curso e colégio alfa
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CURSO E COLÉGIO ALFA REDAÇÃO – PROFESSORA FRANCIELE FALAVIGNA um dos caras que mais bebeu arrota e diz "não aguento mais cerveja", logo emendando com "é, vou pegar mais uma". Todos em volta riem. Um diz, em tom alegre, que nunca viu alguém beber tanto quanto ele. A namorada concorda um tanto indignada, mas prossegue narrando feitos de resistência etilíca do namorado. Ele escuta em silêncio, com expressão de contentamento, enquanto saboreia mais um gole. [...] MATERIAL 9 EXTENSIVO E TERCEIRÃO Aluno (a): _______________ CARTA DO LEITOR Após ler o texto, redija uma carta ao Editor da Revista Veja na qual manifeste sua opinião sobre a situação a qual vive a mulher atual, concordando ou discordando do que expõe Maureen Dowd. Use até 15 linhas, assine como LEITOR. Umuarama- PR, 6 de março de 2015. Senhor Editor da Revista Veja, Li a entrevista com Maureen Dowd recentemente publicada a respeito da posição da mulher contemporânea e tenho que lhe dizer que me incomodou a forma como a autora descreve a mulher atual. Escrevo-lhe porque discordo da visão machista que ela tem de tal situação. Dowd afirma que a mulher tem agido contraditoriamente com os ideais iniciais de liberdade no mercado de trabalho e que tende ao “Botox”. É um absurdo uma pesquisadora afirmar tal situação sem fazer uma análise do que cerca a mulher moderna. Sou psicólogo e vejo o quanto elas têm sofrido. São cobranças de todos os lados: têm que ser mães, esposas, melhores profissionais e ainda devem ser bonitas, ter um corpo esbelto. Como não entrar em crise? Vejo, prezado editor, em meu consultório, semanalmente mulheres doentes, depressivas, reféns de suas próprias escolhas e da determinação de um modelo “mulher maravilha” imposto socialmente. Sendo assim, que me desculpe Maureen Dowd, mas a mulher não mudou seu modo de agir por vontade própria, só está sucumbindo à força que tem a sociedade. Sugiro uma matéria ampla sobre os problemas decorrentes das conquistas da mulher, especialmente os danos psicológicos. Respeitosamente, Leitor. TEMA DA SEMANA: Alcoolismo entre jovens TEXTO 1 O que a morte de um jovem de 23 anos numa festa tem a nos dizer sobre como nos educamos a beber Guilherme Nascimento Valadares Há alguns anos estava de férias com amigos numa praia fazendo churrasco na casa que alugamos. Começamos na hora do almoço. Próximo da meia-noite Entre homens surge esse orgulho bastante específico ao se tornar capaz de ingerir quantidades obscenas de álcool. Não sabemos quais os maiores medos de nossos amigos, mas com absoluta certeza sabemos quem é o mais resistente da turma, quem mais vomita, quem chora, quem fica agressivo, quem pega todas, quem mente, quem conta piadas ruins e quem brocha quando bebe. Essa obsessão começa cedo. Em uma cultura na qual vivemos domesticados em cadeiras de escola, cubículos da empresa, salas de cinema, salas de teatro, cadeiras de restaurantes, assentos de avião, pacotes turísticos e sofás, o álcool parece ser o elixir da felicidade. O primeiro gole é um momento quase ritual entre adolescentes. Talvez venha do próprio pai, que vai dar risada da careta do filho inexperiente. O filho não precisa receber instruções, ele apenas observa que beber é coisa importante para os adultos. Se faz para relaxar ao final de um dia cansativo, para contar piadas no almoço de domingo com a família, em festas quando se quer paquerar. Ficar desinibido, mais agressivo, eufórico e reativo parece ser um colateral positivo, uma expressão de virilidade. O recado vem claro: beber é bom. É coisa de homem. Os primeiros porres quase sempre chegam antes dos dezoito. As namoradas reclamam dos namorados beberrões, mas muitas vezes rejeitam e fazem piadas com os que não bebem, chamados de "frescos". Escutar que você "bebe como uma moça" é ofensa grave. "Não guenta, bebe leite!" é a provocação que todo homem escuta centenas de vezes ao longo de sua vida. Afinal, "se bebe pra ficar ruim, se fosse pra ficar bom tomava remédio". Batemos palma e repetimos as histórias de porres, nossas e dos amigos, incontáveis vezes. Ser um homem adulto e não beber soa quase impossível. Ser um homem adulto e não beber até seu limite é coisa de "fraco". Essa realidade silenciosa aceita por todos contrasta com as mais de 50 mil mortes anuais relacionadas a acidentes de carro com álcool. Sabe onde morria gente na mesma velocidade? Na Guerra do Vietnam. Mas chuto que ler isso não vai mudar uma gota do quanto você vai beber na próxima ida ao bar. Não aguentamos mais lidar com tanta pressão e culpa em nosso dia-a-dia, não à toa bebemos como retardados sempre que surge a chance, Alfa Curso e Colégio CURSO E COLÉGIO ALFA REDAÇÃO – PROFESSORA FRANCIELE FALAVIGNA queremos esquecer do mundo. Campanhas baseadas na culpa, sozinhas, não vão funcionar. trinta-doses-de-vodca> Francamente, beba o quanto quiser. Não creio que o ponto é condenarmos o ato. O ponto é tornarmos nossa relação com a bebida mais lúcida e menos autodestrutiva. É parar de glorificar a bebedeira sem limites. É sair de táxi quando for beber. É não fazer piada com os amigos que bebem pouco ou nada. É conversar abertamente sobre o quão dependentes nos tornarmos de latinhas e copos com gelo numa sexta à noite. PROPOSTA 25 Eu demorei quase quinze anos para me permitir comprar garrafas d'água entre drinks e cervejas em festas. Por medo de ser percebido, e me perceber, como menos homem. Óbvio que não racionalizava isso, apenas pensava "ah, não preciso de água, aguento um pouco mais de boa". Na real eu nem pensava, só seguia o hábito de beber como sempre bebi. Era parte de minha formação alcoólica. E talvez faça parte da sua também. *ENEM: OBRIGATORIAMENTE DEVE INTERVENÇÃO SOCIAL PARA A QUESTÃO Eu gosto de álcool. Ontem saí e tomei mojitos, caipirinha e cerveja. Comprei chocolate e água pra cortar um pouco do efeito. Dei risada pensando em como estou bem menos resistente agora que tenho bebido com menos frequência e intensidade. Soa bobo, mas para mim não é. Me reeducar alcoolicamente tem sido um dos processos mais lentos e penosos de toda minha vida. Primeiro porque meus hábitos estão arraigados de um modo que apenas se dar conta deles demora, e muito. Segundo, porque como não tenho uma doença ou problema sério de comportamento relacionado ao álcool, sempre parecia pouco importante mudar essa relação. - UEL/UFPR: 12 linhas (* sem local e data nem assinatura) E o terceiro motivo que dificulta mudar a minha (e a nossa) relação com o álcool é a falta de amigos próximos engajados em processo similar. Chega a ser vergonhoso como homens crescidos e supostamente independentes dependem de validação externa para mudar. Se dizem durões, mas por dentro da casca, têm pânico de ter a virilidade em xeque. O estudante universitário que morreu após trinta doses de vodca numa festa em Bauru, numa competição na qual se ingeria um shot de vodca a cada minuto, é só um trágico sintoma dessa cultura. Não pare de beber, apenas tenha a coragem de transformar sua relação com a bebida Fonte: <http://www.papodehomem.com.br/precisamosconversar-sobre-o-estudante-que-morreu-apos-beber- Redija, a partir da leitura do texto de apoio e de seus conhecimentos de mundo, um texto dissertativo – argumentativo em que se posicione sobre a seguinte temática A RELAÇÃO ENTRE O JOVEM E A BEBIDA ALCOÓLICA. Coloque um título em seu texto. - 20 a 30 linhas (ENEM/ ACAFE/ FUVEST/ UNICESUMAR/FAG) - 17 linhas (UEPG) // 15 a 20 linhas (PUC) APONTAR UMA PROPOSTA 26 Como leitor, após ler o texto publicado no site Papo de Homem, redija uma carta a Guilherme Nascimento Valadares, autor do texto, na qual manifeste sua opinião sobre a abordagem do tema feita pelo autor. Assine com a inicial do seu último nome. - UEM: 15 linhas - UNIOESTE/ UNINGÁ/ UNICESUMAR/ FPP: 20 a 30 linhas PROPOSTA 27 Você é um jovem que já foi dominado pelo álcool, mas conseguiu superar esse momento. A convite do site Papo de Homem, redija um TEXTO INSTRUCIONAL direcionado a jovens que enfrentam tal problema orientando-os a como se livrar do vício por bebidas alcoólicas. Coloque um título em seu texto. Use até 15 linhas. (UEM) PROPOSTA 28 Coloque-se no lugar de um pai cujo filho de 16 anos entrou em coma alcoólico durante uma festa de 15 anos de uma colega de escola. Redija uma carta ao organizador da festa, ANTONIO MARQUES, reclamando do fato de bebidas alcoólicas terem sido oferecidas sem restrições no evento. Assine como PAI INDIGNADO. - UEL/UFPR: 12 linhas - UEM: 15 linhas // - UEPG: 17 linhas - UNINGÁ/ UNICESUMAR/ FPP: 20 a 30 linhas Alfa Curso e Colégio