graffiti de odeith no observatório da quinta de santa iria

Transcrição

graffiti de odeith no observatório da quinta de santa iria
cofre
Revista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado
N.º 1
IV série
Ano XX
Jan/Fev 2016
www.cofre.org
PVP €1,00
GRAFFITI DE ODEITH
NO OBSERVATÓRIO DA
QUINTA DE SANTA IRIA
SUMÁRIO
1EDITORIAL |
A PALAVRA DO PRESIDENTE
12INICIATIVA |
ACÇÃO SOCIAL
2UNESCO |
2016 - ANO INTERNACIONAL
DO ENTENDIMENTO GLOBAL
14PERFIL |
NOVA SÓCIA
Educar para a
cidadania global
3 CARTAS DOS LEITORES
A Avó veio trabalhar
Helena Sofia
Delgado dos Santos
5BOAS PRÁTICAS |
DE TUDO UM POUCO
A Lua e a Páscoa
A nossa vida é uma
viagem: já pensou
em desenhá-la?
Sem paciência para
um certo Portugal
16COLABORAÇÃO ESPONTÂNEA |
CURIOSIDADES DO FADO
Da Maria Formosa
ao Abílio Penteado
17COLABORAÇÃO ESPONTÂNEA |
CARTA DE AMOR
Eternamente
namorados
18SAÚDE |
CONSULTÓRIO MÉDICO
A Saúde e a internet
21À MESA |
RECEITA DO CHEF
Delícia de abóbora
FICHA TÉCNICA
24CIÊNCIA |
COLUNA DE ASTRONOMIA
28OUTROS TALENTOS |
URBAN SKETCHERS
6CENTENÁRIO |
VERGÍLIO FERREIRA
A ESCREVER E A PENSAR
Nas estrelas há vida
Queremos chegar
mais longe, estando
cada vez mais perto
26INFORMAÇÕES ÚTEIS |
O QUE HÁ DE NOVO EM 2016
Crianças e ecrãs
8ENTREVISTA |
DR.ª MARIA NATÁLIA BOTELHO
23QUEM É QUEM |
EQUIPA DO FACEBOOK
30OFERTAS AO COFRE |
LIVROS
O meu gato e eu
O meu cão e eu
32NOTÍCIAS |
FORMAÇÃO NO COFRE
34NOTÍCIAS |
O COFRE VISTO POR DENTRO
PRESIDENTE: Tomé Jardim • [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo • [email protected] | EDIÇÃO: Cofre de
Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé Jardim, Elder Fernandes, Manuela Charrua, Catarina Santos, Vitor Luz, Susana Inácio, Sónia Ferreira
| EDITOR: Francisco Pinteus • [email protected] | IMAGEM DE CAPA: Paulo Muge | FOTOGRAFIA: Cláudia Peres
DIRECÇÃO CRIATIVA E DESIGN: Cooperativa Átomo, CRL | PUBLICIDADE: Sara Ferreira | SECRETÁRIA: Sara Ferreira | COLABORADORES DESTE NÚMERO: Natália
Botelho, Máximo Ferreira, Celso Barros, Katya Delimbeuf, José Jorge Letria, Ricardo Loureiro, Francisco Santos, Catarina Ribeiro, M. J. Lobo
CONTACTOS DO COFRE: Rua do Arsenal, Letra E, 1112-8O3 Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 11OO-579 Lisboa
Telefone: 213 241 O6O | Fax: 213 47O 476 • [email protected]
NIF: 5OO969442 | IMPRESSÃO: MULTIPONTO, S. A. | ISSN 2182-1437 | DEPÓSITO LEGAL: 324664/11 | REGISTO ERC: 119146
PERIODICIDADE: Bimestral | TIRAGEM: 44.0OO | PVP: 1,OO€
*A redacção da revista Cofre não obedece ao novo Acordo Ortográfico
EDITORIAL A PALAVRA
DO PRESIDENTE
E
Tomé Jardim
‘
O investimento
para a
angariação de
novos sócios
continua,
tendo este
núcleo
trazido para a
família Cofre
800 novos
Associados
stão perante a primeira Revista do ano e
como podem constatar com um novo formato e grafismo. Será
a iv Série - Ano xx. Optámos por
divulgar nas nossas capas recantos dos nossos empreendimentos.
Esperemos, como tem sido hábito,
que gostem. Apesar de já os ter
endereçado na última revista de
2015, insisto nos votos de saúde,
paz e amor para podermos ultrapassar com optimismo as dificuldades ainda vigentes. O ano de 2016,
como, infelizmente já entrou nos
nossos hábitos, não será fácil. A
crise económica, financeira e social
continua, apesar de um leve desafogo nas nossas remunerações e
aposentações. As prioridades relativas à redução das nossas despesas
familiares, têm de continuar a ser
feitas com cuidado, temos de saber
gerir o nosso orçamento familiar.
Devemos igualmente fazer um esforço para manter o nosso Cofre
robusto na ajuda aos Associados
mais necessitados. No ano transacto pagámos em subsídios por morte
611 115,96€; abonos reembolsáveis atribuídos de 608 7394,47€;
empréstimos para habitação própria e obras foram 898 791,56€
e nos reembolsos pagos relativas às
remunerações perdidas por doença
471 931,38€; sem esquecer as bolsas de estudo e as sénior atribuídas.
Como podem constatar contribuímos para minorar a dificuldade de
muitas famílias. O investimento
para a angariação de novos sócios
continua, tendo este núcleo trazido
para a família Cofre 800 novos Associados.
Nesta revista trazemos uma
grande entrevista agora à astro-
física Natália Botelho, na rúbrica
“Quem é Quem”, continuamos a
mostrar os nossos trabalhadores e
a sua polivalência para as diversas
actividades. Evocamos o centenário do escritor Vergílio Ferreira,
apresentamos uma nova sócia; o
consultório médico debruça-se sobre os cuidados a ter na relação
com a internet que se conjuga com
a nova rúbrica das Boas Práticas.
A página da culinária passará a ser
da responsabilidade da equipa de
restauração da Quinta de Sta. Iria.
A propósito onde estão as receitas
caseiras, antigas e apetitosas dos
nossos Associados, a doçaria conventual, um peixe assado no forno
com aquelas batatinhas pequeninas a acompanhar tão gostosas,
ou um prato vegetariano? Aguardemos. Gostava de ter mais uma
página destinada às receitas das
nossas avós, aqui vos lanço mais
este desafio. O conselheiro Francisco Pinteus traz um curioso artigo
sobre nomes de fadistas. Fomos visitar a "A Avó Veio Trabalhar" um
projecto social premiado. O Prof.
Máximo explica-nos o que é a "Lua
de Páscoa". Lembrando o dia de S.
Valentim, leia uma carta de amor
e muitas outras noticias do que se
faz no Cofre.
Temos inúmeras viagens da parceria Abreu-Cofre e por fim desvendamos um pouco dos nossos
planos para o próximo Verão. No
interior inserimos o Boletim de
Época Alta com data limite de entrega dia 15 de Abril.
Continuamos a esperar por mais
notícias do vosso lado, os contos,
as fotografias, os vossos desenhos,
as histórias de vida, dos locais de
nascimento ou onde se encontram.
Aqui os aguardamos. •
www.cofre.org
1
UNESCO 2016 – ANO INTERNACIONAL
DO ENTENDIMENTO GLOBAL
Educar para a
cidadania global
A
A cerimónia de
Lançamento do «Ano
Internacional para o
Entendimento Global»
decorreu a 2 de
fevereiro de 2016 em
Jena, Alemanha
Missão da UNESCO
consiste em contribuir
para a consolidação
da paz, a erradicação
da pobreza, o desenvolvimento sustentável e o diálogo
intercultural através da educação,
das ciências, da cultura, da comunicação e da informação. Educar
para a Cidadania Global pressupõe:
– alcançar a educação de qualidade
para todos e a aprendizagem permanente ao longo de toda a vida;
mobilizar o conhecimento científico
e as políticas relativas à Ciência com
vista ao desenvolvimento sustentável; enfrentar e resolver os novos
problemas éticos e sociais; construir
sociedades do conhecimento inclusivas e integradoras com o apoio da
informação e da comunicação.
O Ano Internacional do Entendimento Global tem a finalidade
de proporcionar uma compreensão
profunda da maneira com que os
povos devem conviver para garantir
a sustentabilidade.
Fundamento e Objectivos
de um Ano Internacional
do Entendimento Global
❱❱ O Ano Internacional do Entendimento Global criará, a nível
mundial, um entendimento e uma
consciência integral da tradição
natural e cultural de toda acção
humana;
2
www.cofre.org
❱❱ contribuirá para modificar os hábitos nocivos para o meio ambiente
mediante a elaboração de modelos de práticas alternativas exemplares, quotidianas e essenciais,
diferenciados segundo as culturas;
❱❱ promoverá a tomada de consciência da capacidade e das responsabilidades individuais relativas às
decisões quotidianas;
❱❱ encorajará cientistas das ciências
sociais, exatas e naturais, assim
como estudiosos das humanidades, a participarem em investigações transdisciplinares sobre a
sustentabilidade;
❱❱ produzirá módulos didácticos sobre directrizes de estudos que se
aplicarão a todos os níveis de ensino e educação;
❱❱ servirá de catalisador para a
cooperação transdisciplinar nas
práticas sociais e melhorará a
transferência de conhecimentos
científicos diferenciados de acordo com as culturas.
A informação será proporcionada
em cooperação com grandes associados do sector privado para fomentar a sensibilização do público,
por exemplo, por meio da imprensa
escrita, jogos de computadores, redes sociais, plataformas de Internet
(www.global-understanding.info) e
programas de televisão. •
CARTAS DOS
LEITORES
Rua do Arsenal, Letra E
1112-803 Lisboa
❱❱ Desejando a todos um ano de
2016 com Saúde, Paz e Amor. A
minha mãe partiu aos 95 anos e lia
a revista Cofre de fio-a-pavio e alguns artigos em voz alta. Dizia-me:
«Temos de telefonar para lá, porque
o teu pai (também funcionário público) já faleceu em 2004 e não sei
se tenho de pagar quotas.»
A minha mãe era uma grande
mulher, faz-me muita falta e só
queria dizer que ela achava a revista Cofre muito interessante e
actual. Bem hajam.
Maria Gabriela Rodrigues,
Sócia n.º 36769
❱❱ Ontem (e só ontem) recebi a revista do Cofre de Novembro/Dezembro de 2015, onde vi a menção ao programa de Carnaval da
Quinta de Santa Iria. Liguei hoje
para os serviços do Cofre e informaram-nos já estar a lotação esgotada nessas datas para alojamento
na Quinta de Santa Iria. Ora, se a revista só ontem chegou a
casa dos associados, como é possível
já estar a lotação esgotada na Quinta
de Santa Iria? Já no programa da passagem de ano foi igual, antes de eu
ouvir falar nele já estava esgotado.
Espero que este e-mail contribua
para que estas situações não se repitam no futuro.
Com os melhores cumprimentos
Susana Rodrigues,
Sócia n.º 90172
Do nosso sócio José Agostinho
Cristino Joana, sócio n.º 57109
recebemos em mão as correcções
seguintes ao artigo sobre os Presidentes da 1.ª República:
❱❱ Sidónio Pais nasceu em 27 de
Dezembro de 1872 e não em 1918
como consta erradamente.
NOTA: Todas as revistas se repor-
[email protected]
tam aos meses anteriores e não
ao mês em que é recepcionada. A
de Jan./Fev. de 2016 chegará aos
sócios em Março. A revista pode
ter notícias até ao último dia do
segundo mês e só depois entra na
gráfica, que demora o seu tempo
a fazer e endereçar. Consoante a
distribuição dos CTT e a zona do
país, pode chegar entre 10 e 15 ou
depois deste dia.
Os sócios que usam, a internet podem aceder todos os dias e assim
terem acesso às viagens e eventos
mais cedo do que na revista em
www.cofre.org
no Facebook
❱❱ Gostaria de apresentar uma reclamação, embora saiba que esta
de nada vai servir! Mas digo-vos:
se não fosse por ter de perder estes
anos de que sou sócia, eu desistiria!
O Cofre de nada me está a servir! Recebi hoje a vossa revista de
Nov./Dez. /2015, e pensei inscrever-me para ir à Quinta de Santa Iria.
Qual não é o meu espanto quando
vejo que já esgotaram todos os lugares! Por favor respondam-me.
Não tem possibilidades mesmo de a
revista chegar às mãos dos sócios no
primeiro mês, neste caso Novembro?
Durante uns anos ia ao Vau na
época baixa, logo após me ter aposentado. Tinha o desconto de 50%.
Passados uns tempos tiraram essa
regalia e mais outras, das quais fiz
na altura própria reclamação, de
que de nada serviu! Deixei de ir para o Vau. Acabou-se. Quaisquer passeios ou viagens
nunca me foram avisados atempadamente.
Sou sócia para nada, ou só para a
minha filha receber o dinheiro que
lhe é devido.
O Cofre há anos atrás levantou
facebook.com/
cofredeprevidenciafae
a hipótese de adquirir algum alojamento no Sotavento Algarvio.
Fiquei radiante com a ideia, pois é
a zona do Algarve que verdadeiramente me apaixona pela beleza da
Ria Formosa. Ficou em nada e nunca mais falaram no assunto. Quando um dia reclamei pessoalmente,
um senhor do Cofre que me atendeu respondeu-me que posso vir a
precisar um dia dos Lares do Cofre!
Poderá acontecer, mas enquanto tenho possibilidades gostaria de usufruir de algo mais do Cofre, que não
fosse de um Lar. Achei muito deselegante este comentário!
Agradeço que futuramente façam
qualquer coisa, tomem medidas,
para que a revista do Cofre chegue
atempadamente às minhas mãos.
Lamento tudo isto, mas não foi
para estas situações que há anos me
tornei associada do Cofre, e longe
estava da idade de ir para lares...
Maria Helena Rino de Moraes,
Sócia n.º 70127
❱❱ Venho por este meio informar V.
Ex.ª que há bastante tempo que não
tenho qualquer ligação com V. Ex.ª,
por isso junto uma revista da Câmara Municipal de Elvas (Dezembro de 2015) em que mostra a beleza e cuidados e boa conservação
do Forte da Graça, que é digno de
se apreciar.
Mais informo V. Ex.ª que a minha
colecção de Relógios de Sol já tem
mais figuras e em breve irei fazer
uma exposição no Museu Municipal da Fotografia a cargo do Dr.
João Carpinteiro.
Peço desculpa desta minha letra,
mas é culpa da minha doença.
Com os melhores cumprimentos.
Heraclides Oliveira,
sócio n.º 47165
www.cofre.org
3
Douro
5 a 12 set.’16
Itinerário:
1º dia: Lisboa / Coimbra / Porto
2º dia: Porto / Régua / Bragança
3º dia: Bragança / Mirandela / Porto /
Coimbra / Lisboa
Preço (por pessoa):
Mínimo 40 participantes:
Duplo
€ 315
Individual
€ 365
Condições
Inclui: autopullman de turismo + 1 noite de alojamento
no Hotel Mercure Porto Gaia | 4 estrelas, em Vila Nova
de Gaia, com pequeno-almoço e jantar incluído com
bebidas + 1 noite de alojamento no Hotel São Lázaro
| 3 estrelas, em Bragança, com pequeno-almoço e
jantar incluído com bebidas + visita guiada ao Porto
+ visita guiada à cave do vinho do Porto com prova
de vinhos + cruzeiro no Douro com almoço incluído
(bebidas incluídas) + visita guiada a Bragança +
acompanhamento por guia interprete nacional durante
toda a viagem + seguro de viagem Abreu.
Exclui: despesas de carácter particular + tudo o que
não estiver devidamente mencionado como incluído no
programa
Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas
hoteleiras vigentes. Poderão eventualmente ser
alterados caso se verifiquem variações significativas.
Não efectuamos qualquer tipo de reserva.
SEGURANÇA E
COMPETÊNCIA
A Agência em que os
portugueses mais confiam
para viajar.
ESCOLHA
DO CONSUMIDOR
AGÊNCIAS DE VIAGENS
A Agência de Viagens
escolhida pelos portugueses.
Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.org
Para mais informações e reservas:
Cofre: 21 324 10 60
Agência Abreu: 21 355 21 70
NA SUA LOJA ABREU | ABREU DIRETO Telef.: 707 20 1840 | Web: www.abreu.pt
Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016
A sua marca de confiança
BOAS
DE TUDO
PRÁTICAS UM POUCO
Por Katya Delimbeuf (*)
Crianças
e ecrãs
N
ão, não é impressão: os
miúdos andam mesmo
grudados aos ecrãs.
Isso não tem consequências?
Tablets, consolas de jogos, smartphones (nem que sejam os dos
pais), computadores, televisão…
Cada vez mais, quando olhamos
em volta e vemos crianças, elas
estão agarradas a um aparelho
electrónico. Sobretudo em locais
públicos, quando os pais as querem «bem-comportadas» – mas
também em casa. De facto as
crianças passam muito tempo em
frente a ecrãs. Contudo são crescentes os estudos que chamam a
atenção para os efeitos negativos
dessa prática. O uso diário desses
aparelhos pode ser a causa de o
seu filho andar irritado, cansado,
mais excitado. Níveis de excitação
crónicos têm impacto nas capacidades e memória e na aprendizagem. Ao contrário do que muitos
pais pensam, não é precisa muita estimulação electrónica para
afectar um cérebro em formação.
Experiências em que estes gadgets (suportes) foram retirados às
crianças, permitindo um reset (reposição) do sistema nervoso, tiveram excelentes resultados a nível
da melhoria do sono, concentração e organização e registaram
uma aproximação maior da criança à natureza, assim como um
maior papel da imaginação. Há
várias explicações: por um lado, o
tempo de ecrã perturba o sono e
desregula o relógio biológico, por
causa da luz irradiada, que reduz
a produção de melatonina, desencadeada pela escuridão. […] Além
disso, a excitação não permite um
sono profundo, e é através deste
que o corpo e mente se reparam
[…]. A produção de dopamina libertada nos jogos é repetida vezes
sem conta, e, à medida que isso
acontece, a criança vicia-se e piora
a sua capacidade de concentração.
[…] Tânia Gaspar, professora doutorada em Psicologia na Universidade Lusíada de Lisboa, confirma
que, «em média, os jovens passam
três a cinco horas com os media
(entre televisão, computador e jogos) sendo este tempo superior ao
de ocupação de tempos livres em
actividades físicas e só ultrapassado pelo tempo passado a dormir.
Segundo o estudo «Health Behaviour School-Aged Children» em
Portugal, de Margarida Gaspar de
Matos, em 2010, os jovens que passam três ou mais horas por dia em
actividades de ecrã têm uma qualidade de vida menos positiva do
que os que passam até duas horas
por dia em frente do monitor. […]
Mas a saúde «está no equilíbrio».
«As actividades frente ao ecrã podem ser um factor protector e de
desenvolvimento sócio-cognitivo e
de bem-estar, desde que esse tempo não seja excessivo e tenha supervisão parental.» Fica o aviso. •
(*) Artigo publicado na revista do jornal
Expresso, edição n º 2332, de 08/08/2015 e
devidamente autorizado pela autora
www.cofre.org
5
CENTENÁRIO VERGÍLIO FERREIRA
A ESCREVER E A PENSAR
José Jorge Letria, Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores
Sem paciência para
um certo Portugal
V
Uma medalha e
um selo postal
foram lançados
para assinalar
o centenário do
nascimento do
escritor.
6
www.cofre.org
ergílio Ferreira, é
bom que isso seja
recordado e celebrado, foi um dos nossos mais importantes criadores literários de todos os
tempos, mas também um homem do
pensamento com uma ligação intensa a importantes correntes da filosofia do século xx. A sua obra memorialística e de registo do quotidiano,
condensada nos vários volumes de
Conta-Corrente tem páginas essenciais para o conhecimento do
que foi a sua relação com a escrita,
com a vida e com os outros. Nunca
foi um crítico passivo das coisas do
seu tempo, a começar pela política
e a acabar na feira de vaidades que
costuma envolver a literatura. Não
tinha como meta nem como estratégia fazer amizades que o tempo
fazia declinar e morrer sob o efeito
implacável da decepção e do cansaço. Nesse sentido, poderá dizer-se
que nunca pactuou com o óbvio e
com o dispensável. Passou sempre
adiante com a sua verve cortante e
certeira.
Para os leitores da sua obra, houve
dois títulos – Pensar de 1992, e Escrever, livro póstumo de 2001 – que
nos trazem a matéria profunda e envolvente de um pensamento filosófico e crítico sobre o acto de escrever
e de reflectir acerca das questões
centrais e inadiáveis da vida.
Pertenço à geração de leitores que
fez de obras como Vagão J e Manhã
Submersa, entretanto adaptado ao
cinema por Lauro António, textos
de referência obrigatória que en-
grandeceram a literatura portuguesa e construíram um universo ficcional mais de matriz existencialista
do que filiado nos cânones do dominante neorrealismo com que nunca
simpatizou ideologicamente, por
se sentir politicamente afastado da
área de intervenção e influência do
PCP e dos marxistas em geral, fonte
de tensões e afastamentos que muito marcaram o seu percurso intelectual e humano num país e numa
capital sem liberdade nem democracia, onde foi professor destacado de
escolas como o Liceu Camões. Pelas
suas mãos como professor passaram
algumas das mais marcantes figuras
da vida intelectual e política de várias gerações.
Em 1992 foi eleito para a Academia das Ciências e recebeu, muito
merecidamente, o Prémio Camões,
como reconhecimento definitivo de
uma obra única no Portugal da segunda metade do século xx.
No início de 1992 participei com
Vergílio Ferreira nos Dias da Cultura Portuguesa em Frankfurt, cidade
em cuja biblioteca central o escritor
leu fragmentos de dois ou três romances entretanto lidos também na
tradução alemã. Vencidas a secura
e frieza iniciais de um homem que
se sentia doente e não queria viajar,
construímos uma relação de cordialidade e afecto que Vergílio Ferreira
muito amavelmente menciona num
dos volumes das Conta-Corrente.
Visitámos exposições de pintura
e falámos sobre literatura e sobre
Portugal. Contou-me histórias pitorescas, e algumas até picarescas, dos
Publicação da obra completa
seus anos de estudo em Coimbra.
No regresso a Portugal falou-me de
Eduardo Lourenço, referindo, com
ironia, a forma como o ensaísta e
professor convertia em livro a sua
correspondência com os escritores
com quem mais se dava. De Eduardo Prado Coelho e de António Vitorino, seus alunos no Liceu Camões,
disse-me com pontaria e gosto: «São
inteligentes mas têm um defeito. Estão sempre a pensar!». E quem isto
disse, para eu registar na memória,
foi um homem do pensamento e do
combate de ideias. Se acreditava na
posteridade não mo disse, mas não
parecia estar preocupado com a
companhia que o ajudasse a chegar
lá. Era assim mesmo e não disfarçava este traço dominante da sua forte
personalidade, cheia de asperezas e
impaciências
Ainda o reencontrei uma ou duas
vezes, uma delas em Fontanelas,
onde tinha casa, talvez um ano antes da sua morte, em Março de 1996.
Recordo-o sempre pela excelência
da sua obra, pela qualidade do seu
pensamento e pelas asas que conseguiu dar à escrita. Falou de temas
tão duros como a ausência, a solidão
ou a saudade, também retratos de
um tempo e de um país que tão bem
conheceu e amou e com o qual tantas vezes amuou e se zangou. Neste
centenário, volta teimosa e eficazmente a estar entre nós e connosco,
trazendo o seu nome e a sua memória o melhor do que nos deixou. De
uma obra, única e pujante, que agora oportunamente se reedita. A não
perder. •
A editora Quetzal vai reeditar, ao longo de 2016,
a Obra Completa de Vergílio Ferreira. O romance
de estreia, O Caminho Fica Longe, de 1943, há
longos anos fora do mercado com prefácio de Hélder
Godinho, e que agora inclui as alterações feitas
pelo autor sobre a primeira edição apreendida pela
Censura, saiu no dia 22 de Janeiro a que se seguiu
1000 Frases de Vergílio Ferreira, organização
de Luís Naves. Seguem-se Rápida a Sombra (1974)
e uma das suas mais famosas obras Aparição. Está
prevista para final de Fevereiro, coincidindo
com um colóquio organizado pela Universidade de
Évora, os cinco volumes de Espaço do Invisível em
e-book, o formato digital em que também passarão
a estar disponíveis os nove volumes do diário
Conta-Corrente. Regressam às livrarias os dois
inéditos que a Quetzal publicou há quatro anos,
a novela A Curva de Uma Vida (1938) e o romance
Promessa (1947). Em junho será reeditado Cântico
Final (1960) e, em e-book Sobre o Humorismo de Eça
de Queirós, com posfácio de Onésimo Teotónio de
Almeida. A editora planeia que o ano do centenário
de Vergílio se encerre com a publicação de Onde
Tudo Foi Morrendo.
(Condensado de Jornal de Letras,
de 6 a 19 de Janeiro de 2016)
www.cofre.org
7
ENTREVISTA DR.ª MARIA
NATÁLIA BOTELHO
Conduzida por Luísa Paiva Boléo
Nas estrelas
há vida
O
interesse pela Astronomia tem ganhado
nos últimos anos um
notório interesse por
parte da população
até aí alheada das coisas do Universo. A super Lua em 2015 despertou,
até nas crianças, o gosto por saber
mais sobre a origem e evolução de
estrelas, planetas e galáxias. O Cofre de Previdência tem um Observatório astronómico na Quinta de
Santa Iria com acções que têm des-
pertado considerável afluência. Em
2015 deu-se em Portugal a fusão
dos dois centros de investigação do
Universo, do Porto e de Lisboa de
que resultou o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço o que vai
proporcionar que a cada dia tenhamos mais jovens a querer estudar a
nível superior sobre a matéria. Entrevistámos a astrofísica Dr.ª Maria
Natália Botelho que nos veio trazer
mais luz sobre esse tema fascinante.
Terminou a licenciatura em Química
do ramo educacional, como chegou à
Astronomia?
O interesse pela Astronomia surge
por volta de 1990/1994 quando o
Museu de Ciência da Universidade
de Lisboa decide realizar a 1.º Astrofesta nacional na Serra d’Ossa.
Também ajudou a ida a congressos
e encontros sobre educação e ensino
de Física, Química onde víamos trabalhos de professores de outros países que usavam a observação do céu
como estratégia de ensino. Em 1994
inscrevi-me na APAA, Associação
Portuguesa de Astrónomos Amadores, para incentivar os jovens para a
importância das ciências exactas.
Gostou da docência? Qual a escola
onde esteve mais tempo. Os alunos
eram mais interessados do que hoje?
Não se pode estar 35 anos no ensino
sem se gostar do que se faz. Aliás a
carreira de professor é (ou era até
2010) das poucas que exigiam exclusividade. Estive quase 30 anos na
Escola Secundária de Pedro Nunes.
Os alunos tinham pais mais envolvi-
8
Nota biográfica
dos na comunidade escolar por via
das Associações de Pais/Encarregados de Educação e porque estudar
era a forma correcta de se ascender
na vida. As turmas tinham 22 alunos no máximo, os turnos 12 alunos
e a ida aos laboratórios era sagrada; não se andava a preparar para
exame todo o ano. Abrir um livro
era uma aventura. E depois a revolução que se passou após 1978/80
na Formação de Professores com
ministros da Educação e da Ciência
que sabiam do envolvimento de sua
universidade de origem na coordenação de estagiários para ensino
(Mariano Gago) se realizava apenas nas universidades públicas. Ao
fim de um a dois meses mesmo as
turmas com dois a três elementos
mais difíceis estavam empenhadas.
Quanto aos alunos de hoje serem
piores ou iguais aos de ontem, se
sabemos que há crianças de 4 anos
que já têm em seu quarto televisor,
ligação internet, consola de jogos,
aparelhagem de som, lap top, e demais gadget que usam à sua inteira
responsabilidade mas não se vê uma
estante com livros (não os das aulas)
que vão estes alunos fazer à escola!? Muitos entregues a empregadas
‘
Galileu foi o
primeiro a usar
a luneta que já
era companhia
de mestres
marinheiros
que nem português europeu falam.
Exige-se aos professores uma multidisciplinaridade que não está em
seu estatuto: ser médico, psicólogo,
pai, mãe, padre, pastor e confessor. E nem foram sequer formados
para substituir os pais e os avós dos
jovens. Será que os senhores fazedores de leis dos últimos dez anos
sentem a importância do professor
na construção do futuro de um país?
Todos os anos há fenómenos
astronómicos que despertam a maior
curiosidade E este ano de 2016?
Este ano de 2016 temos um eclipse do
Sol na Indonésia (Sumatra) para quem
pode viajar. Aqui em Portugal teremos a 8 de Março Júpiter visível toda
a noite; a 16 de Abril Marte estará na
máxima aproximação à Terra; a 9 de
Maio um trânsito de Mercúrio; e claro
as perseídas á volta de 12 de Agosto e
que este ano de acordo com os cálculos efectuados prometem ser de tal ordem que devemos marcar férias para
locais escuros entre 9 e 17 de Agosto.
Galileu Galilei foi mesmo o
pioneiro do uso do telescópio? E na
época de Ptolomeu como era?
Galileu foi o primeiro investigador
científico. Até aí os homens dedicavam-se a construir tabelas. Anotavam o que observavam no seu e com
fins de prever o futuro e apoiarem
a agricultura. Não lhes interessava
interpretação ou explicação do que
anotavam. Ora, um conjunto de dados referentes às manchas solares,
por exemplo, não são investigação.
Trata-se de uma colecção, um catálogo. Ora Galileu registou em caderno,
interpretou e comunicou esses dados
aos colegas professores da área de
Matemática (a Física não estava separada da Matemática). Ele foi o 1.º
a usar a luneta que já era companhia
de mestres marinheiros. Adaptou-a à
Natural de Paranhos (Porto),
25 de Dezembro de 1942.
Licenciatura em Química,
ramo educacional, pela
Universidade de Lisboa;
1973/74 - Estágio na Escola
Secundária de Passos Manuel,
Lisboa;
1993/1994 - Pós-graduação em
Ensino de Física e Química na
Universidade de Aveiro;
1997 - 1.ª Escola de Verão em
Física Atómica e Nuclear no
IST;
2002 - Fusão Nuclear,
TOKAMAK, ISTOC; 1.ª Escola
de Astrofísica e Gravitação,
escola de Verão no IST;
2002/2003 - Pós-graduação em
Ensino de Ciências/variante
Química na Universidade
Aberta, Lisboa (robots
seguidores de pista), IST
e mais cursos sobre uso da
informática no Ensino das
Ciências, Gestão escolar,
etc.;
2006 - Projecto EU-HOU. Hands
On Astronomy; Curso sobre
Segurança em Laboratórios
e Edifícios Escolares na
Universidade de Coimbra e
cadeiras anuais de Geologia,
Mineralogia, Cristalografia,
Desenho de Máquinas;
2006/2008 - Mestrado em
desenvolvimento curricular
pela Astronomia/Mestrado
em Ensino de Astronomia na
Universidade do Porto;
- Campeã de Robótica.
Escolas onde leccionou em
exclusividade:
Quatro anos como docente do
11.º grupo em Luanda, Malanje
e Cabinda; Escola Alfredo
da Silva no Barreiro; quatro
anos na Escola Secundária
Passos Manuel; Escola
Secundária de Alcácer do Sal,
Escola Secundária de Pedro
Nunes e Escola Secundária
Professor Herculano de
Carvalho.
www.cofre.org
9
ENTREVISTA
observação de astros comprando lentes aos melhores fabricantes de vidro
que poliu e conjugou. Adaptou o tubo
da luneta de modo a que o feixe de
luz que vinha dos astros fosse menos
aberto (uma espécie do que se chama hoje diafragma). A minha tese foi
sobre O Mensageiro das Estrelas de
Galileu Galilei e li mais de 100 livros.
Ouvi falar nas Astrofestas. O que são?
Astrofesta é um acontecimento anual
que se realiza com apoio do Museu
de Ciência e outras entidades científicas num local com céu escuro, por
ocasião dos meses de férias e em noite ou perto de Quarto Crescente. Em
geral ocorre entre 25 de Julho e 25 de
Agosto. Nele se reúnem clubes de astronomia, grupos de ciência, centros
Ciência Viva, astrónomos amadores
com seus telescópios e para além das
noites de 6.ª feira para sábado e sábado para domingo temos palestras
técnicas sobre telescópios e astro fotografia, teóricas e estratégias de ensino. Por vezes as autarquias juntam-se e há a parte cultural da zona em
visita. Para estar presente nelas nada
se paga de inscrição e os astrónomos
levam seu equipamento… É que sem
eles nada se faz e tudo de graça.
Para si que observa os céus deve
ter uma «intensa vida nocturna».
Fale-nos sobre isso. Algum episódio
mais memorável.
Nas astrofestas ou observações com
público, não estudantes da área, às
vezes surgem «coisas do arco-da-velha». Chamam-me «astróloga»!
Para evitar tal, começo por me dizer astrofísica e depois mais à frente
explico que não sou e porque detesto «maias» (não a abelha Maia). Estar a ver Marte e perguntarem: «e
o que significa estar Marte ali? Vai
ser mau?» E quando lhes mostro a
ISS (estação Internacional) ficarem a
10
www.cofre.org
Aurora no Pólo Sul de
Saturno vista pelo
telescópio espacial
Hubble
duvidar porque pensavam que seria
como as naves dos filmes de ficção:
um objecto enorme estilo disco voador. Também me sucedeu estarem as
pessoas em fila para olharem pelo
telescópio e como a escuridão é total
pôr-me a explicar a Mariano Gago
o que era aquela estrela azulada até
que percebi que era mesmo ele.
O que aconselha a quem vive em
centros urbanos cheio de luzes
nocturnas que são inimigas de uma
boa observação?
Para uma observação nocturna, e falo das que decorrem de
30 minutos antes do pôr-do-sol
até às 5 ou 6 da madrugada, devemos levar agasalhos: sapatos
de solas de borracha, barrete, luvas de lã, collants, creme protector para lábios, rosto, repelente,
parkas e vestuário quente, xaile/
/cobertor, bebida quente não alcoólica, alimentos não salgados, como
pastéis de bacalhau ou enchidos,
que pedem água. Um binóculo mesmo do avô ou de teatro, uma lanterna com vidro vermelho. É proibido
usar telemóvel, fumar num raio de
50 m do telescópio (as oculares são
caras e não limpas como os óculos),
usar flash ou qualquer luz branca
ou verde. Apenas se pode usar luz
vermelha e nunca a dirigirem para
o rosto de outros. Usa-se lanterna
Lançamento da
Apollo 11 a bordo
do foguetão
Saturn V, no dia
16 de Julho de
1969
‘
Astrofesta
é um
acontecimento
anual que se
realiza em
geral entre 25
de Julho e 25
de Agosto
APAA – Associação Portuguesa
dos Astrónomos Amadores
www.apaa.co.pt
Ed White durante
o primeiro passeio
espacial em 1965,
na missão Gemini 4
aprendem estando em contacto com
os abstracts e a Sociedade Portuguesa de Astronomia.
em que se pinta o vidro com duas
camadas de verniz de unhas vermelho ou celofane vermelho. Convém levar uma cadeira ou banco
cómodo pois 7 horas em pé é duro
e no chão podem existir lacraus.
O local deve ser escuro, longe de
aldeias, localidades, estradas, no
Alentejo com segurança! (sem bois,
touros ou cavalos à solta…). Para
quem vive em Lisboa o melhor local fica a 35 km vezes dois (ida e
volta) de Lisboa, via ponte Vasco
da Gama. Para se ir a 1.ª vez tem de
se ir acompanhado de quem conheça. O terraço do Museu de Ciência
em Lisboa é bom.
É verdade que as ciências do espaço
são a área de investigação que
em Portugal tem maior impacto
internacional, afirmação do
astrónomo José Afonso?
Para se seguir Astronomia, presentemente tem de se fazer uma licenciatura em Matemática, Física ou Química, Informática. (Não se faz hoje
investigação em Astronomia sem um
químico). A seguir procura-se a universidade que tenha um mestrado em
Astronomia e faz-se concurso com
currículos profissional e académico.
Um engenheiro, arquitecto, médico
pode fazer mestrado em Astronomia
pois sabe física, química e matemática. Recordo que apenas as universidades públicas com astrofísicos, professores investigadores ligados à área são
capazes de dar 12 cadeiras por ano
deste mestrado: há aulas práticas e
teóricas. Desconfiai sempre de cursos
on line! Avisei. Presentemente as universidades mais envolvidas com Astronomia são a de Lisboa e a do Porto.
Para os amadores da Astronomia e
Astrofísica qual o primeiro passo a
dar para saber mais?
Para quem gosta de astronomia e saber o que vai ocorrer no mês podem
usar-se os sites dos Observatórios
Nacionais; para quem gosta a sério,
uma revista sobre astronomia comprada ali perto do elevador da Glória, Restauradores como a Ciel & Espace, Astronomy, Astronomie, Sky
and Telescope, Astronomy Now, Sky
at Night. As revistas boas de astronomia para amadores devem estar nas
bancas até dia 1 de cada mês e em
geral saem a 28/29 do mês anterior.
Os astrofísicos ou quem tem mestrado em Astronomia e Astrofísica
Temos verificado na Quinta de
Santa Iria do Cofre crianças muito
interessadas e que querem saber
mais. Qual a idade que recomenda?
Idade para se iniciar observação do
céu? Começa-se na aldeia junto aos
avós e a olho nu aos 4 anos de idade.
Aos 18 meses já sabem procurar a Lua
desde que a família seja interessada.
As noções de astronomia actuais não
são as dos tempos de nossos pais ou
avós. Agora o estudo mais sério começa no 7.º ano de escolaridade e vai
até ao 10.º ano em Física e Química.
Quanto a ensinar-se aos filhos e netos convém ir ao site Bad Astronomy
para não se cometerem erros. Há livros em português na APAA escritos
por Guilherme de Almeida, Pedro Ré
e Máximo Ferreira que ultrapassam
tudo o que venha do estrangeiro. Não
costumo ter à volta do telescópio menores de 14 anos sem ser devidamente
acompanhados e nunca para além das
20h00. As crianças têm de ser crianças. Terão a vida toda para ver eclipses e chuva de estrelas. Crianças não
são adultos em miniatura e portanto
não sabem que não se brinca às correrias à volta de telescópios. Levanta pó
que estraga lentes de quase 500 euros!
E recordai que as oculares são altas e
se não andar com escadote, é que depois do telescópio em estação (no meu
caso demora a colocar em estação
mais de 30 min) não se pode apoiar
no tripé ou telescópio no campo. Não
falo em telescópio em observatório
fixo. As crianças que já frequentam
o 1.º básico podem estar em campo
mas com astrónomo, professor que
fale apenas para eles e que pela sua
formação sabe comunicar com esses
jovens. Não é o mesmo falar de relatividade para maiores de 14 e adultos…
Ser professor não é para todos e claro
também não se nasce professor.
Como ocupa o seu tempo fora da
Astronomia?
O meu tempo é ocupado pelo apoio a
atletas de alta competição de ginástica artística e acrobática nas áreas de
Física e Química e na organização da
conciliação de treinos, estágios e aulas
em escola pública; no sindicato, reformados na APRE; na política europeia
e do meu país e ainda na formação
científica de fenómenos do dia-a-dia
de adultos maiores de 65 anos.
Conhece o Cofre de Previdência? É
sócia?
Depois de falar consigo já fiquei a
saber das vantagens, e como já estou aposentada, vou ponderar fazer-me sócia. •
www.cofre.org
11
INICIATIVA ACÇÃO
SOCIAL
Sónia Ferreira e Susana Inácio
A Avó veio
trabalhar
C
omo velhos conhecidos,
fomos recebidos no ateliê na Rua do Poço dos
Negros (Lisboa), e logo
nos sentimos em casa.
Enquanto as palavras se soltavam em
torno de uma mesa cheia de peças
em construção e colecções já terminadas, uma das avós, a D. Albertina,
adiantava trabalho, já que a sua presença na cidade é sazonal.
– Mas afinal, de que falamos?
Nesta era dos significados, é valorizada a imagem e a história transmitida, subentendendo um envolvimento
emocional. Com estas premissas em
mente, junta-se o design de moda ao
envelhecimento activo e surge «A
Avó Veio Trabalhar».
– Aqui, usa-se o design como “ferramenta de capacitação e transformação das pessoas», comenta Ângelo
Campota, psicólogo de formação e
que partilha com Susana António, a
criação e coordenação deste projecto.
– Mas de onde surge este projecto
social que apresenta uma lógica que
foge ao lugar-comum da visão tradicional dos idosos e da sua forma de
estar perante a sociedade? De onde
vem esta ideia, que reforça estes
seniores enquanto peça central do
modelo, pedindo-lhes que transmitam e até que aprofundem competências apuradas ao longo dos mais
de «65 anos de experiência»?
Em 2013, o Ângelo e a Susana criam
a Fermenta, recuperando ideias e sonhos que ambicionavam desenvolver.
Chegam à conclusão que querem trabalhar com a população idosa, explorando todo o seu potencial. Come12
www.cofre.org
çaram na Junta de Freguesia de São
Paulo (Lisboa) e nos Centros de Dia
da zona, mas rapidamente abrem um
espaço próprio, dando assim como
concluída a primeira fase do projecto:
a criação de uma identidade.
Recuperando os lavores domésticos
e as artes manuais, transformam o legado dos seus «mestres» em colecções
atractivas, customizadas, contemporâneas e com impacto comercial,
acompanhando as tendências. Criam
produtos mas também serviços como
as oficinas (workshops) ou peças para
algumas entidades privadas. Trabalham a costura e o bordado em suportes tão diversos como a fotografia e a
ilustração, e o trabalho do tear tradicional sobre o cartão e a serigrafia.
A dinâmica de grupo é muito interessante. Ao compreenderem o sucesso obtido com as primeiras colecções de luvas e almofadas, as avós e
os avôs estão hoje mais receptivos a
conceitos mais arrojados e desafiam-se na utilização de cores ou formas
que anteriormente seriam improváveis no seu léxico. É desta forma
que Ângelo e Susana trabalham a
educação visual, expondo o grupo
a novas linguagens, materiais e conceitos onde não falta a apresentação
de propostas de criativos internacionais.
Sendo o grupo maioritariamente
feminino, na equipa existe muito espaço para os avôs que, como o Sr. Domingos, exploram maioritariamente
as técnicas de serigrafia e dos teares.
Este ano, os alunos de design de
moda da Faculdade de Arquitectura de Lisboa juntaram-se aos avós
Início de projecto
Collection
Three Corega,
2016
‘
Tem como
missão
impulsionar
o poder de
intervenção
dos seniores
na sociedade
Alípio Padilha
Pedro Sadio
Ângelo Campota
co-coordenador
do projecto
e criaram uma inovadora colecção
de camisolas. Numa simbiose ímpar
que já transpôs as paredes do ateliê,
cada par aluno-avó/avô, desenvolveu
conceitos e juntos meteram mãos... à
lã. Esta colecção foi apresentada a 30
de Janeiro, fazendo render qualquer
um à sua espectacularidade. O público-alvo das suas obras são maioritariamente turistas estrangeiros que
encontram nestas obras verdadeiras
peças de autor.
Sónia Ferreira
Alípio Padilha
Susana António,
co-coordenadora
do projecto
Mas trabalham já com uma loja
em Paris que lhes encomenda as
peças personalizadas. Em Portugal,
estas podem ser adquiridas no ateliê na Rua do Poço dos Negros e no
Museu das Comunicações.
A consciencialização do valor deste
capital humano também se faz através do investimento na qualidade das
relações informais. Assim, nada mais
natural que durante a conversa, se
juntasse a nós mais uma mestre costureira. Sentada num sofá disse-nos
que apenas aguardava a chegada do
seu filho que a levaria a almoçar, não
podendo demorar-se. Este ateliê tornou-se um ponto de segurança e de
encontro que faltava a muitos residentes da freguesia de São Paulo.
Este sentimento de apropriação do
espaço estendeu-se a outros lugares,
através da realização de oficinas dadas pelos mestres avós. São geralmente espaços comerciais que apesar de hoje já serem frequentados
por esta população, numa primeira
abordagem, sentiam-lhes vedado o
seu acesso. A devolução do bairro a
estes moradores foi o completar da
segunda fase deste projecto.
O objectivo seguinte passa por
trabalhar a independência do grupo, incentivando à criação de uma
rede informal de relações externas.
Trata-se de um modelo que apela à
organização social e ao seu intenso
envolvimento.
A relações públicas do projecto é a
D. Fernanda que não se resignando
com os seus 80 anos, representa o
espírito desta marca: a vida, felicidade, dinâmica, a validade do seu
lugar na sociedade sem subserviência. É o modelo social que se deseja
para as pessoas desta faixa etária.
Sendo uma marca emocional, apostam no Storytelling, criando narrativas que apelam ao imaginário e a
etiqueta dos produtos, com uma fotografia do mestre que a criou, é um dos
pontos mais fortes e apelativos. Estes
pequenos detalhes são uma injecção
para o ego destes mestres artesãos e
tornam o produto mais humano e sincero para os seus compradores.
E por último, falta-nos falar do Corvo Dourado que já canta na casa da
avó e que durante a conversa, esteve
tranquilamente pousado entre as luvas, camisolas, linhas e tecidos. Este
projecto catalisador de ideias e de
identidades foi reconhecido pela Time
Out como a Melhor Ideia de 2015. Este
merecido reconhecimento, impulsiona
os seus mentores a abrir portas a novas aventuras. Estando este projecto
consolidado no Poço dos Negros, expande-se agora a Campo de Ourique,
procurando novos talentos com «mais
de 65 anos de experiência».
A nós, resta-nos desejar que continuem a entrelaçar ideias e vidas,
criando esta grande teia social. E aos
nossos associados do Cofre, aconselhamos uma visita ao ateliê do projecto e, quem sabe, a partilhar a sua
experiência e revolucionar a moda
do design português.
Mas tem só 50 anos? Que pena,
ainda é muito novo. Menores de 65,
vá lá, 60 anos, não são admitidos.
Mas pode sempre participar nas oficinas. Acima de tudo não deixe de
se inspirar. •
www.cofre.org
13
PERFIL NOVA
SÓCIA
Helena Sofia Delgado dos Santos, 39 anos, Sócia n.º 105125
Ver um bom filme é
um dos meus prazeres
Nota biográfica
Nasci na Covilhã em Fevereiro
de 1976. Vivo na Serra D’El
Rei, com a minha filha e o meu
marido e os dois filhos dele.
Fiz mestrado em Marketing e
Promoção Turística e hoje em
dia trabalho na Escola Superior
de Turismo e Tecnologia do
Mar como Técnica Superior.
Tenho 10 anos de experiência
profissional no sector privado
e em 2008 ingressei na função
pública.
O meu hobby actual é descansar.
A minha filha tem 4 anos, os
miúdos estão a caminho da
universidade e a vida passa
a correr… por isso aproveito
sempre que posso para
descansar.
Gosto muito de cinema, ver
um bom filme é um dos meus
prazeres.
Adoro conhecer sítios novos e
ter novas experiências, mas o
bom da vida vou sempre buscá-lo
às pequenas coisas.
14
www.cofre.org
N
asci na Covilhã, passei
pela Guarda, Coimbra, Caldas da Rainha
e Peniche. Na Guarda
tirei o bacharelato em
Comunicação e Relações Públicas,
em Coimbra concluí a licenciatura
em Comunicação Organizacional,
nas Caldas da Rainha trabalhei e
em Peniche trabalho actualmente
na ESTM – Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar. Foi também nesta escola que obtive o grau
de Mestre em Marketing e Promoção Turística.
Fui casada, mas passados três
anos vimos que afinal o nosso futuro não era em conjunto, mas felizmente há segundas oportunidades e vivo em união de facto há já
10 anos com a minha alma gémea.
Temos uma filha em comum com 4
anos e mais dois filhos do anterior
casamento do meu marido, com 16
e 18 anos.
Iniciei a minha vida profissional depois de terminar o curso, em
1998 com um estágio nas Caldas da
Rainha. De estágio passou a contracto numa agência de publicidade.
Depois passei por uma empresa de
produtos químicos, fui professora de espanhol em escolas de línguas e numa escola profissional e
fui também consultora imobiliária
na Nazaré onde trabalhava exclusivamente o mercado estrangeiro,
o que me fez desenvolver a perícia
nas línguas, pois o espanhol e inglês
eu já dominava, mas melhorei muito o francês. Foi uma experiência
totalmente diferente com pessoas
de hábitos e culturas diferentes,
viajei pelo país inteiro e considero que este foi o meu maior desafio profissional, pois fez-me crescer
como pessoa, desenvolver várias
aptidões e também perder o medo
do desconhecido evoluindo assim
profissionalmente. Em 2004 tornei-me consultora pedagógica da Porto Editora, onde trabalhava parte
do distrito de Leiria. Só em 2008
ingressei na função pública ficando
assim com duas visões diferentes do
mercado de trabalho, do público e
do privado.
Realizei o meu maior sonho quando fui mãe e o maior sonho por realizar seria viver sem preocupações
para viajar pelo mundo.
Soube da existência do Cofre de
Previdência por colegas de trabalho,
ponderei os benefícios e achei que
valia a pena este investimento. Já conhecia a revista e acho que
tem mudado no último ano, para
melhor, principalmente a nível gráfico. Acho que devem continuar.
Se tenho um cofre em casa? Gostava de ter um cofre muito grande e
cheio de euros, mas não, não tenho
nenhum.
Como trabalho em Peniche conduzo toda a semana, porque moro
na Serra D’El Rei, o percurso de
ida e volta são uns 30 km por dia.
Não é muito, mas para conciliar os
horários familiares, o transporte
público no meu caso não dá. Gosto
de ouvir rádio no trabalho – normalmente a Comercial ou a M80.
No carro tenho sempre uns CD’s
que o meu marido me grava com
Cisnes Selvagens
de Jung Chang
‘
A Vida é Bela
de Roberto Benigni
Realizei o meu
maior sonho
quando fui mãe
’
as minhas músicas preferidas, mas
não tenho músicas que marquem a
minha vida. Gosto muito da música
dos anos 50 e dos anos 80, mas oiço
de tudo.
O meu filme preferido é A Vida
é Bela de Roberto Benigni, mas
tenho outros que foram marcando
etapas da minha vida como o Dirty Dancing de Emile Ardolino, Os
Outros de Alejandro Amenábar,
As Pontes de Madison County de
Clint Eastwood, Os Condenados
de Shawshank de Frank Darabont,
e tantos outros como A Lista de
Schindler, O Pianista, Como Água
para Chocolate, Crash, Forrest
Gump, Avatar, Seven e também
gosto de sagas, como O Senhor dos
Anéis, Twilight. E adoro ver filmes
de terror. Agora com uma filha pequena vejo sempre com ela os filmes
de animação, desde os clássicos aos
mais recentes.
Como moro perto da praia e, felizmente, posso aproveitar bem os dias
de calor, nas férias escolho sempre
ir para o interior. Gosto muito da
minha Serra da Estrela, para onde
vou sempre, pois a minha mãe ainda mora na Covilhã. Para passear
acho que qualquer local de Portugal é lindo, mas para passar férias
prefiro sempre locais muito calmos,
onde o barulho e as actividades ficam para depois. Não fazer nada é
o meu lema para as férias. Gostaria
muito de viajar até aos Açores. Ainda na área do lazer gosto de eventos
desportivos, apesar de não gostar de
multidões.
Sobre leituras estou a ler Cisnes
Selvagens de Jung Chang. É muito
bonito e está a dar-me a conhecer
um pedaço de história que estou a
adorar. Está quase no fim. Gosto
muito de ler apesar de agora não
ter muito tempo, mas a escrita que
mais me emociona é a da Isabel
Allende, de quem já li vários livros
e fico sempre presa às histórias sem
conseguir parar de ler. Um livro que
deixei a meio foi A Tulipa Negra de
Alexandre Dumas.
Se não vivesse em Portugal acho
que gostava de viver no Norte da
Europa - Dinamarca, Noruega, Suécia, Áustria, creio que em qualquer
um destes países me sentiria bem,
principalmente por achar que devem ser países organizados e cívicos. •
www.cofre.org
15
COLABORAÇÃO CURIOSIDADES
ESPONTÂNEA DO FADO
Francisco Pinteus
Da Maria Formosa
ao Abílio Penteado
G
osto dos trocadilhos
com as palavras. Se
estivermos atentos,
por vezes parecem ter
vida e querer dizer-nos mais do que o seu significado
quando juntas com outras.
Escrevi recentemente um texto
que resultou da feitura do índice de
um livro sobre Zeca Afonso, que
originou acasalamentos altamente improváveis. Exemplo: António
Bronze/António Ferro; Cardeal Cerejeira/Carlos Antunes (PRP/BR),
etc. (vd. n.º 4 da nossa revista).
Estes jogos seduzem-me. Já quando comecei a trabalhar na R. F. de
Vila Franca de Xira (1970) os nomes
dos funcionários eram curiosos.
O chefe era o Sr. Barata, o sub-chefe era o Sr. Pinto (um abraço
para o Orlando e para o Pedro), e
ainda tínhamos o Galinha e o Bacalhau. Era um mini-jardim zoológico.
Isto a propósito de que ao fazer o
índice do livro de Eduardo Sucena
Lisboa, o Fado e os Fadistas (que
me foi oferecido pelo meu saudoso
amigo Tiago Mexia – um abraço
para a Eduarda Sucena e para as filhas), dei por mim a rir-me com o
nome de alguns proeminentes fadistas dos finais do séc. xix princípios
do séc. xx, e não resisti a juntá-los
de forma a encontrar algumas sequências com alguma lógica.
Assim, nada melhor do que começar pelo José Um.
Depois, para alindar a prosa, nada
melhor que Julieta Rocha, a Princesinha do Fado e a Custódia Maria, a
Formosa.
16
www.cofre.org
Antecipando a Diva, a Rainha do
Fado, tivemos uma Amália Bexigosa.
Muitos fadistas com nomes de
animais; Álvaro Cão, Chico Macaco, Roberto Camelo, Zangão de
Carcavelos, João da Burra, e o José
Borrego.
Como a aristocracia também se
apaixonou pelo fado através, entre
outros, do conde de Vimioso, ouvia-se o Joaquim Real. Mas, esquisito,
era o apelido da Severa: «Onofriana».
Antes das questões postas por
pessoas «diferentes» fazerem parte
deste governo, já isso se passava no
fado de então: tivemos a Luzia Cigana, o Joaquim Cegueta, Januário
Ceguinho, João Maria de Melo «o
cego», a Umbelina Cega, mas também a Rosário dos óculos.
Graffiti de Amália
por Jef Aerosol
Mas a Sra. secretária de Estado é
invisual... cegos já tivemos demais.
Mas havia outros deficientes a
cantar o fado: Costa Marreco, Coxo
da Trafaria, e o Inácio Torto, Calcinhas Narigudo, Hermenegildo Ratado, o António Maluco.
Noutro registo: o Epifânio Mulato,
o João da Preta, o Martinho Preto
(ou Preto Martinho), o Preto da Ti
Leocádia e o Rui Preto.
Também os havia com nomes de
localidades, que, normalmente, indicariam a sua origem: Francisco
de Alcochete, Luís Carlos Soares
«o Sevilhano», José de Belém; pelo
menos dois saloios: da Portela e de
Campolide e o Frutuoso França.
Dos religiosos, a Maria de Fátima
e a Maria de S. Pedro dos Milagres.
De questões capilares: a Barbuda, o
Augusto Peludo e o Abílio Penteado.
Nomes com profissões: o maior
de todos: Alfredo Marceneiro, mas
para isso também o Alfredo Madeira; mas tivemos o Rosa e o Alfredo
Sapateiro e o Joaquim Sapateirinho,
o Chico Toureiro, o Rafael Serralheiro e muitos mais.
Também havia os gastronómicos:
Aguiar Batata, Alfredo Bacalhau, Alves Coelho e o Alexandre Bravo, o
José Carapau, o Cachucho e o Eduardo Besugo, e para a sobremesa o Pedro Banana e a Amélia das Laranjas;
de tudo isto resultou o Sales Patuscão.
E alguns nomes próprios esquisitos,
tais como Orémio Jesus Gonçalves,
Egipton (sic) Amaral Lopes (um abraço para o Dr. Jorge Lopes), Hermog e
apelidos ou alcunhas como Radamanto, Piscalarete, Zaraquitana, para
além do Carga d’Ossos, Cága Dinheiro e o Pontapé na Cara, para além da
Orquestra Aldrabófona. E como isto
já vai longo, também havia um fadista alcunhado de «Minuto».
Já agora, o meu apelido Pinteus,
também não é muito frequente. •
COLABORAÇÃO CARTA
ESPONTÂNEA DE AMOR
Amélia
Eternamente
namorados
M
eu Amor.
Hoje vou escrever-te umas
linhas, acordei
após uma noite
intranquila, solitária, como aquelas
noites grandes do início do Outono,
com o grande desejo de falar contigo, dizer-te das minhas coisas, dos
meus segredos, do meu dia-a-dia
triste e vazio, apetecia-me tanto falar contigo, olhar para ti, acariciar-te as mãos, porque não mimar-te.
Não estavas, já não tenho presente os anos, que deixaste de estar
comigo, de dividir experiências,
problemas, dificuldades, foste-te ausentando a pouco e pouco da nossa
casa, da nossa vida, embora estivesses presente fisicamente. Fiz sempre
questão de contar-te tudo, de mim
de ti, dos nossos três filhos, dos nossos netos, da nossa bisneta, não sei
se me ouvias, mas, olhavas fixamente para mim.
Sabes, apetece-me recordar os
setenta anos que te conheço, o
nosso primeiro olhar, o teu sorriso, os caracóis do meu cabelo, apetece-me lembrar a cumplicidade
cada vez que nos cruzávamos. Que
eternas foram as palavras que me
disseste, que bela e importante me
senti, quando tu me contaste que
era a moça mais linda que tinhas
conhecido. Namorávamos, tu na
rua em frente da minha janela, eu
no 1.º andar daquela casa grande
e velha, onde mais tarde vivemos,
mais de 60 anos, onde fomos tão
felizes, já que arranjámos sempre
tempo para namorar. Perguntam-
Escultura de Robert Indiana no National
Sculpture Garden em Washington DC, EUA
-me como posso namorar quase 70
anos e amar-te hoje como naquele
dia em que te conheci e reconheci
em ti o melhor e maior homem do
mundo. Quantas alegrias, quantas tristezas, quantos momentos
difíceis ultrapassámos, em nome
daquilo que conquistámos juntos.
Sabes, estas lembranças mantêm-me viva, todos os dias espero que
amanhã ou hoje, se possível, seja
diferente e que tu, tal como eu há
setenta anos atrás, naquela janela
me esperas e quem sabe, talvez digas o meu nome.
Vou visitar-te a Vila Fernando,
levo sempre o coração cheio de esperança e o saco cheio de mimos.
Vejo-te, digo o teu nome e como o
teu filho diz «dou-te mais de 500
beijos» e tu… nem te recordas do
meu nome. Reparo em ti, vejo uma
sombra do que foste, mas és tu, manténs o mesmo brilho no teu olhar e a
mesma vontade de viver que sempre
tiveste. Sinto-te frágil, comento que
estás velhinho e gasto e desta forma
aproveito para mimar-te, passear-te
e contar-te baixinho da minha vida
e dos nossos filhos, da nossa casa.
Tu, não sei se ouves, mas não é importante, porque o que de verdade
é importante, é que ainda te posso
contar tudo, embora não respondas.
Estou magoada com a vida, gostaria tanto que estivesses na nossa
casa, de ter a possibilidade de cuidar de ti, mas as forças já não são as
mesmas, estou a fraquejar… preciso
de apoiar os nossos filhos e preciso
de continuar a abrir a janela da nossa casa. Talvez um dia voltes…!
Se não voltares vou contar-te um
segredo, gostaria que partisses primeiro que eu, para eu poder partir
descansada, se assim não for, quero meu amor que saibas que estarei
sempre contigo, como agora, mesmo
sem me reconheceres e sem te lembrares do meu nome.
Porque o que realmente é importante para mim, não é tu saberes
quem eu fui ou sou, mas sim, saber
o que tu foste e és para mim.
Beijos •
NOTA:
Da Residência de Vila Fernando,
nos dias que seguiram ao São
Valentim, chega-nos um tesouro
até agora bem guardado.
Mantemos o anonimato dos
protagonistas, porque uma
história de amor perde algum
encanto quando os segredos
são desvendados. Revelamos
apenas que se a voz desta
apaixonada ainda nos delicia
com a sua presença, o «Meu
Amor», destinatário desta
carta, já partiu. A memória
deste amor perdurará no tempo e
na lembrança de quem ler estas
linhas repassadas de ternura.
www.cofre.org
17
SAÚDE CONSULTÓRIO
MÉDICO
Celso Barros, médico
A Saúde e
a internet
D
esde que a internet
se popularizou, no
final do século xx, o
mundo mudou. Hoje
o mundo não é imaginável, particularmente para os jovens, sem aquele aparelho fantástico que nos põe em contato com todo
o mundo, onde encontramos resposta para quase tudo e que dá pelo
nome de computador, ou tablet, ou
iPad, ou iPhone. Muitos nomes para
designar um propósito comum – comunicação.
A internet tudo mudou… Ao nível
da informação – um acontecimento em qualquer recanto do mundo,
minutos depois já é conhecido no
mundo inteiro. Ao nível da maneira
de trabalhar nas empresas – hoje as
pessoas, internamente, comunicam
por mail e intranet. Ao nível das
relações comerciais – hoje, compramos quase tudo através da internet.
Ao nível das relações interpessoais, podemos conhecer pessoas
novas com os mesmos interesses
que nós, podemos manter conversas
com pessoas distantes que não conhecemos pessoalmente, podemos
ver e falar directamente com familiares que estão noutros continentes, podemos criar uma página pessoal e mostrar o nosso trabalho, o
nosso pensamento, as nossas ideias,
podemos criar «amigos» em todo o
mundo. Podemos ver filmes, ouvir
música, fazer pesquisas sobre coisas
que gostamos ou sobre temas de trabalhos que temos de elaborar.
Tudo está e tudo acontece na internet, na «net» como é mais conhe-
18
cida. Hoje o uso da internet é acessível praticamente a todos – miúdos e
«graúdos», mas são os jovens o grupo mais vulnerável ao que a internet
tem de menos bom.
PERIGOS PARA OS MAIS JOVENS
As crianças, os adolescentes e jovens
adultos, são os principais utilizadores da internet e, consequentemente, as principais «vítimas», desta
nova maneira de viver a contemporaneidade do mundo. O que a internet tem de menos bom e que, em
muitos casos, pode mesmo ser um
«malefício» para a saúde, traduz-se
ao nível da componente física, da
componente mental e da componente social.
Os malefícios da internet ao nível
da componente física podem traduzir-se no campo oftalmológico, em
que o uso prolongado do computador ou de outro equipamento electrónico, com ecrãs muito pequenos,
pode causar miopia de acomodação
em crianças, entre os 9 e 12 anos,
pelo excessivo esforço para ver ao
perto. A miopia é um erro de refracção no qual as imagens são focalizadas antes da retina, fazendo com
que a visão ao longe fique desfocada. Esta patologia pode ser hereditária, mas também pode ser causada
pelos factores ambientais referidos.
Outro problema que afecta 50% a
90% dos utilizadores do computador durante longos períodos seguidos de tempo, quer seja por motivos
profissionais ou lazer, é uma sobrecarga da visão, que se traduz por
dor nos olhos e na cabeça, sensação
de cansaço, olhos secos, visão turva com ardor, vermelhidão. Como
o utilizador fixa muito tempo os
olhos no monitor, não movimenta
as pálpebras para fechar os olhos o
que provoca secura dos mesmos. As
imagens no ecrã do computador ou
tablet são formadas, por pequenos
pixels, que estão em constante movimento, obrigando o utilizador a
um esforço extra para focar as imagens digitais e isso prejudica a visão.
Os malefícios da internet ao nível
da componente mental resultam da
dependência em internet que atinge
cerca de 13% dos jovens portugueses, com idades compreendidas entre os 12-14 anos até aos 25 anos.
Esta dependência tem levado a que
os padrões de comunicação e de relação na sociedade e nas famílias se
tivessem alterado. As pessoas falam
cada vez menos entre si e a internet
passou a assumir uma importância
crescente no dia-a-dia das famílias.
As crianças ficam aparentemente
mais sossegadas, mais calmas, mais
tranquilas graças ao computador,
aos jogos, às redes sociais o que é
visto pela família como algo positivo, contudo, fica de parte a socialização, os «amigos» existem mas são
virtuais… Se lhe tirarmos o «brinquedo» o jovem transforma-se e não
sabe como viver.
Quando o «vício em internet» se
instala na vida de um jovem este
passa a dedicar horas e mais horas
jogando na internet, falando na internet, ouvindo música na internet
e ignorando as suas obrigações pessoais e esquece a sua vida social, ao
ponto de faltar às aulas ou ao trabalho. Isto constitui muitas vezes
uma fuga à realidade. Na vida real,
tem de haver esforço, determinação,
integração social, confrontação de
ideias… no mundo virtual a história
é diferente, nada é posto em causa.
Estudos credíveis apontam que os
mecanismos biológicos que levam
os jovens a serem viciados em internet e terem desejos compulsivos
por jogos online, são os mesmos que
estão associados à dependência em
substâncias químicas altamente viwww.cofre.org
19
SAÚDE
ciantes, como os derivados do ópio
(morfina, heroína).
O aumento da incidência de viciados em internet tem atraído a
atenção de psicólogos, psiquiatras
e educadores. Estes últimos, devem
estar atentos aos principais sintomas de dependência que se traduzem por:
❱❱ O jovem mentir acerca do tempo
que costuma passar ligado à internet;
❱❱ Tornar-se mais caseiro e solitário;
❱❱ O jovem fica irritado quando está
há mais de uma hora sem internet;
❱❱ Evitar sair de casa se for para ir a
lugares sem internet;
❱❱ Só fala e sabe de jogos da web, redes sociais e «pessoas virtuais»;
❱❱ O jovem passa a ir mal na escola e
as notas baixam;
❱❱ Não tem motivação para fazer
nada que não passe pelo computador ou pela internet;
❱❱ Manifestar muito pouca autoestima;
❱❱ Poucas coisas lhe dão prazer, sente-se triste, ansioso e deprimido a
maior parte do tempo;
❱❱ Antes os amigos ligavam e o jovem
conversava ao telefone, depois
passou a ser raro;
❱❱ O jovem ter mais de cinco amigos
virtuais que, o educador não conhece pessoalmente;
Quando o educador se apercebe
destes sintomas, deve agir no sentido de ajudá-lo a ultrapassar esta
dependência, recorrendo, se necessário, à orientação de psicólogos
20
‘
O mundo não
é perfeito,
mas nada
substitui
as pessoas
’
ou psiquiatras que se preocupam
com quem desenvolve este tipo de
depen­dência em internet.
Os malefícios da internet ao nível
da componente social resultam do
afastamento do mundo real privilegiando o mundo virtual como já foi
referido antes. Na internet os jovens
fazem amizades, mas as pessoas
com quem falam podem não ser de
facto as pessoas que dizem ser e podem ser enganados, particularmente
os jovens adolescentes, cuja capacidade crítica não está suficientemente desenvolvida para poderem aferir
da veracidade das conversas. Muitos
adolescentes entram, muitas vezes,
em «comunidade de fãs» de determinado assunto, quer seja música,
filmes e até sexo, vendo aí a oportunidade de encontrar o grupo de
amigos perfeito que não tem na vida
real e/ou encontrar a/o namorada/o
dos seus sonhos. Este envolvimento com pessoas desconhecidas condiciona o afastamento dos amigos
reais, a mudarem de estilo de vida,
desvalorizando os verdadeiros amigos e pessoas próximas com consequências muitas vezes devastadoras
para o próprio e sua família.
A questão que se coloca hoje com
grande veemência aos educadores e
aos próprios utilizadores é saber até
onde podem os adolescentes levar a
relação com a internet e com as tecnologias. Penso eu e pensam muitos
profissionais ligados a este tema que
o importante é haver uma utilização
regrada, consciente e responsável,
porque para tudo na vida é necessário algum equilíbrio.
PROCURAR O EQUILÍBRIO ENTRE
O MUNDO VIRTUAL E REAL
Para que esse equilíbrio seja uma
realidade e a vida não se resuma
ao mundo da internet, deve haver
outras actividades extra que motivem o jovem ou o adolescente, deve
haver também normas familiares
que facilitem a comunicação entre
os elementos que a compõem, nomeadamente não ligar a televisão e
o computador à hora das refeições,
não permitir telemóveis em cima da
mesa e assim fomentar o convívio
familiar, o diálogo, a troca de experiências e vivências do dia-a-dia.
O mundo não é perfeito, mas nada
substitui as pessoas. A vivência com
as pessoas, com as suas realidades
diferentes, com as suas contradições, com as suas alegrias e tristezas é que dão sentido à vida. A vida
existe com as pessoas e para as pessoas, o afastamento desta realidade
nunca será benéfico para ninguém.
Ser capaz de enfrentar desafios é
viver intensamente a vida e ela não
pode ser vivida quando o jovem se
isola e/ou se fecha no seu quarto,
mesmo que esteja em contacto virtual com o mundo inteiro. •
À MESA RECEITA
DO CHEF
Por Francisco Santos
Delícia de abóbora
INGREDIENTES
(para 4 pessoas)
100g c
ompota de abóbora
mogangueiro
400ml natas p/ montar
150g l
eite condensado
de lata
120gbolacha maria
PREPARAÇÃO
Coloque as natas a refrigerar
durante duas horas no
frigorífico. Tire e bata-as até
ficarem bem montadas. No fim
misture o leite condensado.
Coloque num recipiente e guarde
novamente no frigorífico.
Coloque as bolachas maria numa
picadora e pique até ficarem
muito bem desfeitas.
A compota de abóbora pode ser
caseira ou de compra. Disponha
as taças e de forma uniforme,
coloque em camadas a compota,
as bolachas maria desfeitas,
uma camada do preparado de
natas com o leite condensado,
uma camada de bolacha maria
e por fim mais uma camada de
compota.
Leve ao frigorífico uma hora
antes de servir.
DICA DO CHEF
Se desejar uma sobremesa
menos intensa pode
colocar raspas de meio
limão no preparado das
natas, o que lhe vai
conferir uma frescura
muito agradável.
www.cofre.org
21
Vale do Loire,
Bretanha e
Normandia
12 a 23 jul.’16
Itinerário:
1º dia: Lisboa / Paris / Reims / Cambrai /
Arras
2º dia: Arras / Cemitério Militar Português
de Richebourg / Amiens / Rouen
3º dia: Rouen / Lisieux / Caen
4º dia: Caen / Bayeux / Praias do
Desembarque / Saint-Malo
5º dia: Saint-Malo / Mont St. Michel / SaintMalo
6º dia: Saint-Malo / Dinan / Rennes /
Carnac / Nantes
7º dia: Nantes / Angers / Tours
8º dia: Tours / Chenonceau / Amboise /
Blois / Tours
9º dia: Tours/ Cheverny / Chambord /
Tours
10º dia: Tours/ Azay-Le-Rideau / Orleans /
Chartres / Paris
11º dia: Paris / Versailles / Paris
12º dia: Paris / Lisboa
Preço por pessoa:
Duplo
Mínimo 30 participantes
€ 1.960
Mínimo 20 participantes
€ 2.225
Suplemento
Individual
€ 495
Condições
Inclui: avião (TAP) Lisboa / Paris / Lisboa + transporte
em autopullman de turismo para o percurso mencionado
+ 11 noites de alojamento em hotéis de 3 e 4 estrelas,
em regime de meia-pensão (pequeno-almoço e jantar)
+ circuito em regime de pensão completa + entradas e
visitas conforme descrito no itinerário acompanhadas por
guia local + acompanhamento por um representante da
Abreu durante toda a viagem + seguro multiviagens +
taxas de aeroporto, segurança e combustível (€127,57).
Exclui: bebidas às refeições + despesas de carácter
particular + tudo o que não estiver devidamente
mencionado como incluído no programa
Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas
hoteleiras vigentes. Poderão eventualmente ser
alterados caso se verifiquem variações significativas.
Não efectuamos qualquer tipo de reserva.
SEGURANÇA E
COMPETÊNCIA
A Agência em que os
portugueses mais confiam
para viajar.
ESCOLHA
DO CONSUMIDOR
AGÊNCIAS DE VIAGENS
A Agência de Viagens
escolhida pelos portugueses.
Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.org
Para mais informações e reservas:
Cofre: 21 324 10 60
Agência Abreu: 21 355 21 70
NA SUA LOJA ABREU | ABREU DIRETO Telef.: 707 20 1840 | Web: www.abreu.pt
Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016
A sua marca de confiança
QUEM EQUIPA DO FACEBOOK
É QUEM OS ROSTOS POR DETRÁS DAS TECLAS
Cláudia Peres
Queremos
chegar
mais longe,
estando cada
vez mais
perto
São do tempo em que a Wikipédia se chamava «Lexicoteca – Moderna
Enciclopédia Universal» e o corrector automático se chamava
«Dicionário de Português – O dicionário que há-de servir sempre
e bem.» Ah!, a saudosa era da cassete e do vinil. Sónia Ferreira e
Susana Inácio são os rostos por detrás do Facebook do Cofre.
F
ez um ano que o Cofre
se rendeu à rede social,
revelando a jovialidade
existente nesta instituição
centenária. Esta é uma
ferramenta que conduz a uma maior
divulgação da entidade e das suas ofertas e, principalmente, à vontade de melhor servir o seu vasto público. Escolhemos esta rede social para divulgar
o valor da marca Cofre. Na verdade,
usamo-la também como um diário de
experiências e um arquivo de memórias. A nossa máxima é «chegar mais
longe, estando cada vez mais perto».
É numa parceria simbiótica e descontraída, que trabalha as palavras e
as imagens que partilhamos consigo.
E se algo nos falta, vamos desembaraçadamente procurar. Este projecto levou-nos a conhecer e a interagir
com outras entidades e iniciativas que
difundem a portugalidade. De onde
vem a inspiração? Bebemos das fontes culturais, dos livros, dos passeios,
das sugestões que nos fazem chegar,
das conversas informais. Gostamos
de coisas com alma, que nos levam às
suas raízes e essência.
O contributo dos colegas dos Centros de Lazer, das Residências Seniores e Universitárias, dos que tratam
dos protocolos e de restantes regalias
e serviços é indissociável deste processo criativo. A partilha do seu trabalho, e até mesmo dos seus interesses e vivências, permite-nos abranger
outras perspectivas. É o Cofre que se
abre a outros públicos. Damos voz aos
actores da instituição porque acreditamos que todos os acontecimentos
devem ser valorizados. Falamos, claro, dos nossos associados, residentes
e de todos aqueles que fazem parte
desta comunidade. O Facebook permite-nos esta ligação.
Já temos muitos seguidores e sabemos que valorizam o nosso trabalho.
Contamos com mais de 2700 fãs e o
número cresce a cada dia.
Já faz parte desta comunidade? Se
tiver conta nesta rede social, diariamente, ao início da noite, encontrará
facilmente uma notícia em primeiríssima mão.
Este é um projecto que está em
constante construção e que nos acompanha para lá das portas do Cofre.
Conciliamo-lo com as restantes tarefas a nosso cargo. Neste processo profundamente colaborativo, temos em
comum o sentimento de que este ambiente de comunicação é uma oportunidade que levanta novos desafios.
Não temos pressa, mas sempre em
movimento continuaremos a desvendar este Cofre, cada vez mais dinâmico e atento, que é feito de pessoas
para pessoas.
E antes que a noite acabe, visite a
página de Facebook em
www.facebook.com/
cofredeprevidenciafae
www.cofre.org
23
CIÊNCIA COLUNA DE
ASTRONOMIA
Prof. Máximo Ferreira
A Lua e
a Páscoa
A
Com um pouco de
imaginação pode
ver-se um coelho
desenhado na Lua
24
www.cofre.org
credita-se que muitas
das festividades religiosas foram colocadas em datas em que
– num passado mais
ou menos longínquo – eram realizadas festas pagãs, na sua maior parte relacionadas com determinados
momentos do ano, em particular
os equinócios e os solstícios. Certamente, muito tempo antes de tais
termos terem sido estabelecidos ou,
pelo menos, conhecido o seu significado, não se deixaria de saudar o
fim do período em que a duração
dos dias findava a sua diminuição
progressiva (o início do Inverno),
associando-lhe uma espécie de renascimento da natureza que se preparava para acolher mais tempo de
Sol e condições favoráveis ao aparecimento dos primeiros rebentos
de árvores ou exaltar o começo da
Primavera, época de floração e aparecimento dos primeiros frutos, das
sementeiras, e de dias mais quentes
e de maior duração do que as noites.
Parece certo que os cultos religiosos terão escolhido tais ocasiões,
não só por o seu simbolismo poder integrar uma visão divina mas
também porque, não se afastando
muito de momentos tradicionais,
facilitariam a assimilação de hábitos pagãos. Naturalmente, os rituais
que obrigavam a deslocações por
distâncias consideráveis, terão conduzido à escolha – por religiões diversas – de ocasiões de Lua Cheia,
dada a necessidade de assegurar a
luz lunar aos viajantes nocturnos e
mesmo, em algumas circunstâncias,
iluminação durante cerimónias e
actos religiosos.
Da história mais recente consta a
tradição romana de realizar inúmeros festivais, um deles por ocasião
do fim do ano e o outro coincidente
com o princípio da Primavera. No
primeiro rogava-se para que o Inverno fosse brando, não se trabalhava e
trocavam-se presentes. No segundo,
faziam-se orações e oferendas para
que o novo ano (o mês de Março era o
primeiro mês do ano romano) e a Primavera trouxessem boas colheitas.
A assimilação dos rituais pagãos,
pelas religiões, foi lenta e, em alguns
casos, não isenta de perturbações,
embora sem descurar a preocupação
de considerar o equinócio da Primavera e a Lua Cheia. Nas igrejas cristãs, por exemplo, a celebração da
Páscoa gerou, inicialmente, algumas
controvérsias pois, enquanto uns preferiam uma data certa (mesmo que
fosse dia de semana), outros optavam
pelo domingo seguinte a essa data.
Depois de três séculos de conflitos, no ano de 325, na cidade de Niceia (actual Izniq – Turquia) reuniu-se um concílio de bispos que, para
além de outros assuntos da Igreja
cristã, tratou a questão da data da
Páscoa, tendo estabelecido a regra
de que a Páscoa é no domingo seguinte ao décimo quarto dia da Lua
que atinge esta idade a 21 de Março
ou imediatamente a seguir.
Tal decisão – embora tivesse a intenção de conduzir a uma uniformização em toda a Igreja, em qualquer
região geográfica do mundo – arrastaria consigo características ainda
‘
O Concílio
de Niceia
imporia
uma data
da Páscoa a
vagabundear
entre 22 de
Março e 25 de
Abril
Ícone representando
o Concílio de Niceia
Papiro do séc. V com
algumas das conclusões
do Concílio de Niceia
’
hoje bem conhecidas: a data variável da Páscoa e, com isso, outros
momentos com ela relacionados,
como o Carnaval, e a particularidade de a definição da data, embora
muito ligada às fases da Lua, nem
sempre coincidir nos calendários
eclesiástico e astronómico, pois o
décimo quarto dia após a Lua Nova
pode não corresponder, exactamente, à fase de Lua Cheia e o equinócio
nem sempre ocorre a 21 de Março.
Assim, o Concílio de Niceia imporia uma data da Páscoa a vagabundear entre 22 de Março e 25
de Abril, ou seja, a poder coincidir
com trinta e cinco datas diferentes.
O assunto voltou a ser abordado,
em 1997, no Conselho Mundial das
Igrejas realizado em Alepo (Síria),
tendo então sido admitido que «a
data da Páscoa passaria a coincidir com o primeiro domingo após a
Lua Cheia astronómica posterior ao
equinócio de Março».
A «Lua Cheia da Páscoa» deste ano
de 2016 ocorrerá no dia 23 de Março
(quarta-feira), pelo que o domingo seguinte – 27 de Março – será «domingo
de Páscoa», circunstância consideravelmente diferente do que acontecerá no próximo ano. A primeira Lua
Cheia a seguir ao equinócio de Março
de 2017 verificar-se-á a 11 de Abril
(terça-feira) e, consequentemente, a
Páscoa será comemorada no domingo
seguinte, 16 de Abril.
Para além de detalhes directamente relacionados com o equinócio e com a Lua, outros foram sendo
incorporados, uns como resultado
de reminiscências históricas, outros
em consequência de estratégias comerciais que aproveitam todas as
ocasiões possíveis – religiosas ou
pagãs – para promover a venda de
produtos cuja aparência, utilidade
e custo as operações de marketing
vão ajustando à evolução de gostos
e hábitos das populações, em qualquer lugar do planeta.
O «coelhinho da Páscoa» poderá corresponder à figura que – com
boa dose de imaginação – se pode
«ver» desenhada pelas sombras e
crateras lunares. O coelho, considerado por povos antigos como símbolo de «nascimento e nova vida»
ou, simplesmente, símbolo da Lua,
acabaria por inspirar a lenda da
mulher pobre que, sem outros recursos, coloriu alguns ovos das suas
galinhas para os oferecer aos filhos
como presente de Páscoa. No momento em que os encontraram (escondidos algures nos arredores da
casa) passou um coelho a correr, o
que gerou a história de ter sido ele
que havia trazido os ovos. •
www.cofre.org
25
O regresso
dos feriados
suprimidos
INFORMAÇÕES O QUE HÁ DE
ÚTEIS
NOVO EM 2016
Recolha de L.P.B.
Para os sócios/as que não têm acesso a toda a
informação sobre alterações importantes em 2016
fizemos uma lista de algumas medidas que entraram ou
entram em vigor até Dezembro de 2016. Solicitamos aos
nossos/as associados/as que nos enviem mais medidas
e alterações no decorrer de 2016 para publicação em
próximas revistas.
Sobretaxa
CASADOS QUE ENTREGAM
DECLARAÇÃO CONJUNTA
Até €1.205.00
0%
Até €2.888,00
1%
Até €6.280,00
1,75%
Até €5.786,00
Superior a €5.786,00
Até €10.282,00
Superior a €10.282,00
3%
3,5%
IRS - novas datas
MODELO 3 de IRS
rendimentos do trabalho
dependente ou de pensões
Rendimentos empresariais, de
capitais, prediais e patrimoniais
Carta de
Condução por
pontos a partir
de 1 de Junho
Consoante a gravidade da
infracção. Daremos mais
pormenores em próximas revistas.
26
www.cofre.org
de Maio
de Outubro
SOLTEIROS E CASADOS
(DECLARAÇÃO SEPARADA)
Até €801
0%
Até €1.683,00
1%
Até €3.054,00
1,75%
3%
3,5%
26
5
1
1
Corpo de Deus. Este ano será a
1 a 30 de Abril
em vez do período de 15
e Março a 15 de Abril
1 a 31 de Maio
em vez das datas
de 16 de Abril a 16 de Maio
ADSE, MAIS PRÓXIMA DE SI
Novo contacto telefónico
218 431 881
Com a parceria com a Agência para
a Modernização Administrativa,
I.P. (AMA) e a ADSE, tem
à sua disposição 408 Espaços
do Cidadão, complementares
às Lojas do Cidadão.
Atendimento online:
http://www.adse.pt
de Novembro
de Dezembro
Isenção de Taxa
Moderadora
Isentos os dadores de sangue,
de células, tecidos e órgãos,
bem como os bombeiros.
Isenção também para os
utentes atendidos em serviço
de urgência, desde que
referenciados pela Linha
Saúde 24 e pelo Instituto
Nacional de Emergência Médica
(INEM) para um serviço de
urgência, incluindo os actos
complementares prescritos.
E ainda isenção de taxa
moderadora na IVG (interrupção
voluntária de gravidez) no
Serviço Nacional de Saúde.
Redução gradual do valor das
taxas moderadoras até ao limite
de 25% do seu valor total.
Abono de Família
O abono de família é determinado em função dos
rendimentos, não sendo atribuído aos agregados
familiares com um rendimento superior a 1875
euros mensais. No primeiro ano o valor é maior e
vai diminuindo conforme a criança vai crescendo.
De acordo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social são estes os montantes dos abonos.
Rendimentos do agregado familiar
Escalão
Até € 2.934,54
1º
De € 2.934,55 a 5.869,08
2º
De € 5.869,09 a 8.803,62
3º
Estes são os valores de referência para enquadrar os
agregados familiares nos três escalões existentes de
abono de família. Para crianças até um ano de idade,
são estes os montantes a receber:
Escalão
Valor do abono por criança
1.º
€145,69 2.º
€119,66
3.º
€94,14
Para crianças com idade entre os 12 e os 36 meses, há
outra variável no valor do abono: o número de filhos.
Quanto mais filhos, mais o agregado familiar recebe de
abono. É a chamada majoração do abono de família.
Escalão
1 Filho
2 Filhos
3 ou mais Filhos
1.º
€36,42
€72,84
€109,26
2.º
€29,92
€59,84
€89,76
3.º
€27,07
€54,14
€81,21
A partir dos 3 anos de idade (36 meses) o número de
filhos deixa novamente de pesar nas contas. Para os
três escalões, há apenas três valores distintos:
Escalão
Valor do abono por criança
1.º
€36,42
2.º
€29,92
3.º
€27,07
Às alterações aos escalões continuarão ainda
a ser aplicadas as «majorações para as famílias
monoparentais e famílias numerosas ou o montante
adicional atribuído no mês de Setembro para a
compensação com os encargos escolares».
ANTES DE CORRER PARA O HOSPITAL LIGUE
Saúde 24
808 24 24 24
TODOS OS DIAS, 24 HORAS POR DIA
Famílias numerosas
e compra de carro
Desde 1 de Janeiro de 2016 que as famílias numerosas,
com mais de três filhos podem adquirir automóvel com
mais de 5 lugares com 50% de desconto no ISV – Imposto
Sobre Veículos. Apenas para um veículo por cada agregado
familiar. O desconto aplica-se a veículos que emitam, no
máximo 150 gr de CO2/km e que não custem mais de
7800 euros. Para beneficiar deste desconto tem de pedir
autorização à AT – Autoridade Tributária e Aduaneira.
O desconto no imposto pode aplicar-se aos agregados
familiares com dependentes menores e também aos
que tenham dependentes maiores de idade (até aos 25
anos) que sejam estudantes e não tenham rendimentos
superiores à retribuição mínima mensal garantida.
IVA na Restauração – 1 de Julho de 2016
A partir de 1 de Julho o IVA vai baixar dos actuais
23% para 13% nos alimentos e nas bebidas associadas
a cafetaria (como o leite, água engarrafada e café). Nas
restantes bebidas a taxa manter-se-á nos 23%.
OUTROS URBAN
TALENTOS SKETCHERS
M. J. Lobo, Sócia n.º 48627
A nossa vida é uma viagem:
já pensou em desenhá-la?
O
Diário gráfico
da autora
século xx mergulhou-nos no mundo das
imagens do que nos
rodeia das formas
mais variadas: fotografias, diapositivos, filmes, a preto
e branco primeiro, depois a reproduzir cores. O fascínio enorme que
toda esta evolução causou levou a
uma expansão quase sem limites de
toda a espécie de aparelhagens captadoras e reprodutoras de imagens:
máquinas fotográficas, das mais simples, quase um caixotinho, às mais
sofisticadas com as suas enormes teleobjectivas e jogos de lentes, filtros,
tripés, disparadores automáticos, um
sem-fim de maravilhas da técnica.
Os filmes, os vídeos que já se obtêm com um simples telemóvel, com
os seus cabos, punhos e suportes, em
modo selfie, lançaram a fotografia e
o vídeo como meios de reprodução
indiscutível da imagem num modo
inimaginável... Que mais se seguirá?
DA INVASÃO DA TÉCNICA
À NOSTALGIA DO SENTIR
Nos últimos anos cada vez mais
pessoas sentem o apelo de tocar as
imagens do que veem de uma forma
humana, de as captar emocionalmente pelos seus próprios sentidos,
como quem escreve uma carta em
que conta como sentiu o que viu.
E assim nasceu um movimento de
expansão sobre o papel, com um lápis ou caneta, do que se vê e se observa, que dá pelo nome de Urban
28
www.cofre.org
Sketchers e que se definem como
desenhadores do quotidiano.
Causa uma sensação inexprimível
de criação sentir e captar com os
nossos sentidos o que se observa, o
que olhamos e tentamos reproduzir,
de uma forma que jamais esqueceremos. Mais bem feito ou menos bem,
o olhar que perscruta e leva a mão
a tentar reproduzir o que se observa
torna inesquecíveis as imagens que
abraçamos com o olhar.
Qualquer pessoa pode tentar e é
estimulante a frase que encabeça
o site1 dos Urban Sketchers portugueses: «Nunca encontrei ninguém
completamente incapaz de aprender
a desenhar» frase de John Ruskin,
intelectual inglês do século xix.
DE SEATTLE
PARA TODO O MUNDO
O primeiro grupo que se organizou
oficialmente e criou uma presença
em forma de blogue na internet,
nasceu em Seattle, nos EUA, em
2007, criado pelo jornalista Gabriel
Campanario, natural de Barcelona
onde nasceu em 1969. Licenciado
em jornalismo pela Universidade
de Navarra, trabalha actualmente
como artista de notícias no jornal
Seattle Times onde começou a publicar, com muito sucesso, os sketches que traduziam aspectos do
quotidiano.
Em 2009 Gabriel Campanario estruturou os Urban Sketchers como
uma comunidade global de artistas
Urban Sketchers
em Portugal
Transcrevemos aqui a
apresentação que de si mesmos
fazem no blog já indicado:
«Urban Sketchers são um
colectivo de autores que
desenham em diários gráficos
as cidades onde vivem, os
sítios por onde viajam,
encontram-se para desenhar de
vez em quando e respeitam o
manifesto.»
MANIFESTO
URBAN SKETCHERS
1
Desenhamos in situ, no
interior e no exterior,
registando directamente o que
observamos.
2
que praticam o desenho do quotidiano sob o lema «We show the
world, one drawing at a time!»2
Actualmente a comunidade internacional, em forte expansão, gerou
comunidades nacionais em muitos
países.
PARA COMEÇAR - SAIR COM
UM GRUPO QUE DESENHE
Com um caderno próprio para desenhar que encontra em qualquer
papelaria, e uma caneta, descubra
um grupo que costume sair para desenhar, geralmente aos fins-de-semana. Espreite blogues, inspire-se e
reveja-se nas memórias que vai juntando. Ah, já me esquecia, em geral estes cadernos designam-se por
diários gráficos e, por isso, podem
incluir frases, comentários ou pequenas observações que os tornam
verdadeiros diários de viagem do
nosso dia-a-dia.
A certa altura começamos a investigar como podemos dar cor...
em geral pequenas caixas de aguarelas ou lápis aguareláveis. E pincéis com reservatório de água in-
corporado que os torna muito mais
autónomos.
O SEU DIA-A-DIA NUNCA
MAIS VAI SER O MESMO
Depois de espreitar blogues, de descobrir que este ano será o 7.º Simpósio Anual internacional dos Urban
Sketchers em Manchester – o 2.º foi
em Portugal – tente inserir-se num
grupo, mesmo que seja um pouco
mais longe e experimente.
Os seus olhos passam a descobrir
aspectos do dia-a-dia que passavam
despercebidos, vendo pormenores,
semelhanças e diferenças que nos
deixam enriquecidos.
Em viagem por países de cuja língua não percebemos uma só palavra,
o sketch aguça a curiosidade e a comunicação e origina histórias inesquecíveis. Da fotografia pode-se querer fugir, de uma tentativa de sketch
nasce uma curiosidade e uma relação
de dimensão sempre humana.
Um desafio que lhe deixo!
•
1 http://urbansketchers-portugal.blogspot.pt
2 «Mostramos o mundo, um desenho de cada vez»
Os nossos desenhos contam
a história do que nos
rodeia, os lugares onde
vivemos e por onde viajamos.
3
Os nossos desenhos são
um registo do tempo e do
lugar.
4
5
Somos fiéis às cenas que
presenciamos.
Usamos qualquer tipo de
técnica e valorizamos cada
estilo individual.
6
7
8
Apoiamo-nos uns aos outros
e desenhamos em grupo.
Partilhamos os nossos
desenhos online.
Mostramos o mundo, um
desenho de cada vez.
Os grupos estão-se a
multiplicar, mesmo em
Portugal, a uma velocidade
surpreendente. A página de
Portugal indica-nos imensas
actividades em vários
pontos do país. Experimente
espreitar.
www.cofre.org
29
OFERTAS LIVROS
AO COFRE
Por L.P.B.
Sobre a autora:
O meu gato e eu
O meu cão e eu
«O meu nome é Joana Pereira e sou
veterinária há 10 anos. Trabalho
essencialmente com cães e gatos
e adoro aquilo que faço! Esta
é uma profissão que implica
muita paixão, mas também muitos
sacrifícios.
Desde pequenina que sempre
sonhei em tratar de animais,
mas tive de estudar muito para
tirar o curso e continuo a
estudar todos os dias para poder
ajudar o melhor possível os meus
pacientes! Sou casada, tenho 2
gatas (a Batata e a Faneca) e 2
cães (a Nala e o Ozzy).»
Sobre a ilustradora:
«Sou ilustradora infantil,
porque me sinto muito no papel
de criança. Tenho este apelo em
criar para os mais pequenos, por
isso o meu percurso profissional
foi sempre nesta direcção.
Inicialmente queria trabalhar
em animação – fazer desenhos
animados, mas o destino levou-me
para o mercado editorial. Desde
sempre trabalhei com empresas
ligadas à área das edições
infantis. Nasci no Brasil e vim
para Portugal aos 7 anos, desde
pequenina rodeada de cães e
gatos, de papéis e canetas...
sempre tive os animais e a
ilustração como paixão pelo
que não foi difícil ficar
imediatamente apaixonada por
este projecto.»
30
De Joana Pereira (veterinária) com ilustrações de Andréa Benoliel, Lisboa, Booksmile, 2015.
A
literatura infanto-juvenil tem para as editoras, cada vez mais,
um espaço privilegiado, com as vendas a
subir de ano para ano, pois as crianças ainda gostam de ler, desde que
os pais e educadores lhes incutam
esse hábito, logo desde tenra idade.
Pela primeira vez os livros que hoje
lhe apresentamos aqui e que foram
oferecidos ao presidente do Cofre
são dedicados inteiramente às crianças e são livros didácticos, escritos
para os mais novos e valorizados
com divertidas ilustrações.
Estes dois livros só nos merecem
elogios, pois, de forma simples e
muito bem estruturada explicam
aos mais pequenos (e aos pais e
avós) como tratar do cão ou gato,
desde a decisão da escolha até aos
cuidados de saúde, passando pela
alimentação, a educação, os cuidados diários, as viagens, convívio
com bebés e no final tem páginas
para cada dono/a preencher com dados e acontecimentos vividos com
os seus animais de estimação.
Recomendamos vivamente estes
livros para quem ainda não sabe
tudo sobre como cuidar dos seus
amigos de quatro patas e as enormes diferenças entre o comportamento de um cão, mais afectivo e
dependente e um gato mais independente.
Boas leituras!
•
Sócio nº
Sócio nº
Centro de Lazer da Praia do Vau
Boletim
inscrição
época do
alta Vau
Centro
dedeLazer
da- Praia
29 de junho a 7 de setembro de 2016 (entrega até 15 de abril)
Boletim de inscrição - época alta
Centro
de deLazer
da
Praia
do Vau
29 de
junho a 7 de setembro
2016 (entrega
até 15
de abril)
Boletim de inscrição - época alta
29 de junho a 7 de setembro de 2016 (entrega até 15 de abril)
Nome completo: _______________________________________________________________________________________________________
NIF: ______________________ Contacto(s): _____________________________________ Email: _____________________________________
Nome completo:
Sócio_______________________________________________________________________________________________________
nº
Morada: _______________________________________________________________________________________________________________
NIF: ______________________ Contacto(s): _____________________________________ Email: _____________________________________
Código Postal: _______ /_____ Localidade: _______________________________________________________________________________
Morada: _______________________________________________________________________________________________________________
Nome completo: ____________________________________________________________________________________________________
Código Postal: _______ /_____ Localidade: _______________________________________________________________________________
______________________
Contacto(s):
_____________________________________ Email: __________________________________
TipologiaNIF:
/ Assinalar
pela ordem de preferência
a sua pretensão
Morada: _____________________________________________________________________________________________________________
1º
2º
3º
TipologiaCódigo
/ Assinalar
pela ordem de preferência a sua pretensão
CE
B CG
CE B CG
CE
B CG
Postal: _______ /_____ Localidade: _____________________________________________________________________________
T0 / 4 pessoas (2 em beliche) / 26 apartamentos

1º
2º
3º
CE
B CG
CE B CG
CE
B CG
T1Menor / 4 pessoas (2 em beliche) / 13 apartamentos

Tipologia
/ Assinalar
pela ordem de preferência
a
sua
pretensão
T0 / 4 pessoas
(2 em beliche)
/ 26 apartamentos

T1Maior / 4 pessoas (2 em beliche) / 28 apartamentos *)

T1Menor / 4 pessoas (2 em beliche) / 13 apartamentos

1º
2º
3º
T2 Vista Terra / 5 pessoas / 2 apartamentos / apenas sábados

CE
B CG
CE B CG
CE
B CG

T1Maior / 4 pessoas (2 em beliche) / 28 apartamentos *)
T2 Vista Mar
2 apartamentos
sábados

T0//54pessoas
pessoas/ (2
em beliche) / /26apenas
apartamentos


T2 Vista Terra / 5 pessoas / 2 apartamentos / apenas sábados
T1Menor / 4 pessoas (2 em beliche) / 13 apartamentos


T2 Vista Mar / 5 pessoas / 2 apartamentos / apenas sábados
)
T1Maior
/
4
pessoas
(2
em
beliche)
/
28
apartamentos
*

Cama extra (válido para T1 e T2)
CE – Cama extra; B- Berço; CG – Canil/Gatil
)
T2 Vistaadaptados
Terra / 5para
pessoas
/ 2com
apartamentos
/ apenas sábados

* Sendo 2 apartamentos
pessoas
mobilidade reduzida.

Cama extra (válido
para
T1
e
T2)
CE
–
Cama
extra; B- Berço; CG – Canil/Gatil
T2 Vista Mar / 5 pessoas / 2 apartamentos / apenas sábados

*) Sendo 2 apartamentos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida.

Período de utilização / Poderá fazer a opção, por uma ou duas semanas, indicando em cada quadrado a
ordem de
 preferência (de 1 a 6). No caso de pretender uma quinzena, deverá assinalar de forma inequívoca nos
Cama extra (válido para/T1
e T2) fazer a opção, por uma ou duas semanas, indicando
CE – Cama
extra; BBerço; CG –a
Canil/Gatil
Poderá
em cada
quadrado
respetivos quadrados.
) Sendo 2 apartamentos adaptados para pessoas com mobilidade reduzida.
*

ordem de preferência (de 1 a 6). No caso de pretender uma quinzena, deverá assinalar de forma inequívoca nos
respetivos quadrados.

Entrada
ao Sábado
Entrada à Quarta-feira
/ Poderá fazer a opção, por uma ou duas semanas, indicando em cada quadrad
02/07
a 09/07
29/06
06/07

ordemEntrada
de preferência
(de 
1 a 6). No caso de pretender
umaaquinzena,
deverá assinalar de forma inequívoca
ao Sábado
Entrada
à Quarta-feira
Período de utilização
Período de utilização
respetivos
quadrados.

09/07
a 16/07

02/07 a 09/07

16/07 a 23/07
09/07 a 16/07
Entrada ao Sábado
23/07 a 30/07

16/07 a 23/07


30/07 a 06/0802/07 a 09/07

23/07 a 30/07


06/08 a 13/0809/07 a 16/07

30/07 a 06/08


13/08 a 20/0816/07 a 23/07

06/08 a 13/08


20/08 a 27/0823/07 a 30/07

13/08 a 20/08


27/08 a 03/0930/07 a 06/08

20/08 a 27/08

06/08 a 13/08

27/08 a 03/09

13/08 a 20/08
Importante
20/08 a 27/08

27/08 a 03/09


06/07 a 13/07

29/06 a 06/07

13/07 a 20/07
06/07 a 13/07
Entrada à Quarta-feira
20/07 a 27/07

13/07 a 20/07

 
27/07 a 03/0829/06 a 06/07

20/07 a 27/07

 
03/08 a 10/0806/07 a 13/07

27/07 a 03/08

 
10/08 a 17/0813/07 a 20/07

03/08 a 10/08

 
17/08 a 24/0820/07 a 27/07

10/08 a 17/08

 
24/08 a 31/0827/07 a 03/08

17/08 a 24/08

31/08 a 07/0903/08 a 10/08

24/08 a 31/08

10/08 a 17/08
31/08 a 07/09

17/08 a 24/08
24/08 a 31/08

1.
Após a seleção ser-lhe-á remetido o boletim de marcação/confirmação.
31/08 a 07/09
2.
A não-aceitação da atribuição do apartamento contará como utilização efetiva no concurso dos anos seguintes.
Importante
3.
Existindo débitos ao Cofre, o sócio não pode proceder à marcação sem que os mesmos se encontrem regularizados, exceto se
1.
Após
seleção
ser-lhe-á
remetido
o boletim de cumprido.
marcação/confirmação.
existir aum
acordo
de pagamento
pontualmente
2.
A
não-aceitação proibido
da atribuição
do apartamento
contará
como
utilização
efetiva no concurso dos anos seguintes.
4.
É expressamente
o acesso
de animais de
estimação
aos
apartamentos.
3.
Existindo débitos ao Cofre, o sócio não pode proceder à marcação sem que os mesmos se encontrem regularizados, exceto se
existir um acordo de pagamento pontualmente cumprido.
4.
É expressamente
Importanteproibido o acesso de animais de estimação aos apartamentos.
1.
Após a seleção ser-lhe-á remetido o boletim de marcação/confirmação.
2.
A não-aceitação da atribuição do apartamento contará como utilização efetiva no concurso dos anos seguintes.
DATA: ______ / ______
______ débitos ao Cofre, o sócio não pode proceder
______________________________________________________
3. /Existindo
à marcação sem que os mesmos se encontrem regularizados, exceto se
(Assinatura do Sócio)
existir um acordo de pagamento pontualmente cumprido.
Cofre de Previdência dos 4.
Funcionários
e Agentes do Estado
É expressamente
proibido o acesso de animais de estimação aos apartamentos.
DATA:
______e/Tesouraria:
______ / Rua
______
Sede,
atendimento
do Arsenal, Letra E Apartado 2500, 1112-803 Lisboa - ______________________________________________________
Tel: 213241060 - www.cofre.org
Atendimento geral e Tesouraria: Rua dos Sapateiros, 58, Lisboa - Fax: 213470476 - email: [email protected](Assinatura do Sócio)
Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado
Sede, atendimento e Tesouraria: Rua do Arsenal, Letra E Apartado 2500, 1112-803 Lisboa - Tel: 213241060 - www.cofre.org
NOTÍCIAS FORMAÇÃO
NO COFRE
ESTRATÉGIA E
MARKETING DIGITAL
Catarina Ribeiro
Acompanhando a evolução das
tendências de consumo Media,
não segmentando por categoria de
negócio, é visível uma evolução
drástica nos últimos 5 anos no
que refere ao consumo Digital.
Foi com base nesta
evolução que o Cofre
procurou ferramentas e
orientações específicas
para acompanhar
as tendências do
mercado e estar cada
vez mais próximo dos
seus associados, não
só comunicando de
forma mais frequente,
direccionada e
focada, como criando
uma relação mais
personalizada, eficaz e
relevante. Identificando
esta necessidade, o Cofre promoveu
uma acção de formação em
Comunicação Digital exclusiva para
os colaboradores responsáveis por
esta área institucional da entidade,
facilitando e melhorando os
conteúdos e canais de comunicação
entre a entidade e os associados.
Orientada pela formadora Catarina
Alves Ribeiro, com formação em
Microsoft
Office 365
Ricardo Loureiro
Realizou-se no passado dia 22 de
Fevereiro, no auditório da sede
do Cofre de Previdência sito na
Rua do Arsenal, uma acção de
formação sobre a implementação
32
www.cofre.org
Strategy and Digital Marketing, a
acção decorrida no passado dia 28
de Janeiro 2016 nas instalações
do Cofre de Previdência em
Lisboa, foi divida em 3 módulos
sequenciais, começando antes por
um enquadramento estatístico sobre
tendências de consumo media
a nível mundial, afunilando em
tendências de comportamento dos
utilizadores portugueses nas diversas
plataformas de comunicação digital.
Após este ponto de partida, foram
abordadas técnicas de pesquisa, de
análise e de construção estratégica
do nosso negócio, passando
por identificar necessidades e
objectivos de comunicação nas
várias plataformas que mais se
adequam ao utilizador com quem
pretendemos comunicar. Foram
então focadas linhas estratégicas
para comunicar através de websites
e redes sociais, retendo e acedendo
a várias ferramentas que permitem
facilitar os processos de análise nas
diversas fases deste processo.
Esta formação terá um grande
impacto no resultado final do
novo Sítio do Cofre, que está a
ser estrategicamente pensado
e desenhado para ser mais
atraente, mais interactivo e mais
direccionado a cada um dos nossos
visitantes. Também
com base na formação,
foram percebidos os
diferentes interesses
do nosso target quanto
às plataformas que
utilizam e informações
que pesquisam, levando
assim à necessidade de
estarmos presentes nas
redes sociais por onde
navegam e adequando
a informação que
partilhamos aos seus
interesses.
Com este passo à frente,
iremos garantir uma comunicação
mais eficaz e adequada para
todos os targets que definimos,
permitindo que o feedback seja bem
recebido, analisado e utilizado em
acções futuras para que melhorem
os nossos serviços e relação com os
associados e interessados, processo
que terá acompanhamento por
parte da formadora.
nos serviços da instituição da nova
aplicação Microsoft Office 365.
Esta acção teve como públicoalvo todos os colaboradores dos
diversos departamentos do Cofre
com duração de 2 horas dividida
em 2 sessões, uma de manhã e
outra á tarde e foi ministrada pelo
formador Sérgio Santos da Iten
Solutions.
Teve como objectivo o aumento
de know-how dos colaboradores
através do conhecimento das
novas aplicações e funcionalidades
do Microsoft Office 365,
nomeadamente: Componentes –
On Premise: Outlook; Skype for
Business; Office 2016
Serviços Online: Exchange Online;
Calendário; Pessoas; Tarefas;
OneDrive; Sites (SharePoint
Online) e Delve.
(DES)COMUNICAR
Sónia Ferreira
No dia 29 de Janeiro iniciámos,
a sul, a implementação do Plano
de Formação Cofre para 2016. O
tema «Comunicação – Técnicas e
Barreiras», foi o escolhido para
arrancar com o ano formativo,
junto dos colaboradores do Centro
de Lazer da Praia do Vau.
A formação ficou a cargo da Dra.
Sónia Ferreira que, juntamente
com os sete participantes da acção,
abordou elementos, barreiras,
estilos e técnicas de comunicação.
Quem trabalha no atendimento ao
público debate-se com múltiplos
desafios na capacidade de escuta
e resposta aos seus interlocutores.
Distintos comportamentos
e personalidades obrigam a
uma comunicação adaptada e
facilitadora da relação. Com o
conceito de empatia sempre em
pano de fundo, abordou-se o acto
de comunicar como um todo, do
gesto à palavra ou… ao silêncio.
Esta foi a primeira sessão de um
cronograma continuado, que visa
a melhoria dos nossos serviços,
a capacitação técnica e acima de
tudo, a promoção do bem-estar
laboral e psicossocial dos nossos
colaboradores.
De acordo com as premissas da
Agência Europeia para a Segurança
e Saúde no Trabalho, o stress está
positivamente correlacionado com
o acréscimo de riscos para a saúde
física e mental dos trabalhadores.
É sabido que a formação funciona
como mecanismo de apoio à
gestão de stress e à produtividade,
promovendo a auto-estima
enquanto elemento coadjuvante na
consagração de objectivos.
Dora Vicente, funcionária do
empreendimento deixa-nos a sua
apreciação deste dia:
«Para mim teve muito valor
no sentido de achar que é um
crescimento a nível profissional
e pessoal. Sem dúvida, o
desenvolvimento pessoal e
profissional estão interligados.
Este tipo de formação vem dar
mais algumas ferramentas para gerir melhor o nosso dia-a-dia!
Quanto melhor for a preparação
para as diversas situações no local
de trabalho maior é a qualidade
de serviço prestado ao sócio e
também isso reflecte uma outra
produtividade.
Daí achar que deveríamos
continuar para dar, ainda mais, o
nosso melhor.»
UM JORNAL DE REFERÊNCIA NA REGIÃO
FAÇA-SE ASSINANTE
www.cincoquinas.net
[email protected]
NOTÍCIAS O COFRE VISTO
POR DENTRO
CARNAVAL 2016
QUINTA DE SANTA IRIA
Américo Gomes Nunes
Sócio n.º 76056
Participei com um grupo de amigos
em mais um evento na Quinta
de Santa Iria, e pude reconfirmar
a boa organização, simpatia e
profissionalismo de toda a equipa
que nos recebeu. Para melhor
expressar o sentimento colectivo,
seguem dois pequenos textos de dois
dos convivas:
«O Carnaval na Estrela»
Dizem, mas eu nunca quis acreditar,
que a montanha é traiçoeira.
Quando menos se espera vem
uma tempestade e os visitantes,
surpreendidos pela mudança brusca
das condições do tempo, ficam em
apuros. Subimos à Serra da Estrela,
no sábado, dia 6 de Fevereiro, em
dois autocarros com a esperança
de ver neve mas, ao chegar à
Torre, encontrámo-nos no meio
de uma nuvem. Nem neve, nem
vista para coisa nenhuma. Foi uma
frustração. Valeu-nos uma visita às
lojas, cujos donos aproveitam estas
condições agrestes para mostrar
e vender as especialidades da
região e o seu artesanato: queijos,
enchidos, pantufas barretes e, para
os mais abastados, casacos de pele.
Descemos até Seia, e subimos, a
maior parte de «comboio» e alguns,
poucos a pé, até ao Museu do Pão,
onde nos esperava um delicioso
almoço no restaurante. Situado
numa encosta de declive acentuado,
a água escoava por canais e noras no
interior do restaurante. Com tanta
água por perto valeu-nos um vinho
de qualidade para regar o repasto.
No regresso molhado parámos
em Manteigas para ouvir cantos
folclóricos e ver stands de produtos
regionais. Ao jantar a Quinta
surpreendeu-nos com um buffet de
Carnaval, máscaras e música ao vivo.
34
www.cofre.org
O convívio e as danças animadas
fizeram esquecer o dia de chuva e
a noite de tempestade. De manhã,
ao pequeno-almoço, havia a notícia
que tinha nevado na Torre durante
a noite. E assim, ficámos com a
sensação que a Estrela, ao atrasar
a queda de neve por umas horas,
nos poupou de pregar a partida de
ficarmos retidos na estrada. Seria
uma brincadeira muito ao jeito da
época carnavalesca, mas certamente
todos preferimos o conforto da
Quinta.
(Carlos Vale)
«Carnaval na Quinta… e por que
não?»
O programa do Cofre era aliciante,
consultámos os amigos e decidimos
ir. Levávamos a alegria que sempre
surge quando estamos juntos e a
expectativa de um Carnaval diferente.
As pessoas da Quinta receberam-
nos de braços abertos: o conforto
dos apartamentos, o menu farto e
delicioso, a elegância do «faraó»
fez-nos desejar o dia seguinte com o
«alto» do programa, a subida à Serra.
O pequeno-almoço foi cedo, creio
que fomos nós a acordar os galos
desta vez. Iniciámos a subida com os
olhos bem abertos a toda a paisagem
envolvente e já perto da Torre
confirmámos o que temíamos: a falta
de neve! Ainda pedimos ao S. Pedro
que fizesse o favor de nos presentear
com uns farrapinhos, mas atrasou-se
e o pedido foi concretizado quando
já estávamos longe… Seguimos
para Seia com almoço excelente no
Museu do Pão e com as barriguinhas
bem cheias e para não fazer perigar
a nossa silhueta «esbelta» decidimos
seguir a pé até ao autocarro. Demos
a volta à Serra com a chuva a
estragar a visão da paisagem e
chegámos a Manteigas de noite.
Quem não fez compras na Torre ou
em Seia, aproveitou aqui ao som das
concertinas. Voltámos para a Quinta,
e a surpresa foi geral: tínhamos
máscaras, serpentinas, papelinhos,
música e boa comida! Esquecemos a
chuva, o frio… e com os estômagos
de novo bem aconchegados, veio o
exercício, num pé de dança mais ou
menos conseguido, mas nem por isso
menos alegre.
No dia seguinte, domingo, dia 7,
depois de um brunch delicioso e com
grande pena, partimos, mas ficou a
pergunta:
Quando haverá o próximo evento?
Nas cerejas?
(Maria Olinda Nunes)
Residência
Sénior de Loures
Tal como sugerido no texto acima,
que reflecte o sentimento de todos
os restantes amigos, ficamos a
aguardar o próximo evento.
CARNAVAL 2016
RESIDÊNCIAS SÉNIOR
No Cofre o Carnaval também
percorreu o país. As nossas
Residências Sénior revestiram-se
de folia para celebrar esta época
carnavalesca.
Loures desfilou máscaras em
cartão e golas de lã inspiradas nos
tradicionais Caretos de Podence,
elaboradas pelos residentes. Por sua
vez a equipa técnica surpreendeu
com os seus coloridos trajes a
condizer com a animação sentida
por toda a casa.
O eclético grupo de Vila Fernando
apresentou divertidas e aprimoradas
farpelas para uma tarde de festa.
Os residentes não quiseram ficar
para trás e apoderaram-se de alguns
adereços para se trajarem de acordo
com a ocasião.
Como veem não faltaram máscaras,
sorrisos e muita animação. Numa
cumplicidade que já nos é tão
familiar, colaboradores e residentes
partilham mais um momento de festa.
Residência Sénior
de Vila Fernando
Residência Sénior
de Vila Fernando
www.cofre.org
35
NOTÍCIAS O COFRE VISTO
POR DENTRO
Iniciativa Cofre
O desafio foi lançado por uma das
colaboradoras do Cofre e muitos se
juntaram nesta acção solidária. A
ideia foi reunir vários bens e oferecê-los a uma instituição de índole
social. Feita a pesquisa, a Casa da
Criança de Tires foi a escolhida.
Esta organização pertencente à
Fundação Champagnat, nasceu da
necessidade de acolher crianças
entre os 3 e os 10 anos cujas mães
sejam reclusas no Estabelecimento
Prisional de Tires ou outras crianças
retiradas do seu meio familiar por
questões de protecção.
É que até aos 3 anos as crianças
cujas mães estejam presas podem
residir com as mesmas na «Casa das
Mães» dentro da prisão de Tires.
Mas passada essa idade e se a mãe
se mantiver em regime prisional,
os filhos são encaminhados para a
família ou, na falta desta, para outra
instituição. Assim surge esta Casa
(Centro de Acolhimento Temporário)
TOMADA DE POSSE
DOS ORGÃOS SOCIAIS
DA IBIS
No passado dia 25 de Janeiro,
o Presidente do Conselho de
Administração do Cofre, Américo
Tomé Jardim, na qualidade de
Presidente da Assembleia Geral da
Associação IBIS – Iniciativa Beira
Inovação Social, deu posse aos
Corpos Sociais dessa instituição. O
acto decorreu na Câmara Municipal
36
que possibilita as visitas regulares
às mães reclusas e uma proximidade
à prisão, que é tão importante na
rotina destas crianças.
Verificadas as necessidades junto da
equipa técnica da Casa da Criança
de Tires, um grupo de funcionários
do Cofre reuniu alguns bens
alimentares para as crianças levarem
para os lanches da escola e outros
considerados materiais necessários.
Estes donativos foram entregues
directamente à Casa que nos enviou
um carinhoso obrigado.
De nossa parte, saudamos este
valioso projecto que ajuda as
crianças a crescer num ambiente
seguro e cheio de amor.
de Almeida.
Esta parceria tem como eixos
estratégicos o desenvolvimento de
projectos de natureza social nas
áreas do turismo, saúde, educação e
novas tecnologias sempre ligadas à
inovação social.
A Associação IBIS nasceu da RUDE
– Associação de Desenvolvimento
Rural, a qual agrega 47 entidades
tais como os municípios do Fundão,
Sabugal, Belmonte, Santas Casas da
Misericórdia da Covilhã e Fundão,
a Associação Comercial e Industrial
do Concelho do Fundão e o Cofre
de Previdência dos Funcionários e
Agentes de Estado.
A integração do Cofre neste
núcleo será uma mais-valia para
o alargamento da rede social
e inclusão em projectos de
intervenção na zona da Beira,
região onde se localiza o Centro de
Lazer da Quinta de Sta. Iria.
A 2000 metros
de altitude
No Inverno, a Serra veste-se
de um manto branco de neve
e convida aos desportos de
inverno e à prática de actividades
radicais. Estes podem ser feitos
na nossa estância de esqui,
que está localizada na Torre,
no centro do Parque Natural,
concelho de Seia, a 2000 metros
de altitude.
A Estância está dotada de
renovadas instalações, que
albergam todas as infraestruturas de apoio necessárias
e dispõe de modernos e
sofisticados equipamentos:
meios mecânicos de última
geração, um sistema de
identificação de forfaits dos
mais modernos na Europa
e um inovador processo de
produção de neve artificial que
permite assegurar 120 a 150
dias de neve por ano.
E como as melhores férias de
Inverno são passadas na neve,
o Cofre de Previdência e a
Estância de Ski da Serra da
Estrela celebraram um protocolo
para que os seus sócios e
familiares possam usufruir da
nossa idílica serra e de todos os
desportos de Inverno que esta
tem para oferecer, a preços mais
baixos.
Desconto de 20% em
todos os preços de tabela.
Oferta exclusiva para sócios
hospedados no Centro de Lazer
da Quinta de Sta. Iria.
REGALIAS DOS ASSOCIADOS
ABONO REEMBOLSÁVEL
Os associados, com pelo menos
1 ano de vida associativa,
podem usufruir de um abono
reembolsável para acorrer a
despesas com melhoramentos da
habitação permanente ou, ainda,
para saúde do próprio ou dos
seus familiares.
O abono máximo é de 5.000€
desde que não ultrapasse
5 meses de vencimento e é
amortizável até 60 prestações
mensais, à taxa de 8%. Este
limite de financiamento pode
ser ultrapassado em casos
devidamente comprovados e
justificados que possam envolver
risco de vida ou deficiência
permanente.
FINANCIAMENTO
DE CASA PRÓPRIA
Financiamento para aquisição de
casa, construção ou transferência
de hipoteca, para o Cofre, para
habitação própria e permanente.
O montante máximo de
financiamento a cada sócio é de
125.000€, à taxa de 3,25%, a
amortizar até 30 anos em regime
de prestações constantes ou
progressivas.
FINANCIAMENTO PARA OBRAS
DE BENEFICIAÇÃO
Pode ser concedido empréstimo,
até ao montante de 20.000€,
a amortizar até 15 anos,
para obras de beneficiação a
efectuar em casa própria dos
sócios, destinada a habitação
permanente, desde que não
estejam hipotecadas ou cuja
hipoteca seja transferida para o
Cofre. Neste último caso o valor
do financiamento não pode ultrapassar os 125.000€.
REEMBOLSO DE VENCIMENTOS
PERDIDOS POR DOENÇA
Os sócios podem usufruir do
reembolso de vencimentos
perdidos por doença, não podendo
exceder a parte do vencimento
base perdido pelo sócio, durante
noventa dias em cada ano, nem
exceder o produto da percentagem
de 7,5% sobre o subsídio inscrito,
excepto para os sócios que não
tenham subsídio inscrito, para os
quais será considerado o valor
equivalente à soma de 10 quotas
(Acta n.º 35/12 de 3 de julho).
Para ser concedido o reembolso é
necessário que o sócio o solicite
até ao último dia do terceiro
mês seguinte ao do desconto no
vencimento.
SUBSÍDIO POR MORTE
O subsídio por morte é inscrito no
acto da admissão.
No acto da inscrição, o proponente
a sócio define um valor que
será entregue, por morte, aos
herdeiros ou a quem ele indicar
em Declaração Testamentária. Este
valor
– Subsídio Inscrito – será a base para
o cálculo das quotizações mensais.
Esta forma de inscrição tem origem
na fundação do Cofre, em 1901,
uma vez que este foi constituído
para «fazer face às despesas de
funeral».
RENDA VITALÍCIA
O subsídio por morte, que é
inscrito no acto da admissão,
poderá ser transformado em renda
vitalícia, a favor do próprio desde
que tenha completado 35 anos de
vida associativa e 65 de idade ou
à pessoa nomeada em declaração
testamentária.
CARTÃO DE SAÚDE
COFRE PREVIDÊNCIA
Foi criado em 2012 o Cartão de
Saúde Cofre Previdência que
permite aceder à rede médica de
prestadores Future Healthcare a
preços convencionados.
BOLSA DE ESTUDO /
BOLSA SÉNIOR
O Cofre atribui anualmente
bolsas de estudo aos filhos e
netos dos sócios, e ainda bolsas
seniores, igualmente anuais,
aos associados, cônjuges, pais e
sogros.
IMÓVEIS PARA ARRENDAMENTO
O Cofre oferece condições
vantajosas, em termos de prioridade
de acesso e preços, no arrendamento
do seu parque imobiliário.
OUTRAS REGALIAS:
❱❱ Centros de Lazer
❱❱ Residências Sénior
❱❱ Residências Universitárias
❱❱ Protocolos
Mais esclarecimentos para se fazer associado contacte:
Telm: (+351) 210123008 e/ou [email protected]
www.cofre.org
37
NOTÍCIAS O COFRE VISTO
POR DENTRO
PASSAGEM DO ANO
NA QUINTA
Francisco Santos
Mais um ano que chegou ao fim,
altura para alguma reflexão e
introspecção e também muito
convívio como vem sendo apanágio
na Quinta de Santa Iria.
Na passagem do ano a Quinta esteve
completamente lotada com mais de
80 convivas no jantar de réveillon
que foi servido pela equipa daquele
Centro de Lazer. Da ementa constou
o folhado de camarão, caldo de
codorniz, lombo de salmão com
queijo da Serra gratinado e ensopado
de veado, terminando com uma
trilogia beirã.
À meia-noite, como já é tradição,
lançou-se o fogo-de-artifício que
é sempre deslumbrante, pois a
38
localização do Centro de Lazer,
que tem a particularidade de não
ter edifícios à volta, oferece uma
grandiosa vista sobre o vale e a serra,
tanto de dia como de noite.
O ambiente pautou-se por uma
enorme boa disposição entre sócios
e funcionários e muita animação
num baile abrilhantado por um trio
musical antes e depois da meia-noite.
Seguiu-se o buffet de Ano Novo com
várias iguarias doces e salgadas, sem
esquecer o caldo verde à entrada e o
chocolate quente à saída.
Recebemos o novo ano de braços
abertos e com espírito livre. Todos
dançaram, riram e falaram, mantendo
o astral bem alto e a certeza de
que se o ano de 2016 for como foi
a primeira madrugada será um ano
repleto de boa disposição, alegria e
sucesso. Dizem que os anos bissextos
trazem sorte. Oxalá tal aconteça. Pelo
menos o nosso Cofre conta com boas
perspectivas pois vamos em Lisboa
ter uma nova sede, motivo de que o
futuro está a acontecer.
Chegadas as 3h00 da manhã começou
a desmobilização dos sócios para
o merecido repouso, após tamanho
festejo. Cerca das 4h00 da manhã
não havendo mais sócios no salão, a
equipa de colaboradores empreendeu
esforços na preparação do brunch de
Ano Novo que foi servido no salão de
eventos.
Dando seguimento às festividades
o serviço iniciou-se pelas 10h00 da
manhã levando aos sócios os sabores
da quinta com um pequeno-almoço
repleto de iguarias regionais. Este
prolongou-se até às 14h00 para que
os mais dorminhocos pudessem ainda
aproveitar esta última refeição, antes
das despedidas e regresso a casa.
Aproveitamos para desejar a todos
os sócios um óptimo 2016 com muita
saúde amor e sucesso.
ESTÁ-SE BEM ENTRE
AMIGOS NA QUINTA
DE SANTA IRIA
Fernando Lapa
Numa sexta-feira de trabalho na
Quinta de Sta. Iria deparámo-nos
com um animado grupo de amigos
que escolheu o nosso Centro para
um encontro de fim-de-semana.
Pedimos para nos escreverem
umas linhas sobre a sua estadia;
gentilmente cederam ao nosso
pedido. Ao nosso sócio Fernando
Lapa e a todo o grupo que o
acompanhou queremos endereçar
o nosso agradecimento, esperando
que voltem a juntar-se a nós para
outros momentos de convívio.
«Por solicitação da Técnica
Superior Dr.ª Sónia Ferreira em
representação do Gabinete da
Presidência, foi-me solicitado
comentar o nosso fim-de-semana
com amigos na Quinta. Para
tal solicitei, como é nosso
apanágio, apoio para uma
opinião generalizada que abaixo
reproduzo:
«Só nos resta agradecer a simpatia,
cordialidade e disponibilidade
do Presidente que nos acolheu e
simpaticamente deu as boas-vindas,
o que não podemos de deixar de
nos congratular, como também com
a amabilidade dos funcionários, a
qualidade e limpeza das instalações.
O mais que podemos referir é
que nos sentimos tão bem como
em nossa casa! Estamos mais que
certos que estes contributos com
que hoje prestigiamos esta casa não
são uma esperança no futuro mas a
realidade de um melhor Futuro. Um
bem-hajam pelo bom e prestigiante
serviço prestado.
Centro de Lazer da
Praia do Vau 2016
Encontram-se abertas as
inscrições para o nosso
Centro de Lazer da Praia do
Vau – Período de Época Baixa
e Média. Não se deixe atrasar
e venha desfrutar de uns dias
de descanso junto à praia.
Encontra-se disponível nesta
revista, página 31 e na página
do Cofre (www.cofre.org) o
boletim de inscrição para o
período de época alta, sendo
a data limite de entrega, o dia
15 de Abril de 2016.
O Cofre solicita a especial
atenção para a leitura do
Regulamento dos Centros de
Lazer 2016.
www.cofre.org
39
Colónia de férias Cofre 2016
PRAIA AZUL – TORRES VEDRAS
Data
De 4 a 13 de Julho
Idades
Dos 9 aos 15 anos
Preço por participante
250.00€
Actividades de ar livre
Iniciação à prática do
surf; slide; escalada; cama
elástica; escorrega na
água; espaço aventura na
mata; futebol; basquetebol;
voleibol; petanca; iniciação
à prática da modalidade
“capoeira”.
Actividades de interior
dança; música; karaoke;
ténis de mesa; matraquilhos;
cinemateca; ateliers de
cerâmica, de pintura e
trabalhos manuais.
Praia a 500 metros.
Inscreva-se já!
Informações: [email protected] – 213241060
Como habitualmente nos centros de lazer do Cofre da Quinta de Sta. Iria
e Vau durante os meses de Verão haverá momentos de animação para todas as idades.
Pode ajudar a UMAR, sem qualquer encargo para si!
A UMAR é uma das entidades beneficiárias de consignação de imposto. Assim,
pode decidir doar 0,5% do seu IRS, bastando preencher o quadro 9, do anexo H da
sua declaração de rendimentos, com o número de contribuinte 501 056 246.
x
5 0 1 0 5 6 2 4 6
Riviera Francesa
e Lagos Italianos
5 a 12 set.’16
Itinerário:
1º dia: Lisboa / Nice / Cannes
2º dia: Cannes / Grasse / Saint-Paul de
Vence / Juan-les-Pins / Antibes /
Cannes
3º dia: Cannes / Villefranche / Èze-surMer / Beaulieu-sur-Mer / Mónaco /
Génova
4º dia: Genova / Rapallo / Portofino /
Região de Como / Lecco
5º dia: Lecco / Tirano / St. Moritz / Varenna
/ Lago di Como
6º dia: Lago di Como / Lugano / Locarno /
Stresa
7º dia: Stresa / Isola Bella / Isola dei
Pescatori / Milão
8º dia: Milão / Lisboa
Preço (por pessoa):
Mínimo 20 participantes:
Duplo
€ 1.865
Individual
€ 2.185
Condições
Inclui: avião (TAP) Lisboa / Nice, Milão / Lisboa +
transporte em autopullman de turismo para o percurso
mencionado + 7 noites de alojamento em hotéis de
4 estrelas, em regime de meia-pensão + 8 almoços
em restaurantes locais + entradas e visitas conforme
descrito no itinerário acompanhadas por guia local a
falar português ou espanhol + acompanhamento por
um representante da Abreu durante toda a viagem +
seguro multiviagens + taxas de aeroporto, segurança e
combustível (€125,67).
Exclui: bebidas às refeições + despesas de carácter
particular + tudo o que não estiver devidamente
mencionado como incluído no programa.
Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas
hoteleiras vigentes. Poderão eventualmente ser
alterados caso se verifiquem variações significativas.
Não efectuamos qualquer tipo de reserva.
SEGURANÇA E
COMPETÊNCIA
A Agência em que os
portugueses mais confiam
para viajar.
ESCOLHA
DO CONSUMIDOR
AGÊNCIAS DE VIAGENS
A Agência de Viagens
escolhida pelos portugueses.
Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.org
Para mais informações e reservas:
Cofre: 21 324 10 60
Agência Abreu: 21 355 21 70
NA SUA LOJA ABREU | ABREU DIRETO Telef.: 707 20 1840 | Web: www.abreu.pt
Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016
A sua marca de confiança
APROVEITE CADA MOMENTO DA VIDA
INTENSAMENTE, GARANTA MAIS
PROTEÇÃO, E POUPE ATÉ 60%!
2015 FOI UM ANO MARCADO
POR BOAS NOVIDADES.
Com o seu Cartão de Saúde COFRE
passou a ter acesso a um maior número de prestadores de cuidados de saúde,
com possibilidade de utilização também em Espanha, e a um reforço (em número de dias e em
Capital) na garantia de Subsídio Diário, entre outras vantagens.
A pensar no seu conforto,
também desenvolvemos o Cartão Virtual de Saúde,
que garante que tenha o seu Cartão ou o Cartão dos seus familiares,
sempre consigo e em qualquer dispositivo móvel.
E 2016? COMECE ESTE NOVO ANO,
COM UMA DOSE EXTRA DE PROTEÇÃO.
Porque não podiamos ficar por aqui,
desenvolvemos também outras soluções de seguros,
desenhadas especificamente a pensar nos
Associados do COFRE de Previdência.
DESENHÁMOS SOLUÇÕES DE SEGUROS
ESPECIALMENTE PARA SI.
ENTRE EM CONTACTO CONNOSCO
E GARANTA AS MELHORES SOLUÇÕES
COM CONDIÇÕES EXCLUSIVAS.
Seguros de Vida
Porque o futuro é sempre um incógnita,
é importante o investimento em soluções de confiança.
Garanta boas soluções de seguros de vida,
complementos de reforma ou produtos financeiros.
Seguros de Multirriscos Habitação
Os acidentes não acontecem só aos outros.
Conheça soluções completas de seguros multirriscos, que não só
protegem o seu lar, como a sua família e os seus animais,
bem como os seus momentos de lazer.
Seguros Automóvel
Simples, fléxiveis e sempre disponíveis.
Para que possa sempre contar com uma boa proteção ao volante.
Conduza em boa companhia.
2ªs e 5ªs feiras, das 9h às 12:30h,
COFRE - Rua dos Sapateiros - Lisboa
[email protected]
21 923 94 80 - 96 392 75 55 - 308 804 817 (custo de chamada local)
Mediador devidamente autorizado, pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, a comercializar seguros dos Ramos Vida e Não Vida.
podendo o interessado confirmar esta inscrição em www.asf.com.pt. Não dispensa a consulta da informação pré-contatual e contratual legalmente exigida.
Em parceria com a VICTORIA Seguros.

Documentos relacionados