robustus brasil moto clube manual de deslocamento em comboio

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robustus brasil moto clube manual de deslocamento em comboio
ROBUSTUS BRASIL MOTO CLUBE
MANUAL DE DESLOCAMENTO EM COMBOIO
REGRAS BÁSICAS PARA COMBOIOS DE MOTOCICLETAS
ANTES DO PASSEIO:
– Verificar se os documentos dos pilotos e das máquinas estão em dia. Nunca saia em
comboio tendo um membro com a documentação atrasada.
– Verificar óleo, todas as luzes, relação da moto, lubrificação das correntes, buzina,
aspecto geral de cabos de embreagem, acelerador e freios.
– Verifique os freios: pastilhas, lonas, nível do fluido, e o estado dos pneus.
– Suspensão e bateria também devem ser checadas.
NO DIA DO PASSEIO:
– Estar no ponto de encontro, no horário marcado para a concentração com motos
abastecidas e pneus calibrados.
– É sempre bom levar capa de chuva ou roupas impermeáveis.
– Prestar atenção ao briefing que será feito pelo líder do comboio.
FORMAÇÃO:
– Sempre manter distância de 2 segundos do membro à sua frente; manter a distância de
1 segundo do membro que está na sua diagonal.
Dica: para calcular essa distância, visualize um ponto à frente na pista. Quando da
passagem da moto à sua frente, conte MIL E UM, MIL E DOIS. Esse é o tempo de 2
segundos.
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Atenção! A melhor posição para rodar nas estradas é a formação cruzada.
É a formação que favorece a segurança de todos os integrantes uma vez que
cada moto terá espaço ao seu redor para alguma manobra de emergência.
É importante que todas as motocicletas do comboio ocupem a mesma faixa
para permitir a livre circulação dos outros veículos.
Observe o desenho abaixo:
Porém, em determinadas circunstâncias, seguindo o critério do líder, a
formação poderá ser alterada para uma fila única. Normalmente essa formação é
utilizada quando rodamos por estradas mais sinuosas.
Observe o desenho abaixo:
Ao adentrar cidades, andando em velocidades bem baixas, nós podemos
também assumir a formação lado a lado, pois permite uma melhor compactação do
grupo.
ATENÇÃO DURANTE A FORMAÇÃO:
– Não sair da formação.
– Não ficar ziguezagueando.
– Não ultrapassar a moto que vem à frente.
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– Não andar lado a lado quando em velocidades superiores a 40 km/h (a menos que seja
uma orientação do líder).
– Não conversar com os companheiros.
– Não acelerar nem reduzir bruscamente.
– Utilizar sempre a mesma faixa de rodagem do grupo.
– Não ultrapassar o líder nem fique para trás do ferrolho.
– Mantenha distância constante.
ORGANIZAÇÃO DO COMBOIO:
Os grupos entre 4 a 8 motocicletas em geral necessitam ser organizados.
Essa organização começa com a escolha do líder e do ferrolho, ambos devem ser
motociclistas experientes.
Líder: Deve ser o motociclista que conhece bem os sinais para viagens de motocicleta,
e precisa conhecer bem o percurso. Ele fica atento ao deslocamento do grupo e controla
a velocidade para que o grupo rode coeso.
Ferrolho: Normalmente um motociclista mais experiente e/ou que possua uma máquina
possante (deve ser a maior cilindrada do grupo), que permita uma rápida ultrapassagem
para chegar ao líder, caso alguma das motos precise parar na estrada. Também seria
muito bom se o líder e ferrolho possuíssem intercomunicadores, que facilitam a
comunicação entre eles.
Em comboios entre 8 e 20 motocicletas, convêm também nomear um
batedor, um motociclista que vai circular em geral ao lado do grupo, garantindo a
coesão e impedindo que outros veículos entrem no meio da formação. O batedor deverá
também ficar atento a todos os membros, avisando o líder sempre que alguém precisar
parar.
Em comboios maiores, com mais de 25 motos, convém repartir o grupo em
vários grupos menores de 10 ou 12 motos. Esses grupos vão rodar juntos, na mesma
formação. O grande problema em grupos grandes é dar acesso aos outros veículos às
saídas e entradas das estradas. Nesses casos, o grupo pode se abrir para permitir a
passagem de outros veículos se aproximando novamente assim que possível.
Normalmente essa organização é feita pelos meios, membros também com experiência
nas estradas, que auxiliam na formação do grupo.
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CONFIRA ABAIXO A FORMAÇÃO PADRÃO DOS ROBUSTUS:
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SINAIS PARA VIAGENS DE MOTOCICLETAS EM COMBOIO:
Para facilitar a comunicação entre os motociclistas, existem alguns sinais
que são conhecidos universalmente. Colocamos abaixo os mais comuns e que todos
devem conhecer.
O líder fará os sinais para a organização do comboio. Por ser o primeiro na
posição, normalmente as situações serão sinalizadas, primeiro pelo líder; esses sinais
deverão ser reproduzidos pelos demais membros do grupo para que os pilotos que vêm
mais atrás também tenham conhecimento das ações a serem tomadas, mas caso alguém
precise parar ou aviste um buraco na pista, ele deve sinalizar para os membros que o
seguem.
PRINCIPAIS SINAIS PARA VIAGEM EM COMBOIO DE MOTOCICLETAS:
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VESTIMENTAS PARA VIAGENS DE MOTOCICLETA:
- Viajar com roupas preferencialmente de couro (pelo menos uma jaqueta) ou traje
completo de segurança (cordura, lona, sintéticos especiais, etc.);
- Não usar tênis, sandálias, sapatos abertos ou similares, mas sim BOTAS específicas ou
especiais, preferencialmente as que dispuserem de caneleiras, ponteiras duras e com
zíper ao invés de cadarço;
- Evitar o uso de roupas largas, calças jeans largas, camisas com botões, mangas curtas
(panos leves “embandeiram” com o vento e molham rápido no caso de chuva). Os saltos
altos usados pelas mulheres são elegantíssimos, mas com certeza um perigo para quem
anda de moto, pilotando ou na garupa.
- Levar traje de proteção contra a chuva, mesmo que seu traje de viagem seja
impermeável, pois sempre ocorrem surpresas. Se possível, levar um de reserva. O
mesmo sempre ocorre com as botas impermeáveis. Por isso, uma proteção (galocha) de
sobrepor é muito oportuna. O uso de óculos com LENTES AMARELAS com tempo
nublado, chuva ou neblina, ou à noite, é excelente e melhora em muito a visibilidade.
Na falta de óculos com lentes amarelas, os tradicionais óculos escuros, com lentes na
cor marrom, também servem.
- Usar luvas de couro especial ou cordura, e impermeáveis para o caso de chuva. As
luvas são equipamentos importantíssimos de proteção e segurança para o caso de
acidente, e indispensáveis (as impermeáveis) para evitar hipotermia (no caso de vento
frio ou chuva). Tenha, sempre, luvas sobressalentes para chuva e frio. Luvas de
borracha, somente as que possam ser sobrepostas com as de couro ou cordura, mas
devem ser evitadas porque escorregam quando molhadas.
- Usar preferencialmente capacete fechado e com viseira fumê durante dias ensolarados
e nos dias nublados ou durante a noite viseira no padrão cristal. Os articulados são os
melhores. Não esquecer creme protetor solar, principalmente para o rosto. Se a sua moto
não tem para-brisa ou bolha, instale uma antes de viajar. O para-brisa poupa o piloto do
efeito “vela” (vento direto no peito) e o protege dos pedregulhos, insetos, aves, chuva,
etc. Portanto, é equipamento indispensável à segurança. Faça o possível para viajar com
para-brisa.
- “Amarrar” com eficiência as bagagens sobre a moto, de modo a evitar inclinação da
carga ou causar efeito “pêndulo” à pilotagem.
- Evitar excesso de peso de bagagem sobre o banco ou traseira da moto (churrasqueira).
O ideal é que o peso fique concentrado e equilibrado nas laterais (alforjes). Lembre-se:
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quanto mais embaixo, mais o peso da bagagem contribuirá para a boa estabilidade da
moto.
- Levar na bagagem somente o essencial. Evitar excesso de calçados, roupas sociais,
bolsas e adereços. Dê preferência a roupas facilmente laváveis e que sequem
rapidamente, como também as descartáveis. Não se esqueça de portar um bom agasalho,
além de capa ou casaco impermeável para chuva ou frio acentuado. Mesmo no verão,
pode fazer frio num dia ou noutro tanto no Sul do Brasil quanto na Argentina, no
Uruguai, no Paraguai ou no Chile, países do MERCOSUL;
- Levar um tubo de produto para reparar pneus. Não esquecer lanterna com pilhas
sobressalentes, ferramentas da própria moto para reparos eventuais, documentos
pessoais (RG, CNH, CPF, Identidade Profissional e PASSAPORTE, para o caso de
viagens internacionais, pois os RG apesar de válidos possuem algumas restrições como
data de emissão, etc. e documentos da motocicleta (CRLV, Livro de revisão e garantia,
documentos e telefones do seguro, endereços e telefones de oficinas autorizadas ou
concessionárias). É bom usar um produto para desembaciar as viseiras do capacete e dos
óculos. E é indispensável levar flanela, estopa, elástico para amarração (tensores), bem
como rede elástica para prender bagagens e eventuais tralhas (aranha).
- Não viajar, em hipótese alguma, com pneus carecas, descamados ou à meia-vida.
- Se o CRLV da sua moto estiver em nome de outra pessoa (física ou jurídica) há
necessidade de portar autorização formal do proprietário constante do CRLV para
conduzi-la na Argentina, Chile, Paraguai ou Uruguai. Providencie autorizações para
cada País, com firma reconhecida em Cartório. Em seguida, dirija-se às respectivas
embaixadas para autenticação mediante pagamento de taxa.
- Todas as motocicletas necessitarão de Seguro Carta Verde para rodar pela Argentina,
Chile, Paraguai ou pelo Uruguai (Acordo de 1995 entre os países que compõem o
MERCOSUL). O Seguro Carta Verde poderá ser feito com vigência para cobrir
somente o período de trânsito pelos países visitados.
- Não esqueça seus medicamentos de uso contínuo. É bom sempre ter à mão:
analgésicos, anti-inflamatórios, ataduras, etc. PILOTAR EM COMBOIO COM TODA
SEGURANÇA! Mantenha-se em fila única durante a viagem, uma moto à esquerda e
outra à direita na formação do comboio. Evite ultrapassar a moto que vai à sua frente.
Não viaje atrás de qualquer veículo, principalmente caminhões e ônibus: os buracos
desviados por eles “sobrarão”, com certeza, para você, que não terá tempo para desviar
e você poderá cair. Não pilote em “ziguezague” e tenha especial cuidado para não
trafegar em cima das faixas amarelas ou brancas, pois são extremamente escorregadias
na chuva. Não dispute nada com qualquer automóvel ou outro veículo: deixe-os
ultrapassar, sempre ceda a vez, não confie na sua preferência. Lembre-se: na disputa a
motocicleta perde ou leva a pior, principalmente numa ultrapassagem mal feita pelo
outro veículo. Na hora do “aperto”, o carro empurra a moto para o acostamento e isso é
muito perigoso. Quem viaja de moto em grupo/comboio está passeando e não apostando
velocidade, demonstrando perícia ou esbanjando experiência. Ou até querendo somente
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“aparecer”. Os menos experientes geralmente viajam com maior segurança já que
redobram a atenção e não pensam em competir nada com ninguém.
- Viaje sempre dentro da velocidade permitida na rodovia ou via urbana. E é para isso
que as motos “custom” e “touring” se prestam O líder do comboio estipulará a
velocidade de cruzeiro dentro das normas da via. Motocicletas paradas em estrada só
são seguras no acostamento e assim mesmo sem parar em fila dupla, o que é
extremamente perigoso e desaconselhável. Não arrisque ficar sem combustível. Se tiver
dúvida quanto à autonomia da sua moto, não hesite: encha o tanque sempre que parar
num posto. Qualquer viagem deve prever e realizar paradas rápidas a cada 150/180 km
rodados, tanto para abastecer as motocicletas quanto para “alongar” os pilotos. Não use
os freios desnecessariamente, pois poderá comprometer a pilotagem do piloto que vem
imediatamente atrás de você. Cuidado redobrado com os “quebra-molas” nas rodovias,
geralmente sem sinalização. Cuidado com areia, cascalho, lama ou óleo nos trevos e
balões (cruzamentos ou acessos). Diminua acentuadamente a velocidade ao se
aproximar destes obstáculos, pois o risco de derrapagem é muito grande. As curvas das
rodovias devem ser feitas sempre com a tomada de tangência e velocidade adequadas e
compatíveis com os limites da moto e, principalmente, do piloto. Não entre nas curvas
das rodovias como o piloto que está na sua frente, mas sim da maneira como você sabe
e possa fazê-lo, isto é, sem ultrapassar os seus limites de domínio da máquina. Sinalize
sempre. Faça sinais com uma das mãos quando for parar ou quando avistar uma
depressão na pista, um buraco, um animal, também quando não houver visibilidade e
um veículo estiver se aproximando em sentido contrário, quando necessitar abastecer,
ou quando tiver que ir para o acostamento. Não se sinta constrangido: quando estiver
inseguro não faça o que não quer ou não sabe fazer. Pergunte sempre. Esclareça suas
dúvidas com os mais experientes. Jamais se canse de perguntar. Evitar viajar após as
18h é saudável e seguro. Não é recomendável, em comboio, viajar à noite. Os faróis das
motos e carros se confundem nos retrovisores e o resultado é sempre um ou outro
motociclista se perder do grupo. Se alguém eventualmente se perder do grupo, não deve
pensar duas vezes: o melhor é rumar direto para o próximo pernoite programado,
evitando assim demorar-se por demais na Rodovia e acabar por viajar à noite, o que é
inconveniente. Carregue sempre o dinheiro do pedágio trocado e num bolso que possa
ser acessado com facilidade, caso você esteja viajando sem passageiro (a). Com
passageiro (a), é ele (a) quem sempre paga o pedágio, igualmente com dinheiro trocado.
Abasteça a moto e calibre os pneus antes do início de cada etapa da viagem. A
calibragem dos pneus é importante componente de segurança nas estradas,
principalmente nas curvas. A calibragem só é perfeita se for feita com os pneus frios. É
recomendável alimentação superleve durante os percursos diários de média ou longa
distância. Dê preferência a alimentos leves, sucos, frutas e muita, mas muita água para
hidratar o organismo (que perde muito líquido, principalmente em dias quentes e secos).
Os isotônicos, do tipo “Gatorade”, são altamente recomendáveis, assim como café sem
qualquer adoçante e mineral com gás. Nada de bebida alcoólica. Beba e coma a vontade
no jantar, depois de vencido o percurso programado para o dia de viagem. Não parar
para almoço durante os percursos diários da viagem. Isto evita fadiga ou sonolência.
Não é recomendável carregar alimentos nas bagagens, sob pena de rápida deterioração
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devido ao calor e condições de clima e tempo. Transportar COMBUSTÍVEL em
garrafas plásticas é um GRANDE RISCO: não cometa essa insensatez, pois não vale à
pena. Se eventualmente você ficar sem gasolina, não se preocupe. Alguém do clube vai
resolver sua “pane seca”. Um sono longo e tranquilo antes do dia da largada e
igualmente sonos longos e tranquilos durante os pernoites programados é salutar e
contribui sobremaneira para evitar o “stress”, sonolência quando em movimento e
fadiga incontida, que são sérios riscos à segurança de todos. Pessoas que em qualquer
viagem não controlam a fadiga ou sonolência ou ainda as que tenham problemas de
saúde (hipoglicemia, por exemplo), não devem viajar de motocicleta.
O COMBOIO DE MOTOCICLETAS DO ROBUSTUS BRASIL MOTO CLUBE:
No momento da largada, haverá um “líder” e um “ferrolho” do comboio. Se
sua moto é veloz, tenha paciência: você optou em viajar em um comboio de motos
custom, pesadas e estradeiras, cuja velocidade média poderá atingir até 140 km/h é
verdade, mas isto se a rodovia for de primeira qualidade. Caso contrário, a segurança da
pilotagem ficará comprometida e um acidente desnecessário por certo acabará com o
prazer da viagem. Se você está viajando em grupo mantenha-se nele e esqueça-se da
velocidade, principalmente em curvas, ou simplesmente desista de viajar em comboio
que observa os limites de velocidade da via. Não insista e principalmente não incentive
ninguém a “correrias”, a desvios de roteiro não programados ou a afastar-se do
comboio, sob o inconsequente pensamento de que o grupo é “lerdo”. O “líder” vai à
frente, estabelece a velocidade adequada em razão do alcance da visibilidade da estrada,
intensidade do tráfego, condições do pavimento da via e condições de intensidade e
escoamento da chuva. O “líder” é quem zela pelo cumprimento do planejamento de
viagem e quem começa a sinalizar sobre o que surge a sua frente. Não ultrapasse o líder,
salvo se for para “bater” fotos, filmar o comboio ou executar uma pequena
“esticadinha” para resfriar o motor da “infeliz” moto veloz que por acaso esteja
integrando o comboio. O “ferrolho” é mais importante que o líder. Geralmente é
escolhido para “ferrolho” o piloto que tenha moto com boa “retomada” e que seja a
mais veloz, pois é quem tem que ultrapassar a todos e avisar o “líder” sobre se está
faltando alguém, se é preciso parar, etc. Se o “ferrolho” tiver que abandonar seu posto,
sinalizará para que o último do comboio assuma o posto até seu retorno. Muita atenção
para com quem parar ou ficar para traz por pane ou outra razão qualquer: os que estão à
frente, principalmente o “líder”, precisarão ser avisados por quem constatar a parada.
Caso contrário, quem parou ficará para traz, sozinho na estrada e sem apoio. O melhor,
em comboio é aquele que está na frente do outro ficar sempre de olho, pelo retrovisor,
naquele que vem logo atrás. Se, eventualmente, o que vem atrás sumir, aguarde um ou
dois minutos e volte, pois provavelmente o que sumiu do retrovisor está em
dificuldades. Se todos procederem assim, todos voltarão, não é mesmo? Aí, sim, ficará
mais fácil reagrupar o comboio e evitar que alguém se descole ou se perca. Deve-se
manter o agrupamento das motos ao máximo e evitar excessivo distanciamento umas
das outras, pois é nas “brechas” do comboio que os carros se “enfiam” quando não há
visibilidade para ultrapassagem. Porém, há ocasiões que um ou outro carro se aproxima
tão veloz e “agressivamente” do comboio que o melhor mesmo é permitir o quanto
antes sua ultrapassagem. Nesse caso, propositadamente, deve-se abrir a “brecha” e
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sinalizar para que o veículo ultrapasse o comboio. Mas, não deixem de lembrar sempre
que tanto o “líder” quanto o “ferrolho” têm dificuldades para controlar e manter os
motociclistas em comboio quando perdem as motos de vista (quando somem do
retrovisor).
O BOM PASSAGEIRO:
Nunca subir ou descer da moto sem prévio conhecimento do piloto. Já se
viu muito motociclista se desequilibrar por isso, sobretudo se o piso for irregular, ou o
piloto ter perna curta, ou se a moto está carregada com muita bagagem. Sempre ajudar o
piloto nas manobras de entrada e saída de estacionamento, sobretudo quando for
necessário "dar ré" na moto. O melhor é saltar da garupa para poder melhor puxar a
moto para trás. Em movimento, o passageiro deve evitar movimentos bruscos, do tipo,
olhar para trás no final das retas e dizer, por exemplo: “Olha, já não vejo nenhuma
moto!” Se for então, no final de curvas, nem pensar em movimentos bruscos. O
passageiro é quem deve pagar os pedágios. Deve ter sempre à mão o dinheiro,
preferencialmente trocado e no valor exato da despesa. Se a viagem é feita em comboio,
o primeiro passageiro deve encarregar-se do pagamento. Na primeira parada, após o
pedágio, as contas devem ser "acertadas" com quem pagou o pedágio. Se há mais de um
passageiro no comboio de viajantes, é aconselhável fazer "rodízio" do pagador de
pedágio. O passageiro, se conhecer a estrada, poderá ser o "navegador". Se estiver
atento às manobras, ultrapassagens, acessos, quebra-molas, buracos, depressões ou
desníveis poderá assim auxiliar e muito o piloto. O passageiro pode auxiliar nas curvas,
observando a pista de rolamento sempre por dentro e apoiando-se, fortemente, em
ambas as pedaleiras. A transferência de peso para as pedaleiras torna a moto bem mais
manobrável e segura de pilotagem. Pela mesma razão, deve o passageiro se apoiar mais
fortemente nas pedaleiras quando a moto circula devagar, entre o trânsito ou
congestionamentos. Idem, quando circula em piso irregular e com a vantagem, neste
caso, de levar menos pancada no lugar onde nossa espinha dorsal muda de nome.
Jamais o passageiro poderá adormecer. Há risco de sério acidente se ocorrer tal
fenômeno, pois a tendência é cair da moto e levar consigo o piloto. Nas freadas ou
arrancadas é imprescindível que o passageiro esteja sempre atento e com reflexo
apurado: O passageiro deve apoiar-se nos suportes, correias e/ou pedaleiras, e não no
condutor. A mesma postura deverá ser observada na chuva, durante todo o percurso.
Nas paradas, o passageiro não deve colocar os pés no chão, pois em vez de ajudar, só
desequilibra a moto. Quando em velocidade, ou se estiver ventando muito, o passageiro
deve juntar-se o mais que puder ao corpo do piloto. Isto evita a oscilação ou
desequilíbrio da moto em razão da ventania provocada pela velocidade ou "mandada"
pela natureza. Ao passageiro é rigorosamente proibido olhar para o velocímetro e
expressar a sua aprovação ou reprovação com apertos de joelhos, socos nas costas, etc.,
pois essa postura desconcentra completamente o piloto. A partir dos 70-80 km/h
"acaba" a conversa entre piloto e garupa, pois o vento não deixa. Além desse fato, acima
dos 60 km/h qualquer conversa é inteiramente desaconselhável. No máximo, é
permitido um aviso, "toque" ou alerta imprescindível de um para o outro. Quando a
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motocicleta está "rodando" a mais de 80 km/h, o passageiro não deve acenar aos outros
motociclistas, veículo que ultrapassam ou que venham em sentido contrário, sob pena,
de desviar a atenção do piloto. No caso de altíssima velocidade o simples aceno do
passageiro pode causar o deslocamento do seu ombro, pulso ou cotovelo. Nas mesmas
circunstâncias, evitar calçar ou tirar luvas, ajeitar capacete, óculos ou cabelo. O
passageiro deve usar trajes/roupas/botas/capacete e equipamentos de proteção individual
para (coluna, joelhos, mãos, cotovelos, ombros) idênticos aos utilizados pelo piloto em
rodovias ou em ruas urbanas, com vias pavimentadas ou não. O passageiro é quem deve
bater fotos, desde que a moto esteja em baixa velocidade e que o piloto seja avisado
sobre o procedimento. Agir com todo o cuidado, evitando movimentos bruscos ou virarse inteiramente para trás. Se, acidentalmente, a máquina fotográfica cair, não se deve
gritar ou desesperar-se. Mas apenas avisar o piloto sobre o fato e pedir para que retorne
a fim de tentar achar ou salvar o equipamento.
- BOA VIAGEM E BONS VENTOS! ROBUSTUS! –
Uruguaiana, RS em 07 de maio de 2015.
FRANZ WAGNER ALMEIDA MACHADO
PRESIDENTE
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