DISCURSO DOS ORADORES – Mayara Queiroz Tomé e

Transcrição

DISCURSO DOS ORADORES – Mayara Queiroz Tomé e
DISCURSO DOS ORADORES – Mayara Queiroz Tomé e Maria Rachel Nogueira Barreira
Boa noite a todos,
Primeiramente, gostaríamos de agradecer a presença da diretora da FMB Prof.
Titular Silvana Artioli Schellini, do vice-diretor Prof. Titular José Carlos Peraçoli , da
patronesse Prof. Dra. Heloísa Wey Berty, da paraninfa Prof. Dra. Marli Teresinha
Cassamassimo Duarte, dos homenageados e de todos os outros que vieram para prestigiar
esse grande evento que é a nossa colação de grau.
Nesse breve momento, temos a tarefa árdua de colocar em um discurso tudo o que
esses últimos quatro anos representam.
Nós, formandos, temos o mérito de concluir o curso de Enfermagem em uma das
melhores universidades desse país. É fato, que isso foi fruto da escolha mais importante
que fizemos, a de ser Enfermeiros.
Éramos ingênuos, a ponto de pensar que o vestibular era o obstáculo mais difícil a
ser ultrapassado. Na verdade, esse foi o ponto inicial, e também a nossa primeira vitória.
Agora teremos mais escolhas, mais obstáculos e, com certeza, mais vitórias pela frente.
Parte da turma é composta por pessoas daqui de Botucatu, mas a grande maioria,
além de se acostumar com a nova rotina de aulas, teve que aprender a viver sozinho em
outra cidade. Fomos fortes, passamos por muitas mudanças e conseguimos. Seremos
fortes também para encarar todas as dificuldades que o futuro que almejamos nos
reservar.
Além de toda a bagagem intelectual que carregamos, temos aprendizados pessoais,
pois parte fundamental de nosso crescimento como pessoas, foi o convívio com pessoas de
vários lugares, que tiveram criações diferentes.
Tivemos vários sentimentos nesse percurso, empolgação, medo, alegrias, tristezas,
raiva. Mas, todas as experiências pelas quais passamos é o que constrói o nosso ser
enfermeiro.
Portanto, a faculdade é o lugar de onde tiramos as lições que serão imprescindíveis
à nossa vida: sermos mais humanos, respeitar as diferenças, ouvir!
Podemos dizer que foram os anos mais intensos de nossas vidas.
Com o coração apertado, uns contam os minutos para que o sol não se ponha.
Ainda estamos com tempo. Outros, sentem profundamente a ausência de alguém com
quem tudo começou. Nós sentimos com vocês.
Sentimos ainda, deixar tudo o que vivemos aqui e seguir com uma nova história.
Que há de ser bela. Em qualquer canto que o nosso coração mandar.
Um único objetivo em comum: o cuidar do ser humano. Cuidado este o qual nós a
partir de agora, enfermeiros, seremos responsáveis. Tão individual, minucioso,
característico. A finalidade é clara: intervir na qualidade de vida desse indivíduo onde ele
estiver. Onde nós estivermos.
E quanto à qualidade, inquestionável. Uma turma inteligente, que tem garra e
opinião para fazer acontecer. Que lutou para hoje estar neste palco. E que agradece
profundamente cada um que está sentado nessa platéia. E cada um desses professores que
deixaram um pouco de si em nós. Uma turma que carrega um nome: UNESP. E que a partir
de hoje, carregarão vidas.
Ninguém disse que seria fácil. Tão pouco que exigiria tamanha sensibilidade. Mas
quando se faz o que se ama, alma e coração fluem com facilidade rara.
Facilidade e sensibilidade para perceber a importância de cada ser humano que
passa por nossas vidas.
E ainda que com inúmeras diferenças, nós conseguimos. Deixamos um pouco de
nós em cada um desses corações, hoje aflitos, apertados, emocionados, vivendo um
paradoxo de sentimentos. E levaremos cada um conosco até o fim.
Anatomia foi assustador. Bioquímica, pavoroso. Biofísica, nada palpável. O
primeiro jaleco. A primeira troca de roupa branca, um marco no ponto de partida para
campos de estágio. Exame físico, estamos virando enfermeiros. Evolução, todos os dias.
Vão, assumam o paciente. Sorte, éramos duplas, trios. Então, hora do ranking. Não, somos
civilizados. Tentamos ao menos. Quarto ano. TCCs em ordem. Agora vão, sejam
enfermeiros.
Fernando Pessoa que nos perdoe, mas encerrar ciclos não é nada fácil. Não como
este. Tão intenso, cheio de vínculos, de marcas, cheiros, família, amigos.
Botucatu será sempre o nosso lugar. A UNESP, nossa referência. O Departamento
de Enfermagem, parte do que somos agora. E nós, donos desse caminho e dessa bela
história que traçamos juntos nesses quatro anos.
Que Deus ilumine nossas mãos e pensamentos a cada cuidado prestado.
“É como ter muitos sonhos. Metas e objetivos a serem alcançados. Milhões de
milhas a percorrer. É desejar fortemente alcançar vôo; um vôo livre, que no começo, aos
olhos dos outros, possa até parecer desajeitado, mas que te levará aquele caminho, o qual
você sempre desejou. É torcer pra chegar o momento de plainar... e apenas seguir o vento,
deixá-lo te levar. É tirar os planos e as idéias do papel, do travesseiro. É tornar tudo
verdadeiro!” (Autor desconhecido)
E agora vamos, somos enfermeiros!
Maria Rachel Nogueira Barreira
Mayara Queiroz Tomé

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