anais i simpósio de história da uespi de e ii

Transcrição

anais i simpósio de história da uespi de e ii
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI) PRÓ-REITORIA DE
EXTENSÃO (PREX) COORDENAÇÃO DO CURSO DE HISTÓRIA
Caderno de Resumos
ISSN 2316-5839
Piracuruca (PI), v.1,n.1/2012
Piracuruca – PI, 2012
I SIMPÓSIO DE HISTÓRIA DA UESPI
II SEMANA DE HISTÓRIA DA UESPI
História Plural: História, Linguagens e Educação
Piracuruca - PI, 2012
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
Caderno de Resumos
Simpósio de História da UESPI e Semana de História da UESPI (1., 2012 nov. :
Piracuruca).
Caderno de Resumos do 1º Simpósio de História da UESPI e 2ª Semana de
História da UESPI- História Plural: história, linguagens e educação).
Universitário de Piracuruca, PI, 28 de outubro a 01 de novembro de 2012 /
Organizado por Calil Felipe Zacarias Abrão, Pedro Pio Fontineles Filho,
Clarice Helena Lira Santiago e Francisca Maria Silva Abrão. – Teresina:
UESPI, 2012.
ISSN: 2316-5839
1. Simpósio. 2. Pesquisador – formação docente. 3. Memória coletiva. 4.
Gênero e sexualidade. I. Abrão, Calil Felipe Zacarias. II. Fontineles Filho,
Pedro Pio. III. Lira, Clarice Helena Santiago. IV. Abrão, Francisca Maria Silva
Abrão. V. Semana de História da UESPI, 2. VI. Título.
CDD 060
Ficha elaborada pelo Serviço de Catalogação da Biblioteca Central da UESPI
Aureste de Sousa Lima (Bibliotecário) CRB-3/1215
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
S6124
Caderno de Resumos
“História Plural: História, Linguagens e Educação”
Organização
:
Calil Felipe Zacarias Abrão
Pedro Pio Fontineles Filho
Clarice Helena Santiago Lira
Francisca Maria Silva Abrão
Edição:
Programação Visual (Org.):
Calil Felipe Zacarias Abrão
Francisca Maria Silva Abrão
Pedro Pio Fontineles Filho
Francisca Maria Silva Abrão
Herbert Henrique Gomes Santos
Comitê Organizador:
Ana Valéria Gomes Santos
Calil Felipe Zacarias Abrão
Carlos André de Sousa
Caroline Alves de Meneses
Clarice Helena Santiago Lira
Cláudia Cristina da Silva Fontineles
Clóves Tadeu Oliveira Veras
Diogo Felipe de Sousa Barros
Fernanda Aparecida Gertrudes
Francisca Maria Silva Abrão
Francisco da Chagas da Silva Justino
Irene Magalhães Vieira
Isaac Daniel da Silva Teles
Jailson dos Santos Calocio
Jean Paulo Nascimento Silva
João Neres
Luana Maria Dutra Chaves
Marcelo de Sousa Neto
Maria Alice Pereira da Silva
Maria de Fátima de Carvalho Sousa
Maria Francisca Rodrigues de Brito
Ozael de Moura Costa
Pedro Pio Fontineles Filho
Priscila de Moura Souza
Rogério Paulo Pereira
Sebastião Pinheiro dos Santos Filho
Talita Damasceno Ramos de Carvalho
Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz
Universidade Estadual do Piauí – UESPI
Núcleo Universitário de Piracuruca - Piauí
Coordenação do Curso de História
Rua Tenente Rui Brito, 1430 C / CEP: 64.240.000
Fone/Fax: 3343-1369
Correio Eletrônico: [email protected]
https://1simposiodehistoriadauespi.wordpress.com.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
I SIMPÓSIO DE HISTÓRIA DA UESPI
II SEMANA DE HISTÓRIA DA UESPI
1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 06
2 PROGRAMAÇÃO .................................................................................................... 08
3 GT I: (Re) Cantos da Escrita: História, Cinema e Arte ............................................ 10
4 GT II: História, Cidade e Narrativas: interconexões ................................................ 21
5 GT III: História: limiares entre gênero e educação .................................................. 21
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SUMÁRIO
O Curso de História da Universidade Estadual do Piauí tem se destacado nos
espaços de interlocução acadêmica pela busca constante do (re) pensar e do (re) fazer a
escrita da História. Nesse sentido, o curso oferecido pelo Núcleo de Piracuruca, Piauí tem
almejado lançar suas contribuições no sentido de promover discussões que versem sobre o
ofício do professor-historiador, capaz de agir nas esferas da educação sem perder de vista
a importância da pesquisa e da extensão. Por tal razão, é que discentes e docentes desse
núcleo, bem como de outros campi, reúnem esforços para ofertar momento de trocas por
meio do I Simpósio de História e da II Semana de História da UESPI de Piracuruca, Piauí.
Nessa versão do evento, busca-se associar ensino, pesquisa e extensão, como elementos
basilares da atuação acadêmica. Para tanto, envereda-se nos limiares que aproximam a
História com as variadas manifestações da Linguagem e como isso reverbera nas
instâncias da educação, sobretudo na formação do professor-pesquisador de História.
Intenta-se, também, com o presente evento, socializar as inúmeras pesquisas que se
dedicam à pluralidade dos objetos, temáticas, problemas e fontes que condicionam a
produção histórica, não só nos espaços da universidade, mas chegando aos âmbitos das
escolas de educação básica, tanto da rede pública como privada.
Por esse diapasão, encontram-se aqui reunidos os resumos dos trabalhos de
pesquisas apresentados, debatidos e refletidos ao longo das atividades do evento. São
trabalhos que pontuam direções para as escritas da História, com destaque para algumas
linhas, temáticas e chaves de leitura. São trabalhos que remetem às inter-relações entre a
História e a Cidade, notadamente no que se refere às questões ligadas aos conceitos de
espaço, lugar, espacialidade, território, citadino, assim como os limites e potencialidades
entre o rural e o urbano, com foco no que se refere às noções de modernização e
modernidade. Há espaço também para trabalhos relacionados aos aspectos da Educação e
das práticas docentes, salientando estratégias, mecanismos, instrumentos e recursos que
podem contribuir para a pesquisa e para o ensino de História e áreas afins. Nesse mesmo
grupo de pesquisas, há, também, destaque para trabalhos que buscam refletir sobre a arte e
as imagens como formas de falares e dizeres sobre o homem e suas múltiplas maneiras de
agir e pensar em diferentes localidades e temporalidades. Além disso, aglutina resultados
de trabalhos que se debruçam sobre as intricadas relações entre História, Gênero e
Sexualidade, como discussões que revelam práticas e discursos que (re) inventam
comportamentos e ações políticas, sociais e econômicas de cada temporalidade e
espacialidade.
A partir disso, cabe somente o grande desejo de que tais textos, mais que
indicativos de trabalhos, sejam expressões da memória do evento e de seus participantes.
Resta, também, o desejo de boas leituras e o despertar para novos pesquisas e novas
Histórias!
Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho
Coordenador do Evento
Professor do Curso de História – UESPI/CCM
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APRESENTAÇÃO
Domingo, dia 28 de outubro:
08 às 18h - Credenciamento e Filmografia Histórica “Imaginando a Antiguidade”
17:30h às 18h – Solenidade de abertura
18 às 20h - Conferência de Abertura: “Nas trilhas de Clio e Minemosine: história,
memória e historiografia Recente”
Profa. MSc. Clarice Helena Santiago Lira
Segunda-feira, dia 29 de outubro:
08 às 12h - Minicurso I: História e Memória
Prof. Mestrando José de Arimatéa Freitas Aguiar Júnior
Profa. Bárbara Cristina Barrinete Almeida Alves
Profa. Mayra Izaura de Moura
12 ás 14h - Filmografia Histórica “Repensando o Medievo”
14 às 18h - GT I: (Re) Cantos da Escrita: História, Cinema e Arte
Prof. Espec. Calil Felipe Zacarias Abrão (UESPI-Piracuruca)
18 às 20h – “(Entre) vista: memórias do viver, ler e escrever História”
Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI-Clóvis Moura)
Terça-feira, dia 30 de outubro:
08 às 12h - Minicurso II: História e Cinema: Reflexões e Análises
Prof. Mestrando Francisco Rafael Lima Farias (UESPI-Torquato Neto/UFPI)
Prof. Esp. Paula Poliana Olímpio de Melo e Sousa
12 às 14h - Filmografia Histórica “Entre a tela e o texto”
14 às 16h - Palestra: Policiamento e educação nos oitocentos
Prof MSc Ozael de Moura Costa (UESPI)
16 às 18h – Teatro: A história no teatro
18 às 20h - Palestra: “História e Cultura Política”
Prof. MSc. Edmundo Ximenes (UESPI-Campo Maior)
Quarta-feira, dia 31 de outubro:
08 às 10h - Oficina: Como se faz um projeto de pesquisa em História
Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI-Clóvis Moura)
10 às 12h - Mesa redonda I: “História, Educação e Memória”
Prof. Dr. Marcelo de Sousa Neto(UESPI-Clóvis Moura)
Profa. Dra. Claúdia Cristina da Silva Fontineles (UFPI-Teresina)
Profa. MSc. Isabel Cristina da Silva Fontineles (UESPI-Clóvis Moura)
12 às 14h - Filmografia “Entre a tela e o texto”
14h às 18h - Minicurso III: (Re) Desenhando Histórias: os usos dos Quadrinhos na
História
Prof. Esp. José Gilson da Silva Fontineles (Faculdade Múltipla).
18h às 20h - Mesa redonda II: “Estágio e Prática Pedagógica: aproximações e desafios”
Prof. Esp. Jean Paulo Nascimento Silva (UESPI-Piracuruca)
Prof. Esp. Marco Antonio Alves Matos (UESPI-Piracuruca)
Quinta-feira, dia 1º de novembro:
08 às 12 h - Minicurso IV: História Medieval: sujeitos, sociedade e imaginário
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PROGRAMAÇÃO
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Prof. MSc. José de Arimatéa Isaías Ferreira (UESPI-Clóvis Moura)
Apresentações orais – GT2: 1ª parte
 História, Cidade e Narrativas: interconexões.
Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI-Clóvis Moura)
Profª.Drª.Cláudia Cristina da Silva Fonteneles (UFPI)
12 às 14h - Filmografia: “Repensando o Medievo”
14 às 18h
Apresentações orais – GT2: 2ª parte
 História, Cidade e Narrativas: interconexões.
Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI-Clóvis Moura)
Profª.Drª.Cláudia Cristina da Silva Fonteneles (UFPI)
Apresentações Orais – GT3
 GT III: História: limiares entre gênero e educação.
Prof. MSc Joseanne Zingleara Soares Marinho (UESPI-Torquato Neto)
Profa. Esp. Vicencia Rozilda Marques Sobrinho (UESPI/UFPI)
18h às 20h – Conferência de Encerramento “História e Linguagens: saberes e fazeres”
Prof. Dra. Teresinha de Jesus Mesquista Queiroz (CCHL-UFPI).
RESUMOS
COORDENAÇÃO:
PROF. ESP. CALIL FELIPE ZACARIAS ABRÃO
A COMUINICAÇÃO VIA RADIO NA CULTURA PIAUIENSE
João Neres – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: O presente estudo tem como principal objetivo fazer uma reconstituição do
cumprimento do papel social do rádio em Piracuruca, desde a fundação da primeira
emissora de rádio a partir da década de 80 do século XX, isto é, fazer uma reflexão no
cotidiano da sociedade piracuruquense, sua participação direta ou indireta nas mudanças e
permanências sofridas pela sociedade de Piracuruca. Busca-se entender as mudanças
ocorridas na forma de utilizar os benefícios oferecidos através de um meio de
comunicação que persiste mesmo com a presença da TV em grande parte dos lares
piracuruquense. Não se pretende realizar um trabalho de história do rádio de Piracuruca,
mas da presença e atuação deste meio no cotidiano da sociedade piracuruquense, sendo
este que foi um receptor muito importante para se ouvir os programas de maior audiência
na emissora local da cidade. Assim como em outras regiões do país, no Piauí o rádio
também foi à época impactante com a chegada da emissora de rádio; mesmo tendo
chegado tardiamente, não deixou de ser recebido com muita euforia pela população
piauiense. Na época ainda era muita grande a população rural, residindo em comunidades
distantes, o que dificultava a ida das pessoas à cidade, pois vários fatores os impediam de
se deslocarem, como por exemplo: o índice de pobreza muito alto, a falta de transporte ou
sua precariedade, o difícil acesso por falta de estradas. Tudo isso fazia com que a
população rural ficasse cada vez mais distante das cidades, sendo o rádio o elo entre a
cidade e campo da década 80. Trata-se de uma pesquisa em andamento, para a qual o
percurso metodológico consiste em dois momentos: o primeiro de caráter quantitativo
(coleta do material); segundo referente ao processo de análise e seleção dos dados
produzidos, adquiridos em campo e relacionados com a bibliografia especializada.
Palavras-Chave: Sociedade. Participação. Mudança.
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GT-I: (RE) CANTOS DA ESCRITA: HISTÓRIA, CINEMA E ARTE
CONSTRUÇÃO REAL DA MODA DA ÉPOCA, COMO PARA A COMPARAÇÃO COM A MODA ATUAL.
Iolete Fontenele de Brito Viana - UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: Como a moda faz parte de todas as épocas da existência humana, entende-la é
sem dúvida, uma necessidade daqueles que dela se utilizam. A moda trás em si a
necessidade de novos pensamentos, novas atitudes e novos gostos, sendo sempre
abrangente e contagiante, pois desperta desejos e manifestações de fatos que englobam
determinada sociedade, fazendo com que o todo se torne um. Porém, estes gostos da
década de 60 perduram até hoje, pois a imagem que se ver da moda atual estar inserida na
década aqui analisada, sendo comprovada através das fotos que se tem do período. Dentro
de uma perspectiva visual, buscamos analisar por quê esta moda foi considerada a moda
exclusiva dos anos 60 e ainda, delimitar os fatores que perduraram e a sustentaram por
todas estas décadas, podendo ser visto os repetidos modelos nas fotos que atualmente
observamos. O objetivo é fazer uma apresentação da moda do período de 1960, através de
fotos e imagens, trazendo em suma um paralelo entre os fatores sociais e culturais que
favoreceram ao surgimento da moda da década citada, dando ênfase a analise de diversas
imagens, da época e recentemente, pois quando juntamos estes fatores, vemos a
importância destes para o seu firmamento nos dias atuais. Por tratar-se de um estudo em
processo de construção, pretende- se ao final deste, ter conseguido delimita a moda em sua
mais sublime forma: a imagem que esta provoca aos que dela se contagiam. A metodologia
adotada consistiu em pesquisa bibliográfica de autores renomados como Lipovestsky
(1989), Réis (1996), Hobsbawm (1995), dentre outros, que deram suporte para sustentar o
discurso sobre o tema. Destacamos que a nova história sempre deixa espaço para que se
construa novos discursos a cerca dos temas já debatidos e com certeza muito ainda se tem a
debater com relação ao percurso da moda e principalmente sua função junto as atuais
sociedades existentes. Para o futuro, espera- se que se possa encontrar várias obras que
discorram a cerca da moda, trabalhada através da imagem, onde cada década possuí as suas
lembranças e suas comprovações, principalmente aquelas que interferem os brasileiros, e
mais precisamente os piauienses, pois a fontes encontradas são poucas, delimitando as
pesquisas de quando se pretende trabalhar o poderio da moda e sua importância visual nas
sociedades existente no país.
Palavras-Chave: Imagens. Moda. História Nova.
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A INSIGNE ANÁLISE CONCERNENTE A MODA DE 1960 E A IMPORTÂNCIA DA FOTO PARA A
DIALOGANDO COM O PASSADO E INTERAGINDO NO PRESENTE
Calil Felipe Zacarias Abrão - UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI
Ana Paula Rodrigues da Silva – UESPI
Resumo: O principal objetivo deste artigo é fazer uma análise histórico-comparativa,
entre dois filmes épicos, que discorrem sobre a história de Alexandre Magno (356-323
a.C), que governou a Macedônia, e a quase totalidade do mundo conhecido de então, ou
seja, o final do século IV a.C. Busca-se compreender as consonâncias e dissonâncias entre
as abordagens apresentadas em cada trabalho fílmico entre si, assim como entre eles e as
informações e debates já promovidos pela historiografia acerca da atuação de Alexandre.
Faz-se, ainda, uma reflexão sobre os condicionantes sócio-históricos da produção,
circulação e consumo de tais filmes. Realiza-se, também, foco sobre o lugar sócioinstitucional dos diretores responsáveis por cada produção, no intuito de visualizar os
jogos de interesses que cercam os espaços de feitura e apropriação dos filmes, visto que
não há discurso, seja histórico, seja ficcional, que não esteja movido por relações de força
que impulsionam a própria existência e direcionamento de tais discursos. Como principais
diálogos teórico-metodológicos destacam-se as discussões feitas por Rosenstone (2010) e
Macedo (2009) acerca da relação entre História e Cinema, destacando os limites e
potencialidades da aproximação entre as narrativas de cada um. Os filmes, como
integrantes do universo do Cinema é mais um elemento norteador para as discussões
acerca de como as imagens podem contribuir para as reflexões acerca das pesquisas
históricas, bem como a possibilidades de pensá-los como instrumentos eficientes na
prática docente dos professores-pesquisadores de História.
Palavras-chave: História. Cinema. Antiguidade.
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ALEXANDRE PARA ALÉM DA TELONA:
Antonia Rita Brito De Cerqueira – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal analisar a história de Martin Guerre,
contada pela historiadora Natalie Zemon Davis em seu livro “O Retorno de Martin
Guerre” sendo o mesmo retratado num filme de mesmo nome, rodado na França em 1982,
em que a própria Natalie participa como (roteirista convidada) para contribuir, a partir de
seus estudos, com o roteiro para a filmagem do filme. Fato é que seu roteiro, suas analises
e interpretações acabaram tornando-se, além do filme, uma obra de alcance e sucesso
mundial. Com base nisso, nos propomos à análise do filme, de forma a entender seu relato
sob o prisma da história socio-cultural. O filme em questão narra a vida de uma típica
família camponesa da Europa Medieval, com suas estruturas e “hierarquias”, e
principalmente a sua estruturação mental. Partindo da percepção da sociedade medieval do
século XVI, o filme nos mostra o cotidiano e as mentalidades do povo da época. Suas
vivencias e relações sociais bem destacadas nos põe a discutir sobre essas relações
analisando o cotidiano e o imaginário desses camponeses. Metodologicamente optou-se
pela Micro-História, por interessa-se basicamente pelo cotidiano do menor, do oprimido
e/ou marginalizado, não se esquecendo dos heróis oficiais, grandes datas e fatos, levandonos a um olhar mais amplo do dia-a-dia e vivências desses camponeses. Embasamos-nos
em Lopes (2009), Davis (1987) e Prata (2010). Quanto às discussões levantadas no filme,
destacamos: discussões sobre a vida cotidiana dos camponeses medievais, desde as
relações entre si, com a terra, com o imaginário e com a igreja. Entre si na questão da vida
em sociedade e principalmente no casamento, sendo este diretamente interligado na
relação que se mantinha com a terra e propriedades, tendo em vista, muitos dos
casamentos serem realizados para, além de perpetuar a família, manter as terras sob o
domínio da mesma; por fim a relação com a religião, impregnada nas mentalidades do
povo medieval, intimamente ligado ao sagrado, ao divino ou ao demoníaco. Tendo a
religião como mola-mestra, o povo vivia subjugado. Buscamos com esta análise,
contribuir para a construção de um olhar mais crítico para a sociedade medieval do século
XVI; elevar a importância de voltarmo-nos não somente aos heróis e seus grandes feitos,
mas ao pequeno, marginalizado, o que nos revela novos olhares para se compreender uma
sociedade, seja ela qual for e isso é de grande importância para os historiadores.
Palavras-Chave: Filmografia. Micro-História. Mentalidades.
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ANÁLISE DO FILME: O RETORNO DE MARTIN GUERRE
Suzane Barbosa Da Silva Nascimento – UESPI
Crisálida Costa Araújo - UESPI
Mayra Christianne Lustosa Monteiro – UESPI
Resumo: O presente estudo tem o objetivo de analisar o filme Apocalypto do diretor Mel
Gibson que retrata a história da decadência da civilização maia e a luta desta civilização
pré-colombiana para sobreviver à sua crise agrícola, problematizando a inter-relação
história e cinema e suas contribuições para o ensino de história e para desenvolver o senso
crítico do aluno. No filme, os maias encontram na religião, respostas às intempéries
climáticas que destroem a sua milenar civilização. O enredo retrata a violência e a crueza
da política expansionista da civilização maia sobre os povos da região por ela dominados.
A hierarquia da civilização maia aparece retratada através da arquitetura piramidal dos
edifícios onde, no topo, paira o líder político e sua família ao lado da casta dos sacerdotes.
Os prisioneiros capturados são sacrificados em um altar, onde o coração de cada um é
extraído do corpo e a cabeça é decepada e oferecidos ao deus Kulkulan.
Metodologicamente o estudo se deu a partir da análise do filme Apocalypto acompanhado
das leituras de Las Casas (1562) e Cardoso (2004). Os principais resultados do estudo
apontam as civilizações pré-colombianas como civilizações ricas em cultura e arquitetura.
Tais resultados ainda revelam o uso de filmes na quebra de conceitos eurocêntrico que
desvalorizam tal civilização por ter seu desenvolvimento atrasado em relação a Europa,
julgados de bárbaros por não serem adeptos do cristianismo e com costumes totalmente
diferentes dos europeus que se diziam civilizados
Palavras-Chave: Civilização Maia. História. Cinema
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APOCALYPTO: A CIVILIZAÇÃO MAIA
Francinalda Dos Santos Carvalho – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão - UESPI
Resumo: Sendo uma festa de caráter popular, o carnaval destaca-se pelo seu ar de
liberdade, onde o imaginário e o real se convertem em quatro dias de intensa euforia.
Dentro do carnaval, um elemento indissociável é a arte, esta que se faz presente no
instante em que rompem os tambores e realizam-se as danças, as músicas em forma de
enredos e as fantasias que dão mais luxuosidade às festas carnavalescas. O estudo tem
como objetivo principal, mostrar as transformações ocorridas ao longo de várias décadas
no seio das festas carnavalescas e como estas são realizadas na atualidade contribuindo
para a perpetuação de novo saberes em relação à cultura e arte do carnaval. Tendo em
vista que trabalhar um tema como festas, em especial o carnaval (conhecido e vivenciado
mundialmente e que envolve culturas diversas), requer do historiador um papel minucioso
enquanto pesquisador, uma vez que para conhecer profundamente o tema e escrever sobre
o mesmo, o historiador precisa inovar a forma de produzir/ adquirir e repassar/ trocar
conhecimentos. Isto se mostra mais necessário no trabalho com imagens onde o olhar
artístico se faz relevante, tanto quanto a pesquisa e/ou gosto pela História. O trabalho
enquadra-se em uma pesquisa de caráter documental e descritivo, seguido de três etapas:
análise documental; entrevistas com alguns conhecedores da história do carnaval da
década trabalhada; e análise/ seleção dos dados coletados, resultando na fase final da
pesquisa, para tanto, nos fundamentamos em Queiroz (1992), Cunha (1980, 1920),
Bakhtin (1999). Conclui-se que por meio de imagens (no / do carnaval) é possível inferir
sobre a própria concepção que se tem de sociedade, do papel da mulher, do homem em
vários aspectos; que as transformações ocorridas gradativamente, contribuem para a
quebra de preconceitos (tanto em relação à visão que tinha da mulher, quanto ao papel do
homem em sociedade); que o carnaval significa um ganho muito grande para a cultura
local e consequentemente para a arte de um modo geral. É possível perceber e
acompanhar essas mudanças através das imagens em vídeos, ou em fotografias,
configurando-se estas em ricas fontes de dados ao pesquisador-historiador. Piracuruca é
uma cidade de cultura vasta sem igual e que além de ter sido palco de grandes
acontecimentos abrigou em suas ruas e clubes grandes festas carnavalescas que muito
deixaram de história e herança em arte.
Palavras-Chave: Cultura Popular. Imagens. Carnaval.
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ARTE CARNAVALESCA DE PIRACURUCA: REVELAÇÕES CULTURAIS ATRAVÉS DE IMAGENS
Daniela Alves Sousa – UESPI
Francisca Maria Silva Abrão – UFPI
Resumo: Vivemos atualmente num mundo tecnológico, mundo da informação em tempo
real e nesse contexto a televisão tem se configurado no meio de comunicação mais
acessível e dirigível a um grande número de telespectadores. É sabido as influências que
este meio de comunicação causa nas pessoas, em várias instancias tais como: mudanças
comportamentais, de linguagem e de pensamento. Com base nisso, propomos um estudo
acerca dos impactos da televisão, abordando o aspecto social de uma cidade reconfigurada
a partir desse meio de comunicação de massa. O objetivo é explanar o surgimento da TV e
suas influências na cidade de Piracuruca, região norte do estado do Piauí, bem como
conhecer os avanços que aconteceram na cidade a partir do advento da televisão. Tendo
sido implantada em sete de abril de 1970 pelo Sr. Zé Brito, a TV configurou-se num
marco da história de Piracuruca, significou um ganho extraordinário para a cidade. Muitas
torres foram construídas com o fim único de levar som e imagem aos lares
piracuruquenses. É fato que com o advento desta, gerou emprego para alguns da cidade,
mas poucos eram os que podiam usufruir dessa novidade tecnológica à época, pois sendo
um bem de alto custo financeiro, só era acessível a uma pequena parcela da população - os
ricos da localidade. Por meio de um estudo bibliográfico analisamos histórica e
teoricamente os primeiros meios de comunicações de massa, tendo como foco central a
televisão. Trata-se de uma pesquisa em processo de construção e por isso apresentamos
dados parciais do estudo, para o qual se fez necessário um recorte temporal que abrange a
década de 70 a 90. Nortearam o estudo os seguintes autores: Fortes (2004), McLuhan
(1970) e Chauí (2003). Para a produção dos dados a serem analisados recorremos à
técnica de entrevista semiestrutura, tendo-se os piracuruqueses mais velhos e novos
configurando-se enquanto os sujeitos da pesquisa, a fim de entendermos o que eles
pensavam sobre a televisão na época de sua implantação e se mudou a visão que tinham
com a inserção da TV de hoje.
Palavras-Chave: Comunicação de Massa. Televisão. Piracuruca.
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ASPECTOS SOCIAIS DO IMPACTO DA TELEVISÃO EM PIRACURURA
Priscila De Moura Souza - UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI
Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de promover o debate sobre as interrelações entre História e Cinema, dando destaque para o filme Em Nome de Deus. Tal
filme é tomado como instrumento de análise e pesquisa sobre a Idade Média, objetivando,
também, a aproximação entre história e imagem, na dinamização de discussões da
disciplina história na aplicação de conceitos e categorias que norteiam a formação do
professor-pesquisador de história. O estudo gira em torno da problematização de como a
narrativa ficcional se aproxima ou se distancia da narrativa histórica. Contar histórias por
meio do cinema é mais que uma simples narrativa linear dos eventos e das experiências
humanas no tempo e no espaço. Narrativa ficcional e narrativa histórica se aproximam no
sentido de (re)criarem percepções sobre a realidade. Metodologicamente, o estudo se deu
a partir da análise do filme Em Nome de Deus, do diretor Cliver Donner, que retrata
transformações que ocorriam na Europa entre a virada dos séculos XII e XIII, um pouco
da sociedade medieval, onde o santo ofício mantém as rédeas da sociedade, subjugando os
desejos individuais e onde há o nascimento da universidade e o afloramento da filosofia,
bem como a circulação de textos históricos que romperam com os paradigmas da igreja na
idade média. Como arcabouço teórico, recorreu-se às discussões feitas por Rosenstone
(2010), Schnitt (2007) e Paiva (2006) acerca da relação entre História e Cinema. Os
principais resultados do estudo demonstram que pensar a Idade Média por meio das
imagens, sobretudo pela utilização de filmes, é voltar o olhar para os diferentes discursos
que se constroem sobre a história daquele período. Tais resultados ainda têm apontado o
uso de filmes na formação de professores pesquisadores de história, com grande
relevância na transformação das formas de ensino da disciplina histórica, ampliando os
horizontes de reflexão tanto de professores como de alunos dos diferentes níveis de
ensino.
Palavras-chave: História. Cinema. Narrativa.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
EM NOME DE DEUS: A IDADE MÉDIA SOB A ÓTICA DO CINEMA
Alda Juliana Pereira Do Nascimento - UESPI
Rebeca Hennemann Vergara De Souza – UESPI
Resumo: O objetivo desse trabalho é analisar o papel social da mulher intelectualizada na
Antiguidade, especialmente no que se refere ao seu lugar como sujeito do conhecimento.
Para tanto, analisaremos a construção da personagem Hipátia no filme Alexandria, de
Alejandro Amenábar (Espanha, 2009). O filme se passa na cidade de Alexandria durante o
período da dominação romana e tem como pano de fundo a consolidação do cristianismo
em detrimento das formas religiosas tradicionais. A Hipátia histórica foi uma filósofa e
professora na Escola de Alexandria vivendo um mundo em transformação. Seu lugar
feminino não fica imune às transformações sociais mais amplas. Hipátia é uma mulher
privilegiada e diferenciada dentro do contexto social de sua época, pois tinha a
oportunidade de escolher dedicar-se unicamente à Ciência e à Filosofia e recusar o
casamento. A partir da noção de poder proposta por Michel Foucault, pretendemos
mostrar nesse trabalho como o lugar social da mulher, representado na figura da filósofa
Hipátia, é construído na tensão entre a pressão pela sujeição à hegemonia intelectual e
política masculina e ao cristianismo e as resistências cotidianas do ser mulher-sujeito de
saber e de poder.
Palavras-Chave: Alexandria. Lugar social da mulher. Poder.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
ENTRE A CASA E A BIBLIOTECA: O (DES)LUGAR DA MULHER NA ANTIGUIDADE
Alinne Kelly Lopes Sousa - UESPI
Neliane Alves Dos Santos - UESPI
Elenilda Da Silva Santos – UESPI
Resumo: O objetivo deste texto é trabalhar o filme Erik, o viking (1965) do diretor Mário
Caiaro, mostrando a importância da imagem cinematográfica para a historiografia
contemporânea, com intuito de mostrar como o chamado filme-histórico sofre influência
da sociedade que o produz. A relação cinema-história é o meio para esse estudo, pelo qual
pretendemos demonstrar de que forma o cinema atual representa e pensa a Idade Média
utilizando o filme Erik, o viking para esta análise. A era viking começou em torno do ano
800 d.C. Os vikings (normandos) da Escandinávia eram comerciantes, colonizadores e
exploradores, além de saqueadores. Os vikings (ou viquingues) protagonizaram uma onda
de invasões de outras regiões da Europa. O movimento expansionista dos vikings foi
possível graças a suas avançadas armas e embarcações, sua organização militar e seu
indubitável espírito aventureiro. Os vikings da Noruega realizaram expedições à GrãBretanha, à França, às ilhas Shetland, Órcadas, Hébridas, de Man e Faroe, e à Islândia.
Erik, o Vermelho, conduziu os vikings até a Groenlândia a partir da Islândia; anos mais
tarde, o seu filho Leif Eriksson teria se tornado possivelmente o primeiro europeu a
chegar, sem saber, à costa da América do Norte (Vinland). Muitos vikings regressaram a
suas terras e os conhecimentos por eles adquiridos no contato com a civilização da Europa
ocidental prestaram importante contribuição para a unificação e a cristianização da
Noruega. Metodologicamente o estudo se deu através de análise do filme Erik, o viking
acompanhado leitura de Hobsbawm (1789). Com tudo isso, devemos perceber a
contribuição do cinema para o estudo da história e a relação história-imagem como
método para compreensão de conteúdos históricos contribuindo para o despertar do senso
crítico tanto do aluno quanto do professor no ensino de história.
Palavras-Chave: História. Cinema. Idade Média.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
ERIK, O VIKING: A UNIFICAÇÃO DA NORUEGA
Miridan De Sousa Machado – UESPI
Gesrson Da Silva Costa – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar o filme Henrique V, do diretor
Kenneth Charles Branagh, tendo-se como intuito explorar as inter-relações entre história e
cinema, dando destaque para o uso de filmes como instrumento de pesquisa e análise no
ensino de história. Discute-se aqui a aproximação entre história, imagem e cinema como
dinamização de discussões da disciplina história na aplicação de conceitos que
possibilitem a aprendizagem e desperte a formação crítica do aluno. Metodologicamente o
estudo se deu a partir da análise do filme Henrique V que trata da história do rei Henrique
V da Inglaterra que entra em guerra contra a França, comandando um exército com menor
número de soldados, nos campos de batalha em França, onde soldados ingleses avançam
entre corpos, sangue e membros dos seus companheiros mortos. No meio desta confusão,
emerge um homem - o Rei. Um rei cuja capacidade de liderança e coragem inspira os seus
homens a fazerem frente a um exército francês, cinco vezes superior: Henrique V. Ele
comanda o exército inglês na batalha que ficou conhecida historicamente como Batalha de
Agincourt. Como arcabouço teórico, recorreu-se às discussões feitas por Nóvoa (1999),
Barros (2008). Os principais resultados do estudo demonstram que o uso de filmes no
ensino de história tem grande relevância na transformação das formas de ensino da
disciplina histórica. Tais resultados ainda têm apontado o filme como instrumento que
amplia os horizontes de reflexão tanto de professores como de alunos dos diferentes níveis
de ensino.
Palavras-Chave: História. Cinema. Narrativas.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
HENRIQUE V: A HISTÓRIA DA INGLATERRA ATRAVÉS DO CINEMA
Maria Da Conceição Cardoso Amaral – UESPI
Maria De Fátima Da Silva – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: O presente trabalho trata sobre o filme Joana D’arc (1948) do diretor Victor
Flaming, mostrando a importância da imagem cinematográfica para a historiografia
contemporânea. A relação cinema-história serviu de base para o estudo que tem como
objetivo mostrar como o chamado filme-histórico sofre influência da sociedade que o
produz. Neste artigo, pretendemos demonstrar de que forma o cinema atual representa e
pensa a Idade Média, utilizando o filme Joana D’arc para esta análise. Uma época que se
tornou alvo de inúmeras ideias e visões, e que foi caracterizado pelos renascentistas como
“Idade das Trevas”, devido à visão de que tais séculos teriam “atrasado” a sociedade
européia por não apresentar transformações comparadas as que ocorreram a partir do
século XV. O filme relata a guerra dos cem anos (1337-1453); as sucessivas batalhas que
a França perdeu para a Inglaterra; a guerra entre os reinos que estava acontecendo devido
o desejo do rei da Inglaterra Eduardo III em ocupar o trono francês e a disputa francobritânica pela região de Flandres, rica na produção de tecidos. A pequena Joana D’arc
ouvia vozes dos santos chamando-a para que se tornasse um soldado, para comandar os
exércitos franceses, levando-os à vitória. Metodologicamente o estudo se deu com a
análise do filme Joana D’arc acompanhado da leitura de Barros (2007) e Franco Jr
(2006). Buscamos com isso, demonstrar a importância de se utilizar o cinema como uma
fonte histórica, tendo em vista que sua representação pode nos esclarecer e corroborar
comportamentos e atitudes culturais, gerando novas fontes de discussão e perspectivas
para a História enquanto ciência.
Palavras-chave: História. Cinema. Idade Média.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
JOANA D`ARC: CEM ANOS DE GUERRA (FRANÇA X INGLATERRA)
Lucielle Da Conceição Rodrigues – UESPI
Iuri Manuelly Machado Carvalho – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo principal promover o debate utilizando o
filme Joana D'arc (1999), do diretor francês Luc Besson, como instrumento de análise e
pesquisa sobre a Idade Média, buscando enfatizar o poder religioso exercido acerca do
processo inquisitorial de Joana D’arc. Num contexto de guerra entre França e Inglaterra,
conhecida por “a guerra dos cem anos”, constituída por batalhas de cunho religioso,
político e econômico, ou seja, uma disputa interminável pelo poder do trono francês.
Neste contexto Joana D'arc é vista como uma guerreira divina que surge para libertar a
França da Inglaterra, levando os franceses a vitória, assim fazendo com que eles
adotassem um sentimento nacionalista. Sendo vendida para a Inglaterra, Joana é
aprisionada e levada a julgamento pela santa inquisição, acusada de práticas heréticas e
por não renegar suas crenças é condenada e queimada viva em 30 de maio de 1431,
canonizada como santa pelo papa Bento XV no Vaticano em 1920, ou seja, 500 anos após
sua morte. A complexa figura de Joana D'arc transformou-se em um mito, que como
tantos outros, são interpretados para atender aos mais variados interesses no decorrer da
História. Metodologicamente o estudo se deu com a análise do filme Joana D'arc,
acompanhado das leituras de Franco Jr (2001). Discute-se aqui a utilização do
cinematográfico como método de pesquisa, com grande relevância na transformação das
formas de ensino da disciplina histórica. O estudo revela o filme Joana D'arc como
instrumento de estudo da inquisição e da Guerra dos Cem Anos, contribuindo para uma
melhor aprendizagem do aluno e do professor-pesquisador de História.
Palavras-Chave: Idade Média. Inquisição. Cinema.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
JOANA D'ARC E O PODER DA INQUISIÇÃO
Caroline Alves Meneses – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: Este trabalho aponta para algumas reflexões sobre a vinculação do cinema com
a história, propondo que a narrativa ficcional do cinema se torne um instrumento de
trabalho para que o historiador, ao fazer uso da imagem e desta narrativa fictícia tenha um
olhar voltado sobre a percepção histórica que é recriada nos filmes. Ao enveredarmos, por
este meio, vemos que o cinema é visto como fonte principal de análise sobre um
determinado contexto histórico, e na apresentação do Filme Queimada, em sala de aula,
pode-se verificar essa abordagem, como também, analisar as várias temáticas norteadoras
do filme, como a da revolução dos negros tida como uma tomada de consciência de um
povo que deixa de ser oprimido pelos seus colonizadores e tornam-se donos da situação;
outro ponto importante a ser enfatizado é a presença do imperialismo, personificado
através do personagem do Sir Walker, que se caracteriza como sendo um manipulador
sem escrúpulos, no qual se estabelece um jogo de interesses, em que os ingleses querem a
qualquer custo, dominar a produção da cana de açúcar na ilha de Queimada. O objetivo
principal foi instigar os graduandos do curso de História, a fazerem análise sobre a
utilização de filmes na sala de aula, de forma a perceberem mais apuradamente a relação
história-cinema configurada em ferramenta de estudo para o historiador, tendo-se em
vista, que no processo de análise de um filme, vemos explicitamente várias temáticas da
História. A composição do filme de Pentencorvo faz referência ao novo tipo de
filmografia retratada nos anos sessenta, fazendo uma mudança relevante à produção
cinematográfica da época, chamada de cinema novo, no qual esta trás para as telas, temas
mais politizantes e sociais. O trabalho foi realizado no segundo semestre de 2012, sendo o
filme apresentado nas disciplinas de monografia II e prática pedagógica VII do Curso de
História da UESPI-Piracuruca. Fundamentamo-nos em Castro (1997) e Cardoso (1997),
além do filme Queimada (1969). Resultados apontam para o interesse de alunos voltados
para trabalhos analíticos, tendo-se por base a filmografia, estabelecendo relações com
marxismo ou à nova história cultural; além de práticas docentes com utilização de filmes
em sala de aula. A utilização de filmes em sala é relevante para formar o futuro educador,
que ao utilizar-se deste instrumento midiático, diversifica sua forma de ensino da
disciplina histórica, levando os alunos a apreenderem o conhecimento de maneira analítica
e objetiva.
Palavras-chave: Percepção histórica. Filmografia. Narrativas
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
O FILME QUEIMADA COMO REPRESENTAÇÃO DA FILMOGRAFIA DOS ANOS SESSENTA
MEDIEVAL E SUA CONEXÃO COM A REALIDADE NA ITÁLIA FASCISTA
Maria Alice Pereira Da Silva – UESPI
Valdelene Cunha Da Silva – UESPI
Ozael de Moura Costa – UESPI
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo discutir a relação entre História e Cinema,
como uma forma de releitura do passado e sua relação com o presente. O filme trabalhado
é uma produção do diretor Mário Monicelli, “O Incrível Exército de Brancaleone
(L’Armata Brancaleone)”, de 1965. O contexto histórico que o filme se passa remete ao
período da Baixa Idade Média (século XI ao século XIV). No filme é caracterizado
diversos elementos daquele período, como o declínio da cavalaria medieval, guerras, a
peste, a fome, o poder da Igreja Católica, as Cruzadas e a decadência das relações sociais.
No entanto, o que se percebe é que o filme tem como objetivo satirizar o governo da Itália
do período fascista, ou seja, os elementos medievais são utilizados para dar um
embasamento necessário para a crítica bem humorada e elaborada na figura do patético e
sonhador Brancaleone sobre o período fascista iniciado por Benito Mussolini na Itália, que
é a própria realidade de Monicelli. É na busca dessa conexão que o próprio fazer
cinematográfico ganha um novo olhar na contemporaneidade, possibilitando uma releitura
da realidade sob a perspectiva satírica proposta por Monicelli, muito embora faça um
recorte e se aventure no período medieval, sua criatividade na área da comédia ganhou
projeção mundial. O percurso metodológico se deu de análise a partir de leitura analíticointerpretativa das imagens do filme, bem como das críticas ao filme em questão. Serviunos de embasamento teórico os estudos de Fitz (2005) e filmográfico o próprio
Brancaleone de Monicelli (1965). As inovações presentes na produção de Monicelli em O
Incrível Exército de Brancaleone no que se refere ao fazer cinematográfico ganharam
projeção mundial, da mesma forma que o horizonte de possibilidades através da imagem
propicia uma releitura do passado na busca da compreensão do presente sendo uma fonte
bem atrativa na análise da História da humanidade.
Palavras-Chave: Idade Média. Cinema. Fascismo Italiano.
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O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE: UMA VISITA AO PERÍODO
Ramiro Teles De Meneses Filho – UESPI
Ayla Alves Da Costa Freitas – UFPI
José Do Nascimento Silva Filho – UESPI
Resumo: O filme A Espada Sarracena do diretor William Castle, de 1954, trata sobre a
sociedade da Idade Média, relata fatos e características relevantes daquela época, ao
mesmo tempo em que possibilita fazer uma comparação entre a sociedade medieval e a
sociedade atual, pois conseguimos identificar traços ainda comuns entre essas épocas. Ele
mostra que o maior pecado de uma pessoa naquela época era nascer plebeu e que para isso
não havia perdão e o único destino era o sofrimento sob a vontade das classes superiores.
O presente estudo tem como finalidade demonstrar que esse pensamento ainda possui
resquícios na realidade atual e que em ambas as épocas, impera a divisão preconceituosa
de classes e a discriminação entre os papeis sociais de tal forma que o pobre assim como o
plebeu são considerados pecadores desde o nascimento, que merecem o sofrimento de
uma vida difícil e sem privilégios. Este trabalho foi realizado através da análise
aprofundada sobre o filme A Espada Sarracena, na tentativa de traçar um paralelo entre o
medievo e o tempo atual. É uma pesquisa qualitativa, pois busca “entender a natureza de
um fenômeno social (RICHARDSON, 1985, p. 38)”, qual seja a discriminação social
através dos tempos. Um olhar historiográfico sobre esta produção cinematográfica percebe
facilmente a divisão preconceituosa da sociedade, a luta de classes e a discriminação de
alguns indivíduos por serem casualmente desfavorecidos socialmente. E se comparada a
realidade do filme com a realidade da sociedade brasileira atual, observa-se que esses
aspectos ainda persistem nos tempos hodiernos, de forma discreta ou velada. Conclui-se
então, que o filme é um retrato que lembra em certa medida a sociedade atual e que
mesmo em tempos pós modernos, os menos favorecidos socialmente, financeiramente e
politicamente são ainda alvos de preconceitos sem sentido e castigados por suas condições
de vida, apesar de elas já serem por si só um castigo já bem árduo.
Palavras-Chave: Sociedade Medieval. Historiografia. Discriminação Social
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O MEDIEVO E O CONTEMPORÂNEO NUM SÓ TEMPO
David Costa Da Silva – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Ayla Alves Da Costa Freitas – UESPI
Resumo: Este tem por objetivo fazer uma análise entre a produção cinematográfica “O
retorno de Martin Guerre” e o livro de Natalie Zemon Davis (1987) lançado em resposta
ao filme do qual ela participa como roteirista convidada. Buscamos verificar até que ponto
a historiografia e o cinema conseguem parceria harmoniosa no que se refere as
possibilidades de adaptações da narrativa histórica e os interesses cinematográficos em
questão. A narrativa traz para o campo da análise historiográfica o episódio do camponês
Martin Guerre (século XVII) que após casar-se é declarado impotente, abandona a esposa
e a aldeia, e tem o seu lugar ocupado por um impostor, que lhe rouba o nome e a posição.
No livro a leitura ocorre de maneira prazerosa e a forma coloquial como narra e descreve
os fatos, sempre preocupada em apresentar detalhes, permite à autora registrar aspectos e
particularidades que se demonstram de fundamental importância para a revelação de
costumes, ações, reações e dos pensamentos de seus “personagens”, situação que apesar
de dar ao livro um caráter de romance de ficção, não deixa de ser história. Davis é
criticada por operacionalizar sua investigação historiográfica a partir de materiais nem
sempre corriqueiros, possibilitando-a adicionar a sua narrativa o incerto e o hipotético,
subtraídos tanto da literatura ficcional como do anedotário popular, prática que habitua-se
harmoniosamente com informações de abastada documentação cartorial, testamentos,
inventários e até cartas pessoais; para atrelados convir de base para a narrativa fascinante
dessa obra. Tanto os relatos populares e a documentação oficial, são utilizados pela autora
na reconstituição dos fatos, como também a certo grau de imaginação especulativa,
essenciais para que feições do cotidiano das pessoas pudessem se revelar. O filme mostra
o embate constante das relações humanas dentro do macro, enquanto universo
condicionante do contexto social dos personagens; no livro, a autora se empenha em
registrar liberdade de ação aos seus personagens, sem referir-se aos condicionamentos,
tanto de ideias como de comportamentos, pertencentes a um período histórico; permite
uma percepção do cotidiano diferente da visão pré-concebida que temos da vida habitual
da pequena aldeia de Artigar. A historiografia assim se utiliza do cinema para popularizar
o conhecimento historiográfico e não o caminho inverso, o que é geralmente bastante
danoso e deturpador de mentes e corações. Para o estudo fundamentamos-nos em Davis
(1987), Le Goff (1994), Vaifas (2002).
Palavras-Chave: História. Memória. Cinema.
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O RETORNO DE MARTIN GUERRE: DO FILME AO LIVRO
Jailson Dos Santos Calacio – UESPI
Maurício José Alves De Lima – UESPI
Resumo: O estudo realizado refere-se ao filme O Sétimo Selo (1956), do diretor Ingmar
Bergman, objetivando relatar a contribuição do cinema no estudo da Idade Média dando
destaque para o uso de filmes como instrumento de pesquisa e análise no ensino de
história, discute-se aqui a aproximação entre história, imagem e cinema como
dinamização de discussões da disciplina história na aplicação de conceitos que
possibilitem a aprendizagem e desperte a formação critica do aluno. Metodologicamente o
estudo se deu a partir da análise do filme O sétimo Selo que trata a discussão da crise no
século XIV, no sistema feudal, em que as pessoas estariam morrendo de fome por causa
da peste negra que assolava toda a região; outro ponto apresentado no filme foram as
cruzadas, ocorridas nos séculos XI e XII, organizada pela igreja para firmar o
cristianismo. O filme é baseado no sétimo selo do livro do apocalipse, que segundo esta
foi escrito inspirado por Deus sobre o fim da Humanidade, em a abertura do sétimo selo
levaria efetivamente ao fim dos tempos. Na passagem da idade média para a moderna,
guerra, peste, e a fome marcou o século XIV, afetando o feudalismo como o capitalismo e
a guerra dos cem anos (1337-1453) entre a França e Inglaterra devastou parte da Europa
Ocidental, enquanto a peste negra eliminou um terço da população, assolando plantações e
rebanhos, trazendo a fome e a morte. Como arcabouço teórico, recorreu-se às discussões
feitas por Baldissera (2006) e Burke (2004). Os principais resultados do estudo
demonstram que o cinema, além de imagem, é imagem em movimento e seu uso tem
grande relevância na transformação das formas de ensino. Tais resultados ainda têm
apontado o filme como uma reconstituição histórica dos acontecimentos passados.
Palavras-Chave: Morte. Europa Medieval. História.
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O SÉTIMO SELO: A PESTE DO APOCALIPSE
SOCIEDADE PIRACURUQUENSE 1970-1980
Andre Da Silva Alves – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: Por ser a televisão um dos meios de comunicação mais fascinante atualmente,
que aproxima as pessoas, responsável por entreter inúmeros telespectadores é que se
propôs o presente trabalho o qual versa sobre a televisão em Piracuruca, entre as décadas
de 1970 a 1980, tendo como objetivo verificar os impactos da TV levando em conta a
forma como esta foi inserida na cidade tendo em vista o contexto regional e nacional a
época, dominado pelo partido do governo ditatorial – a Aliança Renovadora Nacional
(ARENA) que promovia o crescimento da rede globo de televisão em época de censura
que escondia os desmandos da ditadura, promovendo uma imagem do país palatável com
a política dos governos militares (OLIVERI). Dessa forma com a chegada da TV em
Piracuruca, assim como em tantas outras cidades, ocasionou em mudanças de
sociabilidades; sendo as conversas nas ruas e praças substituídas á visitas nas residências
do vizinho mais abastado que usufruía de um aparelho televisor no início muito caro,
antes que se tornasse um bem de consumo mais popular; nos remetendo a Santaella (2001)
quando diz que vivemos na civilização da comunicação em que por natureza o homem é
símbolo da comunicação na qual está inserido. Para o estudo realizamos uma pesquisa
histórica bibliográfica sobre a TV no Brasil e em Piracuruca; tomamos como base
histórica principal: Brito (2002) e teórica: Santaella (2001), Guareschi (2005). Usamos de
entrevista com pessoas que vivenciaram a década de 1970 a fim de produzir dados para a
pesquisa. Dados parciais demonstram mudanças de comportamento e que a TV contribui
na construção de identidades dos sujeitos.
Palavras-Chave: Interatividade. Comunicação. Televisão.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
PIRACURUCA ANTENADA: A CHEGADA DA TV E SEU IMPACTO NA
O CURIOSO CASO DO RETORNO DE MARTIN GUERRE
Daniel Carvalho Melo – UESPI
Sinália Camila Coelho Lima – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: O estudo realizado tem como objetivo analisar o filme “O retorno de Martin
Guerre” (1982) do autor Daniel Vigne, objetivando contextualizar historicamente a
ambientação do filme que se passa no século XVI fazendo relação com a História
Cultural, em especial os estudos de Natalie Zenon Davis que escreveu o roteiro do filme e
logo depois (1983) publicou um livro sobre a história de Martin Guerre com o mesmo
titulo do filme. O filme trata da história de um jovem recém-casado que deixou a sua vila
longuedoc, voltando somente oito invernos mais tarde. Porem o mesmo não era o
verdadeiro Martin Guerre, mas sim um impostor (Arnaud Dutilh) que tomara seu lugar, o
impostor fora descoberto pelo tio do verdadeiro Martin Guerre, que induziu a esposa de
seu sobrinho a denunciá-lo, durante o julgamento do caso o verdadeiro Martin Guerre
reaparece e esclarece a confusão. A autora, Natalie Zemon Davis, com estilo de escrita
literário prioriza o estudo dos aspectos culturais e cotidianos da vida dos habitantes de
uma pequena vila, dando aos seus habitantes um lugar de destaque na reconstrução
historiográfica. Ela nos permite perceber o cotidiano da pequena aldeia e a região de modo
muito diferente da visão pré-concebida que temos da vida e do dia a dia das pessoas que
viveram e morrerem naquele período. O processo criminal sobre o caso deu inicio aos
primeiros relatos sobre aquele assunto, possibilitando uma serie de estudos sobre história
do camponês Martin Guerre.
Palavras-Chave: Reconstrução da História. Martin Guerre. Cotidiano.
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POSSIBILIDADES DE RECONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA:
Diogo Felipe De Sousa Barros – UESPI
Irisneldo De Sousa Rabelo – UESPI
Luana Maria Dutra Chaves – UESPI
Resumo: O presente trabalho realiza uma interligação entre o filme queimadas com a
história social e o paradigma iluminista do livro Domínios da História de Ciro Flamarion
Cardoso, pois a história do filme relaciona-se com o assunto tratado e demonstra ser
marxista. A história social assim com o marxismo e os Annales foram vertentes mais
prestigiosas e influentes no período entre 1950 e 1968, com um novo olhar para assuntos
que antes visto como sendo apenas a história dos vencedores, e com a oportunidade de
mostrar essa realidade das pessoas que fizeram a história acontecer. Vários historiadores
como Hebe Castro, Ciro Flamarion Cardoso, e do próprio Karl Max com o marxismo
fizeram que pudéssemos conhecer esse lado. O filme relata à história de uma ilha fictícia
da colônia portuguesa que luta pela independência e que retrata claramente essa disputa,
de um lado a Inglaterra dando apoio à revolução e de outro os escravos querendo a
liberdade. Depois de muitas tentativas essa dita “independência” é concedida, mas quem
assume o poder da ilha são os negros sedentos por liberdade, onde depois de ver que era
difícil governar devolvem o poder para os chefes burgueses, apesar de ganharem a
liberdade continuam lutando por seus direitos de explorar a plantação de cana-de-açúcar e
por melhorias nas condições de trabalho bem como participação maior nos lucros. Com
esse filme pode-se perceber que na maioria das colônias portuguesas aconteceram
movimentos sociais por liberdade. Ligando o filme à história social, Hebe Castro nos
mostra que essa história surgiu como uma forma de identificar e formular problemas
históricos específicos, quanto ao comportamento às relações entre diversos grupos sociais,
onde fica clara à questão social entre colonizadores e colonos. Trata-se de um estudo
histórico-bibliográfico-filmográfico, para o qual nos embasamos basicamente em:
Cardoso (1997), Castro (1997), Marx (1848).
Palavras-Chave: Interligação. História Social. Marxismo.
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QUEIMADA: A HISTÓRIA ATRAVÉS DO CINEMA
COORDENAÇÃO:
PROF. DOUTORANDO PEDRO PIO FONTINELES FILHO – UESPI
PROFª. DRª CLÁUDIA CRISTINA DA SILVA FONTINELES – UFPI
A CIDADE DE PIRIPIRI E A CHEGADA DA ESTRADA DE FERRO
José de Arimatéa Isaías Ferreira – UESPI
Resumo: A Estrada de Ferro Central do Piauí (EFCP), foi a única estrada de ferro
totalmente piauiense, cortava o território, em sentido norte-sul, desde o litoral até a capital
Teresina. Sua construção ocorreu entre as década de 1910 e 1960, passando por diversos
períodos. Seu primeiro trecho foi concluído no ano de 1922, ligando as cidades de
Amarração, Parnaíba, Cocal e Piracuruca. Somente na década de 30 sua construção é
continuada, chegando á cidade de Piripiri em 1937. A Inauguração da Estação de Piripiri
no dia 11 de fevereiro de 1937 foi um marco para a região, com a presença de várias
autoridades e praticamente toda população da pequena cidade, que nunca tinha visto algo
parecido. A partir desta data a cidade experimentou um período próspero de
desenvolvimento econômico, fazendo com que esta ultrapassasse em importância cidades
vizinhas até então mais bem estruturadas, mas que ficaram de fora do plano da ferrovia,
como as cidades de Pedro II e Barras, transformando a cidade no maior centro econômico
e comercial da microrregião. A chegada do trem, ou a expectativa de tal chegada, já fazia
com que a percepção de que algo novo estava por vir, e não só a materialização do
transporte ferroviário, mas todo o conjunto de benfeitorias que a cidade por ventura
experimentasse. Vale lembrar que nessa época, 1937, a cidade ainda não tinha energia
elétrica, abastecimento regular de água, mercado público, agência bancária, cinema,
mesmo assim, dentro da relativa simplicidade dos moradores, havia o sentimento de
crescimento e da idéia do que já era moderno na cidade de Piripiri. Juntamente com o
trem, muitas novidades passariam a transitar por Piripiri, desde produtos inovadores, a
pessoas de outras regiões, costumes novos eram adotados pela população, modos de falar,
gêneros musicais, o carnaval chegou na região através dos trilhos. Ou seja, a partir de
1937, a Estação passaria a ser o centro irradiador das novidades, era na estação que
chegavam as novidades. Era também da Estação que se marcava o tempo da cidade, agora
não mais marcado pelo relógio da igreja ou da natureza, agora o andamento da cidade, as
festas, as cerimônias, os casamentos, eram marcados pelo relógio racional do trem. Nas
análises dos projetos de leis e das atas da câmara municipal de Piripiri, na década de 40 é
muito comum aparecerem referências em relação ao espaço urbano. A relação entre
espaço urbano e espaço rural, locais de lazer e esporte, praças, muros em terrenos, relação
entre vizinhos, organização do espaço comercial, formação de novas ruas e bairros.
Palavras-chave: Cidade. Modernização. Modernidade.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
GT-II: HISTÓRIA, CIDADE E MEMÓRIA: INTERCONEXÕES
Antônia Elizeuda Gomes da Silva – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O presente trabalho enfatiza a importância do instituto de Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN), como instrumento de preservação histórica e cultural,
abordando seus principais aspectos. Inicia-se com um breve relato sobre o que de fato é
um patrimônio histórico e cultural, consequentemente diferenciando tombamento
provisório de definitivo, assim como as possibilidades de indenização ao proprietário do
bem tombado e a conscientização do mesmo em relação à importância da preservação
deste bem, tornando-o parte da memória e da identidade local, regional e nacional. Será
feita uma análise jurídica com abrangência nacional, estadual e municipal com abordagem
direcionada à cidade de Piracuruca, no estado do Piauí, que se apresenta entre as cidades
piauienses que possuem uma significante arquitetura colonial, o que faz da mesma ser
considerada uma cidade histórica que chama a atenção daqueles que a visitam. Para isso,
foram utilizados documentos e pareceres do IPHAN (2001). Como arcabouço teórico
recorreu-se as discussões feitas por Rolnik (1995), Corrêa (1997), Brito (1922), Bitencourt
(1989), Holan (2010) e Le Goff (2003). Estudos dessa natureza são de fundamental
importância, pois através do mesmo pode-se conscientizar e esclarecer melhor a
população a respeito dos valores contidos nos bens materiais e imateriais pertencentes à
história popular, história essa que deve ser preservada e repassada às gerações futuras, a
fim de que os acontecimentos ocorridos ao longo dos tempos não caiam no esquecimento.
Vale repassar que esse processo de tombamento é assegurado pelo poder jurídico.
Palavras-chave: História. Cidade. Patrimônio. Memória.
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ALÉM DO CONCRETO: PATRIMÔNIO E HERANÇA MATERIAL DE PIRACURUCA – PI
BABAÇUAIS DO MUNICÍPIO DE MIGUEL ALVES/PIAUÍ- 1992 a 2008
Amanda Cintya Nogueira Pinheiro – FAP
Resumo: a pesquisa narra sobre as mulheres quebradeiras de coco do município de
Miguel Alves, estado do Piauí, visando salientar a participação dessas mulheres na
História do Piauí e o seu trabalho pela sobrevivência diária. O trabalho traz como essas
mulheres através de processos de organização, como por exemplo, grupos de oração do
coração sagrado de Maria, sentiram a necessidade de trabalhar em grupo na própria
localidade Campinal. Posteriormente criou-se a Associação das mulheres Quebradeiras de
Coco de Miguel Alves na comunidade Ezequiel. A associação possui três núcleos:
Ezequiel, Retrato, e Todos os Santos. O presente trabalho discute também as identidades e
práticas das mulheres quebradeiras de coco e suas representações. Compreendendo as
práticas que constroem o mundo como representação. Essa pesquisa narra uma história
que, muitas vezes, é esquecida propositalmente pela História oficial piauiense, e a função
do historiador é justamente lutar contra o esquecimento sem cair na idéia dogmática de
verdade.
Palavras-chave: História. Gênero. Identidade. Trabalho.
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AS MULHERES QUEBRADEIRAS DE COCO: PRÁTICAS, EPRESENTAÇÕES E IDENTIDADE(S) NOS
Kelciane Silva Pereira – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI
Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar o processo de
desenvolvimento do município de Brasileira – PI, anteriormente povoado ligado à cidade
vizinha de Piripiri, sobretudo a partir da chegada da Estrada de Ferro Central do Piauí.
Com a construção da Estrada de Ferro, o povoado passou a servir como elo entre o literal
e o interior do estado, fato este que favoreceu o surto econômico e populacional neste
povoado, que antes da emancipação denominava-se Mata da Escuta, devido o latido dos
cachorros que se ouviam nas matas despovoadas em torno da estrada que estava sendo
construída. Além disso, o estudo aqui realizado aborda os principais ditames políticos
que envolveram as mudanças de infraestrutura do povoado, bem como as ações para a
emancipação do município, com sua elevação à categoria de cidade, no ano de 1989.
Dessa maneira, o recorte temporal aqui demarcado gira entre as décadas de 1940 e o final
da década de 1980, abarcando, então, as influências da estrada de ferro e os movimentos
de emancipação da cidade. Metodologicamente, o trabalho centra-se na pesquisa de
fontes documentais, como manchetes de jornais, atas, decretos que versam sobre a
estrada de ferro e sobre o processo de emancipação. Na constituição do manancial
teórico fez-se leituras das proposições de história e políticas de Jacques Juliard e René
Rémond. Considera-se que, desde a chegada da Estrada de Ferro Central do Piauí, com
os seus desenvolvimentos econômicos, sociais, culturais, o povoado encaminhou-se por
uma série de transformações, tendo como outro momento de destaque os atos e conflitos
para sua emancipação.
Palavras-chave: História. Cidade. Modernização. Política.
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DOS TRILHOS À ASSEMBLEIA: HISTÓRIA E TRAJETÓRIAS DA CIDADE DE BRASILEIRA – PI
DO BEZERRO NA CIDADE DE JOSÉ DE FRETAS – PI
Vicência Rozilda Marques Sobrinho – UFPI
Cláudia Cristina da Silva Fontineles – UFPI
Resumo: Este estudo tem como objetivo principal analisar a construção da Barragem do
Bezerro na cidade de José de Freitas, no período que compreende as décadas de 1990 e
2000, tomando como norte sua instalação e as ações de desenvolvimento urbano a partir
de sua construção e organização. Com base nisso, recorreu-se a fontes orais, a partir de
entrevistas com moradores, trabalhadores e turistas, que experimentaram a barragem em
momentos e circunstâncias variadas. Isso possibilita discutir a memória que foi silenciada
com a construção dessa barragem, além de compreender as modificações sócio-espaciais
ocorridas na cidade, a partir da construção da Barragem, sobretudo no que refere à
iluminação pública, arborização, abastecimento de água e as sociabilidades ligadas ao
lazer. Tentando abranger as discussões acerca das modificações de espaço urbano da
cidade, analisando as representações sociais da construção da Barragem e de seus
desdobramentos na vida econômica, política e cotidiana da cidade, fez-se um diálogo com
as teorias propostas por Berman (1986), Corrêa (2000), Rolnik (1988) e Calvino (1990).
Buscaram-se, também, bases teóricas em Pollak (1989) e Burke (1992), para os olhares
sobre a memória construída acerca das transformações da cidade e da constituição da
própria barragem. E assim abarcar os silenciamentos da memória de alguns moradores da
antiga fazenda Açaí, local no qual foi erguida a barragem pois as transformações oriundas
da construção da barragem foram acompanhadas por um mosaico de sentimentos, cujas
memórias expressam tal pluralidade.
Palavras-chave: História. Cidade. Memória.
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ENTRE ÁGUAS E PEDRAS: CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
CRISTÃ PENTECOSTAL EM PIRACURUCA-PI
Carlos André de Sousa – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: O presente estudo objetiva mostrar que em meio a uma cidade formada por uma
sociedade tradicionalmente católica, não diferente do restante do estado que é o mais
católico do Brasil com 87,93% (IBGE, 2010) da sua população, uma Igreja Pentecostal
nasce nesse lugar, segundo Camargo (2000,p.01) por causa da falência de explicações
teológicas racionais para a solução de problemas vividos no cotidiano dos fiéis, e a
crescente expansão do evangelismo em todo o Brasil. Mais a aceitação por parte dos
piracuruquenses foi difícil, quando os pregadores saíam para evangelizar nos terreiros, nas
ruas, interior e eram perseguidos, apedrejados por populares que muitas vezes usavam
facões e pedaços de paus. A formação da Igreja Cristã Pentecostal se dá pela saída do
pastor Valmir Rodrigues de Alencar e de mais ou menos 61 fiéis em 1991 da Igreja Cristã
Evangélica, tradicional em seus ensinamentos, quando alguns irmãos chamam o pastor
Valmir para o bairro Guarani onde propõe que ele pastoreie este grupo e nesse lugar,
debaixo de uma mangueira acontece o primeiro culto. No início a igreja se chamava de
Igreja Renovada, mais tarde um irmão sugeriu que a fé deveria ser acompanhada da ação e
cria-se a Igreja Cristã Pentecostal do Ministério Pentecostal Fé em Ação. As fontes de
pesquisa historiográficas são orais e documentais. Considera-se, dessa maneira, que a
trajetória da igreja pentecostal na cidade é salutar para a compreensão das diferentes
práticas religiosas que se instalam, ora com mais ora com menos intensidade, em meio às
tensões oriundas das concepções dos seus seguidores em relação a outras manifestações de
crença.
Palavras-chave: História. Religiosidade. Cidade.
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ENTRE ÁRVORES E O CULTO: O NASCIMENTO DA IGREJA
DESENVOLVIMENTO ACENTUADO ENTRE A DÉCADA DE 1930 A 1940
Renan Dias de Oliveira – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O trabalho em questão tem como ponto principal mostrar como se deu o
processo de formação do povoado mocambinho município hoje de Brasileira. No início de
sua formação o povoado era pertencente ao município de Batalha, depois de certo tempo
passou a ser de Piripiri. Tendo em vista todos os aspectos que foram essenciais para seu
processo de formação como as fazendas de gado, que tiveram seu ponto determinante, as
festas religiosas, entre outros fatores é que este estudo leva em consideração a tradição
pecuária para o surgimento do povoado. Na época de sua formação eram três fazendas, a
fazenda cana brava, a fazenda mucambinho e fazenda Mocambinho de baixo. Todas
visavam à criação de gado e plantação de alimentos. Esses foram fatores decisivos na sua
formação. No segundo momento do presente estudo serão debatidas as questões da
influência que as festividades tiveram no processo de formação do povoado, visto que,
como na maioria das cidades ou povoados brasileiros, o templo religioso se constituiu
como elo entre os sujeitos e a localidade. Como fontes serão utilizadas as conseguidas
pela metodologia da história oral, com entrevistas com antigos moradores ou descendentes
da localidade. Como base teórica recorreu-se aos estudos de Rolnik (1995), Raminelli
(1997) e Corrê (1999) para pensar os agentes e circunstâncias que constituem os espaços.
Os festejos revelam as práticas do cotidiano e do lazer da localidade, com suas dinâmicas
e dificuldades. As relações entre os espaços, sobretudo nos limites entre rural e urbano são
pensados no momento de compreender os percursos tomados no surgimento do povoado
Mocambinho.
Palavras-chave: História. Cidade. Pecuária. Religiosidade.
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ENTRE FAZENDAS E O MOCAMBINHO: DAS ORIGENS AO
DO RIO PIRACURUCA PARA A CIDADE DE PIRACURUCA – PI
Maria Francisca Rodrigues de Brito – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão - UESPI
Resumo: Este trabalho procura destacar a importância do Rio Piracuruca por ser um lugar
de memória da cidade de Piracuruca. Este manancial foi o fator que possibilitou o
povoamento deste território pelos homens brancos, representando sustentabilidade para os
habitantes dessa terra nos tempos em que ainda predominava os aspectos ruralescos. As
construções que fazem parte da paisagem do Rio retratam uma época e a análise das
mesmas possibilita compreender a realidade da cidade no período em que foram
edificadas. A construção da Barragem que ocorreu no final da década de 80 e início de 90
veio concretizar o sonho de perenizar o Rio e possibilitar o desenvolvimento do potencial
turístico, embora a falta de empreendedorismo ainda seja um fator limitante para a prática
desta atividade lucrativa. O Rio Piracuruca representa para a sociedade lazer, pois aos
finais de semana, muitos piracuruquenses costumam frequentar o famoso banho de rio. No
intuito de pensar as representações e imaginários sobre o Rio, buscou-se subsídios teóricos
nas proposições de Chartier (2002) e Certeua (1999). Além disso, para pensar a relação do
Rio e a construção da Barragem, discussões sobre espaço e agentes feitas por Rolnik
(1995) e Corrêa (1999) foram pertinentes. O rio também representa medo e perigo, pois a
população possui medo das enchentes que fez com que as pessoas perdessem seus bens
materiais e perigo, pois nas margens do rio existe uso de drogas e de bebidas alcoólicas,
juntamente com a prostituição. Considera-se que o Rio Piracuruca representa também
sustentabilidade para as lavadeiras e pescadores: categorias que dependem diretamente do
Rio para manter a subsistência familiar. A análise do imaginário e da influência do mesmo
no cotidiano desses atores sociais contribui para uma melhor compreensão das estruturas
social, econômica e cultural de Piracuruca.
Palavras-chave: História. Memória. Natureza.
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ENTRE O LÍQUIDO E O IMAGINADO: AS REPRESENTAÇÕES
RELAÇÕES DE SOCIABILIDADES E MEMÓRIAS NA CIDADE DE TERESINA (1940-1950)
Daniel de Moura Carvalho – FAP
Resumo: As relações sociais entre as pessoas fazem com que o meio em que vivem, ou
seja, a cidade sofra alterações para que seus habitantes possam viver melhores, de acordo
com suas necessidades. Esta pesquisa procura abordar a necessidade da construção do
estádio de futebol Lindolfo Monteiro na cidade de Teresina, na década de 1940. Os fatores
que propiciaram sua construção, o interesse da população pela prática esportiva que
crescia na capital, o futebol, as relações que permeiam o cotidiano das cidades presentes
no estádio de futebol, torcedores e memórias são temas abordados nesta pesquisa,
intercruzando pensamentos com Maurice Halbwachs (2006), estudioso da memória
coletiva, onde vários depoimentos de pessoas diferentes sobre um determinado
acontecimento pode nos trazer um panorama da época estudada; e da memória individual,
que se interpenetra com outras memórias individuais, alterando até mesmo a percepção do
indivíduo. Pierre Nora (1993) também foi utilizado, pois o estudioso afirma que a
memória é como se fosse a própria vida, carregada de emoções. Um estádio de futebol é
um grande palco de emoções, onde os sentimentos empregados e manifestados neste local
permanecem por anos na memória dos torcedores apaixonados pelo futebol. E por fim,
Paul Thompson (1992), estudioso defensor da História Oral, recurso muito utilizado neste
trabalho, por causa da ausência de algumas informações necessárias, e também pela
importância de se observar a emoção contida nos depoimentos. A história oral é um
importante elo na vida do historiador, para tentar preencher as lacunas deixadas pela dita
“história oficial”. Nesta pesquisa, que abrange a década de 40, a economia e a política
piauiense também são abordadas. As práticas e lugares de lazer dos teresinenses, como
meio de socialização entre as pessoas, também são analisadas nesta pesquisa.
Palavras-chave: Cidade. Memória. Estádio.
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ESTÁDIO LINDOLFO MONTEIRO:
MODERNIZAÇÃO ESPELHADA DURANTE 1940 E 1980
Maria de Fátima de Carvalho Sousa – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: O trabalho monográfico estabelece uma abordagem sobre o período em que a
cidade de Piracuruca teve seu surto de crescimento direcionado às políticas urbanísticas. A
pesquisa está dividida em quatro momentos, onde são colocados os primeiros índices de
modernização da cidade acarretando por sua vez o desenvolvimento do processo
urbanístico, especificamente, o segundo momento é dedicado aos princípios da
urbanização de Piracuruca, subdividido em duas chaves de leitura cuja primeira traz a
relação dos primeiros elementos que foram responsáveis pela aceleração do processo
modernizante, a segunda faz uma relação desses novos fenômenos com o
desenvolvimento pleno das reformas urbanas de Piracuruca, onde a estrada de ferro tem
papel fundamental. Como leituras teóricas, o estudo se baseia nas reflexões de Marshall
Bernan (1988), Rolnik (1995) e Corrêa (1999), contribuindo para as discussões sobre
cidade, modernização e modernidade. Considera-se que os processos de urbanização e de
modernização da cidade de Piracuruca, assim como outras cidades e em momentos
distintos, experimentaram transformações diversas, ora seguindo princípios nacionais, ora
se adequando às necessidades locais. Como a expressão de sociabilidades várias que se
manifestam tanto na dimensão econômica, quanto na política e sociocultural dos espaços.
Palavras-chave: História. Urbanização. Modernização. Sociedade.
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EVOLUÇÃO URBANÍSTICA PIRACURUQUENSE:
UM OLHAR CONTEMPORÂNEO (1990-2012)
Josimara de Sousa Rodrigues – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão - UESPI
Resumo: A pesquisa realizada traz uma abordagem sobre o tema: Festejos de Nossa
Senhora do Carmo de Piracuruca: um olhar contemporâneo (1990-2012), visto que é uma
importante manifestação de fé e religiosidade dos piracuruquenses, sendo que o templo
dedicado à virgem do Carmo está relacionado com a História de Piracuruca, desde sua
edificação aos dias atuais tornando-se um “lugar de memória” coletiva e individual e de
fundamental importância para a compreensão e construção do processo de identidade
cultural dos piracuruquenses. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo é abordada enquanto
Patrimônio Cultural tanto material como imaterial, com um papel relevante na sociedade
de Piracuruca, com manifestações que caracterizam a religiosidade, a fé e a devoção á
Virgem do Carmo. Essa comunicação surgiu durante a elaboração do segundo capítulo
que é uma análise quanto à realização dos festejos de Nossa Senhora do Carmo, buscando
assim através de uma visão contemporânea em meio às festas tradicionais, modificações e
permanências no decorrer do tempo e espaço na realização do ato festivo em homenagem
à Padroeira de Piracuruca. Como arcabouço teórico a pesquisa se desenvolveu baseada nas
discussões de Bittencourt (1989), Brito (200) e Pollak (1989), somando-se a isso foram
realizadas análises descritivas do novenário, manifestações e realizações de preces,
promessas, dedicadas á Nossa Senhora do Carmo e entrevistas que possibilitam perceber
características particulares desta manifestação, tanto as que permaneceram e/ou
desapareceram, e as que sofreram alterações e adaptações no período de 1990 a 2012,
enfocando assim as peculiaridades destas festas que fazem parte do patrimônio cultural
dos piracuruquenses. A pesquisa tem como principal resultado a conscientização da
população quanto a valorização dos festejos de Nossa Senhora do Carmo, esses resultados
ainda apontam os festejos como característica histórica no processo de desenvolvimento
da cidade de Piracuruca.
Palavras-chave: História. Religiosidade. Cidade. Patrimônio. Memória.
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FESTEJOS DE NOSSA SENHORA DO CARMO DE PIRACURUCA:
DOS EXTRATORES DE CARNAÚBA EM PIRACURUCA – PI
Dilma de Aguiar Magalhães – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O presente trabalho analisa a Carnaúba e sua importância para os
piracuruquenses, principalmente entre as décadas de 20 e 40 do século XX. Ressalta
notadamente o desenvolvimento que esse produto econômico trouxe para o município de
Piracuruca - PI. Bem como o processo de urbanização e de modernização econômica,
social e cultural da sociedade piracuruquense, induzido pelo surto de comercialização
internacional da cera de carnaúba. Observam-se também as construções arquitetônicas
sucedidas com o excedente obtidas com as exportações da cera da carnaúba. Enfatiza
quais foram as principais mudanças em relação aos novos hábitos e novas formas de lazer.
Esboça um pouco quem foram os maiores beneficiadores desse ciclo econômico da
carnaúba em Piracuruca. Destaca também que, no recorte temporal destacado, a cidade de
Piracuruca, além da grande gama de benefícios trazidos com o ciclo econômico da
carnaúba, o município também se desenvolveu mediante a influência de seus líderes
políticos. Nesse estudo ainda é abordada a vida cotidiana dos trabalhares dos carnaubais,
relacionando-se à origem da planta que proporciona a extração da cera de carnaúba e sua
predominância. Além disso, descreve como era feito todo processo de extração da palha
da carnaúba até a produção da cera, suas utilidades no dia a dia, e principalmente quem
eram os principais extratores da palha da carnaúba. A pesquisa foi realizada mediante
ditame de algumas fontes, sobretudo as orais, que remetem ao contexto por meio de
entrevistas com os trabalhadores. Nesse sentido, realizou-se diálogo com autores como
Arendt (2010), Fargoso e Florentino (1997) e Linhares (1997). Considera-se que além da
importância na economia, a carnaúba também está presente nos utensílios cotidianos, no
artesanato e na arte.
Palavras-chave: História. Memória. Economia.
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HISTÓRIAS EXTRAÍDAS: MEMÓRIA E COTIDIANO
Antônio Regildo dos Santos – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: Esta pesquisa surgiu a partir da necessidade de reconstrução do processo
histórico que levou o Povoado Retiro a se tornar hoje a cidade Milton Brandão. Abre-se
uma discussão em uma tentativa de compreensão dos caminhos percorridos pelo povo
local para emancipar-se. Dos percursos trilhados, ganha destaque a construção da estrada
vicinal que visava uma ligação da cidade de Pedro II, chegando ao Retiro e indo à cidade
de Castelo. Segundo Pereira (2011), o ano de 1958 foi um marco para o povoado Retiro e
como consequência levar ao que hoje conhecemos por Milton Brandão. Afirmativa esta
que se justifica pelo fato de até este ano o povoado se encontrar praticamente isolado pela
dificuldade de acesso a Pedro II. E nesse contexto, muitas vezes quando se encontravam
com alguma necessidade, era notável a imagem de um povo que tinha de utilizar-se de
animais para chegar à cidade vizinha, quando não, caminhavam longas distâncias para
tomar um caminhão que percorriam "estradas de chão batido" como relatou o Senhor
Altino em uma entrevista. Outro fator de destaque foi a chegada da energia elétrica
movida a motor a diesel em 1970 e aperfeiçoada para funcionar por vias de hidrelétrica
em 1988. Fator esse que representa um importante elemento de desenvolvimento para o
povoado. Um dos momentos significantes na história do povoado foi a chegada do Fundo
de Desenvolvimento Comunitário o FUNDEC, que para as pessoas da comunidade era
uma novidade ainda desconhecida. O órgão criado pelo Banco do Brasil tinha finalidade
de desenvolver comunidades com populações que variavam de quinhentos a cinco mil
habitantes. Passados pouco mais de dois séculos, têm-se início às primeiras manifestações
para emancipar Retiro. em 1993, o deputado estadual Juraci Leite elabora o Projeto de Lei
propondo a criação do município. A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, após
analisar a proposta por meio de vários tramites legais, autoriza a realização de um
plebiscito junto à população que futuramente iria residir na cidade. Com votação
favorável, em 1994 é criado o município de Milton Brandão. Para a elaboração dessa
sessão, é indispensável a leitura de obras como A invenção do cotidiano, de Michel de
Certeau que examina as maneiras em que as pessoas individualizam a cultura de massa,
alterando coisas desde objetos utilitários até planejamentos urbanos e rituais, leis e
linguagem, de forma a apropriá-los. O direito à cidade, de Henri Lefebvre que faz um
paralelo entre o urbano e o natural, visualizando as transformações que o campo passa
para dar lugar à cidade. A cidade sob o fogo, de Francisco Alcides do Nascimento, uma
análise da cidade de Teresina rumando à modernidade. E a obra coletiva de Ciro
Flamarion e Ronaldo Vainfas, Domínios da história.
Palavras-chave: História. Cidade. Política.
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MILTON BRANDÃO: O ANSEIO POPULAR E OS INTERESSES POLÍTICOS
E MOVIMENTOS SOCIAIS “EM OS QUE BEBEM COMO CÃES”
Priscila de Moura Souza – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O presente estudo tem como objetivo principal analisar a obra Os Que Bebem
como os Cães (1975), do autor piauiense Francisco de Assis Almeida Brasil, objetivando,
concomitantemente, explorar as inter-relações da História com a Literatura. O estudo gira
em torno da problematização dos olhares da narrativa ficcional acerca do período
ditatorial,em decorrência de o protagonista do livro ser um professor, Jeremias, preso e
torturado, o livro relata o sofrimento do professor que é capturado e passa a sofrer vivendo
dentro de uma cela escura, sem noção do tempo, sofrendo forte pressão psicológica. A
análise da obra se justifica pela sua pertinência acadêmica e social no que tange às
múltiplas ligações entre Literatura, História e Política, visto que o país está vivenciando
mobilizações para a formação da Comissão da Verdade, que pretende rever os crimes da
última ditadura militar no Brasil. Metodologicamente, o estudo se deu partir da leitura
analítico-interpretativa do primeiro romance do autor que compõe o que a crítica literária
local convencionou chamar de Ciclo do Terror. Como arcabouço teórico, recorreu-se às
discussões feitas por Pesavento(2005),Chiappini e Bresciani (2003). Os principais
resultados do estudo demonstram que o romance do escritor parnaibano lança inúmeras
pistas para a visualização das práticas ditatoriais o que o enquadra como um texto de
características universais, nas quais a condição humana é foco principal. Tais resultados
ainda têm apontado para indícios de que tal romance deve ser percebido, lido e analisado
também como um significativo romance histórico, ampliando as classificações da crítica
literária, que não o enquadra como tal.
Palavras-chave: História. Literatura. Movimentos Sociais.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
MOVIMENTOS DA ESCRITA: POLÍTICA, ESTADO
CIDADE DE BATALHA-PI, EM MEADOS DA DÉCADA DE 1850
Francisco das Chagas da Silva Justino – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar como se deu o processo
da emancipação Política de Batalha-Pi, tema pertinente na discussão da corrente histórica
do município, que por um longo tempo, e ainda hoje, alguns historiadores estão buscando
e tentando montar um quebra cabeça dos fatos, no propósito de compreender tais
acontecimentos. Este trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, onde foram
consultados autores tais como: Cleiton Amaral Rodrigues (2010), Milton Martins Filho
(1997), dentre outros, onde se observou que o entendimento do processo de emancipação
política ainda é muito problemático, com diferentes versões e abordagens. Em situações
profundas problemas não apenas de colonização, conflito, nome, emancipação, mas de
forma geral da organização que culminou no ato emancipatório. Com base na História, o
trabalho aborda a temática da emancipação Política, levando em conta o processo de
ocupação do Norte do Piauí, Colonização – colonizar com o propósito de instalar fazendas
de gado, pecuária extensiva principal atividade econômica da época. Observando a versão
dos historiadores pesquisados, a emancipação política de Batalha-Pi foi resultado de um
longo processo de articulação que teve início no ano de 1712 com o conflito entre
colonizadores (portugueses) e nativos (índios), fato que mais tarde deu nome ao
município, e concluída em meados da década de 1850, com aparelho político formado.
Palavras-chave: História. Historiografia. Colonização. Fazendas.
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NA BATALHA DE CLIO: EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DA
COTIDIANAS DO BAIRRO ANGELIM (1963-1986)
Eduardo Viana Duarte – FAP
Resumo: O presente estudo questiona sobre História, Cidade e Memória, tema
relacionado à Nova História Cultural, e mostra como ocorrem os processos de
transformações que acontecem no espaço urbano ao longo dos anos. Uma cidade em meio
às transformações bem como às construções, possui uma união talvez infindável de
memórias, memórias de vida, fatos ou momentos marcantes na vida dos indivíduos.
Espaço citadino passa por constantes transformações, evidenciando o contorno na cidade,
ou seja, evidencia nova configuração no espaço físico. Foi dada ênfase à cidade de
Teresina, principalmente nas mudanças ocorridas no bairro Angelim, que fica na zona sul
da capital, nos anos de 1963 a 1986. Visando discutir história e memória desse bairro,
versando sobre seu espaço e as sociabilidades, urbanização, práticas urbanas,
convergências entre rural e urbano e principalmente as práticas de lazer que existiram ou
ainda existem ali. Como suporte teórico-metodológico, foram utilizados alguns autores,
que discutem a Nova História Cultural como Peter Burke (1992), Sandra Pesavento
(2005); cidade e espaço urbano como Raquel Rolnik (1995), Roberto Correa (2002);
discussão de memória Halwachs (2006), Nora (1981), entre outros. O texto tenta analisar
como se deu a formação do bairro, que antes era área rural, assim como trata da trajetória
de vida de alguns moradores, sendo utilizada como fonte a História Oral. As práticas de
lazer serão discutidas como formas de sociabilidades entre a população do bairro. Os
resultados foram obtidos com a compreensão aguçada da idealização do espaço de
moradia -o Angelim- através das entrevistas, porque, com essa metodologia tornou-se
possível adentrar no universo da memória de alguns habitantes do bairro. É de extrema
importância e fator primordial o uso da memória, embora ela não reflita uma realidade
passada, mas certamente a ligação do espaço e tempo é um fato que dura, sempre há algo
guardado na memória e o historiador utiliza-se de toda metodologia e sensibilidade e
acaba por debruçar-se com o uso da História Oral. Passa a mergulhar no universo e na
vida de sujeitos “comuns”, sujeitos esses que esteve há muito tempo excluídos da história,
pretendendo engrandecer essa parte da cidade e valorizar esses sujeitos. O homem tem o
poder e a capacidade de transformar o espaço onde vive de acordo com as suas
necessidades. Isso se dá por conta, principalmente, da necessidade de moradia.
Palavras-chave: Cidade. Memória. Angelim.
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NAS TERRAS DE ANGELINE: ENTRE LARES E LAZERES – PRÁTICAS
Elisnauro Araújo Barros – UESPI
Jorge Luís Gomes – UESPI
Marcelo de Sousa Neto - UESPI
Resumo: O presente artigo procura compreender como aconteceu o processo de ocupação
ocorrido na segunda metade do ano 1977, período em que havia uma transformação no
cotidiano brasileiro em tempo de Ditadura Militar, com a procura de meio para retirar
famílias de área imprópria para moradia, pois se tinha em mente uma organização do
espaço publico, retirando vizinhos indesejados que moravam próximos às famílias de
elite teriam agora um único destino ir embora morar em bairros distante do centro ou irem
para seu lugar de origem já que muitos eram imigrantes do interior do estado ou de outros
estados. Com esse desejo de remoção de pessoas de pouco poder aquisitivo de lugares que
começavam a se valorizar, dentro da capital do Piauí. O diálogo teórico-metodológico se
deu com a definição de espaço social de Raquel Rolnik (1995), juntamente com a
definição espaço urbano de Roberto Lobato Corrêa (2002), e de lugar de Michel de
Certeau (2000). Metodologicamente, o estudo faz uso dos jornais O Dia e o Estado, com
reportagens sobre o conjunto habitacional Dirceu Arcoverde, que destacavam o cotidiano
da comunidade, que já se encontrava cheio de reivindicações por melhorias habitacionais.
Com depoimentos de alguns moradores que viveram de perto estas transformações. Assim
podemos dimensionar a grande luta pela sobrevivência, em lugar que estava distante do
centro da capital. O surgimento do Itararé se configurou como mais uma política pública
de habitação, voltada para (re) organizar e normatizar os espaços da capital piauiense.
Palavras-chave: História. Memória. Cidade. Políticas Públicas.
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NASCE O ITARARÉ: HISTÓRIA E MEMÓRIA DO SURGIMENTO DO DIRCEU ARCOVERDE
CONFLITOS DO CURANDEIRISMO NA SOCIEDADE PIRIPIRIENSE
Jonas de Araújo Tavares – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI
Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar a trajetória da prática do
curandeirismo na cidade de Piripiri, entre as décadas 1950 e 1990. Volta-se o olhar para tal
recorte em razão de que, nesse momento, há uma forte onda propagandista, iniciada na
década de 1950, de cunho médico-higienista, na deve dos cuidados com o corpo. Nesse
mesmo instante, havia, de forma ora velada, ora mais latente, de que o curandeiro era um
charlatão. As décadas de 1980 e 1990 são tomadas como recorte final em decorrência da
popularização, na mídia, de doenças como a AIDS e o câncer, bem como, nesse momento,
há uma explosão de vários sujeitos que se arrogam o poder da cura. Busca-se como esse
discurso conflitou com a prática do curandeirismo em Piripiri. Metodologicamente, o
estudo está centrado em revisão de literatura, baseada em livros e artigos que versão sobre
a prática do curandeirismo no Brasil e no Piauí. Soma-se a isso, a utilização de fontes
orais, colhidas como sujeitos ligados à tal prática ou que fizeram uso dela em suas “curas”.
Entrevistas feitas como curandeiros, sujeitos da sociedade, membros das diferentes igrejas
(católicas e evangélicas) e do setor médico também contribuem para visualizar as tensões
dessa prática. Como lastro teórico acerca da história e religiosidade tem-se os estudos de
Jacqueline Hermann (1997), Maurílio Lima (2001) e João Fagundes Hauck (2008). Sobre
curandeirismo, saber médico e medicina popular recorreu-se às discussões realizadas por
Oliveira (2003), Carvalho (1999) e Loyola (1984). Assim, dentro desta prática popular
conhecida como “Curandeirismo”, muitas vezes sem o saber, esses especialistas de cura
definem dentro da sociedade em que vivem, umas posições respeitadas através da atividade
concreta do exercício que exercem, relevando aos seus clientes que no campo da saúde, por
mais que os médicos os hostilizem, não há uma única ideal forma de lidar com as doenças,
as angústias e as aflições. A benzeção, de certa forma, também pode constituir uma delas.
Palavras-chave: História. Religiosidade. Curandeirismo. Cultura popular.
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NOS DOMÍNIOS DA CRENÇA E DA CURA: REPRESENTAÇÕES E
À CIDADE DE PIRACURUCA NA DÉCADA DE 1970
Paulo César Marques Carvalho – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: Este trabalho analisa a chegada do telefone à cidade de Piracuruca na década de
70, abordando não só a invenção, mas como foi sua chegada ao Brasil, Piauí e Piracuruca,
assim como as transformações que aconteceram depois deste meio de comunicação.
Abordam-se as controvérsias sobre a invenção do telefone, mas que controvérsias, durante
o período do surgimento desse meio de comunicação surgiram três inventores, três
pessoas que se diziam ser o criado do telefone, estes eram; Graham Bell, Elisha Gray e
Antônio Meucci. a disputa pela patente do telefone, assim como um pouco da historia de
um pobre imigrante italiano, Antônio Meucci que teve não tinha condições financeiras
para lutar pelo direito que de fato lhe cabia, o de inventor do telefone, e que acabou
morrendo na miséria. Em seguida aborda-se a chegada do telefone ao Brasil, onde
mostraremos que a partir do século XIX as inovações tecnológicas, em geral, foram
largamente difundidas em todo o mundo, com o desenvolvimento do capitalismo elas
passaram a ser traços definidores de uma nova realidade, pois caracterizavam e
consolidavam os grandes progressos realizados anteriormente, isto significa dizer que nos
ofereceram elementos indicativos para as mudanças que estariam por vir e no Brasil.
Impulsionado pelo Estado, o telefone começou a ser instalado e difundido em todo o país,
no momento em que o telégrafo estava difundido, bem servido tecnicamente e com uma
rede estável e a partir daí começaram a acontecer mudanças na sociedade.
Palavras-chave: Telefone. Sociedade. Comunicação.
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NOS FIOS DA HISTÓRIA: A CHEGADA DO TELEFONE
Rogério Paulo Ferreira – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI
Resumo:Pretende-se analisar a construção do imaginário religioso local, primeiramente
contextualizando de que forma o elemento religioso foi incorporado à sociedade
piauiense, estudo esse feito através da evangelização no Piauí e seu efeito na construção
desse sentimento religioso. A presente pesquisa tem como objetivo também analisar a
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo em Piracuruca, pois através da edificação do
templo ainda em meados do século XIX, a cidade e a religiosidade local expandiram-se.
Através de um estudo sobre o contexto social e religioso em que se encontrava o Piauí no
século XVIII e XIX, a pesquisa é focada no momento em se iniciou a construção do
templo, que segundo a história oral relatada na cidade geração após geração, tem marco na
vinda de dois portugueses ao território. Fé e lenda mesclam-se no que se diz respeito à
elevação do templo, pois segundo a lenda, a concretização do monumento, deu-se em
favor da promessa dos Irmãos Dantas, que salvos do perigo indígena construiriam o
templo em homenagem à Virgem do Carmo, santa de suas devoções. No decorrer do
estudo foram utilizados autores como Jureni Machado Bitencourt (1989), Cláudio Melo
(1991), e Anísio Brito (1922), dentre outros que darão suporte nas análises decorrentes do
trabalho. Como lastro teórico acerca da história e religiosidade tem-se os estudos de
Jacqueline Hermann (1997), Maurílio Lima (2001) e João Fagundes Hauck (2008). No
tocante às reflexões sobre a cidade, o estudo ancorou-se em leituras como Raquel Rolnik
(1995) e Lobato Corrêa (1999). Consideras-se, dessa maneira que, analisada em seu
contexto histórico-social, a igreja é um marco no estudo da localidade, tendo em vista que
ao seu redor existia o pequeno povoado que deu origem à cidade que hoje conhecemos,
sendo assim, a construção da igreja é considerada de grande representatividade na
expansão da cidade.
Palavras-chave: Religiosidade. Igreja. Cidade.
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NOS MUROS DA FÉ E DA HISTÓRIA: A CONSTRUÇÃO DE IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
SENTIR DOS ANOS DE 1960 NA CIDADE DE PIRACURUCA – PI
Iolete Fontenele de Brito Viana – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI
Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar a apresentação da moda
no período da década de 1960, buscando fazer um paralelo aos fatores que favoreceram ao
início dessa moda, analisando também como estes fatores ajudaram o seu firmamento e
ressonâncias nas décadas seguintes, com resquícios no século XXI, abordando mais
precisamente a sociedade piracuruquense. Buscando analisar, ainda, como os movimentos
da época eram entendidos pelas pessoas da época, pois foram estes movimentos que
trouxeram as vestimentas característica da década. Para a construção desse trabalho,
recorreu-se aos estudos de autores renomados como Umberto Eco (2007; 2004), François
Boucher (2010), além da obra de Gilles Lipovestsks (2009), que tem subsídios favoráveis
acerca da história da estética, da moda e dos diferentes modos de vestir. Além disso,
foram utilizadas fontes orais, através de etrevistas semi-estruturadas com pessoas que
viveram a década de 1960, sendo estas memórias que darão suporte para a construção do
passado de Piracuruca em relação ao período aqui debatido. O recorte temporal
corresponde ao período de transição da modernidade para a pós- modernidade. Nesse
estudo, considera-se que a moda assume mais uma manifestação dos repertórios de
expressão dos sujeitos em meio à sociedade. As formas de vestir dizem sobre segmentos
sociais, condutas, práticas e expressões socioeconômicas de maneira geral. Mais que isso,
a moda se insere nos cruzamentos entre identidades, sejam elas coletivas ou individuais.
Palavras-chave: História. Moda. Comportamentos.
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NOS RETALHOS DA HISTÓRIA E DA MODA: FORMAS DE VESTIR E
Maria do Carmo Oliveira Rodrigues – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: O presente trabalho tem como objeto a música popular nordestina, trazendo esse
ritmo para o cenário da cultura e da identidade dessa gente. Nascido de influências
européias e africanas na música brasileira, o forró como estilo musical originou-se do
baião, uma dança e canto típico do nordeste. A cultura popular se expressa nas
manifestações populares, onde os seus participantes se reconhecem mutuamente em sua
humanidade e condições sociais. Faz uma abordagem sobre forró na sua visão
historiográfica e seus principais representantes, como: Luís Gonzaga, que é lembrado
como divisor de águas, pois apresentou a cultura nordestina e um dos primeiros a levar a
sonoridade da região para o eixo Rio- São Paulo, apresentando a realidade da histórica
estrutura econômica e social do nordeste para o Brasil, no contexto em que a migração
para o sudeste mais se acentuou: na década de 1950. A arte do rei do rei do baião é a
expressão da tradição oral do nordeste. Além de um estudo sobre cultura popular, tradição
e identidade. Avaliar o forró, como um dos principais divulgadores do nordeste e a
absorção de características peculiares de outras regiões do Brasil. O cotidiano do
nordestino explanado nas letras desse ritmo, bem como sua popularização nos grandes
centros urbanos e a influência do rádio. Outro ponto a ser debatido é a comparação entre o
forró tradicional e o eletrônico, abordando suas diferenças e semelhanças, através das
transformações ocorridas em sociedade. Observar diante das letras do novo estilo musical
como são retratados a mulher o nordeste, e o papel da indústria cultural nessa
descaracterização.
Palavras-chave: História. Cultura. Identidade. Nordeste
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NOS RITMOS E PASSOS DA HISTÓRIA: FORRÓ COMO TRADIÇÃO E IDENTIDADE NORDESTINA
INVENÇÃO DA SANTA CRUZ NA CIDADE DE SANTA CRUZ DOS MILAGRES – PI
Mayra Izaura de Moura – UESPI
Resumo: A proposta desta pesquisa é analisar os discursos e as práticas que compõem o
processo de (re) invenção da festa religiosa “Invenção da Santa Cruz” realizada no
município de Santa Cruz dos Milagres – PI. Essa festividade pode ser interpretada como
uma reelaboração de práticas religiosas já existentes no catolicismo em séculos anteriores,
mas que adquiriu certas especificidades na vivência religiosa dos piauienses. Nesse
sentido, a festa da “Invenção”, realizada no dia 3 de maio, conduz as multiplicidades de
sinais da fé à Santa Cruz, como o exercício penitencial de ajoelhar-se cem vezes e beijar o
chão, persignar-se e rezar cem ave-marias, demonstrando a busca dos fiéis da
aproximação com o divino pela prática de devoção espiritual e do sentimento religioso
que aflora dentro das práticas de religiosidade popular. Além da revisão bibliográfica, a
pesquisa apóia-se principalmente na análise etnográfica e na metodologia da História Oral.
As fontes escritas constituem-se em revistas locais, caderno de campo e ofícios da
paróquia e as fontes orais, em entrevistas com romeiros, funcionários da paróquia, que
proporcionaram o contato com as vivências e as memórias da festividade em estudo.
Palavras-chave: História. Religiosidade. Discursos. Práticas.
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O (RE) INVENTAR DO RITO: OS DISCURSOS E AS PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA FESTA RELIGIOSA
José da Silva Nunes – UESPI
Klésio Weslley Ribeiro Fernandes - UESPI
Resumo: O presente artigo tem por finalidade destacar a importância da construção e
inauguração da Maternidade Dona Evangelina Rosa, acontecida em julho de 1976, tendo
como proposta o atendimento de qualidade a mulher gestante carente do Estado. Tal feito
marcou a historia da cidade de Teresina, pois a mesma foi considerada uma grande obra
na área da saúde na capital em época de grande modificação da área urbana da capital.
Trazendo a perspectiva de modernidade a qual estava em processo naquele momento. Para
pudermos dimensionar esta alteração no cotidiano, usamos alguns periódicos tentando
retratar esta passagem da nossa história, como o Jornal O Dia, O Estado e Jornal do Piauí.
Juntamente com o auxilio das obras de alguns autores, como Roberto Lobato Corrêa
(1998), que retrata as definições de espaço urbano, juntamente Francisco Alcides do
Nascimento (2006), que aborda do mesmo assunto voltado exclusivamente para Teresina.
Temos as discussões de memória de Maurice Halbwachs (2006). Com isso tentamos
demonstrar o impacto causado com a inserção da Maternidade Dona Evangelina Rosa no
cotidiano da capital do Piauí. Desejamos assim, contribuir para a construção de memória
por parte das pessoas que presenciaram as políticas públicas, que priorizavam a mulher
gestante de baixa renda, que viviam ainda sobre orientações de métodos que já eram
considerados ultrapassados pela ciência moderna no acolhimento ao recém-nascido, que
futuramente se tornaria mais um elemento ativo dessa sociedade, que estava em franca
expansão nesta urbe do meio norte do Brasil.
Palavras-chave: Cidade. Memória. Saúde Pública.
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O NASCIMENTO DA MATERNIDADE DONA EVANGELINA ROSA
FORMAÇÃO E EFEITOS ATÉ A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
Cloves Tadeu Oliveira Veras – UESPI
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Resumo: Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre o Trabalho Escravo no
Município de Piracuruca (PI). Sua formação e efeitos até a primeira metade do Século XX.
Partindo da influência cultural e das significativas relações que permitem a construção do
conhecimento a partir da utilização da escravidão para formação de uma identidade pouco
retratada. A metodologia aplicada consiste na pesquisa bibliográfica, sendo está a base do
trabalho. Seguida da pesquisa de campo local, e da pesquisa oralidade acerca do assunto.
Ao se tratar de escravidão, é unanime entre os estudiosos do assunto, a contribuição e a
influência que ela exerceu para a formação da cultura e da identidade brasileira e suas
regiões, incluindo o Piauí. Versão esta, não aceita anteriormente, alegando a ausência da
necessidade da mão de obra escrava devido à frágil economia local. Fato este, baseado em
novos estudos e pesquisas não compatível com a realidade, pois a mão de obra escrava foi
relevante para o desenvolvimento econômico e até mesmo cultural do Piauí. Dessa
maneira, o cerne principal que nortia a pesquisa está no trabalho de análise historiográfica,
pontuando os pontos de convergências e divergências entre as abordagens dos
historiadores acerca da temática. Como leituras concernentes a esse trabalho, tem-se
Brandão (1999), Lima (2005) e Nunes (2007). Esperamos com essa pesquisa contribuir
para a formação de novos conhecimentos dentro do processo histórico, bem como o
processo de aprendizagem acerca do Trabalho Escravo no município de Piracuruca (PI) e a
sua contribuição à mesma, tanto em sua origem como em suas consequências.
Palavras-chave: Escravidão. Piauí. Piracuruca.
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O TRABALHO ESCRAVO NO MUNICIPIO DE PIRACURUCA:
Fernanda Aparecida Gertrudes – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O seguinte trabalho analisa a forte presença franciscana na sociedade
piripiriense, bem como sua influencia e expressão em especial no período compreendido
entre 1952 a 2012. Este trabalho visa, como objetivos, a socializar e facilitar a
compreensão das missões franciscanas que levaram ao desenvolvimento da sociedade de
Piripiri-Pi. Observa-se não somente o trabalho religioso, como também obras marcantes
na saúde, educação, lazer e um crescente progresso cultural. Enfatizando as principais
mudanças em relação aos novos hábitos e novas formas de lazer. Esboça um pouco sobre
quem foram os maiores e primeiros benfeitores da ordem franciscana na cidade de Piripiri.
Destaca também dentro do recorte temporal destacado na cidade de Piripiri a grande gama
de benefícios ocorridos com a chegada dos franciscanos. Aborda ainda a vida cotidiana
dos frades e os reflexos dos mesmos na sociedade. Notadamente, a metodologia
educacional franciscana influenciou de maneira expressiva alunos e professores, de
formas variadas incentivando a produção de práticas discursivas e formas de
comportamento social. A pesquisa foi realizada mediante ditame de algumas fontes que
mostram com clareza sobre o contexto e algumas entrevistas com pessoas sobre as ações
franciscanas nas dimensões do lazer, da saúde e da educação. Como lastro teórico,
Jacqueline Hermann (1997), Maurílio Lima (2001) e João Fagundes Hauck (2008).
Considera-se que, além da importância na religiosidade, os franciscanos também estão
presentes desde os primórdios cotidianamente na saúde e educação. Sua atuação se insere
nas constituições de comportamentos e de (re) invenções das relações entre os sujeitos.
Palavras-chave: História. Memória. Religiosidade.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
ORDEM FRANCISCANA EM PIRIPIRI - PI: EXPRESSÕES DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA
Karina Maria Oliveira Rodrigues - UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O trabalho analisa o espiritismo no Piauí, que tem como base os ensinamentos
de Allan Kardec. Em um primeiro momento foi mostrado o surgimento dessa doutrina e
quem foram os seus maiores divulgadores na Europa chegando no Brasil. A pesquisa
também fez relatos da dificuldade sofrida por esta religião e da aceitação da sociedade
tradicional e conservadora e da Igreja Católica que se opôs e perseguiu essa prática que
acreditava nos espíritos desencarnados. E da população que foi aceita por muitos
intelectuais que se interessaram e recusadas por outros que não entendiam e por serem
seguidores de uma religião que se recusava a aceitar, e punia aqueles que a seguissem. No
século XIX, essa religião chegou ao Brasil com força total e se espalhando por todo país,
principalmente nas grandes cidades e sendo divulgadas por espíritas e alguns médiuns que
se tornaram conhecidos no Brasil e no mundo, por exemplo, o mais famoso de todos,
Chico Xavier que dedicou a sua vida a caridade, solidariedade e a espalhar essa doutrina e
os ensinamentos de Allan Kardec que foi o criador e pesquisador desse movimento
paranormal do século XVII. No segundo momento do estudo será abordado diretamente o
espiritismo no Piauí. Quem foram seus divulgadores, e qual foi a reação da população ao
se deparar com essa prática diferente e considerada por alguns como heresia. E também as
duas principais cidades do Estado que apoiaram o movimento espírita e a caravana que
veio no Piauí na década de 1950 e 1960 que foi muito importante para a divulgação do
espiritismo. E também alguns livros que relatam sobre esta religião, como o livro de
“História das Religiões do Piauí”, de Higino Cunha e “Os literatos e a república”, de
Teresinha Queiroz, que traz trechos que mencionam o espiritismo. Utilizando como
referencial teórico autores como Jacqueline Hermann (1997).
Palavras-chave: História. Memória. Cultura. Religiosidade.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
OS CONFLITOS DO CRER E DO SENTIR: TRAJETÓRIAS DO ESPIRITISMO NO PIAUÍ
NO CARNAVAL DE PIRACURUCA – PI
Francinalda dos Santos Carvalho – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo central analisar o surgimento dos blocos
carnavalescos na cidade de Piracuruca – PI, em meados da década de 1980. Os conflitos
de segmentos sociais são simbolicamente praticadas com a criação dos referidos blocos.
Mesmo com uma curta duração, no sentido de sua existência, os blocos surgem como mais
uma estratégia de ampliar a segmentação social. Metodologicamente, esse estudo está
centrado na metodologia-técnica da história oral, lançando mão de entrevistas com
membros fundadores e sócios dos blocos carnavalescos. Somam-se a isso, as fotografias
pertencentes a esses entrevistados, nas quais há cenas do cotidiano e das ações dos blocos,
como os concursos de melhor fantasia. Tais fotografias são utilizadas como relatos
imagéticos que expressam certas dimensões das experiências dos sujeitos nos espaços
voltados para as diversões carnavalescas, sobretudo o ambiente do grêmio recreativo.
Como lastro teórico-metodológico, esse estudo ancora-se nas discussões levantadas por
Michel de Certeau (2000) acerca das práticas cotidianas, estratégias e táticas, bem como
de lugar social dos sujeitos. Reforçando essas dimensões, mas pensando no cotidiano da
sociedade e dos carnavais, recorreu-se às reflexões feitas por Agnes Heller (2008) acerca
das relações entre História e Cotidiano. Considera-se que a criação e apresentação dos
blocos de carnaval constituíram-se como integrantes dos jogos e estratégias que as elites
políticas e econômicas usavam para ampliar as distâncias sociais, visto que tais blocos
eram destinados aos sujeitos abastados, ao passo que as pessoas menos favorecidas
economicamente ocupavam as ruas para se divertir.
Palavras-chave: História. Cidade. Práticas Sociais.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
PARA ALÉM DOS BLOCOS: SOCIABILIDADES E TENSÕES SOCIAIS
Sebastião Pinheiro dos Santos – UESPI
Jean Paulo Nascimento Silva- UESPI
Resumo: Tal pesquisa tem por objetivo analisar as memórias de Piripiri em um recorte
temporal que vai de 1960 a 2010, correspondendo a 50 anos. A mesma dividiu-se em
tópicos que vão desde a origem de Piripiri às comemorações de seu centenário. No
primeiro capítulo será feito uma abordagem da origem de Piripiri, seu desmembramento
de Piracuruca e o que isso ocasionou, Padre Freitas e as primeiras famílias piripirienses; o
segundo tópico por sua vez trará as memórias de Piripiri sob quatro aspectos, que são eles:
político, econômico, religioso e cultural. No aspecto político, serão expostos os principais
políticos no recorte acima, como participantes da memória da cidade; no econômico, a
ascendência econômica da mesma lembrando as primeiras atividades econômicas como o
babaçu, a carnaúba, a chegada da estrada de ferro e a construção da barragem do Açude
Caldeirão; no religioso, abordar-se-á a influência da religião – catolicismo e
protestantismo -, os rituais, festejos e a participação da mulher nesse contexto; e por fim
no último tópico discute-se o aspecto cultural, onde será feito um levantamento de alguns
lugares de memórias tais como praças, ruas, monumentos, a arquitetura e modo de viver
dos piripirienses no período e qual a participação da mulher. O último tópico será voltado
para as comemorações do centenário de Piripiri, abordando os possíveis aspectos positivos
e negativos. No referencial teórico, serão utilizadas as discussões de Michel Pollak, Pierre
Nora, Sandra Jatahy Pesavento; bibliografia local como Judith Santana, Cléa Rezende
Neves de Mello, não deixando de lado as entrevistas e depoimentos de piripirienses.
Palavras-chave: Piripiri. Memória. Centenário.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
PIRIPIRI: MEMÓRIAS DE UMA CIDADE CENTENÁRIA
Caroline Alves de Meneses – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O presente trabalho tem o objetivo central de analisar as sensibilidades e formas
de sentir da população de Piripiri acerca da chegada de estrada de ferro entre as décadas
de 1930 e 1940. Foram realizadas entrevistas com pessoas que trabalharam na construção
do trecho ferroviário em que ligava Piripiri a Teresina, bem como entrevistas com
viajantes que se deslocavam para outras cidades do norte do estado, com o intuito de
visualizar as representações que tais sujeitos construíram sobre o trem e seus usos. As
dimensões das expectativas, dos anseios, medos e projeções são percebidas nos
depoimentos. Então, se recorreu à História Oral como metodologia de trabalho, pois ela
possibilita ter-se um olhar mais apurado sobre as experiências vivenciadas pelos
trabalhadores da ferrovia, sendo que foram feitas entrevistas temáticas em que se
estabeleceu a representação do trabalho por ex-ferroviários, como na entrevista com o
senhor José Lira um ex-ferroviário, que tinha como função a de operário, sendo
caracterizado como um trabalho braçal. Neste estudo iremos trabalhar com as leituras
feitas por Lêda Vieira (2010) e José de Arimatéa I. Ferreira (2010), bem como com as
discussões sobre modernização, cidade e memória no Piauí feitas por Pedro Pio Fontineles
Filho (2007) e Cláudia Cristina da Silva Fontineles (2007). Este trabalho é importante para
a história da cidade de Piripiri, pois analisa uma época de transformações para a cidade,
pois a chegada da ferrovia trouxe o desenvolvimento para além do campo econômico,
como também representou influência deste meio de transporte na vida da sociedade
piripiriense, que vivenciou este novo tempo de modernidade da cidade. Como arcabouço
teórico recorreu-se às discussões de memória feitas Maurice Halbwachs, Pierre Nora e
Michel Pollak; de modernização e modernidade feitas por Marshall Berman e Sérgio
Paulo Rouanet; de representações feitas por Roger Chartier e Michel de Certeau.
Palavras-chave: História. Memória. Representações.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
(RE) EMBARQUES DA MEMÓRIA: A ESTRADA DE FERRO DA CIDADE DE PIRIPIRI – PI
Karina Keli Gonçalves de Abreu - FAP
Resumo: O presente trabalho busca analisar as festividades de São Pedro no bairro Poty
Velho na cidade de Teresina nas décadas de 1950 a 1960. Uma narrativa sobre a sua
fundação e sobre a sua organização. Propõe ainda analisar o significado para a população
devota de Teresina. Identificar que a festividade de São Pedro representa para muitos
momentos de reflexão, de oração e reviver a fé, e para outros momentos de diversão. O
trabalho foi dividido em três momentos interdependentes. No primeiro será enfatizado o
conceito de cidade, e a situação da cidade de Teresina nos anos de 1950 a 1960. Com
objetivo de analisar e entender como estava a cidade nesse período para haver uma melhor
compreensão do lugar e do tempo, visando observar os festejos do Poty Velho. No
segundo serão abordados os festejos, que abrange a religiosidade, a cultura e as festas. E
finalmente, no terceiro instante desse estudo, as memórias dos moradores do bairro Poty
Velho serão focalizadas, com o intuito de conhecer os festejos de São Pedro, as práticas
imersas nesses festejos. As metodologias utilizadas nessa pesquisa foram a Historia Oral,
as fontes hemerográficas e bibliográficas foram essenciais para auxiliar e concretização
dessa pesquisa. Considera-se, dessa maneira, que pensar os festejos não é somente
rememorar ou visualizar os elementos da religiosidade. É, também, perceber as relações
de proximidade entre a história da cidade e de suas práticas religiosas.
Palavras-chave: São Pedro. Poty Velho. Memória.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
TERESINA ONDE NASCEU: O VELHO POTY E OS FESTEJOS DE SÃO PEDRO DE 1950 a 1960
COORDENAÇÃO:
PROFª. MS. JOSEANE ZINGLEARA SOARES MARINHO – UESPI
PROFª. MESTRANDA VICÊNCIA ROZILDA MARQUES SOBRINHO – UESPI/UFPI
A IMPORTÂNCIA DO USO DA TECNOLOGIA PARA
DIVULGAÇÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELOS PIBIDIANOS
Thamyres Ramos de Andrade – UESPI
Ranuze Maria da Silva Gomes – UESPI
Isabel Cristina da Silva Fontineles - UESPI
Resumo: Neste trabalho apresentamos um estudo sobre as ações desenvolvidas pelos
bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID de
Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí, focalizando especificamente a divulgação
que está sendo feita no blog das ações desenvolvida na Unidade Escolar Santa Inês e na
Unidade escolar Maria do Carmo Reverdosa. Percebe-se que o avanço da tecnologia é de
suma importância para a divulgação de ações educacionais em sites, pois as práticas
inovadoras que estão sendo realizada pelos pibidianos são de fundamental importância
para os mesmos. De acordo Tarja (2011) e Passerino (2001) as novas tecnologias estão se
revolucionando cada dia mais, além dos computadores estão ocorrendo inovações nas
telecomunicações, com isso ocorrem mudanças na atual sociedade. O objetivo deste
trabalho é discutir e refletir a utilização e possibilidades de uso do blog, como ferramenta
tecnológica, na divulgação das experiências, atividades e pesquisas realizadas pelos
bolsistas do PIBID, visando inovar o modo de atuação dos docentes. O suporte teórico
metodológico que escolhemos foi com base em Andrade (2003), sendo realizados
questionários e observações com todos os membros das escolas. Os resultados dos dados
apontaram que as práticas do ensino das disciplinas necessitam ser repensadas e aliadas à
teoria, vale ressaltar que é de suma importância a divulgação das práticas dos pibidianos.
Sendo assim, o uso do blog como tecnologia na educação é vista como meio, no qual os
alunos refletem sobre suas práticas a partir do momento que relatam suas experiências e
expõem no blog
Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Prática
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
GT-III: HISTÓRIA: LIMIARES ENTRE GÊNERO E EDUCAÇÃO
Jorge Luís Gomes – UESPI
Auriane Gomes de Melo – UESPI
Marcelo de Sousa Neto – UESPI
Resumo: Este artigo procura mostrar um pouco da realidade existente no conjunto
habitacional Dirceu Arcoverde antigo “Itararé” na área educacional bem no início da
ocupação da região no segundo semestre de 1977. Estando voltado o Estado com as
políticas de alfabetização dos adultos, destacando neste período o Movimento de
Alfabetização de Adultos (MOBRAL). Tentamos com isso apontar as grandes
dificuldades enfrentadas para a implantação do sistema educacional no conjunto
habitacional. Fazemos uso da oralidade de alguns moradores da comunidade que
presenciaram esta época. Usamos fontes impressas como jornais da época, como Jornal da
Manhã, O Dia, O Estado. Procurando assim retratar os acontecimentos que fizeram parte
deste período da historia da implantação da educação na comunidade. Procuramos nos
auxiliar nas obras que podem dar dimensão a este contexto da educação, destacando
dentre estas, as obras de Paulo Freire (2000, 2005), com sua visão da realidade educativa
brasileira. Vanilda Pereira Paiva (1987), abordando as práticas educacionais com os
adultos. Ana Paula Rosendo (2009), tratando sobre o sistema ensino. Denise Jodelet
(2001), Wolfgang Wagner (1998), Antonia Silva Paredes Moreira (1998), Denise Cristina
Oliveira (1998), abordando as representações sociais. Maria do Rosário Longo Mortatti
(2004), apontando as formas de ensinar a ler e escrever. Arlindo Lopes Corrêa (1979)
falando sobre a implantação do Mobral. Enfim, tentamos essa aproximação com a
conjuntura social existente nesta passagem da historia. Com isso tentamos contar esta luta
por melhorias para esta população que vieram morar nesta região de Teresina.
Palavras-chave: Políticas sociais. Educação. Memória.
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A LUTA PELA IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO CONJUNTO HABITACIONAL DIRCEU ARCOVERDE
OS DESFILES CÍVICO-PATRIÓTICOS NA BUSCA DO CIDADÃO IDEAL
José de Arimatéa Freitas Aguiar Junior – UFPI
Resumo: O civismo na Era Vargas foi concebido pelos educadores, imprensa escrita e
intelectuais como a vertente de educação privilegiada para a formação do cidadão
republicano. Este estaria sempre preocupado com as questões nacionais. Logo o
patriotismo permeava várias atividades que iam desde o canto do hino nacional nas
escolas até as comemorações propriamente ditas como a festa da Independência na data do
7 de setembro, que eram realizados desfiles percorrendo várias ruas de Teresina. Nesse
sentido, o presidente aliado aos governos estaduais, como foi o caso do Piauí, tinham
como meta controlar todos os setores da vida social, econômica e cultural do país. Só
eram publicadas nos meios de comunicações notícias favoráveis ao governo, através do
Departamento de Imprensa e Propaganda, repletos de comemorações oficiais. Nestas a
juventude teresinense, principalmente os estudantes, era convocada a participar desses
eventos cívicos, pois seriam enaltecidos os sentimentos pátrios e a necessidade de defesa
do território nacional. Na realização dos desfiles cívico-patrióticos, nota-se a presença e
atuação de intelectuais que faziam conferências que segundo o discurso oficial eram
largamente contempladas por várias autoridades e pelos alunos das escolas de Teresina.
Com a instauração do Estado Novo percebe-se a intenção do governo central em validar o
novo regime, principalmente através do uso da propaganda e da educação escolar. A
participação dos estudantes, trabalhadores e principalmente o povo teresinense em eventos
cívicos criados durante o Estado Novo, vão ser responsáveis em legitimar o novo regime.
Palavras-chave: Desfiles cívicos. Era Vargas. Cultura escolar.
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CULTURA ESCOLAR EM TERESINA NA ERA VARGAS:
PROSTITUTAS DE AMARANTE – PI (1950 – 1960)
Francisco Gomes Vilanova – UFPI
Resumo: Este estudo propõe discutir o cenário da prostituição na cidade de Amarante - PI
nas décadas de 1950 e 1960, a partir da análise do cotidiano das meretrizes e dos bailes
que ocorriam na cidade. O recorte espaço-temporal justifica-se pela força econômica e
comercial do lugar, favorecida pela navegação do Rio Parnaíba. Essa situação transformou
a cidade em um espaço de grande fluxo populacional, onde mulheres livres passaram a
fazer uso do próprio corpo em troca de dinheiro. A postura dessas meretrizes conjugada a
ameaça que provocavam pela sua liberdade sexual, ocasionou vários conflitos com outros
segmentos daquela sociedade. Através dos depoimentos coletados, constatou-se uma
demarcação da cidade em áreas reservadas ao convívio social de diferentes grupos, onde
às prostitutas eram reservados horários e locais específicos para seu trânsito. Conforme
depoimentos, nos ambientes sociais e nas festividades da cidade – bailes privados e festas
religiosas – não se permitia que as senhoras da sociedade dividissem os mesmos espaços
com as prostitutas. Tal situação provocava a reação das mulheres livres que organizavam
bailes alternativos, frequentados por aqueles que buscavam diversão e prazer. A pesquisa
se enquadra nas propostas temáticas da Nova História Cultural, que tem buscado
investigar o passado a partir de novas abordagens e novos olhares, priorizando temas e
fontes rejeitados pela história tradicional. Assim, utilizou-se como suporte teórico os
estudos de pesquisadores como Burke (1992), Le Goff (1990), Hunt (1992), Certeau
(1982) e em autores cujos estudos contemplam investigações relacionadas a mulher,
sexualidade, amor, prostituição e relações de gênero, como Rago (1991), Soihet (1989),
Matos e Soihet (2003), Foucault (1981), Del Priore (2009), Perrot (1988), Engel (1997),
Castelo Branco (2005), Cardoso (2004), Sá Filho (2006), dentre outros. Assim, com essa
investigação espera-se colaborar para o debate e compreensão sobre a história da
prostituição no Brasil e no Piauí, onde procuramos dar voz a essas mulheres que, por
muito tempo, tiveram suas vozes e trajetórias silenciadas pela historiografia tradicional.
Palavras-chave: Prostituição. Bordel. Baile.
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ENTRE A RUA, O BAILE E O BORDEL: VIDA COTIDIANA DAS
OBRA CONFISSÃO DE LÚCIO DE MÁRIO DE SÁ CARNEIRO
Vicencia Rozilda Marques Sobrinho – UESPI/UFPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: Este estudo tem como objetivos analisar e refletir sobre a obra “Confissão de
Lúcio”, de Mário de Sá Carneiro, buscando discutir a homo afetividade presente no
discurso da obra e os preconceitos percebidos nas entrelinhas da narrativa vivenciados
pelos personagens principais: Lúcio e Ricardo. Assim, procura-se pensar sobre as
características próprias da narrativa literária e da narrativa histórica na (re) construção de
identidades, a influência do meio social e cultural na escolha dessa identidade ou da
omissão dessa opção. Para propor esse diálogo, realizou-se a análise da narrativa ficcional
de Mário de Sá Carneiro. Como arcabouço teórico-metodológico tomam-se as leituras das
proposições feitas por Robert (2007) e Sevcenko (1999) acerca da história e a literatura.
No tocante aos agenciamentos e discursos sobre o corpo, utilizou-se Foucault (2010). A
literatura é tomada como fonte de história e não somente como fonte para a história, pois,
a partir dela, é possível visualizar aspectos da vida que, por meio das técnicas próprias do
fazer histórico, não seriam tão facilmente expressos. A narrativa literária está sendo aqui
utilizada como importante parceira na discussão e entendimento dos eventos e discursos
históricos, sobretudo no que tange à construção representativa da identidade. O discurso
histórico e o discurso literário tanto se aproximam quanto se distanciam no jogo narrativo
de visualização da construção e vivência de identidades.
Palavras-chave: História. Literatura. Identidade. Gênero
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ENTRE ENIGMAS E ESFINGES: HOMO AFETIVIDADE NA
UMA EXPERIÊNCIA PARA ALÉM DA TEORIA
Isabel Cristina da Silva Fontineles – UESPI
Resumo: O objetivo deste trabalho é socializar a experiência no Estágio do Ensino
Fundamental no curso de Pedagogia do Campus Clóvis Moura, da Universidade Estadual
do Piauí - UESPI. Esta turma contava com quarenta e dois alunos, sendo que havia dois
com necessidades especiais (eram cegos), mas isto,não significou barreira para levarem
adiante o curso e a presença deles no estágio foi de fundamental importância,para mostrar
às escolas a possibilidade ainda que tímida de inclusão, em qualquer que seja o nível de
ensino. Outro ponto muito rico e que chamava atenção, era o fato das crianças tratarem
com muito carinho aos estagiários graduandos da UESPI, mostrando que a afetividade do
homem em sala de aula no Ensino Fundamental também é possível. Mas o que mais
chamou a atenção desta pesquisadora foi o fato destes aprendentes do curso de Pedagogia
rumo à profissionalização, incorporarem tão rápido a pesquisa no estágio adotando a
necessidade de intervenção através de projeto. Esta estratégia aceira pela equipe é
defendida por Pimenta e Lima (2004). Isso porque o movimento de valorização da
pesquisa no estágio no Brasil tem suas no início dos anos 1990, a partir do questionamento
que então se fazia, no campo da Didática e da Formação de Professores, sobre a
indissociabilidade entre teoria e prática. O estágio é uma atividade teórica
instrumentalizadora da práxis, como confirma Pimenta (1994), por acreditar que o (futuro)
professor como intelectual em processo de formação abre espaço para investigação das
práticas pedagógicas.
Palavras-chave: Estágio. Pesquisa. Ensino Fundamental.
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ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO FUNDAMENTAL:
Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI
Francisca Maria Silva Abrão – UFPI
Resumo: A busca por metodologias adequadas e viáveis na graduação tem se tornado uma
constante em quase todas as disciplinas, no entanto, quando se trata da disciplina de
monografia/TCC, os métodos adotados pelos professores costumam ser um tanto
previsível, porque não se tem muito que fazer, visto que o trabalho com essa disciplina é
mais focado no aluno, na sua produção, trata-se de orientações de caráter mais técnico. Na
tentativa de fugir a essa regra, idealizou-se o projeto Filmografia Histórica, o qual
consistiu em técnica metodológica utilizada na disciplina de Monografia II do curso de
História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI/Piracuruca). Vale destacar que o
projeto foi elaborado com base na área de interesse dos alunos e contou com a
participação destes. Objetivando contribuir com os graduandos na construção de suas
monografias, oportunizando-os mais uma opção de fonte à produção de conhecimento,
acoplou-se ao projeto o trabalho com o jornal impresso, o qual foi utilizado de duas
formas: primeiro como fonte de pesquisa e posteriormente na construção de um arquivo
de dados (artigos e reportagens na área de interesse do aluno); para essa segunda etapa, os
alunos foram orientados quanto à forma apropriada de armazenar no mínimo de espaço
possível, informações retiradas do jornal, preservando dados essenciais do mesmo.
Metodologicamente a aplicação das duas técnicas em sala de aula deu-se em elaborar o
projeto filmográfico; optar por uma bibliografia e filmografia especializada, que atendesse
aos objetivos da disciplina ministrada; divulgar o projeto no jornal Diário do Povo do
Piauí e levar este para a sala de aula, servindo de dados importantes à pesquisa dos alunos
e estruturação do acervo de artigos jornalísticos para posterior uso e enriquecimento de
suas pesquisas acadêmicas- científicas. Por meio de observação direta, percebeu-se que o
projeto ligado à divulgação no jornal e utilização do mesmo em sala, contribuiu para
elevar a autoestima dos alunos, refletindo inclusive na produção monográfica destes.
Palavras-chave: Metodologia. Filmografia histórica. Jornal impresso.
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FILMOGRAFIA HISTÓRICA E JORNAL EM SALA DE AULA
ANÁLISE DA FORMAÇÃO DO HISTORIADOR EM “UMA CIDADE SEM PASSADO”
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Paulo Tiago Fontenele Cardoso - UESPI
José Gilson da Silva Fontineles – FM
Resumo: O presente estudo visa a analisar os direcionamentos teórico-metodológicos para
a formação do historiador, a partir da narrativa ficcional do filme Uma Cidade sem
Passado, produzido em 1989. A formação do historiador, seja como professor, seja como
pesquisador tem sido ponto de reflexão constante ao longo da própria história da
constituição da disciplina como área do saber, sobretudo em sua tentativa de se legitimar
como ciência durante o século XIX. Nesse sentido, na medida em que se refletia sobre os
pressupostos teóricos e metodológicos da história, a formação do historiador,
especialmente nos espaços acadêmicos, também passava e passa por reformulações. É
sobre isso, dentre outras discussões, que versa o filme aqui analisado. Metodologicamente,
o estudo aqui apresentado se centra na análise da narrativa do filme, buscando a
visualização do papel do professor-educador no despertar de habilidades e potencialidades
dos discentes. Apresenta e analisa os desafios e possibilidades da formação do historiador,
levando em consideração que o fazer história está cercado de limites teóricos,
metodológicos e práticos. Por tal razão, é que o estudo ancora-se nas proposições feitas
por Michel de Certeau (2000) acerca socioinstitucional dos sujeitos. Além disso, as
dimensões dos limites da conceituação e da prática da história foram ancoradas nas
discussões sugeridas por Keith Jenkins (2006). Somando-se a esses, ainda são utilizadas
análises de Michel Pollak (1992; 1989) e LeGoff (1990) sobre história e memória.
Considera-se que o filme é uma excelente ferramenta, não só para a pesquisa, mas para as
inferências acerca dos caminhos a serem tomados pelos “aprendizes de historiador”.
Palavras-chave: História. Cinema. Ensino.
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HISTÓRIA EM CENA E EM SALA:
O JUDICIÁRIO PIAUIENSE NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO IMPÉRIO
Karine Cristinie da Silva Fontineles – UESPI
Marcelo de Sousa Neto – UESPI
Resumo: O presente artigo tem por escopo discutir a respeito da educação piauiense na
primeira metade do século XIX, com ênfase no nível de instrução dos magistrados da
província piauiense. A História do Direito no Brasil representa área ainda pouco
explorada, visto que ainda são parcos os trabalhos publicados acerca dessa proposta
temática. No caso do Piauí, em especial, pesquisas sobre a temática são ainda mais
escassas, o que tem dificultado o desenvolvimento das Ciências Jurídicas, bem como o
desenvolvimento da própria História. As dificuldades no acesso ao ensino formal,
associadas à grande extensão territorial do Império corroboraram a deficiência da prática
jurisdicional dos magistrados na província piauiense. Entender essa dimensão histórica
contribui para entender o desenvolvimento das sociabilidades em dado período, uma vez
que as decisões políticas do Brasil Império eram diretamente influenciadas pela formação
jurídica dos membros de sua elite. Partindo dessa perspectiva, analisar o surgimento
prematuro e desorganizado do judiciário piauiense em meio às tentativas de atender as
exigências de Portugal e, posteriormente, do Império Brasileiro é o objetivo do presente
estudo, bem como entender as disputas por poder e a utilização da educação formal como
elemento diferenciador e legitimador dos detentores desse poder. No que concerne à
metodologia utilizada na pesquisa, lançou-se mão de uma discussão analíticointerpretativa dos pronunciamentos oficiais do Visconde da Parnaíba, Manuel de Sousa
Martins – à época presidente da província, endereçados à Assembléia Legislativa. Como
referenciais teóricos para alicerçar a pesquisa foram utilizadas as discussões de Bevilaqua
(1977), Bonavides (2002), Carvalho (2003) e Moraes (2003), que se debruçam sobre a
história do Direito nas esferas nacional e local, além da análise da documentação oficial
da época oriunda da Assembléia Legislativa do governo provincial. Considera-se que a
formação judiciária dos jovens bacharéis, que em geral tiveram sua formação ligada à
Faculdade de Direito de Recife, teve papel fulcral nos direcionamentos das decisões
políticas da província piauiense.
Palavras-chave: Educação. História. Direito.
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LEGITIMAÇÃO DE MAGISTRADOS LEIGOS:
O LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E ABORDAGENS ARQUEOLÓGICAS
Luzia Leal de Oliveira - UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: A relação entre arqueologia e história possui uma grande responsabilidade no
sentido de revelar, e sem ambiguidades, que o conjunto das produções culturais das
sociedades ditas “pré-históricas” é indispensável para que se possa pensar na construção
da identidade do povo brasileiro, sendo assim, é preciso desconstruir a imagem distorcida
a respeito da “pré-história” brasileira que durante muito tempo esteve presente nos livros
didáticos de história. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar as abordagens
da arqueologia “pré-histórica” brasileira contida nos livros didáticos de história adotados
pelas escolas públicas nos ensino fundamental e médio de Teresina nas décadas de 1980 a
2010. Foram realizadas pesquisas em bibliotecas de escolas públicas e privadas de
Teresina – PI acervos particulares, entrevistas com docentes que ministram a disciplina de
História, revisão bibliográfica e leituras teóricas pautadas nas discussões de Fonseca
(2006), Bittencourt (2003) e Neves (2004). Utilizando-se, ainda, de equipamento como
máquina fotográfica e fichas para catalogar os livros. Dentre os resultados obtidos,
observam-se algumas características recorrentes nas abordagens dessa temática como, por
exemplo: um distanciamento entre Arqueologia e História, evidenciado principalmente na
recorrência nos livros didáticos das mesmas pesquisas arqueológicas desenvolvidas no
Brasil durante o século XIX. Concluiu-se, então, que a arqueologia é importante aliada no
estudo das populações “pré-históricas do Brasil”, uma história do Brasil, que ainda está
sendo contada e (re) escrita por este campo do conhecimento humano, a arqueologia, que,
se desvencilhando da escrita legitimadora e do olhar do conquistador, vem aos poucas
“resgatando” a história de nossos antepassados que durante muito tempo foi deixada de
lado pela historiografia brasileira.
Palavras-chave: História. Arqueologia. Escrita. Ensino.
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NAS (RE) LEITURAS DA ARQUEOLOGIA:
Gleiciane Carvalho Silva – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O presente trabalho apresentado é parte de uma pesquisa maior para conclusão
do curso de licenciatura em História, pesquisa essa intitulada como História e Memória da
Educação em Brasileira. As metodologias utilizadas se resumem em entrevistas, história
oral, bibliográficas e documentos que vem a concretizar os fatos apresentados nesse
segundo capítulo. Neste trabalho será enfatizando o sistema educacional após a
emancipação política da cidade de Brasileira, abordando as principais mudanças que
ocorreram no campo da educação através desse tão almejado processo emancipatório. Será
analisado o sistema da educação atual e a importância da educação para a construção real
de uma cidade, tendo em vista que o desenvolvimento de uma cidade ocorre quando se
trabalha em prol da educação de seu povo. Objetivamos nesse trabalho analisar o sistema
educacional da referida cidade, mostrando as consequências do processo emancipatório
para esse sistema, pretendendo também deixar aos cidadãos de Brasileira uma obra onde
podem se ver, rever e perpetuar essa história nos moldes da sociedade.Utilizando como
referências bibliográficas Itamar Sousa Brito com sua obra História da Educação no Piauí,
Alcebíades Costa Filho e sua obra A Escola do Sertão:ensino e sociedade no Piauí,18501889; Entrevista com Zaina de Sousa Costa(professora aposentada da cidade de
Brasileira) concedida a acadêmica Gleiciane Cravalho em 2012; Teresinha Queiroz com
sua obra Educação no Piauí (1880-1930).
Palavras-chave: História. Educação. Cidade.
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NOS SABERES DE CLIO: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO NA CIDADE DE BRASILEIRA – PI
Talita Damascena Ramos de Carvalho – UESPI
Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI
Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar as práticas de prostituição
na cidade Piracuruca, Piauí entre as décadas de 1970 e 1990, período que abarca a
decadência da única casa de prostituição da cidade, até a morte de sua dona e posterior
fechamento da casa. Metodologicamente, o trabalho está centrado na utilização da técnica
da História Oral, no intuito de construir fontes orais para a pesquisa. São feitas entrevistas
com ex-prostitutas que trabalharam tanto na casa, quanto em outras localidades (ruas,
praças), além de entrevista com o filho adotivo da dona do estabelecimento. Seus relatos
são tomados para a prospecção de como a casa surgiu naquela localidade, como a dona
começou a realizar suas atividades. Busca-se, também, por meio dos depoimentos, traçar o
cotidiano não só das prostitutas, mas de todos os sujeitos que frequentavam aquele espaço.
A relação das prostitutas com a sociedade, com a Igreja e com o Estado, sobretudo por
meio das forças policiais, é uma dimensão importante para a compreensão de como agiam
os diferentes sujeitos. Como arcabouço teórico-metodológico, utilizou-se as discussões
feitas por Michel Foucault (2010) acerca da sexualidade como além de prática física e
usos do corpo, mas como prática discursiva.Considera-se que o olhar sobre as práticas de
prostituição em Piracuruca, no recorte temporal delimitado, permite perceber que tais
práticas não estavam unicamente vinculadas ao sexo. Estavam relacionadas, também, às
formas de sociabilidades que alguns sujeitos tinham.
Palavras-chave: História. Gênero. Prostituição.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
OUTROS DOMÍNIOS DO PRAZER: PROSTITUIÇÃO E SOCIEDADE EM PIRACURUCA – PI
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA HISTÓRIA JUNTO À VIDA DOS EDUCANDOS
Vera Lúcia Vieira – UESPI
Marcos Antônio Alves de Matos – UESPI
Resumo: A presente pesquisa procura abrir reflexões e debates acerca da importância da
disciplina História para a formação critica dos educandos, de modo que estes possam
compreender de forma mais clara e objetiva sua função prática em meio a sua vida. A fim
de valorizar a mesma e colaborar com as atuações dos profissionais da área durante suas
aulas, este trabalho foi desenvolvido para que estes possam apreender formas mais
compreensíveis e claras de como desempenhar seu trabalho. É do entender de grande
parcela da população que a educação é a base fundamental para o desenvolvimento de um
país, o que resulta não apenas em soluções para os entraves que envolvem nossa sociedade
como também em alicerces para uma formação critica e consciente do individuo. Sendo
que para essa conscientizarão realmente ocorrer é necessária uma mudança na
mentalidade dos responsáveis por esse trabalho, os quais se encontram dentro das escolas,
local onde o 1º passo deve ser dado, pois é nesse ambiente que as crianças têm contato
com questões a respeito do nosso passado, pois durante as aulas de História os alunos
juntos ao professor podem trocar experiências, opiniões, logo, as crianças estão em
constantes atividades que lhes proporcionam diversas situações de informações, as quais
podem colaborara com o saber histórico. A História está presente em várias outras áreas
de estudo, na literatura, na arte, nas lendas e mitos, nos diários do viajante, na musica, no
teatro, no cinema, enfim, em tantas outras formas de expressão humana e são estas
expressões que se tornam objetos de estudo da História, uma vez que o homem é cultura.
Palavras-chave: História. Ensino. Prática.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
POR OUTRAS HISTÓRIAS:
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA HISTÓRIA JUNTO À VIDA DOS EDUCANDOS
Vera Lúcia Vieira - UESPI
Marcos Antônio Alves de Matos – UESPI
Resumo: A presente pesquisa procura abrir reflexões e debates acerca da importância da
disciplina História para a formação critica dos educandos, de modo que estes possam
compreender de forma mais clara e objetiva sua função prática em meio a sua vida. A fim
de valorizar a mesma e colaborar com as atuações dos profissionais da área durante suas
aulas, este trabalho foi desenvolvido para que estes possam apreender formas mais
compreensíveis e claras de como desempenhar seu trabalho. É do entender de grande
parcela da população que a educação é a base fundamental para o desenvolvimento de um
país, o que resulta não apenas em soluções para os entraves que envolvem nossa sociedade
como também em alicerces para uma formação critica e consciente do individuo. Sendo
que para essa conscientizarão realmente ocorrer é necessária uma mudança na
mentalidade dos responsáveis por esse trabalho, os quais se encontram dentro das escolas,
local onde o 1º passo deve ser dado, pois é nesse ambiente que as crianças têm contato
com questões a respeito do nosso passado, pois durante as aulas de História os alunos
juntos ao professor podem trocar experiências, opiniões, logo, as crianças estão em
constantes atividades que lhes proporcionam diversas situações de informações, as quais
podem colaborara com o saber histórico. A História está presente em várias outras áreas
de estudo, na literatura, na arte, nas lendas e mitos, nos diários do viajante, na musica, no
teatro, no cinema, enfim, em tantas outras formas de expressão humana e são estas
expressões que se tornam objetos de estudo da História, uma vez que o homem é cultura.
Palavras-chave: História. Ensino. Prática.
I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839
POR OUTRAS HISTÓRIAS:

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