Revista Fecomércio - Novembro

Transcrição

Revista Fecomércio - Novembro
Revista do Sistema
Fecomércio-DF:
Sesc, Senac e
Instituto Fecomércio
Ano XVIII nº 210
Novembro de 2015
FÉ NO BOM
VELHINHO
Em ano de economia difícil, comércio aposta todas as
fichas no Natal para recuperar as vendas
Entrevista // Pág. 8
Marco Aurélio Mello
Ministro do STF
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Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras de saúde. Os preços e as redes estão sujeitos
a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Agosto/2015.
Preços e condições obtidos pela negociação coletiva da Qualicorp com as operadoras de saúde parceiras. 2R$ 194,66 – Amil 400 QC Nacional R Copart PJCA (registro na ANS nº 472.929/14-3), da Amil, faixa etária até 18 anos,
com coparticipação e acomodação coletiva (tabela de julho/2015 – DF).
1
registradora
[email protected]
Micro e Pequena em destaque
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, participou no dia
6 de outubro de sessão solene em homenagem ao Dia Nacional
da Micro e Pequena Empresa, na Câmara dos Deputados. Em seu
discurso no plenário, Adelmir lembrou de quando foi senador e relator
da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e lutou para a inclusão de
novos setores no hall do Super Simples. Na época, existiam no Brasil
13 milhões de pessoas que não eram reconhecidos pelo Estado. Após
a criação da figura do MEI, milhares de cidadãos foram beneficiados.
Laboratório colaborativo
Brasília ganhou um novo espaço de fomento e capacitação para que novas ideias e negócios se estabeleçam no
mercado. O Acelere.me é derivado do escritório de coworking 4Legal e irá funcionar como um laboratório colaborativo de negócios, em um pavilhão localizado na 512 Sul. Mais informações: http://acelere.me
Direitos dos lotéricos garantidos
Chegaram ao fim as incertezas dos
proprietários de casas lotéricas
que estavam apreensivos quanto
à Lei 12.869/13. Com a sanção do
PL 413/2015 pela presidente Dilma
Rousseff, no dia 22 de outubro, serão
mantidas válidas as permissões de
agências lotéricas concedidas pela
Caixa em 1999. De acordo com o
autor do requerimento de urgência
para tramitação da matéria no
Senado, o senador Wellington
Fagundes (PR-MT), a
decisão reestabelece
a paz social a
um importante
segmento.
Em discurso, a
presidente Dilma
afirmou que o governo
não irá recuar na garantia
de direitos à população. “A
capilaridade dessa rede permite
@fecomerciodf
4
Revista Fecomércio DF
chegar a lugares muito distantes.
Permite atender com qualidade
e comodidade os cidadãos nas
proximidades de sua casa e seu
trabalho”.
/fecomerciodf
revista
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO
SISTEMA FECOMÉRCIO-DF
Diego Recena
REVISTA FECOMÉRCIO
Diretor de Redação: Diego Recena
Editora-Chefe: Taís Rocha
Editora Senac: Ana Paula Gontijo
Editor Sesc: Marcus César Alencar
Fotógrafo: Raphael Carmona
Repórteres: Andrea Ventura, Daniel
Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa,
Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo
Projeto Gráfico Gustavo Pinto e
Anderson Ribeiro
Diagramação: Gustavo Pinto
Capa: Gustavo Pinto
Revisora: Fátima Loppi
Impressão: Coronário
Tiragem: 60 mil exemplares
fecomerciodf.com.br
REDAÇÃO
SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Newton Rossi,
2º andar - Brasília - DF - 70.306-908
(61) 3038-7527
novembro 2015
34
12
8
Capa
Na crise, comércio se
prepara para o Natal
mais esperado dos
últimos anos
Entrevista
Marco Aurélio Mello
Artigos
14
Economia
Raul Velloso
18
Agenda Fiscal
Adriano Marrocos
20
Doses Econômicas
Geovana Lorena Bertussi
54
Direito no Trabalho
Cely Soares
Compra com troca
Confira lojas que aceitam um
produto usado na compra de
um novo
Colunas
Joel Rodrigues
16
Gastronomix
Rodrigo Caetano
22
Gente
Gabriela Vieira e
José do Egito
50
Vitrine
Taís Rocha
56
Tecnologia
Máximo Migliari e
Renato Carvalho
Seções
44
Mais um capítulo
Continua a apreensão dos
empresários da Asa Sul para
se adequarem à Lei dos
Puxadinhos
48
52
55
62
66
Indicadores do Comércio
Caso de Sucesso
Empresário do Mês
Pesquisa Conjuntural
Pesquisa Relâmpago
Revista Fecomércio DF
5
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Presidente
Alberto Salvatore Giovani Vilardo
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
Jose Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Mitri Moufarrege
Rogerio Torkaski
DIRETORIA (TITULARES)
Presidente
Adelmir Araujo Santana
1º Vice-presidente
Miguel Setembrino Emery de Carvalho
2º Vice-presidente
Francisco Maia Farias
3º Vice-presidente
Fábio de Carvalho
VICE-PRESIDENTES
Antonio Tadeu Peron
Carlos Hiram Bentes David
Edy Elly Bender Kohnert Seidler
Francisco das Chagas Almeida
José Geraldo Dias Pimentel
Glauco Oliveira Santana
Tallal Ahmad Ismail Abu Allan
DIRETORES-SECRETÁRIOS
Vice-Presidente-Administrativo
José Aparecido da Costa Freire
2º Diretor-Secretário
Hamilton Cesar Junqueira Guimarães
3º Diretor-Secretário
Roger Benac
DIRETORES-TESOUREIROS
Vice-Presidente-Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2º Diretor-Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
3º Diretor-Tesoureiro
Charles Dickens Azara Amaral
DIRETORES ADJUNTOS:
Hélio Queiroz da Silva
Diocesmar Felipe de Faria
Francisco Valdenir Machado Elias
DIRETORES SUPLENTES:
Alexandre Augusto Bitencourt
Ana Alice de Souza
Antonio Carlos Aguiar
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Erico Cagali
Fernando Bezerra
Francisco Messias Vasconcelos
Francisco Sávio de Oliveira
Geraldo Cesar de Araújo
Jó Rufino Alves
Jose Fagundes Maia
Jose Fernando Ferreira da Silva
Luiz Alberto Cruz de Moraes
Milton Carlos da Silva
Miguel Soares Neto
Roberto Gomide Castanheira
Sérgio Lúcio Silva Andrade
Sulivan Pedro Covre
CONSELHO FISCAL:
Titulares:
Alexandre Machado Costa
Benjamin Rodrigues dos Santos
Raul Carlos da Cunha Neto
Suplentes:
Antônio Fernandes de Sousa Filho
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
Henrique Pizzolante Cartaxo
DELEGADOS REPRESENTANTES
JUNTO À CNC
Delegados Titulares
1- Adelmir Araujo Santana
2- Rogerio Torkaski
Delegados Suplentes:
1 - Antônio José Matias de Sousa
2 - Mitri Moufarrege
DIRETOR REGIONAL DO SESC
José Roberto Sfair Macedo
DIRETOR REGIONAL DO SENAC
Luiz Otávio da Justa Neves
DIRETOR DE ÁREA
DE COMBUSTÍVEIS
José Carlos Ulhôa Fonseca
SUPERINTENDENTE
DA FECOMÉRCIO
João Vicente Feijão Neto
DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS,
BARES, RESTAURANTES E SIMILARES
Jael Antônio da Silva
DIRETORA-EXECUTIVA DO
INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
SINDICATOS FILIADOS
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e
Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação
e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos
Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais
Autônomos na Área de Beleza e Institutos
de Beleza para Homens e Senhoras do DF
(Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de
Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma)
• Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros
de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e
“AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas
de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes
Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) •
Sindicato das Empresas de Serviços de Informática
do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de
Promoção, Organização, Produção e Montagem de
Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos)
• Sindicato das Empresas Videolocadoras
do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio
Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do
Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios
do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios
Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio)
• Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do
DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista
de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios,
Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília
(Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de
Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) •
Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos
Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato
das Empresas de Loterias, Comissários e
Consignatários e de Produtos Assemelhados
do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF
(Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material
Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato
do Comércio Varejista de Material de Escritório,
Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato
dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato
do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF
(Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista
do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos
e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF
(Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de
Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato
das Empresas de Sistemas Eletrônicos de
Segurança do Distrito Federal (Siese)
SINDICATOS ASSOCIADOS
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato
do Comércio Varejista de Combustíveis e de
Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília-DF – 70306-911 – (61) 3038-7500
6
Revista Fecomércio DF
editorial
Esperança
renovada
vitrines, investir em promoções e
treinamentos dos colaboradores
e trabalhadores temporários para
emplacar positivamente nas vendas. Como estratégia, a maioria
dos centros comerciais estenderá os horários de funcionamento
para deixar os consumidores mais
à vontade na hora da escolha dos
presentes.
Outro ponto importante que eu
gostaria de destacar diz respeito ao trabalhador temporário. Se
você teve ou terá essa chance, fique
atento e encare não apenas como
um trabalho temporário, mas como
uma possibilidade de efetivação. É
uma ótima oportunidade para os
jovens talentos mostrarem seus
dotes nas vendas.
“O Natal já está aí,
batendo à nossa
porta, e os ânimos se
refazem na esperança
de que, com a injeção
do 13º salário, os
consumidores saiam
às compras para
presentear familiares
e amigos”
Cristiano Costa
Este 2015 tem sido atípico para
nós, brasileiros, tanto politica
quanto economicamente. Tivemos
no decorrer do ano alguns indícios
de que as vendas talvez não tivessem o retorno esperado pelos empresários ao fecharem as contas
anuais. Cautela tem sido a palavra
da vez. As famílias brasilienses
estão mais comedidas na hora de
usar o crédito. Produtos duráveis
como móveis, carros e eletrodomésticos estão com a comercialização em baixa.
Outro ponto a ser levado em
consideração é o alto custo do
crédito, um dos responsáveis pela
queda na Intenção de Consumo
das Famílias (ICF) do DF, divulgada por nós da Fecomércio-DF, que
atingiu a menor margem desde o
início da série histórica, iniciada
em janeiro de 2010.
O ICF é um indicador com capacidade de medir, com a maior
precisão possível, a avaliação que
os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de
vida de sua família, como capacidade de consumo, atual e de curto
prazo, nível de renda doméstico,
segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro.
É importante, porém, lembrar
que nem tudo está perdido. O
Natal já está aí, batendo à nossa
porta, e os ânimos se refazem na
esperança de que, com a injeção
do 13º salário, os consumidores
saiam às compras para presentear
familiares e amigos.
É a hora, portanto, dos empresários apostarem na decoração
natalina, dar uma caprichada nas
Adelmir Santana
Presidente do Sistema
Fecomércio-DF:
Fecomércio, Sesc, Senac
e Instituto Fecomércio
Revista Fecomércio DF
7
entrevista
Guardião da
democracia
//Por Taís Rocha
Fotos: Joel Rodrigues
Ocupante de uma cadeira
no Supremo Tribunal
Federal (STF) desde 1990,
o ministro Marco Aurélio
Mello atua como professor
universitário e recentemente
assumiu a presidência do
recém-inaugurado, Instituto
UniCeub de Cidadania. Com
69 anos, o carioca e torcedor do
Flamengo garante que, como
todo brasileiro, vai ao mercado
e está sentindo no bolso a crise
econômica que assola o Brasil.
Nesta entrevista exclusiva à
Revista Fecomércio-DF, ele fala
de temas como impeachment e
cidadania.
O senhor tomou posse
recentemente como presidente
do Instituto UniCeub de Cidadania.
Qual a função do instituto e como
o senhor espera colaborar com
essa missão?
A principal função é gerar a
reflexão, considerando os temas
que interessam diretamente à
sociedade. Além disso, ter ideias,
ir em busca de dias melhores
para o Brasil. É o que eu digo
sempre: não adianta o indivíduo,
simplesmente criticar. É preciso
fazer o que está ao seu alcance.
Se todos procedessem dessa
maneira, o País seria outro. O
Instituto, até pela sua composição,
não só a parte administrativa,
como também os conselhos, é um
órgão que visa tratar de interesses
coletivos, e não individuais.
O Brasil vive um momento muito
difícil hoje, tanto do ponto de vista
ético, quanto do ponto de vista
econômico, político e moral. Na
opinião do senhor, qual a saída
para essa crise?
Sim, o País vive tempos estranhos,
eu diria. A saída é a atuação das
instituições. E elas vêm atuando.
Refiro-me, especialmente à Polícia
Federal, que é a polícia da Justiça
Federal, o Ministério Público e
a Magistratura, que é a última
trincheira da cidadania. Eu creio
que o quadro, muito embora seja
preocupante, de qualquer forma é
alvissareiro, porque sinaliza dias
melhores. Se permanecêssemos
apáticos, permitindo que desvios
de conduta fossem escamoteados,
nós não teríamos essa visão. É
claro que é preocupante a falta
de ética, mas há correção para
isso. E a correção também passa
pela participação de cada um dos
cidadãos.
O senhor acredita que o brasileiro
é um bom cidadão ou ainda
precisa despertar mais para a
cidadania?
A cidadania precisa crescer. Toda
vez que a pessoa tem um direito
espezinhado, um direito que não
é observado e simplesmente
silencia para não se aborrecer,
ela simplesmente presta um
desserviço à nação. Cidadania para
mim é isso, é responsabilidade de
cada qual, é postura, é perfil,
é rigor.
Gostaria que o senhor tecesse
um comentário sobre as
movimentações para um possível
impeachment da presidente e a
atual fase da nossa democracia.
E gostaria, ainda, que o senhor
comentasse sobre a recente
entrevista que Dilma Roussef
deu à CNN, ao dizer que “nossa
democracia ainda está em sua
adolescência”.
Não, eu vejo o Estado democrático
e de direito instalado no Brasil e
surtindo efeitos. Não há espaço
para retrocesso. Nós avançamos
em 1988 e tivemos a nova
Constituição e estamos em um
quadro de absoluta normalidade
democrática. O processo de
impeachment é algo indesejável.
O natural é que o eleito cumpra
o mandato outorgado pelo povo.
Agora, surgindo fatos – não sei
se há fatos nesse caso concreto
– que deem respaldo ao processo
de impeachment, seria um
procedimento constitucional.
Não se pode cogitar em golpe.
O que me preocupa mais hoje é
o impasse decorrente da falta
de diálogo entre dois poderes
da República que deveriam ser
harmônicos, guardando sua
independência: o Executivo e o
Legislativo. Como governar se
não há receptividade no meio
Legislativo para as medidas
que são indispensáveis para
suplantar um mal maior que
está provocando a estagnação do
País, que é a crise econômicofinanceira. O desemprego só vem
aumentando. Nós notamos quando
vamos ao mercado, e eu vou ao
mercado como cidadão, hoje, com
o que se ganha, não se compra o
Em 2006,
quando tomei
posse no TSE eu
fiz um discurso
contundente ao
me referir ao
maior escândalo
brasileiro, o
Mensalão. Mas
agora percebo
que estava
errado na ótica,
não era o maior
escândalo. Eu
espero que não
venham outros.
Revista Fecomércio DF
9
que se comprava há três anos. E
o desemprego, principalmente na
classe média? É assustador. Eu fui
recentemente a São Paulo e notei
placas existentes nos diversos
imóveis: “alugo”, “alugo”, “vendo”.
Isso é péssimo, pois revela a crise,
como o desemprego em alta
escala também revela a crise.
Qual a opinião do senhor sobre
o combate à corrupção no
Brasil atualmente? É preciso
aperfeiçoar a legislação para
coibir esse tipo de crime? O que
fazer para acabar de uma vez com
esse mal?
É claro que é
preocupante a
falta de ética,
mas há correção
para isso. E
a correção
também passa
pela participação
de cada um dos
cidadãos.
Acredito que o combate à
corrupção está ocorrendo e sem
trégua, devo dizer, sem distinguir
se há capa dos autos do inquérito
ou do processo crime. Está
ocorrendo porque as instituições
nacionais estão funcionando.
Agora, a corrupção desde que
a humanidade é humanidade,
sempre houve. Mas jamais
poderíamos imaginar nessa
escala retratada na Operação Lava
Jato. Em 2006, quando eu tomei
posse no TSE, eu fiz um discurso
contundente ao me referir ao
maior escândalo brasileiro, o
Mensalão. Mas agora percebo que
eu estava errado na ótica, não era
o maior escândalo. Eu espero que
não venham outros.
O STF declarou recentemente
a inconstitucionalidade das
doações de empresas a
campanhas. O que nós podemos
tirar de positivo dessa mudança?
A premissa básica: é claro que nós
levamos em conta a Constituição
e a nossa cultura. Quem elege é o
segmento econômico? Não. Quem
elege é o povo. Aí cada eleitor
deve perceber a importância do
voto, ele é uno, mas se soma a
tantos outros e resulta na escolha
daqueles que serão nossos
representantes que praticarão
atos que interferirão em nossas
vidas. Quando o Supremo
glosou a doação por pessoas
jurídicas de direito privado, ele
o fez considerando princípios
constantes na Constituição
Federal. Nós temos hoje o
financiamento misto, que é público
quanto ao horário de propaganda
eleitoral, já que as empresas
que têm o espaço ocupado,
elas se creditam quanto àquele
espaço. Há também o Fundo
Partidário, que é dinheiro público,
a participação dos eleitores, e
alguns bem afortunados que
podem tocar com o próprio
patrimônio a campanha eleitoral, o
que se considera exceção.
Por fim, na opinião do senhor, o
que deve mudar no Brasil para
que os Poderes constituídos
sejam mais independentes e
consigam exercer suas devidas
funções?
A independência, ela
existe. Ela está
ligada, de início,
aos Três Poderes,
que são harmônicos
e como está em bom
português na Constituição,
independentes. Nós estamos
notando e a sociedade
acompanha de perto a atuação
das instituições. As mazelas
não são mais varridas para
debaixo do tapete. Hoje, graças
a uma imprensa livre, temos a
publicidade maior dos atos, no
âmbito da Administração Pública.
A publicidade, que é um princípio,
que, por sua vez, atrai a eficiência.
Considero tudo isso muito bom.
Agora, precisamos, de qualquer
forma, nos preocupar um pouco
mais com a educação, portanto,
habilitando a mão de obra para
concorrer no mercado de trabalho,
que é desequilibrado. Nós temos
oferta excessiva de mão de obra,
pelo crescimento populacional
dos últimos 45 anos da ordem de
130% e escassez de empregos.
O resultado é que o sistema não
fecha. É um dos fatores por que se
tem a delinquência, não apenas
no campo da Administração
Pública, considerada a corrupção
- a delinquência a pleno galope.
Só para concluir, devo reafirmar
que as instituições pátrias estão
funcionando e prestando contas
aos pagadores de impostos.
Como governar se não há receptividade
no Legislativo para as medidas que são
indispensáveis para suplantar um mal
maior que está provocando a estagnação
do País, que é a crise econômico-financeira.
Revista Fecomércio DF 11
tendência
Compras
com troca
//Por Sílvia Melo
Fotos: Joel Rodrigues
Empresas apostam em estratégia de venda na qual produtos usados
podem valer desconto de até 25% na compra de um novo
V
ocê já pensou que o produto usado que tem em casa
pode valer um bom desconto na compra de um novo produto
equivalente? Lojas de eletrônicos,
materiais esportivos, malas e até
mesmo móveis estão apostando
nessa estratégia de troca do produto
usado pelo novo, podendo o consumidor pagar a diferença entre o valor do produto avaliado pelo novo ou
ganhando desconto ao adquirir um
novo produto na loja. Além de manter seus clientes com produtos atualizados, a estratégia pode garantir
sua fidelização e até conquistar novos consumidores.
Na Samsung do Taguatinga
Shopping é possível negociar um
aparelho novo dando o antigo de
entrada. O cliente pode levar seu
12 Revista Fecomércio DF
smartphone que a loja avalia de
acordo com uma tabela desde que
o cliente adquira um novo aparelho
na loja. Os preços das avaliações
dos aparelhos antigos variam de
R$ 19 (aparelho defeituoso) a no
máximo R$ 1,7 mil (valor de um
iPhone 6 Plus sem defeito). “Avaliamos aparelhos de qualquer marca, não só da Samsung. Se tiver na
lista dos aparelhos avaliados, nós
pegamos”, explica Rejane da Silva
Oliveira, gerente da loja.
Como a avaliação é feita na hora,
os aparelhos em que não são possíveis de reparos não são aceitos.
Os aparelhos entregues possuem
algumas características que são
avaliadas, como a tela, se liga e está
funcionando. “Se ligar, estiver funcionando e não tiver com a tela que-
brada, nós pegamos e classificamos
como bom. Se ele liga, funciona,
mas está com a tela quebrada, o
consideramos um aparelho defeituoso. Se não liga, a gente não pode
pegar”, explica a gerente da loja.
A loja possui parceria com a
empresa Troca Fone, que recebe os
aparelhos deixados pelos clientes,
conserta, caso tenha algum defeito,
e os revende. Por isso, os funcionários da Samsung ficam atentos
para não pegar aparelhos que tenham restrições de roubo ou furto.
“O cliente não precisa entregar o
smartphone com a nota fiscal. Nossa única exigência é que o aparelho
não esteja bloqueado por roubo ou
furto. Para saber se existe restrição,
a gente consulta o número de série.
É importante que esses aparelhos
estejam homologados pela Anatel”,
destaca Rejane, lembrando que eles
avaliam aparelhos de qualquer marca e não só da Samsung.
MALAS E MATERIAL
ESPORTIVO
Nas lojas Bagaggio do Conjunto
Nacional e do Boulervard Shopping,
o cliente que levar qualquer mala,
de qualquer marca ou estado, mesmo com pequenos defeitos, ganha
desconto de 25% na compra de malas selecionadas da marca Bagaggio
disponíveis na loja. A promoção Troca Fácil foi realizada até 20 de outubro nas lojas de todo o País, mas em
Brasília ela se estenderá até 31 de
novembro.
“Vale lembrar que não é qualquer mala da loja que entra nessa
promoção. O desconto, entregando
a mala antiga, é válido somente para
as malas selecionadas na loja”, ressalta Marilá Costa, gerente da loja
do Conjunto Nacional.
Na Adidas, o cliente que doar
tênis esportivos, camisetas, calças,
shorts e blusas de qualquer marca
em qualquer uma das 41 lojas-conceito espalhadas por todo o País
ganha 15% de desconto ao comprar
uma nova peça. O programa Pegada Sustentável, que busca promover o descarte correto de roupas
e tênis, reduzindo os impactos no
meio ambiente, funciona em parceria com a empresa multinacional
I:CO, que é responsável pela triagem das doações.
As roupas são separadas de
acordo com a utilidade: o que ainda
pode ser enviado para um mercado
de segunda mão, o que pode ser reciclado e se transformar em outros
materiais e o que deve ser encaminhado para o coprocessamento, se
tornando energia para o setor da
indústria. Em Brasília, a loja que
participa desse programa fica no
ParkShopping.
MÓVEIS RESTILIZADOS
A loja Quartos & Etc faz um trabalho diferente, de recustomização do móvel adquirido em lojas da
marca. Em vez de aceitar um móvel
antigo para troca ou desconto, a loja
faz um upgrade e muda o móvel de
acordo com o gosto do cliente. Para
realizar esse trabalho, o cliente
paga 30% do valor do móvel na época da recustomização. “Por ser um
móvel de madeira maciça, ele realmente não tem fim. Daí surgiu a necessidade de fazer a customização,
porque, como é um móvel que não
acaba, a tendência, com o tempo, é
a pessoa enjoar da cara dele. É um
produto de tão boa qualidade que
você mudando a cor, o acabamento, vira um outro móvel. De repente,
uma cômoda que estava no quarto
do bebê e não tem mais utilidade,
sofre uma transformação e vai para
o hall de entrada”, explica Priscila
Ribeiro, gerente-geral da Quartos &
Etc Brasília.
Apesar de estar na cidade desde
agosto de 2014, a marca Quartos &
Etc surgiu em São Paulo há 30 anos.
O diferencial da marca é fazer um
móvel totalmente personalizado, no
tamanho que a pessoa quiser e com
o acabamento desejado. Para fazer
a recustomização, a loja busca o
móvel na casa do cliente. “Todos os
nossos móveis têm uma identidade,
como se fosse um chassi carimbado
no próprio móvel, para termos certeza de que ele foi comprado na época com aquele mesmo acabamento
com que a gente está buscando na
casa do cliente. Isso é importante
para saber se no meio-tempo não
teve uma mão de obra não especializada”, destaca a gerente.
Revista Fecomércio DF 13
artigo economia
À beira do
rebaixamento
14 Revista Fecomércio DF
Por trás da estagnação e posterior queda do PIB logo apareceram
a queda da razão investimento/PIB
e da produção industrial. A confiança dos investidores caiu sistematicamente, e a rentabilidade da
indústria despencou, em face da
apreciação cambial e do aumento
do custo unitário do trabalho (razão
salários/produtividade).
Obviamente, esse assunto jamais apareceu no discurso oficial
durante a campanha eleitoral de
2014. Muito menos que o governo
havia colocado o País, ao mesmo
tempo, em mais uma grave crise
fiscal, que hoje ocupa as manchetes,
juntamente ao noticiário sobre corrupção e as dificuldades políticas.
Isso se deu pelo continuado aumento do gasto público, pelas desonerações tributárias e também pela perda de força da arrecadação, por sua
vez penalizada pela desaceleração
da economia. Sem mudar o modelo
pró-consumo em vigor e mantendo
a tradicional expansão dos gastos, o
governo acabou atirando no próprio
pé. Hoje luta desesperadamente
para evitar o segundo rebaixamento
seguido pelas agências de risco internacional, e tudo de ruim que isso
implicará.
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
“Sem mudar o modelo
pró-consumo em
vigor e mantendo a
tradicional expansão
dos gastos, o governo
acabou atirando no
próprio pé”
Cristiano Costa
Hoje se sabe que já no início de
2014 o Brasil havia entrado em recessão. E quase nada tinha a ver
com dificuldades impostas pelo
mundo exterior, como se queixavam vozes oficiais. O modelo econômico em vigor desde 2003 dava
claros sinais de esgotamento, mas
o governo Dilma resistia a fazer as
correções requeridas para recolocar o País nos trilhos do crescimento.
O modelo abraçado pelo petismo tinha jogado toda a lenha possível na fogueira do consumo, desde
a ampliação desmesurada do crédito, o forte crescimento dos gastos
públicos correntes, as maciças desonerações tributárias, e o controle de preços estratégicos - como o
da energia elétrica -, entre outras
medidas. Adicione-se o forte crescimento da massa salarial que foi
puxado pelo setor de serviços, segmento que representa quase 70%
do total e crescia mais rapidamente
que a indústria e a agropecuária.
A preocupação com a expansão
do investimento simplesmente inexistia. Assim, uma hora iria faltar
capacidade de produção para tanta
demanda de consumo. Uma parte
dessa demanda excessiva poderia
ser desviada para o exterior. Mas
os déficits externos resultantes
logo esbarrariam no seu limite de
financiamento. Pior que isso, o majoritário setor de serviços, que não
tem como complementar a produção interna com importações, uma
hora esbarraria em entraves, especialmente os criados pelo próprio
governo, a exemplo do que ocorria
na área de infraestrutura.
Parceria
com o
Conte com a Assistência
BB
Gestante que a parceria
oferece aos associados Fecomércio.
Assistência Emergencial para Gestante:
Garante o transporte* emergencial da gestante
ao hospital mais próximo.
Saiba mais em www.fecomerciodf.com.br ou se preferir,
ligue 0800 729 0400 e informe ser associado
Fecomércio DF
Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros - CNPJ: 01.356.570/0001-81 - comercializado pela BB Corretora de Seguros e
Administradora de Bens S.A. - CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro desses
planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC: 0800 570
7042 – SAC Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 - atendimento 24 horas, sete dias da semana. A Ouvidoria poderá
ser acionada para atuar na defesa dos direitos dos consumidores, para prevenir, esclarecer e solucionar conflitos não
atendidos pelos canais de atendimento habituais. Ouvidoria: 0800 775 2345 - Ouvidoria Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800
962 7373 – atendimento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira (exceto feriados). Ou pelo site www.bbseguros.com.br. *Para
mais informações sobre as condições contratuais do produto, garantias, limites, exclusões, lista dos parceiros e serviços
oferecidos, regras de utilização das assistências e o manual dos serviços acesse: www.bbseguros.com.br. Ao acionar a
seguradora, um táxi terrestre realizará o transporte da gestante até o hospital ou local por ela indicado. Revista Fecomércio DF 15
gastronomix
Rodrigo Caetano
http://bloggastronomix.blogspot.com
[email protected]
Jornalista
e blogueiro
www.facebook.com/portalgastronomix
É primavera... no Loca
O gastropub Loca Como Tu Madre
renova, a cada três meses, seu
cardápio, sempre com apostas em
ingredientes da estação. Dessa
vez, a chef Renata Carvalho trouxe
novidades em cinco seções do
cardápio. Na Picadilhos, estreiam
o Bolovo e o Jiló Empanado.
Preparado com 300g de carne e
recheado com ovo cozido, o Bolovo
está entre os petiscos preferidos
dos botequeiros de todo o País
e vem acompanhado de batatas
rústicas (R$ 41). O Jiló Empanado
é recheado com linguiça de pernil,
Vem aí Jamon Jamon
Simone Garcia morou 15 anos na
Espanha e sempre teve paixão pela
cultura e gastronomia espanholas. Ela
acumulou experiência trabalhando
nas cozinhas de bares e restaurantes
para custear os estudos. Unindo o útil
ao agradável, resolveu abrir Jamón
Jamón Tapas y Copas, na Asa Norte.
“A ideia de abrir um tapas-bar vem
também da saudade que sinto das
tascas e barras de copas de Barcelona,
onde costumava encontrar amigos da
universidade ou do trabalho no final de
tarde para tomar una copita sempre
acompanhada por una tapa de algo
delicioso”, comenta Simone.
109 Norte, bloco D, loja 51, térreo
(61) 3032 2595
[email protected]
16 Revista Fecomércio DF
molho de pimenta da casa e custa
R$ 23 (a porção). As opções de
saladas ganharam reforço com
a Burrata Mediterrânea (burrata,
crocante de Parma, baby rúcula
e azeite de manjericão - R$ 51).
Outra novidade é o Chop Suey
Primavera – legumes à julienne,
tiras de frango e molho oriental.
A delícia faz parte da seção
Tigelinhas, a R$ 36. Pelo mesmo
valor, há uma versão vegana, com
cogumelos em vez de frango.
Agora, é pedir sua sangria e se
refrescar com boas comidinhas.
Viagens gastronômicas
Loca Como Tu Madre
306 Sul, bloco C, loja 36
(61) 3244-5828.
São Paulo exótico
SVANEN - Se você estiver com vontade de
experimentar a comida dos vikings, dê um pulinho
ao Svanen. Lá é possível conhecer um pouco
da culinária da Finlândia, Noruega, Suécia,
Dinamarca e Islândia: gravlax, frekedeller
e pickled herring, tudo regado à aquavit,
aguardente feita de batatas ou cereais.
Rua Morais de Barros, 1009 - Campo Belo
(11) 5041-9883
www.svanen.com.br
KHAN EL KHALILI - Em um ambiente que remonta ao
Egito antigo, os clientes assistem a apresentações
de dança do ventre, enquanto desfrutam de
“rituais de chá” - servidos com pães, patês,
doces árabes e salgados.
Rua Dr José de Queirós Aranha, 320, V. Mariana
(11) 5571-3209
www.khanelkhalili.com.br
Eppop: 27 sabores de picolés artesanais
Rudi e Lana Martins têm o sangue empresarial na veia.
Proprietários de cinco lojas Subway, eles resolveram
apostar em outro negócio: picolés artesanais com
receitas próprias. E com este calor que anda fazendo
em Brasília, nada melhor do que se refrescar com um
belo picolé. O Eppop – uma fusão de nomes do criador do
picolé (o americano Frank Epperson) e o nome Popsicle
(picolé em inglês) – possui 27 sabores divididos entre
frutados, recheados e premium. Os preços variam de R$
6 a R$ 9 nos pontos de venda.
“Eles são fabricados com os melhores e mais frescos
ingredientes. Muitos deles são importados da Itália
e as frutas, o leite e o creme de leite são frescos, o
que confere excepcional sabor e textura. Ficamos
meses na fábrica desenvolvendo cada sabor. Além
disso, somos uns dos pioneiros no Brasil e primeiros
de Brasília a ter uma vending machine de picolés, a
Eppop Machine”, disse Rudi ao Gastronomix.
(61) 9672-9904 e 3363-3657
Onde estão sendo comercializados?
- Eppop Machine – Posto Shell 307 Sul
- Ernesto Café – 115 Sul
- La Palma – 413 Sul
- Conveniência Posto Ipiranga QI 23 – Lago Sul
- Conveniência do LakeSide Resort – SHTN
- Conveniência Posto Ipiranga Vila Náutica
- Hospital Santa Lúcia (Santo Café)
instagram.com/eppopsicle
www.facebook.com/eppopsicle
Primeiro clube
de vinhos
branco e rosê
A Wine.com.br realizou um levantamento
que mostra o crescente interesse
por vinhos brancos e rosês. Por isso,
resolveu criar o ClubeW Fresh, que terá
inicialmente uma quantidade limitada de
assinaturas. Serão somente 8 mil. Para
a primeira seleção, a equipe escolheu
dois rótulos - Baron Philippe de Rothschild
Reserva Sauvignon Blanc 2014 e o Baron
Philippe de Rothschild Reserva Chardonnay 2014. O
valor de cada garrafa será de R$ 50. Os sócios terão
os mesmos benefícios que existem hoje nas outras
categorias do clube (ClubeW One, Classic, Premium
e Espumantes): 15% de desconto e entrega
gratuita em todas as compras no site.
Wine.com.br
Universal
Diner lança
prato da Boa
Lembrança
Para comemorar 18 anos de existência,
o Universal Diner está de volta à Associação dos
Restaurantes da Boa Lembrança, um grupo de
estabelecimentos de gastronomia que preza pela
excelente qualidade das refeições e presenteia o cliente
com pratos de cerâmica pintados à mão. E o prato da
edição é o Bacalhau do Lulu - um lombo de bacalhau
envolto em presunto de Parma com purê trufado de
mandioquinha elaborado pela chef Mara Alcamim, a R$
110 (individual).
210 Sul, bloco C, loja 18
(61) 3443-2089
Revista Fecomércio DF 17
agenda fiscal
Nova era
tributária
Neste ano entramos em uma
nova era tributária: a informação
instantânea das operações e “quase
instantânea” da apuração de tributos, sendo esses objetivos do sistema
SPED. A integração das informações
nesse sistema teve início com a emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NFe),
que agora chega (no caso do Distrito
Federal) à Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica (NFCe). Depois passamos a apresentar a Escrituração
Fiscal Digital (EFD-Contribuições),
mês a mês, demonstrando a apuração do PIS/Pasep, da COFINS e da
Contribuição Previdenciária sobre a
Receita (CPRB). Recentemente, foi
Calendário
concluída outra fase com a obrigatoriedade pelas empresas optantes pelo
Lucro Presumido da transmissão da
Escrituração Contábil Digital (ECD),
que substituiu o Livro Diário, e da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), que
substituiu a DIPJ e o LALUR. Agora,
outra fase se aproxima, já a partir de
janeiro de 2016: a apresentação da
Escrituração Digital das obrigações
fiscais, previdenciárias e trabalhistas
(eSocial). Assim, estamos apresentando ao Fisco, no sentido mais amplo possível, não apenas a base de
cálculo dos tributos e contribuições,
mas todos os registros contábeis e
fiscais que permitirão uma auditoria
mais aprofundada dos dados, além
de todos os atos nas relações de
emprego. Não pensem que somos
contra o processo pois, como já afirmamos, a redução das obrigações
acessórias está sendo um alívio para
as empresas, mas a preocupação é
quanto ao investimento pelos empresários para compreender e assimilar
essa mudança. De agora em diante o
compromisso com o controle interno das transações e com a geração
tempestiva e exata dos dados, evitará
prejuízos e perdas significativas para
os negócios. Por isso, uma orientação
contábil competente é fundamental e
segui-la, mais ainda.
6 a 30/11/2015
O QUÊ e QUANDO pagar?
6/11
7/11
9/11
16/11
20/11
Cristiano Costa
23/11
25/11
30/11
FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social)
referente à 10/2015
Data limite para pagamento dos Salários referente à 10/2015
Contribuição Previdenciária (contribuintes domésticos) referente à 10/2015
Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais e facultativos) referente à 10/2015
Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e
empresas desoneradas) referente à 10/2015
COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, referente à 10/2015
Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente à 10/2015
SIMPLES NACIONAL referente à 10/2015
ISS e ICMS referente à 10/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações)
PIS e COFINS referente à 10/2015
Contribuição Sindical Laboral Mensal referente à 10/2015
2ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 3º trimestre/2015 pelo Lucro Real,
Presumido ou Arbitrado
Carnê Leão referente à 10/2015
IRPJ e CSLL referente à 10/2015, por estimativa
Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento
da Lei 11.941/2009 (consolidado)
O QUÊ e QUANDO entregar?
6/11
16/11
23/11
30/11
Várias
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente à
10/2015
Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária s/
Receita (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 9/2015
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF
referente à 9/2015
Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente à 10/2015
Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 10/2015: observar Portaria/SEFP nº
398 (9/10/2009)
Adriano de Andrade Marrocos
Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF
Revista Fecomércio DF 19
artigo doses econômicas
A tempestade
Brasil até conseguiu se sair bem, se
comparado a outros países. Acontece que, desde 2011, temos perdido
força e velocidade, e enquanto países epicentros da crise mostram sinais claros de recuperação, o barco
brasileiro parece afundar.
Vamos aos fatos. Além da queda
do PIB e da aceleração da inflação,
temos uma taxa de juros alta (e que
por conta da baixa credibilidade do
governo na condução da sua política
monetária, não tem sido efetiva no
combate à inflação) que encarece
e posterga investimentos, lidamos
com um setor público com sérios
problemas fiscais (fruto da própria
indisciplina e falta de visão de longo prazo), nossa indústria é defasada tecnologicamente e a economia
ainda é essencialmente fechada
ao comércio exterior e alijada dos
principais blocos econômicos globais. Ademais (e ainda não acabou) convivemos com uma taxa de
investimento baixa e caindo, bem
como com um investimento em infraestrutura insuficiente para cobrir
a reposição do capital já instalado,
quiçá ampliá-lo e melhorá-lo em
termos qualitativos. Nossos índices
de educação (tanto em termos de
quantidade – população que concluiu o nível médio ou superior, por
exemplo – quanto em qualidade)
são ruins. Nossa taxa de poupança é
baixa. Nossa carga tributária é elevada e de grande caráter distorcivo.
Colocando em palavras e de forma
bem clara, nossos problemas atuais
são consequência, muito mais, de
Parceria:
Geovana Lorena Bertussi,
professora do Departamento de
Economia da UnB e conselheira suplente
do Corecon-DF
20 Revista Fecomércio DF
políticas e fatores internos, e não
de fatores externos, como gosta de
apontar o governo.
Apesar de não ser agradável, um
ajuste fiscal é inevitável. É preciso
diminuir gastos, racionalizar despesas, melhorar a eficiência da gestão
pública. Isso certamente ajudará na
retomada de confiança dos agentes,
na diminuição das pressões sobre
a inflação e contribuirá para uma
maior estabilidade da taxa de câmbio. Com a melhora do cenário macroeconômico interno, haverá maior
interesse do investidor estrangeiro
no País. Tendo alcançado tudo isso,
abrir-se-á caminho para uma futura
redução na taxa de juros (uma realidade ainda um pouco distante na
atual conjuntura). Portanto, tripulantes, é importante lançar âncora,
esperar o mar acalmar e, depois,
com clima melhor, reavaliar as condições do barco, reparar os danos
causados durante a tempestade, e
seguir em frente. De preferência,
tendo aprendido com os equívocos
do passado.
Raphael Carmona
Quem tem acompanhado de
perto os principais indicadores da
economia brasileira nos últimos
tempos percebe que praticamente
todos eles tiveram grande deterioração, principalmente se observarmos de 2013 pra cá. O PIB parou de
crescer e, em 2015, a projeção mais
recente prevê um decréscimo de 3%
neste ano e de 1% em 2016. A taxa
de inflação, que deveria estar em torno de 4,5% ao ano (de acordo com o
estabelecido pelo Banco Central no
Regime de Metas de Inflação - o qual
o Brasil alega seguir) está prevista
para fechar 2015 próxima aos 10%,
o maior valor desde 2002. E as perspectivas não melhoram para 2016,
ano em que a projeção de mercado já alcança 6,5% para a inflação.
Portanto, apertem os cintos, pois a
pilota perdeu o controle da situação.
Dizem que mares calmos não
formam bons marinheiros. No caso
brasileiro, parece que mesmo os
mares revoltos não têm gerado
muita sabedoria. A presidente Dilma demorou a perceber que o barco
estava perdendo o rumo e, mesmo
agora, a impressão é que ela não
vislumbrou a gravidade dos problemas. O que estamos vivenciando
neste momento é fruto de escolhas
erradas do passado do próprio governo (ou a falta delas, em alguns
casos). O governo insiste em falar
de crise internacional e de como ela
afeta o País, que agora definitivamente não sente mais somente uma
marolinha. Mas a verdade é que no
auge da crise, em 2009 e 2010, o
Participe nas categorias Contos e Crônicas.
Inscrições abertas até 30 de novembro.
Para mais informações acesse nosso site, redes sociais ou ligue para nossa central de atendimento:
Revista Fecomércio DF 21
gente
Leitura que
resgata vidas
//Por Gabriela Vieira
Yoga por
Brasília
//Por José do Egidio
Foto: Raphael Carmona
Com o intuito de democratizar as aulas de yoga
e buscar novos adeptos, o Projeto Yoga em Brasília
é realizado uma vez por mês pela professora de
Yoga Andrea Amorim, 33 anos. Desde abril de 2012,
ela promove as reuniões em vários pontos turísticos de Brasília com um propósito de vida: compartilhar o conhecimento que adquiriu com a yoga a
quem se interessar, de forma aberta, livre e democrática. “Yoga transforma a vida das pessoas e os
benefícios são visíveis”. Andrea afirma que o principal objetivo do projeto é transmitir tranquilidade,
paz e oferecer oportunidades para que as pessoas
percebam a beleza de Brasília. “Quero mostrar a
cidade por todos os ângulos e por meio do que eu
sei fazer de melhor”. A professora disse que a ideia
do projeto surgiu em uma viagem para Buenos Aires. “Eu conheci na Argentina o projeto Vibra Yoga
e achei a iniciativa genial”, revela. Ela conta que
após aplicar essa ideia em Brasília, o projeto tem
angariado novos adeptos a cada encontro. Para
Andrea, yoga é um estilo de vida no qual se busca
adotar hábitos que nos levam a viver melhor. “É
uma gama de ferramentas que favorece o equilíbrio
e a harmonia mental e emocional”. Para participar
não é necessário conhecimento. As aulas são para
iniciantes. Basta levar um colchonete ou toalha
para cobrir o chão onde o aluno fará a prática.
22 Revista Fecomércio DF
Foto: Raphael Carmona
Há 20 anos surgia a biblioteca Dorina Nowill,
a única biblioteca pública exclusiva em braile
existente em Brasília. Localizada em Taguatinga,
o local tem o papel de incluir os deficientes visuais no universo da leitura. Sua fundadora, Dinorá
Couto Cançado, de 62 anos, é professora aposentada, mas cuida da biblioteca como se fosse sua
segunda casa. Com apenas sete funcionários e em
média 15 voluntários, ela desempenha a função
de ler livros a quem não tem visão. O local conta
com mais de 2 mil exemplares de livros em braile. Dinorá conta que a biblioteca proporciona um
ambiente de inclusão e reencontro com a vida aos
deficientes visuais que ali frequentam. “Temos
muitos casos de deficientes visuais que renasceram, ressurgiram para a vida de um modo geral.
Eles vivem aqui um verdadeiro resgate de cidadania”, destaca. Algumas dificuldades também são
enfrentadas pela biblioteca por ela ser instalada
em um local público, como a insegurança e a falta de apoio do governo. “Vivemos aqui um total
desemparo por parte dos governantes, não há
apoio”, lamenta. Para ela, falta um olhar de amorosidade por parte dos órgãos do GDF pelo que é
feito no local.
Cinco
perguntas
para Allan Alves
Bibliotecas em
coletivos
//Por José do Egito
Foto: Raphael Carmona
Uma atitude criativa e repleta de solidariedade
foi suficiente para o cobrador Antônio da Conceição Ferreira, da Viação Piracicabana de Brasília,
descobrir nos livros uma oportunidade de educar e
mudar a vida de passageiros que passam horas nos
ônibus diariamente para estudar ou ir ao trabalho.
Com uma ideia simples, Antônio fez com que o caixa
do coletivo virasse estande para clássicos como os
de Clarice Lispector e Castro Alves e virasse o Cultura no Ônibus. Segundo Antônio, o projeto ganhou
o reconhecimento da empresa Piracicabana, e o
rodoviário foi liberado da função há dez meses para
expandir a iniciativa para 30 coletivos. “Os leitores
podem ficar totalmente à vontade para pegar os livros. A ideia é que passem de mão em mão e sejam
lidos por todos. Mas o passageiro cativo, que pega
o ônibus todos os dias, sempre devolve”. Antônio
lembra que o projeto surgiu da paixão pelos livros e
pela literatura. Nascido no interior do Maranhão, ele
trabalhou ainda na infância para ajudar os pais agricultores. “Não sabia nem soletrar direito. Tive a felicidade de receber a ajuda de uma professora que se
sensibilizou com minha dificuldade”. O projeto dentro dos ônibus foi se tornando conhecido, e Antônio
passou a receber cada vez mais doações de livros.
Para ele, o envolvimento das pessoas com os livros
é seu incentivo a continuar. ”E a cultura vai sendo
produzida e espalhada de pouco em pouco”, garante.
Allan Alves, 28 anos, é formado em Publicidade e
atualmente proprietário do Aleatório Galeria e
Bar, na 408 Norte.
O porquê de unir galeria e bar no mesmo local?
O ponto de partida foi criar um local onde
qualquer pessoa que vá se sinta bem, de forma
completa, em todos os sentidos.
Qual o diferencial do local?
O conceito traz arte e surpresa em tudo que é
feito. Para garantir a aleatoriedade, as artes
expostas são trocadas e o chef tem sempre
liberdade para testar e inventar novos sabores.
Como foi a criação da identidade visual do local?
Por meio de votação no Facebook. As pessoas
apresentaram o briefing com as
propostas e a mais votada deu
origem à logomarca.
Qual foi sua inspiração para a
concepção do bar?
Uma referência foi o Caos, na
Rua Augusta, em São Paulo, que
mistura balada com antiquário.
Qual o público-alvo?
Gostamos de
misturar e essa é
a ideia também
com o público.
São todos bemvindos.
Revista Fecomércio DF 23
Raphael Carmona
//Por Gabriela Vieira
terceirização
Fernanda Lima
dona da Maria Brasileira, empresa
que dispõe de profissionais
para limpeza e serviços, como
doméstica, passadeira e diarista
Negócio
promissor
//Por Sílvia Melo
Fotos: Raphael Carmona
Empresários apostam no setor de serviços
domésticos, facilitando a vida dos clientes
A
sanção da PEC das Domésticas em 1º de junho de 2015
(Lei Complementar 150), que
regulamenta a Emenda Constitucional 72, em vigor desde 2 de abril de
2013, e garante os novos direitos aos
trabalhadores dessa área encareceu um pouco mais para as famílias
manterem os empregados domésticos. Com isso, empresários do Distrito Federal passaram a apostar em
um nicho que está em crescimento
e tem ajudado muita gente: a oferta
dos serviços domésticos. Ao encarar essa oportunidade de negócio,
os empresários estão facilitando a
vida de quem precisa do serviço e,
ao mesmo tempo, contribuindo para
24 Revista Fecomércio DF
evitar o desemprego no setor.
Estudo do Ministério da Previdência Social, com base na Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) 2013, mostra que o crescimento da participação dos domésticos na população ocupada passou
de 41,1%, em 2012, para 44,4%, em
2013. De acordo com o Sindicato dos
Empregados Domésticos do Distrito
Federal e das Cidades do Entorno,
existem atualmente 85 mil empregados domésticos no DF. “Esse espaço
não é ocupado somente por empregada doméstica, mas por toda a categoria, como faxineiras, diaristas,
babás, cozinheiras, arrumadeiras,
copeiras, mordomos, motoristas de
residências, governantas, vigilantes
residenciais, enfermeiras de residência, caseiros, jardineiros, acompanhantes de idosos e motoristas de
casa de família”, explica Antonio Ferreira Barros, presidente do sindicato.
Barros afirma que a aprovação
da PEC não levou ao aumento de demissões no setor como estava sendo
especulado. “Não está tendo demissão. Continua a mesma coisa porque
é uma mão de obra em que a procura
é grande. É melhor manter um empregado doméstico na residência,
porque sai muito mais em conta do
que mandar a roupa para uma lavanderia, colocar o filho em uma creche,
almoçar fora com a família em um
restaurante, enfim. Apesar desse
aumento na contribuição mensal a
cargo do empregador, ainda é mais
barato manter um empregado doméstico na residência”, destaca,
lembrando que um dos itens regulamentados pela PEC foi o “Simples
Doméstico”, que deverá ser utilizado
a partir do pagamento do mês de
outubro de 2015. Com ele, o empregador doméstico poderá recolher o
INSS (8% do patrão e de 8% a 11% do
empregado), FGTS (8%), antecipação
da multa do FGTS (3,2%), seguro acidente de trabalho (0,8%) e Imposto
de Renda, caso haja.
De olho nesse mercado, o ex-bancário Wyllyan Soares, de 26
anos, investiu com um primo em
uma franquia da empresa de limpeza
House Shine. Funcionando em Águas
Claras desde julho de 2013, o negócio tem como foco clientes dessa região, mas presta serviço também no
Guará, Sudoeste e em Taguatinga.
Todos os 18 funcionários da empresa
atualmente trabalham com carteira
assinada e recebem todos os direitos
trabalhistas previstos em lei. “Decidi
investir porque vi uma possibilidade
boa de levar serviços de limpeza com
mais profissionalismo para as residências. Com a empresa, o cliente
paga um pouco mais, só que tem garantia do serviço realizado”, explica.
Depois da aprovação da PEC das
Domésticas, o número de pedidos de
diárias de limpeza aumentou. “Quando abri a empresa, não existia essa
questão da PEC, mas tenho notado
que ela ajudou bastante na incorporação de novos clientes”, comemora.
Segundo ele, alguns clientes tiveram
que dispensar seus empregados devido aos encargos que aumentaram.
“Uma de minhas clientes faz faxina três vezes por semana. Ela tinha
uma diarista, mas, com a aprovação
da PEC, precisaria assinar carteira
de trabalho e pagar todos os direitos.
Com essa crise pela qual estamos
passando, que reflete na redução do
poder aquisitivo, ela preferiu contratar a empresa, que, além da faxina, já
paga todos os direitos dos funcionários”, explica o empresário. A House
Shine realiza serviços de manuten-
“Ainda é mais
barato manter
um empregado
doméstico na
residência”
Antonio Barros
presidente do Sindicato
dos Empregados
Domésticos do DF
ção, que é a limpeza de rotina, faz
limpeza pós-obra, de pré-mudança,
pós-mudança e também passadoria.
Para a realização desses serviços,
são enviadas duplas de diaristas. O
menor valor cobrado é R$ 120, já incluindo os materiais.
Também aproveitando a oportunidade de negócio nessa área, a
empresária Fernanda Rodrigues
Lima, de 26 anos, abriu com a irmã,
em novembro de 2014, a franquia
de limpeza Maria Brasileira, na Asa
Norte. “Tínhamos o desejo de abrir
nosso negócio e foi no auge da PEC,
que estava em pauta no Senado, que
procuramos por franquias. Juntamos dois fatores: o baixo custo de
operação e um negócio promissor,
por conta da mudança no modelo de
contratação desse serviço”, explica
Fernanda que, dentro de um leque
de serviços que estão no portfólio da
franquia, resolveu focar na qualidade
do serviço de limpeza. “Para alguns
profissionais, como piscineiro e empregada doméstica, fazemos apenas
o recrutamento. Dentro da nossa
empresa temos passadeira, diarista
e um jardineiro que faz parceria. São
essas três modalidades”, destaca.
No total, a Maria Brasileira possui cinco franqueados no Distrito
Federal que atendem no Guará, na
Asa Sul, no Lago Sul, no Sudoeste,
em Águas Claras e em Taguatinga. A
franquia de Fernanda é responsável
pelo atendimento em Sobradinho,
Lago Norte e Asa Norte. Além dos
profissionais passarem por processo
de seleção e depois por treinamento, eles fazem reciclagem a cada
dois meses. O material utilizado é do
cliente. Mas se ele preferir, a empresa pode fornecer por meio do pagamento de uma taxa de R$ 75.
Sobre a PEC
Após a sanção da PEC das domésticas que passou a vigorar a partir de 1º de junho de 2015, os patrões têm até 120 dias para cumprir
as novas regras, ou seja, a partir de outubro. Foram regulamentados
a Redução do INSS do patrão de 12% para 8%, o controle de ponto
pelo patrão, a dedução do INSS no Imposto de Renda, o refinanciamento de dívidas do empregado com o INSS (REDOM) e a guia única
de recolhimento de encargos trabalhistas (Simples Doméstico). Os
novos direitos adquiridos foram adicional noturno, FGTS, indenização em caso de despedida sem justa causa, seguro-desemprego,
salário-família, auxílio-creche e pré-escola e seguro contra acidentes de trabalho. Cabe ressaltar que a PEC não vale para as diaristas
que trabalham em uma mesma casa até duas vezes na semana.
Revista Fecomércio DF 25
mercado
Tenha o Senac dentro
da sua empresa
//Por Por Luciana Corrêa
Núcleo de Negócios promove consultorias gratuitas voltadas para as
reais necessidades de cada negócio
O
s empresários do Distrito
Federal sabem quanto custa
e a importância de uma consultoria, principalmente quando se
trata de trabalhar as melhorias do
negócio. O que alguns não sabem é
que o Senac do Distrito Federal possui
esse serviço totalmente gratuito para
os empreendedores. Desde a sua
criação no DF, em 1967, a instituição
se preocupa com o atendimento ao
mercado, com foco em impulsionar
as vendas dos setores do comércio de
bens, serviços, turismo e saúde.
Por meio do Núcleo de Negócios
Estratégicos (NNE), o Senac envia
uma equipe até o local, sem nenhum
custo, para fazer uma visita técnica
e gerar um diagnóstico customizado da empresa. Nessa consultoria
são avaliadas as necessidades reais
do negócio e até o levantamento de
questões que o empresário pode não
ter percebido ainda. De acordo com
a coordenadora do NNE, Margareth
Bicalho, assim que é feita essa análise, um curso do Senac será adaptado
ao perfil da empresa. “Sendo bem
clara: montamos o curso com a cara
da empresa. É uma customização que
não importa o tamanho ou perfil dela.
O que queremos é ouvir e atender às
necessidades do mercado, com um
alinhamento pedagógico entre o Senac e a empresa”, explicou. A equipe
é formada pela coordenadora e apoios
1
para visita e elaboração de propostas.
O atendimento do NNE independente do perfil, porte, número de funcionários, entre outros dados. Do MEI
às multinacionais, o curso será elaborado com a mesma excelência, em
qualquer local do Distrito Federal. Podem ser escolhidos cursos das áreas
de gestão, gastronomia, informática,
comunicação, imagem pessoal ou
saúde. A empresa pode escolher o
perfil em que deseja a qualificação
do seu profissional, podendo ser no
formato de palestras, workshop,
oficinas, com carga horária de quatro
horas, e a partir de 20 horas, as opções são os cursos básicos, técnicos,
extensões ou pós-graduações. “Para
solicitar a consultoria, o único passo
que o empresário precisa dar é o de
ligar para o setor e marcar uma data”,
incentiva Margareth.
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Revista Fecomércio DF 27
comércio
Na Pizza Hut,
com um tablet, a recepcionista
tem acesso a todas as reservas
feitas pelos diversos canais
Facilidades para os clientes
//Por Sílvia Melo
Fotos: Joel Rodrigues
Restaurantes e bares do DF oferecem opções que facilitam a vida dos
clientes e dos próprios empreendedores
É comum amigos se reunirem
em bares e restaurantes para uma
happy hour em que podem colocar o papo em dia, estreitar laços
de amizade ou simplesmente jogar
conversa fora. Porém, o momento de descontração e lazer pode se
tornar estressante na hora de pagar
a conta. Isso porque, embora algumas pessoas não se importem em
dividir o valor final com a quantidade
de amigos que tem no grupo, outras,
por consumirem pouco, preferem
pagar somente o que pediram. Com
isso, perde-se bastante tempo conferindo cada item consumido e so28 Revista Fecomércio DF
mando os valores correspondentes.
Pensando em facilitar a vida dos consumidores, alguns estabelecimentos
do Distrito Federal estão investindo
em diferenciais que podem fidelizar
o cliente. Conta detalhada com o
consumo de cada pessoa da mesma
mesa, comandas individuais e até
mensagens para o celular informando sobre disponibilidade da mesa são
alguns desses diferenciais.
Inaugurado em junho deste ano
no Pátio Brasil Shopping, o Madero
Steak House, que além dos famosos hamburgers, oferece aos seus
clientes tradicionais opções de car-
nes, massas, sanduíches gourmet,
entradas, saladas e sobremesas especiais, tem se destacado também
pela forma de cobrar a conta, com
os itens consumidos apresentados
separadamente, de acordo com o
pedido de cada cliente. O sistema é
utilizado nos mais de 40 restaurantes da rede. “Por meio de um software, as pessoas são identificadas
pela posição onde estão sentadas.
Cada cliente tem a sua posição definida dentro da mesa”, explica Junior Carrilho, sócio gestor da filial do
Madero do Pátio Brasil.
O sistema foi implantando por-
que a rede costuma receber muitos
grupos, seja de trabalho, de família ou de amigos, e muitas pessoas preferem pagar suas contas de
forma separada. As vantagens são
a economia de tempo e satisfação
do cliente, que não precisa ficar
constrangido ao ter que somar item
por item. “Com a conta separada, o
cliente já olha o valor dele, não precisa ficar somando, e o atendente
logo passa o cartão. Se o cliente quiser pagar separado, antes de todo
mundo ir embora, ele pede a parcial
só da posição dele, do que ele consumiu, paga, damos baixa na mesa
e as outras pessoas continuam usufruindo do restaurante”. Carrilho
destaca que esse é um investimento
que vale a pena. “Diminuimos o tempo de permanência de um atendente
de três a quatro minutos em mesas
grandes na hora de cobrar a conta.
Então, o atendente ganha uma hora,
que agora ele tem para dar atenção
aos demais clientes”.
Para Carrilho, ser inovador é
essencial para se destacar no mercado competitivo. “Com certeza a
evolução faz parte de tudo. Se o empresário não for inovador, o negócio
dele vai ficar para trás”, destaca,
informando que a rede pretende implantar mais inovações. “Acabamos
de inaugurar nossa fábrica em Ponta Grossa, no Paraná, onde investimos mais de R$ 30 milhões para
melhorar ainda mais os cortes de
carnes, a forma como é feito o hamburguer, o pão. Tudo agora é feito
com tecnologia pensando sempre
em nossos clientes”, afirma.
por meio de uma empresa terceirizada, um sistema pelo qual o cliente
pode fazer sua reserva por meio do
site dessa empresa, por meio do site
do restaurante - este ainda em fase
de implantação, e no local. “Esse
sistema tem um site onde estão cadastrados alguns restaurantes e o
cliente pode fazer reserva de mesa
lá. A partir do momento que o cliente
faz essa reserva, nós recebemos, no
aplicativo, no nosso site ou por email,
o nome do cliente, horário e demais
informações da reserva”, explica o
franqueado Rogério Laudares.
Com um tablet, a recepcionista
do restaurante tem acesso a todas as
reservas feitas pelos diversos canais.
“Esse tablet acessa o site do parceiro que trabalha também com lista de
espera. Então, a partir do momento
que o cliente chega ao restaurante,
informa o nome e telefone dele, gera-se um cadastro que depois podemos usar como email marketing
ou de envio de SMS. Assim, temos
a facilidade de controle melhor das
reservas e não precisamos dar um
dispositivo para o cliente, que fica
apenas com o celular dele”.
Assim que o telefone é cadastrado, o cliente recebe uma mensagem informando sobre o cadastro
e o tempo de espera para a mesa.
Quando a mesa é liberada, a recepcionista envia mensagem para o
celular do cliente. “O investimento
valeu a pena. É um diferencial. Os
clientes adoram. É uma novidade
que agrada o cliente e está facilitando a nossa operação”, conclui.
COMANDA INDIVIDUAL
O sistema de comanda individual é um método mais tradicional,
porém são poucos os lugares que
oferecem esse serviço em Brasília.
Mas quem investe nessa facilidade
não tem do que reclamar. A churrascaria Buffalo Bio, localizada na
EPTG, é um dos estabelecimentos
que oferecem essa opção quando o
cliente pede.
“Normalmente esse tipo de comanda é utilizado por grupos grandes, quando cada um quer pagar o
seu. É uma vantagem tanto para a
empresa quanto para o cliente, pois
na hora de fechar ou quando alguém
quer sair mais cedo facilita para calcular o que cada cliente consumiu.
Ela é utilizada muito nas comemorações de aniversários e o cliente já
faz a reserva pedindo esse serviço”,
explica Elias Maroneze, gerente da
churrascaria.
No Madero,
a comanda tem os itens
consumidos apresentados
separadamente, de acordo
com o pedido de cada cliente
NA FILA DE ESPERA
Especializado em culinária italiana, onde o carro-chefe são as pizzas, o restaurante Pizza Hut da 405
Sul tem um volume alto de reservas
e fila de espera. Para melhorar o
atendimento ao cliente e centralizar
os diversos canais de reserva que
possui, implantou há dois meses,
Revista Fecomércio DF 29
tecnologia
PARA IMPULSIONAR
Antes limitado a
grupos de amigos
ou familiares,
o aplicativo
WhatsApp passou
a ser usado como
ferramenta
comercial por
várias empresas
30 Revista Fecomércio DF
AS VENDAS
//Por Andrea Ventura Fotos: Joel Rodrigues
Aplicativo com cerca de 700 milhões de usuários em todo o mundo,
o WhatsApp permite a troca de mensagens de texto e de voz entre os
usuários cadastrados. A facilidade na utilização do aplicativo despertou
o interesse de empresas que veem na plataforma um filão para crescimento nas vendas. Mas apesar de as mensagens trocadas no aplicativo
terem a característica da informalidade, as empresas que o utilizam
devem observar algumas regras para não incomodar os clientes.
O head de Planejamento da agência digital Eden Wiedemann acredita que o WhatsApp seja um dos principais responsáveis pela inclusão
digital. “Não importa classe social, nível educacional ou localização
geográfica, ele está lá. Entre universitários, executivos de grandes empresas, amigos de boteco ou mesmo entre operários de uma obra”,
explica. Para ele, as operadoras de celular viam o aplicativo como um
trunfo, enquanto podiam usá-lo para angariar mais clientes. “Mas agora ele virou um vilão (com ligações gratuitas – de péssima qualidade,
mas gratuitas). Talvez sejam os únicos que tenham uma visão negativa
sobre o aplicativo. No geral, é uma nova forma de se comunicar que
atinge muita gente. É uma ferramenta inovadora”, avalia Eden.
O executivo ressalta que o uso do aplicativo por empresas deve ser
criterioso. “A grande bobagem que estão fazendo é usá-lo para disparar spam, o que já fazem com SMS ou ligações de telemarketing.
Assim, o resultado é reduzido para quase zero, valendo apenas pelo
baixo custo de operar nesse formato. Bem, valendo a pena entre aspas, porque algumas vendas podem ser efetuadas, mas a percepção
da marca certamente vai ao chão”, define.
Outra dica que Wiedemann dá é sobre a “etiqueta” no uso do aplicativo. “Spam não pode. Forçar a mão para falar com quem não quer
ouvir é errado. Também não faz sentido abrir um canal com o consumidor e não interagir, assim como não vale interagir de forma errada,
deixando isso na mão de gente que não sabe se comunicar”, afirma. E
ensina: “existem diversas formas de usar o aplicativo de forma inteligente. Que tal criar um canal para que o usuário tire dúvidas técnicas?
Que tal receitas com chefs para um produto para cozinha? Abrir um
SAC? Montar um grupo para falar sobre novidades na área? Ou um
grupo de apreciadores do produto? Que tal um grupo com promoções
especiais, só para aqueles clientes alfa?”, sugere.
VENDAS ESTIMULADAS
O empresário Rafael Faria, da
Boutique dos Sucos comercializa
seus produtos em uma loja física
e também em locais de revenda, e
utiliza o aplicativo desde o início da
abertura da loja, há um ano. “A utilização do WhatsApp é diária desde
o primeiro dia em que a empresa
abriu. O maior motivo para utilização é a facilidade em poder entrar
em contato com nossa Central de
Vendas sem a necessidade de fazer
uma ligação. Poupa tempo. Outra
vantagem é devido ao histórico de
conversas, por meio do qual resgatamos dados e comprovantes de
pagamento”, explica.
Para ele tem dado resultado utilizar a ferramenta na sua empresa,
que fabrica sucos prensados a frio,
sopas de baixa caloria e leites vegetais. As vendas estimuladas pelo uso
do aplicativo não ocorrem por meio
de grupos. São feitas em conversas
individuais ou ligação telefônica nos
números da Central de Vendas.
Segundo Rafael há restrições
ao usar o aplicativo para fins comerciais. “A única coisa proibida é
responder ao cliente com áudios ou
linguagem muito informal. O envio
de imagens é aceitável, levando em
consideração que podemos enviar
cardápios e receber comprovantes
de pagamento. Utilizamos o aplicativo de forma despretensiosa e leve,
sem grandes protocolos. O objetivo
é atender meu cliente de maneira
satisfatória, finalizar a compra e facilitar a vida ao poupar o tempo de
todos nós”, afirma.
LISTAS DE TRANSMISSÃO
A empresária Priscila Luisa
Santos Silva utiliza frequentemente o aplicativo para vender roupas
femininas. “Posto no Instagram e
as pessoas entram em contato por
meio do WhatsApp para saber mais,
como tamanho e cores disponíveis”,
revela a microempreendedora in-
Rafael Faria: “a utilização
do WhatsApp é diária desde
o primeiro dia em que a
empresa abriu”
WhatsApp – Pontos positivos:
Criar um canal de comunicação com o cliente
Criar um grupo para clientes especiais
Criar um grupo para dicas de utilização do produto
Especificar o público que se quer atingir
Com muitos usuários, o aplicativo alcança muita gente
É ágil, poupa tempo
É seguro
Registra as conversas
WhatsApp – O que não é bom:
Usar para mandar spam
Não estar preparado para responder
ou resolver questões e dúvidas dos clientes
Linguagem muito informal
Revista Fecomércio DF 31
dividual. Ela não possui loja física e
antigamente as pessoas iam até sua
casa para ver as roupas. Agora, ela
faz a entrega das peças. “Hoje em
dia não se usa mais o telefone. As
pessoas tiram dúvidas e o negócio é
feito pelo WhatsApp”, conta.
A empresária possui grupos
de clientes, chamados de listas de
transmissão - cada um com um
perfil. Em cada um, há cerca de 100
consumidores cadastrados. Semanalmente, ela posta fotos para atrair
as clientes. “Com o WhatsApp, as
vendas aumentaram bastante, cerca de 50%. Além de ser bastante
seguro, já que não preciso abrir a
porta de casa”, revela. Ela cita as
vantagens e desvantagens em usar
a plataforma. “É seguro porque faço
o negócio pelo celular e com isso
reduzo custos e não preciso de uma
loja física. O lado ruim é quando
não se usa o aplicativo corretamente – enviando muitas imagens, sem
consultar o cliente”. A empresária
afirma que não usa os grupos do
aplicativo. Ela cria uma lista de transmissão, de forma que as mensagens
sejam enviadas sem a interação de
um grupo, apenas individualmente.
Para estimular as vendas ela também faz promoções com as clientes.
“Fazemos quinzenalmente e a resposta é muito positiva. As promoções
dão muito certo e estimulam as vendas”, conta.
ESTRATÉGIAS FOCADAS
Com 25 anos de Brasília, a loja de
roupas femininas 2 Tempos passou
a adotar há cerca de um ano e meio
o uso do WhatsApp. A estratégia foi
utilizar essa plataforma na comunicação externa, com os clientes e interna, com as funcionárias. “Em vez
de tirar as gerentes das lojas, hoje
são quatro lojas – reduzimos esse
tempo que seria gasto em reuniões
presenciais e fazemos por meio da
plataforma. Agora as reuniões presenciais ocorrem somente a cada 15
32 Revista Fecomércio DF
dias. As semanais são por meio do
WhatsApp. Isso evita que a gerente
se desloque até o local de reunião”,
conta o sócio-proprietário, Carlos
Augusto Moura. Para o empresário,
os grupos do aplicativo são um pouco chatos. “Por isso pensamos em
usar de forma positiva, sem usar a
tecnologia por usar, para agregar
valor e a avaliação é positiva por
conta do registro, dá para salvar. E
com isso podemos ver as ações que
têm que ser tomadas. Tem ajudado
bastante”, completa.
Já com o cliente, Carlos Augusto afirma que é uma relação
delicada. “Passamos a informação, nada criado pelas vendedoras
e sim pela parte do nosso setor de
criação. Mandamos uma imagem,
porque moda é ligada à imagem e
vem sempre um texto explicando –
uma dica de estilo, por exemplo”,
diz. Hoje são 3,5 mil clientes cadastradas. Temos o cuidado de, antes
de acrescentar o nome da cliente,
consultá-la previamente”, explica.
Com o uso do aplicativo, o retorno é muito maior do que o e-mail.
No correio eletrônico era de 3%, no
WhatsApp é de 20%, garante o proprietário. “Por isso, hoje deixamos o
e-mail em segundo plano da nossa
estratégia. Acho que funciona muito
para essa comunicação de agregar,
criamos uma mensagem para a
pessoa se manifestar, caso ela não
queira mais receber aquela mensagem. Esse cuidado é uma preocupação nossa – em não incomodar as
pessoas”, afirma.
Em breve, a loja planeja realizar promoções para as clientes
que estão cadastradas no aplicativo, como uma forma de estimular
e prestigiar seu público fiel. Outro
ponto importante em relação ao
WhatsApp diz respeito ao uso pelos
funcionários no horário de trabalho.
Para evitar que as vendedoras usem
seus smartphones durante o atendimento, o empresário adota medidas
para as 24 vendedoras da rede.
“Temos um controle interno –
para que elas não utilizem o celular
enquanto estão atendendo. Sabemos
que todas as pessoas usam – então
vamos usar para o bem do negócio.
Usar o celular no estoque sem que
atrapalhe a circulação do negócio. A
vendedora que está na vez – a próxima que vai atender não pode atender
o celular, não pode estar nem com ele
no bolso. Quando for a última da vez,
pode ir ao estoque e responder a suas
mensagens pessoais e mandar para
as suas clientes cadastradas. Esse
sistema tem dado certo”, explica.
Carlos Augusto divulga produtos e faz reuniões pelo aplicativo
inscrições
Aberta a temporada de palhaçaria
//Por Andrea Ventura
Foto: Raphael Carmona
Sesc recebe material de
artistas interessados em
participar do Festclown
para os idosos
U
m dos maiores festivais internacionais sobre o tema
da América Latina, o Sesc
Festclown está com as inscrições
abertas. Interessados têm até o dia
11 de dezembro para enviar o material. Esta será a 14ª edição do Sesc
Festclown – Festival Internacional
de Palhaços. O evento é aberto a
companhias do Brasil e do mundo.
O curador do festival, Rogero
Torquato, ressalta que o objetivo
é democratizar o acesso tanto do
público quanto dos participantes.
“Com essa ação democratizamos
ao máximo o acesso de companhias nacionais e internacionais,
para que possamos conhecer cada
vez mais companhias e possibilitar
o intercâmbio de grandes estrelas
da palhaçaria, com jovens talentos”, ressalta.
Participante de todas as edições
anteriores, com a companhia Circo
Teatro Artetude, Ankomárcio Saúde
avalia que o Sesc Festclown é um
dos festivais de maior referência do
mundo. “Recebe participantes de
diversos países, além de um público
diversificado, com todas as classes
sociais. É fundamental que o palhaço esteja atento e conectado, para
que, além de se apresentar, possa
trocar experiências com outros artistas. Além disso, o festival construiu uma história marcada na vida
do palhaço e do público”, explica.
Uma comissão julgadora avaliará o material no período de 11 de
janeiro a 29 de fevereiro de 2016.
Os interessados devem enviar um
vídeo com a montagem na íntegra,
fotos em alta resolução, informações, fichas e necessidades técnicas sobre o grupo e artistas para o
Sesc-DF – Coordenação de Ações
Culturais/Sesc Festclown. O endereço para a correspondência é: SIA
Trecho 2, lote 1130 – 2º andar. CEP:
71200-020. Brasília-DF.
SESC FESTCLOWN
O Festival Internacional de Palhaços – Sesc Festclown já faz parte do calendário cultural da cidade.
A edição de 2016 ocorrerá de 11 a
15 de maio. O Festival reúne a tradição do circo, com espetáculos
inéditos encenados por convidados
da cidade, do Brasil e do exterior.
Além da vasta programação apresentada na Funarte, espetáculos
são encenados em vários outros
locais da cidade. O Sesc Festclown é reconhecido como um dos mais importantes
festivais do gênero, que tem por
objetivo a capacitação de artistas
da área, que dispõem de poucos
cursos específicos no Brasil. Outra
meta é divulgar o trabalho de artistas circenses e, também, levar arte
e diversão ao público.
Inscrições Sesc Festclown
Período: 13 de outubro
a 11 de dezembro
Informações: +55 61 3218 9189
[email protected]
@sescdf
/sescdistritofederal
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Revista Fecomércio DF 33
capa
Então
é Natal!
Comerciantes apostam
em decoração inovadora,
promoções e treinamento
de terceirizados para
recuperar as vendas
perdidas durante o ano
//Por Fabíola Souza e Liliam Rezende
N
atal é a época mais esperada pelo comércio
varejista. É o momento
de recuperar as vendas
perdidas ao longo do ano, preparar
a equipe e impulsionar o faturamento das empresas. Com o 13º salário
no bolso, o consumidor está propício
a gastar, então é a oportunidade do
lojista investir na vitrine, com novidades do mercado para conquistar o
consumidor.
O presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana, explica que a data
natalina envolve todos os segmentos do comércio e que os clientes
aproveitam, inclusive, para fazer a
substituição de alguns produtos domésticos para receberem familiares
e amigos. “O aumento nas vendas
também se refere ao 13º salário e
à cultura de presentear as pessoas
34 Revista Fecomércio DF
Fotos: Joel Rodrigues
mais próximas”, explica. Em relação
às vagas de emprego temporário,
Adelmir aponta que o trabalhador
deve ficar atento e encarar a oportunidade não apenas como um trabalho
temporário, mas como uma chance
de efetivação. “O bom desempenho
do funcionário, aliado à vontade de
crescer no ambiente profissional,
são fundamentais para a entrada no
mercado”, ressalta Adelmir.
Outra característica que atrai
os consumidores para o comércio
é a decoração natalina. Neste ano,
os temas são variados, mas o Papai
Noel é figura cativa nos shoppings
da cidade. Dessa forma, os centros
de compras aproveitam a data para
mudar o desempenho de vendas,
que ficou abaixo da média este ano.
Como estratégia, a maioria dos centros comerciais estenderá os horá-
rios de funcionamento para deixar
os consumidores mais à vontade na
hora da escolha dos presentes.
A cada ano as decorações natalinas são um show à parte no calendário das festas de fim de ano, nas ruas,
lojas e em cidades do Distrito Federal. A inovação na decoração desses
grandes centros comerciais pode
ser vista entre novembro, dezembro
e começo de janeiro, cada uma com
um tema novo e encantador. A capital tem 17 shoppings e dificilmente
um visitante encontra algo repetido
na decoração dos empreendimentos.
Os shoppings do Distrito Federal
farão uma disputa acirrada pela preferência dos consumidores, que poderão escolher o lugar para comprar
seus presentes entre os diversos tipos de prêmios que serão sorteados,
como carros, celulares e viagens.
CONHEÇA AS NOVIDADES
O primeiro centro de compras
que deu início à temporada de vendas
para o Natal foi o Pátio Brasil. Com
o tema “Natal do milhão Pátio Brasil”, o prêmio deste ano será o valor
de R$ 1 milhão para o sorteado em
dez parcelas de R$ 100 mil mensais,
a partir de janeiro de 2016. Para participar, é necessário comprar R$ 350
em produtos. A promoção teve início
em 27 de outubro (dia do aniversário
de 18 anos do shopping), e segue até
4 de janeiro. O Papai Noel chegou 31
de outubro com o objetivo de estimular as compras e, dessa forma, o empreendimento pretende aumentar as
vendas em 10%, além de ter um fluxo
de 25% a mais de clientes em relação
ao mesmo período do ano passado.
Para isso, o shopping investiu R$ 3
milhões em decoração, premiação e
divulgação.
O Boulevard escolheu como temática “Ursos Polares”, com uma
ornamentação rica em detalhes e
com toda a magia que a data proporciona. No dia 7 de novembro, o bom
velhinho chega ao mall para receber os clientes e também inaugurar
a decoração deste ano. Do ponto de
vista promocional, a cada R$ 300 em
compras nas lojas, o cliente ganha,
na hora da troca das notas fiscais
pelos cupons, um vinho, e ainda concorre a nove aparelhos celulares e
um automóvel 0km. Os sorteios serão realizados no dia 5 de janeiro de
2016. Foram investidos R$ 700 mil
nas ações promocionais e o objetivo
é um crescimento de 25% no fluxo de
pessoas em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o Iguatemi terá o tema “Circo
de Natal”. A decoração será inaugurada dia 7 de novembro e o Papai
Noel estará por lá até 23 de dezembro. Para interagir ainda mais com
os consumidores, o shopping preparou uma ação digital que funcionará da seguinte forma: será uma
plataforma online para o cliente criar
o próprio cartão de natal com uma
mensagem personalizada. Segundo
o centro de compras, o fluxo de pessoas costuma aumentar 50% no período do Natal em relação aos outros
meses do ano.
O Taguatinga Shopping escolheu
o tema “I love Christmas”, que será
uma efusão de bolas e leds vermelhos, com adereços dourados que
reforçam a magia do Natal. A decoração também será inaugurada dia
7 de novembro, já com a presença
do Papai Noel. Para animar os vendedores das lojas, o shopping lançou a campanha “Equipes do Bem”,
uma ação que visa treinar as equipes
de vendas com objetivo de fazer um
melhor atendimento aos clientes
com a utilização de estratégias diferenciadas. O shopping investiu R$
1,4 milhão nas ações promocionais e
espera para este ano um crescimento de 4% no fluxo de pessoas e 5% de
aumento nas vendas, em relação ao
mesmo período do ano anterior.
Na decoração interna, o Conjunto
Nacional escolheu o tema “O Incrivel
Mundo dos Brinquedos”, diante da
qual os visitantes se sentirão pequeninos diante de objetos tão grandes.
A decoração da fachada também
proporcionará um momento mágico
quando sua bela iluminação for ace-
sa. O evento de abertura será no dia
7 de novembro, com a chegada do
Bom Velhinho. O shopping prepara
uma grande festa com música, teatro e brincadeiras. A praça principal
será transformada em um espaço
tecnológico, interativo e divertido. O
Conjunto prepara sorteios de prêmios, além da mecânica ComprouXGanhou (o cliente leva no ato da troca
um presente exclusivo). O investimento foi de aproximadamente R$
1,2 milhão na decoração e a previsão
é de que as vendas e o fluxo de pessoas tenham um incremento de 5%.
O tema escolhido pelo Brasília
Shopping para brindar o Natal 2015
é “Natal Azul com os Esquilos”. O
bom velhinho estará lá a partir do dia
1º de novembro. O centro de compras traz como prêmio de sua promoção de Natal um carro importado, com valor aproximado de R$120
mil. A partir do dia 16 de novembro,
a cada R$ 200 em compras, o cliente
pode concorrer ao supercarro. Em
2015, o Brasília Shopping investiu
R$1,7 milhão em sua Campanha de
Natal, valor 12% superior a 2014. O
shopping prevê um aumento aproximado de 10% em relação ao fluxo
de clientes, comparado ao ano anterior, totalizando um crescimento de
8% nas vendas.
Telmo Ximenes/Divulgação
Revista Fecomércio DF 35
capa
No dia 15 de novembro será a
vez do JK Shopping receber o Papai
Noel, junto à inauguração natalina,
que este ano será sobre a Festa de
Natal na Cidade Nevada. O tema remete à uma vila alemã que receberá
um trenzinho e as crianças poderão
passear embaixo da árvore de Natal
na praça central. Além disso, haverá uma máquina que fará nevar no
cenário. A cada R$ 100 em compras
os clientes do JK Shopping ganharão um cupom para concorrer aos
prêmios: um automóvel e um vale-compras no valor de R$ 50 mil. Para
atrair o consumidor, foram investidos R$ 750 mil nas ações promocionais e espera-se um crescimento de
30% no fluxo de pessoas e 25% de
aumento nas vendas, em relação ao
mesmo período do ano anterior.
TEMPORÁRIOS
O Instituto Fecomércio realizou
uma pesquisa com 315 lojistas de
shopping e de rua, de 12 segmentos
diferentes, entre os dias 23 e 24 de
setembro e constatou que a contratação de trabalhadores temporários
para atuar no comércio brasiliense
durante o Natal será menor neste
ano na comparação com 2014. De
acordo com o estudo, 23,5% dos empresários farão contratações temporárias. No ano passado, no entanto,
na mesma época do ano, o índice era
de 34,3%.
Entre os segmentos pesquisados, as lojas de calçados foram as
que apresentaram maior intenção
de contratação temporária (66,7%),
seguidas por chocolaterias (33,3%),
lojas de material esportivo (32,3%),
perfumaria (29,4%), loja de brinquedo (26,7%), vestuário (20,0%) e livraria (9,5%). Ainda segundo o estudo,
79,7% dos empresários afirmaram
que pretendem efetivar os temporários, 14,9% disseram que não vão
efetivar e 5,4% não sabem ainda se
irão contratar temporários. Os comerciantes também disseram que a
36 Revista Fecomércio DF
Vinícius Eid neste ano contratará cerca de 60 novos funcionários
Sharlene Ferreira: uma das contratadas para trabalhar no final do ano
maioria das contratações temporárias ocorre neste mês de novembro (54%).
Os principais critérios indicados para a seleção foram: disponibilidade de
tempo integral (48,6%) e experiência anterior (45,9%). Os segmentos pesquisados foram: Bares e Restaurantes; Calçados; Chocoletaria; Eletroeletrônico; Livraria; Loja de Brinquedo; Lojas de Departamento; Material Esportivo; Móveis/
Decoração; Perfumaria; Supermercado/Hipermercado e Vestuário.
De acordo com Dayan Santos Ferreira, gerente de Recursos Humanos
de 43 lojas da Polyelle e Mr.Foot no DF, existe a possibilidade de contratação.
“Para os temporários existe a chance de efetivação ou de uma nova chamada
para as demandas futuras”. Dayan aponta que a seleção começa na primeira
quinzena de novembro, para que os temporários recebam treinamento sobre
técnicas de vendas e apresentação pessoal, e em dezembro estejam prontos
para atender à demanda. “Sempre aparece muita mão de obra boa entre os
temporários. Então, aqueles que se sobressaem têm grandes chances de efetivação”, explica.
Para concorrer a uma das vagas,
o candidato deve ter 18 anos ou mais,
ensino médio completo e experiência
em vendas. O interessado pode atuar
no atendimento ou como vendedor e
deve se encaminhar a uma unidade
para tratar das condições gerais do
emprego (inclusos salários, benefícios e expediente).
Já Vinícius Eid, proprietário das
lojas Melissa e Chilli Beans na cidade,
conta que vai contratar temporários
no final de 2015. “Este ano contrataremos em torno de 40% menos que
em 2014. Ano passado selecionamos
90 temporários e este ano vamos ficar com 56 trabalhadores”. Vinícius
explica que deve direcionar esses
temporários para as lojas maiores,
no ParkShopping, Conjunto Nacional e Taguatinga Shopping. Apesar
da redução, Vinícius não considera
seu negócio em crise, e o fato de ter
investido em uma consultoria para a
empresa, três anos atrás, foi fundamental para esse cenário. “A consultoria me preparou para que hoje eu
tenha uma previsão de fluxo de caixa
com seis meses de antecedência e
assim possa continuar investindo,
tanto que até o fim do ano vou abrir
mais duas lojas no Shopping Sul”.
INOVAÇÕES QUE CONTAM
O início de outubro é muito cedo
para se pensar em Natal? Não, pelo
menos na opinião de alguns comerciantes da cidade. O fim de ano é
por excelência a época de maior lucro no comércio varejista e quanto
mais cedo começar a preparação,
melhor. Estamos falando das lojas
especializadas em artigos de decoração para a data festiva, que atendem à demanda de condomínios,
órgãos públicos, shoppings, do próprio comércio varejista comum e,
em menor escala, de consumidores
interessados em enfeitar a casa de
forma mais incrementada.
Geralmente, os proprietários
desse tipo de negócio percorrem
Revista Fecomércio DF 37
capa
feiras em São Paulo e lojas especializadas no exterior para conseguir as
novidades do mercado. Em setembro, abrem as portas para dar ao público-alvo a oportunidade de planejar
as compras. A maior parte de suas
vendas se concentra na segunda
quinzena de outubro e ao longo do
mês de novembro. O movimento só
começa a cair no mês de dezembro.
É o caso do Armarinho Novidades, no Taguacenter. Com 41 anos
de tradição, a loja foi criada pelo
casal Francisco de Souza e Zélia de
Azevedo. De acordo com as filhas,
Luciana e Mariza Leite, o mês que
tem maior fluxo de vendas no ano é
novembro, pois é quando as empresas e os clientes compram os artigos
para decoração. “Em dezembro eles
já vão estar com tudo pronto ou para
vender ou para entregar, quando for
alguma encomenda”, aponta Mariza.
As sócias acreditam que este ano
terá um aumento de 10% nas vendas
em relação ao mesmo período do
38 Revista Fecomércio DF
ano passado e um acréscimo de 15%
no fluxo de pessoas. “Recebemos
clientes de todas as classes socias,
então é muito grande o fluxo de pessoas”, diz Luciana. De acordo com
ela, a loja recebe uma média de mil
pessoas por dia e aos sábados esse
número aumenta para 1.800.
A loja está apostando em temporários para o período. “Contratamos
uma média de 10% a mais que em
2014”, afirma Luciana. Segundo ela,
os melhores sempre ficam. Para Mariza, a crise traz alguns benefícios,
um deles é que as pessoas procuram
se qualificar mais e isso contribui
para o mercado de trabalho.
Sharlene Ferreira, 30 anos, foi
uma das contratadas do Armarinho
Novidades neste final de ano. Ela
conta que já fazia três meses que
estava desempregada e entregou
currículos em lojas de shopping e no
Taguacenter, por ser mais perto de
sua residência. “Agora eu pretendo
mostrar o meu melhor e estou fa-
“O ganho chega a
aumentar de 50%
a 60% quando
entramos com os
produtos natalinos”
Carmem Marques
proprietária de loja especializada
em artigos de Natal
zendo de tudo para poder ficar”, diz.
Sharlene comenta que sempre trabalhou no comércio e gosta de lidar
com pessoas. “Para trabalhar no
comércio a pessoa tem que ser comunicativa, atenciosa, responsável
e não levar problemas de casa para
o trabalho. Não é apenas saber vender, tem outras qualidades que são
importantes”, conclui Ferreira.
Com estande na Feira dos Importados há mais de duas décadas
e ocupando um espaço há cinco
anos na 109 Sul, a Carmem Christmas foi uma das pioneiras na especialização em itens de decoração
de Natal no DF. A proprietária e
que dá nome à loja, Carmem Marques Lima, inicialmente trabalhava
apenas com artigos decorativos comuns na loja da Feira. Em 1994, em
uma viagem ao Paraguai, percebeu
a proliferação naquele país de estabelecimentos que vendiam enfeites
natalinos. Descobriu produtos diferentes dos que eram comercializados no Brasil e que encontraram
boa aceitação por parte do público
brasiliense.
“A mudança foi acontecendo aos
poucos. Hoje, a loja da Feira dos Importados troca todo o estoque normal
pelo de Natal quando vai se aproximando a época da festa. Há um tempo alugamos o espaço na Asa Sul,
que é voltado para peças natalinas”,
conta Carmem. Ela relata que, hoje
em dia, os enfeites especiais vendidos nas duas lojas são escolhidos a
dedo por ela e pela filha em viagens
anuais a Nova Iorque (EUA), que geralmente ocorrem em janeiro. “Você
acabou de fechar a loja e já está comprando de novo porque a mercadoria
só chega ao Brasil em julho”.
Carmem não hesita em dizer
que os artigos de Natal respondem
pelo grosso do faturamento total. “O
ganho chega a aumentar de 50% a
60% quando entramos com os produtos natalinos”, garante. A Carmem
Christmas tem artigos para todos os
gostos e bolsos. De penduricalhos
pequenos para árvores (R$ 1) a um
enorme pinheiro de três metros de
altura com bolas, bonecos e guirlandas que, decorado, custa na faixa de
R$ 8 mil. “Esse diferencial de o cliente poder personalizar sua árvore sem
ter muito trabalho é algo que fez a
procura aumentar muito nos últimos
anos”, explica Carmem.
TEMPO DE LUZ
Outro segmento à parte do varejo de presentes, que registra ganhos
no período de Natal, é o de iluminação e elétrica. As lojas do ramo
investem, na época, nos famosos
pisca-piscas e em enfeites movidos
à eletricidade. Algumas compram
também guirlandas, árvores e bonecos, na tentativa de aproveitar o
movimento maior trazido pelo período. No DF, quem deseja alegrar o
lar no fim de ano vai a um endereço
certo: as quadras comerciais 109
e 110 Sul, região conhecida como
‘Rua das Elétricas’.
Neste ano, a TC-Iluminação
Total, na 110 Sul, não ficou apenas
nas lâmpadas de Natal. Trouxe algumas guirlandas tradicionais e
apostou pesado em miniaturas de
casinhas que, ligadas à tomada, iluminam o ambiente. “Eu inovei pela
primeira vez no ano passado e deu
certo. Então, neste ano, trouxe de
novo”, destaca Tânia Vieira, dona do
estabelecimento. Para ela, as vendas deste fim de ano devem crescer
graças aos artigos natalinos.
Muitas pessoas vão à rua das
elétricas atrás de novidades. Desta vez, o item mais procurado é o
pisca-pisca com lâmpadas led por
dentro. Outra loja da ‘Rua das Elétricas’, a Star Luz, encheu o estoque
com pisca-piscas feitos com elas.
“São mais econômicas e duram
mais tempo”, destacou o gerente,
João Fernandes. De acordo com ele,
o Natal deve aumentar os lucros da
loja em percentuais de 3% a 5%.
79,7%
dos
empresários
afirmaram que
pretendem
efetivar os
temporários
Revista Fecomércio DF 39
música
Abre alas para o Voca People
//Por Gabriela Vieira
Grupo israelense de canto escolhe os teatros do Sesc-DF
para abrir sua turnê no Brasil
O
grupo musical israelense,
Voca People é conhecido
mundialmente por unir em
suas apresentações canto à capela,
beat-box e humor. E para abrir sua
turnê pelo Brasil, eles farão apresentações gratuitas em dois espaços do Sesc-DF.
O Voca People é composto de
oito integrantes: Capitão Beat On,
Scratcher, Tubas, Tenoro, Alta, Mezzo, Bari-tone e Soprana, que se consideram extraterrestres do Planeta
Voca e se comunicam apenas com
expressões musicais. Trazem em
seu repertório diversas interpretações à capela de grandes sucessos
de cantores como Michael Jackson,
Elvis Presley, Nirvana, Celine Dion,
Madonna, entre outros.
De acordo com o chefe da Divisão de Desenvolvimento Humano
do Sesc-DF, Guilherme Reinecken,
essa será uma excelente oportunidade para o público de Brasília
prestigiar uma atração internacionalmente conhecida. “É com muita satisfação que oferecemos aos
comerciários e dependentes uma
atração de renome internacional.
Conseguimos totalizar dez apresentações do grupo nos teatros do
Sesc-DF e de forma totalmente gratuita”, destaca.
Com centenas de shows em 32
países, no Brasil o grupo já soma 27
espetáculos, dos quais oito em Brasília. Um dos motivos determinantes
para a definição do local de início da
turnê deve-se ao público da capital,
que prestigiou de forma calorosa as
últimas apresentações do grupo na
cidade. Segundo o produtor cultu40 Revista Fecomércio DF
Confira a programação
Teatro Paulo Gracindo
(Sesc Gama)
Dia 15/11, 20h
ral do Voca People, Freddy Carvalho, os teatros do Sesc-DF também
proporcionam um alto padrão para
as apresentações do grupo. “Chegamos à conclusão que os teatros
do Sesc-DF estariam dentro dos
padrões para receber as apresentações do Voca People, sem contar a
excelente qualidade e o padrão elevado de suas instalações”, afirma.
A expectativa é que todos os ingressos gratuitos sejam distribuídos
e que os brasilienses se encantem
com os espetáculos do Voca People.
Para Freddy Carvalho, as apresentações serão ainda melhores por
conta da experiência adquirida pelo
grupo ao longo de sua trajetória de
seis anos. “Os habitantes do Planeta
Voca estão ainda mais preparados
para encantar a todos com um espetáculo musical de alta qualidade e
divertidíssimo”, ressalta.
Dia 16/11, 16h e 20h
Teatro Newton Rossi
(Sesc Ceilândia)
Dia 18/11, 20h
Dia 19/11, 16h e 20h
Dia 20/11, 16h e 20h
Dia 21/11, 16h
* A classificação indicativa é
livre e a entrada é gratuita
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
aconteceu
Senac premia servidores que
se destacaram em 2015
//Por Sílvia Melo
Foto: Joel Rodrigues
Competência, dedicação,
respeito e urbanidade
no trato com os colegas
foram avaliados
Dez servidores do Senac foram agraciados, no último dia 2 de
outubro, com o troféu do Prêmio
Destaques Senac-DF, criado em
2015 com a finalidade de premiar os
servidores que mais se destacaram
em suas atividades no decorrer do
ano, levando em consideração a
competência técnica, a dedicação ao
trabalho, o respeito e a urbanidade
no trato. Foram indicados cinco servidores de dez cargos, totalizando 50
participantes, que foram homenageados com certificados alusivos ao
prêmio. A cerimônia de premiação
foi realizada no auditório da unidade
da 903 Sul e contou com a presença
do presidente da instituição, Adelmir
Santana; do diretor regional, Luiz
Otávio da Justa Neves, além de servidores e convidados.
Uma comissão avaliadora,
composta de dez membros, definiu,
por meio de votação, os servidores
vencedores. Os cargos e seus respectivos premiados foram: gerente
de Centro de Educação Profissional, Eva da Silva Barbosa; coordenador de Núcleo, Ieda Bezerra de
Alcântara; gerente de Restaurantes
e Lanchonetes-escola, Evaneide
Seixas Gomes; secretário escolar,
Cleidelúcia Ribeiro de Sousa; secretário de Unidade Organizacional,
Lázara Magalhães; apoio Adminis-
Mais informações
trativo, Anilson da Silva Pinheiro;
suporte pedagógico, Telma Lima
Corrêa; motorista, Márcio da Silva Simão; oficial de Manutenção,
Francisco das Chagas Conceição; e
cozinheiro – Amauri da Silva Cunha.
Em seu discurso, o presidente
Adelmir Santana destacou a importância dos servidores para a instituição. “A gente percebe que não se
mensura a qualidade de uma empresa pelas instalações que possui, pelos móveis, pela conta bancária, pelo
saldo existente, mas se mensura pelas pessoas que formam a empresa.
Nós temos aqui dez categorias que
foram homenageadas, mas todos os
servidores têm a mesma importância para a casa”, afirmou, lembrando
que todos devem estar comprometidos com o mesmo propósito, as
mesmas verdades, os mesmos fundamentos e a mesma missão. “E a
nossa missão no Senac é a formação
profissional”, completou.
@senacdf
/senacdistritofederal
O diretor-regional do Senac,
Luiz Otávio, lembrou em seu discurso que o País passa por dificuldades,
mas mesmo assim existem mais
motivos para rir do que para chorar.
“É claro que não estamos alheios
ao fato de que o mundo passa por
uma grave crise econômica e humanitária. E o Brasil, além de estar
mergulhado na crise mundial, passa
por grave crise política e ética. O
Senac-DF sofre as consequências
dessa crise na qual somos apenas
vítimas. Nunca fizemos nada ilegal
nem imoral ou antiético. Os caminhos estão difíceis mas sabemos,
nós do Senac, como superá-los. As
pedras que estão em nosso caminho
podem ser obstáculos na estrada da
vida, mas podem ser também degraus para o sucesso de aprender,
se assim nós encararmos”, afirmou,
pedindo aos servidores que estejam
unidos para superar este momento.
www.senacdf.com.br
Revista Fecomércio DF 41
oportunidade
Vez da cena local
//Por Liliam Rezende
Foto: Cristiano Costa
Em sua 12ª edição, Prêmio Sesc de Teatro Candango
distribuirá R$ 22,5 mil em prêmios
D
esde 2004, o Prêmio Sesc
do Teatro Candango revela
talentos e incentiva a divulgação dos trabalhos cênicos de atores, diretores e companhias teatrais
da cidade. O ator Juliano Cazarré,
atualmente na Rede Globo, já foi
premiado como Melhor Ator na edição de 2005. Agraciado em diversas
categorias em 2010, o espetáculo
Cru, com direção de Sérgio Sartório e Alexandre Ribondi, foi adaptado para o cinema e escolhido como
Melhor Filme, no Festival de Cinema de Brasília de 2011. Também já
foram homenageados artistas como
Paulo Goulart, Nicete Bruno, Milton
Gonçalves, Hugo Rodas, Nathália
Timberg, Paulo Gracindo Júnior,
Murilo Grossi e Ariano Suassuna.
A 12ª edição do Prêmio Sesc
do Teatro Candango vai premiar
os melhores nas categorias: Espetáculo Adulto, Espetáculo Infantil,
Direção, Atriz, Ator, Dramaturgia,
Cenografia, Iluminação e Sonoplastia. Podem competir somente
peças teatrais produzidas no Distrito Federal, desde que não tenham
concorrido em outras edições da
seletiva. A instituição distribuirá aos
vencedores troféus e premiação em
dinheiro, que neste ano totaliza R$
22,5 mil.
O assistente de Ações Culturais do Sesc-DF, Rogero Torquato,
revela que a novidade deste ano é
a inclusão da categoria infantil. “O
nosso objetivo com o prêmio é estimular a produção teatral e ampliar
o espaço institucional na área da
cultura. Neste ano, teremos a novidade dos espetáculos infantis que
42 Revista Fecomércio DF
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
se apresentarão na unidade do Sesc
de Taguatinga Norte. Com isso, queremos incentivar a formação de futuros espectadores”, destacou. Vale
ressaltar que essa é a única mostra
competitiva de Artes Cênicas do DF
e tem como diferencial o fato de homenagear diversos artistas do teatro brasileiro.
A Comissão Julgadora, formada
por críticos e profissionais da área,
escolherá cinco peças adultas para
serem encenadas no Teatro Sesc
Garagem (Sesc 913 Sul) no período
de 23 a 29 de novembro, sempre às
20h; e três espetáculos infantis no
Sesc de Taguatinga Norte, entre 26
e 29 de novembro, às 16h30. A premiação dos vencedores está prevista
para ocorrer no dia 8 de dezembro.
Além dos premiados, serão indicadas três peças adultas e uma infantil para participar da programação
regional do Festival Palco Giratório
– Brasília 2016, concorrendo, posteriormente, a uma possível inserção
no projeto nacional de 2017.
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
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Revista Fecomércio DF 43
plano piloto
LONGE DA
SOLUÇÃO
//Por Daniel Alcântara
D
Fotos: Raphael Carmona
os 2,3 mil comércios localizados na Asa Sul, há 1,4
estabelecimentos que ocupam irregularmente a área pública
de Brasília, dos quais 62% do total,
segundo estimativa do Tribunal de
Justiça do DF. Para tentar resolver
o problema e regularizar a maioria
dos empreendimentos, em junho
de 2008, foi regulamentada a Lei
complementar nº 766. Desde então, já foram cinco prorrogações,
com a última em abril deste ano.
Agora, a data-limite para a adequação é 27 de junho de 2016.
Os empresários reclamam de
pontos complexos da norma e da burocracia excessiva para obter a licença de obra exigida pela lei. Já o GDF,
44 Revista Fecomércio DF
representado pela Subsecretaria de
Áreas Temáticas da Secretaria de
Gestão do Território e Habitação (Segeth) diz que falta adesão do empresariado para regularizar a situação
que se arrasta há mais de sete anos.
Nesse imbróglio, apenas 363 estabelecimentos tiveram a licença de
obra concedida. Entretanto, o número de blocos comerciais aprovados
é maior, contabilizando 142 do total
de 212. Na opinião do presidente do
Sindicato de Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Antônio da Silva, todos
os comerciantes que ocupam os
espaços de lojas comerciais da Asa
Sul têm sofrido com o arrastar da
lei, principalmente no que diz res-
peito à insegurança do negócio. Jael
também salienta alguns pontos que
precisam ser revistos.
“Segundo a lei, o empresário
pode avançar seis metros a partir
do fundo da loja. Porém, a CEB e a
Caesb não oferecem a estrutura para
a reforma, sem falar no custo do remanejamento das redes com que o
empresário deverá arcar”, afirma.
“Além disso, os comerciantes que
deram entrada nos projetos há mais
de dois anos até hoje não têm o alvará de construção. É um processo
lento que desestimula o empresário,
sem contar que os lojistas já contabilizam uma retração nas vendas de
20% nas lojas do Plano Piloto, por
causa da crise econômica”, explicou
No restaurante
Carpe Diem
a reforma
já dura dois
meses e teve
orçamento de
R$ 250 mil
o presidente do Sindhobar.
Jael lembra ainda que o Ministério Público já afirmou que não
autorizará mais a renovação da lei.
“Se não renovar, começará a retaliação da invasão da área pública.
Ou seja, quando o lojista não for
multado, haverá um processo de
demolição contra o empresário. A
nossa preocupação é nesse sentido. Estamos tentando propor ao
GDF uma nova reunião para dar
andamento a essa situação. Eu
tenho alertado a todos da base do
sindicato a procurar se adequar
aos requisitos da lei dos puxadinhos”, conclui Jael.
REFORMAS PARA ADEQUAR
O empresário Fernando de La
Rocque, proprietário do restaurante
Carpe Diem, afirma que demorou
cerca de três anos para obter a licença da obra. Segundo ele, a espera
para dar entrada no projeto e aprová-lo foi longa. “Muita burocracia, tive
que contratar um despachante para
agilizar o processo. A Agefis vinha
aqui e nós não tínhamos a aprovação. É uma morosidade tremenda,
além da complicação da lei”, afirma
La Rocque.
A reforma no restaurante Carpe Diem já dura cerca de um mês
e meio e teve orçamento de R$ 250
mil. “Fizemos a demolição na área
externa e agora vamos partir para o
processo de adequação do meu escritório, com o intuito de diminuí-lo
para trocar o banheiro da loja de lugar, que atualmente está na área do
puxadinho”, diz La Rocque. Segundo ele, a obra já excluiu 107 metros
quadrados de avanço, faltando 35
metros quadrados para finalizar a
adequação.
A Subsecretaria de Áreas Temáticas da Secretaria de Gestão do Território e Habitação (Segeth), órgão
do GDF, explica que em relação ao
licenciamento das obras, a falta da
documentação necessária e o nãopagamento da primeira parcela do
preço público pela concessão de uso
por parte do interessado são as principais questões que atrasam a liberação da licença. Além de erros nos
projetos, que acabam não seguindo
as recomendações da lei.
Segundo o órgão, os projetos
que estão em análise pela Central
de Aprovação de Projetos (CAD)
continuam tramitando na Segeth.
“O que acontece é que a maioria dos
projetos não atende às exigências e
volta para o começo da fila. Muitas
das vezes a obra não passa por conta de questões que não envolvem
a lei dos puxadinhos em si, como
a falta de acessibilidade para deficientes físicos, por exemplo”, afirma
o subsecretário de Áreas Temáticas,
Vicente Lima.
DIÁLOGO COM O GOVERNO
A presidente da Associação Empresarial dos Lojistas do DF, Lúcia
Ottoni, acompanha a questão há
anos. “A lei não sai do lugar. Desde
abril, quando a norma foi prorrogada, nada mudou. Mandei carta, solicitei audiência com o governador. A
Casa Civil não dá resposta, fica todo
mundo empurrando com a barriga e
ninguém resolve. Se o governo não
cumpre a parte dele, não pode cobrar”, diz.
Para piorar a confusão que a lei
está causando, as quadras 107,108,
307 e 308 Sul não podem ter puxadinhos, de acordo com o Decreto
30.303/2009, batizado de Quadrilátero, e sancionado pelo então governador do DF, José Roberto Arruda.
O documento diz que é necessário
considerar a conservação dos atributos peculiares de Brasília, que
fundamentam sua condição de Patrimônio Cultural da Humanidade. O
título engessa novas construções no
Plano Piloto, na tentativa de manter
a originalidade da cidade, o que, por
sua vez, acaba causando mais um
ponto de discordância na lei dos puxadinhos.
A empreendedora Paula Finco,
da loja Vila Objeto, na 308 Sul, afir-
Lúcia Ottoni,
presidente da Associação
Empresarial dos Lojistas do
DF, acompanha a questão dos
puxadinhos há anos
Revista Fecomércio DF 45
plano piloto
Paula Finco,
proprietária de uma loja
de presentes na 308 Sul:
“Eu quero me adequar
e cumprir a lei, mas
sou impedida por um
decreto que discrimina
as quadras”
ma que quando adquiriu o estabelecimento, que está na localidade
do decreto, há cinco anos, a loja já
possuía o puxadinho. Paula diz ainda
que já tentou regularizar a situação,
após um parecer do Ministério Público, de 2015, que sugere que esse
decreto seja revogado. “Eu quero me
adequar e cumprir a lei, mas sou impedida por um decreto que discrimina as quadras. Acredito que essa determinação de 2009 só faz com que
as localidades fiquem cada vez mais
abandonadas, pois se o empresário
tem a oportunidade de abrir a sua
loja em outra quadra por que ficar
nessas?”, diz Paula, que lamenta o
fato de que “o governo não teve interesse e não nos recebeu para ouvir
nossas reclamações”.
O subsecretário de Áreas Temáticas, Vicente Lima, explica que
as questões levantadas pelos empresários já estão sendo analisadas
por órgãos do governo. Teve início
no começo de outubro um processo
1960
Inauguração
de Brasília
46 Revista Fecomércio DF
de revisão da legislação, incluindo o
decreto de 2009. “Iniciamos um trabalho, extraoficialmente, que tem
participação da Segeth e da Subsecretaria de Áreas Temáticas, Agefis e da Administração de Brasília,
com o objetivo de rever os pontos
que, dentro do nosso diagnóstico,
dificultam a aprovação dos projetos das lojas”, ressalta Vicente. Ele
disse ainda que o setor produtivo
será inserido nas conversas em um
segundo momento, quando o grupo
tiver um apontamento concreto sobre o tema.
Um levantamento das redes
de água e luz também são tema
de debates nesse grupo. Segundo Vicente, a interferência das redes é mínima. “Em alguns blocos
a rede elétrica passa na frente da
loja, o esgoto se localiza nos fundos e são poucos pontos que têm
esse problema de remanejamento.
Já fizemos um ofício para estudar
a interferência e ter conhecimento
1970
Começam os primeiros
puxadinhos para atender
à crescente população
1980
Comerciantes passam
a ocupar a parte lateral
das lojas
Asa Norte
No início de junho deste
ano, o Projeto de Lei que
regulariza os puxadinhos
nos estabelecimentos
comerciais da Asa Norte
foi aprovado na Câmara
Legislativa. O projeto
prevê a ocupação de
áreas públicas e galerias,
permitindo a utilização
desses espaços com
mobiliário removível,
desde que mantida uma
faixa desimpedida de 1,5
metro para passagem de
pedestres. Os comerciantes
terão um prazo de dois anos
para se adequarem ao PL.
1987
Brasília vira
Patrimônio Cultural
da Humanidade
2000
Os puxadinhos
chegam ao
seu auge
de quanto custa o remanejamento
e se é possível remanejar”, conclui.
EM DEFESA DO COMÉRCIO
Preocupados com a atual situação da lei e das consequências negativas que o comércio pode sofrer
com a confusão por conta de pontos
nebulosos da norma, a Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) formou uma comissão para
acompanhar os trâmites da lei. O
objetivo da comissão é acompanhar
o processo no Poder Legislativo e
defender os interesses dos empresários do comércio.
Fazem parte da comissão os
diretores da Fecomércio Alberto
Salvatore Giovanni, Antonio José
Matias, Diocesmar Felipe de Faria
e José Dijalmo Silva Bandeira. O
ex-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de
Construção, Cecin Sarkis, também
integra o grupo. Na opinião do presidente da comissão, Alberto Salvatore, é necessário aprimorar alguns
pontos para que o empresariado se
adapte às normas.
“É necessário que o GDF colabore e tenha a visão de melhoria para a
cidade, e não apenas o olhar para a
arrecadação. Pensando nisso, alguns
pontos precisam ser revistos, como,
por exemplo, tornar maleável a metragem para o fundo da loja. Hoje, a
lei diz que o empresário pode avançar 6 metros. Acreditamos que esse
ponto deveria mudar para o avanço
de até 6 metros, onde o empreendedor poderia escolher quantos metros
ele quisesse para se adequar ao sistema de água e luz”, afirma o diretor.
ASA SUL
2008
Regulamentação da Lei
Complementar 766 que dispõe
sobre os puxadinhos da Asa Sul
“No início de
Brasília, a previsão
era de que o espaço
original das lojas
pudesse suportar a
demanda de clientes
que foi aumentando
com o tempo”
Aldo Paviani
geógrafo e
diretor da
Codeplan
Salvatore também observa que
a comissão irá sugerir ao executivo que um financiamento com juros
subsidiados seja oferecido aos lojistas para eles poderem iniciar a reforma com o que determina a lei, com
empréstimos oferecidos pelo Banco
Regional de Brasília (BRB).
GRAVADO NA HISTÓRIA
O professor emérito da Universidade
de Brasília (UnB), geógrafo, estudioso das condições urbanas do DF
e diretor da Codeplan, Aldo Paviani,
explica que os puxadinhos começaram a surgir para os comerciantes
atenderam à demanda crescente de
2009
Decreto 30.303 diz que as
quadras 107/8, 307/8 Sul
não podem ter puxadinhos
clientes, com o aumento da população brasiliense, nos meados da
década de 1970.
“Nessa época, alguns comércios
já tinham uma expansão. Porém,
entre 1980 e 1990, os lojistas começaram a ocupar os corredores entre
um bloco e outro. Essa ocupação
teve seu auge nos anos 2000 com o
avanço considerável das lojas, ocupando a área pública”, explica Aldo.
“No início de Brasília, a previsão era
de que o espaço original das lojas pudesse suportar a demanda de clientes que foi aumentando com o tempo, por isso a necessidade de alongar
os estabelecimentos”, disse.
2015
MP sugere que as
quadras 107/8 e 307/8
podem ter puxadinhos
Junho de 2016
Data-limite para
adequação à
Lei 766
economia
Indicadores
do comércio
//Por José Eustáquio Moreira de Carvalho
E
m setembro, os cenários
econômico e político ainda
foram os grandes entraves
nas expectativas dos empresários.
Antes dúvidas, agora reais, as
expectativas de aprovação e extensão das medidas de contenção de
gastos, aumento de impostos e volume de investimentos se voltam
para o próximo ano. A suspensão
dos aumentos e a redução dos salários dos servidores públicos são
agora uma realidade que reduz a
injeção de recursos na economia do
DF. O poder de compra do consumidor de Brasília continua reduzido,
com tendência a se agravar.
Reflexos negativos ainda estão
presentes em alguns indicadores.
O endividamento, a inadimplência
e a possibilidade do “calote” apre-
PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal
Setembro
Agosto
Inadimplência
Dívida Total
48 Revista Fecomércio DF
Setembro 2015
Julho
88,0
87,7
89,2
Cartão de Crédito
Dívida impágavel
sentaram leve queda. A intenção de
consumo das famílias, apesar de pequena melhora no mês, teve queda
acentuada no semestre. A confiança
dos empresários apresentou expressiva redução em todos os indicadores, especialmente em relação
às expectativas do setor.
Houve pequena redução no nível
de endividamento das famílias em
Brasília (79,3% em setembro contra
81,5% em agosto), mas, como vem
ocorrendo há algum tempo, superou
o nível nacional (63,5%) em cerca
de 16 pontos percentuais. A taxa de
inadimplência, dívidas não pagas há
mais de 90 dias, atingiu 12,1%, apresentando queda de 0,4 ponto percentual em relação a agosto. Houve
queda também de 0,2 ponto percentual na dívida impagável.
0,3
0,5
0,3
12,1
12,5
11,7
79,3
81,5
82,7
Fonte: CNC
A tendência de queda no trimestre no ICF foi interrompida. Em relação ao mês de agosto o indicador
global subiu 1,5 ponto. Desta vez houve elevação nas
famílias de renda maior que 10 salários-mínimos (4,5
pontos).
ICF - Intenção de Consumo das
Famílias Distrito Federal
Setembro
Agosto
Setembro 2015
Julho
105,9
101,4
103,8
Mais de
10 SM
86,5
86,4
85,8
Até
10 SM
As taxas de juros nominais, praticadas no mês de
setembro, continuam em escalada de crescimento, sem
horizonte de melhora.
Na comparação de setembro em relação a agosto,
não houve alterações significativas em relação aos juros cobrados da Pessoa Jurídica. No crédito à Pessoa
Física continuam absurdamente elevadas as taxas do
Cheque Especial que, de 218,67% em agosto, subiram
para 222,16% em setembro, e do Cartão de Crédito que
elevaram-se de 350,79% em agosto, para 361,40% em
setembro.
Taxas de Juros Pessoa Jurídica
Conta garantida
92,6
91,1
91,5
Desconto de
duplicatas
Setembro
40,76%
33,55%
SM: Salário-Mínimo
Fonte: CNC
Agosto
40,43%
32,99%
O ICEC no mês de setembro apresentou queda de
1,6 ponto no índice geral, em relação ao mês de agosto. Isoladamente destacam-se: queda de 2,0 pontos nas
expectativas para o setor e 2,8 pontos no volume de investimentos.
Julho
Geral
ICEC - Índice de Confiança do
Empresário do Comércio DF
Setembro
Indicadores
investimento
Agosto
Geral
Fonte: CNC
40,10%
32,61%
Capital
de giro
125,98%
124,93%
123,71%
Fonte: ANEFAC
Taxas de Juros Pessoa Física
Setembro 2015
Setembro 2015
Setembro
Julho
Empréstimo
pessoal
bancos
122,1
124,1
131,1
46,6
46,6
51,7
84,6
86,2
91,1
Agosto
CDC
automóveis
Julho
146,28%
144,09%
143,55%
Empréstimo
pessoal
financeiras
85,0
87,8
90,7
Indicadores
das expectativas
Indicadores das
condições
atuais
Setembro 2015
63,84%
62,90%
62,52%
29,84%
28,93%
28,63%
222,16%
218,67%
217,28%
Cheque
Especial
361,40%
350,79%
334,84%
Cartão de
Crédito
Juros do
Comércio
86,26%
85,84%
84,78%
Fonte: ANEFAC
Revista Fecomércio DF 49
vitrine
Taís Rocha
Jornalista,
editora-chefe
da Revista
Fecomércio
[email protected]
(61) 3038-7525
Cores do México
Lavish lança coleção
Com dez anos no mercado, a
marca de joias artesanais
Lavish aproveitou a Casa
Cor com uma Pop Up
Store, com peças vendidas
exclusivamente na capital.
As peças da designer Tricia
Milaneze são elaboradas
manualmente, com fios de ouro
crochetado a uma trama de cristais
de vidro. Em Brasília, a empresária
Nicolle Amorim é a revendedora
exclusiva dos produtos da marca. No
evento, ela apresenta, até o dia 11/11, a
coleção Tesouros, inspirada nas belezas
da flora e fauna marinha.
Para celebrar a vinda da exposição “Frida Kahlo:
conexões entre mulheres surrealistas no México”
ao País, a Arezzo lançou uma coleção inspirada na
artista. Com cores vibrantes e aplicação de flores e
bordados, as peças antecipam
tendências do Verão 2016. Na foto,
Rasteira Viva Floral Negro.
R$
239
Verão brasiliense
Duas marcas da cidade
lançaram seus catálogos para
a estação mais quente do ano.
A Ortiga (309 Norte, 33493036) apresentou a coleção
Natureza Urbana, com tons
tropicais, azul, amarelo,
coral e branco, em jeans e
vestidos. Na foto, blusa Maite
verde-bandeira, assinada por
Letícia Gonzaga (R$ 575). Já a
Avanzzo usou influências que
vão da natureza e referências
urbanas a tendências e
cores que trazem diversas
sensações. As peças são
enriquecidas por detalhes
como bordados, como é o
caso do shorts de algodão
branco (R$ 278,80).
50 Revista Fecomércio DF
Escola livre
Compartilhar experiências em arte, moda
e design. Esse é objetivo do recém-criado
CENAATUAL. Idealizado por Anna Paula
Osório e Luciana Solino, e Marco Antonio
Vieira, o instituto oferecerá cursos e aulas
personalizadas de moda, arte e design, visitas
guiadas a museus e galerias brasileiras
e internacionais, além de consultoria em
moda, arte e design. Entre os palestrantes
convidados, filósofos, antropólogos,
cineastas, artistas, designers, estilistas. Mais
informações: www.cenaatual.com.br
Revista Fecomércio DF 51
caso de sucesso
Aprendiz se torna empreendedor
//Por Sílvia Melo
Foto: Joel Rodrigues
Jovem conta
de que modo o
curso Senac o
auxiliou a abrir
seu negócio
Aos 14 anos, o brasiliense Renato de Carvalho Leão Vitor decidiu entrar para o mercado de
trabalho e foi atrás de um emprego. Conseguiu
vaga em um supermercado em Ceilândia. Por
ser menor de idade, foi contratado como menor
aprendiz e, ao mesmo tempo em que trabalhava
no local, fez o curso Aprendizagem Profissional
Comercial em Serviços de Supermercado no Senac de Taguatinga. A experiência no Senac, com
o Curso de Aprendizagem, foi o pontapé inicial
para se tornar empreendedor. Atualmente, aos
22 anos, é franqueado de uma distribuidora de
perfumes no centro de Ceilândia.
“Tive um aprendizado enorme no Senac,
tanto que recentemente voltei lá para agradecer
aos professores. Durante os anos, a gente vai
acumulando todo o aprendizado, mas uma parte
empreendedora eu trouxe do Senac. Aprendi
muito lá”, diz ele, ressaltando que durante o tempo que estudou na instituição passou a ter uma
visão mais ampla do mercado de trabalho. “O Senac abriu muito minha mente para ter o próprio
negócio”, concluiu.
52 Revista Fecomércio DF
SOBRE A APRENDIZAGEM
O Programa de Aprendizagem qualifica
jovens entre 14 e 24 anos por meio de cursos profissionalizantes que facilitam a sua inserção no
mercado de trabalho. Ele funciona com base na
Lei 10.097/2000 sobre Aprendizagem, que obriga
os estabelecimentos de qualquer natureza, que
tenham pelo menos sete empregados, a contratar aprendizes. O Senac oferece: Aprendizagem
Profissional Comercial em Serviços de Vendas,
em Serviços Administrativos, de Lanchonete, de
Supermercados, de Vendas, Desportivos e em
Serviços Hoteleiros. Para participar, o jovem deve
procurar uma empresa que contrate aprendizes
para se cadastrar. Depois de selecionado pela
empresa, o jovem é encaminhado para o curso.
Mais informações
@senacdf
/senacdistritofederal
www.senacdf.com.br
EMPRES
A
IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
© UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
NC
À IN F Â
secure.unicef.org.br/empresasolidaria
0800 605 2020
[email protected]
Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade
de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho
e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos
a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe.
Revista Fecomércio DF 53
artigo direito no trabalho
Aprendiz e
normas legais
54 Revista Fecomércio DF
evitar a aplicação de multas.
Além disso, a legislação não
permite que o adolescente preste os
serviços em locais prejudiciais à sua
formação, ao seu desenvolvimento
físico, psíquico, moral e social, e em
horários e locais que não permitam
a frequência à escola. Como também não admite o trabalho do menor em locais e serviços perigosos
ou insalubres.
Com relação à jornada, a regra
geral é que essa não pode ser superior a seis horas diárias, e não se
admitem prorrogação nem compensação de jornada. O prazo de
duração desse contrato é de até dois
anos, exceto para o caso de aprendiz portador de deficiência (art. 428
da CLT), em que a lei não impõe limitação.
O que tem gerado dúvida nesse
tipo de contrato é a forma de extinção ou se é possível a sua rescisão
antecipada. A lei traz explicações a
respeito, quando no art. 433 da CLT
enumera os casos. E, assim, a extinção do contrato de aprendizagem
ocorre com o fim do prazo fixado,
que é limitado a dois anos ou quando
o menor completa a idade máxima
de 24 anos. Poderá ser rescindido
antecipadamente quando houver
o desempenho ou inadaptação do
aprendiz; falta disciplinar grave
Cely Soares
consultora jurídica
da Fecomércio-DF e da
Ope Legis Consultoria
Empresarial
(nesse caso se verificam hipóteses
de justa causa previstas na CLT);
ausência injustificada à escola que
implique perda do ano letivo; ou pedido do aprendiz. Mas, não haverá
aplicação de multa prevista na CLT
para o caso de rescisão antecipada
em contrato por prazo determinado.
Em qualquer caso, o que se recomenda é que o empregador, antes da extinção ou rescisão, faça o
recrutamento para a substituição
do aprendiz para não descumprir
as quotas, e o Instituto Fecomércio
(IF) é uma boa alternativa para apoio
nessa contratação.
Cristiano Costa
A contratação do menor de 16
anos de idade conta com previsão
constitucional, desde que seja na
condição de aprendiz a partir dos
14 anos, conforme inciso XXXIII, do
art. 7º, da Constituição Federal.
Esse tipo de contratação gera muita polêmica e o empregador precisa estar atento, pois se trata de um
contrato de trabalho especial que
deve ser ajustado por escrito, inclusive, anotado na CPTS, e por prazo
determinado, assegurado, entre 14
e 24 anos, inscrito em programa de
aprendizagem, formação técnico-profissional metódica compatível
com o seu desenvolvimento físico,
moral e psicológico. O aprendiz é
obrigado a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa
formação.
As empresas estão obrigadas a
cumprir quotas, salvo as microempresas e empresas de pequeno porte (facultativo), devendo empregar e
matricular nos cursos dos Serviços
Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 5%
(no mínimo) e 15% (no máximo) dos
trabalhadores existentes em cada
estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.
No caso dos Serviços Nacionais
de Aprendizagem não oferecerem
cursos ou vagas suficientes para
atender à demanda dos estabelecimentos, outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica poderão ofertar
esses cursos. O que o empregador
necessita verificar é que qualquer
entidade ou instituição que não seja
do Sistema S deve ser credenciada
pelo Ministério do Trabalho, para
empresário do mês
Jogada de mestre
//Por Luciana Corrêa
Foto: Joel Rodrigues
Alexandre Ferreira trocou o sonho de jogar
futebol pela fina arte do chocolate
Como a maioria dos pequenos brasileiros, Alexandre
da Silva Ferreira, hoje com 25 anos, na infância sonhava
em ser jogador de futebol profissional. Aos 12 anos estava nas categorias de base dos clubes de Brasília. Passou
por mais de dez times, incluindo profissionais. Mas aos 19
anos uma visita à casa de um amigo mudou seu olhar em
relação à escolha profissional. “A mãe dele fazia bombons
e me ensinou o básico. Fui para casa e comecei a fazer. O
sucesso foi automático com meus companheiros de time.
Como eu nunca tinha cozinhado, o pessoal me animou a
continuar na produção”, conta.
Ainda como jogador profissional e morador do Cruzeiro, Alexandre encontrava tempo para produzir mais e
mais bombons e assim ia pedindo para a família vender
para os comércios locais, como padarias e restaurantes.
O então jogador foi contratado por um time na Bahia e lá
pôde participar de uma das maiores feiras sobre chocolates, Le Salon du Chocolat, e o interesse só aumentou.
Descobriu técnicas, conheceu profissionais renomados. E
quando voltou para Brasília, decidiu largar o futebol para
seguir com os doces. “Comecei a fazer cursos na área e
desde então tive um ‘norte’. A insegurança de não saber
meu futuro nos times me fez trocar de profissão. Tomei
uma decisão muito difícil e foi um passo importante para o
negócio crescer”, destacou.
A partir daí, Alexandre formalizou a empresa que
hoje se chama Aguimar Ferreira Bombons Finos e buscou apoio em instituições para aprender gestão, conseguir capital de giro e comprar utensílios. Em busca de um
produto melhor para trabalhar, saiu da linha de chocolates simples, com qualidade inferior e passou a apostar
em ingrediente de melhor qualidade. “Queria melhorar e
fui atrás de uma empresa que tem um produto melhor.
Conheci o chocolatier Ricardo Arriel e encontrei nele as
técnicas para me aprimorar. Foi então que selamos uma
parceria, principalmente nas linhas especiais”. Há dois
anos Alexandre mantém uma loja no Sudoeste, com cozinha e espaço para atendimento aos clientes.
CRESCIMENTO
Além do produto de alta qualidade, o empresário trouxe para Brasília uma técnica inovadora que consiste em
imprimir qualquer imagem no chocolate, sem utilizar o
papel de arroz. Já especializado na área de eventos, traba-
lha com empresas e casamentos. Produz 15 mil doces por
mês, e, além dos bombons, produz bem-casado, alfajor,
pão de mel e itens personalizados e confeccionados com
chocolate belga. “Chegamos a um produto de alta qualidade, com custo-benefício muito bom. Quando nos especializamos e fomos sendo reconhecidos, vieram as certificações de padrão internacional de qualidade, prêmios e
fomos eleitos em 2014 e 2015 como a melhor empresa de
doces para eventos de Brasília”, conta orgulhoso.
O empresário não para de sonhar e já almeja grandes passos para sua empresa, que atualmente conta com
quatro funcionários. “Tenho projetos de ampliação da estrutura para poder atender uma fatia maior do mercado.
Almejo de 20% a 30% do setor de eventos em Brasília.
Queremos criar uma central de produção, ter lojas para
os clientes não precisarem encomendar e sim comprar
diretamente, e penso até na criação de uma possível franquia da marca”.
Revista Fecomércio DF 55
tecnologia
Renato Carvalho
Gerente de Mídias
Sociais & Conteúdo
da ClickLab
www.clicklab.com.br
[email protected]
Maximo Migliari
www.facebook.com/agencia.clicklab
Diretor-Executivo
da ClickLab
Neste Natal, como competir com os grandes?
Pode até parecer mentira, mas estamos chegando ao final
de mais um ano. Com o Natal cada vez mais à vista, fica a pergunta: como os pequenos negócios podem se aproveitar dessa
época que é, tradicionalmente, uma das mais voltadas para o
consumo em todo o calendário comercial? Essa pergunta pode
ser muito inquietante para o pequeno empreendedor, ainda
mais em um cenário onde ele vê a economia em crise, uma
maior relutância das pessoas em gastar e a concorrência dos
grandes centros de compras. Se você e sua empresa se encontram nesse dilema, gostaríamos de sugerir dois caminhos:
O primeiro é a segmentação e customização das ofertas.
Pegue aquela lista de contatos, montada durante o ano
todo, e comece a segmentar. Separe quais produtos mais
combinam com determinados clientes e, baseado em compras
anteriores, veja o que cada pessoa pode estar mais disposta a
adquirir. Com isso feito, estipule como irá abordar seus consumidores. Nesse momento, uma boa campanha de e-mail
marketing, fotos bem produzidas de Instagram, nas quais você
marca as pessoas de interesse, ou até mesmo um grupo de
WhatsApp bem gerenciado (oferecendo os produtos certos
para os grupos certos) podem fazer a diferença na hora da venda. Se você conseguir aliar essa estratégia a um atendimento
personalizado quando o cliente chegar à sua loja, melhor ainda, pois irá fortalecer sua relação com ele.
R$ 122,40
é o valor médio gasto por
presente no Natal de 2014
O segundo é sair do comum.
Todos os grandes shoppings da cidade têm exatamente a
mesma estratégia: compre aqui e concorra a um superprêmio.
Essa é sua oportunidade de fazer algo diferente. Pequenos
negócios fora do Brasil foram muito bem-sucedidos ao criarem
algo que agrega valor ao cliente, seja por meio de uma política
de descontos, seja por uma ação nas redes sociais, seja por
apoio uma causa nobre ou instituição de caridade. A criatividade neste momento pode fazer toda a diferença na atração dos
clientes. Neste Natal, mais do que nunca, os consumidores irão
pensar com muito cuidado sobre onde irão fazer suas compras. Conseguir se destacar e oferecer uma experiência diferenciada será a chave para aumentar suas vendas. Boa sorte!
Para os fotógrafos abastados
A Sony lançou recentemente a pequena, mas formidável, RX1R Mark II.
Sucessora do modelo RX1 de 2012, essa “monstrinha” vem com um sensor de
42 megapixels, similar ao do modelo A7r Mark II, lentes Zeiss 35mm f2, processador Bionz X com foco automático híbrido de 399 pontos, além do visor OLED
giratório na parte traseira, que oferece mais flexibilidade para o usuário. Além
disso, a RX1R possui algumas características exclusivas, como o filtro ótico de
baixa passagem variável que, resumidamente, significa que a câmera irá borrar
levemente algumas partes da imagem para evitar distorções. Nem todos os
fotógrafos gostam desse filtro, então a câmera dá a opção de deixá-lo ligado ou
desligado. O único ponto negativo do lançamento é seu preço, bastante generoso
para meros mortais.
56 Revista Fecomércio DF
Valor: US$ 3.300
O futuro está chegando
Imagine o seguinte cenário: você compra um produto e,
alguns minutos depois, um drone chega à sua casa para fazer
a entrega. O que parece uma cena de filme de ficção científica
está começando a se tornar realidade. Depois da Amazon,
agora é a vez do Google começar a investir em um sistema
de entrega automatizada. O Project Wing tem como objetivo
final criar um sistema de entregas rápido, eficiente e autônomo
por meio das pequenas aeronaves. Ainda nas fases iniciais, o
Google afirmou que os responsáveis pelo projeto passarão o
próximo ano desenvolvendo os sistemas de navegação, protocolos de segurança, entre outros detalhes importantes, para
a viabilização dos drones de entrega. Como a utilização desses
aparelhos ainda precisa ser devidamente regulamentada tanto
nos Estados Unidos quanto no Brasil, deve demorar um tempo
para que se torne realidade. Mas os primeiros passos certamente já foram dados.
17 de dezembro
Hora do banho
com Darth Vader
é a data de estreia do novo
filme de Star Wars
Para deslizar por aí
Seus dias de pés cansados acabaram! A gigante chinesa
Xiaomi anunciou, para este mês, o lançamento do Ninebot
Mini, concorrente direto do Segway - aqueles veículos de duas
rodas que você vê em alguns shoppings do DF. O aparelho é
feito de liga de magnésio, usado na indústria aeroespacial e
pesa apenas 12,8Kg. Ele chega a uma velocidade máxima de
16km/h e pode percorrer 22km com uma só carga. O melhor
de tudo é que o lançamento irá custar um vigésimo do preço do
maior concorrente. Ainda sem data de lançamento no Brasil.
Estamos a apenas um mês do
lançamento do próximo filme de Star
Wars, o Despertar da Força, mas já
podemos nos preparar para estarmos
impecáveis no dia da estreia. Para
começar, nada melhor do que um
bom banho. Fãs da série mais emblemática do cinema já podem ter em
casa chuveiros inspirados nos filmes.
Vendidos em duas versões, Darth
Vader ou R2-D2, essa novidade, mais
uma da máquina de marketing que é
a Disney, promete levar todos os fãs
para o lado limpo da força.
Valor: US$ 315
Valor: US$ 30
Revista Fecomércio DF 57
institucional
Na luta contra
o câncer de
mama
//Por Daniel Alcântara
Foto: Joel Rodrigues
Instituto Fecomércio promove
oficina de prevenção à doença que
mais mata mulheres no País
O
Instituto Fecomércio do Distrito Federal, em
parceria com o Instituto Sabin, realizou no dia
19 de outubro, na sede da entidade, localizada no Setor Comercial Sul, uma oficina de prevenção
ao câncer de mama, como parte do programa IF de
Bem com a Vida. Alunas e colaboradoras da entidade
assistiram a uma palestra que abordou, entre outros
temas, a forma de realizar autoexame, os fatores de
riscos e sintomas mais comuns do câncer de mama
que, apesar de ter cura, é o tipo de câncer que mais
mata mulheres no Brasil. Entre 2009 e 2014, o número de casos da doença no País aumentou 13,4%,
uma taxa de aumento de mais ou menos 2% ao ano.
Ao todo, são 57 mil novos casos a cada ano, segundo
dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
No entendimento da diretora-executiva do Instituto Fecomércio, Elizabet Campos, a instituição não poderia ficar
de fora de uma campanha que abrange todo o País e aborda um tema muito importante. “Ao reunir os nossos alunos
e funcionários, que são na maioria mulheres, a intenção
primordial era passar a importância de prevenir o câncer
de mama, com o objetivo de mostrar uma vida mais saudável e feliz para todas”, disse Elizabet.
A diretora ressaltou ainda que em novembro o Instituto Fecomércio realizará palestras para os homens, em
decorrência do novembro azul - uma campanha de conscientização dirigida à sociedade e aos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer
de próstata e outras doenças mais frequentes no público
masculino.
Além de oferecer integração e saúde aos colaboradores
da instituição, o IF de Bem coma Vida promove a reciclagem de papéis e a coleta de cartuchos vazios de impressoras. Nas datas festivas, como Dia das Mães, Páscoa, Dia
das Mulheres e Dia dos Pais, são realizadas confraternizações entre os funcionários, recolhimento de agasalhos,
58 Revista Fecomércio DF
Alunas e professoras do IF participaram da ação que
teve como objetivo disseminar informações sobre o tema
cobertores e brinquedos que são doados a instituições de
caridade da cidade.
Após o seminário de prevenção contra o câncer de
mama, Elizabet Campos entregou aos professores da instituição um presente em homenagem ao Dia dos Professores, comemorado no dia 15 de outubro. Ela agradeceu
o empenho de todos e pediu que continuassem fazendo o
trabalho excelente que é oferecido aos alunos.
Mais informações
@if_df
/institutofecomerciodf
institutofecomerciodf.com.br
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Revista Fecomércio DF 59
Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / df.sebrae.com.br
sindicatos
O remédio
é menos
impostos
//Por Daniel Alcântara
Foto: Raphael Carmona
Frente Parlamentar Mista para a Desoneração
dos Medicamentos é atualmente o principal
pleito do Sincofarma-DF
A
ssim como em vários setores da economia, o segmento de farmácias
do Distrito Federal está sentindo os efeitos da crise econômica na qual
o País se encontra. De acordo com dados do Sindicato do Comércio
Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma-DF), de
maio para cá, o setor registrou uma queda nas vendas de 20%. Outro dado
alarmante é o de fechamentos de lojas que chega aos 8%. Se a situação continuar do jeito que está, o número pode dobrar até o início de 2016, segundo
perspectiva do próprio sindicato.
“Além das quedas nas vendas e do índice de falência aumentando, as farmácias estão demitindo os funcionários para não afetar mais ainda o lucro dos
estabelecimentos. Hoje, as empresas não estão se arriscando a contratar”, explica o presidente do Sincofarma-DF, Francisco Messias Vasconcelos. “Alguns
empresários estão até segurando funcionários com mão de obra qualificada e
estão, com isso, bancando o prejuízo”, explica.
Apesar do cenário ruim que se mostra cada vez mais concreto no setor
produtivo, Francisco Messias diz acreditar em uma luz no fim do túnel com
o lançamento da Frente Parlamentar Mista para a Desoneração dos Medicamentos. Segundo ele, a pauta é de extrema importância para os farmacêuticos. “A questão dos impostos dos medicamentos é muito séria. Atualmente, se
60 Revista Fecomércio DF
paga mais imposto quando se compra um remédio para dor de cabeça
do que para andar de carro zero”, explica Messias. Segundo ele, a média
de impostos para medicamentos no
Brasil está em 35%, sendo uma das
mais altas de todo o mundo. “Tivemos uma reunião com os empresários da base e eles ficaram satisfeitos
com a notícia da frente parlamentar.
Acredito que os deputados responsáveis darão andamento a todo o vapor
para que a desoneração aconteça.
Espero que o projeto não seja vetado
e tenha êxito”, acredita.
O presidente da Fecomércio-DF,
Adelmir Santana, argumenta que,
ao diminuir a incidência de imposto,
uma das consequências seria a incorporação de novos consumidores.
Adelmir ressalta ainda que não faz
sentido o Estado cobrar impostos altíssimos uma vez que o governo é o
maior comprador de medicamentos
no País. “A cobrança demasiada de
impostos nos remédios é uma miopia do Estado brasileiro, porque ele
é o maior consumidor, por meio das
farmácias populares, hospitais universitários e Sistema Único de Saúde
(SUS), responsável por oferecer medicamentos gratuitos para a população”, explicou Adelmir.
ÂMBITO LOCAL
O presidente do Sincofarma,
Francisco Messias, afirma que para
superar a crise é necessário um diálogo contínuo com o GDF. “O setor
produtivo, como um todo, vem trabalhando muito perante o executivo
local para buscar uma forma por
meio da qual a economia volte a girar. Como, por exemplo, agilizar a
abertura de novas empresas. Nesse
aspecto, o governo lançou no mês
de outubro o alvará eletrônico, um
pedido antigo dos empresários”, argumenta Messias. “Agora é esperar
que o programa funcione, pois não
adianta só lançar e o projeto não ser
colocado em prática. Acredito que
agora demos mais um passo em prol
da desburocratização no andamento
de aberturas de empresas, o que é
muito importante, não só para o meu
setor, mas para segmentos como
o imobiliário e da construção civil”,
ressalta o presidente do Sincofarma.
Francisco Messias Vasconcelos
foi eleito no início deste ano e pretende continuar com os trabalhos feitos
pelo antigo presidente, Diocesmar
Felipe de Faria, além de programar
mudanças para suprir os anseios dos
donos de drogarias da cidade. Uma
das principais metas deste mandado será concretizada até janeiro de
2016, que é a reforma da sede da entidade, localizada no Setor Comercial
Sul. “A reforma começou no dia 21
de outubro e ficará pronta até o fim
de janeiro do próximo ano. Devemos
mais essa conquista aos empresários do segmento que vão bancar as
despesas da reforma. Temos que
trabalhar para dar boas condições
aos nossos associados, além de
atrair novos integrantes para a nossa
base”, disse Messias.
O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do
Distrito Federal (Sincofarma-DF) é
uma das entidades mais antigas do
DF. Fundada em 13 de agosto de
1970, é responsável por assessorar
1,2 mil drogarias filiadas em toda a
capital do País. É considerada uma
instituição pioneira na defesa dos
interesses do empresário da cidade.
Nessa trajetória de luta e conquistas,
o Sincofarma já teve sete presidentes, entre eles, o presidente da Fecomércio-DF e ex-senador, Adelmir
Santana.
Revista Fecomércio DF 61
pesquisa conjuntural
Sexta queda
consecutiva
//Por Fabíola Souza
No acumulado dos últimos 12 meses, os
setores de comércio e serviços apresentaram,
juntos, um saldo negativo de -18,78%
Abril x Mar
Maix Abr
Jun x Mai
Julx Jun
Agox Jul
Set x Ago
Autopeças e Acessórios
5,44%
0,42%
4,51%
-2,28%
-3,18%
-6,83%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-2,67%
-7,64%
1,53%
-1,92%
-2,84%
-2,93%
Calçados
-1,31%
-3,94%
-2,78%
-5,89%
3,83%
4,25%
Farmácia e Perfumaria
0,20%
0,50%
0,50%
-3,50%
-1,06%
0,86%
Floricultura
-5,70%
1,48%
-2,16%
-15,77%
-5,58%
-10,14%
Informática
-4,89%
-0,57%
0,62%
-2,05%
-0,63%
-2,51%
Livraria e Papelaria
-29,72%
-0,79%
-0,20%
-0,60%
-0,38%
-7,59%
Lojas de Utilidades Domésticas
-7,72%
-3,26%
4,12%
9,46%
-13,61%
-0,42%
Material de Construção
-5,63%
-2,68%
-5,95%
-2,84%
-0,45%
-4,79%
Mercado e Mercearia
-11,30%
-1,10%
-2,07%
-3,66%
-0,47%
-2,58%
Móveis e Decoração
-1,22%
16,88%
-7,14%
2,42%
-2,28%
-4,21%
Óticas
9,46%
7,47%
-2,65%
2,81%
4,88%
-11,09%
Tecidos
-5,13%
5,71%
3,54%
-19,90%
8,53%
-7,24%
Vestuário
-8,61%
2,32%
4,14%
-0,73%
1,40%
-12,62%
Total
-5,18%
-0,20%
-0,16%
-2,25%
-1,27%
-3,82%
Desempenho de vendas
Academia
0,84%
0,84%
-11,39%
2,91%
6,52%
-5,54%
Agências de Viagem
-3,88%
-3,88%
-6,92%
26,06%
-2,81%
13,14%
Aluguel de Artigos para Festa
-21,88%
-21,88%
1,29%
-2,40%
-9,38%
-6,19%
Autoescola
14,98%
14,98%
17,14%
-0,28%
-11,87%
-6,24%
Casa de Eventos
-6,72%
-6,72%
-8,22%
-14,61%
11,77%
-17,73%
Clínica de Estética
7,40%
7,40%
1,68%
2,58%
7,60%
-7,82%
Ensino de Idiomas
-5,95%
-5,95%
0,22%
6,56%
-6,80%
-16,05%
0,18%
0,18%
0,01%
-4,92%
6,88%
-4,69%
Reparação de Eletroeletrônicos
Pet Shop
-13,20%
-13,20%
3,79%
-16,78%
3,32%
-14,29%
Salão de Beleza
-0,60%
-0,60%
2,34%
0,71%
-6,06%
-6,36%
Total
-4,83%
-4,83%
-1,66%
5,82%
-1,23%
-5,96%
Total
-5,11%
-5,11%
-0,45%
-0,40%
-1,26%
4,27%
Comércio
62 Revista Fecomércio DF
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
O
comércio brasiliense registrou queda de -3,82%
nas vendas no mês de
setembro na comparação com agosto. Já o setor de serviços apresentou queda de -5,96%.
O declínio representa a sexta queda
consecutiva para o comércio neste
ano. No acumulado dos últimos 12
meses (setembro de 2014/ setembro de 2015), comércio e serviços
apresentam, juntos, um saldo negativo de -18,78%, indicando um
ano de comportamento ruim em
três trimestres seguidos. É o que
mostra a Pesquisa Conjuntural
de Micro e Pequenas Empresas
do Distrito Federal, realizada pelo
Instituto Fecomércio, com apoio do
Sebrae.
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, aponta que o
ano de 2015 está sendo difícil para
o setor terciário em todo o País.
“Neste ano, o comércio passa por
uma intensa desaceleração, afetado pelo menor ritmo da economia,
pelo desemprego, pelo crédito mais
restrito e pela alta da inflação”, explica Adelmir.
O declínio representa a sexta
queda consecutiva para o
comércio neste ano
Em setembro, os únicos segmentos do comércio que registraram
crescimento nas vendas foram: Calçados (4,25%) e Farmácia e Perfumaria (0,86%). Os segmentos que apresentaram queda foram: Vestuário
(-12,62%); Óticas (-11,09%); Floricultura (-10,14%); Livraria e Papelaria
(-7,59%); Tecidos (-7,24%); Autopeças e Acessórios (-6,83%); Material de
Construção (-4,79%); Móveis e Decoração (-4,21%); Bares, Restaurantes e
Lanchonetes (-2,93%); Mercado e Mercearia (-2,58%); Informática (-2,51%)
e Lojas de Utilidades Domésticas (-0,42%).
Formas de pagamento // Setembro
Serviçco
100%
Comércio
100%
46,51%
27,57%
38,19%
27,61%
20,80%
13,13%
0,45%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
3,09%
1,58%
A prazo
Boleto
10,21%
8,96%
1,90%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
A prazo
Boleto
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 63
No setor de serviços, houve
crescimento nas vendas, em setembro, só no segmento de Agência
de Viagem (13,14%). Os segmentos de serviços que apresentaram
queda nas vendas foram: Casa de
Eventos (-17,73%); Ensino de Idio-
Nível de emprego
Autopeças e Acessórios
3,01%
-7,60%
JunxMai
JulxJun
AgoxJul
SetxAgo
0,63%
-2,52%
-9,82%
0,00%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
1,69%
-4,94%
0,52%
-3,78%
1,46%
-1,03%
Calçados
2,65%
-0,86%
-6,96%
0,00%
-2,80%
-5,56%
Farmácia e Perfumaria
-1,77%
-0,72%
1,09%
5,38%
-4,45%
-1,48%
Floricultura
0,00%
7,69%
-10,71%
-8,00%
8,33%
4,00%
Informática
7,69%
-10,71%
0,00%
5,41%
-3,85%
-9,46%
Livraria e Papelaria
-5,50%
-24,27%
20,27%
-2,02%
1,03%
-5,71%
Lojas de Utilidades Domésticas
-10,17%
11,54%
-6,56%
-3,51%
5,45%
-1,61%
Material de Construção
9,49%
-12,72%
5,96%
3,75%
5,99%
-1,61%
Mercado e Mercearia
0,00%
2,02%
1,10%
-2,21%
3,85%
-4,16%
Móveis e Decoração
0,00%
1,41%
0,00%
-6,94%
4,62%
-4,48%
Óticas
10,00%
-6,06%
0,00%
9,68%
-17,65%
7,14%
Tecidos
-27,27%
4,17%
0,00%
4,00%
-3,85%
-7,69%
Vestuário
-1,10%
2,97%
-1,08%
-3,97%
-1,50%
5,06%
Total
0,70%
-3,41%
0,72%
-1,57%
0,14%
-1,53%
Academia
-2,91%
4,49%
-14,45%
-0,81%
-1,89%
0,73%
Agências de Viagem
-1,96%
0,00%
2,04%
-2,99%
-3,23%
7,14%
Aluguel de Artigos para Festa
-5,43%
5,74%
-3,10%
-16,80%
9,52%
-10,26%
Autoescola
12,82%
-4,55%
-9,52%
-15,79%
9,38%
-15,00%
Casa de Eventos
0,00%
0,00%
0,00%
4,55%
-7,89%
-2,70%
Clínica de Estética
1,37%
-6,67%
2,70%
1,35%
7,50%
-15,58%
Ensino de Idiomas
7,91%
1,33%
-27,63%
19,61%
-7,52%
8,27%
Pet Shop
-1,69%
5,17%
-4,10%
-1,71%
-6,72%
-3,60%
Reparação de Eletroeletrônicos
-0,92%
0,93%
-0,92%
-5,56%
6,86%
3,19%
Salão de Beleza
1,06%
1,05%
-11,11%
15,91%
-2,61%
3,41%
Total
-0,09%
2,06%
-9,39%
-0,20%
-0,48%
-1,28%
0,49%
-1,93%
-2,11%
-1,21%
-0,03%
-1,46%
Total
Comércio
64 Revista Fecomércio DF
AbrilxMar Mai1xAbr
mas (-16,05%); Reparação de Eletroeletrônicos (-14,29%); Clínica
de Estética (-7,82%); Salão de Beleza (-6,36%); Autoescola (-6,24%);
Aluguel de Artigos Para Festas
(-6,19%); Academia (-5,54%); e Pet
Shop (-4,69%).
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Desempenho de vendas
AbrilxMar
MaixAbr
JunxMai
JulxJun
AgoxJul
SetxAgo
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-7,23%
0,42%
-1,97%
-0,38%
-2,35%
-4,68%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
0,97%
-7,64%
3,85%
-6,49%
2,06%
5,70%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-5,79%
-3,94%
4,52%
-3,79%
0,97%
-2,88%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-5,40%
0,50%
3,57%
0,40%
0,64%
-4,60%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
0,56%
1,48%
-1,86%
-1,38%
-1,14%
-3,50%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-4,92%
-0,57%
-3,33%
-8,02%
-4,05%
-6,54%
Total
-5,18%
-0,79%
-0,16%
-2,25%
-1,27%
-3,82%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-1,38%
-3,26%
-2,16%
15,51%
-1,89%
1,25%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
7,52%
-2,68%
-4,94%
-3,90%
4,92%
-18,93%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
-3,71%
-1,10%
0,50%
-8,69%
6,77%
-3,04%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-16,66%
16,88%
1,47%
-3,17%
-4,15%
-14,13%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
5,14%
7,47%
-1,18%
-1,10%
-2,31%
-15,59%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-9,10%
5,71%
-7,22%
8,66%
-6,82%
-10,59%
Total
-4,83%
2,32%
-1,66%
5,82%
-1,23%
-5,96%
Total
-5,11%
-0,20%
-0,45%
-0,40%
-1,26%
-4,27%
Comércio
Serviço
Nível de Emprego
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Abrilx Mar Mai1x Abr
Junx Mai
Jul x Jun
Agox Jul
Set x Ago
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
0,00%
-2,83%
-0,17%
-1,03%
0,09%
-0,35%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
5,88%
-6,58%
5,19%
4,23%
-6,04%
2,70%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
2,32%
-9,12%
3,00%
1,89%
0,17%
-4,58%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-3,02%
-0,75%
1,14%
-3,01%
7,08%
2,44%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-2,62%
1,01%
-3,67%
2,41%
-1,68%
-1,39%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
4,18%
0,29%
1,72%
-13,83%
-0,31%
-4,93%
0,70%
-3,41%
0,72%
-1,57%
0,14%
-1,53%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
1,46%
1,08%
-2,08%
-5,05%
1,02%
-0,69%
Candangolândia, Guará e Núcleo
Bandeirante
-3,70%
-1,89%
0,00%
-3,92%
-2,00%
-14,04%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e
Águas Claras
-0,91%
9,51%
-7,28%
-1,81%
1,23%
-2,91%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-1,67%
0,85%
-18,49%
12,37%
-1,85%
-8,26%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-5,80%
-3,08%
3,17%
18,46%
-1,27%
5,97%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
2,67%
-4,35%
-24,75%
-1,76%
-4,08%
6,11%
-0,09%
2,06%
-9,39%
-0,20%
-0,48%
-1,28%
0,49%
-1,93%
-2,11%
-1,21%
-0,03%
-1,46%
Total
Total
Total
Comércio
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 65
pesquisa relâmpago
Álvaro Domingues,
presidente do Sinepe/DF
Cortes nos governos
federal e local
Reajuste de
mensalidades
escolares para 2016
Extintor em carro
deixará de ser
obrigatório
RUIM
Nunca é demais
se precaver,
principalmente com
equipamentos que
podem salvar uma
vida ou evitar danos
irreparáveis.
RUIM
Seria muito melhor
trabalharmos com
uma inflação sob
controle e evitarmos
o desgaste da
comunidade ao
sermos obrigados a
reajustar.
BOM
As palavras podem
convencer, mas o
exemplo se arrasta.
Cresce número
de autuações da
Lei Seca
BOM
Nada justifica ceder
a um desejo sabendo
que colocaríamos
nossa vida e a dos
outros em risco.
66Untitled-4
1
Revista Fecomércio
DF
Juliana Silva,
cientista política
REGULAR
Financeiramente,
reduz a arrecadação,
pois é um acessório
caro que irá diminuir
a venda.
RUIM
O aumento pode
agravar a crise
econômica. Isso porque
foi demasiado e as
transferências para
as escolas públicas já
começaram.
BOM
Deve haver cautela e
cortar onde deve ser
cortado. O que não
acontece de fato, pois
os cortes ocorrem de
forma apenas política.
REGULAR
Isso mostra que a
fiscalização está sendo
feita. Bom seria se
houvesse a abordagem
e não houvesse quem
autuar. Significaria que
a campanha educativa
deu certo.
William Nogueira,
gerente
RUIM
O carro necessita
de um extintor que
esteja em condições
legais.
RUIM
O aumento excessivo
não justifica e só
prejudica a população.
REGULAR
Apesar de prejudicar
o bolso da população,
é um remédio para
a sociedade que em
tempos de crise se torna
necessário.
REGULAR
Eu sempre oriento
meus filhos que em
hipótese alguma
você pode dirigir
alcoolizado.
Hilana Nadiele,
fisioterapeuta
RUIM
As pessoas costumam
se acomodar diante da
não-obrigatoriedade
e passam a não levar
a sério um acessório
importantíssimo.
REGULAR
Todos os lugares
estão aumentando
tarifas e gastos.
As escolas
acompanham de
forma justa com
esse reajuste.
RUIM
Os cortes só
atrapalham a
população e
principalmente para
quem está à procura
de um emprego.
RUIM
Isso nos faz pensar o
quanto as pessoas ainda
não se conscientizaram.
São necessárias
campanhas eficazes
para educar o motorista.
David Duarte Lima,
especialista em
trânsito
BOM
As pessoas não
sabem usar o
extintor. É um
acessório que não
serve para nada.
RUIM
Isso significa
que a inflação
tem aumentado
consideravelmente.
BOM
O governo tem e
precisa gastar o
mínimo possível
principalmente
em tempos de
crise.
BOM
Isso mostra que a
fiscalização tem
aumentado.
18/11/10 11:29
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Revista Fecomércio DF 67
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do Governo de Brasília com a segurança de toda a população. Agora, é justamente o cidadão
brasiliense que aponta o que precisa ser feito pelo Governo para a melhoria de sua qualidade
de vida. Outro diferencial é a atuação de todos os órgãos públicos, de maneira integrada, para
resolver tais problemas evidenciados pelo povo. E os resultados já começaram a aparecer:
o número de homicídios caiu em 15,9%, comparado ao mesmo período (janeiro a setembro)
do ano passado. Uma redução expressiva, evidenciando que Governo e comunidade, juntos,
caminham na direção certa, para que Brasília seja um lugar mais seguro de se viver.
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68 Revista Fecomércio DF

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