anais i simpósio de história da uespi de e ii
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anais i simpósio de história da uespi de e ii
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI) PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO (PREX) COORDENAÇÃO DO CURSO DE HISTÓRIA Caderno de Resumos ISSN 2316-5839 Piracuruca (PI), v.1,n.1/2012 Piracuruca – PI, 2012 I SIMPÓSIO DE HISTÓRIA DA UESPI II SEMANA DE HISTÓRIA DA UESPI História Plural: História, Linguagens e Educação Piracuruca - PI, 2012 I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 Caderno de Resumos Simpósio de História da UESPI e Semana de História da UESPI (1., 2012 nov. : Piracuruca). Caderno de Resumos do 1º Simpósio de História da UESPI e 2ª Semana de História da UESPI- História Plural: história, linguagens e educação). Universitário de Piracuruca, PI, 28 de outubro a 01 de novembro de 2012 / Organizado por Calil Felipe Zacarias Abrão, Pedro Pio Fontineles Filho, Clarice Helena Lira Santiago e Francisca Maria Silva Abrão. – Teresina: UESPI, 2012. ISSN: 2316-5839 1. Simpósio. 2. Pesquisador – formação docente. 3. Memória coletiva. 4. Gênero e sexualidade. I. Abrão, Calil Felipe Zacarias. II. Fontineles Filho, Pedro Pio. III. Lira, Clarice Helena Santiago. IV. Abrão, Francisca Maria Silva Abrão. V. Semana de História da UESPI, 2. VI. Título. CDD 060 Ficha elaborada pelo Serviço de Catalogação da Biblioteca Central da UESPI Aureste de Sousa Lima (Bibliotecário) CRB-3/1215 I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 S6124 Caderno de Resumos “História Plural: História, Linguagens e Educação” Organização : Calil Felipe Zacarias Abrão Pedro Pio Fontineles Filho Clarice Helena Santiago Lira Francisca Maria Silva Abrão Edição: Programação Visual (Org.): Calil Felipe Zacarias Abrão Francisca Maria Silva Abrão Pedro Pio Fontineles Filho Francisca Maria Silva Abrão Herbert Henrique Gomes Santos Comitê Organizador: Ana Valéria Gomes Santos Calil Felipe Zacarias Abrão Carlos André de Sousa Caroline Alves de Meneses Clarice Helena Santiago Lira Cláudia Cristina da Silva Fontineles Clóves Tadeu Oliveira Veras Diogo Felipe de Sousa Barros Fernanda Aparecida Gertrudes Francisca Maria Silva Abrão Francisco da Chagas da Silva Justino Irene Magalhães Vieira Isaac Daniel da Silva Teles Jailson dos Santos Calocio Jean Paulo Nascimento Silva João Neres Luana Maria Dutra Chaves Marcelo de Sousa Neto Maria Alice Pereira da Silva Maria de Fátima de Carvalho Sousa Maria Francisca Rodrigues de Brito Ozael de Moura Costa Pedro Pio Fontineles Filho Priscila de Moura Souza Rogério Paulo Pereira Sebastião Pinheiro dos Santos Filho Talita Damasceno Ramos de Carvalho Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz Universidade Estadual do Piauí – UESPI Núcleo Universitário de Piracuruca - Piauí Coordenação do Curso de História Rua Tenente Rui Brito, 1430 C / CEP: 64.240.000 Fone/Fax: 3343-1369 Correio Eletrônico: [email protected] https://1simposiodehistoriadauespi.wordpress.com. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 I SIMPÓSIO DE HISTÓRIA DA UESPI II SEMANA DE HISTÓRIA DA UESPI 1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 06 2 PROGRAMAÇÃO .................................................................................................... 08 3 GT I: (Re) Cantos da Escrita: História, Cinema e Arte ............................................ 10 4 GT II: História, Cidade e Narrativas: interconexões ................................................ 21 5 GT III: História: limiares entre gênero e educação .................................................. 21 I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 SUMÁRIO O Curso de História da Universidade Estadual do Piauí tem se destacado nos espaços de interlocução acadêmica pela busca constante do (re) pensar e do (re) fazer a escrita da História. Nesse sentido, o curso oferecido pelo Núcleo de Piracuruca, Piauí tem almejado lançar suas contribuições no sentido de promover discussões que versem sobre o ofício do professor-historiador, capaz de agir nas esferas da educação sem perder de vista a importância da pesquisa e da extensão. Por tal razão, é que discentes e docentes desse núcleo, bem como de outros campi, reúnem esforços para ofertar momento de trocas por meio do I Simpósio de História e da II Semana de História da UESPI de Piracuruca, Piauí. Nessa versão do evento, busca-se associar ensino, pesquisa e extensão, como elementos basilares da atuação acadêmica. Para tanto, envereda-se nos limiares que aproximam a História com as variadas manifestações da Linguagem e como isso reverbera nas instâncias da educação, sobretudo na formação do professor-pesquisador de História. Intenta-se, também, com o presente evento, socializar as inúmeras pesquisas que se dedicam à pluralidade dos objetos, temáticas, problemas e fontes que condicionam a produção histórica, não só nos espaços da universidade, mas chegando aos âmbitos das escolas de educação básica, tanto da rede pública como privada. Por esse diapasão, encontram-se aqui reunidos os resumos dos trabalhos de pesquisas apresentados, debatidos e refletidos ao longo das atividades do evento. São trabalhos que pontuam direções para as escritas da História, com destaque para algumas linhas, temáticas e chaves de leitura. São trabalhos que remetem às inter-relações entre a História e a Cidade, notadamente no que se refere às questões ligadas aos conceitos de espaço, lugar, espacialidade, território, citadino, assim como os limites e potencialidades entre o rural e o urbano, com foco no que se refere às noções de modernização e modernidade. Há espaço também para trabalhos relacionados aos aspectos da Educação e das práticas docentes, salientando estratégias, mecanismos, instrumentos e recursos que podem contribuir para a pesquisa e para o ensino de História e áreas afins. Nesse mesmo grupo de pesquisas, há, também, destaque para trabalhos que buscam refletir sobre a arte e as imagens como formas de falares e dizeres sobre o homem e suas múltiplas maneiras de agir e pensar em diferentes localidades e temporalidades. Além disso, aglutina resultados de trabalhos que se debruçam sobre as intricadas relações entre História, Gênero e Sexualidade, como discussões que revelam práticas e discursos que (re) inventam comportamentos e ações políticas, sociais e econômicas de cada temporalidade e espacialidade. A partir disso, cabe somente o grande desejo de que tais textos, mais que indicativos de trabalhos, sejam expressões da memória do evento e de seus participantes. Resta, também, o desejo de boas leituras e o despertar para novos pesquisas e novas Histórias! Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho Coordenador do Evento Professor do Curso de História – UESPI/CCM I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 APRESENTAÇÃO Domingo, dia 28 de outubro: 08 às 18h - Credenciamento e Filmografia Histórica “Imaginando a Antiguidade” 17:30h às 18h – Solenidade de abertura 18 às 20h - Conferência de Abertura: “Nas trilhas de Clio e Minemosine: história, memória e historiografia Recente” Profa. MSc. Clarice Helena Santiago Lira Segunda-feira, dia 29 de outubro: 08 às 12h - Minicurso I: História e Memória Prof. Mestrando José de Arimatéa Freitas Aguiar Júnior Profa. Bárbara Cristina Barrinete Almeida Alves Profa. Mayra Izaura de Moura 12 ás 14h - Filmografia Histórica “Repensando o Medievo” 14 às 18h - GT I: (Re) Cantos da Escrita: História, Cinema e Arte Prof. Espec. Calil Felipe Zacarias Abrão (UESPI-Piracuruca) 18 às 20h – “(Entre) vista: memórias do viver, ler e escrever História” Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI-Clóvis Moura) Terça-feira, dia 30 de outubro: 08 às 12h - Minicurso II: História e Cinema: Reflexões e Análises Prof. Mestrando Francisco Rafael Lima Farias (UESPI-Torquato Neto/UFPI) Prof. Esp. Paula Poliana Olímpio de Melo e Sousa 12 às 14h - Filmografia Histórica “Entre a tela e o texto” 14 às 16h - Palestra: Policiamento e educação nos oitocentos Prof MSc Ozael de Moura Costa (UESPI) 16 às 18h – Teatro: A história no teatro 18 às 20h - Palestra: “História e Cultura Política” Prof. MSc. Edmundo Ximenes (UESPI-Campo Maior) Quarta-feira, dia 31 de outubro: 08 às 10h - Oficina: Como se faz um projeto de pesquisa em História Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI-Clóvis Moura) 10 às 12h - Mesa redonda I: “História, Educação e Memória” Prof. Dr. Marcelo de Sousa Neto(UESPI-Clóvis Moura) Profa. Dra. Claúdia Cristina da Silva Fontineles (UFPI-Teresina) Profa. MSc. Isabel Cristina da Silva Fontineles (UESPI-Clóvis Moura) 12 às 14h - Filmografia “Entre a tela e o texto” 14h às 18h - Minicurso III: (Re) Desenhando Histórias: os usos dos Quadrinhos na História Prof. Esp. José Gilson da Silva Fontineles (Faculdade Múltipla). 18h às 20h - Mesa redonda II: “Estágio e Prática Pedagógica: aproximações e desafios” Prof. Esp. Jean Paulo Nascimento Silva (UESPI-Piracuruca) Prof. Esp. Marco Antonio Alves Matos (UESPI-Piracuruca) Quinta-feira, dia 1º de novembro: 08 às 12 h - Minicurso IV: História Medieval: sujeitos, sociedade e imaginário I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 PROGRAMAÇÃO I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 Prof. MSc. José de Arimatéa Isaías Ferreira (UESPI-Clóvis Moura) Apresentações orais – GT2: 1ª parte História, Cidade e Narrativas: interconexões. Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI-Clóvis Moura) Profª.Drª.Cláudia Cristina da Silva Fonteneles (UFPI) 12 às 14h - Filmografia: “Repensando o Medievo” 14 às 18h Apresentações orais – GT2: 2ª parte História, Cidade e Narrativas: interconexões. Prof. Doutorando Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI-Clóvis Moura) Profª.Drª.Cláudia Cristina da Silva Fonteneles (UFPI) Apresentações Orais – GT3 GT III: História: limiares entre gênero e educação. Prof. MSc Joseanne Zingleara Soares Marinho (UESPI-Torquato Neto) Profa. Esp. Vicencia Rozilda Marques Sobrinho (UESPI/UFPI) 18h às 20h – Conferência de Encerramento “História e Linguagens: saberes e fazeres” Prof. Dra. Teresinha de Jesus Mesquista Queiroz (CCHL-UFPI). RESUMOS COORDENAÇÃO: PROF. ESP. CALIL FELIPE ZACARIAS ABRÃO A COMUINICAÇÃO VIA RADIO NA CULTURA PIAUIENSE João Neres – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: O presente estudo tem como principal objetivo fazer uma reconstituição do cumprimento do papel social do rádio em Piracuruca, desde a fundação da primeira emissora de rádio a partir da década de 80 do século XX, isto é, fazer uma reflexão no cotidiano da sociedade piracuruquense, sua participação direta ou indireta nas mudanças e permanências sofridas pela sociedade de Piracuruca. Busca-se entender as mudanças ocorridas na forma de utilizar os benefícios oferecidos através de um meio de comunicação que persiste mesmo com a presença da TV em grande parte dos lares piracuruquense. Não se pretende realizar um trabalho de história do rádio de Piracuruca, mas da presença e atuação deste meio no cotidiano da sociedade piracuruquense, sendo este que foi um receptor muito importante para se ouvir os programas de maior audiência na emissora local da cidade. Assim como em outras regiões do país, no Piauí o rádio também foi à época impactante com a chegada da emissora de rádio; mesmo tendo chegado tardiamente, não deixou de ser recebido com muita euforia pela população piauiense. Na época ainda era muita grande a população rural, residindo em comunidades distantes, o que dificultava a ida das pessoas à cidade, pois vários fatores os impediam de se deslocarem, como por exemplo: o índice de pobreza muito alto, a falta de transporte ou sua precariedade, o difícil acesso por falta de estradas. Tudo isso fazia com que a população rural ficasse cada vez mais distante das cidades, sendo o rádio o elo entre a cidade e campo da década 80. Trata-se de uma pesquisa em andamento, para a qual o percurso metodológico consiste em dois momentos: o primeiro de caráter quantitativo (coleta do material); segundo referente ao processo de análise e seleção dos dados produzidos, adquiridos em campo e relacionados com a bibliografia especializada. Palavras-Chave: Sociedade. Participação. Mudança. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 GT-I: (RE) CANTOS DA ESCRITA: HISTÓRIA, CINEMA E ARTE CONSTRUÇÃO REAL DA MODA DA ÉPOCA, COMO PARA A COMPARAÇÃO COM A MODA ATUAL. Iolete Fontenele de Brito Viana - UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: Como a moda faz parte de todas as épocas da existência humana, entende-la é sem dúvida, uma necessidade daqueles que dela se utilizam. A moda trás em si a necessidade de novos pensamentos, novas atitudes e novos gostos, sendo sempre abrangente e contagiante, pois desperta desejos e manifestações de fatos que englobam determinada sociedade, fazendo com que o todo se torne um. Porém, estes gostos da década de 60 perduram até hoje, pois a imagem que se ver da moda atual estar inserida na década aqui analisada, sendo comprovada através das fotos que se tem do período. Dentro de uma perspectiva visual, buscamos analisar por quê esta moda foi considerada a moda exclusiva dos anos 60 e ainda, delimitar os fatores que perduraram e a sustentaram por todas estas décadas, podendo ser visto os repetidos modelos nas fotos que atualmente observamos. O objetivo é fazer uma apresentação da moda do período de 1960, através de fotos e imagens, trazendo em suma um paralelo entre os fatores sociais e culturais que favoreceram ao surgimento da moda da década citada, dando ênfase a analise de diversas imagens, da época e recentemente, pois quando juntamos estes fatores, vemos a importância destes para o seu firmamento nos dias atuais. Por tratar-se de um estudo em processo de construção, pretende- se ao final deste, ter conseguido delimita a moda em sua mais sublime forma: a imagem que esta provoca aos que dela se contagiam. A metodologia adotada consistiu em pesquisa bibliográfica de autores renomados como Lipovestsky (1989), Réis (1996), Hobsbawm (1995), dentre outros, que deram suporte para sustentar o discurso sobre o tema. Destacamos que a nova história sempre deixa espaço para que se construa novos discursos a cerca dos temas já debatidos e com certeza muito ainda se tem a debater com relação ao percurso da moda e principalmente sua função junto as atuais sociedades existentes. Para o futuro, espera- se que se possa encontrar várias obras que discorram a cerca da moda, trabalhada através da imagem, onde cada década possuí as suas lembranças e suas comprovações, principalmente aquelas que interferem os brasileiros, e mais precisamente os piauienses, pois a fontes encontradas são poucas, delimitando as pesquisas de quando se pretende trabalhar o poderio da moda e sua importância visual nas sociedades existente no país. Palavras-Chave: Imagens. Moda. História Nova. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 A INSIGNE ANÁLISE CONCERNENTE A MODA DE 1960 E A IMPORTÂNCIA DA FOTO PARA A DIALOGANDO COM O PASSADO E INTERAGINDO NO PRESENTE Calil Felipe Zacarias Abrão - UESPI Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI Ana Paula Rodrigues da Silva – UESPI Resumo: O principal objetivo deste artigo é fazer uma análise histórico-comparativa, entre dois filmes épicos, que discorrem sobre a história de Alexandre Magno (356-323 a.C), que governou a Macedônia, e a quase totalidade do mundo conhecido de então, ou seja, o final do século IV a.C. Busca-se compreender as consonâncias e dissonâncias entre as abordagens apresentadas em cada trabalho fílmico entre si, assim como entre eles e as informações e debates já promovidos pela historiografia acerca da atuação de Alexandre. Faz-se, ainda, uma reflexão sobre os condicionantes sócio-históricos da produção, circulação e consumo de tais filmes. Realiza-se, também, foco sobre o lugar sócioinstitucional dos diretores responsáveis por cada produção, no intuito de visualizar os jogos de interesses que cercam os espaços de feitura e apropriação dos filmes, visto que não há discurso, seja histórico, seja ficcional, que não esteja movido por relações de força que impulsionam a própria existência e direcionamento de tais discursos. Como principais diálogos teórico-metodológicos destacam-se as discussões feitas por Rosenstone (2010) e Macedo (2009) acerca da relação entre História e Cinema, destacando os limites e potencialidades da aproximação entre as narrativas de cada um. Os filmes, como integrantes do universo do Cinema é mais um elemento norteador para as discussões acerca de como as imagens podem contribuir para as reflexões acerca das pesquisas históricas, bem como a possibilidades de pensá-los como instrumentos eficientes na prática docente dos professores-pesquisadores de História. Palavras-chave: História. Cinema. Antiguidade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ALEXANDRE PARA ALÉM DA TELONA: Antonia Rita Brito De Cerqueira – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal analisar a história de Martin Guerre, contada pela historiadora Natalie Zemon Davis em seu livro “O Retorno de Martin Guerre” sendo o mesmo retratado num filme de mesmo nome, rodado na França em 1982, em que a própria Natalie participa como (roteirista convidada) para contribuir, a partir de seus estudos, com o roteiro para a filmagem do filme. Fato é que seu roteiro, suas analises e interpretações acabaram tornando-se, além do filme, uma obra de alcance e sucesso mundial. Com base nisso, nos propomos à análise do filme, de forma a entender seu relato sob o prisma da história socio-cultural. O filme em questão narra a vida de uma típica família camponesa da Europa Medieval, com suas estruturas e “hierarquias”, e principalmente a sua estruturação mental. Partindo da percepção da sociedade medieval do século XVI, o filme nos mostra o cotidiano e as mentalidades do povo da época. Suas vivencias e relações sociais bem destacadas nos põe a discutir sobre essas relações analisando o cotidiano e o imaginário desses camponeses. Metodologicamente optou-se pela Micro-História, por interessa-se basicamente pelo cotidiano do menor, do oprimido e/ou marginalizado, não se esquecendo dos heróis oficiais, grandes datas e fatos, levandonos a um olhar mais amplo do dia-a-dia e vivências desses camponeses. Embasamos-nos em Lopes (2009), Davis (1987) e Prata (2010). Quanto às discussões levantadas no filme, destacamos: discussões sobre a vida cotidiana dos camponeses medievais, desde as relações entre si, com a terra, com o imaginário e com a igreja. Entre si na questão da vida em sociedade e principalmente no casamento, sendo este diretamente interligado na relação que se mantinha com a terra e propriedades, tendo em vista, muitos dos casamentos serem realizados para, além de perpetuar a família, manter as terras sob o domínio da mesma; por fim a relação com a religião, impregnada nas mentalidades do povo medieval, intimamente ligado ao sagrado, ao divino ou ao demoníaco. Tendo a religião como mola-mestra, o povo vivia subjugado. Buscamos com esta análise, contribuir para a construção de um olhar mais crítico para a sociedade medieval do século XVI; elevar a importância de voltarmo-nos não somente aos heróis e seus grandes feitos, mas ao pequeno, marginalizado, o que nos revela novos olhares para se compreender uma sociedade, seja ela qual for e isso é de grande importância para os historiadores. Palavras-Chave: Filmografia. Micro-História. Mentalidades. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ANÁLISE DO FILME: O RETORNO DE MARTIN GUERRE Suzane Barbosa Da Silva Nascimento – UESPI Crisálida Costa Araújo - UESPI Mayra Christianne Lustosa Monteiro – UESPI Resumo: O presente estudo tem o objetivo de analisar o filme Apocalypto do diretor Mel Gibson que retrata a história da decadência da civilização maia e a luta desta civilização pré-colombiana para sobreviver à sua crise agrícola, problematizando a inter-relação história e cinema e suas contribuições para o ensino de história e para desenvolver o senso crítico do aluno. No filme, os maias encontram na religião, respostas às intempéries climáticas que destroem a sua milenar civilização. O enredo retrata a violência e a crueza da política expansionista da civilização maia sobre os povos da região por ela dominados. A hierarquia da civilização maia aparece retratada através da arquitetura piramidal dos edifícios onde, no topo, paira o líder político e sua família ao lado da casta dos sacerdotes. Os prisioneiros capturados são sacrificados em um altar, onde o coração de cada um é extraído do corpo e a cabeça é decepada e oferecidos ao deus Kulkulan. Metodologicamente o estudo se deu a partir da análise do filme Apocalypto acompanhado das leituras de Las Casas (1562) e Cardoso (2004). Os principais resultados do estudo apontam as civilizações pré-colombianas como civilizações ricas em cultura e arquitetura. Tais resultados ainda revelam o uso de filmes na quebra de conceitos eurocêntrico que desvalorizam tal civilização por ter seu desenvolvimento atrasado em relação a Europa, julgados de bárbaros por não serem adeptos do cristianismo e com costumes totalmente diferentes dos europeus que se diziam civilizados Palavras-Chave: Civilização Maia. História. Cinema I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 APOCALYPTO: A CIVILIZAÇÃO MAIA Francinalda Dos Santos Carvalho – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão - UESPI Resumo: Sendo uma festa de caráter popular, o carnaval destaca-se pelo seu ar de liberdade, onde o imaginário e o real se convertem em quatro dias de intensa euforia. Dentro do carnaval, um elemento indissociável é a arte, esta que se faz presente no instante em que rompem os tambores e realizam-se as danças, as músicas em forma de enredos e as fantasias que dão mais luxuosidade às festas carnavalescas. O estudo tem como objetivo principal, mostrar as transformações ocorridas ao longo de várias décadas no seio das festas carnavalescas e como estas são realizadas na atualidade contribuindo para a perpetuação de novo saberes em relação à cultura e arte do carnaval. Tendo em vista que trabalhar um tema como festas, em especial o carnaval (conhecido e vivenciado mundialmente e que envolve culturas diversas), requer do historiador um papel minucioso enquanto pesquisador, uma vez que para conhecer profundamente o tema e escrever sobre o mesmo, o historiador precisa inovar a forma de produzir/ adquirir e repassar/ trocar conhecimentos. Isto se mostra mais necessário no trabalho com imagens onde o olhar artístico se faz relevante, tanto quanto a pesquisa e/ou gosto pela História. O trabalho enquadra-se em uma pesquisa de caráter documental e descritivo, seguido de três etapas: análise documental; entrevistas com alguns conhecedores da história do carnaval da década trabalhada; e análise/ seleção dos dados coletados, resultando na fase final da pesquisa, para tanto, nos fundamentamos em Queiroz (1992), Cunha (1980, 1920), Bakhtin (1999). Conclui-se que por meio de imagens (no / do carnaval) é possível inferir sobre a própria concepção que se tem de sociedade, do papel da mulher, do homem em vários aspectos; que as transformações ocorridas gradativamente, contribuem para a quebra de preconceitos (tanto em relação à visão que tinha da mulher, quanto ao papel do homem em sociedade); que o carnaval significa um ganho muito grande para a cultura local e consequentemente para a arte de um modo geral. É possível perceber e acompanhar essas mudanças através das imagens em vídeos, ou em fotografias, configurando-se estas em ricas fontes de dados ao pesquisador-historiador. Piracuruca é uma cidade de cultura vasta sem igual e que além de ter sido palco de grandes acontecimentos abrigou em suas ruas e clubes grandes festas carnavalescas que muito deixaram de história e herança em arte. Palavras-Chave: Cultura Popular. Imagens. Carnaval. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ARTE CARNAVALESCA DE PIRACURUCA: REVELAÇÕES CULTURAIS ATRAVÉS DE IMAGENS Daniela Alves Sousa – UESPI Francisca Maria Silva Abrão – UFPI Resumo: Vivemos atualmente num mundo tecnológico, mundo da informação em tempo real e nesse contexto a televisão tem se configurado no meio de comunicação mais acessível e dirigível a um grande número de telespectadores. É sabido as influências que este meio de comunicação causa nas pessoas, em várias instancias tais como: mudanças comportamentais, de linguagem e de pensamento. Com base nisso, propomos um estudo acerca dos impactos da televisão, abordando o aspecto social de uma cidade reconfigurada a partir desse meio de comunicação de massa. O objetivo é explanar o surgimento da TV e suas influências na cidade de Piracuruca, região norte do estado do Piauí, bem como conhecer os avanços que aconteceram na cidade a partir do advento da televisão. Tendo sido implantada em sete de abril de 1970 pelo Sr. Zé Brito, a TV configurou-se num marco da história de Piracuruca, significou um ganho extraordinário para a cidade. Muitas torres foram construídas com o fim único de levar som e imagem aos lares piracuruquenses. É fato que com o advento desta, gerou emprego para alguns da cidade, mas poucos eram os que podiam usufruir dessa novidade tecnológica à época, pois sendo um bem de alto custo financeiro, só era acessível a uma pequena parcela da população - os ricos da localidade. Por meio de um estudo bibliográfico analisamos histórica e teoricamente os primeiros meios de comunicações de massa, tendo como foco central a televisão. Trata-se de uma pesquisa em processo de construção e por isso apresentamos dados parciais do estudo, para o qual se fez necessário um recorte temporal que abrange a década de 70 a 90. Nortearam o estudo os seguintes autores: Fortes (2004), McLuhan (1970) e Chauí (2003). Para a produção dos dados a serem analisados recorremos à técnica de entrevista semiestrutura, tendo-se os piracuruqueses mais velhos e novos configurando-se enquanto os sujeitos da pesquisa, a fim de entendermos o que eles pensavam sobre a televisão na época de sua implantação e se mudou a visão que tinham com a inserção da TV de hoje. Palavras-Chave: Comunicação de Massa. Televisão. Piracuruca. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ASPECTOS SOCIAIS DO IMPACTO DA TELEVISÃO EM PIRACURURA Priscila De Moura Souza - UESPI Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de promover o debate sobre as interrelações entre História e Cinema, dando destaque para o filme Em Nome de Deus. Tal filme é tomado como instrumento de análise e pesquisa sobre a Idade Média, objetivando, também, a aproximação entre história e imagem, na dinamização de discussões da disciplina história na aplicação de conceitos e categorias que norteiam a formação do professor-pesquisador de história. O estudo gira em torno da problematização de como a narrativa ficcional se aproxima ou se distancia da narrativa histórica. Contar histórias por meio do cinema é mais que uma simples narrativa linear dos eventos e das experiências humanas no tempo e no espaço. Narrativa ficcional e narrativa histórica se aproximam no sentido de (re)criarem percepções sobre a realidade. Metodologicamente, o estudo se deu a partir da análise do filme Em Nome de Deus, do diretor Cliver Donner, que retrata transformações que ocorriam na Europa entre a virada dos séculos XII e XIII, um pouco da sociedade medieval, onde o santo ofício mantém as rédeas da sociedade, subjugando os desejos individuais e onde há o nascimento da universidade e o afloramento da filosofia, bem como a circulação de textos históricos que romperam com os paradigmas da igreja na idade média. Como arcabouço teórico, recorreu-se às discussões feitas por Rosenstone (2010), Schnitt (2007) e Paiva (2006) acerca da relação entre História e Cinema. Os principais resultados do estudo demonstram que pensar a Idade Média por meio das imagens, sobretudo pela utilização de filmes, é voltar o olhar para os diferentes discursos que se constroem sobre a história daquele período. Tais resultados ainda têm apontado o uso de filmes na formação de professores pesquisadores de história, com grande relevância na transformação das formas de ensino da disciplina histórica, ampliando os horizontes de reflexão tanto de professores como de alunos dos diferentes níveis de ensino. Palavras-chave: História. Cinema. Narrativa. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 EM NOME DE DEUS: A IDADE MÉDIA SOB A ÓTICA DO CINEMA Alda Juliana Pereira Do Nascimento - UESPI Rebeca Hennemann Vergara De Souza – UESPI Resumo: O objetivo desse trabalho é analisar o papel social da mulher intelectualizada na Antiguidade, especialmente no que se refere ao seu lugar como sujeito do conhecimento. Para tanto, analisaremos a construção da personagem Hipátia no filme Alexandria, de Alejandro Amenábar (Espanha, 2009). O filme se passa na cidade de Alexandria durante o período da dominação romana e tem como pano de fundo a consolidação do cristianismo em detrimento das formas religiosas tradicionais. A Hipátia histórica foi uma filósofa e professora na Escola de Alexandria vivendo um mundo em transformação. Seu lugar feminino não fica imune às transformações sociais mais amplas. Hipátia é uma mulher privilegiada e diferenciada dentro do contexto social de sua época, pois tinha a oportunidade de escolher dedicar-se unicamente à Ciência e à Filosofia e recusar o casamento. A partir da noção de poder proposta por Michel Foucault, pretendemos mostrar nesse trabalho como o lugar social da mulher, representado na figura da filósofa Hipátia, é construído na tensão entre a pressão pela sujeição à hegemonia intelectual e política masculina e ao cristianismo e as resistências cotidianas do ser mulher-sujeito de saber e de poder. Palavras-Chave: Alexandria. Lugar social da mulher. Poder. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ENTRE A CASA E A BIBLIOTECA: O (DES)LUGAR DA MULHER NA ANTIGUIDADE Alinne Kelly Lopes Sousa - UESPI Neliane Alves Dos Santos - UESPI Elenilda Da Silva Santos – UESPI Resumo: O objetivo deste texto é trabalhar o filme Erik, o viking (1965) do diretor Mário Caiaro, mostrando a importância da imagem cinematográfica para a historiografia contemporânea, com intuito de mostrar como o chamado filme-histórico sofre influência da sociedade que o produz. A relação cinema-história é o meio para esse estudo, pelo qual pretendemos demonstrar de que forma o cinema atual representa e pensa a Idade Média utilizando o filme Erik, o viking para esta análise. A era viking começou em torno do ano 800 d.C. Os vikings (normandos) da Escandinávia eram comerciantes, colonizadores e exploradores, além de saqueadores. Os vikings (ou viquingues) protagonizaram uma onda de invasões de outras regiões da Europa. O movimento expansionista dos vikings foi possível graças a suas avançadas armas e embarcações, sua organização militar e seu indubitável espírito aventureiro. Os vikings da Noruega realizaram expedições à GrãBretanha, à França, às ilhas Shetland, Órcadas, Hébridas, de Man e Faroe, e à Islândia. Erik, o Vermelho, conduziu os vikings até a Groenlândia a partir da Islândia; anos mais tarde, o seu filho Leif Eriksson teria se tornado possivelmente o primeiro europeu a chegar, sem saber, à costa da América do Norte (Vinland). Muitos vikings regressaram a suas terras e os conhecimentos por eles adquiridos no contato com a civilização da Europa ocidental prestaram importante contribuição para a unificação e a cristianização da Noruega. Metodologicamente o estudo se deu através de análise do filme Erik, o viking acompanhado leitura de Hobsbawm (1789). Com tudo isso, devemos perceber a contribuição do cinema para o estudo da história e a relação história-imagem como método para compreensão de conteúdos históricos contribuindo para o despertar do senso crítico tanto do aluno quanto do professor no ensino de história. Palavras-Chave: História. Cinema. Idade Média. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ERIK, O VIKING: A UNIFICAÇÃO DA NORUEGA Miridan De Sousa Machado – UESPI Gesrson Da Silva Costa – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: O presente estudo tem como objetivo analisar o filme Henrique V, do diretor Kenneth Charles Branagh, tendo-se como intuito explorar as inter-relações entre história e cinema, dando destaque para o uso de filmes como instrumento de pesquisa e análise no ensino de história. Discute-se aqui a aproximação entre história, imagem e cinema como dinamização de discussões da disciplina história na aplicação de conceitos que possibilitem a aprendizagem e desperte a formação crítica do aluno. Metodologicamente o estudo se deu a partir da análise do filme Henrique V que trata da história do rei Henrique V da Inglaterra que entra em guerra contra a França, comandando um exército com menor número de soldados, nos campos de batalha em França, onde soldados ingleses avançam entre corpos, sangue e membros dos seus companheiros mortos. No meio desta confusão, emerge um homem - o Rei. Um rei cuja capacidade de liderança e coragem inspira os seus homens a fazerem frente a um exército francês, cinco vezes superior: Henrique V. Ele comanda o exército inglês na batalha que ficou conhecida historicamente como Batalha de Agincourt. Como arcabouço teórico, recorreu-se às discussões feitas por Nóvoa (1999), Barros (2008). Os principais resultados do estudo demonstram que o uso de filmes no ensino de história tem grande relevância na transformação das formas de ensino da disciplina histórica. Tais resultados ainda têm apontado o filme como instrumento que amplia os horizontes de reflexão tanto de professores como de alunos dos diferentes níveis de ensino. Palavras-Chave: História. Cinema. Narrativas. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 HENRIQUE V: A HISTÓRIA DA INGLATERRA ATRAVÉS DO CINEMA Maria Da Conceição Cardoso Amaral – UESPI Maria De Fátima Da Silva – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: O presente trabalho trata sobre o filme Joana D’arc (1948) do diretor Victor Flaming, mostrando a importância da imagem cinematográfica para a historiografia contemporânea. A relação cinema-história serviu de base para o estudo que tem como objetivo mostrar como o chamado filme-histórico sofre influência da sociedade que o produz. Neste artigo, pretendemos demonstrar de que forma o cinema atual representa e pensa a Idade Média, utilizando o filme Joana D’arc para esta análise. Uma época que se tornou alvo de inúmeras ideias e visões, e que foi caracterizado pelos renascentistas como “Idade das Trevas”, devido à visão de que tais séculos teriam “atrasado” a sociedade européia por não apresentar transformações comparadas as que ocorreram a partir do século XV. O filme relata a guerra dos cem anos (1337-1453); as sucessivas batalhas que a França perdeu para a Inglaterra; a guerra entre os reinos que estava acontecendo devido o desejo do rei da Inglaterra Eduardo III em ocupar o trono francês e a disputa francobritânica pela região de Flandres, rica na produção de tecidos. A pequena Joana D’arc ouvia vozes dos santos chamando-a para que se tornasse um soldado, para comandar os exércitos franceses, levando-os à vitória. Metodologicamente o estudo se deu com a análise do filme Joana D’arc acompanhado da leitura de Barros (2007) e Franco Jr (2006). Buscamos com isso, demonstrar a importância de se utilizar o cinema como uma fonte histórica, tendo em vista que sua representação pode nos esclarecer e corroborar comportamentos e atitudes culturais, gerando novas fontes de discussão e perspectivas para a História enquanto ciência. Palavras-chave: História. Cinema. Idade Média. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 JOANA D`ARC: CEM ANOS DE GUERRA (FRANÇA X INGLATERRA) Lucielle Da Conceição Rodrigues – UESPI Iuri Manuelly Machado Carvalho – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: O presente trabalho tem como objetivo principal promover o debate utilizando o filme Joana D'arc (1999), do diretor francês Luc Besson, como instrumento de análise e pesquisa sobre a Idade Média, buscando enfatizar o poder religioso exercido acerca do processo inquisitorial de Joana D’arc. Num contexto de guerra entre França e Inglaterra, conhecida por “a guerra dos cem anos”, constituída por batalhas de cunho religioso, político e econômico, ou seja, uma disputa interminável pelo poder do trono francês. Neste contexto Joana D'arc é vista como uma guerreira divina que surge para libertar a França da Inglaterra, levando os franceses a vitória, assim fazendo com que eles adotassem um sentimento nacionalista. Sendo vendida para a Inglaterra, Joana é aprisionada e levada a julgamento pela santa inquisição, acusada de práticas heréticas e por não renegar suas crenças é condenada e queimada viva em 30 de maio de 1431, canonizada como santa pelo papa Bento XV no Vaticano em 1920, ou seja, 500 anos após sua morte. A complexa figura de Joana D'arc transformou-se em um mito, que como tantos outros, são interpretados para atender aos mais variados interesses no decorrer da História. Metodologicamente o estudo se deu com a análise do filme Joana D'arc, acompanhado das leituras de Franco Jr (2001). Discute-se aqui a utilização do cinematográfico como método de pesquisa, com grande relevância na transformação das formas de ensino da disciplina histórica. O estudo revela o filme Joana D'arc como instrumento de estudo da inquisição e da Guerra dos Cem Anos, contribuindo para uma melhor aprendizagem do aluno e do professor-pesquisador de História. Palavras-Chave: Idade Média. Inquisição. Cinema. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 JOANA D'ARC E O PODER DA INQUISIÇÃO Caroline Alves Meneses – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: Este trabalho aponta para algumas reflexões sobre a vinculação do cinema com a história, propondo que a narrativa ficcional do cinema se torne um instrumento de trabalho para que o historiador, ao fazer uso da imagem e desta narrativa fictícia tenha um olhar voltado sobre a percepção histórica que é recriada nos filmes. Ao enveredarmos, por este meio, vemos que o cinema é visto como fonte principal de análise sobre um determinado contexto histórico, e na apresentação do Filme Queimada, em sala de aula, pode-se verificar essa abordagem, como também, analisar as várias temáticas norteadoras do filme, como a da revolução dos negros tida como uma tomada de consciência de um povo que deixa de ser oprimido pelos seus colonizadores e tornam-se donos da situação; outro ponto importante a ser enfatizado é a presença do imperialismo, personificado através do personagem do Sir Walker, que se caracteriza como sendo um manipulador sem escrúpulos, no qual se estabelece um jogo de interesses, em que os ingleses querem a qualquer custo, dominar a produção da cana de açúcar na ilha de Queimada. O objetivo principal foi instigar os graduandos do curso de História, a fazerem análise sobre a utilização de filmes na sala de aula, de forma a perceberem mais apuradamente a relação história-cinema configurada em ferramenta de estudo para o historiador, tendo-se em vista, que no processo de análise de um filme, vemos explicitamente várias temáticas da História. A composição do filme de Pentencorvo faz referência ao novo tipo de filmografia retratada nos anos sessenta, fazendo uma mudança relevante à produção cinematográfica da época, chamada de cinema novo, no qual esta trás para as telas, temas mais politizantes e sociais. O trabalho foi realizado no segundo semestre de 2012, sendo o filme apresentado nas disciplinas de monografia II e prática pedagógica VII do Curso de História da UESPI-Piracuruca. Fundamentamo-nos em Castro (1997) e Cardoso (1997), além do filme Queimada (1969). Resultados apontam para o interesse de alunos voltados para trabalhos analíticos, tendo-se por base a filmografia, estabelecendo relações com marxismo ou à nova história cultural; além de práticas docentes com utilização de filmes em sala de aula. A utilização de filmes em sala é relevante para formar o futuro educador, que ao utilizar-se deste instrumento midiático, diversifica sua forma de ensino da disciplina histórica, levando os alunos a apreenderem o conhecimento de maneira analítica e objetiva. Palavras-chave: Percepção histórica. Filmografia. Narrativas I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 O FILME QUEIMADA COMO REPRESENTAÇÃO DA FILMOGRAFIA DOS ANOS SESSENTA MEDIEVAL E SUA CONEXÃO COM A REALIDADE NA ITÁLIA FASCISTA Maria Alice Pereira Da Silva – UESPI Valdelene Cunha Da Silva – UESPI Ozael de Moura Costa – UESPI Resumo: O presente trabalho tem por objetivo discutir a relação entre História e Cinema, como uma forma de releitura do passado e sua relação com o presente. O filme trabalhado é uma produção do diretor Mário Monicelli, “O Incrível Exército de Brancaleone (L’Armata Brancaleone)”, de 1965. O contexto histórico que o filme se passa remete ao período da Baixa Idade Média (século XI ao século XIV). No filme é caracterizado diversos elementos daquele período, como o declínio da cavalaria medieval, guerras, a peste, a fome, o poder da Igreja Católica, as Cruzadas e a decadência das relações sociais. No entanto, o que se percebe é que o filme tem como objetivo satirizar o governo da Itália do período fascista, ou seja, os elementos medievais são utilizados para dar um embasamento necessário para a crítica bem humorada e elaborada na figura do patético e sonhador Brancaleone sobre o período fascista iniciado por Benito Mussolini na Itália, que é a própria realidade de Monicelli. É na busca dessa conexão que o próprio fazer cinematográfico ganha um novo olhar na contemporaneidade, possibilitando uma releitura da realidade sob a perspectiva satírica proposta por Monicelli, muito embora faça um recorte e se aventure no período medieval, sua criatividade na área da comédia ganhou projeção mundial. O percurso metodológico se deu de análise a partir de leitura analíticointerpretativa das imagens do filme, bem como das críticas ao filme em questão. Serviunos de embasamento teórico os estudos de Fitz (2005) e filmográfico o próprio Brancaleone de Monicelli (1965). As inovações presentes na produção de Monicelli em O Incrível Exército de Brancaleone no que se refere ao fazer cinematográfico ganharam projeção mundial, da mesma forma que o horizonte de possibilidades através da imagem propicia uma releitura do passado na busca da compreensão do presente sendo uma fonte bem atrativa na análise da História da humanidade. Palavras-Chave: Idade Média. Cinema. Fascismo Italiano. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE: UMA VISITA AO PERÍODO Ramiro Teles De Meneses Filho – UESPI Ayla Alves Da Costa Freitas – UFPI José Do Nascimento Silva Filho – UESPI Resumo: O filme A Espada Sarracena do diretor William Castle, de 1954, trata sobre a sociedade da Idade Média, relata fatos e características relevantes daquela época, ao mesmo tempo em que possibilita fazer uma comparação entre a sociedade medieval e a sociedade atual, pois conseguimos identificar traços ainda comuns entre essas épocas. Ele mostra que o maior pecado de uma pessoa naquela época era nascer plebeu e que para isso não havia perdão e o único destino era o sofrimento sob a vontade das classes superiores. O presente estudo tem como finalidade demonstrar que esse pensamento ainda possui resquícios na realidade atual e que em ambas as épocas, impera a divisão preconceituosa de classes e a discriminação entre os papeis sociais de tal forma que o pobre assim como o plebeu são considerados pecadores desde o nascimento, que merecem o sofrimento de uma vida difícil e sem privilégios. Este trabalho foi realizado através da análise aprofundada sobre o filme A Espada Sarracena, na tentativa de traçar um paralelo entre o medievo e o tempo atual. É uma pesquisa qualitativa, pois busca “entender a natureza de um fenômeno social (RICHARDSON, 1985, p. 38)”, qual seja a discriminação social através dos tempos. Um olhar historiográfico sobre esta produção cinematográfica percebe facilmente a divisão preconceituosa da sociedade, a luta de classes e a discriminação de alguns indivíduos por serem casualmente desfavorecidos socialmente. E se comparada a realidade do filme com a realidade da sociedade brasileira atual, observa-se que esses aspectos ainda persistem nos tempos hodiernos, de forma discreta ou velada. Conclui-se então, que o filme é um retrato que lembra em certa medida a sociedade atual e que mesmo em tempos pós modernos, os menos favorecidos socialmente, financeiramente e politicamente são ainda alvos de preconceitos sem sentido e castigados por suas condições de vida, apesar de elas já serem por si só um castigo já bem árduo. Palavras-Chave: Sociedade Medieval. Historiografia. Discriminação Social I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 O MEDIEVO E O CONTEMPORÂNEO NUM SÓ TEMPO David Costa Da Silva – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Ayla Alves Da Costa Freitas – UESPI Resumo: Este tem por objetivo fazer uma análise entre a produção cinematográfica “O retorno de Martin Guerre” e o livro de Natalie Zemon Davis (1987) lançado em resposta ao filme do qual ela participa como roteirista convidada. Buscamos verificar até que ponto a historiografia e o cinema conseguem parceria harmoniosa no que se refere as possibilidades de adaptações da narrativa histórica e os interesses cinematográficos em questão. A narrativa traz para o campo da análise historiográfica o episódio do camponês Martin Guerre (século XVII) que após casar-se é declarado impotente, abandona a esposa e a aldeia, e tem o seu lugar ocupado por um impostor, que lhe rouba o nome e a posição. No livro a leitura ocorre de maneira prazerosa e a forma coloquial como narra e descreve os fatos, sempre preocupada em apresentar detalhes, permite à autora registrar aspectos e particularidades que se demonstram de fundamental importância para a revelação de costumes, ações, reações e dos pensamentos de seus “personagens”, situação que apesar de dar ao livro um caráter de romance de ficção, não deixa de ser história. Davis é criticada por operacionalizar sua investigação historiográfica a partir de materiais nem sempre corriqueiros, possibilitando-a adicionar a sua narrativa o incerto e o hipotético, subtraídos tanto da literatura ficcional como do anedotário popular, prática que habitua-se harmoniosamente com informações de abastada documentação cartorial, testamentos, inventários e até cartas pessoais; para atrelados convir de base para a narrativa fascinante dessa obra. Tanto os relatos populares e a documentação oficial, são utilizados pela autora na reconstituição dos fatos, como também a certo grau de imaginação especulativa, essenciais para que feições do cotidiano das pessoas pudessem se revelar. O filme mostra o embate constante das relações humanas dentro do macro, enquanto universo condicionante do contexto social dos personagens; no livro, a autora se empenha em registrar liberdade de ação aos seus personagens, sem referir-se aos condicionamentos, tanto de ideias como de comportamentos, pertencentes a um período histórico; permite uma percepção do cotidiano diferente da visão pré-concebida que temos da vida habitual da pequena aldeia de Artigar. A historiografia assim se utiliza do cinema para popularizar o conhecimento historiográfico e não o caminho inverso, o que é geralmente bastante danoso e deturpador de mentes e corações. Para o estudo fundamentamos-nos em Davis (1987), Le Goff (1994), Vaifas (2002). Palavras-Chave: História. Memória. Cinema. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 O RETORNO DE MARTIN GUERRE: DO FILME AO LIVRO Jailson Dos Santos Calacio – UESPI Maurício José Alves De Lima – UESPI Resumo: O estudo realizado refere-se ao filme O Sétimo Selo (1956), do diretor Ingmar Bergman, objetivando relatar a contribuição do cinema no estudo da Idade Média dando destaque para o uso de filmes como instrumento de pesquisa e análise no ensino de história, discute-se aqui a aproximação entre história, imagem e cinema como dinamização de discussões da disciplina história na aplicação de conceitos que possibilitem a aprendizagem e desperte a formação critica do aluno. Metodologicamente o estudo se deu a partir da análise do filme O sétimo Selo que trata a discussão da crise no século XIV, no sistema feudal, em que as pessoas estariam morrendo de fome por causa da peste negra que assolava toda a região; outro ponto apresentado no filme foram as cruzadas, ocorridas nos séculos XI e XII, organizada pela igreja para firmar o cristianismo. O filme é baseado no sétimo selo do livro do apocalipse, que segundo esta foi escrito inspirado por Deus sobre o fim da Humanidade, em a abertura do sétimo selo levaria efetivamente ao fim dos tempos. Na passagem da idade média para a moderna, guerra, peste, e a fome marcou o século XIV, afetando o feudalismo como o capitalismo e a guerra dos cem anos (1337-1453) entre a França e Inglaterra devastou parte da Europa Ocidental, enquanto a peste negra eliminou um terço da população, assolando plantações e rebanhos, trazendo a fome e a morte. Como arcabouço teórico, recorreu-se às discussões feitas por Baldissera (2006) e Burke (2004). Os principais resultados do estudo demonstram que o cinema, além de imagem, é imagem em movimento e seu uso tem grande relevância na transformação das formas de ensino. Tais resultados ainda têm apontado o filme como uma reconstituição histórica dos acontecimentos passados. Palavras-Chave: Morte. Europa Medieval. História. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 O SÉTIMO SELO: A PESTE DO APOCALIPSE SOCIEDADE PIRACURUQUENSE 1970-1980 Andre Da Silva Alves – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: Por ser a televisão um dos meios de comunicação mais fascinante atualmente, que aproxima as pessoas, responsável por entreter inúmeros telespectadores é que se propôs o presente trabalho o qual versa sobre a televisão em Piracuruca, entre as décadas de 1970 a 1980, tendo como objetivo verificar os impactos da TV levando em conta a forma como esta foi inserida na cidade tendo em vista o contexto regional e nacional a época, dominado pelo partido do governo ditatorial – a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) que promovia o crescimento da rede globo de televisão em época de censura que escondia os desmandos da ditadura, promovendo uma imagem do país palatável com a política dos governos militares (OLIVERI). Dessa forma com a chegada da TV em Piracuruca, assim como em tantas outras cidades, ocasionou em mudanças de sociabilidades; sendo as conversas nas ruas e praças substituídas á visitas nas residências do vizinho mais abastado que usufruía de um aparelho televisor no início muito caro, antes que se tornasse um bem de consumo mais popular; nos remetendo a Santaella (2001) quando diz que vivemos na civilização da comunicação em que por natureza o homem é símbolo da comunicação na qual está inserido. Para o estudo realizamos uma pesquisa histórica bibliográfica sobre a TV no Brasil e em Piracuruca; tomamos como base histórica principal: Brito (2002) e teórica: Santaella (2001), Guareschi (2005). Usamos de entrevista com pessoas que vivenciaram a década de 1970 a fim de produzir dados para a pesquisa. Dados parciais demonstram mudanças de comportamento e que a TV contribui na construção de identidades dos sujeitos. Palavras-Chave: Interatividade. Comunicação. Televisão. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 PIRACURUCA ANTENADA: A CHEGADA DA TV E SEU IMPACTO NA O CURIOSO CASO DO RETORNO DE MARTIN GUERRE Daniel Carvalho Melo – UESPI Sinália Camila Coelho Lima – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: O estudo realizado tem como objetivo analisar o filme “O retorno de Martin Guerre” (1982) do autor Daniel Vigne, objetivando contextualizar historicamente a ambientação do filme que se passa no século XVI fazendo relação com a História Cultural, em especial os estudos de Natalie Zenon Davis que escreveu o roteiro do filme e logo depois (1983) publicou um livro sobre a história de Martin Guerre com o mesmo titulo do filme. O filme trata da história de um jovem recém-casado que deixou a sua vila longuedoc, voltando somente oito invernos mais tarde. Porem o mesmo não era o verdadeiro Martin Guerre, mas sim um impostor (Arnaud Dutilh) que tomara seu lugar, o impostor fora descoberto pelo tio do verdadeiro Martin Guerre, que induziu a esposa de seu sobrinho a denunciá-lo, durante o julgamento do caso o verdadeiro Martin Guerre reaparece e esclarece a confusão. A autora, Natalie Zemon Davis, com estilo de escrita literário prioriza o estudo dos aspectos culturais e cotidianos da vida dos habitantes de uma pequena vila, dando aos seus habitantes um lugar de destaque na reconstrução historiográfica. Ela nos permite perceber o cotidiano da pequena aldeia e a região de modo muito diferente da visão pré-concebida que temos da vida e do dia a dia das pessoas que viveram e morrerem naquele período. O processo criminal sobre o caso deu inicio aos primeiros relatos sobre aquele assunto, possibilitando uma serie de estudos sobre história do camponês Martin Guerre. Palavras-Chave: Reconstrução da História. Martin Guerre. Cotidiano. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 POSSIBILIDADES DE RECONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA: Diogo Felipe De Sousa Barros – UESPI Irisneldo De Sousa Rabelo – UESPI Luana Maria Dutra Chaves – UESPI Resumo: O presente trabalho realiza uma interligação entre o filme queimadas com a história social e o paradigma iluminista do livro Domínios da História de Ciro Flamarion Cardoso, pois a história do filme relaciona-se com o assunto tratado e demonstra ser marxista. A história social assim com o marxismo e os Annales foram vertentes mais prestigiosas e influentes no período entre 1950 e 1968, com um novo olhar para assuntos que antes visto como sendo apenas a história dos vencedores, e com a oportunidade de mostrar essa realidade das pessoas que fizeram a história acontecer. Vários historiadores como Hebe Castro, Ciro Flamarion Cardoso, e do próprio Karl Max com o marxismo fizeram que pudéssemos conhecer esse lado. O filme relata à história de uma ilha fictícia da colônia portuguesa que luta pela independência e que retrata claramente essa disputa, de um lado a Inglaterra dando apoio à revolução e de outro os escravos querendo a liberdade. Depois de muitas tentativas essa dita “independência” é concedida, mas quem assume o poder da ilha são os negros sedentos por liberdade, onde depois de ver que era difícil governar devolvem o poder para os chefes burgueses, apesar de ganharem a liberdade continuam lutando por seus direitos de explorar a plantação de cana-de-açúcar e por melhorias nas condições de trabalho bem como participação maior nos lucros. Com esse filme pode-se perceber que na maioria das colônias portuguesas aconteceram movimentos sociais por liberdade. Ligando o filme à história social, Hebe Castro nos mostra que essa história surgiu como uma forma de identificar e formular problemas históricos específicos, quanto ao comportamento às relações entre diversos grupos sociais, onde fica clara à questão social entre colonizadores e colonos. Trata-se de um estudo histórico-bibliográfico-filmográfico, para o qual nos embasamos basicamente em: Cardoso (1997), Castro (1997), Marx (1848). Palavras-Chave: Interligação. História Social. Marxismo. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 QUEIMADA: A HISTÓRIA ATRAVÉS DO CINEMA COORDENAÇÃO: PROF. DOUTORANDO PEDRO PIO FONTINELES FILHO – UESPI PROFª. DRª CLÁUDIA CRISTINA DA SILVA FONTINELES – UFPI A CIDADE DE PIRIPIRI E A CHEGADA DA ESTRADA DE FERRO José de Arimatéa Isaías Ferreira – UESPI Resumo: A Estrada de Ferro Central do Piauí (EFCP), foi a única estrada de ferro totalmente piauiense, cortava o território, em sentido norte-sul, desde o litoral até a capital Teresina. Sua construção ocorreu entre as década de 1910 e 1960, passando por diversos períodos. Seu primeiro trecho foi concluído no ano de 1922, ligando as cidades de Amarração, Parnaíba, Cocal e Piracuruca. Somente na década de 30 sua construção é continuada, chegando á cidade de Piripiri em 1937. A Inauguração da Estação de Piripiri no dia 11 de fevereiro de 1937 foi um marco para a região, com a presença de várias autoridades e praticamente toda população da pequena cidade, que nunca tinha visto algo parecido. A partir desta data a cidade experimentou um período próspero de desenvolvimento econômico, fazendo com que esta ultrapassasse em importância cidades vizinhas até então mais bem estruturadas, mas que ficaram de fora do plano da ferrovia, como as cidades de Pedro II e Barras, transformando a cidade no maior centro econômico e comercial da microrregião. A chegada do trem, ou a expectativa de tal chegada, já fazia com que a percepção de que algo novo estava por vir, e não só a materialização do transporte ferroviário, mas todo o conjunto de benfeitorias que a cidade por ventura experimentasse. Vale lembrar que nessa época, 1937, a cidade ainda não tinha energia elétrica, abastecimento regular de água, mercado público, agência bancária, cinema, mesmo assim, dentro da relativa simplicidade dos moradores, havia o sentimento de crescimento e da idéia do que já era moderno na cidade de Piripiri. Juntamente com o trem, muitas novidades passariam a transitar por Piripiri, desde produtos inovadores, a pessoas de outras regiões, costumes novos eram adotados pela população, modos de falar, gêneros musicais, o carnaval chegou na região através dos trilhos. Ou seja, a partir de 1937, a Estação passaria a ser o centro irradiador das novidades, era na estação que chegavam as novidades. Era também da Estação que se marcava o tempo da cidade, agora não mais marcado pelo relógio da igreja ou da natureza, agora o andamento da cidade, as festas, as cerimônias, os casamentos, eram marcados pelo relógio racional do trem. Nas análises dos projetos de leis e das atas da câmara municipal de Piripiri, na década de 40 é muito comum aparecerem referências em relação ao espaço urbano. A relação entre espaço urbano e espaço rural, locais de lazer e esporte, praças, muros em terrenos, relação entre vizinhos, organização do espaço comercial, formação de novas ruas e bairros. Palavras-chave: Cidade. Modernização. Modernidade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 GT-II: HISTÓRIA, CIDADE E MEMÓRIA: INTERCONEXÕES Antônia Elizeuda Gomes da Silva – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O presente trabalho enfatiza a importância do instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como instrumento de preservação histórica e cultural, abordando seus principais aspectos. Inicia-se com um breve relato sobre o que de fato é um patrimônio histórico e cultural, consequentemente diferenciando tombamento provisório de definitivo, assim como as possibilidades de indenização ao proprietário do bem tombado e a conscientização do mesmo em relação à importância da preservação deste bem, tornando-o parte da memória e da identidade local, regional e nacional. Será feita uma análise jurídica com abrangência nacional, estadual e municipal com abordagem direcionada à cidade de Piracuruca, no estado do Piauí, que se apresenta entre as cidades piauienses que possuem uma significante arquitetura colonial, o que faz da mesma ser considerada uma cidade histórica que chama a atenção daqueles que a visitam. Para isso, foram utilizados documentos e pareceres do IPHAN (2001). Como arcabouço teórico recorreu-se as discussões feitas por Rolnik (1995), Corrêa (1997), Brito (1922), Bitencourt (1989), Holan (2010) e Le Goff (2003). Estudos dessa natureza são de fundamental importância, pois através do mesmo pode-se conscientizar e esclarecer melhor a população a respeito dos valores contidos nos bens materiais e imateriais pertencentes à história popular, história essa que deve ser preservada e repassada às gerações futuras, a fim de que os acontecimentos ocorridos ao longo dos tempos não caiam no esquecimento. Vale repassar que esse processo de tombamento é assegurado pelo poder jurídico. Palavras-chave: História. Cidade. Patrimônio. Memória. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ALÉM DO CONCRETO: PATRIMÔNIO E HERANÇA MATERIAL DE PIRACURUCA – PI BABAÇUAIS DO MUNICÍPIO DE MIGUEL ALVES/PIAUÍ- 1992 a 2008 Amanda Cintya Nogueira Pinheiro – FAP Resumo: a pesquisa narra sobre as mulheres quebradeiras de coco do município de Miguel Alves, estado do Piauí, visando salientar a participação dessas mulheres na História do Piauí e o seu trabalho pela sobrevivência diária. O trabalho traz como essas mulheres através de processos de organização, como por exemplo, grupos de oração do coração sagrado de Maria, sentiram a necessidade de trabalhar em grupo na própria localidade Campinal. Posteriormente criou-se a Associação das mulheres Quebradeiras de Coco de Miguel Alves na comunidade Ezequiel. A associação possui três núcleos: Ezequiel, Retrato, e Todos os Santos. O presente trabalho discute também as identidades e práticas das mulheres quebradeiras de coco e suas representações. Compreendendo as práticas que constroem o mundo como representação. Essa pesquisa narra uma história que, muitas vezes, é esquecida propositalmente pela História oficial piauiense, e a função do historiador é justamente lutar contra o esquecimento sem cair na idéia dogmática de verdade. Palavras-chave: História. Gênero. Identidade. Trabalho. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 AS MULHERES QUEBRADEIRAS DE COCO: PRÁTICAS, EPRESENTAÇÕES E IDENTIDADE(S) NOS Kelciane Silva Pereira – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar o processo de desenvolvimento do município de Brasileira – PI, anteriormente povoado ligado à cidade vizinha de Piripiri, sobretudo a partir da chegada da Estrada de Ferro Central do Piauí. Com a construção da Estrada de Ferro, o povoado passou a servir como elo entre o literal e o interior do estado, fato este que favoreceu o surto econômico e populacional neste povoado, que antes da emancipação denominava-se Mata da Escuta, devido o latido dos cachorros que se ouviam nas matas despovoadas em torno da estrada que estava sendo construída. Além disso, o estudo aqui realizado aborda os principais ditames políticos que envolveram as mudanças de infraestrutura do povoado, bem como as ações para a emancipação do município, com sua elevação à categoria de cidade, no ano de 1989. Dessa maneira, o recorte temporal aqui demarcado gira entre as décadas de 1940 e o final da década de 1980, abarcando, então, as influências da estrada de ferro e os movimentos de emancipação da cidade. Metodologicamente, o trabalho centra-se na pesquisa de fontes documentais, como manchetes de jornais, atas, decretos que versam sobre a estrada de ferro e sobre o processo de emancipação. Na constituição do manancial teórico fez-se leituras das proposições de história e políticas de Jacques Juliard e René Rémond. Considera-se que, desde a chegada da Estrada de Ferro Central do Piauí, com os seus desenvolvimentos econômicos, sociais, culturais, o povoado encaminhou-se por uma série de transformações, tendo como outro momento de destaque os atos e conflitos para sua emancipação. Palavras-chave: História. Cidade. Modernização. Política. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 DOS TRILHOS À ASSEMBLEIA: HISTÓRIA E TRAJETÓRIAS DA CIDADE DE BRASILEIRA – PI DO BEZERRO NA CIDADE DE JOSÉ DE FRETAS – PI Vicência Rozilda Marques Sobrinho – UFPI Cláudia Cristina da Silva Fontineles – UFPI Resumo: Este estudo tem como objetivo principal analisar a construção da Barragem do Bezerro na cidade de José de Freitas, no período que compreende as décadas de 1990 e 2000, tomando como norte sua instalação e as ações de desenvolvimento urbano a partir de sua construção e organização. Com base nisso, recorreu-se a fontes orais, a partir de entrevistas com moradores, trabalhadores e turistas, que experimentaram a barragem em momentos e circunstâncias variadas. Isso possibilita discutir a memória que foi silenciada com a construção dessa barragem, além de compreender as modificações sócio-espaciais ocorridas na cidade, a partir da construção da Barragem, sobretudo no que refere à iluminação pública, arborização, abastecimento de água e as sociabilidades ligadas ao lazer. Tentando abranger as discussões acerca das modificações de espaço urbano da cidade, analisando as representações sociais da construção da Barragem e de seus desdobramentos na vida econômica, política e cotidiana da cidade, fez-se um diálogo com as teorias propostas por Berman (1986), Corrêa (2000), Rolnik (1988) e Calvino (1990). Buscaram-se, também, bases teóricas em Pollak (1989) e Burke (1992), para os olhares sobre a memória construída acerca das transformações da cidade e da constituição da própria barragem. E assim abarcar os silenciamentos da memória de alguns moradores da antiga fazenda Açaí, local no qual foi erguida a barragem pois as transformações oriundas da construção da barragem foram acompanhadas por um mosaico de sentimentos, cujas memórias expressam tal pluralidade. Palavras-chave: História. Cidade. Memória. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ENTRE ÁGUAS E PEDRAS: CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM CRISTÃ PENTECOSTAL EM PIRACURUCA-PI Carlos André de Sousa – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: O presente estudo objetiva mostrar que em meio a uma cidade formada por uma sociedade tradicionalmente católica, não diferente do restante do estado que é o mais católico do Brasil com 87,93% (IBGE, 2010) da sua população, uma Igreja Pentecostal nasce nesse lugar, segundo Camargo (2000,p.01) por causa da falência de explicações teológicas racionais para a solução de problemas vividos no cotidiano dos fiéis, e a crescente expansão do evangelismo em todo o Brasil. Mais a aceitação por parte dos piracuruquenses foi difícil, quando os pregadores saíam para evangelizar nos terreiros, nas ruas, interior e eram perseguidos, apedrejados por populares que muitas vezes usavam facões e pedaços de paus. A formação da Igreja Cristã Pentecostal se dá pela saída do pastor Valmir Rodrigues de Alencar e de mais ou menos 61 fiéis em 1991 da Igreja Cristã Evangélica, tradicional em seus ensinamentos, quando alguns irmãos chamam o pastor Valmir para o bairro Guarani onde propõe que ele pastoreie este grupo e nesse lugar, debaixo de uma mangueira acontece o primeiro culto. No início a igreja se chamava de Igreja Renovada, mais tarde um irmão sugeriu que a fé deveria ser acompanhada da ação e cria-se a Igreja Cristã Pentecostal do Ministério Pentecostal Fé em Ação. As fontes de pesquisa historiográficas são orais e documentais. Considera-se, dessa maneira, que a trajetória da igreja pentecostal na cidade é salutar para a compreensão das diferentes práticas religiosas que se instalam, ora com mais ora com menos intensidade, em meio às tensões oriundas das concepções dos seus seguidores em relação a outras manifestações de crença. Palavras-chave: História. Religiosidade. Cidade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ENTRE ÁRVORES E O CULTO: O NASCIMENTO DA IGREJA DESENVOLVIMENTO ACENTUADO ENTRE A DÉCADA DE 1930 A 1940 Renan Dias de Oliveira – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O trabalho em questão tem como ponto principal mostrar como se deu o processo de formação do povoado mocambinho município hoje de Brasileira. No início de sua formação o povoado era pertencente ao município de Batalha, depois de certo tempo passou a ser de Piripiri. Tendo em vista todos os aspectos que foram essenciais para seu processo de formação como as fazendas de gado, que tiveram seu ponto determinante, as festas religiosas, entre outros fatores é que este estudo leva em consideração a tradição pecuária para o surgimento do povoado. Na época de sua formação eram três fazendas, a fazenda cana brava, a fazenda mucambinho e fazenda Mocambinho de baixo. Todas visavam à criação de gado e plantação de alimentos. Esses foram fatores decisivos na sua formação. No segundo momento do presente estudo serão debatidas as questões da influência que as festividades tiveram no processo de formação do povoado, visto que, como na maioria das cidades ou povoados brasileiros, o templo religioso se constituiu como elo entre os sujeitos e a localidade. Como fontes serão utilizadas as conseguidas pela metodologia da história oral, com entrevistas com antigos moradores ou descendentes da localidade. Como base teórica recorreu-se aos estudos de Rolnik (1995), Raminelli (1997) e Corrê (1999) para pensar os agentes e circunstâncias que constituem os espaços. Os festejos revelam as práticas do cotidiano e do lazer da localidade, com suas dinâmicas e dificuldades. As relações entre os espaços, sobretudo nos limites entre rural e urbano são pensados no momento de compreender os percursos tomados no surgimento do povoado Mocambinho. Palavras-chave: História. Cidade. Pecuária. Religiosidade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ENTRE FAZENDAS E O MOCAMBINHO: DAS ORIGENS AO DO RIO PIRACURUCA PARA A CIDADE DE PIRACURUCA – PI Maria Francisca Rodrigues de Brito – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão - UESPI Resumo: Este trabalho procura destacar a importância do Rio Piracuruca por ser um lugar de memória da cidade de Piracuruca. Este manancial foi o fator que possibilitou o povoamento deste território pelos homens brancos, representando sustentabilidade para os habitantes dessa terra nos tempos em que ainda predominava os aspectos ruralescos. As construções que fazem parte da paisagem do Rio retratam uma época e a análise das mesmas possibilita compreender a realidade da cidade no período em que foram edificadas. A construção da Barragem que ocorreu no final da década de 80 e início de 90 veio concretizar o sonho de perenizar o Rio e possibilitar o desenvolvimento do potencial turístico, embora a falta de empreendedorismo ainda seja um fator limitante para a prática desta atividade lucrativa. O Rio Piracuruca representa para a sociedade lazer, pois aos finais de semana, muitos piracuruquenses costumam frequentar o famoso banho de rio. No intuito de pensar as representações e imaginários sobre o Rio, buscou-se subsídios teóricos nas proposições de Chartier (2002) e Certeua (1999). Além disso, para pensar a relação do Rio e a construção da Barragem, discussões sobre espaço e agentes feitas por Rolnik (1995) e Corrêa (1999) foram pertinentes. O rio também representa medo e perigo, pois a população possui medo das enchentes que fez com que as pessoas perdessem seus bens materiais e perigo, pois nas margens do rio existe uso de drogas e de bebidas alcoólicas, juntamente com a prostituição. Considera-se que o Rio Piracuruca representa também sustentabilidade para as lavadeiras e pescadores: categorias que dependem diretamente do Rio para manter a subsistência familiar. A análise do imaginário e da influência do mesmo no cotidiano desses atores sociais contribui para uma melhor compreensão das estruturas social, econômica e cultural de Piracuruca. Palavras-chave: História. Memória. Natureza. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ENTRE O LÍQUIDO E O IMAGINADO: AS REPRESENTAÇÕES RELAÇÕES DE SOCIABILIDADES E MEMÓRIAS NA CIDADE DE TERESINA (1940-1950) Daniel de Moura Carvalho – FAP Resumo: As relações sociais entre as pessoas fazem com que o meio em que vivem, ou seja, a cidade sofra alterações para que seus habitantes possam viver melhores, de acordo com suas necessidades. Esta pesquisa procura abordar a necessidade da construção do estádio de futebol Lindolfo Monteiro na cidade de Teresina, na década de 1940. Os fatores que propiciaram sua construção, o interesse da população pela prática esportiva que crescia na capital, o futebol, as relações que permeiam o cotidiano das cidades presentes no estádio de futebol, torcedores e memórias são temas abordados nesta pesquisa, intercruzando pensamentos com Maurice Halbwachs (2006), estudioso da memória coletiva, onde vários depoimentos de pessoas diferentes sobre um determinado acontecimento pode nos trazer um panorama da época estudada; e da memória individual, que se interpenetra com outras memórias individuais, alterando até mesmo a percepção do indivíduo. Pierre Nora (1993) também foi utilizado, pois o estudioso afirma que a memória é como se fosse a própria vida, carregada de emoções. Um estádio de futebol é um grande palco de emoções, onde os sentimentos empregados e manifestados neste local permanecem por anos na memória dos torcedores apaixonados pelo futebol. E por fim, Paul Thompson (1992), estudioso defensor da História Oral, recurso muito utilizado neste trabalho, por causa da ausência de algumas informações necessárias, e também pela importância de se observar a emoção contida nos depoimentos. A história oral é um importante elo na vida do historiador, para tentar preencher as lacunas deixadas pela dita “história oficial”. Nesta pesquisa, que abrange a década de 40, a economia e a política piauiense também são abordadas. As práticas e lugares de lazer dos teresinenses, como meio de socialização entre as pessoas, também são analisadas nesta pesquisa. Palavras-chave: Cidade. Memória. Estádio. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ESTÁDIO LINDOLFO MONTEIRO: MODERNIZAÇÃO ESPELHADA DURANTE 1940 E 1980 Maria de Fátima de Carvalho Sousa – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: O trabalho monográfico estabelece uma abordagem sobre o período em que a cidade de Piracuruca teve seu surto de crescimento direcionado às políticas urbanísticas. A pesquisa está dividida em quatro momentos, onde são colocados os primeiros índices de modernização da cidade acarretando por sua vez o desenvolvimento do processo urbanístico, especificamente, o segundo momento é dedicado aos princípios da urbanização de Piracuruca, subdividido em duas chaves de leitura cuja primeira traz a relação dos primeiros elementos que foram responsáveis pela aceleração do processo modernizante, a segunda faz uma relação desses novos fenômenos com o desenvolvimento pleno das reformas urbanas de Piracuruca, onde a estrada de ferro tem papel fundamental. Como leituras teóricas, o estudo se baseia nas reflexões de Marshall Bernan (1988), Rolnik (1995) e Corrêa (1999), contribuindo para as discussões sobre cidade, modernização e modernidade. Considera-se que os processos de urbanização e de modernização da cidade de Piracuruca, assim como outras cidades e em momentos distintos, experimentaram transformações diversas, ora seguindo princípios nacionais, ora se adequando às necessidades locais. Como a expressão de sociabilidades várias que se manifestam tanto na dimensão econômica, quanto na política e sociocultural dos espaços. Palavras-chave: História. Urbanização. Modernização. Sociedade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 EVOLUÇÃO URBANÍSTICA PIRACURUQUENSE: UM OLHAR CONTEMPORÂNEO (1990-2012) Josimara de Sousa Rodrigues – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão - UESPI Resumo: A pesquisa realizada traz uma abordagem sobre o tema: Festejos de Nossa Senhora do Carmo de Piracuruca: um olhar contemporâneo (1990-2012), visto que é uma importante manifestação de fé e religiosidade dos piracuruquenses, sendo que o templo dedicado à virgem do Carmo está relacionado com a História de Piracuruca, desde sua edificação aos dias atuais tornando-se um “lugar de memória” coletiva e individual e de fundamental importância para a compreensão e construção do processo de identidade cultural dos piracuruquenses. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo é abordada enquanto Patrimônio Cultural tanto material como imaterial, com um papel relevante na sociedade de Piracuruca, com manifestações que caracterizam a religiosidade, a fé e a devoção á Virgem do Carmo. Essa comunicação surgiu durante a elaboração do segundo capítulo que é uma análise quanto à realização dos festejos de Nossa Senhora do Carmo, buscando assim através de uma visão contemporânea em meio às festas tradicionais, modificações e permanências no decorrer do tempo e espaço na realização do ato festivo em homenagem à Padroeira de Piracuruca. Como arcabouço teórico a pesquisa se desenvolveu baseada nas discussões de Bittencourt (1989), Brito (200) e Pollak (1989), somando-se a isso foram realizadas análises descritivas do novenário, manifestações e realizações de preces, promessas, dedicadas á Nossa Senhora do Carmo e entrevistas que possibilitam perceber características particulares desta manifestação, tanto as que permaneceram e/ou desapareceram, e as que sofreram alterações e adaptações no período de 1990 a 2012, enfocando assim as peculiaridades destas festas que fazem parte do patrimônio cultural dos piracuruquenses. A pesquisa tem como principal resultado a conscientização da população quanto a valorização dos festejos de Nossa Senhora do Carmo, esses resultados ainda apontam os festejos como característica histórica no processo de desenvolvimento da cidade de Piracuruca. Palavras-chave: História. Religiosidade. Cidade. Patrimônio. Memória. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 FESTEJOS DE NOSSA SENHORA DO CARMO DE PIRACURUCA: DOS EXTRATORES DE CARNAÚBA EM PIRACURUCA – PI Dilma de Aguiar Magalhães – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O presente trabalho analisa a Carnaúba e sua importância para os piracuruquenses, principalmente entre as décadas de 20 e 40 do século XX. Ressalta notadamente o desenvolvimento que esse produto econômico trouxe para o município de Piracuruca - PI. Bem como o processo de urbanização e de modernização econômica, social e cultural da sociedade piracuruquense, induzido pelo surto de comercialização internacional da cera de carnaúba. Observam-se também as construções arquitetônicas sucedidas com o excedente obtidas com as exportações da cera da carnaúba. Enfatiza quais foram as principais mudanças em relação aos novos hábitos e novas formas de lazer. Esboça um pouco quem foram os maiores beneficiadores desse ciclo econômico da carnaúba em Piracuruca. Destaca também que, no recorte temporal destacado, a cidade de Piracuruca, além da grande gama de benefícios trazidos com o ciclo econômico da carnaúba, o município também se desenvolveu mediante a influência de seus líderes políticos. Nesse estudo ainda é abordada a vida cotidiana dos trabalhares dos carnaubais, relacionando-se à origem da planta que proporciona a extração da cera de carnaúba e sua predominância. Além disso, descreve como era feito todo processo de extração da palha da carnaúba até a produção da cera, suas utilidades no dia a dia, e principalmente quem eram os principais extratores da palha da carnaúba. A pesquisa foi realizada mediante ditame de algumas fontes, sobretudo as orais, que remetem ao contexto por meio de entrevistas com os trabalhadores. Nesse sentido, realizou-se diálogo com autores como Arendt (2010), Fargoso e Florentino (1997) e Linhares (1997). Considera-se que além da importância na economia, a carnaúba também está presente nos utensílios cotidianos, no artesanato e na arte. Palavras-chave: História. Memória. Economia. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 HISTÓRIAS EXTRAÍDAS: MEMÓRIA E COTIDIANO Antônio Regildo dos Santos – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: Esta pesquisa surgiu a partir da necessidade de reconstrução do processo histórico que levou o Povoado Retiro a se tornar hoje a cidade Milton Brandão. Abre-se uma discussão em uma tentativa de compreensão dos caminhos percorridos pelo povo local para emancipar-se. Dos percursos trilhados, ganha destaque a construção da estrada vicinal que visava uma ligação da cidade de Pedro II, chegando ao Retiro e indo à cidade de Castelo. Segundo Pereira (2011), o ano de 1958 foi um marco para o povoado Retiro e como consequência levar ao que hoje conhecemos por Milton Brandão. Afirmativa esta que se justifica pelo fato de até este ano o povoado se encontrar praticamente isolado pela dificuldade de acesso a Pedro II. E nesse contexto, muitas vezes quando se encontravam com alguma necessidade, era notável a imagem de um povo que tinha de utilizar-se de animais para chegar à cidade vizinha, quando não, caminhavam longas distâncias para tomar um caminhão que percorriam "estradas de chão batido" como relatou o Senhor Altino em uma entrevista. Outro fator de destaque foi a chegada da energia elétrica movida a motor a diesel em 1970 e aperfeiçoada para funcionar por vias de hidrelétrica em 1988. Fator esse que representa um importante elemento de desenvolvimento para o povoado. Um dos momentos significantes na história do povoado foi a chegada do Fundo de Desenvolvimento Comunitário o FUNDEC, que para as pessoas da comunidade era uma novidade ainda desconhecida. O órgão criado pelo Banco do Brasil tinha finalidade de desenvolver comunidades com populações que variavam de quinhentos a cinco mil habitantes. Passados pouco mais de dois séculos, têm-se início às primeiras manifestações para emancipar Retiro. em 1993, o deputado estadual Juraci Leite elabora o Projeto de Lei propondo a criação do município. A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, após analisar a proposta por meio de vários tramites legais, autoriza a realização de um plebiscito junto à população que futuramente iria residir na cidade. Com votação favorável, em 1994 é criado o município de Milton Brandão. Para a elaboração dessa sessão, é indispensável a leitura de obras como A invenção do cotidiano, de Michel de Certeau que examina as maneiras em que as pessoas individualizam a cultura de massa, alterando coisas desde objetos utilitários até planejamentos urbanos e rituais, leis e linguagem, de forma a apropriá-los. O direito à cidade, de Henri Lefebvre que faz um paralelo entre o urbano e o natural, visualizando as transformações que o campo passa para dar lugar à cidade. A cidade sob o fogo, de Francisco Alcides do Nascimento, uma análise da cidade de Teresina rumando à modernidade. E a obra coletiva de Ciro Flamarion e Ronaldo Vainfas, Domínios da história. Palavras-chave: História. Cidade. Política. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 MILTON BRANDÃO: O ANSEIO POPULAR E OS INTERESSES POLÍTICOS E MOVIMENTOS SOCIAIS “EM OS QUE BEBEM COMO CÃES” Priscila de Moura Souza – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O presente estudo tem como objetivo principal analisar a obra Os Que Bebem como os Cães (1975), do autor piauiense Francisco de Assis Almeida Brasil, objetivando, concomitantemente, explorar as inter-relações da História com a Literatura. O estudo gira em torno da problematização dos olhares da narrativa ficcional acerca do período ditatorial,em decorrência de o protagonista do livro ser um professor, Jeremias, preso e torturado, o livro relata o sofrimento do professor que é capturado e passa a sofrer vivendo dentro de uma cela escura, sem noção do tempo, sofrendo forte pressão psicológica. A análise da obra se justifica pela sua pertinência acadêmica e social no que tange às múltiplas ligações entre Literatura, História e Política, visto que o país está vivenciando mobilizações para a formação da Comissão da Verdade, que pretende rever os crimes da última ditadura militar no Brasil. Metodologicamente, o estudo se deu partir da leitura analítico-interpretativa do primeiro romance do autor que compõe o que a crítica literária local convencionou chamar de Ciclo do Terror. Como arcabouço teórico, recorreu-se às discussões feitas por Pesavento(2005),Chiappini e Bresciani (2003). Os principais resultados do estudo demonstram que o romance do escritor parnaibano lança inúmeras pistas para a visualização das práticas ditatoriais o que o enquadra como um texto de características universais, nas quais a condição humana é foco principal. Tais resultados ainda têm apontado para indícios de que tal romance deve ser percebido, lido e analisado também como um significativo romance histórico, ampliando as classificações da crítica literária, que não o enquadra como tal. Palavras-chave: História. Literatura. Movimentos Sociais. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 MOVIMENTOS DA ESCRITA: POLÍTICA, ESTADO CIDADE DE BATALHA-PI, EM MEADOS DA DÉCADA DE 1850 Francisco das Chagas da Silva Justino – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar como se deu o processo da emancipação Política de Batalha-Pi, tema pertinente na discussão da corrente histórica do município, que por um longo tempo, e ainda hoje, alguns historiadores estão buscando e tentando montar um quebra cabeça dos fatos, no propósito de compreender tais acontecimentos. Este trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, onde foram consultados autores tais como: Cleiton Amaral Rodrigues (2010), Milton Martins Filho (1997), dentre outros, onde se observou que o entendimento do processo de emancipação política ainda é muito problemático, com diferentes versões e abordagens. Em situações profundas problemas não apenas de colonização, conflito, nome, emancipação, mas de forma geral da organização que culminou no ato emancipatório. Com base na História, o trabalho aborda a temática da emancipação Política, levando em conta o processo de ocupação do Norte do Piauí, Colonização – colonizar com o propósito de instalar fazendas de gado, pecuária extensiva principal atividade econômica da época. Observando a versão dos historiadores pesquisados, a emancipação política de Batalha-Pi foi resultado de um longo processo de articulação que teve início no ano de 1712 com o conflito entre colonizadores (portugueses) e nativos (índios), fato que mais tarde deu nome ao município, e concluída em meados da década de 1850, com aparelho político formado. Palavras-chave: História. Historiografia. Colonização. Fazendas. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NA BATALHA DE CLIO: EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DA COTIDIANAS DO BAIRRO ANGELIM (1963-1986) Eduardo Viana Duarte – FAP Resumo: O presente estudo questiona sobre História, Cidade e Memória, tema relacionado à Nova História Cultural, e mostra como ocorrem os processos de transformações que acontecem no espaço urbano ao longo dos anos. Uma cidade em meio às transformações bem como às construções, possui uma união talvez infindável de memórias, memórias de vida, fatos ou momentos marcantes na vida dos indivíduos. Espaço citadino passa por constantes transformações, evidenciando o contorno na cidade, ou seja, evidencia nova configuração no espaço físico. Foi dada ênfase à cidade de Teresina, principalmente nas mudanças ocorridas no bairro Angelim, que fica na zona sul da capital, nos anos de 1963 a 1986. Visando discutir história e memória desse bairro, versando sobre seu espaço e as sociabilidades, urbanização, práticas urbanas, convergências entre rural e urbano e principalmente as práticas de lazer que existiram ou ainda existem ali. Como suporte teórico-metodológico, foram utilizados alguns autores, que discutem a Nova História Cultural como Peter Burke (1992), Sandra Pesavento (2005); cidade e espaço urbano como Raquel Rolnik (1995), Roberto Correa (2002); discussão de memória Halwachs (2006), Nora (1981), entre outros. O texto tenta analisar como se deu a formação do bairro, que antes era área rural, assim como trata da trajetória de vida de alguns moradores, sendo utilizada como fonte a História Oral. As práticas de lazer serão discutidas como formas de sociabilidades entre a população do bairro. Os resultados foram obtidos com a compreensão aguçada da idealização do espaço de moradia -o Angelim- através das entrevistas, porque, com essa metodologia tornou-se possível adentrar no universo da memória de alguns habitantes do bairro. É de extrema importância e fator primordial o uso da memória, embora ela não reflita uma realidade passada, mas certamente a ligação do espaço e tempo é um fato que dura, sempre há algo guardado na memória e o historiador utiliza-se de toda metodologia e sensibilidade e acaba por debruçar-se com o uso da História Oral. Passa a mergulhar no universo e na vida de sujeitos “comuns”, sujeitos esses que esteve há muito tempo excluídos da história, pretendendo engrandecer essa parte da cidade e valorizar esses sujeitos. O homem tem o poder e a capacidade de transformar o espaço onde vive de acordo com as suas necessidades. Isso se dá por conta, principalmente, da necessidade de moradia. Palavras-chave: Cidade. Memória. Angelim. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NAS TERRAS DE ANGELINE: ENTRE LARES E LAZERES – PRÁTICAS Elisnauro Araújo Barros – UESPI Jorge Luís Gomes – UESPI Marcelo de Sousa Neto - UESPI Resumo: O presente artigo procura compreender como aconteceu o processo de ocupação ocorrido na segunda metade do ano 1977, período em que havia uma transformação no cotidiano brasileiro em tempo de Ditadura Militar, com a procura de meio para retirar famílias de área imprópria para moradia, pois se tinha em mente uma organização do espaço publico, retirando vizinhos indesejados que moravam próximos às famílias de elite teriam agora um único destino ir embora morar em bairros distante do centro ou irem para seu lugar de origem já que muitos eram imigrantes do interior do estado ou de outros estados. Com esse desejo de remoção de pessoas de pouco poder aquisitivo de lugares que começavam a se valorizar, dentro da capital do Piauí. O diálogo teórico-metodológico se deu com a definição de espaço social de Raquel Rolnik (1995), juntamente com a definição espaço urbano de Roberto Lobato Corrêa (2002), e de lugar de Michel de Certeau (2000). Metodologicamente, o estudo faz uso dos jornais O Dia e o Estado, com reportagens sobre o conjunto habitacional Dirceu Arcoverde, que destacavam o cotidiano da comunidade, que já se encontrava cheio de reivindicações por melhorias habitacionais. Com depoimentos de alguns moradores que viveram de perto estas transformações. Assim podemos dimensionar a grande luta pela sobrevivência, em lugar que estava distante do centro da capital. O surgimento do Itararé se configurou como mais uma política pública de habitação, voltada para (re) organizar e normatizar os espaços da capital piauiense. Palavras-chave: História. Memória. Cidade. Políticas Públicas. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NASCE O ITARARÉ: HISTÓRIA E MEMÓRIA DO SURGIMENTO DO DIRCEU ARCOVERDE CONFLITOS DO CURANDEIRISMO NA SOCIEDADE PIRIPIRIENSE Jonas de Araújo Tavares – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar a trajetória da prática do curandeirismo na cidade de Piripiri, entre as décadas 1950 e 1990. Volta-se o olhar para tal recorte em razão de que, nesse momento, há uma forte onda propagandista, iniciada na década de 1950, de cunho médico-higienista, na deve dos cuidados com o corpo. Nesse mesmo instante, havia, de forma ora velada, ora mais latente, de que o curandeiro era um charlatão. As décadas de 1980 e 1990 são tomadas como recorte final em decorrência da popularização, na mídia, de doenças como a AIDS e o câncer, bem como, nesse momento, há uma explosão de vários sujeitos que se arrogam o poder da cura. Busca-se como esse discurso conflitou com a prática do curandeirismo em Piripiri. Metodologicamente, o estudo está centrado em revisão de literatura, baseada em livros e artigos que versão sobre a prática do curandeirismo no Brasil e no Piauí. Soma-se a isso, a utilização de fontes orais, colhidas como sujeitos ligados à tal prática ou que fizeram uso dela em suas “curas”. Entrevistas feitas como curandeiros, sujeitos da sociedade, membros das diferentes igrejas (católicas e evangélicas) e do setor médico também contribuem para visualizar as tensões dessa prática. Como lastro teórico acerca da história e religiosidade tem-se os estudos de Jacqueline Hermann (1997), Maurílio Lima (2001) e João Fagundes Hauck (2008). Sobre curandeirismo, saber médico e medicina popular recorreu-se às discussões realizadas por Oliveira (2003), Carvalho (1999) e Loyola (1984). Assim, dentro desta prática popular conhecida como “Curandeirismo”, muitas vezes sem o saber, esses especialistas de cura definem dentro da sociedade em que vivem, umas posições respeitadas através da atividade concreta do exercício que exercem, relevando aos seus clientes que no campo da saúde, por mais que os médicos os hostilizem, não há uma única ideal forma de lidar com as doenças, as angústias e as aflições. A benzeção, de certa forma, também pode constituir uma delas. Palavras-chave: História. Religiosidade. Curandeirismo. Cultura popular. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NOS DOMÍNIOS DA CRENÇA E DA CURA: REPRESENTAÇÕES E À CIDADE DE PIRACURUCA NA DÉCADA DE 1970 Paulo César Marques Carvalho – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: Este trabalho analisa a chegada do telefone à cidade de Piracuruca na década de 70, abordando não só a invenção, mas como foi sua chegada ao Brasil, Piauí e Piracuruca, assim como as transformações que aconteceram depois deste meio de comunicação. Abordam-se as controvérsias sobre a invenção do telefone, mas que controvérsias, durante o período do surgimento desse meio de comunicação surgiram três inventores, três pessoas que se diziam ser o criado do telefone, estes eram; Graham Bell, Elisha Gray e Antônio Meucci. a disputa pela patente do telefone, assim como um pouco da historia de um pobre imigrante italiano, Antônio Meucci que teve não tinha condições financeiras para lutar pelo direito que de fato lhe cabia, o de inventor do telefone, e que acabou morrendo na miséria. Em seguida aborda-se a chegada do telefone ao Brasil, onde mostraremos que a partir do século XIX as inovações tecnológicas, em geral, foram largamente difundidas em todo o mundo, com o desenvolvimento do capitalismo elas passaram a ser traços definidores de uma nova realidade, pois caracterizavam e consolidavam os grandes progressos realizados anteriormente, isto significa dizer que nos ofereceram elementos indicativos para as mudanças que estariam por vir e no Brasil. Impulsionado pelo Estado, o telefone começou a ser instalado e difundido em todo o país, no momento em que o telégrafo estava difundido, bem servido tecnicamente e com uma rede estável e a partir daí começaram a acontecer mudanças na sociedade. Palavras-chave: Telefone. Sociedade. Comunicação. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NOS FIOS DA HISTÓRIA: A CHEGADA DO TELEFONE Rogério Paulo Ferreira – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI Resumo:Pretende-se analisar a construção do imaginário religioso local, primeiramente contextualizando de que forma o elemento religioso foi incorporado à sociedade piauiense, estudo esse feito através da evangelização no Piauí e seu efeito na construção desse sentimento religioso. A presente pesquisa tem como objetivo também analisar a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo em Piracuruca, pois através da edificação do templo ainda em meados do século XIX, a cidade e a religiosidade local expandiram-se. Através de um estudo sobre o contexto social e religioso em que se encontrava o Piauí no século XVIII e XIX, a pesquisa é focada no momento em se iniciou a construção do templo, que segundo a história oral relatada na cidade geração após geração, tem marco na vinda de dois portugueses ao território. Fé e lenda mesclam-se no que se diz respeito à elevação do templo, pois segundo a lenda, a concretização do monumento, deu-se em favor da promessa dos Irmãos Dantas, que salvos do perigo indígena construiriam o templo em homenagem à Virgem do Carmo, santa de suas devoções. No decorrer do estudo foram utilizados autores como Jureni Machado Bitencourt (1989), Cláudio Melo (1991), e Anísio Brito (1922), dentre outros que darão suporte nas análises decorrentes do trabalho. Como lastro teórico acerca da história e religiosidade tem-se os estudos de Jacqueline Hermann (1997), Maurílio Lima (2001) e João Fagundes Hauck (2008). No tocante às reflexões sobre a cidade, o estudo ancorou-se em leituras como Raquel Rolnik (1995) e Lobato Corrêa (1999). Consideras-se, dessa maneira que, analisada em seu contexto histórico-social, a igreja é um marco no estudo da localidade, tendo em vista que ao seu redor existia o pequeno povoado que deu origem à cidade que hoje conhecemos, sendo assim, a construção da igreja é considerada de grande representatividade na expansão da cidade. Palavras-chave: Religiosidade. Igreja. Cidade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NOS MUROS DA FÉ E DA HISTÓRIA: A CONSTRUÇÃO DE IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO SENTIR DOS ANOS DE 1960 NA CIDADE DE PIRACURUCA – PI Iolete Fontenele de Brito Viana – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho - UESPI Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar a apresentação da moda no período da década de 1960, buscando fazer um paralelo aos fatores que favoreceram ao início dessa moda, analisando também como estes fatores ajudaram o seu firmamento e ressonâncias nas décadas seguintes, com resquícios no século XXI, abordando mais precisamente a sociedade piracuruquense. Buscando analisar, ainda, como os movimentos da época eram entendidos pelas pessoas da época, pois foram estes movimentos que trouxeram as vestimentas característica da década. Para a construção desse trabalho, recorreu-se aos estudos de autores renomados como Umberto Eco (2007; 2004), François Boucher (2010), além da obra de Gilles Lipovestsks (2009), que tem subsídios favoráveis acerca da história da estética, da moda e dos diferentes modos de vestir. Além disso, foram utilizadas fontes orais, através de etrevistas semi-estruturadas com pessoas que viveram a década de 1960, sendo estas memórias que darão suporte para a construção do passado de Piracuruca em relação ao período aqui debatido. O recorte temporal corresponde ao período de transição da modernidade para a pós- modernidade. Nesse estudo, considera-se que a moda assume mais uma manifestação dos repertórios de expressão dos sujeitos em meio à sociedade. As formas de vestir dizem sobre segmentos sociais, condutas, práticas e expressões socioeconômicas de maneira geral. Mais que isso, a moda se insere nos cruzamentos entre identidades, sejam elas coletivas ou individuais. Palavras-chave: História. Moda. Comportamentos. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NOS RETALHOS DA HISTÓRIA E DA MODA: FORMAS DE VESTIR E Maria do Carmo Oliveira Rodrigues – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: O presente trabalho tem como objeto a música popular nordestina, trazendo esse ritmo para o cenário da cultura e da identidade dessa gente. Nascido de influências européias e africanas na música brasileira, o forró como estilo musical originou-se do baião, uma dança e canto típico do nordeste. A cultura popular se expressa nas manifestações populares, onde os seus participantes se reconhecem mutuamente em sua humanidade e condições sociais. Faz uma abordagem sobre forró na sua visão historiográfica e seus principais representantes, como: Luís Gonzaga, que é lembrado como divisor de águas, pois apresentou a cultura nordestina e um dos primeiros a levar a sonoridade da região para o eixo Rio- São Paulo, apresentando a realidade da histórica estrutura econômica e social do nordeste para o Brasil, no contexto em que a migração para o sudeste mais se acentuou: na década de 1950. A arte do rei do rei do baião é a expressão da tradição oral do nordeste. Além de um estudo sobre cultura popular, tradição e identidade. Avaliar o forró, como um dos principais divulgadores do nordeste e a absorção de características peculiares de outras regiões do Brasil. O cotidiano do nordestino explanado nas letras desse ritmo, bem como sua popularização nos grandes centros urbanos e a influência do rádio. Outro ponto a ser debatido é a comparação entre o forró tradicional e o eletrônico, abordando suas diferenças e semelhanças, através das transformações ocorridas em sociedade. Observar diante das letras do novo estilo musical como são retratados a mulher o nordeste, e o papel da indústria cultural nessa descaracterização. Palavras-chave: História. Cultura. Identidade. Nordeste I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NOS RITMOS E PASSOS DA HISTÓRIA: FORRÓ COMO TRADIÇÃO E IDENTIDADE NORDESTINA INVENÇÃO DA SANTA CRUZ NA CIDADE DE SANTA CRUZ DOS MILAGRES – PI Mayra Izaura de Moura – UESPI Resumo: A proposta desta pesquisa é analisar os discursos e as práticas que compõem o processo de (re) invenção da festa religiosa “Invenção da Santa Cruz” realizada no município de Santa Cruz dos Milagres – PI. Essa festividade pode ser interpretada como uma reelaboração de práticas religiosas já existentes no catolicismo em séculos anteriores, mas que adquiriu certas especificidades na vivência religiosa dos piauienses. Nesse sentido, a festa da “Invenção”, realizada no dia 3 de maio, conduz as multiplicidades de sinais da fé à Santa Cruz, como o exercício penitencial de ajoelhar-se cem vezes e beijar o chão, persignar-se e rezar cem ave-marias, demonstrando a busca dos fiéis da aproximação com o divino pela prática de devoção espiritual e do sentimento religioso que aflora dentro das práticas de religiosidade popular. Além da revisão bibliográfica, a pesquisa apóia-se principalmente na análise etnográfica e na metodologia da História Oral. As fontes escritas constituem-se em revistas locais, caderno de campo e ofícios da paróquia e as fontes orais, em entrevistas com romeiros, funcionários da paróquia, que proporcionaram o contato com as vivências e as memórias da festividade em estudo. Palavras-chave: História. Religiosidade. Discursos. Práticas. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 O (RE) INVENTAR DO RITO: OS DISCURSOS E AS PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA FESTA RELIGIOSA José da Silva Nunes – UESPI Klésio Weslley Ribeiro Fernandes - UESPI Resumo: O presente artigo tem por finalidade destacar a importância da construção e inauguração da Maternidade Dona Evangelina Rosa, acontecida em julho de 1976, tendo como proposta o atendimento de qualidade a mulher gestante carente do Estado. Tal feito marcou a historia da cidade de Teresina, pois a mesma foi considerada uma grande obra na área da saúde na capital em época de grande modificação da área urbana da capital. Trazendo a perspectiva de modernidade a qual estava em processo naquele momento. Para pudermos dimensionar esta alteração no cotidiano, usamos alguns periódicos tentando retratar esta passagem da nossa história, como o Jornal O Dia, O Estado e Jornal do Piauí. Juntamente com o auxilio das obras de alguns autores, como Roberto Lobato Corrêa (1998), que retrata as definições de espaço urbano, juntamente Francisco Alcides do Nascimento (2006), que aborda do mesmo assunto voltado exclusivamente para Teresina. Temos as discussões de memória de Maurice Halbwachs (2006). Com isso tentamos demonstrar o impacto causado com a inserção da Maternidade Dona Evangelina Rosa no cotidiano da capital do Piauí. Desejamos assim, contribuir para a construção de memória por parte das pessoas que presenciaram as políticas públicas, que priorizavam a mulher gestante de baixa renda, que viviam ainda sobre orientações de métodos que já eram considerados ultrapassados pela ciência moderna no acolhimento ao recém-nascido, que futuramente se tornaria mais um elemento ativo dessa sociedade, que estava em franca expansão nesta urbe do meio norte do Brasil. Palavras-chave: Cidade. Memória. Saúde Pública. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 O NASCIMENTO DA MATERNIDADE DONA EVANGELINA ROSA FORMAÇÃO E EFEITOS ATÉ A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX Cloves Tadeu Oliveira Veras – UESPI Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Resumo: Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre o Trabalho Escravo no Município de Piracuruca (PI). Sua formação e efeitos até a primeira metade do Século XX. Partindo da influência cultural e das significativas relações que permitem a construção do conhecimento a partir da utilização da escravidão para formação de uma identidade pouco retratada. A metodologia aplicada consiste na pesquisa bibliográfica, sendo está a base do trabalho. Seguida da pesquisa de campo local, e da pesquisa oralidade acerca do assunto. Ao se tratar de escravidão, é unanime entre os estudiosos do assunto, a contribuição e a influência que ela exerceu para a formação da cultura e da identidade brasileira e suas regiões, incluindo o Piauí. Versão esta, não aceita anteriormente, alegando a ausência da necessidade da mão de obra escrava devido à frágil economia local. Fato este, baseado em novos estudos e pesquisas não compatível com a realidade, pois a mão de obra escrava foi relevante para o desenvolvimento econômico e até mesmo cultural do Piauí. Dessa maneira, o cerne principal que nortia a pesquisa está no trabalho de análise historiográfica, pontuando os pontos de convergências e divergências entre as abordagens dos historiadores acerca da temática. Como leituras concernentes a esse trabalho, tem-se Brandão (1999), Lima (2005) e Nunes (2007). Esperamos com essa pesquisa contribuir para a formação de novos conhecimentos dentro do processo histórico, bem como o processo de aprendizagem acerca do Trabalho Escravo no município de Piracuruca (PI) e a sua contribuição à mesma, tanto em sua origem como em suas consequências. Palavras-chave: Escravidão. Piauí. Piracuruca. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 O TRABALHO ESCRAVO NO MUNICIPIO DE PIRACURUCA: Fernanda Aparecida Gertrudes – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O seguinte trabalho analisa a forte presença franciscana na sociedade piripiriense, bem como sua influencia e expressão em especial no período compreendido entre 1952 a 2012. Este trabalho visa, como objetivos, a socializar e facilitar a compreensão das missões franciscanas que levaram ao desenvolvimento da sociedade de Piripiri-Pi. Observa-se não somente o trabalho religioso, como também obras marcantes na saúde, educação, lazer e um crescente progresso cultural. Enfatizando as principais mudanças em relação aos novos hábitos e novas formas de lazer. Esboça um pouco sobre quem foram os maiores e primeiros benfeitores da ordem franciscana na cidade de Piripiri. Destaca também dentro do recorte temporal destacado na cidade de Piripiri a grande gama de benefícios ocorridos com a chegada dos franciscanos. Aborda ainda a vida cotidiana dos frades e os reflexos dos mesmos na sociedade. Notadamente, a metodologia educacional franciscana influenciou de maneira expressiva alunos e professores, de formas variadas incentivando a produção de práticas discursivas e formas de comportamento social. A pesquisa foi realizada mediante ditame de algumas fontes que mostram com clareza sobre o contexto e algumas entrevistas com pessoas sobre as ações franciscanas nas dimensões do lazer, da saúde e da educação. Como lastro teórico, Jacqueline Hermann (1997), Maurílio Lima (2001) e João Fagundes Hauck (2008). Considera-se que, além da importância na religiosidade, os franciscanos também estão presentes desde os primórdios cotidianamente na saúde e educação. Sua atuação se insere nas constituições de comportamentos e de (re) invenções das relações entre os sujeitos. Palavras-chave: História. Memória. Religiosidade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ORDEM FRANCISCANA EM PIRIPIRI - PI: EXPRESSÕES DA HISTÓRIA E DA MEMÓRIA Karina Maria Oliveira Rodrigues - UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O trabalho analisa o espiritismo no Piauí, que tem como base os ensinamentos de Allan Kardec. Em um primeiro momento foi mostrado o surgimento dessa doutrina e quem foram os seus maiores divulgadores na Europa chegando no Brasil. A pesquisa também fez relatos da dificuldade sofrida por esta religião e da aceitação da sociedade tradicional e conservadora e da Igreja Católica que se opôs e perseguiu essa prática que acreditava nos espíritos desencarnados. E da população que foi aceita por muitos intelectuais que se interessaram e recusadas por outros que não entendiam e por serem seguidores de uma religião que se recusava a aceitar, e punia aqueles que a seguissem. No século XIX, essa religião chegou ao Brasil com força total e se espalhando por todo país, principalmente nas grandes cidades e sendo divulgadas por espíritas e alguns médiuns que se tornaram conhecidos no Brasil e no mundo, por exemplo, o mais famoso de todos, Chico Xavier que dedicou a sua vida a caridade, solidariedade e a espalhar essa doutrina e os ensinamentos de Allan Kardec que foi o criador e pesquisador desse movimento paranormal do século XVII. No segundo momento do estudo será abordado diretamente o espiritismo no Piauí. Quem foram seus divulgadores, e qual foi a reação da população ao se deparar com essa prática diferente e considerada por alguns como heresia. E também as duas principais cidades do Estado que apoiaram o movimento espírita e a caravana que veio no Piauí na década de 1950 e 1960 que foi muito importante para a divulgação do espiritismo. E também alguns livros que relatam sobre esta religião, como o livro de “História das Religiões do Piauí”, de Higino Cunha e “Os literatos e a república”, de Teresinha Queiroz, que traz trechos que mencionam o espiritismo. Utilizando como referencial teórico autores como Jacqueline Hermann (1997). Palavras-chave: História. Memória. Cultura. Religiosidade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 OS CONFLITOS DO CRER E DO SENTIR: TRAJETÓRIAS DO ESPIRITISMO NO PIAUÍ NO CARNAVAL DE PIRACURUCA – PI Francinalda dos Santos Carvalho – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O presente trabalho tem como objetivo central analisar o surgimento dos blocos carnavalescos na cidade de Piracuruca – PI, em meados da década de 1980. Os conflitos de segmentos sociais são simbolicamente praticadas com a criação dos referidos blocos. Mesmo com uma curta duração, no sentido de sua existência, os blocos surgem como mais uma estratégia de ampliar a segmentação social. Metodologicamente, esse estudo está centrado na metodologia-técnica da história oral, lançando mão de entrevistas com membros fundadores e sócios dos blocos carnavalescos. Somam-se a isso, as fotografias pertencentes a esses entrevistados, nas quais há cenas do cotidiano e das ações dos blocos, como os concursos de melhor fantasia. Tais fotografias são utilizadas como relatos imagéticos que expressam certas dimensões das experiências dos sujeitos nos espaços voltados para as diversões carnavalescas, sobretudo o ambiente do grêmio recreativo. Como lastro teórico-metodológico, esse estudo ancora-se nas discussões levantadas por Michel de Certeau (2000) acerca das práticas cotidianas, estratégias e táticas, bem como de lugar social dos sujeitos. Reforçando essas dimensões, mas pensando no cotidiano da sociedade e dos carnavais, recorreu-se às reflexões feitas por Agnes Heller (2008) acerca das relações entre História e Cotidiano. Considera-se que a criação e apresentação dos blocos de carnaval constituíram-se como integrantes dos jogos e estratégias que as elites políticas e econômicas usavam para ampliar as distâncias sociais, visto que tais blocos eram destinados aos sujeitos abastados, ao passo que as pessoas menos favorecidas economicamente ocupavam as ruas para se divertir. Palavras-chave: História. Cidade. Práticas Sociais. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 PARA ALÉM DOS BLOCOS: SOCIABILIDADES E TENSÕES SOCIAIS Sebastião Pinheiro dos Santos – UESPI Jean Paulo Nascimento Silva- UESPI Resumo: Tal pesquisa tem por objetivo analisar as memórias de Piripiri em um recorte temporal que vai de 1960 a 2010, correspondendo a 50 anos. A mesma dividiu-se em tópicos que vão desde a origem de Piripiri às comemorações de seu centenário. No primeiro capítulo será feito uma abordagem da origem de Piripiri, seu desmembramento de Piracuruca e o que isso ocasionou, Padre Freitas e as primeiras famílias piripirienses; o segundo tópico por sua vez trará as memórias de Piripiri sob quatro aspectos, que são eles: político, econômico, religioso e cultural. No aspecto político, serão expostos os principais políticos no recorte acima, como participantes da memória da cidade; no econômico, a ascendência econômica da mesma lembrando as primeiras atividades econômicas como o babaçu, a carnaúba, a chegada da estrada de ferro e a construção da barragem do Açude Caldeirão; no religioso, abordar-se-á a influência da religião – catolicismo e protestantismo -, os rituais, festejos e a participação da mulher nesse contexto; e por fim no último tópico discute-se o aspecto cultural, onde será feito um levantamento de alguns lugares de memórias tais como praças, ruas, monumentos, a arquitetura e modo de viver dos piripirienses no período e qual a participação da mulher. O último tópico será voltado para as comemorações do centenário de Piripiri, abordando os possíveis aspectos positivos e negativos. No referencial teórico, serão utilizadas as discussões de Michel Pollak, Pierre Nora, Sandra Jatahy Pesavento; bibliografia local como Judith Santana, Cléa Rezende Neves de Mello, não deixando de lado as entrevistas e depoimentos de piripirienses. Palavras-chave: Piripiri. Memória. Centenário. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 PIRIPIRI: MEMÓRIAS DE UMA CIDADE CENTENÁRIA Caroline Alves de Meneses – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O presente trabalho tem o objetivo central de analisar as sensibilidades e formas de sentir da população de Piripiri acerca da chegada de estrada de ferro entre as décadas de 1930 e 1940. Foram realizadas entrevistas com pessoas que trabalharam na construção do trecho ferroviário em que ligava Piripiri a Teresina, bem como entrevistas com viajantes que se deslocavam para outras cidades do norte do estado, com o intuito de visualizar as representações que tais sujeitos construíram sobre o trem e seus usos. As dimensões das expectativas, dos anseios, medos e projeções são percebidas nos depoimentos. Então, se recorreu à História Oral como metodologia de trabalho, pois ela possibilita ter-se um olhar mais apurado sobre as experiências vivenciadas pelos trabalhadores da ferrovia, sendo que foram feitas entrevistas temáticas em que se estabeleceu a representação do trabalho por ex-ferroviários, como na entrevista com o senhor José Lira um ex-ferroviário, que tinha como função a de operário, sendo caracterizado como um trabalho braçal. Neste estudo iremos trabalhar com as leituras feitas por Lêda Vieira (2010) e José de Arimatéa I. Ferreira (2010), bem como com as discussões sobre modernização, cidade e memória no Piauí feitas por Pedro Pio Fontineles Filho (2007) e Cláudia Cristina da Silva Fontineles (2007). Este trabalho é importante para a história da cidade de Piripiri, pois analisa uma época de transformações para a cidade, pois a chegada da ferrovia trouxe o desenvolvimento para além do campo econômico, como também representou influência deste meio de transporte na vida da sociedade piripiriense, que vivenciou este novo tempo de modernidade da cidade. Como arcabouço teórico recorreu-se às discussões de memória feitas Maurice Halbwachs, Pierre Nora e Michel Pollak; de modernização e modernidade feitas por Marshall Berman e Sérgio Paulo Rouanet; de representações feitas por Roger Chartier e Michel de Certeau. Palavras-chave: História. Memória. Representações. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 (RE) EMBARQUES DA MEMÓRIA: A ESTRADA DE FERRO DA CIDADE DE PIRIPIRI – PI Karina Keli Gonçalves de Abreu - FAP Resumo: O presente trabalho busca analisar as festividades de São Pedro no bairro Poty Velho na cidade de Teresina nas décadas de 1950 a 1960. Uma narrativa sobre a sua fundação e sobre a sua organização. Propõe ainda analisar o significado para a população devota de Teresina. Identificar que a festividade de São Pedro representa para muitos momentos de reflexão, de oração e reviver a fé, e para outros momentos de diversão. O trabalho foi dividido em três momentos interdependentes. No primeiro será enfatizado o conceito de cidade, e a situação da cidade de Teresina nos anos de 1950 a 1960. Com objetivo de analisar e entender como estava a cidade nesse período para haver uma melhor compreensão do lugar e do tempo, visando observar os festejos do Poty Velho. No segundo serão abordados os festejos, que abrange a religiosidade, a cultura e as festas. E finalmente, no terceiro instante desse estudo, as memórias dos moradores do bairro Poty Velho serão focalizadas, com o intuito de conhecer os festejos de São Pedro, as práticas imersas nesses festejos. As metodologias utilizadas nessa pesquisa foram a Historia Oral, as fontes hemerográficas e bibliográficas foram essenciais para auxiliar e concretização dessa pesquisa. Considera-se, dessa maneira, que pensar os festejos não é somente rememorar ou visualizar os elementos da religiosidade. É, também, perceber as relações de proximidade entre a história da cidade e de suas práticas religiosas. Palavras-chave: São Pedro. Poty Velho. Memória. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 TERESINA ONDE NASCEU: O VELHO POTY E OS FESTEJOS DE SÃO PEDRO DE 1950 a 1960 COORDENAÇÃO: PROFª. MS. JOSEANE ZINGLEARA SOARES MARINHO – UESPI PROFª. MESTRANDA VICÊNCIA ROZILDA MARQUES SOBRINHO – UESPI/UFPI A IMPORTÂNCIA DO USO DA TECNOLOGIA PARA DIVULGAÇÃO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELOS PIBIDIANOS Thamyres Ramos de Andrade – UESPI Ranuze Maria da Silva Gomes – UESPI Isabel Cristina da Silva Fontineles - UESPI Resumo: Neste trabalho apresentamos um estudo sobre as ações desenvolvidas pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí, focalizando especificamente a divulgação que está sendo feita no blog das ações desenvolvida na Unidade Escolar Santa Inês e na Unidade escolar Maria do Carmo Reverdosa. Percebe-se que o avanço da tecnologia é de suma importância para a divulgação de ações educacionais em sites, pois as práticas inovadoras que estão sendo realizada pelos pibidianos são de fundamental importância para os mesmos. De acordo Tarja (2011) e Passerino (2001) as novas tecnologias estão se revolucionando cada dia mais, além dos computadores estão ocorrendo inovações nas telecomunicações, com isso ocorrem mudanças na atual sociedade. O objetivo deste trabalho é discutir e refletir a utilização e possibilidades de uso do blog, como ferramenta tecnológica, na divulgação das experiências, atividades e pesquisas realizadas pelos bolsistas do PIBID, visando inovar o modo de atuação dos docentes. O suporte teórico metodológico que escolhemos foi com base em Andrade (2003), sendo realizados questionários e observações com todos os membros das escolas. Os resultados dos dados apontaram que as práticas do ensino das disciplinas necessitam ser repensadas e aliadas à teoria, vale ressaltar que é de suma importância a divulgação das práticas dos pibidianos. Sendo assim, o uso do blog como tecnologia na educação é vista como meio, no qual os alunos refletem sobre suas práticas a partir do momento que relatam suas experiências e expõem no blog Palavras-chave: Educação. Tecnologia. Prática I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 GT-III: HISTÓRIA: LIMIARES ENTRE GÊNERO E EDUCAÇÃO Jorge Luís Gomes – UESPI Auriane Gomes de Melo – UESPI Marcelo de Sousa Neto – UESPI Resumo: Este artigo procura mostrar um pouco da realidade existente no conjunto habitacional Dirceu Arcoverde antigo “Itararé” na área educacional bem no início da ocupação da região no segundo semestre de 1977. Estando voltado o Estado com as políticas de alfabetização dos adultos, destacando neste período o Movimento de Alfabetização de Adultos (MOBRAL). Tentamos com isso apontar as grandes dificuldades enfrentadas para a implantação do sistema educacional no conjunto habitacional. Fazemos uso da oralidade de alguns moradores da comunidade que presenciaram esta época. Usamos fontes impressas como jornais da época, como Jornal da Manhã, O Dia, O Estado. Procurando assim retratar os acontecimentos que fizeram parte deste período da historia da implantação da educação na comunidade. Procuramos nos auxiliar nas obras que podem dar dimensão a este contexto da educação, destacando dentre estas, as obras de Paulo Freire (2000, 2005), com sua visão da realidade educativa brasileira. Vanilda Pereira Paiva (1987), abordando as práticas educacionais com os adultos. Ana Paula Rosendo (2009), tratando sobre o sistema ensino. Denise Jodelet (2001), Wolfgang Wagner (1998), Antonia Silva Paredes Moreira (1998), Denise Cristina Oliveira (1998), abordando as representações sociais. Maria do Rosário Longo Mortatti (2004), apontando as formas de ensinar a ler e escrever. Arlindo Lopes Corrêa (1979) falando sobre a implantação do Mobral. Enfim, tentamos essa aproximação com a conjuntura social existente nesta passagem da historia. Com isso tentamos contar esta luta por melhorias para esta população que vieram morar nesta região de Teresina. Palavras-chave: Políticas sociais. Educação. Memória. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 A LUTA PELA IMPLANTAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO CONJUNTO HABITACIONAL DIRCEU ARCOVERDE OS DESFILES CÍVICO-PATRIÓTICOS NA BUSCA DO CIDADÃO IDEAL José de Arimatéa Freitas Aguiar Junior – UFPI Resumo: O civismo na Era Vargas foi concebido pelos educadores, imprensa escrita e intelectuais como a vertente de educação privilegiada para a formação do cidadão republicano. Este estaria sempre preocupado com as questões nacionais. Logo o patriotismo permeava várias atividades que iam desde o canto do hino nacional nas escolas até as comemorações propriamente ditas como a festa da Independência na data do 7 de setembro, que eram realizados desfiles percorrendo várias ruas de Teresina. Nesse sentido, o presidente aliado aos governos estaduais, como foi o caso do Piauí, tinham como meta controlar todos os setores da vida social, econômica e cultural do país. Só eram publicadas nos meios de comunicações notícias favoráveis ao governo, através do Departamento de Imprensa e Propaganda, repletos de comemorações oficiais. Nestas a juventude teresinense, principalmente os estudantes, era convocada a participar desses eventos cívicos, pois seriam enaltecidos os sentimentos pátrios e a necessidade de defesa do território nacional. Na realização dos desfiles cívico-patrióticos, nota-se a presença e atuação de intelectuais que faziam conferências que segundo o discurso oficial eram largamente contempladas por várias autoridades e pelos alunos das escolas de Teresina. Com a instauração do Estado Novo percebe-se a intenção do governo central em validar o novo regime, principalmente através do uso da propaganda e da educação escolar. A participação dos estudantes, trabalhadores e principalmente o povo teresinense em eventos cívicos criados durante o Estado Novo, vão ser responsáveis em legitimar o novo regime. Palavras-chave: Desfiles cívicos. Era Vargas. Cultura escolar. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 CULTURA ESCOLAR EM TERESINA NA ERA VARGAS: PROSTITUTAS DE AMARANTE – PI (1950 – 1960) Francisco Gomes Vilanova – UFPI Resumo: Este estudo propõe discutir o cenário da prostituição na cidade de Amarante - PI nas décadas de 1950 e 1960, a partir da análise do cotidiano das meretrizes e dos bailes que ocorriam na cidade. O recorte espaço-temporal justifica-se pela força econômica e comercial do lugar, favorecida pela navegação do Rio Parnaíba. Essa situação transformou a cidade em um espaço de grande fluxo populacional, onde mulheres livres passaram a fazer uso do próprio corpo em troca de dinheiro. A postura dessas meretrizes conjugada a ameaça que provocavam pela sua liberdade sexual, ocasionou vários conflitos com outros segmentos daquela sociedade. Através dos depoimentos coletados, constatou-se uma demarcação da cidade em áreas reservadas ao convívio social de diferentes grupos, onde às prostitutas eram reservados horários e locais específicos para seu trânsito. Conforme depoimentos, nos ambientes sociais e nas festividades da cidade – bailes privados e festas religiosas – não se permitia que as senhoras da sociedade dividissem os mesmos espaços com as prostitutas. Tal situação provocava a reação das mulheres livres que organizavam bailes alternativos, frequentados por aqueles que buscavam diversão e prazer. A pesquisa se enquadra nas propostas temáticas da Nova História Cultural, que tem buscado investigar o passado a partir de novas abordagens e novos olhares, priorizando temas e fontes rejeitados pela história tradicional. Assim, utilizou-se como suporte teórico os estudos de pesquisadores como Burke (1992), Le Goff (1990), Hunt (1992), Certeau (1982) e em autores cujos estudos contemplam investigações relacionadas a mulher, sexualidade, amor, prostituição e relações de gênero, como Rago (1991), Soihet (1989), Matos e Soihet (2003), Foucault (1981), Del Priore (2009), Perrot (1988), Engel (1997), Castelo Branco (2005), Cardoso (2004), Sá Filho (2006), dentre outros. Assim, com essa investigação espera-se colaborar para o debate e compreensão sobre a história da prostituição no Brasil e no Piauí, onde procuramos dar voz a essas mulheres que, por muito tempo, tiveram suas vozes e trajetórias silenciadas pela historiografia tradicional. Palavras-chave: Prostituição. Bordel. Baile. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ENTRE A RUA, O BAILE E O BORDEL: VIDA COTIDIANA DAS OBRA CONFISSÃO DE LÚCIO DE MÁRIO DE SÁ CARNEIRO Vicencia Rozilda Marques Sobrinho – UESPI/UFPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: Este estudo tem como objetivos analisar e refletir sobre a obra “Confissão de Lúcio”, de Mário de Sá Carneiro, buscando discutir a homo afetividade presente no discurso da obra e os preconceitos percebidos nas entrelinhas da narrativa vivenciados pelos personagens principais: Lúcio e Ricardo. Assim, procura-se pensar sobre as características próprias da narrativa literária e da narrativa histórica na (re) construção de identidades, a influência do meio social e cultural na escolha dessa identidade ou da omissão dessa opção. Para propor esse diálogo, realizou-se a análise da narrativa ficcional de Mário de Sá Carneiro. Como arcabouço teórico-metodológico tomam-se as leituras das proposições feitas por Robert (2007) e Sevcenko (1999) acerca da história e a literatura. No tocante aos agenciamentos e discursos sobre o corpo, utilizou-se Foucault (2010). A literatura é tomada como fonte de história e não somente como fonte para a história, pois, a partir dela, é possível visualizar aspectos da vida que, por meio das técnicas próprias do fazer histórico, não seriam tão facilmente expressos. A narrativa literária está sendo aqui utilizada como importante parceira na discussão e entendimento dos eventos e discursos históricos, sobretudo no que tange à construção representativa da identidade. O discurso histórico e o discurso literário tanto se aproximam quanto se distanciam no jogo narrativo de visualização da construção e vivência de identidades. Palavras-chave: História. Literatura. Identidade. Gênero I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ENTRE ENIGMAS E ESFINGES: HOMO AFETIVIDADE NA UMA EXPERIÊNCIA PARA ALÉM DA TEORIA Isabel Cristina da Silva Fontineles – UESPI Resumo: O objetivo deste trabalho é socializar a experiência no Estágio do Ensino Fundamental no curso de Pedagogia do Campus Clóvis Moura, da Universidade Estadual do Piauí - UESPI. Esta turma contava com quarenta e dois alunos, sendo que havia dois com necessidades especiais (eram cegos), mas isto,não significou barreira para levarem adiante o curso e a presença deles no estágio foi de fundamental importância,para mostrar às escolas a possibilidade ainda que tímida de inclusão, em qualquer que seja o nível de ensino. Outro ponto muito rico e que chamava atenção, era o fato das crianças tratarem com muito carinho aos estagiários graduandos da UESPI, mostrando que a afetividade do homem em sala de aula no Ensino Fundamental também é possível. Mas o que mais chamou a atenção desta pesquisadora foi o fato destes aprendentes do curso de Pedagogia rumo à profissionalização, incorporarem tão rápido a pesquisa no estágio adotando a necessidade de intervenção através de projeto. Esta estratégia aceira pela equipe é defendida por Pimenta e Lima (2004). Isso porque o movimento de valorização da pesquisa no estágio no Brasil tem suas no início dos anos 1990, a partir do questionamento que então se fazia, no campo da Didática e da Formação de Professores, sobre a indissociabilidade entre teoria e prática. O estágio é uma atividade teórica instrumentalizadora da práxis, como confirma Pimenta (1994), por acreditar que o (futuro) professor como intelectual em processo de formação abre espaço para investigação das práticas pedagógicas. Palavras-chave: Estágio. Pesquisa. Ensino Fundamental. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ENSINO FUNDAMENTAL: Calil Felipe Zacarias Abrão – UESPI Francisca Maria Silva Abrão – UFPI Resumo: A busca por metodologias adequadas e viáveis na graduação tem se tornado uma constante em quase todas as disciplinas, no entanto, quando se trata da disciplina de monografia/TCC, os métodos adotados pelos professores costumam ser um tanto previsível, porque não se tem muito que fazer, visto que o trabalho com essa disciplina é mais focado no aluno, na sua produção, trata-se de orientações de caráter mais técnico. Na tentativa de fugir a essa regra, idealizou-se o projeto Filmografia Histórica, o qual consistiu em técnica metodológica utilizada na disciplina de Monografia II do curso de História da Universidade Estadual do Piauí (UESPI/Piracuruca). Vale destacar que o projeto foi elaborado com base na área de interesse dos alunos e contou com a participação destes. Objetivando contribuir com os graduandos na construção de suas monografias, oportunizando-os mais uma opção de fonte à produção de conhecimento, acoplou-se ao projeto o trabalho com o jornal impresso, o qual foi utilizado de duas formas: primeiro como fonte de pesquisa e posteriormente na construção de um arquivo de dados (artigos e reportagens na área de interesse do aluno); para essa segunda etapa, os alunos foram orientados quanto à forma apropriada de armazenar no mínimo de espaço possível, informações retiradas do jornal, preservando dados essenciais do mesmo. Metodologicamente a aplicação das duas técnicas em sala de aula deu-se em elaborar o projeto filmográfico; optar por uma bibliografia e filmografia especializada, que atendesse aos objetivos da disciplina ministrada; divulgar o projeto no jornal Diário do Povo do Piauí e levar este para a sala de aula, servindo de dados importantes à pesquisa dos alunos e estruturação do acervo de artigos jornalísticos para posterior uso e enriquecimento de suas pesquisas acadêmicas- científicas. Por meio de observação direta, percebeu-se que o projeto ligado à divulgação no jornal e utilização do mesmo em sala, contribuiu para elevar a autoestima dos alunos, refletindo inclusive na produção monográfica destes. Palavras-chave: Metodologia. Filmografia histórica. Jornal impresso. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 FILMOGRAFIA HISTÓRICA E JORNAL EM SALA DE AULA ANÁLISE DA FORMAÇÃO DO HISTORIADOR EM “UMA CIDADE SEM PASSADO” Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Paulo Tiago Fontenele Cardoso - UESPI José Gilson da Silva Fontineles – FM Resumo: O presente estudo visa a analisar os direcionamentos teórico-metodológicos para a formação do historiador, a partir da narrativa ficcional do filme Uma Cidade sem Passado, produzido em 1989. A formação do historiador, seja como professor, seja como pesquisador tem sido ponto de reflexão constante ao longo da própria história da constituição da disciplina como área do saber, sobretudo em sua tentativa de se legitimar como ciência durante o século XIX. Nesse sentido, na medida em que se refletia sobre os pressupostos teóricos e metodológicos da história, a formação do historiador, especialmente nos espaços acadêmicos, também passava e passa por reformulações. É sobre isso, dentre outras discussões, que versa o filme aqui analisado. Metodologicamente, o estudo aqui apresentado se centra na análise da narrativa do filme, buscando a visualização do papel do professor-educador no despertar de habilidades e potencialidades dos discentes. Apresenta e analisa os desafios e possibilidades da formação do historiador, levando em consideração que o fazer história está cercado de limites teóricos, metodológicos e práticos. Por tal razão, é que o estudo ancora-se nas proposições feitas por Michel de Certeau (2000) acerca socioinstitucional dos sujeitos. Além disso, as dimensões dos limites da conceituação e da prática da história foram ancoradas nas discussões sugeridas por Keith Jenkins (2006). Somando-se a esses, ainda são utilizadas análises de Michel Pollak (1992; 1989) e LeGoff (1990) sobre história e memória. Considera-se que o filme é uma excelente ferramenta, não só para a pesquisa, mas para as inferências acerca dos caminhos a serem tomados pelos “aprendizes de historiador”. Palavras-chave: História. Cinema. Ensino. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 HISTÓRIA EM CENA E EM SALA: O JUDICIÁRIO PIAUIENSE NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO IMPÉRIO Karine Cristinie da Silva Fontineles – UESPI Marcelo de Sousa Neto – UESPI Resumo: O presente artigo tem por escopo discutir a respeito da educação piauiense na primeira metade do século XIX, com ênfase no nível de instrução dos magistrados da província piauiense. A História do Direito no Brasil representa área ainda pouco explorada, visto que ainda são parcos os trabalhos publicados acerca dessa proposta temática. No caso do Piauí, em especial, pesquisas sobre a temática são ainda mais escassas, o que tem dificultado o desenvolvimento das Ciências Jurídicas, bem como o desenvolvimento da própria História. As dificuldades no acesso ao ensino formal, associadas à grande extensão territorial do Império corroboraram a deficiência da prática jurisdicional dos magistrados na província piauiense. Entender essa dimensão histórica contribui para entender o desenvolvimento das sociabilidades em dado período, uma vez que as decisões políticas do Brasil Império eram diretamente influenciadas pela formação jurídica dos membros de sua elite. Partindo dessa perspectiva, analisar o surgimento prematuro e desorganizado do judiciário piauiense em meio às tentativas de atender as exigências de Portugal e, posteriormente, do Império Brasileiro é o objetivo do presente estudo, bem como entender as disputas por poder e a utilização da educação formal como elemento diferenciador e legitimador dos detentores desse poder. No que concerne à metodologia utilizada na pesquisa, lançou-se mão de uma discussão analíticointerpretativa dos pronunciamentos oficiais do Visconde da Parnaíba, Manuel de Sousa Martins – à época presidente da província, endereçados à Assembléia Legislativa. Como referenciais teóricos para alicerçar a pesquisa foram utilizadas as discussões de Bevilaqua (1977), Bonavides (2002), Carvalho (2003) e Moraes (2003), que se debruçam sobre a história do Direito nas esferas nacional e local, além da análise da documentação oficial da época oriunda da Assembléia Legislativa do governo provincial. Considera-se que a formação judiciária dos jovens bacharéis, que em geral tiveram sua formação ligada à Faculdade de Direito de Recife, teve papel fulcral nos direcionamentos das decisões políticas da província piauiense. Palavras-chave: Educação. História. Direito. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 LEGITIMAÇÃO DE MAGISTRADOS LEIGOS: O LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA E ABORDAGENS ARQUEOLÓGICAS Luzia Leal de Oliveira - UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: A relação entre arqueologia e história possui uma grande responsabilidade no sentido de revelar, e sem ambiguidades, que o conjunto das produções culturais das sociedades ditas “pré-históricas” é indispensável para que se possa pensar na construção da identidade do povo brasileiro, sendo assim, é preciso desconstruir a imagem distorcida a respeito da “pré-história” brasileira que durante muito tempo esteve presente nos livros didáticos de história. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo analisar as abordagens da arqueologia “pré-histórica” brasileira contida nos livros didáticos de história adotados pelas escolas públicas nos ensino fundamental e médio de Teresina nas décadas de 1980 a 2010. Foram realizadas pesquisas em bibliotecas de escolas públicas e privadas de Teresina – PI acervos particulares, entrevistas com docentes que ministram a disciplina de História, revisão bibliográfica e leituras teóricas pautadas nas discussões de Fonseca (2006), Bittencourt (2003) e Neves (2004). Utilizando-se, ainda, de equipamento como máquina fotográfica e fichas para catalogar os livros. Dentre os resultados obtidos, observam-se algumas características recorrentes nas abordagens dessa temática como, por exemplo: um distanciamento entre Arqueologia e História, evidenciado principalmente na recorrência nos livros didáticos das mesmas pesquisas arqueológicas desenvolvidas no Brasil durante o século XIX. Concluiu-se, então, que a arqueologia é importante aliada no estudo das populações “pré-históricas do Brasil”, uma história do Brasil, que ainda está sendo contada e (re) escrita por este campo do conhecimento humano, a arqueologia, que, se desvencilhando da escrita legitimadora e do olhar do conquistador, vem aos poucas “resgatando” a história de nossos antepassados que durante muito tempo foi deixada de lado pela historiografia brasileira. Palavras-chave: História. Arqueologia. Escrita. Ensino. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NAS (RE) LEITURAS DA ARQUEOLOGIA: Gleiciane Carvalho Silva – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O presente trabalho apresentado é parte de uma pesquisa maior para conclusão do curso de licenciatura em História, pesquisa essa intitulada como História e Memória da Educação em Brasileira. As metodologias utilizadas se resumem em entrevistas, história oral, bibliográficas e documentos que vem a concretizar os fatos apresentados nesse segundo capítulo. Neste trabalho será enfatizando o sistema educacional após a emancipação política da cidade de Brasileira, abordando as principais mudanças que ocorreram no campo da educação através desse tão almejado processo emancipatório. Será analisado o sistema da educação atual e a importância da educação para a construção real de uma cidade, tendo em vista que o desenvolvimento de uma cidade ocorre quando se trabalha em prol da educação de seu povo. Objetivamos nesse trabalho analisar o sistema educacional da referida cidade, mostrando as consequências do processo emancipatório para esse sistema, pretendendo também deixar aos cidadãos de Brasileira uma obra onde podem se ver, rever e perpetuar essa história nos moldes da sociedade.Utilizando como referências bibliográficas Itamar Sousa Brito com sua obra História da Educação no Piauí, Alcebíades Costa Filho e sua obra A Escola do Sertão:ensino e sociedade no Piauí,18501889; Entrevista com Zaina de Sousa Costa(professora aposentada da cidade de Brasileira) concedida a acadêmica Gleiciane Cravalho em 2012; Teresinha Queiroz com sua obra Educação no Piauí (1880-1930). Palavras-chave: História. Educação. Cidade. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 NOS SABERES DE CLIO: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO NA CIDADE DE BRASILEIRA – PI Talita Damascena Ramos de Carvalho – UESPI Pedro Pio Fontineles Filho – UESPI Resumo: O presente estudo tem o objetivo principal de analisar as práticas de prostituição na cidade Piracuruca, Piauí entre as décadas de 1970 e 1990, período que abarca a decadência da única casa de prostituição da cidade, até a morte de sua dona e posterior fechamento da casa. Metodologicamente, o trabalho está centrado na utilização da técnica da História Oral, no intuito de construir fontes orais para a pesquisa. São feitas entrevistas com ex-prostitutas que trabalharam tanto na casa, quanto em outras localidades (ruas, praças), além de entrevista com o filho adotivo da dona do estabelecimento. Seus relatos são tomados para a prospecção de como a casa surgiu naquela localidade, como a dona começou a realizar suas atividades. Busca-se, também, por meio dos depoimentos, traçar o cotidiano não só das prostitutas, mas de todos os sujeitos que frequentavam aquele espaço. A relação das prostitutas com a sociedade, com a Igreja e com o Estado, sobretudo por meio das forças policiais, é uma dimensão importante para a compreensão de como agiam os diferentes sujeitos. Como arcabouço teórico-metodológico, utilizou-se as discussões feitas por Michel Foucault (2010) acerca da sexualidade como além de prática física e usos do corpo, mas como prática discursiva.Considera-se que o olhar sobre as práticas de prostituição em Piracuruca, no recorte temporal delimitado, permite perceber que tais práticas não estavam unicamente vinculadas ao sexo. Estavam relacionadas, também, às formas de sociabilidades que alguns sujeitos tinham. Palavras-chave: História. Gênero. Prostituição. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 OUTROS DOMÍNIOS DO PRAZER: PROSTITUIÇÃO E SOCIEDADE EM PIRACURUCA – PI A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA HISTÓRIA JUNTO À VIDA DOS EDUCANDOS Vera Lúcia Vieira – UESPI Marcos Antônio Alves de Matos – UESPI Resumo: A presente pesquisa procura abrir reflexões e debates acerca da importância da disciplina História para a formação critica dos educandos, de modo que estes possam compreender de forma mais clara e objetiva sua função prática em meio a sua vida. A fim de valorizar a mesma e colaborar com as atuações dos profissionais da área durante suas aulas, este trabalho foi desenvolvido para que estes possam apreender formas mais compreensíveis e claras de como desempenhar seu trabalho. É do entender de grande parcela da população que a educação é a base fundamental para o desenvolvimento de um país, o que resulta não apenas em soluções para os entraves que envolvem nossa sociedade como também em alicerces para uma formação critica e consciente do individuo. Sendo que para essa conscientizarão realmente ocorrer é necessária uma mudança na mentalidade dos responsáveis por esse trabalho, os quais se encontram dentro das escolas, local onde o 1º passo deve ser dado, pois é nesse ambiente que as crianças têm contato com questões a respeito do nosso passado, pois durante as aulas de História os alunos juntos ao professor podem trocar experiências, opiniões, logo, as crianças estão em constantes atividades que lhes proporcionam diversas situações de informações, as quais podem colaborara com o saber histórico. A História está presente em várias outras áreas de estudo, na literatura, na arte, nas lendas e mitos, nos diários do viajante, na musica, no teatro, no cinema, enfim, em tantas outras formas de expressão humana e são estas expressões que se tornam objetos de estudo da História, uma vez que o homem é cultura. Palavras-chave: História. Ensino. Prática. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 POR OUTRAS HISTÓRIAS: A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA HISTÓRIA JUNTO À VIDA DOS EDUCANDOS Vera Lúcia Vieira - UESPI Marcos Antônio Alves de Matos – UESPI Resumo: A presente pesquisa procura abrir reflexões e debates acerca da importância da disciplina História para a formação critica dos educandos, de modo que estes possam compreender de forma mais clara e objetiva sua função prática em meio a sua vida. A fim de valorizar a mesma e colaborar com as atuações dos profissionais da área durante suas aulas, este trabalho foi desenvolvido para que estes possam apreender formas mais compreensíveis e claras de como desempenhar seu trabalho. É do entender de grande parcela da população que a educação é a base fundamental para o desenvolvimento de um país, o que resulta não apenas em soluções para os entraves que envolvem nossa sociedade como também em alicerces para uma formação critica e consciente do individuo. Sendo que para essa conscientizarão realmente ocorrer é necessária uma mudança na mentalidade dos responsáveis por esse trabalho, os quais se encontram dentro das escolas, local onde o 1º passo deve ser dado, pois é nesse ambiente que as crianças têm contato com questões a respeito do nosso passado, pois durante as aulas de História os alunos juntos ao professor podem trocar experiências, opiniões, logo, as crianças estão em constantes atividades que lhes proporcionam diversas situações de informações, as quais podem colaborara com o saber histórico. A História está presente em várias outras áreas de estudo, na literatura, na arte, nas lendas e mitos, nos diários do viajante, na musica, no teatro, no cinema, enfim, em tantas outras formas de expressão humana e são estas expressões que se tornam objetos de estudo da História, uma vez que o homem é cultura. Palavras-chave: História. Ensino. Prática. I Simpósio de História da UESPI / II Semana de História da UESPI – Piracuruca - ISSN 2316-5839 POR OUTRAS HISTÓRIAS: