Relatório Anual 2007

Transcrição

Relatório Anual 2007
Relatório e contas 2007
Somague - Engenharia, S.A.
PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS
EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS
INDICADORES
VOLUME DE NEGÓCIOS
EBITDA
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
RESULTADOS LÍQUIDOS
CASH FLOW
CAPITAIS PRÓPRIOS
VOLUME DE NEGÓCIOS
2005
2006
2007
746.119.560
28.650.973
10.120.877
7.566.472
25.466.153
88.011.253
661.651.956
34.654.811
10.419.803
6.924.595
28.650.973
106.473.286
726.111.936
42.207.741
11.227.776
7.700.756
27.316.653
112.158.131
CAPITAIS PRÓPRIOS
800,000,000
120,000,000
700,000,000
100,000,000
600,000,000
80,000,000
500,000,000
60,000,000
400,000,000
40,000,000
300,000,000
20,000,000
200,000,000
0
100,000,000
2005
2006
2007
EBITDA
2005
2006
2007
2006
2007
RESULTADOS LÍQUIDOS
45,000,000
8,500,000
40,000,000
7,500,000
35,000,000
30,000,000
6,500,000
25,000,000
20,000,000
5,500,000
15,000,000
10,000,000
4,500,000
5,000,000
3,500,000
0
2005
2006
2007
2005
PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS
EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 3 ANOS
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
2005
Mercados
Vol. negócios
Portugal
Espanha
Irlanda
Brasil
Angola
Cabo Verde
Outros
TOTAL
681.696.149
868.811
349.068
27.830.979
34.916.802
457.751
746.119.560
Carteira
648.732.034
54.144.718
30.065.080
70.294.142
10.233.928
813.469.902
2006
Vol. negócios
521.243.628
25.675.840
13.230.993
20.374.948
61.277.306
19.833.056
16.185
661.651.956
2007
Carteira
Vol. negócios
Carteira
519.790.916
510.902.454 553.699.230
80.161.365
66.244.737
86.490.927
21.167.707
29.628.445 189.440.402
6.758.557
9.016.281
1.182.179
60.851.762
87.126.529
80.129.194
25.497.720
21.792.129
18.837.571
1.401.361
714.228.028 726.111.936 929.779.504
VOLUME DE NEGÓCIOS 2007
CARTEIRA 2007
9%
Angola
2%
Cabo Verde
1%
Brasil
60%
Portugal
20%
Irlanda
12%
Angola
3%
Cabo Verde
71%
Portugal
4%
Irlanda
9%
Espanha
9%
Espanha
CARTEIRA
VOLUME DE NEGÓCIOS
(Nacional e Internacional)
(Nacional e Internacional)
1050
900
900
750
750
Total
Total
600
600
Nacional
Nacional
450
Internacional
450
300
Internacional 300
150
150
0
Milhões
0
2005
2006
2007
Milhões
2005
2006
2007
RELATÓRIO E CONTAS 2007
Índice
CARTA DO PRESIDENTE
4
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE
GESTÃO
ÓRGÃOS SOCIAIS
8
ORGANOGRAMA DA EMPRESA
12
• Envolvente Macroeconómica
14
• Evolução Sectorial
16
• SOMAGUE Engenharia
18
• Participadas
22
• Evolução Económico-financeira
40
10
RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
42
• Responsabilidade Social
Corporativa
CONSOLIDADAS
• Balanços Consolidados
44
• Demonstrações Consolidadas
Segurança e Ambiente
47
• Demonstrações Consolidadas
• Organização e Sistemas
49
• Recursos Humanos
51
• Relatório de Qualidade,
dos Resultados
54
56
57
das Alterações no Capital Próprio 58
• Demonstrações Consolidadas
dos Fluxos de Caixa
59
CERTIFICAÇÃO LEGAL
DAS CONTAS CONSOLIDADAS
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 60
92
ÍNDICE / RELATÓRIO E CONTAS 2007
3
4
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / CARTA DO PRESIDENTE
CARTA
DO
PRESIDENTE
A economia portuguesa cresceu 0,7 p.p. relativamente ao ano anterior tendo o PIB em 2007 atingido 1,9% superando as estimativas iniciais. Não obstante estes indícios de recuperação, esta foi insuficiente para convergir com as economias europeias, que, apesar do
abrandamento registado, apresentaram crescimentos na zona Euro
de 2,6% e na Europa de 2,8%. O investimento, em Portugal, teve um
acréscimo de 4,4 p.p., cifrando-se em 2,6%, justificado sobretudo por
iniciativas privadas dado que se manteve a política orçamental de
contenção da despesa da Administração Pública.
CARTA DO PRESIDENTE / RELATÓRIO E CONTAS 2007
O Sector da construção em 2007 apresentou tímidos sinais de melhoria, sobretudo no último trimestre, mas manteve-se em crise tal
como nos últimos seis anos. Continuamos a assistir ao adiamento
das grandes obras, sempre anunciadas mas que não respeitam os
calendários previstos. A perturbação gerada levou à falência de algumas empresas, a movimentos de aquisição e de fusão no sector e à
busca de novos mercados, muitos dos quais de elevado risco.
Nesta conjuntura, a Somague conseguiu manter o nível da actividade
em Portugal (cerca de 2% inferior a 2006) e graças ao esforço na
actividade internacional (53% mais do que 2006) conseguiu aumentar o volume de negócios em 10%, contrariando deste modo a
tendência de quebra dos últimos anos.
A importância da actividade internacional atingiu 30% do volume de
negócios da Somague em 2007, sendo de salientar a contribuição
das empresas participadas que nos mercados competitivos como o
Espanhol e o Irlandês têm conseguido penetrar com as suas especialidades, nomeadamente a Neopul cuja actividade internacional
correspondeu a 60% do volume de negócios.
Para 2008, em Portugal criaram-se expectativas muito positivas com
o anúncio da abertura a parcerias público-privadas aos grandes projectos de infra-estruturas de transportes e de ambiente, nomeadamente o novo Aeroporto de Lisboa, os Principais Empreendimentos
Rodoviários e o novo Plano Nacional de Barragens, que se espera ter
efeitos a curto / médio prazo. No entanto a turbulência nos mercados
financeiros gera uma enorme incerteza da situação económica internacional, que aconselha prudência na análise das perspectivas para
a economia nacional.
5
6
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / CARTA DO PRESIDENTE
Se as perspectivas de evolução da economia portuguesa para 2008
são de certo modo animadoras, o sector da construção ainda vai ter
um ano difícil sobretudo no primeiro semestre podendo já apresentar
melhorias no segmento de obras públicas se arrancarem algumas
das grandes obras concursadas no final de 2007 e início de 2008.
A Somague orientou a sua estratégia de internacionalização em consonância com a do Grupo SyV, tendo angariado 50% da sua carteira
para 2008 em mercados internacionais onde temos operações
estáveis com economias em crescimento. Procurámos diversificar
para novos mercados onde existem excedentes orçamentais, como
sejam os países produtores de petróleo, caso da Líbia, e para projectos que se sustentem como por exemplo o Canal do Panamá, onde
lideramos com a Sacyr um dos consórcios concorrentes. O mercado
das concessões é também uma das nossas fontes geradoras de
negócio de construção e em 2008 já iniciamos na Irlanda a construção de uma das concessões rodoviárias que o Grupo ganhou.
CARTA DO PRESIDENTE / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Como nota pessoal, hoje como novo presidente da Somague, não
posso deixar de reconhecer o mérito da gestão anterior, sobretudo
nas pessoas do anterior presidente, Dr. Diogo Vaz Guedes e do anterior vice-presidente, Eng.º Ricardo Martín Lucas, que lideraram a
Somague durante estes longos anos de crise que temos vivido em
Portugal. Souberam, com mestria, adaptar a Empresa às novas realidades da globalização da economia, deixando-nos como legado
uma empresa sólida, com boas contas, com pessoas preparadas,
qualificadas e, sobretudo, motivadas para os novos desafios.
José Luís Machado do Vale
Presidente do Conselho de Administração
7
8
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ÓRGÃOS SOCIAIS
ÓRGÃOS
SOCIAIS
ASSEMBLEIA-GERAL
Presidente
Luís Maria Lino da Costa de Sousa Macedo
Secretário
Sara Alexandra Catarino Marques
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente
José Luís Carneiro Machado do Vale
Vice-presidentes
Miguel Heras Dolader
Francisco Javier Gayo Pozo
Vogais
Luís Manuel Silva Duarte Patrício
José Manuel Loureda Lopes
Rui Ferreira Vieira de Sá
José Augusto Ferreira Teixeira
João Manuel Nunes Salvador
Diogo Alves Dinis Vaz Guedes
Ricardo Martín Lucas
ÓRGÃOS SOCIAIS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
CONSELHO FISCAL
Presidente
Luís Miguel Nogueira Freire Cortes
Vogais
António Joaquim Andrade Gonçalves
João Belard Kopke Marques Pinto
Suplente
João Manuel Gonçalves Correia das Neves Martins
ROC
ERNST & YOUNG AUDIT E ASSOCIADOS, SROC, S.A.,
representada por:
João Carlos Miguel Alves, ROC 896
Suplente
Rui Abel Serra Martins, ROC 1119
SECRETÁRIO DA SOCIEDADE
Paulo Miguel Carvão Guimarães Cavazzini
Suplente
João Pedro Correia Bulcão Dias Mora
TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
Graça Maria Epifânio Pinto Dias Ferreira, TOC 1869
9
10
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ORGANOGRAMA DA EMPRESA
ORGANOGRAMA DA
EMPRESA
SyV
SOMAGUE SGPS
SOMAGUE
ENGENHARIA 100%
SACYR
Participadas
SOMAGUE
INVESTIMENTOS
100%
SOMAGUE TI
100%
SMLN
6%
SMARTIT
100%
SOMAGUE PMG
100%
SOMAGUE
UTILITIES
100%
SOMAGUE EDIÇOR
ENGENHARIA
100%
MADALENAGIR
12,75%
BRISAL
9%
VORTAL
100%
PROMOCEUTA
50%
TEGAEL
51%
MAGUETECNO
100%
BAÍACAIS
12,75%
PPPS
14,4%
SMART DC
100%
HSE EMP. IMOBIL.
27,5%
GAELTEC
55%
EDIMECÂNICA
100%
TERRA DE FAJÃS
12,75%
PORTAS DA LAGOA
12,75%
SGIS
100%
ENGIGÁS
51,76%
HABITAR
(ANGOLA)
100%
S.P.R.L.P.
12,75%
PARQUAÇOR
20%
SOCOSTROI
ENGENHARIA
100%
ENGIGÁS
CABO VERDE
100%
CVC
(CABO VERDE)
90%
S.D.C.P.V.
12,75%
CIDADE EM
ACÇÃO
12,1%
ENFOQUE
80%
NEOPUL
100%
SOMAGUE ENG.
MADEIRA
100%
VIA ESPRESSO
11,2%
PARQUE FUTURO
SEC. XII
12,75%
FERROPOR
50%
SOGEL
(MOÇAMBIQUE)
100%
MARÍTIMO DA
MADEIRA
1%
COMPLEXO TIVANE
20%
SOMAGUE ENG.
MADEIRA
2,5%
ORGANOGRAMA DA EMPRESA / RELATÓRIO E CONTAS 2007
VALLEHERMOSO
ITÍNERE
TESTA
VALORIZA
ACE´s
ETRS MEIA
SERRA
3,77%
LINHA
VERMELHA
26,32%
RESERCAVADO
33,33%
FREEPORT
50%
ÁGUAS DO
MARCO
45%
INFRA-ESTR. DAS
ANTAS
33,33%
METRO
50%
LINHA DO
NORTE (2.1)
32,5%
JV SOMAGUE
BOWEN
50%
ETAR DA
MADALENA
33,33%
METRO
AEROPORTO
50%
NOVAPONTE
13,33%
NORMETRO
20%
LIPORCONSTRUÇÃO
60%
GARE DO
ORIENTE
40%
ÁGUAS DE
GONDOMAR
67,5%
FÓRUM
COIMBRA
75%
LINHA AMARELA
26,32%
ALQUEVA
25%
LIPOR EXPLORAÇÃO
40%
ACESS. ANTAS
25%
UTE GIJON
80%
UTE
ABANDOIBARRA
80%
UTE GORDONIZ
80%
CASA DA
MÚSICA
60%
A17 - F.FOZ/MIRA
25%
ÁGUAS DE
BARCELOS
70%
ESTALEIRO DE
PEGÕES
75%
UTE LLODIO
80%
UTE ALFATEJO
(MURCIA)
80%
TRANSMETRO
47,5%
VL9 - GAIA
70%
NOVAESTRADA
15%
AUDITÓRIO VIGO
80%
UTE AIBOAGETXO
80%
UTE 17 VIV.
LLODIO
80%
CP ALFARELOS
(2.2)
36,1%
SEN
100%
MARL
30%
LA FLORIDA
80%
AGADIR (MURCIA)
80%
CALLE PIZARRO
80%
ÁGUAS DA LINHA
50%
HOSP. COIMBRA
100%
MOLHES DO
DOURO
50%
PESCANOVA
70%
LA LASTRA
70%
SETH CJT 1F
50%
M50
17%
ETAR
ALCANTARA
50%
11
RELATÓRIO
CONSOLIDADO DE
GESTÃO
• Envolvente Macroeconómica
• Evolução Sectorial
• SOMAGUE Engenharia
• Participadas
• Evolução Económico-financeira
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
13
14
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
4.1 – ENVOLVENTE
MACROECONÓMICA
O ano de 2007 ficou marcado pelo crescimento da economia portuguesa em 1,9%, o qual foi superior ao registado em 2006 (1,2%).
De facto, o crescimento económico terá ficado acima da estimativa
feita nos trimestres antecedentes e expressa nos estudos publicados
pelo Ministério das Finanças, pelo Banco de Portugal, pela OCDE ou
pela UE. No entanto, o comportamento da economia continuou sem
apontar ainda no sentido da convergência de crescimento quer com
a média dos países que integram a zona do Euro (2,6%), quer com a
média europeia (2,9%), ou com os EUA (2,2%) nem tão pouco com o
Japão (2,1%). É importante realçar que este ano o abrandamento da
actividade foi extensível a quase todas as economias da zona do
Euro, apesar de estas terem beneficiado de boas condições
económicas internas e igualmente do crescimento da economia
mundial (5,1%).
Outros indicadores, como o investimento com crescimento de 2,6%
(- 1,8%, em 2006), a taxa de inflação média que se situou em 2,4%
(3%, em 2006), o crescimento das exportações em 7% (9,1%, em
2006) e a taxa de desemprego de 8,2% (7,7%, em 2006), apesar de
apontarem em divergentes direcções, coexistiram entre si e caracterizaram igualmente o comportamento da economia portuguesa, neste
último ano.
O ciclo de crescimento económico, iniciado em 2006 sob o impulso
das exportações e do investimento, encontrou sustentação em 2007,
já que se voltou a verificar um crescimento de 1% a 2%. Assim se
invertia um período de fraco crescimento registado no quinquénio
anterior, muito embora permaneçam por debelar os problemas estruturais da economia portuguesa, que, pelo oitavo ano consecutivo,
registou um crescimento abaixo do da média da UE.
Sabendo-se que o investimento é o motor da expansão europeia e do
novo ciclo de negócios, iniciado em 2004, era previsível que a queda
do investimento em 10,9%, no ultimo quinquénio, em Portugal, conduziria necessariamente a um crescimento económico abaixo das
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
economias da zona do Euro, onde se verificou um acréscimo de
investimento de 16,7%; da UE, cujo crescimento foi de 27,6%; de
Espanha, onde aumentou 45,4%; e da Grécia, cujo investimento
aumentou 53,1%.
Importa ainda mencionar a capacidade de a economia reagir à
adversidade criada pela turbulência subjacente aos mercados financeiros internacionais, que se veio a sentir a partir de meados de 2007,
e cujos efeitos finais permanecem por quantificar.
Quanto aos principais mercados além fronteiras onde a Somague
opera, o vigor das economias de Angola, Irlanda e Espanha, no ano
de 2007, fica demonstrado pelo respectivo crescimento de 23,1%,
5,3% e 3,7%. A Somague tem vindo a consolidar as operações que
tem nestes países e a diversificar os mercados internacionais onde
opera, orientando esforços comerciais para novos mercados,
nomeadamente, os da Argélia, da Líbia, do Chile, do Panamá e da
Bulgária.
As perspectivas para a economia portuguesa, em 2008, incluem a
manutenção do crescimento gradual da actividade económica,
alicerçada no crescimento das exportações, no reforço do investimento, especialmente no empresarial. Prevê-se um crescimento
próximo do da zona do Euro, a correcção dos ajustamentos das contas externas, do preço do petróleo e das taxas de juro, bem como a
continuação do processo de consolidação orçamental das contas
públicas e a contenção da inflação, que se estima ficar em torno dos
2%. O impacte conjunto destes factores possibilitará a aproximação
da economia às taxas de crescimento verificadas na zona do Euro.
No entanto, o desfasamento entre a realidade da economia portuguesa e a realidade actual da economia europeia, consolidada e
robusta, implica para a primeira uma maior vulnerabilidade à instabilidade da conjuntura internacional.
Importa, por fim, referir o crescente esforço de algum meio empresarial português no sentido de se concentrar na internacionalização dos
respectivos negócios, e de encontrar nesta atitude uma resposta às
exigências de uma crescente concorrência internacional, decorrente
da globalização, do alargamento da UE a Leste ou mesmo da exiguidade de oportunidades do mercado interno, que só por si não permite obter o “efeito escala”.
15
16
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
4.2 – EVOLUÇÃO
SECTORIAL
Embora a economia tenha entrado num ciclo de crescimento, iniciado
em 2006, o sector da construção em Portugal continuou a sucumbir
à crise que se vive desde 2002. É forçoso constatar que, em 2007,
não foi invertida a tendência, que os agentes do sector tanto pretendiam inverter.
Os factos apontam para a perda de importância do valor acrescentado bruto da construção (VAB), que representa hoje 5,1% do VAB da
economia, no seu todo, ao passo que, em 2002, representava 6,4%
daquele valor. A mesma tendência se verifica no que respeita ao peso
deste valor no PIB, que, sendo de 6,3%, em 2007; era, em 2002, de
7,6%.
Em consequência, assistiu-se, por um lado, ao aumento do número
de falências no sector e, por outro, a um processo de adaptação
empresarial à nova realidade, com recurso à inovação, à flexibilização e à diversificação das actividades produtivas. Assistiu-se, ao
mesmo tempo, a uma reestruturação do tecido empresarial, que
passou pelo redimensionamento de empresas, por meio de fusões e
aquisições, bem como pela aposta na diversificação de actividades
e na internacionalização com a deslocação para novos mercados.
De acordo com as estimativas da ANEOP, os indicadores globais do
sector dão conta de duas realidades distintas. Há alguns indícios de
recuperação do sector, pela intensificação da adjudicação de obras
públicas, ocorrida nos últimos meses de 2007 e portanto com produção prevista para 2008, e consequente crescimento do emprego
(1%), aumento esperado do licenciamento e produção de edifícios
não-residenciais (6,8%), especialmente privados (13%), aumento do
consumo de cimento (0,5%), da taxa de utilização da capacidade
produtiva 70% (69%, em 2006; 70%, em 2005). Por outro lado, há
indicadores que apontam no sentido contrário, como o desinvestimento na construção (1,8%), a diminuição da produtividade do sector (3,5%) e a diminuição de licenciamentos e de produção de edifícios privados para habitação (5%).
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Segundo as previsões, a redução do volume da actividade atingiu 0,5%,
em 2007, acumulando-se esta percentagem à dos decréscimos verificados no último triénio: 5,7%, em 2006; 3,1%, em 2005; e 2,3%, em
2004.
O sector da construção continua a divergir da tendência actual da
economia portuguesa e da média europeia. À grande generalidade
dos países europeus, o ano de 2007 permitiu beneficiar de uma conjuntura favorável de crescimento do mercado imobiliário e do investimento em infra-estruturas (3,5%), apesar de os sinais não serem tão
animadores, quando comparados com o crescimento da UE, em
2006 (4,5%). Portugal (1,8%) é actualmente, a par da Irlanda (2,8%),
um dos poucos países que desinveste em construção. No entanto,
os dados disponíveis apontam para uma inversão desta tendência e
para a convergência com a média europeia, a partir de 2008 e anos
seguintes.
Como é do conhecimento público, está previsto para os próximos
anos o maior volume de construção alguma vez realizado em
Portugal: em infra-estruturas de transportes de índole empresarial
(novo aeroporto de Lisboa, TGV, concessões rodoviárias, portos),
plataformas logísticas, energia (construção de novas barragens,
energias renováveis), abastecimento de água e saneamento,
unidades de ensino e de saúde e PIN`s (grandes investimentos em
novos pólos turísticos de luxo e na construção residencial para
segunda habitação). Não foram ainda fixadas, no entanto, datas
exactas para a necessária acção indirecta dos poderes públicos
sobre o ritmo e a intensidade do investimento privado.
É de crer que este ciclo de investimento venha definitivamente pôr
termo à mais longa e profunda crise de que há registo no sector da
construção em Portugal.
17
18
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
4.3 – SOMAGUE
ENGENHARIA
4.3.1 – ACTIVIDADE COMERCIAL
Pesem embora os sinais de alguma recuperação que se foram notando
no segundo semestre de 2007, em especial nos segmentos da engenharia civil e dos edifícios não-residenciais, o facto é que o ano de 2007
foi novamente um ano de dificuldades para o sector, situação que se
arrasta desde há seis anos.
A esta circunstância acresceu ainda um agravamento acentuado da concorrência, nomeadamente no mercado das obras públicas, em que as
empreitadas foram adjudicadas por valores extremamente baixos, ou
seja, em média 11% abaixo das bases de licitação.
Todavia, e apesar de todos estes factores negativos, a Somague voltou a
liderar o mercado nacional no que respeita a adjudicações.
Paralelamente, intensificou-se a participação da empresa nos mercados
externos, nomeadamente em Espanha, na Irlanda e em Angola, o que
permitiu que a angariação de uma parte considerável da actual carteira se
realizasse nestes mercados.
O total de obras angariadas em 2007 pela Somague Engenharia, incluindo filiais nacionais, filiais e sucursais internacionais e participadas, foi de
cerca de 850 M . Cerca de 50% deste valor foi obtido no mercado internacional, nomeadamente nos países acima referidos. Verifica-se, assim,
que a angariação total feita em 2007 ficou cerca de 11% acima dos objectivos, oportunamente traçados, que apontavam para os 770 M .
Estes resultados devem-se a uma intensa actividade comercial, consubstanciada em inúmeras propostas apresentadas, quer no mercado
nacional, quer no mercado internacional, mais concretamente em
Espanha, na Irlanda, em Angola, mas também em Cabo Verde, no Brasil,
na Argélia, no Panamá e no Chile.
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
No conjunto das obras adjudicadas durante o ano de 2007, destacam-se pela relevância as que se seguem.
Em Portugal:
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
INSUIÑA, S. L. – Projecto aquícola em Mira
PORTUCEL – Central de cogeração em Setúbal
TROIARESORT – Conjunto de moradias em Tróia
SIEMENS, S. A. – Construção civil na Central do Pego
NOVANTAS – Empreendimento Antas Première
PORTOESTÁDIO – Concepção / construção de pavilhão
para o F.C.P.
REN – Subestação do Carrapatelo
José de Mello Saúde – Clínica CUF em Torres Vedras
VALNOR – Concepção / construção de uma C.V.O.
ÁGUAS do MONDEGO – Complexo da Boavista
ÁGUAS do ALGARVE – Concepção / construção do
abastecimento de água às ilhas da Culatra e Armona
MARINA PARQUE das NAÇÕES – Reoperacionalização da
bacia sul da marina
APL – Reabilitação e reforço do cais de St.ª Apolónia
C. M. de FARO – Execução do porto de abrigo da ilha da
Culatra
REFER – Ligação ferroviária ao porto de Aveiro
AUTO-ESTRADAS do ATLÂNTICO – Beneficiação do pavimento da A8, entre S. Mamede e Tornada
No estrangeiro:
– Centro Comercial Dolce Vita – Corunha – Espanha
– Construção de Edifício de apartamentos em Vigo – Calle
Pizarro – Espanha
– Construção de Edifício de apartamentos em León – La
Lastra – Espanha
– Auto-estrada N7 Castletown / Nenagh – Irlanda
– Linha B1 – Metro de Dublin – Irlanda
– Auto-estrada M50 (PPP) – Irlanda
– Instituto de Artes Cénicas – Angola
– Construção de gasolineira em Huíla – Angola
– Biblioteca do pólo universitário – Angola
19
20
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Ainda em fase de apreciação e / ou de negociação encontra-se um
número significativo de propostas, nas quais a Somague deposita
fundadas expectativas de adjudicação e que podem, em caso de
sucesso, melhorar as perspectivas para o ano de 2008 e os
seguintes. Estão nesta situação as empreitadas seguintes:
–
–
–
–
–
–
–
Concessão do novo hospital de Braga
Concessão do novo hospital de Vila Franca de Xira
Concessão do novo hospital de Loures
Construção do empreendimento Estoril Sol
Concessão do túnel do Marão
Construção da central hidroeléctrica da Bemposta
Centro Comercial Dolce Vita Tejo (acabamentos e instalações)
4.3.2 – PRODUÇÃO
O ano de 2007, como já referido, foi mais um ano em que a estagnação
do sector da construção se manteve em Portugal, o que se manifestou na falta de projectos de investimento e na degradação progressiva dos preços das obras levadas a concurso. A manutenção
desta situação tem imposto às empresas portuguesas a procura de
soluções alternativas que lhes permitam manter a sua sustentabilidade. Estas soluções têm passado pelo desenvolvimento de actividades que incorporem construção e pela internacionalização, nas
respectivas áreas da especialidade, matéria que será abordada nos
capítulos destinados a cada participada.
4.3.2.1 – REGIÃO SUL
No que concerne às obras mais relevantes, iniciadas pela região sul
em 2007, salientamos as que se seguem:
– ETAR de Alverca
– Clínica CUF em Torres Vedras
– Construção de 52 moradias em São Pedro do Corval –
Alentejo
– Construção de 95 moradias no Tróia Resort
– Protecção de oleodutos em Sines
– Infra-estruturas diversas de abastecimento às Ilhas da
Culatra e de Armona
– Ligação ferroviária ao Porto de Aveiro
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
4.3.2.2 – REGIÃO NORTE
Apesar da situação macroeconómica, a unidade de produção do
norte atingiu os objectivos estabelecidos para o ano, graças a um
conjunto de obras iniciadas e em curso, entre as quais se destacam
as seguintes:
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
–
Igreja da Santíssima Trindade / Santuário de Fátima
Hotel Aquapura, no Douro
Portaria principal do Porto de Leixões – APDL
Remodelação das termas de S. Pedro do Sul
Hotel Lote 4 – Fátima
Águas do Alto Rabagão
Águas de Paços de Ferreira
Canal de acesso à doca 4
Barragem do Pinhão
Valnor – Central de compostagem
Subestação de Carrapatelo
Pavilhão do Futebol Clube do Porto
21
22
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
4.4 – PARTICIPADAS
4.4.1 – SOMAGUE – EDIÇOR, ENGENHARIA, S.A.
A Somague – Ediçor, Engenharia, S.A., exerce a sua actividade exclusivamente na Região Autónoma dos Açores, posicionando-se como
uma das maiores empresas regionais e ocupando a liderança no
sector da construção civil e das obras públicas.
A actividade no exercício, desenvolvida em sete das nove ilhas da
Região, totalizou cerca de 72,2 milhões de euros, tendo os resultados
depois de impostos, atingido cerca de 3,04 milhões de euros.
Para este volume de negócios, o mais elevado desde a constituição
da empresa, contribuíram de forma especial as áreas da construção
e urbanização, das obras marítimas / infra-estruturas portuárias e das
infra-estruturas ambientais.
No presente exercício, foram concluídas as empreitadas de reconstrução do porto da Praia da Vitória e de construção do parque de
combustíveis da ilha Terceira, obras que representaram uma parcela
expressiva da actividade da empresa, nos últimos dois anos.
Apesar de o investimento público na Região ser determinante para o
sector da construção, a Somague – Ediçor conseguiu desenvolver
uma parcela significativa da sua actividade no âmbito de contratos
privados, nomeadamente nas áreas da habitação e da construção
industrial.
Não obstante as dificuldades que afectam o mercado nacional, foi
possível desenvolver uma bem-sucedida actividade comercial, que
se concretizou na apresentação de 90 propostas, totalizando cerca
de 142 milhões de euros, e na adjudicação de 37 empreitadas, no
valor de cerca de 41 milhões de euros.
As novas contratações e as ampliações de contratos existentes, em
resultado da plurianualidade de obras já contratadas, correspondem,
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
em 1 de Janeiro de 2008, a uma carteira de cerca de 26 milhões de
euros. Nesta não estão incluídas obras levadas a concurso em 2007,
que no total representam cerca de 10 milhões de euros. Prevê-se,
nestes casos, que a Somague – Ediçor, por ter apresentado a proposta de valor mais baixo, venha a ver as obras adjudicadas, no início de
2008.
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
47.772.629
1.931.063
1.390.353
1.009.569
2.174.757
45.439.814
11.135.548
100%
2006
64.101.618
2.969.205
1.614.240
1.136.677
2.154.681
54.794.086
12.223.347
100%
2007
72.298.069
5.643.802
4.185.497
3.044.999
4.106.974
47.969.108
15.263.571
100%
4.4.2 – SOMAGUE ENGENHARIA MADEIRA, S.A.
A actividade da Somague Engenharia Madeira engloba todo o tipo de
empreitadas. O volume de negócios na área das obras públicas tem
sido habitualmente superior ao da construção civil, tendência que se
manteve durante o ano de 2007.
Em 2007, as obras públicas representaram 73,4% da actividade
global:
-
obras marítimas – 22%
obras hidráulicas – 18%
obras ambientais – 25%
obras rodoviárias – 35%
As obras de construção civil representaram 26,6% da actividade global.
23
24
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Em 31 de Dezembro de 2007, a carteira cifrava-se em 97,7 milhões
de euros.
No final do ano, o valor global das obras em curso, com a participação directa da Somague Engenharia Madeira era de 128,8 milhões
de euros.
O objectivo em volume de negócios, para o ano de 2008, é de aproximadamente 30 milhões de euros.
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
59.342.361
3.029.424
2.660.203
1.879.804
1.957.300
55.286.033
26.631.882
100%
2006
44.985.923
1.073.549
970.674
620.839
660.918
51.821.484
27.202.421
100%
2007
26.996.550
140.855
132.069
57.476
287.626
51.337.724
27.039.841
100%
4.4.3 – NEOPUL – SOCIEDADE DE ESTUDOS E
CONSTRUÇÕES, S.A.
Também o sector ferroviário não acompanhou a ligeira retoma da
economia portuguesa. De facto, o investimento em infra-estruturas
ferroviárias foi, em 2008, um dos mais baixos dos últimos vinte anos.
Apesar da actual situação negativa, que se manterá no próximo ano,
o sector ferroviário é um dos mais promissores, devido às perspectivas de crescimento a curto / médio prazo. As grandes opções
estratégicas do governo português, que alinha pela maioria dos
países europeus, têm no transporte ferroviário de passageiros e mercadorias um dos eixos fundamentais de desenvolvimento sustentado, o que deixa antever um conjunto significativo de investimentos
nesta área.
De acordo com a política de crescimento adoptada desde 2004, a Neopul
prosseguiu o processo de internacionalização antes iniciado, concentrando-se especialmente no mercado irlandês e no espanhol. Esta opção
permitiu acompanhar os grandes investimentos que se têm efectuado
nestes dois mercados, o que tornou possível a angariação de um
conjunto significativo de projectos. O centro da actividade da Neopul
passará, assim, já em 2008, para o sector internacional.
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
O volume de negócios, alcançado em 2007, não se afasta do dos
anos transactos, mas a origem alterou-se significativamente. Como já
foi referido, os mercados internacionais ganharam importância, tanto
em volume de negócios quanto em valores angariados, e representaram, no ano, mais de 48% da actividade global.
A internacionalização tem sido conseguida exclusivamente através do
sector ferroviário, o que relativizou ainda mais o peso dos projectos
ambientais, de distribuição e abastecimento de água e de saneamento
básico. Estas áreas representam agora 17,6% do volume de negócios da Neopul.
A Neopul angariou mais de 52 milhões de euros de novos projectos
em 2007. Como acontece com a maior parte dos indicadores, a
angariação reflecte, igualmente, a importância do sector internacional, no actual momento da empresa. Na verdade, 74% do total da
angariação foi feita no estrangeiro: na Irlanda, 23,8 milhões de euros;
em Espanha, 14,6 milhões de euros.
O decréscimo da actividade relacionada com o ambiente também se
reflectiu na angariação, já que apenas foram adjudicados 3,1 milhões
de euros de obras deste tipo. Pelo contrário, o sector ferroviário, em
todas as suas valências – construção e manutenção da infra-estrutura de via e catenária – representou 94% do volume total angariado.
Este valor garantiu à empresa uma confortável carteira, com mais de
75 milhões de euros de obras a executar, entre 2008 e 2009. Deste
total, a parcela internacional representa mais de 70%: 28,4 e 23,6 milhões de euros, em Espanha e na Irlanda, respectivamente.
A via da internacionalização ver-se-á acentuada em 2008, ano em
que será aumentada a actividade comercial nos mercados onde a
empresa já está presente – Irlanda e Espanha – e também no mercado do Reino Unido, especialmente na Escócia, onde se farão as
primeiras abordagens.
O novo troço do metro do Porto, o lançamento do projecto da linha
de alta velocidade entre Lisboa e Madrid e a consequente nova travessia ferroviária do Tejo agitarão inevitavelmente o mercado português, no próximo ano. Apesar da importância para a economia
nacional e para todas as empresas deste sector de actividade, 2008
será um ano essencialmente de apresentação de estudos e de lançamento de concursos. É possível, no entanto, que a adjudicação parcial de algumas destas obras ocorra na parte final do segundo
semestre do ano, e se abram assim novas perspectivas sobre o mercado, para 2009 e anos seguintes. Adivinha-se, pois, que em 2008 se
venha a verificar um grande investimento comercial pela maior parte
dos agentes económicos, mas prevê-se também que o correspondente impacto na actividade seja reduzido.
25
26
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Os principais indicadores consolidados da empresa são os que se
seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
36.020.477
3.541.625
1.030.503
910.374
2.545.180
54.909.685
10.922.197
100%
2006
33.062.185
3.058.276
1.372.364
832.312
2.544.114
49.400.113
11.684.513
100%
2007
35.050.659
4.114.343
1.252.267
752.351
2.568.061
55.024.735
12.436.863
100%
Os principais indicadores da Neopul em Espanha, agregando a sua
sucursal e UTE`s, poderão ser visualizados abaixo, muito embora a
informação esteja consolidada no quadro de indicadores anterior.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
2006
1.368.864
258.514
198.040
128.726
183.451
1.238.800
128.726
100%
2007
11.966.043
1.799.538
1.177.402
759.992
1.242.854
18.200.630
759.992
100%
No mercado de intervenção mais recente – a Irlanda – os indicadores, igualmente consolidados acima, são os seguintes:
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
2006
2007
4.954.494
893.517
894.993
783.119
783.119
100%
783.119
100%
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
4.4.4 – ENGIGÁS – TECNOLOGIA MULTI-SERVIÇOS
DE ENGENHARIA, S.A.
Portugal continua a ter grandes carências de saneamento básico, de
tratamento e distribuição de água para consumo doméstico, agrícola e industrial. A construção de novas infra-estruturas, a renovação,
melhoria e manutenção das já existentes conferem a este mercado
uma dimensão elevada, dentro do contexto nacional. Esta realidade
torna o sector atractivo e, portanto, é nele que a maior parte das
empresas acreditadas neste tipo de negócio concentra esforços.
A Engigás, pelas valências e currículo que tem, apresenta-se especialmente preparada para assumir neste sector um lugar de
destaque, até por ser uma das poucas empresas nacionais a apresentar competências em todas as vertentes deste mercado. Está, na
verdade, habilitada a encarregar-se de projectos que vão desde a
construção da infra-estrutura de distribuição e adução de água, passando pela projecção e construção de ETAR e ETA, até à
manutenção de toda a infra-estrutura, incluindo a vertente electromecânica.
No ano agora findo, a empresa registou uma ligeira retracção do volume
de negócios, que se saldou em 21,6 milhões de euros. As infra-estruturas de gás continuam a ter um peso significativo, correspondendo
a 56% da actividade. A restante repartiu-se pelos projectos de construção de infra-estruturas de saneamento básico e distribuição de
água (18%) e pela manutenção industrial e pelos projectos electromecânicos (em 26%).
A Engigás prosseguiu a política comercial cujo objectivo é diversificar
a actividade e os mercados de actuação, tendo-lhe sido adjudicado,
em 2007, o primeiro projecto na Irlanda. Em paralelo, a empresa continuou a apostar na permanência nos nichos de mercado que, nos
últimos anos, têm sustentado a sua actividade produtiva.
Durante o ano de 2007, foram angariados projectos no valor aproximado de 20 milhões de euros, dos quais 36% foram projectos de
infra-estruturas de gás, 11% foram projectos do sector ambiental e
52% foram projectos de manutenção industrial e projectos electromecânicos.
No final de 2007, os projectos em carteira ascendiam a mais de
13 milhões de euros, decorrentes de diversos contratos de
prestação de serviços.
27
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RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Tendo em conta a tendência para o baixo investimento dentro do seu
mercado tradicional, a Engigás vai manter e intensificar, nos próximos
anos, a aposta na diversificação e internacionalização da actividade
que desenvolve, de forma a poder atingir um volume de negócios
correspondente à capacidade que tem instalada.
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
25.957.972
771.081
142.091
48.575
448.950
20.563.102
3.733.201
96,41%
2006
22.037.947
399.686
-307.861
-252.397
520.650
18.253.176
3.480.803
96,41%
2007
21.593.006
448.422
-280.267
-359.694
-15.038
19.258.270
3.843.970
100,00%
4.4.5 – TEGAEL – TELECOMUNICAÇÕES, GÁS E
ELECTRICIDADE, S.A.
Apesar do ambiente económico desfavorável, os sectores que são o
mercado-alvo da Tegael mantiveram os planos de investimento anunciados, o que permitiu manter alto o volume das actividades nucleares
da empresa: telecomunicações e energias. Estas são essenciais
para a manutenção do bom desempenho da Tegael, cujo plano previsional para 2007 se mostrou à altura da difícil conjuntura económica
nacional e internacional.
No mercado nacional, o processo do concurso para um contrato-programa de fornecimento e manutenção de infra-estruturas, lançado
pela TMN, concluiu-se em Julho último. Soube-se então que a
prestação de serviços da Tegael voltou a ser uma das preferidas. Nos
próximos dois anos, estará portanto garantida a participação da
empresa na prestação de serviços de fornecimento e de
manutenção, no continente e nas ilhas, o que garante uma cota do
mercado disponível equivalente a 40%.
Relativamente ao mercado da energia, importa salientar a participação da Tegael no cluster industrial de apoio ao projecto de instalação de 1200 MW de energia eólica e ainda a participação no contrato de empreitada contínua, iniciado em Setembro último, no
âmbito do qual cabe à Tegael assegurar a manutenção da rede de
MT e BT, na área de rede do Vale do Tejo.
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Ainda ao longo de 2007, foi concluída a construção de linhas de AT
para grandes projectos eólicos. Estes projectos, adjudicados no último trimestre de 2006, foram totalmente concretizados em 2007, o
que obrigou a Tegael a adaptar-se a novos desafios relacionados
com a gestão e a concretização de projectos de grande dimensão e
complexidade.
No mercado externo, salienta-se a continuidade da presença da
Tegael na Irlanda, através da sua participada Gaeltec Utilities Ltd.
Foi concluído o projecto-piloto de BT (LVR) e assegurada a presença
no contrato-programa de BT (LVR). Este contrato, conquistado no
âmbito de um concurso internacional lançado pela distribuidora
nacional ESBN (Electrical Supply Board Networks), teve início em
Maio e prolongar-se-á por quatro anos.
A elevada competência demonstrada na execução do actual contrato
da alta tensão foi essencial para o convite de renovação deste contrato
por mais dois anos. O concurso e a avaliação das propostas estão
concluídos, esperando a Gaeltec Utilities vir a ser, como tudo indica,
uns dos contraentes deste novo contrato-programa.
Ainda no plano internacional, ensaiaram-se algumas acções comerciais junto das utilities, na Escócia, tendo sido apresentadas à
Scottish & Southern Power propostas de contratos-programa para
renovação das redes de distribuição e transmissão.
Ainda no âmbito da estratégia de abordagem de novos mercados,
foram iniciados contactos na Líbia e em Angola, e aguarda-se que
estas iniciativas conduzam a novas oportunidades reais de negócio.
O resultado das acções e dos acontecimentos acima referidos foi,
em 2007, um volume de negócios simples superior, em aproximadamente 4%, ao de 2006, e superior, em 10%, ao volume de negócios
consolidado de 2006.
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
38.736.848
2.872.833
2.350.854
1.830.797
2.295.739
29.865.208
7.366.443
51%
2006
37.033.614
3.082.380
2.418.079
1.878.888
2.402.999
34.278.422
8.689.832
51%
2007
40.723.816
1.067.789
770.519
605.941
1.661.520
39.521.907
8.441.459
51%
29
30
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
4.4.6 – SOMAGUE PMG – PROMOÇÃO E MONTAGEM
DE NEGÓCIOS, S.A.
Durante o ano de 2007, a manutenção dos constrangimentos financeiros das autarquias impuseram à PMG a permanência de opções
estratégicas anteriormente feitas. Os acontecimentos que se seguem
decorrem de uma destas opções – a resolução de questões contratuais pendentes com diversas autarquias, e de questões relacionadas com o património próprio da PMG.
• Foram escriturados 148 fogos do empreendimento de habitação
social do Tortosendo. Desta operação, resultou ainda a aquisição
de um prédio designado Leões da Floresta, destinado a venda
livre, cuja construção se iniciou em 2006 e foi concluída em finais
de 2007. A realização das escrituras está prevista para o primeiro
semestre de 2008.
• Foi concluída a construção do empreendimento de habitação
social na Quinta das Mós, que inclui 210 fogos, 412 lugares de
estacionamento e 13 lojas. As escrituras com a Câmara de Loures
estão previstas para o primeiro semestre de 2008. Relativamente
às lojas e garagens, as vendas já começaram, prevendo-se que
até 2010 estejam concluídas.
• A venda de fracções destinadas a habitação social e lojas, feitas
em 2007, nos empreendimentos do Tortosendo, de Figueira
Castelo Rodrigo, da Quinta do Mocho e de Rosário da Lagoa
destacou-se pela prestação registada.
• Os planos de pormenor para os terrenos de Polima (Câmara
Municipal de Cascais) e Malhapão (Câmara Municipal de Loures)
encontram-se em fase de aprovação.
• Foi vendido o terreno da Quinta da Serra de Baixo, em Loures,
assim como o terreno localizado em Mirandela.
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Outra opção estratégica – inventariação das necessidades concelhias
existentes, quer no que respeite a habitação nova, quer quanto a
património a recuperar – impôs a inventariação das necessidades de um
conjunto de autarquias que consubstanciam um mercado emergente. As
parcerias estabelecidas neste âmbito poderão constituir, num futuro próximo, uma importante fonte de actividade para as empresas do Grupo.
A emergência de um tal mercado conduzirá à necessidade de actuar
de acordo com uma terceira opção estratégica – aprofundamento do
relacionamento com instituições financeiras ligadas à habitação e
com cooperativas de habitação económica –, o que é essencial para
a concretização dos projectos a que atrás se aludiu.
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
5.938.323
504.768
105.766
34.255
154.790
33.531.944
13.844.767
100%
2006
4.947.751
774.769
2.294.742
2.325.516
2.590.943
48.262.491
16.171.827
100%
2007
17.484.319
2.434.252
2.396.808
1.731.710
1.984.485
38.829.963
16.930.101
100%
4.4.7 – SOMAGUE TI – TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO, S.A.
A actividade da Somague TI, em 2007, centrou-se essencialmente na
prestação de serviços para o Grupo.
O principal projecto foi a implementação de uma nova plataforma
para gestão de recursos humanos na Somague. Esta permitirá uniformizar, optimizar e implementar:
- a manutenção dos cadastros e o processamento de salários
em SAP – RH;
- o controlo da gestão de frota, comunicações móveis, formação,
avaliação e simulações salariais;
- o desenvolvimento e implementação do portal do colaborador,
integrado no portal corporativo da Somague.
Este projecto abrange todas as empresas do grupo SyV geridas
a partir de Portugal, cujo capital a Somague detenha na maioria
e / ou cuja gestão assegure, independentemente da localização.
31
32
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
O carácter estruturante deste projecto levou a alterações significativas noutros sistemas.
Outro projecto que ocupou significativamente os recursos da empresa e que teve um impacte importante nos processos da Somague foi
o da automatização do processo de facturação. Com este objectivo,
foram introduzidas alterações aos sistemas correspondentes (SAP,
Bsmart e Snet – portal corporativo), tendo-se conseguido automatizar
toda a facturação intragrupo, bem como a emissão de débitos internos, nas empresas de origem e de destino.
Na ferramenta de business intelligence e reporting (Sophia) foram
tratados mais alguns processos, nomeadamente o processo de
recursos humanos e o comercial. Para este último caso, foi desenvolvida uma ferramenta de gestão do ciclo de vida do processo, de
forma a permitir o controlo pormenorizado de cada proposta e a consolidação da informação comercial de todas as participadas e sucursais da Somague Engenharia.
Na área da gestão documental, consolidaram-se os processos
suportados pelo Bsmart, especialmente o processo de conferência
de facturas de fornecedores e de facturas emitidas.
Durante 2007, destacou-se também o início do processo de incorporação da Smartit na Somague TI, tendo esta ficado com a responsabilidade de continuar a desenvolver e a implementar o Bsmart. A
responsabilidade da gestão do arquivo físico (CDA) passou para os
serviços gerais da Somague Engenharia.
Na área de infra-estruturas, foram efectuadas melhorias nas ferramentas de administração do Datacenter (servidores e comunicações), nomeadamente no Microsoft SMS e MOM.
O trabalho de substituição de servidores físicos por servidores virtuais continuou com os mesmos objectivos de racionalização de recursos (hardware, software e pessoas) e de redução de custos.
A Vortal, uma participada da Somague TI, consolidou as suas operações no mercado, abrindo perspectivas sobre novas oportunidades de desenvolvimento, a curto e médio prazo.
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
2005
2006
4.051.614
1.567.522
739.744
533.493
949.484
7.081.421
4.287.734
100%
3.714.274
921.311
407.407
289.807
741.380
6.496.653
4.546.906
100%
2007
3.720.734
1.002.161
89.037
-7.844
577.097
5.962.124
4.539.061
100%
4.4.8 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A.
– SUCURSAL DO BRASIL
Em 2007, consolidou-se a estrutura organizacional do Grupo no
Brasil, liderada pela Somague Engenharia Brasil, numa estrutura
única e verticalizada, capaz de actuar em conjunto, ou de forma complementar, nas diversas áreas de negócio que o Grupo tem no mercado brasileiro. Paralelamente, procedeu-se à criação de uma estrutura
de fiscalização e gestão de obras, mediante recurso às qualificações e
competências da Somague Engenharia Brasil, a fim de fazer o acompanhamento dos diversos negócios do Grupo naquele país.
Refira-se o elevado sucesso no Sistema de Integração do Estado do
Ceará, designadamente, graças ao contrato de construção do lote 2 do
canal adutor Castanhão-Fortaleza. Esta obra, que havia sido temporariamente suspensa, no final de 2006, devido à transição ocorrida no
governo do Estado, foi retomada nos primeiros meses de 2007. Desde
então, registou um elevado incremento de actividade, prevendo-se que
a obra seja concluída no final do primeiro trimestre de 2008.
A estrutura organizacional manteve-se atenta a novas oportunidades
ligadas, concretamente, aos programas de concessões rodoviárias
estaduais e federais, às concessões de infra-estruturas de águas e
saneamento municipais e estatais, aos projectos nas áreas de PPP
(Parcerias Público-privadas), e a certas oportunidades na área da
construção tradicional, designadamente, os projectos do Sistema de
Integração do Estado do Ceará.
33
34
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Entretanto, as expectativas geradas pelos programas anteriormente
referidos não se chegaram a confirmar, devido aos diversos adiamentos do lançamento e também, devido à pouca atractividade de
alguns dos programas lançados.
Mantêm-se, para os anos vindouros, fundamentadas expectativas
relativamente a alguns dos programas e projectos mencionados,
reforçadas agora pela nomeação do Brasil como país-sede do
Campeonato do Mundo de Futebol de 2014.
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
1.992.406
-1.557.675
294.554
294.554
381.453
8.202.117
4.479.116
100%
2006
20.378.504
1.291.833
2.138.177
1.442.965
1.512.585
12.168.006
5.182.359
100%
2007
9.031.201
311.173
829.975
453.219
521.886
8.727.563
5.612.509
100%
4.4.9 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A.
– SUCURSAL DE ESPANHA
Apesar dos acentuados sinais de retracção que o sector da construção começou a dar em Espanha, a sucursal da Somague
Engenharia naquele país conseguiu aumentar, em 2007, a actividade
desenvolvida. De facto, esta sucursal iniciou um novo conjunto de
edifícios de habitação para a Vallehermoso, em Vigo, Oviedo e León,
bem como uma obra marítima em Puerto Marin (Pontevedra).
Das obras em curso desde os anos anteriores, algumas foram concluídas, como os edifícios de habitação em Bilbau (Abandoibarra,
Getxo e Gordoniz), Múrcia, Corunha (Centro Comercial Dolce Vita) e
Valência (obra marítima Muelle del Este).
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Importa registar ainda a paragem que a obra do Auditório de Vigo
sofreu e a consequente paragem de actividade em 2007.
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem incluindo
as UTE´s (Uniones temporal de empresas).
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
6.796.701
515.718
285.315
185.455
197.530
7.070.766
259.545
100%
2006
24.337.023
1.488.661
1.449.266
942.023
957.699
18.006.183
1.201.569
100%
2007
61.781.742
2.255.879
2.811.597
1.752.435
1.772.025
35.853.587
2.954.004
100%
4.4.10 – CVC – CONSTRUÇÕES DE CABO VERDE,
S.A.R.L.
No ano de 2007, tal como no anterior, o investimento privado foi
superior ao investimento público. De facto, Cabo Verde tem conseguido atrair muitos investidores externos para a área imobiliária /
turística, anunciando grandes projectos em várias ilhas, principalmente a Ilha do Sal, Boavista e Santiago.
Este boom imobiliário tem atraído outras empresas de construção
civil estrangeiras, cuja agressividade no que respeita ao preço tem
baixado as expectativas do mercado da construção civil em Cabo
Verde.
Por outro lado, o mercado dos pré-fabricados de betão, betão pronto e
inertes adquiriu maior volume, atraindo consequentemente investidores.
Para os próximos anos, perspectivam-se importantes investimentos
na área do turismo, devendo alguns concretizar-se a curto prazo,
nomeadamente nas ilhas do Sal, Boavista e São Vicente.
No ano de 2007, continuou-se a apostar no “emagrecimento” da
empresa, com vista a torná-la mais flexível e adaptada às características flutuantes do mercado em que actua.
O esforço para manter os encargos de estrutura dentro dos limites
impostos pela dimensão e a actividade da empresa continuou, à
semelhança dos anos anteriores. A reorganização e a contenção de
despesas contribuíram para este facto e deverão continuar no futuro.
35
36
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
A actividade da empresa foi ligeiramente superior à do ano anterior
e ultrapassou as previsões para o ano de 2007, já que atingiu os
21 milhões de euros, a que corresponde um resultado positivo de
280 875 euros.
Saliente-se que o volume de negócios da empresa dá também
resposta à necessidade de rendibilização das estruturas industriais
existentes, nomeadamente as instalações de britagem e centrais de
betão. Com o mesmo objectivo, a empresa firmou contratos de
fornecimento com outros intervenientes no mercado da construção
civil.
Quanto aos resultados financeiros, estes foram melhores do que nos
anos anteriores devido à diminuição do passivo remunerado. Não
houve necessidade de recurso à banca para financiar a actividade do
ano, graças a uma cuidada gestão da tesouraria e à ajuda financeira
que o principal accionista nos oferece.
A CVC partiu para o ano de 2007 com uma carteira de obras que lhe
garantia actividade para a maior parte do ano. O esforço comercial
empreendido permitiu-lhe angariar outras obras no valor de mais de
1 100 000 000 CVE (10 M ), melhorando as margens e assegurando
actividade para 2008 e 2009. Este facto, aliado ao esforço de afirmação da empresa junto das entidades públicas e privadas, abre-lhe
boas perspectivas para o futuro, apesar do contexto macroeconómico adverso.
As principais obras angariadas em 2007 foram:
- duas variantes, a Ribeirão Chiqueiro e a São Domingos
- ETAR de Santa Maria, na ilha do Sal.
Este esforço, que obrigou a um investimento considerável, resultou
num melhor desempenho financeiro da empresa em relação aos
anos anteriores.
Os indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
23.899.900
1.706.315
43.997
42.325
1.370.343
18.914.687
1.664.882
90.00%
2006
19.834.806
1.079.962
43.581
43.180
1.213.370
11.079.134
1.708.056
90.30%
2007
21.084.331
1.115.880
280.875
280.875
1.094.676
9.485.002
1.988.917
90.30%
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
4.4.11 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A.
– SUCURSAL DE ANGOLA / HABITAR
– SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES, LDA.
O sector da construção tem crescido moderadamente neste País (3,1%,
em 2005; 4,4%, em 2006; e 5,8%, em 2007). Para 2008, o governo
angolano considera fundamentais os sectores da construção e da
energia eléctrica para a reconstrução e ampliação de infra-estruturas,
cujo efeito no relançamento da produção interna e na luta contra a
pobreza é directo.
No ano de 2007, assistiu-se a um crescimento do volume de negócios da empresa acima dos 40%. O resultado líquido foi de 2 479 456
euros, o que corresponde a quase três vezes mais do que o resultado obtido em 2006. Este resultado só não foi mais expressivo devido
à desvalorização, em cerca de 12%, do Dólar americano relativamente ao Euro.
Esta desvalorização tornou as compras com dólares, em mercados
como a China, o Brasil e a África do Sul, mais atractivas. A maior parte
das compras da sucursal de Angola tem sido efectuada nestes mercados, em detrimento dos mercados europeus, o que permite evitar a
exposição cambial. Outro dos objectivos desta estratégia é reduzir a
dependência para com a casa-mãe, no que respeita a compras, e permitir assim uma redução progressiva do endividamento junto desta.
A dívida pública do estado angolano ficou estabelecida em cerca de
9,6 milhões de dólares americanos e a primeira tranche desta dívida
foi paga, no final de 2007. Espera-se a amortização integral da
restante dívida, durante o ano de 2008. O pagamento permitirá
reduzir a dívida para com a Somague Engenharia, S. A.
O orçamento para 2008 contempla um crescimento de 24% do volume
de negócios, o que fez sentir a necessidade de alterações funcionais,
no sentido de dotar o Grupo de capacidade para fazer face não só a
estes objectivos, mas também para iniciar uma estratégia de diversificação adequada às oportunidades do mercado. Em 2008, será
dada continuidade à estratégia de consolidação da marca Somague
no mercado angolano.
37
38
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
Os principais indicadores da empresa são os que se seguem.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
54.662.245
2.105.137
-857.669
-857.670
337.359
82.097.228
10.650.743
100%
2006
64.621.144
2.877.717
1.402.488
629.993
2.799.485
83.278.323
10.099.680
100%
2007
91.153.917
9.389.869
4.211.273
2.479.456
4.322.613
90.141.405
10.103.062
100%
4.4.12 – SOMAGUE ENGENHARIA, S.A.
– SUCURSAL DA IRLANDA
Os principais projectos da Somague Engenharia Irlanda fazem parte
do programa Transport 21, ou seja, o plano de desenvolvimento elaborado pelo governo irlandês para o sector dos transportes, no período entre 2006 e 2015.
A adjudicação de uma obra de 40 milhões de euros – o Portlaoise
Depot –, em Setembro de 2006, foi um claro indicador das possibilidades de sucesso da Somague neste mercado, sobretudo considerando a exigência e a elevada relevância do projecto, no plano
nacional de renovação ferroviária da Irlanda.
Em Maio de 2007, foram adjudicadas à Somague a concepção e
construção da linha B1 do metro ligeiro de Dublin – Luas. A obra, no
valor de 75 000 000 euros foi ganha pelo consórcio formado pela
Somague (75%), a Bowen (20%) e a Sacyr (5%). O projecto estende-se
por 7,5 km da linha verde existente (9 km), entre Sandyford e
Cherrywood, a sul da cidade. À Somague cabe o desenvolvimento do
projecto para a linha, em todas as suas componentes, incluindo plataforma, via, catenária, subestação e sistemas de sinalização e controlo. Os
trabalhos decorrerão ao longo de 32 meses, prevendo-se que fiquem
concluídos em Fevereiro de 2010.
A adjudicação da concepção e construção da auto-estrada N7 – entre as
localidades de Castletown e Nenagh, no valor de 142 000 000 euros – é
o mais recente exemplo da actividade da Somague na Irlanda. O
contrato abrange a concepção, a construção e os acabamentos da
N7 e incluirá ainda pontes e passagens pedonais, cruzamentos,
modificações em traçados de estradas preexistentes, ajustamentos
nos cursos de água, trabalhos de movimentação de terras, construção de cercas e sistemas de barreiras de segurança e de
drenagem, obras de sinalização e iluminação, obras paisagísticas,
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
ambientais e de compensação e, ainda, várias obras de acessos a
propriedades e a terras, bem como de abastecimento de água.
O ano de 2007 ficou também marcado pela intervenção da empresa na
demolição do Lansdowne Road Stadium, que se considerava o mais antigo estádio de rugby do mundo. O projecto, no valor de 8 000 000 euros,
contemplou a demolição do estádio e a construção do novo corredor
ferroviário com elementos pré-fabricados.
A Somague participa igualmente, com 17%, da empresa/ACE
responsável pela construção da M50, auto-estrada de circunvalação
de Dublin, cujo contrato de concessão foi assinado por um período
de 35 anos.
Como se pode deduzir do acima exposto, o volume de negócios
aumentou de forma significativa em 2007. Para 2008, prevê-se que as
angariações atinjam os 15 milhões de euros. Quanto a propostas a
apresentar a concursos estima-se que o montante ascenda ao valor
de 100 milhões de euros, incluindo estradas, um pequeno estádio,
estações de comboio, edifícios e outras infra-estruturas.
No quadro seguinte, apresentam-se os principais indicadores da
empresa, que naturalmente reflectem a actual situação de início de
actividade e investimento da Somague Irlanda, os quais englobam as
joint ventures.
Unid: Euros
2005
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Activo líquido
Capital próprio
Participação
2006
885.468
-691.505
-691.973
-691.973
-691.763
2.839.123
-691.973
100%
2007
18.426.301
-966.108
482.241
-482.241
-482.031
10.782.122
-1.174.214
100%
39
40
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
4.5 – EVOLUÇÃO
ECONÓMICO-FINANCEIRA
Apesar do parco crescimento da economia portuguesa e da crise
acentuada que o sector da construção tem vindo a atravessar nos
últimos anos, o desempenho da Somague Engenharia melhorou
significativamente relativamente a 2006, como se pode observar pela
evolução do volume de negócios, do EBITA, dos resultados antes de
impostos e dos resultados líquidos.
Não obstante a Somague ter, pelo terceiro ano consecutivo, liderado
as adjudicações no mercado nacional, obtendo 33 adjudicações em
296 propostas, num total de 334.3 milhões de euros (em 2006: 23
adjudicações, em 238 propostas, num total de 147,8 milhões de
euros), é importante ter em conta que houve um significativo aumento
116% relativamente às adjudicações de 2006 e que estas já tinham
crescido 16% relativamente às adjudicações de 2005 (126.6 milhões
de euros).
O ano ficou ainda marcado pela continuidade no tocante à reorganização da actividade internacional da construtora, que, por orientação
do accionista, está actualmente direccionada em grande medida
para o mercado europeu, nomeadamente para os mercados espanhol,
irlandês e búlgaro, onde já actua. Manteve-se a presença nos mercados africanos de Cabo Verde e Angola, que apesar da sua especificidade têm um forte potencial de crescimento. A empresa intervém
neles de forma estruturada e prudente.
A Somague orgulha-se de ter uma área de engenharia estável e
flexível, facilmente adaptável a qualquer tipo de conjuntura, que,
apoiando-se numa gestão rejuvenescida e em modernos sistemas
de informação, revela uma grande capacidade de mobilização para
grandes projectos internacionais e assume padrões de qualidade e
segurança reconhecidos pelo mercado.
No futuro, e em consequência da integração na Sacyr Vallehermoso,
grupo de grande dimensão, ao nível ibérico e europeu, a Somague
incrementará a rendibilização das capacidades existentes.
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Envolver-se-á progressivamente também em projectos articulados
com as áreas de concessões, serviços e imobiliária do Grupo, com
vista à venda de soluções integradas aos seus clientes.
A evolução dos principais indicadores económico-financeiros das contas consolidadas da Somague Engenharia resumem-se de seguida.
Indicadores
Unid: Euros
2005
2006
2007
Variação
2007/2008
Actividade
Volume de negócios 746.119.560
661.651.956
726.111.936
9,74%
Rendibilidade
EBITDA
28.650.973
RAI
10.120.877
Resultados líquidos
7.566.472
Res. finan. / Vol. negócios -0,739%
Cash flow
25.466.153
34.654.811
10.419.803
6.924.595
-0,38%
28.650.973
42.207.741
11.227.776
7.700.756
-1,84%
27.316.653
21,79%
7,75%
11,21%
385,20%
-4.66%
Estrutura financeira
Activo líquido
729.386.755
Capitais próprios
88.011.253
Autonomia financeira
12%
745.335.360
106.473.286
14%
769.912.814
112.158.131
14%
3,30%
5,34%
-0,44%
Linhó, 28 de Fevereiro de 2008
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
José Luís Carneiro Machado do Vale – Presidente
Miguel Heras Dolader – Vice-presidente
Francisco Javier Gayo Pozo – Vice-presidente
Luís Manuel Silva Duarte Patrício – Vogal
José Manuel Loureda Lopes – Vogal
Rui Ferreira Vieira de Sá – Vogal
Jose Augusto Ferreira Teixeira – Vogal
João Manuel Nunes Salvador – Vogal
Diogo Alves Dinis Vaz Guedes – Vogal
Ricardo Martín Lucas – Vogal
41
RESPONSABILIDADE
SOCIAL CORPORATIVA
• Responsabilidade Social Corporativa
• Relatório de Qualidade, Segurança e Ambiente
• Organização e Sistemas
• Recursos Humanos
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007
43
44
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
5.1 –
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
CORPORATIVA
Na Somague, os sistemas de gestão implementados são um veículo
para concretizar a sustentabilidade na gestão do negócio. Garantir
um negócio inovador com qualidade em segurança e respeito pelo
ambiente é a norma da gestão operacional do dia-a-dia.
A sustentabilidade da actividade empresarial é, para a Somague,
assegurada pela efectiva concretização dos compromissos de
gestão pelos quais se rege, bem como outros que considera fundamentais para garantir o equilíbrio entre a rentabilidade do negócio, o
bem estar social e a preservação ambiental.
Neste enquadramento, foram sistematizados os objectivos de actuação e, em 2007, foi definida uma política de sustentabilidade que
assenta nos seguintes eixos:
• Provocar a mudança (no sector da construção) ao inovar o produto
em todo o seu ciclo de vida
• Fomentar uma sociedade com garante económico, equidade e
transparência para as gerações actuais e vindouras
• Construir um futuro inovador, de qualidade, em segurança e
respeito pelo ambiente
• Impulsionar a competitividade e a rentabilidade da organização, de
forma sustentada, utilizando os recursos humanos, tecnológicos e
naturais adequados
• Accionar um processo constante de envolvimento com os
Stakeholders de modo a que as suas principais necessidades e
expectativas sejam incorporadas na cadeia de valor da Empresa
• Avaliar os riscos da Empresa, transformando as ameaças em oportunidades
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007
• Reinventar cada atitude individual, considerando os valores éticos
como um compromisso fundamental para o bem-estar da
sociedade e para o respeito pelo indivíduo
• Promover o sentido de responsabilidade de todas as partes interessadas em prol da valorização do património natural
• Arquitectar o negócio tendo sempre presente o respeito pelos requisitos legais, contratuais e pelos princípios assumidos pela Empresa
• Perceber a melhoria contínua e a destruição criativa como processos
chave na evolução do desempenho da Empresa
Para a definição da política de sustentabilidade efectuou-se em 2007
uma auscultação às partes interessadas, acerca da sua percepção e
avaliação de expectativas quanto à actividade, valores e objectivos
da Somague. Esta auscultação realizou-se através de questionários
e/ou entrevistas presenciais às seguintes partes interessadas: colaboradores, clientes, parceiros estratégicos, empresas participadas,
fornecedores e comunidade.
Além desta consulta às partes interessadas, realizada em 2007 e que
se pretende que seja repetida em 2009, a Somague dispõe de diversas
ferramentas de comunicação externas como o presente Relatório e
Contas, o Relatório de Sustentabilidade, a revista Soma e Segue, o
site da empresa (www.somague.pt), o livro curricular e brochuras
institucionais, entre outras, onde se reporta o desempe-nho nas
diversas áreas da empresa.
Relativamente à comunicação interna, a Somague promove uma cultura de comunicação em rede, privilegiando o espírito de trabalho em
equipa e a óptica do cliente interno. Além das tradicionais ferramentas de comunicação escrita e da revista Soma e Segue, é possível
encontrar outros instrumentos de comunicação na intranet da
Somague, Snet.
Na Snet destacamos a criação do Portal do Colaborador que reúne
informação sobre o Colaborador, na sua relação com a empresa.
Com a criação e implementação deste espaço, procurou-se uma sistematização da divulgação de informação interna e, por outro lado,
uma facilitação do contacto com a Direcção Geral de Recursos
Humanos, procurando aproximar o Colaborador à Organização,
numa realidade de actividade do Grupo cada vez mais dispersa.
Também em 2007 foi implementada a Linha de Apoio ao Colaborador
(LAC), que funciona quer por telefone quer por e-mail, e que objectiva prestar apoio / respostas aos problemas / dúvidas e questões que
no âmbito da relação laboral se coloquem a qualquer colaborador.
45
46
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
Na relação com a Comunidade, a Somague está empenhada em
apoiar iniciativas de carácter social ao nível local e global. Além de
contribuir para causas para as quais não perspectiva nenhum retorno
a não ser a satisfação das comunidades, a contribuição da Somague
para o desenvolvimento social também se concretiza na execução de
projectos e iniciativas levadas a cabo em todas as suas linhas de
negócio.
É também objectivo da Somague, aliar a contribuição para o desenvolvimento social com os objectivos do negócio e as necessidades
das comunidades onde opera. Neste sentido, procura-se estabelecer
oportunidades de colaboração sustentáveis, perduráveis e
replicáveis no tempo.
Para alcançar este objectivo, a Somague actua nos seguintes eixos:
• Apoio a iniciativas e causas sociais, culturais e desportivas, seja
através de financiamento (patrocínios, donativos, pró-bono), seja
através de serviços prestados
• Promoção de infra-estruturas para as comunidades;
• Fomento de acções de desenvolvimento sócio-económico em
países em vias de desenvolvimento, mediante diversos projectos
A Somague, no âmbito da sua actuação para o Desenvolvimento
Sustentável, desenvolve relações com entidades que actuam em
diversas vertentes da sustentabilidade das quais destacamos o
Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD
Portugal), a Associação Empresarial para a Inovação (COTEC), a
Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico (ELO), a
Associação Industrial Portuguesa (AIP), a Fundação Portugal África, a
Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), a
Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas
(AECOPS), Câmara de Comércio e Indústria Portugal – Angola
(CCIPA) e a Câmara de Comércio e Industria e Turismo Portugal –
Cabo Verde.
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007
5.2 – RELATÓRIO DE
QUALIDADE,
SEGURANÇA E
AMBIENTE
O ano de 2007, no âmbito do Sistema Integrado de Gestão do
Ambiente, Qualidade e Segurança (SIGAQS), foi um ano de consolidação da sua implementação na Neopul e Engigás, tendo decorrido as
respectivas auditorias de concessão de certificação. Assim, o
SIGAQS encontra-se actualmente certificado nas suas três vertentes (Qualidade, Segurança e Ambiente), nas três empresas
(Somague Engenharia, Neopul e Engigás) e para todas as suas
áreas de negócio.
Na sequência da decisão do alargamento do SIGAQS da Somague
Engenharia às respectivas participadas, para além da Neopul e
Engigás, a Somague Engenharia Madeira obteve em 2007 a certificação do SIGAQS na sua vertente da Qualidade.
A Somague Engenharia, em conjunto com a Neopul e a Engigás,
aceitou em 2007 o desafio da COTEC (Associação Empresarial
para a Inovação) e integrou o grupo de empresas piloto com o
objectivo de definir e implementar um Sistema de Gestão de IDI
(Investigação, Desenvolvimento e Inovação) de acordo com a
norma NP 4457:2007, que veio a ser certificado pela APCER no mês
de Novembro. Destacam-se de seguida os projectos de IDI mais
relevantes desenvolvidos em 2007:
•
•
•
•
•
•
Desenvolvimento de uma Máquina de Manutenção de Catenária
InovaDomus – Projecto da Casa do Futuro
Aplicação de ASIC em Aterros
Revisão da Estratégia de Sustentabilidade
Reorganização e Arquivos – GID
Gestão Global e Integrada de Recursos Humanos
Informação mais detalhada relativamente à Qualidade, Segurança,
Ambiente e Inovação pode ser consultada no Relatório de
Sustentabilidade, publicado conjuntamente com o presente
Relatório.
47
48
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
No quadro seguinte, apresenta-se o actual ponto de situação no
que se refere à certificação dos sistemas de gestão da Somague
Engenharia e Participadas.
Unid: Euros
Somague Engenharia
S.G.QUALIDADE
S.G.SEGURANÇA
S.G.AMBIENTE
S.G.IDI
ISO 9001
OHSAS 18001/NP-4397
ISO 9001
NP4457
1999/CEP 978
2007/SST 113
2005/AMB 250
Somague Eng. Madeira
2007/CEP 2882
-
-
2007/IDI 0008/1
-
Neopul
2005/CEP 2586
2007/SST 125
2007/AMB 311
2007/IDI 0008/3
Engigás
1996/CEP 374
2003/SST 014
2007/AMB 310
2007/IDI 0008/2
Tegael
2000/CEP 1335
2002/SST 003
2002/AMB 73
-
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007
5.3 - ORGANIZAÇÃO
E SISTEMAS
Em 2007 o Conselho de Administração da Somague Engenharia foi
alterado, destacando-se a substituição verificada na Presidência do
Dr. Diogo Vaz Guedes pelo o Eng.º José Luís Machado do Vale.
Assim, no final de 2007, o Conselho de Administração da Somague
Engenharia ficou sendo constituído por 10 membros, dos quais 6
executivos e 4 não executivos.
Listam-se de seguidas as principais alterações organizacionais verificadas na Somague Engenharia e suas Participadas:
• Substituição do 1.º Vice-presidente da Somague Engenharia pelo
Eng.º Miguel Heras
• Substituição do Administrador Técnico-comercial da Somague
Engenharia pelo Eng.º Rui Vieira de Sá
• Redefinição dos pelouros da Produção na Administração da
Somague Engenharia, ficando divididos do seguinte modo:
• Península Ibérica: Eng.º João Nunes Salvador
• Internacional: Eng.º José Ferreira Teixeira
• Substituição do Director-geral da SE Madeira pelo Eng.º António
Mesquita
• Substituição do Director-geral da CVC pelo Eng.º José Domingos
• Criação da Sucursal Irlanda com o Eng.º Fernando Freitas como
Director-geral
A Administração da Somague e das respectivas participadas são
responsáveis pela definição do Plano Estratégia e de negócio das
empresas, avaliando os riscos inerentes à actividade e mercados
geográficos onde se insere e tendo em consideração a estratégia do
Grupo SyV. Da estratégia definida emanam orientações para os diferentes processos do Modelo de Funcionamento que serão concretizadas pelas áreas com intervenção nos respectivos processos.
49
50
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
O Modelo de Funcionamento da Somague reflecte-se no Sistema
Integrado de Gestão do Ambiente, Qualidade e Segurança
(SIGAQS), assim como, no Sistema de Gestão da IDI que se encontra implementado ou em fase de implementação pelas diversas participadas da Somague.
No que se refere aos sistemas de informação, a Somague durante o
ano de 2007 prestou especial atenção ao processo relativo aos
Recursos Humanos que se apresenta em maior detalhe no capítulo
seguinte.
Os desenvolvimentos executados em SAP durante o ano anterior permitiu também melhorar alguns dos processos contabilísticos e financeiros, criando uma maior e melhor integração do SAP com outras
duas peças bastante importantes na arquitectura da empresa, a Snet
e o Bsmart.
Durante este ano, automatizaram ainda os processos de tratamento
de facturas e da áreas comercial.
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007
5.4 - RECURSOS
HUMANOS
Em 31 de Dezembro de 2007, o número de colaboradores era o que
se segue:
Unid: Euros
Téc.
Téc
Superiores Médios
Téc.
Qualificados
Administrativos Diversos TOTAL
Somague Engenharia
229
52
690
153
90
1.214
Som. Eng. Madeira
17
3
74
20
22
136
Somague PMG
1
-
-
1
0
2
Somague Ediçor Eng.
24
-
1
37
376
438
Neopul
23
9
130
10
86
258
Engigás
25
10
137
10
22
204
Tegael
34
16
17
23
268
358
Somague TI
12
3
8
-
4
27
SmartIt
1
-
3
-
3
7
CVC
8
4
20
11
68
111
Somague Neopul, ACE
3
3
36
15
4
61
Somague Eng. Angola
20
1
67
46
968
1102
397
101
1.183
326
1.911
3.918
TOTAL
O número médio de colaboradores não apresentou variações significativas relativamente ao exercício passado, uma vez que a conjuntura de mercado permaneceu inalterada e que a actividade fora de
Portugal se desenvolve essencialmente com recursos locais.
O ano de 2007 ficou positivamente marcado pelo arranque do
Projecto ASAP HR 2007. Pretendeu-se com este projecto proceder a
uma integração dos sistemas informáticos de apoio aos recursos
humanos, capaz de permitir a gestão em todos os locais onde a
Somague opera, mas também a centralização do controlo e do
reporting.
Todo o cadastro dos colaboradores e o processamento de salários
foram transferidos para SAP HR, tendo sido abandonadas as diferentes aplicações utilizadas nas diferentes empresas e nos diferentes
países onde operamos.
51
52
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
Com a integração dos sistemas, tornou-se possível um alinhamento
cada vez maior e mais visível de procedimentos entre a Somague e
as suas sucursais e filiais, o que contribuirá para uma melhor identificação da política de gestão por todos os colaboradores do Grupo.
Para facilitar o contacto dos colaboradores com a direcção-geral de
recursos humanos, foi criada a LAC – Linha de Apoio ao Colaborador.
Este serviço (acessível através de linha telefónica e endereço de e-mail)
centraliza a exposição de dúvidas, os pedidos de alteração de dados
pessoais e outros pedidos de natureza diversa. Estes são posteriormente reencaminhados para o departamento mais apto a responder
da melhor maneira ao colaborador.
Também no sentido de aproximar cada vez mais os colaboradores à
empresa e à direcção-geral de recursos humanos, foi lançado o
Portal do Colaborador. Esta ferramenta permite concentrar numa
única localização da nossa intranet (Snet) toda a informação relevante e todas as aplicações úteis para o relacionamento entre o
colaborador e a direcção-geral de recursos humanos.
FORMAÇÃO
Foi dado seguimento ao ciclo, iniciado no último exercício, de desenvolvimento de competências estratégicas, com mais formação em
liderança e em relações interpessoais.
Com o intuito de rendibilizar os conhecimentos internos da empresa,
com know-how específico nas diversas áreas de negócio e diferentes
aplicações, habilitou-se um grupo significativo de colaboradores com
o CAP (Certificado de Aptidão Profissional) de formador. Deste modo,
o conhecimento interno poderá ser disseminado por outros colaboradores de uma forma mais sistematizada, organizada e programada, de modo a dar resposta às necessidades registadas.
Com o intuito de fomentar a inovação no Grupo, esta formação serviu
de projecto-piloto do sistema de b-learning (blended-learning – misto
de formação presencial e formação à distância) na Somague.
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA / RELATÓRIO E CONTAS 2007
53
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
• Balanços Consolidados
• Demonstrações Consolidadas dos Resultados
• Demonstrações Consolidadas das Alterações
no Capital Próprio
• Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de
Caixa
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
55
56
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
BALANÇOS CONSOLIDADOS
em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Capital passivo
Notas
2007
2006
ACTIVO
Activos não correntes
Activos fixos tangíveis
6
83.659.749
Activos intangíveis
7
10.320.379
9.034.806
Investimentos em associadas
8
2.138.022
4.464.896
Outros investimentos
9
13.841.808
11.295.682
Outros activos não correntes
10
-
10.648.683
Activos por impostos diferidos
5
6.448.009
6.474.405
116.407.967
128.752.466
Total de activos não correntes
86.833.994
Activos correntes
Existências
11
58.874.110
53.216.998
Clientes
12
412.021.898
411.661.110
Outros devedores
13
61.127.902
65.166.198
Caixa e equivalentes
14
75.812.002
60.787.426
Outros activos correntes
15
45.668.935
25.751.162
653.504.847
616.582.894
769.912.814
745.335.360
58.450.000
Total de activos correntes
TOTAL DO ACTIVO
CAPITAL PRÓPRIO e PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social
16
58.450.000
Prestação acessorias
16
34.945.905
34.945.905
Diferenças de consolidação
16
(16.663.954)
(15.028.739)
Resultados retidos
16
10.628.248
3.821.829
Outras reservas
16
12.726.318
12.608.142
Resultado líquido consolidado
16
Intereses Minoritários
Total Capital Próprio
7.700.756
6.924.595
107.787.273
101.721.732
4.370.858
4.751.554
112.158.131
106.473.286
PASSIVOS NÃO CORRENTES
Empréstimos
17
67.175.800
90.327.970
Provisões
18
25.808.455
32.352.518
Fornecedores
Outros passivos não correntes
19
Passivos por impostos diferidos
5
Total de passivos não correntes
12.705.877
12.573.510
16.355.393
21.274.580
422.853
564.807
122.468.378
157.093.385
174.273.041
PASSIVOS CORRENTES
Fornecedores
20
186.746.528
Empréstimos
21
148.355.224
91.883.764
Outros passivos correntes
22
200.184.553
215.611.884
535.286.305
481.768.689
657.754.683
638.862.074
769.912.814
745.335.360
Total de passivos correntes
TOTAL DO PASSIVO
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2007.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS
DOS RESULTADOS
para os exercício findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Notas
2007
2006
PROVEITOS OPERACIONAIS:
Vendas e prestações de serviços
23
726,111.936
Outros proveitos operacionais
24
28.687.194
19.303.113
754.799.130
680.955.069
Total de proveitos operacionais
661.651.956
CUSTOS OPERACIONAIS:
Custo das mercadorias vendidas
25
126.654.802
101.222.590
Variação produção
26
(3.696.162)
(7.421.772)
458.927.710
423.368.297
27
119.367.015
117.041.963
12.542.342
12.429.902
7.073.555
9.296.476
Fornecimento e serviços externos
Custos com o pessoal
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas de imparidade
Outros custos operacionais
11.338.024
12.089.180
Total de custos operacionais
28
732.207.286
668.026.636
RESULTADOS OPERACIONAIS
22.591.844
12.928.433
Custos e perdas financeiros
29
(25.523.518)
(25.378.724)
Proveitos e ganhoa financeiros
30
12.135.708
22.848.872
2.023.742
21.222
(11.364.068)
(2.508.630)
11.227.776
10.419.803
Resultados relativos a actividades de investimento
RESULTADOS FINANCEIROS
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
Impostos sobre o rendimento
5
(3.217.958)
(2.624.193)
8.009.818
7.795.610
7.700.756
6.924.595
309.062
871.015
Básico
0.66
0.66
Diluído
0.66
0.66
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Atribuível a:
Detentores de capital
Interesses minoritários
Resultados por acção:
O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.
57
58
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS
DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
para os exercício findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Saldo a
31.12.05
Capital
58.450.000
Prestações acessórias
22.445.905
Diferenças de consolidação
(14.048.524)
Reserva legal
3.061.398
Outras reservas
9.371.100
Resultados transitados
(764.155)
Resultado consolidado líquido do exercício 7.566.472
Interesses minoritários
4.751.554
90.833.750
Distribuição
resultados 2005
175.644
6.817.299
(7.566.472)
(573.529)
Aumentos/
Reduções
Alterações
Perímetro
12.500.000
(2.231.315)
2.231.315
12.500.000
(980.215)
14.167
(966.048)
Resultado
2006
6.924.595
871.015
7.795.610
Outros
Saldo a
31.12.06
58.450.000
34.945.905
- (15.028.739)
3.237.042
9.371.100
3.821.829
6.924.595
(294.001)
4.751.554
(294.001) 106.473.286
(Montantes expressos em Euros)
Saldo a
31.12.06
Capital
58.450.000
34.945.905
Diferenças de consolidação
(15.028.739)
Reserva legal
3.237.042
Outras reservas
9.371.100
Resultados transitados
3.821.829
Resultado consolidado líquido do exercício 6.924.595
Interesses minoritários
4.751.554
106.473.286
Distribuição
resultados 2006
118.176
6.806.419
(6.924.595)
-
Aumentos/
Reduções
(1.635.215)
(1.635.215)
Alterações
Perímetro
(71.634)
(71.634)
Resultado
2007
Outros
7.700.756
(309.062)
7.391.694
O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada das alterações no capital próprio para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.
-
Saldo a
31.12.07
58.450.000
34.945.905
(16.663.954)
3.355.218
9.371.100
10.628.248
7.700.756
4.370.858
112.158.131
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS
DOS FLUXOS DE CAIXA
para os exercício findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006
(Montantes expressos em Euros)
Notas
2007
2006
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes
716.751.481
706.432.716
Pagamentos a fornecedores
(575.526.989)
(573.623.246)
Pagamentos ao pessoal
(118.241.963)
(117.360.422)
22.982.529
15.449.048
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
(4.431.316)
(1.695.588)
18.551.213
13.753.459
(22.805.256)
3.271.930
(4.254.043)
17.025.389
Investimentos financeiros
8.498.888
1.921.561
Imobilizações corpóreas
10.241.691
1.551.939
Juros e proveitos similares
18.498.366
15.731.232
37.238.945
19.204.733
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional
Fluxo de actividades operacionais
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
(7.934.947)
(6.690.085)
Imobilizações corpóreas
(16.361.591)
(9.973.079)
Imobilizações incorpóreas
(11.344)
-
(24.307.882)
(16.663.164)
12.931.063
2.541.569
Empréstimos obtidos
44.234.975
40.200.271
Subsídios e doações
-
52.053
Aumento de capital e prémios de emissão
-
12.500.000
44.234.975
52.752.324
Fluxo de actividades de investimento
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Juros e custos similares
Amortizações de locação financeira
Fluxo de actividades de financiamento
(8.535.483)
(28.105.069)
(25.150.695)
(16.009.867)
(4.201.241)
(4.842.236)
(37.887.419)
(48.957.172)
6.347.556
3.795.152
-
-
15.024.576
23.362.110
Efeito da alteração de composições de consolidação
Variação de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no início do ano
13
60.787.426
37.425.316
Caixa e seus equivalentes no fim do ano
13
75.812.002
60.787.426
O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007.
59
ANEXO ÀS
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
• Em 31 de Dezembro de 2007
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
61
62
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
Em 31 de Dezembro em 2007
3.
Informação geral da actividade do Grupo
Somague – Engenharia
3. Principais políticas contabilísticas
3.1 – Bases de preparação
A Somague – Engenharia, S.A. (“Somague” ou “Empresa”), tem
sede em Sintra, foi constituída em 30 de Setembro de 1993 e tem
por objecto social a execução de obras públicas e privadas e a
compra e venda de imóveis, incluindo a compra para revenda.
O universo empresarial da Somague (“Grupo”), do qual a
Somague – Engenharia, S.A. é empresa-mãe, é formado pelas
empresas participadas e associadas indicadas nas Notas 3, 4 e 8.
As principais actividades do Grupo são a construção civil e obras
públicas e promoção imobiliária.
Relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o
Grupo elaborou, aprovou e publicou, para efeito do cumprimento
da legislação comercial vigente, demonstrações financeiras individuais de acordo com os princípios de contabilidade geralmente
aceites em Portugal, e demonstrações financeiras consolidadas de
acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).
2.
Perímetro de consolidação e sociedades
controladas
Para efeitos de preparação das contas anuais consolidadas anexas,
as empresas que formam o Grupo classificam-se da seguinte
forma:
a) Empresas controladas: Empresas juridicamente independentes
que constituem uma unidade económica sujeita a direcção única
a nível estratégico e aquelas sobre as quais se exerce domínio
efectivo, directa ou indirectamente (Nota 3.2, alínea f).
b) Empresas conjuntamente controladas: Empresas em que a gestão
é conduzida conjuntamente com uma ou várias sociedades terceiras que participam no seu capital (Nota 4).
c) Empresas associadas: Empresas em que alguma ou algumas
sociedades do Grupo exerçam uma influência significativa na sua
gestão (Nota 8).
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Somague
foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações,
a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas
na consolidação, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal ajustados, no processo
de consolidação, de modo a ficarem de acordo com as disposições das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”)
emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e
adoptadas pela União Europeia, em vigor para os exercícios
económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2005. Os principais
impactos no ano e nos comparativos encontram-se detalhados na
Nota 34.
Todos os valores apresentados nestas notas explicativas estão
expressos em Euros, excepto quando esteja expressamente indicada outra unidade monetária.
3.2 – Bases de consolidação
São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo
grupo:
a) Empresas controladas
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo
detenha, directa ou indirectamente, mais de 50 % dos direitos de
voto em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha
poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais
(definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas
demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. A participação de terceiros no capital próprio e no
resultado líquido dessas empresas é apresentada separadamente
no balanço consolidado e na demonstração dos resultados consolidada, nas respectivas rubricas de “interesses minoritários”.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da subsidiária, o Grupo absorve
esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os
minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses
prejuízos. Se a subsidiária subsequentemente reportar lucros, o
Grupo apropria-se deles lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos tenha sido recuperada.
que regulam o controlo conjunto, na percentagem efectiva de
detenção e/ou nos direitos de voto detidos.
Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o
período estão incluídos nas demonstrações dos resultados desde
a data da sua aquisição ou até à data da sua alienação.
As empresas consolidadas pelo método de consolidação proporcional encontram-se identificadas na Nota 4.
As transacções e saldos significativos entre essas empresas foram
eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes
da alienação de empresas participadas, efectuadas dentro do
Grupo, são igualmente anuladas.
Sempre que necessário são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas subsidiárias, tendo em vista a
uniformização das respectivas políticas contabilísticas com as do
Grupo e para efeitos de consolidação de contas.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que
não detenha participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação
integral.
As empresas controladas em 31 de Dezembro de 2007, e como tal
consolidadas pelo método de consolidação integral encontram-se
identificadas na alínea f).
b) Empresas conjuntamente controladas
As participações financeiras em empresas conjuntamente controladas foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas
pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que
o controlo é partilhado. De acordo com este método, os activos,
passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados,
nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica na
proporção do controlo atribuível ao Grupo.
As transacções, saldos e dividendos entre empresas são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo
atribuível ao Grupo.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das entidades conjuntamente controladas para
adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo.
A classificação dos investimentos financeiros em empresas conjuntamente controladas é determinada com base em acordos contratuais
Os interesses financeiros em Agrupamentos Complementares de
Empresas (ACE’s), por regra, foram incluídos nas demonstrações
financeiras consolidadas pelo método de consolidação proporcional.
Os investimentos financeiros em empresas conjuntamente controladas excluídas da consolidação por imaterialidade são apresentados ao custo de aquisição (Nota 33).
c) Concentração de actividades
empresariais
A concentração de actividades empresariais, nomeadamente a
aquisição de subsidiárias, é registada pelo método de compra. O
custo de aquisição corresponde ao agregado dos justos valores, à
data da transacção, dos activos cedidos, dos passivos incorridos
ou assumidos e dos instrumentos de capital próprio emitidos, em
troca do controlo da adquirida.
Nas concentrações empresariais ocorridas após 1 de Janeiro de
2004, de acordo com a IFRS 3, os activos e passivos de cada subsidiária (incluindo os passivos contingentes) são mensurados ao
seu justo valor na data de aquisição. O excesso do custo de
aquisição face ao justo valor dos activos e passivos identificáveis
de cada associada na data de aquisição é reconhecido como goodwill
(alínea e). Quando o diferencial entre o custo de aquisição e o justo
valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é negativo, o
mesmo é reconhecido como um proveito do exercício.
Os interesses minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.
d) Empresas associadas
As participações financeiras em empresas associadas, empresas
onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o
controlo das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da Empresa, são registadas pelo método de
equivalência patrimonial.
De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelos seu custo de aquisição
ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas
variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das
associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e
pelos dividendos recebidos.
63
64
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Os activos e passivos de cada associada (incluindo os passivos
contingentes) são identificados ao seu justo valor na data de
aquisição. O excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos
activos e passivos identificáveis de cada associada na data de
aquisição é reconhecido como goodwill (alínea e). Quando o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e
passivos líquidos adquiridos é negativo, o mesmo é reconhecido
como um proveito do exercício.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando
existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo
registada uma perda na demonstração de resultados sempre que
tal sucede.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado,
o investimento é reportado por um valor nulo enquanto o capital
próprio da associada não for positivo, exceptuando as situações
em que o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer face a
essas obrigações.
e) Goodwill
O goodwill representa o excesso do custo de aquisição sobre o
justo valor dos activos e passivos identificáveis de uma subsidiária, associada ou entidade conjuntamente controlada, na
respectiva data de aquisição.
O goodwill é registado como activo e não é sujeito a amortização.
Anualmente, ou sempre que haja algum indício de eventual perda
de valor, os valores de goodwill são sujeitos a testes de imparidade. Qualquer perda de imparidade é registada imediatamente
como custo na demonstração de resultados do período, não sendo
susceptível de reversão posterior.
Na alienação de uma subsidiária, associada ou entidade conjuntamente controlada, o respectivo goodwill é incluído na determinação da mais ou menos valia.
Nos casos em que o custo de aquisição é inferior ao justo valor
dos activos líquidos identificados, a diferença apurada é registada
como ganho na demonstração dos resultados do período em que
ocorre a aquisição.
Os ganhos não realizados em transacções com associadas são
eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada
por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são igualmente eliminadas, mas somente até ao
ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja
em situação de imparidade.
O goodwill relativo a investimentos em subsidiárias sedeados no
estrangeiro encontra-se registado na moeda de reporte dessas
subsidiárias, sendo convertido para a moeda de reporte do Grupo
(euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças
cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica
“Diferenças de consolidação”.
Relativamente a empresas associadas que não se considerem
materiais no âmbito do consolidado, a empresa optou pelo seu
registo contabilístico através do custo de aquisição.
f) Empresas controladas incluídas na
consolidação
Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se
detalhados na Nota 8.
As empresas controladas incluídas na consolidação, pelo método integral, em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, suas sedes sociais, actividade e proporção do capital detido em cada exercício são as seguintes:
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
% participação
Nome
Sede
2007
2006
Actividade
No âmbito da Somague - Engenharia
Somague - Engenharia, S.A.
Sintra
-
-
Somague Investimentos - Gestão e Serviços, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Projectos imobiliários, consultoria e
gestão de investimentos
Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Consultoria informática
Sintra
100,00%
60%
Consultoria informática
Documentação Confidencial, Lda.
Sintra
100,00%
70%
Consultoria informática
Somague Ireland, Lta.
Irlanda
100,00%
-
Construção civil e obras públicas
Somague Engenharia Madeira, S.A.
Funchal
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Somague - Ediçor, Engenharia, S.A.
Ponta Delgada
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Lisboa
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Sintra
100,00%
100,00%
Promoção imobiliária
Cabo verde
90,30%
90,30%
Construção civil e obras públicas
Moçambique
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Moçambique
100,00%
100,00%
Serviços de gestão e consultoria empresarial
Vila Franca Xira
100,00%
96,41%
Construção, manutenção e exploração
Smartit - Gestão, Organização de Informação
e Consultoria, Lda.
SmartDC - Destruição e Reciclagem de
No âmbito da Somague Investimentos
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
Somague PMG - Promoção e Montagem
de Negócios, S.A.
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL
Sogel - Sociedade Geral de Empreitadas, Lda.
SGIS - Sociedade Geral de Investimentos
e Serviços, Lda.
Engigás, Manutenção Industrial e
Tecnologia do Gás, S.A.
infra-estruturas de gás
Tegael - Telecomunicações, Gás e Electricidade, S.A.
Coruche
51,00%
51,00%
Construção, manutenção e exploração
infra-estruturas de gás
Gaeltec - Utilities, Lda.
Irlanda
55,00%
55,00%
Construção, manutenção e exploração
infra-estruturas de gás
Habitar - Sociedade de Construções, Lda.
Angola
100,00%
100,00%
Construção
Somague Utilities - Sociedade Gestora de
Participações Sociais, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Engigás Gaeltec, Lta.
Irlanda
100,00%
-
Gestão de participações sociais
Construção, manutenção e exploração
infra-estruturas de gás
Tegael Marrocos
Marrocos
90,00%
-
Construção, manutenção e exploração
infra-estruturas de gás
65
66
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
3.3
Resumo dos principais critérios valorimétricos
i) Activos e passivos expressos em moeda estrangeira
Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são
convertidos para a moeda de apresentação funcional, utilizando-se
as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças
cambiais, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças
entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e aquelas em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração
dos resultados do exercício. As demonstrações financeiras de
empresas participadas e subsidiárias foram convertidas para
Euros, através das seguintes taxas de câmbio:
Escudo Cabo
Kuanza / Euro Real / Euro
Dirham / Euro
Metical / Euro Verdiano / Euro
Vigente ao final do ano - para
a totalidade dos activos e passivos
0.0092
0.3516
0.0877
0.0286
110.2650
0.0090
0.3827
0.0870
0.0286
110.2650
0.0092
-
-
0.0358
110.2650
Médio - para a demonstração dos
resultados do ano
Histórico - para as rubricas do
capital próprio
As diferenças de câmbio originadas nesta conversão foram incluídas no capital próprio na rubrica “Diferenças de consolidação”.
compra, deduzido da depreciação acumulada e perdas de imparidade, quando aplicável.
ii) Activos fixos tangíveis
Os activos fixos tangíveis são depreciados pelo método das quotas
constantes, de acordo com a sua vida útil estimada, a partir da data
em que os mesmos se encontram disponíveis para ser utilizados
no uso pretendido, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas.
Os activos fixos tangíveis utilizados na produção, prestação de
serviços ou para uso administrativo são registados ao custo de
aquisição ou produção, incluindo as despesas imputáveis à
Anos de vida útil
Edifícios e outras construções
8 - 50
Equipamento básico
3 - 10
Equipamento de transporte
4- 8
Ferramentas e utensílios
3- 8
Equipamento administrativo
3 - 20
Outras imobilizações corpóreas
3 - 14
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
A quantia depreciável dos activos fixos tangíveis não inclui o valor
residual que se estima no final das respectivas vidas úteis.
As benfeitorias e beneficiações apenas são registadas como activo
nos casos em que correspondem à substituição de bens, os quais
são abatidos, ou conduzam a um acréscimo dos benefícios
económicos futuros.
Os activos fixos tangíveis em curso representam activos ainda em
fase de construção/promoção, encontrando-se registados ao custo
de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes
activos fixos tangíveis são depreciados a partir do momento em
que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de activos
fixos tangíveis são determinadas pela diferença entre o preço de
venda e o valor líquido contabilísticos na data de alienação/abate,
sendo registadas pelo valor líquido na demonstração dos resultados.
Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros em outras
empresas participadas e em títulos e aplicações financeiras (dividendos) são registados na demonstração de resultados do exercício em que é decidida e anunciada a sua distribuição.
Os empréstimos concedidos a empresas associadas e a outras
empresas encontram-se registados ao valor nominal, deduzido de
eventuais para perdas estimadas na sua realização.
vi) Existências
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo
encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, o qual é inferior
ao respectivo valor de mercado, utilizando-se o custo médio como
método de custeio.
Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao
custo de produção, que inclui o custo dos materiais incorporados,
mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico.
iii) Custos de financiamento
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos
são reconhecidos na demonstração dos resultados do período a
que dizem respeito.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente
relacionados com a aquisição, construção ou produção de activos
que levem um período significativo de tempo a ficarem preparados
para o fim pretendido são capitalizados. A capitalização destes
encargos começa após o início da preparação das actividades de
construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida após o
início de utilização do activo ou quando o projecto em causa se
encontra suspenso.
iv) Activos intangíveis
Os activos intangíveis excepto “goodwill” encontram-se registados
ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e
perdas de imparidade. Os activos intangíveis só são reconhecidos
se for provável que deles advenham benefícios económicos
futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo grupo e se possa
medir razoavelmente o seu valor.
As amortizações do exercício dos activos intangíveis são registadas na
demonstração de resultados na rubrica de “Amortizações”.
v) Investimentos em outros activos financeiros
Os investimentos financeiros em empresas excluídas da consolidação encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido
de eventuais perdas estimadas na sua realização.
São registados ajustamentos por depreciação de existências pela
diferença entre o valor de custo e o respectivo valor de realização.
vii) Contas a receber
As contas a receber são apresentadas pelo respectivo valor nominal, deduzidas de eventuais perdas de imparidade, para que as
mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.
As contas a receber, na generalidade, não vencem juros.
viii) Caixa e equivalentes de caixa
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a
prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três
meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com
insignificante risco de alteração de valor.
ix) Contas a pagar
As dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal, não vencendo juros na maioria dos casos.
x) Reconhecimento de custos e proveitos em obras
Para o reconhecimento dos proveitos e custos das obras em curso,
foi adoptado o método da percentagem de acabamento. De acordo
com este método, no final de cada exercício, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na
demonstração dos resultados em função da sua percentagem de
acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorri-
67
68
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
dos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras.
As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação
deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas “Clientes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a
natureza da diferença. À data do balanço é constituída uma provisão para as perdas estimadas em obras em curso, correspondente à margem negativa por reconhecer.
xii) Operações de factoring
Adicionalmente, uma parte dos proveitos gerados com obras em
curso em cada exercício é diferida, com a finalidade de fazer face
aos custos a incorrer durante o período de garantia das mesmas.
Os trabalhos para a própria empresa correspondem aos custos
associados a grandes reparações de equipamentos, efectuadas
pelas próprias empresas, e incluem custos com materiais, mãode-obra directa e gastos gerais de fabrico.
Os adiantamentos recebidos ao abrigo de contratos de factoring
com direito de regresso são evidenciados no passivo até que se
confirme a boa cobrança dos créditos respectivos.
xiii) Trabalhos para a própria empresa
xi) Locações
xiv) Títulos negociáveis
Os contratos de locação são classificados como (a) locações
financeiras se através deles forem transferidos substancialmente
todos os riscos e benefícios inerentes à posse do activo sob
locação e como (b) locações operacionais se através deles não
forem transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios
inerentes à posse do activo sob locação.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita
em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação
financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são
contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos
no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme
descrito na alínea anterior, são registados como custos na
demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.
Os títulos negociáveis são registados ao valor de mercado.
xv) Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados excepto se a
possibilidade de existir um exfluxo de recursos englobando benefícios económicos for remota.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações
financeiras consolidadas. Os activos contingentes são divulgados
quando é provável a existência de um influxo económico futuro.
xvi) Impostos diferidos
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre
os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se espera
estarem em vigor à data de reversão das diferenças temporárias.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Os activos por impostos diferidos são registados unicamente
quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais suficientes
para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por
impostos diferidos não registados anteriormente por não terem
preenchido as condições para o seu registo e por reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da
expectativa actual da sua recuperação futura.
xvii) Imparidade de activos excluindo o goodwill
É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e
sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual um activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante
pelo qual um activo se encontra registado é superior à sua quantia
recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na
demonstração de resultados na rubrica “Outros custos operacionais”. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda
líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante
que se obteria com a alienação do activo numa transacção ao
alcance das partes envolvidas, deduzido dos custos directamente
atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos
de caixa futuros estimados que se espera que surjam do uso
continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A
quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente
ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa
à qual o activo pertence.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios
anteriores é registada quando os motivos que provocaram o registo
das mesmas deixaram de existir e consequentemente o activo
deixa de estar em imparidade. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais. Contudo, a reversão de uma perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida
caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios
anteriores.
xviii) Eventos subsequentes
Os eventos decorridos após a data do balanço que proporcionem
informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço
são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação
sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais,
são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.
69
70
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
4.
Interesses em empreendimentos conjuntos
As seguintes empresas participadas foram consolidadas pelo
método proporcional, dado que a gestão e controlo das mesmas
são exercidos conjuntamente com os outros sócios/accionistas.
Nome
BPC, CBPO, Agromar, Somague, Profarbil, Kaiser e ACER, ACE ("ACE do Metro")
Edifer, Soconstrói, Bento Pedroso Construções, Somague e Acciona, ACE
("ACE da Gare do Oriente")
Obras Civis L.N. 2.1, ACE ("ACE da Linha do Norte")
Obras Civis L.N. 2.2, ACE ("ACE da CP Alfarelos")
Metrodi - Obras na Linha do Campo Grande / Odivelas, ACE ("ACE da Metrodi")
Resercavado - Soconstrói, Mesquita, Arnaldo Oliveira Sistemas de Abastecimento de Água
Lismercado Construções - Bento Pedroso Construções, Somague e H. Hagen, ACE
("ACE do Marl")
Somague, BPC, Engil, SPIE, ACE ("ACE da Linha Amarela")
Somague, Bento Pedroso, Cubiertas, Dragados, ACE ("ACE do Alqueva")
Transmetro - Construções do Metropolitano, ACE ("ACE da Transmetro")
Somague, Edifer, MSF, Zagope, Abrantina, Conduril, Lena, Tâmega e Novopca Agrupamento Concepção, Projectos e Construção das Auto-estradas do Oeste Nova Estrada ACE ("ACE da Nova Estrada")
Novaponte - Agrupamento para a Construção da Segunda Travessia do Tejo, ACE
("ACE da Novaponte")
Construtores das Águas da Linha, ACE ("ACE das Águas da Linha")
Engil, Somague - Construção Estação Tratamento Águas Residuais da Madalena, ACE
("ACE da Etar da Madalena")
Acessibilidades das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE ("ACE das Acessibilidades das Antas")
Somague, Camilo Sousa Mota, ACE ("ACE das Águas de Gondomar")
Somague, Mesquita - Casa da Música, ACE ("ACE da Casa da Música")
Infra-estruturas das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE
("ACE das Infra-estruturas das Antas")
Somague, Mesquita, ACE ("ACE da Lipor Construções")
Somague, Mesquita, Hidurbe, ACE ("ACE da Lipor Exploração")
Somague, Alberto Couto Alves ACE ("ACE da VL9")
Somague, Edifer, ACE ("ACE do Freeport")
Somague, BPC, Engil, SPIE, SBES, ACE ("ACE da Linha Vermelha")
Construtora do Lena, MSF, Novopca - Linha Atlântico Construtoras, ACE ("ACE da A17")
Somague - Engenharia, Engigás, Neopul - Construtores ACE ("ACE do SEN")
Somague, A. Barbosa Borges, ACE ("ACE das Águas de Barcelos")
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Fórum Coimbra")
Somague, Soares da Costa, ACE (ACE do Metro de Superfície")
Somague, Neopul, ACE ("ACE do Estaleiro de Pegões")
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Hospital Pediátrico")
Somague, Norlamor, Camilo Sousa Matos, ACE ("ACE das Águas do Marco")
Somague, Irmãos Cavaco, Construtores Molhes do Douro, ACE
("ACE dos Molhes do Douro")
UTE Gijón
UTE Abandoibarra
UTE Gordoniz
UTE Llodio
UTE Aiboa - Getxo
UTE Alfatejo (Múrcia)
Joint Venture - Bowen Somague
UTE - Neopul - Isolux, Málaga
UTE 17 Viv. Llodio
UTE Auditório Vigo
UTE Agadir (Múrcia)
UTE Calle Pizarro (Vigo)
UTE Somague, Sal La Florida
UTE Somague, La Lastra
Somague, Seth CJT 1F, ACE ("ACE do Jardim do Tabaco")
ACUPM – Agrupamento Construtor de uma Unidade de Piscicultura em Mira, ACE
("ACE da Pescanova")
M50 D&C, Ltd.
Somague, Edifer - Etar Alcântara ("ACE da Etar de Alcântara")
Joint Venture - Somague Bowen Sacyr
UTE - Neopul - Alcazar Manzanares
UTE - Neopul - Castellbisbal
País de
incorporação
Portugal
2007
50.00%
% participação
2006
50.00%
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
40.00%
32.50%
36.10%
-
40.00%
32.50%
36.10%
-
Portugal
33.33%
33.33%
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
30.00%
26.32%
25.00%
47.50%
30.00%
26.32%
25.00%
47.50%
Portugal
15.00%
15.00%
Portugal
Portugal
13.33%
50.00%
13.33%
50.00%
Portugal
33.33%
33.33%
Portugal
Portugal
Portugal
25.00%
67.50%
60.00%
25.00%
67.50%
60.00%
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
Portugal
33.33%
60.00%
40.00%
70.00%
50.00%
26.32%
25.00%
100.00%
70.00%
75.00%
50.00%
100.00%
100.00%
45.00%
33.33%
60.00%
40.00%
70.00%
50.00%
26.32%
25.00%
100.00%
70.00%
75.00%
50.00%
100.00%
75.00%
45.00%
Portugal
Espanha
Espanha
Espanha
Espanha
Espanha
Espanha
Irlanda
Espanha
Espanha
Espanha
Espanha
Espanha
Espanha
Espanha
Portugal
50.00%
80.00%
80.00%
80.00%
80.00%
80.00%
80.00%
50.00%
50.00%
80.00%
80.00%80.00%
80.00%
80.00%
70.00%
50.00%
50.00%
80.00%
80.00%
80.00%
80.00%
80.00%
80.00%
50.00%
50.00%
-
Portugal
Irlanda
Portugal
Irlanda
Espanha
Espanha
70.00%
17.00%
50.00%
75.00%
25.00%
30.00%
-
-
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Deste modo, as demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de
2007 integram os activos, passivos, proveitos e custos dos
Agrupamentos Complementares de Empresas (“ACE”), na proporção em que o Grupo participa nas referidas entidades, tendo-se
procedido à anulação de saldos e transacções na referida proporção, como segue:
Activos correntes
Activos não correntes
Passivos correntes
Passivos não correntes
Vendas e prestação de serviços
Outros proveitos operacionais
2007
110,099,812
2006
85,718,753
1.726.241
2.910.912
111.826.053
88.629.665
101.068.961
77.918.804
3.868.601
341.358
104.937.562
78.260.162
113.160.747
100.023.054
3.889.979
147.473
Custo das mercadorias vendidas
(13.066.969)
(17.431.969)
Fornecimentos serviços externos
(94.261.126)
(65.153.792)
(3.183.929)
(3.049.038)
Amortizações e depreciações
(961.768)
(1.212.289)
Provisões e perdas de imparidade
(985.676)
(192.810)
Outros custos operacionais
(428.771)
(2.865.646)
501.596
128.375
4.664.083
10.393.358
Custos com pessoal
Resultados financeiros
Lucro antes de imposto sobre rendimento
Imposto sobre rendimento exercício
Lucro líquido
(64.580)
(23.855)
4.599.503
10.369.503
71
72
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
5.
Imposto sobre o rendimento
A Somague - Engenharia S.A. encontra-se sujeita a imposto sobre
o rendimento das pessoas colectivas ( “IRC”), actualmente à taxa
de 25%, acrescida de Derrama até à taxa máxima de 1,5%, atingindo uma taxa agregada de 26,5%. No apuramento da matéria colectá-vel, à qual é aplicada a referida taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos resultados contabilístico as diferenças entre
este e o resultado fiscal. Estas diferenças podem ser de natureza
temporária ou permanente.
O encargo de imposto registado no exercício findo em 31 de
Dezembro de 2007 corresponde essencialmente a:
2007
2006
Demonstração de resultados consolidada
Imposto sobre o rendimento corrente
Carga fiscal do imposto sobre o rendimento
5,711,836
5,249,689
rendimento do exercício de exercícios anteriores (1,797,516)
(982,557)
Ajustamentos resultantes de imposto sobre o
Impostos diferidos
Relacionados com a génese e reversão das
A empresa e algumas das suas participadas (designadamente
PMG, Investimentos, Utilities, TI, Engenharia Ediçor, Engenharia
Madeira, Neopul), localizadas em Portugal encontram-se sujeitas
ao regime especial de tributação dos grupos de sociedade. Este
regime consiste na agregação dos resultados tributáveis de todas
as sociedades incluídas no perímetro de tributação, conforme
estabelecido no artº 63 do código do IRC, deduzidos dos dividendos distribuídos, aplicando-se ao resultado global assim obtido a
taxa de IRC, acrescida da respectiva derrama. No apuramento da
matéria colectável, à qual é aplicada a referida taxa de imposto, são
adicionados e subtraídos aos resultados contabilísticos as diferenças entre este resultado e o resultado fiscal. Estas diferenças
podem ser de natureza temporária ou permanente.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão
sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais
durante um período de 4 anos (10 anos para a segurança social até
2000, inclusive, e 5 anos após 2001), excepto quando tenham
havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos esses em que, dependendo das circunstâncias os
prazos são alargados ou suspensos.
diferenças temporárias
(705,699) (1,799,495)
Efeito de diferenças da taxa de imposto
9,337
156,556
Gastos com o imposto sobre o rendimento
reportados na DR consolidada
3,217,958 2,624,193
Impostos diferidos
2007
Resultado antes de imposto
2006
11,227,776
Ajustamentos resultantes de imposto sobre
o rendimento do exercício de exercícios anteriores
1,797,516
Diferenças temporárias
2,663,016
Diferenças permanentes
5,253,575
20,941,882
Encargo normal de imposto
Tributação autónoma
Prejuizos fiscais
Dupla tributação internacional
Imposto das sucursais
Efeito de diferenças da taxa de imposto
Poupança fiscal
5,549,599
941,947
(381,333)
(2,673,200)
3,693,396
9,337
(1,418,573)
Ajustamentos resultantes de imposto sobre o rendimento
O Conselho de Administração entende que eventuais correcções
resultantes de futuras revisões /inspecções fiscais aquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007.
O grupo procede ao registo de impostos diferidos correspondentes
às diferenças temporárias entre o valor contabilístico dos activos e
passivos e a correspondente base fiscal.
do exercício de exercícios anteriores
Imposto diferido
Imposto do exercício
(1,797,516)
(705,699)
3,217,958
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
O movimento ocorrido nos activos e passivos por imposto diferido
no exercício de 2007 e 2006, de acordo com as diferenças temporárias que o geraram é o seguinte:
2007
Activos por imposto diferido
Ajustamentos de clientes de cobrança duvidosa
Ajustamentos para investimentos financeiros
Provisões para outros riscos e encargos
Grau de acabamento
Saldo em
01.01.07
1.270.244
684.253
Constituição
67.776
-
(Reversão) Transferências
(4.437)
-
Saldo em
31.12.07
1.338.020
679.816
483.455
111.339
(13.976)
-
580.818
2.397.886
765.697
(531.184)
179.061
2.811.460
Prejuízos fiscais
79.906
-
-
-
79.906
Imposto diferido - Sucursais
78.410
143
(78.553)
-
-
Custos diferidos
Grandes reparações + imobilizado
171.135
-
(387.534)
-
(216.399)
1.309.116
-
(134.728)
-
1.174.388
944.955 (1.150.412)
179.061
6.448.009
6.474.405
Passivos por imposto diferido
Contratos de locação financeira
40% da reavaliação do imobilizado
Saldo em
01.01.07
138
153.044
Constituição
198
(Reversão) Transferências
(138)
(10.276)
Saldo em
31.12.07
-
-
142.966
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
176.167
-
(30.793)
-
145.374
Grau de acabamento
110.953
-
(258.218)
179.061
31.796
Imposto diferido - Sucursais
124.505
1.915
(23.703)
-
102.717
564.807
2.113
(323.128)
179.061
422.853
2006
Activos por imposto diferido
Ajustamentos de clientes de cobrança duvidosa
Ajustamentos para investimentos financeiros
Provisões para outros riscos e encargos
Grau de acabamento
Saldo em
01.01.06
1.054.012
376.807
Constituição
216.232
307.446
(Reversão) Transferências
-
-
Saldo em
31.12.06
1.270.244
684.253
61.606
427.188
(5.339)
-
483.455
1.203.225
1.361.840
(83.734)
(83.445)
2.397.886
Prejuízos fiscais
-
79.906
-
-
79.906
Imposto diferido - Sucursais
-
78.410
-
-
78.410
Custos diferidos
Grandes reparações + imobilizado
Passivos por imposto diferido
Contratos de locação financeira
557.430
-
(386.295)
-
171.135
1.804.952
-
(495.836)
-
1.309.116
5.058.032
2.471.022
(971.204)
(83.445)
6.474.405
Saldo em
01.01.06
374
Constituição
-
(Reversão) Transferências
(236)
-
Saldo em
31.12.06
138
40% da reavaliação do imobilizado
159.998
-
(6.954)
-
153.044
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
217.420
-
(41.253)
-
176.167
Grau de acabamento
262.644
-
(68.246)
(83.445)
110.953
-
124.505
-
-
124.505
640.436
124.505
(116.689)
(83.445)
564.807
Imposto diferido - Sucursais
73
74
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
6.
Activos fixos tangíveis
Durante os anos de 2007 e 2006, os movimentos ocorridos nos
activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas depreciações e
perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
Dezembro 2007
Saldo a
Efeito de conversão
Alteração
01.01.07
cambial
de perímetro
Adições
Alienações
Transferências
Saldo a
e abates
31.12.07
Terrenos e recursos naturais
11.836.906
(39.548)
26.297
1.129.135
(437.677)
(3.347)
12.511.766
Edifícios e outras construções
41.990.730
(61.892)
212.922
42.473
(2.533.321)
173.807
39.824.719
Equipamento básico
80.668.696
6.839
17.911
10.928.148
(9.967.185)
(28.287)
81.626.122
Equipamento de transporte
18.189.475
4.987
64.351
1.954.278
(1.573.570)
7.789
18.647.310
5.233.469
-
1.301
406.260
(18.067)
(19.017)
5.603.946
Equipamento administrativo
18.449.422
5.927
42.540
528.880
(93.780)
466.712
19.399.701
Outros activos fixos tangíveis
6.330.808
(59)
-
1.438.444
(1.034.447)
113.215
6.847.961
Activos fixos tangíveis em curso
1.158.199
-
-
3.143.724
-
(3.237.364)
1.064.559
-
-
-
-
-
-
-
183.857.705
(83.746)
19.571.342
365.322
Ferramentas e utensílios
Adiantam. por conta activos fixos tangíveis
Depreciações acumuladas e imparidade
(97.023.711)
(10.112)
(36.371)
(12.505.673)
86.833.994
(93.858)
328.951
7.065.669
(15.658.047) (2.526.492) 185.526.084
746.696
(101.866.335)
(8.695.211) (1.779.796)
6.962.836
83.659.749
Dezembro 2006
Saldo a
Efeito de conversão
Alteração
01.01.06
cambial
de perímetro
Adições
Transferências
Saldo a
Alienações
e abates
31.12.06
Terrenos e recursos naturais
12.459.029
(188.251)
-
63.521
-
(497.393)
11.836.906
Edifícios e outras construções
40.702.886
(370.423)
-
1.620.804
(916.285)
953.748
41.990.730
Equipamento básico
86.264.107
(4.071)
-
2.337.227
(9.251.662)
1.323.095
80.668.696
Equipamento de transporte
17.844.067
(3.114)
-
2.403.647
(2.038.219)
(16.906)
18.189.475
5.073.931
-
-
455.631
(279.616)
(16.477)
5.233.469
Equipamento administrativo
17.315.994
(4.303)
-
652.654
(105.433)
590.510
18.449.422
Outros activos fixos tangíveis
5.644.416
(867)
-
1.236.237
(332.513)
(216.465)
6.330.808
Activos fixos tangíveis em curso
2.455.098
-
-
2.195.273
-
(3.492.172)
1.158.199
-
-
-
-
-
-
-
187.759.528
(571.029)
Ferramentas e utensílios
Adiantam. por conta activos fixos tangíveis
Depreciações acumuladas e imparidade
(97.002.748)
55.091
90.756.780
(515.938)
- 10.964.994
-
(12.923.728) (1.372.060) 183.857.705
(12.418.150)
11.975.113
366.985
(97.023.709)
- (1.453.156)
(948.615)
1.005.075)
86.833.996
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
7.
Activos fixos intangíveis
Durante os anos de 2007 e 2006, os movimentos ocorridos nos
activos fixos intangíveis, bem como nas respectivas depreciações
e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
Dezembro 2007
Saldo a
01.01.07
Despesas de instalação
Despesas de investigação e desenvolvimento
Propriedade industrial
Goodwill
Depreciações acumuladas
-
Aumentos
Transferências
Saldo a
e abates
31.12.07
-
-
-
-
-
-
-
90.027
-
24.917
114.944
8.984.234
1.297.325
-
10.281.559
9.074.261
1.297.325
24.917
10.396.503
(39.455)
(36.669)
-
(76.124)
9.034.806
1.260.656
24.917
10.320.379
Dezembro 2006
Saldo a
01.01.06
Aumentos
Transferências
Saldo a
e abates
31.12.06
Despesas de instalação
-
-
-
-
Despesas de investigação e desenvolvimento
-
-
-
-
Propriedade industrial
Goodwill
Depreciações acumuladas
90.027
-
-
90.027
8.984.234
-
-
8.984.234
9.074.261
-
-
9.074.261
(27.703)
(11.752)
-
(39.455)
9.046.558
(11.752)
-
9.034.806
75
76
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
7.1 Goodwill
Durante os anos de 2007 e 2006, os movimentos ocorridos no
goodwill foram os seguintes:
Dezembro 2007
Somague - Ediçor
CVC
Percentagem de
Saldo a
aquisição
01.01.07
50,00
998.953
Saldo a
Adições
-
31.12.07
998.953
57,62
54.338
-
54.338
100,00
4.792.761
-
4.792.761
Neopul
20,00
1.171.798
-
1.171.798
Tegael
51,00
664.933
-
664.933
CVC
32,63
1.301.451
-
1.301.451
Engigás
3.,59
-
797.206
797.206
Gaeltec
35,00
Somague Investimentos
-
500.119
500.119
8.984.234
1.297.325
10.281.559
Dezembro 2006
Percentagem de
Saldo a
aquisição
01.01.06
Somague - Ediçor
50,00
998,953
-
998,953
CVC
57,62
54,338
-
54,338
Somague Investimentos
Neopul
Saldo a
Adições
31.12.06
100,00
4,792,761
-
4,792,761
20,00
1,171,798
-
1,171,798
Tegael
51,00
664,933
-
664,933
CVC
32,63
1,301,451
-
1,301,451
8.984.234
-
8.984.234
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
8.
Investimentos em associadas
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 os investimentos em associadas
são como segue:
Edimecânica a)
(%) Participação 2007
100,00%
(%) Participação 2006
100,00%
Maguetecno a)
100,00%
100,00%
Soconstrói Engenharia a)
100,00%
100,00%
50,00%
50,00%
HSE a)
27,50%
27,50%
PPPS a)
14,40%
14,40%
Ferropor a)
Normetro a)
6,59%
6,59%
10,07%
10,07%
Archipelag Aviation a)
100,00%
100,00%
Engipul a)
100,00%
100,00%
Complexo Tivane b)
20,00%
20,00%
M50 a)
17,00%
UTE Puerto Marin a)
20,00%
UTE Muelle del Leste a)
20,00%
UTE Auditório de Vigo a)
16,00%
Vortal a)
a) Estas empresas encontram-se registadas pelo método de equivalência patrimonial.
b) Estas empresas encontram-se registadas pelo custo de aquisição, deduzido de provisões para perdas estimadas na sua realização, quando aplicável.
O método de equivalência patrimonial é aplicado excepcionalmente na consolidação de algumas participações financeiras em
que a empresa detém o controlo, naqueles casos em que as
demonstrações financeiras das participadas são materialmente
irrelevantes ou em que desenvolvem uma actividade muito diferente com relação ao objecto principal da empresa. O referido
método é também aplicado a algumas participações financeiras
em que a empresa detém uma participação no capital inferior a 20%,
mas relativamente às quais exerce directa ou indirectamente uma
influência significativa na gestão e política financeira da participada.
77
78
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, os investimentos financeiros
em associadas registadas pelo método de equivalência patrimonial tinham a seguinte composição:
31/12/07
Activos correntes
Activos não correntes
Passivos correntes
Passivos não correntes
Activos líquidos
31/12/06
1.084.041
5.435.170
36.771
52.850
484.099
3.334.849
-
1.058
636.714
2.152.113
Proveitos
400.504
3.350.611
Resultado líquido
222.913
2.603.923
636.714
2.152.113
12/31/07
12/31/06
636.714
2.152.113
1.500.000
1.500.000
1.308
812.783
2.138.022
4.464.896
Valor do investimento
Método de equivalência patrimonial
Empréstimos
Custo de aquisição
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
9.
Outros investimentos
Valor de balanço
Partes de capital em outras empresas
Soc. Emp. Somague (Angola)
Pirites Alentejanas
União de Leiria
Sport Lisboa Benfica
Futebol Clube do Porto
Marítimo SAD
Alverca Futebol Clube
Boavista Futebol Clube
Vortal
Bomba H
Auto-Estradas do Oeste, S.A.
Via Expresso
SMLN
AREM
Cidade em Acção - Soc. Equip. Urbanos
Bilhetes do Tesouro
UTE Muelle del Leste
Outros Tegael
Outros Ediçor
Outros
Outros empréstimos concedidos
Vialitoral
Assiconstrói / Amadeu Gaudêncio
Archipelag Aviation
Bomba H
PPPS
SMLN
Imparidade
9.128
64.270
199.519
2.372.933
500.000
24.940
24.938
110.000
250.373
4.988
5
2.113.331
3.000
7.482
5.650
5.200.000
1.033.345
3.000
73.500
56.645
12.057.047
(9.128)
(64.270)
(199.519)
(1.186.466)
(300.000)
(24.938)
(110.000)
(38.043)
(1.932.364)
1.186.467
200.000
24.940
250.373
4.988
5
2.113.331
3.000
7.482
5.650
5.200.000
1.033.345
3.000
73.500
18.602
10.124.683
671.568
480.426
57.362
1.176.768
1.998.329
4.240
4.388.693
16.445.740
(671.568)
(671.568)
(2.603.932)
480.426
57.362
1.176.768
1.998.329
4.240
3.717.125
13.841.808
a) Estas empresas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido da provisão para perdas estimadas de realização, quando aplicável.
b) Estas empresas encontram-se registadas ao custo de aquisição,cotadas em bolsa e ajustadas para o valor de mercado.
c) Empresas registadas pelo método da equivalência patrimonial.
d) Outras partcipações detidas pela Tegael, Ediçor e Somague Engenharia, registadas ao custo de aquisição.
10. Outros activos não correntes
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte composição:
2007
Clientes, conta corrente
Outros devedores
-
2006
5.389.667
5.259.016
10.648.683
Valor líquido
a)
a)
a)
a)
b)
a)
a)
b)
c)
a)
a)
a)
a)
a)
a)
a)
c)
d)
d)
d)
79
80
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
11. Existências
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo (nota 25)
Produtos e trabalhos em curso (nota 26)
Produtos acabados e intermédios (nota 26)
Mercadorias (nota 25)
Adiantamento por conta de compras
Perda por imparidade (nota 25 e 26)
12. Clientes
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
2007
23.247.470
28.391.773
419.723
6.987.196
(172.052)
58.874.110
2006
22.449.262
23.761.475
792.390
7.106.331
(892.460)
53.216.998
Os valores incluídos na rubrica de caixa e equivalentes são determinados de forma a incluir apenas os valores cuja realização é
possível num período inferior a três meses contados a partir da
data do balanço.
15. Outros activos correntes
Clientes, conta corrente
Clientes, títulos a receber
Clientes, cobrança duvidosa
Perda por imparidade
2007
402.878.374
9.143.524
17.687.704
(17.687.704)
412.021.898
2006
404.425.245
7.235.865
15.077.916
(15.077.916)
411.661.110
Em 31 de Dezembro de 2007e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
2007
13. Outros devedores
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 o saldo desta rubrica resulta
de operações realizadas pela empresa e pelas suas participadas no
decurso normal da sua actividade:
Empresas do grupo
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes públicos
2.284.864
12.351.642
31.032.429
45.668.935
2006
5.866.068
12.572.226
7.312.868
25.751.162
16. Capital e reservas
Outros devedores
Perda por imparidade
2007
72.259.413
(11.131.511)
61.127.902
2006
74.626.125
(9.459.927)
65.166.198
14. Caixa e equivalentes
Caixa e seus equivalentes podem ser analisados como se segue:
Numerário
Depósitos bancários
Títulos negociáveis
Outras aplicações tesouraria
2007
1.154.583
70.708.868
8.018
3.940.533
75.812.002
2006
1.304.152
56.849.919
8.018
2.625.337
60.787.426
Em 31 de Dezembro de 2007, o capital da Empresa totalmente
subscrito e realizado, era composto por 11.690.000 acções ao
portador, no valor nominal de cinco Euros cada.
O capital da empresa era em 31 de Dezembro de 2007 detido na
sua totalidade pela Somague – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (“Somague SGPS”).
Prestações acessórias: As prestações acessórias foram realizadas
em dinheiro pela Somague SGPS, não vencem juros e apesar de
não terem prazo de reembolso definido, só podem ser restituídas
ao accionista, nos termos da legislação aplicável, quando após o
seu pagamento a soma do capital e da reserva legal não seja inferior ao valor dos capitais próprios.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Diferenças de consolidação: As diferenças de consolidação,
decorrentes da aquisição de participações financeiras, estão registadas em capitais próprios ou no activo, na rúbrica “Goodwill”,
consoante a data a que se reportam e a respectiva natureza. Assim,
as registadas em capitais próprios correspondem à diferença entre
o custo de aquisição das participações financeiras e a proporção
nos capitais próprios das empresas a que aquelas se referem, reportadas a 31 de Dezembro de 1993, data das primeiras demonstrações
financeira consolidadas. Incluem-se também nesta rúbrica, valores
relativos a datas subsequentes àquela e essencialmente derivados
de movimentos em capitais próprios de empresas participadas,
bem como, o efeito da conversão para Euros de demonstrações
financeiras de empresas participadas, originalmente expressas em
moeda estrangeira.
Reserva legal: De acordo com a legislação vigente, a Empresa é
obrigada a transferir para a reserva legal no mínimo 5% do resultado líquido anual, até que a mesma atinja no mínimo 20% do capital. Esta reserva não pode ser distribuída aos accionistas, podendo ser utilizada para aumentar o capital ou para absorver prejuízos
depois de esgotadas todas as outras reservas.
Outras reservas: As outras reservas correspondem à aplicação dos
resultados de exercícios anteriores a 1999 que a Assembleia Geral
considerou deverem ficar retidos na empresa, nesta rúbrica e não
serem distribuídos a accionistas. Esta rúbrica tem natureza semelhante à rúbrica de “Resultados Transitados” ocorrendo a sua
movimentação nos mesmos termos desta.
17. Empréstimos
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
2007
2006
Empréstimos bancários (M/L prazo) (a) 5.000.000
6.155.556
Papel comercial (M/L prazo) (B)
24.902.374
44.990.913
Empréstimo obrigacionista (M/L prazo) (C) 29.521.367
29.266.471
Outros empréstimos hipotecários (D)
7.752.059
9.915.030
67.175.800 109.176.009
(a) A Rubrica “Empréstimos Bancários” é composta pelos seguintes contratos:
- Contrato de financiamento no montante de 4.600.000 Euros, subscrito em 28 de Dezembro de 2007 com vencimento em 28 de
Janeiro de 2009, que em 31 de Dezembro de 2007 vencia juros à
taxa média anual de 5,232%. Foram dadas como garantia as
Obrigações do Tesouro registadas em outros investimentos (nota 9).
- Empréstimo bancário celebrado em 29 de Dezembro de 2005
no montante de 1.000.000 Euros, por um prazo de 5 anos, com
20 amortizações trimestrais. Em 31 de Dezembro de 2007 apresentava um valor a médio e longo prazo de 400.000 Euros e
vencia juros a uma taxa média anual de 5,75%.
b) O empréstimo de papel comercial classificado a médio e longo
prazo é composto pelas emissões seguintes:
- Emissão subscrita em 10 de Dezembro de 2007 no valor de
25.000.000 Euros, a qual em 31 de Dezembro de 2007 vencia
juros a uma taxa média anual de 5,00%. O contrato programa ao
abrigo do qual foi efectuado poderá ser utilizado pela
Somague – Engenharia, Neopul e Engigás. Terá uma amortização de capital antecipada no montante de 5.000.000 Euros em
6 de Janeiro de 2008 (registada em empréstimos correntes.
Nota 20), ocorrendo a amortização final de 20.000.000 Euros
em 6 de Janeiro de 2009.
- Emissão subscrita em 26 de Novembro de 2007 no valor de
5.000.000 Euros, a qual em 31 de Dezembro de 2007 vencia
juros a uma taxa média anual de 4,875%. O contrato programa
ao abrigo do qual foi efectuado termina em 30 de Dezembro de
2010.
A classificação destas emissões no médio e longo prazo resulta da
existência de compromisso para a renovação sucessiva dos mesmos durante todo o período dos contratos programas.
c) O Empréstimo por obrigações subscrito em 12 de Maio de 2004
vence juros semestralmente à taxa Euribor a 180 dias, acrescida de
0,875%, o qual em 31 de Dezembro de 2007 vence juros a uma
taxa média anual de aproximadamente 5,46%. O contrato ao abrigo
do qual foi efectuado este empréstimo termina em 12 de Maio de
2009. Ao montante do Empréstimo obrigacionista foi deduzida a
comissão inerente no valor de 733.529 Euros que está a ser amortizada de acordo com a vida útil do empréstimo em referência.
(d) O financiamento concedido pelo Instituto Nacional de Habitação
enquadra-se no sistema actualmente em vigor da construção a
preços controlados, devendo ser reembolsado sempre que se regista
a venda de uma fracção financiada e vence juros de acordo com as
condições do sistema.
81
82
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
18. Provisões
Em 31 de Dezembro de 2007 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Provisões para garantias
Processos judiciais em curso
Provisões p/ capitais próprios negativos
Impostos
Outras
Saldo a
Equivalência
Actualização
01.01.07
patrimonial
cambial
Saldo a
26.402.212
-
-
-
(8.040.429)
790.165
-
-
131.499
(18.665)
-
902.999.00
2.672.789
792.306
(4.200)
-
-
-
3.460.895.00
Aumentos
Reduções
Utilizações
31.12.07
- 18.361.783.00
323.425
-
(3.594)
1.100.000
-
-
1.419.831.00
2.163.927
-
76.802
1.048.919
(1.599.312)
(27.389)
1.662.947.00
32.352.518
792.306
69.008
2.280.418 (9.658.406)
(27.389)
25.808.455
O montante de 18.361.783 Euros correspondem a estimativa de
custos a incorrer no período de garantia das obras.
A provisão para processos judiciais em curso foi constituída com
base no julgamento de Conselho de Administração quanto ao seu
desfecho, bem como em informações obtidas dos advogados da
Empresa e dos seus consultores externos.
A Provisão para Capitais Próprios negativos discrimina-se da
seguinte forma:
Maguetecno
PPPS
Ute Puerto Marin
Achipelag Avition
Ute Auditorio Vigo
M50
Ferropor
Normetro
1.457.542
1.154.304
603.193
158.735
64.979
20.285
1.646
211
3.460.895
19. Outros passivos não correntes
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
2007
2006
Adiantamento de clientes
606.774
Fornecedores de imobilizado. conta corrente 16.355.393 19.501.569
Outros credores
1.166.237
16.355.393 21.274.580
20. Fornecedores correntes
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
2007
Fornecedores, conta corrente
190.995.750
Fornecedores, títulos a pagar
3.735.123
Fornecedores. facturas em recepção
e conferência
(7.984.345)
186.746.528
2006
160.902.624
6.872.433
6.497.984
174.273.041
21. Empréstimos correntes
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
2007
Descoberto bancário / Conta
caucionada (a)
113.325.966
Papel comercial (b)
20.000.000
Hot money
Outros empréstimos hipotecários (c) 15.029.258
148.355.224
2006
72.880.816
5.000.000
5.000.000
9.002.948
91.883.764
(a) Os descobertos bancários, contas correntes caucionadas e
empréstimos bancários vencem juros às taxas correntes de
mercado, para operações similares.
(b) O empréstimo de papel comercial é composto pelas emissões
seguintes:
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
-
Emissão subscrita em 10 de Dezembro de 2007 que terá uma
amortização antecipada no montante de 5.000.000 Euros em
6 de Janeiro de 2008, em 31 de Dezembro de 2007 vencia
juros a uma taxa média anual de 5,00%. (Nota 16)
-
Emissão subscrita em 8 de Outubro de 2007 no valor de
15.000.000 Euros, a qual em 31 de Dezembro de 2007 vencia juros a uma taxa média anual de 4,89%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efectuado termina em 30 de
Novembro de 2008.
(c) O financiamento concedido pelo Instituto Nacional de
Habitação enquadra-se no sistema actualmente em vigor da
construção a preços controlados, devendo ser reembolsado
sempre que se regista a venda de uma fracção financiada e
vence juros de acordo com as condições do sistema.
22. Outros passivos correntes
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
Adiantamentos por conta de vendas
Empresas do grupo
Adiantamentos de clientes
Fornecedores de imobilizado, conta corrente
Estado e outros entes públicos
Facturação antecipada
Outros credores
2007
369.197
58.526
31.966.787
6.978.037
4.822.142
84.320.823
71.669.041
200.184.553
2006
577.432
23.673
31.432.074
6.551.466
13.513.234
86.403.769
77.110.236
215.611.884
23. Vendas e prestações de serviços por
mercados geográficos
As vendas de mercadorias e as prestações de serviços efectuadas
nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, distribuem-se da seguinte forma:
2007
Continente
Madeira
Açores
Cabo Verde
Angola
Espanha
Moçambique
Brasil
Irlanda
Marrocos
Outros
422.021.993
26.840.226
62.040.235
21.792.129
87.126.529
66.244.737
310.517
9.016.281
29.628.445
1.090.844
726.111.936
2006
416.119.829
44.673.434
60.450.365
19.833.056
61.277.306
25.675.840
20.374.948
13.230.993
16.185
661.651.956
83
84
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
24. Outros proveitos operacionais
Os outros proveitos operacionais, nos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição:
2007
Proveitos suplementares
Outros proveitos e ganhos operacionais
Redução de provisões
Ganhos em imobilizações
Trabalhos para a própria empresa
Reversão amortizações e ajustamentos
Correcções relativas a exercícios anteriores
Ganhos em existências
Indemnizações
Benefícios de penalidades contratuais
Subsídios à exploração
2006
20.160.696
2.035.013
1.617.977
1.510.114
1.392.336
1.001.128
508.347
414.372
34.175
13.036
28.687.194
13.790.133
975.965
21.837
862.517
1.208.989
253.529
1.293.678
501.572
83.626
259.214
52.053
19.303.113
25. Custo das vendas
O custo das vendas, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2007 e 2006, apresentou a seguinte composição:
2007
Matérias-primas,
subsidiárias e
de consumo
Activo bruto:
Saldo em 01 de Janeiro de 2007
Compras
Saldo em 31 de Dezembro de 2007 (nota 11)
Custo do exercício
Ajustamentos acumulados a existências:
Saldo em 01 de Janeiro de 2007
Reforço/redução
Saldo em 31 de Dezembro de 2007
Valor líquido:
Mercadorias
Total
22.449.262
118.879.851
(23.247.470)
7.106.331
8.454.024
(6.987.196)
29.555.593
127.333.875
(30.234.666)
118.081.643
8.573.159
126.654.802
756.461
(692.701)
(63.760)
-
756.461
(692.701)
(63.760)
(23.183.710)
(6.987.196) (30.170.906)
2006
Matérias-primas,
subsidiárias e
de consumo
Activo bruto:
Saldo em 01 de Janeiro de 2006
Compras
Saldo em 31 de Dezembro de 2006 (nota 11)
Custo do exercício
Ajustamentos acumulados a existências:
Saldo em 01 de Janeiro de 2006
Ajustamentos
Saldo em 31 de Dezembro de 2006
Valor líquido:
Mercadorias
Total
24.308.757
97.579.202
(22.449.262)
8.203.864
686.360
(7.106.331)
32.512.621
98.265.562
(29.555.593)
99.438.697
1.783.893
101.222.590
63.760
692.701
(756.461)
-
63.760
692.701
(756.461)
(21.692.801)
(7.106.331)
(28.799.132)
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
26. Variação da produção
A variação da produção, nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2007 e 2006, apresentou a seguinte composição:
Produtos e trabalhos
em curso
Activo bruto:
Saldo em 01 de Janeiro de 2007
Alteração do perimetro
Regularização de existências
Alteração de critério
Aumento/redução do exercicio
Saldo em 31 de Dezembro de 2007 (nota 11)
Ajustamentos acumulados a existências:
Saldo em 01 de Janeiro de 2007
Alteração do perimetro
Reforço
Redução e utilizações
Saldo em 31 de Dezembro de 2007
Valor líquido:
Ajustamentos acumulados a existências:
Saldo em 01 de Janeiro de 2006
Alteração do perimetro
Reforços
Reduções e utilizações
Saldo em 31 de Dezembro de 2006
Valor líquido:
Total
23.761.475
792.391
24.553.866
404.763
4.225.535
28.391.773
156.705
(529.373)
419.723
561.468
3.696.162
28.811.496
-
(135.999)
27.707
(108.292)
(135.999)
27.707
(108.292)
28.391.773
311.431
28.703.204
Produtos e trabalhos
em curso
Activo bruto:
Saldo em 01 de Janeiro de 2006
Alteração do perimetro
Regularização de existências
Alteração de critério
Aumento/redução do exercicio
Saldo em 31 de Dezembro de 2006 (nota 11)
2007
Produtos acabados
e intermedios
16.475.702
7.285.773
23.761.475
2006
Produtos acabados
e intermedios
Total
362.944
293.448
135.99
792.391
16.838.646
293.448
7.421.772
24.553.866
-
-
-
(135.999)
(135.999)
(135.999)
(135.999)
23.761.475
656.392
24.417.867
85
86
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
27. Custos com o pessoal
29. Custos e perdas financeiras
O número médio de empregados ao serviço das principais empresas
incluídas na consolidação (Nota 3.2, alínea f) nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 foi o seguinte:
Os custos e perdas financeiras, nos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição:
2007
Somague - Engenharia
Somague Engenharia - Sucursal Angola
Somague - Ediçor, Engenharia
Somague Engenharia - Sucursal Espanha
Somague Engenharia - Sucursal Irlanda
CVC
Neopul
Engigás
Somague - Engenharia Madeira
Tegael
Sogel
Somague TI
Smartit
SmartDC
PMG
Somague Investimentos
2007
2006
1,214
1,102
438
61
13
111
258
204
136
358
27
7
1
2
2
3,934
1,274
1,265
433
146
262
241
152
268
26
10
4
3
1
4,085
Os custos com o pessoal nos exercícios findos naquelas datas
foram como segue:
2007
Remunerações
Pensões
Outros
2006
94.995.071
92.237.267
416.275
24.095
23.955.669
24.780.601
119.367.015 117.041.963
Juros suportados
16.277.931
Outros custos e perdas financeiras
3.464.446
Diferenças de câmbio desfavoráveis
2.570.792
Garantias bancárias e seguros de crédito 2.046.482
Perdas em investimentos
financeiros em associadas
1.026.099
Comissões de factoring
137.768
25.523.518
2006
17.226.305
4.288.678
801.518
2.570.878
245.851
245.494
25.378.724
30. Proveitos e ganhos financeiros
Os proveitos e ganhos financeiros, nos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição:
2007
Juros obtidos
7.778.953
Ganhos em investimentos em associadas 1.536.624
Descontos de pronto pagamento obtidos 1.283.271
Outros proveitos e ganhos financeiros
880.510
Diferenças de câmbio favoráveis
656.350
12.135.708
2006
14.751.353
2.849.774
1.304.224
1.635.118
2.308.403
22.848.872
31. Contingências
Locação operacional
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
28. Outros custos operacionais
Os custos e perdas operacionais, nos exercícios findos em 31 de
Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição:
2007
2006
Donativos
803.032
Perdas em existências
223.854
Perdas em imobilizações
103.307
Multas e penalidades
261.145
Correcções relativas a exercícios anteriores 3.211.872
Impostos
6.225.303
Outros custos e perdas operacionais
509.511
11.338.024
905.967
1.164.847
417.579
143.889
1.816.870
6.406.414
1.233.614
12.089.180
Locação operacional
Até um ano
Entre um e cinco anos
2007
(euros)
2006
(euros)
1.058.972
350.243
1.409.214
1.030.934
714.422
1.745.356
A informação acima referida respeita a rendas futuras (capital e
juros) dos contratos de ALD que se encontram em vigor nos referidos períodos.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Locação Financeira
Em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 esta rubrica tinha a seguinte
decomposição:
Locação financeira
2008
2009
2010
2011
2012 e seguintes
Juros futuros
2007 (euros)
Valor actualizado
Pagamentos
dos pagamentos
mínimos
3.868.258
4.675.229
2.892.585
3.511.274
2.510.484
2.934.026
7.084.066
8.016.755
(2.781.891)
16.355.393
16.355.393
Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm períodos de vida definidos.
O valor actualizado dos pagamentos representa o capital em divida
de cada um dos contratos de locação financeira em vigor à data.
O valor dos pagamentos mínimos inclui além do capital em divida
os juros que se encontram previstos pagar nos contratos acima
referidos.
Garantias Prestadas
Em 31 de Dezembro de 2007, as empresas do grupo tinham
prestado garantias bancárias a terceiros, de 431.060.300 Euros.
Estas garantias bancárias foram prestadas, essencialmente, para
efeitos de concursos, adiantamentos recebidos e como garantia de
boa execução de obras.
2006 (euros)
Valor actualizado
Pagamentos
dos pagamentos
mínimos
4.012.100
5.212.854
3.016.900
3.992.932
2.774.881
3.550.558
2.486.423
3.091.191
7.211.265
8.563.746
(4.909.712)
19.501.569
19.501.569
87
88
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
32. Divulgação de partes relacionadas
As transacções e saldos entre a Somague – Engenharia, S.A.
(empresa mãe) e empresas do grupo incluídas na consolidação,
que são partes relacionadas, foram eliminados no processo de
consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota.
Os saldos e transacções entre o grupo e empresas relacionadas
estão detalhadas abaixo.
Os termos e condições praticadas, entre a Somague – Engenharia, S.A.
e as partes relacionadas, são substancialmente idênticos aos que
normalmente seriam contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em operações comparáveis.
Os saldos com entidades relacionadas em 31 de Dezembro de
2007 podem ser detalhados como se segue:
Valores em
Parte relacionada
Vendas
Compras
balanço
partes
de partes
relativos a partes
relacionadas
relacionadas
relacionadas
Entidade(s) com influência significativa no Grupo
Sacyr S.A.U
216.693
228.551
661.650
Sacyr Vallehermoso
115.651
-
106.331
28.396.576
-
8.514.877
-
-
217.391
576.814
-
998.144
Vallehermoso División Promoción
Sufi
Sufi, Sucursal Portugal
Sacyr Chile
Somague SGPS
9.296
-
23.638
140.965
-
320.882
29.455.995
228.551
10.842.913
15.501
-
19.769
-
-
1.507.298
Associadas
HSE
Maguetecno
Soconstrói Engenharia
-
-
1.515.554
15.501
-
3.042.621
4.223
Empreendimentos conjuntos
ACE do Metro
10.620
-
ACE do Alqueva
-
-
91
ACE do Resercavado
-
-
74.820
ACE da Novaponte
ACE da Nova Estrada
ACE da Linha Amarela
ACE da Transmetro
ACE da Gare do Oriente
-
-
-
219.139
28.245
(47.178)
-
-
-
5.368.071
(21.377)
1.936.464
9.000
-
143.800
ACE das Águas da Linha
171.852
-
93.438
ACE da Etar da Madalena
-
-
(298)
5.000
-
-
-
-
-
(105.950)
(95.505)
(52.413)
ACE da CP Alfarelos
-
-
-
ACE das Infra-estruturas das Antas
-
-
3.976
ACE das Acessibilidades das Antas
(116.052)
-
(25.060)
86.569
-
35.881
2.433
-
(279.647)
ACE da Lismercado
-
35.449
64.145
ACE da Lipor Construção
-
-
-
ACE da Lipor Exploração
-
641.251
(450.363)
595.265
ACE da Casa da Música
ACE das Águas de Gondomar
ACE da Linha do Norte
ACE do Freeport
ACE da VL9
ACE da Linha Vermelha
1.259.875
-
ACE do Hospital Pediátrico de Coimbra
1.299.420
(7.808)
Continuação na pág. seguinte
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
continuação da pág anterior
ACE do Estaleiro de Pegões
1.935.880
7.166.916
(70.351)
ACE das Águas de Barcelos
1.217.734
11.169
253.320
ACE do Metro de Superfície
12.191
81
23.148
31.366.617
-
4.283.888
2.969.799
(8.555)
1.318.008
2.960
(559)
3.728
2.389.058
537.703
1.690.276
ACE do Litoral Atlântico
ACE dos Molhes do Douro
ACE do Fórum Coimbra
ACE Somague, Engigás, Neopul
ACE Somague Seth
336.855
(7.684)
294.850
ACE Somague, Edifer - Etar de Alcântara
676.653
2.993.000
(235.298)
ACE Somague Norlambor
352
2.898
(2.510)
2.875
-
295.435
UTE Aiboa - Getxo
222.455
-
9.172
UTE Gordoniz
404.064
-
366.268
UTE Gijón
UTE 17 Viv. Llodio
98.853
-
7.657
UTE Abandoibarra
1.143.619
-
333.187
UTE Alfatejo
118.751
-
15.913
UTE Llodio
611.339
-
47.346
2.360.382
9.263
2.500
92.461
-
177.516
124.669
-
202.040
-
-
247.483
UTE Agadir
7.600
-
133.759
UTE Alcazar
-
-
403.808
UTE Castellbisbal
289.626
-
122.696
UTE Málaga
435.720
-
154.324
UTE Sevilha (Neopul)
881.032
-
-
55.911.522
11.284.487
12.175.307
JV Somague Bowen
UTE Calle Pizarro
UTE La Lastra
UTE La Florida
89
90
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
33. Empresas excluídas da consolidação
Os investimentos financeiros em empresas excluídas da consolidação registados na rubrica de partes de capital em empresas associadas ao custo de aquisição, suas respectivas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 pelo Grupo,
são os seguintes:
Meia Serra, ACE (a)
Sede
Madeira
% efectiva de
participação
3,77%
Actividade
Construção
(a) Estas empresas encontram-se sem actividade.
34. Reconciliação entre Normativo Nacional e
Internacional Financial Reporting Standards
O grupo adoptou as Normas Internacionais de Relato Financeiro
(IFRS) em 2005, tendo aplicado para o efeito a “IFRS 1 – Primeira
adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro”, sendo a
data de transição para efeitos da apresentação destas demonstrações
financeiras 1 de Janeiro de 2004.
A IFRS 1 estabelece, como principio genérico, que as políticas contabilísticas definidas pelo grupo, de acordo com as IFRS em vigor em
1 de Janeiro de 2005, sejam adoptadas retrospectivamente e os correspondentes ajustamentos, à data de transição, registados em resultados transitados.
Entre as diversas excepções àquele princípio, previstas na mesma
IFRS 1, as mais significativas adoptadas pelo grupo foram as
seguintes:
ladas, passando ainda a estar sujeitos a testes anuais de imparidade,
ou sempre que existam indícios de perdas da mesma.
As principais diferenças de politicas contabilísticas para o normativo
nacional são as seguintes:
Activos intangíveis e custos diferidos
De acordo com o normativo geralmente aceite em Portugal procedem-se ao registo de activos intangíveis e custos diferidos decorrentes de despesas, as quais em conformidade com as IFRS, devem
ser de imediato reconhecidas como custos do exercício. Casos como
despesas de instalação, despesas com investigação e desenvolvimento e propostas para concursos de adjudicação de obras que não
cumpriam com os critérios da IAS 38 para o seu reconhecimento
como um activo, procedeu-se ao seu desreconhecimento por contrapartida de resultados transitados.
Interesses Minoritários
De acordo com a IAS 1, os interesses minoritários passam a ser apresentados como uma componente do capital próprio.
Custos e proveitos Extraordinários
As normas internacionais em vigor não permitem a classificação de
custos e proveitos como extraordinários. Consequentemente procedeu-se à sua reclassificação para outras rubricas das demonstrações dos resultados, o que se traduziu apenas numa nova apresentação dos resultados do exercício, sem que isso constituísse,
assim, qualquer impacto patrimonial.
Reconciliação entre normas nacionais (POC) e IAS/IFRS
Concentração de actividades empresariais e Goodwill
Foi decidido adoptar a IFRS 3 com efeito na data de transição (1 de
Janeiro de 2004), pelo que o goodwill apurado antes daquela data foi
mantido pelo respectivo valor, líquido de amortizações acumuladas,
enquanto que as amortizações praticadas posteriormente foram anu-
O efeito nos capitais próprios atribuíveis a accionistas da conversão
das demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal (“POC”) para
as demonstrações financeiras reexpressas em conformidade com as
IFRS pode ser detalhado como se segue:
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
Capitais próprios consolidados em 31 de Dezembro de 2006 - POC
Despesas de instalação
Despesas de investigação e desenvolvimento
Goodwill
Grandes reparações
Custos diferidos - "Proposta p/ adjudicação de obras"
Imparidade do investimento financeiro
Int)eresses minoritários
Efeito fiscal
Capital próprio consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 - IAS/IFRS
109,911,425
(423.515)
6.377
(25.446)
(4.814.049)
(645.793)
(4.060.586)
1.943
1.771.376
101.721.732
Capitais próprios consolidados em 31 de Dezembro de 2007 - POC
Despesas de instalação
Despesas investigação e desenvolvimento
Goodwill
Grandes reparações
Custos diferidos - "Proposta p/ adjudicação de obras"
Imparidade do investimento financeiro
Interesses minoritários
Efeito fiscal
Capital próprio consolidado do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 - IAS/IFRS
112.009.424
(20.405)
(15.310)
2.493.559
(3.441.956)
(137.385)
(4.060.587)
1.943
957.990
107.787.273
O efeito nos resultados líquidos consolidados da conversão das
demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios
de contabilidade geralmente aceites em Portugal (“POC”) para as
demonstrações financeiras reexpressas em conformidade com as
IFRS pode ser detalhado como se segue:
Resultados líquidos consolidados em 31 de Dezembro de 2006 - POC
Despesas de instalação
Despesas investigação e desenvolvimento
Goodwill
Grandes reparações
Custos diferidos - "Proposta p/ adjudicação de obras"
Interesses minoritários
Efeito fiscal
Resultados líquidos consolidados em 31 de Dezembro de 2006 - IAS/IFRS Pró-forma
2,363,512
147.199
67.181
2.438.773
1.409.021
1.381.226
(186)
(882.131)
6.924.595
Resultados líquidos consolidados em 31 de Dezembro de 2007 - POC
Despesas de instalação
Despesas investigação e desenvolvimento
Goodwill
Grandes reparações
Custos diferidos - "Proposta p/ adjudicação de obras"
Interesses minoritários
Efeito fiscal
Resultados líquidos consolidados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 - IAS/IFRS
3.733.213
63.269
27.029
2.519.005
1.372.094
508.408
0
(522.262)
7.700.756
35. Actividades financeiras não monetárias
Em 31 de Dezembro de 2007, os montantes de créditos bancários
obtidos de instituições financeiras e não sacados, que podem ser utilizados para futuras actividades operacionais e para satisfazer compromissos financeiros ascendem a, aproximadamente, 135 milhões
de Euros.
91
CERTIFICAÇÃO
LEGAL DAS CONTAS
CONSOLIDADAS
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
93
94
RELATÓRIO E CONTAS 2007 / CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS
CERTIFICAÇÃO
LEGAL DAS CONTAS
INTRODUÇÃO
1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas
de Somague – Engenharia, S.A. (“Empresa”), as quais compreendem o Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2007 (que
evidencia um total de 769.912.814 Euros e um total de capital
próprio de 112.158.131 Euros, incluindo um resultado líquido de
7.700.756 Euros), a Demonstração Consolidada dos Resultados,
a Demonstração Consolidada de Alterações de Capital e a
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa do exercício
findo naquela data, e os correspondentes Anexos.
RESPONSABILIDADES
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a
preparação de demonstrações financeiras consolidadas que
apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas englobadas na consolidação, o
resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa
consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo
interno apropriados.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião
profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas
demonstrações financeiras.
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
ÂMBITO
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as
Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem
dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo
seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de
segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes.
Para tanto o referido exame incluiu:
-
a verificação de as demonstrações financeiras das empresas
englobadas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido,
a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas,
baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de
Administração, utilizadas na sua preparação;
-
a verificação das operações de consolidação;
-
a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas
adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo
em conta as circunstâncias;
-
a verificação da aplicabilidade do princípio de continuidade; e
-
a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância
da informação financeira constante do relatório de gestão consolidado com as demonstrações financeiras consolidadas.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base
aceitável para a expressão da nossa opinião.
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RELATÓRIO E CONTAS 2007 / CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
OPINIÃO
7. Em nossa opinião as demonstrações financeiras consolidadas
referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos
os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada de Somague – Engenharia, S.A. em 31 de Dezembro de
2007, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos
consolidados de caixa, no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal
como adoptadas na União Europeia.
ÊNFASE
8. As demonstrações financeiras consolidadas anexas incluem contas a receber de entidades localizadas em países africanos de,
aproximadamente, 30.154.000 Euros (cerca de 30.051.000 Euros
em 31 de Dezembro de 2006). O momento da transferência
daquele montante está sujeito a autorização prévia a conceder
pelas entidades estatais daqueles países.
Lisboa, 10 de Março de 2008
ERNST & YOUNG AUDIT & ASSOCIADOS – SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (178)
Representada por:
João Carlos Miguel Alves (ROC 896)
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
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RELATÓRIO E CONTAS 2007 / NOTAS
N0TAS
NOTAS / RELATÓRIO E CONTAS 2007
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Depósito Legal: 167805/07
Tiragem: 250
Paginação: Cf Comunicação
Impressão: Costa & Valério