Lista de Exercícios de Recuperação do 2° Bimestre
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Lista de Exercícios de Recuperação do 2° Bimestre
Lista de Exercícios de Recuperação do 2° Bimestre Instruções gerais: Resolver os exercícios à caneta e em folha de papel almaço ou monobloco (folha de fichário). Copiar os enunciados das questões. Entregar a lista de exercícios no dia da avaliação de recuperação da disciplina. Não se esqueça de colocar nome, número e série. A lista de exercícios vale 2,0 (dois pontos). Capriche e bom trabalho! LÍNGUA PORTUGUESA – 1EM – PROFª. VERA As questões 01, 02 e 03 referem-se à tirinha a seguir, com o sentido claro com as imagens, mesmo numa língua estrangeira. Leia-a. Fonte: http://curinga.org/phpBB3/viewtopic.php?f=5&t=705 – 02/06/2012 – adaptado. 01. Ao ler o primeiro quadrinho, o leitor começa a pensar que a tirinha (A) critica a incorreta fala do dono ao animal, num ponto ambíguo. (B) mostra uma comum compreensão pelo cão na oralidade social. (C) reclama da inabilidade entre o homem e o cão pelo dia a dia. (D) ressalta a atual compreensão dos animais numa interpretação. (E) satiriza o pensamento do cão num sentido literal na fala do dono. 02. No segundo e no terceiro quadrinho, as imagens revelam um instrumento retórico que consiste em dizer o contrário daquilo que pensamos, causando uma disparidade intencional entre aquilo que o leitor pensa e aquilo que realmente é apresentado, numa expressão cujo nome é (A) hipérbole. (B) ironia. (C) metáfora. (D) metalinguagem. (E) paradoxo. 03. A fala do personagem ao cão, ‘Sit’ (Língua Inglesa) que quer dizer ‘senta-se’, na Língua Portuguesa, apresenta na oração, independente da oralidade social, uma dualidade profunda de um termo que pode existir entre os interlocutores, de forma a possibilitar duas situações de sentido no que é dito ou escrito, em uma frase ou numa oração. Essa circunstância na linguagem recebe o nome de (A) ambiguidade. (B) hipérbole. (C) metáfora. (D) metonímia. (E) onomatopeia. Leia o texto a seguir e responda as questões 04 e 05 propostas. História do dia 8 de março No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte-americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher" em homenagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela (Organização das Nações Unidas). Por ser criada, esta data não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. Fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm – 02/06/2012 – adaptado. 04. O tema do texto é centrado em (A) contestar. (B) dramatizar. (C) emocionar. (D) fazer humor. (E) informar. 05. O argumento desse artigo, referente ao Dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, tem o objetivo de mostrar aos leitores que o papel da mulher na sociedade atual é (A) conquistado. (B) espoliado. (C) estabelecido. (D) firmado. (E) valorizado. O texto a seguir presta-se às questões 06 e 07. NO RESTAURANTE Carlos Drummond de Andrade – Quero lasanha. Aquele anteprojeto de mulher – quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia – entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha. O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais. – Meu bem, venha cá. – Quero lasanha. – Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa. – Não, já escolhi. Lasanha. Que parada – lia-se na cara do pai. Relutante a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato: – Vou querer lasanha. – Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão. – Gosto, mas quero lasanha. – Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá? – Quero lasanha, papai. Não quero camarão. – Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão, a gente traça uma lasanha. Que tal? – Você come o camarão e eu como lasanha. O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo: – Quero lasanha. O pai corrigiu: – Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas interrogações apenas se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou: – Moço, tem lasanha? – Perfeitamente, senhorita. O pai, no contra-ataque: – O senhor providenciou a fritada? – Já sim, doutor. – De camarões bem grandes? – Daqueles legais, doutor. – Bem, então me vê um chinite, e para ela... O que é que você quer, meu anjo? – Uma lasanha. – Traz um suco de laranja para ela. Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para a surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte. – Estava uma coisa, hem? – comentou o pai, com um sorriso bem alimentado – Sábado que vem a gente repete... Combinado? – Agora a lasanha, não é, papai? – Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer, mesmo? – Eu e você, tá? – Meu amor, eu... – Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha. O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem. Disponível em: http://amorecultura.vilabol.uol.com.br/lasanha.htm (Acesso em: 8 set. 2011.) 06. De acordo com o dicionário Houaiss, entre as várias definições da palavra “clímax”, a que interessa para a Literatura é a seguinte: “parte do enredo (de um livro, filme, novela etc.) em que os acontecimentos centrais ganham o máximo de tensão para os personagens envolvidos, prenunciando o desfecho; ápice.”. Com base nessa definição, indique a alternativa que destaca o clímax do texto. (A) “A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela?” (B) “– Agora a lasanha, não é, papai? (...) Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.” (C) “(...) o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.” (D) “(...) para a surpresa do restaurante inteiro, (...), não foi recusada pela senhorita (...)” (E) “Relutante a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:” 07. Um texto é composto a partir de vários tipos de discursos: o discurso direto, quando a personagem se pronuncia diretamente; o discurso indireto, quando o narrador se pronuncia pela personagem; o indireto livre, em que pensamento e fala da personagem “amalgamam-se” ao discurso do narrador; e o próprio discurso do narrador. No texto “No restaurante”, de Carlos Drummond de Andrade, existem os quatro tipos de discurso anteriormente descritos. A relação entre a expressão retirada do texto e a classificação de seu tipo de discurso (colocada entre parênteses) está adequada em: (A) “A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha?” (discurso indireto livre) (B) “– Agora a lasanha, não é, papai? / – Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer, mesmo?” (discurso direto livre) (C) “– Estava uma coisa, hem? – comentou o pai, com um sorriso bem alimentado – Sábado que vem, a gente repete... Combinado?” (discurso do narrador) (D) “Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha.” (discurso indireto livre) (E) “O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou.” (discurso direto) O texto a seguir presta-se às questões 08 e 09. Apelidaram-no de Professor porque num livro furtado ele aprendera a fazer mágicas com lenços, níqueis e também porque, contando aquelas histórias que lia e muitas que inventava, fazia a grande e misteriosa mágica de os transportar para mundos diversos, fazia com que os olhos vivos dos Capitães da Areia brilhassem como só brilham as estrelas da noite da Bahia. Pedro Bala nada resolvia sem o consultar e várias vezes foi a imaginação do Professor que criou os melhores planos de roubo. Ninguém sabia, entanto, que um dia, anos passados, seria ele quem haveria de contar em quadros que assombrariam o país a história daquelas vidas e muitas outras histórias de homens lutadores e sofredores. Talvez só o soubesse Don'Aninha, a mãe do terreiro da Cruz de Opô Afonjá, porque Don'Aninha sabe de tudo que Yá lhe diz através de um búzio noites de temporal. João Grande ficou muito tempo atento à leitura. Para o negro aquelas letras nada diziam. O seu olhar ia do livro para a luz oscilante da vela, e desta para o cabelo despenteado do Professor. Terminou por se cansar e perguntou com sua voz cheia e quente: -- Bonita, Professor? Professor desviou os olhos do livro, bateu a mão descarnada no ombro do negro, seu mais ardente admirador: -- Uma história zorreta, seu Grande -- seus olhos brilhavam. -- De marinheiro? -- É de um negro assim como tu. Um negro macho de verdade. -- Tu conta? -- Quando findar de ler eu conto. Tu vai ver só que negro... E volveu os olhos para as páginas do livro. João Grande acendeu um cigarro barato, ofereceu outro em silêncio ao Professor e ficou fumando de cócoras, como que guardando a leitura do outro. Pelo trapiche ia um rumor de risadas, de conversas, de gritos. João Grande distinguia bem a voz do Sem-Pernas, estrídula e fanhosa. O Sem-Pernas falava alto, ria muito. Era o espião do grupo, aquele que sabia se meter na casa de uma família uma semana, passando por um bom menino perdido dos pais na imensidão agressiva da cidade. Coxo, o defeito físico valera-lhe o apelido. Mas valia-lhe também a simpatia de quanta mãe de família o via, humilde e tristonho, na sua porta pedindo um pouco de comida e pousada por uma noite. Agora, meio do trapiche, o Sem-Pernas metia a ridículo o Gato, que perdera todo um dia para furtar um anelão cor de vinho, sem nenhum valor real, pedra falsa, de falsa beleza também. Fazia já uma semana que o Gato avisara a meio mundo: -- Vi um anelão, seu mano, que nem de bispo. Um anelão bom pro meu dedo. Batuta mesmo. Tu vai ver quando eu trouxer... -- Em que vitrine? -- No dedo de um pato. Um gordo que todo dia toma o bonde de Brotas na Baixa do Sapateiro. E o Gato não descansou enquanto não conseguiu, no aperto um bonde das seis horas da tarde, tirar o anel do dedo do homem, escapulindo na confusão, porque o dono logo percebeu. Exibia o anel no dedo médio, com vaidade. Disponível em: http://www.culturabrasil.org/zip/capitaesdeareia.pdf (Acesso em: 05 nov. 2011) Jorge Amado (1912-2001), em 1937, afirmou que escrevera o melhor livro de sua vida. Esse era Capitães da Areia. O livro versa sobre as aventuras e desventuras de um grupo de menores de rua em Salvador, em meados dos anos 30. 08. O fragmento indica que (A) as personagens são nomeadas de acordo com suas características. (B) o enredo se concentra, basicamente, em torno de Professor e de João Grande. (C) o espaço é físico, um casarão abandonado, perto do cais do porto. (D) o narrador-personagem Professor é querido por todos, sendo um grande amigo. (E) o tempo é psicológico, dependendo da mente de Professor, que conta a história. 09. De acordo com o fragmento, (A) a vaidade do Gato levou-o para a prisão. (B) João Grande queria ser marinheiro. (C) há impossibilidade de futuro para os Capitães da Areia. (D) o Professor mostraria os meninos para o País. (E) Sem-Pernas era humilde e tristonho. O Simbolismo, estética da virada do século XIX para o XX, foi extremamente marcado pela musicalidade. O poeta Eugenio de Castro (1869-1944) foi um de seus expoentes em Portugal. Leia o início do poema “Um sonho”. UM SONHO Eugênio de Castro Na messe, que enlourece, estremece a quermesse... O sol, o celestial girassol, esmorece... E as cantilenas de serenos sons amenos Fogem fluidas, fluindo à fina flor dos fenos... As estrelas em seus halos Brilham com brilhos sinistros... Cornamusas e crotalos, Cítolas, cítaras, sistros, Soam suaves, sonolentos, Sonolentos e suaves, Em suaves, Suaves, lentos lamentos De acentos Graves, Suaves. (...)” Disponível em: http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/ecastro.htm (Acesso em: 02/06/2012.) 10. Dentre as figuras de estilo, a mais expressiva na composição do poema “Um sonho” é (A) aliteração. (B) metáfora. (C) onomatopeia. (D) perífrase. (E) sinestesia. 11. Leia as frases abaixo e indique a figura de linguagem predominante. a) “Virgílio, traga-me uma coca cola bem gelada!” b) Ela pronunciou uma palavra branca e fria. c) Bomba atômica que aterra Pomba atônita da paz Pomba tonta, bomba atômica…” d) “Saio do hotel com quatro olhos, - Dois do presente, - Dois do passado.” e) “O pavão é um arco-íris de plumas”. Respostas a) ________________________________ b) ________________________________ c) ________________________________ d) ________________________________ e) ________________________________ 12. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à seqüência numérica encontrada: ( ) aguardente 1) justaposição ( ) casamento 2) aglutinação ( ) portuário 3) parassíntese ( ) pontapé 4) derivação sufixal ( ) os contras 5) derivação imprópria ( ) submarino 6) derivação prefixal ( ) hipótese a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6 d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6 e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6 13. Indique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape: a) zunzum b) reco-reco c) toque-toque d) tlim-tlim e) vivido 14. Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese: a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer b) solução, passional, corrupção, visionário c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente d) biografia, macróbio, bibliografia, asteroide e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo