatia; Hospitalização;
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NATAÇÃO ADAPTADA PARA USUÁRIOS DO PROJETO ESPORTE ADAPTADO:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mickaelli Brito do Nascimento 1
Maria Petrilia Rocha Fernandes 2
[email protected]
Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA, 1,2
INTRODUÇÃO
A natação é um exercício que traz inúmeros benefícios ao usuário do projeto Esporte Adaptado (EA), pois se trata de uma atividade que
trabalha o corpo inteiro, dentro de um ambiente que provoca relaxamento e diversas possibilidades de movimento. Segundo Masi (2000)
esta atividade aquática trabalha todos os grupamentos musculares, alivia tensões, ajuda a diminuir a gordura corporal e a recuperar
lesões.
OBJETIVOS
Investigar as contribuições que a natação pode influenciar no movimento do corpo através de seus benefícios para os usuários do Projeto Esporte Adaptado da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.
METODOLOGIA
Optou-se para a realização desta pesquisa pela combinação de técnicas de pesquisa bibliográfica, através de um relato de experiência,
e dados coletados durante o período de estágio tecendo algumas reflexões e aproximações com elementos teóricos apresentados por
LÉPORE (1999), a respeito dos métodos de aprendizagem do nado e desenvolvimento das habilidades motoras. Esta pesquisa foi realizada com os usuários do projeto de extensão Esporte Adaptado na tentativa de analisar os benefícios da natação que são evidenciados
na experiência do projeto (EA), do curso de Educação Física da Universidade Estadual Vale do Acaraú, esse relato de experiência, que
traz de maneira objetiva, investigar as contribuições que a natação pode influenciar no movimento do corpo através de seus benefícios
para os usuários do (EA). Esse estágio realizado em fevereiro e junho de 2014, contando com a participação de seis deficientes, além da
participação dos estagiários do projeto (EA).
RESULTADOS
A observação sistemática nos permitiu acompanhar o avanço no desenvolvimento motor, social, psicológico, afetivo e cognitivo destes
usuários. A participação e o envolvimento crescente de pessoas com necessidades especiais neste projeto, demonstraram sua relevância
não apenas enquanto um serviço de extensão, como também reforçar sua importância como um meio de complementação do ensino
ministrado nas disciplinas relacionadas à área Esporte Adaptado. Observou-se a importância do projeto para os usuários, pois tem um
valor significativo para melhorar não só as habilidades citadas a cima, mais também a saúdes dos usuários que tem o projeto como
um local onde possa descontrair, socializar, vivencias e discutir suas experiências com outros integrantes do projeto (EA). Mas dentre
essas experiências que o esporte proporciona de conhecer novos locais e sentir o calor de uma competição, acredito que nada é mais
importante que mostrar para grande parte da sociedade que cada integrante do esporte adaptado tem potencialidade para competir, e
mostrar para sociedade que os deficientes pode levar uma vida ativa, e “normal” em meio inúmeros obstáculos. Essa experiência teve
fundamental importância para minha formação como acadêmica do curso de Educação Física, que buscamos sempre a promoção da
saúde da sociedade seja elas deficientes ou não deficientes, e aprender que a educação física vai além do contexto de academia, conquista do tão cobiçado corpo perfeito.
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CONCLUSÃO
Os resultados acenados neste relato de experiência sobre os benefícios da natação para usuário do Projeto Esporte Adaptado revelaram
que a natação, em quanto exercício aeróbio contribui nas atividades de vida diária, desenvolvimento motor na redução de gordura corporal. A natação traz benefícios não só para sua melhora física como também para seu estado emocional e melhora a qualidade de vida
REFERÊNCIAS
LÉPORE, Mônica. Programas Aquáticos Adaptados. São Paulo, ed. Atheneu, 1999.
MASI, F. Hidro: propriedades físicas e aspectos Fisiológicos. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.
NAHAS, M. V. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 4. ed., Londrina:
Midiograf, 2006.
WEINECK, Jurgen; Biologia do Esporte. 7ed. Barueri: Manole, 2005.
Descritores: Natação. Esporte. Fisiologia. Água.
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PARTICIPAÇÃO SOCIAL: O OLHAR ACADÊMICO SOBRE A GESTÃO MUNICIPAL
Renata Morais Rocha, Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú 1
Josiane da Silva Gomes, Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú 1
Anna Larissa Moraes Mesquita, Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú 1
Renan Igor Cardoso Pacifico, Graduado em Enfermagem pela Universidade Estadual do Piauí 2
Andrea Carvalho Araújo Moreira, Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú 3
[email protected].
INTRODUÇÃO
A Participação Social é um instrumento de controle aliado ao cidadão, assegurando a democracia frente à defesa da coletividade. A Lei
8.142/90 legitima a participação social mediante a criação do Conselho Municipal de Saúde e das Conferências. Trata-se de uma temática
extrema relevância por evidenciar a percepção da comunidade sobre a execução das políticas públicas de saúde (FIOCRUZ, 2011).
OBJETIVOS
O presente estudo tem por objetivo relatar a experiência da vivência dos acadêmicos de enfermagem nas visitas ao Conselho Municipal
de Saúde do município de Sobral-Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência, de cunho descritivo-reflexivo, tendo como a finalidade de observar, registrar e analisar os fenômenos. O processo descritivo visa à identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o
fenômeno ou processo (BEUREN; RAUPP, 2002). A vivência se deu a partir da experiência como monitora das atividades propostas ao
modulo de Atenção Básica a Saúde II, em que ocorreu no semestre de 2015.1, onde foi possível acompanhar a uma das visitas técnicas ao
Conselho Municipal de Saúde no município de Sobral-Ceara. Neste encontro foram realizados diálogos sobre a formação e o papel dos
conselheiros assim como análise da legislação vigente (Leis, Portarias, Regimento Interno, atas).
RESULTADOS
O Conselho Municipal de Saúde é um órgão de instância colegiada, de caráter deliberativo, consultivo e permanente que tem por finalidade orientar a administração municipal no estabelecimento da Política Municipal de Saúde, segundo estabelecidos pelas leis de 8080 e
8142 (CHASSOT et al,2013). A composição do Conselho Municipal de Saúde de Sobral constitui-se de 48 membros, sendo que 24 efetivos e
24 suplentes, obedecendo ao critério de paridade entre prestadores de serviços, governo, trabalhadores de saúde e usuários, respeitando
a seguinte proporcionalidade: 50% de usuários, 25% de trabalhadores da saúde e 25% de prestadores de serviços e governo (SOARES
et al,2009). Constatou-se durante as observações, que nos discursos dos conselheiros, existe uma presença de pontos fortes e fracos
para o crescimento/fortalecimento de ações. Nos aspectos positivos temos a: qualificação da participação popular através de capacitações anuais de conselheiros, o apoio técnico, infraestrutura e logística com aquisição de equipamentos e a atuação da mesa diretora
para o acompanhamento do orçamento, finanças, gestão participativa e politicas publicas de saúde, mas, por outro lado, verificou-se na
percepção que apesar de toda interação existente com a comunidade, os discursos alertam para uma dificuldade de mobilização social
e uma baixa participação da população nas reuniões.
CONCLUSÃO
A participação social no Conselho Municipal de Saúde de Sobral permite que se trabalhe com uma gestão pautada no princípio da co-gestão e que qualquer cidadão, tenha acesso livre aos canais de deliberação, mesmo que em momentos a incapacidade de despertar
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na população o interesse e a necessária mobilização no intuito de concretização da plena participação, dificulta o exercício.
REFERÊNCIAS
CHASSOT J.P, ALLEBRANDT S.L, PEROTTONI J, OLIVEIRA V.G, KUNZ C.C.P. Conselho municipal de saúde: um relato de experiência voltado
para a igualdade participativa na discussão de políticas públicas. Crises do Capitalismo, Estado e Desenvolvimento Regional. Santa Cruz
do Sul, RS, Brasil, 2013.
RAUPP F. M, BEUREN I, M. Metodologia da Pesquisa Aplicável ás Ciências Sociais. Disponível:<http://www.geocities.ws/cienciascontabeisfecea/estagio/Cap_3_Como_Elaborar.pdf.> Acesso em: 26 de outubro de 2015.
PORTAL FIOCRUZ. O Emprego da Participação Social nas Ações de Saúde do Município de Paramoti, Ceará ? Uma Estratégia Eficaz de
Gestão Pública e Melhoria da Qualidade do Serviço: O Usuário e a Coletividade em Perspectiva. Disponível em:< http://www.ideiasus.
fiocruz.br/portal/index.php/gestao-participativa/882-o-emprego-da-participacao-social-nas-acoes-de-saude-do-municipio-de-paramoti-ceara-uma-estrategia-eficaz-de-gestao-publica-e-melhoria-da-qualidade-do-servico-o-usuario-e-a-coletividade
em-
-perspectiva.> Acesso em 25 de outubro de 2015.
SOARES C. H.A, PINTO V. P.T, PONTE H. M.S, ALBUQUERQUE I.M.N. A participação social em Sobral-CE: experiências que versam sobre
gestão compartilhada. RevSanare, Sobral v.8, n.1, p.06-11, jan./jun.2009.
Descritores: Participação Social. Conselho Municipal de Saúde. Acadêmicos.
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ENFERMEIROS DO SEXO MASCULINO NO PROCESSO DE CUIDAR NA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: POTENCIALIDADES E DESAFIOS
Francisco Nelmi Souza Junior 1
Maria da Conceição Coelho Brito 2
Carlos Romualdo de Carvalho e Araújo 3
[email protected]
1
Bacharel em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
2
Enfermeira. Mestre em Saúde da Família e Docente da UVA.
3
Acadêmico do Curso de Enfermagem da UVA Sobral - CE.
INTRODUÇÃO
Um reflexo do modelo profissional de enfermagem instituído no país, o corpo profissional da enfermagem brasileira continua sendo
constituído por mulheres, tanto em seus níveis de atuação/qualificação universitária quando nos níveis médio e técnico. Entretanto,
conforme apontam os autores, o ingresso masculino na profissão mantem-se estável, com 10% das vagas de ensino ocupadas por homens.
OBJETIVOS
Compreender as dificuldades dos enfermeiros do sexo masculino diante do processo de cuidar na Estratégia Saúde da Família.
METODOLOGIA
Estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa, realizado entre março de 2014 e agosto de 2015, com sete enfermeiros da
Estratégia Saúde da Família de Sobral-CE. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, e analisadas mediante Análise Temática. Os cenários foram os Centros de Saúde da Família (CSF) da sede e distrito do referido município. A análise do
material recolhido nas entrevistas foi feita por meio da análise temática que operacionalmente a divide em três etapas: a) pré-análise;
b) exploração do material e c) tratamento dos Resultados Obtidos e Interpretação. Os aspectos éticos foram respeitados. Estudo em
conformidade com as premissas éticas que envolvem pesquisas com seres humanos, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, sob CAAE Nº 45455615.6.0000.5053.
RESULTADOS
Envolta, desde o seu nascimento, em um contexto histórico e cultural que considera a mulher como “cuidadora” relegando a ela papéis
de submissão e inferioridade em relação ao homem, a enfermagem ainda é marcada significantemente por questões de gênero. Ainda
prevalece a visão de uma enfermagem genuinamente feminina, de categoria inferior a outras profissões marcadas pela presença masculina, como a medicina. Tal realidade pode ser claramente observada quando o exercício profissional se confronta com questões de
gênero baseadas no senso-comum, onde um profissional masculino encontra restrições para o atendimento de uma mulher ou quando
tem sua sexualidade questionada. As entrevistas realizadas com enfermeiros atuantes na Estratégia Saúde da Família do Município de
Sobral – CE, no período de março de 2014 a agosto de 2015, revelam muito sobre as relações de gênero dentro do universo da enfermagem. Assim, a partir do roteiro da entrevista pode-se considerar três eixos centrais: motivos para a escolha pela enfermagem; relações
de gênero; e o “ser homem” em uma profissão tipicamente feminina.
CONCLUSÃO
É preciso que se estabeleçam discursos e diálogos nos campos acadêmicos e nos espaços profissionais, entre profissionais, usuários
e sociedade em geral, para se dissipar tabus e entraves envolvendo questões de gênero no imaginário popular e profissional, para se
garantir um exercício profissional responsável, justo e igualitário.
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REFERÊNCIAS
Pereira A. Reflexões sobre a evolução da enfermagem e o surgimento do homem na profissão. Acta Paul. Enf., São Paulo, 1991,V.4,
p. 49-54.
Lopes MJ, Leal SMC. A feminização persistente na qualificação profissional da enfermagem brasileira. In: Cadernos pagu (24),
p.105-125, janeiro-junho de 2005.
Descritores: Saúde do homem. Estratégia Saúde da Família. Atenção à Saúde.
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eixo :
DIREITO À SAÚDE
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O DIREITO À SAÚDE E AS IMPLICAÇÕES NA SUA JUDICIALIZAÇÃO
Rebeca Dourado Lima 1
Carmem Júlia Braga Oliveira 2
Diego Kêdson dos Santos 1
Emanuel Teles de Sousa Mascarenhas 1
Luíz Ricardo Lima de Albuquerque 1
[email protected]
¹ Graduando do curso de Direito na Faculdade Luciano Feijão - FLF
² Graduanda do curso de Letras na Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA
INTRODUÇÃO
O advento da constituição de 1988 tornou o direito à saúdeuma garantia constitucional. Hoje é obrigação dos entes da federação assegurar esse direito através de políticas sociais e econômicas, por meio de programas que visam reduzir o risco de patologias e prestar
serviços de saúde. No entanto, devido à escassez de recursos, algumas pessoas necessitam acionar o poder judiciário para efetivá-lo.
OBJETIVOS
O intuito da pesquisa é demonstrar a relevância do direito à saúde. Procurando uma possível solução para o conflito. Já que, no contexto
de escassez de recursos aumenta-se a demanda no judiciário.
METODOLOGIA
O presente trabalho foi realizado a partir de pesquisa exploratória e bibliográfica com caráter qualitativo. Segundo Vergara (2004) a
pesquisa exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. A pesquisa exploratória constitui
a primeira etapa do presente estudo, para familiarizar o pesquisador com o assunto que se procura investigar. Fazendo o uso desse
método para que se possa chegar a um resultado mais preciso e conciso. A pesquisa bibliográfica se caracteriza através de estudos de
jurisprudências, analisando os argumentos utilizados pelas partes do processo, doutrinas, a saber, o que os estudiosos pensam sobre o
assunto e artigos. Vale ressaltar, as considerações de Richardson (1999), para ele a pesquisa bibliográfica tem a finalidade de coletar informações e dados para fundamentar a análise proposta. Essa fundamentação está consolidada na revisão da leitura em que se analisam
os pontos teóricos que fundamentam a análise do tema em estudo.
RESULTADOS
O direito à saúde está previsto na constituição federal como um direito de todos e um dever do Estado. É bem visto em um relato AgR-RE
271.286-8/RS, quer e conhece o direito a saúde como um direito público subjetivo assegurado a generalidade das pessoas, que conduzem o indivíduo e o Estado a uma relação jurídica obrigacional. Por sua relevância, o direito a saúde deve ser assegurado pelos entes da
federação, no entanto, os princípios não são absolutos, dessa forma a uma restrição desse direito, fazendo com que algumas pessoas não
tenham sua pretensão reconhecida, e por isso recorrem a via judicial para efetivá-lo.O que se percebeu através de estudos realizados
no Estado de São Paulo constataram que 77% dos remédios solicitados em um determinado período não integravam os programas de
assistência farmacêutica do SUS. No levantamento evidenciou que, em regra, as pessoas beneficiadas pela intervenção do judiciário são
as que possuem melhores condições socioeconômicas e acesso à informação, o que resulta em uma verdadeira assimetria do sistema.
Contudo, fere a característica, de ser a saúde, um direito de todos devendo ser proporcionado a universalidade, porém existe um certo
privilegio a uma classe de maior poder aquisitivo e de conhecimento.
CONCLUSÃO
Pela observação dos aspectos analisados, percebemos que a problemática deve ser tratada com bastante cuidado para que o interesse
individual não se sobreponha ao interesse coletivo. Assim, a administração pública deve utilizar critérios distributivos de forma inteligenBANNER
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te fazendo com que aja uma concretização ao direito à saúde e uma não sobrecarga destes processos no judiciário.
REFERÊNCIAS
MENDES, G. F.; BRANCO, P. G. G. Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. Saraiva, 2015.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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EXCESSIVA JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE: CAUSA E EFEITO
Maíra Ellen Mesquita Martins Alves 1
Maria Cynara Rodrigues Cavalcante 2
[email protected]
1 Acadêmica de Direito na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
2 Acadêmica de Direito na Universidade Estadual do Piauí – UESPI
INTRODUÇÃO
A saúde é direito fundamental previsto na Constituição. Assim, o indivíduo ao ter esse direito violado ou deparando-se com a omissão
do Estado, pode levar essa questão ao Judiciário, para que este a resolva. Há, então, a judicialização da saúde, que causa preocupação
devido ao seu efeito exacerbado. Entretanto, se para todo efeito há uma causa, esta não devia ser esquecida diante dos efeitos.
OBJETIVOS
Discutir a judicialização da saúde, abordando os problemas enfrentados pelo Judiciário, além das questões referentes ao orçamento
público destinado a saúde, buscando também a causa desses problemas.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, exploratória, de natureza básica, valendo-se do método exploratório, utilizando como instrumentos principalmente a análise de dados disponibilizados.
RESULTADOS
Com o advento da Constituição Federal de 1988, a relação entre o direito e a saúde foi concretizada. Assim, instalou-se o fenômeno da
judicialização da saúde, que buscava solucionar através do Judiciário, problemas na aquisição de medicamentos, tratamentos, insumos,
etc., por parte dos pacientes. Esse fenômeno, inicialmente tímido, tomou grandes proporções. Segundo o Ministério da Saúde, em 2014
foram gastos quase 839 milhões de reais com ações judiciais dessa natureza. Diante dos dados, é preocupante essa intensa participação
judiciária, devido ao impacto no orçamento do país, que já é bastante comprometido. O ministro da saúde, Marcelo Castro, criticou essa
exacerbada judicialização da saúde, afirmando que a maioria das ações judiciais teria sido evitada caso tivesse sido observadas as opções
terapêuticas disponíveis no Sistema Único de Saúde. Isso demonstra ser mais do que necessária a comunicação entre o órgão judiciário
e o referente à saúde, antes de ser ajuizada qualquer ação, para que se estude a possibilidade de outras alternativas já disponíveis. Entretanto, a causa do problema merece tanto destaque quanto seu efeito, visto que se há essa grande demanda judicial, é porque existem
pacientes necessitando do tratamento adequado e não disponibilizado. Cabe ao Estado não mais se omitir e buscar incorporar aqueles
procedimentos com uma maior demanda, para amenizar esses excessos preocupantes.
CONCLUSÃO
A judicialização da saúde é um processo necessário, tendo em vista a má gestão da saúde pública, além da situação dos pacientes que
veem no Judiciário uma oportunidade de ter seu direito à saúde respeitado e reconhecido. O efeito excessivo desse processo é preocupante, e sempre ganha destaque, porém é esquecido o fato de que ele é resultado de um sistema de saúde ineficiente, que merece
atenção.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
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COSTA, Amanda. JUDICIALIZAÇÃO: Em cinco anos, mais de R$ 2,1 bilhões foram gastos com ações judiciais. Disponível em: <http://
portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/20195-em-cinco-anos-mais-de-r-2-1-bilhoes-foram-gastos-com-acoes-judiciais>. Acesso em 29 out. 2015.
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eixo :
AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS E PROGRAMAS
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DESAFIOS DA PRÁTICA AVALIATIVA POR PRECEPTORES NOS CAMPOS DE
PRÁTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Francisco Ivanildo Sales Ferreira - INTA 1
Glaucirene Siebra Moura Ferreira- INTA 2
Lourdes ClaudeniaAguiar Vasconcelos- INTA 3
Paloma Custódio Francelino- INTA 4
Francisco Meykel Amâncio Gomes- INTA 5
[email protected]
INTRODUÇÃO
Para desenvolver a formação dos preceptores, profissionais que estão diretamente ligados a formação prática dos estudantes, promoveu-se capacitação para os profissionais das diversas áreas da saúde, que atuam na supervisão de estágios, com perspectiva de trabalhar
conceitos, estratégias educacionais que promovessem aprendizagens significativas e uma consciência crítica no cenário real do ensino.
OBJETIVOS
Descrever os desafios das práticas avaliativas dos preceptores nos campos de prática.
METODOLOGIA
Estudo descritivo do tipo relato de experiência com abordagem qualitativa, que consiste em um estudo para compreender as relações
de crenças, percepções, opiniões e interpretações dos homens referentes á sua forma de se posicionar e pensar. A coleta das informações deu-se através do circulo de cultura, que é um espaço onde todos têm a palavra, onde todos lêem e escrevem o mundo (FREIRE,
1999). Participaram 30 (trinta) profissionais das diversas áreas da saúde. Ao iniciar O módulo “Avaliação da Aprendizagem em Saúde”, foi
realizada uma sondagem diagnóstica para verificar o conhecimento dos participantes sobre avaliação dos alunos no campo de prática.
Foram utilizados três temas geradores. O primeiro tema: “Como eu vejo as práticas avaliativas em saúde...“. O segundo: “Minha concepção
de avaliação é...”, e o terceiro: “Minha prática avaliativa se faz assim...”
RESULTADOS
Os resultados foram agrupados por similaridade de sentido:
Como eu vejo as práticas de avaliação na formação em saúde
“Indispensável para a formação”
“Sendo necessária, uma das etapas do aprendizado”
Na visão dos preceptores a avaliação se faz necessária. A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente
(LIBÂNEO, 1994).
Minha concepção de avaliação é...
“Avaliar o aluno como um todo”
“Assiduidade, respeito, compromisso com os trabalhos propostos, teoria e bom desempenho nas práticas
de campo, é troca de conhecimento”
O professor tem papel fundamental no processo avaliativo e, por isso, necessita, durante a ação educativa, buscar estimular e incentivar
o aluno, com estratégias diferenciadas (CAVALCANTI NETO; AQUINO, 2009).
Minha prática avaliativa se faz assim...
“Baseada no desenvolvimento do aluno nas práticas do conhecimento”
“Verificando se o aluno adquiriu os conhecimentos básicos da disciplina e se adotou posturas coerentes”
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“Avalio o aluno observando na prática a teoria (através de perguntas sobre assuntos da disciplina),
e na sua busca de querer aprender mais”
O processo de avaliação não diz respeito apenas ao ensino e nem pode ser apenas reduzido às técnicas. Deve fazer parte da permanente
reflexão sobre a atividade humana e constitui-se em um processo intencional, auxiliado por diversas ciências, e que se aplica a qualquer
prática (GADOTTI,2003).
CONCLUSÃO
Os participantes conseguiram compreender que o sistema de avaliação é indispensável ao processo de aprendizagem dos alunos, porém
ainda é muito atrelada à nota, a classificação do aluno e a memorização dos conteúdos. Há necessidade de estratégias que possibilitem
o acolhimento, a integração e a inclusão dos sujeitos ao conhecimento.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI NETO, Ana Lúcia Gomes; AQUINO, Josefa de Lima Fernandes. A avaliação da aprendizagem como um ato amoroso: o
que o professor pratica?. Educ. rev., Belo Horizonte , v. 25, n. 2, p. 223-240, Aug. 2009. Available from http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0102 46982009000200010&lng=en&nrm=iso acesso em: 20/10/ 2015.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 23ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.
GADOTTI, Moacir. Boniteza de um sonho: ensinar – e aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. Cortez Editora: São Paulo, Coleção Magistério 2° Grau Série Formando Professor, 1994.
Descritores: Avaliação; Preceptores; Prática
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PERFIL DA DEMANDA DO HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA REGIÃO NORTE DO
CEARÁ: UMA ANÁLISE SUPERFICIAL
Ana Carla de Sousa Oliveira 1
Lia Bárbara Silva Sousa 1
Tamires Félix Alexandrino 2
Maria Socorro de Araújo Dias 3
Eliany Nazaré Oliveira 4
[email protected]
1 Acadêmico de enfermagem. Monitor do PET Redes de Atenção/Urgência e Emergência. Universidade Estadual Vale do Acaraú.
2 Enfermeira. Mestre em Saúde da Família. Especialista em Urgência e Emergência. Docente do curso de graduação de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.
3 Orientadora. Enfermeira. Doutora em enfermagem pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Docente pelos mestrados em Saúde da Família – UFC/FIOCRUZ. Docente do curso de graduação em
enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará- UFC (2005). Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA.
INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento das Redes de Atenção à Saúde, percebe-se que essa organização torna-se fundamentada em garantir a universalidade ao cidadão integrando-o aos serviços e ações de saúde, sendo assim, o sentido de redes de atenção deve seguir o pensamento
encontrado nos princípios doutrinários do SUS, o qual busca universalidade, equidade e integralidade para todos.
OBJETIVOS
Analisar as fichas de atendimento e traçar o fluxo dos atendimentos realizados pela Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS)
METODOLOGIA
Trata de uma pesquisa documental com abordagem quantitativa. Esse tipo de pesquisa usufrui de materiais que não recebem ainda um
tratamento analítico, ou que podem ser reelaborados de acordo com seus objetivos (GIL, 2002). A pesquisa quantitativa, para Moresi
(2003), busca os dados estruturados, planejados e controlados, que devem responder a propósitos preestabelecidos, sendo objetivo,
reconhecendo possíveis erros. A análise dos dados deu-se através do estudo das fichas de atendimento preenchidas no acolhimento da
unidade, contabilizado 382 fichas. A congregação dos dados ocorreu de acordo com a preceptoria de pesquisa desenvolvida pelos monitores do Pet Redes de Atenção às Urgências e Emergências, analisando os eixos: Referência, Classificação de Risco e Motivo de admissão.
Ressalta-se que esses resultados são dados parciais da pesquisa da Rede, intitulada como: Especificidades dos cuidados em serviço de
urgência e emergência do município de Sobral-CE.
RESULTADOS
Foram analisados 382 prontuários referentes ao período do janeiro de 2013 a dezembro de 2014. A análise dos principais fatores do fluxo
de atendimento determinaram à referência dos clientes que adentram o serviço, a classificação de risco que eles são condicionados
e o seu motivo de admissão. Observou-se uma relevância nos pacientes advindos do próprio município e dos distritos de Sobral-CE
relacionando-se a referência, que contabilizou um quantitativo de 58,5% desses pacientes. Ao adentrar o serviço esses pacientes perpassam por uma classificação de risco que segue os princípios do Ministério da Saúde, logo esse quantitativo se mostra com 100% nos
atendimentos de pacientes classificados como vermelho e 97,4% dos atendimentos tidos como amarelos. Essas classificações se dão
através do estado do usuário no setor, caracterizando os que deverão ser atendidos imediatamente e os que necessitam de atendimento
o mais rápido possível, porém não correm riscos imediatos de vida, respectivamente. Foram contabilizadas 18,1% de atendimentos clínicos, 74,6% atendimentos traumatológicos, 0,3% atendimentos psiquiátricos, 1,0% ocorrências ocasionadas por ferimento por arma de
fogo, 2,6% gerados por ferimento por arma branca, 1,3% de atendimento neurológico 0,5% ocorrências por intoxicação, queimaduras e
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choque elétrico. Essa totalidade se dá na maioria por atendimento traumatológicas, visto que à instituição é referência na região norte
para recebimento de traumas.
CONCLUSÃO
A analise das fichas de atendimento demonstra o quanto é extenso e complexo o atendimento realizado pelo nível terciário, buscando
atender os usuários que adentram ao serviço. É essencial à atuação do processo de redes de atenção, pois a eficácia do serviço torna o
usuário portador de um atendimento digno e satisfatório, sendo direcionado para cada nível de atenção que compreende seu atendimento.
REFERÊNCIAS
1 Brasil. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer
em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento.pdf. Acesso em:
01 nov. 2015.
2 GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo. Editora Atlas S.A. 5°ed. 2010
3 MORESI, E. Metodologia da pesquisa. Universidade Católica de Brasília. Brasília, DF. 2003
Descritores: Primeiros Socorros; Acolhimento; Urgência.
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ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES EM AMBIENTE HOSPITALAR EM SOBRAL-CEARÁ
Jean Linhares de Lima 1
Renata Albuquerque Costa 2
Anna Larissa Moraes Mesquita 3
Hially Linhares Lima 4
Sidney Faber Morais Mesquita 5
E-mail: [email protected]
1
Farmacêutico e Especialista em Bioquímica pela Universidade Estadual do Ceará (UECE).
2
Bióloga e Doutora em Engenharia de pesca pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
3
Acadêmica do curso de Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú.
4
Fisioterapeuta e Especialista em Saúde Pública pelas Faculdades INTA.
5
Acadêmico do curso de Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Vale do Acaraú.
INTRODUÇÃO
Algumas enterobactérias são utilizadas como indicadores de contaminação fecal em ambiente hospitalar, água e alimentos. No que
refere à importância clínica, as bactérias entéricas são consideradas um dos principais agentes de infecção hospitalar. Ressalta-se que
essas cepas causadoras de infecção hospitalar podem possuir resistência a antimicrobianos.
OBJETIVOS
O presente estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de enterobactérias em superfícies de ambiente hospitalar na cidade de
Sobral, Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de abordagem quantitativa. Desenvolvida em uma unidade de saúde na cidade de
Sobral-Ceará, durante os meses de outubro a dezembro de 2013. Foram coletadas com swab amostras de superfícies em dez ambientes: refeitório (bancada), cozinha (mesa), recepção (bancada e cadeira), banheiro (maçaneta externa e interna), setor de enfermagem
(banco e bancada), consultório (mesa e maca). Os swabs foram colocados em tubos contendo Caldo BHI, com incubação a 35ºC por 24h.
Para detecção de enterobactérias seguiu-se o isolamento em agar MacConkey e triagem bioquímica em meio RUGAI com lisina. Todos
os isolados foram submetidos ao teste de suscetibilidade a antimicrobianos pela técnica de disco difusão em Agar Mueller-Hinton frente
aos seguintes fármacos antibacterianos: Amicacina, Ampicilina, Cefotaxima, Cefepime, Ceftriaxona, Cefuroxime, Clorafenicol, Estreptomicina, Gentamicina, Imipenem, Meropenem e Tetraciclina.
RESULTADOS
Constatou-se a ocorrência de enterobactérias em dois ambientes: cozinha (mesa) e recepção (bancada). A triagem bioquímica revelou
que os isolados pertenciam aos gêneros Enterobacter (n=7; 70%) e Citrobacter (n=1; 10%) e 20% (n=2) das cepas tiveram identificação
indeterminada. Quanto à suscetibilidade aos antimicrobianos, foi observada resistência a ampicilina (30%), ceftriaxona (10%), clorafenicol (10%), imipenem (10%), meropenem (10%) e a cefuroxima (10%). Vale ressaltar que uma cepa do gênero Citrobacter apresentou
resistência cruzada aos β–lactâmicos ampicilina, ceftriaxona, imipenem e meropenem. Sendo encontrada na cozinha, ambiente que tem
acesso a maioria dos setores da unidade de saúde.
CONCLUSÃO
Uma vez que as superfícies podem constituir veículos de enterobactérias resistentes a antimicrobianos, deve-se atentar para a adequação da limpeza e desinfecção no que se refere: aos métodos de execução, produtos empregados, grau de conhecimento dos profissionais,
orientação de pacientes, familiares e visitantes quanto à higienização das mãos e, à educação permanente dos profissionais de saúde.
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REFERÊNCIAS
MURRAY, P. R.; ROSENRTHAL, K. S.; PFALLER, M. A. Microbiologia médica. 5ª ed. Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2006, 979 p.
RIBEIRO, V. B. Detecção de resistência as carbapenêmicos e avaliação da produção de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase
(KCP) em isolados clínicos da família Enterobacteriaceae. Tese de Doutorado em Ciências Farmacêuticas – UFRGS, Porto alegre, 2013.
123 p.
ROCA, D.A.L.; ROCA, L.M.L.; HUAMÁN, E.M. Padrão de suscetibilidade antimicrobiana de Enterobacter ssp. isolada de infecções
urinárias em pacientes ambulatoriais em um hospital da cidade de Lima, Peru. Perspectivas Médicas, v. 20, n. 02, p.16-18, 2009.
SANTOS, F.M.; GONÇALVES, V.M.S. Lavagem das mãos no controle da infecção hospitalar: Um estudo sobre a execução da técnica. Revista
de Enfermagem Integrada, v. 02, n. 01, p. 152-163, 2009.
Descritores: Enterobacteriaceae; Resistência a antibacterianos; ambiente de instituições de saúde.
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A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE
RISCO PARA GESTANTES
Maria de Fatima Pinho Vasconcelos ¹
Renara Maria Bandeira Vieira Araújo ¹
Michele Prudêncio Shinkai ²
[email protected]
1
Bolsistas do Serviço de Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia – Hospital Santa Casa de Misericórdia de Sobral.
2
Coordenadora do Serviço de Maternidade do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Sobral.
INTRODUÇÃO
O Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia começou a ser implementado no Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo
de organizar a demanda nas maternidades brasileiras, além de propiciar as gestantes um atendimento mais humanizado desde sua
entrada no hospital para tratar uma queixa, à sua saída após o parto.
OBJETIVOS
Relatar a experiência do Acolhimento com Classificação de Risco em Obstetrícia, no Hospital de referência da região Norte do Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência. O estudo foi desenvolvido durante os meses de Junho e Outubro de 2015 e se deu através das
vivências de duas bolsistas no Acolhimento com Classificação de Risco Obstétrico, desenvolvido no setor Maternidade da Santa Casa de
Misericórdia de Sobral. Os bolsistas do referido serviço são responsáveis por receber e acolher a paciente, ouvir e registrar suas queixas,
além de tranquiliza-la e esclarecer quaisquer dúvidas ou anseios existentes.
RESULTADOS
A experiência nos permitiu observar a importância de um acolhimento humanizado, onde se faz imprescindível a escuta qualificada
por parte dos profissionais, proporcionando um ambiente confortável, onde a gestante consegue sentir-se apoiada pela equipe, contribuindo, assim, para a segurança da paciente em relatar suas necessidades ou queixas. Dessa forma, percebemos que o atendimento
na Maternidade do referido Hospital se torna mais efetivo, organizado e prático, visto que muitas gestantes procuram o serviço sem a
necessidade de um atendimento de urgência, muitas vezes motivadas pelo desconhecimento ou preocupação excessiva com a gravidez,
ou por escassez de informações repassadas no pré-natal. Além disso, muitas sentem-se ansiosas pelo momento do parto, o que contribui de forma considerável para a que a demanda seja significativa. Outro fator importante é que o Hospital Santa Casa configura-se
como hospital de referência de atendimento de emergência em obstetrícia para toda a região Norte do Estado do Ceará, o que justifica
ainda mais a importância da realização desse primeiro contato com a paciente grávida. Assim, a classificação é realizada pelos bolsistas
de acordo com a prioridade e risco do atendimento, através dos sinais/sintomas ou patologia apresentada pela gestante, traduzindo-se
em uma demanda organizada, com um atendimento satisfatório e mais rápido.
CONCLUSÃO
O acolhimento com classificação de risco se configura como ferramenta efetiva do cuidado às gestantes que buscam atendimento na
maternidade do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Sobral, além de propiciar aos acadêmicos do curso de Enfermagem a vivência e
experiência em desenvolver competências necessárias para desempenhar tal tarefa.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Atendimento e Classificação de Risco em Obstetrícia. Brasília, DF. 2014.
Descritores: Acolhimento; Obstetrícia; Humanização.
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NÚCLEO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE: DESENVOLVIMENTO DE
INDICADORES DE AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE APOIO
À ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
Maria do Socorro Melo Carneiro 1
Camila Silva Martins 1
Juliana Mendes Gomes 1
Antonia Irani Martins dos Santos 1
Loise Elena Zanin 1
[email protected]
1 Hospital Regional Norte
INTRODUÇÃO
Para uma assistência desenvolvida com qualidade e seus profissionais direcionados prioritariamente no cuidado aos usuários, o Hospital
Regional Norte (HRN) conta com um Núcleo de Atendimento ao Cliente (NAC) que auxilia na organização da disponibilidade dos procedimentos demandados. Para tanto, faz o acompanhamento de indicadores na análise das práticas, fragilidades e prioridades de atuação.
OBJETIVOS
Apresentar os principais indicadores no monitoramento da qualidade dos serviços de apoio à assistência de um hospital de grande porte.
METODOLOGIA
O HRN foi inaugurado em janeiro de 2013 e, concomitante aos serviços assistenciais, estruturou os de apoio. O NAC é responsável, dentre
outros, pela programação de exames, consultas, cirurgias, gerenciamento de leitos e regulação de pacientes. Como forma de avaliar a
qualidade do apoio fornecido, no planejamento para 2015 foram estruturados alguns indicadores: tempo de espera entre solicitação de
exames e entrega de laudos; tempo de espera entre solicitação de leito e ocupação do mesmo; taxa de absenteísmo de consultas; taxa
de suspensão de cirurgias. Os instrumentos de registro para a construção dos indicadores foram desenvolvidos em janeiro de 2015 e os
profissionais responsáveis por sua alimentação foram treinados no mesmo período. Os indicadores apresentados correspondem à média
de fevereiro a setembro de 2015. Mensalmente os resultados são discutidos com as equipes satélites do NAC para traçar as estratégias
e, sistematicamente, apresentados no colegiado gestor do HRN.
RESULTADOS
Quanto aos exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia e ultrassonografia, após a solicitação médica no sistema interno de atendimento digital, o NAC faz o agendamento e também é responsável pela digitação e entrega do laudo no setor. A média de
tempo entre a solicitação de exames e a entrega de laudas é de 14,24 horas para pacientes de emergência e de 24,15 horas para pacientes
internados. Quanto ao gerenciamento de leitos, o NAC é responsável por visualizar a solicitação médica e auxiliar na regulação interna
ou externa do leito. A média de tempo entre a solicitação de transferência para leito no HRN de paciente que chega na emergência que
tem sido de 31,41 horas, sendo que 70,31% das internações são feitas com menos de 24 horas após a solicitação. Já entre a solicitação de
internação e a transferência externa o tempo médio é de 24,26 horas, sendo que 76,65% dos pacientes conseguem a vaga externa com
menos de 24 horas. Com relação às consultas, a atuação do NAC está em organizar as agendas médicas e viabilizar a marcação destas. A
taxa de absenteísmo de consultas de primeira vez é de 13,35% e de 10,17% para consultas subsequentes. No auxílio ao gerenciamento do
mapa cirúrgico, o NAC organiza as agendas e programa as cirurgias, mantendo também contato com os pacientes. A taxa média de suspensão nas cirurgias eletivas é de 5,28% e dentre as cirurgias dos internados é de 4,27%. As várias ações implementadas contribuíram
para a evolução positiva desses indicadores.
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CONCLUSÃO
A construção e acompanhamento dos indicadores têm possibilitado avaliar a qualidade do processo de trabalho e, diante das evidências
encontradas, planejar ações para sua melhoria. As mudanças já realizadas como ajustes de escala, elaboração de protocolos e fluxos,
qualificação do diálogo com os usuários têm contribuído para a agilidade dos processos e melhor interação dos usuários com o serviço.
REFERÊNCIAS
FARIA, E.; COSTA, K. R. A.; SANTOS, M. A.; FUMIO, M. K. Nova abordagem de gerenciamento de leitos associada à agenda cirúrgica. Revista
de administração em saúde, v.12, n. 47, p. 63-70, abr./jun. 2010.
NASCIMENTO, A. B. Gerenciamento e leitos hospitalares: análise conjunta do tempo de internação com indicadores demográficos e epidemiológicos. Revista de Enfermagem e Atenção à Saúde [Online], v.4, n.1, p. 65-78, jan./jun. 2015. Disponível em: http://uftm.edu.br/
revistaeletronica/index.php/enfer/article/view/1264/1135. Acesso em: 5 out. 2015.
AVILA, M. A. G., BOCCHI, S. C. M. Confirmação de presença de usuário à cirurgia eletiva por telefone como estratégia para reduzir absenteísmo. Rev Esc Enferm, São Paulo, v.47, n. 1, p. 189-193, 2013.
Descritores: Indicadores de serviços; Administração hospitalar; Gestão da informação em saúde; Ocupação de leitos; Serviços hospitalares
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Conhecimento de pacientes sobre os medicamentos em uso
durante o período de internação
M aria Gabriela Miranda Fontenele ¹
Francisco Elinaldo Santiago Bastos ²
Maria Sinara Farias ³
José Garcia de Sousa 4
Keila Maria de Azevedo Ponte 5
[email protected]
INTRODUÇÃO
Administrar medicamentos é um processo complexo, que envolve profissionais e o próprio paciente. Nas unidades hospitalares os responsáveis
pela medicação são os enfermeiros, a eles é imprescindível conhecimentos de farmacologia, incluindo mecanismos de ação, vias de administração,
reações adversas, toxicidade, assegurando aos pacientes uma assistência livre de imprudência, imperícia ou negligência. (CASSIANI, 2005).
OBJETIVOS
Descrever quantitativamente o conhecimento de pacientes sobre os medicamentos em uso durante o período de internação.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo realizado na unidade de emergência do hospital Santa Casa de Misericórdia Sobral a partir
do projeto de pesquisa financiado pela mesma instituição. Os dados foram obtidos por meio de entrevista, contendo perguntas sobre
o perfil sociodemográfico e clínico, atuação da equipe multidisciplinar para o paciente, medicamentos em uso, situações de conforto e
desconforto. A escolha dos participantes foi de maneira aleatória, priorizando os que estivessem na unidade no período da coleta. Como
critérios de inclusão: maior de 18 anos, pacientes que estejam internados na média complexidade, com tempo de admissão no serviço
de 12 a 24 horas. Como critério de exclusão: muito graves, com nível de consciência alterado, com dor de moderada a grave ou alguma
dificuldade que na fala. A coleta foi realizada entre os meses de Novembro de 2014 a Fevereiro de 2015. A amostra foi constituída de 85
pacientes que aceitaram participar da pesquisa. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa, sob o protocolo nº 793/626.
RESULTADOS
O dados provenientes das respostas dos pacientes permitiram analisar quantitativamente o conhecimento deles sobre as medicações e
se eram fornecidas orientações. A idade variou de 18 a 82 anos, 76% tinham filhos e 24% não tinham filhos, 36% eram de Sobral e 64%
de outros municípios circunvizinhos, 14% eram analfabetos, 8% eram alfabetizados e 6% com ensino superior. Ao serem perguntados
acerca de receber informação sobre a medicação, 35% dos entrevistados disseram que recebiam informações e 65% disseram que não
recebiam. Pode-se verificar que ainda há uma falta de comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, o que se mostra preocupante. A falta de informações ou a não compreensão das informações transmitidas pelos profissionais aos pacientes podem trazer
consequências como: não adesão ao tratamento, agravando o quadro clínico do paciente; bem como outras sérias consequências, que
podem piorar o estado de saúde do paciente, refere Oenning (2011). Quando indagamos se eles sabiam informar quais medicamentos
estavam usando, para que servia e por quanto tempo iria usar, as perguntas variavam de acordo com o conhecimento e o estado físico
de cada um, 42% dos entrevistados disseram que sabiam o que estavam tomando, porém não sabiam para que servia e nem por quanto
tempo iria usar, 58% dos entrevistados disseram que não sabiam qual sua medicação, por quanto tempo iria usar e para que servia.
Pesquisas evidenciam que pacientes devidamente instruídos auxiliam na detecção de erros de prescrição. (OENNING, 2011).
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CONCLUSÃO
O estudo evidenciou que ainda há uma falta de informações que devem ser repassadas aos pacientes, o que se torna preocupante. Os
resultados trazem informações de risco e de medidas que podem ser efetivadas, sendo de fundamental importância uma boa comunicação entre profissionais de saúde e pacientes, pois, além de evitar erros de medicação, o paciente bem informado pode modificar o
seu comportamento de saúde.
REFERÊNCIAS
1.CASSINI, S.H.B. A segurança do paciente e o paradoxo no uso de medicamentos. Rev Bras Enferm 2005 jan-fev; 58(1):95-9.
2.OENNING, D; OLIVEIRA, B.V; BLATT, C.R. Conhecimento dos pacientes sobre os medicamentos prescritos após consulta médica e dispensação. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2011, vol.16, n.7, pp. 3277-3283. ISSN 1413-8123.
Descritores: Esquema de medicação. Pacientes Internados. Enfermagem. Educação em Saúde.
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ANALISANDO A PRODUÇÃO DE SAÚDE DE UM CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: EVIDÊNCIAS DOS PROJETOS
TERAPÊUTICOS SINGULARES.
Alexsandro Batista de Alencar 1
Adriana Gonzaga Girão Cipriano 2
Elvira Almeida Machado 3
Ronaldo Rodrigues Pires 4
Núbia Dias Costa caetano 5
[email protected]
1-Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva – RIS-ESP/CE;
2- Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva – RIS-ESP/CE;
3- Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva – RIS-ESP/CE;
4- Universidade Estadual do Ceará – UECE;
5- Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva – RIS-ESP/CE
INTRODUÇÃO
O estudo é uma análise da produção de saúde realizada por um CAPS ad, e suas estratégias de cuidado junto à dependentes de drogas. A
política de saúde mental tem carecido de indicadores e informações que subsidiem a tomada de decisões nos serviços e a reorganização
das agendas de trabalho. Torna-se de suma relevância a construção de estratégias e estudos que deem conta desta necessidade.
OBJETIVOS
Refletir sobre a produção de saúde de um CAPS ad através da análise dos registros nos projetos terapêuticos propostos contidos nos
prontuários dos pacientes atendidos pelos profissionais.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório com abordagem quantitativa e qualitativa, realizada em um CAPS ad de Fortaleza. Foi realizado um
levantamento de informações das fichas de anamnese de 27 novos prontuários, abertos no mês de agosto de 2013. Este período foi
selecionado como o mês onde houve um maior número de admissões no serviço estudado. Os dados coletados foram sistematizados
e agrupados sendo enumeradas as atividades descritas no Projeto Terapêutico Singular (PTS) e os encaminhamentos realizados pelos
profissionais de saúde. A organização e apresentação dos dados foram feitas através de gráficos utilizando a estatística descritiva das
frequências absolutas. As interpretações das informações foram analisadas com base na literatura sobre Saúde Mental Coletiva, bem
como publicações e diretrizes da saúde mental no SUS.
RESULTADOS
Evidenciamos que das 27 pessoas que deram entrada no CAPS ad no período estudado, 22 eram do sexo masculino e 05 do sexo feminino. A maior parte deu entrada por problemas decorrentes de uma única substância psicoativa e 18 destes usuários tem faixa etária entre
13 e 18 anos. No Projeto Terapêutico para todos os 27 usuários predominou o encaminhamento inicial para o médico psiquiatra, seguido
de 6 encaminhamentos para Psicologia e 3 para Enfermagem. Não houve encaminhamento para o Serviço Social e Terapia Ocupacional.
Percebe-se nesta amostra que prevalece a visão do atendimento médico-centrado em detrimento das outras categorias profissionais o
que revela o típico modo do paradigma psiquiátrico hospitalocêntrico (COSTA ROSA, 2013). A busca pela formulação de um diagnóstico
numa perspectiva curativista, favorece um não comprometimento na elaboração do PTS na perspectiva da clínica ampliada (CAMPOS,
2007) deixando de lado a participação da equipe multiprofissional. É considerado um dado preocupante o não encaminhamento dos
usuários para o Serviço Social e Terapia Ocupacional visto que algumas necessidades de saúde podem ser subestimadas ou negligenciadas já que não se enxergam as possibilidades de cuidados ofertados por estas profissões. Ambas são categorias profissionais que
merecem ser valorizadas, principalmente pelo contexto das pessoas que usam drogas que tem prejuízos significantes em sua trajetória
familiar, econômica e social.
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CONCLUSÃO
Os resultados demonstram a importância da tradução das evidências da produção de saúde para construir estratégias e ações compatíveis com as necessidades dos usuários, atentando não só por números, mas também na discussão qualitativa. É preciso reconhecer a
importância da participação dos atores envolvidos no cuidado de modo que sejam feitas reflexões sobre as demandas.
REFERÊNCIAS
COSTA-ROSA, A. Atenção Psicossocial além da reforma psiquiátrica: contribuições a uma clínica crítica dos processos de subjetivação
na saúde coletiva. São Paulo; Editora UNESP: 2013. 337 p.
CAMPOS, G. W. S.; AMARAL, M. A. A clínica ampliada e compartilhada, a gestão democrática e redes de atenção como referenciais
teórico-operacionais para a reforma do hospital. Ciência & Saúde Coletiva, 12(4):849-859, 2007.
Descritores: Centro de Atenção Psicossocial; Saúde Mental; Projeto Terapêutico Singular; Produção de Saúde.
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IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO DE UMA UNIDADE DE CENTRAL DE
TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Evellyn dos Santos Penha 1
[email protected]
Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar. Hospital Regional Norte 1
INTRODUÇÃO
A busca pela qualidade da assistência ao paciente vem influenciando a reorganização das estruturas médico hospitalares. Nesse contexto o paciente passou a se deslocar dos locais de internação quando necessário. Assim, muitos hospitais possuem unidades com funcionários específicos para realizar de modo seguro o transporte intra-hospitalar de forma que não prejudique seu tratamento.
OBJETIVOS
O estudo objetivou registrar a importância do serviço desenvolvido em uma unidade denominada central de transporte tido como referência para a melhoria da assistência ao paciente hospitalizado.
METODOLOGIA
Pesquisa do tipo exploratória e descritiva com abordagem quantitativa realizada em uma instituição privada sem fins lucrativos que atua
no segmento de gestão em saúde, referência na região Norte Cearense no período de janeiro a agosto de 2015. Os dados foram obtidos
através da análise de planilhas do Office implementadas no serviço. Após a coleta de dados realizou-se observação exploratória, analítica
e interpretativa para agregação dos dados e apresentação dos mesmos em gráficos.
RESULTADOS
O transporte intra-hospitalar é a transferência temporária ou definitiva de pacientes dentro do ambiente hospitalar. O estudo proposto traz como referência um setor hospitalar denominado central de transporte, no qual é composto por cinquenta e seis técnicos de
enfermagem e uma enfermeira responsável pela unidade. O serviço obedece a um protocolo institucional que traz um farol de prioridades para a realização dos transportes, além de uma ferramenta de comunicação denominada checklist. A decisão de transportar um
paciente deve ser baseada na avaliação do risco/benefício e na necessidade de cuidados adicionais como tecnologia e especialistas. O
sucesso no transporte intra-hospitalar depende diretamente do planejamento e atuação organizada da equipe multiprofissional, bem
como da escolha de equipamentos adequado, comunicação prévia das informações em relação à equipe que transporta e a que recebe
na unidade de destino. O estudo foi realizado analisando-se os dados desde janeiro até agosto de 2015. Observaram-se os seguintes indicadores: a quantidade absoluta de transportes, os setores mais solicitados de origem e destino de encaminhamento, o motivo e o modo
de transporte. Analisaram-se uma média de 22.986 (33%) transportes realizados nesse período da pesquisa. Destacando-se como setor
de origem mais solicitado a observação breve intermediária, centro de imagem e emergência; e como setor de destino a observação
breve adulta, centro de imagem e altas.
CONCLUSÃO
Estudos têm documentado a importância de fatores para a segurança do transporte intra-hospitalar, como os relacionados à equipe
multidisciplinar, equipamentos adequados e planejamento. Assim a segurança do paciente tem sido facilitada pelo desenvolvimento de
equipamentos próprios, equipes treinadas e protocolos específicos, além do profissional enfermeiro inserido no planejamento das ações.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana Carolina Goulardins de et al. Transporte intra-hospitalar de pacientes adultos em estado crítico: complicações relacionadas à equipe, equipamentos e fatores fisiológicos. Acta paul. enferm. [online]. 2012, vol.25, n.3, pp. 471-476.
PEDREIRA, Larissa Chaves et. al. Conhecimento da enfermeira sobre o transporte intra-hospitalar do paciente crítico. Rev enferm UERJ.
Rio de Janeiro, 2014, vol.22, n.4, pp.533-539.
Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar. Hospital Regional Norte. Protocolo de transporte intra-hospitalar seguro. Agosto de 2013.
Descritores: Sistema Único de Saúde, Saúde pública, Transporte de pacientes.
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EDUCAÇÃO PERMANENTE COMO ESTRATÉGIA PARA A PRÁTICA EM SAÚDE
EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO
Ana Egliny Sabino Cavalcante ¹
Antonia Regynara Moreira Rodrigues ²
Francisca Brunna de Carvalho Costa Vasconcelos ³
Maria Danara Alves Otaviano 4
Marcelo Martins Aragão 5
[email protected]
1. Enfermeira do Serviço de Educação Permanente do Hospital Regional Norte.
2. Enfermeira Mestranda em Enfermagem e Cuidados Clínicos em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará – UECE.
3. Enfermeira Coordenadora do Centro de Estudos do Hospital Regional Norte.
4. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
5. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal do Maranhão – UFMA.
INTRODUÇÃO
Os princípios da educação permanente em saúde se estabelecem pela ação e reflexão da realidade vivida no cotidiano de serviços dos
trabalhadores da saúde de modo a transformar a realidade. Dessa forma, visa ao questionamento da realidade e suas metas de pactos
e acordos diversos que conformam propostas e projetos potentes para mudar as práticas e operar realidades vivas (SILVA et al, 2010).
OBJETIVOS
Refletir sobre o papel da educação permanente como estratégia para transformação da prática dos profissionais de saúde em um hospital de referência da zona norte do estado do Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de uma reflexão teórica acerca da política de educação permanente desenvolvida pelo Hospital Regional Norte - HRN com o
intuito de avaliar sua atuação frente à prática dos profissionais de saúde.
RESULTADOS
A política de educação permanente do HRN/ISGH (Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar) foi articulada conforme os preceitos do Ministério da Saúde descritos na portaria nº 278, que define a educação permanente em saúde como a aprendizagem no trabalho, onde
o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações, baseando-se na aprendizagem significativa e na possibilidade de
transformar as práticas dos trabalhadores da saúde (BRASIL, 2014). Tem como objetivo fomentar práticas educacionais em espaços coletivos de trabalho, fortalecendo o trabalho em equipes multiprofissionais. Está estruturada de acordo com as etapas de funcionamento
do PDCA (planejar, fazer, checar e identificar resultados alcançados). O uso de metodologias ativas é inerente ao processo, destacando-se os vídeos, jogos, discussão em grupo e simulações realísticas. As capacitações são avaliadas utilizando os quatro níveis da metodologia de Donald Kirkpatrick: avaliação de satisfação, aprendizagem, comportamento (adesão) e de resultados. Também, associados aos
preceitos teóricos, busca integrar prática e teoria no processo educativo, criando um movimento dinâmico de fazer e refazer-se. Assim,
a política de educação permanente do HRN pode ser compreendida no contexto de uma práxis criadora, que de acordo com Ricaldoni,
Sena (2006) estabelece possibilidades de transformação, visualização, ampliação e valorização dos conhecimentos do coletivo de sujeitos envolvidos no processo de trabalho da saúde.
CONCLUSÃO
A proposta de educação permanente em saúde na perspectiva de transformação ocorre através da articulação entre a teoria e prática
realizada pelos sujeitos-trabalhadores, permeada por políticas institucionais que sustentem estas ações.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde, Portaria nº278. Institui Diretrizes para Implementação da Política de Educação Permanente em Saúde, no
âmbito do Ministério da Saúde (MS). Brasília (DF): 27 de fevereiro de 2014.
SILVA LAA, FERRAZ F, LINO MM, BACKES VMS, SCHMIDT SMS. Educação permanente em saúde e no trabalho de enfermagem: perspectiva de uma práxis transformadora. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2010 set;31(3):557-61.
RICALDONI CAC, SENA RR. Educação permanente: uma ferramenta para pensar e agir no trabalho de enfermagem. Rev Latino-Am
Enfermagem. 2006;14(6): 837-42.
Descritores: Educação continuada; Pessoal da saúde; Atenção terciária à saúde.
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ASSISTÊNCIA HUMANIZADA A IDOSOS HOSPITALIZADOS EM UTI:
PERCEPÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR
Francisco Leandro de Carvalho Alcantara ¹
Antônia Eliana de Araújo ¹
Livia Mara de Araújo ¹
Valeska Rodrigues de Sousa ¹
Andreza Moita Morais ²
[email protected]
1
Faculdades INTA/Enfermagem
2
Facid-DeVry/ Enfermagem
INTRODUÇÃO
A população mundial apresenta mudanças na sua composição etária devido à interação dinâmica das taxas de mortalidade e fecundidade, aumentando o numero de idosos procurando o serviço de saúde, cujo deve perpassar pela assistência humanizada, foco de debate,
apesar de que os profissionais da saúde já deveriam ser naturalmente humanizados (TAVARES; CÔRTES; DIAS, 2010).
OBJETIVOS
Descrever a percepção da equipe interdisciplinar acerca de assistência humanizada à pessoa idosa hospitalizada em Unidade de Terapia
Intensiva (UTI).
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, realizada em uma UTI de um hospital geral da cidade de
Sobral-Ce; com dez profissionais da equipe interdisciplinar, graduado em áreas diversas. A coleta de dados ocorreu no mês de setembro
e outubro de 2015. As entrevistas foram gravadas com a finalidade de melhor apreender as informações, as quais foram realizados em
locais, dias e horários predeterminado pelos participantes, e transcritas posteriormente, facilitando assim a fidelização da pesquisa.
Iniciou a pesquisa mediante a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa com Nº 503.833, como parte do projeto guarda chuva em humanização hospitalar. Os resultados foram apresentados em categorias.
RESULTADOS
Emergiram três categorias: a importância da humanização para a melhora do quadro clinico do paciente. De acordo com as falas: “Uma
atitude primordial para recuperação do paciente” (E3). “Vejo que é muito importante, é necessário ter essa visão humanitária dentro
desse processo de saúde e doença” (E10). A equipe interdisciplinar pode interferir no processo de recuperação e não somente proporcionar um ambiente terapêutico seguro, mas também buscar proporcionar ambiente alegre e saudável, agregando valores aos cuidados
tendo como diferencial o atendimento humanizado (VILLA; ROSSI, 2002). A segunda relata que a Integração da equipe interdisciplinar
para fazer um atendimento humanizado. De acordo com as falas: “Resulta da prática das várias categorias profissionais atuantes na
produção do cuidado em saúde” (E4), “A gente tem que perceber que não é só eu, tem que ter o grupo inteiro envolvido nessa assistência” (E7). Para Mello (2008) toda equipe multiprofissional deve ser preparada para lidar com aspectos subjetivos e social do paciente. E
por último a Contribuição da visita familiar para a reabilitação do idoso. De acordo com as falas: “Atender bem o familiar que vem visitar,
orientar que ele estimule o paciente” (E5). “ Os familiares dos pacientes tem um tratamento adequado, conversam com o médico, sobre o seu paciente” (E8). Segundo Pelazza (2015) a visita é fundamental tanto no processo de humanização quanto na recuperação do
paciente.
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CONCLUSÃO
Diante da pesquisa realizada, observou-se que os objetivos do estudo foram alcançados. Pois, de acordo com o formulário elaborado,
durante a coleta, obteve-se êxito com os profissionais. Porém, a humanização hospitalar ainda está muito em teoria, e na prática encontra-se algumas dificuldades. No entanto, foi gratificante conhecer mais sobre a dinâmica desse universo acerca da humanização na UTI.
REFERÊNCIAS
MELLO, Inaiá Monteiro. Humanização da Assistência Hospitalar no Brasil: conhecimentos básicos para estudantes e profissionais.
São Paulo, 2008. p. 47-52.
PELAZZA, Bruno Bordin et al. HUMANIZAÇÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: UMA VISÃO DO PONTO DE VISTA DO PROFISSIONAL
DE ENFERMAGEM. Itinerarius Reflectionis, [S.l.], v. 11, n. 1, fev. 2015. ISSN 1807-9342. Disponível em: <http://revistas.jatai.ufg.br/index.
php/ritref/article/view/33008/18385>. Acesso em: 30 Out. 2015.
TAVARES, D.M.S; CÔRTES, R.M; DIAS. F. Qualidade de vida e comorbidades entre os idosos diabéticos. Rev. enferm. v. 18, p. 97-103, jan/
mar, 2010. Disponível em: <http://www.bireme.br/php/index.php>. . Acesso em: 15/05/15.
VILA, Vanessa da Silva Carvalho; ROSSI, Lídia Aparecida. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva:
"muito falado e pouco vivido". Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 10, n. 2, p. 137-144, Apr. 2002. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692002000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 30 Out 2015.
Descritores: Humanização da Assistência. Unidade de Terapia Intensiva. Equipe de Assistência ao Paciente.
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O IMPACTO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO
Francisco Valdicélio Ferreira 1
Ana Claudia Mesquita de Andrade 1
Jarlan Ted do Nascimento Lima 1
Silvana Vasconcelos de Sousa 1
Uilma Silva Sousa 1
[email protected]
1
Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência, Santa Casa de Misericórdia de Sobral-ce/Faculdades INTA - Intituto Superior de Teologia Aplicada.
INTRODUÇÃO
O processo de formação é contínuo, onde a educação continuada, o aprender e o ensinar devem incorporar ao cotidiano do trabalho,
esse processo é dinâmico e busca a obtenção do transformar das práticas profissionais no serviço e na própria organização do trabalho.
Espaços estres criados pelo Ministério da Saúde através das Residências Multiprofissionais em Saúde, criadas através da Lei 11.129 no ano
de 2005, sendo orientadas a partir dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde atendendo as necessidades Socioepidemioligicas de cada região.
OBJETIVOS
Apresentar o impacto da inserção de novos profissionais de saúde no serviço de um hospital de ensino através da Residência Multiprofissional e Urgência e Emergência.
METODOLOGIA
Estudo de caráter descritivo, do tipo relato de experiência vivenciada em um hospital de ensino com a participação de 18 profissionais de
saúde sendo eles: 08 enfermeiros, 04 fisioterapeutas, 03 nutricionistas e 03 farmacêuticos, inseridos no hospital nos seguintes setores:
Urgência e Emergência, UTI adulto e clínica cirúrgica, e neurologia e SAMU. Foram divididas três equipes, cada uma com 06 profissionais
sendo direcionando para cada setor e fazendo o rodizio a cada 04 meses. Nos setores de atuação os profissionais se inserem no serviço
de maneira integral em plantões diários de 12 horas trabalhando e observando a metodologia de trabalho e com isso fazem intervenções
para melhorar as práticas e atualizar os profissionais no serviço.
RESULTADOS
A inserção destes profissionais se deu através de edital lançado no dia 21 de janeiro de 2015, no qual passaram por seleção por meio de
uma prova escrita, entrevista individual e análise curricular. A admissão desses profissionais no programa de Residência teve um grande
impacto no que diz respeito ao serviço de saúde, ao trabalho em equipe e reforço no quadro de profissionais já existentes no serviço
atuando em diferentes setores de forma integral, compartilhada e humanizada. A inclusão de uma equipe multiprofissional em todos
os setores supracitados trouxeram resultados positivos possibilitando um novo modelo de fazer saúde, no tratar do paciente de forma
humanizada e holística, desenvolvendo projeto terapêutico singular unindo os serviços de saúde, atenção primária e terciária, escuta
qualificada, acompanhamento direcionado com enfoque interdisciplinar e multiprofissional, além de educação continuada nos serviços
com os profissionais.
CONCLUSÃO
A Residência em Saúde engrandece e valoriza a formação profissional, neste sentido faz-se necessário ressaltar a importância desta
iniciativa, do processo de trabalho no qual a troca de experiências nos torna fundamentais na configuração de tal modelo de formação
para atuação profissional em saúde, cujos desdobramentos históricos se apresentam promissores na tão almejada consolidação do SUS.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde.
Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
LOPES, R. E.; ROSA, S. D. Residência multiprofissional em saúde e pós-graduação lato senso no Brasil: apontamentos históricos. Trabalho, educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, p. 479-498, 2010.
PERES, R. S.; ANJOS, A. C. Y.; ROCHA, M. A.; GUIMARÃES, A. G. C.; BORGES, G. M.; SOUZA, K. G.; PEREIRA, M. G. O trabalho em equipe no
contexto hospitalar: reflexões a partir da experiência de um programa de residência multiprofissional em saúde. Em Extensão, Urberlândia, v. 10, n. 1, p. 113-120, jan/jun. 2011
CECCIM, R.B. Onde se lê “recursos humanos em saúde”, leia-se “coletivos organizados de produção em saúde. Desafios para a educação.
In: PINHEIRO, R.; MATTOS R.A. (Orgs.). Construção social da demanda: direito à saúde, trabalho em equipe, participação e espaços públicos. Rio de Janeiro: Cepesc, 2005a. p.161-80.
Descritores: Programas de Residências em Saúde; Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência; Interdisciplinaridade, Multiprofissional.
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Perfil epidemiológico das pessoas acometidas por Sarampo em
Sobral – Ceará no ano de 2014
Marília Campos Fernandes¹ Universidade Estadual Vale do Acaraú/ Enfermagem
Tatiane Moreira Costa² Universidade Estadual Vale do Acaraú/ Enfermagem
Ana Karoline Barros Bezerra³ Universidade Estadual Vale do Acaraú/Enfermagem
Maria Socorro Carneiro Linhares 4Universidade Estadual Vale do Acaraú/Enfermagem
mariliacf­_ @hotmail.com
INTRODUÇÃO
O sarampo é uma das afecções clássicas na infância. A transmissão do vírus do sarampo pode ser diretamente de pessoa para pessoa,
através de secreções ou pela dispersão de gotículas com partículas virais no ar. Sabe-se, que, no Brasil, tinham alguns anos que não
ocorriam casos, porém o ano de 2014 foi marcado por um surto na região nordeste, com grande número de casos na cidade de Sobral
– Ceará.
OBJETIVOS
Descrever o perfil epidemiológico dos casos de sarampo registrados no ano de 2014, em Sobral, Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal, tendo como unidades de análises os casos notificados e confirmados de
sarampo no ano de 2014. Os dados foram obtidos pelos relatórios da base local do Sistema de Informações de Agravos e Notificações
(SINAN) da Secretaria de Saúde de Sobral. Para a descrição do perfil epidemiológico dos casos de sarampo no período estudado, foram
consideradas as seguintes variáveis: sexo, cor, local ou área de residência, idade, estado vacinal e evolução da doença.
RESULTADOS
De acordo com dados do SINAN, o primeiro caso de sarampo notificado em Sobral foi em maio de 2014. Desse mês até dezembro, foram
notificados 265 casos suspeitos de sarampo, sendo 81 confirmados. Do total de casos confirmados, a maior incidência da doença foi sexo
masculino, com 65,4%. Quanto à cor dos que adoeceram, 63,4% se denominaram como pardos, 32,1% brancos, e 2,5% amarelos. Quanto
à localização dos casos, em quase todos os bairros da sede de Sobral registraram ocorrências de sarampo. A distribuição proporcional por
residência dos casos se apresentou da seguinte forma: Terrenos Novos: 22,1%, Coelce: 8,9%, Sinhá Sabóia: 7,6%, Junco: 7,3%, Patriaca:
7,3%, Centro: 6,2%, Alto da Brasília: 4,9%, Recanto: 2,7% Tamarindo: 2,7%, CAIC: 2,7% Expectativa: 2,7%, Baracho: 2,7%, Rafael Arruda:
2,7%, Alto do Cristo: 2,5%, COHAB III: 2,5%, Pedrinhas: 2,5%, Aprazível: 2,5%, Padre Palhano: 2,5%, Dom Expedito: 1,7%, Vila União: 1,7%,
Sumaré: 1,2%, Santa Casa: 1,2%, Cohab II: 1,2%. A distribuição proporcional por faixa etária dos casos de sarampo em Sobral se apresentou
dessa maneira: Menores de um ano: 24,7% e cinco a nove anos: 3,7% foram as mais atingidas. Quanto à situação vacinal dos casos, foi
verificado que 33,3% não haviam tomado a vacina contra o sarampo, 44,4% não lembravam se haviam tomado e 22,2%, mesmo com a
vacinação em dia, contraiu a doença. Dos 81 casos confirmados, todos evoluíram sem complicações de maior gravidade e nenhum óbito
foi registrado.
CONCLUSÃO
Verifica-se, portanto, que com a ocorrência do surto de sarampo em Sobral foram desencadeadas, medidas de bloqueios, a partir de
casos identificados, e campanhas de vacinação a fim de evitar a propagação da doença e encerramento do surto. Observou-se que nenhum dos casos evoluiu para óbito, pressupõe-se que todos os casos tiveram assistência à saúde e foram bem conduzidos clinicamente.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília: Fundação Nacional da Saúde; 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de vigilância para a erradicação do sarampo e controle da rubéola. Brasília: Fundação Nacional de
Saúde; 2000. FREIRE, LMS; MENEZES, FR;. Sarampo. In: TONELLI E, FREIRE LMS, ed. Doenças Infecciosas na Infância e Adolescência. 2a ed. Rio de
Janeiro: MEDSI; 2000
SOBRAL. Secretaria Municipal de Saúde. Base de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação – SINAN. Sobral-Ceará,
2015.
Descritores: Epidemiologia, Sarampo, Saúde Pública.
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CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE TENTATIVAS DE SUICÍDIO ATENDIDOS EM
UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA
Roberta Magda Martins Moreira ¹
Eliany Nazaré Oliveira ¹
Tamires Alexandre Félix ¹
Adeliane Souza Freire ¹
José Henrique Moreira Albuquerque ²
[email protected]
1. Universidade Vale do Acaraú- UVA.
2. Instituto Superior de Teologia Aplicada- INTA.
INTRODUÇÃO
O suicídio é caracterizado por um ato de violência autoinfligido que está, na maioria dos países, entre as dez principais causas de morte,
constituindo-se em um relevante problema de saúde pública no mundo (Kruger; Werlang, 2010). Outro problema ligado ao suicídio é o
elevado número de tentativas, além do difícil conhecimento sobre os fatores relacionados.
OBJETIVOS
Analisar as principais características de pacientes admitidos por tentativa de suicídio em uma unidade de emergência de um hospital
referência do Ceará.
METODOLOGIA
O estudo caracteriza-se como descritivo exploratório com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no setor da emergência adulta da Santa Casa de Misericórdia de Sobral com pacientes admitidos por tentativa de suicídio no período de 2013 a 2015. Foram
abordados 153 casos por meio de uma entrevista semiestruturada e formulário próprio com perguntas referentes ao perfil socioeconômico, fatores de risco, contexto da tentativa de suicídio e evolução do caso. Os dados foram processados no programa Epi-Info e está de
acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012).
RESULTADOS
Os resultados demonstraram valores proporcionais quanto ao sexo, sendo 50,3% os casos de sexo masculino e 49,7 % feminino. Quanto
à faixa etária, observou a predominância de adultos (54,2%) referente a idade entre 21 e 41 anos, em seguida dos adolescentes (26,8%)
entre 12 e 21 anos. Com relação ao perfil sócio econômico, 46,4 % eram solteiros, 60% possuíam ensino fundamental incompleto, 29,4%
estavam desempregados e 19,6% foram estudantes. No que se refere ao método utilizado para autoagressão, constatou-se a prevalência
de intoxicação exógena (81%), em sua maioria por raticidas, agrotóxicos e medicamentos de uso contínuo dos pacientes, especialmente
ansiolíticos e antidepressivos, o elevado número relaciona-se ao fácil acesso, baixo custo e eficácia frente às tentativas de suicidio. Logo
após, aparecem os enforcamentos e métodos combinados em que o paciente utiliza dois ou mais meios concomitantes para a violência
autoinflingida. Em relação aos fatores de risco foi identificado o uso abusivo de crack, álcool e outras drogas em 30,0% dos casos, 38,6%
tentaram provocar a própria morte mais de uma vez, 25,5% tinham histórico de suicídio na família e 37,3% portavam alguma desordem
mental. Entre as motivações foram citados conflitos amorosos (31,4%), conflitos familiares (26,8%), eventos estressantes (16,3%) e depressão (11,8%). 56,2% obtiveram alta melhorada e 5,2 % evoluíram para óbito.
CONCLUSÃO
Considera-se a necessidade de estudos semelhantes para conhecer mais profundamente o perfil dessas pessoas e os fatores associados
às tentativas de suicídio além de investir em políticas públicas para qualificar o atendimento visto a vulnerabilidade da pessoa que tenta
suicídio. É importante também, promover ações que tornem menos prováveis futuras tentativas.
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REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Resolução nº 466, de 12 de dezembro
de 2012- CNS. Brasília, DF, 1996.
KRÜGER, L.L.; WERLANG B.S.G. A dinâmica familiar no contexto da crise suicida. Psico-USF, v. 15, n. 1, p. 59-70, jan./abr. 2010.
Descritores: Tentativa de Suicídio; Emergência; Epidemiologia.
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EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA OS AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS COMO
PASSO IMPORTANTE PARA SEGURANÇA DO PACIENTE
Tereza Angelise Alves Mendonça ¹
Rogelma Carneiro Ferreira ²
Luiz José de Lima Neto ³
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto 4
[email protected]
INTRODUÇÃO
A preocupação com qualidade do cuidado e com a segurança do paciente nas instituições de saúde tem surgido em âmbito global. Dados
apontaram que de 33,6 milhões de internações 44.000 a 98.000 pacientes, aproximadamente, morreram em consequência de eventos
adversos¹. A Higienização dos setores de forma adequada como qualquer tipo de cuidado com o paciente configura-se uma medida
importantíssima para minimização da infecção hospitalar e para a disseminação de bactérias
OBJETIVOS
Relatar a importância da realização de capacitação e treinamento continuo para os auxiliares de serviços gerais para segurança do paciente em um hospital de médio porte Zona Norte do Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um Relato de Experiência resultante da capacitação para os auxiliares de serviços gerais do Hospital Municipal de Massapê,
como potencial medida de segurança para o paciente em um Hospital de Médio porte, durante os meses de agosto e setembro de 2015.
Os princípios éticos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde foram respeitados.
RESULTADOS
A inserção em diversos serviços de um Hospital permitiu adentrar em campos de prática variados, além de enfrentar os conflitos práticos
da implementação das bases teóricas para segurança do paciente. Percebeu - se a fundamental importância de capacitar os auxiliares
de serviços gerais para que eles façam a higienização das unidades de saúde obedecendo as técnicas adequadas de forma que se faça a
limpeza correta diminuindo assim os riscos de aumentar as infecções hospitalares e as disseminações de bactérias.
CONCLUSÃO
O processo de melhorar a segurança do paciente na prevenção de danos é complexo e desafiador. A base filosófica para o cuidado de
enfermagem é fundamentada no princípio da segurança do paciente, no qual a prática de medidas simples se tornam essenciais no
processo de recuperação do paciente, mas com a complexidade atual da assistência à saúde, isso requer uma atenção continua e que
medidas básicas e essenciais devem serem tomadas no dia – a –dia para que se possa ofertar uma assistência mais segura para os
pacientes de acordo com sua real importância.
REFERÊNCIAS
SILVA, A. E. B. C. Segurança do paciente: desafios para a prática e a investigação em enfermagem. Rev. Eletr. Enf., v. 12, n. 3, 2010.
Descritores: pacientes; segurança; higienização; profissionais.
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AUDITORIA DE TOMOGRAFIAS REALIZADAS NO MUNICÍPO DE SOBRAL-CEARÁ
NOS ANOS DE 2014 E 2015
Ivna Hitzschky Silva dos Fernandes Vieira Previdelli 1
Darilo Augusto Neto Magalhães Ribeiro 2
Maria Dilma da Silva 3
Elve Rodrigues da Silva 4
[email protected]
1.Departamento Municipal de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DEMASUS) Sobral-Ceará
2.Departamento Municipal de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DEMASUS) Sobral-Ceará
3.Departamento Municipal de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DEMASUS) Sobral-Ceará
4.Departamento Municipal de Auditoria do Sistema Único de Saúde (DEMASUS) Sobral-Ceará
INTRODUÇÃO
Auditoria é um instrumento de gestão que fortalece o Sistema Único de Saúde, contribui para a alocação e utilização adequada dos
recursos, garante o acesso e a qualidade da atenção à saúde oferecida aos cidadãos. Os dados fornecidos pela auditoria devem orientar
o gestor quanto à aplicação eficiente do orçamento da saúde, contribuindo para melhoria de indicadores epidemiológicos do município.
OBJETIVOS
Avaliar e comparar a quantidade de tomografias de urgência e ambulatorial realizadas do município de Sobral-Ceará nos anos de 2014
e 2015 (janeiro a setembro).
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo e comparativo. Foram colhidos dados sobre o número de tomografias de urgência e ambulatorial do
município de Sobral realizadas na Santa Casa, Clínica Boghos (2014 a setembro/2015) e na Policlínica (de junho/2014 a setembro/2015).
Dados colhidos do Sistema de Avaliação Ambulatorial do Sistema Único de Saúde e do UNISUSWEB, processados através do Excell e
expressos em números e porcentagens.
RESULTADOS
A média de programação de tomografias para Sobral em 2014 e 2015 foi de 390 por mês. Santa Casa, Boghos e Policlínica realizaram em
2014, 1.813 tomografias (média mensal de 194 tomografias) e de janeiro a setembro de 2015, 2.293 tomografias (média mensal de 255
tomografias). A comparação entre esses dois períodos mostra um aumento de 480 tomografias (26,47%) em 2015. O maior número na
Santa Casa e na Boghos corresponde a tomografia de crânio (código 020601007-9) com 586 realizadas em 2014 e 802 em 2015. Pode-se aventar várias causas para o aumento das tomografias. Talvez a um aumento do número de tomografias sem indicação já que em
setembro de 2015, das 479 tomografias de urgência, 144 (30,06%) eram normais e das 486 de outubro, 241 (49,58%). Talvez devido ao
aumento de acidentes automobilísticos. Ou talvez ao aumento de acidentes domésticos. O número de tomógrafos para a região está
adequado pelo preconizado na portaria Ministério da Saúde nº 1.631 (um tomógrafo/100 mil habitantes). Assim Sobral deveria ter 1,88 tomógrafo, já que a população de Sobral é de 188.233 habitantes, pelo último senso do IBGE. Em Sobral existem três tomógrafos realizando
exames pelo SUS. Talvez esse parâmetro tenha que ser revisado já que cada município tem suas particularidades. Um dos parâmetros
pode ser a média histórica ou a fila de demanda reprimida, associados a uma análise apurada da auditoria para constatar a pertinência
do procedimento.
CONCLUSÃO
O número de tomografias realizadas em Sobral aumentou em 26,47%, se comparados 2014 a 2015 (de janeiro a setembro). A auditoria
tem por função investigar as possíveis causas para esse aumento no sentido de fornecer subsídios para os gestores tomarem decisões. A
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auditoria deve contribuir na melhoria da utilização de recursos financeiros, visando os princípios da equidade, integralidade e igualdade.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do ministro. Portaria nº 1631, de 1º de Outubro de 2015.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Sistema: orientações básicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Sistema Nacional de Auditoria. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Brasília : Ministério
da Saúde, 2011. 48 p.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no
SUS - ParticipaSUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.
44 p.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e pesquisa. Disponível em:< http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 03 nov. 2015.
Descritores: Auditoria; Tomografia
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eixo :
GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E CITOTOXIDADE DE EXTRATOS
DE MACROALGAS MARINHAS FRENTE A BACTÉRIA MULTIRRESISTENTe
Giselle Cristina Silva 1
Raquel Cavalcante Soares 1
Daniel Barroso Alencar 2
Fatima Cristiane Teles Carvalho 1
Daniel Rodrigues dos Santos
Oscarina Viana de Sousa 1
Regine Helena Silva dos Fernandes Vieira 1,2
[email protected]
1
Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará,
2
Departamento de Engenharia de Pesca, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici
INTRODUÇÃO
A investigação de compostos naturais como alternativas aos antimicrobianos sintéticos está em evidência na comunidade científica. O
ambiente marinho apresenta uma diversidade de espécies comparável àquela das florestas tropicais. Esta riqueza é capaz de produzir
uma variedade de estruturas químicas que possui um potencial elevado para descoberta de novos fármacos (MOLINSKI et al.,2009).
OBJETIVOS
Este trabalho investigou a ação de extratos de macroalgas marinhas coletadas na costa cearense frente a cepas bacterianas patogênicas
de Salmonella com perfil de multi-resistência.
METODOLOGIA
As algas foram coletadas, identificadas, liofilizadas e submetidas a extração com solventes de polarização crescente (hexano, acetona,
etanol e metanol), os espécimes algais Ulva lactuca,: Hypnea musciformis e Padina gymnospora. As cepas bacterianas utilizadas nos
testes in vitro fazem parte do acervo bacteriológico do Laboratório de Microbiologia Ambiental e do Pescado do Instituto de Ciências
do Mar – UFC. São compostas por uma cepa de Salmonella multirresistente e duas cepas padrões ATCC, um modelo Gram-positivo,
Staphylococcus aureus ATCC 25923, e um Gram-negativo, Escherichia coli ATCC 25922. A análise antibacteriana dos extratos algais
foi feita a partir da técnica de Difusão em Disco em meio ágar Mueller-Hinton (CLSI, 2013). Discos brancos estéreis (Laborclin) de 6 mm
de diâmetro foram impregnados com 1 mg de extrato bruto em cada disco. A citotoxidade foi analisada pelo ensaio com MTT ((3-4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2 5 difenil brometo de tetrazolina) segundo Silva, et al. (2011).
RESULTADOS
As macroalgas utilizadas para extração neste trabalho inibiram o crescimento das bactérias testadas. A capacidade de algas marinhas em
produzir metabólitos secundários de potencial interesse tem sido amplamente descrita em estudos prévios. A atividade antibacteriana
de algas é influenciada por fatores como: a espécie de alga a ser testada, a eficiência do método de extração e a resistência das bactérias
testadas. As macroalgas Padina gymnospora, Hypnea musciformis e Ulva lactuca expressaram atividade antibacteriana frente as bactérias S. aureus ATCC 25923, E. coli ATCC 25922 e Salmonella multirresistente. O controle positivo foi feito com o antimicrobiano comercial
cloranfenicol (30 µg) e o controle negativo foi composto por disco branco embebido com água destilada esterilizada. As cepas padrões
S. aureus e E. coli e Salmonella apresentaram halos inibição ao redor do cloranfenicol de 31,93 mm, 30,13 mm, 29,06 mm de diâmetro
respectivamente. Células da linhagem Vero foram utilizadas para o teste de citotoxidade dos extratos obtidos com metanol e etanol,. Os
resultados, nos quais os cálculos foram feitos pela equação de regressão, confirmaram os valores de CC50 maiores que 1mg. A eficiência
antimicrobiana de extratos de macroalgas foi observada em muitas pesquisas. Sendo confirmadas como importantes inibidoras do crescimento de micro-organismos patogênicos, algas das classes verdes, vermelhas e pardas (ROSALINE, et al. 2012).
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CONCLUSÃO
Os extratos das macroalgas coletadas na costa do Estado do Ceará demonstraram, através da técnica de difusão em disco, que foram
eficientes contra bactérias S. aureus, E. coli e Salmonella com perfil de multirresistência.
REFERÊNCIAS
MOLINSKI, T.F. DALISAY, D.S., LIEVENS, S.L., SALUDES, J.P. Drug development from marine natural products. Nature Reviews, v. 8, p. 6985, 2009.
CLSI – Clinical and Laboratory Standards Institute.Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing. Twentieth Informational Supplement: Supplement M100-S20, Wayne, PA, USA, 2013.
ROSALINE, X. D. ; SAKTHIVELKUMAR, S; RAJENDRAN, K ; JANARTHANAN, S; Screening of selected marine algae from the coastalTamil
Nadu, South India for antibacterial activity, Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicinev. 2, p. S140-S146, 2012.
SILVA A.R.A, MORAIS S.M, MARQUES M.M.M, LIMA D.M, SANTOS S.C.C, ALMEIDA R.R, VIEIRA I.G.P, GUEDES M.I.F. Antiviral activities of extracts and phenolic components of two Spondias species aginst dengue vírus (2011) v.17, (4); 406-413.
Descritores: Antibioticoprofilaxia, Farmacorresistência Bacteriana.
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AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO
PACIENTE EM UM HOSPITAL DA REGIÃO NORTE DO CEARÁ
Maria Nadia Craveiro de Oliveira 1
Débora Maria Bezerra Martins 2
Samuel de Sousa Oliveira 3
Maria de Fátima Fernandes Teles 4
Sabrina Becker 5
[email protected]
1. Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades INTA. Bolsista Voluntária da Gerência de Risco da SCMS.
2. Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Bolsista Voluntária da Gerência de Risco da SCMS.
3. Acadêmico do curso de Bacharelado em Enfermagem das Faculdades INTA Bolsista Voluntária da Gerência de Risco da SCMS.
4. Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Bolsista Voluntária da Gerência de Risco da SCMS.
5. Orientadora. Especialista em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde pela UFRN. Docente na Universidade Estadual Vale do Acaraú.
INTRODUÇÃO
A identificação correta do paciente é um processo fundamental de prevenção de erros que podem causar danos evitáveis à pacientes,
muitas vezes de potencial catastrófico (BRASIL/2013). Diante disso, a implementação de protocolo de identificação correta de pacientes
deve ser prioridade nas organizações de alta confiabilidade e foi implantado na Santa Casa de Misericórdia de Sobral em 2013.
OBJETIVOS
Medir indicadores operacionais de implantação do Protocolo de Identificação Segura do Paciente de um Hospital da Região Norte do
Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizada no mês de outubro de 2015 na Santa Casa de Misericórdia de Sobral por acadêmicos de
enfermagem inseridos na Gerência de Risco através do Programa de Integração Ensino-Serviço do Hospital. A instituição possui 360
leitos. Foram verificados os pacientes dos leitos que estavam ocupados no dia da visita para a coleta de dados, que estavam presentes no
leito e que não estavam realizando procedimento que impossibilitasse a verificação, totalizando 207 pacientes. O instrumento de coleta
de dados foi um check-list. Posteriormente os dados foram compilados e analisados pelos próprios pesquisadores.
RESULTADOS
A taxa de pacientes identificados por pulseira correspondeu a 73,4% dos pacientes verificados. O protocolo prevê situações especiais que
contra-indicariam a colocação de pulseira e indica a colocação de crachá, como anasarca, porém os pacientes que não possuíam pulseira
não se enquadraram nesses quesitos. Quanto às informações contidas na pulseira a taxa das informações do nome completo, data de
nascimento e matrícula (numeração única do paciente gerada automaticamente) corresponderam, respectivamente, a 99,3%, 87,5% e
81,5%. 28,2% das pulseiras continham outras informações além das três supracitadas, porém protocolo institucional considera que esses
três identificadores são suficientes para identificar de forma segura os pacientes. Devido às informações contidas na pulseira serem
manuscritas, houve falha humana no processo, onde alguns colaboradores não seguiram a indicação da utilização dos três identificadores propostos no protocolo. Apesar de manuscritas, houve uma taxa de erro na identificação de 2,8%, relacionado a erro no número de
matrícula. O ideal seria impressão dos dados do sistema eletrônico do hospital. A indicação da fixação da pulseira é no membro superior
direito (MSD), a taxa de fixação da pulseira neste membro foi de 73,6%. Não havia contra-indicação aparente de fixação da pulseira em
MSD nos casos que não cumpriram a indicação do protocolo. Nenhum dos pacientes continham registro no prontuário de colocação da
pulseira.
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CONCLUSÃO
Foram percebidas falhas em todos os itens verificados. É sugerido à implementação de uma lista de verificação diária para que as
equipes assistenciais acompanhem o processo de identificação, a intensificação do acompanhamento desses indicadores operacionais
de implantação do protocolo pela Gerência de Risco e ações de educação permanente com sensibilização para a cultura de segurança.
REFERÊNCIAS
ANVISA/MS. Protocolo de identificação do paciente. 2013. Brasília: Copyright.
Descritores: Segurança do paciente, sistema de identificação do paciente, educação continuada.
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ACOLHIMENTO NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA REORGANIZAÇÃO NA ATENÇÃO À SAÚDE
Dillyane Carvalho de Lima 1
[email protected]
INTRODUÇÃO
O acolhimento surgiu como uma atividade programada para a atenção da demanda espontânea, que compreende desde a recepção do
usuário no sistema de saúde até a atenção resolutiva dos seus problemas. Com vistas às transformações propostas pelo SUS, essa diretriz operacional propõe reorganizar o serviço no sentido de oferecer sempre uma resposta positiva ao problema de saúde apresentado
pelo usuário.
OBJETIVOS
Apresentar como a reorganização do processo de acolhimento pode otimizar o atendimento, organizar o fluxo, priorizar a execução dos
programas e garantir a resolutividade dos problemas de saúde.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência sobre a reorganização do acolhimento em um Centro de Saúde da Família em Sobral, Ceará que se
iniciou em Maio de 2015. Após uma reunião com as enfermeiras foi pactuado que no novo modelo de acolhimento, os usuários ao chegarem à unidade de saúde têm seus sinais vitais verificados. Em seguida, são redirecionados a enfermeira de sua área adscrita, no horário
de 7:00 as 10:00 da manhã, onde acontece o acolhimento da demanda espontânea. E aqueles que necessitam de um atendimento imediato são encaminhados ao médico da unidade enquanto os demais são agendados dentro dos programas de acordo com a necessidade
de cada um. No horário de 10:00 as 11:00 da manhã, assim como das 13:00 as 17:00 da tarde os usuários são acolhidos pelos técnicos
de enfermagem que avaliam a necessidade do atendimento. Nesse mesmo período enfermeiras e médicos estão em atendimento de
demanda agendada, porém com flexibilidade para os atendimentos imediatos.
RESULTADOS
Com a reorganização do processo de acolhimento na unidade de saúde, foi possível observar uma otimização na qualidade dos atendimentos, uma maior adesão da comunidade às tecnologias leves, aos programas e grupos de saúde ofertados pela unidade bem como
uma melhoria no estabelecimento de vínculo entre equipes de saúde e população. Pois com a garantia do acesso aos serviços por meio
do acolhimento e o estabelecimento de vínculo ocorreu uma mudança quanto às dificuldades dos usuários em conseguirem uma consulta e receberem uma informação adequada por parte do serviço de saúde. Visto que durante o acolhimento é realizada a escuta qualificada, onde a enfermeira escuta as queixas, esclarece dúvidas e fornece informações necessárias. É nesse momento de diálogo entre
profissional e usuário que as soluções para problemas de saúde são encontradas, pois, às vezes, o desabafo presente em uma relação de
respeito e confiança estabelecida através do vínculo pode proporcionar as soluções para as dificuldades presentes, dispensando, muitas
vezes, uma consulta médica e/ou à realização de exames.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, entende-se que a prática do acolhimento é uma forma de garantir a resolutividade dos problemas de saúde. Desse
modo, pode-se concluir que, as equipes da atenção básica são responsáveis pela reorganização da atenção primária, devendo ter a iniciativa de enfrentar o desafio de repensar suas práticas e reestruturar seus serviços a fim de garantir uma melhor assistência à saúde.
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REFERÊNCIAS
BREHMER, L. C. F.; VERDI, M. Acolhimento na Atenção Básica: reflexões éticas sobre a Atenção à Saúde dos usuários. Ciência &
Saúde Coletiva, 15(Supl. 3): 3569-3578, 2010.
COELHO, M. O.; JORGE, M. S. B.Tecnologia das relações como dispositivo do atendimento humanizado na atenção básica à saúde
na perspectiva do acesso, do acolhimento e do vínculo. Ciência & Saúde Coletiva, 14(Supl. 1): 1523-1531, 2009.
COELHO, M. O.; JORGE, M. S. B.; ARAÚJO, M. E. O acesso por meio do acolhimento na atenção básica à saúde. Revista Baiana de Saúde
Pública, v.33, n.3, 440-452, 2009.
Descritores: Acolhimento, Atenção primária à saúde.
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AS RODAS DE CONVERSA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Talita Soares de Oliveira ¹
Vanessa Xavier Silva Sousa Gomes ¹
Élcio Basílio Pereira Machado ¹
Jurandir Fernandes Cavalcante ¹
[email protected]
Programa Mestrado Profissional Ensino na Saúde/ Universidade Estadual do Ceará
INTRODUÇÃO
Para Camargo; Ferrari (2008), a escola é o local em que o adolescente permanece a maior parte do seu dia, contando com a participação
de amigos, pais e professores, constituindo-se, portanto como local propício para o desenvolvimento de ações educativas e preventivas
em saúde.
OBJETIVOS
Relatar a experiência vivenciada a partir do uso da metodologia roda de conversa na comunidade escolar no âmbito da educação para
a saúde.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência acerca da adoção e uso da estratégia de condução de trabalho em grupo, roda de conversa, com a
comunidade escolar (alunos, servidores, pais e outros) de uma escola pública do município de Timon-MA.
Os encontros do grupo aconteceram durante o evento Semana da Saúde, que acontece anualmente na escola, no segundo semestre. No
evento, toda a comunidade escolar e comunidade das imediações da escola assistem palestras, oficinas, minicursos voltados à temática
da saúde, além de receberem atendimentos como verificação da pressão arterial, medição de glicemia, vacinas, triagens oftalmológica
e auditiva e outros.
A partir da roda, desenvolvemos um trabalho contínuo e resolutivo no eixo da educação em saúde, que vem sendo solidificado a cada ano
através das estratégias complementares de condução de trabalho em grupo adotado e implementado pelos profissionais responsáveis
pelo projeto, bem como pelos estudos que vem sendo desenvolvidos no espaço.
RESULTADOS
A roda de conversa é uma tecnologia de cuidado simples que pode ser utilizada em qualquer espaço comunitário com local e horário definido e ocorre em etapas: acolhimento dos participantes, atividade de relaxamento, abertura da roda e encerramento. Os participantes
chegam muito tímidos, mas aos poucos vão se sentindo mais à vontade e gradativamente vão se expressando, questionando, e também
dando opiniões acerca dos temas abordados.
A roda de conversa tem sido uma estratégia que estimula a participação crítica dos alunos nos temas envolvidos. A lacuna da desinformação deve ser preenchida para ampliar a efetividade das resoluções dos problemas enfrentados na escola e que são temas das rodas
de conversa como prevenção das DST’s, gravidez na adolescência, uso de drogas...
Para Sampaio et al. (2014), as rodas são mais do que disposição física (circular) dos participantes e bem mais que uma relação custo-benefício para o trabalho com grupos. Elas são uma postura ético-política em relação à produção do conhecimento e à transformação
social, efetivando-se a partir das negociações entre sujeitos.
Além disso, por serem espaços educativos que abrangem não só a comunidade escolar, como também a comunidade no entorno da
escola, as rodas integram pessoas num ciclo de reflexões, troca de conhecimento e informações voltadas para a vida, constituindo-se em
uma prática de efeito terapêutico, na educação para a saúde, e ao atendimento a diversos grupos, pais, alunos e servidores.
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CONCLUSÃO
A experiência da utilização da roda de conversa como ferramenta de integração tem demonstrado contribuir para a formação da autonomia dos sujeitos, promovendo laços de integração entre a comunidade, comunicação efetiva, educação em saúde e contribuindo
significativamente para a propagação de experiências bem sucedidas e menos dispendiosas na produção de saúde nos sujeitos e comunidade.
REFERÊNCIAS
CAMARGO, E. A. I.; FERRARI, R. A. P. Adolescentes conhecimento sobre sexualidade antes e após a participação em oficinas de prevenção.
Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, n. 3, v. 14, p. 937-946, 2009.
SAMPAIO, J.; SANTOS, G. C.; Santos M. A. et al. Limites e potencialidades das rodas de conversa no cuidado em saúde: uma experiência
com jovens no sertão pernambucano. Revista Interface. n. 18, Supl 2, p.1299-1312, 2014.
Descritores: Atenção à Saúde; Promoção da Saúde; Educação em Saúde.
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ANÁLISE DA CAUSA DE RETIRADA DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO
PERIFÉRICA (PICC): UMA EXPERIÊNCIA DE GESTÃO POR PROCESSO
Daniela Barboza Sabóia Cruz 1
Maria Ludimila Arruda Frota Rocha 2
Luciana Alves da Rocha 3
[email protected]
1. Hospital Regional do Cariri- ISGH
2. Hospital Regional Norte- ISGH
3. ISGH (Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar)
INTRODUÇÃO
Para o tratamento intravenoso de neonatos e lactentes, é necessário o uso de dispositivos como cateter umbilical, cateter periférico,
dissecção venosa ou cateter central de inserção periférica (PICC). Este vem sendo utilizado com maior frequência, é um dispositivo com
tempo de permanência prolongado e de fácil instalação, associado a um menor risco de complicações mecânicas e infecciosas.
OBJETIVOS
Geral: Analisar a efetividade do ciclo do PDCA. Específicos: Analisar as causas de perda de (PICC) e as estratégias para minimizar essas
perdas.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa documental, analítica e retrospectiva realizada em um hospital público de Fortaleza. A população foi composta
pelo número de cateter retirado dos neonatos (até 28 dias) e lactentes (mais de 28 dias) internados na unidade de terapia intensiva
neonatal e do berçário de médio risco no período de abril de 2009 a junho de 2010. Os dados foram coletados através de formulários de
acompanhamento de protocolo e de uma ferramenta da qualidade o ciclo PDCA.
RESULTADOS
Quanto aos resultados da pesquisa percebeu-se que de abril de 2009 a setembro de 2009 dos 19 cateteres puncionados, em apenas 5
cateteres, foram especificados o motivo da retirada, o que equivale a 26% dos cateteres perdidos por obstrução. Em setembro de 2009
foi realizado um PDCA e em dezembro de 2009 dos 04 PICC puncionados um permaneceu até o final da terapia no neonato. Este dado
corresponde a 25% dos PICC retirados. Em dezembro outro PDCA foi realizado na tentativa de melhorar a qualidade da assistência e em
janeiro de 2010, 100% dos cateteres tiveram o motivo da retirada especificados e 83% ficaram até o final do tratamento. A mudança dos
dispositivos pelo curativo adequado, os tree way e extensores de qualidade e a cobrança diária da coordenadora de enfermagem sobre
a permeabilidade do cateter em todos os turnos melhorou consideravelmente o motivo de retirada do PICC. Independente do local ou
para qual finalidade o ciclo PDCA for utilizado, ele deve ser realizado em sua plenitude para que assim se possa checar ao resultado
esperado. Para alcançar o desejado deve-se ter determinação para cumprir todas as suas etapas, além de reiniciá-lo sempre que se fizer
necessário.
CONCLUSÃO
A metodologia do Ciclo PDCA seguida da forma correta e disciplinada pode ser utilizada para qualquer procedimento ou situação que
tenha metas a alcançar. Com essa forte ferramenta, busca-se a melhoria contínua em todos os aspectos da assistência, para que tenha
sempre uma qualidade melhor e busque sempre um alto nível de excelência para os seus clientes.
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REFERÊNCIAS
BRASIL, COFEN. Resolução nº 258, 12 de julho de 2001.
BRASIL, ANVISA. RDC 7, 24 de fevereiro de 2010.
FALCONI, Vicente Campos. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia. 1994.
TAMEZ, R. N.; SILVA, M. J. P. Enfermagem na UTI Neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco. 3ª. ed. Editora Guanabara
Koogan, 2006. Rio de Janeiro.
Descritores: Cuidados de enfermagem e Unidades de Cuidados Intensivos.
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eixo :
ATENÇÃO À SAÚDE
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ANALISANDO A PRODUÇÃO DE SAÚDE DE UM CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: EVIDÊNCIAS DOS PROJETOS
TERAPÊUTICOS SINGULARES
Alexsandro Batista de Alencar 1
Adriana Gonzaga Girão Cipriano 2
Elvira Almeida Machado 3
Ronaldo Rodrigues Pires 4
Núbia Dias Costa caetano 5
[email protected]
1-Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva – RIS-ESP/CE;
2- Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva – RIS-ESP/CE;
3- Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva – RIS-ESP/CE;
4- Universidade Estadual do Ceará – UECE;
5- Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva – RIS-ESP/CE
INTRODUÇÃO
O estudo é uma análise da produção de saúde realizada por um CAPS ad, e suas estratégias de cuidado junto à dependentes de drogas. A
política de saúde mental tem carecido de indicadores e informações que subsidiem a tomada de decisões nos serviços e a reorganização
das agendas de trabalho. Torna-se de suma relevância a construção de estratégias e estudos que deem conta desta necessidade.
OBJETIVOS
Refletir sobre a produção de saúde de um CAPS ad através da análise dos registros nos projetos terapêuticos propostos contidos nos
prontuários dos pacientes atendidos pelos profissionais.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório com abordagem quantitativa e qualitativa, realizada em um CAPS ad de Fortaleza. Foi realizado um
levantamento de informações das fichas de anamnese de 27 novos prontuários, abertos no mês de agosto de 2013. Este período foi
selecionado como o mês onde houve um maior número de admissões no serviço estudado. Os dados coletados foram sistematizados
e agrupados sendo enumeradas as atividades descritas no Projeto Terapêutico Singular (PTS) e os encaminhamentos realizados pelos
profissionais de saúde. A organização e apresentação dos dados foram feitas através de gráficos utilizando a estatística descritiva das
frequências absolutas. As interpretações das informações foram analisadas com base na literatura sobre Saúde Mental Coletiva, bem
como publicações e diretrizes da saúde mental no SUS.
RESULTADOS
Evidenciamos que das 27 pessoas que deram entrada no CAPS ad no período estudado, 22 eram do sexo masculino e 05 do sexo feminino. A maior parte deu entrada por problemas decorrentes de uma única substância psicoativa e 18 destes usuários tem faixa etária entre
13 e 18 anos. No Projeto Terapêutico para todos os 27 usuários predominou o encaminhamento inicial para o médico psiquiatra, seguido
de 6 encaminhamentos para Psicologia e 3 para Enfermagem. Não houve encaminhamento para o Serviço Social e Terapia Ocupacional.
Percebe-se nesta amostra que prevalece a visão do atendimento médico-centrado em detrimento das outras categorias profissionais o
que revela o típico modo do paradigma psiquiátrico hospitalocêntrico (COSTA ROSA, 2013). A busca pela formulação de um diagnóstico
numa perspectiva curativista, favorece um não comprometimento na elaboração do PTS na perspectiva da clínica ampliada (CAMPOS,
2007) deixando de lado a participação da equipe multiprofissional. É considerado um dado preocupante o não encaminhamento dos
usuários para o Serviço Social e Terapia Ocupacional visto que algumas necessidades de saúde podem ser subestimadas ou negligenBANNER
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ciadas já que não se enxergam as possibilidades de cuidados ofertados por estas profissões. Ambas são categorias profissionais que
merecem ser valorizadas, principalmente pelo contexto das pessoas que usam drogas que tem prejuízos significantes em sua trajetória
familiar, econômica e social.
CONCLUSÃO
Os resultados demonstram a importância da tradução das evidências da produção de saúde para construir estratégias e ações compatíveis com as necessidades dos usuários, atentando não só por números, mas também na discussão qualitativa. É preciso reconhecer a
importância da participação dos atores envolvidos no cuidado de modo que sejam feitas reflexões sobre as demandas.
REFERÊNCIAS
COSTA-ROSA, A. Atenção Psicossocial além da reforma psiquiátrica: contribuições a uma clínica crítica dos processos de subjetivação
na saúde coletiva. São Paulo; Editora UNESP: 2013. 337 p.
CAMPOS, G. W. S.; AMARAL, M. A. A clínica ampliada e compartilhada, a gestão democrática e redes de atenção como referenciais
teórico-operacionais para a reforma do hospital. Ciência & Saúde Coletiva, 12(4):849-859, 2007.
Descritores: Centro de Atenção Psicossocial; Saúde Mental; Projeto Terapêutico Singular; Produção de Saúde.
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ATIVIDADE EDUCATIVA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM PROFISSIONAIS
DE ENFERMAGEM DA UTI NEONATAL
Antonio Ikaro Marques Timbó 1
Antonia Rodrigues Santana 2
Luziana de Paiva Carneiro 3
Leticia Kessia Souza Albuquerque 4
Iara Lais Lima de Sousa 5
[email protected]
1 Acadêmico de enfermagem do 7º periodo da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.
2Acadêmica de enfermagem do 8º periodo da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.
3 Enfermeira assistencialista em uti neonatal do Hospital Regional Norte e Santa Casa de Misericórdia de Sobral-especialista em enfermagem obstétrica e neonatal.
4 Acadêmica de enfermagem do 2º periodo do Instituto Superior de Teologia Aplicada-INTA.
5 Acadêmica de fisioterapia do 8º periodo do Instituto Superior de Teologia Aplicada-INTA.
INTRODUÇÃO
O acidente com material contaminado pode acarretar várias doenças. Muitos outros fatores também podem contribuir para a ocorrência
de acidentes na equipe de enfermagem (MARZIALE; RODRIGUES, 2002). Portanto, é necessário que os profissionais conheçam formas
de evitar acidentes, utilizando EPIs, orientando sobre manuseio de objetos, descartes de resíduos e cuidados ao realizar procedimentos.
OBJETIVOS
Realizar atividade educativa com a equipe de enfermagem da UTI Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, buscando transmitir
informações necessárias para a prevenção de acidentes no local de trabalho.
METODOLOGIA
Tratou-se de uma atividade educativa realizada em um hospital escola da região norte no estado do Ceará, no mês de Novembro de 2014.
Foi realizado um encontro com um grupo de profissionais da equipe de enfermagem da UTI Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de
Sobral - Ceará, onde foram exibidos materiais relacionados a importância da utilização dos EPIs (Equipamentos de proteção individual)
e EPCs (Equipamento de proteção coletiva) e como utilizá-los, as doenças que podem ser evitadas através da utilização desses equipamentos de proteção, os cuidados que devem ser tomados durante a utilização de procedimentos e a importância de notificar caso
ocorra um acidente. No final da atividade solicitamos que todas colocassem em prática no dia-a-dia de trabalho o que foi informado e
que transmitissem essas informações a outras pessoas, a fim de evitar acidentes e contaminação de outros profissionais.
RESULTADOS
Após a atividade pedimos que as participantes falassem o que entenderam sobre tudo o que foi informado, esclarecemos algumas
dúvidas que foram solicitadas e pedimos então que relatassem a importância daquela atividade para elas no seu ambiente de trabalho.
Relataram já ter conhecimento de muitas informações repassadas, mais ressaltaram que também adquiriram conteúdos novos e que
passaram a ver com maior importância o uso dos EPIs e EPCs, coisas que muitas delas sempre usavam em seu ambiente de trabalho,
mais não sabiam usos corretos ou até mesmo para que e o porquê especificamente de estarem usando os equipamentos.
CONCLUSÃO
Torna-se cada vez mais necessário a criação de espaços para que trabalhadores de enfermagem possam discutir questões relativas as
condições de trabalho e minimização efetiva dos riscos de acidentes. Nesta perspectiva de compreensão devem ser realizados momentos em que sejam repassadas informações e conhecimentos sobre prevenção de acidentes e manutenção da saúde no trabalho.
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REFERÊNCIAS
RIBEIRO EJG, SHIMIZU HE. Acidentes de trabalho com trabalhadores de enfermagem. Rev Bras Enferm. Rio de Janeiro.v.60, n.5, p.535540, set-out,2007.
MARZIALE, M.H. P; RODRIGUES,C.M. A produção científica sobre os acidentes de trabalho com material perfurocortante entre trabalhadores de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 10, n. 4, jul. 2002
Descritores: Enfermagem. Acidentes. Trabalho.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTE DEPRESSIVA E COM
TRANSTORNO DE PÂNICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ivana Paula Ximenes Pessoa 1
Nara Lúcia Machado Melo ²
Glaucirene Siebra Moura Ferreira ³
Marina Braga de Azevedo 4
Valdécio Fontenele Frota Neto 5
[email protected]
1. INTA, Enfermagem
2. INTA, Enfermagem
3. INTA, Enfermagem
4. INTA, Enfermagem
5. INTA, Enfermagem
INTRODUÇÃO
A depressão se configura como um importante problema de saúde pública, que do ponto de vista biomédico, é um transtorno grave que
leva o indivíduo a perda de sua qualidade de vida (MARTIN et al., 2012). Outro transtorno muito freqüente e que está associado ao comprometimento da vida social e ocupacional é o transtorno de pânico, no qual o indivíduo vive uma sensação de perigo (CASTRO, 2012).
OBJETIVOS
Realizar a assistência de enfermagem a uma paciente com transtorno depressivo e transtorno de pânico com plano de cuidados para
melhor enfrentamento e superação da patologia.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa. Para a realização desse estudo foi utilizado
a Teoria da Relação Interpessoal de Joyce Travelbee, a qual define a comunicação como um processo pelo qual o enfermeiro consegue
estabelecer uma relação pessoa-pessoa com o paciente e ajudar os indivíduos e as famílias a prevenir e enfrentar com a experiência
da enfermidade e encontrar significado nestas experiências. O estudo foi realizado no mês de setembro a outubro de 2015, com M.L.F.,
47 anos, residente na cidade de Sobral-CE, diagnosticada com transtorno depressivo e transtorno de pânico. Acompanhada pelo Centro
de Saúde da Família Maria Eglantine, localizado no bairro Dom Expedito, na cidade de Sobral-CE. A coleta das informações foi realizada
durante as visitas domiciliares junto com a Agente Comunitária de Saúde (ACS) e a equipe de saúde da Unidade Básica. Respeitando a
resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
RESULTADOS
Histórico de Enfermagem: M.L.F., 47 anos, desempregada e residente no bairro Dom Expedito em Sobral-CE. É usuária do CSF desde
2009, sendo acompanhada pelo médico, enfermeiro e psicólogo da unidade de saúde e pelo psiquiatra do CAPS. Relatou sentimentos
de tristeza, solidão e chora facilmente sem motivo. O relacionamento com os filhos é conturbado, pois um deles é usuário de drogas.
Segundo relato da ACS a paciente faz uso de bebida alcoólica aos finais de semana, gerando discussões com os filhos. A mesma faz uso
contínuo das seguintes medicações: Hidroclorotiazida 25mg; Glibenclamida 5mg; Metformina 500mg; Clonazepam 2mg; Ácido Valpróico
500mg; Prometazina 25mg; Amitriptilina 25mg; Losartana 50mg e Captopril 25mg. Ao exame físico: encontra-se orientada, eupneica e
normocardica. PA(110x70mmHg); P(76bpm); FR(22irpm). Plano de Cuidados: Avaliar os estresses ambientais atuais; Incentivar os filhos
a reconhecer e validar as forças da paciente; Encaminhar para grupos de apoio e para o psicólogo; Informar sobre os efeitos da dependência do álcool e conversar sobre a importância de reestruturar os relacionamentos. Nesse sentido, frente à depressão, a dificuldade da
relação interpessoal e a relação conturbada com os filhos o acompanhamento da paciente é embasado na Teoria da Relação Interpessoal
de Joyce Travelbee, que tem como finalidade estabelecer melhor desempenho nas relações interpessoais e desenvolver a capacidade da
paciente em encontrar significado em suas experiências.
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CONCLUSÃO
Dessa forma, o papel do enfermeiro junto ao paciente portador dessa patologia é conhecer, identificar suas necessidades e intervir
apropriadamente nos casos em que o indivíduo sofre de um transtorno de humor. Para isso, é preciso dispor de uma escuta qualificada
e uma atitude receptiva para atuar terapeuticamente junto ao portador de transtorno afetivo.
REFERÊNCIAS
CASTRO, P.F. de. Indicadores de comorbidade em pacientes com transtorno de pânico avaliados pelo método de Rorschach. Temas psicol., v. 20, n. 2, p. 537-554, dez. 2012.
GOMES, R.S.M. et. al. Transtornos depressivos em profissionais de saúde. Rev. Med. Saúde Brasília, v. 4, n. 1, p. 122-8, mar. 2015
MARTIN, D. et. al. Significado da busca de tratamento por mulheres com transtorno depressivo atendidas em serviço de saúde público.
Comunic. Saude e Educ., v. 16, n. 43, p. 885-99, out./dez. 2012.
VALENTE, N.L.M.; MELLO, M.F. de. Transtorno do pânico. Rev. Bras. Med., v. 70, n. 1, p. 5-12, jan. 2013.
Descritores: Cuidados de enfermagem; Transtorno depressivo; Transtorno de pânico.
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A LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE IPU, CEARÁ:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE 2007 A 2014
Karina Marques de Mendonça 1
Antonia de Maria Gomes Paiva 2
Janne Michelle Costa Dias 3
Edmara Maria Peres Martins 4
Ana Patrícia Sousa Ximenes 5
[email protected]
1. Prefeitura Municipal de Varjota-CE
2. Autarquia Municipal Hospital Dr. Jose Evangelista De Oliveira, Ipu-CE
3. Autarquia Municipal Hospital Dr. Jose Evangelista De Oliveira, Ipu-CE
4. Autarquia Municipal Hospital Dr. Jose Evangelista De Oliveira, Ipu-CE
5. Prefeitura Municipal de Varjota-CE
INTRODUÇÃO
A Leishmaniose Tegumentar Americana-LTA é uma doença infecciosa, causada por protozoários leishmania, transmitida por diferentes
espécies de flebotomíneo, que acomete pele e mucosas.
No município de Ipu, a LTA é endêmica e a despeito da ampla distribuição e do crescente número de casos, pouco se conhece a respeito
de várias características clínicas e ecoepidemiológicas da doença no município.
OBJETIVOS
Delinear o Perfil Epidemiológico da Leishmaniose Tegumentar Americana, segundo as variáveis, faixas etárias, sexo e zona de procedência dos casos no município de Ipu-CE, no período de 2007 a 2014;
METODOLOGIA
O presente estudo é do tipo descritivo e transversal com dados secundários, dentro de uma abordagem quantitativa para análise dos
dados. Local do estudo foi o município de Ipu-CE, localizado a 295,5 KM da capital do estado Fortaleza, tem uma população de 40.296
habitantes residentes no censo do IBGE de 2010, com clima tropical quente semi-árido. Os dados foram retirados do banco de dados do
SINAN net, referente as notificações confirmadas de Leishmaniose Tegumentar Americana Humana do Município de Ipu-CE. O estudo
foi compreendido nas notificações confirmados de Leishmaniose Tegumentar Americana Humana no período dos anos de 2007 a 2014.
Foram utilizados o relatório de conferência e o TABWIN na tabulação e avaliação dos dados apresentados. Os dados após serem coletados
foram registrados e compilados no programa de computador Microsoft Excel e descritos sob a forma de valores absolutos e relativos.
Sendo em seguida analisados e interpretados com base na literatura específica.
RESULTADOS
No período compreendido entre 2007 a 2014, foram notificados 295 casos de LTA no município de Ipu-CE. A média anual de casos notificados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) neste período foi de 37 casos, com maior número de casos 85 em 2007,
apresentando um declínio durante os anos e um aumento em 2014 de 52 casos confirmados de LTA no município. Diante do número de
casos no município de Ipu, podemos considerar que este município tem um comportamento epidemiológico endêmico de LTA, com casos
todos os anos do referido período do estudo.
Em relação à distribuição por sexo, constatou-se que 58% dos casos de LTA ocorreram no sexo masculino e 42% no sexo feminino, evidenciando um predomínio durante os anos das notificações de casos no sexo masculino.
Em relação a faixa etária, a mais atingida foi a de 40 a 59 anos com 27,5% dos casos durante toda a série histórica do estudo, destacando-se também a faixa etária de 20 a 39 anos com 26,1% dos casos e a faixa etária de mais de 60 anos com 24,7% dos casos, e na faixa etária
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de 0 anos a 19 anos 21,7% dos casos. Podemos observar, neste estudo, que a LTA atingiu todas as faixas etárias tendo mais destaque para
a faixa etária com idade entre 40 a 59 anos.
Ao estratificarmos o local de procedência dos casos, segundo zona de ocorrência, constatou-se que no período de 2007 a 2014, há uma
predominância da zona rural com respectivamente 58,6% e zona urbana 41,4%.
CONCLUSÃO
O estudo evidenciou que a LTA apresenta uma alta ocorrência no município de Ipu-CE, encontrando-se acima da média nacional esperado para esta doença.
Concluímos que este estudo trará subsídios para que as medidas de controle da doença no município sejam voltadas para as faixas etárias entre 40 a 59 anos e do sexo masculino, e o estabelecimento de medidas de controle mais eficazes para zona rural.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7 ed . Brasília: DF, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância da Lieshmaniose Tegumentar Americana. 2ed. Atualizada. Brasília: DF, 2010.
SMITH, D. S.; RELMAN, D. A. Leishmania e Trypanosoma. In: WILSON, W. R.; SANDE, M. A. Doenças Infecciosas, Diagnóstico e Tratamento.
Porto Alegre: artmed, 2004. Cap. 85, p. 853.
INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICADO CEARÁ-IPECE. Perfil básico municipal ipu 2014. Disponível em: << http://www.
ipece.ce.gov.br/publicacoes/perfil_basico/pbm-2014/Ipu.pdf>> Acesso em: 24 Ago.2015.
Descritores: Leishmaniose cutânea, transmissão de doença, notificação de doença, perfil de saúde
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CARTILHA EDUCATIVA DIRECIONADA A PORTADORES DE HANSENÍASE: UM
ESTUDO METODOLÓGICO
Francisco Mayron Morais Soares ¹
Kátia Lima Braga ²
Camilla da Costa Farias ³
Aquilas Gabriel do Nascimento 4
Lielma Carla Chagas da Silva 5
[email protected]
INTRODUÇÃO
Atualmente, a hanseníase é considerada um relevante problema de saúde pública, já que, segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS) por ser uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, que acomete a pele e os nervos, podendo comprometer a função vital
de alguns órgãos, principalmente os de grande mobilidade.
OBJETIVOS
Objetivou-se descrever o processo de construção de tecnologia educativa em enfermagem (cartilha) direcionada a pacientes com hanseníase.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa metodológica, que tem como foco o desenvolvimento de instrumentos e estratégias metodológicas. O presente estudo foi realizado durante o ano de 2015 e teve como foco o desenvolvimento de uma cartilha, a ser utilizado em estratégias
educativas para portadores de hanseníase uma vez que usamos de tecnologia educativa, que se mostra totalmente eficaz, quando usada
de forma coerente ao que se é proposto. Para os autores, a construção foi dividida em 5 etapas.
RESULTADOS
Foi pensando na necessidade de ampliação do saber de que já tem algum tipo e informação e para instruir a quem tem pouco ou quase
de conhecimento acerca da patologia e sabendo que o conhecimento é um forte aliado no combate ao estigma sofrido por portadores da
síndrome, que se teve a ideia de apresentar de forma simples e criativa, um conhecimento expressado através de uma cartilha educativa, uma vez que a enfermagem utiliza meios para uma comunicação efetiva. Inicialmente, foi realizada uma intensa busca de trabalhos
publicados em bases nacionais e internacionais, perfazendo a primeira etapa. Após a seleção dos mesmos, houve uma minuciosa leitura para realizar a segunda etapa, onde foram selecionados e consolidadas as principais evidências científicas e informações julgadas
relevantes para o autocuidado do paciente com hanseníase. Na terceira etapa, foi realizada a elaboração textual da cartilha. Devido ao
alto nível científico das informações, as mesmas foram apresentadas através de uma linguagem mais clara e acessível. Na quarta etapa, foi realizado o processo de construção do layout da cartilha, onde foram confeccionadas imagens atrativas, de fácil compreensão,
representativas da realidade e embasadas pela literatura pertinente. Quinta etapa foi o envio da cartilha para a gráfica, onde foi feito a
diagramação da mesma. Logo após, a mesma foi avaliada por três especialistas na área da temática.
CONCLUSÃO
Em face do exposto, após a construção dessa cartilha, tornou-se possível à identificação dos principais estigmas sofridos por portadores
de hanseníase. Tal investigação fornecerá subsídios para uma melhoria no preconceito sofrido por portadores da doença. Dessa forma,
intenciona-se verificar a validade clínica da cartilha, e assim, implantá-la na prática clínica.
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REFERÊNCIAS
CÔRREA. J. Educação à distância: orientações metodológicas. Porto Alegre: Artmed, 2009.
TELES, Liana Mara Rocha. Construção e validação de tecnologia educativa para acompanhantes durante o trabalho de parto e parto.
2011. 111 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem,
Fortaleza, 2011.
WHO. Weekly epidemiological record Relevéépidémiologiquehebdomadaire. 27 august 2010, 85th year / 27 août 2010, 85e année.
Descrição: Alfabetização em Saúde; Enfermagem; Promoção da Saúde.
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OFICINA DE SEXUALIDADE NA ESCOLA: VIVÊNCIAS ACADÊMICAS
Brena Cristyne Viana Tavares 1
Rosalice Araújo de Sousa 2
Luiza Lorena de Sousa Brito do Nascimento 3
Elaine Cristina de Oliveira Lima 4
Dean Carlos Nascimento de Moura 5
[email protected]
Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA 1,2,3,4,5
INTRODUÇÃO
São complexas as percepções e as vivências da sexualidade dos jovens, relacionadas aos valores, crenças e atitudes que determinam
o comportamento social do indivíduo. Nesse contexto as oficinas de sexualidade oportunizam ao educando escolhas mais conscientes
referentes à atividade sexual, métodos contraceptivos, gravidez na adolescência e à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
OBJETIVOS
Descrever a aplicação de uma oficina educativa sobre temas que abordam a sexualidade de maneira significativa e contextualizada aos
adolescentes.
METODOLOGIA
Estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado com discentes da Graduação em Enfermagem, do Instituto Superior de Teologia
Aplicada (INTA), direcionados pela disciplina curricular de Saúde da Criança e do Adolescente, realizado em junho de 2015, juntamente
com adolescentes de ambos os sexos, idade entre 12 e 16 anos, em uma escola pública do município de Groaíras - CE, utilizando-se como
recursos: dinâmicas de grupo, simulações do uso de métodos contraceptivos e aula expositiva dialogada.
RESULTADOS
Mediante a experiência vivenciada com adolescentes, em meio às variadas técnicas de ensino-aprendizagem aplicadas, fica cada vez
mais evidente a necessidade de adoção de práticas educativas de caráter dialógico, capazes de promover a ativa participação dos adolescentes para que estes se sintam protagonistas. As atividades empregadas estimulou-os a atuar como sujeitos reflexivos e ativos na
vivência ensino-aprendizagem realizada, e não como meros espectadores. Percebe-se a lacuna existente sobre o tema abordado, pois
muitas dúvidas emergiam durante a prática, neste âmbito sugere-se um trabalho mais atuante a estes adolescentes de uma maneira
linear em seu cotidiano escolar.
CONCLUSÃO
A partir deste relato de experiência pode-se afirmar que abordar a educação para sexualidade nas escolas é muito importante, pois os
adolescentes apresentam carência e dificuldade sobre as questões que envolvem este tema. A oficina mostrou-se uma oportunidade de
reflexão e discussão, ampliando o campo de conhecimento dos adolescentes e dos discentes sobre essa temática.
REFERÊNCIAS
BARROS, João Paulo Pereira; COLACO, Veriana de Fátima Rodrigues. “Meu prazer agora é risco”: sentidos sobre sexualidade entre jovens
de um grupo sobre saúde. Fractal, Rev. Psicol., Rio de Janeiro , v. 25, n. 1, p. 59-80, Apr. 2013.
CEDARO, José Juliano; VILAS BOAS, Luana Michele da Silva; MARTINS, Renata Moreno. Adolescência e sexualidade: um estudo exploratório em uma escola de Porto Velho - RO. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 32, n. 2, p. 320-339, 2012.
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NERY, Inez Sampaio et al . Abordagem da sexualidade no diálogo entre pais e adolescentes. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 28, n. 3,
p. 287-292, June 2015 .
Descritores: adolescentes; educação em saúde.
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DO PRODUTIVO AO TUTELADO: DISCUSSÕES A PARTIR DO
BEBER PROBLEMÁTICO
Ana Cídia Barbosa Vasconcelos 1
Roberlândia Evangelista Lopes 2
Carlos Romualdo de Carvalho e Araújo 3
[email protected]
1,2
3
Mestre em Saúde da Família e Docente da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
Acadêmico do Curso de Enfermagem da UVA Sobral - CE.
INTRODUÇÃO
O uso de drogas lícitas e ilícitas tornou-se um problema grave de saúde pública, contribuindo para o surgimento de mudanças no padrão comportamental das famílias e na comunidade, levando a sociedade a uma verdadeira disfuncionalidade. Os usuários, devido ao
não enfrentamento de problemas no decorrer de suas dinâmicas de vida, utilizam as drogas como fonte de refúgio e escape para tais
desordens.
OBJETIVOS
O artigo teve como objetivo a conhecer quais as implicações da ausência do trabalho na vida de alcoolistas atendidos pelo CAPS ad de
Sobral-Ceará.
METODOLOGIA
Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado entre agosto de 2014 a janeiro de 2015, em Sobral-Ceará. Os sujeitos que participaram do estudo assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), conforme legislação regida pela resolução 466/2012
do Conselho Nacional de Saúde que trata de trabalhos científicos envolvendo seres humanos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual do Ceará (UVA), mediante CAAE: 37264114.7.0000.5053. Foram entrevistados 9 homens
assistidos pelo CAPS ad, que se encontravam fora do mercado de trabalho formal e/ou informal, e possuíam algum comprometimento
pelo uso do álcool no âmbito familiar, todos de longa data de uso de álcool. Tivemos a intencionalidade de selecioná-los conforme o
perfil do estudo, sendo agendados os encontros, primando sempre pela segurança e individualidades de suas preferências, na intenção
de deixá-los mais envolvidos e cooperativos, sempre pautados na legislação vigente.
RESULTADOS
Como resultados, vemos que quatro dos entrevistados estão fora do mercado formal e informal de trabalho; com relação à família, oito
apresentaram algum histórico de conflitos; cinco perderam o vínculo quase que totalmente e seis afirmam ser tutelados economicamente por estes. Nisto, o estudo nos gera anseios: a consolidação de uma rede de suporte social mais efetiva com condições do retorno
ao mercado do trabalho e autonomia destes. A presença do álcool no cotidiano de vivências familiares implica em mudanças nas rotinas
de vida, e produz cada vez mais adoecimento aos membros. A doença no âmbito familiar culmina em desequilíbrio do funcionamento
habitual das pessoas que compõem esses grupos. Tal problemática pode ser determinante para o surgimento de brigas, confusões e
outros problemas para o bebedor, bem como para as pessoas ao seu redor.
CONCLUSÃO
Logo, este estudo nos gera anseios, do tipo: ampliação das condições de cuidado ao alcoolista; um novo olhar se faz necessário, para
além do transtorno mental pelo uso da droga, mas uma rede de suporte social mais efetiva; além da necessidade de escuta qualificada
deste homem, para que seja possível o seu retorno ao mercado do trabalho e, este consiga gerir suas decisões; se torne autônomo.
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REFERÊNCIAS
Silveira DX, Moreira FG. Panorama atual de drogas e dependências. Rio de Janeiro: Editora Atheneu, 2005. 1ªed. p. 136.
Acselrad G (coordenação) e colaboradores. FLACSO Brasil. Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais. Consumo de bebidas alcoólicas no Brasil - estudo com base em fontes secundárias: relatório de pesquisa. Rio de Janeiro: junho 2012. p. 31.
Descritores: Alcoolismo; Saúde Mental; Atenção à Saúde.
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ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL COMO ESTRATÉGIA PARA REDUÇÃO DE
INFECÇÕES HOSPITALARES
¹ Maria Rosineida Paiva Rodrigues*
¹ Edmara Ponte de Alcântara
¹ Victor Bento de Oliveira
² Priscila Reinaldo Menezes
³ Igor Iuco Castro-Silva
[email protected]
¹ Graduandos do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Ceará
² Graduanda do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará
³ Professor Adjunto do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Ceará
INTRODUÇÃO
Pacientes internados em UTI com controle deficiente do biofilme oral têm chances aumentadas de infecções hospitalares (IH), o que
influencia na morbimortalidade hospitalar. A assistência bucal tem importância, dentro de um modelo preventivo na Atenção à Saúde,
para redução de IH. Nesse cenário, é importante compreender o papel do cirurgião-dentista (CD) dentro da equipe multidisciplinar na
UTI.
OBJETIVOS
Investigar a correlação entre cuidados com a saúde bucal de pacientes hospitalizados e o risco de infecções sistêmicas e discutir sobre
protocolos de atendimento odontológico na prevenção de IH.
METODOLOGIA
Foi realizada busca bibliográfica usando os descritores “Saúde Bucal”, “Cirurgião-dentista”, “Microbiota oral” e “Infecção hospitalar”, recuperando artigos nas bases de dados Scielo, Lilacs e Pubmed, normas técnicas na base de dados do CFO e manuais temáticos do Ministério
da Saúde. Como critérios de inclusão, foram consideradas publicações dos últimos quinze anos (2000 a 2015), redigidas em português
ou inglês e que contemplassem os objetivos da pesquisa. Constituíram a amostra deste estudo trinta e um artigos, duas normas técnicas
e três manuais.
RESULTADOS
A literatura científica e técnica são consensuais em destacar associação entre baixo controle da higiene oral e maior risco de IH. Tratamentos polimedicamentosos a pacientes hospitalizados aumentam a virulência de microrganismos do biofilme oral tardio, concentrados
em bolsas periodontais profundas na forma mineralizada. A má higiene oral aumenta o risco de IH de origem endógena, pela potencial
disseminação do biofilme oral pré-existente na corrente sanguínea e no sistema respiratório, ou exógena, por meio de dispositivos
invasivos usados na ventilação mecânica em UTI que atuam como nichos de retenção de bactérias patogênicas. Dentro dos protocolos
preventivos em Saúde Bucal no hospital, há recomendação parcimoniosa do uso de clorexidina 0,12% para reduzir a carga bacteriana
por curto período, já que há a probabilidade de dano celular crônico à mucosa oral; isso reforça o papel do CD na seleção e supervisão
de técnica e medicação mais adequados a cada caso. Quanto à terapêutica, o CD pode reduzir risco de IH por meio de: remoção cirúrgica
de restos radiculares dentários e tratamento periodontal por raspagem, integração com a equipe multidisciplinar para escolha assertiva
de antimicrobianos e correlação com demais alterações locais e sistêmicas que possam interferir na estabilidade do quadro clínico do
paciente. Sob o aspecto da gestão em saúde, considerando os elevados custos para saúde pública de IH, a presença do CD ajudaria a
reduzir o impacto financeiro das internações.
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CONCLUSÃO
A deficiência de cuidados com a Saúde Bucal tem mostrado forte associação com o aumento do risco de infecções hospitalares, sendo
importante a presença do CD na equipe multidisciplinar para prevenir ou minimizar esse cenário. Diante da multiplicidade de condutas
da Odontologia Hospitalar, maiores esforços são necessários quanto à normatização de protocolos de atendimento ao paciente.
REFERÊNCIAS
1. SOUZA A.C.S. et al. Medidas de prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Brasília: Agosto, 2013. 87 p.
2. NAGINO G.O. et al. Impacto financeiro das infecções nosocomiais em unidades de terapia intensiva em hospital filantrópico de Minas
Gerais. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v. 24, n. 4, p. 357-361, out./dez. 2012.
3. MATTEVI G. S. et al. Participação do Cirurgião-Dentista em equipe de saúde multidisciplinar na atenção à saúde da criança no contexto
hospitalar. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 10, p. 4229-4236, out. 2011.
4. MARCO, A. C. et al. Oral condition of critical patients and its correlation with ventilator-associated pneumonia: a pilot study. Revista de
Odontologia da UNESP, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 182-187 mai./jun. 2013.
Descritores: Infecção Hospitalar, Atenção à Saúde, Saúde Bucal, Odontólogos e Microbiota.
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RELAÇÃO PROGNÓSTICA ENTRE O PRIMEIRO EPISÓDIO PSICÓTICO
E O TEMPO DE PSICOSE NÃO-TRATADA
Mikkael Duarte dos Santos ¹
Diana Negreiros de Sousa ²
[email protected]
¹ Residente do terceiro ano de psiquiatria pelo programa de residência médica da secretaria municipal de saúde de Sobral.
² Psicóloga, especialista em saúde mental. Atua no CAPS AD, Sobral.
INTRODUÇÃO
Quadros psicóticos estão associados a impactos nas dimensões sociais, relacionamento interpessoal, comprometimento laboral, com
consequente perda da produtividade e ainda com aumento do risco para doenças clínicas e diminuição da sobrevida. A intervenção ágil
no primeiro episódio, afim de diminuir a tempo de psicose não tratada (TPNT), pode correlacionar-se com um melhor desenlace clínico.
OBJETIVOS
Revisar a literatura para relacionar o tempo de psicose não tratada com os desfechos prognósticos num primeiro episódio psicótico e
averiguar estratégias no cuidado que influenciam no TPNT.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura com abordagem qualitativa. A busca dos estudos foi realizada através de dois indexadores: PUBMED e Bireme. O primeiro banco de dados foi escolhido devido a reconhecida relevância mundial na área médica. O segundo, por focar
em estudos latino-americanos (incluindo nacionais). Apenas estudos de revisão sistemática (com ou sem metanálise) foram elencados
para o presente resumo. Foram incluídos estudos de língua portuguesa e inglesa dos últimos dez anos.
RESULTADOS
O TPNT é entendido pela maior parte da comunidade científica como o tempo que decorre da primeira manifestação psicótica e a instituição de tratamento antipsicótico. Média de até 2 anos de TPNT vem sendo relatado na literatura. Os resultados dos estudos avaliados
associaram que um menor TPNT estava relacionado a melhor resposta ao tratamento antipsicótico (mensurado pela gravidade psicopatológica global, gravidade de sintomas positivos e negativos); maior chance de remissão (em seguimentos que variam de semanas até
quinze anos) comparando com indivíduos com maior TPNT. Sugerem que as intervenções precoces na psicose podem impactar positivamente no prognóstico, porém não há ainda, relação direta e clara com a chance de recaídas. Várias estratégias vêm sendo utilizadas
em serviços especializados para diminuir o TPNT. Os métodos que vem se mostrando mais eficazes neste intuito são as intervenções
multifocais como treinamento de profissionais de saúde para identificação de sintomas e sinais precoces do quadro psicótico associada
a campanhas informativas para a população geral (para desmistificar a doença mental e aumentar consequentemente a rapidez na
procura pelo cuidado). Curiosamente, estratégias que visavam apenas capacitar médicos a intervirem no episódio psicótico que atuam
na atenção básica não se mostraram eficazes (por vezes o impacto foi até negativo) pois associava-se a atrasos no encaminhamento aos
serviços especializados.
CONCLUSÃO
O TPNT vem se mostrando como uma variável passível de intervenção que impacta diretamente no prognóstico de pacientes em primeiro episódio psicótico. Novos estudos fazem-se necessários para o estabelecimento de parâmetros mais precisos que estabeleçam
de forma mais direta o tempo sem tratamento com o prognóstico, além de esclarecer que estratégias são mais eficazes para encurtar
o TPNT.
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REFERÊNCIAS
CHAVES, A. C. Primeiro episódio psicótico: Uma janela de oportunidade para tratamento? Revista de Psiquiatria Clinica, v. 34, n. SUPPL.
2, p. 174–178, 2007.
LLOYD-EVANS, B. et al. Initiatives to shorten duration of untreated psychosis: systematic review. The British Journal of Psychiatry, v.
198, n. 4, p. 256–263, 2011.
PERKINS, D. O. et al. Relationship between duration of untreated psychosis and outcome in first-episode schizophrenia: A critical review
and meta-analysis. American Journal of Psychiatry, v. 162, n. 10, p. 1785–1804, 2005.
STAFFORD, M. R. et al. Early interventions to prevent psychosis: systematic review and meta-analysis. BMJ (Clinical research ed.), v.
346, n. January, p. f185, 2013.
Descritores: Tempo de psicose não tratada, primeiro episódio psicótico.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE COM OSTEOGÊNESE
IMPERFEITA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Paloma Custódio Francelino 1
Maria Adriely Fontenele 2
Glaucirene Siebra Moura Ferreira 2
Nara Lucia Machado 2
[email protected]
INTRODUÇÃO
A Osteogênese Imperfeita é uma doença genética, resultando em fragilidade óssea e múltiplas fraturas. Além disso, as portadoras desta
patologia têm alterações respiratórias e cardíacas em maiores proporções se comparada às demais gestantes em função do aumento
uterino reduzir ainda mais a expansibilidade torácica, fazendo-se necessário repensar as concepções e práticas, buscando um atendimento às suas necessidades de saúde.
OBJETIVOS
Sistematizar a Assistência de Enfermagem a uma gestante com Osteogênese Imperfeita pautado na Teoria do Autocuidado.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência, realizado no período de fevereiro a junho de 2014 com uma gestante com Osteogênese Imperfeita.
A coleta de dados procedeu-se na residência da entrevistada. Os dados foram coletados por meio da abordagem individual, utilizando-se
a observação e a técnica de entrevista focalizada. Sendo realizadas no total quatro visitas domiciliares para operacionalização do processo de enfermagem e obtenção de informações que pudessem contribuir para a construção do plano de cuidados baseado na Teoria
de Orem, seguindo os passos do processo (I) realização do levantamento de dados através da entrevista, (II) planejamento das ações de
enfermagem através do sistema de apoio-educação e (III) execução das ações de enfermagem no sistema escolhido. Os dados foram
analisados com base na literatura sobre o tema e apresentados em duas categorias: sistematização da assistência de enfermagem e
plano de cuidados individualizado.
RESULTADOS
A utilização do estudo de caso para fundamentar a assistência a ser prestada na prática clínica, não apenas no que diz respeito ao desenvolvimento de patologias raras, mas mesmo de enfermidades frequentes, com aspectos de interesse clínico ou evolução incomum,
onde a investigação e o conhecimento aprofundado daquilo em que se deseja intervir possa gerar novos conhecimentos ou elucidar
conhecimentos já existentes, proporcionando uma maior aproximação com a literatura do tema e do conhecimento teórico com o prático. A aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem neste caso específico deu-se pelo fato de ser a que mais se adequou
a proposta do estudo, sendo a necessidade de autocuidado a principal necessidade identificada junto a gestante já que sua capacidade
de autocuidado encontra-se plenamente preservada e pelo fato destas ações de autocuidado serem o alicerce para preservar sua saúde
e sua integridade física e psíquica. Os principais diagnósticos de enfermagem encontrados foram: Disposição para controle do regime
terapêutico, Deambulação prejudicada, Integridade da pele prejudicada, risco de trauma, risco de queda e ansiedade relacionada ao
puerperio. A identificação deste perfil de diagnósticos é essencial para a etapa do planejamento da assistência de enfermagem.
CONCLUSÃO
Durante a aplicação da sistematização da assistência de enfermagem foi possível compreender o histórico e o contexto no qual a gestante com osteogênese imperfeita está inserida, a equipe de saúde da família deprendeu a possibilidade de desenvolvimento de um
espaço para se estabelecer uma relação recíproca com a gestante favorecendo a confiabildade das informações que foram coletadas.
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OSTEOGENESIS IMPERFECTA – ABOI. Osteogenesis Imperfecta: como viver com “Ossos de Cristal”. Organização e traduções de Rita Amaral. São Paulo: EbooksBrasil.org, 2003. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/ossosdecristal.html >. Acesso em: 05 mar. 2014.
CARPENITO-MOYET, L. J. Manual de Diagnósticos de Enfermagem. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
CASTRO, D. B. et al. OSTEOGENESIS IMPERFECTA. Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, 2000.
LIMA, J. S. et al. Osteogênese imperfeita perinatal na Maternidade do Hospital das Clínicas da UFMG. Rev Med Minas Gerais, 20(4): 483489, 2010.
Descritores: Osteogênese Imperfeita, Sistematização da Assistencia de Enfermagem, Gravidez e Puerpério.
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ATENÇÃO DOMICILIAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: PERSPECTIVAS
DOS IDOSOS, CUIDADORES E PROFISSIONAIS
Emanoel Avelar Muniz 1
Cibelly Aliny Siqueira Lima Freitas 2
Eliany Nazaré Oliveira 2
Maria Ribeiro Lacerda 3
[email protected]
1
Discente do Mestrado Acadêmico em Saúde da Família (MASF) – Universidade Federal do Ceará (UFC) – Campus Sobral. 2 Docente do MASF – UFC – Campus Sobral e do Curso de Enfermagem da
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA);
3
Docente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
INTRODUÇÃO
A Atenção Domiciliar (AD) às pessoas idosas é um conjunto de ações realizadas por uma equipe interdisciplinar no domicílio do usuário/
família, a partir do diagnóstico da realidade em que está inserido, de seus potenciais e limitações. Articulam promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, favorecendo assim, o desenvolvimento e adaptação de suas funções e a autonomia (BRASIL, 2006).
OBJETIVOS
Comparar as perspectivas sobre a Atenção Domiciliar dos idosos, familiares/cuidadores e profissionais da Estratégia Saúde da Família
de Sobral, Ceará.
METODOLOGIA
Pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, o campo de pesquisa foi os territórios de seis Centros de Saúde da Família da sede do
município de Sobral, a coleta de informações foi desenvolvida no período de setembro de 2014 a março de 2015. Os sujeitos do estudo
foram vinte e oito profissionais da equipe mínima da ESF incluindo quatro enfermeiras, uma auxiliar de enfermagem e vinte e três
Agentes Comunitários de Saúde (ACS); treze idosos que recebiam AD, apresentavam dependência na realização das Atividades da Vida
Diária segundo índice de Katz e possuíam capacidade cognitiva preservada de acordo com o Mini Exame do Estado Mental, além de treze
familiares/cuidadores. Para a coleta de informações utilizou-se a entrevista semiestruturada e o grupo focal. A análise do material foi
através da codificação temática (Flick, 2009) e triangulação de métodos (Minayo, Assis e Sousa, 2005). Pesquisa aprovada no Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú.
RESULTADOS
Identificou-se divergências nos discursos dos idosos, cuidadores e profissionais nas suas percepções e sentimentos relacionados à AD
variando da inexistência de cuidado, atendimento parcial das necessidades até satisfação. Chama atenção o sentimento de impotência
compartilhado pelos três grupos demonstrando a complexidade e os desafios do trabalho em AD. No que se refere as ações de apoio e
suporte à família pela ESF, o grupo de idosos e parte dos cuidadores não reconheceu nenhuma, evidenciado a necessidade de potencializar estratégias e ferramentas nesse sentido. Alguns cuidadores e os profissionais destacaram a facilitação do acesso a medicações
de uso contínuo e a marcação de consultas e exames como formas de ajuda. No discurso dos profissionais foram incluídas as conversas,
orientações, atenção psicossocial, disponibilização de alimentos, aparelhos e materiais, a realização de grupos e projetos. Com relação
aos fatores positivos da AD cada grupo apresentou especificidades, os idosos referiram melhora nas suas condições de saúde por conta
do acompanhamento e avaliação dos profissionais, possibilidade de verbalização de problemas e a comodidade de receber o cuidado no
domicílio. Os cuidadores destacaram o acompanhamento frequente dos ACS e o acolhimento realizado pela ESF. Os profissionais elencaram o Núcleo de Apoio à Saúde da Família e as Residências multiprofissionais, garantia de transporte, abertura da gestão, integração
da equipe, etc.
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CONCLUSÃO
A ESF de Sobral apresenta algumas potencialidades como a boa relação entre os profissionais e uma preocupação com a autonomia e independência do idoso, porém, é preciso que a família seja capacitada com o apoio do sistema de saúde através de um acompanhamento
sistemático, no qual a promoção da qualidade de vida do idoso e família seja estabelecida como política pública de saúde.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa
idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa; tradução Joice Elias Costa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 405p.
MINAYO, M.C. de S.; ASSIS, S.G. de; SOUZA, E.R. de. (Org.) Avaliação por triangulação de métodos: abordagem de programas sociais. Rio
de Janeiro: Editora Fiocruz, 2005.
Descritores: Assistência Domiciliar; Saúde do Idoso; Estratégia Saúde da Família; Cuidadores; Pessoal de Saúde.
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ESPECIFICIDADES DA DEMANDA EM SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
DO MUNICÍPIO DE SOBRAL, CEARÁ
Tamires Alexandre Félix 1
Eliany Nazaré Oliveira 2
Maria Socorro de Araújo Dias 2
Lia Barbara Silva Sousa 3
Francisca Mayara Brasileiro Gomes 3
[email protected]
1.Enfermeira. Mestranda em Saúde da Família pela UFC. Professora Substituta do curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú.
2.Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú.
3.Acadêmica de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú.
INTRODUÇÃO
No Brasil, ainda há grande dificuldade relacionada ao direcionamento da demanda de urgência. O estabelecimento de fluxos carece de
intervenções gestoras que gerem impacto nos atendimentos e esclareçam a população sobre noções de gravidade e serviços de referência. Isto só é possível através do reconhecimento da demanda. O estudo está vinculado ao PET Saúde – Redes de Atenção desenvolvido
pela UVA.
OBJETIVOS
-Caracterizar a demanda de urgência da microrregião em saúde de Sobral-Ceará;
-Compreender as especificidades dos fluxos assistenciais de urgência entre os serviços.
METODOLOGIA
A pesquisa tem caráter descritivo exploratório, com abordagem quantitativa do tipo documental retrospectiva. O cenário de coleta foi
a cidade de Sobral, sede da 11ª microrregião em saúde que abrange cerca de 25 municípios e 600.000 habitantes. Para tal, foram considerados três serviços de Urgência e Emergência do Município: SAMU e as emergências da Santa Casa de Misericórdia de Sobral e da
Unidade Mista Dr. Thomaz Corrêa Aragão. A amostra foi composta por 1141 fichas de atendimento relativas aos anos de 2012 e 2013 com
dados colhidos por formulário próprio obedecendo aos princípios da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS
Os resultados corroboram com investigações semelhantes disponíveis na literatura e apontam que a maioria dos pacientes procede da
zona urbana sendo referenciados de outras microrregiões como Do litoral de Camocim e Acaraú e Ipu. 60,3% é do sexo masculino; a
maioria dos atendimentos é de adultos jovens por causas clínicas e traumatológicas diversas com classificação intermediária de risco
(verde e amarelo) indicando baixa resolutividade na atenção primária e pouca estrutura nas cidades vizinhas para atendimentos de baixa
complexidade. Os atendimentos distribuíram-se de forma equitativa entre os turnos e dias da semana. Os resultados sugerem que os
acidentes de trabalho estão sendo subnotificados. O SAMU foi o meio de chegada de 7,6% dos pacientes. A cidade de Sobral revelou-se
polo assistencial para uma população maior do que a determinada nas pactuações intermunicipais. Ressalta-se o fato de que a nossa
sociedade têm uma cultura imediatista, onde os “consumidores” esperam acesso e tratamento fáceis e rápidos e acreditam encontrar
isso nos serviços de emergência o que elevada a procura e diminui a oferta. A partir do estudo identificou-se a necessidade de reduzir a
demanda de determinados serviços através de ações intersetoriais de prevenção de acidentes e violências.
CONCLUSÃO
A partir destas evidências é possível articular a Rede de Atenção às Urgências local garantindo melhor resolutividade, equidade, humanização e o direito à saúde em situações de emergência. Pode-se considerar que o sistema de referenciamento, apesar de caminhar
positivamente, ainda possui fragilidades sugerindo repensar a distribuição de recursos tecnológicos e humanos.
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REFERÊNCIAS
-BRANDÃO, G. C. G. et. al. Acidentes e violências: um retrato das ocorrências nos serviços de atendimento a urgências e emergências. Cad.
Saúde Colet, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 2-7, 2014.
-BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção às urgências. 3. ed. ampl. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. 256 p.
-MENDES, E. V. As Redes de Atenção à Saúde. Rio de Janeiro. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2010.
Descritores: Epidemiologia, Serviços de Saúde, Emergências.
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VIVÊNCIAS DE PUERICULTURA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Vanessa Oliveira Lima 1 Acadêmica de Enfermagem, do 8º semestre das Faculdades INTA
Rosalice Araújo de Sousa 2 Professora Orientadora. Mestre em Saúde Coletiva. Instituto Superior de Teologia Aplicada – INTA
Brena Cristyne Viana Tavares 3 Acadêmica de Enfermagem, do 8º semestre das Faculdades INTA
Elaine Cristina de Oliveira Lima 4 Acadêmica de Enfermagem, do 8º semestre das Faculdades INTA
Luiza Lorena de Sousa Brito do Nascimento 5 Acadêmica de Enfermagem, do 8º semestre das Faculdades INTA
[email protected]
INTRODUÇÃO
A puericultura é formada por um conjunto de meios que visam assegurar o perfeito desenvolvimento físico, mental e moral da criança,
avaliando seu crescimento, desenvolvimento e maturação, a fim de promover a saúde. As vivências práticas são de extrema importância
no processo de formação, pois visa propiciar o desenvolvimento de competências que irão favorecer na atuação quando profissional.
OBJETIVOS
Relatar a importância da vivência de uma consulta de puericultura em uma criança de quatro meses por acadêmicos de enfermagem.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicos de enfermagem, acerca de uma consulta de puericultura de uma criança
de quatro meses, ocorrida no dia 17 de abril de 2015 no Município de Sobral-Ce direcionada pela disciplina curricular de Saúde da Criança
por acadêmicos de enfermagem das Faculdades INTA. O momento possibilitou troca de conhecimento entre discentes e progenitora,
iniciou-se uma conversa informal, onde foi explicado sobre o acompanhamento de puericultura da criança, observando ambiente, riscos,
cuidados gerais, higiene, alimentação, estado nutricional, vacinação, no entrelace da conciliação do que foi visto na teoria com a prática,
desta forma dando subsídios a troca de informações mais pertinentes.
RESULTADOS
Foram aplicados os indicadores em uma ficha semi-estruturada, onde observamos que a criança encontrava-se com DNPM normal para
a idade, peso adequado, alimentação mista, vacinas de quarto mês em atraso, a mãe referiu estar com o resultado do teste do pezinho,
mas, não apresentou ao enfermeiro (a) da unidade. Orientamos a mãe quanto à higiene, alimentação, vacinas, consultas de puericultura,
aos sinais de alerta e incentivamos a leitura do cartão da criança em caso de dúvidas. Os marcos do desenvolvimento foram observados,
onde a criança já balbucia, segura objetos, vira-se em direção ao ruído, quando de bruços segura a cabeça. A criança encontrava-se bem
cuidada, apesar da estatura inadequada, ativa, hidratada, sem queixas referentes à doenças/internações.
CONCLUSÃO
Este estudo possibilitou compreender que o conhecimento sobre a teoria em conjunto com a vivência da consulta, onde foram relevantes para vida acadêmica e futuramente profissional, pois pode-se atuar de forma ativa no acompanhamento e desenvolvimento
de crianças, tendo como apoio os conhecimentos sobre puericultura, com uma visão ampla para a promoção da saúde e prevenção de
doenças.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, n. 33)
Descritores: Saúde da Criança, Estudantes de Enfermagem
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ASSOCIAÇÃO ENTRE OS FATORES DE RISCO PARA TENTATIVA DE SUICÍDIO
APRESENTADOS EM UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA
Adeliane Souza Freire ¹
Eliany Nazaré Oliveira ¹
Tamires Alexandre Félix ¹
Roberta Magda Martins Moreira ¹
[email protected]
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA 1
INTRODUÇÃO
A temática suicídio é um importante fator de considerável impacto para a saúde pública. É crescente a cada ano, onde cerca de um milhão de pessoas morrem por suicídio no mundo1. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2020, o número de mortes por
suicídio no Planeta atinja nada menos do que 1.530.000 seres humanos2.
OBJETIVOS
Compreender e associar os fatores de riscos em pessoas atendidas por Tentativa de Suicídio em hospital de referência da Região Norte
do Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa extraído da pesquisa ‘Saúde Mental e Cuidado de Enfermagem à Pessoa
que Tentou Suicídio’. A amostra foi composta de 153 casos de autoagressão admitidos entre 2013 e 2015 no setor de Emergência da Santa
Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS). As informações foram coletadas a partir de um formulário próprio. A Resolução nº 466/2012
norteou os aspectos éticos.
RESULTADOS
A forma como os fatores de riscos se apresentaram tornou possível compreender que há uma variedade maior de fatores que podem
predispor a Tentativa de Suicídio (TS). Os fatores que obtiveram relevância estatística para risco de TS foram: uso abusivo de drogas
psicoativas, ser portador de algum transtorno mental, tem história de tentativa anterior ou casos semelhantes na família. O cruzamento
dos casos por idade sexo e ocorrência de autoagressão anterior identificou que 38,6% da amostra tinha este fator de risco; na faixa etária
entre 12 e 21 anos as mulheres detiveram uma prevalência 10 vezes maior que os homens; proporcionalmente, o adulto e o idoso têm
prevalência maior que 50% de TS anterior. A faixa etária entre 12 e 21 anos apresentou maior prevalência de história de TS na família
(31,7%) sendo mais comum em homens entre 21 e 41 anos. O cruzamento dos casos por idade, sexo e transtorno mental de base identificou que 20,3% das mulheres, a maioria adultas, tem diagnóstico definido o que não exclui o diagnóstico em homens que culturalmente
buscam menos os serviços de saúde por problemas emocionais. Dos que tem historia de TS anterior (38,6%-59 casos), mais da metade
(52,5%) também tem desordem mental mostrando forte associação entre estes fatores de risco. Em 30,0% dos casos foi identificado
uso abusivo/dependência de crack, álcool e outras drogas. Destes 30%, o adulto jovem usa mais = 60,9% e a maioria é homem=71,7%.
CONCLUSÃO
Pelos fatores de riscos apresentados nos resultados deste estudo e pela associação dos mesmos torna possível observar que existe uma
grande abrangência de fatores que podem contribuir para as tentativas de suicídio. Assim se faz necessário maiores cuidados, como
um serviço especializado que possa estar comprometido em manter o cuidado a essas pessoas que tanto necessitam de uma melhor
assistência.
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REFERÊNCIAS
PANDEY G. N. Biological basis of suicide and suicidal behavior. Bipolar Disord. v. 15, n. 5, p. 524-41. 2013
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Suicide [internet]. Geneva: WHO; 2013. Acesso em 20 fev. 2014]. Disponível em http://www.who. int/
topics/suicide/en/.
Descritores: Fatores de riscos; Tentativa de Suicídio; Epidemiologia.
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PARTICIPAÇÃO ACADÊMICA NO SUS PELO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO
TRABALHO PARA a SAÚDE NA REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Ana Carla de Sousa Oliveira 1
Lia Bárbara Silva Sousa 1
Jailson Brito Lopes Moreira 1
Maria Socorro de Araujo Dias 2
Eliany Nazaré Oliveira 3
[email protected]
1 Acadêmico de enfermagem. Monitor do PET Redes de Atenção/Urgência e Emergência. Universidade Estadual Vale do Acaraú.
2 Orientadora. Enfermeira. Doutora em enfermagem pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Docente pelos mestrados em Saúde da Família – UFC/FIOCRUZ. Docente do curso de graduação em
enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
4 Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará- UFC (2005). Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA.
INTRODUÇÃO
A formação acadêmica em de saúde, aliada a vivências no cenário de trabalho do SUS, é uma maneira eficaz para o preparo profissional.
O Programa Educação pelo Trabalho, Redes de Atenção a Saúde, subdivindo-se em quatro redes: Urgência e Emergência, Cegonha, Rede
de Atenção Psicossocial e a Pessoa com Deficiência; fornece subsídios para a melhoria da qualidade da formação profissional para o SUS.
OBJETIVOS
Analisar os serviços e as experiências ofertadas pelos meios formativos do SUS através do Pet Redes de Atenção às Urgências e Emergências inseridas na cidade de Sobral-CE.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência realizado pelos monitores da rede de Urgência e Emergência que adentram aos serviços envolvidos
nos trâmites do SUS, sendo realizado um percurso de ensino-aprendizagem na atenção primária, secundária e terciária, com atividades
na cidade de Sobral-CE, no período de agosto de 2013 a julho de 2015. Os sujeitos envolvidos constituem-se de 18 protagonistas da área
da saúde, acadêmicos da enfermagem e da educação física. Os processos são compostos pela participação da coordenadora, tutora, preceptores e bolsistas que participam de cada rede de atuação, assim, inicialmente perpassam por um sistema de ensino-aprendizagem
para posteriormente estarem atuando em cada nível de atenção, desenvolvendo a extensão e colhendo assim elementos e referências
para construção de bases de dados para a pesquisa.
RESULTADOS
As ações proporcionadas pelo PET abrangiam diversos níveis de atenção no âmbito do SUS, compreendendo atenção primária, secundária e terciária. Em cada nível de atenção eram realizadas atividades relacionadas ao fazer profissional do serviço o qual o acadêmico
estava imerso. Eram realizadas ações de educação em saúde, assistencialistas, atividades de promoção de saúde e prevenção de agravos,
sempre sob supervisão dos preceptores do Programa. O exercício da prática profissional para a enfermagem é de grande importância
para a formulação de enfermeiros conscientes do seu papel enquanto cuidadores, tanto no sentido assistencial quanto no fazer burocrático relativo à enfermagem. Esse papel estabelece um fazer em saúde com praticidade e segurança capacitando-os a uma atividade
extracurricular que irá proporcionar uma vivência essencial para a formação identificando profissionais diferenciados na sua categoria.
No Programa percebeu-se a diferença em cada serviço, enquanto na atenção primária os estudantes lidavam com situação de capacitar
a comunidade para pratica com os primeiros socorros, na atenção terciária essa atuação se tornava real e os atendimentos eram realizados de maneira direta. As capacitações eram fornecidas para a equipe a fim de aperfeiçoar suas técnicas e melhorar os índices do setor.
Portanto, o PET buscou levar para a comunidade e para os serviços do SUS a responsabilidade de trabalhar com primeiros socorros,
exercitando os propósitos para esse aprendizado.
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CONCLUSÃO
As atividades do PET Redes de Atenção forneceram espaços de aprendizados benéficos para reflexões criticas relacionada ao fazer profissional. Fundamentaram-se meios para envolver os participantes ativamente, a fim de estabelecer exatidão em cada prática exposta
aprendida, relacionando a veracidade dos fatos com a atuação em campo das categorias profissionais envolvidas.
REFERÊNCIAS
BRASIL.
Mistério
da
Saúde.
Portaria
n.º
198/GM/MS,
de
13
de
Fevereiro
de
2004.
Institui
a
Políti-
ca Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do SUS para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Diário Oficial da União. República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2004. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2004/GM/GM-198.htm . Acesso em: 30 out. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria interministerial n° 1.802, de 26 de agosto de 2008. Institui o Programa de Educação pelo Trabalho
para a Saúde - PET - Saúde. Diário Oficial da União. República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2008. Disponível em: http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/pri1802_26_08_2008.html Acesso em: 30 out. 2015.
Descritores: Primeiros Socorros; Educação Permanente; Educação no Trabalho.
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ATENÇÃO CONTÍNUA NA PUERICULTURA: A CLÍNICA AMPLIADA
NO CUIDADO DA CRIANÇA
Ana Clécia Silva Ferreira Rodrigues¹, Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral/CE, Programa de Residência
Multiprofissional em Saúde da Família
Noraney Alves Lima², Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia, Tutoria do Sistema Saúde Escola de Sobral-CE
[email protected],
INTRODUÇÃO
O cuidado à criança nos primeiros anos de vida é essencial para determinar a qualidade do seu desenvolvimento. Desta forma, o Centro
de Saúde da Família (CSF), locado no Bairro Dom Expedito, Sobral-Ce, acompanha 64 crianças na faixa etária de 0 a 2 anos. A puericultura é uma estratégia de apoio ao crescimento e desenvolvimento da criança realizada, pelo/a enfermeiro/a ou médico/a (SIAB, 2015).
OBJETIVOS
Reorganizar a assistência integral a crianças de 0 a 2 anos; Sistematizar o processo de trabalho da equipe multiprofissional na Atenção
Contínua; Efetivar a clínica ampliada na puericultura coletiva.
METODOLOGIA
Os partícipes da puericultura coletiva foram selecionados segundo critérios de classificação de risco clínico e social, a partir do conhecimento prévio das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) e das Enfermeiras, com base na análise dos prontuários. A adesão foi por meio
de um convite nominal para agendamento do atendimento com a equipe multiprofissional, sendo estes organizados por estações. As
atividades realizadas aconteceram na sala de reuniões do CSF, estiveram norteadas pelo Protocolo de Assistência a Saúde da Criança
do Município de Sobral, participaram da vivência seis crianças e seus respectivos cuidadores, a dinâmica do atendimento aconteceu
com base na tecnologia leve da Atenção Contínua como sugere Mendes (2012). Categorias integrantes: Educação Física, Serviço Social,
Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Técnica de Enfermagem e ACS, que conforme as necessidades identificadas na
análise dos prontuários puderam agregar ao trabalho multiprofissional.
RESULTADOS
Após o momento de educação em saúde, última atividade da abordagem da Atenção Contínua, realizou-se uma avalição do encontro,
através da roda de conversa. As mães participantes expressaram sua satisfação com relação à organização, o atendimento multiprofissional e a agilidade nos atendimentos por “não ter que esperar para ser atendida” (M1 - diário de campo), porque não existia a sala de
espera e os serviços aconteciam simultaneamente. Em seguida realizou-se o mesmo processo com os profissionais de saúde e dentre
as falas transcritas no diário de campo foi enfatizado como um aspecto importante, o trabalho em equipe. A atuação simultânea de
várias categorias em um mesmo espaço, com um só objetivo: prestar assistência integral a saúde da criança. Este processo incorpora o
conceito de clínica ampliada centrada no sujeito e não na doença. Assim, nesse processo de cuidado o sujeito é visto em sua dimensão
biopsicossocial (CAMPOS, 2003). Utilizamos a roda de conversa como metodologia participativa de educação popular em saúde, por ser
uma técnica que facilita a expressão dos saberes e vivências prévias, possibilitando a dialogicidade entre os saberes dos partícipes e dos
profissionais. A escolha da utilização da tecnologia leve da Atenção Continua foi fundamentada pelo modelo de cuidado às condições
crônicas, que segundo Mendes (2012, p. 31) são: “circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de forma mais ou menos persistentes”, como exemplo, destacamos os ciclos de vida.
CONCLUSÃO
Percebemos com essa vivência que através da utilização das tecnologias leves no programa de puericultura, pudemos agilizar os proces150
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sos de trabalho e os atendimentos necessários à população infantil do munícipio de Sobral, reduzindo a fila de espera para o atendimento da equipe multiprofissional. Com isso, notamos uma maior satisfação do usuário quanto à puericultura realizada pela equipe do CSF.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, G. W. S. Saúde paidéia. São Paulo: Hucitec, 2003.
MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde
da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 512p.
SOBRAL. Secretaria de Assistência a Saúde / DAB - DATASUS. Secretaria Municipal de Saúde. SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA ATENÇÃO
BÁSICA – SIAB. Relatório referente ao mês de Julho de 2015. Consolidado das famílias cadastradas do ano de 2015. Pag.: 1, versão: 6.6.1,
data 07/08/2015. Correspondence.
Descritores: Cuidado da criança; Puericultura coletiva; Clínica ampliada.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE COM TUBERCULOSE:
ESTUDO DE CASO.
Lívia Guimarães Albuquerque ¹
Najara Farias Gomes ¹
Marise Ponte Ferreira Monteiro ¹
José Gerardo da Silva ¹
Maria Tassyelia Batista Carlos ¹
[email protected]
¹ Enfermeiros graduados pelas Faculdades INTA
INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS), há uma década, declarou a tuberculose em estado de emergência no mundo, sendo ainda hoje a
maior causa de óbito por doença infecciosa em adultos. Estima-se que 2 bilhões de pessoas estão infectadas pelo bacilo da tuberculose,
e destas, 8 milhões desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano.
OBJETIVOS
Sistematizar a atenção de enfermagem ao paciente portador de tuberculose em situação hospitalar.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa.
A coleta de dados do estudo foi realizada entre os dias 26 e 29 de abril de 2014 no setor da Clínica do Hospital Dr. Estevam Ponte no município de Sobral. A fim de manter os princípios morais e éticos envolvidos, a identificação do paciente estudado será preservada, sendo
este identificado somente pelas iniciais de seu nome, C.R.S, assegurando-lhe o direito à confidencialidade e anonimato.
RESULTADOS
C.R.S, sexo feminino, 16anos, católica, ensino médio incompleto, solteira, sem filhos, reside com seus pais, 02 irmãos e 01 sobrinho, no
bairro Sumaré. A residência de alvenaria com saneamento básico e luz elétrica. Renda familiar oriunda de benefício do INSS, Bolsa Família e uma ajuda de custo dos irmãos mais velhos.
Chegou ao hospital Dr. Estevam Ponte dia 26 de abril de 2014 acompanhada de sua mãe com relato de dispnéia severa, tosse seca, hiporexia, febre, hemoptise, emagrecida, MV (+) bilateral com estertores. Solicitado exame laboratorial + BAAR + Rx de tórax.
Foram identificados como Diagnósticos de Enfermagem (DE):
DE1 – Padrão Respiratório Ineficaz devido à infecção pulmonar.
DE2- Alteração Nutricional: Aporte Inferior às Necessidades do Organismo em conseqüência de apetite precário
Evoluções de enfermagem:
No 2º dia de internação melhora no quadro geral ,corada, hidratada, eupnéica, discreta dor torácica, tosse seca. Colhido amostra para BK.
Debilidade Geral: MV (+) bilateral com estertores.
3º dia de internação. Corada, hidratada, Eupnéica, diminuição da dor, mantém tosse seca. Colhida 2ª amostra de BK. Debilidade Geral: MV
(+) bilateral com estertores. Prescrição Mantida.
4º dia de internação. Melhora do estado geral, corada, hidratada, eupnéica, afebril, sem queixas. Alta Hospitalar.
CONCLUSÃO
Com este trabalho pode-se concluir que a enfermagem tem atuação fundamental no cuidado aos pacientes com quadro de Tuberculose
que necessitem de internação hospitalar, bem como na atenção primária, acompanhando o indivíduo e a família.
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Assim, faz-se necessário obter conhecimento sobre a patologia em questão, a fim de dar a devida atenção e cuidado à pessoa acometida
pela Tuberculose.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Z. N.; RIBEIRO M. C.S. Vigilância e controle das doenças transmissíveis. 3 ed_ São Paulo: Martini 2009
NETTINA, S.M.; BRUNNER. Prática de Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
VIANA, D.L.; SILVA, E.S Guia de medicamentos e Cuidados de enfermagem. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2010.
Descritores: Tuberculose, Enfermagem, Cuidados
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ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL DE MULHERES COM PARTO
PREMATURO EM 2014 ACOMPANHADAS PELA ESTRATÉGIA TREVO DE
QUATRO FOLHAS EM SOBRAL, CEARÁ
Anna Larissa Moraes Mesquita 1
Maria Danara Alves Otaviano 1
Jean Linhares de Lima 2
Francisca Júlia dos Santos Sousa 3
Maria Adelane Monteiro da Silva 4
[email protected]
1
Acadêmica do curso de Enfermagem na Universidade Estadual Vale do Acaraú e Integrante do Projeto de Extensão Saúde da Mulher.
2
Enfermeira da Estratégia Trevo de Quatro de Folhas e Integrante do Projeto de Extensão Saúde da Mulher.
3
Farmacêutico do Centro de Infectologia de Sobral.
4
Enfermeira, Docente do curso de Enfermagem na Universidade Estadual Vale do Acaraú e Coordenadora do Projeto de Extensão Saúde da Mulher.
INTRODUÇÃO
A assistência prestada no pré-natal compreende uma série de cuidados e procedimentos que almejam preservar a saúde da gestante e
do bebê. Considerando que atualmente a prematuridade ainda se caracteriza por um problema causador de morbimortalidade neonatal,
e que assistência pré-natal insuficiente pode levar ao aumento dessa prematuridade, é de extrema importância a avaliação da assistência oferecida na gravidez.
OBJETIVOS
Analisar a assistência pré-natal de mulheres que tiveram filhos prematuros no ano de 2014, acompanhadas pela Estratégia Trevo de
Quatro Folhas em Sobral, Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa. Utilizou-se de dados secundários do banco de dados da Estratégia
Trevo de Quatro Folhas colhido por meio de entrevistas e pela caderneta das gestantes que tiveram filhos prematuros durante o ano de
2014. A amostra se deu por 296 mulheres e para a análise utilizou-se das variáveis: início do pré-natal, número de consultas e exames
realizados. O estudo seguiu os preceitos da Resolução nº 466/12.
RESULTADOS
Durante o ano de 2014, 296 mulheres que foram entrevistadas nas maternidades, pelo Trevo de Quatro apresentaram parto prematuro.
Das 296 mulheres, 63,9 % iniciaram as consultas até o primeiro trimestre de gestação e 17.2% iniciaram no segundo trimestre, o que
é um bom indicador, visto que possibilita uma maior criação de vínculo e a prestação da assistência necessária. Em relação ao número
de consultas 39,4% realizaram até seis. Costa et al. (2013) descrevem que o maior número de consultas de pré-natal está fortemente
associado a desfechos mais favoráveis. O estudo de Lopes e Mendes (2013) corrobora com esse achado quando observou associação
entre nascimentos prematuros e não acesso a consultas pré-natal. Quanto a situação dos exames realizados na gestação, 19% realizaram
todos os exames constantes no protocolo de pré-natal do município, 57,6% realizou os exames, porém de forma incompleta e 5,4% não
realizou nenhum exame. Vale destacar que o exame menos realizado pelas gestantes foi o preventivo do câncer de colo uterino, onde
apenas 29,4% fizeram o exame. Conforme Cunha et al. (2009) um atendimento de qualidade no pré-natal pode desempenhar um papel
importante na redução da mortalidade materna, além de evidenciar outros benefícios à saúde materna e infantil. 17,9% das entrevistas
não levaram a caderneta da gestante para a maternidade, o que impossibilitou o preenchimento de 100% das variáveis analisadas.
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CONCLUSÃO
Apesar da cobertura da assistência pré-natal oferecida no município de Sobral, os dados apresentados demonstram que o município
precisa avançar na qualidade da assistência oferecida. Análises como essa permitem a proposição de ações que podem resultar em
melhores resultados tanto para a mãe quanto para o neonato.
REFERÊNCIAS
COSTA, C.S.C; VILA, V.S.C; RODRIGUES, F.M; MARTINS, C.A; PINHO, L.M.O. Características do atendimento pré-natal na Rede Básica de Saúde.
Revista Eletrônica de Enfermagem. Goiás. v.15, n.2, p. 516-522. 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v15i2.15635. Acesso em: 15 out
2015.
CUNHA, M.A; MAMEDE, M.V; DOTTO, L.M.G; MAMEDE, F.V; Assistência pré-natal: competências essenciais desempenhadas por enfermeiros.
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. Rio de Janeiro. v.13, n.1. p.145-153. 2009.
LOPES, S.A.V.A; MENDES, C.M.C: Prematuridade e assistência pré-natal em Salvador. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, Salvador, v.12,
especial, p.460-464, dez.2013.
Descritores: Assistência pré-natal; Prematuridade.
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EVIDÊNCIAS SOBRE A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS DURANTE A
GESTAÇÃO: RECOMENDAÇÕES E RESTRIÇÕES
Antonia Bruna Ferreira Braga ¹
Layana Liss Rodrigues Ferreira ¹
Ronaldo César Aguiar Lima ²
Diego David Dantas Maia ³
[email protected]
¹ Acadêmicas de Enfermagem da UEVA
² Acadêmico de Medicina da UERN
³ Graduado(a) em Medicina pela UERN
INTRODUÇÃO
A gravidez é um período repleto de modificações no organismo feminino, que trazem consigo diversas dúvidas na gestante. Os manuais
não especificam quando realizar nem quais as atividades são as mais adequadas. No entanto, diversos estudos apontam que a prática de
atividades na gestação pode trazer benefícios.
OBJETIVOS
Objetivou-se apontar as principais evidências sobre a prática de atividades físicas durante a gravidez.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão sistemática de literatura na qual foram avaliados 7 estudos bem como orientações do Colégio Americano de
Ginecologia e Obstetrícia e Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
RESULTADOS
O Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia propõe a criação de um programa de atividades físicas na gestação dentro da estratégia
de pré-natal. Pois, a prática de atividades físicas na gestação mostrou que reduz estresse cardiovascular, a bradicardia, o maior volume
sanguíneo em circulação, maior capacidade de oxigenação, menor pressão arterial, prevenção de trombose, varizes e redução do risco
de diabetes gestacional. A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia aponta outras evidências que sustentam a recomendação de
prática de atividades físicas na gestação, pois diminui a velocidade de ganho ponderal e diminui ganho de gordura localizada. Além disso,
a atividade física fortalece a musculatura pélvica, sendo mais um fator a proporcionar nascimentos a termo e menor taxa de Cesária.
Todavia, essas atividades devem ser individualizadas, pois em gestantes que apresentem comorbidades (doenças cardíacas, doenças
pulmonares restritivas, multípara com risco de prematuridade, placenta prévia, ruptura de membranas, sangramento uterino persistente no segundo ou terceiro trimestre, cervix incompetente ou pré-eclâmpsia), não poderão realizar qualquer atividade física. Entretanto,
na ocorrência de perda de líquido, dor no peito, sangramento vaginal, enxaqueca, dispneia, náuseas dor abdominal, tontura, redução de
movimentos fetais ou surgir contrações uterinas, a prática de atividades físicas deve ser suspensa imediatamente.
CONCLUSÃO
A prática de atividades físicas ainda é tema de profundas discussões, não há um consenso sobre quando, como nem por quanto tempo
praticar. No entanto, alguns estudos demonstram que se praticado de forma acompanhada, apresenta benefícios, devendo ser estimulada.
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REFERÊNCIAS
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
LIMA, Fernanda R.; OLIVEIRA, Natália. Gravidez e Exercício. Rev Bras Reumatol, v. 45, n. 3, p. 188-90, mai./jun., 2005.
Descritores: Atividade Física. Gestação. Pré-natal. Recomendações. Gravidez.
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PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DECORRENTES DA PRÁTICA DO ABORTO: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
Antonia Bruna Ferreira Braga ¹
Ronaldo César Aguiar Lima ²
Layana Liss Ferreira Rodrigues ³
Diego David Dantas Maia 4
[email protected]
¹Acadêmica de Enfermagem da UEVA
²Acadêmico de Medicina da UERN
³Acadêmica de Enfermagem da UEVA
4
Acadêmico de Medicina da UERN
INTRODUÇÃO
O aborto corresponde a interrupção de uma gravidez antes do prazo gestacional adequado. A prática abortiva pode ocorrer de forma
terapêutica (relacionada a complicações gestacionais, que comprometam a saúde do feto, gestante ou de ambos) ou de forma criminosa
(não relacionada a causas orgânicas, mas sim a multifatorialidade). Independente da forma praticada, o abortamento ganha ênfase uma
vez que suas complicações ainda figuram entre as principais causas de mortalidade materna.
OBJETIVOS
Desta forma, o presente estudo teve por objetivo realizar um levantamento literário para identificar as principais complicações decorrentes do aborto induzido.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Para obtenção dos dados, realizamos levantamento de dados nos principais bancos de
dados on-line (SciELO, LILACS, BIREME, BENDENF). Em nossas buscas, utilizamos somente artigos em língua portuguesa, e inicialmente
como palavras-chave os termos: “aborto”, “epidemiologia do aborto” e “gravidez”, surgiram 5648 artigos. Numa pesquisa mais refinada,
utilizamos os termos “aborto induzido”, “aborto terapêutico”, “complicações do aborto”. Nesse momento, 103 artigos, foram encontrados
e escolhidos apenas 11 artigos para a realização deste estudo.
RESULTADOS
A prática de Aborto é uma realidade no país (principalmente em centros clandestinos, aonde se espera as piores complicações). Variados
estudos apontam que não somente complicações físicas e/ou orgânicas (perdas de tecidos e ou estruturas), mas também danos psicológicos irreparáveis a toda uma família (depressão e outras psicopatias), algumas potencialmente mortais, merecendo especial atenção.
No grupo das complicações mais relatadas, destacam-se as lesões dérmica na vulva, vulvovaginites, bartolinites, abscessos de parede
vaginal, infecções do trato geniturinário, linfoadenopatia inguinal e processos inflamatórios pélvicos. Seguindo as complicações, os estudos ainda destacam a hemorragia de parede vaginal, a pielonefrite e as cervicites, como complicações moderadas. E as mais agressivas
capazes de levar a óbito rapidamente e por isso exigem mais dos profissionais de saúde, são a septicemia, a hemorragia pélvica, a ruptura
uterina e a esterilidade pós-aborto.
CONCLUSÃO
O conhecimento das principais complicações decorrentes da prática abortiva constitui-se em ferramenta chave, para o qualquer profissional de saúde guiar suas condutas diante de um caso de aborto. E acreditamos também que o conhecimento dessas complicações
poderá gerar subsídios para condutas adotadas pelo profissional de saúde.
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REFERÊNCIAS
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
DINIZ, Debora. et al. Aborto: 20 anos de pesquisas no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(4):939-942, abr, 2009.
MENEZES, Greice; AQUINO, Estela M. L. Pesquisa sobre o aborto no Brasil: avanços
e desafios para o campo da saúde coletiva. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25 Sup 2:S193-S204, 2009.
Descritores: Aborto. Aborto induzido. Complicações. Gravidez. Aborto terapêutico.
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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA: EXPERIÊNCIAS DE
INTERNAÇÕES HOSPITALARES
Antonia Eliana de Araújo Aragão 1
Lorita Marlena Freitag Pagliuca 2
Eliany Nazaré Oliveira 3
Lívia Mara de Araújo 1
[email protected]
1
Faculdades INTA/Enfermagem
2
Universidade Federal do Ceará(UFC)/Enfermagem
3
Universidade Estadual Vale do Acaraú(UVA)/Enfermagem
INTRODUÇÃO
As pessoas são expostas a inúmeros fatores geradores de deficiência, ocasionados por diversos fatores: acidentes domésticos, de trânsito, de trabalho e violência urbana quando surgem transformam a realidade social, a forma de vida e a aparência física. Isso faz com que
as pessoas com deficiência física se percebam diferentes das demais (ARAGÃO, 2010).
OBJETIVOS
Apresentar as experiências de pessoas com deficiência física durante as internações hospitalares.
METODOLOGIA
Pesquisa de campo referente ao recorte de tese de Doutorado. Pesquisa realizada em agosto e setembro de 2009, por meio de um
grupo focal com nove pessoas em uma associação de pessoas com deficiência física, após aprovação do Comitê de Érica em Pesquisa da
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Resultados apresentados de acordo com as falas.
RESULTADOS
Passei a metade da minha vida internado, fiz cirurgia do pé, depois fiz do joelho. Já fiz da coluna e do quadril. (GF1). Mesmo com a escadinha não consegui subir na maca, escorreguei e caí (GF2). Já passei por muitos hospitais: Rio, São Paulo, não faltou nada para mim
(GF3). As pessoas devem ser mais profissionais e não trabalharem somente por dinheiro (GF4).Fiquei internado no SAHRA de Fortaleza,
não me faltou nada (GF5).Estive internada, não consegui subir na cama sozinha… as torneiras todas altas. Meu marido também é deficiente e não conseguiu entrar no banheiro com as muletas .Achei tudo muito inadequado, as portas das enfermarias, dos banheiros, as
camas, os balcões (GF6). Fui hospitalizado e transferido para Fortaleza, fui muito bem atendido apesar de ter sido pelo SUS. Em Sobral a
única dificuldade é durante as noites porque tem pouca gente e também somos atendidos mais rápido quando temos alguém conhecido,
porque a gente fica na emergência em cima de uma maca até aparecer a vaga. Quando eu estava na sala de cirurgia todo quebrado,
começaram a dizer: “como é que a gente vai colocar esse homem na mesa”? Eu falei: manda chamar os enfermeiros. Eu todo quebrado,
pensei: vai quebrar é tudo e comecei a orar (GF7). Nada a reclamar nem aqui e nem em Fortaleza (GF8). No hospital faltavam cadeiras
de rodas, tive que levar de casa (GF9).
CONCLUSÃO
Ainda existe a necessidade de maior dedicação dos profissionais para com esse público que clama por melhores condições de tratamento como pessoas e cidadãos.
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REFERÊNCIAS
ARAGÃO, A. E. A. Estratégias de empoderamento de pessoas com deficiência física para reivindicar espaços hospitalares acessíveis. Tese
(Doutorado) - Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010.
Descritores: Pessoas com deficiência. Hospitais.
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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS DO MUNICÍPIO
DE SOBRAL, CEARÁ EM 2014
Cibelle Tiphane de Sousa Costa 1
Silvinha de Sousa Costa 2
Eliany Nazaré Oliveira 3
Cezar Augusto Ferreira da Silva 4
[email protected]
1. Enfermeira. Coordenadora da UIPHG Dr. Odorico Monteiro. Secretaria de Saúde de Sobral- SSS
2. Enfermeira. Técnica da Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia . Secretaria de Saúde de Sobral- SSS
3Dra.professora de enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.
3. Médico. Assistente UIPHG Dr. Odorico Monteiro e CAPS-AD. Secretaria de Saúde de Sobral- SSS.
INTRODUÇÃO
A Reforma Psiquiátrica assegura às pessoas com transtorno mental o respeito aos seus direitos, priorizando os tratamentos comunitários, a reinserção na sociedade e na família. Sendo a internação o último recurso utilizado. Buscando um cuidado holístico para o tratamento pós-alta que busca-se reconhecer a localização dos usuários que venham a se internar pelo queixas de saúde mental.
OBJETIVOS
Apresentar a disposição espacial das internações psiquiátricas realizadas, durante o ano de 2014, pelos distritos e bairros do município
de Sobral – CE.
METODOLOGIA
O presente estudo apresenta característica documental, descritivo e retrospectivo. O intuito principal é apresentar a distribuição geográfica dos sujeitos que vivenciaram a internação psiquiátrica de janeiro a dezembro de 2014. Para a coleta dos dados fora utilizado o
livro de registro de internação existente na unidade, além das informações existentes no Sistema de Informação Hospitalar do Hospital
Dr Estevam Ponte Ltda. Após isso, criou-se uma tabela no programa Excel onde era acrescentado as informações colhidas pelo livro de
registro e pelo sistema hospitalar. Como a UIPHG abrange toda a macro-área de Sobral que inclui outros municípios que fazem parte da
RAPS, fora caráter excludente toda e qualquer internação que não fizesse parte do município de Sobral, assim como critério de inclusão
as internações deste município. A Análise dos dados fora realizada no programa Excel e discutida a partir dos gráficos. Esta pesquisa
respeitou os princípios bioéticos preconizados pela Resolução 466/2012 do CNS.
RESULTADOS
Durante o ano de 2014, a Unidade de Internação Psiquiátrica Luís Odorico Monteiro, que está situada no hospital geral Dr Estevam, apresentou um total de 823 internações psiquiátricas que abrangem o quadro de transtorno mental severo e persistente assim como pelo
o uso de álcool e outras drogas. Destas, 491 internações foram protagonizadas por sujeitos residentes no município de Sobral, divididos
entre sede e distrito. Dos achados percebeu-se que a Sede apresentava maior quantitativo de internações sendo responsável por 394
em detrimento a 97 dos distritos, a idade variava de 14 até 88 anos, sendo a maior parte entre os 20 até 55 anos. Quanto ao Sexo, 382
internações foram para o sexo masculino enquanto 109 foram para o feminino. Em relação ao CID 274 eram por uso de álcool e/ou outras
drogas ( 197 para álcool, 8 para cocaína/crack e 74 múltiplas drogas) e 217 para transtorno mental severo e persistente (46 esquizofrenias, 82 surto psicótico, 50 quadro maníaco, 19 quadro depressivo e 19 transtornos personalidades e 3 quadro orgânico). Da Sede os
bairros que mais apresentaram internações foras: Campo dos Velhos 7 pacientes, Alto da Brasília 12 pacientes, Alto do Cristo 13, Centro
61,COHAB II 16 pacientes, Dom Jose 32 pacientes, Padre Palhano 19 pacientes foram os mais relevantes e no Distritos: Jordão 19 pacientes, Taperuaba e Jaibaras com 14 pacientes cada, Aracatiaçu com 10 pacientes e Caracará com 6 pacientes, apresentando desta forma um
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olhar macro para o território que possibilite as equipes de saúde reconhecer seus usuários e possibilitar um cuidado além do hospitalar.
CONCLUSÃO
O conhecimento das localidades em que encontram os pacientes que estiveram internados facilita a equipe de saúde mental a realizar
uma busca ativa caso o paciente não prossiga com o tratamento proposta pós alta hospitalar, como também favorece a elaboração de
politicas de trabalho naquele território visando minimizar as internações e reinternações proporcionando a desospitalização.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação Geral
de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas. Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental no Brasil. Brasília (DF): MS; 2005.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Coordenação Geral de Saúde
Mental, Álcool e outras Drogas. Saúde mental em dados 10. Brasília (DF): MS; 2012.
Descritores: Saúde mental; Internação hospitalar.
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A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS
Danielle Menezes de Albuquerque Mesquita 1
Ana Kamila Teófilo Gomes 1
Brenda Lia Aragão Moura 1
Fernanda Magda Borges Rodrigues 2
[email protected]
1
Faculdades INTA - Acadêmicos do curso de Fisioterapia
2
Faculdades INTA - Professora do curso de Graduação em Fisioterapia, Especialista em Gerontologia, Especialista em Saúde, Trabalho e Ergonomia nas Empresas.
INTRODUÇÃO
O envelhecimento da população representa um dos maiores desafios da saúde pública atual (GOUVEIA, 2012). Paralelo a esse processo está a dependência funcional (GRATÃO, 2013). A fisioterapia aplica e utiliza medidas de avaliação da capacidade funcional de forma
mais importante oferecendo desta forma subsídio para instrumentalizar e operacionalizar a atenção à saúde do idoso (ELY et al., 2009).
OBJETIVOS
Descrever a importância da fisioterapia na capacidade funcional de idosos institucionalizados.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de setembro a outubro de 2015. Os artigos selecionados foram pesquisados
na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). A estratégia adotada foi o cruzamento dos seguintes descritores de saúde (DeCs): Fisioterapia and
idosos and capacidade funcional. Tendo como critérios de inclusão: artigos que estivessem disponíveis na íntegra em revistas indexadas
nas bases de dados pesquisadas, em português, compreendidos entre os anos de 2005 à 2015. Foram excluídas as monografias, teses,
dissertações e os que não descreveram e/ou não analisaram a participação da fisioterapia na capacidade funcional de idosos institucionalizados.
RESULTADOS
A fisioterapia atua oferecendo aos idosos a manutenção e a melhora da capacidade funcional, tentando reduzir as incapacidades e as
limitações, promovendo uma maior independência na realização das atividades da vida diária, melhora da autoestima e conservando o
ótimo funcionamento dos sistemas orgânicos, o que condiciona aos idosos residentes institucionalizados uma vivência rica em cuidados
que muitos em seus próprios lares não teriam condições de desfrutar.
Muitos são os recursos utilizados pelos fisioterapeutas para manter a funcionalidade destes idosos. Dentre eles estão os exercícios terapêuticos, que elaborados de forma individualizada de acordo com a necessidade de cada um, promovem a melhoria da função física
e previnem incapacidades. A cinesioterapia e Kabat estimulam a formação da massa óssea e minimizam a progressão da osteoporose.
Alongamentos musculares, mobilização ativa das grandes articulações e da coluna vertebral, exercícios posturais tônicos, exercícios
respiratórios e relaxamentos estáticos e dinâmicos ajudam a melhorar o equilíbrio e a coordenação, prevenindo assim as quedas.
Além de reabilitar a fisioterapia tem o papel de promover a saúde, e atua através da realização de atividade como: caminhadas em grupo, atividades lúdicas para prevenir a perda de memória, e encontros com orientações educativas sobre postura, como evitar quedas,
locomoção com uso de órteses, higiene pessoal, vestimentas e calçados adequados.
CONCLUSÃO
Percebe-se que a fisioterapia tem um importante papel no cuidado com idosos institucionalizados, pois através de seu conhecimento
tenta retardar ou minimizar a perda da funcionalidade decorrente do processo de envelhecimento. Além disso desenvolve estratégias de
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promoção da saúde com atividades educativas e recreativas que proporcionam melhor qualidade de vida a essa população.
REFERÊNCIAS
ELY, J. C. et al. A atuação fisioterápica na capacidade funcional do idoso institucionalizado. RBCEH, Passo Fundo, v. 6, n. 2, p. 293-297,
maio/ago. 2009.
GOUVEIA, L. A. G. Envelhecimento populacional no contexto da Saúde Pública. Revista Tempus Actas de Saúde Coletiva, 2012.
GRATAO, A. C. M. et al . Dependência funcional de idosos e a sobrecarga do cuidador. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 47, n. 1, p. 137144, Feb. 2013.
Descritores: Fisioterapia, Idoso, Capacidade Funcional.
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PAPEL DA FISIOTERAPIA NA SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Danielle Menezes de Albuquerque Mesquita 1
Brenda Lia Aragão Moura 1
Ana Kamila Teófilo Gomes 1
Fernanda Magda Borges Rodrigues 2
[email protected]
1
Faculdades INTA - Acadêmicos do curso de Fisioterapia
2
Faculdades INTA - Professora do curso de Graduação em Fisioterapia, Especialista em Gerontologia, Especialista em Saúde, Trabalho e Ergonomia nas Empresas.
INTRODUÇÃO
A fisioterapia não é restrita apenas a reabilitação, ações preventivas e educação em saúde são imprescindíveis para a melhora da
qualidade de vida da população (NAVES; BRICK, 2011). Com isso observou-se a necessidade de introduzir o fisioterapeuta na Estratégia de
Saúde da Família para atuar na equipe multiprofissional contribuindo na melhor resolutividade do sistema de saúde (SOUZA et al., 2012).
OBJETIVOS
Analisar o papel da fisioterapia na saúde pública com sua atuação na Estratégia de Saúde da Família.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de setembro a outubro de 2015. Os artigos selecionados foram pesquisados na
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) nas bases de dados LILACS, MEDLINE e Coleciona SUS. A estratégia adotada foi o cruzamento dos seguintes descritores de saúde (DeCs): Fisioterapia and Saúde Pública and Saúde da Família. Tendo como critérios de inclusão: artigos que
estivessem disponíveis na íntegra em revistas indexadas nas bases de dados pesquisadas, em português, compreendidos entre os anos
de 2005 à 2015. Foram excluídas as monografias, teses, dissertações e os que não descreveram e/ou não analisaram a participação do
fisioterapeuta na saúde da família. Após a leitura do resumo dos artigos foram selecionados aqueles que se enquadravam nos critérios
de inclusão e exclusão, totalizando uma amostra de três artigos.
RESULTADOS
Dentre as atividades realizadas pela fisioterapia na atenção à saúde da família, está a visita e atendimento domiciliar, que além de contribuir com a melhoria da qualidade de vida da população através de técnicas fisioterapêuticas específicas que visam a recuperação e
reabilitação, desenvolve ações educativas que objetivam a manutenção e promoção da saúde, com abordagem à família, e do estabelecimento de vínculos e incentivo ao controle social. Podem ser desenvolvidas também atividades coletivas através de grupos específicos,
como grupo de idosos.
No entanto ainda há uma indefinição quanto ao papel da fisioterapia na atenção primária, onde ainda predomina o caráter reabilitador.
Isso se deve a vários fatores como a discrepância entre a formação acadêmica e o exercício profissional; baixo nível de reflexão sobre os
conceitos básicos em saúde pública, por parte dos fisioterapeutas, e a preservação do protótipo reabilitador do fisioterapeuta.
Com o aumento da expectativa de vida da população é de extrema importância a promoção da autonomia do indivíduo, dessa forma a
fisioterapia tem um papel crucial nesse processo, pois é o profissional apto para estudar e investigar o movimento humano e as funções
corporais, permitindo melhoria da qualidade de vida, o que garante maior resolutividade e efetividade ao SUS através de uma equipe
capacitada na promoção integral da saúde.
CONCLUSÃO
O trabalho do fisioterapeuta na saúde da família é essencial para a promoção da integralidade na saúde, continuidade do cuidado na
atenção primária, tanto de forma individual como coletiva. Pois as ações desenvolvidas mostram resultados importantes e significativos
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para a população não estando limitado apenas à doença, mas sim tendo como foco a saúde e a qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
DE SOUZA, M. C. et al. Fisioterapia e Núcleo de Apoio à Saúde da Família: conhecimento, ferramentas e desafios. O Mundo da Saúde, São
Paulo, v. 37, n.2, p. 176-184, 2013.
NAVES, C. R.; BRICK, V. S. Análise quantitativa e qualitativa do nível de conhecimento dos alunos do curso de fisioterapia sobre a atuação
do fisioterapeuta em saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, supl.1, p. 1525-1534, 2011.
Descritores: Fisioterapia, Saúde Pública, Saúde da Família.
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IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO DE UMA UNIDADE DE CENTRAL DE TRANSPORTE
INTRA-HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Evellyn dos Santos Penha 1
[email protected]
1. Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar. Hospital Regional Norte.
INTRODUÇÃO
A busca pela qualidade da assistência ao paciente vem influenciando a reorganização das estruturas médico hospitalares. Nesse contexto o paciente passou a se deslocar dos locais de internação quando necessário. Assim, muitos hospitais possuem unidades com funcionários específicos para realizar de modo seguro o transporte intra-hospitalar de forma que não prejudique seu tratamento.
OBJETIVOS
O estudo objetivou registrar a importância do serviço desenvolvido em uma unidade denominada central de transporte tido como referência para a melhoria da assistência ao paciente hospitalizado.
METODOLOGIA
Pesquisa do tipo exploratória e descritiva com abordagem quantitativa realizada em uma instituição privada sem fins lucrativos que atua
no segmento de gestão em saúde, referência na região Norte Cearense no período de janeiro a agosto de 2015. Os dados foram obtidos
através da análise de planilhas do Office implementadas no serviço. Após a coleta de dados realizou-se observação exploratória, analítica
e interpretativa para agregação dos dados e apresentação dos mesmos em gráficos.
RESULTADOS
O transporte intra-hospitalar é a transferência temporária ou definitiva de pacientes dentro do ambiente hospitalar. O estudo proposto traz como referência um setor hospitalar denominado central de transporte, no qual é composto por cinquenta e seis técnicos de
enfermagem e uma enfermeira responsável pela unidade. O serviço obedece a um protocolo institucional que traz um farol de prioridades para a realização dos transportes, além de uma ferramenta de comunicação denominada checklist. A decisão de transportar um
paciente deve ser baseada na avaliação do risco/benefício e na necessidade de cuidados adicionais como tecnologia e especialistas. O
sucesso no transporte intra-hospitalar depende diretamente do planejamento e atuação organizada da equipe multiprofissional, bem
como da escolha de equipamentos adequado, comunicação prévia das informações em relação à equipe que transporta e a que recebe
na unidade de destino. O estudo foi realizado analisando-se os dados desde janeiro até agosto de 2015. Observaram-se os seguintes indicadores: a quantidade absoluta de transportes, os setores mais solicitados de origem e destino de encaminhamento, o motivo e o modo
de transporte. Analisaram-se uma média de 22.986 (33%) transportes realizados nesse período da pesquisa. Destacando-se como setor
de origem mais solicitado a observação breve intermediária, centro de imagem e emergência; e como setor de destino a observação
breve adulta, centro de imagem e altas.
CONCLUSÃO
Estudos têm documentado a importância de fatores para a segurança do transporte intra-hospitalar, como os relacionados à equipe
multidisciplinar, equipamentos adequados e planejamento. Assim a segurança do paciente tem sido facilitada pelo desenvolvimento de
equipamentos próprios, equipes treinadas e protocolos específicos, além do profissional enfermeiro inserido no planejamento das ações.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana Carolina Goulardins de et al. Transporte intra-hospitalar de pacientes adultos em estado crítico: complicações relaciona
das à equipe, equipamentos e fatores fisiológicos. Acta paul. enferm. [online]. 2012, vol.25, n.3, pp. 471-476.
PEDREIRA, Larissa Chaves et. al. Conhecimento da enfermeira sobre o transporte intra-hospitalar do paciente crítico. Rev enferm UERJ.
Rio de Janeiro, 2014, vol.22, n.4, pp.533-539.
Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar. Hospital Regional Norte. Protocolo de transporte intra-hospitalar seguro. Agosto de 2013.
Sistema Único de Saúde, Saúde pública, Transporte de pacientes.
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APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM: ESTUDO DE CASO EM UM
PACIENTE ACOMETIDO POR PNEUMONIA
Ana Valeska Cunha de Sousa
INTRODUÇÃO
As infecções do trato respiratório superior estão associadas a uma alta taxa de morbidade e complicações, que ocorrem geralmente
devido a infecções causadas pelo Streptococcus pyogenes. As incidências variam de acordo com idade do paciente, estação do ano e o
contato interpessoal. No Brasil, as pneumopatias agudas são responsáveis por 11% das mortes em crianças com idade inferior a um ano.
OBJETIVOS
O estudo objetivou implementar o processo de enfermagem a um paciente acometido por pneumonia em um ambiente hospitalar.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, realizado em um hospital de referência localizado
na região norte do Ceará. O sujeito do estudo correspondeu a um paciente com diagnóstico de pneumonia internado na clínica pediátrica.
Os dados foram coletados nos dias 01 a 8 de Julho de 2015. As técnicas utilizadas para coleta de dados foram: a) Análise do prontuário
da paciente; b) Histórico de enfermagem e Exame físico através do plano de cuidados de enfermagem de acordo com as necessidades
apresentadas. Após a coleta de dados, foi iniciado o trabalho de análise das informações coletadas, para se chegar aos diagnósticos,
intervenções e resultados esperados, foi utilizado as ligações entre NANDA, NIC e NOC.
RESULTADOS
Foram obtidos os seguintes resultados com a aplicação do processo de enfermagem: Histórico de enfermagem: Paciente J.P.P.S, 1 ano e
9 meses de idade, com diagnóstico de médico de pneumonia, histórico de internamento prévio de síndrome de Prune Belly. Ao Exame
físico: Criança consciente, orientada, ativa, deambulando, normocorada, hidratada, pupilas isocóricas, fotorreativas. Tórax: simétrico,
murmúrios vesiculares presentes, com roncos, percussão com a presença de som claro pulmonar; Bulhas cardíacas normofonéticas em
dois tempos, sem sopros. Abdome: plano, flácido, indolor à palpação, sem visceromegalias, RHA (+) Genitália: de característica do sexo
masculino sem alterações. Funções fisiológicas: presentes, diurese e evacuações de coloração amarelo com odor característico. Os Diagnósticos de Enfermagem consistiram: padrão respiratório ineficaz relacionado aos níveis do fluxo de ar, evidenciado por dispneia, tosse e
presença de secreção. De acordo com os diagnósticos, implementaram-se as seguintes intervenções: Oferecer oxigenoterapia conforme
a prescrição médica e se necessário; Manter cabeceira elevada a 45º (Fowler); Monitorar o estado respiratório (frequência respiratória,
uso da musculatura acessória, retrações e oscilação das narinas, cianose, sibilos e tosse). Os resultados às ações implementadas consistiram: paciente obteve melhor resposta terapêutica.
CONCLUSÃO
A aplicação do processo de enfermagem neste estudo possibilitou sistematizar a assistência e obter melhor desenvolvimento da terapêutica. No campo prático, foi possível desenvolver uma assistência pautada no conhecimento científico. A importância do processo
como foco do trabalho do enfermeiro na clínica tem-se a perspectiva de favorecer o retorno dos pacientes ao seu contexto familiar.
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REFERÊNCIAS
DOCHTERMAN, J. M, BULECHEK, G. M. Classificação das intervenções de enfermagem (NIC). 4a. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
North American Nursing Diagnosis Association. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação. Porto Alegre: Artmed, 2006.
Sistematização da Enfermagem; Processo de Enfermagem; Pneumonia.
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PERFIL DOS USUÁRIOS DO MEDICAMENTO AMITRIPTILINA NA FARMÁCIA DO
CENTRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA DR. GRIJALBA JOSÉ MENDES CARNEIRO
EM SOBRAL - CEARÁ
Antonio Danilo Ferreira Melo- Instituto Superior de Teologia Aplicada
Danila Ferreira Melo-Faculdade de Juazeiro do Norte
Mariane Rodrigues de Sousa- Instituto de Teologia Aplicada
Marlene Gomes da Silva Dantas- Faculdade de Juazeiro do Norte
Maria Naiara Ferreira Lucena-Faculdade de Juazeiro do Norte
[email protected]
INTRODUÇÃO
Os problemas de saúde mental estão entre uma das principais causas de morbidade nas sociedades atuais, com subsequentes consequências. Para Apostólo et al. (2011), a área da saúde mental, portanto, constitui prioridade em saúde pública, exigindo respostas cada vez
mais precoces e criativas por parte dos serviços de saúde, o envolvimento dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), ou seja, a atenção
primária, porta de entrada para os usuários. A depressão é um transtorno de humor, persistente, recorrente, caracterizado basicamente
por humor depressivo e perda de interesse ou de prazer (SADOCK; SADOCK, 2007). A depressão está entre as dez enfermidades mais
prevalentes no mundo, sendo a quarta principal causa de doenças e apresentando tendência ascendente ao longo dos próximos vinte
anos. Estima-se que até 2020 seja superada apenas pelas doenças cardíacas (FULONE, 2011). O primeiro grupo de medicamentos para
o tratamento da depressão surgiu na década de 1960, classificados como antidepressivos tricíclicos (ADTs), tendo a imipramina e a
amitriptilina como os protótipos desta geração (CAMIGOTTO et al., 2008). A amitriptilina é indicada no tratamento da depressão maior,
particularmente quando sedação é necessária e na profilaxia e tratamento de enxaqueca (BRASIL, 2010b).
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Descrever o perfil dos usuários de amitriptilina atendidos no Centro de Saúde da Família Dr. Grijalba José Mendes Carneiro em Sobral
– CE.
Objetivos Específicos
 Identificar os usuários da amitriptilina quanto ao sexo;
 Averiguar os tipos de associações com amitriptilina nas prescrições;
 Descrever o tempo de utilização da amitriptilina;
 Verificar a origem das prescrições quanto à especialidade médica e quanto ao setor público ou privado.
METODOLOGIA
programa Microsoft Office Excel® 2007. O projeto foi submetido ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em Saúde (NEPS) da Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA) e cadastrado na Plataforma Brasil. Após aprovação da Plataforma Brasil, foi mantido o anonimato dos
usuários, de acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde/MS – CNS, nº 466/2012, com suas Diretrizes e Normas que regulamenta a pesquisa envolvendo seres humanos no Brasil (BRASIL, 2013), que revogou a Resolução n° 196/96.
RESULTADOS
De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa, o consumo do medicamento amitriptilina foi mais prescrito sem associação. Este
fato pode ser atribuído à eficácia no tratamento e diminuição dos efeitos colaterais.
Outro fator relevante foi a grande diferença entre o número de usuários do sexo feminino e masculino. Verificou-se que o sexo feminino
aparece em um número consideravelmente elevado em relação ao masculino, fato que deve ser analisado pelas equipes de saúde, pois é
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necessário averiguar quanto à falta de adesão ao tratamento ou falta de cuidados com a saúde do homem. As comparações dos dados
obtidos na pesquisa com estudos já publicados mostraram que os psicotrópicos como a fluoxetina, amitriptilina, carbamazepina e diazepam estão frequentemente envolvidos em interações farmacológicas quando associados entre si, ou quando a associação decorre da
administração concomitante com outras classes de fármacos não atuantes no SNC, como anti-hipertensivos, antidiabéticos, antiulcerogênicos e antifúngicos.
CONCLUSÃO
Portanto, a inserção do profissional farmacêutico na atenção primária, a adoção de protocolos claros de dispensação de medicamentos
psicotrópicos, 40 implantação de medidas de educação continuada e permanente para os profissionais de saúde podem ser passos importantes para se iniciar um trabalho de qualificação da equipe. Em outras palavras, que sejam ferramentas necessárias para a redução
do uso inadequado desses medicamentos, melhorando a qualidade de vida dos usuários e otimização na terapia medicamentosa.
REFERÊNCIAS
APÓSTOLO, J. L. A. et al. Depressão, ansiedade e estresse em usuários de cuidados primários de saúde. Revista Latino - Americana
Enfermagem, v. 19, n. 2, p. 1-6, 2011.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 21 de 17 de junho de 2010.
Brasília, DF, 2010b.
CAMPIGOTTO, K. F. Detecção de risco de interações entre fármacos antidepressivos e associados prescritos a pacientes adultos. Revista
Psiquiatria Clínica, v. 35, n. 1, p. 1-5, 2008.
FULONE, I. Uso de antidepressivos e benzodiazepínicos no Sistema Único de Saúde de Porto Feliz - SP. 2011. 158 f. Dissertação de
Mestrado (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade de Sorocaba. Sorocaba, 2011.
Antidepressivos tricíclicos; Depressão; Indicação terapêutica; Saúde Mental
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OS IMPACTOS SOFRIDOS POR PORTADORES DE HANSENÍASE: UM ESTUDO
REFLEXIVO
Carlos Lucas Damasceno Pequeno¹
Francisco Mayron Moraes Soares²
Márcia Maria dos Santos Amorim³
Virgínia Maria de Carvalho Braga³
Maria Albertina Rocha Diógenes 4
1 – Graduando em Enfermagem da Universidade de Fortaleza – Bolsista de Iniciação Científica FUNCAP;
2 – Graduando em Enfermagem da Universidade de Fortaleza – Bolsista de Iniciação Científica PAVIC, Membro do Projeto Enfermagem na Promoção da Saúde Materna UFC;
3-Enfermeira;
4 – Doutora em Enfermagem – Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza; Líder do Grupo de Pesquisa em Saúde Coletiva.
INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma doença de pele que ainda é considerada um grave problema de saúde pública, principalmente nos países denominados de “terceiro mundo”. Ela se define por ser uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta, sobretudo através
de sinais e sintomas dermatológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, em especial nos olhos, mãos e pés.
OBJETIVOS
Descrever os principais impactos sociais que acometem o portador de hanseníase.
METODOLOGIA
A metodologia adotada foi a do tipo de estudo bibliográfico com um objetivo descritivo, realizada em outubro de 2015. A busca eletrônica
foi realizada através das bases de dados dos sites da Bireme (Biblioteca Regional de Medicina) e Scielo (Scientific Electronica Libray
Online), onde, a partir das seguintes combinações de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Impactos” and “hanseníase” e das produções que detinham texto na íntegra, idioma português e de uma leitura objetiva do título, foi utilizado como de critério de exclusão as
produções que não atendiam aos critérios de inclusão, citados anteriormente, sendo, assim obtivemos uma amostra final de dois artigos
científicos.
RESULTADOS
Desde a antiguidade os portadores de hanseníase são alvo de discriminação pela sociedade, pois a partir dos comprometimentos dos
nervos periféricos pode provocar incapacidades físicas, que podem evoluir para deformidades. Esse problema se agrava pelo fato de a
enfermidade estar historicamente associada a estigmas, o que mantém na representação social a ideia de doença mutilante e incurável,
provocando atitudes de rejeição e discriminação ao doente, com sua eventual exclusão da sociedade. Além desses impactos, o diagnóstico de hanseníase ao paciente pode trazer consigo o desejo de morte, isolamento da família e mudanças nos seus hábitos, o que podem
estar ligado ao medo, preconceito, à discriminação e também a características religiosas. O estigma figura-se como principal impacto
social da hanseníase. Inicia-se, assim, uma situação na qual a instabilidade emocional pode influenciar diretamente na qualidade de
vida de um portador de hanseníase, que em longo alcance leva à exclusão social do doente. A hanseníase, consequentemente, oferece
grande prejuízo para a vida diária e as relações interpessoais, provocando um sofrimento que ultrapassa a dor e o mal-estar, fortemente
relacionados ao prejuízo físico, com grande impacto social e psicológico.
CONCLUSÃO
Os sofrimentos apresentados a partir dos impactos em pacientes com hanseníase, após o diagnóstico da doença, se revelam como um
acontecimento traumático pelas mudanças nos seus estilos de vida em razão do medo e estigmatização. Os impactos podem ser evitados a partir do conhecimento e tratamento imediato da doença, podendo o ser humano conviver normalmente no meio em que vive.
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REFERÊNCIAS
1 – Martins, BDL; Torres, FN; Wand-Del-Rey de Oliveira, ML. Impacto na qualidade de vida em pacientes com hanseníase: correlação
do Dermatology Life Quality Index com diversas variáveis relacionadas à doença. Anais Brasileiros de Dermatologia; 2008;83(1):3943.
2 – Silveira, Mariana Guimaraes Bicalho; et al. Portador de hanseníase: impacto psicológico do diagnóstico. Psicol. Soc. vol.26 nº.2 Belo
Horizonte May/Aug. 2014.
Descritores: Hanseníase; Impactos; Estigma; Qualidade de vida.
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A VISITA DOMICILIAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: ESTUDO DE CASO
COM GESTANTE ADOLESCENTE
Antônio Francisco de Sousa 1
Francisca Marinice Carneiro 1
Amanda Maria Chaves Albuquerque 1
Francisca Sandra da Ponte 1
Sara Cordeiro Eloia 2
[email protected]
1
Acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA.
2
Docente do Curso de Enfermagem, Enfermeira, Mestre em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará - UFC.
INTRODUÇÃO
A gravidez na adolescência é apontada como um problema de saúde pública. A facilidade de acesso a meios anticonceptivos, as expectativas dos pais com o futuro da jovem, e o fato de a maioria dos nascimentos ocorrerem fora de uma relação conjugal estabelecem um
conflito familiar. A visita domiciliar compreende uma tecnologia de interação no cuidado à saúde da família.
OBJETIVOS
Relatar a importância da visita domiciliar de enfermagem a uma gestante adolescente, assistida pela Estratégia de Saúde da Família
(ESF) de Sobral, Ceará.
METODOLOGIA
Estudo descritivo e qualitativo do tipo estudo de caso, realizado em junho de 2014, por meio de visita domiciliar (4 visitas, uma por semana). Seguiu-se as etapas do processo de enfermagem: histórico, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Utilizou-se
os diagnósticos de enfermagem – NANDA (2011), a Classificação das Intervenções de Enfermagem – NIC (2010) e a Classificação dos
Resultados de Enfermagem – NOC (2010). Foram cumpridas as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres
humanos estabelecidas pela Resolução n°466/12.
RESULTADOS
J.A.R., 15 anos, feminino, solteira, G1P0A0, 2° trimestre de gestação, estudante. Mora com os pais e são de baixa renda. Diagnósticos de
enfermagem: nutrição desequilibrada, menor do que as necessidades corporais, relacionada a fatores psicológicos e evidenciada pela
perda de apetite; risco de díade mãe/feto perturbada, relacionado ao cuidado pré-natal tardio e evidenciado por falta de cuidado pré-natal; proteção ineficaz, relacionada à diminuição da capacidade de proteger-se de doenças, evidenciada por prurido e secreção vaginal
fétida; enfrentamento familiar incapacitado, relacionado à negação da gestação pelos pais da cliente, evidenciado pela desconsideração
da gravidez; e tristeza crônica relacionada ao abandono do companheiro, evidenciado pela tristeza constante. Intervenções realizadas:
assistência no autocuidado, orientação de sono e repouso, exercício físico moderado, importância do pré-natal, alimentação balanceada,
estimulação do vínculo mãe/feto e diálogo com pais da cliente. Os resultados obtidos foram os esperados: autocuidado da higiene íntima,
redução do sentimento de impotência, melhora do sono, retorno ao pré-natal e melhora do enfrentamento familiar. A visita domiciliar foi
significante, uma vez que esta jovem recusava ajuda da atenção básica. Sobre isso, Sakata et al. (2007), relata que a atenção domiciliar
promove o vínculo do cliente com a equipe de saúde da família, estabelecendo laços de confiança que são essenciais para as ações de
promoção da saúde.
CONCLUSÃO
A guisa de conclusão, verificou-se que a gestante passou a reservar momentos de repouso durante o dia e procurou a equipe de saúde
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do bairro para prosseguir com as consultas do pré-natal e investigar possível DST. Estes resultados evidenciam a importância da visita
domiciliar como tecnologia da ESF, por promover maior aproximação com a realidade dos clientes de forma mais humanizada e acolhedora.
REFERÊNCIAS
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DA NANDA: definições e classificação 2011 – 2012/ NANDA Internacional. Porto Alegre: Artmed, 2011.
BULECHEK, G. et al. NIC: Classificação das Intervenções de Enfermagem. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
MOORHEAD, S. et al. NOC: Classificação dos Resultados de Enfermagem. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
SAKATA, K. N. et al. Concepções da equipe de saúde da família sobre as visitas domiciliares. Revista Brasileira de Enfermagem, v.60,
n.6, p. 659-664, 2007.
Descritores: Visita Domiciliar, Atenção à Saúde, Estratégia Saúde da Família.
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SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PESSOA COM
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR
Cheila Porfirio 1
Antonia Rodrigues Santana 2
Aurilene Correia Parente 3
José Alexandre Alves Ferreira 4
Luziana de Paiva Carneiro 5
[email protected]
1. Acadêmica de Enfermagem do 7º período do Instituto de Teologia Aplicada-(INTA)
2. Acadêmica de Enfermagem do 8º período da Universidade Estadual Vale do Acaraú-(UVA)
3. Acadêmica de Enfermagem do 8º período da Universidade Estadual Vale do Acaraú-(UVA)
4. Acadêmico de Enfermagem do 10º período do Instituto de Teologia Aplicada-(INTA)
5. Enfermeira Assistencialista em Uti Neonatal do Hospital Regional Norte e Santa Casa de Misericórdia de Sobral-Especialista em Enfermagem Obstétrica e Neonatal
INTRODUÇÃO
A doença mental vem atravessando mudanças significativas e tem contribuído com um novo olhar sobre os paradigmas que sustentam
as formas de oferecer o cuidado pelos os profissionais da saúde. O Transtorno Afetivo Bipolar é caracterizado por alterações de humor
que se manifestam com episódios depressivos ou de euforia, acarretando incapacitação e sofrimento para os portadores e suas famílias.
OBJETIVOS
Realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem a pessoa com transtorno afetivo bipolar acompanhada pelo CAPS e ESF de
Sobral, Ceará.
METODOLOGIA
Trata se de uma observação descritiva exploratória do tipo Estudo de Caso, com uma paciente com Transtorno Afetivo Bipolar na Unidade
Básica de Saúde (UBS) do Campo dos Velhos em Sobral, Ceará, durante o período de Agosto a Setembro de 2015, realizado por alunos
da Universidade Estadual Vale do Acaraú- UVA e alunos do Instituto de Teologia Aplicada –INTA. Os dados da pesquisa foram coletados a
partir de observações, entrevista, leitura e análise do prontuário da paciente. O estudo atendeu a Resolução 466/12 e fez uso o Termo de
Consentimento livre e esclarecido.
RESULTADO
V. M. S. N, 52 anos, sexo feminino, casada, procedente de sobral, do lar, com ensino médio, possui dois filhos. Com 09 anos de idade já
sentia uma tristeza que não entendia e nem sabia de onde vinha e que, às vezes, tinha vontade de morrer. Após a sua primeira gravidez
com 24 anos, ela apresentou episódios depressivos, pois tinha muitas crises de tristeza e choro. A partir dessa situação passou a tomar
remédios controlados. No ano de 1995 planejou cometer suicídio. Após um tempo sendo acompanhada por psiquiatra e psicólogos foi
diagnosticada com CID 10-F:31.5, referente ao Transtorno Afetivo Bipolar.Com o acompanhamento prestado a paciente, foi visível a melhora apresentada pela mesma. De início houve resistência, mas aos poucos foi possível conquistar sua confiança e, desse modo, ela pode
expressar seus sentimentos e conflitos vivenciados. Em seus relatos, contou que tinha parado seus estudos para cuidar dos filhos e que
sonhava com uma faculdade. Voltou a estudar, está fazendo cursinho e pretende fazer vestibular para pedagogia.
CONCLUSÃO
Através deste estudo foi possível conhecer mais aprofundado os transtornos mentais e ficou notável que a promoção do cuidado realizado pela sistematização de enfermagem pode ser realizada apenas por uma escuta atenta, respeito, vontade de interagir, confiança e
formação de vínculo, sendo estes elementos utilizados na prestação de assistência qualificada, principalmente em pacientes psíquicos.
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REFERÊNCIAS
BEZERRA JR., B. Desafios da reforma psiquiátrica no Brasil. Physis, v. 17, n. 2, p. 243-250, 2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/
physis/v17n2/v17n2a02.pdf>. Acesso em: 27 de ago. 2015.
LIMA, M. S. et al. Epidemiologia do transtorno bipolar. Revista de Psiquiatria Clínica, v. 32, supl. 1, p. 15-20, 2005. Disponível em:
<http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/s1/pdf/15.pdf>. Acesso: 18 ago. 2015.
Descritores: Enfermagem. Saúde Mental.
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PROMOÇÃO DA SAÚDE DOS ADOLESCENTES: ESTRATÉGIAS ADOTADAS POR
ENFERMEIROS DA ATENÇÃO BÁSICA
Emanuella Macêdo Silva ¹
Maria Adelane Monteiro da Silva ²
Deline Lopes Moraes ³
João Henrique Vasconcelos Cavalcante 4
[email protected]
1
Enfermeira pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Sobral, CE, Brasil. 2 Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente do Curso de Graduação em
Enfermagem da UVA. Sobral, CE, Brasil. 3Psicóloga. Especialista em Saúde Mental. Coordenadora do Projeto Flor do Mandacaru. Sobral, CE, Brasil. 4Enfermeiro, Mestre em Saúde da Família pela
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Docente do curso de graduação em Enfermagem UVA.
INTRODUÇÃO
A Adolescência é uma fase de transição gradual da infância para a idade adulta, na faixa etária de 10 a 19 anos. É considerada uma etapa
crucial do processo de crescimento e desenvolvimento humano, que se manifesta por intensas, bruscas e marcantes transformações
anatômicas, fisiológica, psicológicas e sociais (FONSECA, 2010). Na área da saúde, o público adolescente ainda é distante dos serviços
devido diversas questões, entre elas destaca-se a conduta inadequada de alguns profissionais para promover a saúde dos adolescentes.
OBJETIVOS
Descrever as estratégias adotadas pelos enfermeiros da Atenção Básica do município de Sobral para promoção da saúde dos adolescentes.
METODOLOGIA
Estudo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa, realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Macro área II e III do município de Sobral CE. A pesquisa ocorreu entre os meses de agosto de 2014 a julho de 2015. Os participantes do estudo foram 16 enfermeiros. O instrumento de coleta aplicado foi um roteiro de entrevista semi-estruturada, após coletada as entrevistas foram transcritas de
forma fidedigna e integral para análise.As informações foram analisadas a partir do referencial da análise temática de Minayo (2008),que
operacionalmente a divide em três etapas: Pré Análise, Exploração do Material e Tratamento dos Resultados Obtidos e Interpretação. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual Vale do Acaraú, obedecendo aos princípios estabelecidos pela Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde, sob o CAAE:44845115.3.0000.5053.
RESULTADOS
Os participantes pertenciam ao grupo etário de 26 a 50 anos, e no qual predominou a presença do sexo feminino. Em relação ao tempo
de atuação na Atenção Básica apresentaram um período variando entre dois a dezesseis anos, sendo constatada a concentração nas faixas de 2 a 4 anos de experiência. Os enfermeiros descreveram que desenvolvem ações e atividades pontuais de educação em saúde para
o publico adolescente, que acontecem na comunidade ou em escolas. Acredita-se que essas iniciativas de trabalho com adolescentes,
mesmo isoladas, são importantes. Observou-se que os profissionais destacam que atividades grupais como um método importante para
envolver o adolescente e resgatar a procura pela UBS, as atividades grupais possibilitam troca de experiências entre os participantes e
oportuniza para o atendimento desse público alvo. Constatou-se que além das atividades grupais, a realização de visitas domiciliares
propicia a aproximação com adolescentes. Pode-se perceber também que os profissionais consideram que o Agente Comunitário de
Saúde (ACS) como fortalecedor das ações de promoção e prevenção da saúde com adolescentes.
CONCLUSÃO
Percebeu-se certa variedade limitada das estratégias utilizadas pelos enfermeiros para a promoção da saúde dos adolescentes resistentes em procurar a UBS. Assim, conclui-se que o enfermeiro e a equipe de saúde da família devem identificar quais os problemas
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predominantes e o contexto vivenciado pelo adolescente da sua área, buscando desenvolver estratégias que possibilitem autonomia e
auto-cuidado, no sentido buscarem a promoção da sua própria saúde.
REFERÊNCIAS
FONSECA, AD; GOMES, VLO; TEIXEIRA, KC. Percepção de adolescentes sobre uma ação educativa em orientação sexual realizada por
acadêmicos(as) de enfermagem. Esc Anna Nery Revista Enferm, abr-jun; v. 14, nº 2, p. 330-337, 2010.
MINAYO MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11. Ed. São Paulo: Hucitec, 2008. 308 p.
Descritores: Promoção da Saúde, Saúde do Adolescente.
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A PERCEPÇÃO DE CUIDADORES DE PACIENTES SOB CUIDADOS PALIATIVOS
EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DA ZONA NORTE DO CEARÁ.
Francisca Brunna de Carvalho Costa Vasconcelos 1
Ana Egliny Sabino Cavalcante 2
Maria Ludimila Arruda Frota Rocha 3
Antônia Regynara Moreira Rodrigues 4
Filipe Melo Vasconcelos 5
[email protected]
1,2,3
Hospital Regional Norte (HRN), Sobral – CE
4
Universidade Estadual do Ceará – UECE
5
Universidade Federal do Ceará - UFC
INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua cuidados paliativos como uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos
pacientes e de suas famílias ao enfrentar problemas associados a doenças terminais. Essa abordagem é realizada por meio da identificação precoce, avaliação religiosa e alívio da dor com base nos aspectos de ordem física, espiritual e psicossocial (BRASIL, 2008).
OBJETIVOS
Revelar a percepção e conhecimento dos cuidadores de pacientes sob cuidados paliativos, internados em Unidade de Cuidados Especiais
de hospital de atenção terciária, na zona norte do Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida na Unidade de Cuidados Especiais
(UCE) do Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral - CE, entre os meses de agosto de 2014 e maio de 2015, envolvendo cuidadores de
pacientes sob cuidados paliativos, hospitalizados na referida unidade. As informações foram coletadas mediante aplicação de entrevista
semiestruturada e os resultados analisados conforme a técnica de categorização das falas (MINAYO, 2010). Esse instrumento foi elaborado com base na Política de Humanização do SUS e enfatizou aspectos relacionados ao conhecimento, sentimentos e necessidades
dos cuidadores frente ao processo de cuidados paliativos. Para seleção da amostra foram utilizados os critérios: ser familiar/cuidador
de paciente submetido a cuidados paliativos e aceitar participar do estudo, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Pesquisa pautada nos princípios éticos da Resolução 466/12.
RESULTADOS
A família é uma extensão do paciente e cuidar dele também requer cuidar das pessoas queridas. Percebe-se que os familiares sofrem
muito com seus entes queridos em uma unidade semi-intensiva e, frequentemente, mostram-se ansiosos, temerosos e desamparados
em sua capacidade de intervir e ajudar o paciente. Assim, a partir da análise aprofundada dos dados, foram definidas as seguintes categorias: conhecimento sobre cuidados paliativos, sentimentos despertados e necessidades vivenciadas diante da condição de saúde do
paciente. Os pacientes enquadrados no perfil da pesquisa constituíam-se de idosos com idade avançada, compreendida entre 75 e 93
anos em sua grande maioria; apenas uma paciente não seguiu esse padrão, com 31 anos. Todos estavam hospitalizados por um período
de tempo superior a um mês de internação e as patologias eram diversas, com destaque para câncer metastático e pneumonia.
Constatou-se que os participantes apresentam fragilidades de conhecimento acerca dos cuidados paliativos e que alguns não eram
informados sobre os cuidados dispensados ao familiar, ou, quando informados, não conseguiam assimilar devidamente as informações.
Os sentimentos vivenciados diante desse contexto são abrangentes e diversos, destacando-se tristeza, preocupação e impotência. As
principais necessidades apresentadas foram relacionadas à informação e espiritualidade. A necessidade de orientações e do contato
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direto do profissional de saúde com o familiar também foi evidenciada.
CONCLUSÃO
O presente estudo permitiu a inserção no ambiente familiar de pacientes sob cuidados paliativos, possibilitando compreensão de vivências do cuidador durante o processo. Deste modo, conclui-se que a equipe precisa inteirar-se das vivências de ambos, além de
compreender problemas enfrentados por eles, de modo a elaborar intervenções que valorizem instâncias físicas, emocionais, espirituais
e éticas.
REFERÊNCIAS
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Instituto Nacional de Câncer-Inca. Ações de Enfermagem para o Controle do Câncer: uma proposta
de integração ensino-serviço. 3ª ed. Rio de Janeiro (RJ): 2008.
MINAYO M.C.S. O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12 ed. São Paulo: Hucitec, 2010.
Descritores: Cuidados paliativos. Cuidadores. Pacientes internados.
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RISCOS OCUPACIONAIS DOS TRABALHORES DO BAIRRO TERRENOS NOVOS,
SOBRAL, CEARÁ
Francisco Diogenes dos SANTOS 1
Maria Liana Rodrigues CAVALCANTE 2
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes NETO 3
Verena Emannuelle Soares FERREIRA 4
[email protected]
. 1 Relator. Discente do curso de graduação em enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FUNCAP). E-mail: [email protected]
2
Discente do curso de graduação em enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Bolsista de Iniciação Científica da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FUNCAP).
3
Doutor em Ciências – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente do curso de graduação em enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
4
Enfermeira. Mestranda em Saúde da Família (UVA/RENASF). Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST). Secretaria da Saúde e Ação Social do município de Sobral
INTRODUÇÃO
O modelo atual de mercado de trabalho tem exposto os trabalhadores a condições precárias e insalubres, buscando sugá-los ao máximo
em sua produtividade. Por conta disso, vem ocorrendo um aumento dos riscos, agravos, doenças e óbitos relacionados ao trabalho ou
derivadas destes, por fatores/agentes químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais Lunardi et al. (2010).
OBJETIVOS
Objetivou-se descrever os principais riscos ocupacionais dos trabalhadores do bairro Terrenos Novos, Sobral,Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, sob abordagem quantitativa, realizado no Bairro Terrenos Novos, Sobral-Ceará entre
os meses de março e junho de 2015. Os dados foram coletados a partir do processo de territorialização realizado juntamente com os
Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que atuam no território. Para tal foi utilizado um questionário com perguntas objetivas acerca
dos processos produtivos dos trabalhadores do bairro em questão. Os dados foram organizados no programa Microsoft Excel 2007 e
apresentados em forma de gráficos. O estudo obedeceu aos aspectos éticos preconizados pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional
de Saúde (CNS).
RESULTADOS
A partir da territorialização foram identificados 34 atividades produtivas, dentre estas as principais foram: comércio de alimentos, serviço
restaurante, lanchonetes e bares, comércio de roupas, salão de beleza e manicures, comércio ambulante, oficina de veículos, comércio
de material de construção, pequenas metalúrgicas, fabricação de detergentes, oficina de eletrodomésticos e carpintarias. Percebeu-se
que os trabalhadores estão expostos a riscos ergométricos, físicos, químicos, biológicos e acidentes de trabalho. Os riscos ergométricos,
devido o comércio de alimentos, seguido dos serviços de restaurante, por serem estas os principais geradores de emprego e renda no
bairro. Os físicos nas metalúrgicas, comércio de material de construção, oficina de eletrodomésticos, em que existe contato direto com
matérias de grande porte, perfuro-cortantes, exigindo força física. Os salões de beleza e a produção de detergente oferecem riscos químicos e biológicos. Tida como uma atividade insalubre e a qual expõem seus trabalhadores, as metalúrgicas oferta uma série de perigos
como eletricidade, químicos, riscos de acidentes, dentre. Os soldadores muitas vezes devido à baixa escolaridade e/ou por desconhecer
os perigos aos quais estão expostos, ficam sujeitos a desenvolver atividades sem segurança. Sem isso, por desconhecer os riscos ou não
ser capaz de identifica-los, acabam se sujeitando a trabalhar em condições que coloquem em risco a sua saúde física e mental (BIANCHI,
2014).
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CONCLUSÃO
Com esse levantamento, pode-se perceber que o ambiente de trabalho oferece variados riscos à saúde dos indivíduos, os quais podem
ser evitados ou reduzidos através de medidas de proteção, como já citados anteriormente. Por vezes, no entanto, o trabalhador, por
desconhecer ou não identificar determinadas situações de risco, tem ações não revestidas de proteção, as quais podem levar a acidentes
do trabalho ou doenças ocupacionais.
REFERÊNCIAS
LUNARDI, V. L.; LUNARDI FILHO, W. D.; SCHWENGBER, A. I.; SILVA, C. R. A. Processo de trabalho em enfermagem/saúde no Sistema Único
de Saúde. Enfermagem em Foco, v. 1, n. 2, p. 73-76, 2010.
BIANCHI, H. Riscos existentes nos ambientes de soldagem em uma indústria metalúrgica. Curitiba, 2014
Descritores: Saúde do Trabalhador; Acidentes de Trabalho; Riscos Ocupacionais
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DANOS À SAÚDE ATRIBUÍDOS A OBESIDADE: O QUE TEMOS DE EVIDÊNCIAS
NA LITERATURA
Francisca Marinice Carneiro 1
Antonia Bruna Ferreira Braga 1
Layana Liss Rodrigues Ferreira 1
Ronaldo César Aguiar Lima 2
Diego David Dantas Maia 3
[email protected]
1. Acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA
2. Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte - UERN
3. Graduado(a) em Medicina pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte - UERN
INTRODUÇÃO
Os mais recentes estudos descrevem a obesidade não como uma condição de depósito de gordura no organismo, mas sim como uma
doença crônica capaz de proporcionar o aparecimento de outras patologias, inclusive processos neoplásicos. Desta forma, a obesidade
que antes era encarada como um problema estético, hoje é considerada um problema de saúde mundial, acometendo milhares de
indivíduos.
OBJETIVOS
Desta forma, o presente trabalho objetivou destacar os principais danos à saúde decorrentes da obesidade.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, realizada a partir da análise das seguintes palavras chaves: obesidade, adipocina, patologias, neoplasias e associação no banco de dados online Scielo. Na qual foi selecionado três artigos que se tratam dos danos à saúde
atribuídos a obesidade.
RESULTADOS
São muitos os estudos sobre obesidade publicados em diversos periódicos. E a maioria desses estudos, consideram que a obesidade
deva ser compreendida como o aumento de um tecido adiposo vivo, repleto de funções e que produz substância ativas, adipocinas. O
estudo das adipocinas ganha destaque uma vez que são elas as responsáveis pelos danos decorrentes da obesidade. É bem descrita
a associação da obesidade com prevalência de queixas de saúde. Além disso, sabe-se que os obesos têm riscos maiores de desfechos
cardiovasculares, câncer e mortalidade. Quanto as patologias, a diabetes tipo 2 (DM2), a doença da vesícula biliar, doença arterial coronariana (DAC), hipertensão arterial sistêmica (HAS), osteoartrose (OA) e dislipidemia, são as mais apontadas. Mas ainda há quem descreva
danos ao trato digestório, (litíase biliar, pancreatite aguda) e psiquiátricas. Em relação a Neoplasias, a Obesidade certamente está relacionada a vários cânceres, como o câncer de intestino grosso, câncer de mama, câncer de endométrio, câncer de rim, câncer de esôfago
(Adenocarcinoma), câncer de vesícula biliar, câncer de ovário e câncer de pâncreas. Além disso, os obesos respondem menos a terapias
convencionais (quimioterapia e radioterapia) potencializando ainda mais os riscos de morte por complicações do câncer.
CONCLUSÃO
O problema da obesidade tem alcançado proporções epidêmicas no mundo todo. E os números não param de crescer, entre todas as
idades e classes sociais. Portanto, o conhecimento dos danos à saúde decorrentes da obesidade poderá ser uma ferramenta importante
para auxiliar a prevenção de tais anormalidades e quando não possível pelo menos proporcionar um diagnóstico precoce e uma terapia
adequada.
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REFERÊNCIAS
TIRAPEGUI, J. Riscos e Prevenção da Obesidade. Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.39 n.3 São Paulo Jul. /Set. 2003. Disponivel em:< http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322003000300016&lang=pt >. Acesso em 30 de Out., 2015.
HALPERN, A. A Epidemia da Obesidade. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. vol.43 no.3 São Paulo Jun. 1999. Disponível em:< http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27301999000300002&lang=pt >. Acesso em 30 de Out, 2015.
MANCINI, M.C. Obesidade, Seriedade e Sociedade. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. vol.45 no.5 São Paulo Oct. 2001. Disponível em:< http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302001000500003&lang=pt >. Acesso em 30 de Out,2015.
Descritores: Obesidade, Adipocina, Patologias, Neoplasias, Associação.
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SAÚDE BUCAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Francisca Camila Teixeira Mesquita 1
Antonia Rodrigues Sanatana 2
Letícia kessia de Souza Albuquerque 3
Luziana de Paiva Carneiro 4
Sarah Feitosa Lourenço 5
[email protected]
1. Acadêmica de Enfermagem do 5° período do Instituto de Teologia Aplicada (INTA)
2. Acadêmica de Enfermagem do 8º período da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
3. Acadêmica de Enfermagem do 2° período do Instituto de Teologia Aplicada (INTA)
4. Enfermeira Assistencialista em Uti Neonatal do Hospital Regional Norte e Santa Casa de Misericórdia de Sobral-Especialista em Enfermagem Obstétrica e Neonatal.
5. Acadêmica de Enfermagem do 2° período do Instituto de Teologia Aplicada (INTA)
INTRODUÇÃO
A Educação em Saúde bucal, faz parte das ações propostas pela Política Nacional de Saúde bucal, entendendo que a prevenção só ocorre
quando se educa e, desse modo, se torna um instrumento de transformação social. A escola enquanto instituição reúne em seu âmbito
grande parte da população, tendo sobre este um poder transformador nas práticas diárias.
OBJETIVOS
Identificar a percepção das crianças em relação à saúde bucal.
METODOLOGIA
Relato de experiência, realizada na escola de ensino fundamental da Rede privada Três Irmãs, localizada no bairro Sinhá Saboia na cidade
de Sobral– Ceará, em maio de 2015. Foi realizado um encontro com as crianças de faixa etária entre sete a nove anos, num total de 38.
A ação foi desenvolvida numa das salas da escola no turno da manhã, onde foi lhes apresentado de forma bem dinâmica a importância
da escovação diariamente.
RESULTADOS
Foi apresentado de forma dinâmica a importância da escovação, onde os mesmos poderiam interagir e fazer perguntas. Após o primeiro
momento os integrantes da equipe foram entrando fantasiados de dente, bactéria, bolacha e bala. Utilizamos creme dental, fio dental,
uma escova grande, assim como todo o material para realização da dinâmica com as crianças, tudo bem colorido e engraçado para
chamar a atenção das crianças, com o intuído de mostrar as consequências da má escovação e o quanto é importante realiza-la após as
refeições. Colocamos as crianças para escovar os dentes e passar o fio dental, e ensinamos aos mesmos a técnica correta de escova e o
uso do fio dental. Após a apresentação entregamos a cada uma das crianças quites com escova e creme dental, como forma de incentivo.
CONCLUSÃO
A visita à escola foi efetiva na atividade de saúde bucal, contribuindo de alguma forma para educação dessas crianças, bem como manter
uma boa higienização. A saúde bucal têm uma função primordial e de grande importância na vida das crianças, adolescentes e também
na sociedade como um todo. Durante a visita foi possível verificar que os envolvidos uma vez que estimulados, sente-se motivados a
aprender e a levar o auto cuidado para suas casas e para seu convívio social.
REFERÊNCIAS
Silva JBOR, Et al. Saúde bucal da criança: manual de orientação para profissionais e estudantes da área da saúde. Universidade José do
Rosário Velano. UNIFENAS 2006,38p.
Descritores: Enfermagem. Saúde bucal.
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FAMILIARES DE PACIENTES PÓS MORTE ENCEFÁLICA NA DOAÇÃO DE
ÓRGÃOS: INFLUÊNCIA DA HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR
Francisco Leandro de Carvalho Alcantara 1
Antonia Eliana de Araújo Aragão 1
Melissa de Farias Abreu 2
Elisângela de Jesus Macêdo Araújo 1
Francisco Pedro De Sousa Xavier 1
[email protected]
1
Faculdades INTA/Enfermagem
2
Hospital Geral de Fortaleza/ Enfermagem
OBJETIVOS
Investigar de que forma o atendimento humanizado influenciou na decisão dos familiares à doação ou não de órgãos e averiguar a opinião dos familiares acerca da aceitação e/ou recusa da doação de órgãos.
METODOLOGIA
Abordagem qualitativa, realizada por meio de entrevista semiestruturada com onze familiares de potenciais doadores nos meses de novembro e dezembro de 2014. As informações foram organizadas conforme análise temática de conteúdo por enunciação, após aprovação
no CEP sob o n° 503.833 do projeto guarda chuva humanização hospitalar.
RESULTADOS
Após análise dos resultados emergiram as seguintes categorias: influência do atendimento humanizado na doação de órgãos demonstrada pelos entrevistados. Observou-se que o desconhecimento do diagnóstico de morte encefálica(ME), a crença na religiosidade e a
cultura prevaleceram no momento da decisão na abordagem familiar realizados por médicos, enfermeiros e assistente sociais após o
diagnóstico de ME. De acordo com as falas: “Não, não é que o atendimento influencie a doação de órgãos ou não. É a esperança que
os familiares têm de que a pessoa volte e reaja” (E1). “Não. Ela não aceitou por causa que só dela ter sabido que o coração dele estava
batendo muito, ela viu que ele a qualquer momento Deus era maior e ele poderia sair de lá” (E2). Motivos que levam a aceitação dos
familiares à doação de órgãos demonstrada pelos participantes pela necessidade de contribuir com outras vidas, estímulo da mídia e a
continuação da vida do parente em outra pessoa. Conforme as falas: “Eu queria porque assim né, a gente vê tantas vidas sendo salvas.
Até quando aconteceu isso com ele tava passando aquele negócio do Reynaldo Gianecchini na novela né... Eu acho que a pessoa só vê
esse lado de doar quando precisa, quando tá ali realmente precisando...” (E2). “É um tecido que se ele for enterrado com ele não vai servir
pra ninguém e ele pode tá ajudando alguém com isso” (E3).
CONCLUSÃO
Capacitar-se em melhorias dos cuidados prestados, ser mais humano, melhorar a propagação de campanhas, movimentar a população
através de educação em saúde, manter diálogo com o familiar durante todo o período de internação do paciente são recomendações que
devem ser levadas em consideração para a melhoria dos entraves assistenciais e contribuição na qualidade da Saúde Pública.
REFERÊNCIAS
BETTINELLI, L.A. et al. Humanização do cuidado no ambiente hospitalar. In: PESSINI, L.; BERTACHINI, L. (Ed.). Humanização e cuidados
paliativos. São Paulo: Loyola, 2004. cap. 5, p. 87-99.
Descritores: Humanização da Assistência. Morte encefálica. Morte.
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A IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO EM SUPORTE BÁSICO DE VIDA PARA
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E MOTORISTAS DE AMBULÂNCIA
Filipe Melo Vasconcelos 1
João Vitor Souza Marques 2
Luiz José de Lima Neto 3
Francisca Brunna de Carvalho Costa Vasconcelos 4
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto 5
[email protected]
1,2,3 Acadêmico de Medicina da Universidade Federal do Ceará - UFC, Campus Sobral.
4 Enfermeira. Coordenadora do Centro de Estudos do Hospital Regional Norte, Sobral – CE.
5 Enfermeiro Sanitarista. Doutor em Ciência. Secretário Municipal da Saúde de Massapé – CE.
INTRODUÇÃO
O atendimento de urgência a vítimas de trauma constitui um dos tipos de serviços de saúde com maior número de atendimentos no país
(BRASIL, 2010). Técnicas de suporte básico de vida visam garantir atendimento precoce, através do trabalho em equipe, cujo resultado
depende da atuação de cada um, de acordo com seus saberes e práticas, respeitadas suas especificidades e competências. (PEDUZZI,
2010).
OBJETIVOS
Sensibilizar os técnicos de enfermagem e motoristas de ambulância acerca da importância de capacitação em suporte básico de vida e
seu impacto na redução do número de óbitos.
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de um relato de experiência, no qual foi realizada capacitação em serviço, para a equipe de técnicos de
enfermagem e motoristas de ambulância, abordando as técnicas de suporte básico de vida, associando teoria e prática/ simulação realística. O local onde se desenvolveu a atividade foi a própria instituição de saúde onde os participantes trabalham, correspondendo a um
hospital de pequeno porte, localizado em cidade do interior do estado do Ceará. A ação foi realizada por enfermeiros especialistas em
urgência e emergência, além de acadêmicos dos cursos de medicina e enfermagem. Durante a capacitação, foram aplicados pré- teste
(antes do treinamento teórico-prático) e pós-teste (após o treinamento), com questões elaboradas de acordo a literatura atual, e ambos
com o mesmo nível de dificuldade. Dentre os participantes, esteve presente um total de treze profissionais pertencentes às categorias
já mencionadas.
RESULTADOS
A análise dos resultados ocorreu a partir da correção dos pré e pós testes aplicados (contemplando a parte teórica), e avaliação observacional das técnicas de suporte básico de vida - SBV (contemplando a prática). Diante disso, foi constatado um aumento de acertos nos
pós-testes, evidenciando-se, portanto, que a capacitação em SBV tem importante papel na redução de erros relacionados ao resgate a
pacientes vítimas de trauma. Quanto à análise observacional das práticas de SBV, foram detectadas condutas satisfatórias no atendimento. Além da fundamentação teórica para o atendimento, é fundamental o treinamento prático, de forma a fornecer o domínio das
técnicas e dos equipamentos utilizados neste tipo de atividade, pois quando estes profissionais não estão adaptados ou suficientemente
capacitados, o atendimento é prejudicado, havendo uma demora maior no atendimento e uma sobrecarga de outros membros da equipe
(LIMA; PEREIRA, 2011). Os resultados nos mostram, portanto, que os profissionais da equipe se mostraram melhor habilitados a realizar
atendimento à vítima de trauma, admitindo-se que, quando devidamente capacitados, executem um atendimento de qualidade a fim de
minimizar os riscos decorrentes do trauma, no âmbito de sua qualificação profissional. 190
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CONCLUSÃO
Pode-se concluir que o atendimento a vítimas de trauma está alicerçado ao trabalho em equipe, sendo fundamental o entendimento
entre todos os envolvidos nas etapas da assistência. Evidencia-se a necessidade de investimento no campo de conhecimento ampliado, para os profissionais, a fim de que estes possam ter habilidades nas técnicas de manejo ao paciente, proporcionando a redução de
agravos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências. 5ª ed. ampl. Brasília; 2010.
PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: a interface entre trabalho e interação. Campinas: Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 2010.
LIMA, M.A.D.S; PEREIRA, W.A.P. O trabalho em equipe no atendimento a vítimas de trauma. Rev. esc. enferm. USP vol.43 no.2 São Paulo Junho 2011.
Descritores: suporte básico de vida, atendimento de urgência, capacitação em serviço.
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TUBERCULOSE: DIFICULDADES DE ADESÃO AO TRATAMENTO DIRETAMENTE
OBSERVADO NA VISÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Francisca Brunna de Carvalho Costa Vasconcelos ¹
Ana Egliny Sabino Cavalcante ²
Lumara Nascimento Viana ³
Antonia Regynara Moreira Rodrigues 4
Filipe Melo Vasconcelos 5
[email protected]
1. Enfermeira Coordenadora do Centro de Estudos do Hospital Regional Norte.
2. Enfermeira do Serviço de Educação Permanente do Hospital Regional Norte.
3. Enfermeira do Bloco Cirúrgico do Hospital Regional Norte.
4. Enfermeira Mestranda em Enfermagem e Cuidados Clínicos em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará – UECE.
5. Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará – Campus Sobral
INTRODUÇÃO
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, grave problema de saúde pública que necessita de ações de controle urgentes. Dentre
as estratégias propostas pela Organização Mundial de Saúde, há o tratamento diretamente observado, onde o governo garante acesso às
medicações e o profissional de saúde acompanha o tratamento e observa a ingestão da medicação pelo paciente (QUEIROZ; NOGUEIRA,
2010).
OBJETIVOS
Descrever e avaliar as circunstâncias ou contextos das dificuldades relacionadas à adesão ao tratamento diretamente observado apontadas em estudos por profissionais de saúde.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada entre fevereiro e março de 2012. Foram escolhidas as publicações de 2007 a 2011 disponíveis na base de dados Scielo, na Revista Eletrônica de Enfermagem e no acervo bibliográfico da instituição NOVAFAPI, nos idiomas
português e inglês. Os descritores utilizados estavam em concordância com Descritores em Ciências da Saúde (DECS-BIREME): “Programa Saúde da Família”, “Terapia Diretamente Observada”, “Adesão ao medicamento”, “Enfermagem”, sendo associados individualmente ao
descritor “Tuberculose” durantes as buscas. Foram encontrados 138 artigos e 3 monografias, selecionando-se apenas os trabalhos que
atendiam às propostas deste estudo, sendo composto por 8 artigos e 2 monografias.
RESULTADOS
Na análise dos dados, formaram-se duas categorias: Caracterização do Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose e Dificuldades encontradas pelos profissionais para adesão dos pacientes ao Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose-TDO. As pessoas
tratadas sob o regime de TDO têm maior probabilidade de curar a tuberculose ou de não apresentar a tuberculose multirresistente
do que aquelas que não têm acesso a esta estratégia. O emprego do TDO aproxima os profissionais do contexto social dos indivíduos
favorecendo o empoderamento do paciente em relação ao processo do tratamento, com linguagem acessível, de fácil entendimento,
propiciando uma educação individual e dialogada (BRASIL, 2010). Existem vários fatores associados às dificuldades dos pacientes na
adesão ao TDO. Muitas impedem o paciente de concluir o tratamento, ou seja, o alcance da cura; outros empecilhos forçam o mesmo a
abandonar, o que também caracteriza não-adesão; alguns nem mesmo iniciam o tratamento. A análise dos textos permitiu a elaboração
de oito grupos de discussão, considerando as dificuldades relacionadas: ao paciente, à ajuda financeira aos pacientes, à própria doença,
aos profissionais, aos medicamentos, ao tratamento, às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e aos grupos vulneráveis.
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CONCLUSÃO
Concluímos que a otimização das dificuldades que podem interferir na adesão do paciente ao Tratamento Diretamente Observado da
Tuberculose associa-se a uma gestão de qualidade articulada a uma equipe multiprofissional comprometida e qualificada.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Tratamento Diretamente Observado (TDO) da Tuberculose na Atenção Básica: Protocolo de Enfermagem.
Brasília, 2010. Disponível em:http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/original_tdo_enfermagem_junho_2010.pdf. Acesso em: 26
set 2011.
QUEIROZ, Raquel; NOGUEIRA, Péricles Alves. Diferenças na adesão ao tratamento da tuberculose em relação ao sexo no distrito de saúde
da Freguesia do Ó/Brasilândia - São Paulo. Saude soc., São Paulo, v. 19, n. 3, set. 2010.
Descritores: Tuberculose; Terapia diretamente observada; Adesão ao medicamento.
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TERRITORIALIZAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE EM CENTROS DE SAÚDE DA
FAMÍLIA DE SOBRAL - CEARÁ
Francisca Marinice Carneiro 1
Antonia Bruna Ferreira Braga 1
Maria Neíce Liberato de Sousa Ponte 1
Débora Janne da Cruz Mesquita 1
Antônio Francisco de Sousa 2
[email protected]
1
Acadêmicas do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA.
2
Orientador, Biólogo, Mestre em Biotecnologia pela Universidade Federal do Ceará - UFC.
INTRODUÇÃO
A territorialização é um dos pressupostos básicos do trabalho da Estratégia Saúde da Família. O mapeamento das áreas de abrangência
promove informações aos gestores públicos sobre as condições referentes à qualidade de vida da população, os quais em posse desse
conhecimento podem elaborar o plano de estratégia de saúde da família (SANT’ANNA et al., 2011).
OBJETIVOS
Objetivou-se com este trabalho descrever territorialização e ações de promoção da saúde em quatro Centros de Saúde da Família (CSF)
do Município de Sobral-CE.
METODOLOGIA
Trata-se de um trabalho exploratório e descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência (GIL, 2008). Foi realizado em
quatro Centros de Saúde da Família (CSF) do Município de Sobral-CE, denominados CSF 1, 2, 3 e 4, no período de junho a outubro de
2014, tendo como foco a territorialização para uma posterior intervenção. Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se: observação
participante, entrevistas com moradores, diário de campo, mapas, fotografias e filmagens. A análise dos dados foi realizada por meio
da análise de conteúdo. Com base nos dados coletados realizou-se ações educativas abordando os temas: coleta de lixo, orientação ao
consumo de água e controle da dengue. As ações foram registradas em fotografias e relatório de campo.
RESULTADOS
Nos CSF’s 1 e 2, a situação mais preocupante foi o acúmulo de lixo. Diante disso, realizou-se uma intervenção através de panfletagem
nos colégios e nas ruas de suas comunidades adscritas, em outro momento foi realizada panfletagem e distribuição de sacolas plásticas
nas ruas, alertando a população local a sobre a destinação correta do lixo. No CSF 3, foi identificado um consumo de água inadequado.
Então se elaborou uma ação de alerta e combate, primeiramente em um colégio local, onde foi realizada uma roda de conversa sobre a
importância da filtração/fervura da água para o consumo humano. Em seguida foi distribuído hipoclorito de sódio 2,5% e panfletos nas
ruas, esclarecendo duvidas e orientando o sobre as formas de tratamento e consumo de água. Por fim, no CSF 4, o problema detectado
foi à prevalência da dengue. As ações foram à entrega de panfletos em um colégio, seguida de uma roda de conversa esclarecendo dúvidas e orientando medidas de controle da proliferação com mosquito transmissor da doença. Em outro momento, utilizou-se um álbum
seriado sobre os cuidados básicos de combate a dengue, para abordar os moradores nas ruas e orientá-los sobre ações preventivas em
suas residências. De forma geral, foi observado um grande interesse por parte das comunidades, porém houve resistência de uma destas
às ações de promoção da saúde. Os resultados deste trabalho estão de acordo com Santos e Rigotto (2010) ao relatarem que é preciso
conhecer o território para poder intervir.
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CONCLUSÃO
Na experiência de territorialização encontrou-se a tríade Lixo-Água-Dengue, realidade pertinente que afeta alguns bairros de Sobral,
pois a falta de abastecimento/consumo inadequado de água e de coleta de lixo relacionasse aos casos de dengue. Concluímos que a
territorialização é uma estratégia eficiente para detecção de riscos, propiciando a prevenção de doenças e promoção da saúde.
REFERÊNCIAS
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SANT’ANNA, C. F. et al. Comunidade: objeto coletivo do trabalho das enfermeiras da Estratégia Saúde da Família. Acta Paulista de Enfermagem, v.24, n.3, p.341-347, 2011.
SANTOS, A. L.; RIGOTTO, R. M. Território e territorialização: incorporando as relações produção, trabalho, ambiente e saúde na atenção
básica à saúde. Revista Trabalho, Educação e Saúde, 2010, v.8, n.3, p.387-406, 2010.
Descritores: Territorialização, Promoção da Saúde, Estratégia Saúde da Família.
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ASSISTÊNCIA HUMANIZADA À IDOSOS HOSPITALIZADOS EM UTI: PERCEPÇÃO
DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR
Francisco Leandro de Carvalho Alcantara ¹
Antônia Eliana de Araújo ¹
Livia Mara de Araújo ¹
Valeska Rodrigues de Sousa ¹
Andreza Moita Morais ²
[email protected]
1
Faculdades INTA/Enfermagem
2
Facid-DeVry/ Enfermagem
INTRODUÇÃO
A população mundial apresenta mudanças na sua composição etária devido à interação dinâmica das taxas de mortalidade e fecundidade, aumentando o numero de idosos procurando o serviço de saúde, cujo deve perpassar pela assistência humanizada, foco de debate,
apesar de que os profissionais da saúde já deveriam ser naturalmente humanizados (TAVARES; CÔRTES; DIAS, 2010).
OBJETIVOS
Descrever a percepção da equipe interdisciplinar acerca de assistência humanizada à pessoa idosa hospitalizada em Unidade de Terapia
Intensiva (UTI).
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, realizada em uma UTI de um hospital geral da cidade de
Sobral-Ce; com dez profissionais da equipe interdisciplinar, graduado em áreas diversas. A coleta de dados ocorreu no mês de setembro
e outubro de 2015. As entrevistas foram gravadas com a finalidade de melhor apreender as informações, as quais foram realizados em
locais, dias e horários predeterminado pelos participantes, e transcritas posteriormente, facilitando assim a fidelização da pesquisa.
Iniciou a pesquisa mediante a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa com Nº 503.833, como parte do projeto guarda chuva em humanização hospitalar. Os resultados foram apresentados em categorias.
RESULTADOS
Emergiram três categorias: a importância da humanização para a melhora do quadro clinico do paciente. De acordo com as falas: “Uma
atitude primordial para recuperação do paciente” (E3). “Vejo que é muito importante, é necessário ter essa visão humanitária dentro
desse processo de saúde e doença” (E10). A equipe interdisciplinar pode interferir no processo de recuperação e não somente proporcionar um ambiente terapêutico seguro, mas também buscar proporcionar ambiente alegre e saudável, agregando valores aos cuidados
tendo como diferencial o atendimento humanizado (VILLA; ROSSI, 2002). A segunda relata que a Integração da equipe interdisciplinar
para fazer um atendimento humanizado. De acordo com as falas: “Resulta da prática das várias categorias profissionais atuantes na
produção do cuidado em saúde” (E4), “A gente tem que perceber que não é só eu, tem que ter o grupo inteiro envolvido nessa assistência” (E7). Para Mello (2008) toda equipe multiprofissional deve ser preparada para lidar com aspectos subjetivos e social do paciente. E
por último a Contribuição da visita familiar para a reabilitação do idoso. De acordo com as falas: “Atender bem o familiar que vem visitar,
orientar que ele estimule o paciente” (E5). “ Os familiares dos pacientes tem um tratamento adequado, conversam com o médico, sobre o seu paciente” (E8). Segundo Pelazza (2015) a visita é fundamental tanto no processo de humanização quanto na recuperação do
paciente.
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CONCLUSÃO
Diante da pesquisa realizada, observou-se que os objetivos do estudo foram alcançados. Pois, de acordo com o formulário elaborado,
durante a coleta, obteve-se êxito com os profissionais. Porém, a humanização hospitalar ainda está muito em teoria, e na prática encontra-se algumas dificuldades. No entanto, foi gratificante conhecer mais sobre a dinâmica desse universo acerca da humanização na UTI.
REFERÊNCIAS
MELLO, Inaiá Monteiro. Humanização da Assistência Hospitalar no Brasil: conhecimentos básicos para estudantes e profissionais.
São Paulo, 2008. p. 47-52.
PELAZZA, Bruno Bordin et al. HUMANIZAÇÃO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: UMA VISÃO DO PONTO DE VISTA DO PROFISSIONAL
DE ENFERMAGEM. Itinerarius Reflectionis, [S.l.], v. 11, n. 1, fev. 2015. ISSN 1807-9342. Disponível em: <http://revistas.jatai.ufg.br/
index.php/ritref/article/view/33008/18385>. Acesso em: 30 Out. 2015.
TAVARES, D.M.S; CÔRTES, R.M; DIAS. F. Qualidade de vida e comorbidades entre os idosos diabéticos. Rev. enferm. v. 18, p. 97-103, jan/
mar, 2010. Disponível em: <http://www.bireme.br/php/index.php>. . Acesso em: 15/05/15.
VILA, Vanessa da Silva Carvalho; ROSSI, Lídia Aparecida. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva:
"muito falado e pouco vivido". Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 10, n. 2, p. 137-144, Apr. 2002. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692002000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 30 Out 2015.
Descritores: Humanização da Assistência. Unidade de Terapia Intensiva. Equipe de Assistência ao Paciente.
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REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA SOBRE A HANSENÍASE
Francisco Mayron Morais Soares ¹
Carlos Lucas Damasceno Pequeno ²
Gleiciane Kélen Lima ²
Kelly Crstiane dos Santos Souza 4
Maria Albertina Rocha Diógenes 5
[email protected]
INTRODUÇÃO
A assistência prestada a portadores de hanseníase passou por várias transformações ao longo do tempo. Tais mudanças implicaram na
melhoria do estigma sofrido por portadores da doença, contudo, por falta de conhecimento da família, da sociedade e até mesmo por
parte de profissionais da saúde, o estigma ainda permeia na vida dos mesmos.
OBJETIVOS
Buscar e avaliar evidências sobre o Estigma sofrido por portadores de Hanseníase.
METODOLOGIA
Revisão integrativa da literatura, dos últimos 5 anos. A seleção dos 18 estudos que compuseram à amostra foi realizada nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO. A presente revisão integrativa seguiu o rigor metodológico adequado e identificou e avaliou os principais
estigmas enfrentados por portadores de hanseníase. Resultados: O universo desta revisão integrativa totalizou 18 artigos publicados, dos
quais, 9 foram localizados na base de dados LILACS, base com maior predominância de localização dos estudos, 2014 sendo o ano de
maior predominância de publicações e o nível 4 de evidências sendo o mais prevalente no estudo.
RESULTADOS
Houve consenso entre os 18 estudos que integram a amostra que a hanseníase representa um grave problema de saúde pública, dada
a sua magnitude e consequências associadas aos problemas psico-social-somático dos portadores. É uma doença diretamente ligada
à pobreza, condições sanitárias e de habitação, visto que a aglomeração de pessoas é responsável pela maior disseminação do bacilo
através da via respiratória. Além disto, em linhas gerais, é uma doença resultante da falta de acessibilidade dos sistemas de saúde, pois o
diagnóstico é eminentemente clínico e seu tratamento não exige custos elevados nem instrumentos de maior complexidade tecnológica.
CONCLUSÃO
Diante dos resultados obtidos, a partir da revisão, o estigma existe, mostrando-se mais resistente até do que a doença, quando se vê que
o portador era obrigado a ficar em isolamento, ou o mesmo se via nessa situação, por vontade própria, de se isolar socialmente. Além de
que a pobreza e a falta de educação constituem parte principal da doença, com isso, estratégias de educação em saúde são de imensa
valia para tentar diminuir os índices e o preconceito.
REFERÊNCIAS
EIDT, L. M. Breve história da hanseníase: Sua expansão do mundo para as Américas, oBrasil e o Rio Grande do Sul e sua trajetória na saúde
pública brasileira.Saúde e Sociedade, São Paulo,v. 13, n. 2, p.76-88, mai-ago, 2004.
FIGUEREDO, A.P.P. A Formação de uma Psicóloga: Hanseníase do isolamento familiar ao social. Monografia. Tocantins: Fundação
UNIRG, 2012.
FIGUEIREDO, I. A. O Plano de Eliminação da Hanseníase no Brasil em Questão. 2005. 209 f. Tese (Doutorado em Politicas Públicas) Curso de Enfermagem, Universidade Federal do Maranhão, São Luis, 2005.
Descritores: Enfermagem, Estigma, Promoção da Saúde.
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HUMANIZAÇÃO DE PACIENTES EM UM SERVIÇO DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA: OLHAR DE FAMILIARES.
Francisco Pedro De Sousa Xavier ¹
Antônia Eliana de Araújo Aragão ¹
Francisca Lucineide Araújo ¹
Valeska Rodrigues de Sousa 1
Elisângela de Jesus Macêdo Araújo ¹
[email protected]
¹Faculdades INTA- Enfermagem
INTRODUÇÃO
A estratégia do acolhimento com classificação de risco mediante o dispositivo de humanização e de organização das portas de entradas
dos serviços de urgência pelo Ministério da Saúde (MS), publicada em julho de 2011 pela portaria de nº 1600 destina-se ao atendimento
relacionado às violências e aos acidentes de trânsito, relacionados a jovens de até 40 anos. (BRASIL, 2013).
OBJETIVOS
Analisar o conhecimento acerca da humanização hospitalar no atendimento de urgência e emergência na ótica de familiares.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caráter exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, como natureza do estudo a pesquisa de campo,
realizada por meio de uma entrevista semiestruturada. Realizada no mês de setembro de 2014, no setor de urgência e emergência de
um hospital de referência da zona norte do estado do Ceará, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob o nº 503833 do
projeto guarda chuva humanização hospitalar. Teve como participantes nove familiares de pessoas assistidas em serviço de urgência e
emergência.
RESULTADOS
A apresentação dos resultados ocorreu por meio de categorização e a análise e discussão ancoradas na literatura pertinente. Da pesquisa
surgiram as seguintes categorias: Caracterização sociodemográfica dos familiares atendidos em um Serviço de Urgência e Emergência
Hospitalar, apresentado por meio de quadro. As demais categorias são: conhecimento de humanização hospitalar na ótica de familiares;
olhar de familiares sobre a humanização de seu atendimento; opinião dos familiares sobre humanização do atendimento no serviço e
sugestões de familiares sobre humanização do atendimento no serviço.
CONCLUSÃO
Conclui-se que os participantes da pesquisa ainda não apresentam boa compreensão sobre humanização hospitalar. É necessário maior
empenho da equipe de saúde na assistência humanizada por meio das atitudes e comportamentos de cada profissional comprometido
com a saúde e com a população pela qual é responsável.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da saúde. Manual Instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde
2013. Disponível em http://www.amparo.sp.gov.br/sites/default/files/manual_instrutivo_rede_atencao_urgencias_0_0.pdf . Acesso em
20 Out. 2014.
BRASIL. Ministério da saúde. Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2011/prt1600_07_07_2011.html . Acesso em 30 Out. 2015.
Descritores: Assistência. Acolhimento. Enfermagem
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O IMPACTO DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO
Francisco Valdicélio Ferreira 1
Ana Claudia Mesquita de Andrade 1
Jarlan Ted do Nascimento Lima 1
Silvana Vasconcelos de Sousa 1
Uilma Silva Sousa 1
[email protected]
1
Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência, Santa Casa de Misericórdia de Sobral-ce/Faculdades INTA - Intituto Superior de Teologia Aplicada.
INTRODUÇÃO
O processo de formação é contínuo, onde a educação continuada, o aprender e o ensinar devem incorporar ao cotidiano do trabalho,
esse processo é dinâmico e busca a obtenção do transformar das práticas profissionais no serviço e na própria organização do trabalho.
Espaços estres criados pelo Ministério da Saúde através das Residências Multiprofissionais em Saúde, criadas através da Lei 11.129 no ano
de 2005, sendo orientadas a partir dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde atendendo as necessidades Socioepidemioligicas de cada região.
OBJETIVOS
Apresentar o impacto da inserção de novos profissionais de saúde no serviço de um hospital de ensino através da Residência Multiprofissional e Urgência e Emergência.
METODOLOGIA
Estudo de caráter descritivo, do tipo relato de experiência vivenciada em um hospital de ensino com a participação de 18 profissionais de
saúde sendo eles: 08 enfermeiros, 04 fisioterapeutas, 03 nutricionistas e 03 farmacêuticos, inseridos no hospital nos seguintes setores:
Urgência e Emergência, UTI adulto e clínica cirúrgica, e neurologia e SAMU. Foram divididas três equipes, cada uma com 06 profissionais
sendo direcionando para cada setor e fazendo o rodizio a cada 04 meses. Nos setores de atuação os profissionais se inserem no serviço
de maneira integral em plantões diários de 12 horas trabalhando e observando a metodologia de trabalho e com isso fazem intervenções
para melhorar as práticas e atualizar os profissionais no serviço.
RESULTADOS
A inserção destes profissionais se deu através de edital lançado no dia 21 de janeiro de 2015, no qual passaram por seleção por meio de
uma prova escrita, entrevista individual e análise curricular. A admissão desses profissionais no programa de Residência teve um grande
impacto no que diz respeito ao serviço de saúde, ao trabalho em equipe e reforço no quadro de profissionais já existentes no serviço
atuando em diferentes setores de forma integral, compartilhada e humanizada. A inclusão de uma equipe multiprofissional em todos
os setores supracitados trouxeram resultados positivos possibilitando um novo modelo de fazer saúde, no tratar do paciente de forma
humanizada e holística, desenvolvendo projeto terapêutico singular unindo os serviços de saúde, atenção primária e terciária, escuta
qualificada, acompanhamento direcionado com enfoque interdisciplinar e multiprofissional, além de educação continuada nos serviços
com os profissionais.
CONCLUSÃO
A Residência em Saúde engrandece e valoriza a formação profissional, neste sentido faz-se necessário ressaltar a importância desta
iniciativa, do processo de trabalho no qual a troca de experiências nos torna fundamentais na configuração de tal modelo de formação
para atuação profissional em saúde, cujos desdobramentos históricos se apresentam promissores na tão almejada consolidação do SUS.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde.
Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
LOPES, R. E.; ROSA, S. D. Residência multiprofissional em saúde e pós-graduação lato senso no Brasil: apontamentos históricos. Trabalho, educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, p. 479-498, 2010.
PERES, R. S.; ANJOS, A. C. Y.; ROCHA, M. A.; GUIMARÃES, A. G. C.; BORGES, G. M.; SOUZA, K. G.; PEREIRA, M. G. O trabalho em equipe no
contexto hospitalar: reflexões a partir da experiência de um programa de residência multiprofissional em saúde. Em Extensão, Urberlândia, v. 10, n. 1, p. 113-120, jan/jun. 2011
CECCIM, R.B. Onde se lê “recursos humanos em saúde”, leia-se “coletivos organizados de produção em saúde. Desafios para a educação.
In: PINHEIRO, R.; MATTOS R.A. (Orgs.). Construção social da demanda: direito à saúde, trabalho em equipe, participação e espaços públicos. Rio de Janeiro: Cepesc, 2005a. p.161-80.
Descritores: Programas de Residências em Saúde; Residência Multiprofissional em Urgência e Emergência; Interdisciplinaridade, Multiprofissional.
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RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A BUSCA DE CASOS DE HANSENÍASE
ENTRE ESTUDANTES EM SOBRAL – CEARÁ
Autora: Iara Fonteles Muniz ¹
Orientadora: Elys Oliveira Bezerra ²
Co-autora: Maria Socorro Carneiro Linhares ³
[email protected]
¹Estudante de Graduação do 3º semestre do curso de Enfermagem, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. ²Mestre em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde, pela Universidade
Estadual do Ceará, docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú. ³Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará, docente do curso de Enfermagem da
Universidade Estadual Vale do Acaraú e coordenadora do projeto de extensão Busca Ativa de Casos Novos de Hanseníase.
INTRODUÇÃO
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução lenta causada pelo Mycobacterium leprae, o qual possui um tropismo pela
pele e nervos periféricos (PIRES et al., 2012). A cidade de Sobral é bastante conhecida pelos numerosos casos de hanseníase. Com isso,
a Universidade Estadual Vale do Acaraú criou um projeto de extensão para buscar novos casos de hanseníase na cidade entre colegiais.
OBJETIVOS
Relatar a experiência enquanto acadêmica de enfermagem participante em um projeto de extensão com foco na busca de casos de
Hanseníase.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa na modalidade de relato de experiência, que partiu da vivência de busca de
casos de hanseníase entre estudantes de escolas públicas inseridas no projeto de extensão “Busca Ativa de Casos Novos de Hanseníase”
da UVA, em Sobral-CE. Durante os meses de julho de 2015 até o presente mês, foram desenvolvidas as seguintes atividades: entrega
das fichas para os pais dos escolares responderem e devolverem à escola, para posterior realização de triagem e identificação de casos
suspeitos para investigar, encaminhando para biópsia e logo depois para o tratamento, se confirmado. A campanha foi efetuada com
parceria entre as escolas, postos de saúde e secretaria de saúde. Os doze acadêmicos componentes do projeto participaram ativamente
de todas as etapas do movimento de busca, desde o recolhimento das fichas, a triagem das mesmas e o acompanhamento da biópsia
dos escolares.
RESULTADOS
Durante a busca de novos casos que o projeto nos propiciou participar, notamos certa resistência dos pais, talvez por receio do resultado,
ou até mesmo por desconhecimento da importância do assunto. Então, vimos que há a necessidade de primeiramente oferecermos
informações àquelas famílias antes de abordarmos de tal forma, para assim, garantirmos maior aceitação. O aprendizado que obtive no
projeto foi único, futuramente me atentarei a dar maiores informações sobre as patologias, tentando conscientizá-los sobre a importância da prevenção e da descoberta precoce. É entristecedor descobrirmos crianças com o diagnóstico da doença, pois concluímos que está
se proliferando. Somente tratando o doente e evitando novos contágios, iremos conseguir diminuir o índice da doença.
CONCLUSÃO
Essa atuação no projeto foi bastante proveitosa, pois nos fez conhecer a realidade do território que vivemos e futuramente, iremos
trabalhar. Com isso, saberemos lidar com o público e seremos capazes de desenvolver métodos para juntos prevenirmos e descobrimos
os casos de hanseníase precocemente.
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REFERÊNCIAS
PIRES, C.A.A. et al. Hanseníase em menores de 15 anos: a importância do exame de contato. Rev. Paul. Pediatr. São Paulo, v.30, n.2, Jun.
2012.
Descritores: Hanseníase; Mycobacterium leprae; Atenção à Saúde.
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ESTUDO DA AEROMICROBIOTA EM ÁREAS PARA LAZER URBANO NA CIDADE
DE FORTALEZA, CEARÁ
ÍtaloMagno Pereira Cajazeiras 1
Fátima Cristiane Teles Carvalho 1
Jade Oliveira Abreu 1
Rivelino Martins Cavalcante 1
Oscarina Viana de Sousa 1
[email protected]
1
Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), Universidade Federal do Ceará – UFC.
INTRODUÇÃO
A qualidade do ar em locais urbanos públicos é de grande importância para a saúde pública, visto que o ar possui a capacidade de transportar organismos microscópicos como bactérias ou esporos de fungos, o que representa risco ao bem-estar e saúde dos cidadãos que
se utilizam dos ambientes de lazer esportivo.
OBJETIVOS
O objetivo do estudo consiste na qualificação da microbiota presente no ar em ambientes externos públicos na cidade de Fortaleza (Ceará) utilizados para lazer e prática de exercícios, de modo a contribuir para planos regionais de controle de poluição atmosférica e para
o bem-estar e saúde da população.
METODOLOGIA
Foram monitoradas três áreas inter-urbanas: P1 (Calçadão Crasa, Av. José Jatahy), P2 (Praça dos Estressados, Av. Beira-Mar) e P3 (Praça
das Flores, Av. Desembargador Moreira). As amostras foram coletadas pela técnica de sedimentação passiva usando placas de petri com
meios de cultura seletivos para bactérias (Agar PCA + ácido propiônico) e fungos (Agar Batata + ácido tartárico + ampicilina), ficando
expostas aproximadamente 30 minutos em cada ambiente a aproximadamente 1m de distância do solo), evitando o contato direto com
as pessoas. Após a coleta de amostras, as placas de petri são levadas a estufas em laboratório, para serem incubadas a 35°C por 48h
(bactérias) e a 28°C por 7 dias (fungos). Após o crescimento, foram feitas contagens das colônias crescidas sobre os meios de cultura,
e seus resultados expressos em número de Unidades Formadoras de Colônia por metro cúbico de ar (UFC/m³). A partir do crescimento
foram selecionadas e isoladas 10 colônias de cada meio por coleta, totalizando 30 amostras de bactérias e 30 amostras de fungos.
RESULTADOS
Os isolados bacterianos foram submetidos a testes fenotípicos baseado em chave de identificação dicotômica para identificação, sendo
10 coletas por amostra, totalizando 30 colônias bacterianas e 30 estirpes fúngicas. Dentre as bactérias, os gêneros mais presentes foram
Bacillus spp e Enterobacter spp. Entende-se que o projeto possa chamar a atenção para elaboração de projetos de gestão da qualidade
do ar em ambientes públicos, ajudando a manter a saúde e bem-estar da população.
CONCLUSÃO
Existe uma grande quantidade de fungos e bactérias em ambientes externos, mas não existem parâmetros legislativos para estabelecer
uma conclusão efetiva com relação ao risco que estes representam ao ser humano. A inexistência de parâmetros microbiológicos para
avaliar a qualidade do ar em ambientes externos de lazer resulta no desconhecimento do potencial risco que a exposição representa ao
ser humano. A elaboração de planos de controle da qualidade do ar passa pelo entendimento das variáveis ambientais e sua correlação
epidemiológica incluindo a microbiota do ar em ambientes urbanos
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REFERÊNCIAS
TORTORA, Gerard J. FUNKE, Berdell R. CASE, Christine L. Microbiologia. 10ª edição. Porto Alegre, Artmed,2012.
MADIGAN, Michael T. MARTINKO, John M. DUNLAP, Paul V. CLARK, David P. Microbiologia de Brock. 12ª edição. Porto Alegre, Artmed, 2010.
VIEIRA, Regina Helena Silva dos Fernandes. Microbiologia, Higiene e Qualidade do Pescado – Teoria e Prática. 1ª edição. São Paulo, Varela,
2004.
Bezerra, G. F. D. B., Gomes, S. M., Silva, M. A. C. N. D., Santos, R. M. D., Muniz Filho, W. E., Viana, G. M. D. C., & Nascimento, M. D. D. S. B. (2014).
Diversity and dynamics of airborne fungi in São Luis, State of Maranhão, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical,
47(1), 69-73.5.
Mezzari, A., Perin, C., Júnior, S., Alves, S., Bernd, L. A. G., & Di Gesu, G. (2003). Airborne fungi and sensitization in atopic individuals in Porto
Alegre, RS, Brazil. Revista da Associação Médica Brasileira, 49(3), 270-273.
Fang, Z., Ouyang, Z., Zheng, H., Wang, X., & Hu, L. (2007). Culturable airborne bacteria in outdoor environments in Beijing, China. Microbial
Ecology, 54(3), 487-496
Cambra-López, M., Aarnink, A.J.A., Zhao, Y., Calvet, S., Torres, A.G., 2010. Airborne particulate matter from livestock production systems:
a review of an air pollution problem. Environmental Pollution 158, 1–17.
Qualidade do ar, saúde e bem-estar, atividade física
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO AR INTERNO DE UM
INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA COMO PARÂMETRO PARA DIAGNÓSTICO
DA SÍNDROME DO EDIFÍCIO DOENTE
Jade Oliveira Abreu 1
ÍtaloMagno Pereira Cajazeiras 1
Giselle Cristina Silva 1
Regine Helena Silva dos Fernandes Vieira 1
Oscarina Viana de Sousa 1
[email protected]
1
Laboratório de Microbiologia Ambiental e do Pescado (LAMAP), Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), Universidade Federal do Ceará – UFC.
INTRODUÇÃO
Buscando maior conforto térmico para os usuários, prédios e edificações fechadas são artificialmente climatizados em sistemas de
circulação de ar refrigerado. Tais ambientes apresentam baixas taxas de trocade ar, que tem como consequência o aumento da concentração de poluentes atmosféricos em seus interior, podendo afetar a sensação de conforto e bem-estar de seus usuários ou ocupantes.
OBJETIVOS
Avaliar a qualidade do ar interno de um instituto de ensino e pesquisa, através dos indicadores microbiológicos – Análise quantitativa e
qualitativa.
METODOLOGIA
Foram analisados dez ambientes de uso coletivo do prédio do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará
(UFC), foram eles: Biblioteca, Sala de aula, Secretaria da graduação, Sala da Diretoria, Gabinete de professores, Depósito, Centro Acadêmico, Estacionamento, Laboratório I e Laboratório II.
As coletas foram feitas pela técnica de sedimentação usando placas de Petri com meios de cultura específicos diferenciais para bactérias
(Plate Count Agar) e fungos (Ágar Dextrose Batata), e deixadas abertas por 30 minutos no ambiente interno (climatizados ou não) e em
ponto imediatamente externo. Após esse tempo, as placas foram fechadas e levadas para incubação por 48h a 30ºC para o crescimento
de bactérias e por 7 dias a 28ºC para fungos.A partir das colônias crescidas sobre a superfície dos meios de cultivo para bactérias, foram
feitos isolamentos para identificação dos microrganismos presentes.
RESULTADOS
Analisando os resultados das contagens de fungos foi verificado que apenas um ambiente apresentou NMP de fungos acima do limite
máximo estabelecido pela legislaçãobrasileira (750 UFC/m³). Entretanto quando foi feita relação entre as contagens dos ambientes
internos climatizados e externos (I/E), quatro ambientes se mostraram fora das condições consideradas aceitáveis para qualidade do ar
de ambientes internos. Essa relação mostra que os equipamentos de ar-condicionado exercem influência negativa sobre a microbiota
dos ambientes artificialmente climatizados.Quanto a relação I/E nas contagens de fungos, apenas a sala da Secretaria da Graduação,
apresentou valor de I/E maior do que 1,5.Os representantes bacterianos mais frequentemente isolados de ambas amostras (internas e
externas) foi o gênero Bacillus, que nas amostras internas representou 76% dos isolados e nas amostras de ambientes externos representou 84%.
A maior diversidade bacteriana foi observada no ambiente externo, em que foram identificadas estirpes pertencentes a quatro (4)
gêneros (Bacillus, Sthaphylococcus, Micrococcus e Corynebacterium), enquanto no ambiente interno foram encontrados apenas representantes de três dos quatro gêneros.
Do total de isolados bacterianos, 80% são Bacillus spp., 8% são Staphylococcus spp., 9% são Micrococcus spp. e 3% são Corynebacterium.
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CONCLUSÃO
O prédio apresenta-se de acordo com a legislação vigente no que se refere à qualidade do ar interno com exceção da secretaria de um
curso de graduação (relação I/E > 1,5). Os valores encontrados de bactérias se mostram sempre superiores aos números de fungos. Qualitativamente, essa microbiota se mostrou dominada por bactérias pertencentes a gêneros que podem ter representantes patogênicos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): Resolução nº 9, de 16 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 20 jan. 2003. Seção 1, p. 35.
CARMO, Adriano Trotta; PRADO, Racine Tadeu Araújo. Qualidade do ar interno. São Paulo: EPUSP, 1999.
DOWNES, Frances Pouch; ITO, Keith. Compendiumofmethods for themicrobiologicalexaminationoffoods American Public Health Association. Washington, DC, p. 473-81, 2001.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Indoor Air Quality: OrganicPollutants. EURO ReportsandStudies n. 111.Copenhagen; 1989.
Descritores: Síndrome do Edifício Doente, Qualidade do Ar, Ar Condicionado, Bacillus
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I Congresso da Região Norte de Sáude Baseada em Evidências - Anais 2015
MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL: UMA FERRAMENTA PARA O CUIDADO E
ATENÇÃO INTERDISCIPLINAR
Andreia dos Santos Lima 1
João Hernando Rodrigues Alves 2
José André dos Santos 3
Maristela Inês Osawa Vasconcelos 4
[email protected]
1, 2, 3 Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental, Sobral-CE
4 Universidade Vale do Acaraú
INTRODUÇÃO
A Estratégia Saúde da Família (ESF) surge como concepção inovadora de modelo assistencial. A Residência Multiprofissional em Saúde
Mental (RMSM) enquanto espaço formativo possibilita ampliar/articular ações do seu campo com outros níveis de atenção, com ênfase
na promoção da saúde e reabilitação psicossocial. Nos territórios, o matriciamento é uma ferramenta oportuna de atuação interdisciplinar.
OBJETIVOS
Descrever uma experiência interdisciplinar de matriciamento em saúde mental na ESF, vivenciada na RMSM; Observar os limites e possibilidades da estratégia do apoio matricial enquanto ferramenta de cuidado e atenção em Saúde Mental.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência, de caracterização descritiva, acerca de uma prática desenvolvida na RMSM, inserida na SM da rede
do município, na ESF: o processo de matriciamento, ou apoio matricial, num Centro de Saúde da Família (CSF) inserido na macro-II da
Rede de Atenção Integral à Saúde Mental (RAISM) de Sobral, no período de maio a setembro de 2015. Para a execução das ações matriciais, a RAISM de Sobral se organiza por macro-áreas: II, III e IV (por questões organizacionais, a macro-área I foi extinta e seus territórios
componentes divididos nas outras três), nas quais seus profissionais-técnicos são divididos em três sub-equipes para dar cobertura
àquelas áreas. A experiência ora apresentada neste relato, situou-se num dos territórios pertencentes à macro-área II. Os encontros se
de deram através de reuniões presenciais entre as equipes, no caso, de referência em SM e da ESF, ocorrendo presencialmente uma vez
no mês, no prédio do CSF.
RESULTADOS
Nas experiências vivenciadas, observamos algumas dificuldades encontradas pelas equipes de ESF no cuidar em Saúde Mental, a saber:
carência formativa, no que se refere a algumas deficiências teóricas ao campo da SM; os receios no lidar com a loucura, causados pelos
estereótipos em torno da questão; trabalho já sufocado pela grande demanda de saúde necessária a outros públicos – vacinação, gestantes, idosos, hipertensos, diabéticos e outros – no que a demanda de SM seria um acréscimo, trazendo mais trabalho e preocupação à
equipe. Essas dificuldades muitas vezes são expressadas verbalmente pelas equipes de ESF à equipe de referência em SM, outras vezes
são observadas nas dúvidas apresentadas nas reuniões do matriciamento e até mesmo nas resistências em colaborar no apoio matricial
ou no evitamento ao próprio cuidado ao público da Saúde Mental. Não é raro, como ocorrido nesta experiência, que as equipes releguem
aos CAPS esta responsabilidade – como se o usuário do SUS, independente da sua demanda de saúde, não fosse o mesmo, pertencente
a toda a rede. A atenção integral, assim, mostra-se ainda como um ideal a ser atingido. Nas reuniões de matriciamento sempre foi salientado a importância de se levar consideração os aspectos subjetivos dos usuários, no que diz respeito à escuta de seu desejo, de suas
vontades – de modo que a continuidade do cuidado não fique algo desconexo e distante da realidade cotidiana de suas vidas.
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CONCLUSÃO
A vinculação da equipe de SM com a da ESF mostra-se como impulsora da estratégia do matriciamento: seja na corresponsabilização
desta última no cuidado, na continuidade dos cuidados após a alta do CAPS e até no cuidado àqueles usuários que não estabeleceram
adesão ao tratamento no CAPS e que a tiveram junto à unidade básica; promovendo, assim, ampliação da atenção em saúde na perspectiva da SM.
REFERÊNCIAS
COSTA GD, COTTA RMM, FERREIRA MLSM, REIS JR, FRANCESCHINI SCC. Saúde da família: desafios no processo de reorientação do modelo assistencial. Rev Bras Enferm 2009; 62(1):113-8.
CHIAVERINI, DH (Organizadora) ... [et al.]. Guia prático de matriciamento em saúde mental. [Brasília, DF]: Ministério da Saúde: Centro de
Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 236 p. 2011.
SILVA ALF, SOUSA RM. A roda como espaço de co-gestão da residência multiprofissional e saúde da família do município de Sobral – CE.
SANARE, Sobral, v.9, n.2, p.07-13, jul./dez.2010.
Descritores: Atenção à Saúde, Saúde Mental, Apoio Matricial, Residência Multiprofissional em Saúde
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COMPLICAÇÕES QUE O DIABETES MELLITUS PODE TRAZER AO PACIENTE
José Wellington Cruz Magalhães Júnior ¹
Isidiana Siridó Andrade ¹
Luiza Bruna Freire Sampaio ¹
Maria Beatriz da Silva Cunha ¹
Iane Ximenes Teixeira ²
[email protected]
INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica não transmissível caracterizada por um conjunto alterações metabólicas que levam a um
estado de hiperglicemia crônica¹. Um portador de DM apresenta um risco para o desenvolvimento de graves complicações de natureza
aguda ou crônica. As quais poderão afetar suas habilidades para o autocuidado, de forma transitória ou definitiva².
OBJETIVOS
Realizar um levantamento de dados na literatura brasileira das principais complicações apontadas em decorrência da não adesão ao
tratamento do Diabetes Mellitus.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo, com cunho exploratório – descritivo. A busca de artigos ocorreu no período de setembro e outubro de 2015, na base de dados Scielo. Foram utilizados dos seguintes descritores: Diabetes mellitus, Angiopatias
diabéticas, Fatores de risco e Enfermagem. Adotou-se como critérios de inclusão: artigos publicados no último ano, disponíveis online
na íntegra gratuitamente, e que apontassem complicações decorrentes da não adesão ao tratamento do Diabetes Mellitus em seus
resultados.
RESULTADOS
Foram encontrados 28 artigos na base de dados, sendo que apenas 8 atenderam aos critérios de inclusão. As complicações mais graves
apontadas foram, em longo prazo, insuficiência renal, amputação de membros, cegueira, infarto e acidente vascular cerebral. Em decorrência do não tratamento adequado, o Diabetes Mellitus torna o indivíduo mais susceptível à ocorrência de processos inflamatórios.
Dentre estes, foram relatados a arteriopatia periférica, danos nos nervos periféricos sensitivos (perda da sensibilidade), o bloqueio da
irrigação dos vasos ligados à visão, gerando a retinopatia diabética, o glaucoma, que é uma hipertensão no globo ocular, e a catarata, uma
opacidade do cristalino. O primeiro sendo fator antecedente para posteriores complicações do pé diabético e os três últimos podendo
levar à perda parcial da visão e à cegueira. Os problemas cardiovasculares mais comuns descritos nos artigos foram arteriosclerose coronária, provocada pelo acúmulo de gordura nas artérias coronárias, o que pode levar ao infarto e a hipertensão arterial.
CONCLUSÃO
Tendo em vista as diversas complicações que podem ocorrer em virtude da não adesão ao tratamento, é de grande relevância a realização de intervenções educativas, junto aos portadores de diabetes, voltadas à promoção da saúde e prevenção de complicações, no intuito
de conscientizá-los quanto à importância da adesão ao tratamento para que estes não venha a desenvolver complicações evitáveis.
REFERÊNCIAS
1. TAVARES, B.C; BARRETO, F.A. Resiliência de pessoas com Diabetes Mellitus. Texto contexto – enferm – enferm. Vol.20 no.4 Florianópolis out/dez. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072011000400014&lng=pt&nrm=iso.
Acesso em: 30 de Outubro de 2015.
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2. VILLAS BOAS, L.C.G; FOSS, M.C. Adesão à dieta e ao exercício físico das pessoas com diabetes mellitus. Enferm. Vol..20 no.2 Florianópolis abr./jun.2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010407072011000200008&lng=pt&nrm=iso.
Acesso em: 28de Outubro de 2015.
3. PACE, A.E; VIGO, K.O. O conhecimento sobre diabetes mellitus no processo de autocuidado. Rev Latino-am Enfermagem 2006 setembro-outubro. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n5/pt_v14n5a14.pdf. Acesso em: 25 de Outubro de 2015.
Complicações do Diabetes, Angiopatias diabéticas, Fatores de risco, Enfermagem.
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PSEUDO-SURTO POR SPHINGOMONAS PAUCIMOBILIS EM HEMOCULTURA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Juliana Veras Araújo Pinto 1
Maria Josimar Bezerra 2
Diana Karla Muniz Vasconcelos 3
Ana Thamiris Tomaz de Sousa 4
Carlos Alexandre Costa 5
[email protected]
Hospital Regional Norte 1.2.3.4.5
INTRODUÇÃO
Pseudo-surto é caracterizado por aumento significante das notificações do número de casos de uma determinada infecção, no entanto,
sem impacto em relação ao processo de saúde-doença, devido ao não surgimento de repercussões clínicas. Pode ter como principais
fatores artefatos de vigilância e/ou erros de laboratório na identificação ou contaminação do material biológico (MEDEIROS, 2004).
OBJETIVOS
Relatar o processo de investigação de um pseudo-surto por Sphingomonas paucimobilis em hemoculturas em um hospital terciário da
Zona Norte do Estado do Ceará.
METODOLOGIA
O processo de investigação teve inicio em 19/05/2015, a partir da identificação de 15 hemoculturas apresentando o microrganismo
Sphingomonas paucimobilis. Após avaliação dos casos, evidenciou-se que os pacientes não possuiam manifestações clínicas compatíveis com os exames, além de pertencerem a diferentes setores do hospital. Dessa forma, a hipótese de surto foi descartada. Dando
seguimento ao processo de investigação, foi realizada uma visita ao laboratório em 20/05/2015, a fim de discutir os principais pontos
referentes a esse pseudo-surto. Em 21/05/2015 a análise foi concluída, sendo implementadas algumas medidas a curto e médio prazo,
a fim de adequar as fragilidades encontradas no processo de coleta de hemoculturas.
RESULTADOS
O serviço de microbiologia é terceirizado, localizado em outra cidade, sendo a coleta, a única etapa realizada no hospital. Das 206 hemoculturas colhidas desde a data da primeira identificação, 18 (8,7%) estavam contaminadas por Sphingomonas paucimobilis. Todas tinham
o mesmo perfil de sensibilidade e não apresentavam resistência a nenhum antimicrobiano testado. Foram encontradas algumas fragilidades na rotina de coleta das hemoculturas, especialmente dúvidas sobre técnica de antissepsia da pele; ausência na padronização do
antisséptico utilizado; troca de agulhas após a punção; almotolias sem tampa, com reenvase no próprio laboratório e ausência de rotina
de limpeza da estufa. Não foi possível realizar culturas de superfície, impedindo a identificação da fonte e a consequente conclusão da
investigação. No entanto, as medidas implementadas para adequação da rotina de coleta foram realizadas pelo Serviço de Controle de
Infecção, em parceria com o Laboratório, resultando na melhoria dos processos, não tendo havido mais casos desde então.
CONCLUSÃO
Embora pseudo-surtos não causem danos diretos aos pacientes, merecem atenção ao passo que podem refletir aspectos deficientes na
realização de exames microbiológicos, acarretando aumento de custos e falhas no diagnóstico oportuno do paciente. Medidas educativas
e monitoramento do processo contribuem para menores taxas de contaminação, favorecendo uma assistência segura.
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REFERÊNCIAS
MEDEIROS, E. A. S. Investigação e Controle de Epidemias (Surtos) Hospitalares. Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. São Paulo, 2004. Disponívelem:<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/iras/M%F3dulo%20
3%20%20Investiga%E7%E3o%20e%20Controle%20de%20Surtos%20Hospitalares.pdf>. Acesso em: 28 out 2015.
Infecção hospitalar. Surtos de doenças.
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REFLETIR PARA PREVENIR: ESTRATÉGIAS PARA CONTROLE
DE INFECÇÕES EM NEONATOLOGIA
Juliana Veras Araújo Pinto¹
Ana Egliny Sabino Cavalcante²
Diana Karla Muniz Vasconcelos³
Ana Thamiris Tomaz de Sousa 4
Josélia Lopes dos Prazeres 5
[email protected]
Hospital Regional Norte 1,2.3.4.5
INTRODUÇÃO
Os progressos na neonatologia proporcionaram a sobrevida de recém-nascidos prematuros. Todavia, alguns problemas surgiram, dentre
eles, o aumento das infecções hospitalares (BRASIL, 2005). Estratégias consideradas relevantes para prevenção das infecções são as
práticas de educação permanente em saúde, pois buscam o aprimoramento do processo de trabalho, incorporando à assistência práticas
seguras.
OBJETIVOS
Relatar a experiência de uma intervenção educativa realizada em um Serviço de Neonatologia visando a prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).
METODOLOGIA
A intervenção foi realizada no Serviço de Neonatologia do Hospital Regional Norte, no período de 27 a 30 de Julho de 2015, mediante o
aumento da densidade de IRAS no referido mês. O público-alvo foi a equipe multiprofissional do serviço, nos três turnos. Atuaram como
facilitadores os membros do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), Time de Liderança da unidade e Centro de Estudos. A experiência se deu através de quatro momentos: realizou-se aplicação de instrumento sobre o conhecimento das práticas de higienização
das mãos; em seguida, foram apresentados os indicadores de IRAS do serviço e exposto um vídeo para sensibilização sobre o cuidado
neonatal; o terceiro momento constou de uma apresentação sobre higienização das mãos; e por último, houve uma demonstração da
técnica de higienização das mãos com tinta guache pelos profissionais do serviço. Realizou-se um acompanhamento da densidade de
IRAS por 2 meses para avaliação do impacto e discussão posterior com a equipe.
RESULTADOS
Inicialmente, foi aplicado um instrumento de avaliação das práticas, observando-se a falta de conhecimento sobre os 5 momentos
prioritários para Higienização das Mãos, além de dificuldades na escolha do melhor antisséptico. Na apresentação dos indicadores,
discutiu-se sobre a adesão às medidas para controle de IRAS, bem como as topografias prevalentes, estimulando o raciocínio sobre
a cadeia de transmissão dos microrganismos e, foi apresentado um vídeo de sensibilização para melhoria dos cuidados prestados aos
recém-nascidos, visando uma assistência mais humanizada. Foi notória a emoção da equipe, ao se reconhecerem como colaboradores essenciais para a manutenção da vida dos neonatos. No momento seguinte, debateu-se a importância da higienização das mãos,
destacando-a como medida de impacto e maior eficácia na prevenção de IRAS. Foram ressaltados os 5 momentos e a técnica correta,
salientado os cuidados durante as rotinas da unidade. A equipe demonstrou interesse em corrigir as fragilidades, com isso, dúvidas
foram esclarecidas e discutiram-se estratégias de melhoria dos processos. Para finalizar, foi realizada uma dinâmica com tinta guache,
visando o aprimoramento da técnica de higienização das mãos, com premiação para os profissionais que participaram. Após dois meses
da realização das práticas educativas, foram analisados, pelo SCIH e Time de Liderança, os indicadores da unidade, observando uma
diminuição da densidade global de IRAS.
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CONCLUSÃO
A prevenção das IRAS envolve muitos fatores, no entanto, a educação permanente em saúde é um importante instrumento para melhoria da assistência. Portanto, o uso de estratégias com foco em situações rotineiras vivenciadas pelos profissionais são ferramentas cada
vez mais utilizadas no aperfeiçoamento das práticas e cuidados, visando evitar ou diminuir os riscos de adquirir uma infecção.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Pediatria: prevenção e controle de infecção hospitalar/Ministério
da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. - Brasília: Ministério da Saúde, 2005.
Educação em saúde; Lavagem de mãos; Infecção hospitalar. Prevenção.
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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA CIDADE DE SOBRAL-CE: PREVALÊNCIA
DOS FATORES DE RISCO
Krysthiane Waleria Damasceno Cardoso 1 Acadêmica do 6ºPeríodo do curso de Enfermagem
das Faculdades INTA, Bolsista de Iniciação Científica- FUNCAP.
Hermínia Maria Souza da Ponte 2 discente das Faculdades INTA.
Jackson Ruam Terto Pontes 3 Acadêmico do 8º Período do curso de Enfermagem das Faculdades INTA.
Carlos Henrique Morais do Nascimento 4 Acadêmico do 6º Período do curso de Enfermagem das Faculdades INTA.
[email protected]
INTRODUÇÃO
No Acidente Vascular Cerebral (AVC) dados estimam que em 2015 o AVC atinja 6,3 milhões de pessoas no mundo. O AVE caracterizado
por sinais e/ou sintomas neurológicos focais. Os fatores de risco aumentam as chances de uma pessoa desenvolver doenças cerebrovasculares, como: Idade, Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes, Dislipidemia, Cardiopatas, Sedentarismo, Tabagismo e Etilismo.
OBJETIVOS
Descrever os fatores de risco acometidos nos pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVC), na cidade de Sobral – CE.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo realizado com 157 pacientes acometidos por AVC que adentraram no Hospital de
Referência no período de outubro de 2014 a agosto de 2015. A coleta de dados foi realizada por meio de uma entrevista estruturada que,
dentre outros questionamentos, investigava os fatores de risco que podem ser considerados eventos prévios para a ocorrência de AVC.
RESULTADOS
Foram quantificados 116 casos de AVC isquêmico, 22 AVC hemorrágico, 6, Hemorragia Subaracnóide e 13 Acidente Isquêmico transitório
(AIT), Entro os fatores de riscos contatou-se, idade 28 (17,8%) pacientes tiveram idade entre 25 e 50 anos, 95 (60,5%) entre 51 e 80 anos
e 34 (21,6%) entre 81 e 102 anos. A Hipertensão Arterial Sistêmica em 105 (67%) pacientes, 41 (21%) são portadores de diabetes melittus,
40 (25,4%) eram tabagistas, 12 (7,6%) ainda faziam uso de álcool, 40 (25,4%) são portadores de dislipidemia, 34 (21%) tem problemas
cardíacos e 81 (51,5%) são sedentários.
CONCLUSÃO
O fator de risco para o AVC é a HAS, que corroborou com nossos achados, que, quando controlada, reduz as taxas de incidência. Apesar
de todo avanço nos últimos anos ao tratamento do AVC, a sua prevenção é prioritária e, o controle da pressão arterial (PA), portanto as
medidas de promoção da saúde com hábitos de vida saudáveis, e uma boa prevenção com controle na atenção primária são primordiais.
REFERÊNCIAS
SOUZA, R. C. S.; ARCURI, E. A. M. Estratégias de comunicação da Equipe de Enfermagem na afasia decorrente de acidente vascular encefálico. Rev Esc Enferm USP; 48(2):292-8, 2014. Bonita R, Beaglehole R. Stroke prevention in poor countries: time for action. Stroke.
38(11):2871-2, 2007.
Descritores: Acidente Vascular Encefálico; Incidência; Prevalência; Fatores de Risco.
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HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: COMPREENSÃO DO
PACIENTE NO PÓS-OPERATÓRIO
Laryssa Souza Amarante 1,2
Antonia Eliana de Araújo Aragão 1
Lívia Mara de Araújo 1
Valeska Rodrigues de Sousa 1
[email protected]
1
Faculdades INTA/ Enfermagem
2
Hospital Municipal de Ipu/Enfermagem
INTRODUÇÃO
Humanizar na perspectiva da saúde significa acolher o paciente em sua essência, a partir de uma ação efetiva traduzida na solidariedade,
na compreensão do ser doente em sua singularidade e na apreciação da vida. É abrir-se ao outro e acolher, tornando o ambiente mais
agradável e menos tenso, de forma a proporcionar ao paciente um atendimento mais seguro, afetuoso e terno. (MORAIS et al., 2009)
OBJETIVOS
Compreender a humanização da assistência de enfermagem ao paciente no pós-operatório na perspectiva dos participantes.
METODOLOGIA
Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizada na sala de recuperação pós-anestésica e na clinica cirúrgica de um hospital escola, localizado na região norte do Ceará na cidade de Sobral. Os participantes da pesquisa foram 10 pacientes submetidos a procedimentos
cirúrgicos após 72h do período pós-operatório. Foram exclusos os pacientes menores de 18 anos e os que apresentavam desorientação
espacial ou temporal no momento da coleta de dados. Os sujeitos foram identificados com a letra “P” fazendo analogia à palavra “paciente” e sendo enumerados de acordo com a sequência lógica das entrevistas. A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro
e outubro de 2014, por meio de uma entrevista semi-estruturada após a aprovação do comitê de ética em pesquisa (CEP), sob o parecer
de n° 503.833 do projeto guarda chuva humanização hospitalar. A apresentação dos dados foi realizada por meio de categorização.
RESULTADOS
De acordo com a análise dos resultados emergiram as seguintes categorias: Compreensão sobre a humanização hospitalar na qual os
participantes apresentaram o conhecimento sobre o conceito de humanização. Apesar de alguns apresentarem uma ideia superficial,
limitando-se apenas ao cuidado com atenção e carinho, outros já colocam a questão da necessidade de informações e orientações e de
ver o ser humano em sua totalidade. Conforme as falas a seguir: “[...] É quando o paciente é tratado como um todo, é dado orientações
e informações, tratando com atenção e carinho e prestada a assistência adequada” (P8). “[...] Não tenho muito conhecimento sobre, mas
acho que é quando o médico ou a enfermeira sabe tratar bem o paciente e ter cuidado e atenção” (P2). Humanização na assistência de
enfermagem a qual notou-se que as opiniões se dividem em relação ter ou não uma assistência humanizada no período do pós-operatório. De acordo com as seguintes falas: “[...] Gostei ate agora de todos, até porque estava voltando um dia após um aborto espontâneo e
logo todos me deram atenção e continuam me tratando muito bem” (P7). “[...] Não aprovo, alguns profissionais não trabalham direito, só
chegam e fazem o que tem que ser feito, não perguntam nada, nem me dão informações, mal falam. São poucos os que se preocupam,
mas não como deveriam” (P3).
CONCLUSÃO
Nesse estudo observou-se que os participantes, mostraram que entendem e sabem o que é uma assistência humanizada e direcionam
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essa assistência diretamente aos profissionais de enfermagem, demostrou-se também que a humanização esta presente, mesmo que
seja por parte de poucos profissionais, e que ainda é necessário se trabalhar para a implementação desta não somente no pós-operatório mas em todas as fases do procedimento cirúrgico.
REFERÊNCIAS
MORAIS, G.S.N. et al . Comunicação como instrumento básico no cuidar humanizado em enfermagem ao paciente hospitalizado. Acta paul.
enferm., São Paulo , v. 22, n. 3, p. 323-327, jun. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002009000300014&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 01 Nov. 2015. Descritores: Humanização da assistência. Cuidados de enfermaem. Pacientes.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PACIENTE COM TUBERCULOSE:
ESTUDO DE CASO
Lívia Guimarães Albuquerque ¹
Najara Farias Gomes ¹
Marise Ponte Ferreira Monteiro ¹
José Gerardo da Silva ¹
Maria Tassyelia Batista Carlos ¹
[email protected]
¹ Enfermeiros graduados pelas Faculdades INTA
INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS), há uma década, declarou a tuberculose em estado de emergência no mundo, sendo ainda hoje a
maior causa de óbito por doença infecciosa em adultos. Estima-se que 2 bilhões de pessoas estão infectadas pelo bacilo da tuberculose,
e destas, 8 milhões desenvolverão a doença e 2 milhões morrerão a cada ano.
OBJETIVOS
Sistematizar a atenção de enfermagem ao paciente portador de tuberculose em situação hospitalar.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa.
A coleta de dados do estudo foi realizada entre os dias 26 e 29 de abril de 2014 no setor da Clínica do Hospital Dr. Estevam Ponte no município de Sobral. A fim de manter os princípios morais e éticos envolvidos, a identificação do paciente estudado será preservada, sendo
este identificado somente pelas iniciais de seu nome, C.R.S, assegurando-lhe o direito à confidencialidade e anonimato.
RESULTADOS
C.R.S, sexo feminino, 16anos, católica, ensino médio incompleto, solteira, sem filhos, reside com seus pais, 02 irmãos e 01 sobrinho, no
bairro Sumaré. A residência de alvenaria com saneamento básico e luz elétrica. Renda familiar oriunda de benefício do INSS, Bolsa Família e uma ajuda de custo dos irmãos mais velhos.
Chegou ao hospital Dr. Estevam Ponte dia 26 de abril de 2014 acompanhada de sua mãe com relato de dispnéia severa, tosse seca, hiporexia, febre, hemoptise, emagrecida, MV (+) bilateral com estertores. Solicitado exame laboratorial + BAAR + Rx de tórax.
Foram identificados como Diagnósticos de Enfermagem (DE):
DE1 – Padrão Respiratório Ineficaz devido à infecção pulmonar.
DE2- Alteração Nutricional: Aporte Inferior às Necessidades do Organismo em conseqüência de apetite precário
Evoluções de enfermagem:
No 2º dia de internação melhora no quadro geral ,corada, hidratada, eupnéica, discreta dor torácica, tosse seca. Colhido amostra para BK.
Debilidade Geral: MV (+) bilateral com estertores.
3º dia de internação. Corada, hidratada, Eupnéica, diminuição da dor, mantém tosse seca. Colhida 2ª amostra de BK. Debilidade Geral: MV
(+) bilateral com estertores. Prescrição Mantida.
4º dia de internação. Melhora do estado geral, corada, hidratada, eupnéica, afebril, sem queixas. Alta Hospitalar.
CONCLUSÃO
Com este trabalho pode-se concluir que a enfermagem tem atuação fundamental no cuidado aos pacientes com quadro de Tuberculose
que necessitem de internação hospitalar, bem como na atenção primária, acompanhando o indivíduo e a família.
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Assim, faz-se necessário obter conhecimento sobre a patologia em questão, a fim de dar a devida atenção e cuidado à pessoa acometida
pela Tuberculose.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Z. N.; RIBEIRO M. C.S. Vigilância e controle das doenças transmissíveis. 3 ed_ São Paulo: Martini 2009
NETTINA, S.M.; BRUNNER. Prática de Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
VIANA, D.L.; SILVA, E.S Guia de medicamentos e Cuidados de enfermagem. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2010.
Descritores: Tuberculose, Enfermagem, Cuidados
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTE COM
TUBERCULOSE GANGLIONAR
Lívia Guimarães Albuquerque 1- INTA
Antônia Regynara Moreira Rodrigues 2-INTA
Dafne Paiva Rodrigues 3- INTA
Ariano Wagner Alves de Oliveira 4- INTA
Marisa Ponte Ferreira Monteiro 5- INTA
[email protected]
INTRODUÇÃO
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa e problema de saúde prioritário no Brasil pelas elevadas taxas de infecção e óbito, necessitando que os profissionais inseridos no cuidado do cliente tenham capacitação necessária. As teorias de enfermagem surgem como
ferramentas relevantes para à assistência do enfermeiro permitindo o desenvolvimento científico e uma visão sistemática do cuidado
a ser prestado2.
OBJETIVOS
Sistematizar a atenção de enfermagem ao paciente portador de tuberculose ganglionar.
METODOLOGIA
Estudo de caso realizado à luz da teoria de enfermagem de Faye Abdellah (1960) entre os meses de agosto e setembro de 2014 em um
centro de saúde da família do munícipio de Sobral-CE com um paciente diagnosticado com tuberculose ganglionar. A teoria tem como
foco o cuidar, nas necessidades do indivíduo segundo os problemas de enfermagem e ao delimitá-los, direciona as funções do enfermeiro3.
RESULTADOS
L.N.M, sexo masculino, 29 anos, desempregado, tabagista, reside com os pais e o irmão. Relatava febre alta, perda de peso e nódulos em
região cervical e inguinal há um mês aproximadamente. Após exames clínicos e laboratoriais foi diagnosticado com tuberculose ganglionar. Os contatos foram examinados e o paciente seguiu o tratamento adequadamente. Evidenciou-se à necessidade de estabelecer um
cuidado integral norteado por três eixos de assistência: I- Nutrição desequilibrada menos que as necessidades corporais, relacionada ao
emagrecimento e à inapetência. As intervenções foram orientar a importância de dieta nutritiva para recuperação e monitorar o peso;
II- Fadiga relacionada à indisposição para as atividades cotidianas. As intervenções focaram em incentivar quanto ao desenvolvimento
das atividades de vida diária e envolver familiares na terapêutica; III- Risco de infecção relacionada à redução dos mecanismos de defesa.
Como intervenção, destacou-se o reconhecimento dos fatores de risco pessoais e ambientais além da doença para prevenção e orientação em relação aos mesmos. Ressalta-se o envolvimento da equipe multiprofissional na condução do caso.
CONCLUSÃO
O conhecimento da fisiopatologia da doença e a aplicação de uma teoria durante a assistência de enfermagem é fundamental para
subsidiar a prática profissional e para direcionar os cuidados realizados com os pacientes e familiares, possibilitando obter resultados
satisfatórios.
REFERÊNCIAS
1.Chirinos NEC, Meirelles BHS. Fatores associados ao abandono do tratamento da Tuberculose: uma revisão integrativa. Texto & Contexto
Enfermagem. Florianópolis. 2011; Jul-Set; 20(3): 599-406.
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2. Teixeira RS, Labronici LM, Maftum MA, Mantovani MF. Marco de referência humanístico ao cuidado de enfermagem em uma unidade
de saúde: relato de experiência. CiencCuid Saúde. 2009;8(3):484-90.
3. Falco SM, Abdellah, FG. Teoria de enfermagem: dos fundamentos à prática profissional. 4ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul; 2000.
p. 121-32.
Descritores: Teoria de Enfermagem, Tuberculose, Estratégia Saúde da Família.
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PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS E TIPOS DE BARREIRAS DE ACESSIBILIDADE
AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Lívia Mara de Araújo 1
Antonia Eliana de Araújo Aragão 1
Keila Maria de Azevedo Ponte 1 ,2
Lourdes Claudênia Aguiar Vasconcelos 1
Glaucirene Siebra Moura Ferreira 1
[email protected]
1
Faculdades INTA/Enfermagem
2
Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Enfermagem
INTRODUÇÃO
A acessibilidade desponta das condições ambientais, das possibilidades de locomoção, desempenho nas atividades de vida diária, participação na sociedade e adequado relacionamento interpessoal. A acessibilidade arquitetônica depende da análise das condições do
ambiente em uma perspectiva ampla de inclusão (GASPAROTO; ALPINO, 2012).
OBJETIVOS
Analisar os tipos de barreiras de acessibilidade das pessoas com deficiências (PcDs) aos serviços de saúde, por meio das publicações dos
anos de 2010 a 2014.
METODOLOGIA
Revisão integrativa apresentada por meio das seguintes etapas: 1ª etapa: estabelecimento da hipótese da pesquisa; 2ª etapa: amostragem na literatura; 3ª etapa: coleta de dados; 4ª etapa: análise crítica dos estudos incluídos; 5ª etapa: discussão dos resultados e 6ª etapa:
apresentação da revisão integrativa. Busca realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando-se o descritor “Acessibilidade aos
serviços de saúde”, emergiram 55.013 resultados. Ao se aplicar os critérios de inclusão: texto completo disponível, base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE)
e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), assunto principal pessoas com deficiência, idioma português, publicações dos anos de 2010
a 2014 e tipo de documento em artigo, surgiram 26 artigos. Desses, 13 foram analisados, 02 não abordavam sobre tipos de barreiras de
acessibilidade aos serviços de saúde e 11 estavam repetidos.
RESULTADOS
De acordo com os resultados, as categorias emergentes foram: as barreiras arquitetônicas, atitudinais e organizacionais. Quanto às
barreiras arquitetônicas se caracterizaram como qualquer impedimento relacionado às construções urbanas ou às edificações, inadequação das calçadas e áreas próximas às Unidades de Saúde da Família (USF), ausência de rampas, de estacionamento, de estrutura
adequada para a pessoa com deficiência se locomover. As barreiras atitudinais foram caracterizadas por ações preconceituosas, apresentação de estigmas e estereótipos sobre as PcDs, naturalização da ação dos atores sociais e das instituições e pelo desconhecimento
jurídico que ampara essas pessoas, comportamentos de discriminação, atitudes grosseiras e falta de sensibilização e interesse às demandas específicas por parte dos profissionais, falta de atenção dos profissionais, além do preconceito contra pessoas com necessidades
especiais. Quanto às barreiras organizacionais foram descritas como a demora no tempo de espera de marcação de consulta, existência
de filas para marcar consultas, tempo de espera para atendimento, existência de filas, indisponibilidade de vagas e a falta de adaptação
dos profissionais para assistir as pessoas com deficiências e falta de profissionais para atender a demanda, falta de continuidades dos
atendimentos e rejeição institucional por não se enquadrarem nos critérios de assistências das unidades de serviço de saúde.
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CONCLUSÃO
O estudo possibilitou a ampliação de conhecimento, pois se observou que, apesar da forte influência das barreiras arquitetônicas para o
acesso das PcDs aos serviços de saúde, existem barreiras como as atitudinais e organizacionais que algumas vezes, por meio de ações
simples podem proporcionar ambiente favorável para a acessibilidade não apenas das PcDs, mas da população de maneira geral.
REFERÊNCIAS
GASPAROTO, M. C.; ALPINO, Â. M. S. Avaliação da acessibilidade domiciliar de crianças com deficiência física. Rev. bras. educ. espec., Marília, v. 18, n. 2, June 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382012000200011&lng
=en&nrm=iso>. Acesso em: 03 Out 2013.
Descritores: Pessoas com deficiência. Acesso aos serviços de saúde.
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PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA E ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE
SAÚDE: CONHECIMENTO DOS ENFERMEIROS
Lívia Mara de Araújo 1
Antonia Eliana de Araújo Aragão 1
Keila Maria de Azevedo Ponte 1 ,2
Lourdes Claudênia Aguiar Vasconcelos 1
Glaucirene Siebra Moura Ferreira 1
[email protected]
1
Faculdades INTA/Enfermagem
2
Santa Casa de Misericórdia de Sobral/Enfermagem
INTRODUÇÃO
A Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência preconiza que a entrada do usuário deve ocorrer por meio das Unidades Básicas
de Saúde (UBS) que tem proximidade geográfica e sociocultural com a comunidade e por isso é necessário que esteja preparada para
atender de forma resolutiva a maioria dos problemas e necessidades dessas pessoas (BRASIL, 2008).
OBJETIVOS
Averiguar o conhecimento dos enfermeiros sobre acessibilidade das pessoas com deficiência física aos Serviços de Saúde.
METODOLOGIA
Abordagem qualitativa, realizada no período de março de 2015 em dois Centros de Saúde da Família da cidade de Sobral-Ceará, compostos por nove enfermeiros dos quais apenas sete concordaram em participar da coleta por meio de entrevista semi-estruturada, após
aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) pelo nº 975.067. A apresentação dos dados foi realizada por meio de categorização.
RESULTADOS
De acordo com a análise dos resultados emergiram as seguintes categorias: conhecimento associado a barreiras arquitetônicas apontadas como ausência de rampas de acesso falta de espaço em consultórios, banheiros e corredores, conforme as falas a seguir: “É necessário a construção e adaptação quanto a existência de rampas e barras” (Enf. 1). “Não possui estrutura adequada, no que diz respeito
à falta de rampas de acesso, tamanho dos consultórios e tamanho dos banheiros” (Enf.2). Para Aragão e Pagliuca (2014) as barreiras
acontecem devido à ausência de rampas, espaços adequados entre os mobiliários das unidades de saúde de internação e banheiros
com estruturas apropriadas para atender às necessidades das pessoas com deficiência física e favorecer a mobilidade delas. E o conhecimento associado a barreiras organizacionais apontados como filas de espera, não agendamento das consultas e ausência de um
transporte para locomoção da pessoa com deficiência física à unidade básica. Conforme se destaca nas falas: “Seria importante que a
Unidade Básica (UBS) disponibilizasse um transporte para a locomoção das pessoas com deficiência até a UBS” (Enf. 7). “Poderia criar um
horário específico para atividades grupais com a equipe multiprofissional” (Enf. 5). As barreiras organizacionais são caracterizadas como
a demora no tempo de espera de marcação de consulta, existência de filas para marcar consultas, tempo de espera para atendimento,
entre outras (CUNHA; SILVA, 2010).
CONCLUSÃO
Evidenciaram-se pelas falas dos participantes conhecimentos relacionados às barreiras arquitetônicas e as barreiras organizacionais,
assim como sensibilidade e conhecimentos relacionados à Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência no que concerne a
eficácia da assistência à pessoa com deficiência física.
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REFERÊNCIAS
ARAGÃO, A. E. A.; PAGLIUCA, L. M. F. Acessibilidade das pessoas com deficiência física aos serviços hospitalares.1 ed. Sobral-Ceará:
Fundação Universitária de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-FUNDECT, 2014.
BRASIL. M. S. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. 72 p. – (Série E. Legislação em Saúde). Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_pessoa_deficiencia.pdf. Acesso em: 12 Mar. 2014.
CUNHA, A. B. O.; SILVA, L. M. V. Acessibilidade aos serviços de saúde em um município do Estado da Bahia, Brasil, em gestão plena do
sistema. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 26, n. 4, Apr. 2010 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0102-311X2010000400015&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 Nov. 2014. Descritores: Acesso aos serviços de saúde. Pessoas com deficiência. Enfermeiros
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SONDAGEM OROGÁSTRICA EM NEONATOS PREMATUROS:
ANÁLISE DO CONCEITO
Lorena Sousa Soares 1
Grazielle Roberta Freitas da Silva 2
Raylane da Silva Machado 3
[email protected]
1. Autora. Universidade Federal do Piauí (UFPI). Programa de Pós-graduação em Enfermagem.
2. Co-autora. Universidade Federal do Piauí. Programa de Pós-graduação em Enfermagem.
3. Co-autora. Universidade Federal do Piauí. Programa de Pós-graduação em Enfermagem.
INTRODUÇÃO
Observa-se que através da temporalidade da construção e re-construção do conhecimento científico, os conceitos são continuamente
modificados, adquirindo novos significados e aplicabilidades. Assim, nesse estudo pretendeu-se abordar o termo que é o objeto de estudo de uma tese de doutorado: sondagem orogástrica em neonatos prematuros.
OBJETIVOS
O objetivo deste artigo foi analisar o conceito de sondagem orogástrica em neonatos prematuros nas publicações científicas, com base
no método evolucionário.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de análise de conceito baseado nas etapas do Método Evolucionário de Rodgers (2000). Uma revisão de literatura foi realizada entre os meses de junho e outubro de 2015, seguindo-se determinadas estratégias de buscas. Os critérios de inclusão
adotados foram: ser artigo completo e estar disponível eletronicamente; estar publicado nos idiomas português, inglês ou espanhol; ter
menção da expressão “sondagem orogástrica” ou sinônimos no título e/ou resumo e ter relação com o conceito em foco, ou seja, abordar como assunto principal: intubação gastrointestinal e nutrição enteral por sondagem orogástrica relacionando com prematuridade,
recém-nascido de baixo peso ou muito baixo peso e Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIneo). Excluíram-se artigos repetidos,
estudos que não tinham relação com o conceito em análise ou que não possuíam elementos suficientes para a análise do conceito.
RESULTADOS
Um quadro foi elaborado e nele há a síntese da análise do conceito, além disso, constam os atributos essenciais e os termos substitutos
que estão frequentemente associados ao conceito sonda orogástrica. Por fim, apostam-se os eventos antecedentes prevalentes para
expressar a ocorrência do conceito em análise e os eventos conseqüentes (negativos e positivos) que ocorrem como resultado do uso
do conceito. Após a leitura crítica do material analisado, percebeu-se que há na literatura pouco material específico sobre o conceito, o
uso e as indicações da sonda orogástrica e, especificamente, sobre a semiotécnica de inserção e fixação da mesma, nenhum material
relevante foi encontrado. As pesquisas geralmente abordam os aspectos gerais da alimentação enteral do prematuro (indicações, uso
de sondagem nasogástrica e conseqüências negativas, como enterocolites necrosantes), envolvendo um breve comparativo entre o uso
das sondas naso e orogástricas.
CONCLUSÃO
O Método Evolucionário de análise do conceito permitiu identificar, organizar e operacionalizar o conceito do estudo, de forma a explorar
o significado atribuído à sondagem orogástrica em neonatos prematuros. Embora, uma das limitações deste estudo, foi baixa produção
científica sobre o conceito especificamente e sua associação à sondagem nasogástrica.
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REFERÊNCIAS
MENDONÇA, L. B. A. et. al. Cuidados ao recém-nascido prematuro em uso de sonda orogástrica: conhecimento da equipe de enfermagem. Rev. RENE, v. 11, n. esp., p. 178-85, 2010.
WALLACE, T.; STEWARD, D. Gastric tube use and care in NICU. Newborn & Infant Nursing Reviews, v. 14, p. 103-8, 2014.
Descritores: Formação de conceito. Recém-nascido. Intubação gastrointestinal.
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ESTILO DE VIDA DE PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL APÓS O
CONHECIMENTO DO DIAGNÓSTICO
Maria Auxiliadora Resende Sampaio ¹
José Gerardo da Silva ²
Glaucirene Siebra Moura Ferreira ³
Livia Guimarães Albuquerque 4
[email protected]
¹ Enfermeira atuante na Coordenação da Atenção Básica do Município de Monsenhor Tabosa-CE
² Enfermeiro do Serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Sobral-CE
³ Enfermeira. Orientadora
4 Enfermeira
INTRODUÇÃO
A Hipertensão Arterial é um dos problemas de saúde de maior prevalência na atualidade. É uma doença da regulação vascular em que
os mecanismos que controlam a PA dentro dos limites normais estão alterados. Sabe-se que os benefícios provenientes de mudanças
de hábitos de vida são amplos e contribuem para a regulação da tensão arterial, promovendo assim um estilo de vida saudável a hipertensos.
OBJETIVOS
Conhecer o Estilo de Vida de pessoas com HAS após o conhecimento do diagnóstico; Investigar os hábitos que contribuam para a elevação da PA em hipertensos, averiguando a adesão dos mesmos.
METODOLOGIA
O presente estudo foi apresentado como trabalho de conclusão de curso da autora. Utilizou-se a pesquisa do tipo bibliográfica, a qual foi
realizada no mês de novembro de 2013 no Banco de Dados de Enfermagem disponível na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os dados
foram coletados na Base de Dados de Enfermagem a partir dos seguintes descritores em saúde (Decs): Estilo de vida e Hipertensão, os
quais foram selecionados anteriormente através da busca na Biblioteca Virtual em Saúde. A coleta dos dados se deu por meio da aplicação de um formulário aos resumos encontrados. Os dados encontrados foram apresentados em forma de quadro e texto e analisados
a partir da caracterização proposta por Minayo (2011), a qual recomenda a categorização, inferência e interpretação dos dados para
valorizá-los, compreende-los, interpretá-los e articulá-los com a teoria que fundamentou o projeto ou com outras leituras teóricas e
interpretativas cuja necessidade foi dada pelo trabalho.
RESULTADOS
O material encontrado permitiu a elaboração de discussão acerca das seguintes categorias centrais: Hábitos que contribuem para elevação da pressão arterial; Terapia não-farmacológica da HAS e Adesão à mudança do estilo de vida após diagnóstico. O estudo identificou
os mais abordados fatores responsáveis pela elevação da pressão arterial, são eles: o tabagismo, o consumo de álcool, o estresse, o
inadequado padrão alimentar e o sedentarismo. O estudo permitiu identificar que a terapia não-farmacológica é abordada de forma
complexa, pois envolve diversos fatores do cotidiano do paciente hipertenso, como a redução de peso, a alimentação saudável com
redução do aporte nutricional de sódio e a prática de atividades físicas. Avaliando a adesão do paciente hipertenso foi frequente o relato
de autores que afirmam o não cumprimento da terapêutica por parte dos pacientes. Não são recentes os alertas informados acerca da
baixa adesão ao tratamento anti-hipertensivo não-medicamentoso.
CONCLUSÃO
A discussão acerca da terapia não-farmacológica no controle da hipertensão arterial é ampla e requer envolvimento entre profissional
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de saúde e cliente. A consulta não deve focar somente na prescrição de cuidados, faz-se necessário que o profissional conheça e considere o paciente como ser complexo dotado de experiências e desenvolva junto a este, a melhor forma de terapia.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, A. K. M et al. Consulta de enfermagem na percepção dos portadores de hipertensão atendidos na estratégia saúde da
família. Fortaleza, 2011.
LOPES, L. O; MORAES, E. D. Tratamento não-medicamentoso para hipertensão arterial. Londrina, 2012.
NETTINA, S. M. Prática de Enfermagem. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
REZA, C. G; NOGUEIRA, M. S. O estilo de vida de pacientes hipertensos de um programa de exercício aeróbio: Estudo na cidade de
Toluca, México. Toluca, 2011.
Descritores (Hipertensão; Qualidade de vida; Hipertensão – Tratamento; Enfermagem.
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PARTOS PREMATUROS EM UM MUNICÍPIO DO SEMIÁRIDO CEARENSE
Maria Danara Alves Otaviano 1
Francisca Júlia dos Santos Sousa 2
Ana Egliny Sabino Cavalcante 3
Maria Adelane Monteiro Silva 4
[email protected]
1
Acadêmica de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Integrante da Extensão em Saúde da Mulher.
2
Enfermeira, Especialista em Enfermagem Obstétrica e Mestranda em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
3
Enfermeira, Especialista em Gestão em Serviços de Saúde e Auditória pelo Instituto Executivo de Formação (IEF).
4
Enfermeira, Doutora. Docente e Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
INTRODUÇÃO
De acordo com Assunção et al. (2012, p.1078), As evidências de riscos importantes de morbimortalidade associados à prematuridade e,
por conseguinte, à viabilidade perinatal tornam o nascimento pré-termo objeto destacado de pesquisa em todo o mundo. Uma vez que,
a etiologia resulta de fatores inter-relacionados fatores biológicos, assistência pré-natal, questões socioeconômicas entre outros.
OBJETIVOS
Traçar o perfil socioeconomico e obstétrico de puéperas com parto prematuro em Sobral-CE, no ano de 2014.
METODOLOGIA
Estudo retrospectivo, descritivo, quantitativo desenvolvido no Programa Trevo de Quatro Folhas, situado na cidade de Sobral- CE. A fonte
da coleta de dados foram as 296 cadernetas puérperas que tiveram parto prematuro nas Maternidades do município e foram entrevistadas pelo Trevo de Quatro Folhas no período de janeiro a dezembro de 2014. As variáveis socioeconômicas pesquisadas foram: cor, idade,
estado civil, grau de instrução e renda mensal familiar, quanto aos fatores biológicos: o número de partos, intervalo interpartal, inicio
do pré-natal, prematuridade no parto anterior, idade gestacional em semanas no parto, número de consultas pré-natal, intercorrência
mais frequente e tipo de parto prevalente. Os dados foram colhidos do banco de dados do Trevo no mês de agosto de 2015. O estudo foi
realizado, de acordo com a Resolução nº 466/12.
RESULTADOS
Evidenciou-se que 91,5% das puérperas são de cor parda, à faixa etária variou de 13 a 41 anos, sendo que 62,5% tinham até 29 anos,
39,5% encontram-se em união estável, 41,2%, possuem o ensino médio completo e a renda mensal familiar prevalente de um a um salário e meio. Observa-se situação similar em estudo que constatou que 64,5% eram casadas ou viviam com companheiro e consonância
também com à raça/cor aponta que 69% referem ser da raça/cor parda, conforme estudo de Leite et al. (2013). A baixa escolaridade é
prevalente e em média 22% das puérperas têm oito anos de estudos e a renda de até um salário, em outro estudo de Meincke et al. (2011).
Quanto aos fatores biológicos 44,3% eram primigestas. O intervalo interpartal de até 72 meses (6 anos) foi de 33,6%; 63.9% iniciaram
o pré-natal até 13 semanas de gestação; a prematuridade no parto anterior foi de 7,6%; a idade gestacional com predomínio de 36 semanas (34,8%). Quanto as consultas de pré-natal 52,7 realizam até 6 consultas. A Intercorrência mais frequente foi a infeção do trato
urinário (ITU) com 31%, seguida das infecções vaginais (18,2%) e da pré-eclâmpsia (13,9%). O tipo de parto mais prevalente foi o cesariano. Esses dados corroboram com um estudo realizado por Silveira et al. (2008), que apontam como as principais causas associadas
a prematuridade as ITU, a hipertensão materna, o baixo número de consultas, história da parto prematuro anterior e o parto cesariano.
CONCLUSÃO
Dessa forma, perceberam-se algumas semelhanças com entre o perfil das puérperas em estudo com os apresentados na literatura o
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que é importante para o estudo na determinação dos riscos e o planejamento adequado de ações de prevenção para melhoria da qualidade da assistência materno-infantil com base nos princípios do SUS.
REFERÊNCIAS
ASSUNÇÃO, P.L. et al. Fatores Associados ao Nascimento Pré-termo em Campina Grande, Paraíba, Brasil: um estudo caso- controle. Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v,28, n.6, p. 1078-1090, 2012.
SILVEIRA, M.S et al. Aumento da prematuridade no Brasil: revisão de estudos de base populacional. Rev Saúde Pública 2008;42(5):95764.
MEINCKE, M.K. et al. Perfil Socioeconômico e Demografico de Puérperas Adolescentes. Cogitare Enferm., Paraíba, v. 16, n. 3, p. 486-91,
2011.
Descritores:Prematuro; Fatores de Risco; Saúde da Mulher.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA GESTANTE DE ALTO RISCO COM
SUSPEITA DE PIELONEFRITE: UM ESTUDO DE CASO
Maria Danara Alves Otaviano 1
Ana Larissa Moraes Mesquita 2
Maria Valderlanya de Vasconcelos Frota 3
Maria Adelane Monteiro Silva 4
[email protected]
1,2,3
4
Acadêmica de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Integrante da Extensão em Saúde da Mulher.
Enfermeira, Doutora. Docente e Coordenadora do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale
do Acaraú (UVA).
INTRODUÇÃO
A gestação é um fenômeno fisiológico por isso na maioria das vezes ocorre naturalmente, sem desenvolver complicações. Durante a assistência pré-natal a enfermagem deve identificar precocemente quais as gestantes com maiores chances de apresentar uma evolução
desfavoravél para que receba cuidado adequado.
OBJETIVOS
Descrever a assistência de enfermagem a uma gestante com suspeita de pielonefrite.
METODOLOGIA
Estudo de caso clinico realizado com gestante com idade gestacional de 24 semanas e 4 dias, solteira, considerada uma gestante de alto
risco devido sangramento transvaginal e suspeita de pielonefrite, acompanhada pelo Centro de Saúde da Família (CSF) localizado no
município de Sobral-CE. O estudo foi realizado no mês de Março de 2015 e usou como princípios éticos a Resolução nº 466/12.
RESULTADOS
A.L.V. M, 24 anos, sexo feminino, cor parda, em união estável, ensino fundamental incompleto, nasceu e residia no município de Sobral,
primigesta (G1P0A0) e considerada gestante de alto risco. Na avaliação foram encontrados 07 diagnósticos de enfermagem: risco de
infecção, estilo de vida sedentário, náusea, hipertemia, dor aguda e medo. Esses problemas foram relacionados aos Diagnósticos de
Enfermagem segundo a Taxonomia II de NANDA (2010) e de acordo com a Classificação de Intervenções de Enfermagem, NIC (2010).
Mesmo com o curto tempo de estudo, após a utilização das intervenções propostas pela equipe, observou-se certa evolução uma vez
que a gestante iniciou a pratica regular de exercícios por meio da caminhada, com relação ao medo de morrer e deixar os filhos sem mãe
ela encontrava-se mais tranquila à medida que foi compreendendo que a família e os profissionais iriam apoiá-la e prestar assistência
adequada no parto e puerpério. Dessa forma, pode-se contribuir para uma gravidez mais saudável.
CONCLUSÃO
Nesta perspectiva evidenciamos a importância do adequado acompanhamento de enfermagem a uma gestante de alto risco, pois tem
como objetivos principais oferecer orientações, diagnosticar, prevenir agravos e realizar as possíveis intervenções. Assegurando um
trabalho de parto seguro para a mãe e o bebê e um puerpério adequado.
REFERÊNCIAS
BULECHEK, G.M; BUTCHER, H.K; DOCHTERMAN, J.M. NIC Classificação das Intervenções de Enfermagem. 5 ed. Rio de Janeiro: Else
vier, 2010.
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NANDA International. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012/2014. 2 ed. Porto Alegre: Artmed,
2010.
Cuidados de enfermagem; Gravidez de Alto Risco.
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ARTICULAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DE SOBRAL NA UTILIZAÇÃO
OTIMIZADA DE UM SERVIÇO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA HOSPITALAR
Maria do Socorro Melo Carneiro 1
Juliana Mendes Gomes 2
Daniel Hardy Melo 3
Maria Ludimila Arruda Frota Rocha 4
Manuela de Castro Monte Frota 5
[email protected]
1,2,3,4,5 Hospital Regional Norte
INTRODUÇÃO
A implantação do Hospital Regional Norte (HRN) tem demandado a articulação com a rede de atenção à saúde, sobretudo quanto ao perfil de atendimento de sua emergência. A dinâmica de funcionamento da emergência influencia no desenho dos demais serviços, assim
como evidencia o grau de resolutividade do sistema de saúde e suas fragilidades, o que requer avaliação de seu desempenho e utilização.
OBJETIVOS
Relatar a experiência de articulação da rede de atenção à saúde de Sobral na avaliação da utilização do serviço de emergência de um
hospital de grande porte.
METODOLOGIA
O HRN é referência da macrorregião de saúde de Sobral. Possui serviço de emergência adulta e pediátrica de perfil clínico e cirúrgico e
utiliza o Protocolo de Manchester para a classificação de risco. Em maio de 2015 foi constituído um grupo de gestão da rede hospitalar de
Sobral envolvendo representantes dos hospitais públicos, da Atenção Primária à Saúde (APS) de Sobral, Central de Regulação do Estado
e gestores da saúde do estado e do município com encontros mensais. Motivado pelo significativo aumento da demanda nos serviços
de emergência, o grupo direcionou inicialmente as discussões sobre a definição do perfil de competências de cada ponto da rede de
atenção. Neste contexto, foram traçadas as estratégias mediante a análise da média de atendimentos da emergência do HRN de janeiro
a setembro de 2015 e, dentre os aspectos avaliados, estavam a estratificação por município de origem do paciente, dias da semana, cor
e fluxograma, segundo o Protocolo de Manchester.
RESULTADOS
Analisando a média de atendimentos da emergência do HRN, a partir da classificação de risco, verificou-se que os casos vermelhos
correspondem a 1% do total de atendimentos, laranjas 26%, amarelos 45%, verdes 22% e azuis 1%. Segundo a literatura, os casos verdes
e azuis são pouco ou não urgentes e poderiam ser encaminhados a outros serviços de saúde, sobretudo APS. Os dias de maior demanda
foram segunda e terça-feira, correspondendo juntos à média de 32% do total da semana e sábado e domingo com menor atendimento.
Pela estratificação por município de origem, Sobral corresponde a média de 80% do total de atendimentos na emergência do HRN,
com predominância de casos amarelos e verdes, evidenciando a necessidade de articulação da rede. O encontro com os gerentes dos
CSF de Sobral foi uma das estratégias determinadas, onde discutiu-se a distribuição dos atendimentos por bairro, o perfil assistencial
do HRN e a qualificação dos encaminhamentos. Também foram apresentados casos práticos de demandas de resolução na APS e que
tinham sido direcionadas à atenção terciária. Outra ação foi a análise dos discriminadores do Protocolo de Manchester por uma equipe
multiprofissional do HRN que propôs uma padronização de casos a serem encaminhados para os outros pontos da rede de atenção. Essa
classificação foi validada pelos profissionais da APS de Sobral e a pactuação dos encaminhamentos tem sido desenhada atualmente, mas
já é evidenciada a redução dos atendimentos verdes e azuis.
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CONCLUSÃO
A experiência evidenciou a importância da comunicação entre os pontos da rede de atenção, possibilitando que os serviços fizessem uma
reflexão sobre suas práticas. Isso fortalece a atenção primária como coordenadora do sistema de saúde e auxilia na utilização racional
dos serviços de atenção terciária.
REFERÊNCIAS
DUBEUX, L.S., FREESE, E., REIS, Y. A. C. Avaliação dos serviços de urgência e emergência da rede hospitalar de referência
no Nordeste brasileiro. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 8, p.1508-1518, ago, 2010.
SILVA, S. F. Organização de redes regionalizadas e integradas de atenção à saúde: desafios do Sistema Único de Saúde (Brasil). Ciência &
Saúde Coletiva, v. 16, n. 6, p. 2753-2762, 2011.
MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n. 5, p. 2297- 2305, 2010
JESUS, W. L. A., ASSIS, M. M. A. Revisão sistemática sobre o conceito de acesso nos serviços de saúde: contribuições do planejamento,
Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, n.1, p.161-170, 2010
Descritores: Administração hospitalar; Serviço hospitalar de emergência; Assistência à saúde; Acesso aos serviços de saúde.
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ORIENTAÇÕES SOBRE O EXAME PAPANICOLAU EM SALA DE ESPERA NA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Maria Jéssica Melo Marinho 1
Maria Ruth Brandão Sales 2
Amanda Luíza Nobre Pereira 3
Reginaldo Araújo Saraiva 4
Francisco Meykel Amancio Gomes 5
[email protected]
1 Acadêmica do 7° Período do Curso de Enfermagem das Faculdades INTA. 2 Acadêmica do 7° Período do Curso de Enfermagem das Faculdades INTA. 3 Acadêmica do 7° Período do Curso de
Enfermagem das Faculdades INTA. 4 Acadêmico do 7° Período do Curso de Enfermagem das Faculdades INTA. 5. Orientador. Enfermeiro. Docente das Faculdades INTA. Ms. Em Saúde da Família.
INTRODUÇÃO
De acordo com a estimativa do Instituto Nacional do Câncer, no ano de 2014, o câncer de colo uterino está entre os seis tipos de maior
incidência, sendo a terceira neoplasia mais frequente na população feminina. Entretanto, a neoplasia de colo uterino tem um alto potencial de prevenção, podendo esta ser feita através de intervenções de educação em saúde.
OBJETIVOS
Relatar a experiência de uma intervenção realizada com mulheres à espera do exame de prevenção do câncer de colo de útero.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa do tipo relato de experiência de 05 intervenções de educação em saúde realizadas, por acadêmicos de enfermagem, no mês de junho de 2015 com 25 mulheres em sala de espera do exame Papaicolau, em um Centro de Saúde da Família
de um município de pequeno porte da Região Norte do Ceará. Durante as intervenções, os acadêmicos realizaram dramatizações que
abordavam o modo de realização do exame e sua importância para a saúde da mulher, com o objetivo de proporcionar um maior esclarecimento acerca do assunto, além de encorajá-las a fazer o exame regularmente. Após a dramatização, foi realizado um momento
de tira-dúvidas, onde as mulheres puderam interagir por meio das perguntas e de relatos de suas experiências. Nesse mesmo espaço,
buscou-se orientá-las tanto sobre os cuidados que as mulheres devem ter em relação à sua vida sexual como também sobre as possíveis
formas de tratamento caso ocorresse alteração nos resultados dos exames.
RESULTADOS
De início, as mulheres apresentaram curiosidade no que seria realizado, mas logo que a dramatização era iniciada algumas ficavam
bastante atentas sem esboçar reações, outras falavam concordando com o que era relatado, enquanto outras apresentavam sorrisos
de demonstração de vergonha. Embora as mulheres demonstrassem interesse quanto ao assunto, percebeu-se que não havia uma real
compreensão quanto à importância de se fazer o exame de Papanicolau. Por meio dos diálogos nos momentos de tira-dúvidas, as mulheres relataram sentirem-se intimidadas a realizarem o exame, por ser algo íntimo, frente a isso, foi esclarecido que, embora o exame
esteja relacionado à intimidade feminina, ele é de extrema necessidade para detecção precoce de doenças evitando assim o aparecimento de câncer, ressaltando também a questão da ética profissional. Nesse momento, as experiências relatadas por algumas mulheres
colaboraram para a melhor compreensão de outras sobre a importância da realização do exame com periodicidade.
CONCLUSÃO
Com essa intervenção, por meio da identificação das fragilidades do entendimento das mulheres sobre a importância da realização do
exame Papanicolau, verificou-se que a realização de ações educativas pelas equipes de Saúde da Família voltadas para a prevenção de
doenças é necessária, assim como o envolvimento do sujeito de forma ativa como protagonista do seu plano de cuidados.
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REFERÊNCIAS
INCA - Instituto Nacional de Câncer - Estimativa 2014, Disponível por meio eletrônico: <http://www.inca.gov.br/estimativa>
Câncer de Colo Uterino, Prevenção, Educação em Saúde.
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ANÁLISE DA ÁRVORE FAMILIAR DE UM SUJEITO COM ESQUIZOFRENIA
PARONÓIDE: GENOGRAMA E ECOMAPA
Maria Jucilene Azevedo Gomes 1
Eugenia Paiva Martins 1
Juliane Souza de Almeida 1
Aurilene Correia Parente 1
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes 2
[email protected]
1. Discentes do Curso de Bacharelado em Enfermagem na Universidade Estadual Vale do Acaraú.
2. Enfermeiro Sanitarista, Graduado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA (1996), Especialização em Administração de Serviços de Saúde pela UNAERP (1997), Especialização em
Enfermagem Obstétrica pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA (1997), Especialização em Educação Profissional em Saúde: Enfermagem-FIOCRUZ (2002), Título de Especialista
em Saúde Coletiva pela Associação Brasileira de Enfermagem-ABEn (2003), Mestrado em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará-UECE (2007). Doutor em Ciências pela Escola
Paulista de Enfermagem/Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP (Área de Concentração: Enfermagem, Cuidado e Saúde; Linha de Pesquisa: Gestão, Gerenciamento e Educação em
Saúde e Enfermagem). Docente do Curso de Graduação em Enfermagem da UVA e do Mestrado em Saúde da Família pela RENASF/UVA/FIOCRUZ. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas
em Administração de Serviços de Saúde e Gerenciamento de Enfermagem-GEPAG da UNIFESP; do Grupo de Pesquisa Vida e Trabalho da UECE e do Grupo de Estudo e Pesquisa Saúde Mental,
Violência e Cuidado da UVA. Membro da Red de Enfermería Comunitaria e Atención Primaria de la Salude-APS de las Americas, da ABEn e da ABRASCO.
INTRODUÇÃO
A família pode ser definida como um grupo unido por laços de casamento, sangue ou adoção, vivendo em um único espaço, com papéis
de marido e de esposa, de mãe e de pai, de irmão e de irmã e que criam uma cultura comum (NERY1998). Para que ocorra uma intervenção de saúde é fundamental conhecer o funcionamento da família, suas características, o contexto social, cultural e econômico.
OBJETIVOS
Descrever a aplicação do intrumento genograma e o ecomapa para o levantamento de dados de uma família da estratégia Saúde da
Família (ESF).
METODOLOGIA
O Genograma representa “a árvore familiar que regista informação sobre os membros de uma família e as suas relações durante pelo
menos três gerações” (MCGOLDRICK 1987). È um retrato das normas familiares e uma vasta fonte de hipóteses sobre como um problema clínico pode estar relacionado com o contexto familiar e a sua evolução do problema. O Ecomapa demonstrar as ligações de uma
família às pessoas e estruturas sociais do meio em que habita, desenhando, poderíamos assim dizer, o seu sistema ecológico. O estudo
foi realizado pelos acadêmicos da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA no módulo de Atenção Básica à Saúde em visitas domiciliares no território da ESF do Alto da Brasília que atende uma população de 7.984 é composto por 2 duas equipe de saúde da Família
atende 2.033 famílias cadastradas, possui 11 Agente comunitária de Saúde (ACS).
RESULTADOS
M.A.T.S(76anos) masculino e J.C.S(83anos) feminino casaram-se no ano de 1960, essa casal tiveram 10 filhos, sendo estes oito masculino e duas feminino na qual teve sua primeira gestação no ano de 1962 este R.C.S(53anos). A segunda gestação J.M.T.S(48anos), a
terceira gestação P.T.S (46anos) na qual é diagnosticado com esquizofrenia paranoide e discernia tardia é pessoa índice deste caso. As
duas filhas são casadas e separadas, sendo A.T.S(37anos), esta casou-se e teve dois filhos sendo este B.W.O(14 anos), B.H.O(11anos). Moram na residência os pais, um irmão e uma irmã, e dois sobrinhos em casa própria de alvenaria, com seis cômodos, incluindo banheiro;
possui rede elétrica fornecida pela Coelce; água fornecida pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE); utiliza água da torneira
para consumo; há coleta de lixo três vezes por semana. A renda familiar é auxílio-doença e aposentando dos pais. A família apresenta
problemas familiares, que são a sobrecarga das cuidadoras do P.T.S. Além dos conflitos com as noras dos filhos que não reside na casa.
O ecomapa familiar demostra que P.T.S tem relação muita próxima com irmãs e com a mãe que são as principais cuidadoras da pessoa
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índice, apresenta uma relação próxima como os sobrinhos e com a ACS, tem uma relação muito distante com vizinho devido as discussões por insultos. Uma relação conflituosa com UBS, pois a família não admite que esta acompanhe o paciente. E sem relação nenhuma
com a igreja e com Caps-AD.
CONCLUSÃO
Sendo assim, o genograma e ecomapa são ferramentas fundamentais na ESF para compreendemos a base de alguns problemas familiares, com intuito de contruir um plano de cuidado de forma holística. Ressalta-se ainda que as informações são contínuas e devem ser
coletadas em vários contatos com as famílias.
REFERÊNCIAS
NERY. Atenção integral à saúde da criança: um enfoque epidemiológico. Porto Alegre. 1998. p. 29-35.
MACHADO, H. B. et al. Identificação de riscos na vida familiar a partir do genograma. Família, Saúde e Desenvolvimento. Curitiba, 2005.
NICHOLS, M.et al. Terapia Familiar: Conceitos e Métodos. Brasil: Porto Alegre, Artmed. 1998.
Descritores: Estratégia Saúde da Família, Família, Esquizofrenia e Saúde.
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PRÁTICAS CORPORAIS COMO PROMOÇÃO DE SAÚDE EM GRUPOS
COMUNITÁRIOS EM SOBRAL-CEARÁ
Maria Jucilene Azevedo Gomes 1
Franciana Gabaglia da Silva 1
Luana Rodrigues Portela 2
André Luis Façanha da Silva 3
[email protected]
1. Discentes do Curso de Bacharelado em Enfermagem na UniversidadeEstadual Vale do Acaraú.
2. Graduada em Educação Física e especialista em Saúde da Família.
3.Professor Orientador/Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), 2003. Mestre
em Saúde da Família pela Universidade Federal do Ceará – UFC
INTRODUÇÃO
O perfil de saúde da sociedade brasileira demonstra elevada prevalência da morbidade e da mortalidade por Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT) (BRASIL 2012). Dessa forma, as práticas corporais ganham espaço na Estratégia Saúde da Família (ESF), mas estas
ainda são ligadas a iniciativas da atividade física (caminhada, ginástica) de modo que, não se buscou ainda práticas em dimensões da
relação entre Agente comunitária de Saúde (ACS) e a comunidade.
OBJETIVOS
Elencar a experiência de acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA na qualificação do ACS no
âmbito das práticas corporais para grupos comunitários em saúde na ESF
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa, realizado no mês de setembro de 2015, a partir da vivência no Projeto
de Extensão Práticas Corporais na Estratégia Saúde da Família atuante na capacitação de práticas corporais a um grupo de ACS dos distritos de Sobral/CE. Foi realizado considerando os encontros semanais em setembro, tendo como metodologia de ensino, o uso de dinâmicas e teorias sobre práticas corporais, bem como orientação para as atividades para atuação nos seus respectivos campos de trabalho.
RESULTADOS
Diante do estudo foram analisados 10 ACS, residentes na zona rural dos distritos de Sobral/CE: 01 ACS do Caioca, 05 ACS de Taperuaba
e 04 ACS de Patriarca. Identificou-se que no inicio da capacitação, havia grupo comunitário de práticas corporais somente em Patriarca.
No decorrer da capacitação, as ACS de Taperuaba motivadas pelas orientações sobre as práticas corporais em grupos comunitários
reativaram o grupo de caminhada com os idosos. No Caioca ainda não houve adesão práticas corporais em grupos comunitários devido
à falta de apoio estrutural e profissional. Na capacitação foram abordados novos de métodos de inserir as práticas corporais nos grupos
comunitários de acordo com a realidade de cada comunidade. Através das dinâmicas e discussões em grupo, além da formação de vínculo, foi viável traçar os fatores negativos para a inserção das práticas corporais na comunidade e os meios para superar ou minimizar
estes desafios; assim como enfatizar a importância destas práticas para promoção e prevenção das DCNT na comunidade.
CONCLUSÃO
Conclui-se que as práticas corporais de forma regular são necessárias para a promoção da saúde e qualidade de vida durante o processo
de envelhecimento, contribuindo na prevenção e controle das DCNTe. Além disso, as práticas corporais estão associadas também com
uma melhor mobilidade, capacidade funcional e qualidade de vida para um envelhecer com saúde e qualidade.
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REFERÊNCIAS
ALVES, G.G.; AERTS, D. As práticas corporais em saúde e a Estratégia Saúde da Família.Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro,
v.16,n.1,p.329-325, jan 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2012. Brasilia: Ministério da Saúde,
2011 (Série B. Textos Básicos de Saúde).
CARVALHO,Y.M.Promoção da Saúde e Práticas Corporais na Atenção Básica. Revista Brasileira de saúde da família. Brasília, v.7, n.1p.3345, jul./set.2006.
Descritores: Atividade Física; Promoção da Saúde; Estratégia de Saúde da Família.
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ACIDENTES COM TRABALHADORES RURAIS: PARTE DO CORPO ATINGIDA E
EVOLUÇÃO DO CASO
Maria Liana Rodrigues Cavalcante ¹
Francisco Diogenes dos Santos ²
Silvinha Sousa Costa ³
Verena Emannuelle Soares Ferreira 4
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto 5
[email protected]
1,2 Acadêmicos de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú / Bolsista de Iniciação Científica.Funcap
3 Mestranda em Saúde da Família da Universidade Estadual Vale do Acaraú
4 Enfermeira do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST)
5 Doutor em Ciências/ Professor orientador
INTRODUÇÃO
O trabalho rural é considerado um dos mais vulneráveis à ocorrência de acidentes, tendo em vista a quantidade e diversidade de riscos
ocupacionais envolvidos. A precariedade na estrutura agrária, a baixa adoção ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e o
treinamento técnico inadequado colaboram para o aumento da ocorrência de acidentes (GREGOLIS, PINTO, PERES, 2012).
OBJETIVOS
Identificar a parte do corpo atingida e a evolução do caso dos acidentes com trabalhadores rurais.
METODOLOGIA
Estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, realizado no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) de Sobral
– Ceará, durante o período de maio 2014 a janeiro de 2015, com 509 casos de acidentes de trabalho grave com trabalhadores rurais,
notificados pelo Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), entre 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2013. Para a realização desta pesquisa foram eliminados os registros de casos duplicados, de um mesmo evento, assim como, as incongruências de base
consideradas, a exemplo dos erros de digitação. Os dados secundários foram extraídos do banco de dados do SINAN, e organizados por
meio de planilhas eletrônicas, geradas pela ferramenta fornecida pelo Ministério da Saúde, TabWin32 versão 3.6b, e exportados para o
programa Excel 2007. Os dados coletados foram sistematizados e apresentados por meio de cálculos de estatística simples. O estudo
obedeceu a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
RESULTADOS
As partes do corpo mais atingidas foram mãos, representando 51 % dos casos, membros superiores, 13 % e pé sendo 12,2% do total de
casos. Quanto ao sexo e faixa etária, os homens são os mais atingidos, representando 98,2 % e correspondem a uma faixa etária de 20
a 59 anos. Os membros superiores são as partes do corpo mais diretamente envolvidas com determinados tipos de trabalho e consequentemente, mais expostas aos acidentes, em ramos específicos como o trabalho rural, onde o labor é predominantemente exercido
manualmente. No que se refere a evolução do caso, 81,5% ficaram com incapacidade temporária, 7,85 % com incapacidade parcial permanente, 6,09% receberam alta por cura e 0,75% foram a óbitos. Os dados corroboram com o estudo de Scussiato et al. (2010) realizado
em uma Unidade Sentinela em Saúde do Trabalhador do Estado do Paraná com 592 casos de acidente de trabalho considerados graves
notificados no ano de 2007, constatou que 564 (95,2%) dos trabalhadores tiveram incapacidade temporária, 23 (3,8%) obtiveram cura
e retorno ao trabalho e 3 (0,5%), incapacidade parcial.
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CONCLUSÃO
O estudo revela a necessidade de programas e ações voltadas ao trabalhador rural, como também capacitação técnica para o manuseio
das máquinas e instrumentos. Além disso, o estímulo à utilização de equipamentos de proteção individual e à facilitação de sua aquisição
por meio de órgãos como sindicatos, poderia se constituir em medida capaz de reduzir o dano específico, resultante dessa atividade
profissional.
REFERÊNCIAS
GREGOLIS, T.B.L; PINTO, W.J; PERES, F. Percepção de riscos do uso de agrotóxicos por trabalhadores da agricultura familiar do município
de Rio Branco, AC. Rev. bras. saúde ocup. [online]. 2012, v. 37, n. 125, p. 99-113.
SCUSSIATO, L.A. et al. Análise dos agravos relacionados ao trabalho notificados pela unidade saúde do trabalhador. Rev. Min. Enferm.
[onlie]. 2010, v.4, n.1, pp.88-95.
Descritores: Epidemiologia descritiva; Acidentes de Trabalho; Agricultor.
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS PESSOAS ACOMETIDAS POR SARAMPO EM
SOBRAL – CEARÁ NO ANO DE 2014.
Marília Campos Fernandes¹ Universidade Estadual Vale do Acaraú/ Enfermagem
Tatiane Moreira Costa² Universidade Estadual Vale do Acaraú/ Enfermagem
Ana Karoline Barros Bezerra³ Universidade Estadual Vale do Acaraú/Enfermagem
Maria Socorro Carneiro Linhares 4Universidade Estadual Vale do Acaraú/Enfermagem
mariliacf­_ @hotmail.com
INTRODUÇÃO
O sarampo é uma das afecções clássicas na infância. A transmissão do vírus do sarampo pode ser diretamente de pessoa para pessoa,
através de secreções ou pela dispersão de gotículas com partículas virais no ar. Sabe-se, que, no Brasil, tinham alguns anos que não
ocorriam casos, porém o ano de 2014 foi marcado por um surto na região nordeste, com grande número de casos na cidade de Sobral
– Ceará.
OBJETIVOS
Descrever o perfil epidemiológico dos casos de sarampo registrados no ano de 2014, em Sobral, Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal, tendo como unidades de análises os casos notificados e confirmados de
sarampo no ano de 2014. Os dados foram obtidos pelos relatórios da base local do Sistema de Informações de Agravos e Notificações
(SINAN) da Secretaria de Saúde de Sobral. Para a descrição do perfil epidemiológico dos casos de sarampo no período estudado, foram
consideradas as seguintes variáveis: sexo, cor, local ou área de residência, idade, estado vacinal e evolução da doença.
RESULTADOS
De acordo com dados do SINAN, o primeiro caso de sarampo notificado em Sobral foi em maio de 2014. Desse mês até dezembro, foram
notificados 265 casos suspeitos de sarampo, sendo 81 confirmados. Do total de casos confirmados, a maior incidência da doença foi sexo
masculino, com 65,4%. Quanto à cor dos que adoeceram, 63,4% se denominaram como pardos, 32,1% brancos, e 2,5% amarelos. Quanto
à localização dos casos, em quase todos os bairros da sede de Sobral registraram ocorrências de sarampo. A distribuição proporcional por
residência dos casos se apresentou da seguinte forma: Terrenos Novos: 22,1%, Coelce: 8,9%, Sinhá Sabóia: 7,6%, Junco: 7,3%, Patriaca:
7,3%, Centro: 6,2%, Alto da Brasília: 4,9%, Recanto: 2,7% Tamarindo: 2,7%, CAIC: 2,7% Expectativa: 2,7%, Baracho: 2,7%, Rafael Arruda:
2,7%, Alto do Cristo: 2,5%, COHAB III: 2,5%, Pedrinhas: 2,5%, Aprazível: 2,5%, Padre Palhano: 2,5%, Dom Expedito: 1,7%, Vila União: 1,7%,
Sumaré: 1,2%, Santa Casa: 1,2%, Cohab II: 1,2%. A distribuição proporcional por faixa etária dos casos de sarampo em Sobral se apresentou
dessa maneira: Menores de um ano: 24,7% e cinco a nove anos: 3,7% foram as mais atingidas. Quanto à situação vacinal dos casos, foi
verificado que 33,3% não haviam tomado a vacina contra o sarampo, 44,4% não lembravam se haviam tomado e 22,2%, mesmo com a
vacinação em dia, contraiu a doença. Dos 81 casos confirmados, todos evoluíram sem complicações de maior gravidade e nenhum óbito
foi registrado.
CONCLUSÃO
Verifica-se, portanto, que com a ocorrência do surto de sarampo em Sobral foram desencadeadas, medidas de bloqueios, a partir de
casos identificados, e campanhas de vacinação a fim de evitar a propagação da doença e encerramento do surto. Observou-se que nenhum dos casos evoluiu para óbito, pressupõe-se que todos os casos tiveram assistência à saúde e foram bem conduzidos clinicamente.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília: Fundação Nacional da Saúde; 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de vigilância para a erradicação do sarampo e controle da rubéola. Brasília: Fundação Nacional de
Saúde; 2000. FREIRE, LMS; MENEZES, FR;. Sarampo. In: TONELLI E, FREIRE LMS, ed. Doenças Infecciosas na Infância e Adolescência. 2a ed. Rio de
Janeiro: MEDSI; 2000
SOBRAL. Secretaria Municipal de Saúde. Base de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação – SINAN. Sobral-Ceará,
2015.
Epidemiologia, Sarampo, Saúde Pública.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A GESTANTE SOROPOSITIVA:
UM ESTUDO DE CASO
Marina Braga de Azevedo 1 - INTA, Enfermagem.
Gilson Fernando Gonçalves Loiola 2 - UESPI, Fisioterapia.
Ivana Paula Ximenes Pessoa 3 - INTA, Enfermagem.
Valdécio Fontenele Frota Neto 4 - INTA, Enfermagem.
Otília Raquel Rocha de Sousa Aragão 5 - INTA, Enfermagem.
[email protected]
INTRODUÇÃO
Considerado a pandemia da atualidade, o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)
têm se configurado como um dos mais sérios problemas de saúde pública, com alta taxa de morbi-mortalidade, grande tendência de
crescimento e propagação em diversos territórios. (CEARÁ, 2011).
OBJETIVOS
Pôr em prática o Processo de Enfermagem em uma paciente soropositiva utilizando os diagnósticos de enfermagem do NANDA, de
acordo com a Teoria do Cuidado Humano.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso de caráter exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa. O presente estudo foi realizado no período
de maio e junho de 2014, com MSNA., 21 anos, alfabetizada, em união estável, residente na cidade de Sobral-CE, gestante com diagnostico
de HIV. Acompanhada no Centro de Saúde da Família Sinhá Saboia. A coleta foi desenvolvida durante as visitas domiciliares junto com a
Agente Comunitária de Saúde (ACS) e a equipe do Centro de Saúde da Família (CSF). Durante os encontros, a mesma aceitou a condição
de participar do estudo de caso, precedendo os aspectos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos. Respeitando a nova Resolução
nº 466, de 12 de dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
RESULTADOS
Histórico de Enfermagem: Gestante M.S.N.A., 21 anos, diagnosticada com o vírus do HIV, gravidez não planejada, porém aceita, encontra-se com 20 semanas de gestação, teve 3 gestações anteriores, nenhum aborto, um normal e dois cesáreos. Não trabalha. Foi profissional
do sexo, usuária de drogas é tabagista. Iniciou o pré-natal na 20ª semana, sendo necessário ser encaminhada para o COAS (Centro de
Orientação e Atendimento Sorológico de Sobral), para assistência ao pré-natal de alto risco. M.S.N.A. relata ter uma família destruturada,
conta com o apoio do seu companheiro. Refere episódios de cefaléia, dor em baixo ventre, fraqueza e quando se encontra em momentos
de estresse refere sensação de hipertemia. Intervenções de Enfermagem: Orientar quanto à importancia do acompanhamento das consultas de pré-natal e com infectologista de forma regular; Estimular a realização adequada aos exames periódicos; Prestar apoio emocional; Instruir a gestante; Orientar sobre a importancia da testagem do parceiro. Resultados de Enfermagem: Promover o entendimento
do processo do tratamento e a doença; Reduzir o risco de transmissão vertical do HIV; Garantir uma gestação saudável.
CONCLUSÃO
A realização desse estudo se constituiu de momentos de muita inquietação na dificuldade encontrada com a busca de dados no qual
desencadeou dúvidas em continuar com essa temática, mas que serviu de aprendizado e incentivo a ir em frente e finalizar o trabalho.
Dessa forma percebe-se o quanto é importante uma assistencia ativa e de qualidade, pois é possível intervir em diversos fatores de risco.
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REFERÊNCIAS
CEARÁ, Ministério da Saúde. Secretaria da Saúde Governo do Estado do Ceará. Protocolo Clínico para Assitência Obstétrica, Ceará,
p.1-87; 2011.
GARCEZ, R. M. Diagnóstico de Enfermagem da NANDA Internacional: Definições e Classificação 2012-2014. Porto Alegre, p.1-606;
2013.
Descritores: Enfermagem; Vírus da Imunodeficiência Adquirida; Transmissão Vertical.
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DESCENTRALIZAÇÃO DO SERVIÇO DE UMA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA:
ESTRATÉGIA NO ACOMPANHAMENTO DE IDOSOS COM HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA.
Marise Ponte Ferreira Monteiro ¹
Najara Farias Gomes ¹
Maria Auxiliadora Resende Sampaio ¹
Lívia Guimarães Albuquerque ¹
Ana Kelly Balbino ¹
[email protected]
¹ Enfermeira graduada pelo Instituto Superior de Teologia Aplicada - INTA
INTRODUÇÃO
A população idosa no Ceará aumentou 61% nos últimos 10 anos, segundo dados do IBGE em 2010.Este fato tem gerado consequentemente um aumento de portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Assim como garantia da melhoria de assistência prestada
a essa população, a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) deve adequar suas ações tendo como prioridade a acessibilidade ao
serviço prestado.
OBJETIVOS
Descrever o processo de descentralização das estratégias de atendimento ao idoso acometido por HAS, facilitando seu acompanhamento e criando vínculo estreito com essa população.
METODOLOGIA
Relato de experiência de natureza analítica e descritiva com abordagem qualitativa, realizado em setembro de 2012 em uma comunidade
da Região Norte do estado do Ceará com grupos de idosos atendidos pela ESF da referida comunidade.
Inicialmente realizamos um levantamento do perfil epidemiológico dos idosos da área e mapeamos os grupos de convivência inseridos
no contexto. Posteriormente, traçamos um plano de atendimento interdisciplinar semanal na comunidade. Desta forma, abordava-se
cada grupo para as devidas contribuições.
RESULTADOS
Implementação do grupo de idosos e de pessoas acometidas por HAS com presença de equipe multidisciplinar na comunidade, incorporando atividades como caminhada, ginástica comunitária, orientações higieno-dietéticas, atividades lúdicas, lazer, acompanhamento
Médico e de Enfermagem, dispensação de medicação, aumento do vínculo com as famílias envolvidas, melhorando como um todo o
acesso às ações de saúde.
CONCLUSÃO
Através da atividade desenvolvida em cada grupo, permitiu-se o alcance de muitas pessoas ao mesmo tempo, ao passo que estas relataram a satisfação na melhoria do atendimento voltado à população. Ressaltamos nesse estudo a necessidade de termos profissionais
sensibilizados e capacitados para ofertar ações de qualidade à Saúde do Idoso.
REFERÊNCIAS
BRASIL, M. S. Plano de reorientação da Atenção Básica à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus. Manual de Hipertensão e
Diabetes. Brasília DF,2002
PINTOS, C. C. G. A Família e a Terceira Idade. São Paulo: Paulinas.2006
Idoso, Hipertensão, Enfermagem
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ÀS MULHERES CLIMATÉRICAS EM
ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE
JUAZEIRO DO NORTE – CEARÁ
MARLENE GOMES
INTRODUÇÃO
Segundo Brasil (2004), o climatério é conceituado como sendo uma fase de transição na vida da mulher em que ela passa a não reproduzir, marcada pela chegada da menopausa que é reconhecida após 12 meses do último período menstrual e estendendo-se até 65 anos
de idade. O climatério causa sintomas que perturbam as mulheres, os mais frequentes são calores ou fogachos, sudorese aumentada,
nervosismo, depressão, insônia, pele seca, unhas e cabelos quebradiços, secura vaginal dentre outros.
O climatério é constituído por processo de amplas transformações de âmbito físico, social, espiritual e emocional, o qual pode ser extenso ou não para cada sujeito (LANDERDHI, 2002).
Afirmar-se que os sintomas do climatério têm relação direta com a diminuição progressiva dos hormônios ovarianos, sendo esta uma
etapa marcante do envelhecimento feminino, por ser um período de transição com alterações físicas que influenciam a qualidade de
vida das mulheres, favorecendo o crescimento da demanda para o atendimento às queixas relacionadas ao climatério (COSTA, 2000).
Dentre os serviços de saúde que podem contribuir na assistência a mulher no climatério, a Estratégia Saúde da Família (ESF) prioriza
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família, de recém-nascidos aos idosos, sadios ou doentes, de
forma integral e contínua, objetivando assim a reorganização da prática assistencial, em substituição ao modelo tradicional de assistência, direcionado para a cura de doenças e hospital – centrado (BRASIL, 2000).
Enfatizando que a família é o foco da atenção básica, a investigação da unidade partiu do ambiente em que habita, sendo que o acolhimento dos profissionais em saúde, torna possível uma maior compreensão, participação, sendo possível a população procurá-los sempre
que necessitarem.
OBJETIVOS
Objetivo geral
 Conhecer à atuação do profissional enfermeiro frente à cliente no período do climatério na Estratégia de Saúde da Família no município
de Juazeiro do Norte, Ce.
2.2 Objetivos Específicos:
 Identificar o conhecimento dos profissionais enfermeiros a cerca da temática.
 Compreender as ações desenvolvidas pelos enfermeiros na assistência ao climatério.
 Constatar as dificuldades/facilidades na atuação da assistência do enfermeiro às mulheres climatérica.
METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa de natureza descritiva com abordagem qualitativa.
Segundo Figueiredo (2008), o objetivo da pesquisa descritiva é descrever as características de uma determinada população, fatos ou
fenômenos de informações detalhadas por meio de técnicas padronizadas de coletas de dados. Necessitando assim, de informações
sobre o que deseja pesquisar, de forma criativa, buscando identificar a multiplicidade e dimensões presentes em determinadas situações
por meio de diferentes técnicas.
De acordo Marconi e Lakatos (2010), as pesquisas exploratórias são investigações cujo objetivo é a formulação de questões ou de um
problema, com três finalidades: desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno,
visando à realização de pesquisa futura, mas precisa, e clarificar conceitos.
A pesquisa qualitativa é um método que o investigador parte de conhecimentos prévios já estruturados e a partir deles formula hipóteses sobre os fenômenos e as situações que se pretende investigar. O termo qualitativo significa qualificar opiniões, dados, na forma de
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coleta de informações (SILVA, 2008).
Este estudo foi realizado nas Estratégias Saúde da Família, no município de Juazeiro do Norte, Ceará. Situada a 560 km da capital,
Fortaleza. A mesma fica localizada na região do Cariri, apresentando atualmente, uma população de 270.000 habitantes (IBGE, 2010).
Participaram da pesquisa 11 profissionais enfermeiros, selecionados de acordos com os seguintes critérios:
 Ser enfermeiro da unidade;
 Aceitar participar da pesquisa, após ter compreensão dos objetivos e das etapas metodológicas.
 Ter serviços prestados a comunidade há pelo menos seis meses, caracterizando assim, o vínculo com os usuários.
 Aderir, através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Foi solicitada autorização à Secretaria de Saúde do Município (SESAU), através de um ofício (Apêndice C) elaborado pela Coordenação
de Enfermagem da Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN, solicitando autorização para a realização da pesquisa com enfermeiros das
Estratégias de Saúde da Família, tendo sido a execução da pesquisa aprovada. 23
A próxima fase baseou-se em explicar a pesquisa aos enfermeiros, revelando a finalidade do estudo, antecipando uma visita a cada
Estratégia de saúde da Família (ESF).
Em seguida, foi entregue um questionário individual, contendo perguntas abertas, agendando assim, a data para o recebimento da mesma, após 24hrs da entrega, conforme disponibilidade dos participantes.
A coleta de dados foi realizada nos meses de Abril e maio de 2013, usando como critério para escolha das unidades um sorteio. Na ocasião
os participantes que aceitaram a inserção na pesquisa, assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) – Apêndice B,
na qual expõem objetivos, vantagens e os benefícios da pesquisa, além de esclarecer o poder ético e legal da mesma.
O questionário foi entregue individualmente, podendo ser analisado em casa, em um ambiente reservado, a fim de que o participante
possa esclarecer todos seus conhecimentos, assim ficando a vontade para expressar suas respostas de acordo com seus pensamentos
e sentimentos decorrentes da pesquisa e de cada pergunta.
Os dados foram analisados qualitativamente através das respostas do questionário entregue aos profissionais participantes da pesquisa,
levando em conta sua importância e evidência.
utilizou-se a categorização das falas, de acordo com as respostas dos profissionais envolvidos, considerando o método de Análise de
Conteúdo que segundo Bardin apud Campos (2004) é um conjunto de técnicas que descreve o conteúdo das mensagens a partir da
utilização de procedimentos sistemáticos.
Os sujeitos que participaram do estudo assinaram um Termo de Consentimento Livre e O projeto foi encaminhado para o Comitê de Ética
e Pesquisa (CEP).
RESULTADOS
Com o intuito de assegurar o anonimato e a confidencialidade das informações fornecidas pelos participantes, foram utilizados os seguintes pseudônimos: P1 a P11, cujo significado é “profissional”, substituindo a real identidade dos sujeitos da pesquisa.
A presente pesquisa tem como finalidade conhecer como ocorre o atendimento dos profissionais enfermeiros às mulheres que se encontram em período do climatério.
Distribuição dos participantes de acordo com a faixa etária. Juazeiro do Norte – CE. Maio, 2013.
VARIÁVEIS
%
Faixa Etária
20 a 30 anos
04
36,4
31 a 40 anos
06
54,4
41 a 50 anos
01
9,1
TOTAL
11
100%
Observou-se que a maioria dos participantes era do sexo feminino, com idade entre 23 a 50 anos.
Desrribuúção dos participantes de acordo com o sexo. Juazeiro do Norte, Ce. Maio, 2013.
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Masculino
01
9,1
Feminino
10
90,9
Total
11
100%
A partir desse resultado observa-se que há uma grande percentagem de profissionais do sexo feminino (90,90%) que lidam sem interrupção com o cuidado direto às mulheres.
Existe uma forte relação entre o sexo feminino e a profissão enfermagem nas unidades de saúde. De fato, as práticas do cuidado sempre
estiveram associadas ao sexo feminino (COELHO, 2003). A enfermagem é uma profissão feminina por excelência, por ter sido o cuidado,
sempre atribuído à mulher.
Como integrante da equipe multiprofissional, a enfermeira assume propostas do Ministério da saúde (MS), no atendimento à mulher,
e também assume cargos de coordenação das unidades de saúde, projetos e qualquer outra atividade administrativa (PRIMO, 2008).
CONCLUSÃO
Foi identificada através do estudo, a importância das ações para a melhoria na atenção a saúde as mulheres climatéricas. As mesmas
sendo desenvolvidas minimizam bastante as dificuldades enfrentadas por elas. Na maioria das vezes, os profissionais de saúde, não
adotam medidas que contemplem as necessidades femininas integralmente. Os participantes referem algumas dificuldades em relação
às mulheres, devido estar sempre sobrecarregadas com afazeres domésticos, esquecendo muitas vezes de obterem explicações sobre a
temática, e esquecem que os enfermeiros estão nas unidades de saúde para atendê-las de forma integral, clara e confiável.
No entanto, a parte que diz respeito aos profissionais enfermeiros, a maioria são conscientes sobre a importância dos esclarecimentos e
acompanhamentos adequados a essas mulheres, no entanto, este estudo enfatizou a importância da assistência, mesmo que na realidade atual não aconteça de forma satisfatória.
Diante do exposto, a enfermagem tem um papel importante já que contribui para identificação dos sinais e sintomas do climatério. É
de extrema importância à participação do enfermeiro nas orientações as mulheres e também a sua família, visando um acolhimento
humanizado, cirando vínculos obtendo assim, uma maior confiança exercendo assim melhor seu papel de enfermeiro da comunidade.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Princípios e diretrizes). Brasil: Ministério da
Saúde, 2004.
FIGUEIREDO, N. M. A. de. Método e Metodologia na Pesquisa Científica. 3. Ed. São Caetano do Sul – SP; Yedes editora, 2008.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SILVA, A.C.R. da Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade: Orientações de estudos, projetos, artigos, relatórios, monografias, dissertações, teses, 2ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Descritores: Saúde da mulher, Climatério, Saúde da Família.
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FATORES QUE LEVAM O PACIENTE A ABANDONAR O TRATAMENTO DE
HANSENÍASE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Najara Farias Gomes ¹
Lívia Guimarães Albuquerque ¹
Andrea Pereira Tomas Ribeiro ¹
[email protected]
¹ Enfermeira graduada pelo Instituto Superior de Teologia Aplicada - INTA
INTRODUÇÃO
A situação da hanseníase no mundo ainda é foco de preocupação para a Organização Mundial de Saúde (OMS), visto que a cada ano aumentam os registros de novos casos detectados. A eliminação da hanseníase foi definida pela OMS como a redução da prevalência para
menos de uma pessoa para dez mil habitantes (WHO, 2013; 1991).
No Brasil, surgem mais de 40.000 novos casos por ano. Atualmente 80% dos casos de hanseníase estão no continente da América latina,
sendo o Brasil o único país desta região ainda considerado endêmico (SAVASSI, 2010).
No Ceará os dados não são menos preocupantes, apesar da diminuição progressiva da taxa detecção, que em 2003 chegou ao máximo
de 37,27 por 100 mil habitantes, caindo para 23 em 2011, subindo novamente em 2012 para 24,81. Em Sobral, a Hanseníase ainda é uma
doença endêmica. Há 10 anos o índice de detecção registrado era de 268,56 casos por 100.000 habitantes, hoje essa taxa é de 44,56 para
cada 100.000 habitantes, porém ainda é bastante elevada (BRASIL, 2013).
Portanto, devido à importância do tema e frente à problemática senti grande desejo de buscar aprofundar os conhecimentos sobre essa
questão. A experiência pessoal de ser diagnosticada em 2003 com hanseníase na forma clínica dimorfa, multibacilar, realizado tratamento de um ano, setembro de 2003 a agosto de 2004, e vivenciado todas as alterações físicas e reações que os medicamentos podem
trazer, sentindo o preconceito que existe para com a doença e o doente, e as dificuldades burocráticas e de trato profissional pertinentes
ao sistema de saúde. As implicações da patologia nas diversas áreas: física, psicológica, social e comportamental, instigavam a vontade
de abandonar o tratamento, foi uma realidade presente na minha experiência, e de outros tantos que me acompanhavam na época, que
pude novamente observar ainda existirem durante a vivência do internato de enfermagem que ocorreu no segundo semestre de 2014,
realizado em um Centro de Saúde da Família de Sobral. Assim surgiu o interesse pelo tema desta pesquisa que propõe como questão
norteadora: Quais os fatores que levam o paciente a abandonar o tratamento de hanseníase?
A hanseníase é um problema de saúde pública e se mostra de fundamental importância a necessidade dos profissionais de saúde, entre
eles o enfermeiro, ter conhecimentos sobre os aspectos inerentes à prevenção, tratamento, bem como fatores relacionados ao cuidado
holístico de que cada paciente necessita.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Identificar nos bancos de dados BIREME, MEDLINE, LILACS e BDENF produções científicas sobre os principais fatores que levam pacientes com hanseníase a interromper o tratamento.
Objetivos Específicos
Descrever como os fatores encontrados na pesquisa influenciam o paciente de hanseníase a abandonar o tratamento.
Verificar como a qualidade da atuação profissional em hanseníase está ligada ao abandono do tratamento
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, que busca identificar produções científicas que discutam sobre hanseníase e seu
impacto na vida do paciente que podem leva-lo a abandonar o tratamento.
Para elaborar uma revisão integrativa a primeira etapa é determinar o objetivo da pesquisa a partir da elaboração das questões a serem
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respondidas ou hipóteses a serem testadas, somente depois é que então começa a busca para identificar e coletar o máximo de pesquisas primárias relevantes ao tema proposto, classificando-as dentro dos critérios de inclusão e exclusão anteriormente estabelecidos. De
um modo geral, para a realização da revisão integrativa é necessário percorrer seis etapas diferentes, semelhantes aos que são seguidos
em uma pesquisa comum: Identificar o tema e selecionar a questão de pesquisa para a realizar a revisão integrativa; Estabelecimento
dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos, amostragem ou busca na literatura; Definição das informações a serem tiradas dos
estudos selecionados e separar em categorias; Avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa; Interpretar os resultados; Apresentação da revisão do conhecimento alcançado com o estudo (MENDES, SILVEIRA e GALVÃO, 2008).
Esta revisão é composta por 14 pesquisas primárias, onde a categorização dos processos analíticos adotados foi: a leitura e releitura na
integra das pesquisas primárias com objetivo de retirada, nos resultados dos estudos, as informações relacionadas à pergunta. Os dados
foram analisados utilizando tabelas e categorização.
Esta revisão integrativa atende aos aspectos éticos, apresentando a autoria dos artigos pesquisados, fazendo uso das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para citar e referenciar os autores.
RESULTADOS
Após a leitura minuciosa dos 14 artigos foram identificados seis núcleos temáticos relevantes e por isso escolhidos como temas centrais
na discussão.
O Estigma do Diagnóstico – A escolha desse núcleo temático se deu pelo fato dos artigos mostrarem estudos em que autores falam da
forma que a hanseníase é vista ao longo da história como doença que foi segregadora do convívio social em um passado não tão distante
e ainda hoje é estigmatizante e cercada de preconceitos oriundos da desinformação.
Este estigma é o principal responsável pelo preconceito ainda hoje existente na sociedade e motivo de isolamento do paciente que não
tem suporte emocional que o habilte a enfrentar a situação. Neste sentido, estudo realizado na ESF com pacientes abordados na consulta de enfermagem a pessoas em tratamento para hanseníase, percebeu que durante a consulta os enfermeiros valorizam principalmente dois fatores: as orientações sobre prevenção de incapacidades e a atenção para tentar de minimizar o estigma social que envolve
a hanseníase (NUNES; OLIVEIRA; VIEIRA, 2011).
Reações Desagradáveis ao Tratamento – Em relação às reações que podem surgir após início poliquimioterapia os autores falam que
as reações são esperadas, entretanto podem ser evitadas, amenizadas e ou mesmo sanadas mediante um olhar cuidadoso junto à solicitação de exames que vão demonstrar as alterações causadas pelos remédios, avaliação do grau de incapacidade realizado no período
adequado e mediante queixa individual do paciente a qualquer tempo. Apontam que esses cuidados se mostram importantes quanto a
evitar o abandono do tratamento.
Em relação aos efeitos colaterais causados pelas drogas que compõem a PQT, o estudo de Goulart, et al (2002), apontou que eles ocorreram em sua maioria (74,5%) nos primeiros 6 meses de tratamento e a dapsona foi a mais apontada como causadora de efeitos adversos,
com 80 casos registrados em 54 pacientes de hanseníase, seguida pela clofazimina que teve 26 efeitos indesejáveis registrados em
21 pacientes, enquanto a rifampicina foi responsável por apenas 7 relatos em 7 pacientes. Os efeitos colaterais mais associados ao uso
da dapsona foram: gastrite foi o efeito adverso mais freqüente, constatado em 18 pacientes, seguido pela anemia hemolítica, 15 casos.
Cefaléia, apresentou-se predominantemente no sexo masculino: 9 casos de um total de 13, enquanto a astenia foi registrada em 11 pacientes. Outros efeitos adversos provocados pela dapsona foram: casos de metahemoglobinemia, insônia e dermatite esfoliativa. Quanto
ao uso da clofazimina o efeito adverso que se destacou com foi a ictiose, 18 casos. Com destaque também para a ardência nos olhos
com 5 casos. A rifampicina apresentou somente 2 casos, tanto de febre quanto de cólica renal, além de 1 caso de cada um dos seguintes
efeitos: enjôo, dermatite alérgica e diarreia.
Em estudo realizado por Claro, Monnerat e Pessoa (1993) já se destacava que ao adotar esquemas terapêuticos de menor duração e
maior eficácia tem sido possível observar a diminuição e prevenção do abandono e da resistência medicamentosa.
Em Busca dos Faltosos – A escolha desse núcleo temático foi feita por saber que a ausência do paciente na data marcada para receber
a dose supervisionada deve ser percebida pelo profissional que o acompanha e tão logo comunicada ao ACS, a quem compete a responsabilidade de visitar o indivíduo faltoso e questionar a razão do ocorrido, bem como incentivar a retomada do tratamento. A importância
da busca ativa aos faltosos se dá a fim de evitar abandono do tratamento e resistência medicamentosa.
O trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), merece destaque nesse tipo de intervenção que é a visita domiciliar, ele é funda254
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mental na efetivação das Ações de Controle da Hanseníase por sua proximidade com a população, podemos até mesmo dizer que ele é
o ator principal na busca ativa de casos suspeitos de hanseníase na população. A visita domiciliar é o instrumento de trabalho do ACS,
que vai permitir a formação de vínculos de confiança com as famílias, observar de seus hábitos, detectar problemas, tocar informações
e a transmitir orientações em saúde (LANZA; LANA, 2011).
Profissionais Capacitados e Qualificados – Ao falarmos dos profissionais nos referimos a todos que estão direta ou indiretamente
envolvidos no processo de diagnosticar, tratar, supervisionar e apoiar o paciente em tratamento de hanseníase seja ele componente ou
não da equipe multidisciplinar da Estratégia Saúde da Família, enfim cumprir o que lhe compete realizar dentro da sua esfera de atuação,
mas com sua visão direcionada para o cuidar humano de forma integral.
É preciso haver a consciência da necessidade urgente de aumentar a um número apropriado de profissionais de saúde capacitados e
qualificados para desempenhar as ações de controle da hanseníase. A dificuldade se mostra mais real nos municípios de regiões endêmicas e consiste. Existe uma grande demanda de casos sem a manutenção da quantidade adequada de profissionais da saúde que
trabalhem em prol do controle epidemiológico da doença e da sustentação das ações do programa na atenção primária à saúde (LANZA;
LANA, 2011).
Escuta, Informação e Intervenção de Qualidade – A escuta qualificada é um problema cada vez maior nas consultas de saúde. A alta
demanda de pessoas que buscam o serviço de saúde do CSF aliada à escassez de profissionais limita cada vez mais o tempo necessário
para escutar as queixas pertinentes ao que o paciente de hanseníase precisa expressar e assim pela omissão de informações o profissional não pode intervir e ser resolutivo ao problema do indivíduo. Dois artigos evidenciam a importância de ouvir, mas também de deixar
falar que o paciente tem, a fim de expressar suas queixas e dúvidas.
Nunes, Oliveira e Vieira, (2011), colocam que em estudo desenvolvido com adolescentes portadores de hanseníase em Sobral, foi possível
observar que somente alguns deles sabiam falar a respeito das manifestações clínicas, modo de transmissão e complicações da hanseníase, entretanto alguns adolescentes apresentaram déficit de conhecimento. O mesmo artigo ainda coloca que o conhecimento da
doença pela maioria dos pacientes é rudimentar, mostrou que havia precariedade na comunicação entre o pessoal do CSF estudado e os
pacientes, visto que uma parcela significativa da população pesquisada formada pelos pacientes em tratamento relatou não entender as
informações passadas pelo CSF ou as consideravam incompletas.
Sistemas de Informação Desatualizado e Sobrecarga do Trabalho – Os artigos estudados mostram o quanto é importante o registro
semanal permanente das notificações dos casos novos bem como dos que já estão em tratamento a fim de manter o sistema de dados
atualizado sobre as informações epidemiológicas que podem nortear ações e estratégias de combate à hanseníase. Também apontam
que o atual sistema de trabalho nas unidades de saúde primária dificulta um melhor desenvolvimento destas ações e estratégias pelo
fato de haver sobrecarga de programas a serem realizados juntamente com as que são específicas à hanseníase.
SINAN é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de
doenças e agravos que estão incluídos da lista nacional de doenças de notificação compulsória, de acordo com a Portaria Nº 1.271, de 6 de
Junho de 2014. Consta que as notificações de hanseníase devem ser semanais, a fim de manter atualizado o tratamento dos pacientes
(BRASIL, 2014).
Para alcançar o controle efetivo da doença é de fundamental importância sustentar as ações de sensibilização da comunidade devido
ao longo período de incubação do bacilo, assim é necessário informar sobre sinais e sintomas para que, aumentando a auto-suspeição,
a detecção de novos casos seja cada vez maior e diminua a cadeia de transmissão. É possível mobilizar parceiros que contribuam para a
divulgação das informações sobre a hanseníase em diferentes segmentos sociais. A literatura descreve que é muito comum haver baixo
envolvimento dos médicos nas ações de controle da hanseníase (LANZA; LANA, 2011)
Devido a falta de estrutura de poder do país que não prioriza áreas básicas de serviço, como saúde e educação, encontramos profissionais de saúde mal remunerados, obrigando-os a ter dois ou mais empregos, o que não permite ao profissionalizar dispor de tempo para
se atualizar com os novos conhecimentos médicos, desfavorecendo a prestação de serviços no setor público, resultando em um atendimento muito aquém do preconizado. A falta de investimentos financeiros priva os CSF de ter mais equipes trabalhando e até mesmo do
espaço físico necessário (GOULART; LOPES; MASSUDA, 1991).
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CONCLUSÃO
Conforme os achados dessa pesquisa foi possível perceber que existem inúmeros fatores que influenciam o paciente a abandonar o
tratamento de hanseníase, mas foi visto que a maioria deles são evitáveis através de medidas preventivas simples, como a escuta qualificada das queixas individuais e busca dos pacientes faltosos.
Um dos fatores que pudemos destacar foi o papel da enfermagem, pois está diretamente envolvida em cada etapa do tratamento de
hanseníase, desde a confirmação do diagnóstico à alta por cura, passando pelo exame dermatoneurológico, avaliações de incapacidade,
administração da medicação, registro correto e completo das notificações no SINAN e consultas no prontuário, avaliação, cuidados e
tratamento de intercorrências que possam surgir das reações medicamentosas, solicitando informações do acompanhamento domiciliar
feito pelo ACS. Assim se torna peça indispensável ao sucesso do tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde. Além disso, é um
profissional que constrói um vínculo de confiança profissional-paciente, prestando um cuidado holístico, que vai muito além do medicamentoso e pode evitar a interrupção do tratamento.
O paciente com hanseníase é muito fragilizado pelo diagnóstico de uma doença que apesar de ser totalmente tratável e curável, ainda
hoje carrega o estigma de impureza e preconceito social. As mudanças físicas advindas das medicações, bem como as reações que podem surgir durante o tratamento, causam um impacto psicológico que interferem no cotidiano pessoal do indivíduo e em suas relações
sociais.
Portanto é possível concluir com este estudo que os principais fatores encontrados para abandono do tratamento podem ser evitado
mediante ações simples de cuidado com o paciente.
Podemos dizer que a atuação da enfermagem dentro da equipe multidisciplinar que compõe a Estratégia Saúde da Família através de
planejamento e execução de ações estratégicas pode evitar que a evasão ao tratamento aconteça ao serem corrigidas as falhas peculiares a cada caso e CSF. Acreditamos que o empenho da enfermagem ao adotar tais medidas, fornecerão subsídios para alcançar o objetivo
maior que é a eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública, apresentamos isto na figura a seguir, sintetizando o estudo.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Situação de saúde. Hanseníase. SAGE - Sala de apoio à gestão estratégica, 2013. Disponível em http://189.28.128.178/sage/.
LANZA Fernanda Moura; LANA Francisco Carlos Félix. O processo de trabalho em hanseníase: tecnologias e atuação da equipe de saúde
da família. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2011; v.20 (Especial): p.238-46.
NUNES, Joyce Mazza; OLIVEIRA, Eliany Nazaré; VIEIRA, Neiva Francenely Cunha. Hanseníase: conhecimentos e mudanças na vida das
pessoas acometidas Ciência & Saúde Coletiva v. 16 p.1311. 2011.
SAVASSI, Leonardo Cançado Monteiro. Hanseníase: Política Publica e qualidade de vida de pacientes e seus cuidadores. Belo Horizonte, Dissertação de Mestrado em Ciências. Centro de Pesquisas René Rachou, 2010.
Hanseníase. Tratamento. Terapia. Pacientes desistentes do tratamento.
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VIVÊNCIA DAS MÃES COM FILHOS PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL:
ANÁLISE À LUZ DA TEORIA DE ROY
Patrícia de Farias 1
Andréa Carvalho Araújo Moreira 2
Ana Caroline Lira Bezerra 3
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto 4
.
patrí[email protected]
1
Enfermeira pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Sobral, CE, Brasil. [email protected]
2
Enfermeira. Mestre em Saúde Pública. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Professora do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).
Sobral, CE, Brasil. [email protected]
3
Graduanda em enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Sobral, CE, Brasil. [email protected]
4
Enfermeiro. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Sobral, CE, Brasil.
INTRODUÇÃO
A paralisia cerebral (PC) descreve um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e postura atribuído a um
distúrbio não progressivo que ocorre durante a evolução do cérebro fetal ou infantil, podendo contribuir para limitações no perfil de
funcionalidade da pessoa (Brasil, 2013).
OBJETIVOS
Conhecer a experiência das mães com filhos portadores de PC a luz da Teoria de Adaptação de Roy e, identificar os estímulos significativos e mecanismos de enfrentamento no cuidado do filho com PC.
METODOLOGIA
Estudo descritivo com abordagem qualitativa. Participaram da pesquisa 08 (oito) mães, casadas, com idade entre 27 a 61 anos, uma
primípara e sete multíparas entre 01 a 12 filhos, cadastrados na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município de
Cariré. A pesquisa ocorreu nos meses de abril a maio de 2014 e utilizou como roteiro uma entrevista semiestruturada e para análise, foi
utilizado o método da categorização de Minayo. Obedeceu-se aos princípios éticos da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.
RESULTADOS
As informações extraídas das entrevistas foram organizadas por categorias a luz do referencial de Roy, evidenciando a experiência das
mães, seus sentimentos, conflitos e nível de adaptação após o diagnóstico do filho com PC, descrevendo os estímulos significativos e
as respostas adaptativas ou inefetivas que elas desenvolveram. As categorias foram: Estímulo focal - Momento do diagnóstico, que trás
o sentimento de negação ao impacto do diagnóstico; Estímulos contextuais: experiência materna no cuidado do filho com PC, em que
identificou-se outros estímulos do mundo externo e interno, como uma influência positiva ou negativa sobre a situação de vivência das
mães; Estímulos residuais: Contexto Intrafamiliar envolvido no cuidado que descreveu os fatores internos e externos cujos efeitos são
marcantes na pessoa que vivenciou determinada situação e Mecanismos de enfrentamento: Superando a sobrecarga do cuidado ao filho
com PC, que identificou os mecanismos de enfrentamento das mães após a vivência com o filho com PC, seus sentimentos, superação
e o processo de controle para o nível de adaptação após todo o contexto envolvido. A utilização desta teoria permitiu reconhecer que as
mães com filhos com PC podem desencadear respostas positivas ou negativas mediante estímulos que giram em torno do diagnóstico:
impacto, vivência após o diagnóstico, contexto intrafamiliar envolvido no cuidado, sentimentos, conflitos, enfrentamento.
CONCLUSÃO
O enfermeiro deve objetivar em seu trabalho, respostas adaptativas, minimizando as respostas ineficientes, para obter a melhoria do
cuidado prestado à mãe-criança e fortalecer o vínculo afetivo entre ambos. Isso porque, foi possível reconhecer respostas negativas em
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situações estressantes nos relatos de experiências das mães com filhos com PC.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de atenção à
pessoa com paralisia cerebral. Brasília: Ministério da Saúde; 2013. 80 p.
MILBRATH MM. Cuidado da família à criança portadora de paralisia cerebral nos três primeiros anos de vida [dissertação]. Rio Grande:
Escola de Enfermagem, Fundação Universidade Federal de Rio Grande; 2008.
OLIVEIRA MFS, SILVA MBM, FROTA MA, PINTO JMS, FROTA LMCP, SÁ FE. Qualidade de vida do cuidador de crianças com paralisia cerebral.
Rev Brás Promoção da Saúde. 2008;21(4):275-80.
SANTOS, E.R.S. Paralisia cerebral: repercussões no contexto familiar. São Carlos, 2011.
Descritores: Paralisia cerebral, Políticas públicas, Teoria de enfermagem, Adaptação
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TECNOLOGIA EDUCACIONAL COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
PARA ADOLESCENTES
Raissa Mont’ Alverne Barreto 1
Maristela Inês Osawa Vasconcelos 1
Maria Veraci Oliveira Queiroz 1
[email protected]
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA 1; Universidade Estadual do Ceará – UECE 3.
INTRODUÇÃO
O uso de tecnologias educativas torna-se essencial no desenvolvimento do processo educativo com adolescentes, visto que tenta superar o modelo tradicional para o foco da co-produção de saber e autonomia, onde os adolescentes tornam-se centrais no processo
educativo, favorecendo um repensar de suas práticas e atitudes para o futuro.
OBJETIVOS
Realizar levantamento da produção científica nacional e internacional sobre o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação na
educação em saúde como dispositivo de cuidado à saúde do adolescente.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de dados Medline, Lilacs e Adolec, utilizando os seguintes descritores: Tecnologia
educacional; Saúde do Adolescente e Educação em Saúde, em agosto e setembro de 2015. Os critérios de inclusão foram: artigos completos disponíveis em português, inglês e espanhol nos últimos dez anos, resultando em 10 artigos para análise.
RESULTADOS
Verificou-se que quatro artigos abordaram a temática sexualidade e três drogas, possuindo significativa visibilidade para abordagem nas
tecnologias educacionais como estratégia de educação em saúde para adolescentes. Embora em menor quantidade, outros temas como
relação dos pais e familiares e bullying também foram abordados. As tecnologias utilizadas nas produções foram: blogs, oficinas educativas, plataforma moodle e multimídia educativa. Verificou-se que a maior parte da utilização de tecnologias foi realizada nas escolas
por ser considerada um local em que os adolescentes permanecem reunidos por período de tempo considerável, além de proporcionar
o envolvimento de diversos atores na educação. Porém notou-se a necessidade da participação dos profissionais de saúde, sinalizando
a possibilidade de integração interdisciplinar com a utilização de tais tecnologias para melhor aproximação com esse público e destes
aos serviços de saúde.
CONCLUSÃO
Assim, acredita-se que as tecnologias, além de favorecer a comunicação, revelam interesses, saberes, percepções e desejos dos adolescentes, o que diminui seus sentimentos de dúvida e timidez, sendo assim, uma realidade que precisa ser difundida.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTE, R.B; FERREIRA, M.N; MAIA, L.L.Q.G; ARAÚJO, A; SILVEIRA, R.C.P. Uso de Tecnologias da Informação e Comunicação na
educação em saúde de adolescentes escolares. J. Health Inform. 2012 Outubro-Dezembro; 4(4):182-6.
CAMILO, V.M.B, et al. Educação em saúde sobre dst/aids com adolescentes de uma escola pública, utilizando a tecnologia educacional
como instrumento. DST - J bras Doenças Sex Transm 2009: 21(3): 124-128.
GUBERT, F.A; SANTOS, A.C.L; ARAGÃO, K. A; PEREIRA, D.C.R; VIEIRA, N.F.C; PINHEIRO, P.N.C. Tecnologias educativas no contexto escolar:
estratégia de educação em saúde em escola pública de Fortaleza-CE. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2009;11(1):165-72.
Tecnologia educacional; Saúde do Adolescente e Educação em Saúde.
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PROCESSO DE (RE)FORMULAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO FAMILIAR EM UM
CENTRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Rayann Branco dos Santos; 1
Raissa Mont’Alverne Barreto; 1
Ana Caroline Lira Bezerra; 1
Maristela Inês Osawa Vasconcelos; 2
Maria Socorro de Araújo Dias 2
[email protected]
1
Discente do Curso de Enfermagem da UVA. 2 Docente do Curso de Enfermagem da UVA.
INTRODUÇÃO
Em face da vivência na Estratégia Saúde da Família, verificaram-se limitações na operacionalização do planejamento familiar, o qual
restringia-se a prescrição e renovação de receitas Além disso, verificou-se um alto índice de gestantes adolescentes adscritas na unidade (20), instigando assim a readequação do atendimento as necessidades das usuárias.
OBJETIVOS
Relatar a experiência no processo de reconstrução do modelo de planejamento familiar em um Centro de Saúde da Família.
METODOLOGIA
Estudo descritivo do tipo relato de experiência realizado em um Centro de Saúde da Família (CSF) da Cidade de Sobral, como proposta
de intervenção para ser apresentada ao módulo do Internato I. A experiência aqui descrita se refere as vivências na estratégia saúde
da família de 3 internas do curso de Enfermagem da UVA entre os meses de junho a setembro de 2015. Como técnica de coleta de
informações utilizou-se a observação participante e o diário de campo, bem como consulta as anotações feitas em um livro de atas
disponibilizado pela gerência do CSF. O público alvo da intervenção foram as enfermeiras do CSF, de modo que estas eram as principais
envolvidas no atendimento do planejamento familiar, assim como as usuárias que utilizavam o serviço, visto ser estas que usufruiriam
das mudanças a serem propostas. Respeitou-se os princípios 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, embora o estudo não tenha sido
submetido a apreciação ética por ser um relato de experiência.
RESULTADOS
Inicialmente comunicou-se a gerência a inquietação pelo formato utilizado no planejamento familiar (PF). Então iniciou-se reuniões
semanais nas quais foram discutidas as fragilidades do modelo em rigor e repensado junto com a equipe de enfermagem um novo formato para o PF. Elaborou-se um calendário em que as áreas de cada enfermeira foram divididas conforme suas agentes comunitárias
de saúde, sendo que cada uma dessas teria um dia específico para as mulheres da sua área. Convites foram feitos e entregues para as
mulheres do Bairro, informando-as sobre o novo modelo de atendimento. Assim, o PF começou a ser no formato de roda de conversa
na qual eram discutidas doenças sexualmente transmissíveis e a apresentação dos métodos contraceptivos. Após isso, acontecia um
atendimento individual para esclarecimento de duvidas e a prescrição do melhor método para aquela usuária, sendo esta coparticipante
no processo de escolha. Evidenciou-se que o atendimento tornou-se mais agilizado, visto que as mulheres chegavam juntas para o PF
no horário marcado e não aos poucos como no modelo anterior. A equipe de enfermagem ficou satisfeita, pois no turno destinado ao PF
após a reformulação, sobrava tempo para outras demandas burocráticas. Verificou-se pelas anotações no livro de atas que as áreas em
que as mulheres eram mais assíduas no PF, eram as áreas com menores índices de adolescentes grávidas. Isso trouxe alegria e satisfação
para as internas de enfermagem, bem como para a equipe do CSF.
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CONCLUSÃO
O estudo mostrou que as estratégias de atendimento são dinâmicas e que são necessárias readequações para que o serviço se torne
mais efetivo, respeitando as carências da população. Apesar dos avanços já feitos no modelo de planejamento familiar ainda verifica-se
a necessidade de envolver a figura masculina nesse processo, sendo assim importante mais discussões acerca desta temática.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação. Gênero e Diversidade Sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos. Brasília: MEC/
SECAD, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/escola_protege/caderno5.pdf. Acesso 15 de ago de 2015.
BRASIL, Ministério da Saúde. Departamento de DST, Aids e hepatites virais. Disponível em: http://www.aids.gov.br/tags/tags-do-portal/
estatisticas. Acesso 16 de ago de 2015.
DESCRITORES: Planejamento Familiar; Educação Sexual; Saúde Reprodutiva.
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BACTÉRIAS RESISTENTES A ANTIMICROBIANOS: A SOLUÇÃO ESTÁ NAS
PLANTAS MEDICINAIS?
Sara Edwirgens Costa Benício Vasconcelos 1 Theodora Thays Arruda Cavalcante 1
Hider Machado Melo 1
Francisco Eduardo Aragão Catunda Júnior 1
Renata Albuquerque Costa 1
[email protected]
1
Mestrado em Ciências Biológicas-Biotecnologia. Faculdades INTA.
INTRODUÇÃO
A emergência de bactérias resistentes a fármacos antimicrobianos é um problema de saúde pública de abrangência mundial. No Brasil,
esse fenômeno vem sendo associado à espécie bacteriana Staphylococcus aureus (SANTOS et al., 2015), que é um dos patógenos mais
frequentemente isolados de ambiente hospitalar e de alimentos, sendo, portanto, de interesse clínico e sanitário. Soma-se a isso o fato
de já ter sido detectada resistência a drogas como oxacilina e vancomicina entre os isolados dessa espécie (AKINDOLIRE; BABALOLA;
ATEBA, 2015). A fim de mitigar esse problema, a pesquisa de componentes bioativos em fanerógamas vem se tornando uma alternativa
promissora. Nesse sentido, destacam-se as plantas do gênero Plectranthus por seus múltiplos usos associados à medicina popular. Esse
gênero possui cerca de 3.000 espécies reconhecidas e é amplamente difundido em países da África, América do Sul e Ásia, possuindo
diversidade de usos etnobotânicos. Quanto ao uso medicinal, é culturalmente utilizado para tratamentos digestivos, respiratórios, infecciosos e inflamatórios (LUKHOBA; SIMMONDS; PATON, 2006).
OBJETIVOS
Pesquisar a atividade antibacteriana do óleo essencial das folhas de Plectranthus (OEFP) contra Staphylococcus isolados de alimentos
e resistentes a antimicrobianos.
METODOLOGIA
Foram utilizadas 21 cepas de Staphylococcus resistentes a vacomicina e/ou oxacilina. As cepas cultivadas em Agar Triptona Soja pertenciam à bacterioteca do Núcleo de Bioprospecção e Biologia Molecular Aplicada (NUBEM-INTA). Foi feita a extração do OEFP por hidrodestilação em aparelho de Clevenger e análise química do óleo por cromatografia gasosa. A atividade antibacteriana foi avaliada a partir
do método de disco difusão em Agar Mueller-Hinton de acordo com as recomendações do CLSI (2012). Todas as cepas foram diluídas em
solução salina a 0,85% até a obtenção do padrão de turbidez da escala 0,5 MacFarland. Em seguida, as cepas foram inoculadas com swab
em placas contendo o Agar Mueller Hinton, com posterior aplicação, em triplicata, de discos de papel com 6 mm de diâmetro embebidos
com 20 µL do OEFP. Todas as placas foram incubadas em estufa a 35°C por 24 horas. O OEFP foi considerado bioativo quando do aparecimento de halos de inibição após o período de incubação.
RESULTADOS
Todas as cepas resistentes a vancomicina e/ou oxacilina mostram-se sensíveis ao OEFP. Os resultados referentes à atividade antibacteriana do OEFP frente às cepas de Staphylococcus demostraram, em antibiograma, um padrão de halo de inibição variando de 13 a 39
mm, indicando uma excelente ação antimicrobiana. A análise de componentes químicos do OEFP permitiu verificar a presença majoritária do componente carvacrol, que possui atividade antimicrobiana já descrita.
CONCLUSÃO
O efeito antibacteriano óleo essencial da folha de Plectranthus apresenta-se como uma possível alternativa no combate a cepas de
Staphylococcus resistentes à vancomicina e oxacilina. Esses resultados reiteram a necessidade de se pesquisar novas fontes de agentes
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antimicrobianos em fanerógamas, incluindo aquelas que ocorrem na região Norte do Estado do Ceará.
REFERÊNCIAS
AKINDOLIRE, M.A.; BABALOLA, O.O.; ATEBA, C.N. Detection of antibiotic resistant Staphylococcus aureus from milk: a public health implication. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 12, n. 9, p. 10254-10275, 2015.
CLSI. Clinical and Laboratory Standards Institute. Performance Standards for Antimicrobial Susceptibility Testing. Seventeenth Informational Supplement. M100-S17. 27:1, 2012.
LUKHOBA, C.W.; SIMMONDS, M.S.J.; PATON, A.J. Plectranthus: A review of ethnobotanical uses. Journal of Ethnopharmacology, v. 103, n.
1, p. 1–24, 2006.
SANTOS, D.C.; COSTA, T.M.; RABELLO, R.F.; ALVES, F.A.; MONDINO, S.S. Mannitol-negative methicillin-resistant Staphylococcus aureus
from nasal swab specimens in Brazil. Brazilian Journal of Microbiology, v. 46, n. 1, p. 531-533, 2015.
Descritores: Staphylococcus, Farmacorresistência Bacteriana, Plectranthus.
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CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE TENTATIVAS DE SUICÍDIO ATENDIDOS EM
UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA
Roberta Magda Martins Moreira¹
Eliany Nazaré Oliveira¹
Tamires Alexandre Félix¹
Adeliane Souza Freire¹
José Henrique Moreira Albuquerque²
[email protected]
1.Universidade Vale do Acaraú- UVA.
2Instituto Superior de Teologia Aplicada- INTA
INTRODUÇÃO
O suicídio é caracterizado por um ato de violência autoinfligido que está, na maioria dos países, entre as dez principais causas de morte,
constituindo-se em um relevante problema de saúde pública no mundo (Kruger; Werlang, 2010). Outro problema ligado ao suicídio é o
elevado número de tentativas, além do difícil conhecimento sobre os fatores relacionados.
OBJETIVOS
Analisar as principais características de pacientes admitidos por tentativa de suicídio em uma unidade de emergência de um hospital
referência do Ceará.
METODOLOGIA
O estudo caracteriza-se como descritivo exploratório com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no setor da emergência adulta da Santa Casa de Misericórdia de Sobral com pacientes admitidos por tentativa de suicídio no período de 2013 a 2015. Foram
abordados 153 casos por meio de uma entrevista semiestruturada e formulário próprio com perguntas referentes ao perfil socioeconômico, fatores de risco, contexto da tentativa de suicídio e evolução do caso. Os dados foram processados no programa Epi-Info e está de
acordo com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012).
RESULTADOS
Os resultados demonstraram valores proporcionais quanto ao sexo, sendo 50,3% os casos de sexo masculino e 49,7 % feminino. Quanto
à faixa etária, observou a predominância de adultos (54,2%) referente a idade entre 21 e 41 anos, em seguida dos adolescentes (26,8%)
entre 12 e 21 anos. Com relação ao perfil sócio econômico, 46,4 % eram solteiros, 60% possuíam ensino fundamental incompleto, 29,4%
estavam desempregados e 19,6% foram estudantes. No que se refere ao método utilizado para autoagressão, constatou-se a prevalência
de intoxicação exógena (81%), em sua maioria por raticidas, agrotóxicos e medicamentos de uso contínuo dos pacientes, especialmente
ansiolíticos e antidepressivos, o elevado número relaciona-se ao fácil acesso, baixo custo e eficácia frente às tentativas de suicidio. Logo
após, aparecem os enforcamentos e métodos combinados em que o paciente utiliza dois ou mais meios concomitantes para a violência
autoinflingida. Em relação aos fatores de risco foi identificado o uso abusivo de crack, álcool e outras drogas em 30,0% dos casos, 38,6%
tentaram provocar a própria morte mais de uma vez, 25,5% tinham histórico de suicídio na família e 37,3% portavam alguma desordem
mental. Entre as motivações foram citados conflitos amorosos (31,4%), conflitos familiares (26,8%), eventos estressantes (16,3%) e depressão (11,8%). 56,2% obtiveram alta melhorada e 5,2 % evoluíram para óbito.
CONCLUSÃO
Considera-se a necessidade de estudos semelhantes para conhecer mais profundamente o perfil dessas pessoas e os fatores associados
às tentativas de suicídio além de investir em políticas públicas para qualificar o atendimento visto a vulnerabilidade da pessoa que tenta
suicídio. É importante também, promover ações que tornem menos prováveis futuras tentativas.
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REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Resolução nº 466, de 12 de dezembro
de 2012- CNS. Brasília, DF, 1996.
KRÜGER, L.L.; WERLANG B.S.G. A dinâmica familiar no contexto da crise suicida. Psico-USF, v. 15, n. 1, p. 59-70, jan./abr. 2010.
Tentativa de Suicídio; Emergência; Epidemiologia.
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A INFLUÊNCIA DA HOSPITALIZAÇÃO NA SOBRECARGA DE FAMILIARES DE
PESSOAS COM TRANSTORNOS MENTAIS
Sara Cordeiro Eloia 1
Eliany Nazaré Oliveira 1
Suzana Mara Cordeiro Eloia 1
Danyela dos Santos Lima 1
Rafaella Marques Vieira 1
[email protected]
1 Universidade Estadual Vale do Acaraú
INTRODUÇÃO
Pesquisas já tem chamado a atenção para a sobrecarga que a família enfrenta na convivência com a pessoa com transtorno mental e que
se tornam necessários estudos para investigá-la (LOUKISSA, 1995; ROSE, 1996; BARROSO; BANDEIRA; NASCIMENTO, 2007). A sobrecarga
é definida como impacto causado no meio familiar pela convivência, envolvendo aspectos econômicos, práticos e emocionais (MELMAN,
2002).
OBJETIVOS
Analisar o grau de sobrecarga sentida por cuidadores familiares de pacientes assistidos por serviços de atenção à saúde mental no
Município de Sobral, Ceará.
METODOLOGIA
Adotou-se a metodologia quantitativa, transversal, de caráter exploratório e descritivo, no período de julho de 2013 a agosto de 2014.
Participaram da pesquisa 385 cuidadores, sendo 216 no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Geral, 86 no CAPS Álcool e outras Drogas
e 83 cuidadores na Unidade de Internação Psiquiátrica em Hospital Geral (UIPHG), serviços no Município de Sobral, Ceará. Realizou-se
uma entrevista estruturada, aplicando um questionário sociodemográfico e a Escala de Avaliação da Sobrecarga dos Familiares, adaptada e validada para o Brasil. Foram utilizados os softwares EXCEL e SPSS para organização e análise estatística dos dados, sendo adotado
o nível de significância de 5%. Ressalta-se que foram contemplados os aspectos éticos e legais.
RESULTADOS
A sobrecarga apresentou-se nas dimensões objetiva e subjetiva. A objetiva foi analisada por meio da frequência de cuidados prestados
aos pacientes e a subjetiva, pelo grau de incômodo sentido pelo familiar. Avaliando comparativamente os três grupos de cuidadores, os
resultados apontaram para o maior grau de sobrecarga no grupo na UIPHG em relação aos demais serviços. Partindo de uma análise
mais específica da sobrecarga objetiva, cuidadores na UIPHG estiveram mais sobrecarregados com relação à frequência com que supervisionaram os comportamentos problemáticos do paciente comparando-se aos cuidadores no CAPS Geral, e quanto ao impacto nas
rotinas diárias em relação aos outros grupos. No que se refere à sobrecarga subjetiva, destacou-se maior grau de incômodo no grupo
de cuidadores na UIPHG. Este se sentiu mais incomodado ao supervisionar os comportamentos problemáticos do que os cuidadores no
CAPS Geral e preocupados com o futuro e o tipo de ajuda e tratamento médico do paciente. Pelos dados, pode-se considerar a gravidade
do quadro clínico como fator preditor de sobrecarga objetiva e subjetiva sentida pelos cuidadores familiares.
CONCLUSÃO
Estudos sobre essa temática visa a contribuir na prática dos profissionais e gestores da saúde mental, bem como qualificar o cuidado
aos familiares com o intuito de diminuir o impacto resultante da tarefa de cuidar. Faz-se necessário repensar as estratégias de apoio às
famílias, bem como a necessária preparação para a alta hospitalar do paciente, considerando suas necessidades e saberes.
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REFERÊNCIAS
BARROSO, S. M.; BANDEIRA, M.; NASCIMENTO, E. Sobrecarga de familiares de pacientes psiquiátricos atendidos na rede pública. Revista
de Psiquiatria Clínica, v. 34, n. 6, p. 270-277, 2007. Disponível em: <http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/n6/270.html>. Acesso
em: 20 jan. 2014.
LOUKISSA, D. Family burden in chronic mental illness: a review of research studies.
Journal of Advanced Nursing, v. 21, n. 2, p. 248-255, 1995.
MELMAN, J. Família e doença mental: repensando a relação entre profissionais de saúde e familiares. São Paulo: Escrituras, 2002.
ROSE, L. E. Families of psychiatric patients: a critical review and future research directions. Archives of Psychiatric Nursing, v. 10, n. 2,
p. 67-76, 1996.
Descritores: Serviços de saúde mental. Pacientes psiquiátricos. Sobrecarga familiar.
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ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL EM AMBIENTE HOSPITALAR: ATUAÇÕES DO PET
REDE PSICOSSOCIAL
Sibele Pontes Rocha 1
Railane David Alves 1
Antonio Cleilson Nobre Bandeira 2
Ana Lúcia Mendes dos Santos 3
Cibelle Tiphane de Sousa Costa 4
[email protected]
1. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.
2. Acadêmico de Educação Física da Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA.
3. Enfermeira Assistencialista da UIPHG Dr. Odorico Monteiro. Secretaria de Saúde de Sobral- SSS.
4. Enfermeira. Coordenadora da UIPHG Dr. Odorico Monteiro. Secretaria de Saúde de Sobral- SSS.
INTRODUÇÃO
A Reforma Psiquiátrica assegura às pessoas com transtorno mental o respeito aos seus direitos, priorizando os tratamentos comunitários, a reinserção na sociedade e na família. Sendo a internação o último recurso utilizado. Neste sentido, Barreto (2008) considera que
as atividades educativas no ambiente hospitalar constitui um instrumento de promoção da reabilitação do sofredor psíquico.
OBJETIVOS
Relatar a experiência de monitores do PET Saúde Rede Psicossocial na realização de oficinas educativas em Unidade de Internação
Psiquiátrica em Hospital Geral (UIPHG).
METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de um relato de experiência realizado por monitores do PET Saúde Rede Psicossocial, acadêmicos dos cursos
de Enfermagem e Educação Física, durante o estágio na UIPHG Dr. Odorico Monteiro, em Sobral, CE. O estudo ocorreu de abril a julho de
2015, com pacientes internados na referida Unidade. As abordagens foram realizadas através de oficinas educativas, com o intuito de
resgatar habilidades de vida diária, ocupar o tempo livre, divertir e promover a integração dos internos, familiares profissionais e acadêmicos. Os temas das oficinas foram: higiene bucal, cuidados com o corpo, alimentação saudável e datas comemorativas. Para a realização
destes momentos foram utilizados alguns materiais, entre eles: prótese dentária, escova de dente, sabonetes, toalhas de mão, cartolinas,
imagens de revistas, cola, fita adesiva, pincéis, lápis de cor, EVA, TNT. Esta pesquisa respeitou os princípios bioéticos preconizados pela
Resolução 466/2012 do CNS.
RESULTADOS
As oficinas foram realizadas mensalmente, aconteceram quatro oficinas com as temáticas: higiene bucal, cuidados com o corpo, alimentação saudável e datas comemorativas. Os temas foram escolhidos a partir das necessidades dos pacientes, percebidas no cotidiano da
assistência. No primeiro momento o objetivo foi sensibilizar os pacientes e acompanhantes sobre a importância da escovação adequada,
os monitores e preceptora demonstraram a escovação utilizando uma prótese dentária e foram ofertados kits de escovação contendo
um creme dental e uma escova. Na segunda oficina sobre cuidados com o corpo, discutiu-se principalmente sobre o banho, lavagem
das mãos, corte das unhas e cabelos, sendo distribuídas toalhas de mão e sabonetes. O terceiro momento, sobre alimentação saudável
priorizou os benefícios das frutas e legumes nas refeições, foram utilizados cartazes ilustrativos para explanar o assunto. A última oficina
objetivando favorecer a cognição dos internos, através da conexão com o mundo exterior, para tal foi afixado mural de TNT, contendo
tarjetas com os meses do ano e selecionadas imagens representando as principais datas comemorativas, os pacientes deveriam relacionar as figuras aos meses, decorando o mural. Todas as oficinas foram muito interessantes tanto para a equipe, quanto para pacientes e
familiares, visto que, conseguiram integrar os sujeitos, favorecendo um clima de amizade, criatividade e cooperação, desconstruindo a
rotina estressante do ambiente hospitalar.
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CONCLUSÃO
Os pacientes participaram da construção de todos os momentos, confeccionando os materiais e participando das discussões. As oficinas ajudaram a preencher os dias dos internos, que na maioria das vezes, eram ociosos, incentivando-os a pensar e interagir com os
profissionais e acompanhantes, fortalecendo o vínculo e a confiança, sentimentos muito importantes quando se trata de saúde mental.
REFERÊNCIAS
BARRETO, M. S.; BÜCHELE, F.; COELHO, E. B. S. O cuidado com o sofredor psíquico institucionalizado. Cogitare Enfermagem, 2008 Out/
Dez; 13 (4):607-11.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei 10.216. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
Descritores: Atenção à saúde; Saúde mental; Hospital.
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LIGA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA: EM BUSCA DA CONSOLIDAÇÃO
DA INDISSOCIABILIDADE DO ENSINO-PESQUISA-EXTENSÃO.
Suênia Évelyn Simplício Teixeira 1
Carlos Romualdo de Carvalho e Araújo 1
Roberlândia Evangelista Lopes 2
Maria da Conceição Coelho Brito 2
[email protected]
1.Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA - Sobral – CE e ligantes da LESF.
2 Mestre em Saúde da Família, Docente da UVA e Coordenadora da LESF.
INTRODUÇÃO
As Ligas Acadêmicas são entidades dirigidas por e destinadas aos estudantes sob a supervisão de professores vinculados a Instituição de
Ensino Superior. Assim, a Liga de Enfermagem em Saúde da Família (LESF) visa à ampliação da visão do estudante que busca aprimorar
seus conhecimentos científicos, além de facilitar a execução de atividades extracurriculares.
OBJETIVO
Descrever o processo de consolidação da Liga de Enfermagem em Saúde da Família e suas conquistas em busca da prática da indissociabilidade do ensino-pesquisa-extensão.
METODOLOGIA
Estudo do tipo histórico narrativo sobre a consolidação da LESF um projeto em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade
Estadual Vale do Acaraú – UVA. O período de criação deu-se em agosto de 2014, quando um grupo de alunos inquietos com algumas
lacunas existentes na grade curricular, perceberam que o processo ensino-aprendizagem não se restringe somente a sala de aula, mas
que este deve ser desenvolvido pelo próprio acadêmico em busca de novos conhecimentos e experiências profissionais e pessoais. Para
efetivação da LESF foi-se necessário a construção de um Estatuto firmando os direitos e deveres dos ligantes e criação e organização
de uma mesa diretora, a qual foi composta foi duas docentes Mestres em Saúde da Família e seis discentes da UVA. Foi estabelecida uma
carga horária de 8h/semana para o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.
RESULTADOS
A Liga de Enfermagem em Saúde da Família – LESF é definida como produto resultante da incorporação de um grupo de acadêmicos de
Enfermagem com interesse comum: estimular os acadêmicos a conhecer, vivenciar e atuar com veemência no território da Estratégia
Saúde da Família (ESF), com vistas a fortalecer o enfrentamento de vulnerabilidades, desenvolvimento das potencialidades e, consequentemente, o fortalecimento do SUS, visando cumprir objetivos de ensino, pesquisa e extensão. Na pesquisa, tivemos oficinas para
aprender a construção, elaboração e apresentação de trabalhos em eventos científicos para disseminar e compartilhar os conhecimentos e aprendizados adquiridos na LESF, dessa maneira, dentro de um ano, participamos de eventos locais, regionais e internacionais
como forma de expor as experiências vivenciadas. Na extensão, participação em grupos nos Centro de Saúde da Família (CSF) para
fomentar as ações desenvolvidas e dar continuidade aos trabalhos da equipe, contribuindo com a amplificação de assuntos relevantes
e trocas de experiências entre os profissionais/acadêmicos/comunidade. Já no ensino, tivemos encontros semanais de educação permanente de acordo com a necessidade de conhecimento dos ligantes para que podessem explorar o território com mais propriedade
e afinco. Realizamos a I Jornada Regional em Saúde da Família (JORESF) um evento de abordagem multidisciplinar, onde reunimos
acadêmicos e profissionais da área da saúde e pudemos incitar a discussão sobre a ESF.
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CONCLUSÃO
Diante disso, a Liga de Enfermagem em Saúde da Família visa proporcionar um aprendizado diferenciado pelas oportunidades de estar
com mais veemência no ambiente de trabalho, conhecendo suas fragilidades, potencialidades e podendo desenvolver integradamente
o ensino, pesquisa e extensão tão almejado na estrutura e fortalecimento da grade curricular, sendo um desafio para os estudantes e
discentes.
REFERÊNCIAS
FILHO PTH. Ligas Acadêmicas: Motivações e Críticas a Propósito de um Repensar Necessário. Rev Bras Educ Med. 2011.
HAMAMOTO FILHO PT et al. Normatização da abertura de ligas acadêmicas: a experiência da Faculdade de Medicina de Botucatu.
Rev Bras Educ Med. 2010.
Descritores: Educação em enfermagem; Relações Comunidade-Instituição; Estratégia Saúde da Família. BANNER
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USO DO BLOG COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE TIMON-MA.
Talita Soares de Oliveira¹
Vanessa Xavier Silva Sousa Gomes¹
Élcio Basílio Pereira Machado¹
Jurandir Fernandes Cavalcante¹
[email protected]
Programa Mestrado Profissional Ensino na Saúde/ Universidade Estadual do Ceará
INTRODUÇÃO
Os sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos pelas facilidades que oferecem, atraindo pessoas a criá-los, e com isso, eles
vêm ocupando um lugar de destaque no contexto educacional. Barbosa e Granado (2004) afirmam que a educação é uma área onde os
blogs podem ser utilizados como ferramenta de comunicação e de troca de experiências com excelentes resultados.
OBJETIVOS
Avaliar o uso do blog como ferramenta de aprendizagem para alunos do Ensino Médio de uma escola pública de Timon-MA.
METODOLOGIA
A criação do blog foi uma proposta de atividade da disciplina Tecnologia da Informação e Comunicação do Programa de Mestrado Profissional Ensino na Saúde/UECE.
O blog deveria ser criado e aplicado no ambiente de trabalho dos proponentes. Considerando que os proponentes são professores de
Educação Física, resolveram trabalhar com o tema transversal sugerido pelos PCN’s (1998) “Orientação Sexual”, com as turmas do 1º ano
do Ensino Médio Integrado de uma escola pública do município de Timon-MA, totalizando um universo de 160 alunos.
O blog foi criado através do endereço eletrônico http://eumeprotejo.blogspot.com.br, em setembro de 2014 e foi utilizado como ferramenta pedagógica durante 15 dias, período estipulado para apresentação dos resultados.
Mais que uma aula atrativa era importante observar se a ferramenta faria com que os alunos interagissem, principalmente por se tratar
de uma temática cercada de tabus.
RESULTADOS
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O Blog contou com mais de mil visitas até o final da atividade. Considerando que somente os alunos, a princípio sabiam da ferramenta,
o número de acessos comprova a motivação dos discentes pela temática.
O número de acessos nos surpreendeu, credenciando o blog como uma poderosa ferramenta pedagógica a ser usada nas aulas de Educação Física como forma de Educação para a Saúde.
Na Figura 1, podemos observar o número de visualizações do blog durante o período de avaliação da ferramenta.
Figura 1. Número de acessos ao blog eumeprotejo.com em setembro de 2014.
Fonte: https://www.blogger.com/home
Na Figura 2 podemos observar o número de comentários de cada postagem no blog, onde fizemos uso de textos, figuras, vídeos, charges
e animações.
Figura 2. Número de comentários por postagem do blog
Fonte: https://www.blogger.com/home
A escola onde foi realizado o estudo situa-se no bairro Mutirão, onde a maioria dos alunos vivem em situação de vulnerabilidade social,
por isso, têm na Escola a única oportunidade de contato com as tecnologias, obtendo assim uma nova visão do mundo com novas possibilidades e perspectivas.
A criação do blog na escola permitiu um novo olhar acerca da educação, permitindo trocas e a criatividade no desenvolvimento das aulas,
permitindo que alunos e professores participem ativamente do processo de ensino e aprendizagem como desafio educacional, além de
funcionar como ferramenta inclusiva aos alunos de baixa renda.
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CONCLUSÃO
O uso do blog como ferramenta pedagógica revelou-se eficiente na possibilidade do seu uso e no alcance do aprendizado, motivando os
alunos pela atividade proposta.
O tema Orientação Sexual não tem apenas um caráter informativo, mas, sobretudo um efeito de intervenção no interior do espaço escolar, e o blog, nesse caso, mostrou-se um recurso apropriado para promover o diálogo sobre o tema.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais. Brasília:
MECSEF, 1997.
BARBOSA, E.; GRANADO, A. WeBlog, Diário de Bordo. Porto Editora, Porto, 2004.
Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Doenças Sexualmente Transmissíveis.
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ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA E ANEMIAS DAS DOENÇAS CRÔNICAS UMA
REFLEXÃO TEÓRICA
TAYANNY TELES LINHARES BEZERRA 1Acadêmico(a) de Enfermagem do INTA
BRUNA DA CONCEIÇAO LIMA 2Acadêmico(a) de Enfermagem do INTA
LAYANNY TELES LINHARES BEZERRA 3Acadêmico(a) de Enfermagem do INTA
RONALDO CÉSAR AGUIAR LIMA 4Acadêmico de Medicina da UERN
DIEGO DAVID DANTAS MAIA 5Graduado em Medicina pela UERN
[email protected]
INTRODUÇÃO
A Anemia de Doença Crônica é uma anemia por falha da medula óssea em aumentar a Eritropoese suficiente para compensar a menor
sobrevida das hemácias. Já a Doença das Doenças Crônicas é caracterizada por elevados níveis de fatores inflamatórios e interleucinas
que quebram a Hemostasia do Ferro, diminuem a capacidade de proliferação de genitores eritroides ou produção de eritropoietina
OBJETIVOS
Discursar sobre Anemia de Doença Crônica e Anemia das Doenças, evidenciando as principais diferenças
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica desenvolvida a partir das principais literaturas científicas disponíveis nas bases de dados online
PUBMED, SciELO e Guidelines
RESULTADOS
A Anemia de Doença Crônica é a segunda maior causa de Anemia, sendo a primeira em indivíduos hospitalizados. Geralmente relacionada a infecções (18-95%), Câncer (30-77%), Doenças Autoimune (8-71%), rejeição crônica de transplantes (8-70%) e Doença Renal
Crônica e inflamatória (23-50%). Está associada a distúrbio do metabolismo do ferro, com diminuição da sobrevida da hemácia e da
resposta medular. A Fisiopatologia envolve ativação do Sistema Imune, com liberação de citocinas e retenção de ferro nos macrófagos.
Com diminuição da síntese de Hemoglobina (Hb). Normalmente se desenvolve nos primeiros 30-60 dias de doença e não progride.
Laboratorialmente a Hb é 9-12g/dl (raramente abaixo de 8g/dl), Hematócrito (Ht) de 25-40%. Normocítica e Normocrômica, mas pode
se apresentar Hipocrômica. Reticulócitos normais ou levemente aumentados. Ferro sérico abaixo de 50µg, com Ferritina normal ou aumentada. O tratamento deve ocorrer após a resolução da doença aguda e se dá por reposição de ferro e transfundir quando o aporte de
oxigênio é baixo. Já na Anemia das Doenças Crônicas pode ocorrer em infecções, Doenças Autoimunes, rejeição crônica de transplantes,
mas está intimamente associada a Insuficiência Renal Crônica, Doença Inflamatória Intestinal, SIDA, Câncer e Endocrinopatias. Desenvolve-se no curso da doença e progride intensificando-se com o avançar da doença. A fisiopatologia dessas doenças também está ligada
a ativação do Sistema Imune com um reforço por ativação do complemento C3 e maior liberação de Hepcidina (inibe a saída de Ferro).
Laboratorialmente a Anemia das Doenças Crônicas, caracteriza-se por Hb é 8-9,5g/dl, Hematócrito (Ht) de 20-30%. Normocítica e Normocrômica, mas pode se apresentar Microcítica. Reticulócitos diminuídos. Ferro sérico muito baixo, com Ferritina normal ou aumentada.
O tratamento está vinculado a doença de base, sendo que a Anemia em vigências dessas doenças constitui-se em preditor de piora com
aumento da mortalidade. O tratamento ocorrerá por reposição de Ferro, eritropoietina, bem como outros suplementos que necessitar.
CONCLUSÃO
O conhecimento das formas de Anemias relacionadas a Doenças, bem com suas patologias e sintomas, é de fundamental importância
para o manejo terapêutico e eficiência das abordagens clínicas. Somente a partir do conhecimento prévio de determinada manifestação
é que se poderá conduzi-la de forma satisfatória.
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REFERÊNCIAS
1.Hansen NE. The anemia of chronic disorders: A bag of unsolved questions. Scand. J. Haematol. 1983; 31:397.
2. Lee GR. The anemia of chronic disease. Semin Hematol. 1983; 20:61-80.
3.Weiss G. Advances in the diagnosis and management for the anemia of chronic disease. Hematology 2000. 2000; 42-45
4. Denz H, Fuchs D, Wachter H. Altered iron metabolism and the anemia of chronic disease: a role of immune activation. Blood 1992;
79:2797.
Descritores: Anemina, Doença crônica, Hemograma, Hematologia , Terapia
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EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA OS AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS COMO
PASSO IMPORTANTE PARA SEGURANÇA DO PACIENTE
Tereza Angelise Alves Mendonça ¹
Rogelma Carneiro Ferreira²
Luiz José de Lima Neto³
Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes Neto
[email protected]
INTRODUÇÃO
A preocupação com qualidade do cuidado e com a segurança do paciente nas instituições de saúde tem surgido em âmbito global. Dados
apontaram que de 33,6 milhões de internações 44.000 a 98.000 pacientes, aproximadamente, morreram em consequência de eventos
adversos¹. A Higienização dos setores de forma adequada como qualquer tipo de cuidado com o paciente configura-se uma medida
importantíssima para minimização da infecção hospitalar e para a disseminação de bactérias
OBJETIVOS
Relatar a importância da realização de capacitação e treinamento continuo para os auxiliares de serviços gerais para segurança do paciente em um hospital de médio porte Zona Norte do Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um Relato de Experiência resultante da capacitação para os auxiliares de serviços gerais do Hospital Municipal de Massapê,
como potencial medida de segurança para o paciente em um Hospital de Médio porte, durante os meses de agosto e setembro de 2015.
Os princípios éticos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde foram respeitados.
RESULTADOS
A inserção em diversos serviços de um Hospital permitiu adentrar em campos de prática variados, além de enfrentar os conflitos práticos
da implementação das bases teóricas para segurança do paciente. Percebeu - se a fundamental importância de capacitar os auxiliares
de serviços gerais para que eles façam a higienização das unidades de saúde obedecendo as técnicas adequadas de forma que se faça a
limpeza correta diminuindo assim os riscos de aumentar as infecções hospitalares e as disseminações de bactérias.
CONCLUSÃO
O processo de melhorar a segurança do paciente na prevenção de danos é complexo e desafiador. A base filosófica para o cuidado de
enfermagem é fundamentada no princípio da segurança do paciente, no qual a prática de medidas simples se tornam essenciais no
processo de recuperação do paciente, mas com a complexidade atual da assistência à saúde, isso requer uma atenção continua e que
medidas básicas e essenciais devem serem tomadas no dia – a –dia para que se possa ofertar uma assistência mais segura para os
pacientes de acordo com sua real importância.
REFERÊNCIAS
SILVA, A. E. B. C. Segurança do paciente: desafios para a prática e a investigação em enfermagem. Rev. Eletr. Enf., v. 12, n. 3, 2010.
Descritores: pacientes; segurança; higienização; profissionais.
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM MEDIANTE HEMOTRANSFUSÃO: REVISAO
BIBLIOGRAFICA.
Uilma Silva Sousa 1, 2,3, 1
Ana Claúdia Mesquita Andrade 1, 2,3 ,1
Silvana Vasconcelos de Souza 1, 2,3, 1
Claudia Valeria Colono rodrigues 4, 3
Milena de Melo Abreu 3,2
[email protected]
Residência Multiprofissional de Urgência e Emergência¹. Ministério da Saúde².
Santa Casa Misericórdia Sobral (SCMS) ³. Atenção Básica Saúde (ABS) 4.
Enfermeira Residente¹. Enfermeira de Urgência e Emergência SCMS ². Enfermeira ABS³.
INTRODUÇÃO
A hemotransfusão refere-se à introdução de sangue total ou seus componentes dentro do sistema circulatório de um cliente, por via
endovenosa, com finalidade terapêutica (CRAVEN & HIRNLE, 2006).
OBJETIVOS
Identificar os principais cuidados de enfermagem durante uma hemotransfusão de acordo com a literatura sobre o tema.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão de literatura, de abordadgem qualitativa. Os dados foram coletados junto as bases de dados eletrônicas
BIREME, utilizando como palavras chave: sangue, transfusão sangüínea e enfermagem. A coleta de dados ocorreu no de mês de Agosto
de 2015. Emergiram 11 artigos que tinham relação com o tema, foram lidos e após análise foram selecionados 3 artigos do ano de 2012
a 2014.
RESULTADOS
No âmbito hemoterapia, o enfermeiro avalia e orienta o doador de sangue durante a triagem clínica; presta assistência e supervisiona as
possíveis intercorrências durante a doação; orienta na entrega de resultados de exames sorológicos; elabora prescrição de enfermagem
necessária nas etapas do processo hemoterápico; avalia e realiza a evolução do doador e do receptor com a equipe multiprofissional;
executa e/ou supervisiona a administração e monitoração da infusão de hemocomponentes e hemoderivados; detecta eventuais reações adversas, registra informações e dados estatísticos pertinentes ao doador e receptor; participa de programas de captação de
doadores; desenvolve e participa de pesquisas relacionadas à hemoterapia e à hematologia.
CONCLUSÃO
Possível compreender a importância da atuação da equipe de enfermagem na área de hemotransfusão, sendo a mesma responsável
pelo procedimento e identificação de possíveis complicações decorrentes do procedimento, prestar assistência qualificada e precisa, buscando excelência no atendimento. Durante a pesquisa foi observado uma produção reduzida de pesquisa de enfermagem em
hemotransfusão no Brasil. Diante da carência de estudos do tema como relevância para a enfermagem brasileira, é que se entende a
importância deste estudo.
REFERÊNCIAS
CRAVEN, R. F.; HIRNLE, C. J. Fundamentos de enfermagem: saúde e função humanas. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Descritores: Sangue e Cuidados de Enfermagem.
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