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Transcrição

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Editorial
Estamos às vésperas de 2014, que promete ser mais um ano em que desafios e oportunidades
estarão colocados para a cadeia de tintas.
Revista ABRAFATI
é uma publicação da
Associação Brasileira dos
Fabricantes de Tintas,
de circulação dirigida e
distribuição gratuita.
Conselho Diretivo
Presidente:
Antonio Carlos M. Lacerda
Vice-Presidente:
Antonio Carlos de Oliveira
Conselheiros:
Claudio Ferreira de Oliveira
Carlos Santa Cruz
Douver Gomes Martinho
Elaine Cristina Eiras Poço
João Roberto de M.Benites
Marcelo Cenacchi
Milton José Killing
Reinaldo Richter
Rogildo Gallo
Publicadas nesta edição, as visões de especialistas e lideranças da nossa cadeia produtiva
sobre todas as variáveis e o comportamento dos mercados em que atuamos nos levam a prever
um ano difícil, com perspectivas de um crescimento ainda em nível fraco, muito aquém das
potencialidades do País.
Ao panorama instável e dinâmico atual, nos âmbitos global e local, serão adicionados
elementos que tornam o planejamento e a tomada de decisões mais complexos.
As eleições e a própria campanha eleitoral são exemplos, cujos reflexos, positivos e negativos,
ainda não podem ser devidamente avaliados. O mesmo ocorre com a Copa do Mundo, com as
manifestações populares, com a confiança do consumidor e tantos outros fatores que, no Brasil,
podem interferir no cenário futuro.
No front internacional, a situação não é diferente, como mostram, nas páginas a seguir,
Henrique Meirelles e Eduardo Giannetti. Ambos destacam os impactos de fatos como a redução
no ritmo de crescimento da China, a recuperação da economia norte-americana, a situação
melhor, mas ainda preocupante, na Europa.
Por outro lado, existem inúmeras demandas a serem atendidas no País, que podem abrir
oportunidades, tanto na construção civil e na infraestrutura, como no crescimento da venda de
bens de consumo como veículos, eletrodomésticos e móveis.
Presidente-Executivo:
Dilson Ferreira
Ao mesmo tempo, no que se refere às tintas, três demandas básicas estão colocadas para a
cadeia produtiva: sustentabilidade, multifuncionalidade e alto desempenho aliado a baixo custo.
Conselho Fiscal:
Amado Góis
Clayton C. Nogueira
Evandro Rogério Rosa
Marcelo Perracini
Miguel Marcos Salazar
De todas essas reflexões e análises sobre o momento atual e futuro, podemos concluir
que temos de contar com o esforço conjunto de todo o setor para seguir melhorando a nossa
competitividade, evoluindo tecnologicamente e avançando no rumo do desenvolvimento com
sustentabilidade.
Gerente de Marketing:
Telma L. Florêncio
Uma importante contribuição nesse sentido foi dada pela ABRAFATI 2013, ao disseminar
conhecimentos, destacar soluções sustentáveis, mostrar tendências, impulsionar os negócios
e elevar o moral da cadeia de tintas. Foi um momento de plantar e, se seguirmos trabalhando,
chegará a hora de colher resultados melhores.
Gerente Técnica e de
Assuntos Ambientais:
Gisele Bonfim
Sede
Av. Dr. Cardoso de Mello,
1340 – 13º andar – cj. 131
04548-004 – São Paulo
Tel: (5511) 4083-0500
Fax: (5511) 3045-3637
[email protected]
www.abrafati.com.br
Portanto, depende de nós o Feliz 2014 que desejamos a todos!
Prod. editorial e gráfica
Nesta Edição
Editora CLA
Dilson Ferreira
Presidente-executivo
Coordenação
Fabio Humberg
Consultora de Fotografia
Iara Morselli
Capa
Osires, sobre foto de Viorel
Sima / Bigstockphoto
Impressão
Edelpa
Permitida a reprodução
desde que citada a fonte.
Capa
Os cenários para a cadeia de tintas no próximo ano abrem oportunidades,
para as quais é preciso superar alguns desafios.
Perspectivas
O panorama internacional mais animador e fatores positivos para estimular
a economia nacional tornam o ambiente mais propício para os negócios.
5
Tecnologia
Inovações tecnológicas muito significativas levam a soluções cada vez mais
avançadas, sustentáveis e de alta performance.
2 – REVISTA ABRAFATI
3
8
Capa
Foto: Iara Morselli
Indústria de tintas: 2014 tende a ser melhor
Cenário abre
oportunidades
promissoras, para as quais
é preciso superar alguns
desafios.
As previsões para o próximo anos são
favoráveis para a cadeia de tintas. O
Brasil crescerá moderadamente e diversos fatores concorrerão para criar
um clima favorável para os negócios,
com destaque para a Copa do Mundo,
as eleições, os estímulos ao consumo de
bens duráveis e a retomada dos lançamentos imobiliários.
Dependendo da evolução dos cenários,
a expansão do setor poderá superar os
3% (ver quadro), um resultado substancialmente melhor que os de 2012 e 2013.
“Nosso mercado é crescente e atrativo.
Existem inúmeras oportunidades, em
diversos segmentos. O aumento do
poder de consumo das classes C/D e E
é um exemplo, possibilitando ampliar
o público para quem vendemos nossas
tintas imobiliárias, que também deseja
outros produtos que são pintados”, afirmou Antonio Carlos Lacerda, presidente do Conselho Diretivo da ABRAFATI,
durante sua apresentação na Sessão
Plenária que abriu a ABRAFATI 2013.
O consumo per capita dessa fatia da
população, que representa dezenas de
Previsões de
crescimento
para 2014
Antonio Carlos Lacerda destaca
mercado crescente e atrativo
milhões de pessoas, crescerá mais de
60% entre 2009 e 2020, segundo dados
de um estudo da Fecomércio/SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo do Estado de São Paulo).
Esse imenso potencial é reconhecido
pela cadeia produtiva, que, na última
edição do Fórum ABRAFATI, apontou
o aumento do poder de compra da
população como o principal fator que
alavancará o crescimento das vendas
de tintas nos próximos anos.
Ascensão social
“No Brasil, o carro e o imóvel representam uma conquista ainda maior, com
a mudança social dos últimos anos.
Mantê-los conservados é um símbolo
dessa ascensão, por isso o consumidor
dá prioridade a isso. No caso do veículo,
há muitos novos motoristas e um tráfe-
CONSERVADORA
PIB +1%
Juros alto – inflação
Dólar alto
OTIMISTA
PIB +2,5 %
Balança comercial – Cenário mais positivo
Juros estáveis – eleições – Copa
Olimpíadas – habitação – Dólar estável
Tinta Automotiva
+ 1,0%
+ 3,0%
Tinta para Repintura
+ 1,0%
+ 3,0%
Tinta para Indústria
- 1,5%
+0,5%
Tinta Imobiliária
+ 2,0%
+4,5%
Total das Tintas
+ 1,0%
+ 3,3%
go mais pesado nos grandes centros, o
que acarreta mais colisões e, em função
dessa preocupação com a conservação,
mais reparos e repintura”, explicou.
Outro aspecto que merece atenção,
também ligado a essa ascensão social,
é o aumento da demanda por tintas
imobiliárias de maior qualidade, que
atendem a novas aspirações. “O consumidor pode estar endividado, mas não
quer voltar ao estágio em que estava
anteriormente, que era o uso de tinta
Econômica. Por isso, opta pela Standard
se não puder comprar uma Premium”,
explica Lacerda, que vê como meta para
o setor tornar o Programa Setorial da
Qualidade – Tintas Imobiliárias mais
conhecido do consumidor final, para
que valorize ainda mais os produtos diferenciados. “A utilização de cores mais
fortes também traduz essa conquista
social e o nosso setor tem de explorar
melhor isso”, acrescenta.
O executivo vê espaço para a atuação
dos três grupos de fabricantes hoje existentes: grandes companhias que atuam
em todo o País e usam sua base global
de inovação, indústrias nacionais de
maior porte e empresas regionais. “As
maiores têm uma fatia considerável das
vendas, mas o mercado é fragmentado
e existem muitos nichos. Segmentos
como o de tintas marítimas, por exemplo, têm ótimas perspectivas”, explica.
O desafio da competitividade
O quadro é favorável, mas há diversos
desafios a superar. Para começar, aumentar a competitividade segue sendo
uma necessidade central do setor. Há
diversos aspectos envolvidos nessa
busca, ligados aos custos, à eficiência e
às formas de fazer as vendas crescerem.
No que se refere aos custos, por um
lado existe forte preocupação com as
matérias-primas. Ao mesmo tempo
REVISTA ABRAFATI – 3
Capa
Foto: Iara Morselli
em que a recuperação da economia
norte-americana aumenta a demanda e
eleva os preços, as oscilações da taxa de
câmbio têm forte impacto na indústria,
pois cerca de 65% das matérias-primas
são dolarizadas.
Há, também, o aumento dos salários,
que não vem sendo acompanhado por
incrementos de produtividade. “Tudo
isso coloca pressão sobre os fabricantes,
que precisam trabalhar fortemente na
redução de despesas e no aumento da
sua eficiência”, diz Lacerda.
Além de apoiar as revendas nos aspectos administrativos e financeiros, o trabalho para o seu fortalecimento envolve
fazer campanhas e promover as tintas.
O estímulo às vendas tem também, na
opinião de Lacerda, outra vertente fundamental: “Precisamos fazer com que
tintas sejam mais user-friendly, ou seja,
tornar mais fácil e prática a sua aplicação. Somada a isso, está a necessidade
de capacitar os pintores, para a qual a
indústria já vem investindo. Deve ser
destacado que, quando fizermos com
que o processo de pintura seja menos
traumático, as vendas explodirão”.
Impulso aos negócios
e à inovação
A ABRAFATI 2013 é um dos principais
exemplos daquilo que o setor faz para
impulsionar o seu desenvolvimento.
Durante três dias, foi mostrada uma
ampla gama de soluções para a indústria de tintas, criando um clima de forte
motivação para os negócios. A presença
dos principais profissionais e a expo4 – REVISTA ABRAFATI
ABRAFATI 2013: clima favorável aos negócios e à inovação tecnológica
sição dos mais avançados produtos,
equipamentos e tecnologias abriram
inúmeras oportunidades para que a
indústria de tintas se torne cada vez
mais inovadora e sustentável.
Ao mesmo tempo, no Congresso, a
programação de altíssimo nível proporcionou uma visão panorâmica e
muito consistente sobre as inovações e
tendências. Os principais especialistas
internacionais compartilharam com
o público seus estudos mais recentes
com foco nas principais características
que as tintas precisam, cada vez mais,
incorporar: sustentabilidade, multifuncionalidade, alta performance e ótima
relação custo-benefício. “A ABRAFATI
2013 mostrou o perfil inovador do nosso
setor e confirmou o imenso potencial
existente para o crescimento, tendo a
sustentabilidade como norte”, afirma
Dilson Ferreira, presidente-executivo
da ABRAFATI.
As novas demandas relacionadas às tintas, destacadas no evento, significam, a
um só tempo, grandes desafios e ótimas
oportunidades. “Precisamos defender o
nosso produto, agregando valor ao nosso negócio. Cabe à indústria ser o vetor
das inovações tecnológicas, liderando
a sua busca de modo a impulsionar o
crescimento e satisfazer às exigências
dos usuários industriais e do consumidor final por soluções mais avançadas
e mais sustentáveis. Nesse trabalho está
envolvido o fortalecimento dos aspectos
de funcionalidade e qualidade – o que é
bom para o consumidor e também para
fornecedores, fabricantes e revendedores”, conclui Antonio Carlos Lacerda.
Segurança como prioridade
Uma das preocupações de Antonio
Carlos Lacerda em relação ao momento
atual é a de garantir que as operações
da cadeia de tintas se realizem com um
alto grau de segurança.
“Essa é uma questão prioritária para o
setor. Temos de atuar para que todas
as empresas trabalhem de forma absolutamente segura, evitando acidentes
em nossas fábricas, preservando o
meio ambiente e gerando o mínimo de
impacto”, afirma.
Foto: Iara Morselli
Ao mesmo tempo, o setor precisa dedicar atenção à saúde financeira das
revendas, cujos custos também vêm
subindo, em função especialmente dos
salários e aluguéis, resultando em diminuição das margens. “Como indústria,
temos que buscar condições para que
todos os players do mercado tenham
competitividade. Precisamos olhar para
toda a cadeia produtiva e para o canal
de distribuição”, alerta.
Cenários
Foto: Iara Morselli
Momento de aumentar o
investimento e a produtividade
Perspectivas econômicas
são mais favoráveis,
mas analistas apontam
necessidade de ajustes e
cuidados.
A expectativa em relação a 2014 é de que
a economia tenha desempenho melhor
do que a do ano que está se encerrando.
Um dos mais renomados analistas nessa
área é Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central. Em sua palestra na
ABRAFATI 2013, ele tratou justamente
dos cenários e desafios que o Brasil tem
de enfrentar, relacionando-os à sua inserção no contexto internacional.
“O crescimento global vem desacelerando depois de 2010 e o Brasil segue
a mesma trajetória. O desempenho do
período de 1999-2008 demorará a ser
atingido novamente e, no caso dos países emergentes, talvez a média desse
decênio não seja atingida nunca, em
função do menor ritmo crescimento da
China. Outro problema para os países
emergentes é o fato de que o comércio
mundial está estagnado”, afirmou.
Mas Meirelles considera que, hoje, o
panorama mundial é mais animador.
“Para começar, os Estados Unidos deverão crescer mais de 3% em 2014. No longo prazo, seu potencial de crescimento
sem gerar inflação e desequilíbrio está
A queda no nível de confiança do consumidor e a redução do investimento
privado são fatores que tornam o quadro brasileiro complexo.
Henrique Meirelles:
panorama mundial atual é mais animador
Outro problema apontado por Meirelles – e que vem afetando a cadeia de
tintas – é que, no Brasil, o custo laboral
ajustado pela produtividade está aumentando muito rapidamente, quando
comparado ao México ou aos Estados
Unidos. “Isso é um reflexo do baixo
desemprego”, explica. “Ao mesmo
tempo, a proporção das empresas que
declaram enfrentar dificuldades para
encontrar mão-de-obra qualificada é
muito alta no País”.
entre 1,3% e 2,6% ao ano, segundo o
FED (Federal Reserve). E na Europa
há países em clara recuperação, como
Alemanha e França, e outros com o
processo de ajustes bastante adiantado,
o que mostra uma tendência de saída da
crise, mesmo que vagarosa”, avaliou.
Entretanto, nem tudo é favorável no
âmbito global. “Como a China mudou
de estratégia, passando a focar na qualidade do crescimento e não mais na sua
rapidez, o cenário tende a permanecer
difícil para países emergentes, como o
Brasil”, advertiu.
Foto: Iara Morselli
Essa é a opinião quase unânime de especialistas e de empresários, assim como
das instituições nacionais e internacionais que se dedicam a estudar os cenários. No entanto, não é esperada por eles
uma retomada vigorosa do crescimento,
sendo prevista uma expansão do PIB da
ordem de 2% a 3%.
Eduardo Giannetti:
PIB potencial é de 2,5% a 3%
O ex-presidente do Banco Central
considera que o Brasil terá de conviver com a volatilidade da economia
por algum tempo e que não há como
prever o que acontecerá com o câmbio.
“A desvalorização do real é forte, mas
está acompanhando a média dos países
BIIST (Brasil, Índia, Indonésia, África do
Sul e Turquia)”, informou.
De acordo com Meirelles, o momento
atual é propício para aumentar o investimento e para que sejam realizadas
as reformas estruturais necessárias,
melhorando a infraestrutura, a produtividade e a educação.
Visão crítica
O economista Eduardo Giannetti da
Fonseca, por sua vez, avalia que a situação está longe de ser confortável.
“Houve uma forte reversão das expectativas. O Brasil parecia estar posicionado
para uma excelente performance. O
crescimento em 2010 foi excepcional,
acima do nosso speed limit, levando à
percepção de que poderíamos ter uma
média anual de 4-4,5%, o que não se
REVISTA ABRAFATI – 5
Cenários
Além do crescimento baixo e persistente, ele vê outros dois pontos fracos na
situação atual: a inflação próxima ao
teto da meta e a vulnerabilidade nas
contas externas. “Esses três fatores, que
não costumam caminhar juntos, estão
combinados no caso brasileiro, o que
causa preocupação”, explicou.
Sua visão do ambiente global é semelhante à de Henrique Meirelles, com
a retomada da economia dos EUA, a
saída da Europa da UTI, a mudança de
orientação chinesa e a desaceleração nos
países emergentes.
Ele considera essencial revalorizar o
tripé, mas não enxerga perspectivas
de mudanças no curto prazo. “A situação atual gera muita frustração em
função do potencial que o Brasil tem”,
afirmou.
A esse cenário de transição ele acrescentou um importante ingrediente. “Estamos no limiar de revolução energética
nos Estados Unidos. O gás de xisto pode
levar a uma nova dinâmica no mercado
mundial de energia e à forte retomada
de atividades industriais pesadas no
país”, opinou.
Paulo Safady Simão enxerga grandes
oportunidades para a cadeia de construção
Investimentos na exploração de petróleo e
gás movimentarão recursos significativos,
trazendo perspectivas de bons negócios
Foto: Fábio Lima / Portal da Copa
Coincidindo mais uma vez com o diagnóstico feito por Meirelles, Giannetti
assinalou duas grandes fragilidades
brasileiras, que vê como obstáculos a
que o País cresça com prosperidade: a
incapacidade de investir e as deficiências relacionadas ao capital humano.
Foto: Iara Morselli
Sua principal crítica relaciona-se à
condução atual da política econômica: “hoje o tripé (superávit primário,
câmbio flutuante e metas de inflação
com autonomia do Banco Central) está
manco nas três pernas e há uma ênfase
no microgerenciamento, que gera uma
espiral intervencionista”.
Foto: Agência Petrobras
confirmou. Hoje começa a se formar o
consenso de que o nosso PIB potencial
é de 2,5% a 3%”, afirmou durante o 8º
Fórum ABRAFATI.
Investimentos para a Copa do Mundo envolvem muito mais que construção e reforma de
estádios, abrindo inúmeras oportunidades para a venda de tintas
6 – REVISTA ABRAFATI
Setores em crescimento
A construção civil continuará ocupando
papel de destaque na economia e sendo responsável por liderar o processo
de retomada de crescimento. Essa é
a opinião de analistas e de lideranças
como Paulo Safady Simão, presidente
da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), e Cláudio Conz,
presidente-executivo da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de
Materiais de Construção).
“Mantenho o otimismo, vendo grandes oportunidades para o nosso setor.
Os indicadores não são tão ruins para
explicar o marasmo do investidor”,
afirmou Simão durante o 8º Fórum
ABRAFATI, destacando especialmente
três aspectos que representam ótimas
perspectivas: os investimentos em concessões (nas áreas de logística, energia
elétrica, petróleo e gás), a retomada da
produção de novos imóveis e a continuidade de programas como Minha
Casa, Minha Vida e PAC.
As obras de infraestrutura devem movimentar um enorme volume de recursos
nos próximos anos, elevando o nível de
atividade do setor e contribuindo para
aumentar a competitividade do País. Simão destacou que apenas as concessões
planejadas representam investimentos
da ordem de quase 500 bilhões de reais.
Foto: Divulgação
Cenários
Os grandes eventos esportivos internacionais que acontecerão no Brasil nos
próximos anos são um incentivo a mais
ao setor de construção.
Os estádios para a Copa do Mundo já
estão prontos ou em fase final, mas há
inúmeras outras obras em andamento,
tanto na infraestrutura urbana das
cidades que sediarão jogos quanto em
aeroportos, redes de telecomunicações,
hotéis e outras instalações.
Novo programa do governo estimula
venda de móveis e eletrodomésticos
“A capacidade de produção continua
crescendo, devendo atingir 5,8 milhões
de veículos em 2019”, informou. As
vendas aumentaram bastante em 2013
e no próximo ano está prevista uma expansão de mais 5%, segundo a Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores).
dio Conz, que se mantém otimista em
relação ao ritmo de crescimento das
vendas de materiais de construção, que,
historicamente, é duas vezes maior que
o do PIB. Para 2014, a previsão atual da
Anamaco é de uma expansão de 6,5%.
No lado das melhorias em imóveis
já existentes, as expectativas também
são positivas. Um estudo do Clube da
Reforma mostrou que 16 milhões de
residências passarão por reformas nos
próximos 12 meses. Essa intenção do
consumidor é referendada por uma
pesquisa do Instituto Datapopular, que
constatou que um em cada cinco imóveis passará por algum tipo de reparo
no mesmo período.
Associados à construção de imóveis e
à sua melhoria, diversos outros setores
apresentam condições promissoras.
Um exemplo bastante concreto é o das
indústrias de móveis e de eletrodomésticos. Em ambas o crescimento superará
o do PIB, alavancado pelo crédito facilitado, pela estabilidade dos níveis de
emprego e renda e, mais recentemente,
pelo programa de estímulo às famílias
de menor renda criado pelo governo
federal, o Minha Casa Melhor, que
concede financiamentos subsidiados de
até 5 mil reais para equipar o imóvel de
quem participa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
“O gasto estimado nessas pequenas
obras é de R$ 32 bilhões”, afirma Clau-
Outro segmento em que existem perspectivas bastante favoráveis é a indús-
Cláudio Conz: estimativa de
gastos de R$ 32 bilhões em reformas
Antonio Carlos de Oliveira:
desafio da mobilidade urbana sustentável
Oliveira destaca que hoje o grande desafio do setor de veículos, globalmente,
é a mobilidade urbana, que precisa estar
alinhada com a sustentabilidade. “A
cadeia automotiva se apresenta como
provedora de soluções e não como vilã”,
pondera.
As análises e os diversos exemplos
mostrados ao longo desta matéria
mostram que há razões concretas para
acreditar no crescimento econômico.
“2014 não promete ser brilhante, mas
o País seguirá avançando e abrindo
oportunidades para investimentos,
negócios e desenvolvimento”, conclui
Dilson Ferreira, presidente-executivo
da ABRAFATI.
Foto: Iara Morselli
Foto: Iara Morselli
Em função das Olimpíadas, no Rio de
Janeiro esse movimento terá continuidade ao longo dos próximos 2,5 anos.
tria automotiva. Antonio Carlos de
Oliveira, vice-presidente do Conselho
Diretivo da ABRAFATI e presidente
da Axalta Coatings Systems, detalhou,
durante o 8º Fórum ABRAFATI, os
investimentos programados para os
segmentos de veículos leves e pesados
no Brasil, que totalizam US$ 34 bilhões
entre 2011 e 2017, envolvendo plantas,
a chegada de novos players ao mercado,
novas tecnologias e plataformas.
Foto: Iara Morselli
Mesmo com os problemas com as regras
e editais, que vêm gerando desconfianças entre potenciais investidores, muitas dessas concessões se concretizarão,
como aconteceu recentemente com o
leilão do campo de Libra, da camada
pré-sal.
Dilson Ferreira: 2014 não será brilhante,
mas haverá oportunidades
REVISTA ABRAFATI – 7
Tecnologia
A tinta do futuro já é realidade
A ABRAFATI 2013 foi um espaço ideal
para conhecer como a inovação vem
sendo incorporada às tintas. Nas palestras e nos estandes, foi possível ver
como o conceito de Tinta do Futuro
– que se tornou tema central do Congresso e da Exposição há alguns anos
– já não indica apenas o que parecia
ser viável dentro de alguns anos, mas
contempla também avanços muitos significativos que já se tornaram realidade.
Um dos exemplos é o que o professor
Baghdachi, em uma das Sessões Plenárias do evento, chamou de polímeros
e tintas self stratifying (algo como autoestratificantes). “É uma tecnologia
que evita a necessidade de camadas
aplicadas separadamente, do primer
até o top coat. Há ainda muito a evoluir
nessa área, mas já está no mercado uma
tinta com as duas camadas. O que é interessante é que, contrariando o senso
comum, foi desenvolvida a partir de
combinação de materiais incompatíveis”, relata.
Professor do renomado Coatings Research Institute da Eastern Michigan
University, Baghdachi abordou as
tecnologias que estão emergindo, em
função de três desafios complexos que
se apresentam para a cadeia de tintas:
a competição global, as exigências
ligadas à sustentabilidade e a busca
da multifuncionalidade associada a
8 – REVISTA ABRAFATI
valor agregado e eficiência. “Temos
de fazer tudo de maneira mais rápida,
mais fácil e mais barata. Ao mesmo
tempo, devemos satisfazer demandas
não atendidas. Para isso, é necessário
inovar. Mas as novas tecnologias não
precisam ser caras. É possível usar a
ciência já desenvolvida, inovando na
forma de pensar e nas ideias. Os materiais e processos podem ser alterados e
combinados utilizando o conhecimento
e a tecnologia já existentes”, assegurou.
Para comprovar suas teses, mostrou casos concretos, como o mencionado acima e as tintas que se auto-recompõem
(self-healing). “Podemos criar resinas e
aditivos que façam os polímeros reagirem diferentemente, usando a física
(termodinâmica) e não a química, por
exemplo. Outra possibilidade é usar
Visão 2020, segundo
Jamil Baghdachi
Os caminhos para as tintas
• Tintas de baixo custo e alta performance
• Tintas feitas com recursos renováveis
• Tintas auto-primers, autolimpantes,
autorreparativas
• Tintas bioativas e inteligentes
• Tintas com sensor contra corrosão e
degradação
• Tintas livres de VOCs
• Sistemas látex sem surfactantes e coalescentes
• Tintas sem Bisfenol A e melaminaformaldeído
Os caminhos para as matérias-primas
• Materiais multifuncionais
• Polímeros arquiteturados
• Dendrímeros multifuncionais / aditivos
multirramificados
• Materiais de fontes renováveis
• Aditivos não fugitivos
• Solventes, agentes de limpeza e surfactantes
biodegradáveis
• Auxiliares de desintegração de tintas (aditivos
reativos)
• Matérias-primas não mutagênicas livres
de VOCs e HAPs (poluentes atmosféricos
perigosos)
• Pigmentos Stir-in
Foto: Iara Morselli
Com inovações
tecnológicas muito
significativas, cadeia
produtiva oferece
soluções cada vez mais
avançadas, com foco
em sustentabilidade,
funcionalidades e alta
performance.
Jamil Baghdachi: é possível usar ciência já
desenvolvida, inovando na forma de pensar
nanopartículas encapsuladas, associadas a sensores, para combater corrosão
quando ela aparece”, explicou.
Tendo 2020 como horizonte, Baghdachi
destacou algumas demandas que as
tintas deverão atender, entre as quais o
binômio baixo custo e alta performance.
Os aspectos ligados à sustentabilidade – como a utilização de recursos
renováveis, a eliminação de VOCs e
componentes potencialmente perigosos
– ganharão cada vez mais força, assim
como recursos e funcionalidades que
tornem o produto mais inteligente e
agreguem novos atributos a ele (ver
quadro ao lado).
Megatendências
Também em Sessão Plenária da ABRAFATI 2013, em que analisou as megatendências que afetam o mercado de
tintas e as inovações tecnológicas que
estão associadas a elas, Anna Paula
Dacar, diretora de Negócios da Dow
Coating Materials para a América Latina, destacou os três pilares atuais da
inovação: sustentabilidade no processo
produtivo (pautada por normas e regulamentações), maior produtividade
(desempenho) e demanda por maior
funcionalidade (tintas mais inteligentes
e com mais atributos). “O mercado precisa de tintas com desempenhos mais
Tecnologia
Uma das megatendências descritas
por ela foi a da maior demanda por
revestimentos e sustentabilidade. “Isso
está associado à maior demanda por
moradia, infraestrutura e estruturas
comerciais e ao crescimento da população – que alcançará 8 bilhões em 2025,
com níveis de exigência cada vez mais
altos”, explicou.
Um aspecto interessante para o qual
Anna Paula chamou a atenção é o fato
de que o perfil dos atributos que mais
encantam os consumidores em cada
região varia. Enquanto na Europa o
poder de cobertura e a facilidade de
limpeza são mais valorizados, na China
os posicionamentos dominantes entre
os novos produtos são o baixo odor e a
remoção de formaldeídos.
Foto: Iara Morselli
funcionais para atender a necessidades
emergentes: bem-estar, lares multiuso,
envelhecimento das faixas demográficas e outros”, exemplificou.
Bob Mussell: é preciso atender a novas
tendências, como os objetivos ambientais
Megatendências
que inspiram a inovação,
segundo Bob Mussell
Crescimento urbano
• Infraestrutura envelhecendo nas economias
maduras
• Novas infraestruturas em economias em
desenvolvimento
Meio Ambiente
Foto: Iara Morselli
Na América Latina, por sua vez, as tendências são de exigência por tintas mais
sustentáveis (incluindo o baixo odor
e baixo teor de VOCs), a lavabilidade
superior (com resistência a manchas
e repelência) e funcionalidades como
o combate às bactérias. “No entanto,
é importante notar que a exigência
por qualidade está presente em todo o
mundo e é crescente”, afirmou, salientando que, por isso mesmo, o segmento
de tintas Premium continua ganhando
espaço em âmbito global.
Anna Paula Dacar: exigência por qualidade
é crescente em todo o mundo
• Regulação/gestão corporativa
• Minimização de VOCs, isocianatos,
formaldeídos, BPA
• Redução da pegada de carbono
Eficiência energética
• Certificações/regulações para a construção
são as tintas multicoloridas, como as
que têm aparência muito similar à de
pedras”, resumiu. Outros direcionadores da pesquisa e desenvolvimento
nessa área são a busca do aumento do
poder de cobertura e a redução das
emissões de VOCs.
Para a linha de tintas industriais, os
temas em voga são os avanços relacionados às tecnologias base água, a melhoria e diferenciação das plataformas
epóxi, as novas famílias químicas de
alta performance. “É preciso atender
a novas tendências, como o cumprimento de objetivos ambientais, o que
envolve, por exemplo, a eliminação de
substâncias críticas. Ao mesmo tempo,
deve-se reduzir o custo de aplicação,
desenvolvendo tintas que possam ser
utilizadas independentemente das
condições ambientais, tenham secagem mais rápida e maior resistência a
danos”, resumiu Mussell.
“No caso da utilização de novas famílias químicas de alta performance, um
exemplo que pode ser citado é o das
resinas epóxi com maior resistência às
intempéries. Elas melhoram a durabilidade e a aparência, além de possibilitar
a redução de uma camada no sistema
de pintura”, relatou.
Saúde
• Qualidade do ar interior
No mesmo evento, Bob Mussell, diretor
de Pesquisa e Desenvolvimento para
Revestimentos Industriais e Funcionais
da Dow Coating Materials em âmbito
global, analisou os principais focos da
inovação nas tintas e como as megatendências os afetam.
Ele destacou que estão avançando e
trazendo resultados significativos as
pesquisas em áreas como as de aditivos
e resinas. “É isso que permite, para a
linha decorativa, o desenvolvimento de
produtos antimicrobianos e antimancha, assim como as tintas decorativas
com efeitos especiais. Uma novidade
recente ligada a esse tipo de inovação
Acompanhando as tendências e os debates em todo o mundo, como foi possível fazer na ABRAFATI 2013, pode-se
perceber que os desafios que se colocam
para o futuro da cadeia produtiva de
tintas em termos de inovação tecnológica – que representam, ao mesmo tempo,
grandes oportunidades – estão ligados
à atenção permanente que se deve ter
em relação aos aspectos relacionados
à sustentabilidade, à qualidade e à
incorporação de novos atributos. “O caminho para superá-los passa, como vem
sendo demonstrado nos mais relevantes
casos de sucesso, pela maior integração
de cadeia produtiva, estimulando os
processos colaborativos e implementando projetos conjuntos”, afirma o
presidente-executivo da ABRAFATI,
Dilson Ferreira.
REVISTA ABRAFATI – 9
Sustentabilidade
Primeiro Centro Prolata começa a operar
Iniciativa está alinhada às diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O centro também recolherá e acondicionará corretamente as sobras de tintas
eventualmente existentes nas embalagens que chegam a ele, para a sua recuperação, reaproveitamento ou outra
forma de tratamento ambientalmente
adequado dessas tintas, em parceria
com empresas especializadas.
Um dos principais objetivos do local é
ser um facilitador para quem quer descartar embalagens de aço pós-consumo
da maneira correta. Ao mesmo tempo,
visa oferecer condições melhores aos
catadores, para que possam ter uma
receita maior com o material recolhido.
Essa é a primeira de uma série de estruturas com a mesma finalidade que serão
instaladas em todo o País, conforme a
proposta de acordo setorial apresentada
pela Associação Prolata Reciclagem –
instituição sem fins lucrativos formada
pela cadeia de valor dos fabricantes de
latas de aço no Brasil – e pela ABRAFATI, para o atendimento às exigências da
Política Nacional de Resíduos Sólidos.
“O mercado é capaz de absorver e revalorizar 100% das latas de aço pós-consumo”, afirma Thais Fagury, gerente
executiva da Associação Prolata e também da Abeaço (Associação Brasileira
de Embalagem de Aço). Essas embalagens são matéria-prima essencial para a
indústria siderúrgica e a sua utilização
minimiza impactos ambientais. “Com a
criação dos Centros Prolata, está sendo
dado um passo fundamental para facilitar a coleta e a destinação correta das
latas de aço pós-consumo”, acrescenta
Gisele Bonfim, gerente técnica e de
Assuntos Ambientais da ABRAFATI.
Foto: Fabio Humberg
No dia 29 de outubro foi inaugurado
no bairro de Pirituba, em São Paulo, o
centro modelo da Prolata Reciclagem.
Com capacidade para receber diariamente até 70 toneladas de embalagens
de aço vazias – de tintas e de outros
produtos, como alimentos –, o local
possui estrutura para o recebimento
e a prensagem do material, que será
destinado à siderúrgica Gerdau para
reutilização.
O local conta com as condições e os
equipamentos necessários para a operação
Qualidade
Nova norma de especificação para
vernizes torna mercado mais ordenado
Uma mudança significativa no mercado
de vernizes de uso interior foi completada em 02 de outubro, quando entrou
em vigor a norma NBR 16211:2013,
publicada 30 dias antes pela ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), especificando os requisitos mínimos de desempenho desses produtos,
anteriormente conhecidos no mercado
como vernizes copal. A norma estabelece que os vernizes de uso interior
devem ter um teor de sólidos de no
10 – REVISTA ABRAFATI
mínimo 40%, um tempo de secagem
máximo de 12 horas e brilho mínimo
de 80 UBs (unidades de brilho). Além
disso, torna-se obrigatório estampar na
face principal da embalagem a expressão
“Uso Interior” ou a palavra “Interior”.
“Essa é mais uma grande contribuição
para o ordenamento do mercado de tintas
imobiliárias. O consumidor será beneficiado, podendo identificar claramente os
vernizes que se destinam ao uso interior
e têm qualidade reconhecida, sabendo
exatamente o resultado que pode esperar
de sua aplicação”, afirma Gisele Bonfim,
gerente técnica e de Assuntos Ambientais
da ABRAFATI. “É importante destacar
que os vernizes de uso interior oferecidos pelos fabricantes que participam do
Programa Setorial da Qualidade – Tintas
Imobiliárias já atendem aos requisitos da
nova norma e representam um percentual
superior a 85% do total do mercado”,
destaca.
Associadas
Foto: Ataíde Alba
Universo completa 70 anos
Empresa é um dos fabricantes há mais tempo
em atividade e aposta no potencial do Brasil.
Fundada em 1943, a Universo Tintas
cresceu ao longo dos anos, mantendo
sempre a preocupação em oferecer tintas e vernizes imobiliários de qualidade
ao mercado, respeitando o consumidor
e o meio ambiente. Na década de 1970,
a empresa se instalou em Diadema (SP),
onde está até hoje, ocupando uma área
de 50 mil m2.
Building Council Brasil, além de possuir
a certificação ISO 9001: 2008 e desenvolver várias ações em prol da comunidade.
Sua linha de produtos abrange tintas
acrílicas Premium, Standard e Econômicas, látex PVA, texturas, esmaltes, tintas
para piso, tintas para gesso, tintas óleo,
corantes e vernizes. Entre os destaques
estão a Tinta Higiênica Universo e o recém-lançado Acrílico Rende Muito Mais.
Além da presença em todas as regiões do
Brasil, a Universo exporta para países da
América do Sul, Oriente Médio e África.
Douver Martinho: confiança no futuro
Ao comemorar o 70º aniversário, a
empresa mantém os olhos abertos para
as oportunidades futuras, que vê com
bastante otimismo. “Estamos confiantes
de que 2014/2015/2016 será um período
bastante positivo, com grandes avanços
no nosso País, já que sediaremos a Copa
do Mundo e a Olimpíada. Portanto, teremos o mundo inteiro de olho no Brasil.
Acreditamos que os próximos anos serão
promissores”, afirma Douver Gomes
Martinho, presidente da Universo.
Entre as melhores
empresas para se trabalhar
Oxiteno abre as portas
para estudantes
Dow participa de evento
de saúde e cidadania
BASF, Bayer, Dow e DuPont foram incluídas
entre as 150 melhores empresas para se
trabalhar no Brasil. A pesquisa, realizada
anualmente pelo guia Você S/A, é considerada a principal em seu gênero e avalia as
práticas em termos de gestão de pessoas,
desenvolvimento de carreira e reconhecimento profissional.
Em setembro, um grupo de estudantes do
curso de Engenharia Química da PUC do
Rio de Janeiro visitou a unidade industrial de
Mauá (SP) da Oxiteno. O objetivo foi mostrar
o dia a dia dos profissionais da área aos
estudantes, que viram como funciona uma
planta industrial, acompanharam as operações e conheceram o Centro de Pesquisa
e Desenvolvimento da empresa.
O Polo Cidadania 2013, evento dedicado à
saúde e à cidadania para a comunidade de
Camaçari (BA), aconteceu em 19/10, com
diversas ações e serviços gratuitos. A Dow
participou com a criação de um ambiente
que promoveu a educação sobre a importância da química na vida das pessoas.
Investindo permanentemente em sua
fábrica e no desenvolvimento de novas
tecnologias, a Universo mantém-se
alinhada com as melhores práticas,
participando do Programa Setorial da
Qualidade – Tintas Imobiliárias, do
programa Coatings Care e do Green
Lukscolor apoia projeto
de valorização em Itaquera
A Lukscolor está fornecendo as tintas para
a produção de grandes painéis do projeto
Pintando a Zona Leste, que contribui para a
valorização da cultura da região de Itaquera,
na capital paulista.
Axalta cria Conselho
Consultivo para Crescimento
Para explorar as oportunidades existentes
na região, a Axalta formou um Conselho
Consultivo para Crescimento na América
Latina, que contará com executivos da
empresa e, em algumas fases, com especialistas externos independentes. Antonio
Carlos de Oliveira, atual presidente da
Axalta Brasil e vice-presidente de OEM
para América Latina, assumirá a presidência
desse Conselho.
Bayer patrocina
Prêmio Comunique-se
A 11ª edição do Prêmio Comunique-se, um
dos mais importantes do País na área jornalística, contou com o patrocínio da Bayer. A
empresa deu seu nome ao troféu entregue
aos melhores âncoras, recebido por Carlos
Alberto Sardenberg (Rádio CBN) e Renata
Vasconcellos (TV Globo).
Hidracor é tinta oficial
da Casa Cor Ceará
Com o tema “Um olhar para o Ceará”, de
16/10 a 26/11 realiza-se a versão cearense
da mais completa mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas: a Casa
Cor Ceará. E, no ano de seu cinquentenário,
a Hidracor está em destaque no evento,
tendo sido escolhida com a sua tinta oficial.
Tintas Coral lança portal
inspiracional em cores
O portal www.tudodecorparavoce.com.br
foi criado pela Tintas Coral para ser um
ponto de referência sobre as cores e o seu
poder de levar alegria e renovação para a
vida das pessoas. Com um layout moderno
e arrojado, oferece conteúdo variado, que
inclui de dicas de aplicação a entrevistas
com profissionais de diversas áreas.
Tintas Renner anuncia para
incentivar a experimentação
Estreou no dia 25/08 o novo comercial da
Tintas Renner (marca da PPG), que utiliza
o mote “Quer Apostar?” e o humor para
estimular os consumidores a experimentar
sua linha mais bem sucedida, a Rekolor. A
exibição ocorre na TV aberta e em canais por
assinatura, além de envolver internet, rádio
e pontos de venda.
REVISTA ABRAFATI – 11

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