nº 51 - Julho a Setembro

Transcrição

nº 51 - Julho a Setembro
INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . No 51 . OUTUBRO DE 2014
Parque Ambiental
Tractebel completa um ano
Resultados
do 3º TRI
Sucesso de
reassentados da
UHE São Salvador
Novos projetos
eólicos
Investimentos
da GDF SUEZ
em gás
SUMÁRIO
12
16
27
03
04
06
11
12
2
MENSAGEM DO PRESIDENTE
03.
Confiança na recuperação
360º
04.
Parque Teixeira Soares
04.
Projeto Usina na Escola
05.
Outubro Rosa
05.
Encontros Tractebel
SUSTENTABILIDADE
06.
Em um ano, 100 mil visitantes
10.
Mais um Centro de Cultura a caminho
EMPRESA
11.
Rankings diversos
18
22
27
USINA
12.
A energia que emana do vento
14.
Termelétrica Ferrari com obras avançadas
15.
Modernização da Hidrelétrica
Passo Fundo avança
16.
Entra em operação comercial Usina Cidade Azul
Tractebel Energia
31
ENTREVISTA
18.
Professor Ricardo Rüther - Um espacialista
em energia solar
MEIO AMBIENTE
22.
Cuidando do Rio Bonito
24.
Associações e cursos beneficiam
famílias autorreassentadas
26.
Resíduo vira renda
GDF SUEZ
27.
Terminal de GNL nos Estados Unidos
28.
Gasoduto no México
29.
GDF SUEZ apresenta expertise
internacional na Rio Oil & Gas
ALTA VOLTAGEM
31.
Tractebel Energia melhora resultado no 3T14
MENSAGEM DO PRESIDENTE
Confiança
na recuperação
A Tractebel Energia possui uma matriz energética semelhante à do
Brasil, com aproximadamente 80% de sua geração obtida a partir de
aproveitamentos hidrelétricos. É uma excelente fonte de energia, limpa
e renovável. Mas no caso de um longo período de estiagem, como
verificado nos últimos três anos, essa fonte de energia precisa ser
suplementada por outras que não dependam do clima para a geração,
tais como térmicas a gás natural ou a carvão mineral.
Esta é a principal causa das atuais dificuldades por que passa o setor
elétrico. A falta de chuvas nas principais bacias hidrográficas do País
tem exigido a utilização de fontes de geração de energia térmica, mais
caras, e essenciais para garantir o abastecimento neste tipo de situação,
o que efetivamente tem ocorrido. Entretanto, o aumento de custo resultante
do uso intensivo de uma energia mais cara causou importante impacto
financeiro sobre os principais agentes do setor, tais como geradoras
e distribuidoras. Felizmente esta é uma situação transitória que será
resolvida à medida que a chuvas cheguem aos reservatórios das
hidrelétricas situadas na Região Sudeste do Brasil, responsáveis por
expressiva parcela da capacidade de geração hidráulica do País.
Apesar das dificuldades decorrentes deste cenário, temos conseguido
manter certo equilíbrio frente às adversidades que representa, uma vez
que possuímos uma boa capacidade em geração termelétrica e eólica,
e adotamos como prática de gestão de nosso portfólio a manutenção
de uma reserva de energia não contratada, de modo a minimizar as
perdas econômicas que ocorrem quando a produção hidrelétrica é
reduzida drasticamente, como tem acontecido neste ano.
Esta estratégia nos possibilitou recuperar no terceiro trimestre, ainda
que parcialmente, os resultados dos primeiro e segundo trimestres do
ano. Também nos cria uma expectativa positiva para o quarto trimestre,
com uma possível melhoria das condições hidrológicas, o que deve nos
Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia
levar a fechar o ano mais próximo dos resultados que estabelecemos
em nosso planejamento para 2014.
concretizados – nos permitirão aumentar nossa oferta futura de energia.
Aprendemos com as adversidades e acreditamos no potencial de
São projetos como a Usina Termelétrica Pampa, de 340 MW, no Rio
crescimento do Brasil. Por isso, estamos investindo em novas fontes
Grande do Sul, e o Complexo Eólico Campo Largo, de 326,7 MW, na
de energia elétrica, fortalecendo em nosso portfólio a capacidade
Bahia. Além desses projetos, estamos nos credenciando a investir com
de geração eólica e térmica, de forma a melhor atender a crescente
maior vigor em energia solar e em geração a partir de biomassa. Todas
demanda por energia elétrica, mesmo em situações de estiagem.
estas ações devem manter a Tractebel Energia como a maior geradora
Por essa razão, desenvolvemos projetos ambiciosos que – uma vez
privada de energia elétrica do Brasil.
BoasNovas
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360o
Parque Teixeira Soares
A implantação do Parque Natural Mata do Rio Uruguai Teixeira Soares,
Eduardo Silva
no município de Marcelino Ramos (RS), pela Tractebel Energia, está
na reta final e deve ser concluído no início de 2015. Com 429 hectares,
o Parque faz parte da compensação ambiental da Usina Hidrelétrica
Itá e tem importância para a proteção de um ecossistema bastante
ameaçado: a Floresta do Rio Uruguai.
De forma organizada e controlada, o Parque vai permitir estudos
para fins científicos, de educação ambiental, turismo e lazer.
O Centro de Visitantes, por exemplo, está quase pronto, com
a cobertura metálica já instalada. “A praticidade e a rapidez
da montagem das estruturas chamou muito a atenção, já que
Sede do parque recebe estrutura metálica que permitirá aproveitamento da água da chuva
assumiram a forma de pirâmides invertidas, o que vai possibilitar
a captação da água da chuva e também a iluminação natural dos
espaços do Centro”, diz José Lourival Magri, gerente de Meio
Ambiente da Tractebel Energia.
Outro espaço com obras avançadas é a Trilha da Passarela, cuja
ponte de 45 metros de extensão e junto às copas das árvores está
pronta. Durante essa travessia, será possível ao visitante apreciar as
belezas das árvores, de um paredão rochoso com um curso d’água
temporário e admirar um vale. A ideia da Tractebel Energia, além de
conservar, é valorizar essa floresta.
Evandro Carbonera
A trilha da passarela está pronta e deverá ser um dos pontos turísticos principais do parque
Projeto Usina na Escola
Argus Vasco
Alunos do Ensino Fundamental de Charqueadas (RS) participam, desde
julho, do projeto Usina nas Escolas, que trabalha de forma lúdica e
diferenciada as diferentes fontes de geração de energia. Segundo o
palestrante e coordenador do Núcleo Administrativo da Usina Termelétrica
Charqueadas, Jair Luiz Marcílio, já participaram do projeto mais de 700
alunos e cerca de 150 pais e professores. “É muito bom sentir a curiosidade
e o interesse demonstrado pelas crianças. Além da geração de energia
abordamos outros temas, como o futuro dos jovens, saúde, segurança,
drogas e respeito”, observa Jair. O projeto tem a parceria do Consepro
(Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública), Câmara de Vereadores,
Brigada Militar, Delegacia de Polícia, entre outros.
Palestras vão além da geração de energia e abordam cidadania e vida em sociedade
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Tractebel Energia
360o
Outubro Rosa
Murilo Wolff
A Tractebel Energia apoiou a campanha de conscientização sobre
o câncer de mama “Outubro Rosa” mantendo, durante todo o mês,
sua logomarca e a fachada da Sede iluminadas em tom de rosa.
A localização privilegiada do prédio, na Avenida Beira-mar Norte,
em Florianópolis, permitiu que a adesão da Companhia fosse vista
de diferentes pontos da Ilha de Santa Catarina. “Essa foi uma forma
de apoiarmos a necessidade de chamar atenção para a prevenção
do câncer de mama”, comenta o diretor administrativo da Tractebel,
Luciano Andriani. O coral de empregados da Companhia também aderiu,
com uma apresentação na Catedral Metropolitana de Florianópolis.
Coral da Tractebel Energia e outros corais de Florianópolis fizeram apresentação na
abertura do Outubro Rosa.
Encontros Tractebel
Valdir Amorim de Oliveira
No dia 18 de setembro, a Tractebel Energia reuniu,
no Hotel Unique, em São Paulo, seus clientes
para discutir com especialistas os rumos da
economia e da política do País, no programa
Encontros Tractebel 2014. Mediado pelo jornalista
Salomão Schvartzmon, participaram do debate
o mestre e doutor em Ciências Políticas, José
Luciano de Mattos Dias, e o economista
Gustavo Loyola. Estiveram presentes cerca
de 100 clientes e potenciais clientes, além dos
diretores da Tractebel Energia, Edson Luiz da
Silva e Marco Antonio Amaral Sureck, e o
gerente comercial, Gabriel Mann dos Santos.
Os rumos da economia brasileira foram debatidos no encontro em São Paulo
BoasNovas
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SUSTENTABILIDADE
Em um ano, 100 mil visitantes
Parque Ambiental Tractebel se torna referência em lazer e cultura gerando benefícios
sociais para região sul de Santa Catarina
Quase 100 mil pessoas passaram durante um ano pelo Parque
“Nossa Política de Gestão Sustentável estabelece que a Companhia
Ambiental Tractebel, em Capivari de Baixo, no Sul de Santa Catarina,
busque a melhoria da qualidade de vida e da inclusão social,
localizado ao lado do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. Lá as
valorizando a cultura das regiões onde atua”, explica o diretor
pessoas desfrutaram de diversificadas atividades, desde uma simples
Administrativo da Tractebel, Luciano Andriani. O Parque Ambiental
caminhada, passando por congressos, feiras, shows e teatros, até
é uma dessas políticas sociais, já que gera benefícios às pessoas.
ações educativas, piqueniques e exposições.
“Ali pode-se caminhar com a família, andar de bicicleta, assistir a
Ocupando 35 hectares anteriormente utilizados como depósito
uma peça de teatro, a um show e também fazer um piquenique”,
de carvão, o local é administrado pela Associação Jorge Lacerda,
diz Andriani. Mas o espaço, principalmente o Centro de Cultura e
composta por representantes da Tractebel Energia, ASES
Sustentabilidade, também está sendo utilizado por promotores
(Associação dos Empregados), Unisul (Universidade do Sul de Santa
de eventos, que têm levado bons projetos e espetáculos; e por
Catarina), Fucap (Faculdade de Capivari) e Amurel (Associação dos
professores e colaboradores para capacitação profissional.
Municípios da Região de Laguna).
Luana Faustino de Freitas
Caminhar entre as árvores virou rotina para quem é da região
Luana Faustino de Freitas
Parque Ambiental recebeu diferentes eventos
Luana Faustino de Freitas
Luana Faustino de Freitas
População conta com local aprazível para realizar piqueniques em família
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Tractebel Energia
Educação ambiental de crianças é uma das práticas mais comuns no parque
SUSTENTABILIDADE
MAIS DE 70 EVENTOS EM 365 DIAS
Elke Schuc
Neste primeiro ano de atividades foram mais de 70 eventos, artísticos
na maioria. “Oferecemos à comunidade da região atividades culturais,
recreativas e educativas, como a Exposição de Willy Zumblick; shows,
como o Pife na Manga; a Mostra de Cinema Infantil e palestras sobre
energia solar e eólica”, diz o presidente da Associação Jorge Lacerda,
Marcelo Delpizzo Caneschi.
O local é usado, principalmente nos finais de semana, para piqueniques,
pedaladas, encontro de amigos e familiares. A peça de teatro As
Árvores que Falam e o espetáculo Caxambu, da Aldeia SESC, foram
muito bem recebidos. A Casa do Papai Noel e a Feira de Artesanato
receberam 6,9 mil visitantes em dezembro do ano passado. De 25 a
27 de julho, as comemorações do Dia da Paz, organizadas pela Frente
Integrada de Cultura e Arte e pela Prefeitura de Capivari de Baixo,
também levaram um bom público.
Dançarinos do Bolshoi encantaram o público no Teatro do Parque Ambiental
Em outubro de 2013, 11 mil pessoas compareceram à inauguração do
Para comemorar um ano de atividades, o Parque Ambiental Tractebel
Parque, no show de Chitãozinho e Chororó, até agora o maior público.
ofereceu de 7 de outubro a 1º de novembro, uma série de atrações
“Queremos contribuir com o desenvolvimento sustentável, com a
para a comunidade da região. Apresentações musicais infantis,
inclusão social e digital; gerar emprego e renda, além de reduzir o êxodo
oficinas, filmes, shows e espetáculos, como Ballet Bolshoi e Renato
para os grandes centros urbanos, principalmente entre os jovens”,
Borghetti, fizeram parte da programação.
explica o diretor Administrativo, Luciano Andriani.
“O Parque Ambiental já está consolidado como atração para o lazer, o
entretenimento e a cultura da região. Nosso objetivo maior é manter o
Ballet Bolshoi e Renato Borghetti
foram as atrações de aniversário
interesse da população com um bom programa anual de atividades e
ver crescer ainda mais o número de visitantes”, comenta Paulo Cesar
da Rosa, administrador do parque.
Luana Faustino de Freitas
Luana Faustino de Freitas
Caravanas de turistas que passam pela região agora buscam o Parque Ambiental
como alternativa turística
Luana Faustino de Freitas
Escolas de Tubarão e Capivari de Baixo têm mais acesso à cultura no parque
Teatro é utilizado para levar adiante a mensagem de sustentabilidade
Luana Faustino de Freitas
Parque Ambiental possibilita integração de atividades ao ar livre e espaços criados
para receber os visitantes
BoasNovas
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SUSTENTABILIDADE
A IMPORTÂNCIA DO PARQUE AMBIENTAL
Duda Hamilton
Já vi muita coisa boa nesse um ano, corais daqui da região, música, filme
e nos últimos dias assisti o Renato Borghetti com uns músicos excelentes,
e também a Escola do Ballet Bolshoi. Quando que eu ia pensar em ver tudo
isso aqui em Capivari de Baixo? Fiquei muito orgulhoso também quando
teve a Conferência do Rotary, eram mais de 500 pessoas e tudo saiu perfeito,
o local atendeu todas as expectativas e os colegas elogiaram
o Parque Ambiental.
Edson Souza de Oliveira
Arquivo pessoal
O Parque Ambiental Tractebel é uma ferramenta sociocultural
que vai despertar um processo de inovação nas pessoas.
Não tão só pela grandiosidade mas pelo novo, diferente e
atraente. Ali, resgata-se memórias com espírito criativo e
científico sobre vida e saúde em toda a amplitude de seu
conceito. Participe, divulgue esta joia do sul catarinense.
Assim, você também terá motivos para orgulhar-se.
Prof. Expedito Michels - FUCAP
Adilson Guedert Silveira
Minha maior alegria é ver as famílias, as pessoas frequentando,
elogiando, se exercitando, fazendo piquenique, dando
sugestões positivas e voltando sempre.
Marcelo Delpizzo Caneschi - Presidente da Associação Jorge Lacerda e Coordenador de Utilidades e
Meio Ambiente do Complexo Termelétrico
A criação desse Parque Ambiental foi muito boa para nós, pois
antes não tínhamos um local adequado para caminhadas. Virou um
cartão-postal da cidade e quando recebemos a visita de parentes
de outras cidades os trazemos aqui para conhecer o lugar.
Braz João Gomes, e a esposa Cleusa Costa Gomes
Marcelo Becker
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Tractebel Energia
SUSTENTABILIDADE
O Parque Ambiental cumpre com função importante para o
desenvolvimento local e regional, como meio propagador
edificador de políticas sociais, culturais, e efetiva proteção do
meio ambiente natural, cultural e artificial.
Patrícia Aires Laureano/ UNISUL
Valdezia Pereira - Unisul
Marcelo Becker
Nossa vida mudou muito com o Parque Ambiental da Tractebel.
Quando saíamos para caminhar nas ruas da cidade a preocupação
com o trânsito era grande, em vez de relaxar ficávamos ainda mais
preocupados. Aqui no parque fazemos caminhadas ou passeios
de bicicleta com toda segurança e tranquilidade.
Idelson Mafra e a esposa Maria José Mafra
O que de mais importante aconteceu neste primeiro ano foi a consolidação de uma
programação e também do hábito de visitação. As pessoas já sabem o caminho
do Parque Ambiental, e nos finais de semana virou rotina as famílias estarem lá para
as mais diversas atividades.
Prefeito de Capivari, Moacir Rabelo da Silva
Prefeitura de Capivari de Baixo
Marcelo Becker
Um parque como esse é excelente para nós que moramos aqui
perto. Tem muita opção de lazer. É o lugar ideal para o nosso filho
ou qualquer outra criança brincar.
Marcelo Miguel, a esposa Deise Medeiros e João Vitor
Adilson Guedert Silveira
O Parque Ambiental trouxe uma maior conscientização
à população sobre o meio ambiente e tornou-se um espaço
de cultura e de lazer. Nossa maior alegria é ver as pessoas
sorrindo e se divertindo de forma saudável em nosso parque.
Sezio Saturno Marcos, ASES
BoasNovas
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SUSTENTABILIDADE
Mais um Centro de Cultura
a caminho
Divulgação SEMURB
Até o final do ano, o município de Concórdia (SC) conclui a construção
de seu Centro de Cultura, em uma parceria entre a Tractebel Energia
e a Prefeitura Municipal. A construção, num investimento de
aproximadamente R$ 2 milhões, ficou por conta da Prefeitura, já
a Empresa vai entrar com os custos do mobiliário e equipamentos
internos do Centro, num aporte de cerca de R$ 600 mil com recursos
incentivados por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Este será o quinto Centro de Cultura que conta com o apoio da Empresa
e o terceiro em Santa Catarina. Já funcionam nas cidades de
Entre Rios do Sul (RS), Alto Bela Vista (SC), Quedas do Iguaçu (PR)
e Capivari de Baixo (SC). Para 2015 a previsão é inaugurar mais
Cobertura verde do terraço, onde haverá um pequeno anfiteatro ao ar livre e espaços de
estar para que os visitantes
um, desta vez na cidade de Minaçu (GO), onde está localizada a
Divulgação SEMURB
Usina Hidrelétrica Cana Brava.
O diretor Administrativo, Luciano Andriani, ressalta que são utilizados
vários incentivos fiscais na construção e programação desses Centros
de Cultura e em outros projetos de desenvolvimento das comunidades
locais, como a Lei Rouanet, a Lei do Audiovisual, o Fundo Municipal
da Infância e Adolescência, Fundo Municipal dos Idosos, Pronon e
Pronas. “Também estamos iniciando estudos com a Lei Federal dos
Esportes, em benefício de crianças e adolescentes, desenvolvendo
um modelo sustentável com centros ou quadras poliesportivas nas
cidades onde temos empreendimentos”, adianta o diretor.
A Biblioteca contará com espaço para o acervo e mesas de estudo
CENTRO DE CULTURA DE MINAÇU APROVADO
Divulgação Tractebel
O Centro de Cultura de Minaçu, que está sendo
projetado para a Praça Jovina Seabra Campos,
vai contar com teatro para 300 pessoas, biblioteca,
salão de exposições, salas para música, dança
e pintura; brinquedoteca e um jardim de inverno.
O projeto também contempla as condições de
acessibilidade, com banheiros adaptados e
equipados para portadores de necessidades
especiais, rampas e poltronas especiais.
Centro de Cultura de Minaçu será o primeiro fora da região Sul
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Tractebel Energia
EMPRESA
Prêmios e rankings destacam
gestão da Tractebel
No segundo semestre de 2014, a Tractebel Energia recebeu vários
No ranking 1000 Melhores & Maiores da Revista Exame, a Tractebel
reconhecimentos, entre destaques, rankings e prêmios, como os
aparece como a Companhia de maior valor de mercado do setor
concedidos pelas revistas Exame, Istoé, América Economia, Amanhã, e
elétrico brasileiro; é a oitava Empresa mais produtiva; a oitava maior
pelo jornal Valor Econômico. Projetos como o Parque Ambiental Tractebel,
pagadora de Dividendos; e a 19ª empresa de maior valor de mercado.
no Sul de Santa Catarina, e os Centros de Cultura e Sustentabilidade
A geradora aparece também bem posicionada no ranking 500 Maiores
no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná foram premiados
da América Latina, da revista América Economia. É a 253ª maior
pelas instituições Câmara do Comércio Norte-americana e Câmara
Faturamento (convertido em US$), a 12ª maior Margem Ebtida, a 22º
do Comércio França-Brasil.
maior Retorno sobre Vendas e a 39º maior Retorno sobre Patrimônio.
A Tractebel ficou no topo do ranking da Istoé Dinheiro – Setor Elétrico,
Já o ranking do jornal Valor 1000, coloca a empresa como o
como a melhor empresa nas gestões Sustentabilidade Financeira, Inovação
15º maior Lucro Líquido, a sétima maior rentabilidade no Setor
e Qualidade. Além disso, a Companhia está entre as duas primeiras
de Energia Elétrica brasileiro e a sétima maior Empresa da Região
empresas nas gestões Recursos Humanos e Responsabilidade Social.
Sul, além de ser a quinta maior margem Ebtida no setor elétrico
Na colocação da revista Amanhã, a geradora está entre as 100 maiores
e a 80ª maior empresa do País em Receita Líquida.
empresas de Santa Catarina, sendo a nona colocada e a líder quando
trata-se do maior Lucro Líquido.
PRÊMIOS
A Tractebel Energia foi premiada com o Troféu
Locais com o case Centros de Cultura e Sustentabilidade. Com o mesmo
Transparência, da ANEFAC (Associação Nacional
projeto, a Tractebel é finalista do Prêmio Fundação Coge, na categoria Ações de
dos Executivos de Finanças, Administração e
Responsabilidade Socioambiental.
Contabilidade) como a Empresa Destaque na
Por fim, a Tractebel também recebeu o Selo Distinção Melhores no Brasil - Benchmarking
categoria Faturamento de até R$ 5 bilhões. O
do Capital Humano, da Sextante Brasil, cujo o objetivo é distinguir as empresas que
reconhecimento deu-se por diversos fatores,
apresentam os melhores resultados na Pesquisa Brasileira em Gestão de Pessoas e
entre eles, a qualidade e grau das informações
Negócios para a Sustentabilidade. A cada ano, mais de 100 empresas, representando
contidas nas demonstrações e notas explicativas,
cerca de 30% do PIB nacional, concorrem ao selo. A Tractebel Energia é a única empresa
transparência das informações prestadas e
dentre as participantes que se mantém no ranking de premiação.
qualidade do relatório da administração.
No Prêmio Brasil Ambiental, da Amcham (Câmara
do Comércio Americana), a Tractebel venceu em
duas categorias: Responsabilidade Social, com o
projeto Parque Ambiental Tractebel; e Emissões
Atmosféricas, com o projeto Ações Para Controle
de Redução de Emissões Atmosféricas, que
consiste em um conjunto de ações da Empresa
no Complexo Jorge Lacerda (SC) e na Usina
Termelétrica Charqueadas (RS), que reduziram
a emissão de CO2 das duas plantas.
Promovido pela Câmara do Comércio França-Brasil,
a XIII edição do Prêmio LIF concedeu à Tractebel o
terceiro lugar na categoria Apoio às Comunidades
Jonathan Koiti / ANEFAC
Gerente de Contabilidade da Tractebel (esq), Roberto
Fragoso – Vice-Presidente de Administração da
ANEFAC (centro) e diretor Financeiro e de Relações
com Investidores (dir)
Ana Paula Amorim
Diretor de Produção José Carlos Cauduro Minuzzo
e gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia,
José Lourival Magri recebem prêmio da Amcham
BoasNovas
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USINA
A energia que
emana do vento
Tractebel acredita na força dos ventos com projetos no Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia.
Brasil é um dos países do planeta que possui maior potencial eólico.
Charles Robson
Nos últimos anos o Brasil vem apostando na energia
eólica e só neste ano o País vai adicionar mais de
2 GW em seu parque gerador, elevando para 5 GW
o total de capacidade instalada, segundo dados
do Ministério de Minas e Energia, divulgados em
setembro. Atualmente, são quase 200 parques
eólicos em operação e a previsão é de que, em 2015,
o Brasil alcance o 7º lugar no ranking mundial. A
Tractebel Energia segue essa tendência e investe
nos bons ventos que estão soprando no setor.
Com seis parques eólicos gerando energia (veja Box),
a Empresa iniciou em outubro a construção do
Complexo Santa Mônica (CE), e se debruça em
dois outros projetos, que juntos somam mais de
1.200 MW – Santo Agostinho (RN) e Campo Largo
(BA). “Estamos acompanhando atentamente o
crescimento desta fonte de energia renovável e
aproveitando as oportunidades que estão surgindo,
como a compra desse projeto no Rio Grande do
Complexo Eólico Santa Mônica aproveitará acessos e estrutura de transmissão do Complexo Trairi
Norte”, diz o diretor de Desenvolvimento e Implantação
de Projetos, José Luiz Jansson Laydner.
OBRA INICIA NO COMPLEXO SANTA MÔNICA
Santo Agostinho é o primeiro projeto da geradora e
Localizado perto do Complexo Eólico Trairi (115,4 MW), o Complexo Santa Mônica é
comercializadora de energia no Rio Grande do Norte.
composto por quatro centrais eólicas - Santa Mônica (18,9 MW), Cacimbas (18,9MW),
“É um bom desafio, já que devemos conhecer as
Ouro Verde (29,7 MW) e Estrela (29,7 MW). Juntas totalizam 97,2 MW de capacidade
condições locais, o processo de licenciamento e as
instalada. As obras iniciaram em agosto, com os acessos externos e, em outubro,
autorizações referentes ao Governo do Estado”, explica
com os acessos internos.
o diretor, acrescentando que Rio Grande do Norte é
Responsável pela obra, o engenheiro Nilde Augusto Lopes de Oliveira Filho, explica que
muito receptivo a projetos eólicos e que a Empresa
essa é a etapa inicial, com o pico ocorrendo em setembro do próximo ano, quando cerca
espera as mesmas condições encontradas no Ceará.
de 400 pessoas estarão no canteiro de obras. “No final do ano, iniciamos as fundações dos
Já o Complexo Eólico Campo Largo, na Bahia, foi
aerogeradores. No total serão 36 torres Alstom, modelo ECO 122, a serem confeccionadas
adquirido no ano passado. Lá, a Empresa pretende
perto do canteiro”, afirma.
construir um parque eólico com capacidade
Diferente do Complexo Trairi, Santa Mônica, com 97MW de capacidade instalada vai
instalada de 623,7 MW, mas também não descarta
contar com torres de 2,7 MW, rotor com 119 metros (em Trairi 80), 122 metros de diâmetro
investimento no local em energia solar.
(101, em Trairi) e com pás de 59,3 metros.
12
Tractebel Energia
USINA
PRIMEIRA ETAPA DE P&D EÓLICO ESTÁ ADIANTADA
Iniciado no final do ano passado, o projeto Desenvolvimento de Tecnologia
“A fundação da torre, por exemplo, já está em fase final e a torre de
Nacional de Geração Eólica, que está sendo desenvolvido pela WEG
concreto, em fase de montagem”, explica Renato Coelho. As pás do
e Tractebel, está com seu cronograma de obras bem adiantados,
aerogerador já estão prontas, mas ainda na fábrica da Aeris, no Ceará.
com a primeira etapa – desenvolvimento do aerogerador de
A intenção é efetuar os primeiros testes do aerogerador de 2,1 MW
2,1 MW - quase concluída.
até o final de dezembro ou, no máximo, em janeiro. Para isso, quase
Com investimentos de R$ 160 milhões, sendo R$ 72 milhões de
50 pessoas estão envolvidas no projeto, entre funcionários da
recursos da Tractebel, via P&D da Aneel, e R$ 88 milhões de
Tractebel Energia e da WEG.
contrapartida da WEG, o projeto está dividido em duas etapas
O gerente de P&D da Tractebel Energia, Sergio Roberto Maes, explica
principais. A primeira, segundo o gerente do projeto engenheiro
que a segunda etapa é o desenvolvimento e a instalação do aerogerador
Renato Coelho, envolve, principalmente, a preparação de toda a
de 3,3 MW, um feito inédito no País. “Este projeto pode representar um
infraestrutura do local, fabricação e instalação do aerogerador de
grande salto para a geração eólica brasileira, pois vai criar e produzir
2,1 MW, testes e certificação, entre outros.
aerogeradores com tecnologia 100% nacional, o que deve reduzir custos
de implantação de usinas eólicas”, avalia.
Divulgação Tractebel
Divulgação Tractebel
Divulgação WEG
O aerogerador já está pronto e aguardando a finalização
da torre para transporte ao site para montagem.
Pás do aerogerador estão prontas na fábrica
da Aeris no Ceará
Fundação da torre já está em fase final
USINAS EÓLICAS EM FUNCIONAMENTO
Leandro Provedel
Plinio Bordin
Pedra do Sal (PI-18 MW)
Beberibe (CE-26 MW)
João Wendel
Guajirú (CE-30 MW)
João Wendel
Trairi (CE-25 MW)
João Wendel
Flexeiras I (CE-30 MW)
João Wendel
Mundaú (CE-30 MW)
BoasNovas
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USINA
Termelétrica Ferrari
com obras avançadas
Adquirida pela Tractebel Energia no início deste ano, a Termelétrica Ferrari é a terceira planta de biomassa da
geradora, que já possui a Ibitiúva Bioenergética (33MW), em SP, e a Unidade de Cogeração Lages (28 MW), em SC
Desde fevereiro, a Usina Termelétrica Ferrari, movida à biomassa de cana-de-açúcar,
Nos próximos dois meses está prevista a ampliação
está sendo ampliada. Atualmente, está com 45% do projeto já realizado, considerando
da casa de força existente com a instalação dos
as obras civis, o fornecimento e a montagem de equipamentos. A capacidade instalada
pré-moldados e construção das lajes de apoio e
da Usina vai ser ampliada de 65 MW para 80,5 MW, com a capacidade comercial
fechamento em alvenaria. A caldeira, explica Marcio,
pulando de 23 MW para 35 MW.
deve estar com as partes de pressão montadas
“Estamos na fase de transição das obras civis para a montagem eletromecânica, com a
até dezembro, o que permitirá o primeiro teste
caldeira em fase adiantada de montagem e a casa de força e torre de resfriamento ainda
hidrostático. A fabricação dos demais equipamentos
no processo de construção civil”, conta o engenheiro e responsável pela ampliação,
principais, como o gerador, o transformador principal
Marcio Daian Neves. Até agora, segundo ele, os maiores desafios estão associados à
e a turbina também tem conclusão prevista para o
construção de novos equipamentos ao lado da planta em operação, exigindo uma gestão
último mês do ano. A montagem será iniciada em
eficiente das interfaces e de saúde e segurança. “Temos um prazo justo de implantação
janeiro, depois da conclusão da ampliação da casa
de 15 meses e todo o trabalho é feito dentro dos mais rigorosos padrões de segurança
de força. A ampliação da UTE Ferrari deve estar
para os operários”, avalia o engenheiro.
concluída no final de maio de 2015.
Maria Belen Megias Fernandez
Maior desafio é conciliar a operação da usina existente com instalação de novos equipamentos e obras civis
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Tractebel Energia
USINA
Modernização da
Hidrelétrica Passo Fundo avança
A Usina Hidrelétrica Passo Fundo (2 X 113 MW), localizada no município
a disponibilidade da produção de energia elétrica, atendendo os
de Entre Rios do Sul (RS) já está com a Unidade Geradora 2 modernizada,
requisitos de qualidade, por no mínimo mais 30 anos”, ressalta o
após a conclusão dos testes realizados em setembro. A Unidade 1,
diretor, acrescentando que estão sendo investidos R$ 60 milhões.
também de 113 MW, iniciou sua modernização no dia 25 de setembro.
Há 16 anos, essa hidrelétrica, que é a mais antiga no portfólio da
“Na Unidade 2 iniciamos o trabalho no final de outubro de 2013 e
Tractebel foi repotencializada, passando sua capacidade nominal
finalizamos no início de setembro. A ideia é estar com as duas unidades
de 110 MW para 113 MW. Em 2002, a Usina passou pelo processo
aptas ainda no primeiro semestre do próximo ano”, afirma o diretor de
de automação e operação desassistida, por controle remoto, com a
Produção da Tractebel Energia, José Carlos Cauduro Minuzzo.
implantação do Sistema de Controle e Supervisão Digital da Usina a
O engenheiro Minuzzo ressalta também que ainda existem inspeções
partir da Hidrelétrica Itá. Agora, explica Minuzzo, a modernização é
contratuais de 4 mil e 8 mil horas com a finalidade de verificar e garantir
caracterizada por intervenções em todos os sistemas de equipamentos,
que o desempenho dos equipamentos modernizados está em
focando na disponibilidade, na confiabilidade e na ampliação da
conformidade com o projeto. “A importância dessa obra é garantir
flexibilidade operacional da UHPF.
NOVAS TECNOLOGIAS
Divulgação Tractebel
Divulgação Tractebel
Coordenador da Modernização da Usina Passo Fundo,
o engenheiro Guilherme Gorga Azambuja comenta
o trabalho realizado nas duas unidades geradoras.
“A modernização contempla intervenções em
diversos equipamentos e sistemas da Usina, como
substituição de componentes e equipamentos,
reformas em fábrica, alterações de projetos e
aplicação de novas tecnologias de mercado”,
explica Guilherme, acrescentando que atualmente
150 pessoas trabalham no local.
Técnicos acompanham a descida do estator
Daqui pra frente, diz Guilherme, esse time vai
acompanhar o fornecimento de todos os
Válvula esférica é posicionada
para instalação
Divulgação Tractebel
equipamentos para a modernização da
Unidade Geradora 1, nas etapas de desmontagem,
montagem e comissionamento desta unidade.
Entre os desafios enfrentados, até o momento,
estão efetuar o balanceamento das demandas
e gerenciar os processos que envolvem a
modernização, ou seja, elaboração do projeto,
suprimento de equipamentos e atividades de
fábrica, de acordo com os valores contratados.
Pelo estator circula toda a energia elétrica gerada
BoasNovas
15
USINA
Entra em operação comercial
Usina Cidade Azul
Desde o dia 9 de agosto, a Usina Solar Cidade Azul, localizada em Tubarão (SC) está em
No final do primeiro semestre de 2015 vai ser possível
operação comercial. Até 9 de outubro foram gerados 524,29 MWh, que entraram na rede
comparar os dados até agora captados e fazer uma
de 13,8 kV da Celesc, o suficiente para abastecer 2,6 mil residências diárias. Concebida
análise de qual das três tecnologias é melhor para a
como uma usina experimental para fins de pesquisa, desenvolvimento e capacitação
região Sul, já que o local mais apto para essa fonte
técnica, objetivo do projeto P&D Estratégico nº 013/2011 da ANEEL, no qual a Tractebel
de energia é o Nordeste, próximo à linha do Equador,
Energia é a proponente, a usina solar é resultado do investimento de aproximadamente
onde existe maior incidência de sol.
R$ 30 milhões, dos R$ 56,3 milhões deste P&D. Realizada em parceria com a UFSC, a
Além da Tractebel, que é a proponente, e da UFSC,
planta solar é, atualmente, a maior usina fotovoltaica do Brasil.
que é a executora, e da WEG, que forneceu os
Composta de três tecnologias diferentes, a Usina quanto mais perto do Verão chegar, mais
equipamentos e montou a Usina, são cooperadas
chances vai ter de chegar à capacidade instalada de 3 MW gerados no pico, o suficiente para
neste P&D as empresas Campos Novos Energia
2,5 mil residências diárias. O gerente do projeto, Maury Garret da Silva, explica que cada uma
S.A; Centrais Elétricas Cachoeira Dourada; Central
das três tecnologias de painéis fotovoltaicos (silício policristalino, silício amorfo microcristalino
Geradora Termelétrica Fortaleza S.A.; Companhia
e CIGS) utilizadas tem 1 MWp de capacidade instalada, juntas chegam aos 3 MWp.
Energética Rio das Antas; Companhia Paulista
Na opinião no diretor presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres, o mais
de Força e Luz; Companhia Piratininga de Força e
importante nessa usina solar é conhecer o comportamento da fonte, os custos envolvidos e
Luz; Copel Geração S.A.; Energética Barra Grande
o desempenho dos equipamentos implantados. “Acreditamos na energia solar como parte
S.A.; Foz do Chapecó Energia S.A.; Light Serviços
de um mix diversificado de energia e, hoje, é uma das que mais cresce no mundo. No Brasil,
de Eletricidade S.A. e Rio Grande Energia S.A.
por exemplo, deve ser largamente aplicada nos próximos anos e isso nos leva a estudar e
conhecer bem essa tecnologia para sair na frente”, observa Zaroni.
Plínio Bordin
Maior usina solar em operação no Brasil serve para a Tractebel conhecer melhor essa fonte de energia
16
Tractebel Energia
USINA
Plinio Bordin
TECNOLOGIAS UTILIZADAS NA USINA
Silício policristalino, é a mais consolidada mundialmente,
contemplando cerca de 80% do mercado de energia
solar, mas apresenta maiores perdas com o aumento da
temperatura ambiente.
Silício amorfo microcristalino, tecnologia de filme fino, é a que
possui menores perdas com o aumento da temperatura.
CIGS (Cobre-Índio-Gálio-Selênio), é um filme fino que
apresenta perdas intermediárias devido à temperatura entre
as duas tecnologias.
Leve diferença de cores mostra as três tecnologias utilizadas na Usina
REPERCUSSÃO NA IMPRENSA
uol.com.br | 29 de Agosto de 2014
Diário Catarinense - Capa | 21 de Agosto de 2014
g1.globo.com | 20 de Agosto de 2014
pv-magazine-latam.com | 19 de Agosto de 2014
Diário do Sul - Capa | 21 de Agosto de 2014
BoasNovas
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ENTREVISTA
O presente e o futuro
da energia solar
O sol e a vida acadêmica sempre atraíram o engenheiro metalúrgico Ricardo Rüther, 50 anos. Formado pela UFRGS
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Rüther tem mestrado sobre o crescimento de monocristais de
semicondutor composto (GaSb), que pode ser utilizado para fabricar células solares fotovoltaicas; doutorado em
Electrical and Electronic Engineering - The University of Western Australia; e pós-doutorado em Sistemas Solares
Fotovoltaicos realizado em 1995, na Alemanha, no Fraunhofer Institute for Solar Energy, o principal instituto de
energia solar da Europa.
Depois de quase seis anos morando no exterior, o professor voltou ao
Plinio Bordin
Brasil em 1997, quando iniciou sua carreira na UFSC (Universidade Federal
de Santa Catarina). Além de muito conhecimento, trouxe na bagagem o
primeiro gerador solar fotovoltaico a ser integrado a uma edificação e
conectado à rede elétrica pública do Brasil. Orgulhoso, o professor-doutor
mostra o gerador, que em setembro último completou 17 anos de
funcionamento ininterrupto, gerando energia na universidade.
Seu projeto mais recente foi implantar, junto com a Tractebel Energia e a
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Usina Solar Cidade Azul,
em Tubarão, Sul de Santa Catarina, hoje a maior em funcionamento no
Brasil, com 3 MWp e três tecnologias distintas.
Por reconhecer sua trajetória profissional e sua vasta experiência com a
fonte solar, a revista BOAS NOVAS foi conversar com o professor Rüther
e indagar sobre o futuro da energia solar no Brasil. Acompanhe a seguir.
Quais as principais vantagens da fonte Solar? E as desvantagens?
Professor da UFSC, Ricardo Rüther – As vantagens incluem o
fato de ser uma geração renovável e descentralizada, que pode gerar
energia junto ao ponto de consumo, sem produzir nenhum ruído ou
emissões. As desvantagens se resumem ao elevado custo que a
tecnologia tinha até recentemente, e ao fato de que apesar de ter custos
de manutenção e operação desprezíveis, ela é intensiva em capital na
instalação. Isso significa que você tem que investir pesado na hora da
instalação e depois o seu custo de operação e manutenção é muito
baixo. O problema passa a ser o de financiar a sua instalação e esta será
a principal dificuldade na tentativa de aumentar a contribuição desta
tecnologia na matriz elétrica brasileira.
18
Tractebel Energia
Professor Ricardo Rüther é um dos maiores especialistas em energia fotovoltaica no Brasil
ENTREVISTA
Plinio Bordin
Professor Rüther acredita que a energia fotovoltaica tem enorme potencial no Brasil
O Brasil possui um dos
mais elevados índices de
irradiação solar do mundo e a
tecnologia solar fotovoltaica
pode contribuir de forma
significativa na matriz de
eletricidade brasileira.
Nos últimos cinco anos quais os avanços na geração
solar do Brasil?
R.R. – Houve alguns avanços significativos e pode-se citar a
Resolução Normativa 482/2012 da ANEEL, que estabeleceu o
sistema de compensação de energia (conhecido como net metering);
o lançamento, também pela ANEEL, do P&D Estratégico (chamada
013/2011) para projetos de pesquisa e desenvolvimento olhando
especificamente para aplicações em grande porte da geração solar; o
reconhecimento crescente pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética)
e pelo MME (Ministério de Minas e Energia) de que a tecnologia solar irá
fazer parte de nossa matriz de energia; e, mais recentemente, o anúncio
de um leilão de reserva específico para esta fonte.
Ao mesmo tempo, nas universidades estão se nucleando mais e
mais grupos de pesquisa nesta área, pois haverá a necessidade
de formar, nos próximos anos, grande contingente de recursos
Quais as vantagens de se gerar energia solar no Brasil
humanos nesta área no Brasil.
em comparação a outros países, onde esta fonte esta
mais desenvolvida?
Quantas plantas existem no País hoje? Somam quantos MW?
R.R – O Brasil possui um dos mais elevados índices de irradiação solar
R.R – Os números são ainda inexpressivos; as plantas somam
do mundo e, pela característica descentralizada da geração solar e
menos de uma dezena de unidades e a potência soma menos
as dimensões territoriais de nosso País, a tecnologia solar fotovoltaica
de 20 MWp. Mas a expectativa é que este cenário se altere
pode contribuir de forma significativa na matriz de eletricidade brasileira.
significativamente em breve.
BoasNovas
19
ENTREVISTA
Plinio Bordin
Em sua opinião, a energia solar deve ser adotada em
residências e condomínios ou deve ocupar grandes
extensões para gerar mais?
R.R – São aplicações distintas e não mutuamente excludentes da
tecnologia solar. Gerar energia no seu telhado faz sentido porque você
gera energia junto ao ponto de consumo e compara o custo desta
geração com a sua tarifa (e não com o custo da geração convencional no
barramento de uma usina centralizada que pode estar a várias centenas
de quilômetros de distância do ponto de consumo); gerar energia solar
em plantas centralizadas de grande porte pode fazer sentido em regiões
de grande insolação e onde exista boa complementariedade com a
geração eólica. A geração solar centralizada pode também auxiliar a
economizar água nas barragens das usinas hidrelétricas e neste sentido
pode tornar o sistema elétrico nacional mais robusto e flexível.
Por que o aproveitamento da energia solar para a geração
de energia elétrica apresenta um grande potencial no
desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil?
R.R – A instalação de telhados solares residenciais, comerciais e
industriais leva à necessidade de mão de obra local para executar estas
instalações, o que movimenta a economia local e espalha, de forma
totalmente distribuída ao longo de todo o território nacional, uma fonte
de energia de baixo impacto ambiental.
Alguns dos painéis testados pela equipe do professor Rüther estão em operação
há mais de 17 anos
Quais as perspectivas para essa fonte de energia
Recentemente o BNDES anunciou as regras de conteúdo local
nos próximos anos?
mínimo para financiamento de usinas fotovoltaicas. Em sua
R.R – Na medida em que os custos continuam a declinar e a tecnologia solar
opinião, este foi um passo importante para o desenvolvimento
começa a ser mais difundida no Brasil, a expectativa é de que ela passe a
de uma indústria nacional para fabricação de inversores e
aumentar sua contribuição na composição da matriz elétrica brasileira.
módulos fotovoltaicos?
R.R – Sim, mas ele somente terá sucesso se o investidor tiver a
Qual a importância de se avaliar diferentes tecnologias
sinalização de que haverá um mercado consistente e sustentado,
fotovoltaicas no clima brasileiro?
com volumes mínimos crescentes a cada ano, para que se viabilize
R.R – Existem várias tecnologias fotovoltaicas comercialmente
um investimento em capacidade produtiva no País.
disponíveis, além de outras sendo ainda desenvolvidas e que
poderão chegar ao mercado nos próximos anos. Cada uma delas
O que o senhor considera que ainda deve ser feito para viabilizar
tem peculiaridades que são consequência das características dos
a energia solar no Brasil?
semicondutores que as compõem e isto deve ser avaliado em cada
R.R – É necessário desenvolver mecanismos de financiamento que
um dos climas deste nosso grande País, pois levam a diferentes
facilitem o acesso da população à possibilidade de ter um telhado
desempenhos e a diferentes custos de geração.
solar nas residências, no comércio, na indústria, por todo o lado.
As regiões com melhor irradiação solar do Brasil estão próximas
Quais os avanços significativos nos últimos 12 meses no Brasil
aos locais de maior potencial para geração de energia eólica
no setor de energia solar?
(áreas de maior altitude do interior do nordeste). Esta proximidade
R.R – A instalação das primeiras usinas solares de maior porte, no
poderá auxiliar no desenvolvimento das duas fontes de energia?
contexto do P&D ANEEL chamada 013/2011, com algumas usinas
R.R – Certamente. Várias das primeiras usinas solares fotovoltaicas de
de mais de 1 MWp que foram ou estão sendo instaladas. Entre elas
grande porte a serem instaladas no Brasil irão acontecer junto a usinas
está a Usina Solar Cidade Azul, na cidade de Tubarão (SC), com
eólicas, para compartilhar os investimentos em conexão à rede.
3 MWp, considerada hoje a maior do País.
20
Tractebel Energia
ENTREVISTA
O Brasil possui toda a tecnologia em materiais para construir as
próprias placas e inversores?
R.R – Não. O desenvolvimento científico e tecnológico nesta área foi
É necessário desenvolver
mecanismos de
financiamento que facilitem
o acesso da população
à possibilidade de ter um
telhado solar nas residências,
no comércio, na indústria, por
todo o lado.
feito através de grandes investimentos na Europa, EUA e Ásia e está
protegido por patentes. O Brasil terá que pagar pela propriedade
intelectual que não desenvolveu.
Existem empresas nacionais nesse segmento ou todas são
multinacionais?
R.R – Para todas as tecnologias tem aquela história de “perder o bonde”
e o Brasil perdeu o bonde também no desenvolvimento da tecnologia
solar fotovoltaica. Pode sair correndo atrás agora tardiamente, mas terá
que investir pesadamente para achar alguns nichos onde ainda pode ser
possível participar. Este mercado é dominado por grandes empresas
multinacionais que investiram pesadamente em desenvolvimento
científico e tecnológico, coisa que o Brasil não fez. Conheço algumas
empresas em que cada uma delas tem mais PhDs trabalhando nesta
tecnologia do que todos os PhDs do Brasil que tem alguma experiência
nesta área somados! Este tipo de estrutura não se faz de um dia para o
outro, nem tampouco sem investimentos vultosos.
Plinio Bordin
Professor Rüther na bancada de testes da UFSC, no laboratório onde todas as pesquisas da universidade começaram
BoasNovas
21
MEIO AMBIENTE
Cuidando do
Rio Bonito
No final de agosto foi lançado, em Minaçu (GO), o projeto Cuidando do
Rio Bonito, que propõe à comunidade do município um trabalho de
conscientização ambiental e também de recuperação do rio. É um
projeto de longo prazo, pois envolve ações que vão desde a nascente
até a foz do Rio Bonito, cuja bacia hidrográfica tem a extensão de 242 km2.
A iniciativa é da SAMA (S.A. Mineração Associadas) e da Tractebel
Energia e conta com o apoio da SEMMA (Secretaria Municipal de
Meio Ambiente), SEMARH (Secretaria Estadual de Meio Ambiente),
Prefeitura Municipal de Minaçu e proprietários das terras por onde
Queremos promover uma
mudança de cultura da
comunidade em relação aos
seus hábitos e costumes.
passa o rio, tanto na zona rural quanto na urbana.
A ideia é que o projeto seja desenvolvido num período de cinco a dez
Welviston Marques Silva, gerente da Usina Hidrelétrica Cana Brava.
anos, com trabalhos de recuperação do recurso hídrico (zona rural e
urbana) e de conscientização ambiental.
Simone Rodrigues Gonçalves
Recuperação e proteção das margens do Rio Bonito é uma das prioridades do projeto
22
Tractebel Energia
MEIO AMBIENTE
Num primeiro momento foi realizado o levantamento
PLANTIO DE MUDAS
de campo em toda a bacia hidrográfica do rio
Nas margens do rio está programado o plantio de mudas nativas do Cerrado, que
para a elaboração de um diagnóstico. Agora,
são produzidas no Horto da Usina Cana Brava. Segundo o gerente da hidrelétrica,
esse diagnóstico está servindo como base para
o plano é que os proprietários plantem, construam as cercas e mantenham as
as ações de recuperação de todo o trecho do rio.
áreas recuperadas. “A aceitação está sendo boa, temos um novo encontro com
“Já tivemos a primeira reunião para apresentação
os proprietários, num total de 46, em novembro. É uma oportunidade para sanar
aos proprietários para que eles se tornem parceiros
dúvidas sobre os projetos”, finaliza Welviston.
e voluntários do programa”, explica Welviston.
Simone Rodrigues Gonçalves
Margens serão protegidas a partir de mudas produzidas no horto da Usina Hidrelétrica Cana Brava
BoasNovas
23
MEIO AMBIENTE
Associações e cursos beneficiam
famílias autorreassentadas
Divulgação Tractebel
Durante a implantação da Usina Hidrelétrica São Salvador, entre 2006 e
2009, foram remanejados moradores que viviam na área de formação do
reservatório, resultando em mudanças sociais e econômicas. O processo
de remanejamento das famílias ofereceu duas formas de benefícios: o RRC
(Reassentamento Rural Coletivo) e o Autorreassentamento, conhecido
como Carta de Crédito (CC). Além disso, a Tractebel Energia, por meio de
empresas especializadas, vem prestando assistência técnica e social nas
duas modalidades, sendo que o usual era somente para os RRC.
As 60 famílias que optaram pelo Autoreassentamento, entre 2007 e 2008,
receberam, na época, R$ 70 mil para adquirir seu imóvel e mais
R$ 4 mil para investimentos na melhoria e produtividade do imóvel,
entre outros recursos. De lá pra cá muita coisa mudou para melhor.
As famílias vêm se profissionalizando por intermédio de cursos,
Associativismo foi incentivado como forma dos reassentados ampliarem
possibilidades de renda
dias de campo e feiras agropecuárias.
Entre os cursos realizados pelos agricultores estão produção de
Neste caso, a responsável pelo trabalho é a empresa Terra Serviços
hortifrutigranjeiros; planejamento familiar e nutrição alimentar;
Técnicos, Sociais e Ambientais Ltda., que além do apoio técnico e
associativismo; produção de derivados de leite; processamento de
social, incentivou e ajudou a viabilizar a criação da AFAP (Associação
frutas do cerrado; inseminação artificial; fabricação de doces;
dos Agricultores Familiares e Produtores Artesanais de Palmeirópolis e
Dia de campo de Produção de Gado Leiteiro e Feira de Tecnologia
Região), iniciativa inédita no setor elétrico brasileiro.
Agropecuária do Tocantins, mais conhecida como Agrotins.
Desde o início do processo de remanejamento, tanto a Tractebel quanto
Tudo isso foi viabilizado pela equipe técnica especializada contratada
a Terra compartilhavam o entendimento que somente com a união dos
pela Tractebel para atuar na capacitação dos agricultores, fomentando
agricultores familiares, por meio do associativismo ou cooperativismo,
a organização social, fortalecendo a produção e, por consequência,
seria possível viabilizar a melhoria da qualidade de vida das famílias e,
gerando renda às famílias instaladas no Autorreassentamento.
consequentemente, sua permanência no campo.
COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS
Divulgação Tractebel
Foi por intermédio da AFAP, constituída em 2011 por 22 famílias
autorreassentadas, que se viabilizou o ingresso de parte dessas famílias
no PAA (Programa de Aquisição Alimentos), do Governo Federal, junto à
CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). E é por meio de um
contrato com a AFAP, que a CONAB compra dos agricultores determinada
quantidade de produtos e, simultaneamente, doa os alimentos a entidades
beneficentes cadastradas no município de Palmeirópolis (GO).
Atualmente, a associação conta com 36 famílias associadas. Os
agricultores produzem grãos, leite e produtos hortifrutigranjeiros, com
destaque para o processamento da produção, fabricação artesanal
de derivados de leite - queijo, requeijão, mozzarella, doce de leite;
processamento de frutas - polpas, compota e conservas -, além de
derivados da mandioca (polvilho, farinhas); da cana-de-açúcar (rapadura,
melado, caldo de cana) e do milho (pamonhas, doces, entre outros).
Produtos feitos pela AFAP são comercializados para a CONAB
24
Tractebel Energia
MEIO AMBIENTE
Todos esses produtos ajudaram, inicialmente, a garantir a segurança
Para o período 2014/2015 está sendo firmado um terceiro contrato,
alimentar das famílias reassentadas e, hoje, o excedente é
saltando para 36 o número de famílias de agricultores e seis unidades
comercializado em feiras do município, nos programas de alimentos do
recebedoras, o qual deve chegar à cifra de R$ 280 mil. Isso vem
Governo Federal e vendas a varejo.
proporcionando um incremento significativo na renda do produtor e,
Para estimular o desenvolvimento da AFAP, a Tractebel criou parcerias
concomitantemente, um grande benefício para área de assistência
para a doação de uma patrulha agrícola, composta por trator e diversos
social do município, que possui recursos limitados.
equipamentos, e também doou recursos para construção da sede da
Associação, em terreno doado pela Prefeitura de Palmeirópolis, que
ficou pronta em setembro de 2013. Lá estão o depósito de insumos
Divulgação Tractebel
adquiridos de forma coletiva, a sala administrativa, um ponto de venda,
além de um abrigo para guardar a patrulha agrícola e que viabiliza a
realização de eventos maiores.
CONTRATOS AUMENTAM DE VALOR ANO A ANO
Em 2012, a AFAP assinou seu primeiro contrato com a CONAB para
entrega de alimentos no PAA. Naquela oportunidade o projeto contou
com 12 famílias fornecedoras e quatro entidades beneficentes,
totalizando um valor de R$ 46 mil em alimentos a serem fornecidos.
Um ano depois, novos associados se interessaram em aderir ao PAA
e a AFAP firmou novo contrato, passando o valor para R$ 123 mil,
com a participação de 22 famílias, contrato esse que foi concluído em
junho último. O sucesso do programa chamou a atenção da Prefeitura
Municipal, que passou a se interessar e apoiar a associação de diversas
formas. Uma delas foi a implantação do SIM (Serviço de Inspeção
Municipal), para viabilizar a comercialização de produtos de origem
animal, os quais estavam impossibilitados de serem entregues no PAA.
Produção dos reassentados também é vendida no varejo da região e tem ótima aceitação
Divulgação Tractebel
DEPOIMENTOS
“Para nós, a AFAP junto com a Assistência Técnica, foi a melhor
coisa que aconteceu na propriedade, pois possibilitou aumentar
a produção, fazer a comercialização, gerando renda para nossa
família. Os cursos de capacitação também nos ajudaram a ver outras
oportunidades de ganhar dinheiro, ajudando a melhorar a qualidade
dos produtos e o processamento da produção”.
João Barbosa da Rocha e sua esposa Sandra Rosana Ribeiro dos Santos Rocha, família
autorreassentada no município de Palmeirópolis, desenvolvem atividades pecuária de
leite, produção de hortaliças e processamento de frutas.
“Para mim, a AFAP-TO fortaleceu a união dos produtores,
Divulgação Tractebel
possibilitou o reconhecimento por parte dos órgão públicos e
demais entidades. Os conhecimentos adquiridos nos tornaram
referência para outros produtores e o sucesso e resultados obtidos
pela AFAP até agora, em muito se deve ao apoio prestado pela
Assistência Técnica.”
Jeovanilton Barbosa Teixeira, agricultor autorreassentado no município de São Salvador
do Tocantins. É o atual presidente da AFAP-TO e desenvolve atividades agropecuárias,
criação de bovinos e ovinos.
BoasNovas
25
MEIO AMBIENTE
Resíduo vira renda
Há mais de um ano quando Rosemirian do Carmo Sant’Anna e outros
Atualmente, são 12 pessoas de Canaã capacitadas para a reciclagem
colegas da Tractebel chegaram a Trairi, no Ceará, para executar o
e são elas que vão ensinar outras pessoas. “Inédito na Empresa, o
programa Resíduo não é Lixo não havia coleta adequada de resíduos
projeto não tem uma data específica para terminar, pois vamos dar
na região. O desafio era implantar o programa, conscientizar e estimular
continuidade a ele em outras comunidades no entorno dos novos
a reciclagem na população. De lá pra cá, bastante coisa já mudou e
parques eólicos”, revela Rose.
bons frutos foram colhidos, entre eles o projeto Dona Reciclô.
Até agora, conta ela, o principal resultado do Resíduo não é Lixo é a
Responsável pelo projeto, Rose, como é mais conhecida entre os colegas,
conscientização desenvolvida pelas pessoas da comunidade sobre
conta que após diversas oficinas sobre reaproveitamento de resíduos
a importância da reciclagem para o meio ambiente.
foi percebido uma preocupação das pessoas em separar os resíduos e
aproveitá-los na confecção de objetos. Assim nasceu, em novembro de
2013, o Dona Reciclô, unindo reciclagem e criatividade e proporcionando
atividade às pessoas da localidade de Canaã, interior do município.
Os produtos mais reciclados são as garrafas PET, o papelão e as
embalagens Tetrapak, que ganham outras formas e se transformam
em móveis (pufes, sofás e mesas), luminárias, flores, guirlandas,
móbiles, vasos, hortas verticais, carteiras, bolsas, entre outros. Esses
objetos são uma fonte de renda para as pessoas da comunidade.
Rosemirian do Carmo Sant’Anna
Empregada da UO Financeiro, Cristiane Scholz Faisca Cardoso (centro) ensina a fazer
luminárias a partir de garrafas PET
Cristiane Scholz Faisca Cardoso
Garrafas de refrigerante formam a base do pufe feito por Dona Maria e pelo empregado
da Tractebel José Carlos Dutra
26
Tractebel Energia
Hoje, existe o interesse em reaproveitar
o óleo de cozinha, as garrafas plásticas
e o papelão. Antes tudo isso era
descartado na natureza.
Cristiane Scholz Faisca Cardoso
Coordenadora do projeto e empregada da área de Suprimentos, Rosemiriam (esq) e
mulheres da comunidade fazem flores de plástico de garrafas PET
Cristiane Scholz Faisca Cardoso
Uma das oficinas trabalha o aproveitamento de tecidos para bordado. Na foto,
Rosemiriam (esq) e Adriana Teresa de Souza Correa (dir), empregadas da Tractebel
GDF SUEZ
Terminal de GNL nos
Estados Unidos
A GDF Suez e suas parceiras no projeto LNG Cameron anunciaram a decisão final de
“Estamos muito satisfeitos com a parceria de um dos
investimento (FID) para a construção da planta de liquefação que está localizada na zona
primeiros projetos de exportação de GNL nos EUA.
industrial de Hackberry, Louisiana. O terminal irá produzir e exportar até 12 milhões de
O projeto Cameron LNG é chave nesta ambiciosa
toneladas por ano e terá três tanques de liquefação. A construção vai começar neste
estratégia da GDF SUEZ que nos permitirá fornecer
trimestre. O investimento total será de cerca de US$ 10 bilhões. A produção está prevista
uma fonte segura de GNL aos nossos clientes ao
para começar no início de 2018, e o segundo e terceiro tanques entrarão em operação no
redor do mundo em médio e longo prazo”, disse
final de 2018 e 2019, respectivamente.
Gérard Mestrallet, presidente e CEO da GDF SUEZ.
A decisão final de investimento deu-se após o recebimento da autorização para
Ele também afirmou que o projeto Cameron será
a construção, emitida pela Comissão Federal Regulatória de Energia (FERC) e o
benéfico para os Estados Unidos e contribuirá para
recebimento da aprovação condicional do Departamento de Energia dos Estados
combinar as necessidades energéticas crescentes de
Unidos (DOE) para exportar GNL para países com os quais os Estados Unidos não
importação de países, especialmente da Ásia, e para a
possuem Acordo de Livre Comércio.
segurança do abastecimento de gás no mundo.
Duka Lonnie
Terminal nos Estados Unidos permitirá a exportação de GNL para países com os quais os americanos possuem Acordo de Livre Comércio
BoasNovas
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GDF SUEZ
Gasoduto no México
A GDF SUEZ, em conjunto com a PEMEX, iniciou a construção do gasoduto Ramones
Fase II Sul (Ramones II Sul), trecho de 291 km do sistema de tubulação de gás natural
Ramones, que interliga os Estados Unidos ao México, estendendo-se desde a fronteira
do Texas ao México central.
Ramones EUA
Ramones Fase 1
Ramones Fase 2 Norte
Ramones Fase 2 Sul
O valor investido em Ramones II Sul para conectar San Luis Potosi
O gasoduto Ramones tem comprimento total de mil km e
a Apaseo El Alto é de US$ 1 bilhão. O gasoduto terá capacidade de
desempenhará papel estratégico para a segurança energética do
transportar 39,6 milhões de m³ de gás natural por dia. "Estamos
México, permitindo a importação dos Estados Unidos de até 59,4
muito satisfeitos em iniciar a construção do gasoduto Ramones
milhões de m³ por dia de gás natural.
II Sul, que é a chave para a expansão do sistema de transporte
O Grupo tem experiência significativa na gestão de grandes projetos
de gás natural no México", disse Gerard Mestrallet, presidente e
de gás natural no México e em outros países. A GDF SUEZ opera
CEO da GDF SUEZ. "Este investimento demonstra a confiança
atualmente quase mil km de gasodutos no país, desde que ingressou no
do nosso Grupo no crescimento da economia mexicana e nosso
mercado mexicano, 15 anos atrás. Além disso, no México, GDF SUEZ
comprometimento em desempenhar importante papel nos
opera três usinas de gás natural e possui seis empresas de distribuição
investimentos em energia do México", complementou.
de gás, atendendo a mais de 400 mil clientes.
A GDF SUEZ vai operar e será responsável pela manutenção do gasoduto,
cuja conclusão está prevista para o final de 2015. O projeto deverá gerar
1,5 mil empregos diretos e outros 3 mil indiretos na fase de implantação.
28
Tractebel Energia
GDF SUEZ
GDF SUEZ apresenta expertise
internacional na Rio Oil & Gas
Grupo visa a oportunidades de negócio em sinergia com o setor elétrico
A GDF SUEZ apresentou, durante a Rio OIL & GAS, a maior feira do setor
Utilizando uma sólida experiência e especialidades técnicas de excelência,
da América Latina, que aconteceu entre os dias 15 e 18 de setembro,
essas empresas oferecem soluções eficientes e inovadoras, principalmente
no Rio de Janeiro, sua ampla experiência na indústria de Óleo & Gás.
para projetos complexos. As competências essenciais incluem a
Empresas do Grupo com atuação mundial - GDF SUEZ E&P, Tractebel
engenharia elétrica, informações críticas e sistemas de comunicação,
Engineering e divisões da Cofely - estiveram pela primeira vez no evento
soluções SCADA e de DCS, automação, refrigeração (HVAC),
avaliando oportunidades no mercado brasileiro.
equipamentos de combate a incêndios e sistemas de armazenamento,
A partir de sua ampla presença geográfica e de sua atuação diversificada
desde tanques únicos até terminais de armazenamento.
– exploração, produção, transporte, liquefação, regaseificação e trading
Maurício Bähr, CEO da GDF SUEZ no Brasil, está otimista com as novas
de GNL - o Grupo encontra-se posicionado como um parceiro global
oportunidades que se abrem para o Grupo no setor de Óleo & Gás: “O
para projetos de Óleo & Gás, além de liderar a produção privada de
Brasil está num momento especial que permite o desenvolvimento de
energia elétrica no país.
negócios na área de gás em sinergia com a geração elétrica, considerando
Mundialmente, o Grupo conta com 382 licenças de exploração e/ou
o aumento da demanda por energia, que vem levando ao despacho
produção em 18 países. Aqui, possui oito licenças em fase de exploração.
das térmicas. A combinação da experiência internacional da GDF SUEZ
Com a terceira maior carteira de GNL no mundo (com 16 mtpa), a
no setor de gás com a presença relevante no mercado de eletricidade
GDF SUEZ administra uma frota de 14 cargueiros. Responsável pelas
brasileiro resultará em uma atuação mais forte do Grupo no país”, prevê.
atividades em vários terminais de liquefação e regaseificação, o Grupo
O presidente da GDF SUEZ no Brasil cita o exemplo do Uruguai, país no
é operador da primeira rede de gás natural da Europa.
qual o Grupo está construindo um terminal de gaseificação e prestando
Localizadas em quase 40 países, as divisões da GDF SUEZ
outros serviços ligados ao setor. Bähr destaca a importância das
também estão aptas a atender empresas atuantes em Óleo & Gás
termelétricas na segurança do mix energético nacional. “Hoje, o Brasil
com serviços de engenharia, construção e manutenção, tanto em
não conta com reservatórios devido à construção de hidrelétricas a fio
projetos offshore como onshore.
d´água. Se pudermos usar o gás na geração termelétrica de base seria
um casamento interessante”, avalia.
PRESENÇA EM E&P NAS BACIAS DO NORDESTE
A GDF SUEZ Brasil vem estudando a exploração e produção de gás no
parte de seu plano de desinvestimento. A aprovação da ANP era o
Brasil há cerca de dois anos, por meio de uma equipe de especialistas.
último passo à concretização do negócio, que já havia sido liberado
Estes profissionais têm analisado questões técnicas, ambientais,
pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em
regulatórias e comerciais, buscando encontrar oportunidades de
janeiro. A aquisição do bloco BT-PN-2 continua em processo de
investimento que possam beneficiar os negócios do Grupo no Brasil,
aprovação pela agência reguladora.
principalmente na geração termelétrica.
A GDF SUEZ também participou da 12ª rodada de licitações da ANP,
No final de julho, a companhia recebeu a aprovação da ANP (Agência
em dezembro de 2013, com 100% de aproveitamento. A empresa foi
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ) para assumir
ganhadora de seis blocos onshore, na bacia do Recôncavo Baiano,
uma participação de 20% no contrato de concessão referente ao
na Região Nordeste, em parceria com a Petrobras, Cowan Petróleo e
bloco BT-PN-3, na Bacia do Parnaíba, no Maranhão. A participação
Gás e Ouro Preto Óleo e Gás.
pertencia à Vale, que vendeu o ativo, em novembro de 2013, como
BoasNovas
29
GDF SUEZ
A companhia tem 25% de participação em cada bloco arrematado
mais dois anos, no segundo período de exploração. Os contratos de
no leilão da ANP onde a Petrobras é a operadora, com 40%. A
concessão foram assinados em 15 de maio de 2014.
participação restante, de 35%, será da Cowan Petróleo e Gás, no
A bacia do Recôncavo Baiano é o maior produtor em terra do Brasil.
bloco REC-T-268, e da Ouro Preto Óleo e Gás, nos blocos REC-T-225
A produção começou em 1950 e até agora 1,6 bilhões de barris e 70
, 239 , 240, 253 e 254. Neste momento, os sócios trabalham na
bcm3 de gás foram produzidos. Os maiores campos de petróleo em
aquisição de dados sísmicos.
terra, tais como Água Grande e Miranga, possuem reservas superiores
O valor pago pelos seis blocos foi de aproximadamente R$ 6 milhões
a 200 milhões de barris. Parte desta zona ficou inexplorada por causa
em bônus de assinatura, e o investimento destinado ao Programa
do pequeno interesse da indústria pelo gás nas últimas décadas. Com a
Exploratório Mínimo será de cerca de R$ 100 milhões, com duração
mudança do cenário e a valorização do gás, a região ganha relevância e
de três anos, no primeiro período, com possibilidade de estender por
é geologicamente adequada, segundo pesquisas da companhia.
Karina Howlett Martin
Estande da GDF SUEZ atraiu o público interessado em conhecer os projetos e soluções que o Grupo tem em todo o mundo
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Tractebel Energia
ALTA VOLTAGEM
Tractebel Energia melhora
resultado no 3T14
No terceiro trimestre de 2014 a Tractebel Energia apresentou lucro
“Diferentemente de 2013, a estratégia de sazonalização de
líquido de R$ 538 milhões, valor 34% superior ao do mesmo período
2014 favoreceu a segunda metade do ano, e o resultado do
do ano passado, que alcançou R$ 402 milhões. Com esse resultado, a
terceiro trimestre é uma forte sinalização disso”, ressalta o diretor
empresa mostrou recuperação no seu desempenho anual, o que pode
presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres. Porém, ele lembra
ser demonstrado pelo fato de o trimestre ser responsável por 60% do
as dificuldades enfrentadas pelos agentes do setor elétrico no ano,
lucro líquido acumulado no ano.
em especial pelos geradores hidrelétricos. “Ainda aguardamos os
O EBITDA, indicador de performance operacional, atingiu R$ 1,015 bilhão,
números oficiais, mas o nível de geração hidrelétrica do País deve
ou seja, uma elevação de 26% no período, se comparado ao terceiro
ficar em torno de 14% aquém dos compromissos contratuais no
trimestre de 2013. A margem EBITDA no 3T14 foi de 58,5%, incremento
terceiro trimestre, e próximo a 8% no ano. Como todo esse déficit
de 1,5 p.p. em relação aos 57,0% do 3T13. Já a receita líquida de vendas
tem que ser adquirido no mercado de curto prazo, onde os preços
alcançou R$ 1,737 bilhão, 23% maior, reflexo da elevação do preço médio
têm sido de quatro a cinco vezes maiores do que os preços médios
líquido de venda, do incremento do volume de energia vendida, da maior
de venda, as hidrelétricas estão vendo suas margens severamente
receita decorrente das transações realizadas no mercado de curto prazo,
comprimidas. E, no caso da Tractebel Energia, 80% da capacidade
e do reconhecimento dos direitos relativos à recomposição de receita na
instalada vêm das hidrelétricas”, observa o executivo.
câmara de comercialização setorial, a CCEE.
Divulgação CESTE
Usinas hidrelétricas estão na base da geração da Tractebel Energia e se ressentem com a falta de chuvas
Coordenação e edição
Leandro Provedel Kunzler
Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade
da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa
Reportagem e textos
Dfato Comunicação
[email protected]
Jornalista responsável
Duda Hamilton
Concepção gráfica
e editoração
Dzigual Golinelli
Foto da capa
Luana Faustino de Freitas
Tiragem
3.500 exemplares

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