Guia do Estudante Relações Internacionais

Transcrição

Guia do Estudante Relações Internacionais
1 º ciclo de estudos em
Relações Internacionais
Guia do Estudante – Ano Lectivo 2014/2015
ÍNDICE
Página
Apresentação do Departamento
3
Saídas Profissionais
4
Estrutura curricular da licenciatura
5
Programas e sínteses curriculares de docentes:
1º Semestre
6
2º Semestre
12
3º Semestre
18
Cátedra Joseph Schumpeter
24
4º Semestre
25
Cátedra Fernand Braudel
31
5º Semestre
32
Cátedra Halford Mackinder
38
6º Semestre
39
Cátedra Norberto Bobbio
49
Outras Actividades do Departamento
50
Informações úteis
52
2
Departamento de Relações Internacionais
APRESENTAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Caro estudante,
Ao escolheres frequentar na Universidade Autónoma de Lisboa o curso de Relações
Internacionais, pode dizer-se que fizeste uma boa escolha. Estamos convencidos de que
esse curso de Licenciatura tem um nível científico claramente reconhecido e abre portas
para o exercício de profissões interessantes.
Pelo nono ano consecutivo estamos a aplicar o plano de estudos adequado aos princípios da
Declaração de Bolonha. Essa transição só faz sentido se for protagonizada pelos próprios
estudantes, se eles se assumirem como o “epicentro” do processo de formação, de que são
actores e beneficiários. A estrutura dos cursos vai, sem dúvida, vincular os estudantes a um
esforço bastante intenso, obrigando a maior exigência, mais envolvimento, mais estudo
individual e em grupo, mais avaliação contínua, mais capacidade de leitura, de espírito
crítico e de maturidade intelectual.
Pelo seu lado, os professores terão a responsabilidade de melhorar a organização das
sessões colectivas (aulas) e de apoiar o trabalho dos estudantes, praticando um ensino que
não seja transmissão passiva de conhecimentos mas contributo para o processo de
aprendizagem.
Além do mais, para aprofundar o pendor internacional da nossa formação e elevar o nível
científico e pedagógico deste curso, foi implementado desde há quatro anos, com
continuidade neste ano, um programa de Cátedras. As cátedras, com a duração de uma
semana, são integradas em disciplinas específicas dos dois últimos anos, sendo asseguradas
por Professores visitantes, preferencialmente estrangeiros.
Nos nossos dias, as relações internacionais têm grande visibilidade, a política mundial
interfere crescentemente na vida das nossas sociedades, as nossas acções repercutem-se
para além das fronteiras. Por isso a Licenciatura em Relações Internacionais adquiriu hoje
um especial valor. Ao preparar-nos para a acção diplomática, ou para trabalharmos num
organismo internacional, ou para sermos consultores de internacionalização numa empresa,
ou para nos especializarmos em jornalismo internacional, ou qualquer outro ramo de
actividade futura, a nossa Licenciatura vai dotar-nos de competências para sermos
profissionais condignos e cidadãos responsáveis.
O DIRECTOR DO DEPARTAMENTO
PROF. DOUTOR LUÍS MOITA
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Departamento de Relações Internacionais
SAÍDAS PROFISSIONAIS
O presente ciclo de estudos da Licenciatura em Relações Internacionais destina-se a formar
futuros profissionais portadores de uma dupla aptidão:
a) Uma
aptidão
genérica
para
compreender,
interpretar
e
conseguir
transmitir
e
operacionalizar os conhecimentos adquiridos relativos à evolução e à natureza
multidimensional
do
sistema,
dos
actores
e
dos
processos
internacionais
contemporâneos, na sua complexidade específica;
b) Uma aptidão funcional para o exercício de uma das várias profissões para as quais o
curso atribui competências, mesmo que o seu desempenho pleno venha a exigir um
novo ciclo de estudos com a obtenção do grau de mestre; de entre essas profissões
podem destacar-se:
i. Diplomata ou funcionário diplomático;
ii. Funcionário internacional (em organismos internacionais ou comunitários);
iii. Consultor
de
internacionalização
empresarial
(em
empresas
nacionais
ou
multinacionais);
iv. Técnico de cooperação para o desenvolvimento (em organismos públicos ou em
organizações não governamentais);
v. Técnico de relações internacionais (na administração central ou local, em sindicatos
ou em partidos políticos);
vi. Professor;
vii. Investigador.
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Departamento de Relações Internacionais
PLANO DE ESTUDOS DA LICENCIATURA EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
3 ANOS
1.º Semestre
ECTS
História das relações internacionais I
Organizações internacionais
Direito internacional I
Métodos de trabalho científico
Inglês I
6,5
6,5
5
6
6
2.º Semestre
História das relações internacionais II
Mundo contemporâneo
Direito internacional II
Comunicação e cultura
Inglês II
6,5
6,5
5
6
6
3.º Semestre
Teoria das relações internacionais I
Economia internacional
Assuntos europeus
História das ideias políticas e sociais
Inglês III
6,5
6
5,5
5,5
6
4.º Semestre
Teoria das relações internacionais II
Diplomacia e negociação internacional
Defesa e segurança internacional
Sócio-cultura portuguesa
Inglês IV
6,5
6,5
6,5
5
6
5.º Semestre
Ambiente e relações internacionais
Teoria do Estado
Geopolítica mundial
Internacionalização das empresas
Conflitos e regiões instáveis
6
6
6
6
6
6.º Semestre
Estratégias das grandes potências
Negócio internacional
Projecção de Portugal no mundo
Cooperação internacional
Direitos humanos e direito humanitário
6
6
6
6
6
5
Departamento de Relações Internacionais
1º Semestre
Página
História das relações internacionais I
7
Organizações Internacionais
8
Direito internacional I
9
Metodologia de trabalho científico
10
Inglês I
11
6
Departamento de Relações Internacionais
HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I
-
As relações internacionais na antiguidade
A afirmação grega
O declínio político grego
Roma como potência mediterrânica e europeia
A expansão islâmica: a religião ao serviço da política
A primeira ideia de Europa
A expansão marítima e a nova mundividência
Características do Estado renascentista e a conflitualidade
A importância do comércio na formação dos impérios
A Revolução Francesa e o Império
As potências europeias dominantes de 1815 a 1871
A unificação da Alemanha e a expansão colonial europeia
A caminho da guerra – a I Grande Guerra
Doutora Nancy Gomes
Doutora em Relações Internacionais na FCSH / Universidade Nova de Lisboa, com Bolsa de
Doutoramento da Fundação Calouste Gulbenkian. Mestre em Relações Internacionais pelo
ISCSP / Universidade Técnica de Lisboa. Licenciada em Estudos Internacionais pela FACES /
Universidade Central de Venezuela. É Professora Auxiliar no Departamento de Relações
Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa "Luís de Camões", desde 1995.
Investigadora integrada do OBSERVARE (UAL). Membro do Conselho Editorial da Revista
Janus.net. Directora académica da Representação da FEDERASUR em Portugal. Membro do
Conselho Consultivo do IPDAL. Autora de vários artigos sobre Cooperação Internacional,
nomeadamente sobre Cooperação Ibero-Americana. Desempenhou funções de Consultoria e
Gestão de bolsas, no SEB / Fundação Calouste Gulbenkian, entre 2001 e 2007.
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Departamento de Relações Internacionais
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
No quadro do programa da unidade curricular de Organizações Internacionais pretende-se
sistematizar as principais características das organizações internacionais numa perspectiva
dinâmica e não estática, onde se procura enquadrar a sua importância no âmbito
multilateral quer como forma de cooperação internacional quer na qualidade de garantes da
governação global.
No sentido de projectar o estudante de Relações Internacionais para a realidade
internacional e para o funcionamento das organizações internacionais, desenvolver-se-á
uma reflexão em torno da origem e da evolução da Organização das Nações Unidas em
articulação com os principais actores da arena internacional nos planos políticodiplomáticos, identificando igualmente as organizações de carácter continental ou regional e
as organizações especializadas, tendo em consideração a complexidade do sistema
internacional e o surgimento de novos actores.
Doutora Nancy Gomes
Doutora em Relações Internacionais na FCSH / Universidade Nova de Lisboa, com Bolsa de
Doutoramento da Fundação Calouste Gulbenkian. Mestre em Relações Internacionais pelo
ISCSP / Universidade Técnica de Lisboa. Licenciada em Estudos Internacionais pela FACES /
Universidade Central de Venezuela. É Professora Auxiliar no Departamento de Relações
Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa "Luís de Camões", desde 1995.
Investigadora integrada do OBSERVARE (UAL). Membro do Conselho Editorial da Revista
Janus.net. Directora académica da Representação da FEDERASUR em Portugal. Membro do
Conselho Consultivo do IPDAL. Autora de vários artigos sobre Cooperação Internacional,
nomeadamente sobre Cooperação Ibero-Americana. Desempenhou funções de Consultoria e
Gestão de bolsas, no SEB / Fundação Calouste Gulbenkian, entre 2001 e 2007.
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Departamento de Relações Internacionais
DIREITO INTERNACIONAL I
Nesta unidade curricular será feita uma introdução ao direito internacional, como ordem
jurídica
que
regula
as
relações
entre
os
membros
da
comunidade
internacional,
distinguindo-o do direito interno e apontando as suas especificidades. Serão estudados os
princípios fundamentais do direito internacional contemporâneo (designadamente os
princípios da soberania, proibição do uso da força, autodeterminação e promoção e
protecção dos direitos humanos), as suas fontes (entre outras, o costume e o tratado) e as
suas relações com o direito interno.
Doutor Miguel Santos Neves
Doutor pela London School of Economics and Political Science. MPhil (Economia e
Estratégias do Desenvolvimento) no Institute of Development Studies – IDS, Universidade
de Sussex, Reino Unido. Licenciatura (Juridico-Económica) pela Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa. Investigador no OBSERVARE. As principais áreas de investigação
incidem
sobre
Migrações
Internacionais,
Direitos
Humanos
e
Direito
Humanitário,
Globalização e Dinâmicas Económicas e Políticas Internacionais e Paradiplomacia e Regiões
de Conhecimento. Membro de diversas redes de investigação internacionais incluindo o UEISIS/ASEAN+3, ECAN e MedAsia CNRS.
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Departamento de Relações Internacionais
METODOLOGIA DE TRABALHO CIENTÍFICO
Esta unidade curricular destina-se a conseguir dotar os alunos de capacidade para
elaboração de trabalhos científicos, nomeadamente de investigação documental, ensinandolhes as técnicas necessárias não só para proceder à busca da informação como para
interpretar os dados que possam vir a usar. Por outro lado, espera-se que os discentes, por
força da utilização das técnicas e instrumentos de cognição, passem a ser capazes de
abarcar, com sentido crítico, toda a informação que têm de processar quer enquanto
estudantes quer no desempenho da actividade de investigadores no âmbito das relações
internacionais.
Doutor Luís Fraga
Nasceu em Lisboa e frequentou o ensino secundário no Instituto dos Pupilos do Exército
(1961). É diplomado pela Academia Militar (1965), licenciado em Ciências Político-Sociais
pela Universidade Técnica de Lisboa (1977), mestre em Estratégia pela mesma universidade
(1991) e doutor em História pela Universidade Autónoma de Lisboa (2009). É Coronel da
Força Aérea na situação de reforma. Foi cinco anos professor do Instituto de Altos Estudos
da Força Aérea, dois da Academia Militar e onze da Academia da Força Aérea. É docente da
Universidade Autónoma de Lisboa, desde 1992. Integra o Conselho Científico da Comissão
Portuguesa de História Militar É vogal do Conselho Científico e do Conselho Pedagógico da
Universidade Autónoma de Lisboa. É investigador associado do Instituto de História
Contemporânea de Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa e investigador integrado do OBSEVARE da Universidade Autónoma de Lisboa. Tem
publicados vários livros de investigação histórica e social, para além de inúmeros trabalhos
em revistas especializadas.
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Departamento de Relações Internacionais
INGLÊS I
Nesta unidade curricular pretende-se trabalhar as vertentes de leitura e compreensão
auditiva, produção oral e escrita dentro dos níveis A1/A2 de forma sistemática para que os
alunos sintam uma maior interação com a língua inglesa e se familiarizem com as suas
verdadeiras estruturas.
Abordaremos também temas de relações internacionais com os graus de dificuldade A1/A2.
Doutora Margarida Câmara
Licenciada em Estudos Germanísticos pela Faculdade de Letras de Lisboa, com uma
especialização em Literatura Inglesa e pós-especialização em Língua Inglesa. Diploma com
o grau de Proficency do British Council e Diplôme Supérieur da Alliance Française.
Professora de Literatura e Cultura Alemã na Universidade Autónoma de Lisboa desde 1988
e, posteriormente , professora de Inglês nos Cursos Livres e nas licenciaturas de Gestão
Desportiva, Informática, Gestão, Economia e Psicologia. Administradora dos exames TOEFL
desde 2010.
11
Departamento de Relações Internacionais
2º Semestre
Página
História das relações internacionais II
13
Mundo Contemporâneo
14
Direito internacional II
15
Comunicação e cultura
16
Inglês II
17
12
Departamento de Relações Internacionais
HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS II
- Da Guerra de 1914-18 à de 1939-45 – o Caos Nacionalista
- A Revolução Russa e a pacificação da frente oriental – Brest-Litovski
- Da derrota à assinatura dos tratados de paz – o desmoronar dos Impérios Centrais e o
emergir dos novos Estados
- A crise de 1929/30, a autarcia e as políticas Keynesianas
- Do fracasso do pan-europeísmo ao emergir do “Europeísmo da Resistência” (39-45)
- A guerra civil de Espanha
- A Segunda Guerra Mundial antecedentes, características, temporalidade e extensão
- A Alemanha em ruínas. As consequências da divisão da Alemanha
- Os Congressos de Montreux (47) e de Haia (48) e o discurso Zurique – a Europa das
Regiões e os Estados Unidos da América
- Os fracassos da Assembleia Ad Hoc (53) e da CED (54) – o fim do enquadramento do
novo exército alemão
- A Descolonização. O regresso dos colonizadores e o fim dos impérios. - Os novos
movimentos extra-europeus e os alinhamentos
- Guerra-Fria e Bipolarismo
- A política da URSS e a nova geografia da Europa
- A intervenção dos Estados Unidos e a divisão do mundo em dois blocos antagónicos
Doutora Nancy Gomes
Doutora em Relações Internacionais na FCSH / Universidade Nova de Lisboa, com Bolsa de
Doutoramento da Fundação Calouste Gulbenkian. Mestre em Relações Internacionais pelo
ISCSP / Universidade Técnica de Lisboa. Licenciada em Estudos Internacionais pela FACES /
Universidade Central de Venezuela. É Professora Auxiliar no Departamento de Relações
Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa "Luís de Camões", desde 1995.
Investigadora integrada do OBSERVARE (UAL). Membro do Conselho Editorial da Revista
Janus.net. Directora académica da Representação da FEDERASUR em Portugal. Membro do
Conselho Consultivo do IPDAL. Autora de vários artigos sobre Cooperação Internacional,
nomeadamente sobre Cooperação Ibero-Americana. Desempenhou funções de Consultoria e
Gestão de bolsas, no SEB / Fundação Calouste Gulbenkian, entre 2001 e 2007.
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Departamento de Relações Internacionais
MUNDO CONTEMPORÂNEO
Na unidade curricular Mundo Contemporâneo é analisada a evolução recente das sociedades
mundiais com base nos principais factores de transição política, económica e sociocultural.
São estudados os impactos políticos da revolução francesa e económicos da revolução
industrial; a transição para a sociedade tecnológica; a emergência do nacionalismo e a
proliferação dos Estados nacionais; a evolução dos ordenamentos mundiais desde a 2ª
Guerra Mundial; a relação entre a população e os recursos; a importância dos fluxos
migratórios e dos movimentos de população e o seu impacto na cultura e nas mentalidades.
Doutora Brígida Rocha Brito
Doutorada e Mestre em Estudos Africanos (ISCTE), licenciada em Sociologia (Universidade
Autónoma de Lisboa), concluiu Pós Doutoramento sobre Educação Ambiental em África
(Centro de Estudos Africanos-IUL). Leccionou na Universidade Autónoma de Lisboa entre
1992 e 2002, tendo reingressado em 2006. É subdirectora de Janus.net - e-journal of
international relations e investigadora integrada no OBSERVARE (Observatório de Relações
Exteriores). Tem efectuado consultorias externas para organizações internacionais, entre as
quais o Bureau Internacional do Trabalho (Programa STEP-Portugal), o Grupo Banco
Mundial (São Tomé e Príncipe) e a Organização Internacional para as Migrações (Missão de
Portugal), e avaliado projectos de cooperação para o desenvolvimento financiados pela
União Europeia e implementados por Organizações Não Governamentais, tais como o
Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF, Portugal, Angola e Guiné-Bissau), Acção para o
Desenvolvimento (AD, Guiné-Bissau), Artissal (Guiné-Bissau), Associação Portuguesa de
Educação Ambiental (ASPEA, Portugal) e Mar, Ambiente e Pesca Artesanal (MARAPA, São
Tomé e Príncipe).
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Departamento de Relações Internacionais
DIREITO INTERNACIONAL II
Na sequência da unidade curricular Direito Internacional I, será aprofundado o estudo da
ordem jurídica internacional actual através da análise dos destinatários das suas normas
que são os sujeitos do direito internacional contemporâneo, com referência principalmente
ao Estado. Serão também trabalhadas as questões da responsabilidade internacional dos
Estados e dos meios de resolução pacífica de conflitos. No final, serão debatidos alguns
desafios que o direito internacional enfrenta actualmente, nomeadamente no que diz
respeito ao uso da força nas relações internacionais e ao fenómeno do terrorismo.
Doutor Miguel Santos Neves
Doutor pela London School of Economics and Political Science. MPhil (Economia e
Estratégias do Desenvolvimento) no Institute of Development Studies – IDS, Universidade
de Sussex, Reino Unido. Licenciatura (Juridico-Económica) pela Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa. Investigador no OBSERVARE. As principais áreas de investigação
incidem
sobre
Migrações
Internacionais,
Direitos
Humanos
e
Direito
Humanitário,
Globalização e Dinâmicas Económicas e Políticas Internacionais e Paradiplomacia e Regiões
de Conhecimento.
Membro de diversas redes de investigação internacionais incluindo o UE-ISIS/ASEAN+3,
ECAN e MedAsia CNRS.
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Departamento de Relações Internacionais
COMUNICAÇÃO E CULTURA
As relações entre comunicação e cultura constituem um campo de estudo consolidado há
muito nas ciências sociais e que o advento da internet veio complexificar. Hoje, a mediação
do Homem com o mundo faz-se de múltiplas formas e a diferentes ritmos, os tradicionais
sistemas de imprensa coabitando com o livre espaço virtual.
A internet trouxe uma mediação mais directa, mais rápida e mais democrática, já que todos
os que tenham acesso à web possuem a capacidade de se informar e de comunicar a larga
escala. Este novo estádio da comunicação humana constitui uma autêntica revolução na
forma de relacionamento entre os Homens e entre os povos, uma revolução assente no
poder da palavra e da imagem que a tecnologia avançada permitiu integrar na chamada
web 2.0. Aos Estados, a massificação do acesso à web trouxe múltiplos desafios,
nomeadamente a dificuldade em controlar os fluxos de informação, e daí a acção colectiva,
e as próprias relações interestaduais. É, por isso, imperativo sobre ela reflectir num curso
como o de Relações Internacionais.
Doutora Luísa Godinho
É doutorada em Ciências Económicas e Sociais pela Université de Genève, Suíça, com uma
tese na área da comunicação política, e dirige actualmente o departamento de Ciências da
Comunicação da UAL. Os seus interesses académicos dividem-se entre os estudos de
comunicação e a ciência política, tendo trabalhado em particular nas áreas do discurso e da
intercepção entre linguística e ciências sociais. O poder da palavra, de resto, há muito que
está no centro das suas curiosidade intelectual e experiência profissional: foi jornalista
durante mais de uma década, tendo trabalhado em todos os ramos da imprensa nacional.
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Departamento de Relações Internacionais
INGLÊS II
Nesta unidade curricular daremos continuidade à disciplina Inglês I, o nível será ainda
A1/A2 mas alargaremos os nossos objectivos sempre determinados a melhorar a interação
dos alunos com os conteúdos de leitura e compreensão auditiva e de produção oral e
escrita. O grau de exigência na prática comunicacional e na compreensão será acrescido.
Trabalharemos textos da área de ralações internacionais com um grau de dificuldade
ligeiramente superior.
Doutora Margarida Câmara
Licenciada em Estudos Germanísticos pela Faculdade de Letras de Lisboa, com uma
especialização em Literatura Inglesa e pós-especialização em Língua Inglesa. Diploma com
o grau de Proficency do British Council e Diplôme Supérieur da Alliance Française.
Professora de Literatura e Cultura Alemã na Universidade Autónoma de Lisboa desde 1988
e, posteriormente , professora de Inglês nos Cursos Livres e nas licenciaturas de Gestão
Desportiva, Informática, Gestão, Economia e Psicologia. Administradora dos exames TOEFL
desde 2010.
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Departamento de Relações Internacionais
3º Semestre
Página
Teoria das relações internacionais I
19
Economia internacional
20
Assuntos Europeus
21
História das ideias políticas e sociais
22
Inglês III
23
Cátedra Joseph Schumpeter
24
18
Departamento de Relações Internacionais
TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I
O objectivo desta disciplina é o de familiarizar os estudantes com as grandes correntes de
pensamento, clássicas e modernas, das Relações Internacionais. Dada a multiplicidade de
perspectivas, vários paradigmas são considerados, mantendo diálogo com diversas chaves
interpretativas da realidade.
Propõe-se, de início, o estudo de tradições doutrinais com longos antecedentes históricos,
dando relevo ao debate entre “idealistas” e “realistas” ocorrido entre as duas grandes
guerras do século XX.
A “escola” dita “realista” é estudada com particular desenvolvimento, analisando a sua
insistência na centralidade do Estado-Nação como “actor” por excelência da vida
internacional, e abordando mesmo as tendências ditas “neo-realistas”.
Por último, considera-se o debate, essencialmente metododógico, com a corrente norteamericana conhecida por “behaviorista”.
Doutor Luís Moita e Doutora Raquel Vaz Pinto
- Doutor Luís Moita – Doutorado em Ética pela Universidade Lateranense (Itália), em 1967,
com a classificação “summa cum laude” (10/10) – grau académico reconhecido pela
Universidade Católica Portuguesa. Actualmente é Professor Catedrático de Sociologia das
Relações Internacionais. Dirige o OBSERVARE – Observatório de Relações Exteriores que
edita a publicação JANUS – Anuário de Relações Exteriores.
- Doutora Raquel Vaz Pinto – Professora Auxiliar de Relações Internacionais da Universidade
Autónoma de Lisboa e, desde 2012, Presidente da Associação Portuguesa de Ciência
Política. Tem trabalhado e publicado sobre política externa e estratégia da China; direitos
humanos; e Grande Estratégia dos EUA e, em particular, a Ásia-Pacífico. É Membro da
Comissão Directiva do Mestrado em Direitos Humanos da Faculdade de Direito da
Universidade do Minho.
19
Departamento de Relações Internacionais
ECONOMIA INTERNACIONAL
A disciplina de Economia Internacional deverá dotar os alunos de instrumentos que lhes
permitam
identificar
e
avaliar
as
abordagens
pré-clássica,
clássica,
neoclássica
e
contemporânea do comércio internacional. Além disso pretende-se que os alunos possam
descrever os alicerces e a evolução do sistema financeiro e monetário internacional (SMI),
compreendendo o papel do acordo de Bretton-Woods nesse âmbito e reconhecendo a
evolução recente do SMI. No âmbito das balanças de pagamentos e serão analisadas as
balanças significativas, bem como as estratégias de combate aos desequilíbrios da balança
corrente e a relação desses desequilíbrios com a dívida externa. Por último, irá ser
abordado o mercado de câmbios e a sua importância para as economias.
Mestre Henrique Morais
ões Interna
Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). Mestre em
Economia Internacional pelo ISEG. Professor Auxiliar na Universidade Autónoma de Lisboa.
Assessor
do Banco
de Portugal,
no Departamento
de
Reservas e
Mercados. Foi
recentemente Administrador e Diretor Executivo da CP Carga, SA e Presidente da Comissão
Executiva da Invesfer SA, uma empresa do Grupo REFER. Colaborador em revistas e
anuários na área da economia.”
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Departamento de Relações Internacionais
ASSUNTOS EUROPEUS
História da integração europeia. Os tratados fundadores e as suas revisões subsequentes.
Da Europa a seis à Europa a vinte e oito. As instituições comunitárias e o seu
funcionamento. As grandes questões suscitadas pelo processo de integração europeia,
designadamente ao nível do alargamento. Os vários pilares do projecto europeu. O declínio
do projecto federal? A soberania partilhada e o princípio da subsidiariedade. A crise das
dívidas soberanas: da erosão do “eixo franco-alemão” à assunção da liderança alemã.
Políticas nacionais e poderes supranacionais.
Doutor Filipe Vasconcelos Romão
Doutorado em Relações Internacionais pela Universidade de Coimbra, na especialidade de
Política Internacional e Resolução de Conflitos. Diploma de Estudos Avançados e licenciado
em Relações Internacionais pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Coordenador de cursos intensivos na área de Conflitos e Resolução de Conflitos
desenvolvidos na Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal de Santa
Catarina, Universidade de Santa Cruz do Sul e Universidade ORT de Montevideo (2013).
Responsável pela componente prática das cadeiras de Ciência Política e de Direitos
Humanos da licenciatura em Relações Internacionais da Faculdade de Ecomomia da
Universidade
de
Coimbra
(2010/2011).
Investigador
na
Universidade
de
Deusto
(2008/2009), ao abrigo do European Doctorate Enhancement in Peace and Conflict Studies
(EDEN). Bolseiro de doutoramento da Fundação para as Ciências e Tecnologias (20082011).
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Departamento de Relações Internacionais
HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS E SOCIAIS
A unidade curricular de História das Ideias Políticas e Sociais visa capacitar os estudantes de
Relações Internacionais do conhecimento indispensável da formação do pensamento
político-social e da terminologia daí decorrente por um lado inserido na noção teóricoprática da natureza das ideologias e do seu papel nas sociedades e, por outro lado,
alicerçado num espírito de reflexão político-ideológica em conjunção com os acontecimentos
históricos que marcam a humanidade. Destacar-se-á igualmente as correntes ideológicas
contemporâneas de forma a compreender o presente como reflexo do futuro e as
problemáticas da condição humana.
Doutor Manuel Farto
Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão. Doutorado em
Economia pela Universidade de Paris-X. Docente no ISEG-UTL. Docente visitante da
Universidade de Orléans (França) e da Universidade Federal da Paraíba (Brasil). Subdirector
do OBSERVARE – Observatório de Relações Exteriores da UAL.
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Departamento de Relações Internacionais
INGLÊS III
Broad aims of the course - This course gives emphasis to grammar revision and
extension, vocabulary development, can do, pronunciation and writing skills development.
The students must participate fully in lessons.
Organization and content
1. Grammar - Auxiliary verbs, Present Simple and Continuous, Present Perfect
Simple and Past Simple, the passive, defining relative clauses, Past Simple and Continuous,
talking about de future, comparatives and superlatives, future possibility, question tags,
modal verbs, First Conditional, Present Perfect Simple vs. Present Perfect Continuous,
countable and uncountable nouns.
2. Vocabulary - Prepositions, using a computer, talking about the media, TV
programmes, describing homes, adjectives describing places, phrasal verbs, creative
activities, describing books and films.
3. Can do - Write an informal e-mail, give opinions, deal with problems, write a letter
of complaint, make a formal phone call, write a short classified advertisement, describe a
film/book.
4. Practical exercises
5. Extending reading
Doutor António Caldeira Gomes
Doutor em Línguas e Literaturas Modernas, na área de especialização de Cultura Inglesa,
pela Universidade Autónoma de Lisboa. Professor Catedrático e orientador de
doutoramentos e mestrados. Exerceu durante vários anos as funções de Director do
Departamento de Línguas, Tradução e Administração. Membro do Conselho Escolar, do
Conselho Científico e Pedagógico e do Conselho Universitário. É convidado, regularmente,
para colóquios e outras actividades em universidades inglesas, escocesas, alemãs e norteamericanas.
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Departamento de Relações Internacionais
Cátedra Joseph Schumpeter
Economista austríaco (1883-1950), professor em Bona e
mais tarde em Harvard, Joseph Schumpeter foi um dos
maiores economistas do Século XX, distinguindo-se pela
ligação entre economia e sociologia para a compreensão do
desenvolvimento.
Publicou
em
1911
Die
Theorie
der
Wirschaftlichen Entwicklung (Teoria do desenvolvimento
económico).
Professor Visitante: Giuseppe Ammendola – Doutorado em
Economia e Gestão pela Universidade de Nápoles e em Ciência Política, especialização em
Política Económica Internacional, pela Universidade de Nova Iorque, onde é actualmente
Professor. Investigador e consultor nas áreas de Gestão, Economia, Finanças e Política
Internacional.
Cada Cátedra decorre durante uma semana e está integrada em determinadas disciplinas
do segundo e terceiro anos, funcionando também como um momento da avaliação contínua
da unidade curricular em questão (através da elaboração de um pequeno relatório por cada
aluno que frequentou a Cátedra e avaliado pelo professor dessa unidade curricular). As
Cátedras são asseguradas por professores visitantes, tendencialmente estrangeiros, 4 vezes
por ano.
Esta cátedra está adstrita à unidade curricular de Economia Internacional do Prof. Henrique
Morais, do 3º semestre.
24
Departamento de Relações Internacionais
4º Semestre
Página
Teoria das relações internacionais II
26
Diplomacia e negociação internacional
27
Defesa e Segurança Internacional
28
Sócio-cultura Portuguesa
29
Inglês IV
30
Cátedra Fernand Braudel
31
25
Departamento de Relações Internacionais
TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS II
Esta unidade lectiva prolonga a anterior (I), começando pelo estudo de uma série de
concepções das Relações Internacionais que se podem agrupar como pertencendo a um
certo paradigma de pensamento: a tradição “liberal”, o “transnacionalismo”, o universalismo
e mesmo o construtivismo. Analisa-se com particular atenção o papel de novos “actores” da
cena
internacional,
dando
relevo
às
organizações
intergovernamentais
e
não
governamentais, bem como às firmas multinacionais e a diversos outros agentes que
influenciam de uma maneira ou de outra a política mundial.
As teorias da “sociedade internacional” são desenvolvidamente estudadas, assim como as
correntes de influência neomarxista e estruturalista, em especial as teses acerca da
“economia-mundo”
e
“sistema-mundo”.
Finalmente
considera-se
o
processo
de
globalização, o possível declínio do poder dos Estados e a emergência de novos fenómenos
que obrigam a repensar a nossa representação das Relações Internacionais.
Doutor Luís Moita e Doutora Raquel Vaz Pinto
Ver síntese Teoria das Relações Internacionais I
26
Departamento de Relações Internacionais
DIPLOMACIA E NEGOCIAÇÃO INTERNACIONAL
A comunidade internacional está em permanente mudança, o que levanta problemas e
dificuldades que se reflectem nas políticas externas dos Estados e no trabalho diplomático
que as procura pôr em prática. A diplomacia, um instrumento essencial às Relações
Internacionais, assume uma crescente responsabilidade de intervenção para responder aos
diversos desafios que afectam o mundo dos nossos dias. Será, assim, importante estudar
alguns dos seus aspectos mais relevantes, a fim de melhor compreender as suas linhas de
continuidade e de mudança, bem como o amplo quadro de funções que deve cumprir.
Nesta unidade curricular será dada especial atenção aos traços principais da sua evolução
histórica; à sua delimitação conceptual; à caracterização das várias formas por que se
processa a sua actividade, com destaque para a importância fulcral do multilateralismo e
para os novos campos de obrigações trazidos pelo fenómeno da globalização. Merecerão
ainda estudo, entre outras matérias, a especificidade do discurso diplomático; o
estabelecimento e cessação de relações diplomáticas; as missões diplomáticas e seus
membros: funções, prerrogativas, deveres e práticas; a diplomacia da União Europeia;
tipologia diplomática (nomeadamente diplomacia económica, pública, preventiva e
coerciva); e as técnicas de negociação internacional.
Embaixador Francisco Seixas da Costa e
Doutor Filipe Vasconcelos Romão
- Doutor Filipe Romão – Doutor em Relações Internacionais pela FEUC, na especialidade de
Política Internacional e Resolução de Conflitos. Diploma de Estudos Avançados e licenciado
em Relações Internacionais pela FEUC. Coordenador de cursos intensivos na área de
Conflitos e Resolução de Conflitos desenvolvidos na Universidade Federal de Santa Maria,
Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade de Santa Cruz do Sul e Universidade
ORT de Montevideo (2013). Investigador na Universidade de Deusto (2008/2009), ao abrigo
do European Doctorate Enhancement in Peace and Conflict Studies (EDEN).
- Emb. Francisco Seixas da Costa – Licenciado em Ciências Sociais e Políticas. Diplomata
desde 1975. Foi embaixador junto da ONU, da OSCE, no Brasil, em França e junto da
UNESCO, na Noruega, em Angola e no Reino Unido. Entre 1995 e 2001, foi secretário de
Estado dos Assuntos europeus. Nessa qualidade, foi o negociador português dos Tratados
de Amesterdão e de Nice, presidente do Acordo de Schengen e presidente do Conselho de
ministros do Mercado Interno da UE. Foi vice-presidente do Comité Económico e Social da
ONU, presidente da comissão de Economia e Finanças da ONU e presidente do Conselho
permanente da OSCE. Entre 2013 e 2014, foi Diretor executivo do Centro Norte-Sul, do
Conselho da Europa. Foi presidente do Conselho geral da UTAD e é membro de órgãos
consultivos de duas universidades. É administrador e consultor de empresas. É colunista do
"Diário Económico".
27
Departamento de Relações Internacionais
DEFESA E SEGURANÇA INTERNACIONAL
Conceitos de Segurança e Defesa. A segurança enquanto objectivo político essencial.
Modelos de Segurança e sua evolução. Noções de Guerra e Paz. As dimensões da Paz.
Noção clássica de Crise. A Crise como uma situação permanente.O atual contexto político e
estratégico. O ambiente contemporâneo da Segurança e Defesa. Modelos para a construção
da Segurança. A dimensão Humana da Segurança As novas vias da Segurança: cooperação,
parcerias, multidimensionalidade e interdisciplinaridade. A importância do multilateralismo
na promoção da Paz e da Segurança. Conceito de Estratégia. O raciocínio estratégico. Os
requisitos de “intelligence”, planeamento e prospetiva estratégicos. Ameaças e riscos. O
facto nuclear. Desarmamento e controlo de armamentos. As transformações pós-ordem
bipolar. A Segurança e a atual multipolaridade. Atores da Segurança. As Organizações
Internacionais e a Segurança. (ONU, NATO, EU, OSCE, UA, 5+5). A situação de violência no
Mundo. Novas tendências: dever de ingerência; responsabilidade de proteger. As operações
de Paz. As missões de Reforma do Setor de Segurança. A importância da opinião pública e o
papel da comunicação social. Segurança e Direitos Humanos, Primado da Lei e Boa
Governança. O novo papel das Forças Armadas.
General Luís Valença Pinto
General. Licenciado em Engenharia Militar pela Academia Militar. Habilitado com os Curso
Geral de Comando e Estado-Maior, Curso de Técnica de Estado-Maior e Curso Superior de
Comando e Direção do Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM). Habilitado com o Curso
do Colégio de Defesa da NATO.
Foi Professor no IAEM, Conselheiro Militar na Delegação Portuguesa junto da NATO
(acumulando com a União da Europa Ocidental, com o Independent European Programming
Group, com o, Eurogrupo e com a Cooperação Política Europeia), Comandante da Escola
Prática de Engenharia, Representante Militar Nacional junto do Supreme Headquarters Allied
Powers Europe, Diretor do Instituto da Defesa Nacional, Comandante da Logística do
Exército, Chefe do Estado Maior do Exército e Chefe do Estado Maior General das Forças
Armadas.
È professor convidado na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) e na Universidade
Católica Portuguesa (UCP). É investigador no OBSERVARE, Observatório de Relações
Exteriores da UAL e no Centro de Investigação da UCP.
É autor de dezenas de estudos e artigos sobre Segurança e Defesa e docente e
conferencista em universidades e outras instituições nacionais e estrangeiras.
28
Departamento de Relações Internacionais
SOCIOCULTURA PORTUGUESA
Esta unidade curricular destina-se a conseguir dotar os alunos com conhecimentos sobre a
relação entre o produto cultural da sociedade portuguesa ao longo dos tempos e o meio ou
meios onde ele se foi afirmando, tanto na Europa como no mundo. Tentar-se-á que os
discentes compreendam algumas das vertentes que marcam a especialização da cultura
portuguesa no seu ecletismo, nomeadamente através da interacção com o mar, com os
fenómenos migratórios, com o comércio, com a religião e com o outro diferente,
percebendo avocação internacionalista da cultura tradicional lusa.
Doutor Luís Fraga
É diplomado pela Academia Militar, licenciado em Ciências Político-Sociais pela Universidade
Técnica de Lisboa, mestre em Estratégia e doutor em História. É Coronel da Força Aérea na
situação de reforma. Foi cinco anos professor do Instituto de Altos Estudos da Força Aérea,
dois da Academia Militar e onze da Academia da Força Aérea. Foi Director do Ensino
Politécnico e Universitário da Academia da Força Aérea. É docente, com a categoria de
professor auxiliar convidado, da Universidade Autónoma de Lisboa, desde 1992, tendo
leccionado nos departamentos de Relações Internacionais, Ciências da Comunicação,
História, Psicologia e Direito. Tem publicados vários livros de investigação histórica e social
para além de inúmeros trabalhos em obras colectivas. Publicou, também, várias dezenas de
artigos em revistas especializadas. Integra o Conselho Científico da Comissão Portuguesa de
História Militar e é membro da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea. É vogal do
Conselho Pedagógico e Secretário do Conselho Científico da Universidade Autónoma de
Lisboa desde 2010. É investigador integrado do Instituto de História Contemporânea de
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e e investigador
integrado do OBSEVARE.
29
Departamento de Relações Internacionais
INGLÊS IV
Broad aims of the course
This course builds on the theme-based, multi-syllabus approach. The students must
participate fully in lessons, and particularly in group and discussion work
Organization and content
1. Grammar
Past Perfect Simple, articles, used to/ would, modals of ability, past and present, Second
Conditional, adverbs, Third Conditional, reported speech, review of past tenses, phrasal
verbs.
2. Vocabulary
Places to visit in a city, describing nature, education, old age, global issues, work, job
requirements, biographies, common phrasal verbs.
3. Can do
Get around a new place, describe a learning experience, describe the effect of important
decisions, present ideas to a group, report information, state routine job requirements,
write a thank you letter.
4. Practical exercises
5. Extending reading
Doutor António Caldeira Gomes
Ver síntese Inglês III
30
Departamento de Relações Internacionais
Cátedra Fernand Braudel
Fernand Braudel (1902-1985) – Historiador francês, é um
dos nomes marcantes da inovadora “École des Annales”,
tem uma vasta obra sobre a história das civilizações e
particularmente sobre a região mediterrânica, contribuindo
poderosamente para a compreensão das relações entre as
nossas sociedades. Em 1979 publicou Civilization Matérielle,
économie
e
capitalisme,
XVe-XVIIIe
siècle
(Civilização
Material, Economia e Capitalismo, séculos XV – XVIII).
Professor
visitante:
Rafael
Calduch
Cervera
–
Professor
Catedrático
de
Relações
Internacionais na Universidade Complutense de Madrid
Cada Cátedra decorre durante uma semana e está integrada em determinadas disciplinas
do segundo e terceiro anos, funcionando também como um momento da avaliação contínua
da unidade curricular em questão (através da elaboração de um pequeno relatório por cada
aluno que frequentou a Cátedra e avaliado pelo professor dessa unidade curricular). As
Cátedras são asseguradas por professores visitantes, tendencialmente estrangeiros, 4 vezes
por ano.
Esta cátedra está adstrita à unidade curricular de Teoria das Relações Internacionais II dos
Professores Luís Moita e Raquel Vaz Pinto, do 4º semestre.
31
Departamento de Relações Internacionais
5º Semestre
Página
Ambiente e relações internacionais
33
Teoria do Estado
34
Geopolítica Mundial
35
Internacionalização das empresas
36
Conflitos e regiões instáveis
37
Cátedra Halford Mackinder
38
32
Departamento de Relações Internacionais
AMBIENTE E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Na unidade curricular Ambiente e Relações Internacionais é dada prioridade à análise dos
processos de internacionalização das questões ecológicas e ambientais ao longo do tempo.
O conhecimento do tema é iniciado com o estudo da emergência das preocupações
ambientalistas a nível mundial, centrada na problemática do “Crescimento Zero”, evoluindo
com a introdução de novos conceitos e abordagens orientados para o desenvolvimento
sustentável e tendo por referência os equilíbrios, as ameaças globais dos ecossistemas e os
impactos sócio-ambientais. Face ao contexto internacional da problemática ambiental, a
análise centra-se num conjunto de temas, como são os casos dos recursos energéticos
convencionanis e da emergência das energias alternativas; a gestão dos recursos naturais,
renováveis e esgotáveis; a deterioração ambiental e a poluição; os efeitos das descargas
químicas e nucleares no ambiente. São ainda objecto de análise os acordos e os protocolos
internacionais sobre temáticas ambientais e a reconversão da correlação de forças a nível
mundial.
Doutora Brígida Rocha Brito
Doutorada e Mestre em Estudos Africanos (ISCTE), licenciada em Sociologia (Universidade
Autónoma de Lisboa), concluiu Pós Doutoramento sobre Educação Ambiental em África
(Centro de Estudos Africanos-IUL). Leccionou na Universidade Autónoma de Lisboa entre
1992 e 2002, tendo reingressado em 2006. É subdirectora de Janus.net - e-journal of
international relations e investigadora integrada no OBSERVARE (Observatório de Relações
Exteriores). Tem efectuado consultorias externas para organizações internacionais, entre as
quais o Bureau Internacional do Trabalho (Programa STEP-Portugal), o Grupo Banco
Mundial (São Tomé e Príncipe) e a Organização Internacional para as Migrações (Missão de
Portugal), e avaliado projectos de cooperação para o desenvolvimento financiados pela
União Europeia e implementados por Organizações Não Governamentais, tais como o
Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF, Portugal, Angola e Guiné-Bissau), Acção para o
Desenvolvimento (AD, Guiné-Bissau), Artissal (Guiné-Bissau), Associação Portuguesa de
Educação Ambiental (ASPEA, Portugal) e Mar, Ambiente e Pesca Artesanal (MARAPA, São
Tomé e Príncipe).
33
Departamento de Relações Internacionais
TEORIA DO ESTADO
Este curso tem como objeto fornecer um panorama geral mas profundo dos grandes
modelos de compreensão do Estado e dos diversos sistemas políticos. Para este fim, o
programa assenta em cinco grandes vectores.
Primeiro, analisa-se o Estado e a Nação, começando pelos debates teóricos e conceptuais,
passando pelas origens, funções e órgãos do Estado, a nação política e cultural e finalmente
meditando acerca das dicotomias EstadoVsNação.
Em segundo lugar, o programa incide sobre o conceito de soberania, percebendo as suas
origens e evolução histórica, as diveresas concepções, os tipos de Estado e os diversos
níveis de soberania, a erosão da soberania estatal convencional e as noções de
supranacionalismo e intergovernamentalismo. A propósito desta análise, será dada uma
atenção especial às especificidades da UE e à justificação da sua caracterização como
“objecto político não identificado”.
O terceiro vector compreende a análise do poder político, tratando em particular as formas
de selecção dos governantes, os partidos políticos e grupos de interesse, os sistemas
eleitorais e os sistemas de partidos. No vector seguinte analisam-se os regimes políticos e
os sistemas de governo, percebendo os regimes autocráticos e caracterizando
comparativamente os diversos modelos democráticos.
Por fim, e inevitavelmente, a UC de Teoria do Estado debruça-se sobre o Estado e o sistema
político português, compreendendo a sua evolução histórica desde o fim da Monarquia até à
actualidade, percebendo a organização e a organização dos poderes à luz da Constituição da
República e analisando quer as competências dos órgãos de soberania quer o sistema de
partidos quer ainda os sistemas eleitorais.
Doutor Luís Tomé
Professor da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) e Professor Convidado no Instituto de
Estudos Superiores Militares (IESM) e no Instituto da Defesa Nacional (IDN). Coordenador
Científico do OBSERVARE-Observatório de Relações Exteriores e Director-Adjunto do
Anuário Janus e da revista científica Janus.net, e-journal of international relations. Foi
Investigador da NATO e Assessor da Vice-Presidência do Parlamento Europeu. Investigador
nas áreas das Relações Internacionais, Geopolítica e Estudos de Segurança especializado
nas regiões Euro-Atlântica, EurAsiática e Ásia-Pacífico, é autor e co-autor de mais de uma
dezena de livros e de inúmeros ensaios e artigos publicados nas revistas da especialidade,
sendo também autor do website EUROPASIA.NET. Doutor em Relações Internacionais pela
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), Mestre em Estratégia pelo
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSPUTL) e Licenciado em Relações Internacionais pela UAL. E-mail: [email protected] ou
[email protected].
34
Departamento de Relações Internacionais
GEOPOLÍTICA MUNDIAL
•
•
•
•
•
•
A consciência do Espaço e os imperativos da Geografia. As Forças Profundas e os
Factores Geopolíticos/Geoestratégicos. As Grandes Constantes Geopolíticas: Oposição
Mar-Terra; Centro e Periferia; Conquista de Espaço; Luta pelos Recursos. Posição e
Espaço. Espaço e Poder ao longo da História - da Grécia Antiga ao início do Século XX.
A Geopolítica – noções, definições e caracterização da Geopolítica. Geopolítica e
Geografia Política, Geoestratégia, Geoeconomia e Relações Internacionais. Os
precursores da Geopolítica. Determinismo e Possibilismo. Teorias globais e teorias
restritas. Poder terrestre, poder marítimo e poder aéreo.
Evolução do Pensamento Geopolítico. Pensamento Geopolítico Germânico: Friedrich
RATZEL, Rudolf KJELLEN e Karl HAUSHOFER. Pensamento Geopolítico Francês: Élisée
RECLUS, Vidal de LA BLACHE e Charles DE GAULLE. Pensamento Geopolítico AngloSaxónico: Alfred T. MAHAN, Halford J. MACKINDER, Nicholas John SPYKMAN e Saul
Bernard COHEN. Outras perspectivas geopolíticas: Vicens Vives, Raoul Castex, Giulio
Douhet, Alexander de Seversky. Regiões e Espaços Geopolíticos e Geoestratégicos nas
teorias clássicas.
A Geopolítica da bipolarização política mundial durante a Guerra Fria. Geopolítica
americana e geopolítica soviética. As concepções geopolíticas do Terceiro Mundo e dos
não alinhados.
A Geopolítica dos Grandes Espaços: Europa e Atlântico Norte; Médio Oriente e Norte de
África; Cáucaso e Ásia Central; Ásia Meridional; África Subsahariana; Ásia Oriental.
Geopolítica mundial na actualidade. Os impactos geopolíticos do final da Guerra Fria e do
11 de Setembro. Paradigmas Geopolíticos actuais. Nova configuração geopolítica
mundial. Geopolítica e Globalização. Geopolítica do Terrorismo e do Antiterrorismo.
Geopolítica e proliferação de ADM. Geopolítica e Segurança Internacional. Geopolítica da
Paz. Nova Geopolítica?
Doutor Luís Tomé
Professor da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) e Professor Convidado no Instituto de
Estudos Superiores Militares (IESM) e no Instituto da Defesa Nacional (IDN). Coordenador
Científico do OBSERVARE-Observatório de Relações Exteriores e Director-Adjunto do
Anuário Janus e da revista científica Janus.net, e-journal of international relations. Foi
Investigador da NATO e Assessor da Vice-Presidência do Parlamento Europeu. Investigador
nas áreas das Relações Internacionais, Geopolítica e Estudos de Segurança especializado
nas regiões Euro-Atlântica, EurAsiática e Ásia-Pacífico, é autor e co-autor de mais de uma
dezena de livros e de inúmeros ensaios e artigos publicados nas revistas da especialidade,
sendo também autor do website EUROPASIA.NET. Doutor em Relações Internacionais pela
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), Mestre em Estratégia pelo
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSPUTL) e Licenciado em Relações Internacionais pela UAL. E-mail: [email protected] ou
[email protected].
35
Departamento de Relações Internacionais
INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS
A evolução das trocas comerciais desde os anos 50 até à actualidade e os factores que
propiciam
e
conduzem
ao
investimento
internacional.
As
novas
tendências
de
internacionalização do processo produtivo e deslocalização económica. Os elementos
estruturantes dos principais blocos regionais e a forma como influenciam os movimentos de
internacionalização económica. A nova geografia da internacionalização das empresas
portuguesas e os diferentes modelos seguidos.
Mestre Pedro Pinto
Mestre em Desenvolvimento e Cooperação Internacional pelo Instituto Superior de
Economia e Gestão – ISEG-, onde finalizou igualmente uma Pós-Graduação em Estudos
Europeus. Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Autónoma de Lisboa, é
docente nesta instituição desde 1997 e jornalista na TVI, com as funções de editor e
apresentador do Jornal Nacional.
36
Departamento de Relações Internacionais
CONFLITOS E REGIÕES INSTÁVEIS
O programa desta disciplina visa vários objectivos interrelacionados. Numa primeira fase
pretende-se o desenvolvimento de alguns conceitos e alguma revisão teórica essenciais
para o conjunto das matérias a desenvolver em fases posteriores. Neste momento dar-se-á
particular ênfase aos conhecimentos de natureza geopolítica e aos conceitos mais
importantes em matéria de conflitualidade política violenta e não violenta. O segundo
objectivo desta disciplina consiste em procurar a compreensão das diferentes motivações
dos processos conflituais no pós-Guerra Fria com particular. Em terceiro lugar procurar-se-á
o conhecimento em detalhe de alguns conflitos intra e inter-estatais, seleccionados de
forma a permitir a análise da actualidade internacional nesta matéria ensaiando o
conhecimento dos fenómenos sociopolíticos mais marcantes. Por fim, será feito um pequeno
exercício de construção de cenários para o futuro nos diferentes temas tratados.
Doutor Filipe Vasconcelos Romão
Doutorado em Relações Internacionais pela Universidade de Coimbra, na especialidade de
Política Internacional e Resolução de Conflitos. Diploma de Estudos Avançados e licenciado
em Relações Internacionais pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Coordenador de cursos intensivos na área de Conflitos e Resolução de Conflitos
desenvolvidos na Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal de Santa
Catarina, Universidade de Santa Cruz do Sul e Universidade ORT de Montevideo (2013).
Responsável pela componente prática das cadeiras de Ciência Política e de Direitos
Humanos da licenciatura em Relações Internacionais da Faculdade de Ecomomia da
Universidade
de
Coimbra
(2010/2011).
Investigador
na
Universidade
de
Deusto
(2008/2009), ao abrigo do European Doctorate Enhancement in Peace and Conflict Studies
(EDEN). Bolseiro de doutoramento da Fundação para as Ciências e Tecnologias (20082011).
37
Departamento de Relações Internacionais
Cátedra Halford Mackinder
Geógrafo inglês (1861-1947), considerado um dos fundadores mais
influentes da geopolítica e da geoestratégia, foi um dos fundadores
e mais tarde director da London School of Economics e foi
professor
na
Universidade
de
Oxford.
Foi
co-fundador
da
Geographical Association (1893) e exerceu o cargo de primeiro
director da Oxford School of Geography, criada em 1899. Em 1919
publicou Democratic ideals and reality (Ideais democráticos e
realidade).
Professor visitante: Amado Luiz Cervo – Doutor em História pela Universidade de
Estrasburgo e professor titular de Relações Internacionais da Universidade de Brasília,
Emérito, e Professor do Instituto Rio Branco. Pesquisador Senior do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq.
Cada Cátedra decorre durante uma semana e está integrada em determinadas disciplinas
do segundo e terceiro anos, funcionando também como um momento da avaliação contínua
da unidade curricular em questão (através da elaboração de um pequeno relatório por cada
aluno que frequentou a Cátedra e avaliado pelo professor dessa unidade curricular). As
Cátedras são asseguradas por professores visitantes, tendencialmente estrangeiros, 4 vezes
por ano.
Esta cátedra está adstrita à unidade curricular de Geopolítica Mundial, do Prof. Luís Tomé,
do 5º semestre.
38
Departamento de Relações Internacionais
6º Semestre
Página
Estratégia das Grandes Potências
40
Negócio internacional
41
Projecção de Portugal no mundo
42
Cooperação internacional
43
Direitos humanos e direito humanitário
44
Cátedra Norberto Bobbio
45
39
Departamento de Relações Internacionais
ESTRATÉGIA DAS GRANDES POTÊNCIAS
•
•
•
•
Enquadramento conceptual: noções de Estratégia e de Potência, de “soft power” e “hard
power”. Conceitos de Guerra e de Estratégia. Enquadrantes e divisões da Estratégia.
Estratégias Directas e Indirectas. André Beaufre e a Pirâmide Estratégica. As geratrizes
estruturais e conjunturais do Poder. A avaliação do Poder: a equação de Cline e outras
abordagens.
Grandes Potências ao longo da História. As Potências e a I Grande Guerra. A II Guerra
Mundial. O advento de um mundo bipolar e a crise das “potências médias”. As
estratégias das superpotências, EUA e URSS, em Guerra Fria.
As Grandes Potências e respectivas estratégias:
o
Estados Unidos, a hyperpuissance;
o
União Europeia: soft power, PESC e PESD. As estratégias do Reino Unido, da
Alemanha e da França;
o
Japão;
o
China;
o
Rússia;
o
Índia;
o
outras potências regionais.
As grandes potências e a nova ordem mundial. Conceitos estratégicos no pós-Guerra
Fria e no pós-11 de Setembro. Concepções regionais e mundiais das grandes potências.
Conflitos e diferendos envolvendo cada uma das grandes potências. Política Externa e
Política de Segurança e Defesa das grandes potências. Concepções sobre as ameaças e
sobre segurança internacional. Prioridades estratégicas. Análise dos principais
documentos estratégicos. Grandes potências e organismos multilaterais regionais e
internacionais. A teia de interacções, competições e parcerias. Convergências e
divergências entre as grandes potências. Cenários de evolução.
Doutor Luís Tomé
Professor da Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) e Professor Convidado no Instituto de
Estudos Superiores Militares (IESM) e no Instituto da Defesa Nacional (IDN). Coordenador
Científico do OBSERVARE-Observatório de Relações Exteriores e Director-Adjunto do
Anuário Janus e da revista científica Janus.net, e-journal of international relations. Foi
Investigador da NATO e Assessor da Vice-Presidência do Parlamento Europeu. Investigador
nas áreas das Relações Internacionais, Geopolítica e Estudos de Segurança especializado
nas regiões Euro-Atlântica, EurAsiática e Ásia-Pacífico, é autor e co-autor de mais de uma
dezena de livros e de inúmeros ensaios e artigos publicados nas revistas da especialidade,
sendo também autor do website EUROPASIA.NET. Doutor em Relações Internacionais pela
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), Mestre em Estratégia pelo
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa (ISCSPUTL) e Licenciado em Relações Internacionais pela UAL. E-mail: [email protected] ou
[email protected].
40
Departamento de Relações Internacionais
NEGÓCIO INTERNACIONAL
Globalização, integração económica e política e negócios internacionais. Síntese do
enquadramento teórico e institucional da movimentação internacional de mercadorias,
serviços e factores de produção. O marketing internacional. Produção e logística. Estratégias
de implantação, tomadas de decisão e negociação. O comércio electrónico. Gestão
estratégica nos negócios internacionais. A ética nos negócios internacionais.
Dr. Amadeu Paiva
Economista, 30 anos de docência universitária principalmente nas áreas de economia
internacional (UAL, ISEG, Universidade dos Açores, Universidade Eduardo Mondlane),
trabalhos de investigação e publicações sobre movimentações internacionais de mão-deobra e meios de pagamento. Funções de gestão na Banca, nos últimos 15 anos em empresa
de cartões de pagamento, na qual exerce actualmente as funções de administrador
executivo e membro de órgãos técnicos sobre estratégia e marketing de empresas
multinacionais de sistemas internacionais de cartões de pagamento.
41
Departamento de Relações Internacionais
PROJECÇÃO DE PORTUGAL NO MUNDO
A importância da vontade na fundação da nacionalidade. Causas e consequências da
expansão. A expansão como processo de globalização. A restauração e a retoma
ultramarina: uma “primeira guerra mundial”?. A presença ultramarina até ao fim do século
XIX. O século XX até 1974. Portugal e os dois grandes conflitos mundiais. A fase póscolonial. O regresso à comunidade internacional e à Europa. A reavaliação do valor funcional
da posição geopolítica de Portugal. Europeísmo e atlantismo: perspectivas divergentes ou
convergentes? Portugal e as grandes organizações internacionais. A integração na Europa,
como processo natural e decisivo. O debate, talvez artificial, entre perifericidade e
centralidade. A criação da CPLP: expectativas e realidades. Os governos e as preocupações
de soberania. As instituições de salvaguarda e afirmação da soberania. Os eixos estruturais
da política externa portuguesa. Portugal como ator regional. Portugal como ator do sistema
internacional contemporâneo. Virtualidades e práticas correntes. Recursos estratégicos
nacionais. Potencialidades e fragilidades de Portugal. A construção do futuro
General Luís Valença Pinto
General. Licenciado em Engenharia Militar pela Academia Militar. Habilitado com os Curso
Geral de Comando e Estado-Maior, Curso de Técnica de Estado-Maior e Curso Superior de
Comando e Direção do Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM). Habilitado com o Curso
do Colégio de Defesa da NATO.
Foi Professor no IAEM, Conselheiro Militar na Delegação Portuguesa junto da NATO
(acumulando com a União da Europa Ocidental, com o Independent European Programming
Group, com o, Eurogrupo e com a Cooperação Política Europeia), Comandante da Escola
Prática de Engenharia, Representante Militar Nacional junto do Supreme Headquarters Allied
Powers Europe, Diretor do Instituto da Defesa Nacional, Comandante da Logística do
Exército, Chefe do Estado Maior do Exército e Chefe do Estado Maior General das Forças
Armadas.
È professor convidado na Universidade Autónoma de Lisboa (UAL) e na Universidade
Católica Portuguesa (UCP). É investigador no OBSERVARE, Observatório de Relações
Exteriores da UAL e no Centro de Investigação da UCP.
É autor de dezenas de estudos e artigos sobre Segurança e Defesa e docente e
conferencista em universidades e outras instituições nacionais e estrangeiras.
42
Departamento de Relações Internacionais
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
A unidade curricular Cooperação Internacional centra-se na relação entre dois conceitos
importantes
no
contexto
mundial
e
nas
práticas
decorrentes:
cooperação
e
desenvolvimento. Ao longo do semestre são apresentados temas com um sentido diacrónico
e que permitem compreender a forma como os modelos de cooperação para o
desenvolvimento têm sido defendidos e implementados: os antecedentes da Cooperação
Internacional desde do Plano Marshall à Cooperação Sul-Sul. São apresentadas as principais
linhas de orientação teórica que têm fundamentado as práticas: a perspectiva Economicista;
a Escola da Modernização; as Teorias da Dependência; o Sistema-Mundo; as Abordagens
Alternativas. O estudo do tema pressupõe ainda o conhecimento aprofundado dos principais
actores e das políticas de Cooperação para o Desenvolvimento, entre os quais o Estado e as
entidades descentralizadas, a OCDE, a União Europeia, os sistemas internacionais e as
organizações da sociedade civil, destacando-se as Organizações Não Governamentais.
Paralelamente, são analisados os principais instrumentos da cooperação: financeiro, técnico
e de emergência.
Doutora Brígida Rocha Brito
Doutorada e Mestre em Estudos Africanos (ISCTE), licenciada em Sociologia (Universidade
Autónoma de Lisboa), concluiu Pós Doutoramento sobre Educação Ambiental em África
(Centro de Estudos Africanos-IUL). Leccionou na Universidade Autónoma de Lisboa entre
1992 e 2002, tendo reingressado em 2006. É subdirectora de Janus.net - e-journal of
international relations e investigadora integrada no OBSERVARE (Observatório de Relações
Exteriores). Tem efectuado consultorias externas para organizações internacionais, entre as
quais o Bureau Internacional do Trabalho (Programa STEP-Portugal), o Grupo Banco
Mundial (São Tomé e Príncipe) e a Organização Internacional para as Migrações (Missão de
Portugal), e avaliado projectos de cooperação para o desenvolvimento financiados pela
União Europeia e implementados por Organizações Não Governamentais, tais como o
Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF, Portugal, Angola e Guiné-Bissau), Acção para o
Desenvolvimento (AD, Guiné-Bissau), Artissal (Guiné-Bissau), Associação Portuguesa de
Educação Ambiental (ASPEA, Portugal) e Mar, Ambiente e Pesca Artesanal (MARAPA, São
Tomé e Príncipe).
43
Departamento de Relações Internacionais
DIREITOS HUMANOS E DIREITO HUMANITÁRIO
A - Direito Internacional dos Direitos Humanos
1. As concepções filosóficas sobre direitos humanos. A génese da problemática dos direitos
humanos com Francisco Vitória e a génese do direito internacional e do sistema
westefaliano de estados soberanos. O Iluminismo, Kant e a revolução francesa. O
constitucionalismo e as concepções do liberalismo. As visões do comunitarismo,
pragmatismo e realismo. A Carta da ONU e os direitos humanos.
2. O conteúdo dos DH e as três gerações de Direitos Humanos.
3. Os princípios da universalidade e da unidade dos Direitos Humanos.
4. Os instrumentos internacionais de regulação dos direitos humanos. Instrumentos
Universais: Declaração Universal; Pactos Internacionais ICCPR e ICESCR; Convenção
contra a Tortura; Convenção sobre Genocídio; Convenção sobre Direitos da Criança.
Instrumentos regionais: A Convenção Europeia dos Direitos do Homem (1950), a
Convenção Americana dos Direitos do Homem (1969) e a Carta Africana dos Direitos do
Humanos e dos Povos (1981).
5. Sistemas de protecção dos direitos humanos globais e regionais. O Conselho de Direitos
Humanos e o seu impacto. O papel dos tribunais internacionais de direitos humanos: TPI,
tribunais regionais. O papel das ONGs na protecção dos DH.
B- Direito Humanitário
1.
A especificidade do direito humanitário, o jus in bellum e a protecção das pessoas em
tempo de guerra. Tipos de guerras e conflitos armados.
2.
Relações, autonomia e complementaridade entre Direito Internacional dos Direitos
Humanos e o Direito Humanitário. Os DH e o direito humanitário nos conflitos armados
não-internacionais.
3.
Princípios fundamentais de direito humanitário. Os instrumentos internacionais de
direito humanitário: as Convenções de Genebra (1949); os 2 Protocolos às Convenções
(1977); as Convenções de Haia.
4.
As obrigações dos Estados no âmbito do direito internacional em tempo de paz e em
tempo de guerra. As obrigações de actores não-estatais em situações de conflito.
5.
Terrorismo e direito internacional humanitário.
Doutor Miguel Santos Neves
Ver síntese curricular de Direito Internacional I
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Cátedra Norberto Bobbio
Jurista italiano (1909-2004), Norberto Bobbio foi filósofo da
política e historiador do pensamento político, ensinou nas
Universidades de Siena, Pádua, Turim e Florença, com
particular influência nos estudos sobre democracia e direitos
humanos. Publicou em 1990 L'età dei diritti (A Era dos
Direitos).
Professor visitante:
Mário G. Losano – Professor Catedrático de Filosofia do Direito
da Università del Piemonte Orientale (Alessandria), Itália.
Cada Cátedra decorre durante uma semana e está integrada em determinadas disciplinas
do segundo e terceiro anos, funcionando também como um momento da avaliação contínua
da unidade curricular em questão (através da elaboração de um pequeno relatório por cada
aluno que frequentou a Cátedra e avaliado pelo professor dessa unidade curricular). As
Cátedras são asseguradas por professores visitantes, tendencialmente estrangeiros, 4 vezes
por ano.
Esta cátedra está adstrita à unidade curricular de Direitos Humanos e Direito Humanitário,
do Prof. Miguel Santos Neves, do 6º semestre.
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OUTRAS ACTIVIDADES DO DEPARTAMENTO
MESTRADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS (2ª EDIÇÃO)
A actualidade trouxe-nos uma evidência: os processos políticos, económicos e sociais estão
cada vez mais internacionalizados. Não se pode, pois, estranhar o crescente relevo dos
estudos das relações internacionais, estudos esses que se afirmaram como uma área
científica própria no quadro do ensino universitário. Todavia, com a redução dos anos
requeridos para a obtenção da Licenciatura, surgiu a necessidade de um tempo
complementar de aprofundamento das competências adquiridas pelos Licenciados tanto em
Relações Internacionais, como em outras áreas do saber. É essa a vocação do presente
Mestrado: levar mais longe as capacidades de análise das complexas interacções
mundializadas, articulando os temas político-estratégicos com as abordagens de outras
disciplinas, como o Direito e a Sociologia, mas sobretudo com a Economia, dada a
importância da internacionalização económica para além das fronteiras convencionais.
MESTRADO EM ESTUDOS DA PAZ E DA GUERRA NAS NOVAS RELAÇÕES
INTERNACIONAIS (8ª EDIÇÃO)
Desde 2003-2004, a Universidade Autónoma de Lisboa organiza o Mestrado em Estudos da
Paz e da Guerra nas Novas Relações Internacionais, que se tem afirmado como ponto de
encontro entre a reflexão estratégica e a promoção da paz.
Este curso destina-se a diplomatas, funcionários internacionais, jornalistas, especialistas em
Relações Internacionais, mesmo recém-licenciados, bem como a militares e a elementos
das forças de segurança. Visa a aquisição de competências nas questões estratégicas (num
contexto internacional em profunda mudança), incluindo as ameaças não militares e as
novas formas de violência, estudando ainda as condições de promoção da paz (diplomacia
preventiva, gestão de crises, mediação de conflitos, processos de reconstrução social).
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OBSERVARE – OBSERVATÓRIO DE RELAÇÕES EXTERIORES
Unidade de Investigação de Relações Internacionais
Coordenador: Doutor Luís Moita
Sub-directores: Doutores Manuel Farto, José Subtil e Luís Tomé
O OBSERVARE – abreviatura de Observatório de Relações Exteriores – foi criado em 1996
como centro de estudos em Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa.
Desde então tem desenvolvido diversos projectos de investigação nessa área científica,
abrangendo temas como as relações Portugal-Espanha, as migrações, os oceanos, a política
externa portuguesa, a arquitectura política europeia, a paz e a guerra nos nossos dias, as
religiões na política mundial, as relações de trabalho, a aliança de civilizações e meio século
de independências africanas.
Os seus Estatutos definem-no como uma unidade universitária de investigação e como uma
unidade orgânica da CEU – Cooperativa de Ensino Universitário – UAL – Universidade
Autónoma de Lisboa.
Além de um grande número de iniciativas académicas e científicas – conferências,
colóquios, mesas redondas entre especialistas – os resultados dos estudos do OBSERVARE
estão disponíveis numa colecção de livros e sobretudo no conjunto dos anuários JANUS, coeditados com o jornal PÚBLICO desde 1997. A partir do Outono de 2010, o OBSERVARE
publica também uma revista científica on line, designada JANUS.NET, de acesso livre e
gratuito.
http://observare.ual.pt
http://observare.ual.pt/janus.net
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INFORMAÇÕES ÚTEIS
• A Biblioteca da Universidade Autónoma é uma estrutura de apoio a alunos e docentes
que
funciona
das
9.30
às
22.00
horas
em
dias
de
semana.
A entrada é livre para consultas presenciais. Sugere-se o pedido de cartão de leitor
(gratuito) para usufruir do empréstimo domiciliário, acesso à sala Universia e outros
serviços. A utilização da Biblioteca é regulada por documento próprio que deve ser pedido
directamente nos serviços.
É disponibilizado o acesso a livros, publicações periódicas, bases de dados, CD’s, acesso à
internet, apoios diversos e um conjunto de outras opções de acordo com as necessidades
dos utilizadores.
Contactos:
Telef: 21 317 76 40
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• O Gabinete de Inserção Profissional apoia a inserção e a adaptação à vida profissional
dos finalistas e recém-licenciados da UAL. Os objectivos a prosseguir junto da comunidade
empresarial e da sociedade em geral são, essencialmente:
- Responder a diversos pedidos de recrutamento enviados pelas empresas,
adequando e filtrando com rigor a procura e a oferta;
- Promover a ligação entre o mundo Académico e Empresarial, através da divulgação
mútua junto dos respectivos públicos-alvo;
- Proporcionar experiências profissionais com reconhecido valor acrescentado para os
licenciados e finalistas da Autónoma, através do desenvolvimento conjunto de planos de
trabalho, a realizar em empresas dos diferentes sectores de actividade.
• A Secretaria Virtual – http://sga.ual.pt/ – disponibiliza informação sobre o aluno, das
quais destacamos as seguintes:
- Conta corrente do aluno (onde terá acesso aos pagamentos feitos e a efectuar,
sendo ainda possível gerar referências MB para realizar pagamentos);
- Consulta de dados pessoais e actualização de contactos;
- Confirmação das disciplinas em que está inscrito e disciplinas em atraso;
- Consulta de avaliações;
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Para aceder à secretaria virtual deverá utilizar o user e a password obtidas no momento de
inscrição, dados que permitem ainda o acesso ao portal académico, ao e-mail de aluno e à
utilização wireless dentro da Universidade. Para obter apoio técnico destes serviços poderá
dirigir-se ao Centro de Informática, situado no Palácio da Universidade.
• O Portal Académico tem como finalidade, integrar e aproximar toda a comunidade
académica da UAL. Desenvolvido tendo em conta as regras de acessibilidade definidas pelos
grandes
organismos
internacionais,
o
portal
académico
vem
responder
às
muitas
necessidades de uma comunidade cada vez maior e mais exigente.
http://portal.ual.pt/portal/portal.jsp
Horários serviços administrativos de Santa
Marta:
Secretaria: 9:30 – 19:30
Tesouraria: 9:00 – 19:30
R. de Santa Marta nº 47 – r/c
Departamento de Relações Internacionais/Unidade Central de Apoio
Académico: das 10h00 às 19h00
Rua de Santa Marta nº 47 – 3º 1169-023 Lisboa
Tel.: 21 317 76 00 – Ext. 437 – Fax. 21 317 76 38
[email protected]
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Para mais informações poderão consultar a página da UAL em:
www.ual.pt
e o portal académico em:
http://dri.ual.pt
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