Relatório Anual 2007
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Relatório Anual 2007
Relatório e contas 2007 Somague - Engenharia, S.A. PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS INDICADORES VOLUME DE NEGÓCIOS EBITDA RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS RESULTADOS LÍQUIDOS CASH FLOW CAPITAIS PRÓPRIOS VOLUME DE NEGÓCIOS 2005 2006 2007 746.119.560 28.650.973 10.120.877 7.566.472 25.466.153 88.011.253 661.651.956 34.654.811 10.419.803 6.924.595 28.650.973 106.473.286 726.111.936 42.207.741 11.227.776 7.700.756 27.316.653 112.158.131 CAPITAIS PRÓPRIOS 800,000,000 120,000,000 700,000,000 100,000,000 600,000,000 80,000,000 500,000,000 60,000,000 400,000,000 40,000,000 300,000,000 20,000,000 200,000,000 0 100,000,000 2005 2006 2007 EBITDA 2005 2006 2007 2006 2007 RESULTADOS LÍQUIDOS 45,000,000 8,500,000 40,000,000 7,500,000 35,000,000 30,000,000 6,500,000 25,000,000 20,000,000 5,500,000 15,000,000 10,000,000 4,500,000 5,000,000 3,500,000 0 2005 2006 2007 2005 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 2005 Mercados Vol. negócios Portugal Espanha Irlanda Brasil Angola Cabo Verde Outros TOTAL 681.696.149 868.811 349.068 27.830.979 34.916.802 457.751 746.119.560 Carteira 648.732.034 54.144.718 30.065.080 70.294.142 10.233.928 813.469.902 2006 Vol. negócios 521.243.628 25.675.840 13.230.993 20.374.948 61.277.306 19.833.056 16.185 661.651.956 2007 Carteira Vol. negócios Carteira 519.790.916 510.902.454 553.699.230 80.161.365 66.244.737 86.490.927 21.167.707 29.628.445 189.440.402 6.758.557 9.016.281 1.182.179 60.851.762 87.126.529 80.129.194 25.497.720 21.792.129 18.837.571 1.401.361 714.228.028 726.111.936 929.779.504 VOLUME DE NEGÓCIOS 2007 CARTEIRA 2007 9% Angola 2% Cabo Verde 1% Brasil 60% Portugal 20% Irlanda 12% Angola 3% Cabo Verde 71% Portugal 4% Irlanda 9% Espanha 9% Espanha CARTEIRA VOLUME DE NEGÓCIOS (Nacional e Internacional) (Nacional e Internacional) 1050 900 900 750 750 Total Total 600 600 Nacional Nacional 450 Internacional 450 300 Internacional 300 150 150 0 Milhões 0 2005 2006 2007 Milhões 2005 2006 2007 RELATÓRIO E CONTAS 2007 Índice CARTA DO PRESIDENTE 4 RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO ÓRGÃOS SOCIAIS 8 ORGANOGRAMA DA EMPRESA 12 • Envolvente Macroeconómica 14 • Evolução Sectorial 16 • SOMAGUE Engenharia 18 • Participadas 22 • Evolução Económico-financeira 40 10 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 42 • Responsabilidade Social Corporativa CONSOLIDADAS • Balanços Consolidados 44 • Demonstrações Consolidadas Segurança e Ambiente 47 • Demonstrações Consolidadas • Organização e Sistemas 49 • Recursos Humanos 51 • Relatório de Qualidade, dos Resultados 54 56 57 das Alterações no Capital Próprio 58 • Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa 59 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 60 92 ÍNDICE / RELATÓRIO E CONTAS 2007 3 4 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / CARTA DO PRESIDENTE CARTA DO PRESIDENTE A economia portuguesa cresceu 0,7 p.p. relativamente ao ano anterior tendo o PIB em 2007 atingido 1,9% superando as estimativas iniciais. Não obstante estes indícios de recuperação, esta foi insuficiente para convergir com as economias europeias, que, apesar do abrandamento registado, apresentaram crescimentos na zona Euro de 2,6% e na Europa de 2,8%. O investimento, em Portugal, teve um acréscimo de 4,4 p.p., cifrando-se em 2,6%, justificado sobretudo por iniciativas privadas dado que se manteve a política orçamental de contenção da despesa da Administração Pública. CARTA DO PRESIDENTE / RELATÓRIO E CONTAS 2007 O Sector da construção em 2007 apresentou tímidos sinais de melhoria, sobretudo no último trimestre, mas manteve-se em crise tal como nos últimos seis anos. Continuamos a assistir ao adiamento das grandes obras, sempre anunciadas mas que não respeitam os calendários previstos. A perturbação gerada levou à falência de algumas empresas, a movimentos de aquisição e de fusão no sector e à busca de novos mercados, muitos dos quais de elevado risco. Nesta conjuntura, a Somague conseguiu manter o nível da actividade em Portugal (cerca de 2% inferior a 2006) e graças ao esforço na actividade internacional (53% mais do que 2006) conseguiu aumentar o volume de negócios em 10%, contrariando deste modo a tendência de quebra dos últimos anos. A importância da actividade internacional atingiu 30% do volume de negócios da Somague em 2007, sendo de salientar a contribuição das empresas participadas que nos mercados competitivos como o Espanhol e o Irlandês têm conseguido penetrar com as suas especialidades, nomeadamente a Neopul cuja actividade internacional correspondeu a 60% do volume de negócios. Para 2008, em Portugal criaram-se expectativas muito positivas com o anúncio da abertura a parcerias público-privadas aos grandes projectos de infra-estruturas de transportes e de ambiente, nomeadamente o novo Aeroporto de Lisboa, os Principais Empreendimentos Rodoviários e o novo Plano Nacional de Barragens, que se espera ter efeitos a curto / médio prazo. No entanto a turbulência nos mercados financeiros gera uma enorme incerteza da situação económica internacional, que aconselha prudência na análise das perspectivas para a economia nacional. 5 6 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / CARTA DO PRESIDENTE Se as perspectivas de evolução da economia portuguesa para 2008 são de certo modo animadoras, o sector da construção ainda vai ter um ano difícil sobretudo no primeiro semestre podendo já apresentar melhorias no segmento de obras públicas se arrancarem algumas das grandes obras concursadas no final de 2007 e início de 2008. A Somague orientou a sua estratégia de internacionalização em consonância com a do Grupo SyV, tendo angariado 50% da sua carteira para 2008 em mercados internacionais onde temos operações estáveis com economias em crescimento. Procurámos diversificar para novos mercados onde existem excedentes orçamentais, como sejam os países produtores de petróleo, caso da Líbia, e para projectos que se sustentem como por exemplo o Canal do Panamá, onde lideramos com a Sacyr um dos consórcios concorrentes. O mercado das concessões é também uma das nossas fontes geradoras de negócio de construção e em 2008 já iniciamos na Irlanda a construção de uma das concessões rodoviárias que o Grupo ganhou. CARTA DO PRESIDENTE / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Como nota pessoal, hoje como novo presidente da Somague, não posso deixar de reconhecer o mérito da gestão anterior, sobretudo nas pessoas do anterior presidente, Dr. Diogo Vaz Guedes e do anterior vice-presidente, Eng.º Ricardo Martín Lucas, que lideraram a Somague durante estes longos anos de crise que temos vivido em Portugal. Souberam, com mestria, adaptar a Empresa às novas realidades da globalização da economia, deixando-nos como legado uma empresa sólida, com boas contas, com pessoas preparadas, qualificadas e, sobretudo, motivadas para os novos desafios. José Luís Machado do Vale Presidente do Conselho de Administração 7 8 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ÓRGÃOS SOCIAIS ÓRGÃOS SOCIAIS ASSEMBLEIA-GERAL Presidente Luís Maria Lino da Costa de Sousa Macedo Secretário Sara Alexandra Catarino Marques CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente José Luís Carneiro Machado do Vale Vice-presidentes Miguel Heras Dolader Francisco Javier Gayo Pozo Vogais Luís Manuel Silva Duarte Patrício José Manuel Loureda Lopes Rui Ferreira Vieira de Sá José Augusto Ferreira Teixeira João Manuel Nunes Salvador Diogo Alves Dinis Vaz Guedes Ricardo Martín Lucas ÓRGÃOS SOCIAIS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 CONSELHO FISCAL Presidente Luís Miguel Nogueira Freire Cortes Vogais António Joaquim Andrade Gonçalves João Belard Kopke Marques Pinto Suplente João Manuel Gonçalves Correia das Neves Martins ROC ERNST & YOUNG AUDIT E ASSOCIADOS, SROC, S.A., representada por: João Carlos Miguel Alves, ROC 896 Suplente Rui Abel Serra Martins, ROC 1119 SECRETÁRIO DA SOCIEDADE Paulo Miguel Carvão Guimarães Cavazzini Suplente João Pedro Correia Bulcão Dias Mora TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS Graça Maria Epifânio Pinto Dias Ferreira, TOC 1869 9 10 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ORGANOGRAMA DA EMPRESA ORGANOGRAMA DA EMPRESA SyV SOMAGUE SGPS SOMAGUE ENGENHARIA 100% SACYR Participadas SOMAGUE INVESTIMENTOS 100% SOMAGUE TI 100% SMLN 6% SMARTIT 100% SOMAGUE PMG 100% SOMAGUE UTILITIES 100% SOMAGUE EDIÇOR ENGENHARIA 100% MADALENAGIR 12,75% BRISAL 9% VORTAL 100% PROMOCEUTA 50% TEGAEL 51% MAGUETECNO 100% BAÍACAIS 12,75% PPPS 14,4% SMART DC 100% HSE EMP. IMOBIL. 27,5% GAELTEC 55% EDIMECÂNICA 100% TERRA DE FAJÃS 12,75% PORTAS DA LAGOA 12,75% SGIS 100% ENGIGÁS 51,76% HABITAR (ANGOLA) 100% S.P.R.L.P. 12,75% PARQUAÇOR 20% SOCOSTROI ENGENHARIA 100% ENGIGÁS CABO VERDE 100% CVC (CABO VERDE) 90% S.D.C.P.V. 12,75% CIDADE EM ACÇÃO 12,1% ENFOQUE 80% NEOPUL 100% SOMAGUE ENG. MADEIRA 100% VIA ESPRESSO 11,2% PARQUE FUTURO SEC. XII 12,75% FERROPOR 50% SOGEL (MOÇAMBIQUE) 100% MARÍTIMO DA MADEIRA 1% COMPLEXO TIVANE 20% SOMAGUE ENG. MADEIRA 2,5% ORGANOGRAMA DA EMPRESA / RELATÓRIO E CONTAS 2007 VALLEHERMOSO ITÍNERE TESTA VALORIZA ACE´s ETRS MEIA SERRA 3,77% LINHA VERMELHA 26,32% RESERCAVADO 33,33% FREEPORT 50% ÁGUAS DO MARCO 45% INFRA-ESTR. DAS ANTAS 33,33% METRO 50% LINHA DO NORTE (2.1) 32,5% JV SOMAGUE BOWEN 50% ETAR DA MADALENA 33,33% METRO AEROPORTO 50% NOVAPONTE 13,33% NORMETRO 20% LIPORCONSTRUÇÃO 60% GARE DO ORIENTE 40% ÁGUAS DE GONDOMAR 67,5% FÓRUM COIMBRA 75% LINHA AMARELA 26,32% ALQUEVA 25% LIPOR EXPLORAÇÃO 40% ACESS. ANTAS 25% UTE GIJON 80% UTE ABANDOIBARRA 80% UTE GORDONIZ 80% CASA DA MÚSICA 60% A17 - F.FOZ/MIRA 25% ÁGUAS DE BARCELOS 70% ESTALEIRO DE PEGÕES 75% UTE LLODIO 80% UTE ALFATEJO (MURCIA) 80% TRANSMETRO 47,5% VL9 - GAIA 70% NOVAESTRADA 15% AUDITÓRIO VIGO 80% UTE AIBOAGETXO 80% UTE 17 VIV. LLODIO 80% CP ALFARELOS (2.2) 36,1% SEN 100% MARL 30% LA FLORIDA 80% AGADIR (MURCIA) 80% CALLE PIZARRO 80% ÁGUAS DA LINHA 50% HOSP. COIMBRA 100% MOLHES DO DOURO 50% PESCANOVA 70% LA LASTRA 70% SETH CJT 1F 50% M50 17% ETAR ALCANTARA 50% 11 RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO • Envolvente Macroeconómica • Evolução Sectorial • SOMAGUE Engenharia • Participadas • Evolução Económico-financeira RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 13 14 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO 4.1 – ENVOLVENTE MACROECONÓMICA O ano de 2007 ficou marcado pelo crescimento da economia portuguesa em 1,9%, o qual foi superior ao registado em 2006 (1,2%). De facto, o crescimento económico terá ficado acima da estimativa feita nos trimestres antecedentes e expressa nos estudos publicados pelo Ministério das Finanças, pelo Banco de Portugal, pela OCDE ou pela UE. No entanto, o comportamento da economia continuou sem apontar ainda no sentido da convergência de crescimento quer com a média dos países que integram a zona do Euro (2,6%), quer com a média europeia (2,9%), ou com os EUA (2,2%) nem tão pouco com o Japão (2,1%). É importante realçar que este ano o abrandamento da actividade foi extensível a quase todas as economias da zona do Euro, apesar de estas terem beneficiado de boas condições económicas internas e igualmente do crescimento da economia mundial (5,1%). Outros indicadores, como o investimento com crescimento de 2,6% (- 1,8%, em 2006), a taxa de inflação média que se situou em 2,4% (3%, em 2006), o crescimento das exportações em 7% (9,1%, em 2006) e a taxa de desemprego de 8,2% (7,7%, em 2006), apesar de apontarem em divergentes direcções, coexistiram entre si e caracterizaram igualmente o comportamento da economia portuguesa, neste último ano. O ciclo de crescimento económico, iniciado em 2006 sob o impulso das exportações e do investimento, encontrou sustentação em 2007, já que se voltou a verificar um crescimento de 1% a 2%. Assim se invertia um período de fraco crescimento registado no quinquénio anterior, muito embora permaneçam por debelar os problemas estruturais da economia portuguesa, que, pelo oitavo ano consecutivo, registou um crescimento abaixo do da média da UE. Sabendo-se que o investimento é o motor da expansão europeia e do novo ciclo de negócios, iniciado em 2004, era previsível que a queda do investimento em 10,9%, no ultimo quinquénio, em Portugal, conduziria necessariamente a um crescimento económico abaixo das RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 economias da zona do Euro, onde se verificou um acréscimo de investimento de 16,7%; da UE, cujo crescimento foi de 27,6%; de Espanha, onde aumentou 45,4%; e da Grécia, cujo investimento aumentou 53,1%. Importa ainda mencionar a capacidade de a economia reagir à adversidade criada pela turbulência subjacente aos mercados financeiros internacionais, que se veio a sentir a partir de meados de 2007, e cujos efeitos finais permanecem por quantificar. Quanto aos principais mercados além fronteiras onde a Somague opera, o vigor das economias de Angola, Irlanda e Espanha, no ano de 2007, fica demonstrado pelo respectivo crescimento de 23,1%, 5,3% e 3,7%. A Somague tem vindo a consolidar as operações que tem nestes países e a diversificar os mercados internacionais onde opera, orientando esforços comerciais para novos mercados, nomeadamente, os da Argélia, da Líbia, do Chile, do Panamá e da Bulgária. As perspectivas para a economia portuguesa, em 2008, incluem a manutenção do crescimento gradual da actividade económica, alicerçada no crescimento das exportações, no reforço do investimento, especialmente no empresarial. Prevê-se um crescimento próximo do da zona do Euro, a correcção dos ajustamentos das contas externas, do preço do petróleo e das taxas de juro, bem como a continuação do processo de consolidação orçamental das contas públicas e a contenção da inflação, que se estima ficar em torno dos 2%. O impacte conjunto destes factores possibilitará a aproximação da economia às taxas de crescimento verificadas na zona do Euro. No entanto, o desfasamento entre a realidade da economia portuguesa e a realidade actual da economia europeia, consolidada e robusta, implica para a primeira uma maior vulnerabilidade à instabilidade da conjuntura internacional. Importa, por fim, referir o crescente esforço de algum meio empresarial português no sentido de se concentrar na internacionalização dos respectivos negócios, e de encontrar nesta atitude uma resposta às exigências de uma crescente concorrência internacional, decorrente da globalização, do alargamento da UE a Leste ou mesmo da exiguidade de oportunidades do mercado interno, que só por si não permite obter o “efeito escala”. 15 16 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO 4.2 – EVOLUÇÃO SECTORIAL Embora a economia tenha entrado num ciclo de crescimento, iniciado em 2006, o sector da construção em Portugal continuou a sucumbir à crise que se vive desde 2002. É forçoso constatar que, em 2007, não foi invertida a tendência, que os agentes do sector tanto pretendiam inverter. Os factos apontam para a perda de importância do valor acrescentado bruto da construção (VAB), que representa hoje 5,1% do VAB da economia, no seu todo, ao passo que, em 2002, representava 6,4% daquele valor. A mesma tendência se verifica no que respeita ao peso deste valor no PIB, que, sendo de 6,3%, em 2007; era, em 2002, de 7,6%. Em consequência, assistiu-se, por um lado, ao aumento do número de falências no sector e, por outro, a um processo de adaptação empresarial à nova realidade, com recurso à inovação, à flexibilização e à diversificação das actividades produtivas. Assistiu-se, ao mesmo tempo, a uma reestruturação do tecido empresarial, que passou pelo redimensionamento de empresas, por meio de fusões e aquisições, bem como pela aposta na diversificação de actividades e na internacionalização com a deslocação para novos mercados. De acordo com as estimativas da ANEOP, os indicadores globais do sector dão conta de duas realidades distintas. Há alguns indícios de recuperação do sector, pela intensificação da adjudicação de obras públicas, ocorrida nos últimos meses de 2007 e portanto com produção prevista para 2008, e consequente crescimento do emprego (1%), aumento esperado do licenciamento e produção de edifícios não-residenciais (6,8%), especialmente privados (13%), aumento do consumo de cimento (0,5%), da taxa de utilização da capacidade produtiva 70% (69%, em 2006; 70%, em 2005). Por outro lado, há indicadores que apontam no sentido contrário, como o desinvestimento na construção (1,8%), a diminuição da produtividade do sector (3,5%) e a diminuição de licenciamentos e de produção de edifícios privados para habitação (5%). RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Segundo as previsões, a redução do volume da actividade atingiu 0,5%, em 2007, acumulando-se esta percentagem à dos decréscimos verificados no último triénio: 5,7%, em 2006; 3,1%, em 2005; e 2,3%, em 2004. O sector da construção continua a divergir da tendência actual da economia portuguesa e da média europeia. À grande generalidade dos países europeus, o ano de 2007 permitiu beneficiar de uma conjuntura favorável de crescimento do mercado imobiliário e do investimento em infra-estruturas (3,5%), apesar de os sinais não serem tão animadores, quando comparados com o crescimento da UE, em 2006 (4,5%). Portugal (1,8%) é actualmente, a par da Irlanda (2,8%), um dos poucos países que desinveste em construção. No entanto, os dados disponíveis apontam para uma inversão desta tendência e para a convergência com a média europeia, a partir de 2008 e anos seguintes. Como é do conhecimento público, está previsto para os próximos anos o maior volume de construção alguma vez realizado em Portugal: em infra-estruturas de transportes de índole empresarial (novo aeroporto de Lisboa, TGV, concessões rodoviárias, portos), plataformas logísticas, energia (construção de novas barragens, energias renováveis), abastecimento de água e saneamento, unidades de ensino e de saúde e PIN`s (grandes investimentos em novos pólos turísticos de luxo e na construção residencial para segunda habitação). Não foram ainda fixadas, no entanto, datas exactas para a necessária acção indirecta dos poderes públicos sobre o ritmo e a intensidade do investimento privado. É de crer que este ciclo de investimento venha definitivamente pôr termo à mais longa e profunda crise de que há registo no sector da construção em Portugal. 17 18 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO 4.3 – SOMAGUE ENGENHARIA 4.3.1 – ACTIVIDADE COMERCIAL Pesem embora os sinais de alguma recuperação que se foram notando no segundo semestre de 2007, em especial nos segmentos da engenharia civil e dos edifícios não-residenciais, o facto é que o ano de 2007 foi novamente um ano de dificuldades para o sector, situação que se arrasta desde há seis anos. A esta circunstância acresceu ainda um agravamento acentuado da concorrência, nomeadamente no mercado das obras públicas, em que as empreitadas foram adjudicadas por valores extremamente baixos, ou seja, em média 11% abaixo das bases de licitação. Todavia, e apesar de todos estes factores negativos, a Somague voltou a liderar o mercado nacional no que respeita a adjudicações. Paralelamente, intensificou-se a participação da empresa nos mercados externos, nomeadamente em Espanha, na Irlanda e em Angola, o que permitiu que a angariação de uma parte considerável da actual carteira se realizasse nestes mercados. O total de obras angariadas em 2007 pela Somague Engenharia, incluindo filiais nacionais, filiais e sucursais internacionais e participadas, foi de cerca de 850 M . Cerca de 50% deste valor foi obtido no mercado internacional, nomeadamente nos países acima referidos. Verifica-se, assim, que a angariação total feita em 2007 ficou cerca de 11% acima dos objectivos, oportunamente traçados, que apontavam para os 770 M . Estes resultados devem-se a uma intensa actividade comercial, consubstanciada em inúmeras propostas apresentadas, quer no mercado nacional, quer no mercado internacional, mais concretamente em Espanha, na Irlanda, em Angola, mas também em Cabo Verde, no Brasil, na Argélia, no Panamá e no Chile. RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 No conjunto das obras adjudicadas durante o ano de 2007, destacam-se pela relevância as que se seguem. Em Portugal: – – – – – – – – – – – – – – – – INSUIÑA, S. L. – Projecto aquícola em Mira PORTUCEL – Central de cogeração em Setúbal TROIARESORT – Conjunto de moradias em Tróia SIEMENS, S. A. – Construção civil na Central do Pego NOVANTAS – Empreendimento Antas Première PORTOESTÁDIO – Concepção / construção de pavilhão para o F.C.P. REN – Subestação do Carrapatelo José de Mello Saúde – Clínica CUF em Torres Vedras VALNOR – Concepção / construção de uma C.V.O. ÁGUAS do MONDEGO – Complexo da Boavista ÁGUAS do ALGARVE – Concepção / construção do abastecimento de água às ilhas da Culatra e Armona MARINA PARQUE das NAÇÕES – Reoperacionalização da bacia sul da marina APL – Reabilitação e reforço do cais de St.ª Apolónia C. M. de FARO – Execução do porto de abrigo da ilha da Culatra REFER – Ligação ferroviária ao porto de Aveiro AUTO-ESTRADAS do ATLÂNTICO – Beneficiação do pavimento da A8, entre S. Mamede e Tornada No estrangeiro: – Centro Comercial Dolce Vita – Corunha – Espanha – Construção de Edifício de apartamentos em Vigo – Calle Pizarro – Espanha – Construção de Edifício de apartamentos em León – La Lastra – Espanha – Auto-estrada N7 Castletown / Nenagh – Irlanda – Linha B1 – Metro de Dublin – Irlanda – Auto-estrada M50 (PPP) – Irlanda – Instituto de Artes Cénicas – Angola – Construção de gasolineira em Huíla – Angola – Biblioteca do pólo universitário – Angola 19 20 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO Ainda em fase de apreciação e / ou de negociação encontra-se um número significativo de propostas, nas quais a Somague deposita fundadas expectativas de adjudicação e que podem, em caso de sucesso, melhorar as perspectivas para o ano de 2008 e os seguintes. Estão nesta situação as empreitadas seguintes: – – – – – – – Concessão do novo hospital de Braga Concessão do novo hospital de Vila Franca de Xira Concessão do novo hospital de Loures Construção do empreendimento Estoril Sol Concessão do túnel do Marão Construção da central hidroeléctrica da Bemposta Centro Comercial Dolce Vita Tejo (acabamentos e instalações) 4.3.2 – PRODUÇÃO O ano de 2007, como já referido, foi mais um ano em que a estagnação do sector da construção se manteve em Portugal, o que se manifestou na falta de projectos de investimento e na degradação progressiva dos preços das obras levadas a concurso. A manutenção desta situação tem imposto às empresas portuguesas a procura de soluções alternativas que lhes permitam manter a sua sustentabilidade. Estas soluções têm passado pelo desenvolvimento de actividades que incorporem construção e pela internacionalização, nas respectivas áreas da especialidade, matéria que será abordada nos capítulos destinados a cada participada. 4.3.2.1 – REGIÃO SUL No que concerne às obras mais relevantes, iniciadas pela região sul em 2007, salientamos as que se seguem: – ETAR de Alverca – Clínica CUF em Torres Vedras – Construção de 52 moradias em São Pedro do Corval – Alentejo – Construção de 95 moradias no Tróia Resort – Protecção de oleodutos em Sines – Infra-estruturas diversas de abastecimento às Ilhas da Culatra e de Armona – Ligação ferroviária ao Porto de Aveiro RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 4.3.2.2 – REGIÃO NORTE Apesar da situação macroeconómica, a unidade de produção do norte atingiu os objectivos estabelecidos para o ano, graças a um conjunto de obras iniciadas e em curso, entre as quais se destacam as seguintes: – – – – – – – – – – – – Igreja da Santíssima Trindade / Santuário de Fátima Hotel Aquapura, no Douro Portaria principal do Porto de Leixões – APDL Remodelação das termas de S. Pedro do Sul Hotel Lote 4 – Fátima Águas do Alto Rabagão Águas de Paços de Ferreira Canal de acesso à doca 4 Barragem do Pinhão Valnor – Central de compostagem Subestação de Carrapatelo Pavilhão do Futebol Clube do Porto 21 22 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO 4.4 – PARTICIPADAS 4.4.1 – SOMAGUE – EDIÇOR, ENGENHARIA, S.A. A Somague – Ediçor, Engenharia, S.A., exerce a sua actividade exclusivamente na Região Autónoma dos Açores, posicionando-se como uma das maiores empresas regionais e ocupando a liderança no sector da construção civil e das obras públicas. A actividade no exercício, desenvolvida em sete das nove ilhas da Região, totalizou cerca de 72,2 milhões de euros, tendo os resultados depois de impostos, atingido cerca de 3,04 milhões de euros. Para este volume de negócios, o mais elevado desde a constituição da empresa, contribuíram de forma especial as áreas da construção e urbanização, das obras marítimas / infra-estruturas portuárias e das infra-estruturas ambientais. No presente exercício, foram concluídas as empreitadas de reconstrução do porto da Praia da Vitória e de construção do parque de combustíveis da ilha Terceira, obras que representaram uma parcela expressiva da actividade da empresa, nos últimos dois anos. Apesar de o investimento público na Região ser determinante para o sector da construção, a Somague – Ediçor conseguiu desenvolver uma parcela significativa da sua actividade no âmbito de contratos privados, nomeadamente nas áreas da habitação e da construção industrial. Não obstante as dificuldades que afectam o mercado nacional, foi possível desenvolver uma bem-sucedida actividade comercial, que se concretizou na apresentação de 90 propostas, totalizando cerca de 142 milhões de euros, e na adjudicação de 37 empreitadas, no valor de cerca de 41 milhões de euros. As novas contratações e as ampliações de contratos existentes, em resultado da plurianualidade de obras já contratadas, correspondem, RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 em 1 de Janeiro de 2008, a uma carteira de cerca de 26 milhões de euros. Nesta não estão incluídas obras levadas a concurso em 2007, que no total representam cerca de 10 milhões de euros. Prevê-se, nestes casos, que a Somague – Ediçor, por ter apresentado a proposta de valor mais baixo, venha a ver as obras adjudicadas, no início de 2008. Os principais indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 47.772.629 1.931.063 1.390.353 1.009.569 2.174.757 45.439.814 11.135.548 100% 2006 64.101.618 2.969.205 1.614.240 1.136.677 2.154.681 54.794.086 12.223.347 100% 2007 72.298.069 5.643.802 4.185.497 3.044.999 4.106.974 47.969.108 15.263.571 100% 4.4.2 – SOMAGUE ENGENHARIA MADEIRA, S.A. A actividade da Somague Engenharia Madeira engloba todo o tipo de empreitadas. O volume de negócios na área das obras públicas tem sido habitualmente superior ao da construção civil, tendência que se manteve durante o ano de 2007. Em 2007, as obras públicas representaram 73,4% da actividade global: - obras marítimas – 22% obras hidráulicas – 18% obras ambientais – 25% obras rodoviárias – 35% As obras de construção civil representaram 26,6% da actividade global. 23 24 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO Em 31 de Dezembro de 2007, a carteira cifrava-se em 97,7 milhões de euros. No final do ano, o valor global das obras em curso, com a participação directa da Somague Engenharia Madeira era de 128,8 milhões de euros. O objectivo em volume de negócios, para o ano de 2008, é de aproximadamente 30 milhões de euros. Os principais indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 59.342.361 3.029.424 2.660.203 1.879.804 1.957.300 55.286.033 26.631.882 100% 2006 44.985.923 1.073.549 970.674 620.839 660.918 51.821.484 27.202.421 100% 2007 26.996.550 140.855 132.069 57.476 287.626 51.337.724 27.039.841 100% 4.4.3 – NEOPUL – SOCIEDADE DE ESTUDOS E CONSTRUÇÕES, S.A. Também o sector ferroviário não acompanhou a ligeira retoma da economia portuguesa. De facto, o investimento em infra-estruturas ferroviárias foi, em 2008, um dos mais baixos dos últimos vinte anos. Apesar da actual situação negativa, que se manterá no próximo ano, o sector ferroviário é um dos mais promissores, devido às perspectivas de crescimento a curto / médio prazo. As grandes opções estratégicas do governo português, que alinha pela maioria dos países europeus, têm no transporte ferroviário de passageiros e mercadorias um dos eixos fundamentais de desenvolvimento sustentado, o que deixa antever um conjunto significativo de investimentos nesta área. De acordo com a política de crescimento adoptada desde 2004, a Neopul prosseguiu o processo de internacionalização antes iniciado, concentrando-se especialmente no mercado irlandês e no espanhol. Esta opção permitiu acompanhar os grandes investimentos que se têm efectuado nestes dois mercados, o que tornou possível a angariação de um conjunto significativo de projectos. O centro da actividade da Neopul passará, assim, já em 2008, para o sector internacional. RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 O volume de negócios, alcançado em 2007, não se afasta do dos anos transactos, mas a origem alterou-se significativamente. Como já foi referido, os mercados internacionais ganharam importância, tanto em volume de negócios quanto em valores angariados, e representaram, no ano, mais de 48% da actividade global. A internacionalização tem sido conseguida exclusivamente através do sector ferroviário, o que relativizou ainda mais o peso dos projectos ambientais, de distribuição e abastecimento de água e de saneamento básico. Estas áreas representam agora 17,6% do volume de negócios da Neopul. A Neopul angariou mais de 52 milhões de euros de novos projectos em 2007. Como acontece com a maior parte dos indicadores, a angariação reflecte, igualmente, a importância do sector internacional, no actual momento da empresa. Na verdade, 74% do total da angariação foi feita no estrangeiro: na Irlanda, 23,8 milhões de euros; em Espanha, 14,6 milhões de euros. O decréscimo da actividade relacionada com o ambiente também se reflectiu na angariação, já que apenas foram adjudicados 3,1 milhões de euros de obras deste tipo. Pelo contrário, o sector ferroviário, em todas as suas valências – construção e manutenção da infra-estrutura de via e catenária – representou 94% do volume total angariado. Este valor garantiu à empresa uma confortável carteira, com mais de 75 milhões de euros de obras a executar, entre 2008 e 2009. Deste total, a parcela internacional representa mais de 70%: 28,4 e 23,6 milhões de euros, em Espanha e na Irlanda, respectivamente. A via da internacionalização ver-se-á acentuada em 2008, ano em que será aumentada a actividade comercial nos mercados onde a empresa já está presente – Irlanda e Espanha – e também no mercado do Reino Unido, especialmente na Escócia, onde se farão as primeiras abordagens. O novo troço do metro do Porto, o lançamento do projecto da linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid e a consequente nova travessia ferroviária do Tejo agitarão inevitavelmente o mercado português, no próximo ano. Apesar da importância para a economia nacional e para todas as empresas deste sector de actividade, 2008 será um ano essencialmente de apresentação de estudos e de lançamento de concursos. É possível, no entanto, que a adjudicação parcial de algumas destas obras ocorra na parte final do segundo semestre do ano, e se abram assim novas perspectivas sobre o mercado, para 2009 e anos seguintes. Adivinha-se, pois, que em 2008 se venha a verificar um grande investimento comercial pela maior parte dos agentes económicos, mas prevê-se também que o correspondente impacto na actividade seja reduzido. 25 26 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO Os principais indicadores consolidados da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 36.020.477 3.541.625 1.030.503 910.374 2.545.180 54.909.685 10.922.197 100% 2006 33.062.185 3.058.276 1.372.364 832.312 2.544.114 49.400.113 11.684.513 100% 2007 35.050.659 4.114.343 1.252.267 752.351 2.568.061 55.024.735 12.436.863 100% Os principais indicadores da Neopul em Espanha, agregando a sua sucursal e UTE`s, poderão ser visualizados abaixo, muito embora a informação esteja consolidada no quadro de indicadores anterior. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 2006 1.368.864 258.514 198.040 128.726 183.451 1.238.800 128.726 100% 2007 11.966.043 1.799.538 1.177.402 759.992 1.242.854 18.200.630 759.992 100% No mercado de intervenção mais recente – a Irlanda – os indicadores, igualmente consolidados acima, são os seguintes: Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 2006 2007 4.954.494 893.517 894.993 783.119 783.119 100% 783.119 100% RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 4.4.4 – ENGIGÁS – TECNOLOGIA MULTI-SERVIÇOS DE ENGENHARIA, S.A. Portugal continua a ter grandes carências de saneamento básico, de tratamento e distribuição de água para consumo doméstico, agrícola e industrial. A construção de novas infra-estruturas, a renovação, melhoria e manutenção das já existentes conferem a este mercado uma dimensão elevada, dentro do contexto nacional. Esta realidade torna o sector atractivo e, portanto, é nele que a maior parte das empresas acreditadas neste tipo de negócio concentra esforços. A Engigás, pelas valências e currículo que tem, apresenta-se especialmente preparada para assumir neste sector um lugar de destaque, até por ser uma das poucas empresas nacionais a apresentar competências em todas as vertentes deste mercado. Está, na verdade, habilitada a encarregar-se de projectos que vão desde a construção da infra-estrutura de distribuição e adução de água, passando pela projecção e construção de ETAR e ETA, até à manutenção de toda a infra-estrutura, incluindo a vertente electromecânica. No ano agora findo, a empresa registou uma ligeira retracção do volume de negócios, que se saldou em 21,6 milhões de euros. As infra-estruturas de gás continuam a ter um peso significativo, correspondendo a 56% da actividade. A restante repartiu-se pelos projectos de construção de infra-estruturas de saneamento básico e distribuição de água (18%) e pela manutenção industrial e pelos projectos electromecânicos (em 26%). A Engigás prosseguiu a política comercial cujo objectivo é diversificar a actividade e os mercados de actuação, tendo-lhe sido adjudicado, em 2007, o primeiro projecto na Irlanda. Em paralelo, a empresa continuou a apostar na permanência nos nichos de mercado que, nos últimos anos, têm sustentado a sua actividade produtiva. Durante o ano de 2007, foram angariados projectos no valor aproximado de 20 milhões de euros, dos quais 36% foram projectos de infra-estruturas de gás, 11% foram projectos do sector ambiental e 52% foram projectos de manutenção industrial e projectos electromecânicos. No final de 2007, os projectos em carteira ascendiam a mais de 13 milhões de euros, decorrentes de diversos contratos de prestação de serviços. 27 28 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO Tendo em conta a tendência para o baixo investimento dentro do seu mercado tradicional, a Engigás vai manter e intensificar, nos próximos anos, a aposta na diversificação e internacionalização da actividade que desenvolve, de forma a poder atingir um volume de negócios correspondente à capacidade que tem instalada. Os principais indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 25.957.972 771.081 142.091 48.575 448.950 20.563.102 3.733.201 96,41% 2006 22.037.947 399.686 -307.861 -252.397 520.650 18.253.176 3.480.803 96,41% 2007 21.593.006 448.422 -280.267 -359.694 -15.038 19.258.270 3.843.970 100,00% 4.4.5 – TEGAEL – TELECOMUNICAÇÕES, GÁS E ELECTRICIDADE, S.A. Apesar do ambiente económico desfavorável, os sectores que são o mercado-alvo da Tegael mantiveram os planos de investimento anunciados, o que permitiu manter alto o volume das actividades nucleares da empresa: telecomunicações e energias. Estas são essenciais para a manutenção do bom desempenho da Tegael, cujo plano previsional para 2007 se mostrou à altura da difícil conjuntura económica nacional e internacional. No mercado nacional, o processo do concurso para um contrato-programa de fornecimento e manutenção de infra-estruturas, lançado pela TMN, concluiu-se em Julho último. Soube-se então que a prestação de serviços da Tegael voltou a ser uma das preferidas. Nos próximos dois anos, estará portanto garantida a participação da empresa na prestação de serviços de fornecimento e de manutenção, no continente e nas ilhas, o que garante uma cota do mercado disponível equivalente a 40%. Relativamente ao mercado da energia, importa salientar a participação da Tegael no cluster industrial de apoio ao projecto de instalação de 1200 MW de energia eólica e ainda a participação no contrato de empreitada contínua, iniciado em Setembro último, no âmbito do qual cabe à Tegael assegurar a manutenção da rede de MT e BT, na área de rede do Vale do Tejo. RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Ainda ao longo de 2007, foi concluída a construção de linhas de AT para grandes projectos eólicos. Estes projectos, adjudicados no último trimestre de 2006, foram totalmente concretizados em 2007, o que obrigou a Tegael a adaptar-se a novos desafios relacionados com a gestão e a concretização de projectos de grande dimensão e complexidade. No mercado externo, salienta-se a continuidade da presença da Tegael na Irlanda, através da sua participada Gaeltec Utilities Ltd. Foi concluído o projecto-piloto de BT (LVR) e assegurada a presença no contrato-programa de BT (LVR). Este contrato, conquistado no âmbito de um concurso internacional lançado pela distribuidora nacional ESBN (Electrical Supply Board Networks), teve início em Maio e prolongar-se-á por quatro anos. A elevada competência demonstrada na execução do actual contrato da alta tensão foi essencial para o convite de renovação deste contrato por mais dois anos. O concurso e a avaliação das propostas estão concluídos, esperando a Gaeltec Utilities vir a ser, como tudo indica, uns dos contraentes deste novo contrato-programa. Ainda no plano internacional, ensaiaram-se algumas acções comerciais junto das utilities, na Escócia, tendo sido apresentadas à Scottish & Southern Power propostas de contratos-programa para renovação das redes de distribuição e transmissão. Ainda no âmbito da estratégia de abordagem de novos mercados, foram iniciados contactos na Líbia e em Angola, e aguarda-se que estas iniciativas conduzam a novas oportunidades reais de negócio. O resultado das acções e dos acontecimentos acima referidos foi, em 2007, um volume de negócios simples superior, em aproximadamente 4%, ao de 2006, e superior, em 10%, ao volume de negócios consolidado de 2006. Os principais indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 38.736.848 2.872.833 2.350.854 1.830.797 2.295.739 29.865.208 7.366.443 51% 2006 37.033.614 3.082.380 2.418.079 1.878.888 2.402.999 34.278.422 8.689.832 51% 2007 40.723.816 1.067.789 770.519 605.941 1.661.520 39.521.907 8.441.459 51% 29 30 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO 4.4.6 – SOMAGUE PMG – PROMOÇÃO E MONTAGEM DE NEGÓCIOS, S.A. Durante o ano de 2007, a manutenção dos constrangimentos financeiros das autarquias impuseram à PMG a permanência de opções estratégicas anteriormente feitas. Os acontecimentos que se seguem decorrem de uma destas opções – a resolução de questões contratuais pendentes com diversas autarquias, e de questões relacionadas com o património próprio da PMG. • Foram escriturados 148 fogos do empreendimento de habitação social do Tortosendo. Desta operação, resultou ainda a aquisição de um prédio designado Leões da Floresta, destinado a venda livre, cuja construção se iniciou em 2006 e foi concluída em finais de 2007. A realização das escrituras está prevista para o primeiro semestre de 2008. • Foi concluída a construção do empreendimento de habitação social na Quinta das Mós, que inclui 210 fogos, 412 lugares de estacionamento e 13 lojas. As escrituras com a Câmara de Loures estão previstas para o primeiro semestre de 2008. Relativamente às lojas e garagens, as vendas já começaram, prevendo-se que até 2010 estejam concluídas. • A venda de fracções destinadas a habitação social e lojas, feitas em 2007, nos empreendimentos do Tortosendo, de Figueira Castelo Rodrigo, da Quinta do Mocho e de Rosário da Lagoa destacou-se pela prestação registada. • Os planos de pormenor para os terrenos de Polima (Câmara Municipal de Cascais) e Malhapão (Câmara Municipal de Loures) encontram-se em fase de aprovação. • Foi vendido o terreno da Quinta da Serra de Baixo, em Loures, assim como o terreno localizado em Mirandela. RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Outra opção estratégica – inventariação das necessidades concelhias existentes, quer no que respeite a habitação nova, quer quanto a património a recuperar – impôs a inventariação das necessidades de um conjunto de autarquias que consubstanciam um mercado emergente. As parcerias estabelecidas neste âmbito poderão constituir, num futuro próximo, uma importante fonte de actividade para as empresas do Grupo. A emergência de um tal mercado conduzirá à necessidade de actuar de acordo com uma terceira opção estratégica – aprofundamento do relacionamento com instituições financeiras ligadas à habitação e com cooperativas de habitação económica –, o que é essencial para a concretização dos projectos a que atrás se aludiu. Os principais indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 5.938.323 504.768 105.766 34.255 154.790 33.531.944 13.844.767 100% 2006 4.947.751 774.769 2.294.742 2.325.516 2.590.943 48.262.491 16.171.827 100% 2007 17.484.319 2.434.252 2.396.808 1.731.710 1.984.485 38.829.963 16.930.101 100% 4.4.7 – SOMAGUE TI – TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, S.A. A actividade da Somague TI, em 2007, centrou-se essencialmente na prestação de serviços para o Grupo. O principal projecto foi a implementação de uma nova plataforma para gestão de recursos humanos na Somague. Esta permitirá uniformizar, optimizar e implementar: - a manutenção dos cadastros e o processamento de salários em SAP – RH; - o controlo da gestão de frota, comunicações móveis, formação, avaliação e simulações salariais; - o desenvolvimento e implementação do portal do colaborador, integrado no portal corporativo da Somague. Este projecto abrange todas as empresas do grupo SyV geridas a partir de Portugal, cujo capital a Somague detenha na maioria e / ou cuja gestão assegure, independentemente da localização. 31 32 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO O carácter estruturante deste projecto levou a alterações significativas noutros sistemas. Outro projecto que ocupou significativamente os recursos da empresa e que teve um impacte importante nos processos da Somague foi o da automatização do processo de facturação. Com este objectivo, foram introduzidas alterações aos sistemas correspondentes (SAP, Bsmart e Snet – portal corporativo), tendo-se conseguido automatizar toda a facturação intragrupo, bem como a emissão de débitos internos, nas empresas de origem e de destino. Na ferramenta de business intelligence e reporting (Sophia) foram tratados mais alguns processos, nomeadamente o processo de recursos humanos e o comercial. Para este último caso, foi desenvolvida uma ferramenta de gestão do ciclo de vida do processo, de forma a permitir o controlo pormenorizado de cada proposta e a consolidação da informação comercial de todas as participadas e sucursais da Somague Engenharia. Na área da gestão documental, consolidaram-se os processos suportados pelo Bsmart, especialmente o processo de conferência de facturas de fornecedores e de facturas emitidas. Durante 2007, destacou-se também o início do processo de incorporação da Smartit na Somague TI, tendo esta ficado com a responsabilidade de continuar a desenvolver e a implementar o Bsmart. A responsabilidade da gestão do arquivo físico (CDA) passou para os serviços gerais da Somague Engenharia. Na área de infra-estruturas, foram efectuadas melhorias nas ferramentas de administração do Datacenter (servidores e comunicações), nomeadamente no Microsoft SMS e MOM. O trabalho de substituição de servidores físicos por servidores virtuais continuou com os mesmos objectivos de racionalização de recursos (hardware, software e pessoas) e de redução de custos. A Vortal, uma participada da Somague TI, consolidou as suas operações no mercado, abrindo perspectivas sobre novas oportunidades de desenvolvimento, a curto e médio prazo. RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Os principais indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 2005 2006 4.051.614 1.567.522 739.744 533.493 949.484 7.081.421 4.287.734 100% 3.714.274 921.311 407.407 289.807 741.380 6.496.653 4.546.906 100% 2007 3.720.734 1.002.161 89.037 -7.844 577.097 5.962.124 4.539.061 100% 4.4.8 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. – SUCURSAL DO BRASIL Em 2007, consolidou-se a estrutura organizacional do Grupo no Brasil, liderada pela Somague Engenharia Brasil, numa estrutura única e verticalizada, capaz de actuar em conjunto, ou de forma complementar, nas diversas áreas de negócio que o Grupo tem no mercado brasileiro. Paralelamente, procedeu-se à criação de uma estrutura de fiscalização e gestão de obras, mediante recurso às qualificações e competências da Somague Engenharia Brasil, a fim de fazer o acompanhamento dos diversos negócios do Grupo naquele país. Refira-se o elevado sucesso no Sistema de Integração do Estado do Ceará, designadamente, graças ao contrato de construção do lote 2 do canal adutor Castanhão-Fortaleza. Esta obra, que havia sido temporariamente suspensa, no final de 2006, devido à transição ocorrida no governo do Estado, foi retomada nos primeiros meses de 2007. Desde então, registou um elevado incremento de actividade, prevendo-se que a obra seja concluída no final do primeiro trimestre de 2008. A estrutura organizacional manteve-se atenta a novas oportunidades ligadas, concretamente, aos programas de concessões rodoviárias estaduais e federais, às concessões de infra-estruturas de águas e saneamento municipais e estatais, aos projectos nas áreas de PPP (Parcerias Público-privadas), e a certas oportunidades na área da construção tradicional, designadamente, os projectos do Sistema de Integração do Estado do Ceará. 33 34 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO Entretanto, as expectativas geradas pelos programas anteriormente referidos não se chegaram a confirmar, devido aos diversos adiamentos do lançamento e também, devido à pouca atractividade de alguns dos programas lançados. Mantêm-se, para os anos vindouros, fundamentadas expectativas relativamente a alguns dos programas e projectos mencionados, reforçadas agora pela nomeação do Brasil como país-sede do Campeonato do Mundo de Futebol de 2014. Os principais indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 1.992.406 -1.557.675 294.554 294.554 381.453 8.202.117 4.479.116 100% 2006 20.378.504 1.291.833 2.138.177 1.442.965 1.512.585 12.168.006 5.182.359 100% 2007 9.031.201 311.173 829.975 453.219 521.886 8.727.563 5.612.509 100% 4.4.9 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. – SUCURSAL DE ESPANHA Apesar dos acentuados sinais de retracção que o sector da construção começou a dar em Espanha, a sucursal da Somague Engenharia naquele país conseguiu aumentar, em 2007, a actividade desenvolvida. De facto, esta sucursal iniciou um novo conjunto de edifícios de habitação para a Vallehermoso, em Vigo, Oviedo e León, bem como uma obra marítima em Puerto Marin (Pontevedra). Das obras em curso desde os anos anteriores, algumas foram concluídas, como os edifícios de habitação em Bilbau (Abandoibarra, Getxo e Gordoniz), Múrcia, Corunha (Centro Comercial Dolce Vita) e Valência (obra marítima Muelle del Este). RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Importa registar ainda a paragem que a obra do Auditório de Vigo sofreu e a consequente paragem de actividade em 2007. Os principais indicadores da empresa são os que se seguem incluindo as UTE´s (Uniones temporal de empresas). Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 6.796.701 515.718 285.315 185.455 197.530 7.070.766 259.545 100% 2006 24.337.023 1.488.661 1.449.266 942.023 957.699 18.006.183 1.201.569 100% 2007 61.781.742 2.255.879 2.811.597 1.752.435 1.772.025 35.853.587 2.954.004 100% 4.4.10 – CVC – CONSTRUÇÕES DE CABO VERDE, S.A.R.L. No ano de 2007, tal como no anterior, o investimento privado foi superior ao investimento público. De facto, Cabo Verde tem conseguido atrair muitos investidores externos para a área imobiliária / turística, anunciando grandes projectos em várias ilhas, principalmente a Ilha do Sal, Boavista e Santiago. Este boom imobiliário tem atraído outras empresas de construção civil estrangeiras, cuja agressividade no que respeita ao preço tem baixado as expectativas do mercado da construção civil em Cabo Verde. Por outro lado, o mercado dos pré-fabricados de betão, betão pronto e inertes adquiriu maior volume, atraindo consequentemente investidores. Para os próximos anos, perspectivam-se importantes investimentos na área do turismo, devendo alguns concretizar-se a curto prazo, nomeadamente nas ilhas do Sal, Boavista e São Vicente. No ano de 2007, continuou-se a apostar no “emagrecimento” da empresa, com vista a torná-la mais flexível e adaptada às características flutuantes do mercado em que actua. O esforço para manter os encargos de estrutura dentro dos limites impostos pela dimensão e a actividade da empresa continuou, à semelhança dos anos anteriores. A reorganização e a contenção de despesas contribuíram para este facto e deverão continuar no futuro. 35 36 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO A actividade da empresa foi ligeiramente superior à do ano anterior e ultrapassou as previsões para o ano de 2007, já que atingiu os 21 milhões de euros, a que corresponde um resultado positivo de 280 875 euros. Saliente-se que o volume de negócios da empresa dá também resposta à necessidade de rendibilização das estruturas industriais existentes, nomeadamente as instalações de britagem e centrais de betão. Com o mesmo objectivo, a empresa firmou contratos de fornecimento com outros intervenientes no mercado da construção civil. Quanto aos resultados financeiros, estes foram melhores do que nos anos anteriores devido à diminuição do passivo remunerado. Não houve necessidade de recurso à banca para financiar a actividade do ano, graças a uma cuidada gestão da tesouraria e à ajuda financeira que o principal accionista nos oferece. A CVC partiu para o ano de 2007 com uma carteira de obras que lhe garantia actividade para a maior parte do ano. O esforço comercial empreendido permitiu-lhe angariar outras obras no valor de mais de 1 100 000 000 CVE (10 M ), melhorando as margens e assegurando actividade para 2008 e 2009. Este facto, aliado ao esforço de afirmação da empresa junto das entidades públicas e privadas, abre-lhe boas perspectivas para o futuro, apesar do contexto macroeconómico adverso. As principais obras angariadas em 2007 foram: - duas variantes, a Ribeirão Chiqueiro e a São Domingos - ETAR de Santa Maria, na ilha do Sal. Este esforço, que obrigou a um investimento considerável, resultou num melhor desempenho financeiro da empresa em relação aos anos anteriores. Os indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 23.899.900 1.706.315 43.997 42.325 1.370.343 18.914.687 1.664.882 90.00% 2006 19.834.806 1.079.962 43.581 43.180 1.213.370 11.079.134 1.708.056 90.30% 2007 21.084.331 1.115.880 280.875 280.875 1.094.676 9.485.002 1.988.917 90.30% RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 4.4.11 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. – SUCURSAL DE ANGOLA / HABITAR – SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES, LDA. O sector da construção tem crescido moderadamente neste País (3,1%, em 2005; 4,4%, em 2006; e 5,8%, em 2007). Para 2008, o governo angolano considera fundamentais os sectores da construção e da energia eléctrica para a reconstrução e ampliação de infra-estruturas, cujo efeito no relançamento da produção interna e na luta contra a pobreza é directo. No ano de 2007, assistiu-se a um crescimento do volume de negócios da empresa acima dos 40%. O resultado líquido foi de 2 479 456 euros, o que corresponde a quase três vezes mais do que o resultado obtido em 2006. Este resultado só não foi mais expressivo devido à desvalorização, em cerca de 12%, do Dólar americano relativamente ao Euro. Esta desvalorização tornou as compras com dólares, em mercados como a China, o Brasil e a África do Sul, mais atractivas. A maior parte das compras da sucursal de Angola tem sido efectuada nestes mercados, em detrimento dos mercados europeus, o que permite evitar a exposição cambial. Outro dos objectivos desta estratégia é reduzir a dependência para com a casa-mãe, no que respeita a compras, e permitir assim uma redução progressiva do endividamento junto desta. A dívida pública do estado angolano ficou estabelecida em cerca de 9,6 milhões de dólares americanos e a primeira tranche desta dívida foi paga, no final de 2007. Espera-se a amortização integral da restante dívida, durante o ano de 2008. O pagamento permitirá reduzir a dívida para com a Somague Engenharia, S. A. O orçamento para 2008 contempla um crescimento de 24% do volume de negócios, o que fez sentir a necessidade de alterações funcionais, no sentido de dotar o Grupo de capacidade para fazer face não só a estes objectivos, mas também para iniciar uma estratégia de diversificação adequada às oportunidades do mercado. Em 2008, será dada continuidade à estratégia de consolidação da marca Somague no mercado angolano. 37 38 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO Os principais indicadores da empresa são os que se seguem. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 54.662.245 2.105.137 -857.669 -857.670 337.359 82.097.228 10.650.743 100% 2006 64.621.144 2.877.717 1.402.488 629.993 2.799.485 83.278.323 10.099.680 100% 2007 91.153.917 9.389.869 4.211.273 2.479.456 4.322.613 90.141.405 10.103.062 100% 4.4.12 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. – SUCURSAL DA IRLANDA Os principais projectos da Somague Engenharia Irlanda fazem parte do programa Transport 21, ou seja, o plano de desenvolvimento elaborado pelo governo irlandês para o sector dos transportes, no período entre 2006 e 2015. A adjudicação de uma obra de 40 milhões de euros – o Portlaoise Depot –, em Setembro de 2006, foi um claro indicador das possibilidades de sucesso da Somague neste mercado, sobretudo considerando a exigência e a elevada relevância do projecto, no plano nacional de renovação ferroviária da Irlanda. Em Maio de 2007, foram adjudicadas à Somague a concepção e construção da linha B1 do metro ligeiro de Dublin – Luas. A obra, no valor de 75 000 000 euros foi ganha pelo consórcio formado pela Somague (75%), a Bowen (20%) e a Sacyr (5%). O projecto estende-se por 7,5 km da linha verde existente (9 km), entre Sandyford e Cherrywood, a sul da cidade. À Somague cabe o desenvolvimento do projecto para a linha, em todas as suas componentes, incluindo plataforma, via, catenária, subestação e sistemas de sinalização e controlo. Os trabalhos decorrerão ao longo de 32 meses, prevendo-se que fiquem concluídos em Fevereiro de 2010. A adjudicação da concepção e construção da auto-estrada N7 – entre as localidades de Castletown e Nenagh, no valor de 142 000 000 euros – é o mais recente exemplo da actividade da Somague na Irlanda. O contrato abrange a concepção, a construção e os acabamentos da N7 e incluirá ainda pontes e passagens pedonais, cruzamentos, modificações em traçados de estradas preexistentes, ajustamentos nos cursos de água, trabalhos de movimentação de terras, construção de cercas e sistemas de barreiras de segurança e de drenagem, obras de sinalização e iluminação, obras paisagísticas, RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 ambientais e de compensação e, ainda, várias obras de acessos a propriedades e a terras, bem como de abastecimento de água. O ano de 2007 ficou também marcado pela intervenção da empresa na demolição do Lansdowne Road Stadium, que se considerava o mais antigo estádio de rugby do mundo. O projecto, no valor de 8 000 000 euros, contemplou a demolição do estádio e a construção do novo corredor ferroviário com elementos pré-fabricados. A Somague participa igualmente, com 17%, da empresa/ACE responsável pela construção da M50, auto-estrada de circunvalação de Dublin, cujo contrato de concessão foi assinado por um período de 35 anos. Como se pode deduzir do acima exposto, o volume de negócios aumentou de forma significativa em 2007. Para 2008, prevê-se que as angariações atinjam os 15 milhões de euros. Quanto a propostas a apresentar a concursos estima-se que o montante ascenda ao valor de 100 milhões de euros, incluindo estradas, um pequeno estádio, estações de comboio, edifícios e outras infra-estruturas. No quadro seguinte, apresentam-se os principais indicadores da empresa, que naturalmente reflectem a actual situação de início de actividade e investimento da Somague Irlanda, os quais englobam as joint ventures. Unid: Euros 2005 Volume de negócios EBITDA RAI Resultado líquido Cash flow Activo líquido Capital próprio Participação 2006 885.468 -691.505 -691.973 -691.973 -691.763 2.839.123 -691.973 100% 2007 18.426.301 -966.108 482.241 -482.241 -482.031 10.782.122 -1.174.214 100% 39 40 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO 4.5 – EVOLUÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA Apesar do parco crescimento da economia portuguesa e da crise acentuada que o sector da construção tem vindo a atravessar nos últimos anos, o desempenho da Somague Engenharia melhorou significativamente relativamente a 2006, como se pode observar pela evolução do volume de negócios, do EBITA, dos resultados antes de impostos e dos resultados líquidos. Não obstante a Somague ter, pelo terceiro ano consecutivo, liderado as adjudicações no mercado nacional, obtendo 33 adjudicações em 296 propostas, num total de 334.3 milhões de euros (em 2006: 23 adjudicações, em 238 propostas, num total de 147,8 milhões de euros), é importante ter em conta que houve um significativo aumento 116% relativamente às adjudicações de 2006 e que estas já tinham crescido 16% relativamente às adjudicações de 2005 (126.6 milhões de euros). O ano ficou ainda marcado pela continuidade no tocante à reorganização da actividade internacional da construtora, que, por orientação do accionista, está actualmente direccionada em grande medida para o mercado europeu, nomeadamente para os mercados espanhol, irlandês e búlgaro, onde já actua. Manteve-se a presença nos mercados africanos de Cabo Verde e Angola, que apesar da sua especificidade têm um forte potencial de crescimento. A empresa intervém neles de forma estruturada e prudente. A Somague orgulha-se de ter uma área de engenharia estável e flexível, facilmente adaptável a qualquer tipo de conjuntura, que, apoiando-se numa gestão rejuvenescida e em modernos sistemas de informação, revela uma grande capacidade de mobilização para grandes projectos internacionais e assume padrões de qualidade e segurança reconhecidos pelo mercado. No futuro, e em consequência da integração na Sacyr Vallehermoso, grupo de grande dimensão, ao nível ibérico e europeu, a Somague incrementará a rendibilização das capacidades existentes. RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Envolver-se-á progressivamente também em projectos articulados com as áreas de concessões, serviços e imobiliária do Grupo, com vista à venda de soluções integradas aos seus clientes. A evolução dos principais indicadores económico-financeiros das contas consolidadas da Somague Engenharia resumem-se de seguida. Indicadores Unid: Euros 2005 2006 2007 Variação 2007/2008 Actividade Volume de negócios 746.119.560 661.651.956 726.111.936 9,74% Rendibilidade EBITDA 28.650.973 RAI 10.120.877 Resultados líquidos 7.566.472 Res. finan. / Vol. negócios -0,739% Cash flow 25.466.153 34.654.811 10.419.803 6.924.595 -0,38% 28.650.973 42.207.741 11.227.776 7.700.756 -1,84% 27.316.653 21,79% 7,75% 11,21% 385,20% -4.66% Estrutura financeira Activo líquido 729.386.755 Capitais próprios 88.011.253 Autonomia financeira 12% 745.335.360 106.473.286 14% 769.912.814 112.158.131 14% 3,30% 5,34% -0,44% Linhó, 28 de Fevereiro de 2008 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO José Luís Carneiro Machado do Vale – Presidente Miguel Heras Dolader – Vice-presidente Francisco Javier Gayo Pozo – Vice-presidente Luís Manuel Silva Duarte Patrício – Vogal José Manuel Loureda Lopes – Vogal Rui Ferreira Vieira de Sá – Vogal Jose Augusto Ferreira Teixeira – Vogal João Manuel Nunes Salvador – Vogal Diogo Alves Dinis Vaz Guedes – Vogal Ricardo Martín Lucas – Vogal 41 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA • Responsabilidade Social Corporativa • Relatório de Qualidade, Segurança e Ambiente • Organização e Sistemas • Recursos Humanos RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007 43 44 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA 5.1 – RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Na Somague, os sistemas de gestão implementados são um veículo para concretizar a sustentabilidade na gestão do negócio. Garantir um negócio inovador com qualidade em segurança e respeito pelo ambiente é a norma da gestão operacional do dia-a-dia. A sustentabilidade da actividade empresarial é, para a Somague, assegurada pela efectiva concretização dos compromissos de gestão pelos quais se rege, bem como outros que considera fundamentais para garantir o equilíbrio entre a rentabilidade do negócio, o bem estar social e a preservação ambiental. Neste enquadramento, foram sistematizados os objectivos de actuação e, em 2007, foi definida uma política de sustentabilidade que assenta nos seguintes eixos: • Provocar a mudança (no sector da construção) ao inovar o produto em todo o seu ciclo de vida • Fomentar uma sociedade com garante económico, equidade e transparência para as gerações actuais e vindouras • Construir um futuro inovador, de qualidade, em segurança e respeito pelo ambiente • Impulsionar a competitividade e a rentabilidade da organização, de forma sustentada, utilizando os recursos humanos, tecnológicos e naturais adequados • Accionar um processo constante de envolvimento com os Stakeholders de modo a que as suas principais necessidades e expectativas sejam incorporadas na cadeia de valor da Empresa • Avaliar os riscos da Empresa, transformando as ameaças em oportunidades RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007 • Reinventar cada atitude individual, considerando os valores éticos como um compromisso fundamental para o bem-estar da sociedade e para o respeito pelo indivíduo • Promover o sentido de responsabilidade de todas as partes interessadas em prol da valorização do património natural • Arquitectar o negócio tendo sempre presente o respeito pelos requisitos legais, contratuais e pelos princípios assumidos pela Empresa • Perceber a melhoria contínua e a destruição criativa como processos chave na evolução do desempenho da Empresa Para a definição da política de sustentabilidade efectuou-se em 2007 uma auscultação às partes interessadas, acerca da sua percepção e avaliação de expectativas quanto à actividade, valores e objectivos da Somague. Esta auscultação realizou-se através de questionários e/ou entrevistas presenciais às seguintes partes interessadas: colaboradores, clientes, parceiros estratégicos, empresas participadas, fornecedores e comunidade. Além desta consulta às partes interessadas, realizada em 2007 e que se pretende que seja repetida em 2009, a Somague dispõe de diversas ferramentas de comunicação externas como o presente Relatório e Contas, o Relatório de Sustentabilidade, a revista Soma e Segue, o site da empresa (www.somague.pt), o livro curricular e brochuras institucionais, entre outras, onde se reporta o desempe-nho nas diversas áreas da empresa. Relativamente à comunicação interna, a Somague promove uma cultura de comunicação em rede, privilegiando o espírito de trabalho em equipa e a óptica do cliente interno. Além das tradicionais ferramentas de comunicação escrita e da revista Soma e Segue, é possível encontrar outros instrumentos de comunicação na intranet da Somague, Snet. Na Snet destacamos a criação do Portal do Colaborador que reúne informação sobre o Colaborador, na sua relação com a empresa. Com a criação e implementação deste espaço, procurou-se uma sistematização da divulgação de informação interna e, por outro lado, uma facilitação do contacto com a Direcção Geral de Recursos Humanos, procurando aproximar o Colaborador à Organização, numa realidade de actividade do Grupo cada vez mais dispersa. Também em 2007 foi implementada a Linha de Apoio ao Colaborador (LAC), que funciona quer por telefone quer por e-mail, e que objectiva prestar apoio / respostas aos problemas / dúvidas e questões que no âmbito da relação laboral se coloquem a qualquer colaborador. 45 46 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Na relação com a Comunidade, a Somague está empenhada em apoiar iniciativas de carácter social ao nível local e global. Além de contribuir para causas para as quais não perspectiva nenhum retorno a não ser a satisfação das comunidades, a contribuição da Somague para o desenvolvimento social também se concretiza na execução de projectos e iniciativas levadas a cabo em todas as suas linhas de negócio. É também objectivo da Somague, aliar a contribuição para o desenvolvimento social com os objectivos do negócio e as necessidades das comunidades onde opera. Neste sentido, procura-se estabelecer oportunidades de colaboração sustentáveis, perduráveis e replicáveis no tempo. Para alcançar este objectivo, a Somague actua nos seguintes eixos: • Apoio a iniciativas e causas sociais, culturais e desportivas, seja através de financiamento (patrocínios, donativos, pró-bono), seja através de serviços prestados • Promoção de infra-estruturas para as comunidades; • Fomento de acções de desenvolvimento sócio-económico em países em vias de desenvolvimento, mediante diversos projectos A Somague, no âmbito da sua actuação para o Desenvolvimento Sustentável, desenvolve relações com entidades que actuam em diversas vertentes da sustentabilidade das quais destacamos o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD Portugal), a Associação Empresarial para a Inovação (COTEC), a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico (ELO), a Associação Industrial Portuguesa (AIP), a Fundação Portugal África, a Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), a Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS), Câmara de Comércio e Indústria Portugal – Angola (CCIPA) e a Câmara de Comércio e Industria e Turismo Portugal – Cabo Verde. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007 5.2 – RELATÓRIO DE QUALIDADE, SEGURANÇA E AMBIENTE O ano de 2007, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão do Ambiente, Qualidade e Segurança (SIGAQS), foi um ano de consolidação da sua implementação na Neopul e Engigás, tendo decorrido as respectivas auditorias de concessão de certificação. Assim, o SIGAQS encontra-se actualmente certificado nas suas três vertentes (Qualidade, Segurança e Ambiente), nas três empresas (Somague Engenharia, Neopul e Engigás) e para todas as suas áreas de negócio. Na sequência da decisão do alargamento do SIGAQS da Somague Engenharia às respectivas participadas, para além da Neopul e Engigás, a Somague Engenharia Madeira obteve em 2007 a certificação do SIGAQS na sua vertente da Qualidade. A Somague Engenharia, em conjunto com a Neopul e a Engigás, aceitou em 2007 o desafio da COTEC (Associação Empresarial para a Inovação) e integrou o grupo de empresas piloto com o objectivo de definir e implementar um Sistema de Gestão de IDI (Investigação, Desenvolvimento e Inovação) de acordo com a norma NP 4457:2007, que veio a ser certificado pela APCER no mês de Novembro. Destacam-se de seguida os projectos de IDI mais relevantes desenvolvidos em 2007: • • • • • • Desenvolvimento de uma Máquina de Manutenção de Catenária InovaDomus – Projecto da Casa do Futuro Aplicação de ASIC em Aterros Revisão da Estratégia de Sustentabilidade Reorganização e Arquivos – GID Gestão Global e Integrada de Recursos Humanos Informação mais detalhada relativamente à Qualidade, Segurança, Ambiente e Inovação pode ser consultada no Relatório de Sustentabilidade, publicado conjuntamente com o presente Relatório. 47 48 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA No quadro seguinte, apresenta-se o actual ponto de situação no que se refere à certificação dos sistemas de gestão da Somague Engenharia e Participadas. Unid: Euros Somague Engenharia S.G.QUALIDADE S.G.SEGURANÇA S.G.AMBIENTE S.G.IDI ISO 9001 OHSAS 18001/NP-4397 ISO 9001 NP4457 1999/CEP 978 2007/SST 113 2005/AMB 250 Somague Eng. Madeira 2007/CEP 2882 - - 2007/IDI 0008/1 - Neopul 2005/CEP 2586 2007/SST 125 2007/AMB 311 2007/IDI 0008/3 Engigás 1996/CEP 374 2003/SST 014 2007/AMB 310 2007/IDI 0008/2 Tegael 2000/CEP 1335 2002/SST 003 2002/AMB 73 - RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007 5.3 - ORGANIZAÇÃO E SISTEMAS Em 2007 o Conselho de Administração da Somague Engenharia foi alterado, destacando-se a substituição verificada na Presidência do Dr. Diogo Vaz Guedes pelo o Eng.º José Luís Machado do Vale. Assim, no final de 2007, o Conselho de Administração da Somague Engenharia ficou sendo constituído por 10 membros, dos quais 6 executivos e 4 não executivos. Listam-se de seguidas as principais alterações organizacionais verificadas na Somague Engenharia e suas Participadas: • Substituição do 1.º Vice-presidente da Somague Engenharia pelo Eng.º Miguel Heras • Substituição do Administrador Técnico-comercial da Somague Engenharia pelo Eng.º Rui Vieira de Sá • Redefinição dos pelouros da Produção na Administração da Somague Engenharia, ficando divididos do seguinte modo: • Península Ibérica: Eng.º João Nunes Salvador • Internacional: Eng.º José Ferreira Teixeira • Substituição do Director-geral da SE Madeira pelo Eng.º António Mesquita • Substituição do Director-geral da CVC pelo Eng.º José Domingos • Criação da Sucursal Irlanda com o Eng.º Fernando Freitas como Director-geral A Administração da Somague e das respectivas participadas são responsáveis pela definição do Plano Estratégia e de negócio das empresas, avaliando os riscos inerentes à actividade e mercados geográficos onde se insere e tendo em consideração a estratégia do Grupo SyV. Da estratégia definida emanam orientações para os diferentes processos do Modelo de Funcionamento que serão concretizadas pelas áreas com intervenção nos respectivos processos. 49 50 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA O Modelo de Funcionamento da Somague reflecte-se no Sistema Integrado de Gestão do Ambiente, Qualidade e Segurança (SIGAQS), assim como, no Sistema de Gestão da IDI que se encontra implementado ou em fase de implementação pelas diversas participadas da Somague. No que se refere aos sistemas de informação, a Somague durante o ano de 2007 prestou especial atenção ao processo relativo aos Recursos Humanos que se apresenta em maior detalhe no capítulo seguinte. Os desenvolvimentos executados em SAP durante o ano anterior permitiu também melhorar alguns dos processos contabilísticos e financeiros, criando uma maior e melhor integração do SAP com outras duas peças bastante importantes na arquitectura da empresa, a Snet e o Bsmart. Durante este ano, automatizaram ainda os processos de tratamento de facturas e da áreas comercial. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007 5.4 - RECURSOS HUMANOS Em 31 de Dezembro de 2007, o número de colaboradores era o que se segue: Unid: Euros Téc. Téc Superiores Médios Téc. Qualificados Administrativos Diversos TOTAL Somague Engenharia 229 52 690 153 90 1.214 Som. Eng. Madeira 17 3 74 20 22 136 Somague PMG 1 - - 1 0 2 Somague Ediçor Eng. 24 - 1 37 376 438 Neopul 23 9 130 10 86 258 Engigás 25 10 137 10 22 204 Tegael 34 16 17 23 268 358 Somague TI 12 3 8 - 4 27 SmartIt 1 - 3 - 3 7 CVC 8 4 20 11 68 111 Somague Neopul, ACE 3 3 36 15 4 61 Somague Eng. Angola 20 1 67 46 968 1102 397 101 1.183 326 1.911 3.918 TOTAL O número médio de colaboradores não apresentou variações significativas relativamente ao exercício passado, uma vez que a conjuntura de mercado permaneceu inalterada e que a actividade fora de Portugal se desenvolve essencialmente com recursos locais. O ano de 2007 ficou positivamente marcado pelo arranque do Projecto ASAP HR 2007. Pretendeu-se com este projecto proceder a uma integração dos sistemas informáticos de apoio aos recursos humanos, capaz de permitir a gestão em todos os locais onde a Somague opera, mas também a centralização do controlo e do reporting. Todo o cadastro dos colaboradores e o processamento de salários foram transferidos para SAP HR, tendo sido abandonadas as diferentes aplicações utilizadas nas diferentes empresas e nos diferentes países onde operamos. 51 52 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Com a integração dos sistemas, tornou-se possível um alinhamento cada vez maior e mais visível de procedimentos entre a Somague e as suas sucursais e filiais, o que contribuirá para uma melhor identificação da política de gestão por todos os colaboradores do Grupo. Para facilitar o contacto dos colaboradores com a direcção-geral de recursos humanos, foi criada a LAC – Linha de Apoio ao Colaborador. Este serviço (acessível através de linha telefónica e endereço de e-mail) centraliza a exposição de dúvidas, os pedidos de alteração de dados pessoais e outros pedidos de natureza diversa. Estes são posteriormente reencaminhados para o departamento mais apto a responder da melhor maneira ao colaborador. Também no sentido de aproximar cada vez mais os colaboradores à empresa e à direcção-geral de recursos humanos, foi lançado o Portal do Colaborador. Esta ferramenta permite concentrar numa única localização da nossa intranet (Snet) toda a informação relevante e todas as aplicações úteis para o relacionamento entre o colaborador e a direcção-geral de recursos humanos. FORMAÇÃO Foi dado seguimento ao ciclo, iniciado no último exercício, de desenvolvimento de competências estratégicas, com mais formação em liderança e em relações interpessoais. Com o intuito de rendibilizar os conhecimentos internos da empresa, com know-how específico nas diversas áreas de negócio e diferentes aplicações, habilitou-se um grupo significativo de colaboradores com o CAP (Certificado de Aptidão Profissional) de formador. Deste modo, o conhecimento interno poderá ser disseminado por outros colaboradores de uma forma mais sistematizada, organizada e programada, de modo a dar resposta às necessidades registadas. Com o intuito de fomentar a inovação no Grupo, esta formação serviu de projecto-piloto do sistema de b-learning (blended-learning – misto de formação presencial e formação à distância) na Somague. RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007 53 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS • Balanços Consolidados • Demonstrações Consolidadas dos Resultados • Demonstrações Consolidadas das Alterações no Capital Próprio • Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 55 56 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS BALANÇOS CONSOLIDADOS em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 (Montantes expressos em Euros) Capital passivo Notas 2007 2006 ACTIVO Activos não correntes Activos fixos tangíveis 6 83.659.749 Activos intangíveis 7 10.320.379 9.034.806 Investimentos em associadas 8 2.138.022 4.464.896 Outros investimentos 9 13.841.808 11.295.682 Outros activos não correntes 10 - 10.648.683 Activos por impostos diferidos 5 6.448.009 6.474.405 116.407.967 128.752.466 Total de activos não correntes 86.833.994 Activos correntes Existências 11 58.874.110 53.216.998 Clientes 12 412.021.898 411.661.110 Outros devedores 13 61.127.902 65.166.198 Caixa e equivalentes 14 75.812.002 60.787.426 Outros activos correntes 15 45.668.935 25.751.162 653.504.847 616.582.894 769.912.814 745.335.360 58.450.000 Total de activos correntes TOTAL DO ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO e PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital social 16 58.450.000 Prestação acessorias 16 34.945.905 34.945.905 Diferenças de consolidação 16 (16.663.954) (15.028.739) Resultados retidos 16 10.628.248 3.821.829 Outras reservas 16 12.726.318 12.608.142 Resultado líquido consolidado 16 Intereses Minoritários Total Capital Próprio 7.700.756 6.924.595 107.787.273 101.721.732 4.370.858 4.751.554 112.158.131 106.473.286 PASSIVOS NÃO CORRENTES Empréstimos 17 67.175.800 90.327.970 Provisões 18 25.808.455 32.352.518 Fornecedores Outros passivos não correntes 19 Passivos por impostos diferidos 5 Total de passivos não correntes 12.705.877 12.573.510 16.355.393 21.274.580 422.853 564.807 122.468.378 157.093.385 174.273.041 PASSIVOS CORRENTES Fornecedores 20 186.746.528 Empréstimos 21 148.355.224 91.883.764 Outros passivos correntes 22 200.184.553 215.611.884 535.286.305 481.768.689 657.754.683 638.862.074 769.912.814 745.335.360 Total de passivos correntes TOTAL DO PASSIVO TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2007. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS para os exercício findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 (Montantes expressos em Euros) Notas 2007 2006 PROVEITOS OPERACIONAIS: Vendas e prestações de serviços 23 726,111.936 Outros proveitos operacionais 24 28.687.194 19.303.113 754.799.130 680.955.069 Total de proveitos operacionais 661.651.956 CUSTOS OPERACIONAIS: Custo das mercadorias vendidas 25 126.654.802 101.222.590 Variação produção 26 (3.696.162) (7.421.772) 458.927.710 423.368.297 27 119.367.015 117.041.963 12.542.342 12.429.902 7.073.555 9.296.476 Fornecimento e serviços externos Custos com o pessoal Amortizações e depreciações Provisões e perdas de imparidade Outros custos operacionais 11.338.024 12.089.180 Total de custos operacionais 28 732.207.286 668.026.636 RESULTADOS OPERACIONAIS 22.591.844 12.928.433 Custos e perdas financeiros 29 (25.523.518) (25.378.724) Proveitos e ganhoa financeiros 30 12.135.708 22.848.872 2.023.742 21.222 (11.364.068) (2.508.630) 11.227.776 10.419.803 Resultados relativos a actividades de investimento RESULTADOS FINANCEIROS RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS Impostos sobre o rendimento 5 (3.217.958) (2.624.193) 8.009.818 7.795.610 7.700.756 6.924.595 309.062 871.015 Básico 0.66 0.66 Diluído 0.66 0.66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO Atribuível a: Detentores de capital Interesses minoritários Resultados por acção: O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007. 57 58 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO para os exercício findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 (Montantes expressos em Euros) Saldo a 31.12.05 Capital 58.450.000 Prestações acessórias 22.445.905 Diferenças de consolidação (14.048.524) Reserva legal 3.061.398 Outras reservas 9.371.100 Resultados transitados (764.155) Resultado consolidado líquido do exercício 7.566.472 Interesses minoritários 4.751.554 90.833.750 Distribuição resultados 2005 175.644 6.817.299 (7.566.472) (573.529) Aumentos/ Reduções Alterações Perímetro 12.500.000 (2.231.315) 2.231.315 12.500.000 (980.215) 14.167 (966.048) Resultado 2006 6.924.595 871.015 7.795.610 Outros Saldo a 31.12.06 58.450.000 34.945.905 - (15.028.739) 3.237.042 9.371.100 3.821.829 6.924.595 (294.001) 4.751.554 (294.001) 106.473.286 (Montantes expressos em Euros) Saldo a 31.12.06 Capital 58.450.000 34.945.905 Diferenças de consolidação (15.028.739) Reserva legal 3.237.042 Outras reservas 9.371.100 Resultados transitados 3.821.829 Resultado consolidado líquido do exercício 6.924.595 Interesses minoritários 4.751.554 106.473.286 Distribuição resultados 2006 118.176 6.806.419 (6.924.595) - Aumentos/ Reduções (1.635.215) (1.635.215) Alterações Perímetro (71.634) (71.634) Resultado 2007 Outros 7.700.756 (309.062) 7.391.694 O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada das alterações no capital próprio para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007. - Saldo a 31.12.07 58.450.000 34.945.905 (16.663.954) 3.355.218 9.371.100 10.628.248 7.700.756 4.370.858 112.158.131 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA para os exercício findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 (Montantes expressos em Euros) Notas 2007 2006 ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes 716.751.481 706.432.716 Pagamentos a fornecedores (575.526.989) (573.623.246) Pagamentos ao pessoal (118.241.963) (117.360.422) 22.982.529 15.449.048 Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (4.431.316) (1.695.588) 18.551.213 13.753.459 (22.805.256) 3.271.930 (4.254.043) 17.025.389 Investimentos financeiros 8.498.888 1.921.561 Imobilizações corpóreas 10.241.691 1.551.939 Juros e proveitos similares 18.498.366 15.731.232 37.238.945 19.204.733 Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional Fluxo de actividades operacionais ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de: Pagamentos respeitantes a: Investimentos financeiros (7.934.947) (6.690.085) Imobilizações corpóreas (16.361.591) (9.973.079) Imobilizações incorpóreas (11.344) - (24.307.882) (16.663.164) 12.931.063 2.541.569 Empréstimos obtidos 44.234.975 40.200.271 Subsídios e doações - 52.053 Aumento de capital e prémios de emissão - 12.500.000 44.234.975 52.752.324 Fluxo de actividades de investimento ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos Juros e custos similares Amortizações de locação financeira Fluxo de actividades de financiamento (8.535.483) (28.105.069) (25.150.695) (16.009.867) (4.201.241) (4.842.236) (37.887.419) (48.957.172) 6.347.556 3.795.152 - - 15.024.576 23.362.110 Efeito da alteração de composições de consolidação Variação de caixa e seus equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do ano 13 60.787.426 37.425.316 Caixa e seus equivalentes no fim do ano 13 75.812.002 60.787.426 O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007. 59 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS • Em 31 de Dezembro de 2007 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 61 62 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Em 31 de Dezembro em 2007 3. Informação geral da actividade do Grupo Somague – Engenharia 3. Principais políticas contabilísticas 3.1 – Bases de preparação A Somague – Engenharia, S.A. (“Somague” ou “Empresa”), tem sede em Sintra, foi constituída em 30 de Setembro de 1993 e tem por objecto social a execução de obras públicas e privadas e a compra e venda de imóveis, incluindo a compra para revenda. O universo empresarial da Somague (“Grupo”), do qual a Somague – Engenharia, S.A. é empresa-mãe, é formado pelas empresas participadas e associadas indicadas nas Notas 3, 4 e 8. As principais actividades do Grupo são a construção civil e obras públicas e promoção imobiliária. Relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo elaborou, aprovou e publicou, para efeito do cumprimento da legislação comercial vigente, demonstrações financeiras individuais de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal, e demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS). 2. Perímetro de consolidação e sociedades controladas Para efeitos de preparação das contas anuais consolidadas anexas, as empresas que formam o Grupo classificam-se da seguinte forma: a) Empresas controladas: Empresas juridicamente independentes que constituem uma unidade económica sujeita a direcção única a nível estratégico e aquelas sobre as quais se exerce domínio efectivo, directa ou indirectamente (Nota 3.2, alínea f). b) Empresas conjuntamente controladas: Empresas em que a gestão é conduzida conjuntamente com uma ou várias sociedades terceiras que participam no seu capital (Nota 4). c) Empresas associadas: Empresas em que alguma ou algumas sociedades do Grupo exerçam uma influência significativa na sua gestão (Nota 8). As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Somague foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal ajustados, no processo de consolidação, de modo a ficarem de acordo com as disposições das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e adoptadas pela União Europeia, em vigor para os exercícios económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2005. Os principais impactos no ano e nos comparativos encontram-se detalhados na Nota 34. Todos os valores apresentados nestas notas explicativas estão expressos em Euros, excepto quando esteja expressamente indicada outra unidade monetária. 3.2 – Bases de consolidação São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo grupo: a) Empresas controladas As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50 % dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. A participação de terceiros no capital próprio e no resultado líquido dessas empresas é apresentada separadamente no balanço consolidado e na demonstração dos resultados consolidada, nas respectivas rubricas de “interesses minoritários”. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria-se deles lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos tenha sido recuperada. que regulam o controlo conjunto, na percentagem efectiva de detenção e/ou nos direitos de voto detidos. Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua alienação. As empresas consolidadas pelo método de consolidação proporcional encontram-se identificadas na Nota 4. As transacções e saldos significativos entre essas empresas foram eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de empresas participadas, efectuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas. Sempre que necessário são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a uniformização das respectivas políticas contabilísticas com as do Grupo e para efeitos de consolidação de contas. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não detenha participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. As empresas controladas em 31 de Dezembro de 2007, e como tal consolidadas pelo método de consolidação integral encontram-se identificadas na alínea f). b) Empresas conjuntamente controladas As participações financeiras em empresas conjuntamente controladas foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo é partilhado. De acordo com este método, os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo. As transacções, saldos e dividendos entre empresas são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das entidades conjuntamente controladas para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. A classificação dos investimentos financeiros em empresas conjuntamente controladas é determinada com base em acordos contratuais Os interesses financeiros em Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE’s), por regra, foram incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional. Os investimentos financeiros em empresas conjuntamente controladas excluídas da consolidação por imaterialidade são apresentados ao custo de aquisição (Nota 33). c) Concentração de actividades empresariais A concentração de actividades empresariais, nomeadamente a aquisição de subsidiárias, é registada pelo método de compra. O custo de aquisição corresponde ao agregado dos justos valores, à data da transacção, dos activos cedidos, dos passivos incorridos ou assumidos e dos instrumentos de capital próprio emitidos, em troca do controlo da adquirida. Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de 2004, de acordo com a IFRS 3, os activos e passivos de cada subsidiária (incluindo os passivos contingentes) são mensurados ao seu justo valor na data de aquisição. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (alínea e). Quando o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício. Os interesses minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados. d) Empresas associadas As participações financeiras em empresas associadas, empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da Empresa, são registadas pelo método de equivalência patrimonial. De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelos seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos. 63 64 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Os activos e passivos de cada associada (incluindo os passivos contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill (alínea e). Quando o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício. É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registada uma perda na demonstração de resultados sempre que tal sucede. Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por um valor nulo enquanto o capital próprio da associada não for positivo, exceptuando as situações em que o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações. e) Goodwill O goodwill representa o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos e passivos identificáveis de uma subsidiária, associada ou entidade conjuntamente controlada, na respectiva data de aquisição. O goodwill é registado como activo e não é sujeito a amortização. Anualmente, ou sempre que haja algum indício de eventual perda de valor, os valores de goodwill são sujeitos a testes de imparidade. Qualquer perda de imparidade é registada imediatamente como custo na demonstração de resultados do período, não sendo susceptível de reversão posterior. Na alienação de uma subsidiária, associada ou entidade conjuntamente controlada, o respectivo goodwill é incluído na determinação da mais ou menos valia. Nos casos em que o custo de aquisição é inferior ao justo valor dos activos líquidos identificados, a diferença apurada é registada como ganho na demonstração dos resultados do período em que ocorre a aquisição. Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são igualmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. O goodwill relativo a investimentos em subsidiárias sedeados no estrangeiro encontra-se registado na moeda de reporte dessas subsidiárias, sendo convertido para a moeda de reporte do Grupo (euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica “Diferenças de consolidação”. Relativamente a empresas associadas que não se considerem materiais no âmbito do consolidado, a empresa optou pelo seu registo contabilístico através do custo de aquisição. f) Empresas controladas incluídas na consolidação Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 8. As empresas controladas incluídas na consolidação, pelo método integral, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, suas sedes sociais, actividade e proporção do capital detido em cada exercício são as seguintes: ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 % participação Nome Sede 2007 2006 Actividade No âmbito da Somague - Engenharia Somague - Engenharia, S.A. Sintra - - Somague Investimentos - Gestão e Serviços, S.A. Sintra 100,00% 100,00% Construção civil e obras públicas Projectos imobiliários, consultoria e gestão de investimentos Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A. Sintra 100,00% 100,00% Consultoria informática Sintra 100,00% 60% Consultoria informática Documentação Confidencial, Lda. Sintra 100,00% 70% Consultoria informática Somague Ireland, Lta. Irlanda 100,00% - Construção civil e obras públicas Somague Engenharia Madeira, S.A. Funchal 100,00% 100,00% Construção civil e obras públicas Somague - Ediçor, Engenharia, S.A. Ponta Delgada 100,00% 100,00% Construção civil e obras públicas Lisboa 100,00% 100,00% Construção civil e obras públicas Sintra 100,00% 100,00% Promoção imobiliária Cabo verde 90,30% 90,30% Construção civil e obras públicas Moçambique 100,00% 100,00% Construção civil e obras públicas Moçambique 100,00% 100,00% Serviços de gestão e consultoria empresarial Vila Franca Xira 100,00% 96,41% Construção, manutenção e exploração Smartit - Gestão, Organização de Informação e Consultoria, Lda. SmartDC - Destruição e Reciclagem de No âmbito da Somague Investimentos Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A. Somague PMG - Promoção e Montagem de Negócios, S.A. CVC - Construções de Cabo Verde, SARL Sogel - Sociedade Geral de Empreitadas, Lda. SGIS - Sociedade Geral de Investimentos e Serviços, Lda. Engigás, Manutenção Industrial e Tecnologia do Gás, S.A. infra-estruturas de gás Tegael - Telecomunicações, Gás e Electricidade, S.A. Coruche 51,00% 51,00% Construção, manutenção e exploração infra-estruturas de gás Gaeltec - Utilities, Lda. Irlanda 55,00% 55,00% Construção, manutenção e exploração infra-estruturas de gás Habitar - Sociedade de Construções, Lda. Angola 100,00% 100,00% Construção Somague Utilities - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. Sintra 100,00% 100,00% Engigás Gaeltec, Lta. Irlanda 100,00% - Gestão de participações sociais Construção, manutenção e exploração infra-estruturas de gás Tegael Marrocos Marrocos 90,00% - Construção, manutenção e exploração infra-estruturas de gás 65 66 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 3.3 Resumo dos principais critérios valorimétricos i) Activos e passivos expressos em moeda estrangeira Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças cambiais, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício. As demonstrações financeiras de empresas participadas e subsidiárias foram convertidas para Euros, através das seguintes taxas de câmbio: Escudo Cabo Kuanza / Euro Real / Euro Dirham / Euro Metical / Euro Verdiano / Euro Vigente ao final do ano - para a totalidade dos activos e passivos 0.0092 0.3516 0.0877 0.0286 110.2650 0.0090 0.3827 0.0870 0.0286 110.2650 0.0092 - - 0.0358 110.2650 Médio - para a demonstração dos resultados do ano Histórico - para as rubricas do capital próprio As diferenças de câmbio originadas nesta conversão foram incluídas no capital próprio na rubrica “Diferenças de consolidação”. compra, deduzido da depreciação acumulada e perdas de imparidade, quando aplicável. ii) Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis são depreciados pelo método das quotas constantes, de acordo com a sua vida útil estimada, a partir da data em que os mesmos se encontram disponíveis para ser utilizados no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas. Os activos fixos tangíveis utilizados na produção, prestação de serviços ou para uso administrativo são registados ao custo de aquisição ou produção, incluindo as despesas imputáveis à Anos de vida útil Edifícios e outras construções 8 - 50 Equipamento básico 3 - 10 Equipamento de transporte 4- 8 Ferramentas e utensílios 3- 8 Equipamento administrativo 3 - 20 Outras imobilizações corpóreas 3 - 14 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 A quantia depreciável dos activos fixos tangíveis não inclui o valor residual que se estima no final das respectivas vidas úteis. As benfeitorias e beneficiações apenas são registadas como activo nos casos em que correspondem à substituição de bens, os quais são abatidos, ou conduzam a um acréscimo dos benefícios económicos futuros. Os activos fixos tangíveis em curso representam activos ainda em fase de construção/promoção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes activos fixos tangíveis são depreciados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de activos fixos tangíveis são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilísticos na data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido na demonstração dos resultados. Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros em outras empresas participadas e em títulos e aplicações financeiras (dividendos) são registados na demonstração de resultados do exercício em que é decidida e anunciada a sua distribuição. Os empréstimos concedidos a empresas associadas e a outras empresas encontram-se registados ao valor nominal, deduzido de eventuais para perdas estimadas na sua realização. vi) Existências As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado, utilizando-se o custo médio como método de custeio. Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, que inclui o custo dos materiais incorporados, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. iii) Custos de financiamento Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos na demonstração dos resultados do período a que dizem respeito. Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos que levem um período significativo de tempo a ficarem preparados para o fim pretendido são capitalizados. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o início de utilização do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso. iv) Activos intangíveis Os activos intangíveis excepto “goodwill” encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor. As amortizações do exercício dos activos intangíveis são registadas na demonstração de resultados na rubrica de “Amortizações”. v) Investimentos em outros activos financeiros Os investimentos financeiros em empresas excluídas da consolidação encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas estimadas na sua realização. São registados ajustamentos por depreciação de existências pela diferença entre o valor de custo e o respectivo valor de realização. vii) Contas a receber As contas a receber são apresentadas pelo respectivo valor nominal, deduzidas de eventuais perdas de imparidade, para que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido. As contas a receber, na generalidade, não vencem juros. viii) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com insignificante risco de alteração de valor. ix) Contas a pagar As dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal, não vencendo juros na maioria dos casos. x) Reconhecimento de custos e proveitos em obras Para o reconhecimento dos proveitos e custos das obras em curso, foi adoptado o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, no final de cada exercício, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração dos resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorri- 67 68 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS dos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas “Clientes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença. À data do balanço é constituída uma provisão para as perdas estimadas em obras em curso, correspondente à margem negativa por reconhecer. xii) Operações de factoring Adicionalmente, uma parte dos proveitos gerados com obras em curso em cada exercício é diferida, com a finalidade de fazer face aos custos a incorrer durante o período de garantia das mesmas. Os trabalhos para a própria empresa correspondem aos custos associados a grandes reparações de equipamentos, efectuadas pelas próprias empresas, e incluem custos com materiais, mãode-obra directa e gastos gerais de fabrico. Os adiantamentos recebidos ao abrigo de contratos de factoring com direito de regresso são evidenciados no passivo até que se confirme a boa cobrança dos créditos respectivos. xiii) Trabalhos para a própria empresa xi) Locações xiv) Títulos negociáveis Os contratos de locação são classificados como (a) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse do activo sob locação e como (b) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse do activo sob locação. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na alínea anterior, são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. Os títulos negociáveis são registados ao valor de mercado. xv) Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados excepto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos englobando benefícios económicos for remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os activos contingentes são divulgados quando é provável a existência de um influxo económico futuro. xvi) Impostos diferidos Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data de reversão das diferenças temporárias. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e por reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura. xvii) Imparidade de activos excluindo o goodwill É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual um activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica “Outros custos operacionais”. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção ao alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo das mesmas deixaram de existir e consequentemente o activo deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores. xviii) Eventos subsequentes Os eventos decorridos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas. 69 70 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 4. Interesses em empreendimentos conjuntos As seguintes empresas participadas foram consolidadas pelo método proporcional, dado que a gestão e controlo das mesmas são exercidos conjuntamente com os outros sócios/accionistas. Nome BPC, CBPO, Agromar, Somague, Profarbil, Kaiser e ACER, ACE ("ACE do Metro") Edifer, Soconstrói, Bento Pedroso Construções, Somague e Acciona, ACE ("ACE da Gare do Oriente") Obras Civis L.N. 2.1, ACE ("ACE da Linha do Norte") Obras Civis L.N. 2.2, ACE ("ACE da CP Alfarelos") Metrodi - Obras na Linha do Campo Grande / Odivelas, ACE ("ACE da Metrodi") Resercavado - Soconstrói, Mesquita, Arnaldo Oliveira Sistemas de Abastecimento de Água Lismercado Construções - Bento Pedroso Construções, Somague e H. Hagen, ACE ("ACE do Marl") Somague, BPC, Engil, SPIE, ACE ("ACE da Linha Amarela") Somague, Bento Pedroso, Cubiertas, Dragados, ACE ("ACE do Alqueva") Transmetro - Construções do Metropolitano, ACE ("ACE da Transmetro") Somague, Edifer, MSF, Zagope, Abrantina, Conduril, Lena, Tâmega e Novopca Agrupamento Concepção, Projectos e Construção das Auto-estradas do Oeste Nova Estrada ACE ("ACE da Nova Estrada") Novaponte - Agrupamento para a Construção da Segunda Travessia do Tejo, ACE ("ACE da Novaponte") Construtores das Águas da Linha, ACE ("ACE das Águas da Linha") Engil, Somague - Construção Estação Tratamento Águas Residuais da Madalena, ACE ("ACE da Etar da Madalena") Acessibilidades das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE ("ACE das Acessibilidades das Antas") Somague, Camilo Sousa Mota, ACE ("ACE das Águas de Gondomar") Somague, Mesquita - Casa da Música, ACE ("ACE da Casa da Música") Infra-estruturas das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE ("ACE das Infra-estruturas das Antas") Somague, Mesquita, ACE ("ACE da Lipor Construções") Somague, Mesquita, Hidurbe, ACE ("ACE da Lipor Exploração") Somague, Alberto Couto Alves ACE ("ACE da VL9") Somague, Edifer, ACE ("ACE do Freeport") Somague, BPC, Engil, SPIE, SBES, ACE ("ACE da Linha Vermelha") Construtora do Lena, MSF, Novopca - Linha Atlântico Construtoras, ACE ("ACE da A17") Somague - Engenharia, Engigás, Neopul - Construtores ACE ("ACE do SEN") Somague, A. Barbosa Borges, ACE ("ACE das Águas de Barcelos") Somague, Bascol, ACE ("ACE do Fórum Coimbra") Somague, Soares da Costa, ACE (ACE do Metro de Superfície") Somague, Neopul, ACE ("ACE do Estaleiro de Pegões") Somague, Bascol, ACE ("ACE do Hospital Pediátrico") Somague, Norlamor, Camilo Sousa Matos, ACE ("ACE das Águas do Marco") Somague, Irmãos Cavaco, Construtores Molhes do Douro, ACE ("ACE dos Molhes do Douro") UTE Gijón UTE Abandoibarra UTE Gordoniz UTE Llodio UTE Aiboa - Getxo UTE Alfatejo (Múrcia) Joint Venture - Bowen Somague UTE - Neopul - Isolux, Málaga UTE 17 Viv. Llodio UTE Auditório Vigo UTE Agadir (Múrcia) UTE Calle Pizarro (Vigo) UTE Somague, Sal La Florida UTE Somague, La Lastra Somague, Seth CJT 1F, ACE ("ACE do Jardim do Tabaco") ACUPM – Agrupamento Construtor de uma Unidade de Piscicultura em Mira, ACE ("ACE da Pescanova") M50 D&C, Ltd. Somague, Edifer - Etar Alcântara ("ACE da Etar de Alcântara") Joint Venture - Somague Bowen Sacyr UTE - Neopul - Alcazar Manzanares UTE - Neopul - Castellbisbal País de incorporação Portugal 2007 50.00% % participação 2006 50.00% Portugal Portugal Portugal Portugal 40.00% 32.50% 36.10% - 40.00% 32.50% 36.10% - Portugal 33.33% 33.33% Portugal Portugal Portugal Portugal 30.00% 26.32% 25.00% 47.50% 30.00% 26.32% 25.00% 47.50% Portugal 15.00% 15.00% Portugal Portugal 13.33% 50.00% 13.33% 50.00% Portugal 33.33% 33.33% Portugal Portugal Portugal 25.00% 67.50% 60.00% 25.00% 67.50% 60.00% Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal 33.33% 60.00% 40.00% 70.00% 50.00% 26.32% 25.00% 100.00% 70.00% 75.00% 50.00% 100.00% 100.00% 45.00% 33.33% 60.00% 40.00% 70.00% 50.00% 26.32% 25.00% 100.00% 70.00% 75.00% 50.00% 100.00% 75.00% 45.00% Portugal Espanha Espanha Espanha Espanha Espanha Espanha Irlanda Espanha Espanha Espanha Espanha Espanha Espanha Espanha Portugal 50.00% 80.00% 80.00% 80.00% 80.00% 80.00% 80.00% 50.00% 50.00% 80.00% 80.00%80.00% 80.00% 80.00% 70.00% 50.00% 50.00% 80.00% 80.00% 80.00% 80.00% 80.00% 80.00% 50.00% 50.00% - Portugal Irlanda Portugal Irlanda Espanha Espanha 70.00% 17.00% 50.00% 75.00% 25.00% 30.00% - - ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Deste modo, as demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007 integram os activos, passivos, proveitos e custos dos Agrupamentos Complementares de Empresas (“ACE”), na proporção em que o Grupo participa nas referidas entidades, tendo-se procedido à anulação de saldos e transacções na referida proporção, como segue: Activos correntes Activos não correntes Passivos correntes Passivos não correntes Vendas e prestação de serviços Outros proveitos operacionais 2007 110,099,812 2006 85,718,753 1.726.241 2.910.912 111.826.053 88.629.665 101.068.961 77.918.804 3.868.601 341.358 104.937.562 78.260.162 113.160.747 100.023.054 3.889.979 147.473 Custo das mercadorias vendidas (13.066.969) (17.431.969) Fornecimentos serviços externos (94.261.126) (65.153.792) (3.183.929) (3.049.038) Amortizações e depreciações (961.768) (1.212.289) Provisões e perdas de imparidade (985.676) (192.810) Outros custos operacionais (428.771) (2.865.646) 501.596 128.375 4.664.083 10.393.358 Custos com pessoal Resultados financeiros Lucro antes de imposto sobre rendimento Imposto sobre rendimento exercício Lucro líquido (64.580) (23.855) 4.599.503 10.369.503 71 72 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 5. Imposto sobre o rendimento A Somague - Engenharia S.A. encontra-se sujeita a imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas ( “IRC”), actualmente à taxa de 25%, acrescida de Derrama até à taxa máxima de 1,5%, atingindo uma taxa agregada de 26,5%. No apuramento da matéria colectá-vel, à qual é aplicada a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilístico as diferenças entre este e o resultado fiscal. Estas diferenças podem ser de natureza temporária ou permanente. O encargo de imposto registado no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 corresponde essencialmente a: 2007 2006 Demonstração de resultados consolidada Imposto sobre o rendimento corrente Carga fiscal do imposto sobre o rendimento 5,711,836 5,249,689 rendimento do exercício de exercícios anteriores (1,797,516) (982,557) Ajustamentos resultantes de imposto sobre o Impostos diferidos Relacionados com a génese e reversão das A empresa e algumas das suas participadas (designadamente PMG, Investimentos, Utilities, TI, Engenharia Ediçor, Engenharia Madeira, Neopul), localizadas em Portugal encontram-se sujeitas ao regime especial de tributação dos grupos de sociedade. Este regime consiste na agregação dos resultados tributáveis de todas as sociedades incluídas no perímetro de tributação, conforme estabelecido no artº 63 do código do IRC, deduzidos dos dividendos distribuídos, aplicando-se ao resultado global assim obtido a taxa de IRC, acrescida da respectiva derrama. No apuramento da matéria colectável, à qual é aplicada a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilísticos as diferenças entre este resultado e o resultado fiscal. Estas diferenças podem ser de natureza temporária ou permanente. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos (10 anos para a segurança social até 2000, inclusive, e 5 anos após 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos esses em que, dependendo das circunstâncias os prazos são alargados ou suspensos. diferenças temporárias (705,699) (1,799,495) Efeito de diferenças da taxa de imposto 9,337 156,556 Gastos com o imposto sobre o rendimento reportados na DR consolidada 3,217,958 2,624,193 Impostos diferidos 2007 Resultado antes de imposto 2006 11,227,776 Ajustamentos resultantes de imposto sobre o rendimento do exercício de exercícios anteriores 1,797,516 Diferenças temporárias 2,663,016 Diferenças permanentes 5,253,575 20,941,882 Encargo normal de imposto Tributação autónoma Prejuizos fiscais Dupla tributação internacional Imposto das sucursais Efeito de diferenças da taxa de imposto Poupança fiscal 5,549,599 941,947 (381,333) (2,673,200) 3,693,396 9,337 (1,418,573) Ajustamentos resultantes de imposto sobre o rendimento O Conselho de Administração entende que eventuais correcções resultantes de futuras revisões /inspecções fiscais aquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007. O grupo procede ao registo de impostos diferidos correspondentes às diferenças temporárias entre o valor contabilístico dos activos e passivos e a correspondente base fiscal. do exercício de exercícios anteriores Imposto diferido Imposto do exercício (1,797,516) (705,699) 3,217,958 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 O movimento ocorrido nos activos e passivos por imposto diferido no exercício de 2007 e 2006, de acordo com as diferenças temporárias que o geraram é o seguinte: 2007 Activos por imposto diferido Ajustamentos de clientes de cobrança duvidosa Ajustamentos para investimentos financeiros Provisões para outros riscos e encargos Grau de acabamento Saldo em 01.01.07 1.270.244 684.253 Constituição 67.776 - (Reversão) Transferências (4.437) - Saldo em 31.12.07 1.338.020 679.816 483.455 111.339 (13.976) - 580.818 2.397.886 765.697 (531.184) 179.061 2.811.460 Prejuízos fiscais 79.906 - - - 79.906 Imposto diferido - Sucursais 78.410 143 (78.553) - - Custos diferidos Grandes reparações + imobilizado 171.135 - (387.534) - (216.399) 1.309.116 - (134.728) - 1.174.388 944.955 (1.150.412) 179.061 6.448.009 6.474.405 Passivos por imposto diferido Contratos de locação financeira 40% da reavaliação do imobilizado Saldo em 01.01.07 138 153.044 Constituição 198 (Reversão) Transferências (138) (10.276) Saldo em 31.12.07 - - 142.966 Mais-valias não tributadas por reinvestimento 176.167 - (30.793) - 145.374 Grau de acabamento 110.953 - (258.218) 179.061 31.796 Imposto diferido - Sucursais 124.505 1.915 (23.703) - 102.717 564.807 2.113 (323.128) 179.061 422.853 2006 Activos por imposto diferido Ajustamentos de clientes de cobrança duvidosa Ajustamentos para investimentos financeiros Provisões para outros riscos e encargos Grau de acabamento Saldo em 01.01.06 1.054.012 376.807 Constituição 216.232 307.446 (Reversão) Transferências - - Saldo em 31.12.06 1.270.244 684.253 61.606 427.188 (5.339) - 483.455 1.203.225 1.361.840 (83.734) (83.445) 2.397.886 Prejuízos fiscais - 79.906 - - 79.906 Imposto diferido - Sucursais - 78.410 - - 78.410 Custos diferidos Grandes reparações + imobilizado Passivos por imposto diferido Contratos de locação financeira 557.430 - (386.295) - 171.135 1.804.952 - (495.836) - 1.309.116 5.058.032 2.471.022 (971.204) (83.445) 6.474.405 Saldo em 01.01.06 374 Constituição - (Reversão) Transferências (236) - Saldo em 31.12.06 138 40% da reavaliação do imobilizado 159.998 - (6.954) - 153.044 Mais-valias não tributadas por reinvestimento 217.420 - (41.253) - 176.167 Grau de acabamento 262.644 - (68.246) (83.445) 110.953 - 124.505 - - 124.505 640.436 124.505 (116.689) (83.445) 564.807 Imposto diferido - Sucursais 73 74 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 6. Activos fixos tangíveis Durante os anos de 2007 e 2006, os movimentos ocorridos nos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes: Dezembro 2007 Saldo a Efeito de conversão Alteração 01.01.07 cambial de perímetro Adições Alienações Transferências Saldo a e abates 31.12.07 Terrenos e recursos naturais 11.836.906 (39.548) 26.297 1.129.135 (437.677) (3.347) 12.511.766 Edifícios e outras construções 41.990.730 (61.892) 212.922 42.473 (2.533.321) 173.807 39.824.719 Equipamento básico 80.668.696 6.839 17.911 10.928.148 (9.967.185) (28.287) 81.626.122 Equipamento de transporte 18.189.475 4.987 64.351 1.954.278 (1.573.570) 7.789 18.647.310 5.233.469 - 1.301 406.260 (18.067) (19.017) 5.603.946 Equipamento administrativo 18.449.422 5.927 42.540 528.880 (93.780) 466.712 19.399.701 Outros activos fixos tangíveis 6.330.808 (59) - 1.438.444 (1.034.447) 113.215 6.847.961 Activos fixos tangíveis em curso 1.158.199 - - 3.143.724 - (3.237.364) 1.064.559 - - - - - - - 183.857.705 (83.746) 19.571.342 365.322 Ferramentas e utensílios Adiantam. por conta activos fixos tangíveis Depreciações acumuladas e imparidade (97.023.711) (10.112) (36.371) (12.505.673) 86.833.994 (93.858) 328.951 7.065.669 (15.658.047) (2.526.492) 185.526.084 746.696 (101.866.335) (8.695.211) (1.779.796) 6.962.836 83.659.749 Dezembro 2006 Saldo a Efeito de conversão Alteração 01.01.06 cambial de perímetro Adições Transferências Saldo a Alienações e abates 31.12.06 Terrenos e recursos naturais 12.459.029 (188.251) - 63.521 - (497.393) 11.836.906 Edifícios e outras construções 40.702.886 (370.423) - 1.620.804 (916.285) 953.748 41.990.730 Equipamento básico 86.264.107 (4.071) - 2.337.227 (9.251.662) 1.323.095 80.668.696 Equipamento de transporte 17.844.067 (3.114) - 2.403.647 (2.038.219) (16.906) 18.189.475 5.073.931 - - 455.631 (279.616) (16.477) 5.233.469 Equipamento administrativo 17.315.994 (4.303) - 652.654 (105.433) 590.510 18.449.422 Outros activos fixos tangíveis 5.644.416 (867) - 1.236.237 (332.513) (216.465) 6.330.808 Activos fixos tangíveis em curso 2.455.098 - - 2.195.273 - (3.492.172) 1.158.199 - - - - - - - 187.759.528 (571.029) Ferramentas e utensílios Adiantam. por conta activos fixos tangíveis Depreciações acumuladas e imparidade (97.002.748) 55.091 90.756.780 (515.938) - 10.964.994 - (12.923.728) (1.372.060) 183.857.705 (12.418.150) 11.975.113 366.985 (97.023.709) - (1.453.156) (948.615) 1.005.075) 86.833.996 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 7. Activos fixos intangíveis Durante os anos de 2007 e 2006, os movimentos ocorridos nos activos fixos intangíveis, bem como nas respectivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes: Dezembro 2007 Saldo a 01.01.07 Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Propriedade industrial Goodwill Depreciações acumuladas - Aumentos Transferências Saldo a e abates 31.12.07 - - - - - - - 90.027 - 24.917 114.944 8.984.234 1.297.325 - 10.281.559 9.074.261 1.297.325 24.917 10.396.503 (39.455) (36.669) - (76.124) 9.034.806 1.260.656 24.917 10.320.379 Dezembro 2006 Saldo a 01.01.06 Aumentos Transferências Saldo a e abates 31.12.06 Despesas de instalação - - - - Despesas de investigação e desenvolvimento - - - - Propriedade industrial Goodwill Depreciações acumuladas 90.027 - - 90.027 8.984.234 - - 8.984.234 9.074.261 - - 9.074.261 (27.703) (11.752) - (39.455) 9.046.558 (11.752) - 9.034.806 75 76 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 7.1 Goodwill Durante os anos de 2007 e 2006, os movimentos ocorridos no goodwill foram os seguintes: Dezembro 2007 Somague - Ediçor CVC Percentagem de Saldo a aquisição 01.01.07 50,00 998.953 Saldo a Adições - 31.12.07 998.953 57,62 54.338 - 54.338 100,00 4.792.761 - 4.792.761 Neopul 20,00 1.171.798 - 1.171.798 Tegael 51,00 664.933 - 664.933 CVC 32,63 1.301.451 - 1.301.451 Engigás 3.,59 - 797.206 797.206 Gaeltec 35,00 Somague Investimentos - 500.119 500.119 8.984.234 1.297.325 10.281.559 Dezembro 2006 Percentagem de Saldo a aquisição 01.01.06 Somague - Ediçor 50,00 998,953 - 998,953 CVC 57,62 54,338 - 54,338 Somague Investimentos Neopul Saldo a Adições 31.12.06 100,00 4,792,761 - 4,792,761 20,00 1,171,798 - 1,171,798 Tegael 51,00 664,933 - 664,933 CVC 32,63 1,301,451 - 1,301,451 8.984.234 - 8.984.234 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 8. Investimentos em associadas Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 os investimentos em associadas são como segue: Edimecânica a) (%) Participação 2007 100,00% (%) Participação 2006 100,00% Maguetecno a) 100,00% 100,00% Soconstrói Engenharia a) 100,00% 100,00% 50,00% 50,00% HSE a) 27,50% 27,50% PPPS a) 14,40% 14,40% Ferropor a) Normetro a) 6,59% 6,59% 10,07% 10,07% Archipelag Aviation a) 100,00% 100,00% Engipul a) 100,00% 100,00% Complexo Tivane b) 20,00% 20,00% M50 a) 17,00% UTE Puerto Marin a) 20,00% UTE Muelle del Leste a) 20,00% UTE Auditório de Vigo a) 16,00% Vortal a) a) Estas empresas encontram-se registadas pelo método de equivalência patrimonial. b) Estas empresas encontram-se registadas pelo custo de aquisição, deduzido de provisões para perdas estimadas na sua realização, quando aplicável. O método de equivalência patrimonial é aplicado excepcionalmente na consolidação de algumas participações financeiras em que a empresa detém o controlo, naqueles casos em que as demonstrações financeiras das participadas são materialmente irrelevantes ou em que desenvolvem uma actividade muito diferente com relação ao objecto principal da empresa. O referido método é também aplicado a algumas participações financeiras em que a empresa detém uma participação no capital inferior a 20%, mas relativamente às quais exerce directa ou indirectamente uma influência significativa na gestão e política financeira da participada. 77 78 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os investimentos financeiros em associadas registadas pelo método de equivalência patrimonial tinham a seguinte composição: 31/12/07 Activos correntes Activos não correntes Passivos correntes Passivos não correntes Activos líquidos 31/12/06 1.084.041 5.435.170 36.771 52.850 484.099 3.334.849 - 1.058 636.714 2.152.113 Proveitos 400.504 3.350.611 Resultado líquido 222.913 2.603.923 636.714 2.152.113 12/31/07 12/31/06 636.714 2.152.113 1.500.000 1.500.000 1.308 812.783 2.138.022 4.464.896 Valor do investimento Método de equivalência patrimonial Empréstimos Custo de aquisição ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 9. Outros investimentos Valor de balanço Partes de capital em outras empresas Soc. Emp. Somague (Angola) Pirites Alentejanas União de Leiria Sport Lisboa Benfica Futebol Clube do Porto Marítimo SAD Alverca Futebol Clube Boavista Futebol Clube Vortal Bomba H Auto-Estradas do Oeste, S.A. Via Expresso SMLN AREM Cidade em Acção - Soc. Equip. Urbanos Bilhetes do Tesouro UTE Muelle del Leste Outros Tegael Outros Ediçor Outros Outros empréstimos concedidos Vialitoral Assiconstrói / Amadeu Gaudêncio Archipelag Aviation Bomba H PPPS SMLN Imparidade 9.128 64.270 199.519 2.372.933 500.000 24.940 24.938 110.000 250.373 4.988 5 2.113.331 3.000 7.482 5.650 5.200.000 1.033.345 3.000 73.500 56.645 12.057.047 (9.128) (64.270) (199.519) (1.186.466) (300.000) (24.938) (110.000) (38.043) (1.932.364) 1.186.467 200.000 24.940 250.373 4.988 5 2.113.331 3.000 7.482 5.650 5.200.000 1.033.345 3.000 73.500 18.602 10.124.683 671.568 480.426 57.362 1.176.768 1.998.329 4.240 4.388.693 16.445.740 (671.568) (671.568) (2.603.932) 480.426 57.362 1.176.768 1.998.329 4.240 3.717.125 13.841.808 a) Estas empresas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido da provisão para perdas estimadas de realização, quando aplicável. b) Estas empresas encontram-se registadas ao custo de aquisição,cotadas em bolsa e ajustadas para o valor de mercado. c) Empresas registadas pelo método da equivalência patrimonial. d) Outras partcipações detidas pela Tegael, Ediçor e Somague Engenharia, registadas ao custo de aquisição. 10. Outros activos não correntes Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: 2007 Clientes, conta corrente Outros devedores - 2006 5.389.667 5.259.016 10.648.683 Valor líquido a) a) a) a) b) a) a) b) c) a) a) a) a) a) a) a) c) d) d) d) 79 80 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 11. Existências Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: Matérias-primas, subsidiárias e de consumo (nota 25) Produtos e trabalhos em curso (nota 26) Produtos acabados e intermédios (nota 26) Mercadorias (nota 25) Adiantamento por conta de compras Perda por imparidade (nota 25 e 26) 12. Clientes Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: 2007 23.247.470 28.391.773 419.723 6.987.196 (172.052) 58.874.110 2006 22.449.262 23.761.475 792.390 7.106.331 (892.460) 53.216.998 Os valores incluídos na rubrica de caixa e equivalentes são determinados de forma a incluir apenas os valores cuja realização é possível num período inferior a três meses contados a partir da data do balanço. 15. Outros activos correntes Clientes, conta corrente Clientes, títulos a receber Clientes, cobrança duvidosa Perda por imparidade 2007 402.878.374 9.143.524 17.687.704 (17.687.704) 412.021.898 2006 404.425.245 7.235.865 15.077.916 (15.077.916) 411.661.110 Em 31 de Dezembro de 2007e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: 2007 13. Outros devedores Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 o saldo desta rubrica resulta de operações realizadas pela empresa e pelas suas participadas no decurso normal da sua actividade: Empresas do grupo Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos 2.284.864 12.351.642 31.032.429 45.668.935 2006 5.866.068 12.572.226 7.312.868 25.751.162 16. Capital e reservas Outros devedores Perda por imparidade 2007 72.259.413 (11.131.511) 61.127.902 2006 74.626.125 (9.459.927) 65.166.198 14. Caixa e equivalentes Caixa e seus equivalentes podem ser analisados como se segue: Numerário Depósitos bancários Títulos negociáveis Outras aplicações tesouraria 2007 1.154.583 70.708.868 8.018 3.940.533 75.812.002 2006 1.304.152 56.849.919 8.018 2.625.337 60.787.426 Em 31 de Dezembro de 2007, o capital da Empresa totalmente subscrito e realizado, era composto por 11.690.000 acções ao portador, no valor nominal de cinco Euros cada. O capital da empresa era em 31 de Dezembro de 2007 detido na sua totalidade pela Somague – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Somague SGPS”). Prestações acessórias: As prestações acessórias foram realizadas em dinheiro pela Somague SGPS, não vencem juros e apesar de não terem prazo de reembolso definido, só podem ser restituídas ao accionista, nos termos da legislação aplicável, quando após o seu pagamento a soma do capital e da reserva legal não seja inferior ao valor dos capitais próprios. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Diferenças de consolidação: As diferenças de consolidação, decorrentes da aquisição de participações financeiras, estão registadas em capitais próprios ou no activo, na rúbrica “Goodwill”, consoante a data a que se reportam e a respectiva natureza. Assim, as registadas em capitais próprios correspondem à diferença entre o custo de aquisição das participações financeiras e a proporção nos capitais próprios das empresas a que aquelas se referem, reportadas a 31 de Dezembro de 1993, data das primeiras demonstrações financeira consolidadas. Incluem-se também nesta rúbrica, valores relativos a datas subsequentes àquela e essencialmente derivados de movimentos em capitais próprios de empresas participadas, bem como, o efeito da conversão para Euros de demonstrações financeiras de empresas participadas, originalmente expressas em moeda estrangeira. Reserva legal: De acordo com a legislação vigente, a Empresa é obrigada a transferir para a reserva legal no mínimo 5% do resultado líquido anual, até que a mesma atinja no mínimo 20% do capital. Esta reserva não pode ser distribuída aos accionistas, podendo ser utilizada para aumentar o capital ou para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas. Outras reservas: As outras reservas correspondem à aplicação dos resultados de exercícios anteriores a 1999 que a Assembleia Geral considerou deverem ficar retidos na empresa, nesta rúbrica e não serem distribuídos a accionistas. Esta rúbrica tem natureza semelhante à rúbrica de “Resultados Transitados” ocorrendo a sua movimentação nos mesmos termos desta. 17. Empréstimos Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: 2007 2006 Empréstimos bancários (M/L prazo) (a) 5.000.000 6.155.556 Papel comercial (M/L prazo) (B) 24.902.374 44.990.913 Empréstimo obrigacionista (M/L prazo) (C) 29.521.367 29.266.471 Outros empréstimos hipotecários (D) 7.752.059 9.915.030 67.175.800 109.176.009 (a) A Rubrica “Empréstimos Bancários” é composta pelos seguintes contratos: - Contrato de financiamento no montante de 4.600.000 Euros, subscrito em 28 de Dezembro de 2007 com vencimento em 28 de Janeiro de 2009, que em 31 de Dezembro de 2007 vencia juros à taxa média anual de 5,232%. Foram dadas como garantia as Obrigações do Tesouro registadas em outros investimentos (nota 9). - Empréstimo bancário celebrado em 29 de Dezembro de 2005 no montante de 1.000.000 Euros, por um prazo de 5 anos, com 20 amortizações trimestrais. Em 31 de Dezembro de 2007 apresentava um valor a médio e longo prazo de 400.000 Euros e vencia juros a uma taxa média anual de 5,75%. b) O empréstimo de papel comercial classificado a médio e longo prazo é composto pelas emissões seguintes: - Emissão subscrita em 10 de Dezembro de 2007 no valor de 25.000.000 Euros, a qual em 31 de Dezembro de 2007 vencia juros a uma taxa média anual de 5,00%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efectuado poderá ser utilizado pela Somague – Engenharia, Neopul e Engigás. Terá uma amortização de capital antecipada no montante de 5.000.000 Euros em 6 de Janeiro de 2008 (registada em empréstimos correntes. Nota 20), ocorrendo a amortização final de 20.000.000 Euros em 6 de Janeiro de 2009. - Emissão subscrita em 26 de Novembro de 2007 no valor de 5.000.000 Euros, a qual em 31 de Dezembro de 2007 vencia juros a uma taxa média anual de 4,875%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efectuado termina em 30 de Dezembro de 2010. A classificação destas emissões no médio e longo prazo resulta da existência de compromisso para a renovação sucessiva dos mesmos durante todo o período dos contratos programas. c) O Empréstimo por obrigações subscrito em 12 de Maio de 2004 vence juros semestralmente à taxa Euribor a 180 dias, acrescida de 0,875%, o qual em 31 de Dezembro de 2007 vence juros a uma taxa média anual de aproximadamente 5,46%. O contrato ao abrigo do qual foi efectuado este empréstimo termina em 12 de Maio de 2009. Ao montante do Empréstimo obrigacionista foi deduzida a comissão inerente no valor de 733.529 Euros que está a ser amortizada de acordo com a vida útil do empréstimo em referência. (d) O financiamento concedido pelo Instituto Nacional de Habitação enquadra-se no sistema actualmente em vigor da construção a preços controlados, devendo ser reembolsado sempre que se regista a venda de uma fracção financiada e vence juros de acordo com as condições do sistema. 81 82 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 18. Provisões Em 31 de Dezembro de 2007 esta rubrica tinha a seguinte composição: Provisões para garantias Processos judiciais em curso Provisões p/ capitais próprios negativos Impostos Outras Saldo a Equivalência Actualização 01.01.07 patrimonial cambial Saldo a 26.402.212 - - - (8.040.429) 790.165 - - 131.499 (18.665) - 902.999.00 2.672.789 792.306 (4.200) - - - 3.460.895.00 Aumentos Reduções Utilizações 31.12.07 - 18.361.783.00 323.425 - (3.594) 1.100.000 - - 1.419.831.00 2.163.927 - 76.802 1.048.919 (1.599.312) (27.389) 1.662.947.00 32.352.518 792.306 69.008 2.280.418 (9.658.406) (27.389) 25.808.455 O montante de 18.361.783 Euros correspondem a estimativa de custos a incorrer no período de garantia das obras. A provisão para processos judiciais em curso foi constituída com base no julgamento de Conselho de Administração quanto ao seu desfecho, bem como em informações obtidas dos advogados da Empresa e dos seus consultores externos. A Provisão para Capitais Próprios negativos discrimina-se da seguinte forma: Maguetecno PPPS Ute Puerto Marin Achipelag Avition Ute Auditorio Vigo M50 Ferropor Normetro 1.457.542 1.154.304 603.193 158.735 64.979 20.285 1.646 211 3.460.895 19. Outros passivos não correntes Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: 2007 2006 Adiantamento de clientes 606.774 Fornecedores de imobilizado. conta corrente 16.355.393 19.501.569 Outros credores 1.166.237 16.355.393 21.274.580 20. Fornecedores correntes Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: 2007 Fornecedores, conta corrente 190.995.750 Fornecedores, títulos a pagar 3.735.123 Fornecedores. facturas em recepção e conferência (7.984.345) 186.746.528 2006 160.902.624 6.872.433 6.497.984 174.273.041 21. Empréstimos correntes Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: 2007 Descoberto bancário / Conta caucionada (a) 113.325.966 Papel comercial (b) 20.000.000 Hot money Outros empréstimos hipotecários (c) 15.029.258 148.355.224 2006 72.880.816 5.000.000 5.000.000 9.002.948 91.883.764 (a) Os descobertos bancários, contas correntes caucionadas e empréstimos bancários vencem juros às taxas correntes de mercado, para operações similares. (b) O empréstimo de papel comercial é composto pelas emissões seguintes: ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 - Emissão subscrita em 10 de Dezembro de 2007 que terá uma amortização antecipada no montante de 5.000.000 Euros em 6 de Janeiro de 2008, em 31 de Dezembro de 2007 vencia juros a uma taxa média anual de 5,00%. (Nota 16) - Emissão subscrita em 8 de Outubro de 2007 no valor de 15.000.000 Euros, a qual em 31 de Dezembro de 2007 vencia juros a uma taxa média anual de 4,89%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efectuado termina em 30 de Novembro de 2008. (c) O financiamento concedido pelo Instituto Nacional de Habitação enquadra-se no sistema actualmente em vigor da construção a preços controlados, devendo ser reembolsado sempre que se regista a venda de uma fracção financiada e vence juros de acordo com as condições do sistema. 22. Outros passivos correntes Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: Adiantamentos por conta de vendas Empresas do grupo Adiantamentos de clientes Fornecedores de imobilizado, conta corrente Estado e outros entes públicos Facturação antecipada Outros credores 2007 369.197 58.526 31.966.787 6.978.037 4.822.142 84.320.823 71.669.041 200.184.553 2006 577.432 23.673 31.432.074 6.551.466 13.513.234 86.403.769 77.110.236 215.611.884 23. Vendas e prestações de serviços por mercados geográficos As vendas de mercadorias e as prestações de serviços efectuadas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, distribuem-se da seguinte forma: 2007 Continente Madeira Açores Cabo Verde Angola Espanha Moçambique Brasil Irlanda Marrocos Outros 422.021.993 26.840.226 62.040.235 21.792.129 87.126.529 66.244.737 310.517 9.016.281 29.628.445 1.090.844 726.111.936 2006 416.119.829 44.673.434 60.450.365 19.833.056 61.277.306 25.675.840 20.374.948 13.230.993 16.185 661.651.956 83 84 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 24. Outros proveitos operacionais Os outros proveitos operacionais, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição: 2007 Proveitos suplementares Outros proveitos e ganhos operacionais Redução de provisões Ganhos em imobilizações Trabalhos para a própria empresa Reversão amortizações e ajustamentos Correcções relativas a exercícios anteriores Ganhos em existências Indemnizações Benefícios de penalidades contratuais Subsídios à exploração 2006 20.160.696 2.035.013 1.617.977 1.510.114 1.392.336 1.001.128 508.347 414.372 34.175 13.036 28.687.194 13.790.133 975.965 21.837 862.517 1.208.989 253.529 1.293.678 501.572 83.626 259.214 52.053 19.303.113 25. Custo das vendas O custo das vendas, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, apresentou a seguinte composição: 2007 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Activo bruto: Saldo em 01 de Janeiro de 2007 Compras Saldo em 31 de Dezembro de 2007 (nota 11) Custo do exercício Ajustamentos acumulados a existências: Saldo em 01 de Janeiro de 2007 Reforço/redução Saldo em 31 de Dezembro de 2007 Valor líquido: Mercadorias Total 22.449.262 118.879.851 (23.247.470) 7.106.331 8.454.024 (6.987.196) 29.555.593 127.333.875 (30.234.666) 118.081.643 8.573.159 126.654.802 756.461 (692.701) (63.760) - 756.461 (692.701) (63.760) (23.183.710) (6.987.196) (30.170.906) 2006 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Activo bruto: Saldo em 01 de Janeiro de 2006 Compras Saldo em 31 de Dezembro de 2006 (nota 11) Custo do exercício Ajustamentos acumulados a existências: Saldo em 01 de Janeiro de 2006 Ajustamentos Saldo em 31 de Dezembro de 2006 Valor líquido: Mercadorias Total 24.308.757 97.579.202 (22.449.262) 8.203.864 686.360 (7.106.331) 32.512.621 98.265.562 (29.555.593) 99.438.697 1.783.893 101.222.590 63.760 692.701 (756.461) - 63.760 692.701 (756.461) (21.692.801) (7.106.331) (28.799.132) ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 26. Variação da produção A variação da produção, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, apresentou a seguinte composição: Produtos e trabalhos em curso Activo bruto: Saldo em 01 de Janeiro de 2007 Alteração do perimetro Regularização de existências Alteração de critério Aumento/redução do exercicio Saldo em 31 de Dezembro de 2007 (nota 11) Ajustamentos acumulados a existências: Saldo em 01 de Janeiro de 2007 Alteração do perimetro Reforço Redução e utilizações Saldo em 31 de Dezembro de 2007 Valor líquido: Ajustamentos acumulados a existências: Saldo em 01 de Janeiro de 2006 Alteração do perimetro Reforços Reduções e utilizações Saldo em 31 de Dezembro de 2006 Valor líquido: Total 23.761.475 792.391 24.553.866 404.763 4.225.535 28.391.773 156.705 (529.373) 419.723 561.468 3.696.162 28.811.496 - (135.999) 27.707 (108.292) (135.999) 27.707 (108.292) 28.391.773 311.431 28.703.204 Produtos e trabalhos em curso Activo bruto: Saldo em 01 de Janeiro de 2006 Alteração do perimetro Regularização de existências Alteração de critério Aumento/redução do exercicio Saldo em 31 de Dezembro de 2006 (nota 11) 2007 Produtos acabados e intermedios 16.475.702 7.285.773 23.761.475 2006 Produtos acabados e intermedios Total 362.944 293.448 135.99 792.391 16.838.646 293.448 7.421.772 24.553.866 - - - (135.999) (135.999) (135.999) (135.999) 23.761.475 656.392 24.417.867 85 86 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 27. Custos com o pessoal 29. Custos e perdas financeiras O número médio de empregados ao serviço das principais empresas incluídas na consolidação (Nota 3.2, alínea f) nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 foi o seguinte: Os custos e perdas financeiras, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição: 2007 Somague - Engenharia Somague Engenharia - Sucursal Angola Somague - Ediçor, Engenharia Somague Engenharia - Sucursal Espanha Somague Engenharia - Sucursal Irlanda CVC Neopul Engigás Somague - Engenharia Madeira Tegael Sogel Somague TI Smartit SmartDC PMG Somague Investimentos 2007 2006 1,214 1,102 438 61 13 111 258 204 136 358 27 7 1 2 2 3,934 1,274 1,265 433 146 262 241 152 268 26 10 4 3 1 4,085 Os custos com o pessoal nos exercícios findos naquelas datas foram como segue: 2007 Remunerações Pensões Outros 2006 94.995.071 92.237.267 416.275 24.095 23.955.669 24.780.601 119.367.015 117.041.963 Juros suportados 16.277.931 Outros custos e perdas financeiras 3.464.446 Diferenças de câmbio desfavoráveis 2.570.792 Garantias bancárias e seguros de crédito 2.046.482 Perdas em investimentos financeiros em associadas 1.026.099 Comissões de factoring 137.768 25.523.518 2006 17.226.305 4.288.678 801.518 2.570.878 245.851 245.494 25.378.724 30. Proveitos e ganhos financeiros Os proveitos e ganhos financeiros, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição: 2007 Juros obtidos 7.778.953 Ganhos em investimentos em associadas 1.536.624 Descontos de pronto pagamento obtidos 1.283.271 Outros proveitos e ganhos financeiros 880.510 Diferenças de câmbio favoráveis 656.350 12.135.708 2006 14.751.353 2.849.774 1.304.224 1.635.118 2.308.403 22.848.872 31. Contingências Locação operacional Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição: 28. Outros custos operacionais Os custos e perdas operacionais, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição: 2007 2006 Donativos 803.032 Perdas em existências 223.854 Perdas em imobilizações 103.307 Multas e penalidades 261.145 Correcções relativas a exercícios anteriores 3.211.872 Impostos 6.225.303 Outros custos e perdas operacionais 509.511 11.338.024 905.967 1.164.847 417.579 143.889 1.816.870 6.406.414 1.233.614 12.089.180 Locação operacional Até um ano Entre um e cinco anos 2007 (euros) 2006 (euros) 1.058.972 350.243 1.409.214 1.030.934 714.422 1.745.356 A informação acima referida respeita a rendas futuras (capital e juros) dos contratos de ALD que se encontram em vigor nos referidos períodos. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Locação Financeira Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte decomposição: Locação financeira 2008 2009 2010 2011 2012 e seguintes Juros futuros 2007 (euros) Valor actualizado Pagamentos dos pagamentos mínimos 3.868.258 4.675.229 2.892.585 3.511.274 2.510.484 2.934.026 7.084.066 8.016.755 (2.781.891) 16.355.393 16.355.393 Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm períodos de vida definidos. O valor actualizado dos pagamentos representa o capital em divida de cada um dos contratos de locação financeira em vigor à data. O valor dos pagamentos mínimos inclui além do capital em divida os juros que se encontram previstos pagar nos contratos acima referidos. Garantias Prestadas Em 31 de Dezembro de 2007, as empresas do grupo tinham prestado garantias bancárias a terceiros, de 431.060.300 Euros. Estas garantias bancárias foram prestadas, essencialmente, para efeitos de concursos, adiantamentos recebidos e como garantia de boa execução de obras. 2006 (euros) Valor actualizado Pagamentos dos pagamentos mínimos 4.012.100 5.212.854 3.016.900 3.992.932 2.774.881 3.550.558 2.486.423 3.091.191 7.211.265 8.563.746 (4.909.712) 19.501.569 19.501.569 87 88 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 32. Divulgação de partes relacionadas As transacções e saldos entre a Somague – Engenharia, S.A. (empresa mãe) e empresas do grupo incluídas na consolidação, que são partes relacionadas, foram eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transacções entre o grupo e empresas relacionadas estão detalhadas abaixo. Os termos e condições praticadas, entre a Somague – Engenharia, S.A. e as partes relacionadas, são substancialmente idênticos aos que normalmente seriam contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em operações comparáveis. Os saldos com entidades relacionadas em 31 de Dezembro de 2007 podem ser detalhados como se segue: Valores em Parte relacionada Vendas Compras balanço partes de partes relativos a partes relacionadas relacionadas relacionadas Entidade(s) com influência significativa no Grupo Sacyr S.A.U 216.693 228.551 661.650 Sacyr Vallehermoso 115.651 - 106.331 28.396.576 - 8.514.877 - - 217.391 576.814 - 998.144 Vallehermoso División Promoción Sufi Sufi, Sucursal Portugal Sacyr Chile Somague SGPS 9.296 - 23.638 140.965 - 320.882 29.455.995 228.551 10.842.913 15.501 - 19.769 - - 1.507.298 Associadas HSE Maguetecno Soconstrói Engenharia - - 1.515.554 15.501 - 3.042.621 4.223 Empreendimentos conjuntos ACE do Metro 10.620 - ACE do Alqueva - - 91 ACE do Resercavado - - 74.820 ACE da Novaponte ACE da Nova Estrada ACE da Linha Amarela ACE da Transmetro ACE da Gare do Oriente - - - 219.139 28.245 (47.178) - - - 5.368.071 (21.377) 1.936.464 9.000 - 143.800 ACE das Águas da Linha 171.852 - 93.438 ACE da Etar da Madalena - - (298) 5.000 - - - - - (105.950) (95.505) (52.413) ACE da CP Alfarelos - - - ACE das Infra-estruturas das Antas - - 3.976 ACE das Acessibilidades das Antas (116.052) - (25.060) 86.569 - 35.881 2.433 - (279.647) ACE da Lismercado - 35.449 64.145 ACE da Lipor Construção - - - ACE da Lipor Exploração - 641.251 (450.363) 595.265 ACE da Casa da Música ACE das Águas de Gondomar ACE da Linha do Norte ACE do Freeport ACE da VL9 ACE da Linha Vermelha 1.259.875 - ACE do Hospital Pediátrico de Coimbra 1.299.420 (7.808) Continuação na pág. seguinte ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 continuação da pág anterior ACE do Estaleiro de Pegões 1.935.880 7.166.916 (70.351) ACE das Águas de Barcelos 1.217.734 11.169 253.320 ACE do Metro de Superfície 12.191 81 23.148 31.366.617 - 4.283.888 2.969.799 (8.555) 1.318.008 2.960 (559) 3.728 2.389.058 537.703 1.690.276 ACE do Litoral Atlântico ACE dos Molhes do Douro ACE do Fórum Coimbra ACE Somague, Engigás, Neopul ACE Somague Seth 336.855 (7.684) 294.850 ACE Somague, Edifer - Etar de Alcântara 676.653 2.993.000 (235.298) ACE Somague Norlambor 352 2.898 (2.510) 2.875 - 295.435 UTE Aiboa - Getxo 222.455 - 9.172 UTE Gordoniz 404.064 - 366.268 UTE Gijón UTE 17 Viv. Llodio 98.853 - 7.657 UTE Abandoibarra 1.143.619 - 333.187 UTE Alfatejo 118.751 - 15.913 UTE Llodio 611.339 - 47.346 2.360.382 9.263 2.500 92.461 - 177.516 124.669 - 202.040 - - 247.483 UTE Agadir 7.600 - 133.759 UTE Alcazar - - 403.808 UTE Castellbisbal 289.626 - 122.696 UTE Málaga 435.720 - 154.324 UTE Sevilha (Neopul) 881.032 - - 55.911.522 11.284.487 12.175.307 JV Somague Bowen UTE Calle Pizarro UTE La Lastra UTE La Florida 89 90 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 33. Empresas excluídas da consolidação Os investimentos financeiros em empresas excluídas da consolidação registados na rubrica de partes de capital em empresas associadas ao custo de aquisição, suas respectivas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 pelo Grupo, são os seguintes: Meia Serra, ACE (a) Sede Madeira % efectiva de participação 3,77% Actividade Construção (a) Estas empresas encontram-se sem actividade. 34. Reconciliação entre Normativo Nacional e Internacional Financial Reporting Standards O grupo adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) em 2005, tendo aplicado para o efeito a “IFRS 1 – Primeira adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro”, sendo a data de transição para efeitos da apresentação destas demonstrações financeiras 1 de Janeiro de 2004. A IFRS 1 estabelece, como principio genérico, que as políticas contabilísticas definidas pelo grupo, de acordo com as IFRS em vigor em 1 de Janeiro de 2005, sejam adoptadas retrospectivamente e os correspondentes ajustamentos, à data de transição, registados em resultados transitados. Entre as diversas excepções àquele princípio, previstas na mesma IFRS 1, as mais significativas adoptadas pelo grupo foram as seguintes: ladas, passando ainda a estar sujeitos a testes anuais de imparidade, ou sempre que existam indícios de perdas da mesma. As principais diferenças de politicas contabilísticas para o normativo nacional são as seguintes: Activos intangíveis e custos diferidos De acordo com o normativo geralmente aceite em Portugal procedem-se ao registo de activos intangíveis e custos diferidos decorrentes de despesas, as quais em conformidade com as IFRS, devem ser de imediato reconhecidas como custos do exercício. Casos como despesas de instalação, despesas com investigação e desenvolvimento e propostas para concursos de adjudicação de obras que não cumpriam com os critérios da IAS 38 para o seu reconhecimento como um activo, procedeu-se ao seu desreconhecimento por contrapartida de resultados transitados. Interesses Minoritários De acordo com a IAS 1, os interesses minoritários passam a ser apresentados como uma componente do capital próprio. Custos e proveitos Extraordinários As normas internacionais em vigor não permitem a classificação de custos e proveitos como extraordinários. Consequentemente procedeu-se à sua reclassificação para outras rubricas das demonstrações dos resultados, o que se traduziu apenas numa nova apresentação dos resultados do exercício, sem que isso constituísse, assim, qualquer impacto patrimonial. Reconciliação entre normas nacionais (POC) e IAS/IFRS Concentração de actividades empresariais e Goodwill Foi decidido adoptar a IFRS 3 com efeito na data de transição (1 de Janeiro de 2004), pelo que o goodwill apurado antes daquela data foi mantido pelo respectivo valor, líquido de amortizações acumuladas, enquanto que as amortizações praticadas posteriormente foram anu- O efeito nos capitais próprios atribuíveis a accionistas da conversão das demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal (“POC”) para as demonstrações financeiras reexpressas em conformidade com as IFRS pode ser detalhado como se segue: ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 Capitais próprios consolidados em 31 de Dezembro de 2006 - POC Despesas de instalação Despesas de investigação e desenvolvimento Goodwill Grandes reparações Custos diferidos - "Proposta p/ adjudicação de obras" Imparidade do investimento financeiro Int)eresses minoritários Efeito fiscal Capital próprio consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 - IAS/IFRS 109,911,425 (423.515) 6.377 (25.446) (4.814.049) (645.793) (4.060.586) 1.943 1.771.376 101.721.732 Capitais próprios consolidados em 31 de Dezembro de 2007 - POC Despesas de instalação Despesas investigação e desenvolvimento Goodwill Grandes reparações Custos diferidos - "Proposta p/ adjudicação de obras" Imparidade do investimento financeiro Interesses minoritários Efeito fiscal Capital próprio consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 - IAS/IFRS 112.009.424 (20.405) (15.310) 2.493.559 (3.441.956) (137.385) (4.060.587) 1.943 957.990 107.787.273 O efeito nos resultados líquidos consolidados da conversão das demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal (“POC”) para as demonstrações financeiras reexpressas em conformidade com as IFRS pode ser detalhado como se segue: Resultados líquidos consolidados em 31 de Dezembro de 2006 - POC Despesas de instalação Despesas investigação e desenvolvimento Goodwill Grandes reparações Custos diferidos - "Proposta p/ adjudicação de obras" Interesses minoritários Efeito fiscal Resultados líquidos consolidados em 31 de Dezembro de 2006 - IAS/IFRS Pró-forma 2,363,512 147.199 67.181 2.438.773 1.409.021 1.381.226 (186) (882.131) 6.924.595 Resultados líquidos consolidados em 31 de Dezembro de 2007 - POC Despesas de instalação Despesas investigação e desenvolvimento Goodwill Grandes reparações Custos diferidos - "Proposta p/ adjudicação de obras" Interesses minoritários Efeito fiscal Resultados líquidos consolidados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 - IAS/IFRS 3.733.213 63.269 27.029 2.519.005 1.372.094 508.408 0 (522.262) 7.700.756 35. Actividades financeiras não monetárias Em 31 de Dezembro de 2007, os montantes de créditos bancários obtidos de instituições financeiras e não sacados, que podem ser utilizados para futuras actividades operacionais e para satisfazer compromissos financeiros ascendem a, aproximadamente, 135 milhões de Euros. 91 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 93 94 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS INTRODUÇÃO 1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas de Somague – Engenharia, S.A. (“Empresa”), as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2007 (que evidencia um total de 769.912.814 Euros e um total de capital próprio de 112.158.131 Euros, incluindo um resultado líquido de 7.700.756 Euros), a Demonstração Consolidada dos Resultados, a Demonstração Consolidada de Alterações de Capital e a Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. RESPONSABILIDADES 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas englobadas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 ÂMBITO 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: - a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; - a verificação das operações de consolidação; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio de continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão consolidado com as demonstrações financeiras consolidadas. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. 95 96 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS OPINIÃO 7. Em nossa opinião as demonstrações financeiras consolidadas referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada de Somague – Engenharia, S.A. em 31 de Dezembro de 2007, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia. ÊNFASE 8. As demonstrações financeiras consolidadas anexas incluem contas a receber de entidades localizadas em países africanos de, aproximadamente, 30.154.000 Euros (cerca de 30.051.000 Euros em 31 de Dezembro de 2006). O momento da transferência daquele montante está sujeito a autorização prévia a conceder pelas entidades estatais daqueles países. Lisboa, 10 de Março de 2008 ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS – SROC, S.A. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (178) Representada por: João Carlos Miguel Alves (ROC 896) CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 97 98 RELATÓRIO E CONTAS 2007 / NOTAS N0TAS NOTAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007 99 Depósito Legal: 167805/07 Tiragem: 250 Paginação: Cf Comunicação Impressão: Costa & Valério