deoLINdA - Teatro Municipal da Guarda
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deoLINdA - Teatro Municipal da Guarda
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Bis o regresso dos DEOLINDA Abril e Maio de 2010 Boletim Bimensal do Teatro Municipal da Guarda Troço Guarda-Covilhã deverá entrar em funcionamento em 2012 Felizmente… ainda a ver passar o comboio! Com o filme Pare, escute e olhe, Jorge Pelicano guia-nos numa viagem documental por um Portugal profundo e esquecido, cuja população se viu isolada e traída quando foi encerrada definitivamente a linha do Tua. Por cá, quase que acontecia o mesmo com a Linha da Beira Baixa. O troço que liga Guarda a Castelo Branco tinha carris ao serviço desde que o primeiro comboio circulou na linha, há 116 anos. As obras eram mais do que necessárias, mas desconfiou-se que o encerramento passasse de temporário a definitivo (como aconteceu no Tua). Um “Vulcão” chamado Custódia GaLlegO Se eu fosse outra, se eu não fosse submissa, teria vivido outra vida... vou sobreviver-te, vou ser feliz. Quem o diz é Valdete, personagem interpretada por Custódia Gallego na peça Vulcão, de Abel Neves. Vulcão é um murro no estômago: a história de uma mãe que é vítima de maus- tratos e que não foge de casa porque ainda tem esperança de poder saber o paradeiro do seu filho, entregue à Máfia pelo próprio pai. Sozinha em palco, Custódia Gallego interpreta aquele que é o seu primeiro monólogo, escrito propositadamente para ela pelo dramaturgo português Abel Neves. Tudo começa em meados da década de 80 quando a actriz resolve trocar o curso de Medicina que frequentava na Universidade de Lisboa pelo de Teatro no Conservatório. Seguiu-se-lhe o curso de formação de actores na Comuna, sob a orientação de João Mota. Está ainda no Conservatório quando começa a trabalhar como profissional no Teatro Nacional com Carlos Avilez, Artur Ramos e Orlando Neves. Em 1984 vai para o Teatro Ibérico, trabalha com Blanco Xil interpretando Tchékhov, Garcia Lorca, Valle-inclan, entre outros. VULCÃO de ABEL NEVES Em1986 faz parte da fundação do grupo Persona onde interpreta essencialmente dramaturgia em língua portuguesa. Quando o grupo acabou tornouse independente e trabalha com Fernanda Lapa, Manuel Cintra, Fernando Gomes, Grupo Joana, João Grosso, Rosa Coutinho Cabral, Grupo Aloés, Marco d’Almeida, Diogo Infante, Jonh Retalak, Cucha Carvalheiro, Artistas Unidos, Teatro do Bolhão. A actriz tem trabalhado paralelamente em televisão, tendo participado nas séries Filha do Mar, Jóia de África, Queridas Feras, Mistura Fina, Floribela, Vingança, Resistirei, Podia acabar o mundo e Perfeito Coração. Em cinema trabalhou com Monique Rutler, Joaquim Leitão, José Fonseca e Costa, Margarida Cardoso, João Botelho e com António Ferreira protagonizou Esquece tudo o que te disse. Vulcão é uma co-produção da ACE/Teatro do Bolhão e Teatro Nacional D. Maria II e tem encenação de João Grosso. ACE / TEATRO DO BOLHÃO E TEATRO NACIONAL D. MARIA II SÁBADO 10 DE ABRIL 21H30 A linha encerrou para obras há um ano (9 de Março de 2009) e segundo as últimas informações da REFER, prevê-se que o troço Guarda – Covilhã esteja a funcionar no segundo semestre de 2012. Segundo a página de internet da Linha da Beira Baixa, a via Guarda Covilhã foi completamente reconstruída de raiz durante o ano de 2009; o apeadeiro de Caria e a estação de Belmonte foram completamente remodelados. A Linha da Beira Baixa foi inaugurada a 6 de Setembro de 1891 pelo rei D. Carlos, embora o comboio só chegasse até à Covilhã visto que o restante troço até à Guarda só viria a ser concluído em meados de 1893. Nos últimos anos, tem sido alvo de inúmeras obras de modernização: em 1995 chegaram as primeiras catenárias à linha até Mouriscas A, e nos anos seguintes, a linha foi alvo de várias obras no troço Abrantes – Castelo Branco e Castelo Branco – Covilhã, ao ponto de no verão de 2001 ser necessário o transbordo de passageiros para autocarro entre Fundão e Covilhã. 2005 foi o ano em que a linha ficou oficialmente electrificada até Castelo Branco, prevendo-se que no futuro seja electrificada até à Covilhã e posteriormente até à Guarda, tornando a linha uma alternativa à já sobrecarregada linha da Beira Alta. O troço Guarda Covilhã foi considerado o troço em pior estado. Como referimos antes, havia carris datados de 1891 ainda a ser utilizados. Trata-se de um percurso de 46, 5 km em que a velocidade máxima permitida eram de 60 km hora e de 20 km/ hora nalgumas pontes, tornando a viagem Guarda Covilhã muito demorada. De assinalar a admirável riqueza paisagística desta linha, uma das mais valias do percurso que atravessa uma encosta paralela às montanhas da Serra da Estrela, e que proporciona uma vista fabulosa sobre o vale beirão. pare, escute e olhe de jorge pelicano QUARTA 14 DE ABRIL 21H30 O “BANDIDO” de MANEL CRUZ PASSA PELO TMG EM ABRIL Diz que «não foge… anda à procura»! Manel Cruz (ex-Ornatos Violeta) deixou em stand by os Pluto e os Supernada para se entregar ao novo projecto: Foge Foge Bandido. O músico apresenta “O amor dá-me tesão / não fui eu que estraguei”, o disco livro acabado de editar, no TMG a 17 de Abril. O BIS FEZ UMA BREVE ENTREVISTA A MANEL CRUZ Foge Foge Bandido é o novo projecto do Manel Cruz. De que foge afinal este bandido que dá nome a esta nova aventura musical? Não foge, anda à procura… resistir é vencer josé mário branco José Mário Branco é um dos autores-compositores-intérpretes que, no trilho de José Afonso, renovaram a canção portuguesa nos anos 60 e 70. Nascido no Porto em 1942, desde cedo se ligou à música e, mais tarde, ao teatro, cinema e acção cultural (foi autor, compositor e intérprete da música de peças de teatro e filmes, em França e em Portugal (Liberéz Angela Davis Tout de Suite, Fuenteovejuna, A Confederação, Gente do Norte, O Ladrão do Pão, Liberdade, Liberdade, etc). O seu itinerário artístico esteve, além disso, sempre ligado à consciência revolucionária portuguesa e aos diversos movimentos que dela foram nascendo. Depois de exilado em França e regressado a Portugal, fundou o GAC (Grupo de Acção Cultural) que, entre 1974 e 1977, realizou mais de 500 espectáculos em todo o país e no estrangeiro. Em 1977, integrou a companhia de teatro A Comuna, onde permaneceu, como músico e actor, até 1979 (co-criador de A Mãe e Homem Morto, Homem Posto, de Bertolt Brecht). Funda em 1979 o Teatro do Mundo, onde exerce uma actividade preponderante. “O amor dá-me tesão/ Não fui eu que estraguei” são dois discos e um livro que «podem ser vistos como um filme de múltiplas narrativas» as palavras são suas, quer explicar melhor isto? É um trabalho mais plástico que se propõe a um maior experimentalismo e a uma atitude mais plástica na própria musica, é quase um trabalho de bricolage. Ornatos Violeta, Pluto e Supernada foram os seus anteriores projectos. Foge Foge Bandido é uma súmula de todos eles? Profissão Músico (e também actor) Ano em que nasceu 1942 Naturalidade Porto Signo Gémeos O seu último disco a solo Resistir é Vencer Sim e não, antes pelo contrário e vice-versa. Sente-se mais confortável a solo? Os projectos Pluto e Supernada estão definitivamente postos de lado? Nunca me senti a solo, sempre toquei com pessoas. Quantos aos Pluto, pararam não acabaram. Os Supernada estão a finalizar um álbum… Não faço mesmo ideia do amanhã. O AMOR DÁ-ME TESÃO /NÃO FUI EU QUE ESTRAGUEI FOGE FOGE BANDIDO SÁBADO 17 DE ABRIL 21H30 Alguns anos mais tarde, em 1994, com Amélia Muge e João Afonso, realiza um espectáculo de canções de José Afonso - Maio Maduro Maio que deu origem a um duplo CD ao vivo. No ano de 1997, José Mário Branco estreou no Centro Cultural de Belém um novo espectáculo que contou com a participação de vários músicos de renome e ainda do grupo Tetvocal. Na sequência das apresentações realizadas foi editado o duplo CD José Mário Branco - Ao Vivo em 1997. O final de 2003 e o início de 2004 foram marcados pelas gravações de um novo trabalho de originais passados que estavam 14 anos sobre a edição de Correspondências. O disco Resistir é Vencer valeu-lhe a nomeação para o Prémio José Afonso em 2005 e nesse mesmo ano no dia 25 de Abril, foi José Mário Branco quem inaugurou a programação do TMG com um concerto no Grande Auditório. Entre 2006 e 2009 o artista colaborou com outros músicos como Gaiteiros de Lisboa, Camané, Amélia Muge, Luís Morais, Sérgio Godinho e Fausto Bordalo Dias (com estes dois últimos formou o projecto Três Cantos. Números 2005 Ano em que é nomeado para o prémio José Afonso 25 Foi a 25 de Abril de 2005 que José Mário Branco inaugurou a programação do TMG com um espectáculo no Grande Auditório 67 A idade do músico 500 Os espectáculos que o músico/actor realizou entre 1974 e 1977 com o GAC 1979 Ano em que funda o Teatro do Mundo 14 Os discos que editou a solo COMEMORAÇÕES DO 5º ANIVERSÁRIO TMG JOSÉ MÁRIO BRANCO DOMINGO 25 DE ABRIL 21H30 Destaques de Maio do 2º Festival Internacional de Objectos Vivos É hora das marionetas: chegou o OVNI! Objectos e marionetas que vêm de vários pontos do globo. Teatro de objectos e teatro visual. Marionetas de fios, de sombras e marionetas humanas. Tudo isto vai estar no OVNI entre 8 de Maio e 12 de Junho. Participam na segunda edição deste Festival Internacional de Objectos Vivos o Algazarra Teatro, a Companhia de Sombras Chinesas de Hunan (China), Surreal McCoy (Inglaterra), Teatro ao Largo, Circolando, Teatro e Marionetas de Mandrágora e os Títeres de Maria Parrato (Espanha). Nesta edição do BIS damos-lhe conta dos espectáculos de Maio no OVNI! No primeiro dia do festival, e num espectáculo que está também integrado na actividade Famílias ao Teatro, o TMG apresenta Tik-tak… tik tak…. do Algazarra Teatro. Nesta história, TIK e TAK são dois Duendes dos bosques encantados que fazem de contadores de histórias. Eles vão apresentar dois clássicos dos contos para crianças: “A Polegarzinha” e “A Princesa e a Ervilha”, ambos a partir de Hans Christian Anderson. Logo após o espectáculo, a companhia apresentará uma oficina de construção de marionetas para sombra, onde todos os espectadores são convidados a participar. Numa extensão do prestigiado Titirimundi – Festival Internacional de Teatro de Títeres de Segóvia (Espanha), segue-se, no dia 14 de Maio, o espectáculo Sombras Chinesas de Hunan. A arte tradicional de teatro de sombras é aqui apresentada pela Companhia de Hunan, herdeira deste tesouro oriental. Este género do teatro de sombras é caracterizado pelo exagero e pelo realismo das figuras animadas. No TMG a companhia irá apresentar os contos tradicionais A tartaruga e a ave e Os dois amigos. E é nas ruas que prossegue o OVNI no dia 29 de Maio. Big Rory and Ochie the dog são as duas personagens trazidas por Surreal Mccoy, do Reino Unido, e que prometem surpreender quem circule pelas ruas do centro da cidade às 14h, às 16h e às 18h da tarde. Rorie e Ochie são, respectivamente um gigante escocês que toca gaita-de-foles e o seu fiel cão, muito amado, mas também muito traquinas. Um espectáculo deambulatório que arrebata gargalhadas. de “vento em polpa” com norberto lobo Norberto Lobo é guitarrista. Pata Lenta é o seu segundo disco, o mesmo que apresenta no TMG a 7 de Maio. Em entrevista ao BIS, o músico mostra o seu lado irónico “qb”. A entrevista a brincar de um músico que é um caso sério na guitarra clássica nacional. Em Pata Lenta, o seu segundo disco, reinventa o tema Unravel, da Björk. O primeiro disco, Mudar de Bina, dedica-o a Carlos Paredes. São artistas absolutamente distintos… e são referências na sua música? Sim. São ambos, do meu prisma algo desfocado, Artistas que contribuíram enormemente para a diversificação da biosfera. A escolha de versionar o unravel prendeu-se mais com a beleza intrínseca da canção per se, do que com princípios newtonianos, ou, se preferir, nas eloquentes palavras de A.H. de Oliveira Marques: A debulha podia ser feita com malho, com trilhoada ou singel ou simplesmente com os pés. (Introdução à História da Agricultura em Portugal, Edições Cosmos, Lisboa 1978) Como classifica a música que faz? tuglia city hardcore Já o ouvimos dizer que não morre de amores pela guitarra clássica. Soa a contra-senso … quer explicar-nos? Brisa biónica, Vento em polpa, Marquise quântica são temas seus. Porque utiliza com tanta frequência o humor e a ironia nos títulos das suas músicas? Qual o significado? Se lhe sugerem humor e ironia os meus títulos, tant mieux; mui nobres emoções, a serem apreciadas com conta, peso e medida. Acrescentaria porém que talvez não seja esse o cerne da nomenclatura. Os títulos dos temas são nada mais nada menos que previsões exactas do futuro, próximo e distante, além de fornecerem pistas para a localização de um tesouro de uma riqueza incalculável; são nomeados de acordo com um intrincadíssimo sistema numerológico milenar, cuja origem não posso revelar, mas que lhe garanto que obedece às mais rigorosas regras da necromancia e da higiene alimentar, tudo kosher. O significado de tudo isto não é nenhum, ou, se preferir, demasiado abrangente para ser aqui toscamente resumido por minha gigantesca ignorância ao número sete. Ora essa, com todo o gosto, mas gostava de saber onde é que ouviram isso. Não me ocorrendo neste preciso momento em que vos escrevo, as circunstâncias exactas em que foram proferidas tais palavras, resta-me inferir um possível significado: Não morrendo de amores por ela, mata-me a guitarra de sede, e amiúde. Morte aliás bem mais natural no séc. XXI, a meu ver. A Companhia de Hunan traz ao OVNI a magia das sombras chinesas Desde a dinastia Han, há mais de dois mil anos atrás, que o teatro de sombras chinesas atrai multidões graças ao seu único e peculiar encanto artístico. Talvez seja pelo sua agilidade ou dinamismo, ou pelo seu colorido. Ou talvez porque a arte das sombras chinesas é também uma arte integradora, um autêntico compêndio cultural com muitos ramos artísticos. Há quem lhe chame “pintura viva”, outros ainda “o fóssil vivo do drama”. Neste sentido é verdade que o teatro de sombras chinesas é realmente uma arte em que se complementam obras teatrais e literárias, artes plásticas, música, acrobacia e destreza para a manipulação cénica. A Companhia de Sombras de Hunan foi fundada em 1956 e é herdeira de uma arte tradicional milenar. Sobre a Companhia o jornal francês Le Figaro afirmou que a forma de criar sombras desta companhia é “mais preciosa que o ouro”. Ao TMG a companhia vem apresentar dois contos tradicionais chineses: “A tartaruga e a ave” e “Os dois amigos”. Trata-se de uma extensão do Titirimundi – Festival Internacional de Teatro de Títeres de Segóvia (Espanha). SOMBRAS CHINESAS HUNAN [CHINA] SEXTA 14 DE MAIO 21H30 NORBERTO LOBO SEXTA 7 DE MAIO 21H30 Duas visões sobre michael moore e o capitalismo O TMG apresenta a 11 de Maio o documentário Capitalismo: uma história de amor do sempre polémico realizador norte-americano Michael Moore. No filme, o realizador entra em acção pedindo explicações ao poder político e às instituições financeiras pelo colapso da economia e pela situação de risco que enfrenta agora a classe média americana, a braços com a maior taxa de desemprego dos últimos anos. No BIS apresentamos duas visões distintas sobre Michael Moore e o capitalismo. Escrevem Carlos Baía dos Santos, professor, e Sérgio Currais, designer. «O maldito capitalismo criou o maior espaço de liberdade e conforto social da história da humanidade. Ainda por cima permite que Michael Moore se possa financiar para produzir documentários anti-capitalistas» «Michael Moore é um cruzado moderno. Através dos seus documentários […] coloca o dedo na ferida e vai remando contra algumas marés de adormecimento e conformismo» A palavra capitalismo funcionou como uma espécie de assombração para milhares e milhares de homens e mulheres ao longo de dezenas de gerações. Especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, e com a divisão da Europa e do Mundo em dois campos bem definidos, o capitalismo e o socialismo iniciaram uma dança/combate que durou quase até aos nossos dias. Michael Moore é um cruzado moderno. Através dos seus documentários (e livros, e programas de televisão, e intervenções públicas), Michael Moore coloca o dedo na ferida e vai remando contra algumas marés de adormecimento e conformismo. Os seus últimos quatro documentários abordam cirurgicamente problemas fracturantes da sociedade americana: o quase livre acesso às armas e a violência daí resultante, (Bowling for Columbine, que lhe valeu o Óscar e uma projecção à escala mundial), a intervenção bélica dos EUA no Afeganistão e no Iraque resultante dos atentados do 11 de Setembro (Fahrenheit 911), o sistema de saúde norte-americano entregue aos privados e que garante cuidados médicos apenas a quem tem um seguro de saúde (Sicko), e o recente colapso da economia americana e mundial, fruto do trabalho especulativo de legiões de pilha-galinhas de colarinho branco, fato e gravata (Capitalism: a love story). Michael Moore pode ser boçal e sensacionalista, mas num momento em que Obama, contra uma imensidão de lóbis e interesses privados, conseguiu dar início a uma reforma de um sistema de saúde gigante, de modo a torná-lo mais justos para com todos os cidadãos americanos, vemos também a pertinência do trabalho de Michael Moore. Queremos uma sociedade resignada, que come e cala sem fazer ondas nem barulho, ou queremos viver em liberdade, expressando opiniões e lutando por um mundo mais justo? Qualquer intelectual que se prezasse, especialmente durante a última metade do século XX, não poderia sobreviver sem uma declaração ou um texto em que mostrasse aversão ao capitalismo. Especialmente na Europa, ser progressista e moderno significava forçosamente ser anti-capitalista. Podia não se afirmar admiração pelo socialismo, mas ser contra o sistema capitalista era a marca de água que separava progressistas e reaccionários. O mundo capitalista era transparente. Tudo se sabia e discutia. O outro mundo, o anti-capitalista era opaco, fechado e algo misterioso. No entanto a propaganda encarregava-se de criar um mito. O mundo socialista era o céu na Terra, por oposição ao inferno capitalista. Poucos foram os que não se deixaram embalar pela melodia. Todas as mentiras têm uma esperança de vida limitada. A mentira sobre o socialismo e o capitalismo morreu com a queda do muro de Berlim e o desmoronamento da União Soviética. Ficou aí claro que a mentira era enorme e que o esplendor do socialismo não existia. Sérgio Currais O capitalismo tinha vencido. Afinal a liberdade, a democracia, o bem-estar, estavam do lado capitalista. Do outro lado estava o terror, a ditadura e a miséria. O maldito capitalismo criou o maior espaço de liberdade e conforto social da história da humanidade. Ainda por cima permite que Michael Moore se possa financiar para produzir documentários anti-capitalistas. Carlos Baía Santos CAPITALISMO, UMA HISTÓRIA DE AMOR de MICHAEL MOORE TERÇA 11 DE MAIO 21H30 Autor de “Comemoração” e “Nova Ordem Mundial” O “Nobel” dramaturgo Harold Pinter Harold Pinter nasceu em Hackney, Londres, no seio de uma família judaica, de ascendência polaca, em 1930. Filho de alfaiate, ele foi criado com uma disciplina férrea. Na infância, em plena Segunda Guerra Mundial foi transferido para Cornualha regressando já adolescente a Londres. É na adolescência que ele começa a interessar-se por teatro e pela literatura. Trabalhou como actor com o pseudónimo David Baron depois de ter estudado durante algum tempo na Royal Academy of Dramatic Art e também na Central School of Speech and Drama de Londres. Declarou-se objector de consciência para fugir ao Serviço Militar e publicou o seu primeiro livro de poemas no início da década de 50 com o pseudónimo Harold da Pinta. Tornou-se conhecido com a obra teatral The room, que publicou em 1957. Mais tarde apareceram outros títulos como The birthday party (1958), The caretaker (1959), The dumb waiter (1960), The dwarfs - a sua única novela - (1960), A night out (1960), Night school (1963), The lover (1963), The homecoming (1965), Silence, No man’s land (1975), Betrayal (1978) ou The hothouse (1980). Os seus textos assentam no absurdo e na não‑comunicação. Os principais trunfos do dramaturgo são a linguagem simples e o recurso sistemático aos “silêncios”. Em 1980, Pinter, sempre muito interventivo politicamente, manifestou-se contra a invasão do Iraque e no mesmo ano casou com a escritora Antonia Fraser. Ganhou múltiplos prémios ao longo da carreira de dramaturgo de entre os quais se destaca o Nobel da Literatura em 2005. Morreu em 24 de Dezembro de 2008, vítima de cancro. Tinha 78 anos. Os Artistas Unidos, o Centro Cultural de Belém e o Teatro Municipal de Almada apresentam em co-produção as peças Comemoração e Nova Ordem Mundial, da autoria de Harold Pinter e com tradução de José Maria Vieira Mendes e Paulo Eduardo Carvalho, no TMG no próximo dia 13 de Maio. As peças têm a encenação de Jorge Silva Melo e a interpretação de Alexandra Viveiros, Américo Silva, António Simão, João Meireles, Pedro Carraca, Sílvia Filipe, Sylvie Rocha, Tiago Matias, Vânia Rodrigues, Ruben Gomes, João Delgado, Nelson Boggio e Elmano Sancho. COMEMORAÇÃO + nova ordem mundial DE HAROLD PINTER ARTISTAS UNIDOS / CCB / TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA QUINTA 13 DE MAIO 21H30 Foto: Rita Carmo os Deolinda já têm sucessor para “Canção ao lado” Está para breve o novo disco dos Deolinda. O novo álbum do grupo deverá chegar às lojas esta Primavera e está rodeado de imensa expectativa, após o sucesso do registo anterior, Canção ao lado. Para apresentar as novas canções ao público português os Deolinda prepararam uma digressão por alguns dos melhores auditórios nacionais, o TMG está incluído neste roteiro, os Deolinda actuam a 15 de Maio no Grande Auditório. Um espectáculo divertido e recheado de surpresas preparado por Ana Bacalhau, Pedro da Silva Martins, Luís José Martins e Zé Pedro Leitão. Os Deolinda estrearam-se em 2008 com o disco Canção ao Lado e, aquilo que começou por um segredo bem escondido de certos meios lisboetas, rapidamente se transformou num culto generalizado como raramente se viu em Portugal. O ano seguinte foi marcado pela consagração de uma banda que, ao primeiro disco, chegou à tripla platina. No baú das memórias ficaram passagens inesquecíveis pelos palcos principais de festivais como o Sudoeste, o Delta Tejo, a Festa do Fado, entre muitos outros, onde o grupo pôde actuar para muitas dezenas de milhar de pessoas ou uma digressão que visitou praticamente todos os principais teatros portugueses, sempre esgotados. Em 2009 aconteceu o lançamento internacional do grupo com concertos no estrangeiro. Deolinda passou por palcos de 11 países durante o ano passado, tendo participado em alguns eventos importantes como a Womex, o Mercat Musica Viva de Vic e o Eurosonic. O grupo viu ainda o seu trabalho ser elogiado pela imprensa estrangeira de referência, como o ABC de Espanha, os britânicos The Times e Sunday Times ou a prestigiada revista francesa Les Inrockuptibles. DEOLINDA SÁBADO 15 DE MAIO 21H30 GIUSEPPE VERDI O COMPOSITOR DAS GRANDES ÓPERAS Nascia em 1813, na pequenina cidade de Roncole, em Itália, um dos maiores compositores clássicos de sempre: Giuseppe Verdi. Autor de óperas como La Traviata, Aida, Nabucco Otelo ou Rigoletto, esta última que o Estúdio Lírico de Madrid apresenta no TMG a 21 de Maio, Verdi despertou cedo para a música. Aos dezoito anos, viaja para Milão, na esperança de ser aceite no conceituado Conservatório da cidade. No entanto o pouco talento de Verdi enquanto instrumentista e com mais quatro anos do que o permitido para a inscrição, ele acabaria por ser rejeitado. No entanto Verdi não desistiu do sonho e contratou um professor particular para prosseguir os estudos. Foi mais tarde indicado para Mestre-deCapela e maestro da banda da cidade de Busseto. Mas cedo regressa a Milão onde quer triunfar com as suas óperas entretanto escritas. Depois de muitos problemas e dificuldades, Verdi finalmente conseguiu, em 1839, ver estrear a sua ópera Oberto, Conde di San Bonifacio no Scala de Milão, sala à qual esteve ligada durante os anos seguintes. Seguiram-se Ernani, Il Trovatore, Rigoletto, Un Ballo in Maschera e Don Carlos. Um de seus poucos fracassos foi justamente a ópera La Traviata, que anos mais tarde viria a tornar-se num dos seus maiores sucessos. Aclamado como compositor, Verdi era respeitado e visto pelos seus compatriotas como um defensor de Itália. Em 1871 escreveu Aida, para comemorar a abertura do canal de Suez. Com a ajuda de um jovem poeta e compositor, Verdi ainda escreveria duas óperas, Otello e Falstaff, baseadas em Shakespeare. Morreu a 27 de Janeiro de 1901, deixando uma vasta obra que incluiu também algumas peças religiosas. música sem maquilhagem old blind mole orchestra A simple music without make up, sincere and honest!. A promessa é feita pelo bem disposto grupo francês Old Blind Mole Orkestra. Já alguma vez imaginou que música iria ser tocada no dia de um funeral? Não!? Pois os Old Blind Mole Orkestra acham que encabeçam a lista das possibilidades. Eles são a banda ideal para convidar se quiserem que uma festa seja perfeita! Não se preocupem... eles também tocam em casamentos, festas de Natal, dia dos namorados e muitas outras ocasiões… Há quem os considere um pouco barulhentos mas o que é certo é que eles têm o dom de transmitir um grande entusiasmo, mesmo em situações dramáticas. É impossível resistir às suas canções compostas por cavaquinho, piano, contrabaixo, bateria, violino, saxofones e a encantadora voz do vocalista da banda, Stelele. Quando se pergunta a que é que soa o som dos Old Blind Mole Orkestra, há quem diga que é jazz/swing. Outros dirão que é música pop e gipsy pop também porque o som deles vai beber às influências da Europa de Leste. Um concerto festivo, a não perder. OLd blind mole orchestra [frança] quinta 20 DE MAIO 21H30 RIGOLETTO PELO ESTÚDIO LÍRICO DE MADRID [ESPANHA] SEXTA 21 DE maio 21H30 SERVIÇO EDUCATIVO DESTAQUES DE ABRIL E MAIO escolar os diferentes sons que cada profissão nos traz. Uma viagem pelos sons desde as referências pré-natais do bater do coração aos diversos ofícios quase esquecidos: sapateiro, moleiro, padeiro, ferreiro... Uma festa musical! Colóquio Séc. XXI – Conflitos Modernos Organização 12º E - Escola Secundária Afonso de Albuquerque e TMG Pequeno Auditório quinta 6 de Maio 14h30 Entrada livre / 90M Oficina e visita guiada à exposição A Pintura Inesperada de Cruzeiro Seixas Galeria de Arte TERÇAs 20 e 27 de Abril 14h30 Terças 4 e 11 de Maio 14h30 Destinatários: Escolas 2º, 3 CEB, Secundário e Superior Duração: 1h30 / Entrada livre mediante marcação prévia O pintor português Cruzeiro Seixas criou um mundo próprio com a sua pintura surrealista. Criou um universo próprio, povoado pelo sonho, pela descoberta dos sentidos, pela originalidade das formas, das cores e dos objectos. Cruzeiro Seixas é, por isso, um dos grandes pintores portugueses do Surrealismo, que parte do que não é real para construir mundos novos imaginados. “A Pintura Inesperada de Cruzeiro Seixas” é uma oficina que pretende dar a conhecer a obra deste pintor, através de uma visita guiada à exposição “O Infinito Segredo” com visionamento e comentário de um filme surrealista. Música/conferência Concerto Didáctico pelo grupo Mayhalde Pequeno Auditório SEXTA 30 de Abril 10h00 2 EUROS / M4 Destinatários: Jardins-de-Infância e escolas do 1º CEB Mayhalde é um grupo espanhol que utiliza uma grande variedade de utensílios convertidos em instrumentos musicais, com o objectivo de resgatar da memória as sonoridades tradicionais. Esta conferência/concerto pretende mostrar à comunidade No século XXI ainda existem muitos conflitos armados que vitimam milhares de pessoas por dia. Mas quais as verdadeiras causas, consequências e intervenientes destes conflitos modernos que existem em muitos países? Para que serve e qual o objectivo de uma missão humanitária de paz? Quantos contingentes militares portugueses existem em regiões de conflito? Qual o papel da diplomacia na resolução destes conflitos? Quais os conflitos que poderão existir no futuro? Estas e outras questões serão respondidas por especialistas na área da política, jornalismo e intervenção militar (actividade desenvolvida no âmbito da disciplina Área de Projecto). Espectáculo / Oficina Histórias Magnéticas Produções Real Pelágio Sala de Ensaios quinta 20 de Maio 2 EUROS / 90M / Lotação: 30 participantes 10H00 – sessão para escolas 1º CEB 14h30 – Sessão para público sénior Este é um espectáculo diferente. É um espectáculo que dá tanta importância à palavra como à música e à interactividade com o público. Metade espectáculo, metade oficina, “Histórias Magnéticas” é uma espécie de história contada, com base num conto infantil do famoso escritor italiano Umberto Eco, acompanhada de música ao vivo, seguido de uma oficina de exploração. Um misto de concerto com história contada. No fim, todos os participantes são convidados a construir uma partitura/história feita de elementos variados: desenhos, escrita, pintura, objectos, relacionando os sons com as palavras. Publicidade ABRIL e maIO no tmg ABRIL AS SETE ÚLTIMAS PALAVRAS DE CRISTO NA CRUZ DE JOSEPH HAYDN QUARTETO SÃO ROQUE QUINTA 1 21H30 O AMOR DÁ-ME TESÃO/NÃO FUI EU QUE ESTRAGUEI FOGE FOGE BANDIDO SÁBADO 17 21H30 NATAL 71 DE MARGARIDA CARDOSO QUARTA 7 21H30 CARTAS A UMA DITADURA DE INÊS DE MEDEIROS QUINTA 22 21H30 VIROU DIABO NA CRUZ QUINTA 8 22H00 VULCÃO DE ABEL NEVES TEATRO DO BOLHÃO E TEATRO NACIONAL D. MARIA II SÁBADO 10 21H30 PARE, ESCUTE E OLHE DE JORGE PELICANO QUARTA 14 21H30 HISTÓRIA DE QUEM PERDE A SOMBRA COMPANHIA DO CHAPITÔ SÁBADO 17 16H00 ZECA MEDEIROS SÁBADO 24 22H00 SESSÃO COMEMORATIVA DO 5º ANIVERSÁRIO DOMINGO 25 16H00 JOSÉ MÁRIO BRANCO DOMINGO 25 21H30 AL BUEN TUN TUN MAYALDE SEXTA 30 21H30 mAIO FRÁGIL COMO O MUNDO DE RITA AZEVEDO GOMES TERÇA 4 21H30 HUNTING GROUNDS THE FOX QUINTA 6 22H00 NORBERTO LOBO SEXTA 7 21H30 TI-TAK… TIK-TAK… ALGAZARRA TEATRO SÁBADO 8 16H00 Porquê Thomas Bernhard? Não é fácil falar de um escritor. Quando se gosta muito, pior um pouco. E nunca é fácil falar de um escritor que é reconhecido mundialmente como um dos maiores escritores da segunda metade do século XX. Mas, o que faz um grande escritor? Pergunta que muitos tentam responder. E falham. Eu, se me é permitido, não vou tentar. Prefiro falhar. Thomas Bernhard nasceu em 1931, na Holanda. Filho ilegítimo, nunca sentiu grande carinho pela figura paternal, que foi substituída pela figura do avó materno, que se encarregou da sua educação artística, escritor austríaco que nunca conseguiu a notoriedade desejada, apesar de ter o Grande Prémio Nacional Austríaco de Literatura. Durante a infância, Thomas Bernhard andou a saltar de instituição em instituição, sempre marcado pelo estigma da ilegitimidade, o que lhe trouxe alguns dissabores enquanto criança. Chegou a estudar num colégio nacional-socialista, quando a Áustria piscou o olho à Alemanha Nazi, passando depois por um colégio católico. Estes factores devem ter contribuído, em grande parte, para a relação amor/ódio que o autor manteve com o seu país durante toda a sua vida, e que ainda hoje mantém (mesmo depois de morto): por testamento Thomas Bernhard proibiu a encenação das suas peças de teatro na Áustria. Os temas mais recorrentes em Thomas Bernhard são a morte, o suicídio, a obsessão, o incesto, a loucura, a solidão, o absurdo da vida. Esses temas são repetidos até à exaustão nos seus livros. Podemos dizer que Bernhard seguiu à risca o aforismo de Schopenhauer: a vida é sofrimento. Mas, porquê Thomas Bernhard? Qual a razão que me levou até este autor? Primeiro: um dia li que Thomas Bernhard tinha mau feitio, que não era uma pessoa de trato fácil, que dizia o que tinha a dizer sem ceder à hipocrisia, ao cinismo. – e parece que isso, na Áustria, não é lá muito bem visto (cf. Os Meus Prémios, Quetzal, 2009). Para Bernhard a Áustria era o inferno na terra. E os austríacos só tinham o que mereciam: «(…) eles são, num país assim, incapazes de desenvolvimento e têm também permanentemente consciência dessa incapacidade de desenvolvimento, um país assim precisa de pessoas que não se revoltem contra a pouca-vergonha de um tal país, contra a irresponsabilidade de um tal país e de um tal Estado (…)»(Correcção, Fim de Século, 2007, p. 34). Sempre tive uma tendência para escritores com mau feitio, que dizem o que têm a dizer, doa a quem doer. Segundo: quem pega pela primeira vez num livro de Thomas Bernhard fica, de certeza, admirado pela solidez do texto. Os livros de Thomas Bernhard são blocos de palavras atrás de palavras. A título de exemplo, podemos pensar no já citado romance Correcção, onde o primeiro capítulo (A Sobrecâmara Hölleriana) é um só parágrafo: inicia-se na página dezanove e prolonga-se até à página cento e quarenta e oito. É claro que esta sua extrema experimentação estilística, coloca sérios problemas ao leitor, o que torna a leitura de Thomas Bernhard um desafio, uma espécie de tour de force. Terceiro (e último): a musicalidade da sua escrita. Pode parecer estranho, mas existe, na escrita seca de Thomas Bernhard, musicalidade. Onde? No ritmo que é conseguido através das repetições, das redundâncias, dos jogos de palavras, que desempenham papel semelhante ao dos temas e motivos numa composição musical. Existem frases que se desenvolvem através dum conjunto de repetições e variações, que culminam numa espécie de resumo final ou conclusão. Thomas Bernhard morreu em 1989, na Áustria que tanto amou e odiou. A sua morte só foi anunciada depois do seu funeral. manuel a. domingos CAPITALISMO: UMA HISTÓRIA DE AMOR DE MICHAEL MOORE TERÇA 11 21H30 COMEMORAÇÃO DE HAROLD PINTER ARTISTAS UNIDOS / CCB / TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA QUINTA 13 21H30 SOMBRAS CHINESAS DE HUNAN SEXTA 14 21H30 SUGESTÃO de livro “A Força do Hábito” seguido de “Simplesmente Complicado” Autor: Thomas Bernhard Edição/reimpressão: 1991 Páginas: 208 Editor: Cotovia Preço: 14,00 Euros Venda on line em www.livroscotovia.pt Crítica da imprensa «A qualidade poética, o rigor conceptual, a musicalidade, o tom mordaz, encontram [em ambas as traduções] soluções excelentes.» in Jornal Público DEOLINDA SÁBADO 15 21H30 OLD BLIND MOLE ORKESTRA QUINTA 20 22H00 ÓPERA RIGOLETTO PELO ESTÚDIO LÍRICO DE MADRID SEXTA 21 21H30 SIMPLESMENTE COMPLICADO DE THOMAS BERNHARD PROJÉC~ / CENDREV QUARTA A SÁBADO 26, 27, 28 E 29 BIG RORY & OCHIE THE DOG SURREAL MCCOY [NAS RUAS DA CIDADE] SÁBADO 29 14H00 16H00 18H00 QUATRO SOFIA AREAL, MANUEL CASIMIRO, JORGE MARTINS, NIKIAS SKAPINAKIS DE 29 DE MAIO A 25 DE JULHO ...Renunciei aos desejos mas não renunciei a mim próprio Não devemos nada a ninguém Toda a gente nos deve tudo mas nós não estamos para nos maçar a fazer sopa quente Sim, não estamos para nos maçar a cortar uma fatia de pão Sim não estamos para nos maçar a abrir “O Mundo como Vontade e Representação” Podíamos ter tudo o que quiséssemos isso nem nos passa pela cabeça Tu segues o teu caminho disse eu e eu sigo o meu vocês todos seguem o vosso caminho mas eu sigo o meu O caminho escolhido é isso Não estamos para nos maçar in Simplesmente complicado WWW.TMG.COM.PT TEATROMUNICIPALDAGUARDA.BLOGSPOT.COM WWW.TWITTER.COM/TEATROGUARDA SIMPLESMENTE COMPLICADO DE THOMAS BERNHARD CO-PRODUÇÃO: PROJÉC~ [TMG] / CENDREV 26, 27, 28 E 29 DE MAIO 21H30 FICHA TÉCNICA Bis | Boletim Bimensal do Teatro Municipal da Guarda | Nº 2 | Abril e Maio de 2010 Redacção e Paginação Gabinete de Comunicação e Imagem do Teatro Municipal da Guarda Colaborações: Carlos Baía, manuel a. domingos, Sérgio Currais Culturguarda, Gestão da Sala de Espectáculos e Actividades Culturais, E.M. Rua Batalha Reis, 12, 6300-559 GUARDA | Tel. 271 205 240 Fax 271 205 248 | [email protected]
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