Companheiro - Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo

Transcrição

Companheiro - Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo
CUIDAR DE VOCÊ. ESSE É O PLANO.
Vales do Taquari
e Rio Pardo/RS
Sua vida simples assim.
A Unimed te convida a aproveitar ao máximo
o melhor da vida. Acompanhe notícias
e novidades sobre viver bem, saúde,
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EXPEDIENTE
Unimed – Cooperativa de Serviços de Saúde dos Vales do
Taquari e Rio Pardo Ltda.
Revista Simples Assim – publicação que substitui a Revista da
Unimed (lançada em agosto de 1977, na época chamada de
Jornal da Unimed).
Fotos: Shutterstock, divulgação e arquivo pessoal.
Foto da capa: Banco de Imagens
Redação: Josiane Rotta, Ana Luiza Rabuske e Alyne Motta.
Jornalistas Responsáveis:
Josiane Rotta (Mtb/RS 11834)
Ana Luiza Rabuske (Mtb/RS 17585).
Equipe editorial: Dr. Paulo Roberto Jucá, Dr. Carlos Rech, Danielle
Harth, Josiane Rotta, Ana Luiza Rabuske, Aline Tonini, Viviane
Bertolo e Alyne Motta.
Impressão: Grafocem Impressos Gráficos
Criação: Vértice Comunicação
Tiragem: 35.000 exemplares
Circulação dirigida: distribuição gratuita para colaboradores
Unimed, cooperados, empresas conveniadas, clientes de
planos familiares, serviços credenciados, imprensa regional.
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus
autores e não expressam necessariamente a opinião dos
responsáveis por esta revista.
E-mail: [email protected]
www.unimedvtrp.com.br
SAC: 0800 051 1166
Índice
Pg. 6
Carta ao Leitor
Pg. 12
Leia e descubra um
resumo de tudo o que
preparamos para você
nesta edição. Boa
leitura!
Felicidade
compartilhada com
um companheiro de
quatro patas
Pg. 8
De mãos dadas com a
diferença
Conheça a história do
menino que serviu de
exemplo para muitas
famílias e entenda
porque a inclusão é
apenas o primeiro
passo para a felicidade
Conviver com animais
de estimação pode
trazer mais qualidade
de vida para a família
Pg. 20
Xô, preguiça!
Dicas e cuidados para
você se exercitar em
dias frios
Pg. 16
Pg. 22
Hábitos saudáveis
podem controlar a
enxaqueca
Um lugar ao sol
Saiba como driblar
as crises e manter
uma vida com mais
qualidade
Na medida certa,
exposição aos
raios UVB garante
a produção de
vitamina D para
a manutenção da
estrutura óssea do
organismo
Pg. 38
Pg. 32
Culinária
Receitas práticas e
fáceis para tornar
seu inverno ainda
mais especial e
saudável
Pg. 36
Dúvidas do Leitor
Leia mais detalhes
sobre os serviços
e atendimentos do
seu plano de saúde
Unimed VTRP
oportuniza primeiro
emprego por meio do
programa Aprendiz
Cooperativo
Conheça o programa
da Unimed que auxilia
jovens a ingressarem
no mercado de
trabalho
Pg. 26
Pg. 37
Até que a terapia
nos salve
Novo Conselho de
Administração à
frente da Unimed
VTRP
Quando o casal não
consegue resolver
sozinho seus
conflitos,
uma alternativa é a
busca de orientação
profissional
Dirigentes foram
eleitos em assembleia
da Cooperativa
6
A Revista da Unimed está de cara nova. Trazendo
recursos gráficos mais modernos e com maior número
de páginas. A partir de agora, ela chega até você com
outro nome: “Simples assim”. Leve, descontraída e diferente. Como as surpresas escondidas nos pequenos
detalhes, as boas lembranças vindas com o cheiro da
chuva ou o abraço afetuoso de quem se ama.
Dessa forma, a Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo
(Unimed VTRP) te convida a aproveitar ao máximo o melhor da vida. Acompanhe notícias e novidades sobre viver
bem, saúde, entretenimento, cultura e muito mais.
Nesta edição você vai conhecer os benefícios da convivência com os animais de estimação e vai encontrar
dicas sobre como controlar a enxaqueca e ter uma
vida com mais qualidade. Veja também a superação de
uma família que aprendeu a conviver com as diferenças e a superar desafios por meio da inclusão.
O inverno está aí. Como não extrapolar nas calorias e
engordar além da conta? E ainda: quando a terapia de
casal é indicada e de que forma ela contribui para o relacionamento a dois? Isso e muito mais você descobre nas
páginas a seguir.
Boa leitura!
7
Inclusão
Lisiane e seu filho Dudu: “Me sinto orgulhosa de ser mãe”
Conheça a história do menino que serviu de exemplo para muitas famílias e entenda
por que a inclusão é apenas o primeiro passo para a felicidade
“O Dudu veio para me ensinar muito.” É assim que
Lisiane Borba da Silva, de Taquari, resume a sua luta
pelo crescimento e desenvolvimento de seu primogênito Fernando Eduardo, carinhosamente chamado de
Dudu. A batalha da gerente de uma loja de materiais
de construção, que é cliente Unimed, teve início há
sete anos. “Meu filho tem alguns atrasos no desenvolvimento, são sequelas da prematuridade, meningite
e hidrocefalia”, resume Lisiane. Dudu nasceu com 31
semanas de gestação. Com todas as complicações do
parto, precisou ficar quatro meses internado em uma
UTI. Passou por 16 cirurgias na cabeça e foi submetido à colocação de válvulas. Aos 3 anos de idade, o
menino pesava apenas nove quilos. “Foi bem difícil.
Uma luta constante com a balança para ganhar peso.
O Dudu foi sentar somente com três anos e aprendeu
a caminhar aos cinco. Hoje, com sete anos, ainda
estimulamos muito ele”, conta a mãe.
Para auxiliar no desenvolvimento do filho, Lisiane
afirma que as sessões de equoterapia, feitas desde
o primeiro ano de vida, foram fundamentais. Além
disso, Dudu conta com o apoio de uma fisioterapeuta e uma fonoaudióloga. Ele frequenta ainda
uma Escola de Educação Infantil e participa de
grupos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) com psicopedagogas e aulas de
ambientoterapia. “Meu filho nunca ficou sem tratamento. Há quatro anos ele não tem convulsões, o
que fez a médica tirar um dos dois anticonvulsivantes que ele tomava. Faz um ano também que ele
retirou uma das duas válvulas que usa pela hidrocefalia. Nesse período tivemos muitas respostas positivas dele, como entender e responder mais rápido
a tudo. Aprendeu a colocar a língua para fora, a
sugar em canudinho e, mais recentemente, a soprar
e assoviar, o que nos fez ficar mais felizes ainda. O
Dudu caminha e se arrisca a dar umas corridinhas”,
conta a mãe, que vibra a cada nova conquista.
Para o médico cooperado e especialista em Medicina
Física e Reabilitação da Unimed VTRP em Lajeado,
fisiatra Gustavo Robinson, os estímulos frequentes e a
dedicação da família são fundamentais para o desenvolvimento saudável da criança. “A melhor maneira de
fazer com que esse menino se sinta incluído e tenha
uma existência plena é fazer de tudo para atender suas
necessidades especiais, sejam elas físicas, psicoemocionais ou pedagógicas. Para que isso aconteça, é
fundamental o empenho da família. Da mesma forma,
se faz necessária uma drástica melhora no acesso a
tais serviços por parte da administração pública, em
todas suas esferas”, enfatiza.
Ao mesmo tempo em que tem suas
necessidades especiais atendidas,
lhe é permitido interagir como
qualquer outro membro dos seus
grupos sociais. Essa interação
é importante não apenas para as
crianças com deficiência, mas também
para que as demais pessoas entendam
que esse convívio é saudável e necessário.
Médico Gustavo Robinson
O profissional ainda destaca que permitir o convívio
com todos os membros da família e com crianças da
mesma faixa etária, sejam elas pessoas com deficiência (PCDs) ou não, pode auxiliar no processo de
evolução. “Ao mesmo tempo em que tem suas necessidades especiais atendidas, lhe é permitido interagir
como qualquer outro membro dos seus grupos sociais.
Essa interação é importante não apenas para as crianças com deficiência, mas também para que as demais
pessoas entendam que esse convívio é saudável e
necessário”, complementa o médico.
9
Inclusão
Inspiração para outras famílias
Com todo seu aprendizado ao lado do filho e do marido,
Lisiane – que é mãe de outro menino, Felipe, 1 ano de
idade – percebeu que sua história poderia servir de estímulo para outras famílias. Para dar este apoio ela fundou,
em 2013, a Associação Pequenos Notáveis, na cidade
de Taquari. “Tudo começou por causa do meu Dudu. Ele
poderia estar em uma cama sem poder fazer nada, mas
com muita fé, força de vontade e muitos estímulos, ele
continua progredindo. O exemplo dele faz com que muitas famílias não parem de acreditar que podem ser muito
felizes, assim como nossa família é”, completa.
De lá para cá, o trabalho de Lisiane e de todas as
mães que participam da associação tem sido criar
meios para motivar, informar sobre leis, medicamentos
e tratamentos. A maioria delas têm filhos com alguma
deficiência. “Fazemos encontros mensais com dinâmicas, desabafos e falas sobre nossos exemplos. É
uma troca mútua. Quem ajuda também recebe apoio
pelo simples fato de poder falar e ser compreendido”,
ressalta.
Para a psicóloga do Espaço Vida Unimed de Santa
Cruz do Sul, Luziane Gressler, a associação e a iniciativa das mães possuem um papel muito importante na
vida dessas famílias. “Elas criam um espaço para que
essas pessoas consigam falar de situações reais de
vida. Os grupos têm como principal objetivo a união
das pessoas para se atingir um mesmo ideal, favorecendo o sentimento de pertencimento, o que minimiza
a ideia de que estamos sozinhos naquele momento”,
avalia Luziane.
A profissional ressalta alguns benefícios oferecidos
pelos grupos de apoio: acesso a informações atualizadas sobre a doença e os tratamentos, aumentando
a segurança de cuidado e a tomada de decisões;
favorecimento da aceitação da nova situação, que
envolve mudanças significativas no dia a dia e na
qualidade de vida dos envolvidos; desenvolvimento de
um enfrentamento mais positivo e saudável da situação
de adoecimento e perdas associadas; favorecimento
da interação com a criança a partir de melhor compreensão das necessidades da pessoa com deficiência,
seus sintomas e estratégias de manejo.
Mais do que trocar experiências, Lisiane ressalta que os
encontros da associação têm trazido de volta a autoestima e a alegria de muitas mães. “Algumas mulheres
diziam não usar salto alto há anos e nem mesmo passar
um batom. Hoje isso mudou, elas se valorizaram muito
mais, estão felizes e isso reflete nos filhos”, comemora.
“Nossa ideia é mostrar que mesmo com suas limitações, nossos filhos e nossas famílias podem ser muitos
felizes. Que a inclusão é difícil, mas não impossível, e
10
que, com jeitinho e conhecimento do potencial e das
dificuldades, é possível ter uma vida melhor. Assim
entendemos que amar, aceitar, estimular e tentar levar
a vida com alegria tornam as situações melhores”,
completa Lisiane.
A cada avanço, novos sorrisos
“Sempre digo que o Dudu é minha caixinha de surpresas.
A cada dia surpreende a mim e ao pai com uma conquista, mas para isso temos que dar corda. Com a vinda
do mano está sendo melhor. Eles se adoram e o menor
acaba estimulando ele a fazer coisas novas. A reação de
botar a língua para fora acho que foi o mano Felipe que
ensinou”, evidencia a mãe.
De acordo com o médico fisiatra, os estímulos dados
pela família e o tratamento adequado com uma equipe
multidisciplinar contribuem para os avanços da criança.
“O ideal é que a reabilitação seja conduzida por uma
equipe multiprofissional, com atuação complementar e
sem sobreposição de funções. O dimensionamento da
equipe pode ser variável, mas deve ser composta, no
mínimo, por um médico fisiatra, terapeuta ocupacional,
fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, enfermeiro
de reabilitação e assistente social. O foco de qualquer
programa de reabilitação não deve estar na incapacidade
estabelecida pela lesão ou doença, pois essa geralmente
não é passível de cura ou resolução definitiva. Devemos
sempre potencializar as capacidades físicas residuais do
indivíduo, de forma a minimizar ou mesmo contornar as
dificuldades que lhe são impostas pela lesão”, aconselha
Robinson.
Assim como em casa, a inclusão destas crianças em
escolas regulares pode influenciar positivamente na
melhora do quadro de saúde. “A adaptação escolar
deve ser sempre adequada a cada situação, de forma
a suprir as necessidades de forma individualizada. O
convívio escolar e o aprendizado melhoram a autoestima e ajudam a potencializar as capacidades residuais da criança, sendo essenciais para o processo de
reabilitação”, complementa o fisiatra.
Com as nítidas evoluções do filho, Lisiane se diz mais
feliz e orgulhosa. “Hoje me sinto uma pessoa melhor.
Acredito que nada foi e nem está sendo por acaso.
O Dudu veio para me ensinar muito e ajudar muitas
outras famílias que sofrem com a deficiência. O Felipe
veio para ensinar que a vida, quando aprendemos
a viver tudo intensamente, se torna mais fácil. Somos
muito felizes não só pelo fato dele estar progredindo,
andando e se desenvolvendo, mas também por ele ser
um menino feliz. Para nós o que importa é isso. Só vou
incluir meu filho onde ele estiver feliz e se sentir bem.
Me sinto orgulhosa de ser mãe”, afirma.
Acreditando na diversidade e com a intenção de trazer para perto pessoas com
diferentes talentos, a Unimed VTRP trabalha, desde 2013, com um cronograma de
ações do Programa Sentidos. A iniciativa
promove a inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) no ambiente de trabalho da
Cooperativa, contribuindo com o desenvolvimento destes profissionais, igualando
direitos e deveres.
nizando e sensibilizando o ambiente de
trabalho. Buscamos ser um agente transformador em nossa sociedade e garantir
acesso e qualidade de vida ao nosso
público colaborador”, destaca a psicóloga
Juliana Cerutti, da área de Desenvolvimento Humano da Cooperativa. Ela garante
que aproximar as dife-renças torna o trabalho cooperativo ainda mais enriquecedor.
Atualmente, a Unimed VTRP conta com 17
colaboradores e três aprendizes PCDs. “A
importância da inclusão está relacionada
com a ideia de facilitar a construção de
vínculos, auxiliando na compreensão das
diferenças e na convivência mútua, huma-
Pessoas com deficiência são bem-vindas
na Unimed VTRP. Se você tem interesse, cadastre seu currículo no site
(www.unimedvtrp.com.br) ou entre em
contato através do telefone (51) 37147125.
Bem-estar
Conviver com animais de estimação pode trazer
mais qualidade de vida para a família
Bem-estar
Seu filho pede insistentemente por um cãozinho de
estimação e você está em dúvida se atende ao
pedido? Saiba que abrir a casa para estes bichinhos
pode não só deixar o ambiente mais alegre como
também melhorar o relacionamento entre a família.
Além dos benefícios para os adultos, ter um animal
de estimação pode auxiliar no desenvolvimento social
e emocional das crianças. Quem reforça essa tese é a
médica infectologista da Unimed VTRP em Santa Cruz
do Sul, Cristiane Pimentel Hernandes. “É indiscutível o
aumento do bem-estar proporcionado pela companhia
de um animal de estimação. A presença leva à melhora da imunidade por aumento de imunoglobulinas,
diminuindo a chance de infecções virais e bacterianas,
que causam principalmente doenças respiratórias na
criança”, argumenta.
E os benefícios não param por aí. A autonomia dos pequenos passa a ser desenvolvida por meio da responsabilidade que a criança terá ao cuidar do seu animalzinho.
Além disso, sentimentos como afetividade, alegria, frustração e respeito também se desenvolvem neste convívio.
O animal ainda pode trazer a experiência da perda. Dessa
forma, a criança aprenderá sobre o ciclo da vida.
Porém, o acompanhamento dos adultos nesse contato
com os animais torna-se essencial. Crianças muito pequenas não sabem distinguir o seu bichinho de pelúcia
do animalzinho de estimação e, por isso, podem machucá-lo ao apertar demais, jogar para o alto ou mesmo
bater para recriminar algo que o animalzinho tenha feito
de errado. “É importante estimular o contato das crianças com os animais, desde que sejam respeitadas algumas orientações como, por exemplo, o entendimento da
criança sobre o que é o animal e os seus limites, para
evitar maus-tratos e para que a criança também se
sinta responsável pelo bichinho. É preciso lembrar que
o animal exige muitos cuidados e demanda recursos
financeiros e dedicação de tempo”, ressalta a médica.
É indiscutível o aumento do bem-estar proporcionado
pela presença de um animal de estimação. A presença
leva à melhora da imunidade por aumento de imunoglobulinas, diminuindo a chance de infecções virais
e bacterianas, que causam principalmente doenças
respiratórias na criança
Médica Cristiane Pimentel Hernandes
Muitos pais se questionam sobre os riscos de alergias com
a presença de um bichinho em casa. Para acabar com a
dúvida, a infectologista afirma que pesquisas revelam que
aquelas crianças que convivem nos primeiros anos de
vida com animais de estimação estão menos propensas
a desenvolver alergia, pois o seu sistema imunológico já
está “acostumado” com os agentes alergênicos encontrados nos animais. “Existem estudos mostrando que
crianças que têm contato com animais desde pequenas
toleram mais as reações alérgicas. Em especial, uma
pesquisa conduzida na Alemanha acompanhou três mil
crianças do nascimento aos seis anos de idade e revelou
que aquelas que conviviam com cachorro dentro de casa
tinham menor risco de desenvolver alergia aos pelos,
pólen, poeira e outros alergênicos inaláveis que aquelas
que não tinham cachorro”, completa Cristiane.
Mantenha seu pet e sua família longe das
doenças
Para que tudo saia conforme o planejado e o contato da
família com o cãozinho, gatinho, ou qualquer outro animal de estimação escolhido, seja o melhor possível,
é importante sempre consultar um veterinário. Como
alerta, a infectologista lista as zoonoses (doenças
que são transmitidas dos animais para o ser humano)
mais comuns: giardíase, toxoplasmose, leptospirose,
brucelose, sarna, raiva e dermatomicoses. Para evitar
o contágio dessas doenças, a médica deixa dicas
simples, que devem ser mantidas por todos que
queiram um relacionamento saudável entre o pet e os
integrantes da família:
Lavar as mãos após todo contato com o animal, com
seus brinquedos, objetos em geral e suas secreções;
Trocar a água do prato/reservatório do animal diariamente;
Usar mosquiteiros nas janelas e repelentes sempre que
possível;
Deixar os pátios limpos;
Manter as vacinas e os vermífugos em dia.
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Amigo para todas as horas
“O cão é o melhor amigo do homem.” Com certeza você já ouviu essa afirmação. E ela
não existe à toa. Hoje, estudos em todo o mundo demonstram que a convivência com os
animais traz tranquilidade e bem-estar às pessoas. Filmes famosos como “Marley e Eu” e
“Para sempre ao seu lado”, mostram que o relacionamento entre os humanos e seus animais de estimação não só foram sucesso de bilheteria como levaram plateias às lágrimas e
fizeram com que muitos refletissem sobre os benefícios dos animais na vida do homem.
E essa relação de companheirismo invade a realidade. Casos de animais que trazem ânimo
para quem perdeu um ente querido ou ainda que alegram a rotina de pais que sofrem com
a ausência dos filhos após saírem de casa, crescem a cada dia. As vantagens da convivência com animais se estendem na terceira idade, etapa em que é comum um maior
afastamento dos familiares e isolamento social devido ao ritmo mais desacelerado de vida.
Neste período, o animal é o companheiro ideal, sempre disponível para oferecer carinho
e companhia, além de contribuir para o resgate da sensação de prazer relacionada ao
cuidado com o outro, em momentos como a alimentação e nos cuidados com a saúde e
higiene.
Já na infância, o contato com os pets auxilia no aprendizado de valores como respeito,
cuidado e responsabilidade, além de ter um animado companheiro para os momentos de
diversão e brincadeiras. Esse é o exemplo aplicado pela médica Cristiane em casa. Ela e
as duas filhas, Clara, 6 anos, e Helena, 4 anos, convivem com a Anita, uma cachorrinha da
raça shitzu, de 1 ano e quatro meses. “Ela está conosco desde os seus 45 dias de vida.
Vive dentro de casa, mas tem sua caminha e seus brinquedos. Ela é muito carinhosa e
está sendo adestrada”, argumenta a infectologista.
A médica conta que sua filha mais velha sempre foi muito ligada aos animais (cachorros,
gatos e também cavalos), e a Anita foi o pedido dela ao Papai Noel, no Natal de 2013.
“Hoje a Anita é o bebê da casa e está sempre ao nosso redor, às vezes fazendo parte das
brincadeiras das meninas. A presença dela, sem dúvida, contribui para a alegria da família.
Entretanto, ela também exige cuidados, como vacinas, vermífugos, anti-pulgas e banhos
semanais na petshop, além dos cuidados de higiene diários e alimentação”, completa a
especialista. Por isso, antes de ter um companheiro, é preciso pensar muito se a família
possui condições de oferecer carinho e os cuidados necessários. Em troca da atenção, o
animalzinho pode oferecer amor, alegria e, sem dúvida, uma saúde melhor para adultos e
crianças.
Clara e Helena encontram na cachorrinha Anita uma
companheira para brincadeiras.
15
Cuidado
Saiba como driblar as crises e manter uma vida com mais qualidade
Conviver com aquela incômoda dor de cabeça, com
crises intensas, acompanhadas de náuseas e forte
sensibilidade à luz e aos ruídos do ambiente, são razões suficientes para tirar o ânimo de qualquer pessoa.
Comuns em boa parte da população, estes sintomas caracterizam a tão temida enxaqueca. Segundo
estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS),
existe uma prevalência em todo o mundo de mais de
300 milhões de pessoas com este diagnóstico. No
Brasil, estima-se que 45% das consultas médicas por
dores de cabeça sejam devido a crises de enxaqueca.
O neurologista cooperado da Unimed VTRP em Lajeado, Francisco Cosme Costa, explica que a enxaqueca
é um quadro crônico caracterizado por episódios recorrentes de dor de cabeça ao longo da vida. “Ela possui grande predisposição genética, 70% dos pacientes
com enxaqueca também têm algum parente com este
quadro. Além disso, há predomínio das crises entre o
público feminino, na proporção de três mulheres para
cada um homem diagnosticado”, ressalta o médico,
ao lembrar que a enxaqueca pode começar ainda na
infância.
Embora seja benigno, o problema tem grande impacto
na vida de quem sofre com as dores, pois as crises são,
muitas vezes, de grande intensidade e incapacitantes,
obrigando o paciente a recolher-se, o que pode causar
prejuízos pessoais e profissionais. Por estes motivos, é
preciso dar toda atenção para os sintomas e apostar na
prevenção. Algumas dicas simples, como manter hábitos
saudáveis, podem ajudar a controlar as crises e trazer de
volta a qualidade de vida. É o que aponta o especialista.
“O estresse e a privação do sono são fatores que podem
levar à enxaqueca. O sedentarismo não chega a ser um
fator desencadeante, mas sabe-se que a prática de exercícios físicos regularmente reduz a frequência das crises.
Além disso, o exercício é uma excelente maneira de aliviar
o estresse”, sugere.
Ainda que seja um constante debate entre os pesquisadores do tema, sabe-se que alguns alimentos
podem provocar as crises. O médico afirma que não
existe uma dieta específica para estes pacientes, o
ideal é que cada pessoa consiga identificar o que não
lhe cai bem. “A enxaqueca pode estar relacionada à
ingestão de álcool, ao uso abusivo ou abstinência de
cafeína, adoçantes com aspartame, alimentos que
contenham glutamato monossódico (sal presente em
todas as proteínas animais e vegetais), frutas cítricas,
nozes, amendoim, chocolate e alimentos embutidos.
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Não existe uma receita ou dieta específica para a
prevenção da enxaqueca. Depende, na verdade, do
reconhecimento do próprio paciente de quais tipos
de alimentos lhe causam dor e, a partir daí, procurar
evitá-los”, esclarece Costa.
Como saber se minhas dores de cabeça podem
ser um indicativo de enxaqueca?
Diferente das dores de cabeça comuns, que geralmente são mais leves e passageiras, a enxaqueca
se caracteriza, de acordo com o neurologista, por
uma dor latejante ou pulsátil, de início gradual e de
intensidade progressiva, que pode durar entre quatro
e 72 horas. “Na maioria das vezes a dor é unilateral
– apenas em um dos lados da cabeça – de intensidade moderada a severa, e vem acompanhada de
náuseas, vômitos, e/ou fotofobia e fonofobia (incômodo com a presença de luz e sons, respectivamente).
Algumas pessoas podem apresentar, antes do início
da enxaqueca, alguns sintomas que chamamos de
‘aura’, tais como: alterações visuais (“luzinhas” nos
olhos ou redução da visão) e sensitivas (formigamentos ou diminuição da sensibilidade da mão, braço ou
boca). A aura é transitória, melhorando espontaneamente em torno de uma hora”, alerta o cooperado.
Embora mais raros, o médico afirma que existem
alguns subtipos de enxaqueca que podem vir acompanhadas de sintomas mais severos, como perda de
equilíbrio ou mesmo a perda transitória do movimento
de um lado do corpo. “Esses tipos costumam chamar
muita atenção, pois confundem-se com doenças neurológicas mais graves, como o AVC (Acidente Vascular
Cerebral). Deve-se sempre buscar atendimento médico
nestas situações”, orienta o profissional.
O que fazer durante uma crise?
Costa aconselha aos pacientes com crises de enxaqueca para que, antes de tudo, consultem um médico
com o objetivo de traçar um plano terapêutico adequado. “A escolha correta dos medicamentos, sempre
evitando a automedicação, é fundamental para que o
tratamento das crises seja efetivo. A partir daí, o paciente deve tomar o que for prescrito de forma correta,
lembrando que a efetividade é maior quando o remédio
é tomado nos primeiros minutos da crise, evitando que
ocorra progressão da intensidade da dor de cabeça.
Se possível, indica-se que o paciente se recolha a um
ambiente calmo e silencioso, com pouca luminosidade.” De acordo com o especialista, nessas horas o
descanso costuma ajudar, aliviando os sintomas.
Cuidado
Mais qualidade de vida e longe das dores
O neurologista Francisco Cosme Costa elenca algumas
dicas que podem diminuir a frequência das crises de
enxaqueca e, de quebra, melhorar a qualidade de vida
para quem sofre com as dores:
Deve-se adotar medidas de redução do estresse,
praticar exercícios físicos regularmente, procurar
manter um bom padrão de sono e evitar alimentos
que provoquem crises (veja a relação deles na
página ao lado);
Evitar a automedicação e, principalmente, cuidar
com a ingestão excessiva de analgésicos. Segundo o especialista, o uso demasiado e continuado destes medicamentos pode desencadear a
chamada “enxaqueca crônica associada ao abuso
de analgésicos”, o que significa o agravamento da
duração e da recorrência das crises;
Para as pessoas que apresentam crises muito
frequentes ou muito intensas de enxaqueca, o
médico afirma que existe uma modalidade de
tratamento chamada ‘profilaxia’. “Ela consiste no
uso contínuo de um tipo de medicamento que reduz a frequência e a intensidade das crises. Esta
é uma modalidade de tratamento muito eficiente e
que produz significativa melhora na qualidade de
vida do paciente.” Lembrando que é necessário
sempre procurar o médico para que seja prescrito
um tratamento adequado, baseado no perfil de
cada paciente.
19
Nos dias frios, a prática de atividade física requer
cuidados especiais com o corpo
Atividade Física
Aos poucos o friozinho vem chegando, e com ele aquela vontade de
ficar em casa, tomar um banho relaxante, atirar-se no sofá e descansar.
Se neste inverno a preguiça bater à sua porta, trate de mandá-la embora! Lembre-se que a prática continuada de atividade física – em todas as
estações do ano – proporciona inúmeros ganhos à saúde.
Conforme a endocrinologista e metabologista Daniela Marques
Atkinson, de Lajeado, quando a pessoa exercita o corpo, o cérebro produz endorfina: substância natural que gera bem-estar e prazer, reduzindo
o estresse e a ansiedade. “A sensação é a mesma que se sente no
verão. E seja para melhorar a saúde, ou para perder peso, o que não se
pode é ficar parado”, orienta a especialista.
Os benefícios da atividade física são praticamente os mesmos dos períodos mais quentes do ano: redução ou manutenção do peso corporal,
melhora da captação do oxigênio pelas células, auxílio no tratamento da
hipertensão, aumento da força muscular e da disposição para práticas
cotidianas.
No entanto, se por um lado os benefícios da atividade física no inverno
são bem próximos aos do verão, por outro, os cuidados são diferentes
em função do frio. O atleta deve sair de casa agasalhado e só tirar o excesso de roupa à medida que for aquecendo o corpo. Além disso, a médica lembra que o alongamento e o aquecimento devem ser realizados
com maior atenção. “No frio, a musculatura está mais contraída e tensa.
Se não for bem aquecida, pode haver lesões”, comenta Daniela. Ao final
do treino, é importante trocar a roupa suada e se agasalhar novamente.
A endocrinologista alerta que, durante a exposição a baixas temperaturas, há uma redução na percepção de sede do organismo. “As pessoas
esquecem de ingerir líquidos, que são fundamentais para a hidratação,
tanto antes, quanto durante e depois da atividade física.”
Outro ponto que merece atenção é a alimentação. Neste período mais
frio, as pessoas geralmente apresentam um aumento do apetite pois,
segundo Daniela, há um maior gasto de energia para a manutenção da
temperatura corporal. “Porém, é preciso controlar o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar. Mesmo que nesta época do ano exista
uma maior oferta de alimentos calóricos, devemos ter o cuidado de
consumi-los com moderação e manter uma dieta equilibrada”, pondera a
médica.
Frutas, verduras e legumes não devem ser esquecidos. Esses alimentos
são uma forma de manter a saúde em dia, prevenindo gripes e resfriados, comuns nesta época do ano.
21
Proteção
Na medida certa, a exposição aos raios UVB garante a produção
de vitamina D para a manutenção da estrutura óssea do organismo
E se quiser saber pra onde eu vou. Pra onde tenha sol,
é pra lá que eu vou... Assim como a banda Jota Quest,
no refrão da música Sol, os médicos também sugerem
a busca pelo astro-rei. Expondo-se de forma moderada
aos raios UVB, o indivíduo garante a produção de dois
hormônios com importantes funções para o organismo:
a vitamina D (responsável pela manutenção da estrutura óssea), e a melatonina, que indica ao corpo quando
é dia ou noite, regulando o descanso e a qualidade do
sono.
devem ser intensificadas. “E no caso de bebês com
menos de seis meses de idade, a exposição solar
deve ser evitada”, alerta Torres. Já em idosos, principalmente naqueles que possuem problemas osteoarticulares, como a osteoporose, a exposição precisa ser
controlada e orientada por um especialista, para que
não haja uma superexposição ou mesmo queimaduras
na pele.
Apesar da principal fonte de fabricação da vitamina D
ser a exposição da pele ao sol, ela não é a única.
A substância também pode ser ingerida através de
alguns alimentos, como leite, ovos e peixes, ou mesmo
com complexos vitamínicos. Segundo o dermatologista
Vinícius Torres, de Santa Cruz do Sul, este nutriente
previne o raquitismo em crianças e osteomalácia
(amolecimento dos ossos) em adultos e idosos.
Sem ele, apenas 15% do cálcio e 60% do fósforo
(minerais essenciais para a formação do esqueleto),
consumidos por meio dos alimentos, são absorvidos
pelo organismo.
Se durante o verão a exposição ao sol não foi adequada, a estação pode ter deixado na pele mais do que o
bronzeado. “Por isso, recomendaria fortemente uma visita a um dermatologista”, avisa Torres. O profissional acrescenta que pessoas com pele, cabelos e olhos
claros, que apresentam muitas pintas (sinais marrons),
devem ter um cuidado ainda maior, tanto antes quanto
depois do contato com o sol.
Embora seja benéfica a exposição aos raios solares,
são fundamentais alguns cuidados, tanto no verão
como em outros períodos do ano. O dermatologista
comenta que é preciso respeitar o tempo máximo de
exposição e o horário escolhido (não se expor das 10h
às 15h). “O antebraço ao sol, durante 15 minutos por
dia, produz vitamina suficiente”, revela.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, com as crianças as medidas de fotoproteção
Atenção especial para pintas e sinais
Ele comenta que, em alguns casos, essas pintas e
sinais podem ser confundidos com câncer de pele de
cor escura, também conhecido como melanoma. “Este
tipo de tumor pode surgir em sinais que já existiam ou
mesmo em pele sadia, e só pode ser curado com o
diagnóstico precoce e uma consulta com um especialista”, explica o dermatologista.
O médico ainda faz menção às pessoas que possuem
um histórico de câncer de pele na família. “É preciso
observar atentamente o surgimento ou modificação de
pintas na pele. Caso encontrem, procurem um profissional que fará a dermatoscopia, um exame especializado que analisa a pele e permite um diagnóstico
preciso”, finaliza o profissional.
Uma dose diária
Obtenha bons índices de vitamina D:
Do céu – É preciso expor-se, por pelo menos,
15 minutos todos os dias, nos horários indicados (antes das 10h e depois das 15h). Vale um
passeio no parque com o cachorro ou mesmo
uma caminhada com os amigos.
Da alimentação – Alguns alimentos devem
ser consumidos diariamente, como os vegetais
e fontes de proteína de origem animal (leite e
derivados, ovos e peixes como salmão e atum).
Estes itens não podem faltar na sua dieta.
De suplementos – Estes devem ser consumidos exclusivamente com indicação médica e
acompanhamento. Embora bem-vindos, uma
ingestão elevada pode causar intoxicação e
levar à formação de cálculos renais.
24
Proteção
1
Cuidados com a pele
Evite a exposição solar entre 10h e 15h;
2
3
Utilize protetor solar com proteção UVA e UVB
de FPS 15, no mínimo;
4
5
Utilize meios físicos de proteção, como
chapéus, camisetas e guarda-sol;
Aplique a quantidade adequada e reaplique
o protetor a cada duas horas, em caso de
exposição solar continuada;
Após a exposição solar, utilize cremes
hidratantes e antioxidantes, como os que
contêm vitamina E, vitamina C e ácido ferúlico.
Entrevista
Quando o casal não consegue resolver sozinho seus conflitos,
uma alternativa é a busca de orientação profissional
26
27
Já dizia Epiteto, filósofo grego que viveu no século I: “O que perturba o ser humano não são os fatos,
mas a interpretação que ele faz dos fatos”. Sua célebre frase bem poderia servir de lema para muitos
relacionamentos amorosos, afinal de contas, grande parte das desavenças conjugais nasce a partir da
falta ou dificuldade de comunicação do casal. Quando um ou os dois não expressam claramente seus
pensamentos e sentimentos, deixa brecha para que o outro tenha uma visão distorcida da situação. E
para que voltem a “falar a mesma língua”, uma alternativa é a terapia de casal. O assunto foi tema da
entrevista a seguir, com a psicóloga Adriana Zilberman, que é terapeuta individual, de casal e família,
diretora, supervisora e professora do Centro de Estudos da Família e do Indivíduo (Cefi), sediado em
Porto Alegre.
Revista Simples Assim (RSA) - O que é a terapia de
casal?
Adriana - Trata-se de uma terapia breve e com foco
definido, que pode ajudar na resolução de diferentes
conflitos conjugais, gerados por crises situacionais ou
estruturais. Também se aplica a casais que se preparam para uma vida marital e querem ajustar e prevenir
aspectos importantes da relação e para casais que
querem se divorciar, para ajudar neste processo. O
foco da terapia de casal sempre é a relação, e as
intervenções do terapeuta podem ocorrer em vários
níveis desta relação, dependendo do contexto. Antes
de iniciar a terapia, é feita uma avaliação das áreas de
vulnerabilidade da relação para construir com o casal
um plano de tratamento. Na abordagem sistêmica, a
terapia de casal pode incluir pessoas importantes na
vida do casal em algumas sessões previamente combinadas e que tenham alguma finalidade terapêutica.
RSA - Que motivos (os mais comuns) levam os casais
para o consultório?
Adriana - Os motivos mais comuns envolvem dificuldades na comunicação, na resolução de problemas
ou ainda crises geradas por eventos desencadeantes,
como infidelidade, dificuldades sexuais, conflitos na
relação pai e mãe, violência doméstica, entre muitos
outros. Geralmente os casais buscam a terapia quando estão em níveis mais avançados de crise, quando
já tentaram outras alternativas que não funcionaram.
Isso pode ser um obstáculo para o resgate das áreas
saudáveis da relação, pois quanto mais tempo e intensidade os conflitos se desenvolvem, mais difícil de
resolvê-los.
RSA - Como funciona a terapia de casal?
Adriana - Na abordagem sistêmica, o casal comparece sempre junto nas sessões de terapia, a não ser
quando tenha alguma situação especial que o terapeuta avalie que precisa vê-los em separado. As sessões
iniciam semanalmente com uma avaliação da relação,
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objetivos iniciais e podem ter espaço mais longo entre
sessões à medida que já conseguem alcançar alguns
objetivos terapêuticos. A duração do tratamento é
muito singular e depende de muitas variáveis, mas
normalmente não ultrapassa um ano. É fundamental
que o terapeuta de casal tenha conhecimento técnico
e credenciais para aplicar esta modalidade terapêutica, para não correr o risco de causar maiores danos
a relações que já estão desgastadas.
RSA - Em geral, quanto tempo dura uma sessão?
Com que frequência ocorrem?
Adriana - As sessões duram em torno de uma hora e
a frequência é semanal, podendo ser mais espaçada
à medida que os objetivos da terapia forem sendo
alcançados.
RSA - Quais os benefícios/vantagens em fazer terapia de
casal?
Adriana - Aumentar as habilidades de escuta e
assertividade dos membros do casal, aumentar a
efetividade na resolução de problemas do dia a dia,
solucionar conflitos recentes ou antigos, aumentar a
intimidade do casal, realinhar fronteiras entre o casal e
sua relação ao meio externo, como família de origem,
filhos, outros.
RSA - Existe algum “perfil” dos casais que mais procuram?
Adriana - Hoje existem muitos casais que buscam terapia com diferentes demandas, como casais homoafetivos, noivos que querem um suporte para lidar com
futuras dificuldades, muitos casais na meia idade que
diminuem suas atividades laborais e têm mais tempo
para a relação conjugal, criando novos desafios para
os quais não estão preparados. É muito comum que
os casais busquem terapia em momentos de transição no ciclo de vida, quando têm maior necessidade
de ajustar-se para situações novas, como quando
chegam os filhos, meia idade e adolescência dos
filhos, por exemplo.
Entrevista
RSA - Existe mesmo a famosa crise dos sete anos de
casamento?
Adriana - As relações amorosas vão passando por diferentes processos ao longo do tempo, e é natural que
tenham alguns momentos emblemáticos que apareçam
problemas com mais intensidade, à medida que as
necessidades individuais e outras circunstâncias do
ciclo de vida vão se transformando. Isso não acontece necessariamente aos sete anos, mas geralmente
ocorre quando a intensidade do “apaixonamento” já
diminuiu, o casal enfrenta a rotina, problemas do dia a
dia, lidam com demandas como filhos, etc e as coisas
já são diferentes do que eram nas fases iniciais do relacionamento. Este período marca um desgaste natural
de qualquer relacionamento, ainda mais quando se
mora na mesma casa. Não existe nenhuma comprovação científica sobre divisão de fases nos casamentos,
e tampouco qualquer pesquisa que correlacione os
problemas de um casal ao sétimo ano de união.
RSA - Alguns casais passam anos, às vezes décadas,
brigando pelos mesmos motivos. É possível romper
para sempre com esse círculo vicioso?
Adriana - A terapia é um valioso recurso para romper
estes padrões disfuncionais repetitivos, ou seja, para
bloquear os comportamentos que mantêm a desarmonia e que devem ser desativados para que aprendam
novas formas de interações mais saudáveis.
RSA - Quanto tempo o casal leva para ter “alta” da
terapia?
Adriana - É muito variável, porque depende dos recursos
disponíveis para as mudanças necessárias e motivação para essas mudanças. A alta ocorre quando o
casal consegue construir uma relação mais saudável,
baseada na colaboração.
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RSA - Terminada a terapia, existe uma tendência de que
os casais voltem a repetir os comportamentos que os
levaram a frequentar as sessões?
Adriana - Não, porque a terapia não deve ser apenas
para resolução dos problemas agudos, mas também
para oferecer habilidades para o enfrentamento de
dificuldades e novas formas de manejo dos conflitos na
relação.
RSA - Então, de que forma “não deixar a peteca cair”?
Adriana - A terapia propõe algumas ações e estratégias que auxiliam no processo de mudança
dos membros do casal para que tenham formas de
comunicação mais claras e resolvam seus conflitos
mais rapidamente, com menor grau de dificuldade e
estresse.
RSA - Considerando sua experiência como terapeuta,
comente algumas frases que às vezes são ditas, em
se tratando de relacionamento: “A pior coisa que tem é
você entrar em um relacionamento pensando que vai
modificar a outra pessoa” ou “Quem trai uma vez, trai
sempre”.
Adriana - Existem alguns mitos sociais envolvendo
o casamento que já existem há muitos anos e são
muito cultuados culturalmente, alguns deles podem ser
parcialmente verdadeiros, mas acreditar neles como
mandato pode dificultar as coisas para as pessoas.
Não existem regras que sirvam para todos os casais,
assim como não tem um sapato que sirva em todos os
tamanhos de pés. Os chamados “mitos conjugais” são
criados a partir de suposições ou de experiências de
alguns e universalizados, ou seja, se as pessoas não
pensam ou não sentem da mesma forma, parecem-lhe
que estejam errados ou inadequados.
RSA - Quais são os principais sinais de que um relacionamento está chegando ao fim?
Adriana - Um dos sinais é quando um ou ambos perdeu a motivação de resgatar lados saudáveis, quando
sentem desesperança no relacionamento, quando
estão cansados de lutar pela relação, a comunicação
está bloqueada, ou quando por qualquer motivo, um
ou ambos deixam de ter interesse genuíno em manter
a união. Mesmo com estes indicadores, é comum que
as pessoas fiquem divididas ou ambivalentes frente à
difícil decisão de separar-se, por isso a terapia de casal também pode ser útil para auxiliar neste processo,
quando é inevitável.
RSA - E qual é o segredo do sucesso de um relacionamento?
Adriana - Não existe... uma importante pesquisa nos
Estados Unidos, desenvolvida por John Gootman, comprovou que o que possibilita que as relações amorosas possam ser mais saudáveis e funcionais é que
exista uma proporção de cinco para um de sentimentos positivos e boa interação em relação a senti-
mentos negativos na relação. Segundo o autor do estudo “Porque os casamentos fracassam ou dão certo”,
se há cinco vezes mais de aspectos gratificantes entre
marido e mulher em relação às frustrações e outros
aspectos negativos, é mais provável que o casamento
seja estável ao longo do tempo. Segundo esta pesquisa, em contraste, aqueles casais que se separavam
estavam fazendo muito pouco no lado positivo para
compensar a crescente negatividade entre eles. Mas
não existe mágica, as relações não se iniciam prontas,
e sim são construídas e reinventadas demandando um
empenho constante e um ingrediente fundamental, que
é flexibilidade e tolerância.
RSA - Alguma informação importante que não foi dita
nas respostas das questões anteriores?
Adriana - A terapia de casal é muito útil, mas não
substitui a necessidade de terapia individual quando um ou ambos os membros do casal apresentam
demandas pessoais que não são contempladas na
terapia conjugal. O terapeuta de casal deve ter conhecimento e sensibilidade suficientes para identificar
estas demandas e fazer os devidos encaminhamentos
para tratamentos complementares.
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Gastronomia
Quer se alimentar bem nesse inverno, mas sem ganhar uns
quilinhos extras e ainda manter a energia? Então confira
duas receitas de sopas leves e saudáveis da nutricionista
do Espaço Vida Unimed de Santa Cruz do Sul,
Priscilla Azambuja Lopes de Souza.
Gastronomia
Creme de espinafre e
alho-poró
Benefícios: possui baixo teor calórico, é antioxidante
(combate radicais livres), rica em ferro, ácido fólico,
betacaroteno, vitaminas A, C, K e complexo B.
Ingredientes:
1 maço de espinafre
1 cebola ralada
1/4 xícara (chá) de alho-poró
1 colher (sopa) de amido de milho
1/2 xícara (chá) de leite desnatado
1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado
1 colher (sopa) de azeite ou óleo de girassol
Sal (a gosto)
Pimenta (a gosto)
Modo de preparo:
Refogue a cebola, acrescente o espinafre e misture
até que esteja cozido e sem nenhuma água. Em uma
caneca, misture o leite e o amido de milho e junte ao
espinafre. Tempere com sal e pimenta e mexa até engrossar. Adicione o parmesão, misture e retire do fogo.
Se preferir, bata o creme no mixer ou liquidificador.
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Creme de abóbora e
gengibre
Benefícios: baixo teor calórico, antioxidante, anti-inflamatória, rica em betacaroteno, vitaminas C e
complexo B, fibras, fonte de cálcio, ferro e fósforo.
Ingredientes:
1 cebola média picada
4 xícaras (chá) de abóbora sem casca, em pedaços
Raspas de gengibre (a gosto)
1 colher (sopa) de azeite ou óleo de girassol
1 pitada de orégano
Salsinha picada
Sal (a gosto)
Pimenta (a gosto)
1 litro de água
Modo de preparo:
Aqueça o azeite, refogue a cebola, o alho-poró e, em
seguida, a abóbora. Junte o gengibre, sal e a água.
Cozinhe até desmanchar ou, se preferir, bata no mixer ou liquidificador. Sirva com a salsinha.
Dicas de acompanhamento para sopas e cremes
(devem ser adicionados ao servir):
Croutons integrais
Cubos de queijo branco (ricota ou queijo minas)
Cubos de peito de frango previamente cozidos
Anéis de cebola dourados na manteiga
Ovo cozido picado
Cereais (soja ou semente de abóbora torrada)
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Quando consultar com multiprofissionais (nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo ou terapeuta
ocupacional) através da Unimed, vou pagar taxas?
A taxa para esses atendimentos só é aplicada nos
planos em que estiver prevista. A cobrança é realizada
posteriormente em boleto ou em folha de pagamento
(planos empresariais). Caso tenha dúvidas em relação
ao valor das taxas de seu plano, entre em contato com
nosso Call Center 24h - 0800 051 1166.
Notícias
No intuito de aprimorar a comunicação com seus
clientes, a Unimed VTRP apresenta mudanças
aos públicos que contatam seu Call Center 24
horas. Desde fevereiro, todas as ligações do SAC
são direcionadas para uma Unidade de Resposta
Audível (URA). Moderno e eficaz, o sistema funciona
por meio de um atendimento automático que, ao
receber uma nova chamada, reproduz um menu de
opções.
De acordo com o número selecionado, cada público
é diretamente atendido por um colaborador treinado,
pronto para auxiliar nas dúvidas, reclamações, elogios
ou sugestões. Além de otimizar o tempo de atendimento das chamadas telefônicas, o sistema funciona
continuamente, atendendo ligações 24 horas por dia,
incluindo finais de semana e feriados.
Dirigentes foram eleitos em assembleia da Cooperativa
Os 699 médicos da Unimed VTRP têm
um novo grupo de representantes para os
próximos três anos. Aldo Pricladnitzki, que
nas últimas duas gestões foi vice-presidente, assumiu a presidência da Cooperativa. Neori José Gusson, que no mesmo
período ocupava o cargo de diretor de
Desenvolvimento, passou à vice-presidência. Junto com outros dez médicos
cooperados, eles integram o Conselho de
Administração, responsável pela condução
da principal operadora de planos de saúde
da região, atuante em 59 municípios e
com 236 mil clientes.
A escolha dos dirigentes ocorreu em
Assembleia Geral Ordinária promovida em
28 de março, em Venâncio Aires. Na data,
foram realizadas eleições para a renovação
de cargos na Comissão Disciplinar, Comissão Técnica e Conselho Fiscal. Depois
de presidir a Unimed VTRP por seis anos,
Carlos Antonio da Luz Rech agora está à
frente da Diretoria de Marketing.
Gestão 2015/2018
Conselho de Administração
Presidente: Aldo Pricladnitzki
Vice-presidente: Neori José Gusson
Conselheiros: Aldonir Werner, Berenice
Lago Flores Cernicchiaro, Carlos Renato Dreyer, Cláudia Alves da Cunha,
Edson Gassen, Fernando Luís Gugel,
Leonardo Quadros da Motta, Marcelo
Zanettini Masella, Mário Miguel da Silveira Colombo e Nelita Inez Migliavacca
Morelli.
Aldo Pricladnitzki e Neori José Gusson são, respectivamente, presidente e vice-presidente da nova gestão
Diretoria Executiva
Diretor de Marketing: Carlos Antonio da
Luz Rech
Diretor Técnico: Claidir Luis de Paoli
Diretor de Desenvolvimento: Claus
Dieter Dummer
Diretor Comercial: Evandro Rocha dos
Reis
Diretor de Operações: Rogério Miguel
Di Giorgio Zingano
Conselho de Administração é formado por médicos cooperados dos vales do Taquari, do Rio Pardo e da região
do Jacuí
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Notícias
Ingressar no mercado de trabalho, receber subsídios
para aprender, conquistar experiência e ter a chance de
ser efetivado. Este é o sonho da maioria dos jovens que
buscam iniciar a sua trajetória profissional. Com o objetivo de facilitar este contato com o primeiro emprego e
desenvolver talentos, a Unimed Vales do Taquari e Rio
Pardo (Unimed VTRP) aposta, desde 2006, no Programa Aprendiz Cooperativo. Com duração de 22 meses,
a iniciativa – voltada para estudantes que tenham entre
14 e 24 anos – oferece formação em auxiliar administrativo, conciliando aulas teóricas e práticas e contribuindo
para o aperfeiçoamento destes jovens.
Atualmente a Cooperativa conta com 14 aprendizes.
Além de representar uma chance para que o estudante
possa consolidar uma carreira, o programa busca difundir os ideais cooperativistas. “O programa de aprendizagem permite que o jovem acumule saberes na
sala de aula e coloque em prática o que aprendeu em
situações reais, além de oportunizar o conhecimento
da cultura da organização”, sintetiza Rosane Gobatto,
g e s to ra da área de Desenvolvimento H u m a n o da
Unimed VTRP.
Mais do que cumprir a Lei da Aprendizagem (que
determina que todas as empresas de médio e grande
porte contratem um número de aprendizes equivalente
a um mínimo de 5% e um máximo de 15% dos seus
funcionários cujas funções demandem formação profissional – ou seja, graduação), a Cooperativa demonstra que está preocupada com a permanência deste
jovem no seu quadro de colaboradores, conforme
explica Juliana Prass, da área de Desenvolvimento
Humano. “O programa tem sido a porta de entrada de
muitos profissionais na Unimed VTRP e buscamos estimular, todos os dias, o desenvolvimento destes aprendizes. Nossa ideia é formar os profissionais baseados
nas vivências dentro da Cooperativa”, reforça. De 2006
até hoje, 108 aprendizes participaram do programa e,
destes, 23 foram efetivados, além de outros contratados como estagiários, o que representa cerca de 30%
de aproveitamento. Muitos deles seguem atuando nas
mais diversas áreas da Unimed VTRP.
Karoline Bianca Kessler, 16 anos, faz parte do grupo de
38
aprendizes desde fevereiro de 2014 e atua na área
de Saúde Ocupacional da Cooperativa em Santa Cruz do
Sul. Por meio do programa, a jovem vem adquirindo
experiência e reconhece que este é apenas o primeiro
passo para futuras conquistas profissionais. “Trabalhar
na Unimed é a maior oportunidade que eu já recebi, tanto para meu crescimento profissional quanto
pessoal. Aprendo muitas coisas e adoro isso, porque
assim sinto que quando alguém precisar, eu poderei
ajudar com tranquilidade. Todos me ensinam algo de
alguma maneira e sempre estão dispostos a me ajudar
quando preciso, dessa forma, me sinto pronta para
novos desafios. Sou muito grata por essa oportunidade”, destaca Karoline. Ela espera, em breve, fazer parte
do quadro de funcionários da Cooperativa de forma
efetiva. “Essa é a minha primeira experiência e, com
certeza, tudo o que já aprendi na Unimed vou levar
para o meu crescimento. Estou dando o meu melhor e
espero continuar trabalhando aqui”, sublinha.
O que diz a Lei
O Programa Aprendiz Cooperativo, desenvolvido pela Unimed VTRP, cumpre a Lei Nacional da Aprendizagem. Ela
determina que todas as empresas de médio e grande
porte contratarem adolescentes e jovens. De acordo
com a legislação, a cota de aprendizes é calculada sobre o total de empregados cujas funções exijam formação profissional, cabendo ao empregador, dentro dos
limites fixados, contratar o número de aprendizes que
melhor atender às suas necessidades. Desta forma,
estabelecimentos de qualquer natureza, que tenham
pelo menos sete empregados, são obrigados a contratar aprendizes.
Quero ser um aprendiz
Para participar do Programa Aprendiz Cooperativo é necessário ter entre 14 e 24 anos e cursar o Ensino Médio
ou Superior. É obrigatório possuir carteira de trabalho sem
nenhuma experiência. Além do salário compatível com a
função, a Unimed VTRP oferece benefícios aos aprendizes como vale alimentação e vale transporte. Interessados podem entrar em contato com a área de Desenvolvimento Humano, através do telefone (51) 3714-7125.
Karoline atua como aprendiz e destaca que esse é o
primeiro passo para futuras conquistas profissionais
Ter alguém
Ter
alguémaoaoseu
seu
lado aa vida
vidatoda.
toda.
#esseéoplano
#esseéoplano
A VIDA
VIDAÉÉMELHOR
MELHOR
QUANDO
VOCÊESTÁ
ESTÁ
QUANDO VOCÊ
BEM
ACOMPANHADO.
BEM ACOMPANHADO.
E ISSO
ISSOINSPIRA
INSPIRA
A UNIMED
UNIMEDAAESTAR
ESTAR
SEMPRE
AOSEU
SEU
LADO.
SEMPRE AO
LADO.
Vales do Taquari
e Rio Pardo/RS

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