Baixar apostila - Bradesco Corretora

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Baixar apostila - Bradesco Corretora
Apostila de
Opções
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Apostila de Opções
APOSTILA DE OPÇÕES
Material complementar à série de videoaulas de “Opções”.
ÍNDICE
1. Introdução ao Mercado de Opções ................................................................3
1.1 O que é uma opção? .............................................................................3
1.2 Nomenclatura .....................................................................................3
1.3 Tipos de opções ...................................................................................4
1.4 Antes de operar no Mercado de Opções....................................................4
1.4.1 Código das opções ..........................................................................4
1.5 Operando opções .................................................................................5
2. Precificação................................................................................................5
2.1 Classificação das opções ........................................................................5
2.2 Valor de uma opção ..............................................................................6
2.2.1 Componentes do prêmio ..................................................................6
2.2.2 Parâmetros de cálculo do preço de uma opção ....................................6
2.3 Efeito dos fatores x Prêmio das opções ....................................................7
2.4 Volatilidade .........................................................................................8
3. Estratégias ................................................................................................9
3.1 Estratégias direcionais ..........................................................................9
3.1.1 Trava de Alta ................................................................................9
3.1.2 Trava de Baixa ............................................................................10
3.1.3 Borboleta de Alta .........................................................................12
3.1.4 Borboleta de Baixa ......................................................................13
3.1.5 Financiamento ............................................................................14
3.2 Estratégias não direcionais ..................................................................15
3.2.1 Black & Scholes ...........................................................................15
3.2.2 Trades de Volatilidade ..................................................................17
3
“Esse texto foi desenvolvido pela Bradesco Corretora e não constitui uma recomendação de investimento. Para maiores esclarecimentos,
sugerimos entrar em contato com o setor de atendimento da Agora.
É expressamente proibida a reprodução de parte ou da totalidade de seu conteúdo, mediante qualquer forma ou meio, sem prévia e formal
autorização, nos termos da Lei 9.610/98."
Apostila de Opções
1. Introdução ao Mercado de Opções
O Mercado de Opções é o mercado em que são negociados direitos de compra ou venda
de um lote de ações, com preços e prazos de exercício pré-estabelecidos. As cotações de
opções nos sistemas eletrônicos das bolsas permitem uma formação de preços
transparente, fato este primordial para se ter um mercado competitivo e equilibrado. Os
objetos de negociação incluem ações, moedas, títulos, commodities, índices e contratos
futuros.
1.1
O que é uma opção
Uma opção é um direito, mas não uma obrigação, de adquirir ou vender ativos
por um preço determinado, em uma quantidade e por um período préestabelecidos. Em outras palavras, é um contrato em que uma das partes tem
um direito (por exemplo, comprar uma ação a um preço combinado) e a outra
tem uma obrigação (vender a referida ação pelo preço combinado). O titular da
opção paga um prêmio para adquirir este direito do lançador, podendo exercê-lo
ou revender a opção no mercado. Por se tratar de um direito, o titular da opção
pode não exercê-lo e deixar que a opção expire. Em contrapartida, a outra parte,
o lançador, que recebeu o prêmio em dinheiro, não pode deixar de cumprir suas
obrigações, caso venha a ser chamado a isto.
1.2
Nomenclatura
O estudo de opções exige que alguns termos sejam definidos previamente. São
eles:
Titular - É detentor da opção, quem tem o direito.
Lançador - É o vendedor da opção, quem tem a obrigação.
Prêmio - É o valor pago pelo titular ao lançador para adquirir o direito.
Preço de exercício (X) - Preço acertado para exercício do direito.
Preço do Ativo-objeto (S) - Preço do ativo subjacente
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Vencimento - É a data em que cessam os direitos do titular: a terceira segundafeira de cada mês.
Série de Opções - A Bovespa estabelece séries com diferentes preços de
exercício com vencimento a cada mês para diversas ações.
1.3
Tipos de Opções
O mercado trabalha com dois tipos de opções. São elas:
Opção de Compra (Call) - Dá ao seu titular o direito de comprar o ativo-objeto
em certa data, a um determinado preço.
Opção de Venda (Put) - Dá ao seu titular o direito de vender o ativo-objeto
em certa data, a um determinado preço.
As opções também são classificadas quanto à forma de exercício.
Americana - Pode ser exercida a qualquer tempo, até a data de vencimento.
Européia - Somente pode ser exercida na data de vencimento.
A possibilidade do exercício antecipado faz uma Opção Americana ser mais
valiosa que uma Européia similar. Entretanto, o prêmio pela espera associado ao
tempo até a data de vencimento faz o exercício antecipado não ser uma
alternativa interessante.
1.4
Antes de operar no Mercado de Opções
Para que um investidor possa operar no mercado de opções com ações é
essencial saber as regras, códigos e normas da Bovespa.
1.4.1 Código das opções
O código de uma opção varia de acordo com o ativo-objeto, a data de
vencimento e seu preço de exercício. No Brasil, as opções são identificadas por
uma sequência de cinco letras mais o valor do preço de exercício. O Vídeo 1
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apresenta, a título de ilustração, o código de negociação para uma opção de
compra de Petrobras com vencimento para o mês de novembro e preço de
exercício igual a R$ 40,00 que é PETRK40.
A letra intermediária indica o mês de vencimento da opção em questão. É
importante ressaltar que é esta letra intermediária que irá fazer a distinção entre
opções de compra e de venda:
A a L – opções de compra
M a X – opções de venda
1.5
Operando Opções
O objetivo básico de quem negocia uma opção é vendê-la por um prêmio maior
do que o prêmio pago, ou alternativamente, obter lucro exercendo a opção. Para
acompanhar isso, o investidor deve entender como a variação no preço do ativoobjeto da opção influencia os prêmios das opções de compra e venda.
2. Precificação
2.1
Classificação das Opções
É possível classificar as opções de três formas distintas de acordo com a relação
entre o preço de exercício da opção e a cotação atual do ativo-objeto. São elas:
- “dentro do dinheiro” (in the money) - A opção é dita “dentro do dinheiro”
quando possui valor intrínseco, isto é, quando valeria exercer a opção se a data
de exercício fosse hoje. Estas opções tendem a valer mais pelo aspecto de
financiamento, ou pelo valor de exercício imediato, do que pelo risco.
- “no dinheiro” (at the money) - A opção “no dinheiro” está no limiar entre
possuir ou não valor intrínseco. São as opções que trazem mais incertezas e,
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portanto, geralmente são as mais negociadas no mercado. O prêmio de risco
nelas é máximo.
- “fora do dinheiro” (out of the money) - A opção é dita “fora do dinheiro” quando
não valeria a pena exercê-la à cotação atual do ativo subjacente se a data de
exercício fosse hoje. Uma opção de compra sobre ações está fora do dinheiro
quando o preço de exercício é maior que a cotação da ação. Neste caso, ela não
possui valor intrínseco, e seu valor espelha apenas a possibilidade da ação vir a
subir antes da data de exercício.
2.2
Valor de uma Opção
Um dos pontos mais importantes e vitais no processo de compreensão do
mercado de opções é entender quais os fatores que afetam os preços das
opções.
A importância de se entender estes conceitos é porque passa a ser possível
esclarecer muitos pontos acerca do comportamento das opções. Pontos como
elucidar o motivo pelo qual nunca é ideal exercer uma opção americana de
compra, sobre uma ação que não distribui dividendo, antes do vencimento ou, a
razão pela qual é interessante antecipar o exercício de uma opção americana de
venda sobre a ação que não distribui dividendo, podem ser esclarecidos a partir
da análise e entendimento destes fatores.
2.2.1
Componentes do Prêmio
As opções, como qualquer outro ativo, têm seus preços determinados pelas
forças de oferta e demanda do mercado. Do ponto de vista teórico, o prêmio de
uma opção depende de dois fatores: o valor intrínseco e o valor tempo.
Valor Intrínseco - É o ganho financeiro que seria apurado se a opção fosse
exercida imediatamente.
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Valor Tempo - Expressa a remuneração pela chance de que o valor intrínseco
suba entre o presente e a data de vencimento da opção.
2.2.2
Parâmetros de cálculo do preço de uma opção
Existem cinco fatores muito importantes que afetam o preço de uma opção. Com
intuito de uma melhor compreensão do assunto, somente iremos considerar
opções cujo ativo-objeto é uma ação.
Os principais fatores são:
Preço da ação (S) - Preço da ação sobre a qual a opção é referenciada.
Preço de exercício (X) - Preço pelo qual o titular da opção pode exercê-la.
Volatilidade (σ
σ) - Mede o grau de incerteza em relação ao nível de preço de
mercado do ativo-objeto.
Tempo (T) - Tempo para o vencimento da opção. Quanto maior o tempo, maior
será prêmio da opção, já que aumentam as possibilidades de que ela seja
exercida.
Taxa de Juros (r) - Quanto maior a taxas de juros, maior será o prêmio de uma
Call e menor será o de uma Put.
2.3.
Efeito dos fatores X Prêmio das Opções
É sabido que os fatores mencionados acima influenciam diretamente no preço de
uma opção, alguns em maior escala do que outros. É possível montar uma tabela
resumindo o efeito causado pelo aumento de cada um deles sobre o prêmio de
opções de compra e de venda de uma ação, conforme apresentado abaixo e no
Vídeo 2.
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Preço da ação sobe
Valor da Call aumenta
Maior preço de exercício
Valor da Call diminui
Maior volatilidade
Valor da Call aumenta
Mais tempo
Valor da Call aumenta
Juros maiores
Valor da Call aumenta
Analisando as informações contidas na tabela, fica clara a importância de se
entender o efeito causado por cada um destes fatores. Como qualquer outro
ativo, uma opção somente gera ganhos quando o investidor a vende por um
preço superior ao que ele pagou.
Continuando a análise da tabela e a título de ilustração, suponhamos que um
investidor esteja comprado numa Call. Caso o preço do ativo-objeto venha a
subir, o prêmio desta opção também irá subir. Por outro lado, ainda no caso de
uma Call, quanto maior for o preço de exercício, menor será seu valor, isso
porque a chance desta opção ser exercida é reduzida. No que diz respeito à
volatilidade do preço do ativo, quanto maior ela for maior será o preço das suas
opções, já que a possibilidade de exercício é maior. A variável tempo influi
positivamente nas opções americanas, mas pode influenciar positivamente ou
negativamente uma opção européia. No caso de opções “fora do dinheiro”, isso
implicará numa maior probabilidade de não ocorrer o exercício e, portanto,
menor valor da opção.
2.4.
Volatilidade
Os mercados de opções jogam com a incerteza em relação ao nível de preço de
mercado do ativo-objeto para uma determinada data no futuro. Esta incerteza é
medida pelo grau de volatilidade do preço do ativo subjacente.
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A volatilidade é uma das principais variáveis num modelo de avaliação de
derivativos. Quanto maior a expectativa de grandes movimentos no preço do
ativo-objeto, maior a probabilidade de que a opção seja exercida obtendo-se um
ganho e, portanto, maior será o prêmio pago por esta opção.
A volatilidade pode ser:
- Histórica
- Implícita
Enquanto a volatilidade Histórica é medida pelo desvio padrão dos movimentos
no preço do ativo-objeto - expressa em percentual e calculada, de preferência,
para períodos pequenos e bem recentes (quase sempre diários) - o cálculo da
volatilidade implícita toma como base o prêmio da opção mais líquida do mercado
(At the money). A partir destas informações, é possível obter o nível de
volatilidade implícita que carrega o preço de mercado da opção objeto de estudo.
Em outras palavras, a volatilidade implícita é o desvio padrão que torna o preço
da opção obtido pelo modelo Black&Scholes igual ao prêmio da opção negociada
pelo mercado. A volatilidade implícita pode ser então, comparada à que o
investidor considera apropriada, e esta comparação é usada como guia para a
negociação da opção.
Infelizmente, em muitas das vezes, devido à falta de liquidez das opções, o uso
da volatilidade implícita não é adequado, optando-se assim pela utilização da
volatilidade histórica.
3.
Estratégias
O mercado de opções é dotado de grande flexibilidade, permitindo um número
muito grande de estratégias operacionais que dão aos investidores diversas
alternativas, tanto especulativas quanto de proteção. As estratégias com opções
podem ser divididas em dois grupos: estratégias direcionais e estratégias não
direcionais.
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3.1
Estratégias direcionais
As estratégias direcionais são operações onde a direção do movimento do preço
do ativo-objeto é determinística
determinístic no seu resultado final. Mostramos abaixo
algumas estratégias que se enquadram nessa classificação.
3.1.1 Trava de Alta
A Trava de Alta é uma estratégia que se beneficia com a alta do ativo. Ela
consiste na compra de opções de Strike K1 e na venda, na mesma quantidade,
de opções de Strike K2, onde necessariamente K2 é maior que K1.
A compra de uma Call configura uma operação de ganho teoricamente ilimitado e
custo limitado no valor do prêmio pago. Ao realizarmos em conjunto a venda de
1 opção com Strike
trike superior estamos travando o potencial de ganho, porém, em
contrapartida, o custo
to total da operação fica menor devido ao prêmio
prêmi recebido
pela venda. Outro ponto importante é que trazemos o ponto de equilíbrio da
estratégia para um valor inferior, fazendo com que a Trava de Alta tenha valor
esperado superior a uma simples compra de Call.
Exemplo:
Assumindo o ativo-objeto
objeto XXXX cotado
co
a R$ 10,00, uma trava de alta com
opções desse ativo poderia ser configurada pela compra de uma opção de Strike
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10 por R$ 1,50 em conjunto com a venda de uma opção de Strike 12 por R$0,50.
Com o ativo-objeto acima de 12 reais no vencimento das opções, ambas são
exercidas e o resultado da estrutura é igual a um lucro de R$ 1,00 por opção.
Com o preço do ativo-objeto entre R$ 10,00 e R$ 12,00, apenas a opção de
menor Strike é exercida e o resultado da operação será igual à diferença entre o
preço do ativo-objeto e o Strike desta, menos o custo de montagem da estrutura
(R$ 1,00). Com o ativo abaixo de 10 reais no vencimento das opções nenhuma
delas será exercida e o resultado da operação é igual a um prejuízo limitado ao
custo de montagem da estratégia (R$ 1,00).
3.1.2 Trava de Baixa
Ao contrario da Trava de Alta, a Trava de Baixa é uma estratégia em que
esperamos um cenário de baixa do ativo-objeto. Ela consiste na venda de opções
de Strike K1 e na compra, na mesma quantidade, de opções de Strike K2, onde
necessariamente K2 é maior que K1.
Note que a venda descoberta de uma Call configura uma operação de perda,
teoricamente, ilimitada e ganho potencial limitado ao prêmio recebido pela
venda, mostrando-se uma operação extremamente arriscada. Ao realizarmos a
compra de 1 opção com Strike superior estamos travando a perda potencial
exatamente no valor deste Strike, fazendo com que o risco máximo da estrutura
seja conhecido logo na entrada da operação. Neste caso, o ganho máximo passa
a ser o valor recebido pela venda da opção de Strike inferior menos o valor pago
na compra da opção de Strike superior, responsável pela trava da operação.
Exemplo:
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Assumindo o ativo-objeto
objeto XXXX cotado a R$ 10,00, uma possível Trava de baixa
poderia ser configurada
ada pela venda de uma opção de Strike
Strike 10 por R$1,50 em
conjunto
junto com a compra de opção de Strike
S
12 por R$ 0,50.
Com o ativo-objeto
objeto abaixo de 10 reais no vencimento das opções, nenhuma
delas será exercida e o resultado da operação será igual ao saldo recebido em
sua montagem, representado pela diferença entre o prêmio caro,
caro recebido pela
venda da opção de menor Strike,
S
e o prêmio barato, pago pela compra da opção
de maior Strike.
trike. Com o preço do ativo-objeto
objeto situado entre os dois Strikes
operados na data de vencimento dos
s contratos, apenas a opção de Strike
S
10 será
exercida. Neste caso, o resultado da operação será igual à diferença entre o
menor Strike
trike (10) e o preço à vista do ativo-objeto
ativo
mais
is o saldo recebido na
montagem da operação. Com o ativo acima de 12 reais na data de vencimento
das opções, ambas serão exercidas e o resultado da operação será igual a um
prejuízo de R$ 1,00.
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3.1.3
Borboleta de Alta
A Borboleta de Alta é, conceitualmente,
conceitualmente uma estratégia direcional, uma vez que a
direção do ativo-objeto
objeto interfere diretamente no resultado final da operação.
Porém, diferente da Trava de Alta e da Trava de Baixa, onde esperamos um
cenário de alta ou baixa do ativo, a borboleta tem seu valor máximo de ganho
em um único valor do ativo-objeto.
ativo
Uma Borboleta de Alta é configurada pela compra de 1 opção de Strike K1 em
conjunto com a venda de 2 opções de Strike K2 e a compra de 1 opção de Strike
K3, onde necessariamente K3>K2 > K1, sendo as diferenças
difere
entre eles
simétricas.
Strike do centro, o valor de ganho máximo
É exatamente em K2, sendo este o Strike
nessa estrutura.
Exemplo:
Assumindo o ativo-objeto
objeto XXXX a R$ 10,00, podemos montar uma Borboleta de
Alta comprando uma opção de Strike
S
10 por R$ 1,50, vendendo duas opções de
Strike
trike 12 por R$ 0,50 e comprando uma opção de Strike
trike 14 por R$ 0,10.
Com o ativo-objeto
objeto abaixo de R$ 10,00 no dia do vencimento das opções,
nenhuma delas será exercida e o resultado da operação será igual ao custo de
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montagem da estrutura (R$ 0,60). Com o ativo-objeto entre R$ 10,00 e R$
12,00 na data de vencimento, apenas a opção de Strike 10 será exercida. Nesse
cenário, o resultado da operação será igual à diferença entre o preço à vista do
ativo-objeto e o Strike da opção exercida, menos o custo de montagem da
operação. Com o ativo-objeto cotado a R$ 12,00 no vencimento das opções,
novamente só a opção de Strike 10 será exercida. O investidor compra o ativo
por R$ 10,00, o vende a mercado e obtém como resultado um lucro de R$ 1,40.
Com o preço do ativo-objeto situado entre R$ 12,00 e R$ 14,00 no vencimento
das opções, as opções de Strike 10 e 12 serão exercidas. O resultado da
operação será igual à diferença entre o preço do ativo à vista e o menor Strike
menos o dobro da diferença entre o preço à vista e o Strike intermediário, menos
o custo de montagem da estratégia. Com o ativo-objeto situado acima do maior
Strike na data de vencimento das opções, todas serão exercidas. Devido à
simetria entre os Strikes operados (12-10=14-12) não haverá entrada nem saída
de caixa. Neste caso, o resultado da operação será um prejuízo exatamente igual
ao custo de sua montagem (R$0,60).
3.1.4
Borboleta de Baixa
Utilizando-se do mesmo conceito anterior, ao invertermos os sinais da operação
montamos uma Borboleta de Baixa. Neste caso, ficamos vendidos em 1 opção de
Strike K1, comprados em 2 opções de Strike K2 e vendidos em 1 opção de Strike
K3, onde K3>K2 > K1, sendo as diferenças entre eles simétricas. Ao contrário da
Borboleta de Alta, nesta estratégia o investidor obterá ganho se o ativo-objeto
estiver situado fora de um determinado intervalo de preço na data de vencimento
das opções. O ganho máximo que pode ser obtido nessa estrutura é igual ao
saldo recebido em sua montagem e a perda máxima que pode ser enfrentada é
igual a este último valor menos a diferença entre o Strike inferior e o Strike
intermediário.
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3.1.5
Financiamento
O Financiamento, também conhecido como venda coberta de opções, é uma
estratégia largamente utilizada no mercado. Basicamente consiste em vender
uma opção para cada ativo que se tenha na carteira.
Conceitualmente, o financiamento é uma estratégia que objetiva a proteção da
carteira de ações, mais especificamente do ativo em que estamos fazendo o
financiamento. Contudo, se houver exercício da opção, a taxa de remuneração
será constante e, na maioria das vezes, substancialmente superior às taxas
praticadas no mercado de renda fixa. Se não houver exercício, o cliente
permanece com as ações em carteira e embolsa o prêmio recebido pela venda
das opções.
Existem duas formas de fazermos o financiamento.
Na primeira, busca-se proteger o ativo contra oscilações no mercado à vista,
porém a intenção inicial não é a de se desfazer da ação. Para isso vende-se
opções com Strike superior ao preço do ativo no momento, ou seja, monta-se um
financiamento com uma opção fora do dinheiro.
Caso a opção não seja exercida, o prêmio recebido na venda representa um
percentual de proteção contra uma desvalorização do ativo. Caso o ativo supere
o valor do Strike da opção vendida no dia do exercício, o investidor receberá
100% da valorização até esse Strike, mais o prêmio recebido pela venda da
opção.
É importante ressaltar que quanto mais fora do dinheiro, menor a chance de
exercício, porém, também é menor o premio recebido e, por consequência, o
percentual de proteção.
Podemos também efetuar o financiamento utilizando opções dentro do dinheiro,
ou seja, com Strike inferior ao preço do ativo no momento da entrada na
operação. Neste tipo de financiamento, o investidor deseja ser exercido e obter
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uma taxa fixa de remuneração. Como visto anteriormente, uma opção de compra
dentro do dinheiro normalmente vale mais do que a diferença entre seu Strike e
o preço à vista do ativo-objeto. Esse valor residual é chamado de valor
extrínseco ou valor do tempo e é o que o investidor ganha em um financiamento
com opções dentro do dinheiro. Na maioria das vezes as taxas obtidas com esse
tipo de operação são substancialmente superiores às praticadas no mercado.
3.2
Estratégias não direcionais
Estratégias não direcionais são aquelas em que a direção do movimento do preço
do ativo-objeto não influencia o resultado da operação. Antes de começarmos a
falar
sobre
esse
tipo
de
estratégia
devemos
esclarecer
alguns
pontos
fundamentais para a melhor compreensão do assunto.
3.2.1 Black & Scholes
O modelo de Black & Scholes consiste em um conjunto de equações que visam o
cálculo do prêmio justo das opções. Lançando mão de algumas variáveis, as
equações do modelo dão ao investidor o prêmio justo de determinada opção para
um determinado cenário. Abaixo mostramos as variáveis que devem ser
imputadas no modelo para o cálculo do prêmio justo.
- O Preço do ativo-objeto
- Preço de exercício
- Volatilidade do ativo-objeto
- Taxa de juros
- Dias para o vencimento
- Dividendos esperados
- Modalidade da opção (Call/Put)
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Além do prêmio justo da opção, o modelo também nos informa como este se
comporta quando uma das variáveis que o influenciam é alterada enquanto as
outras são mantidas constantes. Essas informações são obtidas através das
chamadas letras gregas.
Em uma análise mais técnica, as gregas representam as derivadas da função de
precificação em relação a cada uma de suas variáveis, fornecendo ao investidor
as taxas de variação. Elas são:
•
Delta – É a primeira derivada do prêmio da opção em relação ao preço do ativoobjeto. Mede a variação do prêmio para cada variação de R$ 1,00 no preço do
ativo-objeto.
•
Gamma – É a segunda derivada do prêmio da opção em relação ao preço do
ativo-objeto. Mede a variação do delta para cada variação de R$ 1,00 no preço do
ativo-objeto.
•
Theta– É a primeira derivada do prêmio da opção em relação ao tempo. Mede o
decaimento do prêmio para cada variação de um dia até a data de vencimento.
•
Vega - É a primeira derivada do prêmio da opção em relação a volatilidade. Mede
a variação do prêmio para cada variação de 1% na volatilidade do ativo-objeto.
•
Rho - É a primeira derivada do prêmio da opção em relação à taxa de juros. Mede
a variação do prêmio da opção para cada variação de 1% na taxa de juros.
Como dito antes, em uma operação não direcional com opções a direção do movimento
no preço do ativo-objeto não pode impactar no resultado da estratégia. Para tanto, o
investidor deve montar um portfólio que possua o delta igual a zero. Para alcançar esse
objetivo, o investidor deve realizar uma operação chamada Delta Hedge, tomando
posição contrária no ativo-objeto a que se está no mercado de opções. Por exemplo, se
estiver comprado em 10.000 opções de compra com delta igual a 0,50, para efetuar um
Delta Hedge deverá vender 5.000 ativos-objetos. Observe que se o preço do ativo subir
R$1,00, o investidor estará ganhando R$ 5.000,00 na posição comprada em opções
(delta = 0,50) e perdendo R$ 5.000,00 na posição vendida em ativos-objetos (delta =
1). Analogamente, se o preço do ativo-objeto cair R$ 1,00, o investidor perderá R$
5.000,00 na posição em opções e ganhará R$ 5.000,00 na posição vendida em ativos18
“Esse texto foi desenvolvido pela Bradesco Corretora e não constitui uma recomendação de investimento. Para maiores esclarecimentos,
sugerimos entrar em contato com o setor de atendimento da Agora.
É expressamente proibida a reprodução de parte ou da totalidade de seu conteúdo, mediante qualquer forma ou meio, sem prévia e formal
autorização, nos termos da Lei 9.610/98."
Apostila de Opções
objetos. Observe que, ao montarmos uma estrutura Delta Hedge, alterações no preço do
ativo-objeto passam a não mais impactar a carteira como um todo.
Como vimos anteriormente, o delta da opção não é constante. Seu valor se altera com
alterações no preço do ativo-objeto em uma proporção dada pela letra grega Gamma.
Por esse motivo, o Delta Hedge é uma estrutura dinâmica, já que deve ser modificada de
acordo com oscilações no delta da opção operada.
3.2.2 Trades de volatilidade
Uma operação de volatilidade é essencialmente uma estratégia não direcional.
•
Uma posição comprada em volatilidade é aquela em que o aumento da
volatilidade implícita da opção proporciona lucro na operação.
•
Uma posição vendida em volatilidade é aquela em que uma diminuição na
volatilidade implícita da opção proporciona lucro na operação.
Para montarmos uma posição comprada em volatilidade, devemos comprar
opções e vender ações no mercado à vista na proporção delta. Para vendermos
volatilidade, devemos vender opções e comprar ações no mercado à vista na
proporção delta. Como visto anteriormente, o impacto no preço justo da opção
causado por uma alteração na volatilidade do ativo-objeto é dado pela letra
grega Vega. As opções com maiores Vegas são aquelas que possuem preço de
exercício próximo ao preço à vista do ativo-objeto.
Exemplo:
Considere que, em determinado momento, esperássemos um aumento na
volatilidade do ativo XXXX. Assumindo que esse papel estivesse cotado a R$
10,00 e uma opção desse ativo com Strike 10, delta igual 0,50 e Vega igual a
0,021 estivesse cotada a R$ 1,50, poderíamos tomar uma posição comprada em
volatilidade comprando 10.000 opções e vendendo 5.000 ativos XXXX.
Como pode ser observada, a estrutura montada possui delta nulo, ou seja, está
imune a variações no preço do ativo-objeto.
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“Esse texto foi desenvolvido pela Bradesco Corretora e não constitui uma recomendação de investimento. Para maiores esclarecimentos,
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Apostila de Opções
Observe agora o que acontece com nosso portfólio quando a volatilidade do
ativo-objeto se altera. Com um aumento de 1% na volatilidade do ativo XXXX, a
posição vendida neste não é afetada, porém, o prêmio da opção comprada
aumenta R$ 0,02 o que nos faz ganhar R$ 200,00 em nossa posição comprada
em opções. Com uma diminuição de 1% na volatilidade do ativo-objeto, a
posição vendida neste não é afetada, porém, perdemos R$ 200,00 em nossa
posição comprada em opções.
A venda de volatilidade não será aqui abordada por ser análoga à operação
explicada acima.
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