- Mestrado em Horticultura Irrigada

Transcrição

- Mestrado em Horticultura Irrigada
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)
Pró-reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-graduação (PPG)
Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS)
Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada – Mestrado (PPHI)
Controle alternativo de Pragas e Doenças na Cultura do Meloeiro
utilizando indutores químicos, no Pólo Agrícola de Juazeiro-BA.
Marcelo Guedes Paranhos
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação
em
Horticultura
Irrigada
da
Universidade
do
Estado
da
Bahia
(PPHI/UNEB/DTCS), como parte do requisito para
a obtenção do título de Mestre em Agronomia.
Área de Concentração: Horticultura Irrigada
Orientador: : Profa Elizabeth Orika Ono
Juazeiro-BA
2009
Paranhos, Marcelo Guedes
Controle alternativo de pragas e doenças na cultura do meloeiro utilizando
indutores químicos, no Polo Agrícola de Juazeiro-BA./ Marcelo Guedes
Paranhos - Juazeiro:[s.n],2010.
104f.il
Orientadora- Elizabeth Orika Ono
Dissertação (mestrado)- Universidade do Estado da Bahia - Campus III
Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais.
Incluir referências e anexos.
1.Melão – cultura. 2.Melão – controle pragas. 3.Melão – controle doenças . l
Universidade do Estado da Bahia- DTES. ll Título
635
ii
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
Marcelo Guedes Paranhos
Controle alternativo de Pragas e Doenças na Cultura do Meloeiro
utilizando indutores químicos, no Pólo Agrícola de Juazeiro-BA.
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Horticultura Irrigada da Universidade
do Estado da Bahia (PPHI/UNEB/DTCS), como parte
do requisito para a obtenção do título de Mestre em
Agronomia. Área de Concentração: Horticultura
Irrigada.
Aprovada em:
/
/ 2009
Comissão Examinadora
__________________________________________
Prof. Dra. Elizabeth Orika Ono
Universidade do Estado de São Paulo (UNESP)
___________________________________________
Prof. Dr. Manoel Abílio de Queiróz
Universidade do Estado da Bahia (DTCS/UNEB)
_________________________________________
Dr. Daniel Terao Empresa de Pesquisa
(Embrapa Semiárido)
iii
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora Prof. Dra. Elizabeth Orika Ono pelo apoio dado na fase
inicial me ajudando no direcionamento da minha pesquisa, pela dedicação,
confiança e pela orientação criteriosa.
Ao Prof. Dr. João Domingos Rodrigues por ter contribuído muito na fase inicial
do meu projeto, sugerindo caminhos e dando alternativas para a minha linha de
pesquisa.
Ao pesquisador Dr. Daniel Terao pela ajuda nos experimentos de campo e de
laboratório realizados no campo experimental e no Laboratório de Fitopatologia
da Embrapa Semiárido e pelas sugestões dadas no desenvolvimento do
trabalho.
À pesquisadora Dra. Maria Angélica Guimaraes Barbosa pela ajuda no campo,
nas coletas de material e pelas sugestões para o desenvolvimento do trabalho.
Ao Prof. Dr. Leonardo Cavalcanti da UNIVASF de Juazeiro-BA e toda a sua
equipe de estagiários pela realização das análises de Peroxidase e Glucanase
e pela sugestão da metodologia empregada.
Aos funcionários do Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Semiárido pelo
grande apoio dado nas avaliações de pós colheita.
À Embrapa e aos funcionários do Campo Experimental de Mandacarú pela
estrutura disponibilizada e pelo
grande suporte dado na
implantação e
condução do experimento de campo e, principalmente pelas observações
pertinentes do Sr.Francisco ( seu Chiquinho), que foram muito valiosas
nas
avaliações de campo.
Ao Prof. Dr. Carlos Aragão pela grande contribuição dada nas análises
estatísticas e sugestões na organização dos dados e por ter disponibilizado
iv
seu laboratório para a realização das avaliações e preparo dos produtos
(pesagem em balança de precisão) para a aplicação nos experimentos.
Aos amigos Fabrício, Ramon e Benjamin pelas horas de estudo e pela
condução de trabalhos durante o curso.
Aos professores do curso de mestrado da UNEB, Juazeiro-BA, pela grande
contribuição que me proporcionaram com seus conhecimentos.
À
Empresa Fenix Agro pelo apoio no fornecimento de todo o insumo
necessário à nutrição das plantas e por ter disponibilizado o silício para a
realização do experimento.
À Empresa Syngenta pelo suporte técnico e fornecimento dos insumos para os
tratamentos padrão e pelo fornecimento do insumo Bion.
À Empresa Biolchim pelo fornecimento do fosfito de Cu e do aminoácido VitalL.
À Empresa Plantebem pelo apoio de seus técnicos durante a condução do
experimento e por ter viabilizado o dia de campo na fazenda Experimental de
Mandacarú da Embrapa Semiárido, para apresentar os resultados obtidos no
experimento de mestrado.
Aos meus familiares pelo apoio que me foi dado e pela paciência nestes dois
anos de trabalho. Em especial à minha esposa Beatriz que me ajudou muito e
me apoiou, sendo a minha luz nos momentos de dificuldade e aos meus filhos
que entenderam a importância deste momento e me apoiaram nesta jornada de
conhecimento e que, muitas vezes, me ajudaram
desenvolvidos durante o mestrado , irrigando
nos experimentos
plantas, coletando dados e
registrando informações que contribuíram para os meus resultados.
v
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
4
RESUMO
15
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
17
19
23
2.1- A cultura de melão (Cucumis melo L.)
2.2- Mecanismos de Resistência em plantas a patógenos
23
28
2.3- Mecanismo de Resistência Adquirida (SAR)
2.4- Resistência Sistêmica Induzida (SIR)
2.5– Indutores de Resistência
30
31
31
2.6- Acibenzolar-S-metil (ASM)
2.7- Aminoácidos no desenvolvimento vegetal
32
2.8 - Silício no desenvolvimento vegetal
2.9 - Fosfito no desenvolvimento vegetal
39
42
3. MATERIAL E MÉTODOS
35
44
Tabela 1. Resultados da análise de solo da área experimental
da Estação Experimental de Mandacarú daEmbrapa Semiárido, em
45
Juazeiro-BA, 2008.
Tabela 2. Esquema da adubação foliar realizado durante todo
o período do cultivo de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers.
Estação Experimental de Mandacarú da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-
46
BA, 2008.
Tabela 3. Adubação via fertirrigação realizada durante todo o
período do cultivo de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers.
Estação Experimental de Mandacarú da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-
46
BA, 2008
vi
Tabela 4. Composição dos adubos utilizados no cultivo de
melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers (% do elemento por kg
47
ou L de produto). Estação Experimental de Mandacarú da Embrapa
Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Tabela 5. Tratamentos com os princípios ativos e produtos
comerciais e as concentrações do p.a. utilizados no cultivo de melão
(Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Estação Experimental de
48
Mandacarú da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Tabela 6 - Tratamento Padrão, nomes comerciais, princípios
ativos e suas concentrações utilizadas no cultivo de melão (Cucumis
melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Estação Experimental de Mandacarú da
49
Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Tabela 7. Aminoácidos presente no produto comercial
Aminoácido Vita-L e suas concentrações em g 100 g-1 do produto.
49
Tabela 8. Época de aplicação dos tratamentos realizados após
o transplantio das plantas de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers. Estação Experimental de Mandacarú da Embrapa Semiárido, em
49
Juazeiro-BA, 2008.
Tabela 9. Esquema da aplicação dos produtos do tratamento
padrão realizado após o transplantio das plantas de melão (Cucumis
melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Estação Experimental de Mandacarú da
50
Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008
vii
Tabela 10. Esquema da aplicação dos produtos do
tratamento padrão realizados após o transplantio das plantas de melão
(Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Estação Experimental de
50
Mandacaru da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Figura 1-
Escala diagramática para a determinação da
severidade do míldio em curcubitáceas, expressa em porcentagem de área
52
foliar lesionada.
Figura 2 - Escala diagramática da severidade de oídio do
meloeiro em porcentagem de área foliar lesionada (UFAL, 2006).
53
Figura 3. Escala visual de notas, com 5 categorias, para
classificação do nível de incidência do vírus do amarelão em frutos de
54
melão.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura
57
Figura 4.Matéria fresca da parte aérea(em g)e plantas de
meloeiro(Cucumis mel L.) cv.RML 5006 Rogers tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício;
2= Fosfito de cobre;
3= ASM; 4=
padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito
de Cobre+Silicio; 8= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
57
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 5. Matéria seca da parte aérea (em g) de plantas de
meloeiro (Cucumis
melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com
diferentes produtos(Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre; 3= ASM;
4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+Fosfito
58
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
(Trata
viii
Figura
Figura 6. Diâmetro (em cm) dos frutos de meloeiro
(Cucumis
melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício;
padrão/Silicio;
5=
ASM+Fosfito
padrão/Fosfito
de
2= Fosfito de cobre;
de
Cobre;
Cobre+Silicio;
8=
6=
3= ASM; 4=
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7=
59
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
.
FiguF
Figura 7 . Comprimento dos frutos de meloeiro (Cucumis
melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
(Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre;
5= padrão/Fosfito de Cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio;
6= padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
60
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 8. Produção total (em kg) de frutos de meloeiro
(Cucumis
melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício;
2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4=
padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito
de Cobre+Silicio; 8= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
61
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 9. Número de frutos produzidos por planta de meloeiro
(Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre;
padrão/Silicio;
ASM+Fosfito
5=
padrão/Fosfito
de
de
Cobre+Silicio;
Cobre;
8=
6=
3= ASM; 4=
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7=
62
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
10. Número de frutos de meloeiro (Cucumis
melo L.) cv. RML 5006 Rogers sem broca tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício;
2= Fosfito de cobre;
63
3= ASM; 4=
ix
padrão/Silicio;
5=
ASM+Fosfito
padrão/Fosfito
de
de
Cobre;
Cobre+Silicio;
8=
6=
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7=
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 11. Valores de pH do suco da polpa de frutos de meloeiro
(Cucumis
melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício;
padrão/Silicio;
5=
ASM+Fosfito
padrão/Fosfito
de
2= Fosfito de cobre;
de
Cobre;
Cobre+Silicio;
8=
6=
3= ASM; 4=
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7=
64
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 12.Teor de sólidos solúveis do suco da polpa de frutos
de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com
diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre; 3= ASM;
4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+Fosfito
65
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 13. Relação sólidos solúveis/acidez titulável( Ratio) do
suco da polpa de frutos de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers tratadas com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício;
Fosfito de cobre; 3= ASM;
2=
4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito
de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio; 8=
ASM+Fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
65
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 14. Firmeza da polpa (kg/cm) de frutos de meloeiro
(Cucumis
melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício;
padrão/Silicio;
ASM+Fosfito
5=
de
padrão/Fosfito
2= Fosfito de cobre;
de
Cobre+Silicio;
Cobre;
8=
6=
3= ASM; 4=
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7=
66
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
x
Figura
Figura 15. Atividade da enzima peroxidase aos 21 dias após
o plantio de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas
com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre; 3=
ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= 67
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008
Figura
Figura 16. Atividade da enzima peroxidase aos 36 dias após
o plantio de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas
com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre; 3=
ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= 68
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 17 Atividade da enzima peroxidase aos 51 dias
após o plantio de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers
tratadas com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de
cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= 68
padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+Fosfito de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 18. Atividade da enzima peroxidase aos 66 dias após
o plantio de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas
com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre; 3=
ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= 69
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura19. Atividade da enzima glucanase aos 21 dias
após o plantio de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers 70
tratadas com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de
xi
cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6=
padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+Fosfito de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 20. Atividade da enzima glucanase aos 36 dias
após o plantio de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers
tratadas com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de
cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= 70
padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+Fosfito de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 21. Atividade da enzima glucanase aos 51 dias após
o plantio de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas
com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre; 3=
ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= 71
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 22. Atividade da enzima glucanase aos 66 dias após
o plantio de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas
com diferentes produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre; 3=
ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= 71
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 23. Média de mosca branca no cultivo de melão
(Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers
tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício;
2= Fosfito de cobre;
padrão/Silicio;
de
ASM+Fosfito
5=
de
padrão/Fosfito
Cobre+Silicio;
Cobre;
8=
6=
3= ASM4=
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7= 72
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
xii
Figura
Figura 24. Média de mosca minadora no cultivo de melão
(Cucumis
melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes
produtos (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre;
padrão/Silicio;
5=
ASM+Fosfito
padrão/Fosfito
de
de
Cobre+Silicio;
Cobre;
8=
6=
3= ASM; 4=
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7= 74
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 25. Média de broca das cucurbitáceas no cultivo de
melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers.
silício; 2= Fosfito de cobre;
(Tratamentos: 1=
3= ASM4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito
de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio; 8=
75
ASM+Fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 26. Avaliação dos resultados visuais para a
determinação do índice de contaminação pelo vírus do amarelão nos frutos
de melão amarelo RML Rogers 5006 de plantas tratadas com diferentes
produtos para controle de doenças, tratados ou não em pós-colheita com
ASM. (Tratamentos: 1= silício;
padrão/Silicio;
5=
ASM+Fosfito
2= Fosfito de cobre;
padrão/Fosfito
de
de
Cobre+Silicio;
Cobre;
8=
6=
3= ASM; 4= 77
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7=
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 27. Teste Elisa para a confirmação da ocorrência do
vírus do amarelão em tratamento pós-colheita de frutos de melão com ASM
(Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers . (Tratamentos: 1= silício; 2=
Fosfito de cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 79
6= padrão/ASM; 7= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+Fosfito de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
(
Figura 28 Teste Elisa para a confirmação da ocorrência do
vírus do amarelão em tratamento pós-colheita de frutos de melão sem ASM 79
(Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers . (Tratamentos:
1= silício;
xiii
2= Fosfito de cobre; 3= ASM
Cobre;
4= padrão/Silicio; 5=
6= padrão/ASM;
ASM+Fosfito
de
padrão/Fosfito de
7= ASM+Fosfito de Cobre+Silicio;
Cobre+Silicio+aminoácido;
8=
9=
padrão).JuazeiroBA,2008.
F
Figura 29 Produção por hectare nos diferentes tratamentos
utilizados no cultivo
de
melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/Fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= 80
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+Fosfito
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura
Figura 30. Custo por hectare nos diferentes tratamentos cultivo
melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Juazeiro-
de
BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= Fosfito de cobre;
padrão/Silicio;
ASM+Fosfito
5=
padrão/Fosfito
de
de
Cobre;
Cobre+Silicio;
8=
6=
3= ASM; 4=
padrão/ASM;
ASM+Fosfito
7= 81
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. CONCLUSÕES
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
82
84
85
103
xiv
PARANHOS, M.G. Controle alternativo de Pragas e Doenças na Cultura
do Meloeiro
utilizado indutores químicos no Pólo Agrícola de
Juazeiro-BA.. 2009. 67p. Dissertação (Mestrado em Horticultura Irrigada) Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Juazeiro, 2009 .
RESUMO- No cenário internacional o Brasil ocupa a vigésima posição entre os
países produtores de melão e é o terceiro exportador desta fruta. Os países
importadores exigem que os melões apresentem ótima qualidade e que sejam
produzidos dentro das normas internacionais de segurança alimentar, respeito
ao meio ambiente e bem estar dos trabalhadores. Entre estes um dos maiores
desafios é que sejam isentas de resíduos de agrotóxicos. Assim, o objetivo
deste trabalho foi avaliar produtos alternativos que induzam a resistência à
pragas e doença que permitam a redução na utilização de defensivos,
produzindo frutos com menor quantidade de resíduos e menor custo. Os
produtos avaliados foram o silício (150 mL . 100 L-1 ), fosfito de Cobre (300 mL
. 100 L-1 ) e acibenzolar-S-metil (5 g . 100 L-1 ) aplicados isoladamente ou
combinados entre si, ou
consistiu na aplicação
com aminoácido e com o tratamento padrão que
de tiametoxan (250 g kg-1), abamectina (18 g L-1),
cyromazine (750 g kg-1), lambda-cialotrina (50 g L-1), difenoconazol (250 g L-1) e
azoxistrobina (500 g kg-1), aplicados de acordo com um programa fitossanitário.
Foram realizados sete monitoramentos de pragas e doenças, seguindo as
normas da produção integrada para melão, para avaliar o nível de infestação.
Os produtos foram aplicados semanalmente e nas primeiras horas do dia. O
experimento teve a duração de 70 dias, sendo que no final do ciclo foram
avaliados : atividade das enzimas peroxidase e glucanase; teor de sólidos
solúveis; tamanho e formato de fruto; produtividade; custo de produção; peso
xv
da matéria fresca e seca da parte aérea e firmeza do fruto. Além disso, também
foram realizados tratamentos dos frutos em pós-colheita com acibenzolar-Smetil e avaliação pelo teste Elisa para a determinação da quantidade do vírus
do amarelão. Os resultados obtidos para atividade enzimática de peroxidase e
glucanase não foram conclusivos para afirmar que os tratamentos realizados
proporcionaram ação de indução de resistência na cultura do melão para as
pragas e doenças estudadas. Os frutos tratados em pós-colheita com
acibenzolar-S-metil apresentaram menor sintoma visual do vírus do amarelão e
o tratamento padrão controlou adequadamente todas as pragas avaliadas. O
controle da mosca branca foi satisfatório com os tratamentos padrão com
acibenzolar-S-metil e fosfito de cobre. Em todos os tratamentos houve baixa
incidência de mosca minadora, Liriomysa trifolli, mas os tratamentos com fosfito
de cobre e acibenzolar-S-metil, apresentaram a ausência da praga na maioria
das avaliações. Em todos os tratamentos houve baixa incidência de brocas das
curcubitáceas, Diaphania nitidalis e D. hyalinata, abaixo do nível de dano
econômico, com melhores resultados para os tratamentos que utilizaram
inseticidas, entretanto, o tratamento com silício parece ter evitado o ataque das
brocas na fase inicial do cultivo. O
silício pode ter ocasionado o
engrossamento da casca do fruto e ramos, podendo ter dificultado o ataque
das brocas, mas
isto deve ser melhor investigado, uma vez que não foi
realizada uma avaliação para determinar a grossura das folhas e ramos. Todos
os tratamentos alternativos que foram conciliados com o tratamento padrão
tiveram produção acima de 40 ton ha -1, demonstrando serem estes as
melhores opções de tratameto para o controle
de pragras e doenças,
possibilitando uma boa produtividade.
Palavras-chave: fosfito de cobre, silício, acibenzolar-S-metil, produtividade.
xvi
PARANHOS, M.G. Alternative control of Pests and Diseases in the melon crop
using chemicals inducers in the Agricultural Pole of Juazeiro-BA .. 2009. 67p.
Dissertation (Masters in Irrigated Horticulture) - University of Bahia (UNEB),
Juazeiro, 2009.
ABSTRACT- Brazil is among the twenty-producing countries and is the third
exporter of melon.. Importing countries require that the melons have excellent
quality and are produced within the international standards of food safety,
respect for the environment and welfare of workers. Among these is one of the
greatest challenges that are free of pesticide residues. The objective of this
study was to evaluate alternative products that induce resistance to pests and
disease to enable the reduced use of pesticides, producing fruit with less waste
and lower costs. The products evaluated were silicon (150 mL. 100 L-1),
Copper phosphite (300 mL. 100 L-1) and acibenzolar-S-methyl (5 g. 100 L-1)
applied alone or in combination, or amino acid and the standard treatment that
consisted of tiamethoxan (250 g kg-1), abamectin (18 g L-1), cyromazine (750 g
kg-1), lambda-cyhalothrin (50 g L-1) , difenoconazole (250 g L-1) and
azoxystrobin (500 g kg-1), applied according to a program of plant health.
Seven were conducted monitoring of pests and diseases, following the rules of
integrated production for melon, to assess the level of infestation. The products
were applied weekly during the first hours of the day. The experiment lasted 70
days, and at the end of the cycle were evaluated activity of peroxidase and
glucanase; soluble solids content, size and shape of fruit, productivity, cost of
production, fresh weight and dry top shoot and fruit firmness. In addition,
treatments were performed in fruit post-harvest with acibenzolar-S-methyl and
evaluation by the ELISA test for determining the amount of yellowing virus. The
xvii
results obtained for enzymatic activity of peroxidase and glucanase were not
conclusive to say that the treatments provided the action of induced resistance
in the melon crop to pests and diseases studied. Melons postharvest treatment
with acibenzolar-S-methyl showed lower visual symptoms of yellowing virus and
standard treatment all pests controlled adequately evaluated. Control of whitefly
was satisfactory with standard treatments with acibenzolar-S-methyl phosphite
and copper. In all treatments there was a low incidence of leaf miner, Liriomyza
trifolli, but treatment with phosphite and copper acibenzolar-S-methyl showed
the absence of the pest in most assessments. In all treatments there was a low
incidence of drills curcubitáceas, Diaphania nitidalis and D. hyalinata below the
economic injury level, with better results for treatments of insecticides, however,
the silicon treatment appears to have avoided the attack drills at the initial stage
of cultivation. The silicon may have caused the thickening of the skin of the fruit
and branches and may have hindered the attack of the drills, but this should be
further investigated, since no evaluation has been conducted to determine the
thickness of leaves and branches. All alternative treatments that have been
combined with the standard treatment had production above 40 ton ha-1,
demonstrating these are the best options tratament to control plagues and
diseases, allowing a good productivity.
Key words: phosphite copper, silicon, acibenzolar-S-methyl, productivity.
xviii
1- INTRODUÇÃO
No Brasil, o cultivo do melão teve seu início no estado de São Paulo e
Rio Grande do Sul na década de 60, sendo mais tarde na década de 80,
também cultivado no Nordeste (Della Vecchia, 2007). Até então, todo melão
consumido pelos brasileiros era importado, principalmente da Espanha e do
Chile.
Hoje a região nordeste do Brasil se destaca como o maior produtor e
exportador de melão do país, sendo a Chapada do Apodi, localizada entre os
rios Jaguaribe (CE) e Açu (RN), responsáveis por aproximadamente 80% da
produção nacional. Mossoró, no Rio Grande do Norte, também é um centro de
referência na produção de melão para exportação .
Existem dois pólos de produção de melão na região do nordeste
brasileiro, a região de Mossoró/Açu (RN / CE) e Juazeiro (BA), regiões com
sistemas de cultivo bem diferentes, sendo a região de Mossoró/Açu (RN/CE)
um pólo de alta tecnologia, especializado na produção para o mercado de
exportação, enquanto em Juazeiro (BA) a produção está concentrada em
pequenas propriedades com pouca tecnologia, sendo a produção voltada para
o mercado interno, cenário este, que em 2007 começou a mudar em virtude do
potencial de exportação da região. Hoje a região de Juazeiro (BA) já aplica em
algumas propriedades a mesma tecnologia utilizada em Mossoró, visando,
principalmente, o mercado externo.
A grande dificuldade
na produção do melão são os constantes
aumentos no custo de produção com mão de obra, embalagens, transporte,
irrigação, fertilizantes e insumos usados para o controle das principais pragas e
doenças da cultura.
O mercado consumidor também está mais exigente, cobrando do
produtor frutos de alta qualidade, com segurança alimentar e que no processo
de produção sejam respeitadas a legislação trabalhista e os impactos ao meio
ambiente.
Com a modernização da agricultura é visível o aumento do uso de
defensivos agrícolas sempre com o objetivo de alcançar a máxima
19
produtividade. Entretanto, o uso indiscriminado de fungicidas e inseticidas tem
contribuído para a rápida
degradação
do meio
ambiente,
expondo os
operários a riscos de contaminação durante o processo de produção. Além
disso, o uso excessivo de alguns produtos, principalmente dos inseticidas e
fungicidas, tem favorecido a resistência dos patógenos às substâncias que a
princípio foram criadas para o seu controle.
Todas as plantas tem mecanismos de respostas aos danos causados
por ataque de pragas, doenças, variação climática e estresses. O processo
evolutivo também tem contribuído para a adaptação das espécies vegetais as
novas condições de cultivo. Os vegetais sofrem agressões constantes por
agentes bióticos e abióticos, sofrendo agressão intensa do meio ambiente,
ações não naturais, causadas pela poluição do ar, solo e água. Estas
condições podem favorecer o aparecimento de pragas e doenças, decorrentes
do desequilíbrio ambiental. As plantas, por sua vez, tentam se defender destas
mudanças ativando substâncias de proteção. Os cultivos comerciais são os
que sofrem os maiores danos, pois são muito vulneráveis às adaptações
genéticas criadas para obter a máxima produção e, muitas vezes, responsáveis
pela diminuição na produção de substâncias de proteção. As profundas
alterações ocasionadas por estas mudanças interferem na síntese de proteínas
de defesa, proteínas essas que atuam de várias formas na resistência e
sobrevivência das plantas. Os mecanismos e formas de respostas envolvidas
no processo de defesa das plantas tem sido bastante estudados, mesmo
assim, ainda existem muitas dúvidas quanto ao modo de ação dos mecanismos
de defesa.
O sistema de defesa das plantas é bastante complexo e pode atuar na
forma de resistência constitutiva, resistência localizada e resistência sistêmica
adquirida. A forma de resistência constitutiva acontece mesmo sem a ação de
agentes agressores, esta forma de defesa acontece por herança genética
transmitida pelos ancestrais, tornando a planta imune a maioria dos patógenos.
Já a resistência localizada é ativada no local da infecção/ataque, age no ponto
da agressão, sendo os indutores de resistência ativados perto da área
infectada na tentativa de proteger a planta do ataque do patógeno. A eficiência
20
deste sistema está diretamente ligada à capacidade da planta em reconhecer a
presença do agressor, desencadeando a liberação das substâncias de defesa.
Se a resposta ao ataque for rápida a planta consegue se defender do patógeno
e se o tempo de reação for lento a planta será contaminada pelo agressor. Este
tipo de resposta é conhecido por reação de hipersensibilidade (HR ou
hypersentive reaction), levando à morte das células infectadas. Assim, a planta
tende a proteger as células vizinhas ao ataque, limitando a área de infecção. O
sistema de ação fisiológico na reação de hipersensibilidade (HR) ocasiona um
aumento rápido e transitório de agentes oxidantes e a perda de íons potássio
(K+) e o ganho de íons hidrogênio (H+) pelas células. Também ocorre o
engrossamento da cutícula e parede celular, assim como a liberação de
fitoalexinas e proteínas ligadas à defesa, conhecidas como proteínas PR
(pathogenesis related) .
A resistência sistêmica adquirida (SAR– systemic acquired resistance),
protege a planta de novos ataques de um mesmo patógeno. A SAR é induzida
por diferentes agentes, tornando a planta resistente e esta proteção, é eficaz
contra um grupo de patógenos, e não a todos, variando de acordo com o tipo
de planta.
O mercado tem sinalizado por alternativas como o controle biológico e
uso de produtos que agem estimulando a planta a produzir substâncias com
efeito de indutores de resistência, que contribuem para uma agricultura
sustentável e ecologicamente correta.
O controle biológico de doenças se dá através da ação direta de um
micro-organismo sob outro micro-organismo, o qual pode agir por meio de
antibiose, parasitismo, predação e competição (Cook & Baker, 1983). Já a
resistência induzida se dá através de ações que envolvem a ativação de
mecanismos latentes de resistência de uma planta onde reações bioquímicas
e fisiológicas induzem as mesmas a produzirem e acumularem fitoalexinas e
proteínas relacionadas à patogênese (Hammerschmit & Dann, 1997) .
O fosfito é denominado quimicamente como um sal inorgânico do ácido
fosforoso, produto bastante utilizado em fruticultura, onde apresenta ação como
fitossanitário natural, induzindo ao aumento na produção de fitoalexinas,
21
substâncias naturais da planta e responsáveis pela sua resistência,
especialmente, contra o ataque de fungos.
Com o ataque dos patógenos a planta aumenta o acúmulo de fitoalexinas nos
tecidos da região sob risco eminente de infecção. Os fungos que sofrem ação
dos fosfitos são do gênero Phytophthora, Pythium, míldios mais comuns,
fusarioses, rizoctonias e algumas antracnoses.
Outro produto utilizado na agricultura com fins de aumentar a resistência
das plantas a doenças e pragas é o silício (Si). Epstein & Bloom (2005)
ressaltam que plantas crescendo em ambiente rico em Si devem diferir
daquelas presentes em ambientes deficientes nesse elemento, principalmente,
quanto
à
composição
química,
resistência
mecânica
das
células,
características da superfície foliar e tolerância ao estresse abiótico. As plantas
tratadas com silício, provavelmente, desencadeiam mecanismos naturais de
defesa, como por exemplo a produção de compostos fenólicos, quitinases,
peroxidases e acúmulo de lignina, que podem interferir no crescimento e
desenvolvimento de insetos-praga.
O acibenzolar-S-metil (ASM- Bion) também tem sido estudado devido às
características que tem apresentado como protetor a diversas espécies de
planta. A proteção que o produto proporciona está ligada ao efeito fisiológico do
produto na planta. O ASM é um ativador de plantas e não tem ação direta
contra os patógenos. Aplicado na parte aérea das plantas ele ativa os seus
próprios mecanismos naturais de defesa e aumenta sua resistência às
doenças.
Diante da necessidade de se buscar uma forma alternativa e segura de
produção agrícola e que seja sustentável, enfocando a utilização de produtos
alternativos, com características de induzir a planta a produzir substâncias que
a protejam, este trabalho teve como objetivo adotar práticas de manejo no
cultivo do meloeiro (Cucumis melo L.), que reduza
a utilização de
defensivos agrícolas através da aplicação de produtos com capacidade de
induzir a resistência a pragas e doenças pela produção de fitoalexinas,
compostos fenólicos e pelo engrossamento das folhas.
22
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1- A cultura do meloeiro (Cucumis melo L.)
O melão (Cucumis melo L.) é o fruto de uma olerícola muito apreciada e
de grande popularidade no Brasil e no mundo, sendo consumido em larga
escala na Europa, Japão e Estados Unidos. O melão é rico em vitaminas A, B,
B2, B5 e C, sais minerais como potássio, sódio e fósforo e apresenta valor
energético relativamente baixo; é consumido in natura ou na forma de suco. O
fruto maduro tem propriedades medicinais, sendo considerado calmante,
refrescante, diurético e laxante. É recomendado no controle da gota,
reumatismo, obesidade e prisão de ventre (Gomes P.M - Senar 2007).
Com relação à comercialização, a vantagem brasileira do cultivo do
melão é que o auge da sua safra, de setembro a janeiro, coincide com a
entressafra mundial. Cerca de 95% da produção no Brasil está nos estados do
Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Pernambuco, sendo o Rio Grande do
Norte responsável por 50% da produção nacional. Em 2005, tornou-se a
segunda fruta mais exportada pelo país, com o mercado internacional estimado
em 1,6 milhões de toneladas por ano (Gomes,P.M-SENAR, 2007).
A cultura do meloeiro teve seu marco na década de 80, sendo a região
Nordeste a principal região produtora. Esta década foi marcada pelas
exportações tornando-se uma região de grande importância comercial e isto se
deve ao aumento da área de produção e pela alta tecnologia aplicada,
tornando-se referência nacional no cultivo do melão ( Souza, 1994).
O clima tem grande influência na produtividade e qualidade do melão,
sendo a temperatura, luminosidade e umidade fatores de grande importância
na produção do melão. A temperatura é o principal fator climático que afeta a
cultura do melão, interferindo na germinação e desenvolvimento da cultura.
Para o crescimento de raízes e desenvolvimento da planta, a temperatura ideal
deve ficar em torno de 15 a 30ºC. O crescimento da parte aérea é afetado por
temperaturas baixas. Alguns autores afirmam que abaixo de 12ºC o
crescimento do meloeiro é interrompido ( Souza, 1994).
23
Embora as condições climáticas ideais encontrem-se no Nordeste,
pouca chuva e muito sol, pode-se também produzir melão em qualquer parte
do país.
Outros fatores podem exercer influência no desenvolvimento e produção
do meloeiro, como dias e noites quentes com baixa umidade relativa do ar e
com pouca água no solo, favorecendo o seu desenvolvimento e melhorando a
concentração de açúcares nos frutos (Gomes ,2007)
Além dos fatores climáticos, o tipo do solo, espaçamento, densidade de
plantio, poda de condução e raleio dos frutos, tratos culturais e polinização, são
aspectos que exercem influência direta no desenvolvimento e produção do
meloeiro.
O meloeiro prefere solos de textura franco-arenosa, leves, profundos,
com pH entre 5,5 a 7,4 e bem drenados(Gomes , 2007).
O meloeiro é muito exigente em solo, principalmente no que diz respeito
à fertilidade e a ausência de acidez. O meloeiro não gosta de solos ácidos e
quando cultivados em solos com pH abaixo de 5,5 tem seu crescimento
comprometido, não conseguindo manter a folhagem até o final do ciclo, o que
interfere na qualidade dos frutos
O espaçamento recomendado para o cultivo de melão é de 2,0 x 0,40m
ou 2,0 x 0,50m (uma planta por cova) e 2,0 x 1,0m (duas plantas por cova).
As adubações devem ser realizadas de acordo com os resultados da
análise de solo e de folha, sendo uma prática muito importante para garantir
produtividade e qualidade (Gomes ,2007).
Existem vários tipos e variedades de melões. O formato, tamanho, cor
da casca e da polpa, sabor e aroma diferem entre as variedades desta
cucurbitácea. Todos os melões tem em comum a polpa suculenta e
suavemente adocicada.
A seguir segue uma breve descrição dos principais tipos de melão (segundo
Gomes 2007):
24
1) Amarelo- É o melão mais cultivado no País. Pertence ao grupo inodorus e
seus frutos apresentam formato redondo ovalado, com a casca levemente
enrugada de cor amarela dourada, polpa esbranquiçada e espessa. Seu peso
médio varia de 1,2 a 2,0 kg. Tem bom potencial produtivo, resistência ao
manuseio e a conservação pós-colheita, suportando o transporte a longas
distâncias.
2) Pele de sapo- Melão do grupo inodorus, apresenta os frutos com a casca
mosqueada entre verde-escura e verde-clara, levemente enrugada de formato
ovalado com polpa creme-esverdeada. Seu peso médio varia de 1 a 1,5 kg.
3) Cantaloupe ou Japonês– São melões com aroma marcante e de origem
americana, sendo os mais plantados no mundo. Apresentam casca com
reticulado intenso de formato esférico e polpa de coloração salmão. O peso
médio dos frutos varia de 1 a 1,5 kg. Exigem um manuseio mais cuidadoso e
utilização da cadeia de frio durante a pós-colheita.
4) Gália- São melões aromáticos de origem israelense. Apresentam casca verde
que muda para amarelo quando amadurecem e tem polpa branco-esverdeada.
O peso médio dos frutos varia de 0,7 a 1,3 kg. Exigem manuseio mais
cuidadoso e utilização da cadeia de frio durante a pós-colheita.
5) Charentais- São melões aromáticos de origem francesa com formato
arredondado. Apresentam casca lisa ou reticulada com suturas ou costelas
verde-escuras e polpa de coloração salmão. O peso médio dos frutos varia de
1 a 1,2 kg. Exigem manuseio mais cuidadoso e utilização da cadeia de frio
durante a pós-colheita.
6) Orange- São melões redondos com casca lisa de coloração creme e polpa
laranja-escura ou creme esverdeada, com peso médio variando de 1,5 a 1,8
kg. Exigem manuseio mais cuidadoso e utilização da cadeia de frio durante a
pós-colheita .
25
A época ideal
de plantio é aquela em que ocorrem as condições
climáticas mais favoráveis, períodos secos o que evita os riscos de doenças
foliares e de raiz. Deve-se dar especial atenção à variação de preços do
produto no mercado interno, bem como observar as janelas de exportação, no
momento de planejar o seu plantio.
Plantios realizados em épocas de chuva além de serem favoráveis às
doenças reduzem a produtividade da cultura e diminuem sua qualidade. Nos
períodos de chuva é exigido um maior número de pulverizações com
defensivos agrícolas. Deve-se evitar as pulverizações durante o dia para não
matar insetos polinizadores (Gomes ,2007).
A classificação e seleção dos frutos podem ser quanto ao tamanho: a)
tamanho de 6 a 10: mais cotado para o mercado nacional; tamanho 10 a 12:
mais cotado para o mercado argentino e tamanho 12 a 16: mais cotado para o
mercado europeu ( MAPA - Portaria SARC N° 495, de 12 de setembro de 2002,
em homologação ).
A seleção e classificação dos frutos deverão ser criteriosas, visando
garantir a homogeneidade e qualidade do produto final. A seleção é feita com
base em critérios como: danos mecânicos, manchas, ataques de pragas e
doenças, dentre outros.
A classificação dos melões deve ser feita de acordo com o MAPA
(Portaria SARC N° 495, de 12 de setembro de 2002), considerando:
a) “Grupos”- I para os melões com casca reticulada, polpa aromática e de
coloração intensa; II para melões com casca lisa ou rugosa sem retícula e III,
para melões com casca rugosa em listras ou com gomos;
b) “Classes”- de acordo com o peso dos frutos em quilogramas, variando de
<0,65 kg a >4,00 kg e
c) “Categorias”- extra, com 0% de defeitos graves e 5% de defeitos leves,
categoria I com 3% de defeitos graves e 10% de defeitos leves; II, com 10% de
defeitos graves e 35% de defeitos leves e III, com 20% de defeitos graves e
100% de defeitos leves.
São considerados como defeitos graves frutos imaturos e que
apresentem sintomas de ataque de viroses, podridões e mancha grave, entre
26
outros. Frutos amassados, apresentando lesão
cicatrizada, “barriga branca”
ou deformação,
entre outros, são considerados como apresentando defeitos leves (portaria
SARC 495, 2002).
A produção mundial de melões está estimada em, aproximadamente,
27,5 milhões de toneladas (FAO, 2004). Sabe-se que a produção brasileira é
uma pequena fração disso (155.000 ton, cerca de 2% da produção mundial);
entretanto, é importante salientar o fato de que, nas últimas duas décadas,
enquanto a produção mundial triplicou, a brasileira aumentou 20 vezes
(Souza,1994).
O principal produtor de melão no mundo é a China (14.338.000 ton),
seguida da Turquia (1.700.000 ton), Estados Unidos (1.240.000 ton) e Espanha
(1.000.000 ton). Outros países como Israel, Costa Rica, Honduras e Panamá
também possuem uma participação no mercado internacional (Souza, 1994).
A vantagem brasileira é que sua safra coincide com a entressafra
espanhola, de setembro a abril. O melão brasileiro entra no mercado
internacional entre os meses de setembro a março, competindo com a Costa
Rica, Honduras e Panamá, somente a partir de janeiro. O melão de Israel é
encontrado nos meses de novembro a janeiro, atendendo à demanda por
melão nobre dos tipos Gália e Cantaloupe. Embora os Estados Unidos sejam
responsáveis por boa parte das importações mundiais (32,49%), o produto
brasileiro ainda não tem expressão no mercado norte-americano em
decorrência das barreiras fitossanitárias, que elevam os custos de exportação .
As variedades de maior expressão em relação ao tempo de produção e
mercado internacional são os melões do tipo Cantaloupe e Honey Dew,
produzidos, principalmente, pela Espanha, Estados Unidos e Israel. No Brasil,
plantam-se, sobretudo, cultivares ou híbridos do tipo amarelo (yellow honey
dew). Entretanto, outros cultivares tem sido utilizados pelos produtores, visando
atender às referências de consumidores mais exigentes e até mesmo de
alguns importadores. Há uma tendência de aumento da demanda por melões
aromáticos e aumento na procura pelos híbridos, em função da produtividade e
uniformidade dos frutos.
27
2.2- Mecanismos de Resistência em plantas a patógenos
Segundo a teoria evolucionista as plantas para sobreviverem nos mais
diferentes ambientes criaram mecanismos de defesa aos agentes externos,
adaptando-se as condições de clima, solo e aos agentes estranhos ao
ambiente em que se desenvolveram (Harborne, 1997). Estes mecanismos de
defesa podem ser originários de mutações herdadas, seleção natural e
mudanças evolutivas (Taiz & Zeiger, 2009). Contudo, deve-se observar que a
condição de suscetibilidade a doenças surge nas plantas cultivadas. Em
comunidades naturais as plantas possuem resistência natural ou apresentam
relação simbiótica com os parasitas não promovendo danos consideráveis
(Harborne, 1997).
Respostas de plantas a infecções fúngicas foram primeiramente
relatadas por Ward, em 1905 na Inglaterra, posteriormente, na França, por
Bernard em 1911. Estes relatos descrevem as diferentes reações de patógenos
desenvolvendo-se ou não em plantas suscetíveis ou resistentes (Purkayastha,
1995).
Há uma grande variedade de formas pelas quais as plantas defendemse e esses mecanismos podem ser locais ou sistêmicos, constitutivos ou
induzidos (Kessmann et al., 1994).
Alguns dos mecanismos pelos quais as plantas defendem-se de agentes
patogênicos são constitutivos, outros podem ser ativados quando do contato
desses agentes (Sticher et al., 1997). Didaticamente estes mecanismos de
defesa vegetal podem ser divididos em duas categorias: pré-formados, que são
constitutivos, já presentes nas plantas, passivos e os pós-formados, que são
induzíveis, podendo existir em baixas quantidades nas plantas e ativos ao
ataque dos patógenos. Essas categorias podem ser subdivididas em
estruturais e bioquímicas (Pascholati & Leite, 1995).
A primeira defesa da planta em relação ao ataque dos patógenos é a
superfície na qual o patógeno irá fixar-se, algumas das barreiras físicas préformadas envolvidas nesta defesa inicial incluem a cutícula; os estômatos e
lenticelas,
sua
localização e formato e células epidérmicas
diferenciadas
28
(Agrios, 2005). Tais estruturas presentes na planta possibilitam barreiras que
dificultam ou impedem a colonização por parte do patógeno.
Quanto às defesas bioquímicas estas podem ser representadas por
vários compostos como fenóis, quinonas, lactonas, glicosídeos, terpenos,
saponinas e taninos . Tais compostos, em sua maioria são representados pelos
metabólitos secundários. Um exemplo de defesa química inerente à planta
pode ser citado em cebola, espécie na qual a presença de ácido protocatéico,
um composto fenólico, em uma variedade de cebola permite a resistência à
antracnose provocada pelo fungo Colletorichum circians (Agrios, 2005).
Após a reação de hipersensibilidade, resultante da interação do
patógeno com o hospedeiro, algumas reações tanto físicas como bioquímicas
passam a ocorrer. Quanto às reações físicas inclui-se a formação de papilas e
halos em torno do patógeno, formação de camadas de abscisão, cortiça e
tiloses, além de lignificação (Pascholati & Leite, 1995).
Em trabalho com diferentes espécies da leguminosa forrageira como
Stylosanthes, Jerba et al. (2006) não constataram correlação positiva entre o
número de estegmatas, estruturas sílicas presentes nas folhas destas
leguminosas, e a incidência de Colletotrichium gloesporioides. Contudo, tal fato
pode ser devido ao acúmulo de quitinases e β–glucanases, síntese de
peroxidases, deposição de caloses ou agregação citoplasmática.
Em seringueira (Hevea brasiliensis (Wild ex Adr. Juss.) Mull. Arg.),
observaram aumento da espessura da cutícula nas folhas da planta infectada
por Phythophtora capsici ao estudarem a infecção deste patógeno na planta
hospedeira.
Relacionados à Resistência Sistêmica Adquirida (SAR) incluem-se os
mecanismos de defesa bioquímicas induzidas pela infecção do patógeno,
mecanismos pós-formados. Estes são representados pela formação de
espécies ativas de oxigênio (ROS), moléculas altamente reativas formadas no
caminho metabólico da transformação do oxigênio molecular em água;
fitoalexinas, metabólitos secundários, antimicrobianos produzidos em resposta
a condições de estresse; proteínas relacionadas à patogênese, que atuam no
processo de infecção e enzimas associadas aos mecanismos de defesa,
29
oriundas de alterações metabólicas correlacionadas a mudanças na atividade
de enzimas-chave do metabolismo primário e secundário, como a peroxidase
(Cavalcanti et al., 2006).
Dentre as proteínas relacionadas à patogênese, avaliando a atividade da
β–1, 3–glucanase e quitinases, após a utilização de elicitores biológicos e
químicos em tomateiro, Cavalcanti et al. (2006) demonstraram o aumento da
atividade destas enzimas com o emprego dos elicitores em relação à mancha
bacteriana causada por Xanthomonas campestris pv. vesicatoria.
2.3- Resistência Sistêmica Adquirida (SAR)
Em 1933, Chester revisou cerca de duzentos trabalhos que tratavam da
resistência de plantas a doenças e levantou a hipótese de que as plantas
teriam um sistema imunológico semelhante aos dos mamíferos. Segundo
Bonaldo et al. (2005) os primeiros relatos sobre indução de resistência a
patógenos datam de 1901, em trabalhos realizados por Ray e Beauverie,
ambos com a interação Botrytis cinerea x Begonia sp. (Kessmann et al., 1994).
Em 1940, Müller & Börger realizaram trabalho clássico com tubérculos de
batata e observaram que a inoculação de uma área do tubérculo com uma raça
avirulenta de Phytophthora infestans aparentemente protegia os tecidos contra
a infecção com uma raça virulenta inoculada 24 horas após.
Ryals et al. (1996), citando Ross (1961), demonstraram que estes
autores foram os primeiros a caracterizar em detalhe a ocorrência de SAR em
plantas de fumo (Nicotiana tabacum L.) que exibiam lesões locais quando
infectados pelo vírus do mosaico do fumo (TMV).
SAR é um mecanismo de defesa induzida que tem o papel de oferecer
resistência à patógenos (Ross, 1961). A SAR é induzida por inúmeros
patógenos que causam necrose
em tecidos,
desde
a resposta de
hipersensibilidade (RH) (Ross, 1961) até lesões de doenças (e é caracterizada
por uma resistência duradoura para um grande espectro de patógenos.
A SAR pode ser dividida em duas fases: iniciação e manutenção. A fase
de iniciação pode ser transitória e inclui todos os eventos que levam ao
estabelecimento da resistência. A segunda fase, que envolve o período de
30
manutenção, descreve a resistência estável que resulta da fase de iniciação
(Ryals et al., 1994; Silva, 2002; Bonaldo et al., 2005).
2.4- Resistência Sistêmica Induzida (SIR)
A divisão entre SAR e SIR mostra-se como um artifício didático para
facilitar o processo de entendimento do processo de resistência sistêmica em
plantas. Sticher et al. (1997) demonstram que apesar de semelhantes
fenotipicamente, por atuarem de maneira sistêmica após a indução por
determinados agentes, os fenômenos de SAR e SIR diferem em determinados
aspectos até o estabelecimento da resistência sistêmica.
A SAR envolve o acúmulo de proteínas-RP como mecanismos induzidos
de defesa da planta, sendo sua indução salicilato-dependente, podendo
resultar em alterações visuais (necroses, por exemplo) na planta que sofreu
indução e, geralmente, induzida por patógenos ou ativadores químicos. Em
SIR, não há acúmulo de proteínas-RP, a planta que sofreu indução não exibe
alterações, o agente indutor é usualmente um micro-organismo não-patogênico
e sua indução não é salicilato-dependente, parecendo haver outra rota de
sinalização associada a jasmonatos e etileno (Bonaldo et al., 2005).
2.5– Indutores de Resistência
Os chamados indutores de resistência apresentam-se como compostos
de diferentes origens capazes de ativar os mecanismos de defesa da planta
atuando no mesmo papel dos agentes patogênicos que naturalmente induzem
os mesmos mecanismos. Dentre estes indutores enquadram-se os indutores
abióticos e os indutores bióticos .
31
A indução de resistência por meio do uso de agentes bióticos tem sido
relatada em diversas culturas como: pepino, mostarda, fumo, tomate, melão,
batata, trigo e cereja.
Estes indutores são organismos vivos ou partes destes capazes de
ativar respostas de defesa localizada ou sistêmica em plantas. Estes podem
ser bactérias, fungos, vírus, nematóides e insetos (Di Piero et al., 2005).
Os indutores abióticos são separados em duas categorias distintas: os
indutores químicos e os físicos. Os indutores químicos podem ser: o ácido
salicílico, acibenzolar-S-metil (ASM), ácido jasmônico, ácido β-aminobutírico
(BABA), ethephon, carboidratos derivados da quitina, probenazole, extratos
foliares de Nim (Azadirachta indica), extratos concentrados de folhas de
Reynoutria sachalinensis, etc. Os indutores físicos podem ser: a temperatura,
radiações utravioleta (UV) e gama.
A resposta de defesa ocorre geralmente quando os receptores vegetais,
localizados na membrana plasmática das células, interagem com moléculas
presentes na parede celular dos micro-organismos ou com substâncias
secretadas por esses. Após o reconhecimento é desencadeada uma cascata
de eventos associadas com transdução de sinais intracelulares e posterior
ativação dos mecanismos de defesa (Métraux, 2001). Sendo assim, a indução
de resistência pode ser obtida com o uso de patógenos ativos ou inativos,
raças avirulentas de micro-organismos patogênicos, não-patógenos e com
metabólitos desses micro-organismos que atuam como elicitores.
2.6- Acibenzolar-S-metil (ASM)
Em 1996, o composto sintético acybenzolar-S-methyl, pertencente ao
grupo dos benzotiadiazoles (BTH), foi introduzido na Alemanha (produto
comercial Bion®) para o controle de oídio em trigo. O composto não tem ação
antifúngica direta, mas induz quimicamente o desenvolvimento de mecanismos
de resistência da planta .
32
O Bion, acibenzolar-S-metil (ASM),comercializado no Brasil como Bion® é um
ativador de defesa vegetal que age quimicamente e vem se tornando uma
alternativa viável
para as novas
estratégias de manejo de doenças em
vegetais . O Bion é um produto que tem rápida absorção e é translocado por
toda planta gerando um sinal sistêmico que desencadeia a ação de defesa,
possibilitando a proteção das plantas contra um amplo espectro de doenças
nas culturas do tomate, citros e cacau (Uknes et al., 1992 Resende, 2002).
Cavalcanti e Resende (2005) e Perez (2002), conduziram trabalhos que
comprovaram a eficiência do ASM como indutor de resistência conferindo uma
proteção significativa de 55,4 % na severidade em mudas de cacaueiro contra
Verticillium dahliae e de 50 % contra Crinipellis perniciosa. Apesar de
apresentar mecanismo de ação, como mensageiro secundário, semelhante ao
ácido salicílico (AS), o ASM parece atuar de forma independente do AS ou de
qualquer outra molécula sinal, levando a expressão de genes relacionados à
SAR (Benhamou & Bélanger, 1998;).
O ASM é o ativador de resistência melhor estudado e o primeiro produto
comercial sob os nomes de BION®, ACTIGARD™, BOOST® (Venâncio et al.,
2000).
No Brasil, esta molécula vem sendo testada em cacau, tomate,
pimentão, trigo, citros, café, algodão e em outras culturas, apresentando
resultados promissores no controle de fungos e bactérias (Ishida, 2004).
A aplicação de ASM em trigo induziu a planta a produzir proteínas-RP,
quando desafiados com Fusarium graminearum .
Em pimentão, o ASM se mostrou eficiente para induzir a resistência a
diversas bactérias, como Erwinia carotovora pv. carotovora, Xanthomonas
axonopodis pv. vesicatoria e X. campestris pv. Vesicatoria (Venâncio et al.,
2000).
O composto derivado do benzotiodiazol (BTH) (acibenzolar-S-methyl)
tem sido citado como um agente ativador dos mecanismos de defesa de
plantas, protegendo-as sistemicamente contra uma larga gama de doenças
causadas por fungos e bactérias, sem mostrar efeito tóxico direto e significativo
contra estes fitopatógenos (RUESS et al., 1995). OBTH na maioria dos casos
33
estudados não apresenta atividade antimicrobiana direta sobre o patógeno, o
que praticamente elimina o risco de seleção de raças resistentes ao
produto.Além disso, é um composto de baixo impacto pois apresenta baixa
toxicidade (DL50 oral em ratos > 2.000 mg/kg), e nenhumefeito carcinogênico,
mutagênico ou teratogênico (RUESS et al., 1996),
Os indutores podem atuar de diferentes formas, porém, sempre levando
à ativação do sistema de defesa das plantas. O ASM é um análogo do AS, que
age induzindo a ativação de genes que codificam proteínas PR e enzimas
relacionadas com a produção de fitoalexinas e lignina (Cole, 1999; Resende et
al., 2000). Provavelmente, o BABA induz a produção de proteínas PR, como
ocorre com o ASM (Jakab et al., 2001), enquanto que a ação da quitosana
pode se dar através da criação de uma barreira estrutural, pela lignificação da
parede celular, ou pelo efeito inibitório sobre o crescimento de fungos
fitopatogênicos (Benhamou et al., 1998).
Dentre as proteínas PR ativadas pelos indutores encontram-se as
hidrolases β-1,3-glucanase e quitinase, que promovem a desorganização da
parede celular dos patógenos, as peroxidases, e a fenilalanina amônia liase
(PAL), que estão diretamente envolvidas no processo de lignificação da parede
celular (Oliveira et al., 2001). Dann & Deverall (2000) observaram a ativação da
resistência sistêmica em ervilha a Uromyces viciae-fabae (Pers.) J. Schroet,
quando as plantas foram tratadas com altas dosagens de ASM e isolados
avirulentos de Pseudomonas syringae pv. pisi (Sackett) Young, Dye & Wilkie,
associadas ao aumento da atividade de β-1,3-glucanase e peroxidase.
Em caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.], plântulas tratadas com ASM e
inoculadas com Colletotrichum destructivum O'Gara apresentaram aumento da
resistência, comprovada com o aumento das enzimas PAL e chalcone
isomerase (Latunde-Dada & Lucas, 2001).
Vários trabalhos têm demonstrado uma reação de imunidade fisiológica
provocada pela ativação de SAR, mas alguns autores, como Ward et al. (1991),
por exemplo, identificaram nove grupos de genes que, conjuntamente, foram
elevados a altos níveis durante a ativação de SAR. O ácido salicílico
desempenha um importante papel na SAR. Ele é acumulado nas plantas após
34
a infecção local, e a SAR não pode ser biologicamente induzida se a planta não
for capaz de acumular ácido salicílico, indicando que esse ácido é uma
importante molécula envolvida na indução de SAR . Diversos produtos
químicos têm sido citados como ativadores de SAR. Até o momento, a única
substância derivada de plantas que demonstrou ser um indutor de SAR é o
ácido salicílico . Posteriormente, foi sintetizado o ácido 2,6 dicloroisonicotínico
(INA), análogo do ácido salicílico que também tem sido demonstrado como
ativador de SAR (Metraux et al. 1991). No entanto o uso destas duas
substâncias tem apresentado fitotoxidez para a maioria das plantas
cultivadas.
Recentemente
um
outro
análogo
do
ácido
salicílico,
benzothiadiazole (BTH), demonstrou ser um potente ativador de SAR e tem
possibilitado a proteção em condições de campo contra um amplo espectro de
doenças em diversas culturas (Moraes 1998, Kempster 1998, Dann et al.
1998). A ativação de SAR por BTH foi observada nas culturas de arroz, trigo,
fumo, banana, tomate entre outras, geralmente contra doenças causadas por
fungos e bactérias (Novartis 1997). Para que os próprios mecanismos de
defesa da planta ativada demonstrem toda a sua atividade é necessário um
período de tempo entre a aplicação do ativador de plantas e o início da
infecção (Novartis, s.d.). A aplicação de BTH em trigo, antes da infecção,
resultou em resistência duradoura contra o mildio pulverulento causado por
Erisiphe graminis f.sp. tritici. Segundo Gorlach et al. (1996), uma única
aplicação de 30 g/há de BTH pode proteger o trigo contra o míldio pulverulento
no campo durante toda a estação, combinando proteção duradoura com uma
desejável baixa taxa de aplicação.
2.7- Aminoácidos no desenvolvimento vegetal
As funções do ácido glutâmico (Glu) e da glutamina (Gln), aminoácido
derivado deste, estão bem elucidadas no metabolismo vegetal (Taiz & Zeiger,
2009). Samuel et al. (1975) examinaram a distribuição de carbono (C) do ácido
aminolevolúrico (ALA) in vivo em folhas de espinafre após aplicação exógena
de Glu com radioisótopo C14 demonstrando que o esqueleto carbônico de 5
35
carbonos do Glu é incorporado intacto ao ALA,
indicando que o primeiro
precursor da síntese de clorofila é o Glu.
No metabolismo do nitrogênio, as funções do Glu e Gln são bem
descritos (Rhodes et al., 1980; Rhodes et al., 1986; Mayer et al., 1990),
partindo do complexo Glutamina Sintase (GS) e Glutamato Sintetase (GOGAT)
considerado a
via metabólica primária na assimilação de amônia nas plantas superiores. O
NH3 é incorporado ao radical amina da Gln no cloroplasto por uma isoforma de
GS. O grupo amina da Gln é transferido para o composto 2-oxiglutorato através
de uma reação no cloroplasto catalizada pela GOGAT, produzindo duas
moléculas de Glu. Uma dessas moléculas de Glu pode ser utilizada na síntese
de Gln, enquanto a outra é utilizada em outras reações do cloroplasto, ou
exportada ao citoplasma e utilizada na síntese de dois aminoácidos, a prolina
(Pro) e o gamaminobutirato (GABA). O Glu, Gln, Prolamina (Pro) e GABA
definem os fluxos de aminoácidos mantendo constantes as proporções de
aminoácidos do cloroplasto e citosol.
No citoplasma, Pro é formada através da reação entre a carboxila gama
do glutamato e o ATP resultando num composto denominado glutamato-5fosfato, que é reduzido por NADPH a glutamato-5-semialdeído (semialdeído
glutâmico) que se torna cíclico espontaneamente formando o pirrolino-5carboxilato, este sofre uma redução final que resulta na formação da Pro
(Câmara et al., 2000).
Estudos desenvolvidos in vivo com isótopos radioativos C14 (Oaks et al.,
1970; Boggess et al., 1976), C13-glutamato (Heyser et al., 1989a) ou N 15
(Rhodes et al., 1986; Rhodes & Handa, 1989) indicam que o glutamato é o
principal precursor do acúmulo de prolina em plantas submetidas ao estresse
osmótico. O acúmulo desse aminoácido é parte de uma adaptação ao estresse
osmótico (Boggess et al., 1976; Rhodes et al., 1986; Rhodes & Handa, 1989;
Berteli et al., 1995), defendendo os tecidos vegetais dos efeitos do estresse e
atuando como protetor enzimático (Solomon et al., 1994; Liu & Zhu, 1997).
O acúmulo de Pro envolve em parte: indução (Peng et al., 1996),
ativação de enzimas de biossíntese de Pro (Boggess et al., 1976; Delauney &
36
Verma, 1993), decréscimo da oxidação de Pro a Glu (Stewart & Boggess,
1978; Huang & Cavalieri, 1979; Sells & Koeppe, 1981; Elthon & Stewart, 1982)
pela redução da atividade da prolina dehidrogenase, enzima de degradação de
Pro (Kiyosue et al., 1996; Peng et al., 1996) e decréscimo na utilização da Pro
na síntese de proteínas (Fukutoku & Yamada, 1984).
Segundo Girousse et al. (1996), o déficit hídrico induz ao incremento na
concentração de Pro na seiva do floema em plantas de alfafa, indicando que a
deposição de Pro no ápice radicular das plantas sob estresse hídrico (Voetberg
& Sharp, 1991) ocorre em grande parte pelo transporte de Pro pelo floema. O
gene, ProT2, relacionado com o transporte de Pro é fortemente induzido sob
estresse hídrico ou salino em Arabidopsis thaliana (Rentsch et al., 1996).
Homólogos aos genes relacionados ao transporte de Pro foram identificados
em tomate LeProT1 e se expressam em grãos de pólen em germinação,
codificando proteínas relacionadas com transporte de solutos (Schwacke et al.,
1999).
Plantas transgênicas de tabaco com super expressão de genes
relacionados com a síntese e transporte de prolina apresentaram incremento
na resistência a déficit hídrico e estresse salino (Kishor et al., 1995). Rossi et
al. (1997) demonstraram que nas folhas de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.)
cultivado em solução contendo NaCl, ocorreu aumento nos níveis de prolina de
até duas vezes. O aumento de prolina em situação de estresse teria efeito
osmorregulador (Levitt, 1981), entretanto Hare & Cress (1997) sugeriram que
esse efeito é secundário ao se considerar as implicações metabólicas da sua
síntese e degradação.
Em células em crescimento o nível de deposição de Pro é equivalente à
combinação dos níveis de síntese e de Pro oriunda da degradação de
proteínas e translocada pelo floema (força dreno), subtraída a quantidade de
prolina catabolizada, exportada e a utilizada na síntese de proteínas e ainda a
diluição causada pela entrada de água durante o crescimento (Rhodes &
Handa, 1989; Voetberg & Sharp, 1991).
Para a compreensão dos efeitos da Pro nas células de tecidos jovens,
deve-se considerar as implicações da água da planta nas regiões de
37
crescimento, incluindo o potencial de água, potencial do soluto, turgor e a
diferença de potencial entre o xilema e as células em crescimento (Nonami et
al., 1997), bem como, o nível de metabólitos inibidores do crescimento como o
áciso abscísico, cuja síntese ou compartimentalização promovem mudanças
rápidas no turgor e no metabolismo, por exemplo, a alteração do pH celular
(Rhodes, 1987). O feedback genético é complexo, pois o ácido abscísico,
sinais osmóticos e o cálcio citosólico, alteram a expressão de genes que
codificam enzimas de síntese de Pro (Kishor et al., 1995).
Avendano et al. (2005), avaliando cultivares de milho quanto a tolerância
à seca, verificaram que o acúmulo de Pro aumentou conforme se prolongou o
período de seca em quatro variedades, em diferente proporção. As variedades
melhoradas apresentaram maior acúmulo de Pro que as originais. Os
resultados permitem estabelecer que as variedades melhoradas por seleção
massal, em condições de umidade restringida no solo, desenvolveram um
mecanismo de tolerância que lhes permite sobreviver em condições de seca e
recuperar-se
completamente
reiniciando
seu
metabolismo
normal
de
crescimento, uma vez que exista umidade. Nesse processo a Pro tem um papel
preponderante.
Nesse sentido, Bellinger et al. (1991) sugerem que a acumulação de Pro
não é um indicador de resistência e sim um indicador de tolerância adquirida,
visto que diversos experimentos demonstraram que células, calos e
somaclones selecionados como tolerantes ao estresse apresentaram maior
acumulação de Pro do que os não adaptados.
Shevyakova et al. (1985) observaram a acumulação de Gln e Glu em
células de Nicotiana sylvestris e Willadino et al. (1996) em calos de milho
submetidos ao estresse salino. O estresse salino promove incremento na
atividade das enzimas glutamina sintetase (GS) (Viégas & Silveira, 1999) e
glutamato sintase (GOGAT) envolvidas na assimilação do íon amônio. O ciclo
GS/GOGAT provavelmente desempenha importante papel no suprimento de
Glu para a biossíntese de arginina e prolina em condições de estresse. A
elevada produção de NH3-NH4+ durante o estresse abiótico, acompanhado de
incremento da via biossintética de arginina, é considerado um mecanismo de
38
desintoxicação do íon amônio produzido (Slocum & Wiestein, 1990). A
capacidade de incorporar esse amônio em condições de estresse, seja salino,
osmótico ou nutricional, pode representar um mecanismo homeostático
importante frente a condições de estresse em vegetais.
2.8- Silício no desenvolvimento vegetal
O silício (Si) é um elemento com propriedades elétricas e físicas de um
semi-metal, desempenhando no reino mineral papel cuja importância pode ser
comparável ao do carbono nos reinos vegetal e animal (Lima-Filho et al., 1999).
Semelhante a este, porém de modo menos intenso, o silicio possui a
capacidade de formar longas cadeias, muitas vezes ramificadas.
O silício é o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre,
estando logo após do oxigênio. Compostos contendo o elemento silicio
acumulam-se nos tecidos das plantas representando entre 0,1 a 10% da
matéria seca (Raij, 1991). A definição das funções bioquímicas específicas do
silicio na nutrição dos animais e das plantas ainda não foram bem esclarecidas.
No entanto, em várias espécies vegetais a sua absorção traz inúmeros
benefícios, para o crescimento e desenvolvimento, especialmente quando as
plantas são submetidas a algum tipo de estresse, seja ele de caráter biótico ou
abiótico (Epstein, 1999). É reconhecido que este elemento influencia na
resistência apresentada pelas plantas em resposta a ataques de insetos,
nematóides, doenças, estado nutritivo, transpiração e, possivelmente, algumas
características de trocas gasosas, influenciando na eficiência fotossintética .
A comprovação da essencialidade do Si é muito difícil de ser obtida,
devido à sua abundância na biosfera. O silicio está presente em quantidades
significativas mesmo em sais nutrientes, água e ar, altamente purificados
(Werner & Roth, 1983). Apesar disso, o fornecimento de silicio é benéfico para
muitas espécies vegetais e, em determinadas circunstâncias, para a maioria
das plantas superiores (Marschner, 1995). O silicio pode estimular o
39
crescimento e a produção indiretamente, pela sua atuação na diminuição do
auto-sombreamento,
deixando
as folhas mais eretas;
decréscimo
na
suscetibilidade ao acamamento, maior rigidez estrutural dos tecidos; proteção
contra estresses abióticos, como a redução da toxidez de Al, Mn, Fe e Na;
diminuição na incidência de patógenos e aumento na proteção contra
herbívoros, incluindo os insetos fitófagos (Epstein, 1994; Marschner, 1995).
O silício, absorvido do solo na forma de ácido silícico, é depositado na
parede celular podendo trazer efeitos benéficos para as plantas. É capaz de
aumentar o teor de clorofila das folhas e a tolerância das plantas aos estresses
ambientais como frio, calor, seca, desequilíbrio nutricional e toxicidade a
metais, além de reforçar a parede celular e aumentar a resistência contra
patógenos e insetos (Epstein, 2001).
As plantas superiores podem ser classificadas em relação à absorção de
silicio, em acumuladoras, intermediárias e não acumuladoras, sendo as
gramíneas em geral, classificadas como acumuladoras de silicio (Miyake &
Takahashi, 1983; Korndörfer et al., 1999 a, b). Apesar de ser um dos elementos
mais abundantes da crosta terrestre e presente em consideráveis quantidades
na maioria dos solos, os cultivos consecutivos podem diminuir o teor de Si até
o ponto em que a adubação silicatada seja necessária para maximizar a
produção .
O ecossistema dos cerrados é caracterizado por solos que apresentam
baixos valores de pH, excesso de alumínio (Al) trocável e baixa disponibilidade
de Si para as plantas. Atualmente, o calcário tem sido amplamente utilizado
para a correção do pH dos solos ácidos, mas o silicato vem se tornando uma
nova opção, pois foi demonstrado que este pode corrigir em profundidade o pH
dos solos (Korndörfer et al., 2002).
O mecanismo pelo qual o silício exerce seu efeito protetor ao ataque de
patógenos e insetos é ainda controverso ( Goussain et al. 2005). A proteção
conferida às plantas pelo silício pode ser devida ao seu acúmulo e
polimerização nas células, formando uma barreira mecânica que dificulta o
ataque de insetos-praga e patógenos (Yoshida et al., 1962). A função do silício
como reforço da resistência mecânica foi questionado por Menzies et al. (1992)
40
e Samuels et al. (1991). Segundo Chérif et al. (1992), o silício está relacionado
com reações específicas de defesa das plantas. Gomes et al. (2005) sugeriram
que o silício atua como elicitor do mecanismo de resistência induzida em
plantas de trigo.
Até recentemente, o silicio era encarado apenas como uma barreira mecânica
passiva de defesa da planta contra o estresse ambiental. O efeito da proteção
mecânica é atribuído, principalmente, ao depósito de Si na forma de sílica
amorfa (SiO2.nH2O) na parede celular que provoca a formação de uma dupla
camada de sílica cuticular, ao qual, pela redução da transpiração, faz com que
a exigência de água pelas plantas seja menor. Este aspecto pode ser de
extrema importância para as gramíneas que crescem em solos do cerrado
onde o período de estiagem é longo e severo. A acumulação de sílica também
torna a planta mais rígida e resistente à herbivoria ( Ma et al., 2001).
Entretanto, a proteção mecânica, já não é a única hipótese para a explicação
da função do Si na planta. Fawe et al. (1998) identificaram uma proteção ativa
induzida pelo Si dentro das células vegetais. Estes autores demonstraram que
o Si inicia uma sequência de reações que formam mecanismos de defesa
bioquímica na planta infectada de pepino. Epstein (1999) sugere que o Si
possa agir como um segundo mensageiro dentro da célula afirmando, também,
que os mecanismos de defesa mobilizados pelo Si incluem acumulação de
lignina, compostos fenólicos, quitinases e peroxidases.
O fornecimento de silício tem beneficiado muitas espécies vegetais,
estimulando o crescimento e a produção, além de propiciar proteção contra
estresses abióticos e diminuir a incidência de insetos-praga e doenças
(Marschner, 1995; Savant et al., 1997; Epstein, 1994, 1999).
41
2.9- Fosfito no desenvolvimento vegetal
Atualmente, o processo produtivo agrícola sofre pressão da sociedade
pela produção de alimentos de forma sustentável e sem resíduos . Por estas
razões, existe uma busca contínua por alternativas que sejam capazes de
auxiliar no controle de doenças, mas que não representem riscos ao homem e
ao meio ambiente. Silicatos, ácidos cítricos e algas são alguns dos exemplos
de substâncias com potencial de uso no controle de doenças (Peruah & Silva,
2005; Galvão et al., 2006). Os fosfitos são, provavelmente, as substâncias de
maior destaque. Apesar de serem considerados adubos, os fosfitos, devido a
sua incompleta oxidação, apresentam maior solubilidade e absorção, bem
como provocam efeitos únicos sobre o metabolismo das plantas (Lovatt &
Mikkelsen, 2006).
Os fosfitos, sais derivados do ácido fosforoso, são considerados
fertilizantes a base de fósforo com a adição de micronutrientes e que também
podem estimular o mecanismo natural da planta contra a invasão de
patógenos, bem como atuar diretamente sobre os fungos fitopatogênicos .
O fósforo (P) é um elemento essencial necessário para todos os
organismos vivos. O fosforo na forma iônica não aparece na natureza por ser
muito reativo, combinando rapidamente, com o hidrogênio e o oxigênio.
Quando ocorre sua completa oxidação, este se liga a quatro átomos de O 2,
formando a conhecida molécula de fosfato. Mas, quando o fosforo não se oxida
completamente, um átomo de H+ ocupa o lugar do O2 e a molécula resultante é
denominada de fosfito. Esta simples mudança na estrutura molecular influencia
na sua solubilidade e afeta a absorção e metabolismo das plantas (Lovatt &
Mikkelsen, 2006).
Segundo Lovatt & Mikkelsen (2006), o fosfato completamente oxidado é
a forma mais estável de P no ambiente, assim, o fosfito depois de adicionado
ao solo passa por uma transformação gradual até formar fosfato. O tempo
médio para a oxidação do fosfito a fosfato no solo é de 3 a 4 meses, mas
devido a sua alta solubilidade no solo este se encontra mais disponível aos
micro-organismos e às raízes das plantas que o fosfato.
42
Os fosfitos são produtos líquidos originados pela neutralização do ácido
fosforoso (H3PO3) por uma base, sendo a mais utilizada o hidróxido de
potássio, formando desta forma o fosfito de potássio. Este possui excelentes
qualidades fitossanitárias, com atividade antifúngica, atuando diretamente
sobre os fungos ou ativando mecanismos de defesa das plantas, induzindo a
produção de fitoalexinas (Reuveni, 1996).
Os fosfitos quando aplicados podem estimular a planta a ter uma rápida
produção de fitoalexinas que são importantes mecanismos de ação das plantas
.Este tem sido utilizado no controle de várias doenças, em fruteiras de clima
temperado (Reuveni et al., 2003; Katsurayama & Boneti, 2005; Sonego et al.,
2005), apesar de seu modo de ação não ter sido elucidado com exatidão
(Boneti & Katsurayama, 2002). Alguns trabalhos demonstram que os fosfitos
atuam diretamente sobre o fungo, enquanto outros afirmam que ocorre a
ativação dos mecanismos de defesa das plantas (Lovatt & Mikkelsen, 2006).
Neste caso, os fosfitos estimulariam a produção de fitoalexinas, substâncias
naturais de defesa da planta, quando infectadas por algum patógeno. Os
fosfitos têm sido aplicados com êxito no controle de míldio da videira (Dalbó &
Schuck, 2003; Galvão et al., 2006), inclusive com resultados similares aos
fungicidas (Sonego et al., 2005).
43
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na fazenda Mandacaru, localizada no
município de Juazeiro (BA), na Estação Experimental da Embrapa Semiárido,
situado à 09º 24’ de Latitude S, 40º 26’ de Longitude W e a 350 m de altitude. A
área utilizada foi de 800 m2, com predominância do solo vertissolo.
O clima da região é classificado como semi-árido quente BSh’W
(classificação de KÖPPEN), com temperatura média anual do ar de 26,5 C,
sendo a média das máximas de 28,5 C. A precipitação pluvial média anual é de
578,1 mm (Amorim Neto, 1989), com maior concentração nos meses de
dezembro a abril.
A variedade utilizada foi o melão amarelo (Cucumis melo L.) cv. RML
5006 Rogers da Syngenta, o melão amarelo é o mais cultivado na região. As
mudas foram produzidas em casa de vegetação utilizando-se bandejas de
isopor com 96 células preenchidas com substrato Plantmax®, sendo estas
transplantadas com 7 dias após a germinação (agosto de 2008). As mudas
foram transplantadas para o campo em solo previamente irrigado pela manhã e
após o transplantio, o solo foi irrigado por 2 horas.
A partir do resultado da análise de solo (Tabela 1) realizada nas
profundidades de 0 a 20 e 20 a 40 cm, foi realizada a adubação de fundação
com 500 kg ha-1 de NPK 6-24-12, uma semana antes do transplantio. As
demais adubações foram semanais, via
fertirrigação e adubação foliar,
conforme o esquema das Tabela 2 e 3. As composições dos adubos utilizados
estão descritos na Tabela 4.
44
Tabela 1. Resultados da análise de solo da área experimental da Estação
Experimental de Mandacaru da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Descrição
M.O.
matéria
Unidade
Amostra 0 a 20 Amostra 20 a 40
cm
cm
g/kg
14,17
11,89
orgânica
pH
H2O-1:2,5
-
8
8
C.E.
Extrato
dS/m
0,65
0,64
2
2
saturação
P
Fósforo
mg/dm3
K
Potássio
cmolc/dm3 0,54
0,48
Ca
Cálcio
cmolc/dm3 27,1
25,8
Mg
Magnésio
cmolc/dm3 6,4
4,1
Na
Sódio
cmolc/dm3 0,18
0,3
3
Al
Alumínio
cmolc/dm
0
0
H+Al
Acidez
cmolc/dm3 0
0
S(bases) Soma bases
cmolc/dm3 34,22
30,68
CTC
troca catiônica
cmolc/dm3 34,22
30,67
V
Saturação
%
100
100
potencial
bases
Cu
Cobre
mg/dm3
0,94
0,82
Fe
Ferro
mg/dm3
15,6
11,5
Mn
Manganês
mg/dm3
76,3
56,6
3
4,19
1,71
Zn
Zinco
mg/dm
45
Tabela 2. Esquema da adubação foliar realizada durante todo o período do
cultivo de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Estação
Experimental de Mandacaru da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Época
aplicação
(D.A.P.)
de
5
12
19
26
33
40
47
54
Q. Z Q.
nitro B
1
1
Q.
Florada
Q.
Fe
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Produto / dosagem (mL L-1)
Q. Mg 8 Niphokam Q.
K
30
1
2
1
3
2
1
2
1
3
1
3
2
3
3
3
Q. P Q.Arran
30W
k
Q.Mn
10
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
3
3
D.A.P.= dias após o transplantio
Tabela 3. Adubação via fertirrigação realizada durante todo o período do cultivo
de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Estação Experimental de
Mandacaru da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Produto/ dosagem
Semana
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sulf. Mg
(kg)
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
Fernit (kg)
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
13-00-44
(kg)
P 30 W
(L)
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
1
1
1
1
1
1
1
1
Sulf. K
(kg)
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
Nitrato Ca
(kg)
Niphokam (L)
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
5,0
1
1
1
0,5
0,5
0,5
Obs.: A quantidade utilizada foi semanal (irrigação de segunda a sexta feira– 5
dias/semana).
O sistema de irrigação utilizado foi o de gotejo, com espaçamento de 0,50 cm
entre os gotejadores e a quantidade de água fornecida foi de acordo com a
evapotranspiração, sendo que a irrigação ocorreu durante 5 dias por semana.
46
O experimento foi conduzido em esquema de blocos casualizados com 9
tratamentos e 4 repetições, sendo cada repetição composta por 20 plantas. Os
blocos foram montados em uma linha cada, com espaçamento entre plantas de
0,5 m e 1,0 m entre os tratamentos.
Tabela 4. Composição dos adubos utilizados no cultivo de melão (Cucumis
melo L.) cv. RML 5006 Rogers (% do elemento por kg ou L de produto) .
Estação Experimental de Mandacaru da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA,
2008.
Produtos
N
P
K
S
Ca
Mg
B
Mo
Fe
Zn
Mn
Cu
0,1
0,1
1
0,5
0,2
Co
Fundação / Fertirrigação
Fernit
21,3
24,6
Sulfato K
50
Nitrato Ca
15
13-00-44
13
19
44
Sulfato Mg
9,5
6-24-12
6
24
Q. P 30 W
1
30
Niphokam
10
8
12
1,5
8
1
0,5
0,5
Foliar
Q.Z nitro
10
15
Q.Boro L
10
Q.Florada
9
Q.Ferro
2,3
Q.Mg 8
4
1
0,1
1
0,5
0,2
5
3
0,6
8
Niphokam
10
Q.K 30
1
Q.P 30 W
1
Q. Arrank
1
8
8
1
0,5
0,5
0,1
0,5
0,06
10
30
30
1,5
4
Q.Mn 10
10
Os tratamentos utilizados foram: T1- silício (Si); T2- fosfito de cobre; T3- ASM; T4- silício
alternado com tratamento padrão; T5- fosfito de cobre alternado com tratamento padrão; T6ASM alternado com tratamento padrão; T7- ASM + Si + fosfito de cobre; T8- ASM + Si + fosfito
de cobre + aminoácido; T9- tratamento padrão (testemunha).
A descrição dos tratamentos utilizados neste experimento e do tratamento
padrão com seus princípios ativos, doses e nome dos produtos utilizados estão
descritos nas Tabelas 5 e 6.
47
Dois dias após o transplantio nos tratamentos 4, 5, 6 e 9, foram
aplicados o produto Actara a 50 mL de calda por planta (0,06 g do produto por
planta). Esta aplicação teve o propósito de proteger as plantas contra o ataque
da mosca branca, principal transmissor do vírus do amarelão. As demais
pulverizações foram realizadas a cada 7 dias durante 8 semanas.
Todos os tratamentos foram aplicados utilizando-se pulverizador costal de 15 L
adaptado com regulador de volume com bico tipo leque, sendo as aplicações
realizadas sempre pela manhã com início às 7:30 h. O volume de calda teve
variação semanal em função do aumento da massa foliar do meloeiro (Tabela 7).
Tabela 5. Tratamentos com os princípios ativos e produtos comerciais e as
concentrações do p.a. utilizados no cultivo de melão (Cucumis melo L.) cv.
RML 5006 Rogers. Estação Experimental de Mandacaru da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Tratamentos
Nome Comercial
1
Silício
Princípio ativo
(p.a.)
Silício
2
Fosfito de cobre
Fosfito de cobre
3
Bion
Acibenzolar-SMethyl - ASM
(Benzothiadiazole)
4
Tratamento padrão
alternado com Silício
Tratamento padrão
alternado com Fosfito
de cobre
Tratamento padrão
alternado com Bion
Silicio+ Fosfito de
Cobre+ Bion
Bion + fosfito Cobre+
Silicio + Aminoácido
Vita-L
Tratamento padrão
(Testemunha)
5
6
7
8
9
Concentração do
p.a.
150 mL 100 L-1
H2O
300 mL 100 L-1
H2O
5 g 100 L-1 H2O
200 mL 100 L-1
H2O
48
Tabela 6 - Tratamento Padrão, nomes comerciais, princípios ativos e suas
concentrações utilizadas no cultivo de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers. Estação Experimental de Mandacaru da Embrapa Semiárido, em
Juazeiro-BA, 2008.
Produto
Princípio ativo
P.A.
Actara
Tiametoxam
250 g kg-1
Vertimec
Abamectina
18 g L-1
Trigard 750 WP
Cyromazine
750 g kg-1
Karate
Lambda-cialotrina
50 g L-1
Score
Difenoconazol
250 g L-1
Amistar
Azoxistrobina
500 g kg-1
Quimióleo
Óleo vegetal (soja)
856 g L-1
Tabela 7. Volume de calda dos tratamentos utilizados por semana.
Semanas
1
2
3
4
5
6
7
8
9
56
56
Volume de calda por tratamento em litros
10
16
28
28
40
48
45
No tratamento que incluiu a adição de aminoácidos, o produto utilizado
foi o Aminoácido Vita-L da Biolchim, tendo o aminograma detectado a presença
de vários aminoácidos como mostra a Tabela 8.
Tabela 8. Aminoácidos presentes no produto comercial Aminoácido Vita-L e
suas concentrações em g 100 g-1 do produto.
Ácido aspártico– 5,70
Ácido glutâmico– 10,42
Alanina– 8,93
Arginina– 5,95
Cisteína– 0,37
fenilalanina– 2,48
Glicina– 25,31
Hidroprolina– 8,18
Isoleucina– 1,48
Histidina– 1,24
Leucina– 3,72
Lisina– 4,46
Metionina– 0,74
Prolina– 13,97
Serina– 1,73
Tirosina– 1,48
Treonina– 0,99
Triptofano– 0,37
Valina– 2,48
49
A época de aplicação dos tratamentos alternativos e do tratamento padrão
(testemunha) utilizados no experimento seguiram o cronograma esquematizado
nas Tabelas 9 e 10, respectivamente.
Tabela 9. Época de aplicação dos tratamentos realizados após o transplantio
das plantas de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Estação
Experimental de Mandacaru da Embrapa Semiárido, em Juazeiro-BA, 2008.
Tratamentos
1
Semanas após o transplantio
2
3
4
5
6
7
8
1- Silício(Si)
2- Fosfito de cobre(Cu)
3- ASM (Acibenzolar S
Metyl)
4- Padrão/Silicio
5- Padrão/fosfito de Cobre
6- Padrão/ASM
7- ASM+Silicio+fosfito de
Cobre
8- ASM+Silicio+fostito de
Cobre+aminoácido
9- Padrão
Tratamento padrão
Tratamentos
Tabela 10. Esquema da aplicação dos produtos do tratamento padrão
realizados após o transplantio das plantas de melão (Cucumis melo L.) cv. RML
5006 Rogers. Estação Experimental de Mandacaru da Embrapa Semiárido, em
Juazeiro-BA, 2008.
Produtos
Abamectina
Cyromazine
Tiametoxan
Lambda-cialotrina
Difenoconazol
Azoxistrobina
1
2
Semanas após o transplantio
3
4
5
6
7
8
Inseticidas
Fungicidas
50
O experimento teve a duração de 70 dias e durante esse período foram
realizadas 7 avaliações em campo, observando-se a incidência das principais
pragas do meloeiro (broca do fruto, mosca minadora e mosca branca) e 4
avaliações da presença de doenças (míldio, oídio e bactéria).
Para a avaliação das pragas foi utilizado os princípios do monitoramento
da produção integrada de frutos (PIF)-melão, amostrando-se 10% das
plantas/tratamento nas horas mais frescas do dia, preferencialmente entre 6 as
9 horas da manhã.
Mosca-branca: Para adultos foi amostrado uma folha do terceiro
ou
quarto nó, a partir do ápice do ramo, observando-se a parte inferior da folha.
Quando as plantas eram jovens, antes da emissão dos ramos, foi amostrada a
folha mais velha. Para ninfas foi amostrada uma folha do oitavo ao décimo nó
do ramo. Para a contagem das ninfas maduras ou pré-pupas com olhos
vermelhos foi utilizado uma lupa de 10 vezes. A área de abrangência da lupa,
na parte inferior da folha limita-se a 2,5 x 2,5 cm, próxima da nervura central
das folhas. Na presença de sintomas do
amarelão foi
considerado o nível
de controle de duas moscas
adultos ou ninfas, em média nos 20 pontos amostrados. Na ausência de
sintomas do amarelão, o nível de controle foi de dez moscas, adultos ou ninfas,
em média nos 20 pontos amostrados.
Mosca
minadora:
Amostragem
foi
plantas/tratamento, onde o local amostrado
realizada
em
10%
das
corresponde a folha mais
desenvolvida da rama. Como os adultos são muito sensíveis ao movimento, a
contagem dos indivíduos adultos nas folhas deve ser feita mantendo uma
distância para que eles não dispersem. As larvas são observadas nas galerias
que fazem nas folhas. O nível de controle em plantas com até 30 dias de
desenvolvimento é de 5 larvas ou adultos, em média, nos 20 pontos
amostrados. A partir dos 30 dias, o nível de controle é de 10 larvas ou adultos,
em média nos 20 pontos avaliados. Esta amostragem é usada para parcelas
de até 2,5 hectares.
51
Para a avaliar míldio e oídio foi utilizada a escala diagramática do míldio do
meloeiro com diferentes porcentagens de área lesionada, severidade (UFAL,
2006) (Figura 1) e escala diagramática para a determinação da severidade de
oídio em curcubitáceas, expressa em porcentagem de área foliar lesionada
(Figura 2).
Quanto à avaliação de doenças causadas por bactéria (Acidovorax
avenae subsp. Citrulli) o critério utilizado foi o da presença ou ausência.
As avaliações (monitoramento) de pragas e doenças foram realizadas no
dia anterior às pulverizações.
Figura 1- Escala diagramática para a determinação da severidade do míldio em
curcubitáceas, expressa em porcentagem de área foliar lesionada.
52
Figura 2 - Escala diagramática da severidade de oídio do meloeiro em porcentagem de
área foliar lesionada (UFAL, 2006).
Na colheita (novembro de 2008), 70 dias após o transplantio, foram
avaliadas as seguintes características: produção final de frutos de melão (em
kg); número de frutos; tamanho dos frutos (comprimento e diâmetro da região
mediana dos frutos em cm); massa fresca e seca da parte aérea (em kg e g,
respectivamente); quantidade de frutos com broca e quantidade de frutos sem
broca; incidência de oídio, míldio e bactéria; sintomas de podridão e amarelão
(vírus) e o custo de produção por hectare dos tratamentos.
Os frutos foram levados ao laboratório de fitopatologia da Embrapa
Semiárido em Petrolina, PE para avaliação da qualidade interna dos frutos: teor
de sólidos solúveis (SS) realizado com o auxílio de refratômetro manual ( oBrix);
teor de acidez titulável (AT) determinado através da titulação de 10 gramas de
polpa homogeneizada e diluída para 90 mL de água destilada, com solução
padronizada de hidróxido de sódio a 0,1 N, utilizando-se como indicador o
ponto de viragem da fenolftaleína ( Pregnolatto, W 1985), expresso em gramas
de ácido cítrico por 100 gramas de polpa e relação SS/AT (“Ratio”)
determinada pela relação entre o teor de sólidos solúveis e acidez titulável
(Tressler & Joslyn, 1961).
53
A firmeza da polpa foi medida como resistência à penetração, utilizandose um penetrômetro manual (Magner) com plunger de ponteira cilíndrica de 8
mm de diâmetro. Os resultados foram obtidos em libras força (kg cm-1).
Também foi realizada a avaliação pós-colheita dos frutos tratados e não
tratados com ASM. Assim, os frutos tratados foram imersos por 10 minutos em
solução com 2,0mM de ASM. O grupo controle foi mergulhado em água. Dos
frutos tratados com ASM após a colheita, metade foi inoculada com Fusarium e
a outra metade não, sendo o mesmo procedimento realizado para o grupo de
frutos não tratados com ASM. A inoculação foi feita mediante a realização de
micro perfurações na casca do melão
com material contaminado com
fusarium. O objetivo de dividir em dois grupos foi a de permitir a avaliação do
nível de contaminação dos melões .
Os frutos inoculados permaneceram
em câmara
úmida por 48
horas,após este período de incubação os frutos foram mantidos em
temperatura ambiente de 25ºC e avaliados durante uma semana.
Elaborando-se uma escala de notas, com 5 categorias, para avaliar a
severidade de manchas na casca dos frutos causadas pela incidência do vírus
do amarelão . (Figura 3).
Figura 3. Escala de notas, com 5 categorias, para classificação da severidade de
manchas na casca de frutos de melão do tipo amarelo causadas pelo
vírus do
amarelão.
54
A partir da terceira semana de plantio foi realizado quinzenalmente a
coleta de material vegetal para avaliação enzimática da peroxidase e βglucanase das folhas, totalizando 4 coletas. Para estas coletas utilizou-se
tesoura para a retirada das folhas, que eram imediatamente acondicionadas
em papel alumínio e colocadas em caixa de isopor com nitrogênio líquido para
a sua conservação, evitando-se a oxidação. Este material foi armazenado e
conservado em ultra-freezer a -40oC, no laboratório de química da
Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF,
Campus de
Juazeiro (BA), até a realização das análises.
A análise da atividade da Peroxidase foi realizada de acordo com a
seguinte metodologia:
Preparo da solução tampão
Para a extração de proteínas (folhas) foi utilizado o tampão acetato de
sódio 0,1 M. Preparou-se 100 mL de solução acetato de sódio a 1M. Retirou-se
2 mL desta e substituiu-a por 2 mL de EDTA 0,5 M. Após este procedimento,
acrescentou-se 900 mL de água destilada para obter a concentração de 0,1 M.
Após a diluição, adicionou-se 10 g de Polivinil pirrolidone ( PVP), que
corresponde a 1% da solução; este antioxidante foi utilizado devido às folhas
apresentarem muitas oxidases. Por fim, armazenou-se a solução tampão no
refrigerador.
Preparo do extrato
Para a extração enzimática foram utilizadas folhas de meloeiros que
foram previamente pesadas, maceradas em almofariz (previamente resfriado),
juntamente com 20 mL do tampão acetato de sódio, onde a parte líquida da
solução resultante, foi transferida para tubos Falcon (todo processo foi
realizado mantendo vidrarias e auxiliares recobertos por gelo), mantendo-as a
baixas temperaturas. Centrifugou-se a 14.000 rpm por 25 minutos a 4ºC e
após, transferiu-se o sobrenadante para Eppendorfs que foram armazenados a
-80ºC.
55
A análise da atividade da β-1,3 glucanase foi realizada de acordo com a
seguinte metodologia:
Pipetou-se 450,0 µL do extrato enzimático (obtido do extrato das folhas
de meloeiro) em um tubo de ensaio, adicionou-se 450,0 µL de tampão acetato
de sódio (100 mM/pH 5,0) e 450 µL de laminarina (4,0 mg mL-1). Para a
preparação do branco adicionou-se água destilada no lugar da laminarina. Os
tubos foram incubados a 40ºC por uma hora. Após, adicionou-se 0,5 mL de
fenol 5% (v/v), 2,5 mL de H2SO4 concentrado e os tubos foram colocados em
repouso por 10 minutos. Logo após, os mesmo foram agitados e colocados em
banho-maria a 30º C, por 20 minutos. Efetuaram-se as leituras no
espectrofotômetro a 480nm e 490nm em temperatura ambiente, sendo que as
amostras foram diluídas em água destilada na proporção de 1:2 devido aos
altos valores de absorbância apresentados nas leituras iniciais.
Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância (teste F)
pelo programa computacional Sisvar, sendo as médias comparadas pelo teste
Tukey a 5% de probabilidade. Também foi realizada a análise de regressão dos
dados.
56
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para matéria fresca da parte aérea observa-se que houve diferença
estatística significativa entre os tratamentos (F= 10,28*), sendo que o
tratamento alternativo com fosfito de cobre associado ao padrão não
apresentou diferença estatística do tratamento padrão (testemunha) e foi
superior aos demais tratamentos.. No tratamento alternativo onde foi associado
o fosfito de cobre com o padrão ocorreu maior produção de massa de matéria
fresca da parte aérea que os demais tratamentos. A maior quantidade de
matéria fresca permite a melhor eficiência fotossintética possibilitando uma
melhora da relação energética da planta. Tendo a planta uma melhor relação
energética a sua eficiência nas emissões de estímulos bioquímicos ligados a
indutores de resistência tendem a ser mais efetivos. O tratamento alternativo,
padrão + fosfito de Cu, apresentou resultado similar ao padrão demonstrando
que pode ser uma alternativa para o bom desenvolvimento vegetativo do melão
amarelo RML 5006 Rogers.
Figura 4 .Matéria fresca da parte aérea (em g) de plantas de meloeiro (Cucumis melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças.
Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4=
padrão/Si; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
57
Houve diferença estatística entre os tratamentos para matéria seca da
parte aérea. Observando-se que os tratamentos alternativos com fosfito de
Cobre associado ao padrão, e o ASM associado ao padrão não diferiram do
tratamento
padrão (testemunha).Estes tratamentos
foram diferentes dos
tratamentos com fosfito de Cobre; ASM; ASM + Silicio + fosfito de Cobre e
ASM + fosfito de Cobre + Silicio + aminoácidos (Figura 5. O que fica claro é
que o tratamento alternativo com fosfito de cobre intercalado com o tratamento
padrão e o tratamento alternativo ASM associado com o padrão, juntamente
com o tratamento padrão ( testemunha)
foram superiores aos demais
tratamentos, produzindo maior volume de matéria seca, sugerindo que estes
tratamentos não interferiram negativamente na produção de massa seca, ou
seja, na taxa fotossintética.
Figura 5. Matéria seca da parte aérea (em g) de plantas de meloeiro (Cucumis melo
L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças.
Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4=
padrão/Si; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
58
O tratamento padrão (testemunha) foi significativamente superior aos
demais tratamentos quanto ao diâmetro do fruto, evidenciando que este
tratamento proporcionou frutos de maior diâmetro (Figura 6). Os frutos do
tratamento padrão foram
classificados com tamanhos entre 4 a 10, sendo
este padrão de tamanho bastante aceito no mercado interno.
Figura 6. Diâmetro (em cm) dos frutos de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças. Juazeiro-BA,
2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4= padrão/Si; 5=
padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8=
ASM+fosfito de Co+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
59
O comprimento do fruto também foi influenciado pelos tratamentos,
sendo os tratamentos alternativos ASM associado com o tratamento padrão; o
fosfito de cobre associado ao tratamento padrão; o silício associado com o
tratamento padrão; somente o fosfito de cobre; o ASM com fosfito de cobre
com silício e aminoácido e o tratamento padrão (testemunha), foram superiores
aos demais tratamentos.
Com isto fica evidenciando que os tratamentos
alternativos proporcionaram frutos de maior comprimento, consequentemente,
frutos maiores (Figura 7).
Figura 7. Comprimento dos frutos de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças. Juazeiro-BA,
2008. (Tratamentos:
1= silício; 2= fosfito de cobre; 3= ASM; 4= padrão/Si; 5=
padrão/fosfito de Cobre;
6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
60
Quanto a produção total de frutos em kg os tratamentos alternativos
como: aplicação somente do silicio; silício associado com tratamento padrão;
fosfito de cobre associado com tratamento padrão; ASM associado com
tratamento padrão; ASM mais fosfito de cobre e silício; ASM com fosfito de
cobre com silício e aminoácidos e o tratamento padrão (testemunha) foram
estatisticamente superiores aos demais tratamentos.Fica evidenciando que os
tratamentos alternativos juntamente com o tratamento padrão proporcionaram
maior produção de frutos (Figura 8). Estes resultados demonstraram ser
possível obter
produtividade com tratamentos alternativos, possibilitando a
redução de defensivos e podendo ser uma alternativa para o manejo
sustentado do meloeiro.
Figura 8. Produção total (em kg) de frutos de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML
5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças. Juazeiro-BA,
2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio;
5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de Cobre+Silicio;
8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
61
Bem como aos números de frutos produzidos por planta não houve
diferença estatística entre os tratamentos como pode ser observado na Figura
9. Isto demonstra que podemos avaliar a possibilidade em utilizar os
tratamentos alternativos como uma possibilidade no manejo do meloeiro.
Figura 9. Número de frutos produzidos por planta de meloeiro (Cucumis melo L.) cv.
RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças.
Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4=
padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
62
Para número de frutos de melão produzidos sem broca pode-se
observar que houve diferença estatística entre os tratamentos. Percebemos
que
os tratamentos alternativos com silício associado com o tratamento
padrão; fosfito de cobre associado ao tratamento padrão; ASM associado ao
tratamento padrão; ASM com fosfito de cobre
silício e aminoácido e o
tratamento padrão ( testemunha) não diferem entre si, evidenciando que estes
tratamentos
tiveram menos frutos atacados por brocas , ou seja, esses
tratamentos promoveram uma maior proteção dos frutos a esta praga (Figura
10). Os tratamentos contendo o padrão associado ao silício, fosfito de Cobre e
ASM demonstram ser uma alternativa para o manejo da broca no cultivo do
meloeiro, contribuindo para a redução no uso de defensivos .
Figura 10. Número de frutos de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers sem
broca tratadas com diferentes produtos para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008.
(Tratamentos: 1= silício;
2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio;
5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de Cobre+Silicio;
8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
63
Não houve diferença significativa entre os tratamentos para as
características interna dos frutos de meloeiro como pH, teor de sólidos solúveis
(oBrix) e a relação sólidos solúveis/acidez titulável (“Ratio”) do suco da polpa
(Figuras 11, 12 e 13, respectivamente). Os resultados demonstram ser possível
a utilização dos tratamentos alternativos sem prejuízo das características
internas dos frutos.
Figura 11. Valores de pH do suco da polpa de frutos de meloeiro (Cucumis melo L.) cv.
RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças.
Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4=
padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
64
Figura 12. Teor de sólidos soluveis do suco da polpa de frutos de meloeiro (Cucumis
melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de
doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre; 3= ASM;
4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
Figura 13. Relação sólidos solúveis/acidez titulável (“Ratio”) do suco da polpa de
frutos de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes
produtos para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2=
fosfito de cobre;
6=padrão/ASM;
3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre;
7=
ASM+fosfito
de
Cobre+Silicio;
8=
ASM+fosfito
de
Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
65
A Figura 14 mostra os resultados de firmeza da polpa dos frutos de
melão verificando-se que os tratamentos alternativos com fosfito de cobre e
com silício foram superiores aos
demais tratamentos, sugerindo que estes
tratamentos retardaram o amolecimento dos frutos. Os resultados demonstram
ser possível a utilização destes tratamentos para melhorar a resistência dos
frutos, possibilitando melhora na qualidade dos mesmos.
Figura 14. Firmeza da polpa(kg/cm) de frutos de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML
5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças. Juazeiro-BA,
2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio;
5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de Cobre+Silicio;
8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
66
Não houve diferença significativa entre os tratamentos para a atividade
da enzima peroxidase aos 21, 36, 51 e 66 dias após o plantio (Figuras 15, 16,
17 e 18, respectivamente).
Figura 15. Atividade da enzima peroxidase aos 21 dias ( coleta 1) após o plantio de
meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
67
Figura 16. Atividade da enzima peroxidase aos 36 dias (coleta 2) após o plantio de
meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura 17. Atividade da enzima peroxidase aos 51 dias (coleta 3) após o plantio de
meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
68
Figura 18. Atividade da enzima peroxidase aos 66 dias (coleta 4) após o plantio de
meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
.
69
Também não houve diferença significativa entre os tratamentos para a
atividade da enzima β 1,3 glucanase aos 21, 36, 51 e 66 dias após o plantio
(Figuras 19, 20, 21 e 22, respectivamente).
Figura 19. Atividade da enzima β 1,3 glucanase aos 21 dias ( coleta 1) após o plantio
de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura 20 Atividade da enzima β 1,3 glucanase aos 36 dias ( coleta 2) após o plantio
de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
70
Figura 21. Atividade da enzima β 1,3 glucanase aos 51 dias (coleta 3) após o plantio
de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
Figura 22. Atividade da enzima β 1,3 glucanase aos 66 dias (coleta 4) após o plantio
de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers tratadas com diferentes produtos
para controle de doenças. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido;
9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
71
Figura 23. Média de mosca branca no cultivo de melão (Cucumis melo L.) cv. RML
5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças em 7
avaliações. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre; 3= ASM;
4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
A Figura 23 representa o número de monitoramentos (7) realizados
durante a condução do experimento. O objetivo foi avaliar a presença de
mosca branca (Bemisia tabaci biotipo B) e determinar o nível de dano
econômico
causado
por
este
inseto.
Foi
seguido
os
princípios
do
monitoramento de pragas preconizado pela produção integrada do meloeiro
(referência
manual PIF-melão / documentos 69 -1677-1915 outubro, 2007-
Embrapa) .
Um dos sintomas de ataque da mosca branca tanto em adultos como em
ninfas é que estes insetos por sugarem continuamente a seiva da planta,
provocam redução no tamanho do fruto, peso, produtividade e diminuição do
teor de açúcar no fruto (oBrix). Com a constante exsudação da seiva causada
72
pelas colônias, ocorre o ataque de fumagina, diminuindo a fotossíntese da
planta. A mosca branca é um forte vetor do vírus causador do amarelão.
Assim, a Figura 23 mostra que nos tratamentos alternativos onde foi
combinado o tratamento padrão + Si, tratamento padrão + fosfito de Cobre,
tratamento padrão + ASM e somente o tratamento padrão (testemunha)
apresentaram menor incidência de mosca branca, e com baixo nível de dano
econômico.
Nas duas últimas avaliações ocorreu aumento na incidência de mosca
em todos os tratamentos atingindo alto nível de dano econômico. O tratamento
padrão (testemunha) apresentou o melhor resultado tendo o índice de dano
econômico ocorrido somente na última amostragem, já na fase final do ciclo do
meloeiro. Os tratamentos alternativos com fosfito de cobre associado ao
tratamento padrão juntamente com o tratamento alternativo ASM associado ao
tratamento padrão apresentaram resultados interessantes indicando que estes
tratamentos podem favorecer a redução da mosca branca, uma vez que os
índices do monitoramento indicaram níveis de dano econômico a partir do
quinto monitoramento, estes tratamentos requerem maior investigação para
confirmar este indicativo. Os demais tratamentos apresentaram índices de
dano econômico a partir do segundo monitoramento.
A Figura 24 representa o monitoramento e a determinação da mosca
minadora e o seu nível de dano econômico. Foram realizadas sete avaliações
(monitoramento), mas não foram em todas as avaliações que ocorreu
a
presença da mosca minadora. O critério para a determinação do nível de dano
econômico adotado foi o preconizado no manual de monitoramento de pragas
na produção integrada do meloeiro ( documentos 69-1677-1915 outubro,2007Embrapa) .
73
Figura 24. Média de mosca minadora no cultivo de melão (Cucumis melo L.) cv. RML
5006 Rogers tratadas com diferentes produtos para controle de doenças em 7
avaliações. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre; 3= ASM;
4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
A amostragem observa um total de 20 pontos, onde cada um
corresponde a folha mais desenvolvida do ramo. Como os adultos são muito
sensíveis ao movimento, a contagem dos indivíduos adultos nas folhas deve
ser feita a
distância. As larvas são observadas pelas galerias que fazem nas
folhas.
O ataque da mosca minadora (Liriomyza trifolli Burgess) leva à perda da
capacidade fotossintética acarretando na redução da sua produção. Em altas
infestações pode causar o ressecamento das folhas tornando-as quebradiças,
permitindo a exposição dos frutos ao sol, os quais ficam queimados
(manchados), ocasionando a depreciação do produto.
O nível de controle em plantas com até 30 dias de desenvolvimento é de
5 larvas ou adultos, em média, nos 20 pontos amostrados. A partir dos 30 dias,
o nível de controle é de 10 larvas ou adultos, em média nos 20 pontos
avaliados. Esta amostragem é para parcelas de até 2,5 hectares. Observou74
se neste experimento que a praga não ocorreu com níveis de dano econômico
em nenhum tratamento , mas verificou-se que os tratamentos alternativos com
fosfito de Cobre, ASM e o tratamento padrão apresentaram incidência menor
que os tratamentos padrão + Silicio, padrão + fosfito de Cobre, padrão + ASM,
ASM + Silicio + fosfito de Cobre, ASM + Silicio + fosfito de Cobre + aminoácido
. Não se pode afirmar que os tratamentos alternativos avaliados tiveram ação
na redução desta praga.
A Figura 25 representa o monitoramento e a determinação da presença da
broca das cucurbitáceas (Diaphania nitidalis Vramer e D. hyalinata L.) e o seu
nível de dano econômico. Foram realizadas sete avaliações (monitoramentos),
mas não foram em todas as avaliações que ocorreu a presença da broca das
cucurbitáceas. O critério para a determinação do nível de dano econômico
adotado foi o preconizado no manual de monitoramento de pragas na produção
integrada do meloeiro (documentos 69-1677-1915 outubro, 2007- Embrapa) .
Figura 25. Média de broca das cucurbitáceas no cultivo de melão (Cucumis melo L.)
cv. RML 5006 Rogers. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de
cobre; 3= ASM;
4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM;
7= ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9=
padrão).Juazeiro-BA,2008.
75
A broca das cucurbitáceas (D. nitidalis) pode atacar ramos, flores e
frutos. O ataque nos frutos inviabiliza os mesmos para a comercialização. Já o
ataque das mariposas (D. hyalinata), de coloração marrom escura ocorre,
preferencialmente, nas folhas, podendo causar desfolha completa da planta,
quando em altas populações. Para esta avaliação deve-se observar os frutos,
ramos e folhas das plantas amostradas.
Pela Figura 25 observa-se que a broca não ocorreu em nível de dano
econômico em nenhum dos tratamentos realizados, mas é evidente que a sua
ocorrência foi menor nos tratamentos padrão, com silício e padrão + fosfito de
Cu, sendo o nível de controle de três lagartas, em média, nos 20 pontos
amostrados.
A Figura 26 representa o resultado visual da avaliação feita para a
determinação do índice de contaminação pelo vírus do amarelão no melão
amarelo RML Rogers 5006. Nesta avaliação os frutos de cada tratamento
aplicado após o transplantio foram divididos em grupos e tratados na póscolheita com ASM (CBion) e sem ASM (SBion).
76
Figura 26. Avaliação dos resultados visuais para a determinação do índice de
contaminação pelo vírus do amarelão nos frutos de melão amarelo RML Rogers 5006
de plantas tratadas com diferentes produtos para controle de doenças, tratados ou não
em pós-colheita com ASM. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre; 3= Bion; 4=
padrão/Si;
5= padrão/fosfito de Cu; 6= padrão/Bion; 7= Bion+fosfito de
Cu+Silicio; 8= Bion+fosfito de Cu+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
Pela Figura 26 observa-se que o não tratamento dos frutos em pós-colheita
com ASM promoveu maior contaminação dos frutos de melão pelo vírus do
amarelão(efeito visual do problema), encontrando-se a maioria acima da nota
2, que significa frutos com danos consideráveis com depreciação de preço,
podendo-se muitas vezes, serem descartados para o mercado in natura. Já o
tratamento dos frutos com ASM na pós-colheita apresentaram baixo índice de
contaminação pelo vírus do amarelão (efeito visual do problema), assim,
situando-se dentro da escala de notas entre 0 e 1, portanto, sendo
considerados frutos aptos para o mercado in natura.
Eliciadores sintéticos, como o ASM (éster S-metil do ácido benzo-(1,2,3)tiadiazole-7-carbotióico), parecem atuar similarmente ao ácido salicílico e
também induzem a SAR contra bactérias, fungos e vírus (Cole, 1999; Resende
et al., 2002).
77
Não houve diferença significativa entre os tratamentos para a
confirmação da ocorrência do vírus do amarelão pelo teste Elisa no tratamento
pós-colheita com ASM e sem ASM (Figuras 27 e 28, respectivamente).
O teste Elisa foi realizado nos dois tratamentos em pós-colheita, onde
um dos tratamentos foi a imersão dos frutos por 10 minutos em solução com
ASM e no outro, sem ASM. Esse teste foi realizado para confirmar a ocorrência
do vírus do amarelão e verificar a sua incidência, uma vez que na avaliação
visual o problema foi bastante visível, proporcionando a criação de uma escala
para a determinação do grau de danos causados pelo vírus.
Na avaliação estatística do teste não houve diferença entre os
tratamentos, mas pode-se verificar a ocorrência do vírus nos dois grupos de
frutos, o que pode sugerir que o tratamento com ASM exerceu algum efeito na
proteção dos frutos, uma vez que o efeito visual causado pelo vírus foi mais
brando naqueles tratados com ASM em pós-colheita (Figura 27). Todos os
tratamentos que foram tratados com ASM tiveram seus frutos com menor
incidência visual dos problemas acarretados pelo vírus do amarelão.
78
Figura 27. Teste Elisa para a confirmação da ocorrência do vírus do amarelão em
tratamento pós-colheita de frutos de melão com ASM (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers . Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre; 3= ASM;
4= padrão/Silicio;
5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito
de Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
Figura 28. Teste Elisa para a confirmação da ocorrência do vírus do amarelão em
tratamento pós-colheita de frutos de melão sem ASM (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers . Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre; 3= ASM;
4= padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
79
Figura 29. Produção final por tratamento de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers. Juazeiro-BA, 2008. (Tratamentos: 1= silício; 2= fosfito de cobre; 3= ASM; 4=
padrão/Silicio; 5= padrão/fosfito de Cobre; 6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de
Cobre+Silicio; 8= ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).JuazeiroBA,2008.
Os resultados obtidos demonstram que o tratamento padrão obteve a
maior produção, no entanto
os tratamentos combinados (alternativos) com
padrão como silício+padrão; fosfito de Cu+ padrão e ASM+padrão obtiveram
produtividade acima de 40ton por hectare, demonstrando ser uma alternativa
ao tratamento convencional (testemunha),uma vez que possibilita a redução de
defensivos e promove a diminuição nos custos.
80
Figura 30. Custo de produção por hectare nos diferentes tratamentos utilizados no
cultivo de melão (Cucumis melo L.) cv. RML 5006 Rogers. Juazeiro-BA, 2008.
(Tratamentos:
1= silício; 2= fosfito de cobre;
3= ASM; 4= padrão/Silicio; 5=
padrão/fosfito de Cobre;
6= padrão/ASM; 7= ASM+fosfito de Cobre+Silicio; 8=
ASM+fosfito de Cobre+Silicio+aminoácido; 9= padrão).Juazeiro-BA,2008.
O cálculo do custo de produção foi obtido pela somatória do custo de
adubação (fundação, foliar e fertirrigação) e do custo dos tratamentos
fitossanitários realizados. O custo de mão de obra não foi incluído pelo fato dos
tratamentos fitossanitários e as
adubações (foliar e fundação) terem sido
realizados manualmente e a estrapolação deste valor não ficaria de acordo
com a realidade, uma vez que as atividades de pulverizações, adubação de
fundação e foliares
na cultura do melão são realizadas normalmente com
máquinas (tratores e implementos) e pulverizadores.
Foi observado que os tratamentos que tiveram maior custo não foram
aqueles que apresentaram a maior produção, deixando claro que não existe
correlação entre eles (Figura 30). O tratamento padrão (tratamento 9) foi o que
apresentou maior produção e o seu custo não foi o maior entre os tratamentos.
Todos os tratamentos que foram conciliados com o tratamento padrão tiveram
produção acima de 40 ton ha-1, demonstrando ser possível a utilização destes
tratamentos como alternativa de manejo da cultura do meloeiro sem perda de
produtividade.
81
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos neste trabalho para atividade enzimática de
peroxidase e β 1,3 glucanase não foram suficientes para afirmar que os
resultados obtidos pelos tratamentos realizados neste trabalho foram
decorridos da
indução de resistência na cultura do melão no controle de
pragas e doenças
Ainda, os resultados obtidos neste experimento deixam claro que ASM
aplicado nos melões em pós-colheita
apresentou
ação positiva na
amenização dos sintomas visuais do vírus do amarelão na casca dos frutos.
Entretanto, apesar de não ser detectado visualmente, o teste Elisa comprovou
a presença do vírus no tratamento com a aplicação do ASM.
Para o controle da mosca branca os tratamentos alternativos no qual foi
associado o tratamento padrão com ASM (tratamento 6) e com fosfito de cobre
(tratamento
5),
não
diferiram
demonstrando ser possível a
do
tratamento
padrão
(
testemunha),
sua utilização como alternativa no manejo
sustentável do meloeiro para controle da mosca branca.
Em todos os tratamentos houve baixa incidência de mosca minadora,
Liriomysa trifolli, mas os tratamentos com fosfito de cobre (tratamento 2) e ASM
(tratamento 3), assim como o tratamento padrão (tratamento 9) apresentaram
ausência da praga em quase todas as avaliações, uma vez que não foi
aplicado nenhum inseticida, isto pode ser um indicativo de que estes produtos
podem induzir algum tipo de resistência a esta praga.
Em todos os tratamentos houve baixa incidência de brocas das curcubitáceas,
Diaphania nitidalis e D. hyalinata, ficando abaixo do nível de dano econômico,
com melhores resultados para os tratamentos que utilizaram inseticidas
(tratamentos 4, 5, 6 e 9). Entretanto, o tratamento com silício (tratamento 1)
parece ter evitado o ataque das brocas na fase inicial do cultivo, apresentando
o ataque de brocas apenas na última avaliação. O aumento da resistência da
polpa (firmeza) , pode indicar maior dificuldade de penetração a broca.
O maior volume de matéria fresca ocorreu nos tratamentos padrão e no
tratamento com fosfito de cobre alternado com padrão, demonstrando serem
82
estes tratamentos aqueles que possivelmente tiveram a maior
eficiência
fotossintética por ter mais massa vegetal .
Os tratamentos com fosfito de cobre e silício apresentaram a maior
resistência de polpa, demonstrando retardamento no amolecimento dos frutos.
Com este resultado seria possível utilizar estes tratamentos como alternativa
viável para o manejo do meloeiro, proporcionando frutos de qualidade e mais
resistentes.
Os tratamentos alternativos onde foi associado o padrão com silício;
padrão com fosfito de cobre e padrão com ASM
tiveram produtividade acima
de 40 ton por hectare ficando muito próximo da produção do tratamento padrão
( testemunha) com 45 ton por hectare, demonstrando ser possível a redução de
defensivos nocivos ao homem e ao meio ambiente, sem prejuízo de
produtividade.
83
6. CONCLUSÕES
Mediante os resultados obtidos neste experimento pode-se afirmar que a
combinação de alguns tratamentos alternativos com o tratamento padrão ou
isoladamente podem contribuir para um manejo menos agressivo ao meio
ambiente na cultura do meloeiro, contribuindo para a redução dos defensivos.
A utilização do silício em plantios de melão demonstrou ser efetivo no controle
de broca e melhorou a resistência dos frutos.. Já a utilização dos tratamentos
padrão alternado com fosfito de Cu e com ASM demonstraram ter um bom
resultado no controle da mosca branca apresentando-se como alternativa de
manejo integrado da cultura do meloeiro.
As plantas do meloeiro que receberam os tratamentos combinados
padrão+silício; padrão+fosfito de cobre e padrão+ ASM, apresentaram boa
produtividade com custo menor podendo ser recomendado para o cultivo de
meloeiro no Vale do São Francisco. Além do mais reduz o uso de defensivos e
proporciona a produção de frutos mais saudáveis.
O tratamento dos melões em pós colheita com ASM reduziu o sintoma visual
do amarelão, demonstrando ser um tratamento bastante promissor para este
fim.
84
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGRIOS, G. N. Plant pathology. 5. ed. London, UK: Elvesier Academic
Press, 2005. 530 p.
AMORIM NETO, M. da S. Informações meteorológicas dos Campos
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citado com autoria GOMES, P. M. 2007. Mudar no texto e retirar essa
referência.
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102
ANEXOS
Quadro 1. Custo da adubação de meloeiro (Cucumis melo L.) cv. RML 5006
Rogers. Juazeiro-BA, 2008
Custo da adubação por hectare
Fundação
Foliar
Ferti
Total
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Tratamentos
Silício
Fosfito de cobre
ASM - Acibenzolar S
Metil
Silício / padrão
Fosfito de cobre
/padrão
ASM / padrão
ASM+Fosfito cobre+
Silicio
ASM+Fosfito cobre+
Silicio+ aminiácido
Padrão( testemunha)
380,00
652,58
4429,00
5461,58
R$ por tratamento
1506,94
3304,69
R$
Adubação
5461,58
5461,58
R$ total
6968,52
8766,27
5281,69
5112,25
5461,58
5461,58
10743,27
10573,83
6055,75
7313,75
5461,58
5461,58
11517,33
12775,33
8559,94
5461,58
14021,52
10287,54
7413,63
5461,58
5461,58
15749,12
12875,21
103

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