Edição 119 Maio - Revista Canavieiros

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Edição 119 Maio - Revista Canavieiros
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
Editorial
O
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Cana contribui com resultado
positivo da Agrishow 2016
s bons ventos voltam a soprar a favor do setor sucroenergético. Pelo menos é o que aponta o
atual cenário com preços mais altos dos produtos da cana, safra fluindo e investimentos surgindo. Prova disso é que o setor foi destaque na principal feira do agronegócio, a Agrishow (Feira
Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), realizada no final de abril. Ausente nas outras edições
devido à crise enfrentada, o setor canavieiro surpreendeu e alavancou as vendas nesta 23ª edição da feira,
que movimentou R$ 1,95 bilhão de negócios, 2% a mais em relação à edição anterior, quando o volume
de negócios chegou a R$ 1,9 bilhão.
É isso que mostra a matéria de capa neste mês de maio. O leitor pode ter um panorama da feira, com
detalhes dos diversos eventos paralelos ocorridos no evento e as novidades apresentadas pelos 800 expositores aos mais de 152 mil visitantes, de 69 países, registrado por nossa equipe durante os quatro dias
da Agrishow.
A revista de maio também mostra como foi o AgroEncontro, evento promovido pela Ourofino Agrociência para difundir novas tecnologias e integrar parceiros do setor, promovendo trocas de experiências,
como também os detalhes do Encontro Substantivo Feminino, que discutiu a participação e visão feminina no agronegócio e na sociedade.
Desta vez, temos entrevista com Maurílio Biagi Filho, presidente de honra da Agrishow e do Grupo
Maubisa, e com Alexandre Andrade de Lima, eleito em abril presidente da Feplana (Feplana Federação
dos Plantadores de Cana do Brasil). Já no Ponto de Vista opinam Paulo Roberto Artioli, Coriolano Xavier e José Américo Rubiano. Sobre Pragas e Doenças, opinam Leila Luci Dinardo, Ana Paula da Silva,
Roberto Estêvão Bragion de Toledo e Marco Antonio Drebes da Cunha, além da Coluna Caipirinha,
assinada pelo professor Marcos Fava Neves.
As notícias do Sistema mostram que a Canaoeste prossegue no seu plano de reestruturação, iniciando
agenda de reuniões técnicas e que a diretoria participou de reunião de fornecedores da usina São Francisco. Assuntos legais, informações setoriais, classificados e dicas de leitura e de português também podem
ser conferidos na revista de maio.
Boa leitura!
Conselho Editorial
RC
Expediente:
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Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
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Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
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Impressão: São Francisco Gráfica e Editora
Revisão: Lueli Vedovato
Tiragem DESTA EDIçÃO:
22.000 exemplares
ISSN: 1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente
aos cooperados, associados e fornecedores do
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred.
As matérias assinadas e informes publicitários
são de responsabilidade de seus autores. A
reprodução parcial desta revista é autorizada,
desde que citada a fonte.
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
Foto: Divulgação Agrishow
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Ano IX - Edição 119 - Maio de 2016 - Circulação: Mensal
Índice:
Capa - 26
Cana contribui com resultado
positivo da Agrishow 2016
Ausente nas outras edições devido à crise enfrentada, setor sucroenergético surpreende e alavanca
as vendas na 23ª edição da feira
08 - Entrevista
Maurílio Biagi Filho
presidente de honra da Agrishow e
presidente do Grupo Maubisa
“Falta comunicação, o setor sucroenergético tem que se
organizar e falar a mesma língua”
12 - Ponto de Vista
Paulo Roberto Artioli
diretor Agrícola da Tecnocana
Mudanças na cultura de cana-de-Açúcar
24 - Notícias Canaoeste
- Ciclo de palestras técnicas para associados Canaoeste
- Usina São Francisco promove encontro com fornecedores de cana
20 - Notícias Sicoob Cocred
- Balancete Mensal
74 - Pragas e Doenças
E mais:
Entrevista:
Alexandre Andrade de Lima
.....................página 10
Pontos de Vista:
Coriolano Xavier
.....................página 14
José Américo Rubiano
.....................página 16
Coluna Caipirinha
.....................página 18
Informações Setoriais
.....................página 64
Destaques:
Empoderamento feminino é tema de
evento do setor
.....................página 62
Agroencontro reforça tendências
para o setor canavieiro
.....................página 66
Ribeirão Preto-SP recebe tradicional
evento sobre o controle de plantas
daninhas
.....................página 70
Classificados
.....................página 94
Cultura
....................página 98
35 mil curtidas no Facebook
- A cigarrinha e o seu controle
Com a dificuldade econômica vivida pelo setor sucroenergético, o bom manejo nos canaviais significa mais produtividade agrícola, além de incremento da atividade industrial.
- Crotalárias e o controle de nematoides em
canaviais
Os danos causados por nematoides à cana-de-açúcar no
Brasil, que, em última análise, se expressam em significativas
reduções de produtividade, são conhecidos há muitos anos.
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A equipe da
Revista Canavieiros
agradece a todos que acompanham o nosso trabalho!
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Apoio
Realização
Você é nosso convidado!
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Sobre a Feira
A feira será realizada de 21 a 24 de junho de 2016 e é voltada principalmente para
cooperados do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred.
Na última edição, a feira contou com a presença de três mil visitantes de diversas regiões, que conferiram as novidades apresentadas pelos 76 expositores, como
serviços, equipamentos, máquinas e tecnologias voltadas à produção de cana-de-açúcar e outras culturas.
No ano passado a feira teve um crescimento de 6% comparado com 2014, chegando a R$160 milhões.
A feira é uma verdadeira vitrine de produtos e serviços para uso nas lavouras de
cana-de-açúcar e grãos.
Os expositores também levam para o Agronegócios Copercana novidades tecnológicas em máquinas e equipamentos para os pequenos e médios produtores.
www.agronegocioscopercana.com.br
Revista Canavieiros - Maio de 2016
PROIBIDA A ENTRADA DE MENORES DE 14 ANOS
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Data: 21 a 24 de Junho
Horário: 13h às 19h
Local: Centro de Eventos Copercana - Sertãozinho - SP
Estrada Herminio Bizio, n°28
Bairro: Recreio Planalto, ao lado do Cred Clube Copercana
RETIRE SUA CREDENCIAL NA
SECRETARIA DO EVENTO
Novidade 2016:
A feira contará este ano com um
auditório para 100 pessoas.
Confira as palestras já confirmadas:
21 de junho
15h às 16h - Cerimônia de inauguração Diretoria Bayer e Copercana
22 de junho
14h às 15h - Nutrigesso – Correção da Acidez, Adubação e Fertilidade do Solo
16h às 17h - Bayer – Manejo de Cigarrinha das Raízes
23 de junho
13h30 às 14h30 - Ourofino – Manejo de Plantas Daninhas e Pragas de Solo na Cultura da Cana-de-açúcar.
16h30 às 17h30 - Bayer – Manejo de Florescimento e
Isoporização
24 de junho
14h às 15h - Yara – Apresentação de Dados Experimentais e Proposta de Valor.
16h às 17h - Bayer – Manejo de Plantas Daninhas –
Tendências Climáticas para 2016
Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Entrevista I
“Falta comunicação, o setor sucroenergético
tem que se organizar e falar a mesma língua”
Maurílio Biagi Filho
O presidente de honra da Agrishow, ressaltou a importância do setor sucroenergético para o resultado
positivo da edição de 2016 da feira, mas ponderou que o segmento perdeu mais uma vez a chance de
mostrar suas externalidades em uma das principais eventos do agronegócio do mundo.
“O setor precisa ter uma presença mais atuante, não só na Agrishow, mas em todas as feiras de agronegócio. Precisa se comunicar melhor e se juntar institucionalmente para ter um só falando sobre o segmento”, afirmou o empresário, que foi substituído na presidência da Agrishow por Fábio Meirelles em 2015,
depois de três anos no comando.
Biagi, que também é presidente do Grupo Maubisa, um dos maiores do agronegócio nacional, deu uma
entrevista exclusiva para a Canavieiros. Confira:
Andréia Vital
Revista Canavieiros: Qual a contribuição da Agrishow para o agronegócio?
Maurilio Biagi Filho: Eu acho que
a Agrishow dá uma contribuição enorme para o agronegócio, no seguinte
contexto: primeiro que durante um ano
inteiro todos os produtores de equipamentos represam os seus lançamentos
e só liberam na Agrishow. Todos os
desenvolvimentos tecnológicos nor-
malmente são guardados para serem
lançados na feira, onde temos uma diversidade enorme de produtos que são
vendidos um pouco mais barato do que
no mercado. Todos têm um desconto,
têm financiamento, pois os bancos estão na feira e é um grande benchmark.
Agricultores de todo o Brasil visitam a
feira, trocam ideias, veem as novidades,
as tendências. Então é uma contribuição
Revista Canavieiros - Maio de 2016
muito grande para o agronegócio brasileiro. Em uma semana que só se fala de
produção, de uma conversa muito positiva, muito otimista e ser otimista é uma
característica do agricultor, que é uma
pessoa diferente, que pensa diferente.
Revista Canavieiros: Durante a
abertura da Agrishow, foi dito que a
situação econômica brasileira, com
elevação das taxas de juros e mais
controle de crédito, poderia atrapalhar
os negócios na feira, no entanto, os expositores estiveram mais confiantes e
com várias vendas realizadas. Qual a
sua avaliação?
Maurilio Biagi Filho: Temos uma
situação global e geral no Brasil que,
sem dúvida nenhuma, atrapalhou muito
a Agrishow do ano passado (que vendeu
menos 30% que a de 2014), e que atrapalhou essa Agrishow. No entanto, a edição
de 2016 nos trouxe um balanço um pouco mais positivo na medida que vendeu
2,6% mais que em 2015, alcançando um
total de R$ 1,95 bi, sem contar os negócios alavancados durante a feira e fechados depois. Não é um crescimento muito significativo, mas é um fato positivo,
ainda que a situação nacional - política e
econômica - não seja favorável.
Tivemos nesta edição uma conjugação de fatores difícil de acontecer. Quando você fala de agricultura, não está falando de café, de laranja e de cana. Você
fala de grãos. Então tivemos uma produ-
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ção agrícola brasileira de 210 milhões de
toneladas, e o preço dos grãos caíram nas
bolsas, porém, o câmbio corrigiu. O outro fator é que a cana, o café e a laranja,
coincidentemente, estão em um momento bom, e isso deu uma boa notícia para
o agricultor brasileiro. E como pudemos
ver, a cana contribuiu muito para o resultado positivo da Agrishow neste ano.
Revista Canavieiros: O que o senhor
destacaria como ponto alto desta edição?
Maurilio Biagi Filho: As melhorias que a organização introduziu na
Agrishow. A feira esteve mais bonita,
mais alegre, florida, mais arrumada e é
uma festa a Agrishow. Conversei com
vários expositores e todos estavam animados, isso é um fato relevante. Tivemos vários momentos importantes, entre eles, cito o convênio firmado entre a
Agrishow e a SIMA (Salon International de Machines et Equipaments Agrisole), que é a principal feira de máquinas e implementos agrícolas da Europa.
A proposta é intensificar as relações
comerciais e o intercâmbio tecnológico
entre Brasil e França. Este foi um ponto
alto e, se isso for realmente executado,
pode ser uma coisa muito boa para os
dois lados, portanto a Agrishow só teve
notícias boas.
Revista Canavieiros: A agricultura
tem sido a locomotiva do Brasil. Até
quando o senhor acha que o segmento
terá fôlego para continuar como base
da economia brasileira?
Maurilio Biagi Filho: Por muito
tempo ainda o setor será a base da economia brasileira. Estamos indo, neste
ano, para quase 50% das exportações
brasileiras e isso não é uma virtude da
agricultura, mas sim porque os outros
segmentos estão ruins. E a agricultura
é a base porque não existe uma intervenção governamental. Na agricultura, o
Governo se limitou a fazer o papel que
deve executar em todas as atividades
econômicas, ou seja, na pesquisa, através
da Embrapa e de outros institutos existentes no país que foram responsáveis
pelo alargamento das fronteiras agrícolas brasileiras. Então você tem crédito,
os bancos, como o do Brasil, Bradesco,
Santander e outros têm uma política clara com relação a financiamento agríco-
la. O Governo não se meteu, pois onde
ele se meteu foi um desastre como, por
exemplo, no setor sucroenergético.
Revista Canavieiros: Há um otimismo no setor sucroenergético com
a safra 2016/2017. O que o senhor
acha? Será uma boa temporada para
o segmento canavieiro?
Maurilio Biagi Filho: Será, sem dúvida, pois o açúcar está em um ciclo positivo. Há três anos eu falei que a recuperação do setor viria pelo açúcar e eu
fui muito criticado na época, mas isso
se comprova neste momento. Agora, o
setor não gosta de ver nada caminhando
bem, visto que está fazendo um esforço danado para derrubar os preços do
açúcar, anunciando recorde de produção. Vão deixar de produzir etanol para
produzir mais açúcar. Nós entramos
naquele velho negócio, de repente sobe
o preço do etanol porque não tem o suficiente, cai o consumo. Os estoques
sobem, cai o preço. É um sobe e desce,
fica nesse pingue-pongue. Aí se anuncia
uma safra maior de açúcar. Não existe
uma comunicação centralizada do segmento, o que prejudica muito.
Revista Canavieiros: As previsões
para a safra atual são elásticas, indo
de 580 milhões a 640 milhões de toneladas de cana. O senhor acha que
ficará no mesmo patamar da 15/16 ou
deve aumentar o volume?
Maurilio Biagi Filho: Acho que vai
ficar em 640 milhões de toneladas. As
usinas começaram muito cedo, a safra
está indo super bem, há previsão de
superprodução de açúcar e o mundo
inteiro já sabe disso. Enfim, será uma
safra muito mais açucareira do que alcooleira.
Revista Canavieiros: O atual cenário político e econômico nacional pode
prejudicar ainda mais o setor sucroenergético?
Maurilio Biagi Filho: Já prejudicou
o que podia prejudicar. Eu acho que tende a melhorar no futuro. Vale lembrar
que o setor sucroenergético está começando a voltar agora, não em função de
política interna, mas pela diminuição da
produção de etanol e pelo mercado internacional de açúcar estar muito forte.
O setor de energia no Brasil enfrentou a
crise como também outros setores. Sabemos o que aconteceu com a Petrobras,
o setor sofreu um baque gigantesco. Eu
não sei o que está por vir, só sei que, com
qualquer coisa que aconteça, ainda vamos ter muita dificuldade para progredir.
Revista Canavieiros: Quais ajustes
deveriam ser feitos para o setor sucroenergético voltar a ser competitivo?
Maurilio Biagi Filho: É preciso
uma matriz energética e o setor ter uma
condução mais unânime. A infraestrutura também é um gargalo para o setor,
mas acredito que este cenário está mudado sendo que a única forma efetiva
de mudança é a privatização.
De um modo geral, eu continuo com
uma ideia antiga sobre necessidade do
setor se comunicar mais. Qual é a presença do setor sucroenergético aqui na
Agrishow? Uma das três principais feiras do agronegócio do mundo?
Qual é a presença institucional do
segmento, você não acha que o setor
deveria ter um estande institucional na
Agrishow? É uma coisa barata, uma bobagem, para mostrar quais são os benefícios do setor, o que é o setor, suas externalidades. É para estar na Agrishow
e em todas as feiras de agronegócio brasileiro. É um trabalho que se você fizer
durante 20 anos, você colhe um fruto
extraordinário, isso não dá fruto no dia
seguinte. Alias, é como na agricultura, é
uma coisa sempre de longo prazo. Você
tem de plantar, esperar, tem que chover,
para depois colher.
O setor reclama muito, mas não faz o
que tem que fazer. A vida inteira eu falei
isso, precisa rever o lado da comunicação, no amplo sentido da palavra. Não é
dar entrevista, aparecer. Tem que se juntar
institucionalmente, quer dizer, ter um só
falando. Só que não funciona assim, então o Governo joga com a divisão e quando quer ouvir o setor, chama 10 pessoas e
cada um fala uma coisa e fica o dito pelo
não dito. Aí você me diz, tem a UNICA
(União das Indústrias de Cana-de-açúcar)
que fala pelo setor, e não é verdade, pois é
só um dos que vão lá falar.
Portanto, é preciso pensar na comunicação, organizar as informações, ser
um setor unido. Só assim vai conseguir
voltar e continuar progredindo. RC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Entrevista II
“O setor é forte, passou pela pior crise
e sobreviveu. É preciso unir forças entre
entidades para seguir em frente”.
Alexandre Andrade de Lima
Com discurso otimista, o agrônomo Alexandre Andrade de Lima, eleito em abril presidente da Feplana (Feplana Federação dos Plantadores de Cana do Brasil), para a gestão 2016-2019, é taxativo ao afirmar que o
setor sucroenergético tem um futuro brilhante, mas para que isso ocorra é fundamental a união de entidades
fortalecendo, assim, o segmento, além de fazer cobranças necessárias junto ao Governo e se empenhar em
executar um melhor projeto para o fornecedor de cana-de-açúcar.
“É necessário ter segurança para a cadeia produtiva canavieira crescer e isso só é possível com uma política
pública de longo prazo que beneficie o setor sucroenergético do país. Por isso, é preciso nos unir. A união faz
a força e assim podemos trabalhar em conjunto em prol da cana”, afirmou o pernambucano, ao suceder a
Paulo Leal, presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Paraná, que agora é seu vice.
A Feplana, fundada em 1941, representa cerca de 70 mil produtores de cana-de-açúcar do Nordeste e
Centro-Sul do Brasil, reunindo 31 associações de 13 Estados diferentes.
Lima, que é também presidente da Unida (União Nordestina dos Produtores de Cana) tomou posse, recentemente, de seu quarto mandato na AFCP (Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco), e vai
presidir a entidade, que tem 12 mil produtores de cana, por mais três anos.
Confira a entrevista:
Andréia Vital
Revista Canavieiros: Qual é sua missão como
presidente da Feplana?
Alexandre Andrade de Lima: Tenho como objetivo dar continuidade ao trabalho que vinha sendo
feito pela gestão anterior no sentido de fortalecer
as entidades de classe nos estados produtores de
cana-de-açúcar. Através da união dessas entidades,
poderemos trabalhar em um projeto maior para o
fornecedor de cana. A prioridade também é cobrar
ações do Governo Federal para garantir a estabilidade do setor. É necessário ter segurança para
a cadeia produtiva canavieira crescer e isso só é
possível com uma política pública de longo prazo
que beneficie o setor sucroenergético do país. Outra pauta é combater as discrepâncias no Consecana (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar,
Açúcar e Álcool), que define o pagamento da cana e
também atuar para o avanço das liberações da cana
transgênica, dando ao produtor opção de variedades
mais resistentes a pragas e restrições climáticas.
Revista Canavieiros: A Feplana representa
quantos produtores?
Lima: A Feplana foi fundada em 1941 e representa
hoje cerca de 70 mil produtores de cana-de-açúcar do
Nordeste e Centro-Sul do Brasil, reunindo 31 associações de 13 Estados diferentes. Mas é a única enRevista Canavieiros - Maio de 2016
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tidade nacional do setor, as outras são
regionais, como a Unida, no Nordeste,
que tem 23 mil associados e a Orplana
(Organização de Plantadores de Cana
da Região do Centro-Sul do Brasil),
no Centro-Sul, com 17 mil produtores. Cada uma delas tem sua característica, como no caso da Unida que
é formada por pequenos produtores, a
maioria deles, agricultura familiar. Já
no Centro-Sul, existem grandes produtores, então, a realidade das associações
é diferente e temos que saber respeitar
isso, ao mesmo tempo que fazemos um
trabalho conjunto em prol de um bem
comum para todos.
Revista Canavieiros: O senhor
também é presidente da UNIDA e da
AFCP. Como está a questão do setor
sucroenergético no Nordeste?
Lima: Nós sofremos uma seca muito
severa. Pernambuco e Alagoas tiveram
uma redução drástica de produção devido a esse fator climático. Para se ter
noção, Alagoas passou de 23 milhões
toneladas de cana no período anterior
para 15 milhões de toneladas de cana no
ciclo que se encerou agora. É uma quebra de safra muito grande. Fazia mais
de 50 anos que o Estado alagoano não
tinha uma safra como essa. Já Pernambuco fechou com 11,5 milhões, então o
Nordeste, que produzia 62 milhões de
toneladas de cana, nesta última safra
produziu pouco mais de 50 milhões.
As condições agora estão bastante favoráveis com relação à produtividade,
pois as chuvas voltaram com intensidade até melhor do que a normalidade e
a expectativa é que teremos uma safra
razoável de recuperação. Embora tenha
ocorrido muita mortalidade de socaria
terminamos a temporada com preços
bons, portanto a tendência é realmente
começarmos a investir e acreditar na
recuperação do segmento. Só que volto a dizer, é preciso ter uma política de
longo prazo para reestabelecer a confiança no setor. O Governo Federal não
pode tratar a agroindústria canavieira
com políticas pontuais. Nós precisamos
de segurança para que o setor volte a
investir de novo com força. O setor é
mais forte do que a crise, conseguiu sobreviver, mas precisa realmente dessas
mudanças para seguir em frente.
Revista Canavieiros: Qual é o papel
da Feplana diante desse complicado
cenário político e econômico do Brasil?
Lima: Durante a Agrishow assinamos um documento com a Orplana
colocando as entidades à disposição
do novo Governo com Michel Temer.
Essa ação tem como objetivo estreitar
a relação com o poder público e enviar
assim nossas sugestões justamente
para contribuir com a implantação de
uma política de longo prazo para o setor sucroenergético.
Faz parte das estratégias da entidade
manter essa aproximação, como já vinha sendo feito pela gestão anterior. O
poder de decisão está em Brasília e é
lá que nós temos sempre que estar. O
Nordeste tem uma relação muito boa
com a classe política, isso porque temos
nove Estados, cada um deles com três
senadores. Isso facilita muito a nossa
condução política dentro do Congresso
Nacional e temos que trabalhar isso a
nível nacional, para trazer um bem comum para todos.
Revista Canavieiros: Michel Temer acabou de assumir a presidência
da República e anunciou Blairo Maggi como ministro da Agricultura. Qual
é a sua opinião sobre a indicação? Ele
será bom para o setor?
Lima: Com um novo Governo sempre há renovações de mudanças e de
esperanças. Tínhamos grandes expectativas positivas quando a presidente
da CNA (Confederação da Agricultura
e Pecuária do Brasil), a Katia Abreu,
assumiu o MAPA (Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento), e
foi uma grande decepção para o setor
produtivo. Teremos outra vez um ministro que é um grande produtor de
soja e conhece as dificuldades e gargalos do setor agrícola. A esperança
se renova e precisamos que o Governo
aplique medidas que deem segurança
para a volta dos investimentos, e consequentemente dos empregos, que faça
políticas de longo prazo para sinalizar
a retomada deste desenvolvimento.
Revista Canavieiros: O senhor manifestou a intenção de firmar uma parceria com o IAC para a transferência
de tecnologias, como o sistema MPB
(Mudas-Pré-Brotadas), desenvolvidas
pelo instituto a exemplo do que foi feito
com a Orplana durante a Agrishow. Na
sua opinião, o quanto isso seria importante para os fornecedores de cana?
Lima: Essa parceria significa estar
incentivando mudanças de paradigmas
na canavicultura. Na verdade, paradigmas estão se quebrando porque se
planta cana do mesmo jeito desde o
descobrimento do país e hoje a MPB
veio justamente para mudar radicalmente a forma de plantio. Consequentemente trazer novas tecnologias visa
aumentar a produtividade da cana com
relação aos três dígitos. Produzir mais
de 100 toneladas de cana por hectare
vai ser bastante importante e é uma
tecnologia que se adequa bem à situação do fornecedor de cana. Aquele
pequeno produtor terá condições de
fazer o seu plantio de uma forma mais
econômica e mais sustentável.RC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Ponto de Vista I
Mudanças na cultura de cana-de-Açúcar
Paulo Roberto Artioli*
A
cultura da cana-de-açúcar teve
uma mudança radical na última
década, como a erradicação da
prática da queima da palhada e, consequentemente, a colheita mecanizada e
as demais práticas na cultura da cana
também serem mecanizadas. O próprio
setor foi surpreendido com a velocidade destas mudanças, principalmente
da não queima, que hoje já está quase
totalmente extinguida na região Centro-Sul, onde se concentra o maior volume
desta cultura, coincidindo o pool das
expansões nas áreas de cana-de-açúcar
em áreas de cerrado com ambientes de
solo menos favoráveis.
Com tudo isto acontecendo de uma
forma tão rápida, a própria indústria de
máquinas e implementos agrícolas foi
surpreendida, pois não estava preparada para tal demanda, assim como nós,
produtores, também não.
Com a redução da queima, o corte
da cana convencional (colheita manual)
tornou-se dificultoso e inviável financeiramente. Desta forma, então fomos
introduzindo a colheita mecanizada
com as colhedoras que tínhamos no
mercado e nem todas estavam preparadas para os espaçamentos existentes na
época assim como a própria cana não
estava pronta para ser colhida mecanicamente. Tais fatos foram as principais
causas na quebra da produtividade, pois
a compactação do solo e a não preservação da linha da cana afetam muito o
sistema radicular e dificulta a penetração do sistema radicular as quais são
de suma importância no sistema das
colheitas mecanizadas.
O que ganhamos financeiramente
na mudança do corte manual, que era
em torno de R$23,00 /ton. para a colheita mecanizada que era em torno de
R$14,00/ton., perdemos na produtividade, pois não estávamos preparados
devido a não sistematização correta do
plantio visando à colheita mecanizada, o não planejamento dos traçados e
paralelismo dos sulcos, assim como o
próprio preparo de solo, variedades e
sanidades das mudas.
Mas como o setor sucroenergético é
muito pujante, fomos em busca de novas tecnologias implantando um preparo de solo mais adequado, mudança de
ambientes utilizando a agricultura de
precisão, preparo de solo que facilita a
penetração das raízes (preparo mais profundos), paralelismo na sulcação utilizando os pilotos automáticos, sanidades
das mudas com a introdução do plantio
do MPB (Mudas Pré-Brotadas), sistema
de plantio com meiose, variedades mais
adequadas para a mecanização, o cultivo
sendo feito com piloto automático para
não compactarmos as linhas das socas,
defensivos, insumos diferenciados, mudanças nutricionais, em algumas áreas o
recolhimento de palha para uma melhor
brotação da soca evitando doenças e pragas que, com a não queima da mesma
aumentaram muito, as colhedoras já estão sendo adaptadas nos devidos espaçamentos e colhendo com piloto automático e os transbordos também.
Estes investimentos fizeram com que
os custos também se elevassem, combinando infelizmente com a falta de política
pública, deixando nossos investimentos
incompatíveis com o preço da comercialização da nossa cana, desvalorizando um
dos produtos derivados desta grande cultura, que é a energia renovável (Etanol)
e, consequentemente, deixando de ser
competitivo em relação à gasolina para
fazer medidas populistas tirando a CIDE
(Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) da gasolina e segurando
o preço da mesma para controlar a inflação trazendo consequências graves para o
setor sucroenergético (endividamento) e
uma das causas da quebra da Petrobras.
Mas com todos estes acontecimentos negativos, com adoção de novas tecnologias, já estamos colhendo estes frutos e no rumo da tão almejada cana de
três dígitos, pois é uma das ferramentas
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Paulo Roberto Artioli
para a redução de custos, quanto maior
produção, menor o custo.
Esperamos que com esta mudança
de Governo, as políticas públicas para
o setor do agronegócio sejam mais
eficientes e que nos dê condições para
os devidos investimentos, como: mais
facilidades nas linhas de créditos com
juros compatíveis, prazos maiores,
subsídios, seguros condizentes com a
lavoura, no setor sucroenergético incentivo à bioeletricidade, incentivando
a energia de biomassa da palha da cana.
Tenho certeza que o agronegócio vai
ser um acelerador da retomada desta catastrófica crise que estamos passando,
pois em plena crise já obtivemos uma
balança comercial positiva no agronegócio. O mundo já nos vê como o celeiro
mundial da alimentação e tenho certeza
que na hora que o Governo passar esta
segurança, os investidores do agronegócio retornarão a investir no nosso querido Brasil, onde temos doze meses no
ano realmente agricultáveis, solos, clima, pessoas e tecnologia para isto.
*diretor Afgrícola da TecnocanaRC
13
Revista Canavieiros - Maio de 2016
14
Ponto de Vista II
Agronegócio: protagonismo persistente
Coriolano Xavier*
C
ompetitividade, ascensão, fôlego
contra a crise e, mais do que tudo
isso, uma espécie de fiador da
economia. Esse é o currículo do agronegócio nos últimos tempos. Em 2016,
mais uma vez seu desempenho positivo deve se repetir, embora com menor
força e, provavelmente, margens mais
justas. É o que se consegue ver a partir
da segunda estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
para a safra de grãos de 2016 - e da projeção reavaliada do VBP (Valor Bruto da
Produção) pelo MAPA (Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Pelos últimos números, o VBP consolidado da pecuária e agricultura vai
crescer 0,7% sobre 2015, atingindo R$
515,2 bilhões em 2016. Um recorde, se
for confirmado, decorrente das 20 principais lavouras (elevação de 2,8% em
relação a 2015, alcançando R$ 338,6
bilhões), pois o composto das proteínas
animais deve cair 3%, com um VBP de
R$ 176,6 bilhões. E aqui já vemos o
efeito da crise brasileira, que afetou o
poder de compra da população e reduziu o consumo das famílias.
De acordo com o IBGE, a produção de grãos será de 211,3 milhões de
t, 0,9% a mais que 2015. E mais uma
vez a soja será o grande destaque em
VBP (R$ 123 bilhões no total), com
crescimento de 12,3% graças à desvalorização cambial e, também, a novos
ganhos de produtividade: a previsão é
de aumento de 4,9% na colheita da ole-
aginosa, para uma área plantada que
avançou bem menos - 2,7%.
No milho, a história é parecida com
um crescimento de 3,7% no VBP, principalmente por obra do câmbio, que estimulou exportações e puxou o mercado
interno para o mesmo alinhamento de
preços, levando inclusive algum stress
ao perfil de custos do setor animal, na
produção de frangos, suínos, leite e
confinamento bovino.
Apesar desse quadro positivo em meio
à crise, os produtores precisam ficar ligados na rentabilidade. O boi, por exemplo,
fornece um bom indício: em fevereiro
passado o preço da arroba girava em torno de R$ 155,00 (ESALQ/BMF), que é
um patamar historicamente elevado, mas
em termos reais representava um valor
4% inferior ao preço de um ano atrás, por
conta da inflação de 10,6% IPCA (Índice
Nacional de Preço ao Consumidor).
Se bem que a pecuária brasileira passa
por um momento virtuoso de modernização, com maior produtividade da terra
(mais carne por ha) e maior produtividade
do rebanho (mais qualidade e rendimento de carcaça). Tanto que as projeções
indicam para os próximos 10 anos um
crescimento do rebanho bovino de 0,25%
ao ano em média, queda da área de pastagem à base de 1,20% ao ano e aumento da
produção de carne em 1,52% ao ano – até
2025, segundo o Outlook Fiesp.
Fica também um sinal de atenção
para os preços das commodities, que re-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
C
Coriolano Xavier
cuaram no mercado internacional, após
longo período de bonança entre 2005 e
2014. O câmbio compensou essa queda
dos preços em dólar e, mesmo com o
aumento no custo dos insumos importados (fertilizantes e agroquímicos em
particular), há um horizonte positivo
para a agropecuária, no médio prazo.
As margens podem até ficar apertadas;
mas como diz um reputado economista,
Ivan Wedekin, “lucro menor ainda é lucro”. Ainda bem!
*vice-presidente de Comunicação do
CCAS (Conselho Científico para Agricultura Sustentável), professor do Núcleo de
Estudos do Agronegócio da ESPM. RC
M
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CMY
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15
Revista Canavieiros - Maio de 2016
16
Ponto de Vista III
Algumas dificuldades e sugestões
José Américo Rubiano*
A
contribuição do Governo Dilma
para a destruição do setor sucroenergético, antes da percepção que
estava destruindo o Brasil, é de tal monta
que a retomada em um cenário de crise
geral torna-se ainda mais difícil.
O Brasil vive um momento paradigmático. Ainda que com boa parte dos
atores de filme B da Câmara Federal,
um novo Governo se inicia. Desce a
rampa aquela que jamais poderia ter subido e sobe um político experimentado,
intelectual e politicamente mais preparado e com experiência para conduzir
com melhores resultados as necessárias
tratativas com o Congresso Nacional. A
policromia política brasiliense impõe
um ajuste de expectativa. Ainda assim
haverá avanços.
É nessa nova quadra da política nacional que o setor deve situar-se para
buscar as conquistas necessárias para
reencontrar-se crescentemente como
provedor de empregos, de sustentabilidade; contribuinte de tributos e da balança comercial.
Sem pretensão de esgotar o tema,
vamos nomear algumas dificuldades e
sugestões que contribuirão para o setor
retomar o crescimento.
Uma parte importante é o endividamento tributário. Para ficar com uma
ferramenta já experimentada, que deve
ser aperfeiçoada, implementar um novo
PESA - Programa Especial de Securitização de Ativos. Como o Governo contribuiu fortemente para as dificuldades
tem a obrigação de prover soluções.
O endividamento bancário tem que
ser resolvido e está sendo solucionado
em negociações entre partes. Importante observar que os credores tenham real
consciência das dificuldades, para não
imporem negociações que inviabilizem
a atividade e o recebimento de seus créditos. Juros e prazos compatíveis com
a capacidade de pagamento são fundamentais nessa negociação.
Estes dois aspectos resolvidos terão reflexos importantes nos balanços
das empresas.
A renovação da lavoura com a crise
foi preconizada, com importante impacto no índice de produtividade. É necessário aumentar substancialmente os
recursos do Prorenova, transformando-o em linha regular de financiamento
pelo prazo de dois ciclos da cana. Neste
momento de dificuldades, o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) pode buscar recursos no mercado internacional, disponibilizando financiamentos em moeda forte para as empresas que exportam
produtos. Neste caso, a estruturação de
garantias, além das usuais, considerando ainda a instabilidade do dólar, pode
contar com instrumentos de mercado
para mitigar o risco. Esta linha de financiamento, com mais recursos, permitirá
que as empresas tenham melhores condições de comercialização dos seus produtos, não precisando antecipar a venda
de quase toda a produção.
Outra questão importante, aqui é
uma questão de opinião, é a velha briga
entre gasolina e etanol. Na data em que
escrevo o preço do hidratado, não paga
o custo de produção. O anidro adicionado é vendido ao consumidor final por
R$ 3,50. Não seria o caso de um combustível único onde se estabeleceria
uma adição crescente de anidro? Neste
caso há espaço para um preço que remunere a produção.
Outra alternativa seria o desenvolvimento de motores que tornassem o
etanol competitivo com a gasolina, não
pelo preço, mas pelo desempenho. O
governo que sai, poderia ter condicionado o forte apoio ao setor automotivo,
ao desenvolvimento de novos motores.
Outro aspecto da maior importância
é a representação do setor. As instituições existentes têm feito um trabalho
importante. Mudar a adição de etanol
de 25% para 27% é importante. Simplesmente tangencia as resoluções estruturais necessárias.
É preciso avançar, ter uma presença
mais forte nas instâncias decisórias de
Governo. A pauta de reinvindicação tem
que ser com temas mais amplos e estruturantes que resolvam os nós do setor.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
José Américo Rubiano
Como exemplo a carga tributária não
considera as externalidades do etanol.
Ainda que neste momento discutir a carga tributária e a forma de incidência dos
impostos possa parecer pecado, não é.
Pois estamos falando de colocar o tema
em discussão, para buscar um novo modelo tributário para o setor, assim quando o momento se fizer oportuno, este
modelo esteja maduro para ser proposto.
O setor deve atingir sua capacidade
instalada nesta safra. Não seria o caso
de se desenvolver um programa especial para recolocar em atividade as dezenas de empresas fechadas, seja nos
locais onde estão instaladas ou a relocalização das indústrias, quem sabe até
para uma nova fronteira do etanol? O
setor produz energia limpa que ganha
cada vez mais espaço no mercado internacional. É inacreditável que este problema não venha a ter solução.
Para estes temas estruturais a representação do setor precisa aprender a
articular com as forças políticas que fazem a regra do jogo. Na última semana
foi instituído o Programa de Combustíveis e Tecnologias Veiculares, o setor
não está representado nesta comissão!
*diretor na J.A Rubiano
Consultores Associados RC
17
Revista Canavieiros - Maio de 2016
18
Coluna Caipirinha
Caipirinha
O Brasil vira a página
O que acontece com nosso agro?
As exportações do agro trouxeram US$ 8,076 bilhões em abril, um
aumento de 14,3% em relação a abril
de 2015. O agro trouxe 52,5% das exportações do Brasil neste mês, e um
saldo de US$ 7,1 bilhões (foi de US$
5,95 bilhões em abril de 2015), pois as
importações caíram 13%. Se não fosse o agro o Brasil fecharia o mês com
US$ 2,2 bi de déficit.
No primeiro quadrimestre, as exportações do agro estão 10,2% acima
de 2015, trazendo um saldo de US$ 24
bilhões. Os outros setores da economia
foram deficitários em US$ 10,9 bilhões,
portanto o saldo do agro é que confere
o saldo de US$ 13,2 bilhões na balança.
A soja aumentou 43% no valor
e 63% na quantidade neste período. Só
em abril a soja trouxe US$ 4 bilhões.
O setor sucroalcooleiro também
está 8,3% acima em valor e 23,4% em
quantidade, com grande crescimento
em abril (65%).
Milho estamos acima em 109,5%
no valor e em quase 140% na quantidade.
Todas as carnes estão acima também do ano passado.
A CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) soltou a nova
revisão da estimativa da safra 2015/16
no Brasil. Agora são 202,4 milhões de
toneladas, 3,2% a menos que sua estimativa do mês passado e 2,5% inferior
a 2014/15.
A produção de soja será de 96,9
milhões de toneladas (perda de 2 milhões em relação à estimativa anterior).
Ano passado produzimos 96,2 m.t. A
culpa é da estiagem no MATOPIBA
nesta fase final, principalmente. Pela
CONAB, Tocantins registrou as maiores perdas.
USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduz a
projeção de produção global de soja, o
que causou reação nos preços chegando a quase US$ 11/bushel. A Argentina
perdeu 2,5 milhões de toneladas pelo
clima. Os estoques mundiais de soja
caíram 5 milhões entre uma e outra
avaliação. USDA estima aumento na
produção mundial de 2,6% e aumento
de 4,3% na demanda, derrubando os
estoques em 8,1%, para 20,8% do consumo mundial. Completa esta boa notícia a estimativa que a safra de soja dos
EUA será 3,3% menor (103,4 m.t.). O
USDA prevê safra 4% maior no Brasil
em 2016/17 (103 milhões), que deve
exportar 60 milhões de toneladas. Estimam para a Argentina produção de 57
milhões de toneladas e exportação de
10,65 milhões. A China deve comprar
em 2016/17, 4 milhões de toneladas a
mais, boa notícia da soja.
Já o milho, pela CONAB, chegará próximo a 80 milhões de toneladas,
caindo 5,6% em relação à última projeção. Finalmente a CONAB cortou a
projeção da safrinha, em 7,4%, caindo
para 52,9 milhões de toneladas. Muitos
plantios foram feitos fora da janela ideal e sofreram fortemente com a seca. A
safra de verão também cai para 27 milhões de toneladas, 1,7% menor que a
ultima projeção e um tombo de 10% e
relação a 2014/15.
O USDA também estimou reduções no milho. Para 2015/16, 3 milhões
a menos no Brasil (84 a 81), 1 milhão
a menos na Argentina (28 para 27).
Para a safra 2016/17, estimam nos EUA
366,54 milhões de toneladas, 6% a mais
que em 2015/16 o que deve levar a produção a 1,011 bilhão de toneladas. Estoques devem ficar no mesmo nível, ao
redor de 207 milhões de toneladas. Estima a mesma produção para o Brasil e
um salto na Argentina, para 34 milhões,
pela retirada das “retenciones” (impostos de exportação).
Mesmo em menor velocidade,
analistas acreditam que o PIB (Produto
Interno Bruto) da China tende a crescer
US$ 5 trilhões até 2030. Nos próximos
anos, a China deve focar menos em investimentos, e mais em ganhos de produtividade de mão de obra, que pode
crescer de 20 a 100% neste período, se-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Marcos Fava Neves*
gundo a McKinsey. O setor de serviços
apresenta enorme potencial de crescimento, bem como produtividade vinda
da automação de fábricas. Muito investimento em inovação vem sendo feito
fortalecendo empregos na classe média
e aumentando seu potencial de consumo.
Finalizando com a boa notícia
ao agro tomando espaço do petróleo e
do diesel, produzimos 15% a mais de
biodiesel em 2015 quando comparado a
2014, chegando a 3,9 bilhões de litros.
O que acontece com nossa cana?
A UNICA (União da Indústria de
Cana-de-açúcar) mostra que a safra está
a todo vapor, com estimativa entre 605 a
630 milhões de toneladas (contra 617,7
em 2015/16). O clima mais seco seria o
principal fato para esta baixa. Deve ser
safra bem mais açucareira na comparação, produzindo entre 33,5 a 35 milhões
de toneladas (7 a 12% maior), devido
ao mix e ao aumento do teor de açúcar.
Há risco maior de geadas neste ano.
A importância do setor é impressionante: início de safra gerou 22 mil
contratações.
A taxa de renovação dos canaviais caiu para 10% na safra que se encerrou, de acordo com o CTC (Centro
de Tecnologia Canavieira), comprometendo o crescimento futuro.
O que acontece com nosso açúcar?
Safra menor na Índia e a seca que
19
afetou a Tailândia voltou a levar o açúcar perto de 16 cents/libra peso. Além
disto, o aumento dos preços do petróleo para mais de US$ 40/barril também
contribuiu. O que tem interferido negativamente é a perda de mercado no
hidratado e a velocidade de moagem
neste início de safra, bastante elevada.
Ainda sobre a Índia, será importador líquido em 16/17, devido a dois
anos de seca. Isto não ocorreu nos últimos 4 anos, quando a Índia foi exportadora. Estima-se para esta safra 15/16 (se
encerra em 30/09) uma produção de 25
m.t, queda de mais de 11% em relação
à safra anterior e consumo de 26 m.t.
Como se tornará um importador líquido em 2016/17, contribuirá mais ainda
para o déficit no mercado mundial.
Cálculos do CEPEA (Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada) mostram que em abril o açúcar
estava remunerando bem mais que o
etanol (64% a mais que o anidro e 75%
a mais que o hidratado). Isto tudo devido à grande queda de preços com a entrada da safra e a necessidade de caixa
das usinas. Os preços do etanol caíram
mais de 30%, enquanto que os do açúcar permaneceram iguais, ao redor de
R$ 75/sc. Fechamos março/abril com
preços do açúcar 40% maiores que no
ano passado.
Estimativa da Datagro mostra
uma produção de 35,2 milhões de toneladas de açúcar em 16/17, grande crescimento em relação a 2015/16 (31,38
milhões). A estimativa anterior da Datagro era de quase 2 milhões de toneladas menor. Esperam 44% da cana indo
para açúcar.
Os EUA estão precisando importar mais açúcar, já foi pedido pelas refinarias, mais um fator altista de preços.
Safra menor de beterraba na Europa, pelo clima (produção 24% menor)
fez com que o refinado tenha chegado
no mercado interno a quase 700 euros.
O que acontece com nosso etanol?
Produzimos 30 bilhões de litros
de etanol em 2015, crescendo 6% em
relação a 2014, de acordo com a EPE
(Empresa de Pesquisa Energética).
Em 2015 destaca-se o grande
crescimento do etanol hidratado, de
34%, alcançando 19 bilhões de litros.
Fruto da crise que assola o país,
as vendas de diesel caíram 6,1% no
primeiro trimestre de 2016 em comparação ao ano anterior (81,5 milhões de
barris).
O consumo de gasolina no primeiro trimestre cresceu 1,4%, para
66,13 milhões de barris. Em março
cresceu 9,53% (3,72 b.l.), maior consumo para este mês desde o início da
série, roubando espaço do hidratado.
O problema do primeiro trimestre foram as perdas de vendas de etanol
hidratado (12,3% a menos). Março foi
terrível, pois as vendas caíram 22%,
para apenas 1,1 bilhões de litros.
No geral, o consumo de combustíveis caiu 5% no primeiro trimestre.
No primeiro trimestre também tivemos importações de etanol dos EUA.
Só em fevereiro foram mais de 80 milhões de litros.
Em abril os preços caíram drasticamente, chegando a R$ 1,35 no hidratado e R$ 1,56 no anidro.
Com o recuo, ainda que tardio,
dos preços nos postos, em maio devemos retomar o consumo de hidratado,
mas as perdas do primeiro quadrimestre são irrecuperáveis. Em São Paulo no
início de maio já estavam favoráveis os
preços do etanol ao consumidor.
Continuam boas as perspectivas
de exportações de anidro neste ano, que
deve pelo menos igualar os 1,9 bilhão
de litros do ano passado. Porém, em
abril foram relativamente pequenas as
exportações, bem abaixo de 100 milhões de litros. Pela Secex, de janeiro a
abril exportamos 704 milhões de litros,
mas pela Datagro apenas 259,3 milhões
de litros. Diferença esta justificada pelos ajustes nos RE (registros de exportação).
A Petrobras vem conseguindo
recuperar R$ 3 bilhões por mês com
a diferença de preços entre a gasolina
no mercado interno e externo. Precisa
de muito tempo ainda para recuperar o
tombo de 2012 e 2013. Mas o aumento
dos preços do petróleo vem diminuindo
esta arrecadação.
A baixa dos preços do petróleo
fez efeito. Muitos projetos foram engavetados e investimentos serão postergados. Estima-se mais de US$ 270 bilhões
em projetos foram cancelados, que de-
vem afetar a oferta global de petróleo.
As empresas foram na redução de custos, mesmo com o recente aumento do
preço do barril para quase US$ 50. Uma
boa notícia ao etanol.
Quem é o homenageado do mês?
Todos os meses nossa coluna traz
uma singela homenagem a alguém que
sempre contribui com o agronegócio e
com a cana. Neste mês o homenageado é
o Sr. Antonio Tonielo, ou nosso “Toninho
Tonielo”, um grande clássico da cana!
Haja Limão
Depois de tenebrosa experiência
de longos 14 anos onde atrasamos uma
ou duas gerações, chegamos ao final do
período lulopetista. Que o país possa
iniciar seu longo e doloroso processo de
reconstrução, onde o trabalho e o mérito sejam os valores centrais entre outros
valores que precisam ser recuperados.
Antes um fim horroroso (impeachment)
que um horror sem fim (experiência
com o lulopetismo). Termino este texto
com dupla emoção, pois chegamos a 50
colunas caipirinha, 50 meses de contribuição contínua, justamente no momento onde são anunciados 55 votos no
Senado pelo afastamento da presidente.
Com todo o respeito, tchau querida!
Marcos Fava Neves é Professor
Titular da FEA/USP, Campus
de Ribeirão Preto.
Em 2013 foi Professor Visitante
Internacional da Purdue University
(EUA) e desde 2006 é Professor
Visitante Internacional da Universidade de Buenos Aires e Membro do
Conselho da Orplana.RC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
20
Notícias Canaoeste
Ciclo de palestras técnicas para
associados Canaoeste
Em Viradouro, o evento reuniu mais de 110 produtores
Fernanda Clariano
S
eguindo o trabalho proposto pela
Canaoeste, de aproximar e levar
ao conhecimento do associado um
conteúdo técnico e também institucional
da Associação, bem como os manterem
informados sobre a situação do mercado de açúcar e etanol, projeções para a
safra, dentre outros, foi que a entidade
realizou no dia 4 de maio, sua segunda
reunião técnica, desta vez na cidade de
Viradouro-SP. O evento aconteceu no
salão da Câmara Municipal e contou
com mais de 110 associados da cidade
e da região. A ação faz parte de um ciclo
de encontros a serem realizados ao longo
do ano nas filiais da Canaoeste.
Na abertura, o presidente da Associação, Manoel Ortolan, falou sobre a
representatividade da entidade, a importância do associativismo e também
das ações externas que são as influências políticas e econômicas que muitos
produtores não têm a consciência e que
precisam ser informados. “Viradouro
é uma região de produtores que estão
na atividade e que desempenham o seu
papel junto à propriedade. Para nós é
uma grande satisfação poder contar
com um número tão expressivo de participantes. Tivemos a adesão de mais de
110 produtores”, avaliou Ortolan, que
também comentou sobre o trabalho que
vem sendo realizado na busca de aproximar ainda mais a entidade e os seus
associados. “Estamos buscando estreitar o relacionamento com os produtores
por meio de uma melhor comunicação,
Manoel Ortolan,
presidente da Associação
fez a abertura do evento
Em Viradouro, produtores da cidade e região lotaram o salão da Câmara Municipal
onde pretendemos conversar mais, levar
conhecimento, discutir, lutar pelo fortalecimento da Associação e, assim sendo,
buscarmos melhorias constantes, mas
para isso, precisamos de participação”.
O gestor corporativo da Canaoeste,
Almir Torcato, explanou sobre o cenário
do mercado e projeções para a safra atual. “Por meio dessas reuniões, pretendemos mostrar para os associados o que o
mercado está dizendo”, afirmou Torcato
que também salientou “este é um período propício para mostrarmos para o
fornecedor o que ele pode esperar para
a próxima safra, como serão os preços
para este ano, como está sendo a safra, se
ela está sendo mais açucareira ou alcooleira. Essa é uma forma de dar segurança
para o produtor para ele saber o que vai
enfrentar e como enfrentar”.
Como parte da programação, o pesquisador do IAC, dr. Carlos Azania,
ministrou uma palestra técnica sobre
“Manejo de Plantas Daninhas na Cultura da Cana-de-Açúcar”, onde abordou desde a identificação das plantas
daninhas, começando pelos prejuízos
que elas causam, até o controle e, sobretudo, como escolher os herbicidas.
Na ocasião, o pesquisador passou aos
associados presentes todos os critérios
técnicos a serem seguidos após a esco-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Dr. Carlos Azania, pesquisador do IAC
lha do herbicida, bem como a forma de
aplicação do produto no campo.
“É com muita satisfação que participo dessa reunião técnica ensinando um
pouco do que aprendi. Quando você fala
direto com o produtor, leva a mensagem
onde ela realmente tem que chegar que é
para quem vai colocar a mão na massa e
usar os seus ensinamentos. Isso é muito
gratificante”, afirmou Azania.
Já a FMC, parceira no evento divulgou algumas ferramentas para o manejo
de produtividade e controle de plantas
daninhas. Por meio do profissional de
desenvolvimento de mercado, Carlo
Gamper, a empresa apresentou o seu
21
Representantes da FMC, empresa parceira
Giovanni Mossin, Antonio Pagotto, Alessandra Durigan,
Almir Torcato e Manoel Ortolan
novo nematicida, o Marshal Star; o Boral, excelente produto para o plantio e
pensando no residual e seletividade, o
Gamit Star e o Gamit CS.
Gamper ainda discorreu sobre seletividade e escolha de produtos, fatores
importantes que produtor precisa considerar. “A FMC é uma empresa líder
no mercado de cana justamente por seu
tripé que são os produtos, as pessoas e
as parcerias que são essenciais para a
empresa estar na posição em que ela está
hoje no mercado. A nossa parceria com a
Canaoeste é essencial, pois uma empresa
agrega a outra. Eles trazem os contatos
pela facilidade que tem com os fornecedores e nós trazemos as tecnologias para
facilitar a vida no campo e garantir a
produtividade”, pontuou Gamper.
Interação
Para ter conhecimento do que o associado espera da Canaoeste e também
Revista Canavieiros - Maio de 2016
22
para que as reuniões sejam atrativas e
dinâmicas, a Associação preparou uma
pesquisa de satisfação, onde os produtores participam dando suas opiniões. O
material será entregue em todas as reuniões técnicas, recolhidos e avaliados.
Depoimentos
de grande relevância e de nossos interesses. É muito importante o associado
se fazer presente e acompanhar os trabalhos e planos da Associação. Eu estou
muito satisfeito com os serviços prestados, pois sempre que requisito algo sou
atendido”, garantiu o associado da cidade de Jaborandi, João Luiz Ferreira.
só o agrônomo no campo, tem todo um
trabalho da parte jurídica que às vezes
o associado não tem conhecimento”,
disse a associada da cidade de Colina,
Flávia Varela Dias.
“Procuro participar de todas as reuniões e vim animada, pois acredito que
tudo o que é para agregar é válido e
importante. Gosto muito do trabalho
da Canaoeste e como o presidente disse
sua apresentação, a Associação não é
“Sem dúvidas essa reunião foi muito
produtiva porque nos trouxe conhecimentos e esclarecimentos. Vejo com bons
olhos o trabalho realizado pela Canaoeste, já precisei dos serviços do agrônomo e
fui bem atendido. Ele me orientou e obtive bons resultados. Vale a pena ser um
associado”, afirmou o associado de Terra
Roxa, Clemente Aparecido Bazzo.
“Esse tipo de reunião é muito importante para nós produtores para estarmos
esclarecidos sobre os assuntos que são
Flávia Varela Dias, associada da
cidade de Colina
José Vicente Marques Beato,
associado de Viradouro
Clemente Aparecido Bazzo,
associado de Terra Roxa
A filial da Canaoeste em Viradouro é
representada pelo engenheiro agrônomo
Antonio Pagoto, que exerce a função na
associação há 14 anos e, por meio do
seu excelente trabalho, é uma ponte entre os associados da filial e a associação.
O agrônomo fala com gratidão sobre
seu trabalho e do reconhecimento recebido pelos associados. “Sou grato pela
acolhida e pelo respaldo que recebo da
Canaoeste e também dos fornecedores
que são quem fomentam a associação e
valorizam os eventos buscando conhecimento e agregando valores”. RC
Antonio Pagoto, engenheiro agrônomo
João Luiz Ferreira, associado da
cidade de Jaborandi
“Gosto de estar atualizado, sempre
participo das reuniões e essa foi importante porque o presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan, fez uma excelente explanação sobre o que Associação realiza
dentro e fora das propriedades. A parte
técnica também foi bem produtiva. Já
precisei de alguns serviços de acompanhamento na lavoura e o agrônomo
da Canaoeste foi muito prestativo. Vale
a pena ser um associado porque estou
tento um respaldo do que eu pago por
meio dos serviços que me prestam”,
contou o associado de Viradouro, José
Vicente Marques Beato.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
23
Usina São Francisco promove encontro
com fornecedores de cana
A expectativa é que a movimentação aumente 5% em relação à safra passada
Andréia Vital
O
presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, participou do
encontro de fornecedores de
cana-de-açúcar promovido pela Usina
São Francisco, no dia 6 de maio, no
Centro de Convenções, em Barrinha-SP.
Na ocasião, Ortolan reforçou a importância das entidades de classe, entre
elas, associações e cooperativas, como
representantes dos produtores de cana-de-açúcar para defender seus interesses na esfera política e social.
Fernando Balbo, diretor agrícola
da usina, apresentou dados referentes à safra passada e projeções para a
2016/2017. Segundo o executivo, a expectativa é que a usina processe nesta
safra 1.474.000 mil toneladas, o que representa cerca de 5% a mais do que no
ciclo passado.
O encontro contou ainda com explanação do presidente da Coplana, José Antonio de Rossato Júnior e de Monika Bergamaschi, ex-secretária de Agricultura do
Estado de São Paulo e atual presidente do
Ibisa (Instituto Brasileiro para Inovação e
Sustentabilidade no Agronegócio).
O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, o gestor corporativo da
José Antonio de Rossato Júnior, Manoel Ortolan e Mônika Bergamaschi
Fernando Balbo, diretor agrícola da usina
Canaoeste, Almir Torcato, e o superintendente da Socicana, José Guilherme
Nogueira, entre outras lideranças, também participaram do evento. RC
O diretor da Copercana e outros fornecedores de cana participaram do evento
Revista Canavieiros - Maio de 2016
24
Notícias Sicoob Cocred
Balancete Mensal - (prazos segregados)
Cooperativa De Crédito Dos Produtores Rurais e Empresários do
Interior Paulista - Balancete Mensal (Prazos Segregados)
- Março/2016 - “valores em milhares de reais”
Sertãozinho/SP, 31 de Março de 2016.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
26
Cana contribui com resultado
positivo da Agrishow 2016
Ausente nas outras edições devido à crise enfrentada, setor sucroenergético
surpreende e alavanca as vendas na 23ª edição da feira
Andréia Vital
A
Agrishow 2016 (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola
em Ação) movimentou R$ 1,95
bilhão de negócios, 2% a mais em relação à edição anterior, que foi de R$
1,9 bilhão. Com um público de 152 mil
pessoas vindas de 69 países para conhecer as novidades, tecnologias e serviços
apresentados por 800 expositores, a
feira, realizada entre os dias 25 e 29 de
abril, foi considerada boa pelos representantes da organização, formada pelas principais entidades do agronegócio
do Brasil: ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas
e Equipamentos), Anda (Associação
Nacional para Difusão de Adubos), Faesp (Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo) e SRB
(Sociedade Rural Brasileira).
O valor pode ultrapassar os R$ 2
bilhões quando o resultado oficial do
evento for divulgado no final de maio,
afirmou o presidente da Agrishow e
da Faesp (Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de São Paulo), Fábio Meirelles. "Tenho uma convicção
de que possivelmente alcançaremos
ou até poderemos passar dos R$ 2 bilhões, o que demonstra à organização
o desenvolvimento em um momento
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Foto: Assessoria Agrishow
Cerimônia de Abertura
de grande dificuldade na política econômica”, argumentou.
Fábio Meirelles, presidente da Agrishow
Como havia afirmado na coletiva de
abertura da feira, Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, reforçou novamente
que o agronegócio é um dos poucos pilares da economia que continua crescendo,
devido a isso, a edição deste ano foi melhor do que no ano passado. “Havia um
temor de que houvesse queda nas vendas,
mas este resultado mostra a pujança do
agronegócio que de fato é o setor que está
sustentando a economia do Brasil”, disse
ele, contando que a rodada internacional
de negócios obteve um recorde de US$
Fotos: Rafael Mermejo
Especial Agrishow
Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq
18 milhões de vendas, entre negócios fechados e futuros, com prospecções para
os próximos 12 meses. “Esse montante
representa um incremento de 23% em
comparação com a rodada anterior, sendo
que desta vez, tivemos a participação de
46 empresas e 18 delegações de compradores estrangeiros”, esclareceu.
Para Pedro Estevão, presidente da
CSMIA/Abimaq (Câmara Setorial de
Máquinas e Implementos Agrícolas
da Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos), o atual
cenário político e econômico do país
atrapalhou o desempenho da feira, já
que o clima de incerteza afugentou
o comprador. “Se a gente tivesse um
ambiente político melhor, as vendas
seriam maiores”, disse.
Plantadeira de MPB exibida nas
demonstrações de campo
Pedro Estevão, presidente
da CSMIA/Abimaq
De acordo com Maurílio Biagi, presidente de honra da Agrishow, o setor
sucroenergético teve um papel importante este ano na feira. "A cana, que
teve um fator negativo nas últimas edições, contribuiu para o resultado positivo desta feira", afirmou o executivo,
ressaltando que o segmento começa a
“voltar agora depois de ter sofrido um
baque gigantesco”.
no segmento. Agora surgiu oportunidade,
com um pouco mais de renda, e o fornecedor de cana volta a investir. Então, a
Agrishow teve um saldo positivo também
com a contribuição do setor canavieiro
que estava praticamente ausente no ano
passado", disse.
Opinião compartilhada com Francisco
Matturro, vice-presidente da ABAG. "O
preço do açúcar tem subido levemente,
mas o que mais impactou o setor canavieiro foi a correção do câmbio. Isso tem
gerado renda ao produtor. Outro fator, talvez mais importante neste contexto, é que
as máquinas já estão mais velhas, pois são
três, quatro anos que não há investimento
O anúncio de antecipação do Plano Safra para o ciclo 2016/2017, que
acabou se concretizando no dia 4 de
maio, também foi apontado como determinante para as boas vendas na feira. “Isso contribuiu para as decisões de
compra, já que nós não sabemos o que
o próximo plano trará”, esclareceu na
ocasião Maturo.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Foto: Newton Santos
27
28
Especial Agrishow
Governador de SP participa da abertura oficial da Agrishow
Andréia Vital
“A 23ª Agrishow é um exemplo de
sucesso, pois há 23 anos era pequena e
hoje é considerada a maior feira de tecnologia agrícola da América Latina e a
terceira maior do mundo trazendo novidades de 800 marcas para os pequenos,
médios e grandes agricultores, que são
quem está salvando a lavoura”, afirmou
o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre as perspectivas do setor
agrícola no Estado durante seu discurso,
na abertura oficial da Agrishow 2016.
O governador citou o delicado momento econômico pelo qual o Brasil passa, com três anos seguidos de retração do
PIB (Produto Interno Bruto) do país. “É
a maior recessão em 80 anos, a economia atualmente derrete”, constatou.
Uma boa saída apontada por Alckmin
é continuar alavancando a produtividade
paulista e a brasileira incentivando cada
vez mais o comércio exterior. “O agronegócio é o único setor que tem registrado
números positivos na Balança Comercial
brasileira, por isso é importante oferecer
condições para que a produção agropecuária brasileira seja exportada”, disse.
O governador criticou a atual política fiscal nacional, com a segunda maior
taxa de juros do mundo e gargalos de
logística, que encarece o produto brasileiro, resultando em menos competitividade a ele. “Portanto, temos que somarmos os esforços para que o Brasil possa
realizar o seu grande destino”, conclui.
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo
"Nós temos o nosso programa Pró-Trator e o Pró-Implemento, que é juro
zero, sem correção monetária. Isso
permite ao pequeno e médio agricultor
comprar seu trator, seu implemento agrícola, com dois anos de carência e até seis
anos para poder pagar. Já foram 5.700
equipamentos", disse o governador.
Outras autoridades também marcaram presença na solenidade, como o
ministro da Defesa, Aldo Rebelo, a prefeita de Ribeirão Preto-SP, Darcy Vera,
e o secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo
Jardim, entre outros.
Ao explanar Rebelo afirmou que
a agricultura e a pecuária contribuem
para gerar um setor mais dinâmico de
Na feira ainda, Alckmin fez o lançamento da Campanha de Combate à
Febre Aftosa. "Este ano, o Estado completará 20 anos sem registrar um único
foco da doença" disse ele, que aplicou
a vacina em um bezerro; entregou sete
tratores e três equipamentos adquiridos
por meio dos Programas Pró-Trator e
Pró-Implemento, do Feap (Fundo de
Expansão do Agronegócio Paulista),
além da entrega de caminhão adquirido
via Projeto Microbacias II - Acesso ao
Mercado, para a Abafa (Associação Batataense dos Produtores da Agricultura
Familiar), de Batatais.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Aldo Rebelo, ministro da Defesa
empregos. “Nestes dias difíceis, são estes setores quem respondem e carregam
nas costas o Brasil e fazem com que
o agronegócio seja o único segmento,
além do aeroviário com superávit. São
eles responsáveis por uma democratização na mesa com a redução do preço da
cesta básica e dos alimentos a uma escala que tornou acessível o grão e a proteína na mesa dos pobres”, ressaltou.
O ministro ainda citou que “apesar
do cenário atual, o mais difícil foi feito lá atrás com os primeiros passos na
plantação das sementes e na criação
do gado. Foi complicado iniciar uma
indústria de máquinas. Esses foram os
períodos mais difíceis. As dificuldades
de hoje, podemos superar, com o mesmo espírito, consciência e persistência”, disse.
Já Fábio de Souza Meirelles, presidente da Agrishow, afirmou que o expressivo
ganho de produtividade conseguido ao
longo dos anos pela agricultura brasileira tem permitido gerar emprego e prover
alimentos para os 204 milhões de brasileiros, além de garantir as exportações.
“Pela importância e comprometimento
do setor, precisamos confiar o destino da
nossa pátria aos homens de trabalho que
desenvolvem nossa agropecuária. Aqui
temos homens conscientes do momento
que vivemos. O homem do campo tem
cumprido sua responsabilidade de alimentar a população”, afirmou.
29
Parque de exposições da Agrishow
terá vitrine tecnológica permanente
Projeto foi lançado pelo Instituto de Zootecnia durante a feira e mostra na prática ganhos
ambientais e econômicos da ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta)
Andréia Vital
Ribeirão Preto-SP passa a ter uma
área permanente para estimular práticas
sustentáveis de pecuária com a criação
de uma Vitrine Tecnológica Sustentável, cujo projeto foi lançado durante a
Agrishow 2016. A vitrine será instalada
em uma área de 44 hectares do Polo Regional de Desenvolvimento Tecnológico
dos Agronegócios do Centro-Leste/Centro da Secretaria de Agricultura, local
da sede da Agrishow até 2028, e servirá
para a implantação de um projeto que
une dois sistemas produtivos na área de
pecuária: a Produção Intensiva de Bovinos de Corte com o sistema ILPF – Integração Lavoura, Pecuária e Floresta.
A área poderá ser visitada o ano todo,
com possibilidades de realização de
dias de campo e treinamentos, recebendo técnicos, pesquisadores e acadêmicos interessados no assunto. Empresas
que queiram desenvolver pesquisas e
sistemas tecnológicos também poderão
utilizar o espaço. “A Vitrine Tecnológica oferece a possibilidade de o agropecuarista aumentar sua produtividade e
na sua renda, ao mesmo tempo em que
faz uma agricultura amiga do meio ambiente”, destacou o secretário de Agri-
Prêmio Brasil Agrociência
Eliseu Roberto de Andrade Alves, pesquisador
da Embrapa, nas áreas de
inovação, pobreza rural,
política agrícola, irrigação,
construção e desenvolvimento de instituições, recebeu o Prêmio Brasil Agrociência e a Homenagem da
Agrishow, por sua contribuição para o desenvolvimento do agronegócio.
Arnaldo Jardim, secretário de
Agricultura de São Paulo
cultura de São Paulo, Arnaldo Jardim,
durante o lançamento do projeto.
Eliseu Roberto de Andrade Alves, recebeu o prêmio das
mãos de Fábio Meirelles e Maurílio Biagi
O prêmio foi entregue
durante a solenidade de
abertura, pelo presidente da Agrishow,
Fabio Meirelles. Já a Homenagem da
Agrishow foi dado pelo presidente de
Honra da Agrishow, Maurilio Biagi.
Lançada em 2014, a premiação Brasil
Agrociência tem como objetivo incentivar cientistas e pesquisadores, profissio-
nais que já demonstraram competência
para a construção de uma inovadora
base científica e tecnológica de produção agropecuária no mundo tropical e
subtropical. Consultor do Banco Mundial e da FAO - Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura,
Alves é referência no Brasil e no exterior
em pesquisa agropecuária.
O projeto prevê a participação da iniciativa privada e tem um custo total de R$ 3
milhões. Com foco no desenvolvimento e
transferência de tecnologia em pecuária de
corte e recuperação de áreas degradadas,
por meio do uso da integração do sistema
ILPF. “As parcerias com o setor produtivo são fundamentais para a concretização
desse projeto e temos a pretensão de achar
que quem vier para ele, se dará muito bem,
pois integraremos os conhecimentos das
nossas instituições. Espero que a iniciativa
possa se espalhar para todo o país como
uma referência”, ressaltou Jardim.
Uma das pioneiras na divulgação do
sistema ILPF a John Deere foi a primeira
Revista Canavieiros - Maio de 2016
30
Foto: divulgação
Especial Agrishow
Paulo Hermann,
presidente da John Deere
Francisco Matturro,
vice-presidente da w
Carla Tuccilio, diretora
da Verum Eventos
patrocinadora do projeto. “A integração
de sistemas é uma revolução para o campo, pois agrega sustentabilidade econômica, social e ambiental, com uma gestão
apurada. Nesse sentido, o programa Vitrine de Tecnologia Sustentável vem ao encontro deste modelo de produzir cada vez
mais e ainda preservar o meio ambiente.
Estamos fazendo história”, afirmou Paulo
Hermann, presidente da multinacional.
dito e, principalmente, gere emprego e
renda, por isso, vamos apoiar este projeto da Vitrine Tecnológica”, afirmou.
tecnia e a APTA (Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios).
Segundo ele, existem trabalhos que
comprovam que uma integração bem-feita pode produzir a mesma quantidade de alimento em um sexto da área
que seria necessário para produzir em
um sistema convencional. “Há comprovação também de que este sistema integrado pode produzir com 55% menos de
emissões, por isso, o sistema é economicamente viável”, disse ele, completando “nós precisamos criar sistemas que
mitigam riscos e estabilizem a receita e
deem segurança para os agentes de cré-
Francisco Matturro, vice-presidente
da Abag ressaltou que o projeto Vitrine
estará inserido num dos mais importantes centros do agronegócio do país. “A
grande vantagem do projeto é a parte
técnica envolvida, pois conta com pesquisadores do mais alto nível dos mais
importantes centros de pesquisa do
Brasil. Temos a oportunidade de transformar esta área numa grande vitrine,
juntamente com a Agrishow, na qual o
público da feira poderá conhecer o programa funcionando”, disse.
Além da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, participam do projeto Vitrine de
Tecnologia Sustentável, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária), o Instituto de Zoo-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
A Verum Eventos, empresa responsável pela realização dos principais eventos
brasileiros de pecuária, como InterCorte,
Dia do Produtor, Beef Week e Caminho
do Boi, também confirmou a participação
na organização da Vitrine Tecnológica.
De acordo com Carla Tuccilio, diretora da empresa, a nova área dará uma
grande contribuição ao demonstrar na
prática como funciona e os ganhos que
se pode obter com a ILPF. “Temos percebido como esse tema desperta o interesse
dos pecuaristas, mas, ao mesmo tempo,
muitas dúvidas de como colocar em prática e a sua viabilidade. Diante disso, a
Vitrine Tecnológica cumprirá um papel
muito importante de orientar os produtores e mostrar como a ILPF pode trazer
ganhos econômicos e ambientais ao seu
negócio”, concluiu Carla.
31
IAC e Orplana assinam protocolo de intenções para
transferência de tecnologia
Andréia Vital
Fotos: Andréia Vital
A Orplana (Associação dos Plantadores de Cana-de-Açúcar da Região
Centro-Sul) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo firmaram parceria para a transferência de tecnologias desenvolvidas
pelo Instituto Agronômico (IAC) aos
produtores e fornecedores da entidade.
O protocolo de intenções foi assinado
pelo secretário Arnaldo Jardim e pelo
presidente da Orplana, Eduardo Romão, durante a Agrishow 2016.
“Estou convicto de que este ato faz
parte de um momento revolucionário
para a produtividade agrícola. A transferência de tecnologia é fundamental
para incentivar a adoção de novas variedades e criar novas oportunidades de
negócios”, afirmou Jardim, que também
falou sobre a linha do Feap/Banagro
(Fundo de Expansão do Agronegócio
Paulista – Banco do Agronegócio Familiar) para financiamento de viveiros e
o lançamento do Boletim Recomendações Gerais para a Conservação do Solo
na Cultura de Cana-de-açúcar, pelo Instituto Agronômico, em abril de 2016.
Cana do Brasil) a parceria é muito importante para o setor canavieiro. “É uma
honra participar da celebração deste convênio, a gente vê com bons olhos a iniciativa da Orplana e da Secretaria, que interage bastante com o setor, e este convênio
é importante no sentido de oferecer novas
tecnologias ao fornecedor de cana, quebrando paradigmas em relação ao plantio,
e a iniciativa, com certeza, vai trazer mais
entusiasmo para a busca da produtividade
de cana de três dígitos”, disse.
Para Alexandre Lima, presidente da
Feplana (Federação dos Plantadores de
O presidente da Orplana, Eduardo Romão, ressaltou a relevância do
Orlando Melo de Castro, Alexandre Lima, Arnaldo Jardim,
Eduardo Ramão e Celso Albano
acordo para todos os produtores de
cana do Centro-Sul, região de atuação da organização. Já Celso Albano
Carvalho, gestor executivo da entidade, falou sobre as novas diretrizes da
entidade. “A Orplana tem desenvolvido 19 projetos estratégicos e este de
transferência de tecnologia está com
força total para resgatar a produção da
cana-de-açúcar e levar tecnologia ao
produtor rural. A transferência é fundamental para aproximar os produtores da pesquisa. O IAC é o berço da
tecnologia paulista e brasileira para o
setor”, concluiu.
Resultado de um ano do Programa + Cana
Andréia Vital
José Guilherme Nogueira, diretor da
Socicana/Coplana de Guariba, apresentou
os resultados de um ano do Programa +
Cana, uma iniciativa do Programa Cana
IAC, em parceria com a Cooperativa
Agroindustrial (Coplana) e a Associação
dos Fornecedores de Guariba (Socicana),
durante evento promovido pela Secretaria
de Agricultura de São Paulo, na Agrishow.
Segundo o executivo, no primeiro
ano de projeto, a taxa de multiplicação
do MPB foi de 1:70, o que significa que
100 metros de mudas originam sete mil
metros multiplicados a partir do MPB,
com custos de produção reduzidos em
José Guilherme Nogueira apresenta os resultados
Revista Canavieiros - Maio de 2016
32
Especial Agrishow
30%. “Os custos operacionais de produção das mudas de MPB foram de
R$ 0,25, valor inferior aos praticados
pelas empresas que têm comercializado
as mudas. Com o projeto, os produtores
estão retomando a produção de mudas,
o que é muito importante”, esclareceu.
José Guilherme Nogueira, diretor da
Socicana/Coplana de Guariba
Os sete produtores participantes do programa + Cana têm a oportunidade de produzir sua própria MPB de cana-de-açúcar
e levá-la ao campo. O empenho dos usuários, somado à dedicação dos pesquisadores e técnicos, tem resultado na superação
das expectativas ao longo da execução do
projeto piloto, previsto para ser concluído
em outubro de 2016. “Queremos dobrar o
número de polos participantes possibilitando assim modernizar o plantel varietal
dos nossos produtores e elevar a produtividade dos seus canaviais”, afirmou.
"Com o projeto, resgatamos a verdadeira função do canavicultor, de produzir cana-de-açúcar. Nos últimos anos,
os produtores foram se distanciando de
algumas etapas do processo de produção", concluiu Marcos Guimarães de
Andrade Landell, pesquisador e líder
do Programa Cana IAC.
IAC inaugura galpão para produção de MPB
Andréia Vital
Fotos: Andréia Vital
O IAC (Instituto Agronômico)
inaugurou um galpão de produção de
MPB (Mudas Pré-Brotadas), no Centro de Cana IAC, localizado em Ribeirão Preto-SP, durante a Agrishow. No
novo espaço serão realizadas partes
das etapas de produção de mudas de
cana-de-açúcar pelo Sistema de Mudas
Pré-Brotadas (MPB), tecnologia desenvolvida pelo Instituto, explicou Mauro
Alexandre Xavier, pesquisador do IAC.
Além do corte dos minirrebolos, será
feito no novo espaço o tratamento químico, pré-brotação e individualização das
mudas. “Com a configuração do novo galpão será possível reduzir de 12 para 8 dias
o processo de brotação das gemas, o que
significa uma redução de 33% de tempo
certamente, promovendo impactos positivos na diminuição de custos de produção
Dr. Mauro Xavier, melhorista do IAC
Marcos Landell, diretor do Centro de Cana
das MPBs, explicou Xavier. “A logística
operacional e dinâmica direcionaram o
projeto inspirado nas linhas de montagens
industriais, que permitirão ganhos na qualidade e na eficácia do processo de produção das MPBs”, afirmou o pesquisador.
“Com este novo conceito em blocos
de fabricação de MPB, conseguimos reduzir a dispersão das ações e reduzir em
10 dias o processo todo, que antes demorava 60 dias, o que significa que teremos
17% a mais de capacidade de ocupação
deste espaço dentro do ano, ou seja, conseguiremos fazer 17 % a mais de muda
com a mesma estrutura”, explicou Marcos Landell, diretor do Centro de Cana.
Dr. Mauro Xavier, melhorista do IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell, pesquisador e líder do
Programa Cana IAC, Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, Orlando Melo de Castro, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios,
Sérgio Augusto Morais Carbonel, diretor-geral do IAC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Segundo ele, as inovações que o
instituto tem apresentado ao setor,
principalmente o sistema MPB, trazem uma perspectiva maravilhosa para
o produtor de cana. “O MPB pode se
tornar uma grande alavancagem para
os fornecedores porque eles reassumem
o planejamento e o plantio dos seus canaviais, passando a utilizar variedades
mais modernas e mais adequadas à sua
propriedade”, afirmou.
33
Liderança participaram do processo
de produção das MPBs
Já o secretário de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo,
Arnaldo Jardim, afirmou que o novo espaço é fundamental para impulsionar as
atividades do setor sucroenergético. “O
Sistema MPB é muito importante para a
geração de renda, emprego e para a exportação e tem respondido rapidamente
aos estímulos”, disse.
Presente à inauguração, o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, tam-
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste
bém ressaltou a importância do sistema
desenvolvido pelo instituto, que vem
revolucionando o plantio da cana-de-açúcar. “Acompanhamos este centro há
mais de 40 anos e temos que agradecer o
trabalho inovador que vem sendo desenvolvido aqui. Quem um dia imaginaria
plantar cana desse jeito, com este sistema que traz resultados que vão além de
uma boa muda, mas de um modo geral
beneficia e dá oportunidade ao produtor, principalmente para os pequenos, a
grande maioria desta região”, afirmou
Ortolan. Na ocasião, o presidente da Canaoeste, junto a outras lideranças como
o coordenador da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios, Orlando
Melo de Castro, o presidente da Feplana,
Alexandre Lima, o pesquisador do Programa Cana IAC, Mário Campana e o
produtor da Associação dos Plantadores
de Cana do Médio Tietê (Ascana), Paulo
Roberto Artioli, plantou mudas de MPB
em ato simbólico.
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
34
Especial Agrishow
91,3% da colheita de cana-de-açúcar na safra 2015/2016
em São Paulo foi realizada sem queimadas
Andréia Vital
Patrícia Iglecias, secretária do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo,
apresentou o balanço do Protocolo
Agroambiental do Setor Sucroenergético durante coletiva de imprensa
realizada no estande da ABIMAC, na
Agrishow. Segundo informações divulgadas, 91,3% da colheita de cana-de-açúcar das usinas e fornecedores de
cana na safra 2015/2016 foi realizada
sem o emprego do fogo, através da colheita mecanizada.
Com abrangência estadual, o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético define metas, como a antecipação do prazo para a eliminação
da queima da palha da cana, proteção
de nascentes e matas ciliares, e a redução de consumo de água na etapa
industrial. Neste caso, a secretária esclareceu que o gasto médio de água
no processamento industrial da cana
entre 2010 e 2015 teve queda de 33%
no consumo, atingindo o patamar estabelecido pelo Zoneamento Agroambiental na maioria das regiões do Esta-
do. “Também estimamos que cerca de
8,65 milhões de toneladas de gases de
efeito estufa deixaram de ser emitidas
no Estado”, afirmou.
A pesquisa apontou ainda que na safra 2015/2016, 133 unidades agroindustriais e 24 associações, que representam
5.485 fornecedores, obtiveram Certificado Etanol Verde. A área total compromissada com as boas práticas agroambientais do protocolo pelas usinas e
fornecedores de variedades signatários
totaliza 5.405.772 hectares, que representam 26,3% da área agricultável do
Estado. As usinas que integram o Protocolo Agroambiental são responsáveis
pela produção de 44% do etanol brasileiro e 92% do paulista.
Outro benefício do acordo é que a
energia elétrica produzida a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar pelas
usinas na safra 2015/2016 totalizou mais
de 18.100 GWh. “Desse total, cerca de
10.170 GWh foram exportados para a
rede elétrica, o que equivale a 26% do
Fotos: Andréia Vital
Patrícia Iglecias, secretária do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo
consumo residencial paulista em um
ano, que é de 39.450”, explicou Patrícia.
Para a secretária do Meio-Ambiente,
a proteção e a preservação das nascentes
e matas ciliares também tiveram ganhos
com o compromisso assumido com as
usinas. “Cerca de 258.773 hectares de
matas ciliares e mais de 8.400 nascentes
estão no acordo de proteção e restauração, prestando serviços ambientais importantes para São Paulo”, concluiu.
Diretoria da Copercana e Canaoeste visita a Agrishow
Andréia Vital
A diretoria da Copercana, representada pelo diretor Pedro Esrael Bighetti, visitou a Agrishow 2015. Um
dos locais frequentados pelo executi-
vo foi o estande da Coopercitrus.
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, também marcou presença, parti-
Tiago Toniello e José Pedro Toniello, diretores do Grupo Toniello, Fernando
Degobbi, diretor de marketing da Coopercitrus, Pedro Esrael Bighetti,
diretor da Copercana, João Jorge Dezem, da SIPCAM NICHINO, José
Geraldo da Silveira Mello, gerente comercial da Coopercitrus, Gustavo
Lopes, veterinário da Copercana e Fernando Damião da Rocha Freitas, da
SIPCAM NICHINO.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
cipando de diversas reuniões realizadas
na feira, entre elas, uma da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado
de São Paulo).
Manoel Ortolan com José Mário Jorge, presidente da Uniagro, Saulo
Faleiros, diretor da Uniagro; Ricardo Lima de Andrade, superintendente
da Cocapec (Cooperativa dos Cafeicultores e Agropecuaristas), Arnaldo
Jardim, secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, e Edivaldo Del
Grande, presidente da Ocesp.
35
Revista Canavieiros - Maio de 2016
36
Especial Agrishow
Prêmio Deusa Ceres
A Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo realizou a solenidade Deusa Ceres
pela quarta vez consecutiva paralela a Agrishow
Fernanda Clariano
Fotos: Fernanda Clariano / Rafael Mermejo
Ainda durante a programação da 23ª
Agrishow, foi entregue um dos mais
tradicionais prêmios do agronegócio
brasileiro: o Deusa Ceres, uma iniciativa da AEASP (Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São
Paulo), que é celebrado desde 1972, e
homenageia os profissionais da agronomia que se destacam ano a ano nos mais
diversos segmentos. A cerimônia foi realizada no dia 27 de maio, no auditório
do Centro de Cana IAC.
O secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, entregou o troféu Deusa Ceres ao engenheiro
agrônomo e doutor em Agronomia, pela
Esalq/USP, Aldir Alves Teixeira, que é
membro e coordenador de Qualidade da
Câmara Setorial do Café, da Secretaria
de Agricultura, diretor-geral da Experimental Agrícola e reconhecido internacionalmente como um dos maiores
especialistas em café.
“As pessoas homenageadas aqui
hoje têm em comum não apenas exercer
a mesma profissão, mas fazer isso de
forma apaixonada. O fazer abre caminho para a instituição crescer e se fortalecer”, disse Arnaldo Jardim, que ainda
agradeceu. “Eu quero dizer obrigado ao
Aldir Teixeira, que tanto nos ajudou na
secretaria e que tem uma importância
para todos nós, parabéns”.
O Engenheiro Agrônomo Aldir Alves Teixeira recebeu o Troféu Deusa Ceres
Ismael Perina, recebeu a medalha
“Fernando Costa”
Angelo Petto Neto, presidente da AEASP
Ao receber o troféu, Aldir Alves
Teixeira recordou sua trajetória e agradeceu. “Recebo com muita humildade
o título de Engenheiro Agrônomo de
2016, que alegria, que emoção, que
honra. Agradeço a todos, agradeço a
honra da escolha a todos os presentes,
muito obrigado a todos”.
O engenheiro agrônomo formado em
julho de 1980, pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
campus de Jaboticabal, Ismael Perina,
recebeu a medalha “Fernando Costa” e
falou da satisfação de ser homenageado.
“Quero agradecer a AEASP, na pessoa
do presidente, Angelo Petto Neto, por
ter promovido essa premiação e também
por me dar o privilégio de poder receber
essa honraria que é um grande incentivo
para que continuemos trabalhando e fazendo algo de bom para este país”.
O evento foi encerrado pelo presidente
da AEASP, Angelo Petto Neto. “É uma
satisfação enorme para a Associação dos
Engenheiros Agrônomos do Estado de
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Foto: Andréia Vital
Os agraciados foram indicados por
associados, instituições públicas e privadas e empresas ligadas ao setor. O
Prêmio Engenheiro Agrônomo de 2016
foi para Aldir Alves Teixeira. Já a medalha “Joaquim Eugênio de Lima” foi
entregue para Maria Esmeralda Soares
Payão Demattê. As medalhas “Fernando Costa” foram para José Walter
Figueiredo Silva (Ação Ambiental),
Antonio José Torres (Assistência Técnica e Extensão Rural), Ismael Perina
(Cooperativismo), Paulo Fernando de
Bento (Defesa Agropecuária), Glauco
Eduardo Pereira Cortez (Ensino), José
Carlos Fernandes (Iniciativa Privada),
Orivaldo Brunini (Pesquisa), e José
Luiz Tejon Megido, como destaque na
área de Comunicação Rural.
Cláudia Tonielo e o secretário
da Agricultura Arnaldo Jardim
acompanharam o evento
São Paulo realizar pela quarta vez consecutiva a solenidade Deusa Ceres nesse
ambiente da Agrishow. Isso é possível
graças à participação da Secretaria da
Agricultura e Abastecimento do Estado
de São Paulo e todas as instituições e
institutos que a compõem e fazem a história dessa nossa querida Secretaria da
Agricultura e, em especial, ao Instituto
Agronômico de Campinas, que aqui nesse Centro de Cana nos recebem todos os
anos. Todos os profissionais aqui homenageados contribuem de forma preponderante para que a sociedade receba os
frutos das atividades por eles exercidas”.
37
Revista Canavieiros - Maio de 2016
38
Especial Agrishow
Secretaria da Agricultura e Andef firmam parceria
durante a Agrishow
A Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de Agrotóxicos:
A ideia inovadora vai contribuir com a agricultura e levar informação de qualidade para
os trabalhadores na área de aplicação de agrotóxicos
Fernanda Clariano
O Brasil tem 10% da população brasileira trabalhando na agricultura, isto
é, cerca de 20 milhões de agricultores.
Destes, 10% são aplicadores de agroquímicos. Apesar do relevante trabalho
que vem sendo realizado por diversas
entidades e empresas envolvidas no
processo de transferência de tecnologia,
observa-se uma falta de atualização técnica e metodológica de ensino por parte
de professores, extensionistas e instrutores que atuam na transferência de tecnologias de aplicação de agrotóxicos e
segurança do trabalhador em manipulação direta e indireta de agrotóxicos.
O crescimento sustentável do agronegócio e a busca incansável das melhores soluções para a qualificação
efetiva do aplicador culminaram na
criação de um projeto pioneiro no Brasil, a Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança na Aplicação de
Agrotóxicos. Esse projeto inovador
tem o objetivo principal de desenvolver as bases para profissionalizar os
aplicadores, por meio de um sistema de
habilitação que qualifique os trabalhadores a reconhecerem efetivamente os
riscos de suas atividades e aplicarem a
quantidade necessária e adequada dos
produtos de forma segura e econômica
e também, que esses profissionais sejam preparados e dotados de um sólido
conhecimento científico em tecnologia
de aplicação e segurança no trabalho,
atuando como agentes de mudanças,
levando conhecimento e qualificando
aplicadores em todo Brasil.
Para ampliar treinamentos de aplicação de defensivos agrícolas no Brasil, a
Secretaria de Agricultura do Estado de
São Paulo, juntamente com a Andef
(Associação Nacional de Defesa Vegetal) firmaram uma parceria no dia 28 de
maio, durante a 23ª Agrishow, em Ribeirão Preto-SP. O documento foi assinado
Fotos: Rafael Mermejo
Parceria foi firmada no estande da Secretaria na Agrishow
no estande da Secretaria na feira, pelo
secretário Arnaldo Jardim e pelo diretor
executivo da Andef, Mário Von Zuben.
“Aqui estão reunidas pessoas com
consciência e responsabilidade. Com
essa assinatura, reafirmamos nossa unidade em torno dessa causa, pois esse é
um ato que preserva a atenção do aplicador, a sua saúde, estabelecendo novos critérios e novas práticas, afirmou
o secretário que também enfatizou a
importância das parcerias”. Que essa
parceria de ação possa se multiplicar
e atingir um número maior de pessoas
- treinando, preparando, disseminando
novas práticas, ajudando a combater
preconceitos e mostrando uma agricultura ambientalmente sustentável, economicamente decisiva para o país”.
O diretor executivo da Andef, Mario
Von Zuben, considerou a parceria importante e necessária, para ele, todos os
envolvidos na questão dos agroquímicos
devem aderir ao programa do IAC. “As
novas tecnologias voltadas para a agricultura são essenciais para o sucesso e para
a pujança dessa agricultura que a gente vê
aqui no Brasil, mas se não houver treinamento e qualificação dos usuários não irá
alcançar o seu potencial e isso seria uma
grande perda. Por isso apoiamos iniciati-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Mario Von Zuben,
diretor executivo da ANDEF
vas como essa porque sabemos que elas
podem contribuir para o sucesso continuado da agricultura brasileira”.
A ideia inovadora vai trazer para a
agricultura muitos benefícios num curto espaço de tempo porque irá auxiliar
a levar informação de qualidade, para
os trabalhadores na área de aplicação
de agrotóxicos. Os treinamentos serão
essenciais para melhoria da responsabilidade na aplicação de agrotóxicos,
gerando benefícios incalculáveis à agricultura brasileira e à saúde ocupacional
e ambiental nas regiões agrícolas.
O acordo prevê a constituição de
uma Unidade de Referência em Tec-
39
nologia e Segurança na Aplicação de
agrotóxicos, que irá funcionar dentro
do Centro de Engenharia e Automação
do IAC, em Jundiaí-SP. As atividades
estão previstas para começar em julho
deste ano. Por sua história, atuação e
conhecimento nas áreas de tecnologia
e aplicação em segurança no trabalho
com agrotóxicos, inicialmente o projeto
será implementado e gerenciado pelo
Centro de Engenharia e Automação do
IAC (Instituto Agronômico), que é o
instituto de pesquisa da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo.
Desde 1969, o Centro de Engenharia
e Automação do IAC promove ações
para a modernização da agricultura,
dedicando-se a pesquisas científicas e
aos ensaios de máquinas, complementos e operações agrícolas mecanizadas.
A unidade de referência irá contar com
salas de aulas, auditório, secretaria,
áreas para aulas práticas e laboratórios
que auxiliarão na excelência do ensino
e preparo dos agentes multiplicadores.
Neste trabalho do IAC, serão realizados cursos teórico-práticos de nível
avançado, com duração de 15 dias,
sobre os temas ligados à tecnologia de
aplicação e segurança no trabalho com
agrotóxicos. Haverá também visitas
técnicas a empresas ligadas à fabricação e teste de EPI (Equipamentos de
Proteção Individual), estações experimentais de desenvolvimento de agrotóxicos e empresas especializadas em
ensaios de toxicologia.
A meta inicial é formar cerca de 400
agentes multiplicadores por ano, por
meio de programas de formação como
NR31, que disciplina sobre segurança e
saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e
aquicultura, seleção, uso e manutenção
de EPI e tecnologias de aplicação para
pequenas propriedades, entre outros.
Mario Von Zuben,
diretor executivo da Andef
contratados profissionais externos para
compor o quadro de profissionais que
atuarão nos cursos. “O Centro vai trabalhar para a constituição de conteúdos
programáticos, materiais padronizados
de treinamento e avaliação de agentes
multiplicadores, bem como na elaboração de esquemas padronizados de estruturação física e financeira de outros
centros de referência a serem constitu-
ídos no Brasil”. Ainda segundo ele, o
projeto busca mais parcerias para poder
crescer e levar qualidade para o campo,
segurança para o trabalhador e para o
alimento fornecido à população”, o pesquisador também destacou que “hoje se
investe milhões no desenvolvimento de
máquinas e tecnologia de pulverizadores, tecnologia de precisão, investem
milhões no desenvolvimento de novos
produtos, produtos mais seguros, mais
eficazes, mais específicos e com menos problemas ambientais. Porém, toda
essa tecnologia é colocada nas mãos
de um trabalhador com quatro anos de
experiência, que não tem muitas vezes
conhecimento suficiente para reconhecer a tecnologia que está usando e não
sabe utilizá-la adequadamente. O que a
Secretaria da Agricultura por meio do
Centro de Engenharia e Automação e o
Instituto agronômico quer fazer é levar
conhecimento para que o trabalhador
tenha condições de usar melhor a tecnologia disponível”.
Feira EIMA Internacional
A aproximação entre a feira italiana de máquinas e a Agrishow 2016
busca estabelecer parceiras
Fernanda Clariano
A Associação de Fabricantes Italianos FederUnacoma participou da 23ª
edição da Agrishow, com o objetivo
de desenvolver parcerias com os empresários brasileiros. Os dirigentes da
entidade aproveitaram também para
divulgar a edição 2016 da EIMA Internacional - a Feira de Máquinas Agrícolas, que será realizada de 9 a 13 de
novembro, em Bolonha, Itália, e que
deve contar com intensa participação
de empresários brasileiros. Na edição
anterior, realizada em 2014, a EIMA
contou com 1.900 empresas expositoras vindas de 50 países, com a exibição de 50 mil modelos de máquinas
e equipamentos, e na qual compareceram cerca de 235 mil visitantes oriundos de 140 países. De acordo com os
dirigentes da EIMA, as perspectivas a
curto e médio prazo é de recuperação
gradual de rentabilidade no setor primário. Com isso, há uma melhoria no
intercâmbio entre Brasil e Itália.
De acordo com o pesquisador do
IAC e executor do projeto, Hamilton
Humberto Ramos, o IAC responderá
pela equipe técnica que conduzirá os
trabalhos e, quando necessário, serão
Revista Canavieiros - Maio de 2016
40
Especial Agrishow
33º Prêmio Gerdau
A premiação busca incentivar o desenvolvimento sustentável, a inovação e a excelência do
agronegócio e apresentar o que existe de melhor em máquinas, equipamentos e componentes
de uso agrícola fabricados no Brasil
Fernanda Clariano
Fotos: Fernanda Clariano
A escolha dos vencedores foi feita por uma comissão julgadora, composta por especialistas de reconhecida experiência que fazem
parte das principais instituições voltadas para as Ciências Agrárias
Em sua 33ª edição, o Prêmio Gerdau Melhores da Terra, maior reconhecimento para o setor de máquinas
e equipamentos agrícolas da América
do Sul, premiou em evento paralelo a
Agrishow, as empresas vencedoras na
categoria Novidade Agrishow, onde
concorrem as maiores e mais significativas inovações tecnológicas do setor,
capazes de contribuir para a produtividade agrícola, a qualidade de vida dos
produtores rurais e a preservação do
meio ambiente.
Participam as máquinas e equipamentos lançados após a Agrishow 2015
e que estiveram expostos na feira em
2016. A categoria Novidade Agrishow
reconhece as tecnologias voltadas para
a Agricultura Familiar e Agricultura de
Escala, segmentos de grande importância para o agronegócio brasileiro.
A escolha dos vencedores foi feita por
uma comissão julgadora, composta por
especialistas de reconhecida experiência
que fazem parte das principais instituições voltadas para as Ciências Agrárias.
A cerimônia de entrega dos troféus
aconteceu no dia 26 de abril, no auditório do Centro de Cana e premiou
na Categoria Agricultura Familiar, a
empresa Implementos Agrícolas Marispan Ltda, da cidade de Batatais-SP,
com a Pá Carregadeira Marispan M85,
que consiste num sistema de acoplamento frontal para tratores utilizado tipicamente nas pequenas propriedades.
O equipamento se diferencia pelo eficiente sistema de segurança para travamento, pela função de amortecimento que evita as oscilações bruscas ao
transportar a carga e pelo prático sistema de acoplamento e desacoplamento,
que facilita a tarefa do operador e permite que o trator também seja utilizado
para outras atividades agrícolas.
O diretor administrativo e industrial
da Marispan, Paulo Nascimento, agradeceu pelo reconhecimento recebido.
“Muito obrigado a Gerdau e a organização da Agrishow por abrirem este espaço, é uma grande honra para nós participarmos e sermos reconhecidos. Essa
é uma iniciativa que incentiva cada vez
mais a Marispan e todo o mercado a
criar soluções e inovações para facilitar
a vida do produtor rural”, afirmou.
Na Categoria Agricultura de Escala,
a empresa vencedora foi a GSI Brasil
Indústria e Comércio de Equipamentos Agropecuários Ltda., da cidade de
Marau-RS, premiada pelo equipamento
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Marcos Faraco, diretor de Marketing e Vendas da
Operação Aços Brasil da Gerdau, fez a entrega do
troféu ao diretor Administrativo e Industrial da
Marispan, Paulo Nascimento.
Fornalha Block-Velox, item fundamental para secagem de grãos. Essa fornalha
é resultado de um projeto genuinamente
brasileiro que teve início em 2005 e se
diferencia pela durabilidade, eficiência
energética e simplificação da montagem,
reduzindo o peso do material utilizado
em 75% e o tempo de construção em
60%. O sistema desenvolvido permite
que menos lenha seja consumida no processo e, além disso, o ar aquecido apresenta menor teor de resíduos, reduzindo
o seu contato com os grãos.
O diretor Comercial para Divisão
Armazenagem de Grãos, da GSI, José
Luiz Viscardi, falou da satisfação em
receber a premiação. “É com grande or-
41
Gustavo Verneck, diretor executivo da
Operação Aços Brasil da Gerdau, entregou o
troféu ao diretor Comercial para Armazenagem
de Grãos, da GSI, José Luiz Viscardi.
gulho que recebemos este troféu. Uma
premiação que dividimos com todos os
envolvidos no desenvolvimento deste
equipamento e que contribuíram para
que pudéssemos avançar numa inovação tão importante para esse segmento,
agregando valor ao nosso produtor que
trabalha muito e mostra que cada vez
mais o nosso país é um país agrícola.
Agradecemos a Gerdau por propiciar
essa possibilidade que faz com que o
país busque inovação”, destacou.
Secretarias da Agricultura do RS e de São
Paulo estreitam iniciativas de intercâmbios e
cooperações técnicas durante a Agrishow
Andréia Vital
Gustavo Verneck, diretor
executivo da Operação Aços Brasil da Gerdau
Segundo o diretor executivo da Operação Aços Brasil da Gerdau, Gustavo
Verneck, apesar do cenário de constante
desafios, o Prêmio Gerdau Melhores da
Terra está na sua 33ª edição, reconhecendo as empresas que contribuem com
o agronegócio brasileiro. “É uma satisfação ver tanta melhoria, tanta inovação
e as coisas acontecendo como a evolução dos dois premiados nas questões relativas à melhoria de produtividade, na
preservação do meio ambiente, dentre
outros. Gostaria de parabenizar a todos
e dizer que a gente continua junto na
evolução do agronegócio do Brasil, que
é extremamente importante para todos
nós. Parabéns aos vencedores pelos trabalhos desenvolvidos”, concluiu.
Ernani Polo, secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul, e
Arnaldo Jardim, secretário da Agricultura do Estado de São Paulo
O secretário da Agricultura, Pecuária
e Irrigação do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, visitou pela primeira vez a
Agrishow, onde participou de reuniões
com o secretário de Agricultura de São
Paulo, Arnaldo Jardim. A intenção dos
encontros, segundo Polo, é estreitar iniciativas de intercâmbios e cooperação
entre as duas secretarias.
“Queremos explorar o potencial que
o Rio Grande do Sul tem em relação à
cana-de-açúcar, intensificando a pesquisa
sobre a cultivar. A intenção da aproxima-
ção com São Paulo, o Estado mais avançado no desenvolvimento da cultura, é a
troca de experiência na área da pesquisa
entre os dois Estados”, disse o secretário,
explicando que a cana tem diversos usos,
até como forrageira para o RS.
“No caso de São Paulo, o interesse é
em fruticultura, a qual o nosso Estado
tem larga experiência”, afirmou Polo,
ressaltando que outras reuniões deverão
ocorrer para traçar a parceria em cooperação conforme os pontos de interesse
para as duas secretarias.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
42
Especial Agrishow
DMP traz para a Agrishow o seu “carro chefe”
A Plantadora de Cana Picada PCP 6000 garante maior controle e uniformidade do plantio
Fernanda Clariano
A DMB levou para a 23ª Agrishow a
PCP 6000 Automatizada, plantadora desenvolvida com o objetivo de diminuir
o consumo de mudas por área plantada
e a influência da ação humana no resultado final do plantio. Equipada com
um CLP (Centro Lógico Programável)
onde todas as operações da plantadora são programadas eletronicamente,
ela realiza todas as tarefas do plantio
automaticamente, por meio de um toque na tela da IHM (Interface Homem
Máquina) instalada na cabine do trator.
Isso tudo, somado aos benefícios das
esteiras, garante maior uniformidade do
plantio reduzindo consideravelmente o
consumo de mudas.
“Temos uma linha de adubadores
modernos, mas o plantio mecanizado
ainda é a pedra de toque do setor, por
isso trouxemos para a Agrishow a PCP
6000 Automatizada, o nosso carro-chefe. Essa Plantadora de Cana Picada já
está no mercado e tem mostrado resul-
Fotos: Rafael Mermejo
Auro Pardinho, gerente
de marketing da DMB
tados significativos, reduzindo bastante
a quantidade de mudas e com plantio
muito bem-feito, sem nenhuma falha”,
disse o gerente de marketing da DMB,
Auro Pardinho, que também comentou
sobre a participação na feira e as perspectivas de negócios. “Essa foi uma feira muito produtiva. Pelas perspectivas
de melhorias no setor em termos de preços, de valores da cana, açúcar e etanol,
percebemos que o pessoal já está mais
animado e isso logicamente reflete em
negócios. Por isso acreditamos que os
resultados vão ser bastante promissores”, analisou.
Sergomel pela primeira vez na Agrishow
Com equipamentos de alta qualidade e eficiência, a empresa se destaca no mercado de serviços na
área de transporte rodoviário, canavieiro e florestal
Fernanda Clariano
Participando pela primeira vez como
expositora na Agrishow, a Sergomel,
empresa sertanezina pioneira no mercado de reboque canavieiro, recebeu
os seus clientes e amigos em um amplo
estande na feira, que é vitrine das mais
avançadas tendências e inovações tecnológicas para o agronegócio.
Grande parte de seus investimentos
são direcionados na atualização de máquinas e processos, desta forma, mantém um parque industrial moderno, o
que possibilita a prestação de serviços
a vários clientes, bem como a vendas
de peças com uma gama de itens para
reposição e agilidade no atendimento.
Para atender à Lei da Balança, a Sergomel desenvolveu o seu carro chefe
mia de pneu e também passa a não danificar o asfalto devido à redução de peso.
Oswaldo Ilceu Gomes,
presidente da Sergomel
- o reboque canavieiro linha leve, feito
com aço de alta tecnologia. A empresa
conseguiu tirar todo o excesso de peso,
permitindo que o cliente ande com o
volume correto de balança, carregando
mais cana e menos peso. Obtendo, assim, economia de combustível, econo-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
“Essa foi a primeira experiência que
tivemos na Agrishow, onde apresentamos os nossos produtos e, dentro do contexto geral, acredito que tivemos uma
boa participação. Este ano completamos
41 anos de fundação, sempre trabalhando com muita seriedade, e qualidade nos
nossos produtos”, disse o presidente da
Sergomel, Oswaldo Ilceu Gomes.
43
Valtra reforça benefícios da Colhedora BE 1035e na feira
Andréia Vital
Fotos: Andréia Vital
A aposta da Valtra, marco do Grupo
AGCO, para a Agrishow, foi a colhedora de cana BE 1035e, a primeira da
empresa a ser produzida na fábrica da
multinacional em Ribeirão Preto-SP.
A unidade tem capacidade de produzir
240 máquinas por ano.
A colhedora foi apresentada ao mercado no ano passado durante a Agrishow
e, nesta edição, o trabalho foi no sentido de intensificar as vendas. A empresa
tem a previsão de vender 40 máquinas
neste primeiro semestre. “Este ano será
o período de consolidação desta máquina e nosso objetivo é fechar o ano com
10% de market share no mercado doméstico. Também iniciamos um trabalho no mercado externo, com testes de
colhedoras de cana na Índia,Tailândia e
outros países asiáticos”, explica Marco
Antonio Gobesso, gerente de marketing
Cana-de-açúcar da AGCO.
A colhedora é equipada com o motor
AGCO Power 9.8L de 350cv, que fornece respostas à altura das exigências
de uma colheita de alta performance
com baixos níveis de consumo e maior
vida útil, resultado do melhor ajuste da
sua relação torque/rpm, possibilitando
um trabalho de altíssima qualidade em
todo tipo de canavial.
Segundo Gobesso, o interesse do produtor de cana aumentou este ano, sendo
que muitos clientes visitaram o estande
da empresa na Agrishow, e negociações
foram iniciadas na feira. Porém, lembrou
que o mercado ainda está retraído, mes-
Antonio Gobesso, gerente de marketing cana-de-açúcar da AGCO
mo com os bons preços dos produtos da
cana. “O setor sucroenergético precisa
de mais tempo para voltar a ser o que
já foi um dia. Mas o produtor necessita
fazer a colheita e a nossa máquina hoje
atende todos os clientes, em qualquer
ambiente. A BE 1035e tem uma concepção simples, não na capacidade, mas
sim na operação e manutenção e não há
necessidade de um supertreinamento
para manuseá-la. Para quem já tem experiência, uma hora de treinamento já é
suficiente para operá-la”, afirmou.
Além da colhedora, a empresa levou
outros produtos e fez lançamentos na
Agrishow. Entre eles, o Fuse Connected Services, um programa de acompanhamento de desempenho que permite
A colhedora despertou interesse de produtores e usineiros como da família Toniello
ao produtor aumentar o rendimento e a
eficiência de suas máquinas no campo.
Aliado ao sistema de telemetria AgCommand, é possível monitorar em tempo
real o desempenho das máquinas no
campo, estendendo a todos os equipamentos Valtra o programa já consolidado para as colhedoras de cana BE 1035e.
Os tratores da Série N., que foram
mostrados no Brasil pela primeira vez,
possuem design inovador, oferecem
mais versatilidade, robustez, tecnologia,
eficiência no consumo de combustível e
baixo custo de reparo e manutenção. Já
os pulverizadores Challenger Rogator
1300 Spinner e Terragator 8300 Airmax,
estão disponíveis para a compra no Brasil a partir desta edição da feira.
De acordo com o gerente de vendas
da Valtra, Alexandre Assis, a participação da empresa na feira foi muito positiva. “A Valtra, uma das maiores fabricantes de máquinas agrícolas do Brasil,
encerrou sua participação na Agrishow
2016 com um balanço positivo. De
acordo com a companhia, os resultados
obtidos foram promissores com relação
à prospecção de novos negócios, considerando que este é o principal evento de
agronegócio do país”, concluiu.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
44
Especial Agrishow
John Deere lança as novas colhedoras CH570 e CH670
Andréia Vital
Fotos: Andréia Vital
Na 23ª Agrishow, a John Deere demonstrou o amplo portfólio da companhia para todas as etapas produtivas,
nos segmentos de Agricultura, Pecuária, Construção e Florestal, com mais
de 58 equipamentos e serviços, de forma a atender a todos os tipos de culturas e perfis de produtores.
Para o setor sucroenergético, a empresa levou os recentes lançamentos
de colhedoras, a CH570 e CH670. As
máquinas passaram por testes de produtividade no campo com o Nempa (Núcleo de Ensaio de Máquinas e Pneus
Agroflorestais da Unesp), que mostrou
uma redução de 13% no consumo de
combustível da CH570, em comparação ao modelo anterior 3520, ambas
nas mesmas condições.
As colhedoras contam com o exclusivo sistema Econoflow, responsável
por trazer melhorias nos mecanismos
de alimentação, limpeza e hidráulico, a
fim de garantir uma operação 8% mais
eficiente, o que aumenta a capacidade
de colheita e reduz o consumo de combustível.
“A nova série agregou ainda mais os
pontos de beneficio, a máquina tem maior
servicibilidade, é de mais fácil manutenção, tem maior capacidade operacional
e menor consumo de combustível. Então, nós estamos entregando ainda mais
economia e mais disponibilidade para o
nosso cliente”, afirmou Fabiana Franco,
gerente de Marketing da John Deere.
Foto: Divulgação Agrishow
A especialista ressaltou ainda que o
pós-venda tem sido um dos pontos de
atenção da empresa. “Nós sabemos que
temos os melhores produtos, mas que a
Fabiana Franco, gerente de Marketing da John Deere
venda não termina simplesmente quando nós fazemos a entrega técnica para o
nosso cliente. O pós-venda é essencial,
por isso, estamos trabalhando muito
forte na capacitação dos nossos concessionários visando oferecer o serviço de
pós-venda o melhor possível”, disse.
Além das máquinas e implementos de alta tecnologia, a multinacional
apresentou ainda suas Soluções Integradas John Deere de Agricultura de
Precisão, além de toda estrutura de Serviços de Pós-Vendas e Financeiros.
“A agricultura brasileira é fundamental tanto para a economia nacional
quanto para prover alimento às mesas
de todo o mundo. Por isso, o investimento em tecnologia e inovação é chave para a John Deere. Temos orgulho
em sermos parceiros dos produtores
nessa missão de produzir sempre mais,
melhor e de forma sustentável”, afirma
Paulo Hermann, presidente da John
Deere Brasil e vice-presidente de Vendas e Marketing para a América Latina.
Sobre resultados para Agrishow
2016, Rodrigo Bonato, diretor de Vendas da John Deere Brasil, disse que
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Mônika Bergamaschi, presidente-executiva do Ibisa e
Paulo Hermann, presidente da John Deere Brasil e vicepresidente de Vendas e Marketing para a América Latina
terminou a feira com a expectativa da
manutenção dos resultados realizados
no ano anterior, os quais estão se confirmando ao término do evento.
“Acreditamos que o próximo triênio
seja de ascensão do mercado, pois as
sólidas bases do cenário agrícola nos
leva a sermos ‘otimistas com responsabilidade’, ou seja, nos motiva a prosseguirmos com os investimentos nos
segmentos em que a companhia atua,
para oferecermos ao produtor a máxima
eficiência, de forma a otimizar os custos
na lavoura”, conclui Bonato.
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A Enfardadora Prismática John Deere L340 garante alta produtividade, com
alto controle de impurezas minerais e qualidade nos fardos
Fernanda Clariano
Fotos: Andréia Vital
O recolhimento de palha tem se tornado uma prática cada vez mais utilizada pelas usinas do Brasil, esse fato se
dá pela grande quantidade de material
orgânico que fica depositado no solo
após a colheita.
Como parte do seu portfólio, a John
Deere levou para a 23ª Agrishow 2016
a Enfardadora Prismática para biomassa L340. A máquina é responsável
pelo recolhimento de palhiço de cana,
que quando deixado integralmente no
campo pode ocasionar redução de produtividade.
Dentre os seus diferenciais, estão
a alta capacidade de produtividade e
o alto controle de impurezas minerais
ao fardo, dado ao seu sistema de recolhimento e de alavancamento da palha
para a câmara de compressão. O equipamento também é capaz de construir
fardos de grande densidade e com isso
Carlos Martinatti, especialista de produtos da John Deere
consegue produzir mais quilos de palha
para a usina por hora enfardada.
“Os clientes buscam bom rendimento
operacional das enfardadoras, com alta
qualidade do fardo mesmo em condições
adversas. Sobre esse ponto, a L340 apresenta uma velocidade operacional até
60% maior do que a concorrência, além
do que essa maior velocidade operacional apresenta um rendimento operacional até 22% maior (cerca de 8 fardos
a mais por hora). Aliado a isso, temos
o peso dos fardos, onde a enfardadora
prismática L340 da John Deere entregou
fardos mais pesados (1,7% ou até 8kg a
mais)”, enfatizou o especialista de produtos da John Deere, Carlos Martinatti .
Bouwman divulga equipamento para enfardamento
Andréia Vital
A Bouwman Tecnologia Agropecuária destacou na feira a enfardadora modelo Big Pack 1290 HDP XC, da marca
alemã KRONE, indicada para a produção de fardos para biomassa para queima
em fornos e substituição da madeira.
Com capacidade diária de enfardamento de 250 fardos de 650 kg, com
dimensões de 1,20 x 0,9 x 2,4m (largura x altura x comprimento), a máquina vem equipada com o acessório
PreChop. “O PreChop é responsável
por realizar a picagem efetiva da palha, antes do processo de enfardamento. Assim a palha vem picada do campo, com a granometria indicada para a
queima, dispensando a utilização dos
rotores estacionários, extremamente
caros e ineficientes que seriam necessários caso ela a palha viesse inteira”,
diz Igor Van Den Broek, especialista
da empresa, explicando que não é possível alimentar as caldeiras das usinas
Igor Van Den Broek, especialista da empresa
com a palha inteira, pois as mesmas
foram projetadas para queima de material com granulometria pequena.
“A enfardadora é o diferencial do
mercado hoje, em relação a rendimento,
desempenho no campo e durabilidade”,
afirma Broek, contando que 40 enfardadoras deste modelo já estão em uso em
lavouras brasileiras, sendo usadas por
usinas como a Cerradão, Guarani, Ferrari, entre outras. O preço de uma enfardadora gira em torno de R$ 750 mil.
A empresa também apresentou a Comprima CF XC X-treme – KRONE, uma
enfardadora de fardos cilíndricos combinada com empacotador que possui capacidade de produção de até 70 fardos/h de
pré-secado e já embalados, sendo o peso
médio dos fardos de aproximadamente
500 kg. A colhedora de forragem Big X
700, tem capacidade de processar até 200
toneladas de silagem por hora. E o misturador de ração, o Trioliet Solomix 3 3000
VLL-C, da fabricante holandesa Trioliet,
com capacidade de 30 metros cúbicos.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Especial Agrishow
Case IH apresentou colhedora de cana modelo 2016 na feira
Andréia Vital
Fotos: Andréia Vital
O modelo 2016 da colhedora A8800
evoluiu em mais de 40 pontos, que proporcionam maior disponibilidade e menor custo operacional e foi um dos destaques da Case IH para a 23ª Agrishow.
Além de mudanças no aumento da
disponibilidade mecânica, a marca
também investiu na redução de custos,
como o novo sistema de filtragem da
Sucção de óleo hidráulico, que propicia
aumento no intervalo de troca, de 250
para 1000 horas, o que significa em redução de 46 filtros por safra para apenas seis filtros.
Christian Gonzalez, diretor de
Marketing da empresa, explicou que a
versão 2016 tem peças mais robustas e
resistentes que possibilitam maior vida
útil dos componentes. A facilidade na
manutenção é outro destaque. “A máquina foi 100% projetada em parceria
com os nossos clientes e validada por
eles antes do lançamento”, contou.
O novo sistema de iluminação da máquina auxilia reparos noturnos, com um
ponto de luz dedicado para a parte frontal
do equipamento e um pendente, para utilização 360º. Já os novos rolamentos dos
rolos alimentados tiveram uma redução
de 83% no seu tempo de troca, de 15 horas, para duas horas e meia para troca de
todos os rolamentos. A centralização dos
pontos de lubrificação é outro diferencial
que possibilita realizar a tarefa em 30 minutos, a cada 50 horas de colheita.
Christian Gonzalez, diretor de Marketing
Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH
para a América Latina
No caso da tecnologia de gestão, a
tecnologia Pro 700+ conta com o exclusivo gerenciamento de linhas individualizadas e de produtividade, que
possibilita identificar as irregularidades que acontecem durante o processo
de sulcação e plantio. “A máquina traça a mesma rota do trator, garantindo o
melhor controle de tráfego da lavoura,
diminuindo a compactação do solo e
possíveis danos no canavial”, explicou
Roberto Biasotto, gerente de Marketing de Produto.
Para Mirco Romagnoli, vice-presidente da Case IH para a América Latina, lançar uma colhedora de cana com
Revista Canavieiros - Maio de 2016
tantos atributos é resultado de esforço
de um time inteiro. “Os investimentos
que estamos fazendo para o desenvolvimento de novos produtos são uma
prova inquestionável do nosso compromisso com a agricultura brasileira
e também deriva do trabalho de toda a
equipe”, disse.
A empresa ainda levou outros lançamentos para a feira, como a nova
linha de colheitadeiras Axial-Flow
Série 130 com motores FPT industrial
que apresentam até o dobro de reserva
de potência. As novas axiais são 10%
mais produtivas e economizam até
11% de combustível.
47
Plantadeira e colheitadeiras de duplo rotor foram
destaques da New Holland
Andréia Vital
Foto: Célio Messias
Máquinas e equipamentos agrícolas
que proporcionam alto rendimento e
facilidade de operação para o pequeno,
médio e grande produtor foram destaques da New Holland para a Agrishow
2016. A plantadeira PL5000 garante
excelente distribuição de sementes,
resultando um estande de plantas uniformes, além de ter autonomia que assegura, no mínimo, um dia de trabalho
sem interrupções para abastecimento
de sementes.
Durante coletiva de imprensa, o
presidente mundial da News Holland,
Carlo Lambro, reafirmou a importância estratégica do Brasil e da América
Latina para a marca. “O Brasil representa um dos mercados mais promissores, por isso continuamos motivados
em investindo no país”, disse. Opinião
compartilhada com o vice-presidente
da New Holland para a Amérina Latina,
Alessandro Maritano, ao afirmar que as
estratégias da multinacional são de médio e longo prazo para o Brasil. “Existe
um potencial de crescimento e o nosso
objetivo é que uma a cada três colhedeiras e que um a cada cinco tratores na
lavoura seja da New Holland”, afirmou.
Fotos: Newton Santos
A empresa lançou ainda a 12ª edição
do Prêmio New Holland de Fotojorna-
Colheitadeiras CR são os destaques da New Holland na Agrishow 2016
Fotos: Andréia Vital
Já a linha de colheitadeiras CR possui
um sistema com duplo rotor, que propicia maior qualidade dos grãos e alta produtividade. A família é dotada de mesa
autonivelante, que possibilita à colheitadeira andar em terrenos mais inclinados,
sem ter que reduzir a velocidade.
Carlo Lambro, presidente
mundial da New Holland
Alessandro Maritano, vice-presidente da New
Holland para a Amérina Latina
lismo para profissionais e amadores da
América do Sul.
gócio, a marca mostrou suas soluções
de tecnologia que aumentam a produtividade e proporcionam maior controle
na execução dos trabalhos.
Já a New Holland Construction exibiu sua linha completa de máquinas
para construção utilizadas no agrone-
O FleetForce e o FleetGrade visam
acompanhar em tempo real a eficiência
dos equipamentos, identificar melhorias
de operação e reduzir os custos devido
à maior precisão dos trabalhos. O FleetForce é um sistema de monitoramento
de frota, que possibilita ao usuário ver e
controlar pelo computador o desempenho
da máquina, monitorando sua produtividade e consumo. E o FleetGrade é o
machinecontrol, que permite que os equipamentos trabalhem de forma guiada.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
48
Especial Agrishow
Massey Ferguson exibe trator Fendt 1050 Vario
Andréia Vital
Foto: Andréia Vital
Considerado o “Trator do Ano 2016”
durante a última edição da Feira Agritechnica de Hannover, na Alemanha, o
trator Fendt 1050, da Série 1000 Vario,
foi um dos destaques da Massey Ferguson na Agrishow. O modelo exibido
na ocasião tem 524 cv de potência e
2400Nm de torque e conta com sistema Fendt iD™ que disponibiliza alto
torque em baixas rotação do motor,
combinando o novo motor 6 cilindros
de 12.4L com a mais recente geração de
transmissão Fendt Vario.
Fotos: Divulgação Massey
“A Massey Fergunson e a Fendt são
duas marcas do grupo AGCO reconhecidas por desenvolver produtos de alta
tecnologia e que têm como principal objetivo facilitar o trabalho no campo, por
isso a Massey Ferguson está trazendo
para o mercado brasileiro o Vaio 1050
da Fendt, que é um novo conceito de
trator de alta potência, com baixo consumo de combustível”, explicou Eder
Pinheiro, coordenador de marketing de
produto tratores da Massey Ferguson.
Eder Pinheiro, coordenador de marketing
de produto tratores
Ainda no segmento de tratores, foram apresentados os modelos compactos cabinados. Agora a Série MF 4200,
a mais vendida no Brasil inteiro, será
comercializada também na versão cabinada. A linha terá três potências diferentes: MF 4265 (65 cv), MF 4275 (75 cv)
e MF 4283 (85 cv).
Outra atração é a família de tratores
Dyna-4, composta pelos modelos MF
6711R, MF 6712R e MF 6713R, todos
equipados com motores AGCO Power
Turbo de quatro cilindros com 112 cv,
122 cv e 132 cv, respectivamente. Essa
linha é a solução ideal aos produtores
rurais brasileiros que buscam desempenho, eficiência, produtividade e economia de combustível.
Durante o evento, a Massey Ferguson chamou a atenção do público
através do novo conceito de estande,
inspirado em seu posicionamento de
comunicação “Massey Ferguson pulsa
forte no campo”, ressaltando a sua paixão pelo campo e pela inovação tecnológica. Dentro deste conceito, apresentou diversas inovações em agricultura
de precisão, como o Fuse Connected
Services – sistema pioneiro em monitoramento de máquinas agrícolas. A empresa também tinha uma tirolesa de 9
metros de altura em seu estande, sendo
que a atração gratuita teve uma média
de 600 pessoas por dia participando.
De acordo com Leonel Oliveira,
gerente de vendas da empresa, o movimento constatado na feira superou as
expectativas. “Devido ao momento de
transição que passa o país, havia um
receio de que os clientes não viessem,
porém a movimentação foi altamente
positiva, com visitas de produtores do
Maranhão, do Mato Grosso do Sul, do
Mato Grosso, do Pará, do Rio Grande
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Leonel Oliveira, gerente de vendas
do Sul, Paraná, São Paulo, entre outros,
então nos surpreendeu e as negociações
também”, afirmou.
A empresa também apostou em outros
equipamentos para a feira, como a nova
colheitadeira classe 4, modelo MF 5690,
que tem motor de seis cilindros turbo intercooler AGCO Power de 7.4 litros. Capaz de entregar até 220 cv de potência,
esta máquina também é supereconômica
e consegue reduzir em até 20% o consumo de combustível. E a plantadeira
MF 700 CFS, lançada na ocasião e que
tem caixa central de sementes, maior capacidade de adubo, mais autonomia de
plantio, monitoramento de cultivo, taxa
variável e ampla gama de opcionais.
Disponível nas versões de 11 até 30 linhas, o equipamento será comercializado em opções mecânicas e pneumáticas.
49
Massey apresenta na Agrishow soluções para a produção de feno e
recolhimento da palha da cana-de-açúcar para cogeração de energia
Fernanda Clariano
Fotos: Divulgação
As tecnologias utilizadas para a produção de fardos destinados ao trato de
animais ou à biomassa estão sempre no
radar dos produtores que visitam a feira
e por conta disso a Massey Ferguson,
referência na fabricação de máquinas
agrícolas, trouxe para o evento os melhores equipamentos para atender às
necessidades do segmento.
Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer no estande da empresa,
além do seu portfólio de produtos, a
enfardadora MF 1745, o equipamento
produz fardos cilíndricos e é referência
mundial quando se fala em versatilidade, porque é de fácil manutenção e operação, e pode ser utilizada tanto para o
recolhimento de materiais para o trato
animal, quanto para biomassa e outros
tipos de capins.
A empresa também dispõe no mercado a enfardadora MF 2270 de fardos
prismáticos grande e a MF 1837. Ainda
para feno e biomassa,
“Pensamos em um equipamento de
fácil manutenção, fácil operação, que
consiga trabalhar com operação simples, trazendo para o produtor fardos
de alta qualidade”, pontuou o coordenador de marketing de produto biomassa e fenação da AGCO, Marcelo
Pupin, que também afirmou “a enfardadora MF1745 é um equipamento
que o produtor consegue trabalhar com
vários tamanhos de fardos porque possui câmera variável”.
“As enfardadoras Massey Ferguson
apresentam a melhor relação custo-benefício, pois apresentam alta capacidade de enfardamento aliado ao baixo
custo operacional, pois oferecem ao Marcelo Pupin, coordenador de marketing
de produto biomassa e fenação da AGCO
produtor as condições ideais para viabilizar essa atividade e acrescentar ren- deles, o ancinho MFRK 3875, destinado
tabilidade ao negócio”, ressaltou Pupin. a várias condições de trabalho. Este, em
especial, possui dois rotores, que proQuem visitou o estande também pôde porcionam melhor rendimento na área
conhecer os diversos modelos de anci- de trabalho, com alta capacidade de renhos com os quais a marca trabalha. Um colhimento e formação das leiras.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Especial Agrishow
Transplantadora de Mudas Pré-Brotadas foi aposta da TMA
Andréia Vital
Fotos: Andréia Vital
A TMA, primeira empresa a lançar uma
plantadora automatizada em 2005, levou
para a Agrishow 2016, a TMPB 6.500,
uma Transplantadora de Mudas Pré-Brotadas, a única “plantadora” de MPB totalmente automatizada do mercado, que atende integralmente à legislação trabalhista.
De acordo com Márcio Souza Leão,
gerente corporativo comercial da TMA,
a máquina é 100% automatizada. “O
equipamento tem autonomia para plantar um hectare, com 13 mil mudas em
três horas e pode ser acoplado a um trator de 180 CV”, afirma o profissional,
explicando que a máquina é um protótipo que vem sendo testado em usinas da
região de Ribeirão Preto-SP.
A transplantadora não utiliza mão-de-obra em nenhum momento durante
o plantio, atendendo integralmente o
que recomenda a Norma Regulamentadora nº 12, NR 12, que trata da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos e determina as obrigações de
fabricantes e usuários.
A novidade, mostrada pela primeira
vez na Agrishow, chamou atenção dos
visitantes, inclusive dos estrangeiros.
Ao conhecer o equipamento, o secretário da Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim, propôs a realização de
um dia de campo no Centro de Cana
para demonstrar as características da
máquina. Ele estava acompanhado pelo
diretor do centro, Marcos Landell, pelo
presidente do Grupo Tracan, que engloba as empresas Tracan e TMA Dria, Artur Monassi, pelo diretor da ABAG-RP,
Marcos Matos, e Paulo Roberto Artioli,
da Tecnocana, entre outros profissionais da empresa e da Secretaria.
A TMA levou para a feira também
transbordos de alta capacidade. O VTX
21.000, que por sua agilidade e facilidade de manobras, com dois eixos esterçantes, otimizou o tempo de descarga
da cana em 40%, aliando ainda menor
manutenção e menos compactação de
solo e pisoteio no canavial. Além dos
transbordos VTX 50/25 e o VTX 60/30
que prometem otimizar o trabalho de
carregamento de cana nos caminhões
que fazem o transporte para a usina.
Gabriel Castro e Márcio Souza Leão,
da TMA
Com a Lei da Balança, Resolução
Nº 211, do CONTRAN (Conselho Na-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
cional de Trânsito), os caminhões que
trafegaram com 120 toneladas estão
limitados a trafegar com PBTC (peso
bruto total combinado) de 74 toneladas.
“Assim estes transbordos são opções
para este caso, já que o 50/25 tem capacidade de 50 metros cúbicos, ou 25
toneladas; e o 60/30, 60 metros cúbicos ou 30 toneladas, o que otimiza o
trabalho na colheita. Uma carga deles
já completa uma caixa do caminhão”,
afirma a empresa.
51
R60 Cabinado completa o time de tratores da LS Tractor
Andréia Vital
A LS Tractor, fabricante sul-coreana
de trator, apresentou na feira o R60 C
produzido a partir do modelo que ganhou
o prêmio Trator do Ano na categoria Especiais, em 2015, o R60. A novidade do
trator é a cabine que oferece um padrão
de ergonomia de nível internacional, além
de um baixo índice de ruído, excelente
vedação e fácil acesso a todos os comandos. “O trator que possui o eixo dianteiro
blindado com menor raio de giro do mercado. É um motor que possui 60 cavalos
de potência, turbinado, motorização Tier
III com sistema de transmissão de 32 velocidades frente e 16 velocidades ré”, explica Pedro Boeira Bassi, coordenador de
Serviços da empresa. Além disso, o trator,
voltado para culturas hortifrutigranjeiras e
para café, tem outros diferenciais tecnológicos, como tomada de força independente operada a partir do painel, direção
hidrostática e controle remoto independente, diz o profissional.
Foto: Andréia Vital
A empresa também destacou o trator
U60, indicado para a cultura canavieira. O modelo tem tração 4x4, motor a
diesel 4 cilindros turbo, com potência
de 62 CV, transmissão sincronizada
com reversor mecânico, com 16F/16R
ou com super-redutor 32F/16R. Possui
tomada de força independente das três
velocidades disponíveis (540/750/1000
rpm), levante hidráulico de 3 pontos
com barra de tração, contrapesos dianteiros e traseiros e com kits de comando
duplo. Equipado com cabine fechada,
sistema de ar-condicionado de acordo
com as normas de segurança de tombamento e níveis de ruído.
“O U60 foi usado nas demonstrações
de campo que ocorrem na feira e está
acoplado à ensiladeira cortando cana”,
explicou Bassi, contanto que a empresa
lançou em 2014 a modalidade de financiamento de trator baseada em preço de
Pedro Boeira Bassi, coordenador de
Serviços da LS Tractor
café e, desde então, já alcançou um faturamento em torno de R$ 25 milhões.
JCB
Há quatro anos no mercado brasileiro, a empresa que é líder mundial em retroescavadeiras
vem se destacando no mercado agrícola
Fernanda Clariano
Foto: Rafael Mermejo
Pelo quarto ano consecutivo, a JCB esteve presente na Agrishow apresentando
os seus produtos. A empresa de origem
inglesa e líder mundial em retroescavadeiras acredita no potencial do mercado
brasileiro, prova disso foi o investimento
de R$ 350 milhões para a construção da
fábrica, inaugurada em 2012 na cidade de
Sorocaba-SP, com capacidade produtiva
de 10 mil máquinas por ano.
A empresa também oferece soluções versáteis para o mercado agrícola, como os manipuladores telescópicos, principal produto hoje para o setor
sucroenergético. Os manipuladores se
destacam pela capacidade de carga e
alcance da lança quando comparadas
com tratores adaptados e pás carregadeiras. Um outro diferencial é a economia de combustível.
“Estamos há quatro anos no mercado
brasileiro e nossas vendas e faturamento vêm crescendo. Mesmo com essa política econômica desfavorável, não paramos e vamos continuar investindo. A
ideia da empresa é dobrar o tamanho até
2018 com altos investimentos, inclusive na parte de fabricação, nossa aposta
tanto no mercado de construção quanto
agrícola é muito grande”, afirmou o gerente nacional agrícola da JCB do Brasil, Michael Steenmeijer.
“Somos uma empresa que pensa a
longo prazo e que acredita no potencial
do mercado nacional, principalmente
no que tange os segmentos de construção e agrícola. O nosso objetivo é ampliar ainda mais o portfólio de máquinas produzidas com conteúdo local, que
atendam ao mercado brasileiro, tanto
para agricultura quanto para infraestrutura. Um bom exemplo do que temos
feito é o investimento na localização da
Pá Carregadeira 422ZX, que alcançou o
Michael Steenmeijer, gerente nacional
agrícola da JCB do Brasil
Finame ao final do ano passado, destacou o gerente nacional agrícola da JCB
do Brasil, Michael Steenmeijer.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
52
Especial Agrishow
XCMG
A empresa escolheu a 23ª Agrishow para o lançamento oficial de sua linha agrícola e florestal
Fernanda Clariano
Foto: Divulgação
A XCMG tem focado no desenvolvimento do ramo agrícola para atender
às necessidades dos clientes. Tendo em
base a elevada capacidade, a empresa desenvolveu maquinários com aplicações
florestal e agrícola com alto custo benefício, entre eles, retroescavadeira, minicarregadeiras, escavadeiras e carregadeiras e também equipamentos que possam
contribuir na construção de infraestrutura agrícola como motoniveladoras, rolos
compactadores e escavadeiras, todas essas máquinas mantendo o mesmo padrão
de qualidade da marca.
A empresa iniciou suas atividades
no Brasil em 2004, apresentando ao
mercado uma linha completa, moderna e extremamente competitiva de
equipamentos. A inovação e alta performance de seus produtos projetaram
a XCMG em todo o país, viabilizando
em 2012 a instalação de uma fábrica
na cidade de Pouso Alegre-MG, onde
ocupa uma área de 800 mil metros
quadrados, sendo 140 mil metros quadrados de área construída.
Foto: Andréia Vital
Sua unidade fabril conta com equipamentos de alta tecnologia, distribuídos
em quatro galpões principais de produção e mais de dez instalações auxiliares,
formando as melhores condições de preparação e formação das peças, solda das
peças estruturais e usinagem e montagem da máquina inteira. Para isso foram
investidos 250 milhões de dólares. “A
ideia da XCMG é converter essa fábrica
do Brasil na segunda matriz do grupo”,
afirmou o presidente da XCMG Brasil
Indústria, Cui Jisheng, que articulou sobre a participação da empresa na 23ª edição da Agrishow. “Estamos participando
de uma das maiores feiras de agronegócio da América Latina, o primeiro passo
para entrarmos no ramo de agricultura e
também o grande passo para que a empresa possa se fortalecer neste país, expandir suas atividades e contribuir para
o crescimento”, afirmou Jisheng.
Cui Jisheng, presidente da
XCMG Brasil Indústria
Revista Canavieiros - Maio de 2016
A empresa participou pela primeira
vez na Agrishow e escolheu a feira para
lançar oficialmente sua linha Agrícola e
Florestal, composta por máquinas modernas e de alta qualidade.
Participaram do lançamento o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, o secretário adjunto,
Rubens Rizek, o secretário de Agricultura
do Estado do Rio Grande do Sul, Ernani
Polo, o presidente da Abimaq - Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e
Equipamentos, Carlos Pastoriza, clientes,
parceiros e a imprensa.
“Agradecemos a XCMG por acreditarem no Brasil e por fixarem sua
fábrica aqui, produzindo equipamentos - gerando empregos e valorizando a
nossa indústria”, disse Arnaldo Jardim.
O secretário também destacou o fato de
que pelo menos 60% dos componentes
utilizados pela empresa chinesa no processo de produção dos seus equipamentos é de fabricação brasileira.
“O Brasil tem 18 milhões de habitantes e metade do país por ser construído.
Não tenho dúvidas de que as máquinas
produzidas pela XCMG serão usadas na
nossa agricultura, nas florestas, na nossa infraestrutura. Muito obrigado por
acreditarem no nosso país”, o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza.
53
Michelin divulga a marca TAURUS na feira
Andréia Vital
O Grupo Michelin levou para a
Agrishow 2016 a nova gama de pneus
TAURUS Point 8, que chega ao país
para equipar tratores de 60 HP a 180
HP. “TAURUS é uma marca centenária, que se tornou referência em todo o
mundo ao proporcionar mais rentabilidade, conforto, produtividade e tração
aos agricultores que buscam um pneu
que tenha performance alinhada ao preço final do produto”, afirma Christian
Mendonça, diretor de Comércio e Marketing de Pneus Agrícolas da Michelin
América do Sul.
“Enquanto na Europa 85% dos
pneus agrícolas vendidos são radiais,
no Brasil este número é de apenas 6%.
A chegada da TAURUS ao Brasil vem
justamente para oferecer, de forma
acessível, esta tecnologia de ponta aos
usuários de tratores de baixa e média
Fotos: Divulgação
Christian Mendonça, diretor
de Comércio e Marketing de
Pneus Agrícolas da Michelin
América do Sul
potência, que desejam iniciar a radialização dos pneus em suas culturas, bem
como usufruir de seus benefícios”, explica o executivo.
“Atenta às necessidades do mercado agrícola do Brasil, em que 66% de
sua frota é composta por tratores de
baixa potência, a Michelin viabilizou
uma proposta mais acessível aos agricultores que desejam iniciar a radialização em seu negócio, maximizando
sua propriedade”, completa Antônio
Koller, responsável pelo Marketing
Produto de Pneus Agrícolas da Michelin América do Sul.
Qualidade, economia, durabilidade, segurança e inovação fazem
parte do diferencial da empresa
Fernanda Clariano
Pioneira na radialização do mercado
de pneus agrícolas, a Michelin apresentou em seu estande na 23ªAgrishow
tecnologias inovadoras para pneus que
integram aumento da produtividade,
redução de custos operacionais e proteção dos solos, a fim de alavancar o
desenvolvimento do setor, dentre eles,
parte de sua oferta de pneus de alta
tecnologia para os mais diversos equipamentos e seus diferenciais e também iniciativas inovadoras capazes de
oferecer por meio de alguns cliques,
acesso a um mundo de interatividade
e funcionalidades.
“A digitalização está cada vez
mais presente no universo agrícola.
Por meio de novas ofertas de tecnologias de serviços conectados, a Michelin reforça a sua liderança neste
mercado. Estamos nos comunicando
cada vez mais com o pneu, atendendo
às necessidades de todos que buscam
impulsionar o desenvolvimento do
agronegócio no país”, afirmou Christian Mendonça, diretor de Comércio e
Marketing de Pneus Agrícolas da Michelin América do Sul.
Entre as novidades oferecidas pela
empresa está o aplicativo “Calculadora de pressão Michelin”, que permite
saber a pressão adequada dos pneus de
forma simples e prática. A ferramenta
está disponível no site da empresa e
também nos aplicativos móbiles (IOS
e Android).
“A pressão do pneu está diretamente
relacionada à performance da máquina.
Adotá-la corretamente maximiza a produtividade e minimiza o custo operacional do agricultor, já que proporciona
menos esforço do motor, mais economia de combustível e maior proteção
do solo, devido à sua menor compactação”, disse Antônio Koller, responsável
Marketing Produto de Pneus Agrícolas
da Michelin América do Sul.
Antônio Koller, responsável Marketing
Produto de Pneus Agrícolas da Michelin
América do Sul
Outro destaque é a tecnologia Ultraflex, uma inovação em pneus agrícolas que por trabalhar com baixa
pressão compactam menos o solo e
obtêm melhor rendimento agrícola.
Essa tecnologia responde a um desafio duplo de acompanhar o ritmo do
desenvolvimento das máquinas agrícolas melhorando a produtividade e
protegendo os solos.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
54
Especial Agrishow
Yara marcou presença na Agrishow com
soluções para cana, citrus e café
Andréia Vital
Foto: Andréia Vital
Soluções para aumentar a longevidade e a produtividade nas lavouras de
cana-de-açúcar foram apresentadas pela
Yara na Agrishow 2016. Como o Programa Nutricional Longevita que proporciona mais longevidade ao canavial,
o que adia a renovação das lavouras,
dilui os custos de implantação e garante
mais lucro ao agricultor, podendo oferecer um incremento de produtividade
de 5 a 10 toneladas por hectare, quando
comparado à fertilização convencional,
de acordo com estudo de campo realizado pela Yara nas últimas safras.
A tecnologia atende à demanda de
nitrogênio, fósforo, potássio e micronutrientes necessários ao bom desenvolvimento da cultura. O programa é composto por YaraMila, fonte de nutrientes
NPK no mesmo grânulo, e YaraVita,
fertilizante foliar com micronutrientes
adequados ao tratamento de toletes e
aplicações foliares.
De acordo com João Benetti, diretor
Comercial da Yara, a empresa oferece
programas nutricionais para as culturas de cana, café e citrus. “São soluções para agregar maior rentabilidade
e sustentabilidade. No caso da cana-de-açúcar, a nossa meta é produzir 100
toneladas na média dos cinco cortes e
a outra é elevar o número de cortes de
cinco para sete”, explicou ele, contanto
que os dados já foram confirmados por
pesquisas e agora começaram também
um trabalho junto à ESALQ/USP com
João Benetti, diretor Comercial da Yara
o intuito de estudar todos os ciclos buscando realmente esta comprovação do
aumento de número de cortes.
Outro destaque foi a solução líquida
da linha YaraLiva, inédito no mercado
brasileiro, que oferece melhor enraizamento e maior sanidade das plantas,
proporcionando maior qualidade da
colheita. A Mesa Interativa Touchscreen com informações didáticas sobre os
programas nutricionais para café, citrus, cana e HF também foi um atrativo
do estande da Yara.
A empresa norueguesa, que em
2014, adquiriu 60% de ativos da Galvani, tem unidades industriais misturadoras em Sumaré (SP) e Cubatão (SP),
um escritório administrativo na Capital
e fábricas de fertilizantes líquidos em
Jaú (SP) e Limeira (SP). A planta de
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Sumaré recebeu aporte de R$ 41,4 milhões em dezembro de 2015, para sua
ampliação, sendo que será a primeira
fábrica de fertilizantes foliares e micronutrientes YaraVita no Brasil.
A multinacional também se mobilizou para celebrar o Dia Mundial de
Segurança e Saúde no Trabalho, comemorado no dia 28 de abril. Assim como
aconteceu em todas as cinco fábricas e
24 unidades industriais misturadoras
da empresa no Brasil, os atendentes do
estande usaram roupas amarelas, como
forma de estimular os visitantes a refletirem sobre a importância da segurança na
rotina diário de trabalho. O foco da campanha deste ano foi nos cuidados com
as mãos, que são a parte do corpo mais
exposta aos acidentes. A iniciativa inclui
ainda a distribuição de folhetos com dicas e cuidados práticos sobre segurança.
55
Agritotal leva equipamentos de monitoramento
Andréia Vital
Carlos Gomes Ribeiro Junior,
gerente comercial
A empresa apresentou o Track Guide
II e III e o Touch 1200, computadores de
bordo para controle e monitoramento de
aplicações. “Os equipamentos garantem
que o operador consiga visualizar todas
as ações realizadas pelos implementos, no
painel instalado dentro do trator ou da colheitadeira”, explica Carlos Gomes Ribeiro Junior, gerente comercial da empresa.
Segundo Ribeiro Junior, o destaque
dos computadores é o sistema Isobus,
uma tecnologia que garante a comunicação em qualquer marca ou modelo.
“O Isobus possibilita que os nossos
computadores de bordo possam ser instalados em qualquer marca, como John
Foto: Andréia Vital
A Agritotal, empresa de tecnologia
agrícola, sediada em Cascavel-PR, levou para a Agrishow 2016 equipamentos de monitoramento como pilotos automáticos para colheitadeiras, tratores,
pulverizadores, entre outras máquinas.
Deere, Case, New Holland, Massey e
Valtra, pois funciona como uma espécie
de comunicação universal em software
e hardware, facilitando a vida do produtor rural para assistência e também
na evolução de outras tecnologias”, explica o especialista, contando que trabalham com equipamentos alemães, representando no Brasil a marca Müller.
Outra tecnologia divulgada na feira
foi o simulador de Desligamento Bico
a Bico, que oferece ao operador o controle da vazão e controle individual dos
bicos e ter desligamento pneumático.
“Atendemos outras culturas, mas a
empresa agora visa o setor canavieiro,
diante disso, até já iniciamos trabalhos
neste sentido e tivemos a oportunidade
de atender usinas durante a feira interessadas nos nossos produtos”, finalizou o gerente.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
56
Especial Agrishow
Netafim apresenta monitoramento a distância para a irrigação
Andréia Vital
A Netafim apresentou na Agrishow
2016 o novo sistema de irrigação por
gotejamento com controle e gestão automatizados, e monitoramento em tempo real, garantindo economia de água,
fertilizantes e mão de obra. “O lançamento é acessível para todos os produtores, utilizando tubos flexíveis que otimizam o projeto de irrigação e facilitam
as atividades operacionais e de armazenamento”, explicou Carlos Sanches,
gerente agronômico da Netafim.
Segundo ele, o produtor rural poderá
controlar a distância todo o processo de
irrigação e nutrirrigação – que é a técnica de levar a solução nutritiva junto
da água, na mesma tecnologia gota a
gota. “Essa tecnologia é uma das mais
modernas em automação e nutrição das
plantas tornando assim todo o processo
mais sustentável para o produtor rural”,
avalia Sanches. “Este sistema ajuda o
produtor a tomar a decisão correta de
irrigar a quantidade certa, na hora certa,
e a economia de água pode ser de 30%
a 50%”, afirma.
Daniel Pedroso, agrônomo e coordenador
agronômico da Netafim
Carlos Sanches, gerente
agronômico da Netafim
A tecnologia da empresa pode ser
vista também nas demonstrações de
campo que aconteceram durante a
Agrishow. Em uma área onde o plantio foi feito com MPB (Mudas-Pré-Brotadas), sistema AgMusa da Basf,
o engenheiro agrônomo e coordenador
agronômico da Netafim, Daniel Pedroso, explicou como funciona o novo
projeto que estão trabalhando visando
atender também ao pequeno produtor.
“A irrigação por gotejamento neste caso
visa ao pegamento da muda, e chama-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
mos de irrigação inteligente, pois não
há necessidade de ter água, nem energia
no local. Um caminhão pipa com uma
moto bomba acoplada é responsável
por pressurizar e irrigar uma área de
cinco hectares”, explicou o especialista.
Pedroso ainda ressaltou que estão trocando os canos de PVC por um material
novo, mais flexível e parecido com uma
mangueira de bombeiro, que vem enrolado no carretel, facilitando assim o seu
manuseio. “Após o pegamento das mudas é só transportar os canos para outra
área que deve ser irrigada”, concluiu.
57
Demonstração de campo
Os visitantes acompanham na prática as mais inovadoras soluções para o campo
Fotos: Rafael Mermejo
Fernanda Clariano
Realizadas paralela a Agrishow, as
demonstrações de campo atraem produtores rurais, fabricantes, estudantes
e os visitantes da feira interessados
em conhecer na prática todo o avanço tecnológico e agrícola utilizados
no cultivo de cana-de-açúcar, milho,
soja, café e forrageiras.
Este ano, as demonstrações aconteceram entre os dias 26 e 29 de abril
numa área de 100 hectares. Quem participou pôde acompanhar as novas tecnologias e serviços em benefício da produtividade e rentabilidade como, o plantio
de mudas pré-brotadas, a amostragem
de solo georreferenciadas, tecnologias
de aplicação na catação de ervas daninhas, exposições de insumos, genética e
serviços, envolvendo diversas fases das
cadeias produtivas.
A Basf apresentou na demonstraçãoo plantio de AgMusa em Meiosi
utilizando como cultura intercalar tanto a soja como o amendoim. Além de
mostrar ao público a viabilidade do
AgMusa neste tipo de plantio - com
garantia de produção de mudas de qualidade e redução de custos.
Um sistema de irrigação, que com
economia e eficiência reduz o consumo de energia e água, foi apresentado
pela Nortene em parceria com a Mepel
e motores Búfalo. Além do sistema de
irrigação, apresentou também o mulching: feito com a matéria-prima virgem e aditivos anti-uv, o produto tem
alta resistência à ação da luz e com alta
durabilidade. É produzido com grande
concentração de pigmentos, resultando
em um material totalmente impermeável à luz, apresenta ainda excelente resistência mecânica e boa durabilidade.
A Tera Ambiental também participou da demonstração de campo onde
apresentou o grande potencial do fertilizante Terafértil. Produzido por meio
da compostagem termofílica de resíduos orgânicos urbanos e agroindustriais,
o produto é indicado para a adubação
de plantio e de manutenção de culturas
agrícolas, seu potencial está em seu teor
de matéria orgânica, macro e micronutrientes e também por sua elevada capacidade de troca catiônica, contribuindo
para melhorar as propriedades físicas,
químicas e biológicas do solo. Seu uso
é diversificado e indicado para grandes
culturas como cana-de-açúcar, café, citrus, grãos, frutíferas em geral, plantas
ornamentais, gramados, entre outros.
Na área de máquinas e implementos agrícolas, estiveram em campo os
tratores, as semeadoras, as máquinas
de ensilagem para preparo de silos,
os misturadores - uma alternativa de
equipamentos para melhorar a eficiência e a rentabilidade da alimentação
na pecuária intensiva, os vagões - para
transporte e distribuição de forragem
de cochos, os trituradores, as forrageiras além da recolhedora de pedras
RP 2500 - lançada na feira pela Herder
Implementos Agrícolas. RC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
58
Informações Climáticas
Chuvas de abril &
previsões de final de maio a julho
Quadro 1: Chuvas anotadas durante o mês de abril de 2016.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Consultor
A média das chuvas de abril de 2016 (7mm)
foi dez vezes menor que as da média histórica
(73mm) e 8 vezes menor que as de abril de
2015 (58mm). Volumes de chuvas acima de
(apenas)10mm foram registrados no “eixo”
Açúcar Guarani, Barretos, Biosev-Sta Elisa,
Uname-Copercana e na Usina Batatais.
O
s mapas 1: em abril de 2016
mostra que, mesmo que gradativamente e abaixo das normais climáticas, as chuvas se avolumaram do Centro para Oeste do Estado;
enquanto que, em abril de 2015, pode-se notar semelhanças nestes dois anos
para a região Cento-Oeste e na região
Centro-Leste observou-se maior volume de chuvas que em 2016, mas ainda
reduzindo, em volumes, em direção ao
Sul do Estado.
Os dados do Quadro 2 mostram, no
destaque do canto inferior direito, as diferenças observadas entre médias mensais, de janeiro a abril de 2013, que foram quase iguais às respectivas normais
climáticas (805, versus 810mm). Nota-se, também, que as médias mensais
de janeiro a abril de 2016 superaram
as normais climáticas em 62mm (790,
versus 728mm). Finalmente, as médias
mensais de chuvas de 2013 e as de 2016
ficaram quase que “empatadas”.
Os artigos mensais de Informações
Climáticas contam com os trabalhos diários das anotações de chuvas dos escritórios regionais e que são condensados
em Viradouro. Estes dados são disponibilizados diariamente no site Canaoeste
e, as suas médias mensais e respectivas
normais climáticas, são aqui também
apresentadas no Quadro 2.
Entretanto, estes valores estão longe de se prever que as chuvas em 2016
venham a ser de iguais volumes que
em 2013. (vide mais adiante, quase ao
final deste artigo).
Nos mapas 2, exceto para o Estado de
São Paulo já apresentado e discutido no
mapa 1 acima, são mostradas as distribui-
Mapa 1
Fonte: SOMAR Meteroroliga, elaboração Canaoeste
Revista Canavieiros - Maio de 2016
ções das chuvas nos meses de abril, destes
dois anos, nos principais Estados sucroenergéticos da Região Centro-Sul do Brasil. Poucas diferenças podem ser notadas
entre estes dois anos para o Centro-Sul do
Mato Grosso do Sul e Paraná. Enquanto
que, em Goiás, Mato Grosso, Centro-Norte do Mato Grosso do Sul e Minas
Gerais as chuvas foram mais expressivas
e uniformes em 2015 que em 2016.
Para planejamentos próximo-futuros,
a Canaoeste resume o prognóstico de
consenso entre o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
para os meses de (final) maio a julho de
2016, como descrito a seguir e ilustrado
no Mapa 3 acima:
• Nestes meses, as temperaturas tendem a ser próximas a acima das respectivas normais climáticas nas Regiões
Centro-Oeste e Sudeste; enquanto que,
na Região Sul do Brasil, poderão ser
próximas às médias históricas;
• Pelo consenso INMET-CPTEC/
INPE, as chuvas poderão ocorrer com
iguais probabilidades (acima, dentro e
abaixo das normais) em todas as áreas
em cinza; enquanto que prevalecem
previsões de chuvas acima da média
na área verde e, abaixo das respectivas
normais climáticas na área amarela do
Mapa 3, que corresponde ao período de
plantio no Nordeste do Brasil.
• Tendo-se como referência o Centro de
Cana-IAC, as médias históricas de 50 anos
das chuvas em Ribeirão Preto, de 50 anos,
e municípios próximos são de 55mm em
maio, 25mm em junho e 20mm em julho.
59
Chuvas mensais de janeiro a abril de 2013 a 2016 anotadas pelos escritórios regionais e as
respectivas médias mensais e normais climáticas.
OBS: Médias mensais correspondem às médias das chuvas observadas nos
meses assinalados em vermelho; Normais climáticas ou médias históricas
correspondem a médias de (+)10 anos dos locais (1 a 11).
Mapa 2
Fonte: SOMAR Meteroroliga, elaboração Canaoeste
MUITA ATENÇÃO para as previsões próximas-futuras, que foram consultadas à SOMAR Meteorologia. Pelos
seus modelos climáticos, os prognósticos para o Estado de São Paulo e Centro-Sul do Brasil, mostram que o outono e
inverno de 2016 poderão ser mais secos
que o mesmo período do ano anterior, e,
abaixo, complementando para a Grande
Região de Ribeirão Preto e, extensivo,
para o Estado de São Paulo:
1) Nesta segunda quinzena de maio,
podem ocorrer bons volumes de chuvas
entre os dias 16 a 18 e 28 a 30. Nos demais dias preveem-se chuvas de menores intensidades, mas com alguma frequência. Ocorrerão entradas de massas
frias, baixando as temperaturas, que por
ora serão sem ocorrências de mínimas
extremas. Temperaturas mínimas muito
baixas poderão ocorrer no Sul do Mato
Grosso do Sul e Oeste do Paraná;
2) Em junho e julho, estão previstas
chuvas próximas a abaixo das respectivas médias históricas. Quanto ao frio, as
massas polares poderão ser mais intensas. Estaremos alertas e oportunamente
informaremos as prováveis datas;
3) Já de agosto a novembro, o fenômeno La Niña fará se sentir. Embora
com bastante antecedência, que irão
merecer revisões mais próximas destes meses, preveem-se que serão meses
com chuvas, no máximo, próximas das
normais climáticas regionais.
4) Chuvas, mesmo, apenas próximo
ou a partir de dezembro.
Mapa 3: Elaboração Canaoeste do Prognóstico
de Consenso entre INMET-CPTEC/INPE
para (final) maio a julho de 2016
Com esta tendência de clima menos
chuvoso, os solos só não ficarão com
menores níveis de água armazenada,
devido a cobertura por palhada pós-colheita. Entretanto, como há possibilidade de entradas de massas polares,
esta umidade mesmo que baixa, mas
boa condutora de calor (no caso, de
frio), os solos não terão calor latente
suficiente para contrapor a eventuais
períodos com temperaturas mínimas
mais acentuadas. Há observações,
mesmo que não publicadas, de que a
temperatura rente ao solo coberto pode
chegar a 10-12°C mais baixa que em
linhas sem palha.
A Canaoeste relembra que, sob baixas temperaturas, canaviais sob palhada, associadas a períodos com frio
mais intensos e longos intervalos de
dias secos, poderão apresentar muitas
falhas e lento desenvolvimento inicial
de soqueiras. Implicações semelhantes
poderão ocorrer em plantios de inverno
sem irrigação, estimulantes de brotação
ou proteção contra doenças de solo. De
agosto em diante, áreas já colhidas e canaviais adjacentes colhidos ou a colher
estarão mais expostos a incêndios.
Estes prognósticos serão revisados
nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes serão
noticiados em www.canaoeste.com.br
e www.revistacanavieiros.com.br.
Persistindo dúvidas, consultem os
técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco Canaoeste.RC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
60
Destaque I
Empoderamento feminino é tema de
evento do setor
A participação e visão feminina no agronegócio e na sociedade foram debatidas na ocasião
Andréia Vital
A
s mulheres estão conquistando
o seu espaço em todos os setores da economia, inclusive
naqueles tradicionalmente masculinos,
como o agronegócio. Em 10 anos, a
representação feminina no segmento
cresceu mais de 7%, conforme dados
divulgados pela Associação Brasileira
de Marketing Rural e agronegócio.
Neste contexto, líderes femininas
do segmento participaram do V Encontro Cana Substantivo Feminino,
evento realizado recentemente no auditório do Centro de Cana do IAC, em
Ribeirão Preto-SP, e contaram sua experiência para outras mulheres.
Líderes femininas do segmento participaram do V Encontro Cana Substantivo Feminino
Organizado pela jornalista Luciana
Paiva e pela empresária Regina Célia
Baldin, o encontro reuniu cerca de 250
pessoas e discutiu a questão da sustentabilidade nos âmbitos empresarial e
socioambiental e a visão e perspectiva
da mulher em como produzir mais e
melhor no setor do agronegócio.
A plateia também contou com a
participação de lideranças masculinas
como o diretor do Centro de Cana, Marcos Landell, do presidente executivo da
UDOP, Antônio Salibe, e do presidente
da Canaoeste, Manoel Ortolan, que destacou a presença feminina no mercado
de trabalho. “A mulher cada vez mais
conquista o seu espaço pela competência e comprometimento. Este evento é
uma excelente oportunidade para discutir temas ligados ao universo feminino,
parabéns às organizadoras”, ressaltou.
O empoderamento feminino
"Princípios de Empoderamento das
Mulheres, iniciativa da ONU Mulheres
e do Pacto Global criada para incentivar
a igualdade de gêneros e o empoderamento da mulher no trabalho e na comunidade" foi o tema de um dos principais painéis do evento. Mediado por
Luciana Paiva, Pedro Mizutani, Carla Pires, Karina Fonseca e Ana Paula Malvestio
Ana Paula Malvestio, sócia da PwC,
o painel teve como palestrantes Karina Fonseca, da Odebrecht Agro, Carla Pires, do Grupo Odebrecht e Pedro
Muzutani, vice-presidente de Relações
Externas e Estratégias da Raízen.
“O empoderamento da mulher é tão
bom para as mulheres quanto para os
homens, pois os dois podem ganhar
com a maior oportunidade que a mulher
pode conseguir no mercado de trabalho
e na sociedade”, disse a executiva, porém ponderou que os princípios ainda
estão muito ligados às multinacionais
do que às empresas brasileiras.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Ana Paula apresentou ainda uma pesquisa da PwC feita com mulheres Y (de
20 a 29 anos) que mostrou que 49% delas acreditam que podem atingir os mais
altos cargos das organizações em que
atuam. O estudo também mostrou que
71% ainda acham que as oportunidades
não são iguais para homens e mulheres.
Único homem a participar dos painéis,
Pedro Mizutani, da Raízen, afirmou na
ocasião, que a mulher precisa mostrar
seu talento dentro da empresa e não somente esperar pelo reconhecimento. “A
mulher ainda é tímida na busca por espaço nas empresas. Elas têm o desejo, mas
61
têm timidez, e poderiam conquistar mais
oportunidades usando a tecnologia, a diversidade e flexibilidade que têm”, disse
ele, explicando que em muitos casos, esse
comportamento até mesmo inibe a atitude
de gestores que ficam em dúvida se podem oferecer determinadas funções.
As iniciativas das empresas
As iniciativas do Grupo Odebrecht
na busca pelo empoderamento feminino foram destacadas por Carla Pires,
responsável por Sustentabilidade na organização. “Os benefícios das empresas
trabalharem o empoderamento das mulheres traz grandes vantagens internas
para as pessoas, para as famílias e para
a comunidade como um todo. O nosso objetivo ao iniciar uma política era
que ela fosse desenvolvida de maneira
participativa”, explicou a executiva,
que apresentou resultados da pesquisa
sobre equidade de gênero realizada na
empresa com fim de direcionar as ações
de empoderamento.
entre trabalho e família e que 46% afirmam não conhecer os programas aplicados à maternidade e paternidade.
A pesquisa, que foi respondida por
69% dos homens, 39% das mulheres
e 1% sem identificação, mostrou que
84% considera importante ter a mesma
condição de trabalho e que valorizar a
diversidade dentro da empresa é uma
riqueza da organização e por isso ela
deve ser estimulada.
Karina Fonseca, da área de pessoas
da Odebrecht Agroindustrial, apresentou um perfil da participação feminina
no grupo e mostrou que elas buscam
mais qualificação do que a ala masculina. “Somente 8% dos homens que trabalham na empresa têm curso superior
completo contra 21% das mulheres que
possuem formação superior completa.
De fato, isso mostra que as mulheres
estão estudando mais, talvez seja uma
corrida para poder competir em situação igual aos homens”, elucidou ela,
completando que a pesquisa apontou
ainda que 61% de mulheres do quadro
de funcionários da empresa são solteiras, contra 52% de homens e que metade das mulheres não tem filhos.
Os dados apresentados mostraram
também que 55% de homens e mulheres entendem como necessário assegurar
que não haja discriminação. “Não basta
estar só no código de conduta, a gente
precisa ter outras ações que garantam
que não haja discriminação”, explicou
Carla, contanto que a pesquisa apontou
ainda que 55% querem mais equilíbrio
Os sete princípios de empoderamento
A ONU Mulheres e o Pacto Global criaram os Princípios de Empoderamento das Mulheres. Trata-se de um conjunto de
sete considerações que ajudam a comunidade empresarial a incorporar em seus negócios modelos e práticas que tenham como
objetivo a equidade de gêneros e o empoderamento feminino
Os sete Princípios de Empoderamento das Mulheres:
1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
4. Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
5. Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de
suprimentos e marketing.
6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.
No Brasil, em abril foi sancionada a lei que institui 2016 como o Ano do Empoderamento da Mulher na Política e no
Esporte, que tem como justificativa que a participação feminina, em todas as instâncias da sociedade brasileira, é crescente e
demonstra que o país despertou para esse importante tema.
Sustentabilidade
Maria Luíza Barbosa, Cristiane Lourenço e Ana Carolina Velasco
"A sustentabilidade ganha espaço na
gestão empresarial - das ações socioambientais à boa empresa para trabalhar"
foi outro assunto discutido no encontro.
O painel contou com mediação de Maria Luíza Barbosa (Isa), diretora da Terragrata Consultoria e consultora de Sustentabilidade da UNICA, Ana Carolina
Velasco, gerente de Relacionamento do
GIFE (Grupo de Institutos Fundações
e Empresas) e Cristiane Lourenço, gerente de Desenvolvimento Sustentável
e Parceiras na Cadeia de Valor da Bayer
CropScience.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
62
Destaque I
Ana Carolina destacou algumas
empresas que investem nas mulheres,
tais como as Lojas Renner e a Avon.
“A Renner conta com diversas políticas importantes para as mulheres e a
Avon valoriza não só as consumidoras, mas também todas as funcionárias”, explicou.
programas internos e externos para
melhorar a qualidade de vida de trabalhadores rurais. Dentre eles, citou
o Programa Valore em Cana que já
certificou mais de 65 mil hectares e
contribuiu para que fornecedores de
cana-de-açúcar pudessem melhorar a
gestão ambiental de suas propriedades.
Já Cristiane ressaltou as iniciativas da multinacional alemã, tais como
Também falou do Programa Nossa
Água, projeto que em 10 anos recupe-
rou 67 nascentes, plantou 1,2 milhão de
mudas e contou com cerca de 8,5 mil
estudantes envolvidos.
Para Isa chegou o momento de se
reinventar a sustentabilidade olhando
também para o público interno. “É necessário ficar atento e abrir novos caminhos, olhar com gentileza para novos
programas, mas também para as pessoas que trabalham na empresa”, afirmou.
Agro sob a ótica feminina
O painel “O setor sucroenergético
sob a ótica feminina - como e onde
melhorar - da área agrícola ao mercado
externo” contou com mediação da jornalista Luciana Paiva e teve como debatedoras Alessandra Orlando, gerente
de Consultoria de RH da área de Etanol,
Açúcar e Bioenergia da Raízen; Beatrice de Toledo Dupuy, gerente de Comunicação Corporativa da Tereos Guarani;
Danila Passarin, pesquisadora do CTC
(Centro de Tecnologia Canavieira);
Elis Santos, da DEAG (Documentação
e Trâmites Aduaneiros); Maria Paula
Curto, diretora de Recursos Humanos
da Biosev; Priscilla Valério de Almeida, diretora administrativa da Agrícola
Volta Grande - Piracicaba-SP e Márcia
Rossini Mutton, professora da FCAV UNESP de Jaboticabal-SP.
Um dos destaques do painel foi a apresentação das sementes artificiais de cana
do CTC, uma tecnologia revolucionária
para o setor afirmou Danila. “A vantagem desta tecnologia é a redução da cana
utilizada na operação, passando de 20 toneladas de toletes por hectares para 300
quilos de sementes”, disse ela, explicando
que o lançamento dessa tecnologia deverá acontecer em 2018 ou 2019.
A profissional também falou sobre
a cana 20 BT, uma variedade geneticamente modificada, com alta produtividade e resistente a broca-da-cana, que
deverá ser lançada pelo CTC, em 2017.
Mônika Bergamaschi, ex-secretária
da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e atual presidente-executiva do Ibisa (Instituto Brasileiro para Inovação e Sustentabilidade
Daniela Passarin, Elis Santos, Luciana Paiva, Alessandra Orlando, Beatrice de Toledo
Dupuy, Maria Paula Curto, Priscilla Valério de Almeida e Márcia Rossini Mutton
no Agronegócio), foi a mediadora do
debate sobre o agronegócio sob a ótica feminina - como e onde melhorar,
que contou com explanação de Elizana Baldissera Paranhos, agricultora de
Capão Bonito -SP, vencedora da região
Sudeste do país do Desafio de Máxima
Produtividade da Soja (2014), realizado
pelo CESB (Comitê Estratégico Soja
Brasil); Mirela Gradim, superintendente da Coplana, de Guariba-SP, e Paula
Bellodi Santana, produtora de cana,
macadâmia e gado de Jaboticabal-SP.
“O agronegócio, seja pela ótica feminina, seja pela ótica masculina, continua
sendo um grande setor da economia brasileira. É o maior responsável pelo PIB
(Produto Interno Bruto), é o que mais gera
emprego e é aquele que vem mantendo o
saldo da nossa balança comercial, mas é
aquele que tem uma ausência gigante de
reconhecimento dentro da sociedade, do
Governo e em parte do próprio setor”,
disse Mônika, afirmando ainda que o segmento clama por novas lideranças e não
tem ideia da força que possui.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
presidente-executiva do Ibisa
(Instituto Brasileiro para Inovação e
Sustentabilidade no Agronegócio)
A presidente do Ibisa ressaltou
também que independente de tudo
que já tenha sido feito por centros de
pesquisas e institutos, há resistência
em mudar maneiras tradicionais de
tratar o agronegócio.
63
Homenagem
Jorgette Stupiello foi homenageada no encerramento do
evento. Casada com José Paulo Stupiello, presidente da STAB
(Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil),
há 55 anos, Jorgette acompanhou a trajetória do setor sucroenergético ao lado do marido e dos dois filhos, todos ligados
ao setor sucroenergético. “Competência e capacidade não tem
sexo”, disse ela concordando com o marido em relação à questão profissional. A homenagem foi entregue por Pedro Mizutani, da Raízen. O executivo se apresentou com o Grupo Musical
"Todos Nós”, que contou com a participação de Mônika Bergamaschi, na música, “Eu sei que vou te amar”, de Vinícius
de Moraes e Tom Jobim. Os cantores arrancaram aplausos dos
participantes, que encerraram o V Encontro Cana Substantivo
Feminino na pista, dançando e cantado.
Simulador de colheita de cana-de-açúcar
As mulheres puderam operar um simulador de colheita de cana-de-açúcar
durante o evento. O equipamento da
John Deere foi disponibilizado pela Raízen e foi muito disputado pelas participantes do encontro ao testarem suas
habilidades nos comandos do simulador, que oferece a real sensação de estar
usando uma colhedora.
Segundo Alessandra Orlando, gerente de Consultoria de RH da área de
Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raí-
zen, a implantação do equipamento
foi a realização de um sonho, sendo
que a empresa, recentemente, passou
a utilizar um simulador de caminhão
também para incrementar a capacitação na companhia.
“A curva de aprendizado acelera
substancialmente, assim como a qualidade do operador nas máquinas, surpreendente o nível de segurança que
a gente tem com o simulador”, assegurou ela. RC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
64
Destaque I
Agroencontro reforça tendências para o setor
canavieiro
Promovido pela Ourofino Agrociência, evento difundiu novas tecnologias e
integrou parceiros do setor, promovendo trocas de experiências
Andréia Vital
O
3° AgroEncontro promoveu
entre 29 de março e 1º de abril,
dias de campo para mais de
1.200 produtores canavieiros ligados
às cooperativas Copercana, Coplacana,
Coopercitrus e Coplana. O evento, organizado pela Ourofino Agrociências,
foi realizado no Centro de Experimentação Agronômico, da empresa, em
Guatapará- SP, ocasião na qual foram
apresentadas novidades em máquinas,
defensivos agrícolas e variedades de
cana em atividades técnicas e teóricas.
Durante os quatro dias do encontro, os
cooperados, separadas por agenda, puderam verificar estudos sobre cana-de-açúcar de empresas como o IAC (Instituto
Agronômico), o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) e a Ridesa Brasil.
Segundo Luciano Galera, diretor de
Marketing, Pesquisa e Desenvolvimento da Ourofino Agrociência, o encontro
tem como objetivo trabalhar parcerias
para difundir tecnologia e conhecimento. “Durante o dia de campo, o produtor encontra as variedades de cana, os
melhores tratamentos com defensivos
agrícolas, aprende sobre a dinâmica de
colheita e descobre novas tecnologias
de aplicação e máquinas. Acreditamos
que isso é muito importante para o pro-
fissional ter maior retorno sobre o seu
investimento”, disse ele.
Galera comentou ainda que dos 20
produtos do portfólio da empresa 10
são dedicados à cana-de-açúcar, sendo
que está previsto a inclusão de mais um
produto em 2016 e mais dois em 2017.
“Nossa intenção é cada vez mais fortalecer nosso portfólio através de produtos que atendam à necessidade do
produtor, por isso procuramos entender
essa demanda para desenvolver a linha
de produtos”, comentou.
Tecnologias mostradas no campo
O engenheiro agrônomo Daniel Nunes da Silva, do IAC, falou na ocasião
sobre o programa de melhoramento de
cana-de-açúcar desenvolvido pelo instituto, do sistema de mudas pré-brotadas
(MPB) e apresentou variedades, tais
como a IAC 91 1099, a IAC 95-5094
e a IAC 95- 5000, as quais podiam ser
vistas em campos de experimentação
pelos participantes do evento.
Luciano Galera, diretor de Marketing,
Pesquisa e Desenvolvimento da Ourofino
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Daniel Nunes da Silva, do IAC
Segundo ele, o fornecedor tem que
estar atento à escolha da variedade, pois
uma escolha errada pode onerar ainda
mais o custo das atividades envolvidas
no plantio da cana-de-açúcar, que varia
entre R$ 4 mil a R$ 8 mil. “É importante a gente saber qual é o ambiente de
produção, porque associando as condições de déficit hídrico às condições de
ambientes de produção, nós fazemos o
manejo adequado”, disse.
No caso do CTC, os técnicos do instituto, Alan Pinheiro e Felipe Cláudio,
explanaram sobre as oito variedades do
centro disponíveis durante a realização
do AgroEncontro, sendo que destacaram três cultivares, a CTC 20, a CTC
4 e a CTC 9001, além da primeira cana
transgênica, a CTC 20 Bt, que tem lançamento previsto para 2017. “A cana
CTC 20BT é uma cana que vai ser resistente à ação da broca, sem qualquer
65
tipo de manejo que a gente tenha que
fazer”, esclareceu Pinheiro, que abordou questões relacionadas às pragas,
doenças e colheita na oportunidade.
Já a Ridesa levou várias variedades
de seu portfólio, entre elas a RB975201;
RB975242; RB975952 e a RB985476,
lançadas recentemente. As condições
de fotoperíodo, temperatura e umidade
do Nordeste favorecem o florescimento
anual da cana-de-açúcar, possibilitando
os cruzamentos das variedades RB para
a geração de novas cultivares, por isso,
esses cruzamentos são feitos naquela
região, explicou o pesquisador Roberto
Chapola. O profissional citou ainda que
as 20 variedades mais plantadas em 138
unidades dos Estados de São Paulo e
Mato Grosso do Sul são RB.
Pesquisador Roberto Chapola
Hermann Paulo Hoffmann, coordenador do PMGCA (Programa de
Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar) da UFSCar, lembrou que no
mundo não existe um programa de
melhoramento público com tão grande
participação no mercado. “Embora nós
participamos deste evento desde o início, esta é a primeira vez que eu venho
e fiquei tão entusiasmado quantos os
técnicos diante do nível técnico do encontro”, disse ele, ao contar ainda que
as novas cultivares já são plantadas em
várias usinas da região, sendo que este
ano irão acontecer as primeiras colheitas dessas novas variedades.
Em seu estande, a Ourofino Agrociência apresentou toda a linha para cana-de-açúcar (herbicidas e inseticidas),
proporcionando diferentes situações de
aplicações. Entre os destaques estavam:
DemolidorBR, FortalezaBR e CoronelBR, utilizados para ervas daninhas, e
DiamanteBR e SingularBR, soluções
para insetos. “O DiamanteBR, à base de
Imidacloprid, é um produto com formulação líquida e Suspensão Concentrada
(partículas menores), tornando-o mais
homogêneo e de difícil decantação. É
uma importante ferramenta para o controle eficiente da cigarrinha”, afirmou
Roberto Estêvão Bragion de Toledo,
gerente de produto Herbicidas e Cana-de-açúcar da companhia.
tecnologia de aplicação de defensivos
e as novidades no desenvolvimento e
fabricação de pulverizadores. Já a Baldan Soluções Integradas, uma empresa
de tecnologia especializada em agricultura de precisão, apresentou suas
soluções para o setor.
E a Valtra, marca do Grupo AGCO,
levou para o local a nova colhedora BE
1035e, para demonstração no campo. “A
proposta da Valtra sempre foi estar mais
próxima do cliente, mais perto do produtor e este evento da Ourofino Agrociências nos dá esta possibilidade. Nós
estamos focando o nosso produto não só
no grande produtor e nas usinas, queremos que o pequeno fornecedor, o cooperado, também conheça o nosso produto,
que foi desenvolvido pensando na facilidade de operação, de manutenção, de
baixo custo e proporciona economia de
combustível”, alegou Marcos Gobesso,
gerente de marketing de equipamentos
de cana-de-açúcar da AGCO.
Roberto Estêvão Bragion de Toledo,
gerente de produto
Hermann Paulo Hoffmann,
coordenador do PMGCA
Outras empresas também participaram do evento como a Syngenta, que
apresentou seu sistema de manejo para
cana-de-açúcar, abordou a questão de
formação de viveiros e da tecnologia
Plene PB (pré-brotada), mudas para
geração de viveiros e preenchimento
de falhas. A Herbicat explanou sobre
Marcos Gobesso,
gerente de marketing de
equipamentos de cana-de-açúcar
da AGCO
Revista
Canavieiros
- Maio de 2016
66
Destaque I
Os participantes puderam ver ainda
o gado de elite existente na fazenda. Ali
são criadas mais de duas mil cabeças
de nelore e desenvolvido um programa
de melhoramento genético, sendo que
doadoras de embrião ficaram em exposição para apreciação dos visitantes. O
Centro de Experimentação Agronômico
é capacitado para realizar aproximadamente 250 estudos por ano.
Uma palestra do professor Marcos
Fava Neves encerrou o evento. “As discussões que tivemos no AgroEncontro
são benéficas para o produtor aumentar
a competividade neste início de safra –
especialmente neste momento, que começamos o período muito melhor que o
ano anterior. Os preços estão elevados,
o valor do ATR está alto e isso deve
contribuir para uma remuneração mais
compensadora da cana. São pontos relevantes e animadores para um novo ciclo de investimento, geração de renda,
valor e riqueza para o Brasil”, ressaltou.
Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana,
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, Luciano Galera, Ourofino e Jardel Massari, Ourofino
Ao falar sobre o futuro para a empresa,
Jardel afirmou que as perspectivas do mercado de agrociência e defensivos agrícolas
são excelentes diante do cenário atual, com
preços bons das commodities, apesar da
conturbação política que envolve o país.
“Até na cana teve uma melhora depois de
cinco anos de crise, então acho que será
um ano muito bom para nós”, disse.
O resultado também foi comemorado
pelo gerente de Marketing e Inteligência
Competitiva da Ourofino Agrociência,
Everton Molina Campos. “Encerramos
mais um ano com sucesso de público e
com ricas trocas de experiências. Estamos totalmente satisfeitos com o resultado desse encontro, bem como pela inte-
Everton Molina Campos, gerente de Marketing
e Inteligência Competitiva da Ourofino
gração promovida. Já estamos pensando
na próxima edição, afinal, novidades fazem parte e queremos oferecer o melhor
aos nossos parceiros e clientes”, concluiu.
Evento contribui para disseminar boas
práticas no segmento canavieiro
Professor Marcos Fava Neves
“Há uma sinergia muito grande entre
as cooperativas, os produtores e os organizadores. As pessoas gostam muito de
vir para ver novas tecnologias, as novas
variedades de cana-de-açúcar, equipamentos e soluções para o segmento.
Isto é comprovado com o aumento do
público a cada edição, pois começamos
com 300 e desta vez recebemos mais de
1200 produtores. Eu acho que foi muito proveitoso este terceiro encontro e
no ano que vem queremos trazer mais
novidades, melhorar ainda mais a organização, mas ficamos muitos satisfeitos
com o resultado. Foi fantástico, pois foi
bom para a empresa e também para os
produtores”, disse Jardel Massari, sócio
fundador da Ourofino Agrociências, que
participou dos quatro dias do evento.
Antonio Eduardo Tonielo, presidente
da Copercana, ressaltou a importância
da reunião para o segmento canavieiro, apontando que eventos como este
reforça a parceria entre a cooperativa,
a empresa e fornecedores de cana. “Espero que o encontro seja cada vez mais
produtivo, de aprendizado e que cada
vez mais nossos cooperados e associados possam desfrutar das informações
compartilhadas aqui”, destacou.
Para o presidente da Canaoeste,
Manoel Ortolan, o Agroencontro é
uma oportunidade para que os produtores tenham mais contato com a linha
de trabalho que a empresa tem, além
de ser bom para estreitar o relacionamento entre produtores com diretores
e técnicos. “É importante que toda a
evolução da pesquisa, todo o trabalho
e conhecimento gerado não fiquem na
Revista Canavieiros - Maio de 2016
prateleira e sim sejam transmitidos
para que as pessoas possam usufruir
disso. A gente sempre participa para
assimilar o que há de novo e, assim,
transferir para os nossos produtores e
eles possam fazer um bom uso dessas
informações”, afirmou.
“O Agroencontro promovido pela
Ourofino Agrociências e parceiras traz
a possibilidade de o produtor conhecer
novos produtos, insumos, melhoramento de variedades de cultivares e tecnologias. Para o setor canavieiro o evento
é sempre de grande importância, pois
trouxe experimentos diversos adaptados
à nossa região. Portanto, parabenizo a
iniciativa da empresa e também da Copercana pelo forte número de cooperados presentes”, reforçou Gustavo Gustavo Ribeiro Rocha Chavaglia, presidente
do Sindicato Rural de Ituverava. RC
67
Revista Canavieiros - Maio de 2016
68
Destaque II
Ribeirão Preto-SP recebe tradicional evento
sobre o controle de plantas daninhas
Referência no controle de plantas daninhas, a 15ª edição do Herbishow contou com a participação dos
maiores especialistas no assunto que apresentaram produtos consagrados, soluções e casos de sucesso
Fernanda Clariano
U
m dos principais fatores que
atingem a produtividade agrícola na cultura canavieira são
as plantas daninhas, por isso uso de herbicidas está sendo cada vez mais usado.
Trocar informações para disseminar o
conhecimento sobre o que há de mais
novo no mercado para combater essas
inimigas é de grande importância.
Este ano, o 15º Herbishow - Seminário sobre Controle de Plantas Daninhas na Cana, reuniu nos dias 11 e 12
de maio, no Centro de Convenções em
Ribeirão Preto-SP., mais de 600 pessoas
de vários Estados do país.
Entre os presentes, produtores de
cana, usinas, empresas de produtos e
equipamentos, consultores do setor
canavieiro, agrônomos, estudantes e
pesquisadores renomados que dedicaram suas vidas a estudar o controle de
plantas daninhas e, assim, encontrar
as formas e tecnologias eficientes para
combatê-las.
Os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar assuntos importantes como recuperação da produtividade, manejo de plantas daninhas,
análise de resultados, o uso de produtos
eficientes, técnicas de aplicação de herbicidas, mudança no controle de pragas,
entre outros
Na abertura, o diretor do grupo
IDEA e idealizador do evento, Dib
Nunes, contextualizou a importância
do uso dos herbicidas no controle das
plantas daninhas e também falou da satisfação em poder realizar ao longo de
uma década e meia o Herbishow. “Hoje
no Brasil quase toda área plantada com
cana depende do uso de herbicidas para
controlar as plantas daninhas e eu me
sinto muito feliz em poder contribuir
há 15 anos, de forma ininterrupta, no
controle dessas plantas por meio das
novidades, avanços tecnológicos e das
soluções que apresentamos neste evento”, destacou.
Quem deu início ao ciclo de palestras
foi o consultor e proprietário da Baldan
Soluções Integradas, Edson Baldan Jr.,
que abordou o tema “nova era no manejo
de plantas daninhas de difícil controle”.
Segundo ele, a colheita mecanizada favoreceu a dispersão das plantas daninhas
e, consequentemente, a reposição do
banco de sementes e, por conta disso, é
importante que se faça um controle efetivo maior. Com o avanço da tecnologia
Edson Baldan Jr., Baldan Soluções Integradas
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Dib Nunes, diretor do grupo IDEA e idealizador do evento
no campo, novas práticas começam a ser
introduzidas quando o assunto é aplicação de defensivos e o uso de helicóptero
tem ganhado força. Na ocasião, o consultor apresentou as vantagens de se aplicar
defensivos agrícolas com helicóptero,
entre elas agilidade e mobilidade, onde a
curva de reversão do helicóptero é 50%
mais rápida comparada ao avião agrícola. Aplicação próxima a obstáculos, em
relevos acidentados, capacidade de pouso/reabastecimento dentro da área onde
ocorrem os trabalhos e otimiza tempo/
condições climáticos; o efeito downwash, que melhora a deposição e distribuição, associado a pontas que produz gotas
69
grossas e o efeito vortex, que é responsável por promover perdas de gotas menores que 150 micrômetros nas pontas das
asas, bem como distribuição desuniforme entre as faixas de aplicação, além de
outras outras vantagens.
Pedro Christoffoleti, pesquisadores da ESALQ/USP
Já os pesquisadores Pedro Christoffoleti da ESALQ/USP, Edivaldo Domingues Velini, da UNESP de Botucatu,
e Marcelo da Costa Ferreira, da UNESP
de Jaboticabal, explanaram respectivamente sobre aspectos técnicos e práticos para manejar herbicidas no plantio
e na soqueira, os últimos resultados de
pesquisas de aplicação de herbicidas
sobre palha e recomendações práticas
para melhor uso das tecnologias de
aplicação de herbicidas.
Em sua apresentação, Christoffoleti
afirmou que devido à colheita mecanizada, as folhas largas têm ganhado importância nos últimos anos e que é preciso
muito cuidado. “Temos que controlar
as plantas daninhas por pelo menos 127
dias do ciclo da cultura, pois caso não
haja um controle efetivo, as perdas em
produtividade podem chegar a 41%”.
Já Velini destacou em sua apresentação que a aplicação de herbicida em
um ambiente de palha não difere tanto de um ambiente com solo exposto.
"Num solo coberto, existe tanto o controle exercido pelo herbicida quanto
pela palha. Sendo assim, tem que aproveitar o controle dos dois agentes, utilizando um produto que atravesse essa
matéria, considerando também que a
palha apresenta um excelente potencial de controle”.
Edivaldo Velini, pesquisador da
UNESP de Botucatu
Marcelo Ferreira, pesquisador da
UNESP de Jaboticabal
“Uma das maiores autoridades do
Brasil, quando se fala em tecnologia
de aplicação, Marcelo Ferreira, deu
o seu recado. De acordo com o pesquisador que foi o último palestrante
do evento, os produtos para o controle das plantas daninhas custam uma
fortuna e às vezes não solucionam
o problema porque não estão sendo
aplicados corretamente. “O produtor precisa conhecer as condições de
seu canavial para saber como, quando
aplicar o produto e fazer uma aplicação direcionada. Se ele tem uma área
com 30% de infestação, não pode
aplicar 100%, senão pode perder 70%
da sua aplicação”.
O seminário também contou com a
participação dos principais fabricantes de herbicidas para cana-de-açúcar,
que apresentaram por meio de palestras seus resultados, novos conceitos
de uso de produtos e tecnologias inovadoras para o controle efetivo das
plantas invasoras dos canaviais Na
ocasião, foram apresentados pelo menos 20 moléculas com características e
funcionamento de inter-relação com o
clima e com solos diferentes.
O evento também foi palco de
lançamento e comemoração
A Arysta LifeScience lançou durante o 15º Herbishow mais um herbicida: o produto Oris®: uma ferramenta apresentada para o manejo
sustentável de plantas daninhas na
cultura da cana-de-açúcar. A empresa
também foi responsável por levar ao
evento o artista Sérgio Malandro, que
de maneira descontraída, falou sobre
herbicida Dinamic, produto eficiente
no controle da corda-de-viola.
Já a FMC participou do evento
apresentando o portfólio de herbicidas da companhia para incrementar a
produtividade no campo e, além disso,
celebrou os 20 anos de grandes resultados do herbicida Boral 500 SC . RC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
70
Revista Canavieiros - Maio de 2016
EVENTO
71
100 CONGRESSO
NACIONAL DA STAB
CENTRO DE CONVENÇÕES DE
RIBEIRÃO PRETO - SP
20 a 22 de setembro de 2016
boletim n0 1
A Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil - STAB,
realizará no periodo de 20 a 22 de setembro de 2016, em Ribeirão Preto
- SP, o seu 10º Congresso Nacional.
O evento deverá reunir os diversos segmentos do setor sucroenergético
do Brasil e da América Latina, envolvendo Pesquisadores, Professores,
Técnicos, Empresários, Administradores e demais profissionais e
instituições/empresas com atividades direcionadas para a agroindústria
canavieira.
Os mais recentes avanços tecnológicos das áreas agrícola, industrial e
administrativa serão apresentados e discutidos em sessões plenárias
com apresentação de trabalhos técnicos e científicos e conferências do
setor Sucroenergético.
Em setembro de 2016 a STAB Regional Sul espera por você. Participe
do 10º Congresso Nacional da STAB e conheça um dos maiores pólos
sucroenergéticos do Brasil.
APRESENTAÇÃO DE TRABALHO
Os trabalhos deverão ser inéditos e contribuírem significativamente
para o desenvolvimento técnico ou cientifico das diferentes áreas da
agroindústria da cana-de-açúcar. Não serão aceitos trabalhos de
cunho comercial.
Os trabalhos serão submetidos e analisados pelos membros das
comissões técnicas indicadas pela Comissão Organizadora do
Congresso, que terão o poder de recomendar ou não a sua aceitação,
quanto ao conteúdo e ao atendimento às normas de apresentação. Os
trabalhos serão distribuídos nas seguintes áreas:
Agronômica: Melhoramento genético, Fitotecnia, Fitopatologia,
Entomologia, Controle de ervas daninhas, Biotecnologia, Solos,
Irrigação, Meteorologia, Moto-mecanização e Controle Agrícola.
Industrial: Engenharia industrial, Processamento, Energia, Subprodutos,
Diversificação.
Administração e outras áreas: Informática, Estatística, Conservação
ambiental (sustentabilidade), Socio-economia, Comercialização e
mercado, Controle de qualidade e Recursos humanos.
NORMAS PARA PREPARAÇÃO DE TRABALHO
Os trabalhos deverão ser apresentados em português com o máximo de
12 páginas , incluindo as figuras, gráficos e tabelas e confeccionados em
Microsoft Word (editor de texto) e encaminhados via e-mail, à secretaria
executiva do Congresso, [email protected], até o dia 29 de abril de 2016.
Os trabalhos deverão conter no máximo 12 páginas impressas em
papel A4, em um só lado da folha, em espaço duplo com 2,5cm em
todas as margens, nas fontes arial ou times new roman, no tamanho
12(corpo), devendo neste total conter todas as tabelas e figuras
(graficos desenhos e fotos).
A estrutura dos trabalhos científicos deverá apresentar a
seguinte ordenação: Título, Autores, Referência dos Autores,
Resumo (no máximo de 200 palavras), Summary, Palavras
Chave, Introdução, Material e Métodos, Resultados e Discussão,
Conclusões, Agradecimentos ( no máximo de 50 palavras) e
Referências Bibliográficas.
Na primeira página do trabalho oTítulo deverá ser conciso e
centralizado na largura da folha e em letras maiúsculas (exceto para
termos científicos). O(s) nomes(s) do(s) autor(es) deverá(ão) ser
mencionado(s) abaixo do título, centralizado(s) na largura da folha
e em letras maiúsculas.
Os números símbolos e abreviaturas do texto deverão apresentar
o sistema métrico e os algarismos arábicos, exceção quando for a
primeira palavra de uma sentença.
Os símbolos poderão ser usados para indicar elementos compostos
e porcentagens. As abreviaturas comuns na literatura açucareira
poderão ser usadas: STAB, ISSCT, TCH, POL, TPH, BRIX, dms, ha, g,
m², m³, ppm, mL, t, etc.
As Referências bibliográficas devem ser seguidas de acordo com as
normas da ABNT (NBR-6023, de 2002) e deverão ser organizadas pela
ordem alfabética do autor ou primeiro autor, e a lista de referências
deve conter apenas as citações constantes no corpo do trabalho. As
Referências de periódicos devem conter pela ordem: nome(s) do(s)
autor(es), nome completo do artigo, nome completo do periódico,
segundo Word List Scientific Periodical, local de publicação, número
do volume, número do fascículo do volume, número das páginas, mês
e ano de publicação.
Exemplos:
GUTIERREZ, L. E. Composição de ácidos graxos e viabilidade celular
em Saccharomyses cerevisae. STAB Açúcar, Alcool e Subprodutos.
Piracicaba v.9, n.6, p.31-34, jul/ago.1991.
As referências dos livros deverão conter pela ordem: nome(s) do(s)
autor(es) em maiúscula, título do livro em negrito, local de publicação;
editora, ano de publicação, e o número de páginas.
PAYNE, J. H. Unit operations in cane sugar production. Amsterdam,
Elsevier, 1982. 302p.
As tabelas deverão estar numeradas consecutivamente em
algarismos arábicos, e serem encabeçadas por um título conciso e
claro e em letras maiúsculas, não devendo usar as linhas verticais
para separar colunas.
As figuras (fotografias, gráficos ou desenhos) deverão ser
numeradas consecutivamente em algarismos arábicos, recebendo
a denominação de ‘’fig.’’, colada na parte inferior com a respectiva
legenda, em letras maiúsculas. A representação das figuras
deverá ter por base as dimensões da página já citada para
tabelas, gráficos e desenhos, devendo ser feitas em alguns dos
seguintes programas: Corel Draw, Imagem do Word ou qualquer
editor de imagem, sempre e quando sejam gerados arquivos
com no mínimo de resolução de 300 dpi e nos formatos ‘’JPEG’’,
‘’TIF’’ e ‘’EPS’’ (esses arquivos devem ser enviados junto com o
documento ou texto).
As fotografias poderão ser em preto e branco ou coloridas, em
papel brilhante e apresentar bom contraste. Cada figura deverá
ser identificada no texto e no verso, devendo ser acompanhada
da respectiva legenda, em folha separada do original.
A nomenclatura científica deverá ser citada segundo os critérios
estabelecidos nos códigos e os nomes científicos e devem estar em itálico.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
72
Pragas e Doenças I
A cigarrinha e o seu controle
Por:
Ana Paula da Silva, Engenheira Agrônoma na
Ourofino Agrociência
Marco Antonio Drebes da Cunha, Gerente de
Produtos Inseticidas e Cereais na Ourofino
om a dificuldade econômica vivida pelo setor sucroenergético,
o bom manejo nos canaviais
significa mais produtividade agrícola,
além de incremento da atividade industrial. Exemplo disso é o cuidado com
a cigarrinha-das-raízes, praga que se
tornou relevante no Estado de São Paulo no final da década de 1990, quando
ocorreu o aumento das áreas de colheita
de cana crua. Na região, a situação se
agravou ainda mais em 2007, quando o
Protocolo Agroambiental do setor substituiu, gradativamente, a colheita manual pela mecanizada.
de produtividade. A porcentagem é
maior em cana colhida no final da safra,
quando a planta está mais suscetível ao
ataque. É preciso ressaltar também os
prejuízos na área industrial, uma vez
que é registrada redução do teor de sacarose da cana.
C
Mas, engana-se quem pensa que
apenas o Estado de São Paulo é alvo da
cigarrinha-das-raízes. Em Goiás, Minas
Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul também são registrados danos severos da praga, reduzindo a produtividade
e a qualidade da matéria-prima.
Sem a queima, que controla naturalmente a população de várias pragas,
entre elas, a cigarrinha-das-raízes, prevalece a cana crua, que tem a umidade
como sua grande aliada. Com isso, o
ambiente torna-se favorável para o desenvolvimento do inseto.
Os danos causados pela cigarrinha-das-raízes, que mede cerca de um centímetro, podem chegar a 60% de perda
Desenvolvimento
Tudo se inicia no período chuvoso,
quando as fêmeas depositam seus ovos
na base das touceiras de cana, em bainhas secas e em outros resíduos vegetais. Em alguns casos, isso acontece
até mesmo sobre o solo, já nas proximidades dos colmos. Após a eclosão
dos ovos, as ninfas se deslocam para as
raízes e radicelas, na quais se fixam e
começam a sugar a seiva, permanecendo neste ponto, envoltas por uma densa
espuma produzida por elas mesmas.
O ciclo total desse inseto dura de 65
a 80 dias, sendo comum a ocorrência de
três gerações anuais em épocas de chuvas. No período seco, os ovos entram em
diapausa, permanecendo assim até que
as condições de umidade do solo sejam
novamente favoráveis. Já na fase adulta,
a cigarrinha também causa danos ao injetar toxinas nas folhas, interferindo na
capacidade de fotossíntese da planta.
Estudos indicavam a existência
de uma única espécie de cigarrinha-
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Roberto Estêvão Bragion de Toledo, Gerente de
Produto Herbicidas e Cana-de-açúcar
na Ourofino Agrociência
-das- raízes nos canaviais brasileiros,
a Mahanarva fimbriolata. Contudo, de
acordo com uma análise de amostras
enviadas ao Centro de Cana IAC por
produtores de São Paulo, Minas Gerais,
Goiás, Mato Grosso e Paraná, existem
outras duas, que convivem na maioria
das áreas, muito parecidas e só podem
ser identificadas por meio do exame da
genitália dos machos.
Combate
Para reduzir os prejuízos causados
pela cigarrinha é preciso adotar medidas de controle, como o químico e/ou
biológico. O controle químico é considerado a principal ferramenta para este
trabalho, já o biológico, geralmente, é
aplicado em áreas com populações da
praga ainda bastante baixas.
No manejo químico existem dois
grupos de moléculas: neonicotinóides
e fenilpirazóis, que são importantes
ferramentas para o controle eficiente
dessa praga.
Ana Paula da Silva é engenheira
agrônoma na Ourofino Agrociência;
Roberto Estêvão Bragion de Toledo é
gerente de produto Herbicidas e Cana-de-açúcar na Ourofino Agrociência e
Marco Antonio Drebes da Cunha é gerente de Produtos Inseticidas e Cereais
na Ourofino Agrociência. RC
73
VI Congresso
15 a 17
de agosto de 2016
Transamerica Expo Center | São Paulo | SP
Horário do Congresso
15/08 - 13h às 18h30
16/08 – 8h às 18h30
17/08 – 9h às 13h30
Horário da Feira
15/08 - 10h às 20h
16/08 – 8h às 20h
17/08 – 8h às 17h
O EVENTO DA DISTRIBUIÇÃO
DE INSUMOS AGROPECUÁRIOS
www.congressoandav.com.br
/andavbr
Patrocinador Master
Apoio Institucional
@andavbr
/congressoandav
Patrocinador Ouro
Apoio Mídia
Realização
T H E B R A Z I L I A N FA R M P R O D U C T
R E TA I L E R S ’ A S S O C I AT I O N
Organização
Revista Canavieiros - Maio de 2016
74
Pragas e Doenças II
Crotalárias e o controle de nematoides
em canaviais
Leila Luci Dinardo Miranda*
O
s danos causados por nematoides à cana-de-açúcar no Brasil,
que, em última análise, se expressam em significativas reduções de
produtividade, são conhecidos há muitos
anos. Trabalhos conduzidos no início da
década de 1980 (em alguns casos, até
mesmo antes disso) por W.R.T.Novaretti
e por L.L. Dinardo Miranda, no estado
de São Paulo, e por R.M. de Moura, nos
estados do Nordeste brasileiro, já revelavam a importância dos nematoides para
a cana-de-açúcar.
decorrência das melhorias nas condições físicas, químicas e até biológicas
do solo, a cultura implantada na área
após a rotação é também muito beneficiada por ela.
Em razão dessa relevância, o Centro
de Cana do IAC vem fazendo, há anos,
uma ampla e contínua divulgação de um
programa de manejo de áreas infestadas
por nematoides. Apesar disso, algumas informações ainda geram dúvidas,
como é o caso do papel desempenhado
pela rotação com crotalárias na redução
populacional de nematoides; nesse caso
específico, o papel é um pouco diferente daquele que tem sido divulgado.
Outro benefício da rotação com crotalárias, entretanto, não se confirma na
prática, apesar de ser amplamente comentado e divulgado: a redução na população de nematoides.
A rotação de culturas com leguminosas, entre as quais as crotalárias,
traz muitos benefícios ao solo, pois o
protege da erosão, promove sua descompactação, aeração e estruturação,
uma vez que as plantas possuem sistema radicular vigoroso e profundo e,
por isso, são capazes de aumentar a
taxa de infiltração e retenção de água
no solo; possibilita a reciclagem dos
nutrientes eventualmente lixiviados;
contribui para reduzir a população de
plantas daninhas, devido aos efeitos
de supressão e/ou alelopatia; permite a
incorporação de nitrogênio da atmosfera ao solo, devido à fixação biológica
do nutriente; melhora na eficiência de
fertilizantes minerais, uma vez que as
raízes das leguminosas liberam ácidos
orgânicos que ajudam na solubilização
de minerais, principalmente do fósforo e; promove aumento dos teores de
matéria orgânica no solo, devido à produção de fitomassa. Obviamente, em
A rotação de culturas em áreas cultivadas com cana-de-açúcar pode ser
feita somente por ocasião da reforma
do canavial, ou seja, a cada cinco anos
em média, mas os benefícios citados
anteriormente são vistos até mesmo
nessa situação.
Para entender bem essa afirmação, é
bom lembrar que há quatro espécies de
nematoides importantes para a cana-de-açúcar no Brasil: Meloidogyne javanica, M. incognita, Pratylenchus zeae e
P. brachyurus. P. zeae é a espécie de
nematoides mais comum em canaviais,
presente em quase a totalidade deles. P.
brachyurus está presente em mais ou
menos 30% dos canaviais, sendo tão ou
mais comum que Meloidogyne javanica ou M. incognita.
As espécies de crotalárias, em geral,
não são boas hospedeiras de nematoides do gênero Meloidogyne. Isso significa que, quando são plantadas em
áreas infestadas por esses nematoides,
as crotalárias não permitem a multiplicação deles em suas raízes; entretanto,
as crotalárias não liberam no solo qualquer substância capaz de “’matar” os
nematoides. Assim, sem plantas hospedeiras, os nematoides do gênero Meloidogyne sobrevivem no solo na forma de
ovos, que podem ficar viáveis por vários anos. É verdade que, com o passar
do tempo, muitos ovos morrem e a viabilidade vai reduzindo ano a ano, mas
muitos sobrevivem por vários anos.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Leila Dinardo Miranda, pesquisadora do IAC
Como nas áreas de reforma dos
canaviais, as crotalárias são cultivadas por 4 a 5 meses, muitos ovos de
Meloidogyne conseguem sobreviver
durante esse período e os juvenis que
deles nascem atacam a cana-de-açúcar
plantada em sequência na área, pois o
período de cultivo das crotalárias não
é longo o suficiente para que a maioria dos ovos “morram”. Assim, a rotação com crotalárias, da forma com é
feita atualmente em áreas de reforma
dos canaviais, por somente 4 a 5 meses (um ciclo da crotalária), tem pouco
efeito sobre as populações dos nematoides do gênero Meloidogyne.
Por outro lado, em relação aos nematoides do gênero Pratylenchus, que
são os mais comuns em canaviais, o
efeito do plantio das crotalárias é diferente. As crotalárias em geral hospedam e permitem a multiplicação em
suas raízes de nematoides do gênero
Pratylenchus; a população desses nematoides pode até aumentar devido ao
cultivo das crotalárias.
Os fatos acima começaram a ser verificados no início da década de 1990,
quando Moura (1991) conduziu um ex-
75
perimento no Nordeste, no qual avaliou
as populações de Meloidogyne no solo
de áreas cultivadas com cana-de-açúcar
e naquelas onde se fazia rotação com
diversas culturas. O pesquisador notou
que o plantio de C. juncea no período
chuvoso, por 2 anos consecutivos, intercalado com o pousio da área durante
o período seco, quando ela foi mantida
limpa com revolvimento periódico de
solo, proporcionou redução na população de Meloidogyne no solo, se comparado com a área na qual se cultivou
cana-de-açúcar pelo mesmo período. O
autor, entretanto, nada comentou sobre
os nematoides do gênero Pratylenchus.
Posteriormente, outro ensaio foi conduzido também no Nordeste do Brasil,
por Rosa et al. (2003), que reformaram
parte de uma área cultivada com cana
e nela plantaram C. juncea por vários
ciclos consecutivos durante um ano;
ao final daquele ano, tanto a área cultivada com cana como a área na qual
se fez rotação com C. juncea receberam
novo plantio de cana-de-açúcar. Periodicamente após a implantação do novo
canavial, os pesquisadores coletaram
amostras de raízes de cana-de-açúcar
para avaliar as populações de nematoides; notaram que as populações de M.
javanica e de M. incognita nas raízes
da cana-de-açúcar eram menores na
área onde tinha sido feita rotação com
C. juncea por um ano, se comparadas
com as populações desses nematoides
no canavial conduzido sem rotação.
Por outro lado, os pesquisadores verificaram que a população de P. zeae nas
raízes da cana-de-açúcar cultivada após
rotação com C. juncea por um ano era
maior do que no canavial sem rotação.
Nos dois trabalhos anteriores, porém, os pesquisadores fizeram rotação
com C. juncea por mais de um ano, prática pouco comum nas usinas e fornecedores. Em geral, os produtores de cana,
quando fazem rotação com crotalárias,
fazem por somente um ciclo da crotalária. Por causa disso, o IAC conduziu
um experimento em campo, na região
de Piracicaba, simulando as condições
de rotação adotadas pelos produtores
(Dinardo-Miranda e Gil, 2005). Assim, para a condução do experimento,
os pesquisadores escolheram uma área
muito infestada por M. javanica e por P.
zeae. Depois da destruição mecânica da
soqueira antiga, a área foi dividida em
grandes parcelas, sendo que em metade das parcelas se fez a rotação com C.
juncea e na outra metade, não. A crotalária foi plantada em outubro e, em
março do ano seguinte, foi triturada e
incorporada ao solo. Em seguida, tanto
na área rotacionada como na área sem
rotação, implantou-se o novo canavial.
Nesse momento, as grandes parcelas
com e sem rotação com crotalária foram
subdivididas, recebendo ou não, nematicida no plantio da cana-de-açúcar. Assim, quatro tratamentos foram avaliados:
1) canavial após rotação com crotalária;
2) canavial após rotação com crotalária
+ nematicida no plantio; 3) canavial sem
rotação com crotalária e; 4) canavial
sem rotação com crotalária + nematicida no plantio. As análises nematológicas
mostraram que a rotação com crotalária
não teve efeito sobre M. javanica, pois
a população desse nematoide nas raízes
de cana-de-açúcar cultivada na área com
rotação foi semelhante à encontrada nas
raízes de cana-de-açúcar cultivada na
área sem rotação. Por outro lado, a população de P. zeae no canavial conduzido
na área rotacionada foi maior do que a
população de P. zeae no canavial conduzido na área sem rotação, sugerindo que
esses parasitos tinham se multiplicado
abundantemente nas raízes da crotalária.
Redução na população de nematoides
foi verificada somente nas parcelas que
receberam nematicidas no plantio, com
ou sem rotação com C. juncea.
Os dados desses três ensaios, conduzidos em campo, revelam que a rotação com crotalárias pode promover
aumento nas populações de nematoides
do gênero Pratylenchus, os mais comuns em canaviais, pois as crotalárias
hospedam e permitem a multiplicação
desses nematoides em suas raízes. Por
outro lado, para haver redução significativa nas populações de Meloidogyne, as crotalárias devem ser cultivadas
consecutivamente por pelo menos 1 a 2
anos, tomando-se o cuidado de manter
a área livre de plantas daninhas durante
todo o período, pois plantas daninhas
hospedam e permitem a multiplicação
de muitos nematoides, inclusive Meloidogyne e Pratylenchus.
Em resumo: da maneira como a rotação com crotalárias é feita atualmente
em áreas de reforma de canaviais, que
consta de somente um ciclo de cultivo
de crotalárias (4 a 5 meses), não há redução nas populações de Meloidogyne
e pode haver incremento nas de Pratylenchus. Apesar disso, o plantio de
crotalárias nas áreas de reforma é ainda bastante vantajoso para o canavial
plantado em sequência, que geralmente
produz mais do que aquele plantado em
área sem rotação; essa maior produtividade é devida a todos os benefícios
da adubação verde, exceto o controle
de nematoides. Para isso (controle de
nematoides) é preciso usar nematicidas.
*pesquisadora do Centro de
Cana-de-açúcar do IAC
(Instituto Agronômico)RC
Revista Canavieiros - Maio de 2016
76
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
78
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marca Galego, 2008;
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- 1 Conjunto para transporte de cana
picada, sendo 1 carroceria e 2 julietas;
- 2 pneus seminovos ref, 18-4-38 –
12 lonas Pirelli com 2 rodas seminovas
(aro e disco) 18-4-38;
- 2 pneus seminovos ref. 14-9-28 –
10 lonas Pirelli com 2 rodas seminovas
(aro e disco) 14-9-28;
- Propriedade agrícola com 51 alqueires paulista, com 48 alqueires
plantado em cana-de-açúcar sendo a
maioria de 2º corte, totalmente plana
na melhor região de Frutal, próximo a
2.000 metros do bim do Cutrale e 11 km
de asfalto e 2 km de terra até a cidade de
Frutal-MG, com as devidas benfeitorias
e distância de 29 km da Usina Coruripe
e 17 km até a Usina Frutal;
- Propriedade agrícola de 58 alqueires
paulista com 47 alqueires plantados em
cana-de-açúcar sendo a maioria de 2º e 3º
corte, a 2 km do asfalto ótima localização
e excelentes benfeitorias na região de Frutal-MG, com distância de 25 km da Usina
Coruripe e 40 km da Usina Cerradão;
“Sendo que ambas as propriedades
aceita-se permuta com áreas maiores ou
menores”;
- Caminhão prancha, diesel, MB
L1113 ano 1970, cor vermelho original,
pneus seminovos prancha 3,5 metros de
largura reforçada com plataforma e chassi
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dupla, diesel 4x4;
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- D20, 1987, branca e bege, motor
com 1000 km;
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- F250 XLT, 2003, preta;
- Uno 2012, Vivance, preto;
- F4000 1989, cinza, carroceria madeira;
- Trator MF 50x1973, MB 1313, carroceria truck, 1979, vermelho, motor
zerado;
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com 1000 km;
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Daniel (19) 9 9208-3676 e Pedro (19) 9
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Tambaú-SP (Fazenda família Sobreira).
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
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de "bacuri" (indicador de terras muito
férteis). Rede elétrica nova, divisa com
fazenda Baculerê, distância de 25 Km
de Olímpia.
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-Caminhão Mercedes 1113 truck,
todo revisado, 73, vermelho.
Tratar com Saulo Gomes, pelo telefone (17) 9 9117-0767.
VENDE-SE
- VW 17190 / 13 comboio, Gascom;
- VW 31320 / 12 chassi;
- VW 31320 / 11 pipa bombeiro, Gascom;
- VW 31320 / 10 pipa bombeiro, Gascom;
- VW 26260/09 betoneira;
- VW 15180 / 09 comboio de lubrificação e abastecimento;
- VW 17180 / 08 Hincol, H31000;
- VW 15180 / 07 pipa bombeiro;
- VW 12140 / 96 oficina móvel, Gascom;
- MB 2318 / 94 pipa bombeiro;
- MB 2318 / 94 basculante;
- MB 2831 / 12 basculante;
- MB 1725 / 06 comboio;
- MB 1725 / 06 abastecedor;
- MB 2220 / 90 pipa bombeiro;
- MB 2013 / 81 Masal MS12000;
- MB 1513 / 76 toco chassi;
- MB 1113 / 69 toco chassi;
- MB 1418 / 00 toco 4x4;
- F.Cargo 1719 / 13 toco chassi;
- F.Cargo 2628 / 07 basculante;
- F.Cargo 2626 / 05 pipa bombeiro;
- F12000 / 95 pipa bombeiro;
- F14000 / 90 pipa bombeiro;
- Prancha Facchini 2008 3 eixos;
- Reboque tanque fibra, 16.000 litros;
- Tanque fibra 36.000 litros;
- Tanque 14.000 litros pipa bombeiro;
- Borracharia Gascom;
- Basculante truck 14m³;
- Basculante toco 5m³;
- Munck Hincol H 43000 / 12;
- Munck Masal MS 12000 / 07;
- Munck Hincol H 4000 / 11;
- Munck 640-18 / 90;
- Carroceria de ferro, ¾.
Tratar com Alexandre, pelos telefones: (16) 3945-1250 / 9 9766-9243
Oi / 9 9240-2323 Claro, whatsApp /
78133866 id 96*81149 Nextel.
VENDEM-SE
- Duas casas, sendo uma na frente e
outra no fundo, com garagem, quarto,
sala, cozinha, banheiro e área de serviço,
a segunda é igual, porém de laje e piso
frio. Ideal para residência ou comércio.
R$ 200.000,00, localizadas no bairro
Jardim Sumaré em Sertãozinho-SP;
- Casa com sala, copa, cozinha e
banheiro, com piso de ardósia e laje,
na frente possui um salão 10 m² e um
chuveiro, ideal para residência ou comércio. R$ 200.000,00, localizada no
bairro Inocoop II, em Sertãozinho-SP;
- Casa e terreno, com 2 quartos, sendo uma com suíte, cozinha e sala, mais
duas salas comerciais com banheiro,
área de serviço com banheiro, 120 m²
de quintal e 68 m² área coberta com
garagem para 3 carros, ideal para casa
de repouso ou oficina. R$ 380.000,00,
localizada no bairro jardim Sumaré, em
Sertãozinho-SP.
Tratar com João Sacai Sato, pelo telefone (16) 3610-1634.
VENDE-SE
- Colheitadeira Case A7700, ano
2009, 7700, esteira, motor Cummins
M11, Autotrac, máquina utilizada na
última safra. Valor: R$ 128.000,00;
- Colheitadeira Case A8800, ano
2011, esteira, máquina na colheita de
cana funcionando 100%, rolos preenchidos. Valor: R$ 270.000,00;
- Colheitadeira Case A7700, ano
2007, série 770678, motor Scania novo,
máquina revisada e trabalhando. Valor:
R$ 118.000,00;
- Colheitadeira Case 8800, ano
2010, motor refeito em julho de 2014,
máquina revisada e pronta para traba-
VENDEM-SE
- Trator Valtra, BM 125i, 4x4, com 547
horas, comando duplo, 2011, seminovo;
- Pá carregadeira CMH 910, 4x4,
2010, com 1.165 horas, seminova;
- Trator Valmet, 4x2, modelo 785, 1994,
Revista Canavieiros - Maio de 2016
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com embreagem dupla e comando duplo;
- Trator Valtra BM 125, 4x4, 2009,
com 2498 horas;
- Cultivador de cana DMB, São
Francisco, para cana queimada, com 2
hastes de sulcar sem marcador, 2002;
- Enleradeira dupla, de palha de
cana, com pistão nas rodas da frente
para transporte no trator, marca Feroldi;
- Enleradeira DMB;
- Trator Maxion, 4x4, modelo 9150,
1995, potencia 150 cv, Obs: (tem hidráulico, mas não tem os braços);
- Tanque de dez mil litros, com bomba KSB, chuveiro e canhão;
- Plantadeira Jumil, modelo JM, 2980,
sete linhas a ar plantio direto, 1998;
- Sulcador duas linhas, com marcador de pistão, caixa de adubo redonda
com tampa, DMB;
- Grade intermediaria, 18x28, Baldan, espaçamento 270mm, mancal a
óleo, disco seminovos;
- Plantadeira Semeato PH, 2700, 5
linhas, plantio convencional, ano 1985,
carreta de plantio de cana, 01 eixo;
- Tanque de água de 4 mil litros;
- Tanque Bitrem, 2005, quatro eixo,
marca Rondon;
- Pulverizador Condor, Jacto, 600 litros, com mexedor de calda, com barras
de 12 metros, obs: (no lugar de mangueiras que vai nos bicos é cano de alumínio);
- Kits para plantadeira Semeato de
amendoim;
- Cobridor de cana 2 linhas;
- Caminhão Ford, F 600, toco a diesel, 1978, com prancha medindo 6 metros de comprimento e 2.60 de largura;
- Carreta de duas rodas, tipo basculante, com desarme manual;
- Sulcador DMB, com marcador,
com pistão e caixa com tampa;
- Subsolador de arrasto, de 5 hastes de
controle, com pneus 1000x20 canavieiro;
- Trator Massey Ferguson, 680, 4x4, 2007;
- Grade niveladora, 20x20 de arrasto;
- Eliminador de soqueira, 2012, marca DMB, seminovo;
- Arado 3 bacias reversíveis.
Tratar com Waldemar pelos telefones: (16) 3042-2008/ 9 9326-0920.
Vende-se
Plantadeira de grãos Jumil 2800, 8
linhas, plantio convencional. R$6 MIL
Tratar com Andre pelo telefone (16)
9 9614-4488
VENDE-SE
Plantadeira de grãos Jumil 2800, 8
linhas, plantio convencional. R$6 MIL
Tratar com Andre pelo telefone (16)
9 9614-4488
VENDE-SE OU TROCA-SE
- Eliminador mecânico de soqueira,
por grade aradora 14/32” ou 14/34”
Tratar com Cláudio pelo telefone
(16) 9 9109-8693.
VENDE-SE OU ALUGA-SE
Salão medindo 11,00 metros de
frente por 42,00 metros de fundo, 462
metros, possui cobertura metálica com
368,10 metros, localizado à Rua Carlos
Gomes, 1872, Centro, Sertãozinho-SP.
Preço a combinar.
Tratar com César pelo telefone
(16) 9 9197-7086.
VENDEM-SE ou ARRENDAM-SE
- Destilaria de cachaça e álcool, completa, (10.000 litros de cachaça por dia);
- Esteira de cana inteira, picador com
22 facas, esteira de cana picada, dois
ternos 15x20, esteira de bagaço. Peneira
Johnson, cush-cush. Caldeira de 113 m²;
- Máquina a vapor de 220 HP (toca
os ternos e o picador);
- Seis dornas de fermentação de
10.000 litros cada;
- Destilaria de bandeja/calota A e B de
600 mm de diâmetro com trocador de calor;
- Dois tonéis de madeira amendoim
com capacidade de 50.000 litros cada;
Valor Total R$ 600.000,00. Estudo
troca por imóvel.
Localização: Laranjal Paulista.
Tratar com Adriano, pelos contatos:
[email protected] ou (15) 9 97059901. Veja vídeo em: www.youtube.
com/watch?v=_mzWp3PCavA.
ALUGA-SE
Estrutura de confinamento com capacidade para 650 cabeças com: 1 vagão forrageiro + 1 carreta 4 rodas + 1
carreta 2 rodas, 1 ensiladeira JF90, 1
trator 292 + 1 trator Ford 5610, 1 misturador de ração, 3 silos trincheiras de
porte médio, sendo uma grande possibilidade de área para produção de silagem
com irrigação ao redor de 30 ha, Jaboticabal–SP, a 2 km da cidade.
Tratar com Luiz Hamilton Montans,
pelo telefone (16) 9 8125-0184.
PROCURAM-SE
Glebas de Cerrado em pé, no Estado
de São Paulo, para reposição ambiental. Não pode ser mata. Área total da
procura: Cinco mil hectares, podendo
ser composta por várias áreas menores. Documentação Atualíssima, com:
CCIR/CAR/Certificação de (Georreferenciamento) Georreferenciamento/
mapa do perímetro da área em KMZ e
Autocad/Bioma:/vegetação.
Valor por hectare, condição de pagamento e opção de venda.
Tratar com Ricardo Pereira, pelo e-mail e telefone – ricardo@fabricacivil.
com.br – (16) 9 8121-1298.
http://www.ribeiraocontraocancer.com.br/
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exclusiva de cada anunciante. Cabe ao consumidor assegurar-se de que o negócio é idôneo antes de realizar qualquer transação.
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partes interessadas.
Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
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Biblioteca “General Álvaro
Tavares Carmo”
Monty Roberts
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas
dúvidas a respeito do português.
...o caminho era íngreme, mas a vontade subia passo a passo
com a coragem porque o desejo era maior.
In Trechos Tecidos com Palavras
Madras Editora, Renata Carone Sborgia
Renata Sborgia
1) Maria está com dificuldade para conjugar o “verbo polir” na primeira
pessoa do singular.
Vamos ajudá-la!
O correto é: Eu pulo (verbo polir)
Verbos Irregulares - conjugados na 1ª pessoa do singular, alguns exemplos:
Verbo valer - Eu valho
Verbo competir - Eu compito
Verbo aderir - Eu adiro
Verbo rir - Eu rio
Verbo caber - Eu caibo
“Violência não é a resposta. Repleto de
histórias de encontros memoráveis entre cavalos e seres humanos, contém em sua essência a crença no poder da gentileza, da ação
positiva e da confiança. Com demonstrações
da técnica da Conjunção lotando arenas em
todo o mundo, Monty Roberts continua a inspirar seus entusiastas e céticos convertidos.
Este é um livro que certamente atrairá uma
gama de novos leitores e que os fãs leais e
seguidores de Monty Roberts sejam amantes de cavalos, executivos ou simplesmente
amantes de livros, estavam esperando.”
Referência:
ROBERTS, Monty. Violência não é a resposta: usando a sabedoria gentil dos cavalos
para enriquecer nossas relações em casa e
no trabalho. – 4ª ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.
2) Pedro não sabe “aonde” é o aeroporto.
Com o português incorreto, não irá saber o local mesmo!
O correto é: onde.
Regra fácil e básica:
ONDE (um lugar que, lugar em que) = usa-se com verbos que indicam permanência, situação estática.
AONDE: usa-se com verbos que indicam movimento, deslocamento, e exigem
a preposição a.
Ex.: Aonde você vai?
3) “Ao invés de “ouvir música pop, optou por ouvir jazz!
Tinha que optar também pelo estudo da Língua Portuguesa!
O correto é: em vez de.
Regra fácil:
Ao invés de: significa “ao contrário de”.
Ex.: Maria confundiu o andar de seu apartamento, ao invés de subir as escadas,
desceu.
Em vez de: significa “em lugar de”, expressa ideia de substituição.
Ex.: Em vez de ouvir música pop, optou por ouvir jazz.
Os interessados em conhecer as sugestões
de leitura da Revista Canavieiros podem
procurar a Biblioteca da Canaoeste.
[email protected]
www.facebook.com/BibliotecaCanaoeste
Fone: (16) 3524-2453
Rua Frederico Ozanan, nº842
Sertãozinho-SP
Revista Canavieiros - Maio de 2016
Coluna mensal
* Advogada, Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de
vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
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PROTEÇÃO E PERFORMANCE
PARA A CANA-DE-AÇÚCAR.
A T E NÇÃ O
Estes produtos são perigosos à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga
rigorosamente as instruções contidas nos rótulos,
nas bulas e nas receitas. Utilize sempre equipamentos de proteção individual. Nunca permita a
utilização dos produtos por menores de idade.
Venda sob receituário agronômico.
Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo.
Evos possui elevada seletividade e mobilidade que proporciona o pleno desenvolvimento da cana e obtém
controle efetivo sobre a podridão-abacaxi e as ferrugens. É um fungicida de amplo espectro de ação pronto
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Revista Canavieiros - Maio de 2016
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