Mestrado Agricultura Biológica - Serviços de Informática - ESA
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Mestrado Agricultura Biológica - Serviços de Informática - ESA
Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escola Superior Agrária Relatório de Concretização do Processo de Bolonha Curso de Mestrado em Mestrado Agricultura Biológica Ponte de Lima, 2012 Índice 1 Introdução ..................................................................................................................... 1 2 Ciclo de Estudos ............................................................................................................. 2 2.1 Caracterização do Ciclo de Estudos ........................................................................ 2 2.1.1 Designação do Ciclo de Estudos: ..................................................................... 2 2.1.2 Publicação do plano de Estudos em DR .......................................................... 2 2.1.3 Área científica predominante do ciclo de estudos: ......................................... 2 2.1.4 Classificação da área principal do ciclo de estudos: ........................................ 2 2.1.5 Classificação da área secundária (se aplicável) do ciclo de estudos: .............. 2 2.1.6 Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau: ............................ 2 2.1.7 Duração do ciclo de estudos (art.º 3 DL-74/2006): ......................................... 2 2.1.8 Número de vagas aprovado no último ano letivo: .......................................... 2 2.1.9 Condições de acesso e ingresso: ..................................................................... 3 2.1.10 Regime de funcionamento: ............................................................................. 3 2.1.11 Docente Responsável pela Coordenação do Ciclo de Estudos:....................... 3 2.1.12 Objetivos definidos para o ciclo de estudos:................................................... 3 2.1.13 Coerência dos objetivos definidos com a missão e estratégia da instituição . 4 2.1.14 Meios de divulgação dos objetivos aos docentes e aos estudantes envolvidos no ciclo de estudos ...................................................................................... 6 2.2 Estrutura Curricular................................................................................................. 7 3 2.2.1 Ramos, opções, perfis, maior/menor ou outras formas de organização de percursos alternativos em que o ciclo de estudos se estrutura (se aplicável): ............ 7 2.2.2 Áreas Científicas e Créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau 9 2.2.3 Planos de Estudo ........................................................................................... 10 2.2.4 Estágios e Períodos de Formação em Serviço ............................................... 12 Organização Interna e Mecanismos da Qualidade...................................................... 13 3.1 Estrutura organizacional responsável pelo ciclo de estudo ................................. 13 3.2 Participação ativa de docentes e estudantes nos processos de tomada de decisão 14 3.3 Estruturas e Mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos ...... 14 3.4 Recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódica do ciclo de estudos. ........................................................................................................................... 15 3.5 Avaliação do desempenho dos docentes e medidas para a sua permanente atualização ....................................................................................................................... 16 4 5 3.6 Utilização dos resultados das avaliações do ciclo de estudos .............................. 18 3.7 Outras vias de avaliação/acreditação: .................................................................. 19 Recursos Materiais e financeiros................................................................................. 20 4.1 Recursos materiais ................................................................................................ 20 4.2 Recursos financeiros ............................................................................................. 21 Parcerias ...................................................................................................................... 22 5.1 Parcerias internacionais e nacionais no Ciclo de Estudos .................................... 22 5.2 6 Relacionamento do ciclo de estudos com as entidades externas ........................ 24 Pessoal Docente e Não Docente ................................................................................. 28 6.1 Pessoal Docente .................................................................................................... 28 6.1.1 Comissão de curso ......................................................................................... 28 6.1.2 Distribuição de Serviço Docente ................................................................... 29 6.1.3 Número de docentes do CE a tempo integral ............................................... 32 6.1.4 % de docentes do CE a tempo integral .......................................................... 32 6.1.5 Número de docentes do CE a tempo integral, com ligação à instituição há mais de 3 anos ............................................................................................................. 32 6.1.6 Percentagem dos docentes em tempo integral com uma ligação à instituição por um período superior a três anos........................................................................... 32 6.1.7 Número de docentes em tempo integral com grau de doutor: .................... 32 6.1.8 Percentagem de docentes em tempo integral com grau de doutor ............. 32 6.1.9 Número de docentes em tempo integral com o título de especialista: ........ 32 6.1.10 Percentagem de docentes em tempo integral com o título de especialista 33 6.1.11 Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano .............................................................................. 33 6.1.12 Percentagem dos docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano .............................................................................. 33 6.1.13 Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha) .................................................................................................. 33 6.1.14 Percentagem dos docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha) .................................................................................................. 33 6.2 Pessoal Não Docente de apoio ao Ciclo de Estudos ............................................. 33 7 6.2.1 Número e regime de dedicação do pessoal não docente afeto à lecionação do ciclo de estudos. ..................................................................................................... 33 6.2.2 Qualificação do pessoal não docente de apoio à lecionação do ciclo de estudos 34 6.2.3 Avaliação do desempenho ............................................................................ 34 Estudantes ................................................................................................................... 35 7.1 Caracterização dos Estudantes ............................................................................. 35 7.1.1 Caracterização genérica dos Estudantes ....................................................... 35 7.1.2 Procura do ciclo de estudos .......................................................................... 37 7.2 Ambiente de Ensino/Aprendizagem ..................................................................... 38 8 7.2.1 Estruturas e medidas de apoio pedagógico e de aconselhamento sobre o percurso académico dos estudantes. .......................................................................... 38 7.2.2 Medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica .................................................................................................................... 38 7.2.3 Estruturas e medidas de aconselhamento sobre as possibilidades de financiamento e emprego ........................................................................................... 39 7.2.4 Utilização dos resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes na melhoria do processo ensino/aprendizagem .............................................................. 39 7.2.5 Estruturas e medidas para promover a mobilidade, incluindo o reconhecimento mútuo de créditos............................................................................ 40 7.2.6 Ambiente de aprendizagem .......................................................................... 42 Processos (Formação).................................................................................................. 44 9 8.1 Objetivos de aprendizagem .................................................................................. 44 8.2 8.2 Carga média de trabalho necessária aos estudantes e sistema de avaliação 45 8.3 Integração dos estudantes na investigação científica .......................................... 48 8.4 Periodicidade da Revisão curricular...................................................................... 51 Resultados Académicos ............................................................................................... 52 9.1 Sucesso Escolar ..................................................................................................... 52 9.2 Empregabilidade ................................................................................................... 56 9.3 Internacionalização ............................................................................................... 58 10 Análise SWOT do Ciclo de Estudos .............................................................................. 59 10.1 Missão e Objetivos ................................................................................................ 59 10.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade............................. 59 10.3 Recursos materiais e parcerias; ............................................................................ 61 10.4 Pessoal docente e não docente; ........................................................................... 62 10.5 Estudantes............................................................................................................. 63 10.6 Processos; ............................................................................................................. 64 11 Proposta de ações de melhoria ................................................................................... 66 11.1 Missão e Objetivos ................................................................................................ 66 11.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade; ........................... 66 11.3 Recursos materiais e parcerias ............................................................................. 67 11.4 Pessoal docente e não docente ............................................................................ 68 11.5 Estudantes............................................................................................................. 69 11.6 Processos .............................................................................................................. 70 11.7 Resultados Académicos ........................................................................................ 71 1 Introdução A Escola Superior Agrária (ESA) é uma das Unidades Orgânicas integrantes do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). Foi criada em 1985 através do Decreto do Governo n.º 46/85 de 22 de Novembro. Aliada a uma forte carga histórica, transportada pela importância cultural e arquitetónica das suas instalações, excelentemente recuperadas pelo Arquiteto Fernando Távora, a ESA apresenta uma qualificada e dinâmica equipa de docentes com uma grande diversidade de competências e meios laboratoriais e informáticos que permitem desenvolver projetos de ensino, I&D e apoio à comunidade. A ESA-IPVC é um centro de formação humana, cultural, científica e técnica de nível superior, ao qual cabe ministrar a preparação para o exercício de atividades profissionais altamente qualificadas e promover o desenvolvimento da região em que se insere, sendo suas atribuições: a) a realização de cursos conducentes à obtenção, nos termos da lei, do grau de licenciatura e de mestrado; b) a realização de cursos de especialização tecnológica (CETs) e outros cursos de pequena duração, creditáveis com certificados ou diplomas adequados; c) a organização ou cooperação em atividades de extensão educativa, cultural e técnica; d) a realização de trabalhos de investigação aplicada e de desenvolvimento experimental; e) a organização ou cooperação na organização de cursos de formação profissional relacionados com os seus domínios de atividade, não diretamente enquadrados no sistema escolar; f) o estabelecimento de acordos, convénios e protocolos de cooperação com organismos públicos ou privados, nacionais, estrangeiros ou internacionais, nos termos dos estatutos do IPVC. Localizada no concelho de Ponte de Lima, é a única Escola Superior Agrária inserida no subsistema de ensino superior politécnico da Região Agrária de Entre Douro e Minho. 1 2 Ciclo de Estudos 2.1 Caracterização do Ciclo de Estudos 2.1.1 Designação do Ciclo de Estudos: Mestrado em Agricultura Biológica 2.1.2 Publicação do plano de Estudos em DR O Curso de mestrado em Agricultura Biológica foi criado pelo Despacho n.º 11654/2008, DR, 2ª série, nº80, p. 18589 de 23 de Abril do Ministério da Educação, Ciência e Ensino Superior. 2.1.3 Área científica predominante do ciclo de estudos: Ciências Agrárias 2.1.4 Classificação da área principal do ciclo de estudos: De acordo com a Portaria nº 256/2005 de 16 de Março: 62- Agricultura, Silvicultura e Pescas 2.1.5 Classificação da área secundária (se aplicável) do ciclo de estudos: De acordo com a Portaria nº 256/2005 de 16 de Março: 621 - Produção Agrícola e Animal 2.1.6 Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau: Cento e vinte. 2.1.7 Duração do ciclo de estudos (art.º 3 DL-74/2006): Dois anos. 2.1.8 Número de vagas aprovado no último ano letivo: 25 vagas 2 2.1.9 Condições de acesso e ingresso: O mestrado está organizado para ser oferecido a licenciados com uma grande diversidade de formações de base, incluindo Ciências Naturais e Engenharia. Este Mestrado poderá permitir a especialização profissional de técnicos graduados com licenciaturas em Ciências Agrárias (Agronomia e Zootecnia), mas também, com outras graduações: Veterinária, Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais, Engenharia Alimentar, Biologia, Ciências e Engenharias da Terra (Biologia), Arquitectura, entre outras. 2.1.10 Regime de funcionamento: O curso funciona semanalmente, à sexta-feira, das 9 horas às 18 horas, e ao sábado, das 9 horas às 17 hroas. 2.1.11 Docente Responsável pela Coordenação do Ciclo de Estudos: Maria Luísa Marques Roldão Moura 2.1.12 Objetivos definidos para o ciclo de estudos: O objetivo principal do mestrado em Agricultura Biológica é capacitar técnicos com domínios de natureza técnico-científica, ao nível do segundo ciclo de estudos do ensino superior, para a promoção, a gestão e a avaliação da sustentabilidade dos sistemas agrícolas e ambientais no Modo de Produção Biológico. Com o programa e as atividades previstas, pretendeu-se que os estudantes adquirissem uma base de conhecimentos científicos e técnicos que permitam: i) conferir competências de qualificação ao nível da produção, certificação, formação, ensino e investigação em Agricultura Biológica; ii) utilizar ferramentas de reflexão necessárias para a análise do funcionamento dos sistemas agrários com o objetivo de uma gestão racional dos recursos da empresa agrícola; iii) formar especialistas com conhecimentos técnicos e científicos para apoiarem o desenvolvimento do sector da produção e da transformação dos produtos biológicos; iv) formar especialistas para realizar trabalhos de inspecção do modo de produção, assegurar procedimentos seguros de rastreabilidade, autenticidade e certificação dos produtos da agricultura biológica; v) formar especialistas com conhecimentos técnicos e científicos que colaborem no desenvolvimento de projectos de investigação sobre Agricultura Biológica: qualidade dos produtos, desenvolvimento de novos produtos e 3 novas tecnologias, para melhorar o sistema de obtenção e transformação dos produtos biológicos, sustentabilidade ambiental e desenvolvimento rural; vi) capacitar o desenvolvimento de campanhas informativas ao consumidor sobre as características dos produtos em MPB; vii) exercitar a capacidade para comunicar, trabalhar individualmente ou como elemento duma equipa; viii) desenvolver a capacidade dos estudantes para, com inovação, incorporar conceitos no projecto de novos sistemas ou processos. 2.1.13 Coerência dos objetivos definidos com a missão e estratégia da instituição O IPVC é uma instituição pública de ensino superior (ES) que produz, difunde e transfere conhecimento e cultura, promove a formação integral dos cidadãos e a aprendizagem ao longo da vida, numa atitude de permanente inovação, qualidade e espírito empreendedor, centrado no desenvolvimento regional, do país e na internacionalização, em convergência com o espaço europeu do ES. Valoriza e promove a liberdade, a responsabilidade e a cidadania, o espírito crítico e de pertença, a solidariedade, a inclusão, a cooperação e a multiculturalidade. Identifica, em cada momento, as partes interessadas – agentes científicos, culturais, sociais e económicos, da região, do país ou estrangeiros – e com elas promove as parcerias consideradas necessárias para uma ação eficaz e de sucesso. A criação de sinergias pela ação concertada das comunidades interna (alunos, funcionários e professores) e externa, em particular, autarquias, serviços e empresas, constituirão a atitude-marca da instituição. Dispõe de um modelo organizacional convergente para um projeto único e plural, servido por um sistema de direção estratégica ágil, capaz de distribuir eficientemente os recursos e orientado para os seus objetivos estratégicos. Dispõe, ainda, de serviços organizados que servem, transversalmente, toda a instituição. Dispõe de uma oferta formativa diversificada, transversal às suas Escolas e que assegura a formação integral das pessoas, fomentadora do sucesso, da autoaprendizagem e da capacidade de empreender. Usa métodos e processos de ensino/aprendizagem inovadores, atrativos, suportados em novas tecnologias e um ambiente académico estimulante. Desenvolve os seus processos formativos com grande proximidade ao tecido 4 social e económico visando a aproximação dos estudantes ao seu papel social futuro e à realidade do mundo empresarial e do trabalho. Os objetivos do curso enquadram-se na missão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, considerando que esta é uma instituição de ensino superior de direito público, ao serviço da sociedade, e uma comunidade de estudantes e profissionais qualificados e participativos, que tem como missão o desenvolvimento harmonioso da pessoa humana, a criação e a gestão do conhecimento e da cultura, da investigação, da ciência, da tecnologia e da arte. Os objetivos do curso ajustam-se à missão do IPVC na medida em que esta instituição pretende formar cidadãos livres, criativos, críticos e solidários, com elevados níveis de competência, motivados e preparados para construírem a sua realização pessoal e profissional de modo ético e empreendedor. O impacto do curso revelar-se-á na formação técnica dos alunos e no desenvolvimento de investigação e projectos de inovação, através da realização de trabalhos curriculares, em particular os trabalhos finais de dissertação/ projecto ou estágio, inseridos em contextos práticos da academia, administração e tecido empresarial. O IPVC valoriza a atividade do seu pessoal docente, investigador e não docente, estimula a formação intelectual e profissional dos seus estudantes e diplomados bem como a sua mobilidade, tanto a nível nacional como internacional, designadamente no espaço europeu de ensino superior e na comunidade de países de língua portuguesa. O IPVC pretende, ainda, ser uma instituição reconhecida como parceiro fundamental para os agentes sociais, económicos e culturais, participando, designadamente, em atividades de investigação e desenvolvimento, difusão e transferência do conhecimento e cultura, assim como de valorização económica do conhecimento científico e neste sentido os objetivos de curso enquadram-se claramente na missão do IPVC. Os objetivos do curso enquadram-se, também, nas atribuições do IPVC porque se trata da realização de um ciclo de estudos visando a atribuição de grau académico, que contribui para a criação do ambiente educativo e de desenvolvimento humano adequado à missão do IPVC, com realização de investigação e o apoio e participação em instituições científicas e de transferência e valorização do conhecimento científico e tecnológico. Este curso, através da dissertação/projeto/estágio, permite a atualização de conhecimentos, a colaboração na prestação de serviços à comunidade e de apoio ao desenvolvimento da 5 região e do país, numa perspetiva de valorização recíproca e de cooperação e intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres, nacionais e estrangeiras. Este curso permite aos estudantes a cooperação internacional através do Programa Erasmus, a produção e difusão do conhecimento e da cultura, e o apoio ao associativismo estudantil. Proporciona, ainda, condições de estudo adequadas aos trabalhadores estudantes. Os objetivos do curso surgem, também, no âmbito dos objetivos da ESA para a área das ciências agronómicas. Objetivos estes que têm vindo a ser cumpridos através da realização de cursos conducentes à obtenção do grau de licenciatura em Engenharia Agronómica- Ramo Espaços Verdes e Ramo Zootecnia. O desenvolvimento dos diversos projetos de I&DT da ESA, contribuem, também, para fundamentar e enquadrar os objetivos do curso do MAB na missão e objetivos da ESA-IPVC. 2.1.14 Meios de divulgação dos objetivos aos docentes e aos estudantes envolvidos no ciclo de estudos A apresentação do Ciclo de Estudos, seus objetivos, duração, perfil e saídas profissionais, assim como plano curricular e condições de acesso estão explicitamente descritos no portal do IPVC (www.ipvc.pt), na ligação associada ao mesmo. No início de cada ano letivo são dinamizadas reuniões com os docentes e estudantes envolvidos no ciclo de estudos para a divulgação dos objetivos gerais e funcionamento. Na primeira aula de cada UC é efetuada a apresentação dos objetivos específicos dessa UC, programa e metodologias de avaliação. Esta informação também é disponibilizada através da plataforma de e-learning do IPVC (http://elearning.ipvc.pt). Os objetivos do curso foram discutidos entre os docentes do grupo de trabalho que apresentou a proposta de criação do curso e, posteriormente, alargou-se a discussão a todos os docentes, designadamente em reuniões do conselho científico da ESA. A divulgação do curso aos estudantes realizou-se através do contacto direto entre docentes e alunos a terminar as licenciaturas na ESA, mensagens eletrónicas aos antigos alunos da ESA e para outras escolas e entidades, por painéis e por folhetos de divulgação do curso. O curso foi divulgado em outros estabelecimentos de ensino superior, em redes sociais, em eventos técnicos, nomeadamente no III Encontro Nacional de Horticultura Biológica, I Encontro Nacional de Pecuária Biológica, realizado em Braga em Setembro de 6 2011 e teve na sua organização os membros da comissão de curso do MAB, envolvendo os alunos no secretariado deste evento. O curso foi divulgado na comunicação social particularmente nos distritos de Viana do Castelo e Braga. Também foi feita a divulgação em certames como a Feira Nacional de Agricultura Biológica, realizada no Porto, na Feira Internacional de Agricultura Agro-2012, realizada em Braga, na Feira Agrícola da Trofa e na Mostra IPVC/Oferta formativa em Viana do Castelo. A divulgação do curso ao nível de outras regiões do país e de regiões espanholas fronteiriças, foi realizada pela participação de alunos e docentes em visitas de estudo a empresas e Instituições que colaboram no MAB, e que divulgam de diferente formas a presença dos alunos nas suas empresas ou instituições. A divulgação detalhada do curso na página da Internet da ESA e as ligações à mesma através da sua colocação em mensagens e informações em outras páginas de outras entidades, permitiu aos interessados conhecer atempadamente à informação sobre: enquadramento; objetivos e competências; comissão de curso; funcionamento; condições de acesso e destinatários; saídas profissionais; plano de estudos plano de estágio; corpo docente; regulamento; propinas; candidaturas; seriação. 2.2 Estrutura Curricular 2.2.1 Ramos, opções, perfis, maior/menor ou outras formas de organização de percursos alternativos em que o ciclo de estudos se estrutura (se aplicável): O ciclo de estudos do mestrado em Agricultura Biológica apresenta a duração de dois anos, totalizando 120 créditos no Sistema Europeu de Transferência de Créditos (ECTS), e integra um curso de especialização constituído por um conjunto organizado de 12 unidades curriculares (10 de carácter obrigatório e duas optativas), que perfazem 60 ECTS, e uma dissertação de natureza científica ou um trabalho de projeto, originais e especialmente realizados para este fim, ou um estágio de natureza profissional objeto de relatório final, consoante os objetivos específicos visados, nos termos fixados pelas respetivas normas regulamentares, a que corresponde 60 ECTS. 7 De acordo com o preconizado para o ciclo de estudos de mestrado no ensino politécnico, este curso foi organizado para assegurar, predominantemente, a aquisição pelo estudante de uma formação predominantemente profissionalizante, promovendo a continuidade de formação, a requalificação profissional, ou ainda o aprofundamento e consolidação de conhecimentos na área da agricultura biológica, com competências que lhes permitam actuar ao nível do sector agrário e, em particular, na agricultura biológica, contribuindo para a promoção de um desenvolvimento sustentável. Nesse sentido, este curso encontra-se organizado de forma a qualificar os estudantes graduados com conhecimentos interdisciplinares como a agronomia - produção vegetal e animal (práticas e técnicas da agricultura biológica), a legislação, inspecção, certificação e rotulagem dos produtos segundo o MPB, e a análise sócio económica de mercados da agricultura biológica. O curso pretende formar profissionais com um perfil de técnico, projectista e executor, em paralelo com uma postura de investigação e inovação, assim como o de coordenação e comunicação contínua entre os agentes presentes nas acções em que participa. Neste sentido, este mestrado encontra-se organizado para ser frequentado por licenciados com uma grande diversidade de formações de base, incluindo Ciências Naturais e Engenharia, Ciências Agrárias (Agronomia e Zootecnia), Veterinária, Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais, Engenharia Alimentar, Biologia, Ecologia, Ciências e Engenharias da Terra (Biologia), Arquitectura, entre outras. A relação dos objetivos e da organização do ciclo de estudos, com as competências expectáveis de licenciados em qualquer uma das áreas anteriormente referidas coadunam-se, ainda, com a formação e troca de experiências no interior de equipas multidisciplinares próprias da atuação nas áreas das ciências agrárias, do ambiente e alimentares. Ao longo dos dois primeiros semestres, decorrem 12 unidades curriculares previstas no plano de estudos (10 obrigatórias e 2 optativas), com vista à aquisição de competências no planeamento, na produção, certificação e comercialização de produtos biológicos, no empreendedorismo e inovação. As duas unidades curriculares optativas favorecerão, quer o objetivo da complementaridade da formação de cada aluno, quer o aprofundamento ou atualização do conhecimento científico e/ou técnico em determinada área do saber, em função do 8 sector laboral onde o formando esteja inserido. Estas unidades curriculares optativas integram o plano de estudos da proposta do Mestrado de Gestão Ambiental e Ordenamento do Território e das atuais licenciaturas de Engª Agronómica, de Biotecnologia e de Engª do Ambiente da ESAPL. Incluem temas relacionados com o Planeamento Rural e Urbano, Gestão de Recursos Hídricos, Gestão e Auditoria Ambiental, Política e Economia entre outras. No âmbito de várias unidades curriculares, realizam-se visitas de estudo que permitem completar a aprendizagem adquirida em contexto de sala de aula, conferindo ao aluno competências adicionais em diversos domínios. Os contatos profissionais efetuados, permitindo o contato com a realidade produtiva e comercial deste sector são um fator de empregabilidade relevante. No terceiro semestre, inicia-se a dissertação/projeto/estágio de mestrado (60 ECTS), com a duração de um ano, As aulas de orientação tutória decorrem ao longo de todo o ano para dar resposta às necessidades individuais de cada estudante. A obtenção do grau de mestre, de acordo com a alínea b) do ponto 1 do Artigo 20.º do Decreto-lei nº 74/2006, resulta da aprovação às doze unidades curriculares já referidas, e da realização de uma dissertação de natureza científica, desenvolvimento de um projeto original ou estágio de natureza profissional, em ambiente empresarial, associações de desenvolvimento regional e local, ou outras instituições nacionais e estrangeiras. A elaboração da dissertação ou do trabalho de projeto e a realização do estágio são orientadas por um doutor ou por um especialista de mérito reconhecido como tal pelo conselho técnico-científico do IPVC. A orientação pode ser assegurada em regime de coorientação, quer por orientadores nacionais, quer por nacionais e estrangeiros. O estudante terá que elaborar a dissertação/projeto/relatório de estágio e apresentar publicamente a mesma, perante um júri a constituir para o efeito, cumprindo o disposto no Artigo 22º do Decreto-lei nº 74/2006. 2.2.2 Áreas Científicas e Créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau As áreas científicas e ECTS do Plano de Estudos do curso de Mestrado em Agricultura Biológica são apresentadas no Quadro 2.1. 9 Quadro 2.1 - Áreas científicas e créditos que devem ser reunidos para a obtenção do grau Área científica Sigla Créditos Obrigatórios Opcionais Ciências Agrárias AGR 23 Ciências Económicas ECN 9 Ciências Ambientais AMB 6 Ciências Veterinárias VET 5 Ciências da Comunicação COM 2 Estatística EST 2 Ciências Sociais SOC 2 Ciências de Engenharia ENG 3 Ciências Alimentares ALI 6 Dissertação Científica / Trabalho de Projecto / Estágio (Relatório final) TOTAL 3 60 109 11 2.2.3 Planos de Estudo As unidades curriculares e os respetivos ECTS do plano de estudos do curso de Mestrado em Agricultura Biológica, são apresentadas no Quadro 2.2. O primeiro ano do curso de mestrado organiza-se em dois semestres, correspondendo cada um a 30 ECTS. No segundo ano do Curso de Mestrado desenvolvem-se os trabalhos para a dissertação/projeto/estágio (60 ECTS). Os conhecimentos sobre Metodologias da Investigação e a realização da Dissertação/Projecto/Estágio), aliados ao estímulo do espírito empreendedor e da capacidade para inovar, patente ao longo do plano curricular do curso, tornarão o Mestre em Agricultura Biológica apto para desenvolver projectos de investigação e desenvolvimento em vários domínios científicos, para além de lhe conferir capacidade, iniciativa e motivação para o desenvolvimento de projectos empresariais, nomeadamente para a criação de spin-offs académicos. Os trabalhos para a dissertação/projeto/estágio realizam-se em instituições de ensino superior, unidades de investigação, instituições públicas ou privadas de desenvolvimento tecnológico, empresas públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras. 10 Quadro 2.2 - Plano de estudos 1º ano 1.º semestre Área Científica Unidades curriculares Tempo de Trabalho (Horas) Total Análise de Sistemas Ambientais (ASA) AMB 162 Gestão da Fertilidade do Solo e da Nutrição das Culturas (GFS) AGR 108 Protecção das Culturas no MPB (PCB) AGR 135 Pecuária Biológica (PB) AGR 135 Marketing e Certificação (MC) ECN, SOC 108 Investigação e Inovação (INV) EST, ECN, COM 162 Contacto T=15; PL=30;OT=10 T=10; P=20;OT=10 T=10; P=20; S=5; O=5; OT=10 T=10; P=20; S=5; O=10; OT=10 T=10; P=20;OT=10 TP=15; PL=15; S=10; O=10; OT=15 Créditos 6 4 5 5 4 6 60 Total de créditos 1º ano 2.º semestre Olericultura e Plantas Aromáticas e Medicinais no MPB (OPAM) Fruticultura, Viticultura e Olivicultura no MPB (FVO) AGR 108 AGR 135 VET 135 Saúde e Bem-Estar Animal (SBA) Política, Planeamento e Gestão da Empresa (PPG) Pós-colheita e Transformação (PCT) (opção) a) ECN 135 ALI 135 T=10; P=20; S=5; O=5; OT=15 T=15; P=15; S=5; O=5; OT=10 T=10; P=10; PL=10; O=10; OT=10 TP=30; O=10; OT=10 T=10; PL=20; S=5; O=5; OT=15 T=15; PL=30; O=5; OT=15 4 5 5 5 5 Sistemas e Infra-estruturas de Informação AMB, 162 Geográfica (SIG) ENG 6 (opção) a) Total de créditos 60 O elenco de unidades curriculares de opção a oferecer é fixado pelo órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino. 2º ano Dissertação/projeto/estágio 1500 OT=250 60 A obtenção do grau de mestre, de acordo com a alínea b) do ponto 1 do Artigo 20.º do Decreto-lei nº 74/2006, resulta da aprovação às onze unidades curriculares já referidas, e da realização de uma dissertação de natureza científica, desenvolvimento de um projeto original ou estágio de natureza profissional, em ambiente empresarial, associações de desenvolvimento regional e local, ou outras instituições nacionais e estrangeiras. A elaboração da dissertação ou do trabalho de projeto e a realização do estágio são orientadas por um doutor ou por um especialista de mérito reconhecido como tal pelo 11 conselho técnico-científico do IPVC. A orientação pode ser assegurada em regime de coorientação, quer por orientadores nacionais, quer por nacionais e estrangeiros. O estudante terá que elaborar a dissertação/projeto/relatório de estágio e apresentar publicamente a mesma, perante um júri a constituir para o efeito, cumprindo o disposto no Artigo 22º do Decreto-lei nº 74/2006. 2.2.4 Estágios e Períodos de Formação em Serviço As instituições e empresas em que os alunos do 2º ano realizaram os trabalhos práticos, tendo em vista a elaboração da tese, projeto ou estágio apresentam-se no Quadro 2.3. Quadro 2.3 - Instituições e empresas acolhedoras de alunos para realização de trabalhos de dissertação, projeto ou estágio. Instituições de Ensino Superior: Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias/Univ. de Trás-os-Montes e Alto Douro Fac. de Ciências e Tecnologia/Univ. do Algarve Fac. de Ciências/Univ. de Coimbra Dep. Ciências Agrárias/Univ. dos Açores Dep. de Eng.ª Biológica, Univ. do Minho Escola Superior de Tecnologia e Gestão/Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escolas Profissionais Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento, Santo Tirso Organismos Públicos Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Braga Instituto Nacional de Recursos Biológicos, I.P., Oeiras Câmara Municipal de Penafiel, Penafiel Organizações de produtores Associação de Produtores Biológicos de Terras de Bouro Associação de Produtores Biológicos de Vila Verde Associação Vessadas, Paredes de Coura Frutas Cruzeiro, Lda, Vila da Ponte, Sernancelhe Frutas Douro e Minho, Braga Empresas agrícolas e outras Cantinho das Aromáticas, Vila Nova de Gaia Exploração Vitícola Rural Lima – Soc. de Produção Agrícola Lda., Viana do Castelo Casa da Reina, Viana Castelo Ervital - Plantas Aromáticas e Medicinais, Lda., Mezio, Castro Daire Quinta de Tarrio, Guimarães Quinta Casal Matos, Marco de Canavezes Silvicaima - Sociedade Silvícola do Caima, S.A., Olho Marinho Fertil.Com - Gestão e Valorização de Resíduos, Lda. Bioinvitru – Biotecnologia, Lda. BioPicotoVillage Ldª Instituições de Solidariedade Social Centro Social e Cultural de Vila Praia de Âncora Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Braga APADIMP - Associação de País e Amigos dos Diminuídos Mentais de Penafiel 12 3 Organização Interna e Mecanismos da Qualidade 3.1 Estrutura organizacional responsável pelo ciclo de estudo A aprovação da criação dos Ciclos de Estudo (CE) é da competência do Presidente, com parecer da Direção da UO, Conselho Pedagógico (CP), do Conselho Académico e do Conselho Técnico-Científico (CTC).O Coordenador de Curso (CC), em colaboração com a Comissão de Curso, elabora o relatório anual do CE, que é apreciado pela Direção e pelo CP da Escola. Este relatório pode conter propostas de alteração ou ações de melhoria do CE, sujeitas a aprovação pelos órgãos competentes. As propostas de revisão ao plano de estudos são apresentadas pelo CC e submetidas ao CTC, com parecer da Direção e do CP e validação final do Presidente do IPVC. O CC articula com os responsáveis das UCs a atualização dos programas, que são aprovados pelo CTC, e garante o seu bom funcionamento. Anualmente, os coordenadores de curso identificam as necessidades de serviço docente do curso. Com base nessa informação, as áreas científicas, através dos seus grupos disciplinares, propõem contratação, renovação de contratos e distribuição de serviço docente aos diretores das UO’s que enviam à respetiva comissão técnico-científica para aprovação em CTC e homologação pela Presidência. O curso de mestrado de Agricultura Biológica (MAB) foi criado pelo Despacho nº 11654/2008, DR, 2ª série, nº 80, p18589 de 23 de Abril. Baseia-se num projeto da ESA, em colaboração com outras Instituições públicas e privadas, e aposta num ensino de excelência, acompanhando sempre a evolução científica, pedagógica e das novas tecnologias, as necessidades dos alunos e orientado para a sociedade a que serve. O contacto com universidades nacionais e estrangeiras, em especial a Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro, a Universidade Técnica de Lisboa, a Universidade do Porto, o Instituto Politécnico de Bragança a Universidade de Santiago de Compostela, a Universidade de Lugo, através de projetos de I&D e protocolos de colaboração, permite a participação de docentes convidados dessas instituições, em seminários realizados no âmbito do mestrado. A comissão de curso é constituída pelos professores: Maria Luísa Roldão Marques de Moura (coordenadora), Luís Miguel Cortez de Brito; José Pedro Pinto Araújo e José Raúl de Oliveira Rodrigues, sendo Isabel de Maria Gonsalves Mourão o professor representante do Conselho Pedagógico. A comissão de curso incluiu, também, dois 13 estudantes: Custódio de Sousa Oliveira como representante do Conselho Pedagógico e Carla Maria Ferreira Rodrigues como delegada do curso. 3.2 Participação ativa de docentes e estudantes nos processos de tomada de decisão A participação dos docentes é assegurada pela sua intervenção no Conselho Geral, Conselho Técnico-Científico, Conselho Académico, Conselho Pedagógico, Coordenações de Curso, interação nas Áreas Científicas e Grupos Disciplinares. Além disso, essa participação é ainda promovida em reuniões periódicas de docentes, participação em inquéritos de avaliação do funcionamento do IPVC, intervenção em processos pedagógicos e académicos chave como a preparação de materiais pedagógicos, análise de pedidos de creditação de competências, júris de provas, etc. A participação dos estudantes é assegurada através da sua representação no Conselho Geral, Conselho Académico, Conselho Pedagógico, intervenção das Associações e Federação de Estudantes, Inquéritos de avaliação da Qualidade de Ensino, das Bibliotecas e dos Serviços de Acão Social. 3.3 Estruturas e Mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos O IPVC tem implementado um Sistema de Gestão e de Garantia da Qualidade (SGGQ), certificado desde 2008, organizado em processos e orientado para a melhoria da qualidade do ensino e demais atividades de gestão e de suporte. O SGGQ, coordenado pelo Gabinete de Avaliação e Qualidade (GAQ), gera informação para definir medidas de melhoria contínua dos ciclos de estudos e procura o comprometimento de todos os atores neste processo. O GAQ apoia as Coordenações de Curso nos mecanismos de Garantia da Qualidade, em cooperação com órgãos e serviços que intervém nas atividades administrativas, científicas e pedagógicas. Anualmente, é implementado um Programa de Auditorias, permitindo definir causas de ocorrências e ações corretivas. São elaborados Relatórios Anuais das UC’s e de Curso que permitem, juntamente com os Relatórios das auditorias, Relatórios de Auscultação às partes interessadas e com os resultados dos indicadores de desempenho dos processos relacionados com o ensino e 14 aprendizagem, efetuar uma análise do grau de cumprimento dos objetivos e definir ações de melhoria para o ciclo de estudo. O SGGQ-IPVC procura garantir a abrangência e eficácia dos procedimentos e estruturas de garantia da qualidade relacionadas com cada uma das vertentes nucleares da sua missão como Instituição de Ensino Superior Publico: o ensino e aprendizagem, através do processos: ACADÉMICOS (ACA), Criação e Restruturação de Cursos (CRC) FORMAÇÃO (FOR), Cooperação Internacional (CIN) e Observatório (OBS); a investigação e desenvolvimento, através do processo Gestão e Projetos (GPR), com apoio da Oficina de Transferência de Tecnologia e do Conhecimento (OTIC) e unidades de Investigação; a colaboração interinstitucional e com a comunidade, através do processos: Cooperação Internacional (CIN), Planeamento e Gestão Estratégica (PGE), Promoção e Imagem (PMI); as políticas de gestão do pessoal, através do processo Recursos Humanos (RHU); os serviços de apoio, através do processos: Gestão de Espaços Educativos (GEE), Gestão Económico-Financeira (GEF), Gestão de Sistemas de Informação (GSI), Expediente e Arquivo (EAR), Gestão Documental (GDO), Ambiente Higiene e Segurança (AHS), Gestão de Empreitas e de Infra-estruturas (GEI), Biblioteca (BIB), Serviços de Ação Social (SAS); a internacionalização, através dos Processos: Cooperação Internacional (CIN), Planeamento e Gestão Estratégica (PGE), Promoção e Imagem (PMI). No sentido de contribuir para a qualidade do curso destacam-se ainda as reuniões periódicas da comissão de curso e desta com os todos os alunos, para avaliar o funcionamento do curso. 3.4 Recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódica do ciclo de estudos. O GAQ tem implementado procedimentos de auscultação para avaliar o grau de satisfação das partes interessadas incluindo a realização de inquéritos e monitorização de sugestões e reclamações e estudos de follow-up, feitos a antigos estudantes, parceiros e 15 instituições empregadoras. Destaca-se o inquérito de avaliação da satisfação da qualidade de Ensino elaborado semestralmente aos estudantes, que inclui uma componente de avaliação da escola, dos docentes e das UC’s e do ciclo de estudos no seu todo. É continuamente monitorizada informação relativa a candidaturas e colocações, caracterização dos estudantes, sucesso, abandono e empregabilidade para o ciclo de estudos, que juntamente com os relatórios resultantes das auditorias internas e dos processos de auscultação e avaliação da satisfação, são usados para a avaliação periódica do ciclo de estudos e reportados no Relatório anual de Curso. Com base nos resultados, são definidas ações de melhoria. Os relatórios anuais das UC’s refletem uma elevada adesão às aulas, sendo considerada elevada a muito elevada para todas as UC’s. A percentagem de alunos avaliados, foi de 94% e a percentagem de alunos com aproveitamento foi de 99%. O programa foi cumprido em todas as UC’s, e os recursos disponíveis foram considerados adequados, à exceção da UC de Fruticultura, Viticultura e Olivicultura, devido à inexistência na ESA de material de apoio às aulas práticas, não obstante os esforços envidados pelo docente responsável no sentido de resolver esta lacuna. A taxa de disponibilização dos Conteúdos Programáticos das UC’, do material bibliográfico de apoio e o lançamento de sumários, foram feitos atempadamente, sendo de referir que estes aspetos têm sido monitorizados por auditorias frequentes, feitas no âmbito do sistema de gestão da qualidade, implementado ao nível do IPVC. No que respeita ao número de horas lecionadas em relação às previstas, estas foram cumpridas integralmente. Em termos de apoio ao aluno, a falta de bibliografia é o aspeto mais referido nos relatórios das UC’s, sendo de referir também a necessidade de se melhorar o sistema online existente, no sentido de se poder disponibilizar aos alunos as potencialidades proporcionadas pelo sistema e-learning. 3.5 Avaliação do desempenho dos docentes e medidas para a sua permanente atualização O IPVC considera que o potencial das pessoas pode ser melhor usado através da partilha de valores e de uma cultura de confiança e de responsabilização, que encoraje o 16 envolvimento de todos. Baseado numa gestão e partilha de conhecimentos, dentro de uma cultura de aprendizagem contínua, inovação e melhoria, procura-se: transmitir a importância da contribuição de cada um; identificar fatores que constituem obstáculo ao trabalho; aceitação das responsabilidades; avaliar o seu desempenho, em função de objetivos e metas; estimular o reforço das suas competências, conhecimentos e experiência e sua partilha; a discussão aberta de problemas e questões relevantes. O Regulamento do Sistema de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente do IPVC (Despacho 14652/2012 de 13 de novembro), define os mecanismos para a identificação dos objetivos do desempenho docente para cada período de avaliação, explicitando a visão da instituição, nos seus diversos níveis, ao mesmo tempo que traça um quadro de referência claro para a valorização das atividades dos docentes e estabelece, ainda, as regras para alteração do posicionamento remuneratório de acordo com os artigos 35º-A e 35º-C do Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico (ECPDESP). As medidas para a atualização do corpo docente não poderão ser vistas, no momento atual, afastadas da obrigação legal das instituições de ensino superior criarem condições aos seus docentes para fazerem ou concluírem a sua formação avançada, como condição básica da sustentabilidade do próprio subsistema, da própria instituição e do acesso à carreira por parte dos docentes. Até ao final de 2011, o programa PROTEC, organizado pela ADISPOR, permitiu um impulso na formação avançada dos docentes do ensino superior politécnico, contratualizando essa formação com universidades europeias. Além da formação avançada o IPVC têm mantido uma atitude de incentivo e ajuda à atualização permanente do corpo docente, quer através de formação organizada internamente, quer por apoio à participação em formação externa quer, ainda, pela concessão do estatuto de bolseiro. A própria existência do Sistema de Gestão e de Garantia da Qualidade, em que, no âmbito do Processo de gestão dos Recursos Humanos, se diagnosticam as necessidades formativas e se elaboram Planos anuais de Formação, apoia a política de formação da instituição. A instituição assume que a qualidade do ensino & aprendizagem, de investigação e de prestação de serviços se baseia nas qualificações e competências dos seus docentes e funcionários. De referir ainda, nesta política de Melhoria da Qualidade, a realização periódica dos inquéritos de satisfação dos colaboradores do IPVC. Através do RJIES e dos 17 Estatutos, todas estas informações são debatidas a nível das direções das UO’s, das áreas científicas, do Conselho de Gestão alargado, dos Conselhos Técnico-Científico, Académico e Pedagógico e das Comissões de Curso. 3.6 Utilização dos resultados das avaliações do ciclo de estudos Os relatórios de Curso são analisados em Conselho Pedagógico e são divulgados à comunidade através do portal do IPVC. Poderão também ser analisados em reuniões de docentes e de estudantes do CE. As ações de melhoria propostas são submetidas à Direção da Escola e no caso de envolverem modificações ao plano de estudos, também ao CTC. As ações são planeadas entre a Coordenação de Curso e a Direção, definidos responsáveis e prazos de implementação. O acompanhamento e a análise da eficácia das ações implementadas para a melhoria do CE é da responsabilidade do CC que reporta à Direção e regista no relatório de Curso seguinte. O seguimento das ocorrências detetadas em auditorias, acompanhamento de sugestões e reclamações e avaliação da eficácia das ações corretivas é da responsabilidade do GAQ, que também monitoriza os indicadores desempenho dos processos e dos objetivos gerais da Qualidade do SGGQ, definidos anualmente, e reporta nos Balanços da Qualidade para Revisão do Sistema. O sistema de avaliação no ciclo de estudos em análise inclui, essencialmente, trabalhos de planeamento, gestão e marketing, trabalhos monográficos, trabalhos práticos, testes de avaliação e/ou exame final. A percentagem de alunos submetidos a avaliação foi de 94% e, dentro destes, a taxa de aprovação foi de 99%. Entre as ações de melhoria implementadas em consequência do relatório referente ao período de 2010/11, referem-se: o envolvimento de alunos no secretariado da organização do III Encontro Nacional de Horticultura Biológica e I Encontro Nacional de Pecuária Biológica; a participação de muitos alunos neste evento e apresentação de 6 comunicações orais e 4 comunicações em painel, referentes a trabalhos no âmbito das dissertações do mestrado; a participação dos alunos na recolha de variedades regionais de fruteiras e respetiva enxertia no campo da ESAPL onde está instalada a coleção varietal; a constituição da nova Comissão de Curso do Mestrado, integrando docentes provenientes das diferentes áreas científicas da especialidade de agronomia e, em particular, no MPB; a realização do Seminário de apresentação dos temas das teses dos alunos do 2º ano (em curso), realizado no dia de recepção aos alunos da 5ª Edição do 18 Mestrado 2012/2014; a realização de visitas de estudo durante o ano, mesmo sem verba e a expensas dos alunos e dos docentes; a participação de alunos noutros eventos técnico-científicos com apresentação de comunicações orais e em painel, bem como a publicação de artigos em revistas e proceedings da especialidade. 3.7 Outras vias de avaliação/acreditação: O SGGQ do IPVC está certificado pela Norma Internacional ISO 9001, desde Janeiro de 2009, tendo sido sujeito a uma auditoria pela A3ES em Maio de 2012. 19 4 Recursos Materiais e financeiros 4.1 Recursos materiais A Escola Superior Agrária de Ponte de Lima localiza-se no edifício restaurado do Mosteiro de Refóios, com cerca de 7 000 m2 de área coberta, onde se instalaram os laboratórios de ensino e de investigação, salas de aulas teóricas e práticas, biblioteca, estruturas de apoio audiovisuais e de informática, gabinetes, serviços administrativos e académicos e refeitório. Como edifícios anexos possui um auditório equipado com meios audiovisuais e de tradução simultânea, uma residência de estudantes e espaços desportivos. Como estrutura de apoio técnico e pedagógico, a ESA-IPVC possui uma exploração agrícola que inclui a designada Quinta do Mosteiro, com uma área aproximada de 17 hectares e uma área florestal de igual dimensão. Nos terrenos da quinta existem um complexo pedagógico com uma sala de aulas teóricas e um laboratório, estufas, 2 hectares pomares de macieiras, pereiras (coleção com 30 variedades regionais de pomóideas), castanheiros e nogueiras, dois hectares de vinha, plantações de mirtilos e de framboesas, um pavilhão para animais e um hangar de máquinas. A ESA-IPVC possui ainda veículos de transporte para estudantes que servem de suporte às visitas de estudo. Os equipamentos laboratoriais existentes na ESA-IPVC incluem valências nas áreas da microscopia, histologia, biologia molecular, espectrofotometria, colorimetria, fotometria, potenciometria, equipamento de digestão e de destilação, amplificadores de DNA sequenciador automático de DNA, analisador de carbono, equipamento de meteorologia e de leitura de radiação, incubadoras, equipamento para avaliação da toxidade e/ou eficácia laboratorial de pesticidas sobre organismos auxiliares e pragas e outros equipamentos de base. A ESA-IPVC dispõe laboratórios, nas áreas de física e meteorologia, química, biologia e microbiologia, e laboratórios de investigação específicos nas áreas da agronomia, ambiente e alimentação. Na ESA-IPVC incluem-se ainda, com importância para este Mestrado, dois laboratórios nas áreas das TIG, um de Cartografia Digital e Deteção Remota e outro de Sistemas de Informação Geográfica com um conjunto de 22 Workstations de elevada capacidade de processamento, rede e servidor cartográfico, assim como uma listagem extensa de software licenciado e de bases de dados geográficas de referência e temáticos referentes ao meio natural e humano, reunidos num Sistema de Informação Territorial. 20 Ao nível do material informático e de multimédia, realizou-se ao longo dos últimos anos um significativo esforço no sentido de equipar a Escola com equipamentos atualizados e eficientes. Neste período reforçou-se ainda a rede informática do IPVC, através da instalação de fibra ótica entre um conjunto de instituições do Alto Minho, nomeadamente no IPVC e entre as suas diversas unidades orgânicas. Internamente na ESA-IPVC verificou-se um reforço da rede informática e de comunicação, com o aumento dos recursos e serviços prestados aos alunos. Neste grupo podemos referir o acréscimo do número de equipamentos e pontos de acesso em espaços comuns de trabalho, equipamento de salas de informática, aumento da capacidade e funcionalidade do servidor e instalação de uma rede de Wireless certificada e todos os utilizadores da comunidade académica. Esta mobilidade aplica-se ainda ao contexto nacional, disponibilizando o acesso a todas as redes e-U. No que se refere aos recursos materiais, a ESA-IPVC, embora com recursos financeiros limitados, tem-se mantido a preocupação com a melhoria das obras disponíveis na biblioteca e com os equipamentos e meios audiovisuais. As salas de aula e áreas laboratoriais apresentam pontos de acesso à rede e espaços de projeção. Ao mesmo tempo adquiriram-se equipamentos audiovisuais e melhorou-se a funcionalidade de consulta e requisição das obras, dos serviços, no geral, da biblioteca. Em paralelo possibilita-se a pesquisa bibliográfica através da página web da Escola, na biblioteca do conhecimento on-line, que reúne as principais editoras de revistas científicas internacionais de modo a oferecer um conjunto vasto de artigos científicos disponíveis. Este serviço pode ser acedido por qualquer membro da comunidade académica de qualquer lugar fora da escola, com recurso ao VPN, sendo fundamental para este curso de mestrado, tal como o Moodle e outras facilidades de comunicação e informação. 4.2 Recursos financeiros Os recursos financeiros disponíveis para o ciclo de estudos no ano de 2012 foram de 1775 euros destinados a visitas, seminários e deslocação de oradores convidados, verbas alocadas em Centro de Custos gerido e supervisionado por Direção da ESA e Serviços Centrais do IPVC. 21 5 Parcerias 5.1 Parcerias internacionais e nacionais no Ciclo de Estudos As parcerias atualmente em desenvolvimento na ESA-IPVC, com uma forte componente de Agricultura Biológica, e as relações institucionais que sustentam com outras entidades, incluindo o tecido institucional e empresarial da região Norte e de outras regiões do país e da Galiza, conferem uma base alargada de cooperação que permite, não só uma complementaridade importante na formação dos estudantes, permitida pela aprendizagem adquirida nas visitas de estudo efetuadas durante o 1º e 2º semestre do curso, e na realização de trabalhos práticos conducentes à elaboração da Tese ou Projeto de fim de curso. Esta colaboração alarga-se, ainda, a Instituições de Ensino Superior com as quais os docentes deste curso mantêm relações estreitas, sustentadas na sua formação pós-graduada. Entre estas entidades destacam-se a Secção de Protecção Integrada do Departamento de Protecção das Plantas e Fitoecologia do Instituto Superior de Agronomia, Departamento de Protecção de Plantas e o Departamento de solos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Departamento Produção e Tecnologia Vegetal da Escola Superior Agrária de Bragança, o Departamento de Engenharia Biológica da Universidade do Minho, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, a Universidade de Santiago de Compostela, a Universidade de Vigo, a Universidade de Reading no Reino Unido, a Estacíón Fitopatolóxica do Areeiro em Pontevedra, e outras entidades como a Comunidade Intermunicipal do Vale do Lima, Direcção Regional de Agricultura do Norte, Associações Regionais de Desenvolvimento, LIPOR - “Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto”, Associação de Criadores da Raça Cachena, Associação de Produtores Biológicos de Terra de Bouro, Associação Portuguesa de Horticultura, Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica, entre outras. Refira-se que esta colaboração tem saído reforçada, também, por uma experiência bem sucedida de intercâmbio de alunos ao abrigo do programa Erasmus. O relacionamento do ciclo de estudos com o tecido empresarial e o sector público, e com outras entidades decorre também da realização de visitas de estudo (Quadro 5.1), sendo os contactos profissionais efetuados um fator de empregabilidade relevante. A dissertação/projeto/estágio é outra forma de promoção da cooperação interinstitucional em que colaboram, simultaneamente, alunos, orientadores e entidades 22 externas em diversos projetos, necessidades e oportunidades concretas que implicam a mobilização e interatividade entre empresários, docentes, investigadores e alunos. Ao longo do funcionamento do curso nestes últimos anos verifica-se um reforço considerável das instituições com que o IPVC apresenta protocolos de colaboração e partilha de recursos e desafios em diversas fases do curso. Quadro 5.1 - Visitas de estudo realizadas no âmbito de diferentes unidades curriculares do MAB, no ano letivo 2011/12 UC’s Empresa/ Instituição Local MC Estruturas de comercialização de produtos Biológicos Porto PB SBA PCB FVO GFS Casa Grande de Xanceda, S.A.T. Mesia, Corunha, Galiza Ganaderia “Cabana” Cabana, Orense, Galiza Estação Fitopatolóxica do Areeiro Pontevedra, Espanha Explotación de pollos de Sarria Vilar Santa Maria, Espanha PB OPA FVO PCB GFS Herdade do Freixo do Meio Montemor-o-Novo Sociedade Agrícola da Herdade de Carvalhoso Montemor-o-Novo Vitacress Portugal Odemira Biofrade - Agro Pecuária Lourinhã OPA PCT OPA PCT GFS OPA FVO OPA PCT FVO PCB Vasco Pinto & A.S Produtos Hortícolas e Ervas S. Pedro do Sul Aromáticas, Lda Castro Daire Ervital Plantas Aromáticas e Medicinais, Lda. Obs 1) 1) Vila Real 1) Durrães, Barcelos 1) BIODIVERSUS - Agricultura Biológica Arcozelo, Ponte de Lima 1) Exploração de caprinos Terras de Bouro Exploração de bovinos de leite Barcelos FVO PCT Frutas Douro ao Minho Briteiros, Guimarães 1) Quinta Cova da Raposa Gualtar, Braga 1) PGE Quinta do Casal do Paço Arcos de Valdevez PGE Exploração avícola em MPB Vilela, Amares SBA Ervas Finas de Trás-os-Montes Naturena - Agroturismo, Nutrição e Bem Estar As siglas das UCs correspondem às utilizadas no Quadro 2. 1) Custo das visitas suportadas pelos alunos e docentes, devido a falta de verba, e efetuadas em viaturas própria de docentes e alunos. 5.2 Promoção da cooperação interinstitucional O IPVC tem definido os procedimentos, para a cooperação em projetos I&D, com apoio da OTIC, cooperação em mobilidade, com coordenação pelo GMCI e para cooperação em projetos de ensino, coordenado pelas direções da Escola e Presidência. A identificação de 23 oportunidades para estabelecimento de parcerias para Mobilidade, I&D e Cooperação pode ser desencadeado pelos órgãos dirigentes do IPVC e das Escolas, por Coordenadores de Curso, Áreas Científicas, Docentes, Investigadores ou por qualquer colaborador do IPVC. Os contactos iniciais poderão ser realizados pelos preponentes ou pelo GMCI, que dará conhecimento desta intenção à Presidência do IPVC. O estabelecimento de parcerias para mobilidade poderá ser com base em acordos bilaterais entre instituições europeias detentoras da Carta Universitária Erasmus (EUC) ou através de acordos com Consórcios de Países Terceiros e/ou do Espaço Europeu. No âmbito do programa Erasmus o IPVC tem protocolos com as seguintes instituições: CHA Dronten University of Applied Sciences; Has Den Bosh University of Applied Sciences; Kassel University; Katholieke Hogeschool Zuid-West Vlaanderen; Slovak Agricultural University in Nitra; Szent István University; Universidad Politécnica de Valencia – ETSIA; Universidad Politécnica de Valencia – ETSMRE; Universidad Santiago de Compostela; Universidade de Vigo; Universidade Politécnica de Cartagena; Università Degli Studi Della Tuscia; Università Degli Studi di Napoli Federico II; Università Degli Studi Di Teramo; Wroclaw University of Environmental and Life Sciences. 5.2 Relacionamento do ciclo de estudos com as entidades externas No âmbito das atividades extra-curriculares, os docentes do MAB Isabel Mourão, Raul Rodrigues, Pedro Araújo, Luísa Moura e Miguel Brito, com o envolvimento de alunos do 2º ano do mestrado, promoveram em conjunto com a APH (Associação Portuguesa de Horticultura) e a APEZ (Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica), o III Encontro Nacional de Horticultura Biológica, e o I Encontro Nacional de Pecuária Biológica, realizado de 22 a 24 de Setembro de 2011 em Braga (Figura 5.1). 24 Figura 5.1 - Prospeto divulgativo do III Encontro Nacional de Horticultura Biológica, e o I Encontro Nacional de Pecuária Biológica Este evento constituiu uma oportunidade de troca de experiências e de destaque dos trabalhos de investigação relacionados com as técnicas, que visam o aumento da produtividade em consonância com a sustentabilidade agro-ecológica, sócio-territorial e sócio-económica. Foi ainda uma oportunidade para abordar questões actuais, como a biodiversidade, o consumo de produtos biológicos e saúde, os desafios da agricultura na sustentabilidade ambiental e alimentar e o contributo da ‘agricultura social’ para o desenvolvimento regional. Neste evento, os docentes do MAB apresentaram resultados de projetos de investigação em curso no âmbito da Agricultura Biológica, e alunos e docentes apresentaram comunicações orais e sob a forma de poster sobre os temas desenvolvidos nas suas teses de Mestrado do MAB /ESAPL, já discutidas publicamente ou em finalização. As comunicações foram inseridas nas diferentes sessões temáticas, que se indicam seguidamente: 1-Horticultura: Melhoramento e propagação de plantas; Fertilidade do solo e gestão dos nutrientes; Estratégias de protecção das culturas; Pós-colheita e qualidade; Culturas hortícolas e PAM; Fruticultura, viticultura e olivicultura. 25 2-Produção Animal: Alimentação; Saúde e bem-estar animal; Sistemas de produção; Transformação e qualidade dos produtos. 3-Outras: Comercialização de produtos biológicos; Tendências na produção e consumo; Indicadores de sustentabilidade; Economia e gestão. 4-Sessões Plenárias: Biodiversidade e agricultura biológica; Iniciativas de incentivo/apoio ao modo de produção biológico; Alimentos biológicos e saúde; Desafios da agricultura na sustentabilidade ambiental e alimentar. 5.4 – Colaboradores no Mestrado de Agricultura Biológica Os convidados que leccionam (Lc) ou colaboram em visitas de estudo (Vi) ou participam em seminários do MAB, apresentam-se no Quadro 5.2. 26 Quadro 5.2 - Convidados que lecionam (Lc) ou colaboram (Vi) em visitas de estudo ou seminários no curso de Mestrado em Agricultura Biológica, da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima / IPVC. Convidados Prof. Dr. Alberto Santos (Lc) Eng.º Alfredo Cunhal Sendim (Vi) Prof. Dr. António Mexia (Lc) Eng.º António Strecht (Lc) Prof. Dr. Domingos Almeida (Lc) Prof. Dr. Eugénia Gouveia (Lc) Engº Fernão Veloso (Vi) Eng.ª Gabriela Graça (Vi) Eng.ª Graça Soares (Vi) Prof. Dr. Isabel Blanco Penedo (Lc) Dr. Jesus Cantalapiedra Alvarez (Lc) Engº Joaquim Morgado (Vi) Dr. João Gil Pereira (Vi) Prof. Dr. João Honrado (Lc) Eng.º Jorge Ferreira (Lc) Prof. Dr. Laura Torres (Lc) Dr. Lázaro José Simbine (Lc) Engª Lia Ferreira (Vi) Eng.º Luís Filipe Gonçalves Pacheco(Lc) Eng. Manuel Taxa (Vi) Dr. Pedro Mansilla (Vi) Eng.º Nuno Brissos (Vi) Dr. Teresa Mota (Lc) Sr. Vasco Pinto (Vi) Engª Ângela da Rocha Pinto (Vi) Engº Vitor Gomes (Vi) Contactos Dep. de Fitotecnia e E. Rural, Univ. Trás-os-Montes e A. Douro. Quinta de Prados; 5000-911 Vila Real Herdade do Freixo do Meio. Rua Teófilo Braga, nº 82, 7050-273 Montemor-o-Novo Instituto Superior de Agronomia/UTL. Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa Edibio Edições Lda. R. Emídio Navarro, 61, 4550-126 Castelo de Paiva Secção Autón. Ciências Agrárias, Fac. de Ciências/Univ. Porto. Praça Gomes Teixeira, 4050-290 Porto Escola Superior Agrária de Bragança. Campus de Santa Apolónia, Ap. 1172, 5301-854 Bragança Frutas Douro ao Minho. Lugar da Gandra - Santo Estevão de Briteiros. 4805-483 Santo Estêvão Briteiros Sociedade Agrícola da Herdade de Carvalhoso, Lda. Paço dos Aragões, 7050-616 Ciborro, Montemor-o-Novo Ervas Finas de Trás-os-Montes, Unip. L.da. Lugar do Vermelhão Fonteita - Andrães Dep. Patología Animal, Fac. de Veterinaria. Univ. de Santiago de Compostela/Lugo. Avda. Carballo Calero s/n, 27002 Lugo - Espanha Consellería de Medio Rural, Xunta de Galicia. Ronda da Muralla, 70-1º, 27003 Lugo - Espanha Ervital Plantas Aromáticas e Medicinais, Lda. Rua de Stº António, nº31, 3600-401 Mezio Castro Daire. Naturena - Agroturismo, Nutrição e Bem Estar, Lda. Lugar Souto de Vilar, 4905-077 Durrães, Barcelos Fac. de Ciências da Univ. do Porto, Jardim Botânico. R. Campo Alegre, 1191, 4150-181 Porto AgroSanus, Calçada do Moinho de Vento, 4 -2º Dtº, 1150-236 Lisboa Dep. de Protecção de Plantas, Univ. Trás-os-Montes e A. Douro Quinta de Prados, 5000-911 Vila Real R. Herculano de Carvalho, nº3, 2ºF, 2720-270 Reboleira BIODIVERSUS - Agricultura Biológica, Lda. Lugar da Granja, Arcozelo. 4990-233 Ponte de Lima Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. Divisão de Experimentação, Qualificação e Apoio Laboratorial. Quinta de S. José – Merelim (S. Pedro), 4700 - 859 Braga Quinta Cova da Raposa. R. do Monte de Baixo - Caixa Postal 103 – Gualtar, 4710-068 BRAGA Estación Fitopatolóxica do Areeiro. Subida a la Robleda, s/n 36153 Pontevedra-Espanha Vitacress Portugal. Iberian Salads Agricultura SA. Quinta dos Cativos, Boavista dos Pinheiros - 7630-033 Odemira Estação Vitivinícola Amândio Galhano. Quinta Campos de Lima. 4970-249 Paçô, Arcos de Valdevez Vasco Pinto & A.S- Produtos Hortícolas e Ervas Aromáticas, Lda. Pinhal do Alto - Lugar da Torre, 3660-724 Vila Maior, São Pedro do Sul Biofrade – Agro Pecuária, Lda. Casal Frade, 2530-082 Lourinhã 27 6 Pessoal Docente e Não Docente 6.1 Pessoal Docente 6.1.1 Comissão de curso A comissão de curso do Mestrado em Agricultura Biológica nomeada em Fevereiro de 2012 é constituída pelos seguintes docentes da ESAPL/IPVC: Maria Luísa Marques Roldão Moura (coordenadora do curso) Licenciada em Engenharia Agronómica pelo Instituto Superior de Agronomia/UTL em 1988 e mestre em Proteção Integrada em 1993, pela mesma Universidade. Doutorada em 2006, em Engenharia Agronómica pelo ISA/UTL e em Biologia Celular e Molecular Vegetal e Microbiologia pela Universidade de Angers, França. Atualmente desempenha funções de professora adjunta da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima/IPVC, onde é coordenadora do curso de Mestrado em Agricultura Biológica. Pertence ao Centro de Investigação de Montanha e tem desenvolvido a sua atividade de investigação nas áreas de patologia vegetal, microbiologia, proteção das culturas e agricultura biológica. [email protected] Luís Miguel Brito Licenciado em Engenharia Agronómica pelo Instituto Superior de Agronomia/UTL em 1983, mestre em 1989 e doutorado em 1994 pela Universidade de Reading, Reino Unido. Desempenha funções de professor coordenador na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima/IPVC. Atualmente é coordenador do curso de mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território e da comissão técnico-científica da ESA, e pertence ao Centro de Investigação de Montanha. Tem desenvolvido a sua atividade de investigação em compostagem de resíduos orgânicos, mineralização da matéria orgânica e do azoto, fertilidade do solo, nutrição vegetal e agricultura biológica. [email protected] Isabel de Maria Cardoso Gonsalves Mourão Licenciada em Engenharia Agronómica pelo Instituto Superior de Agronomia/UTL em 1983, mestre em 1989 pela Universidade de Bath e doutorada em 1995 pela Universidade de Reading, Reino Unido. Atualmente desempenha as funções de professora coordenadora da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima/IPVC, onde iniciou o curso de 28 mestrado em Agricultura Biológica, em 2008. Pertence ao Centro de Investigação de Montanha e à direção da Associação Portuguesa de Horticultura. Tem desenvolvido a sua atividade de investigação nas áreas de horticultura, fisiologia e nutrição vegetal, agricultura biológica e horticultura social e terapêutica. [email protected] José Pedro Pinto de Araújo Licenciado em Ciências Agrárias pela Universidade dos Açores em 1986, mestre em Tecnologias de Produção Animal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em 1996, e doutorado pela Universidad de Santiago de Compostela em 2006. Desempenha funções de professor adjunto na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima/IPVC. Atualmente é coordenador do curso de mestrado em Zootecnia e presidente do conselho pedagógico da ESAPL, e pertence ao Centro de Investigação de Montanha. Tem desenvolvido a sua atividade de investigação em qualidade da carne de raças autóctones, na sua caracterização produtiva e reprodutiva, bem-estar animal e agricultura biológica. [email protected] José Raul de Oliveira Rodrigues Licenciado em Engenharia Agrícola pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em 1992, mestre em Horticultura, Fruticultura e Viticultura em 2000 e doutorado em Ciências Agrárias/Entomologia Agrícola em 2007, pela mesma Universidade. Atualmente é professor adjunto da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima/IPVC, pertence ao Centro de Investigação de Montanha e à direção da Associação Portuguesa de Horticultura. Tem desenvolvido a sua atividade de investigação nos domínios da limitação natural de ácaros fitófagos e da ação secundária dos pesticidas sobre ácaros predadores, em fruticultura e viticultura. [email protected] 6.1.2 Distribuição de Serviço Docente O corpo docente que leciona o curso de Mestrado em Agricultura Biológica integra docentes da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, docentes de outras instituições de ensino superior nacionais e estrangeiras, e quadros técnicos de entidades privadas do sector da agricultura biológica (Quadro 6.1 e Quadro 6.2). 29 Quadro 6.1 - Docentes responsáveis e outros docentes das unidades curriculares do curso de Mestrado em Agricultura Biológica, no ano letivo 2011/2012. Unidade curricular (UC) ECTS (120) Docente responsável Docentes UC (%) Nº Horas Letivas T, TP, TC, PL, S, O Total UC (horas) 1º ano, 1º semestre Isabel Mourão Cristina Rodrigues João Honrado Jorge Agostinho Raul Rodrigues Miguel Brito Isabel Valin Marinho Cardoso 31 20 13 20 16 70 20 10 14 9 6 9 7 21 6 3 Fernando Nunes 73 22 Sofia Rodrigues 27 8 Análise de Sistemas Ambientais 6 Isabel Mourão Gestão da Fertilidade do Solo e da Nutrição das Culturas 4 Miguel Brito Marketing e Certificação 4 Fernando Nunes Investigação e Inovação 6 Miguel Brito Miguel Brito Joaquim Alonso 60 40 30 20 50 Pecuária Biológica 5 José Pedro Araújo Pedro Araújo José Pires Filipe Pacheco (1) 82 18 37 8 45 65 25 26 10 Luísa Moura Luísa Moura Raul Rodrigues Laura Torres (1) Eugénia Gouveia (1) António Mexia 10 4 Raul Rodrigues Raul Rodrigues Alberto Santos Álvaro Queiroz Jorge Ferreira Teresa Mota 65 8 10 10 8 26 3 4 4 3 40 Isabel Mourão Isabel Mourão António Strecht Isabel Valin Luísa Moura 53 8 20 20 21 3 8 8 40 Fernando Nunes Fernando Nunes José Carlos Santos 60 40 24 16 40 48 19 José Pedro Araújo Pedro Araújo Isabel Penedo (1) Jesus Cantalapiedra (1) Joaquim Cerqueira Lázaro Simbine Teresa Mateus 15 10 28 6 4 11 Isabel Mourão Domingos Almeida Luísa Moura Pedro Araújo Raul Rodrigues 20 18 18 28 18 8 7 7 11 7 Joaquim Alonso 36 18 Cláudio Paredes 64 32 Protecção das Culturas no MPB 5 45 30 30 40 1º ano, 2º semestre Fruticultura, Viticultura e Olivicultura no MPB 5 Olericultura e PAM no MPB Política, Planeamento e Gestão da Empresa Saúde e Bem-Estar Animal 4 5 5 Pós-colheita e Transformação 5 Isabel Mourão Sistemas e Infra-estruturas de Informação Geográfica 6 Joaquim Alonso 40 40 50 Legenda: T – Aula teórica; TP – Aula teórico-prática; TC – Trabalho de campo; PL – Aula prática e laboratorial; S – Seminário; O – Outro; (1) Outros Docentes que colaboram no MAB 30 Quadro 6.2 – Pessoal docente que leccionaram no Mestrado de Agricultura Biológica no ano letivo de 2011/2012 Grau Académic o Categoria Área científica Luísa Moura Doutor Prof. Adj. CVT Miguel Brito Doutor Prof. Coord. CVT Isabel Mourão Doutor Prof. Coord. CVT Pedro Araújo Doutor Prof. Adj. CVT Raul Rodrigues Doutor Prof. Adj. CVT Álvaro Queiróz Cláudio Paredes Cristina Rodrigues Mestre Prof. Adj. Mestre Assistente Doutor Prof. Adj. CVT CVT CVT Fenando Nunes Doutor Prof. Adj. CEE Isabel Valin Doutor Prof. Adj. CVT Joaquim Alonso Mestre Prof. Adj. CVT Joaquim Cerqueira Jorge Agostinho José Carlos Santos José Pires Marinho Cardoso Sofia Rodrigues Teresa Mateus Alberto Santos (UTAD) António Mexia (ISA-UTL) António Strechct (Edibio) Domingos Almeida (FC-UP) Eugénia Gouveia (ESAB) Filipe Pacheco (DRAN) Isabel Blanco Penedo (IRTA) Jesus Cantalapiedra (X. Galicia) João Honrado (FC-UP) Jorge Ferreira (Agrosanus) Laura Torres (UTAD) Lázaro José Simbine Teresa Mota (EVAG-CVRVV) Mestre Prof. Adj. Doutor Prof. Adj. CVT CVT CEE CVT CVT CVT CVT (**) (**) (**) (**) (**) (**) (**) Regime UC (*) de Horas Lecionada tempo letivas s (%) PCB 26 Integral OPAM 8 PCT 7 GFS 21 Integral INV 30 ASA 14 Integral OPAM 21 PCT 8 PB 37 Integral SBA 11 PCT 11 ASA 8 FVO 29 Integral PCB 10 PCT 7 Integral FVO 4 Integral SIG 32 Integral ASA 9 MC 22 Integral PPG 24 Integral OPAM 8 SIG 18 Integral INV 20 Integral SBA 6 Integral ASA 9 Integral PPG 16 Integral PB 8 Integral GFS 3 Integral MC 8 Integral SBA 11 Integral FVO 3 Integral PCB 4 OPAM 3 Integral PCT 7 Integral PCB (1) PB (1) SBA (1) (**) SBA (1) ASA FVO PCB SBA FVO 6 4 (1) 4 (1) Docente Doutor Prof. Adj. Mestre Prof. Adjunto Doutor Prof. Adj. Doutor Assistente Mestre Assistente Doutor Prof. Assoc. c/ Agreg, Doutor Prof. Catedr. Licenc. Engenheiro Doutor Prof. Auxiliar Doutor Prof. Adj, Licenc. Doutor Doutor Prof. Auxiliar Mestre Doutor Prof. Catedr. Especialista Doutor Investigador (**) (**) (**) (**) (**) Integral Integral Legenda: CVT – Ciências da Vida e da Terra; CEE – Ciências Económicas e Empresariais; ESC – Educação e Ciências Sociais; (*) As siglas das UCs correspondem às utilizadas no Quadro 2; (**) Docentes convidados A distribuição do serviço docente no ano letivo de 2011/2012 encontra-se representada nos mesmos Quadros. A ESA-IPVC disponibiliza para este curso, recursos físicos e 31 humanos, e um corpo docente próprio qualificado e adequado em número, constituído por titulares do grau de doutor ou especialistas de reconhecida experiência e competência profissional que desenvolvem atividade reconhecida de formação e investigação e de desenvolvimento de natureza profissional de alto nível. No âmbito do curso utilizam-se os procedimentos previstos nos processos Criação e Reestruturação de Cursos, Académicos e Formação do SGGQ do IPVC, nomeadamente CRC-01; ACA-02; FOR01; FOR-02; FOR-06. 6.1.3 Número de docentes do CE a tempo integral Número de docentes: 24 6.1.4 % de docentes do CE a tempo integral Percentagem de docentes: 75% 6.1.5 Número de docentes do CE a tempo integral, com ligação à instituição há mais de 3 anos Número de docentes: 24 6.1.6 Percentagem dos docentes em tempo integral com uma ligação à instituição por um período superior a três anos Percentagem de docentes100% 6.1.7 Número de docentes em tempo integral com grau de doutor: Número de docentes: 18 6.1.8 Percentagem de docentes em tempo integral com grau de doutor Percentagem de docentes: 75% 6.1.9 Número de docentes em tempo integral com o título de especialista: Um docente considerado especialista em Sistemas de Informação Geográfica, nos termos do Artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março. 32 6.1.10 Percentagem de docentes em tempo integral com o título de especialista Percentagem de docentes: 4% 6.1.11 Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano Número (ETI) de docentes: 6 6.1.12 Percentagem dos docentes do ciclo de estudos inscritos em programas de doutoramento há mais de um ano Percentagem de docentes: 25% 6.1.13 Número (ETI) de docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha) Número de docentes: 6 6.1.14 Percentagem dos docentes do ciclo de estudos não doutorados com grau de mestre (pré-Bolonha) Percentagem de docentes: 25% 6.2 Pessoal Não Docente de apoio ao Ciclo de Estudos 6.2.1 Número e regime de dedicação do pessoal não docente afeto à lecionação do ciclo de estudos. A implementação dos novos Estatutos do IPVC conduziu a uma reestruturação transversal, com a centralização nos Serviços Centrais dos seguintes serviços: Direção de Serviços Administrativos e Financeiros, Direção de Serviços informáticos, Divisão de Serviços Técnicos, Divisão de Serviços Académicos, Divisão de Recursos Humanos, Gabinete de Comunicação e Imagem, Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional, Gabinete de Avaliação e Qualidade e a OTIC. A Escola inclui vários serviços para apoio das suas atividades de ensino, com pessoal não docente devidamente qualificado, nomeadamente: laboratórios, serviços de informática e de informação geográfica, serviços agrários, serviços de documentação e serviços 33 académicos. Não existe qualquer funcionário não docente dedicado exclusivamente a este curso contudo recorre-se sempre que necessário aos serviços da Escola para apoio das suas atividades de ensino. 6.2.2 Qualificação do pessoal não docente de apoio à lecionação do ciclo de estudos Apesar do pessoal não docente ser afeto ao conjunto dos cursos e não a cada curso, existem funcionários qualificados nos serviços de documentação, serviços analíticos e serviços informáticos que satisfazem a necessidade do curso. 6.2.3 Avaliação do desempenho A Avaliação do Pessoal Não Docente é feita através do SIADAP. O SIADAP é o modelo de avaliação global que permite implementar uma cultura de gestão pública, baseada na responsabilização dos trabalhadores relativamente à prossecução dos objetivos fixados para o avaliado, por UO e Serviço. Posteriormente, a harmonização das propostas de avaliação é efetuada através da reunião do Conselho Coordenador de Avaliação. A avaliação decorre através de preenchimento de ficha de autoavaliação e posterior ficha de avaliação preenchida em reunião entre o avaliador e o avaliado. Esta avaliação é objeto de parecer por parte da Comissão Paritária para a Avaliação. As avaliações são homologadas pelo Presidente do IPVC, com o conhecimento do Avaliado. 34 7 Estudantes 7.1 Caracterização dos Estudantes 7.1.1 Caracterização genérica dos Estudantes A percentagem de estudantes do género feminino e masculino é igual (Quadro 7.1). Mais de dois terços dos estudantes possuem uma idade superior a 28 anos e apenas 10% têm menos de 23 anos (Quadro 7.2). A grande maioria dos estudantes (83%) reside nos distritos da região Norte, sendo quatro alunos da região Centro e um das Ilhas (Quadro 7.3). No que respeita à escolaridade dos pais dos alunos, 50% possuem o ensino básico 1 e 22% são detentores de cursos superiores (Quadro 7.4). Quanto à situação profissional, 38% encontram-se empregados, 7% desempregados e 55% noutras situações (Quadro 7.5). O número de estudantes por ano curricular, são de 27 no primeiro ano e 10 no 2º (Quadro 7.6)). O número de estudantes diplomados foi de 6 em 2010/11 e de 9 em 2011/12 (Quadro 7.7) Quadro 7.1 - Distribuição dos estudantes por género Género % Masculino 50 Feminino 50 Quadro 7.2 - Distribuição dos estudantes por idade Idade % Até 20 anos 0,0 20-23 anos 10,0 24-27 anos 13,0 28 e mais anos 77,0 35 Quadro 7.3 - Residência dos estudantes Região % Norte 83,3 Centro 13,3 Lisboa 0,0 Alentejo 0,0 Algarve 0,0 Ilhas 3,3 Quadro 7.4 - Escolaridade dos Pais Escolaridade dos Pais % Superior 22,2 Secundário 8,3 Básico 3 11,1 Básico 2 8,3 Básico 1 50,0 Quadro 7.5 - Situação Profissional dos Pais Situação Profissional dos Pais % Empregados 38,0 Desempregados 7,0 Reformados 0,0 Outros 55,0 Quadro 7.6 - Número de estudantes por ano curricular Ano Curricular N.º Alunos 1º 27 2º 10 36 Quadro 7.7 - Número de Diplomados Agricultura Biológica 2009/10 2010/11 2011/12 6 9 N.º diplomados 7.1.2 Procura do ciclo de estudos Na primeira edição do curso de mestrado (iniciada no ano letivo de 2008/2009) inscreveram-se 22 alunos no primeiro ano do curso (Quadro 7.8) Na segunda edição do curso de mestrado (iniciada no ano letivo de 2009/2010) inscreveram-se 17 alunos no primeiro ano do curso (Quadro 7.8). No ano letivo de 2009/2010 encontravam-se 19 alunos inscritos no 2º ano e que apresentaram planos de dissertação/projeto. Na terceira edição do mestrado (iniciada no ano letivo de 2010/2011) Inscreveram-se 12 alunos no primeiro ano do curso e 15 alunos inscritos no 2º ano. Na quarta edição do mestrado (iniciada no ano letivo de 2011/2012) inscreveram-se 25 alunos no 1º ano do curso, e 10 alunos do 2º ano (várias edições) entregaram as suas dissertações/projetos. Quadro 7.8 - Procura do ciclo de estudos por parte dos estudantes nos últimos 4 anos Curso 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 N.º de Vagas 25 25 25 25 N.º de Candidatos 22 17 12 25 Os estudantes das primeiras três edições deste mestrado frequentaram cursos do primeiro ciclo em diferentes estabelecimentos de ensino superior, designadamente, Universidade dos Açores, Universidade Aveiro, Universidade de Coimbra, Universidade de Évora, Universidade do Minho, Universidade do Porto, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, Escola Superior Agrária de Beja, Escola Superior Agrária de Bragança, Escola Superior Agrária de Coimbra, Escola Superior Agrária de Viseu, Escola Superior Agrária de Santarém e Escola Politécnica de Lugo. Os estudantes das primeiras três edições deste mestrado incluíram profissionais de Engª Agronómica, Engª Zootécnica, Engª Agro-Pecuária, Engª e Gestão Industrial, Engª 37 Florestal, Engª Agro-Florestal, Engª Biológica, Engª Alimentar, Biologia, Geologia, Biologia e Geologia, Biologia Aplicada, Ecologia Aplicada e Educação de Infância. Na quarta edição do MAB (iniciada em 2011/2012) os alunos frequentaram cursos do primeiro ciclo em diferentes estabelecimentos de ensino superior, designadamente, ESAViana Castelo, ESA-Bragança, ESA-Beja, ESA-Santarém, Universidade Algarve, Universidade Aveiro, Universidade Fernando Pessoa, Universidade de Lisboa, Universidade Lusíada, Universidade do Porto, Universidade do Minho, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Instituto de Estudos Superiores e Fiscais, e incluíram profissionais de Engª Agronómica, Engª Agrícola, Engª Zootécnica, Engª Florestal, Engª Agro-Florestal, Produção Agrícola, Biologia, Geografia, Biologia Aplicada, Biologia Marinha e das Pescas, Biotecnologia, Ciências do Meio Aquático, Gestão Comercial e Contabilidade, Gestão Financeira e Fiscal, e Arquitetura. 7.2 Ambiente de Ensino/Aprendizagem 7.2.1 Estruturas e medidas de apoio pedagógico e de aconselhamento sobre o percurso académico dos estudantes. Os estudantes encontram apoio pedagógico junto da Coordenação de Curso e dos docentes, estando definido um horário de atendimento para o efeito. O Conselho Pedagógico da Escola e o Conselho Académico do IPVC, são estruturas onde os estudantes estão representados e que permitem discutir a orientação pedagógica, apreciar queixas relativas a falhas pedagógicas e propor providências necessárias. O IPVC possui um Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional que presta apoio e aconselhamento aos estudantes ao nível da mobilidade internacional. 7.2.2 Medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica O IPVC produz um Guia de Acolhimento ao estudante, possui uma Oficina Cultural, um Gabinete de Saúde e um Centro Desportivo que existem para o fomento da cultura, desporto e saúde e para a integração dos seus estudantes no ambiente académico. Anualmente, são ainda promovidas atividades extracurriculares que estimulam a participação na comunidade académica. As Associações e a Federação Académica, em articulação com o Provedor do Estudante, têm como função a defesa dos interesses dos 38 estudantes e a sugestão de ações de melhoria das condições de ensino e de estímulo da participação na comunidade. O Dia do IPVC, Dia da Escola, Semana de Receção ao Caloiro, Semana Académica e Semanas Culturais são eventos, também, promovidos com essa finalidade. Estas medidas são monitorizadas através dos inquéritos de satisfação da qualidade de ensino, sendo os resultados considerados para avaliação das medidas implementadas e para a definição de ações de melhoria. 7.2.3 Estruturas e medidas de aconselhamento sobre as possibilidades de financiamento e emprego A UNIVA – Unidade de Inserção na Vida Ativa do IPVC, em articulação com a OTIC, presta aconselhamento ao nível do financiamento a projetos de investimento e à criação do autoemprego durante e após a conclusão da formação. O empreendedorismo é efetivamente uma das capacitações que se pretende incutir aos estudantes, nomeadamente através de concursos de ideias (Poliempreende e Star Up Program). O IPVC possui ainda uma bolsa de emprego online onde são publicitadas ofertas de emprego ao público em geral e aos estudantes do IPVC em particular. Através dos Serviços de Ação Social os alunos candidatam-se a bolsas de estudo que são concedidas com base nas regras definidas pela tutela para o efeito. Paralelamente, o IPVC criou a Bolsa de Colaboradores Bolseiros, iniciativa que visa reforçar as condições para o desenvolvimento da oferta de atividades profissionais em tempo parcial pela instituição aos estudantes, em condições apropriadas ao desenvolvimento simultâneo da sua atividade académica. 7.2.4 Utilização dos resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes na melhoria do processo ensino/aprendizagem Semestralmente é promovido o Inquérito de Avaliação da Satisfação da Qualidade de Ensino (IASQE). Neste instrumento de auscultação, os estudantes são convidados a se pronunciar sobre questões relacionadas com o curso, funcionamento das UC’s e desempenho dos docentes. Deste processo resulta um relatório que é comunicado às Escolas, Áreas Científicas, Docentes e Estudantes, analisado ainda no Conselho Pedagógico e onde se podem aferir os resultados com base nos quais são definidas medidas de melhoria do processo de ensino/aprendizagem. São ainda consideradas as 39 reclamações e sugestões apresentadas pelos Estudantes no âmbito do ciclo de estudo. Complementarmente, é realizado um inquérito anual aos utilizadores das bibliotecas. A informação resultante do processo de auscultação dos estudantes é analisada no âmbito do Relatório Anual de Curso. Estes resultados são considerados para o processo de avaliação do desempenho docente. É elaborado ainda um inquérito aos estudantes ERASMUS que é analisado pelos cursos em que há mobilidade. 7.2.5 Estruturas e medidas para promover a mobilidade, incluindo o reconhecimento mútuo de créditos O Gabinete de Mobilidade e Cooperação Internacional e o Gabinete de Estudos e Educação para o Desenvolvimento do IPVC funcionam atualmente com diversos programas (ERASMUS Mobilidade, ERASMUS Mundus, Leonardo da Vinci, Comenius, EILC e projetos de cooperação com os PALOP), a vários níveis e em vários âmbitos, promovendo a dimensão internacional nos estudos e o fomento da mobilidade dos estudantes, docentes e não docentes no ensino superior. Este serviço é transversal a toda a instituição e serve todos os ciclos de estudo. Como instrumento para a equivalência de créditos é celebrado um plano de equivalência (learning agreement) que define o plano de estudos a frequentar em mobilidade para o aluno, nacional ou estrangeiro. Outras competências obtidas pelo estudante em mobilidade, para além do plano de estudos definido, são objeto de reconhecimento de créditos através do Suplemento ao Diploma. A divulgação e promoção da mobilidade dos alunos do IPVC é também assegurada através de uma sessão de esclarecimento realizada antes do período de candidaturas às bolsas de mobilidade Erasmus em todas as Escolas. Na ESA esta sessão é divulgada entre todos os alunos de licenciatura e Mestrado, contando com a participação de representantes do GMCI e o Coordenador Erasmus da ESA. A divulgação e promoção da mobilidade entre os parceiros internos e externos é ainda assegurada pela organização anual de um evento por parte do GMCI. Em 2009, 2010 e 2011 este evento assumiu a forma de “Semana Internacional IPVC” (Programas apresentados nas Figura 7.1 e Figura 7.2). Participaram nestes eventos membros do Gabinete Internacional, Coordenadores Institucionais e Departamentais dos Programas de mobilidade, e docentes das Instituições parceiras do IPVC. 40 No ano de 2012 foi organizada, em colaboração com a Fórum Estudante, o evento “Geração ERASMUS” (Programa apresentado na Figura 7.2), integrado na Mostra do IPVC que dedicou uma tarde a este tema, com a participação de alunos enviados e recebidos no âmbito de programa de mobilidade Erasmus (estudos e estágio), com a apresentação das respetivas experiências. Decorreu ainda a apresentação do Livro “Fair e Store” por Arminda Fernandes, uma antiga aluna do IPVC que participou num programa de mobilidade Erasmus na Dinamarca. Figura 7.1 – Programa da Semana Internacional do IPVC de 2010. 41 Figura 7.2 – Programa do evento “Geração Erasmus” Mostra do IPVC, 2012. 7.2.6 Ambiente de aprendizagem A adoção de um novo modelo de ensino-aprendizagem em que o aluno passa a ter um papel nuclear, traduziu-se em mudanças expressivas nos métodos pedagógicos e na organização das aulas. A componente letiva de cariz teórico diminuiu, adotando-se com maior expressão o formato teórico-prático e prático e promovendo-se um maior trabalho do aluno fora do ambiente de aula. Pretendeu-se uma abordagem em que se valorizou a interação docente/discente e o trabalho centrado no aluno. A missão dos docentes passou assim por ensinar a pensar, a fazer, e a saber fazer, para além de fomentar a transferência de conhecimento, tendo como principal objetivo uma aprendizagem centrada no aluno, baseada no trabalho em equipa, no desenvolvimento da iniciativa e da criatividade, no aumento das capacidades de comunicação, do trabalho de grupo, da partilha de tarefas, da gestão de conflitos e da comunicação individual e em grupo. 42 A evolução dos métodos e ferramentas de ensino conduziu ao aparecimento de novos meios de comunicação entre o professor e o aluno. Neste contexto, a internet e os recursos informáticos ocupam uma posição cimeira. O meio de comunicação com maior procura é a plataforma de ensino à distância e-learning (Moodle), sendo utilizada em todas as unidades curriculares. No Moodle encontra-se um espaço reservado a cada unidade curricular onde o docente pode, entre outras funções, disponibilizar informação (diapositivos das aulas, exercícios propostos e resolvidos, referências bibliográficas, links, entre outros) importante como suporte ao estudo do aluno. A utilização de software como complemento de cálculo, de motores de pesquisa e de bases de dados online passou a ser uma prática corrente num vasto leque de unidades curriculares, bem como a exposição de fundamentos teóricos com recurso a diapositivos e vídeos. Com este conjunto de ferramentas e metodologias pretendeu-se cativar a atenção do aluno, motivá-lo ao estudo, à apreensão de conceitos e competências e torná-lo mais pragmático. Associado a estas novas metodologias de ensino/aprendizagem encontra-se o tipo de avaliação, que deixou de se basear num único momento de avaliação, usualmente no final do semestre e em período de exames (avaliação final). A avaliação das unidades curriculares do curso decorre ao longo do semestre, durante o período letivo (avaliação contínua) e/ou a ter também um momento de avaliação fora do período de aulas (avaliação final). As metodologias de estudo são adequadas em função das especificidades de cada unidade curricular sendo fortemente suportadas por visitas de estudo, que servem de ponte entre os conteúdos programáticos e a realidade empresarial e que fomentam a discussão de forma participativa entre os estudantes. Inclui-se, ainda, participação e organização de seminários/palestras com investigadores ou especialistas convidados, com o objetivo de dinamizar o intercâmbio de conhecimentos técnico-científicos. O desenvolvimento curricular foi sistematicamente avaliado através de provas escritas e apresentações orais, trabalhos práticos e projetos, individuais e de grupo, culminando na apreciação e discussão pública da dissertação, do trabalho de projeto individual, ou do relatório de estágio, por um júri nomeado para o efeito. A orientação tutória foi adotada em todas as unidades curriculares para permitir um apoio individualizado ao estudante. 43 8 Processos (Formação) 8.1 Objetivos de aprendizagem O objetivo principal do mestrado em Agricultura Biológica, como já referido, é capacitar técnicos com domínios de natureza técnico-científica, ao nível do segundo ciclo de estudos do ensino superior, para a promoção, a gestão e a avaliação da sustentabilidade dos sistemas agrícolas e ambientais no Modo de Produção Biológico. Os objetivos específicos de aprendizagem em cada unidade curricular são os seguintes: a) desenvolver estudos de caracterização, de diagnóstico e avaliação dos sistemas ambientais, de forma a avaliar as potencialidades de uma região para o modo de produção biológico (Análise de Sistemas Ambientais); b) avaliar a fertilidade de um solo, gerir o solo e o tempo necessário para o reconverter para o modo de produção biológico, gerir as transformações físico-químicas que ocorrem no solo, recomendar técnicas de compostagem e de fertilização das culturas de forma a aumentar a produtividade das culturas (Gestão da Fertilidade do Solo e da Nutrição das Culturas); c) identificar as condições económicas, as condições de solo e clima e as tecnologias necessárias para a produção vegetal e animal; projectar, executar e gerir as empresas de produção de produtos biológicos; projectar e gerir empresas de comercialização de produtos no modo de produção biológico prestar serviços técnicos nas áreas específicas da produção (planeamento, operações e técnicas culturais), (Olericultura e Plantas Aromáticas e Medicinais no Modo de Produção Biológico e Fruticultura, Vitivultura e Olivicultura no Modo de Produção Biológico e Pecuária Biológica) d) incorporar os conhecimentos científicos e metodológicos sólidos na protecção das culturas no MPB, conceber métodos de protecção das culturas inovadores, eficazes e duráveis, e prever as suas consequências no plano económico, ambiental e de segurança alimentar (Protecção das Culturas no Modo de Produção Biológico); e) planificar uma estratégia de marketing, analisar mercados ao nível do consumidor, compreender a especificidade dos bens agro-alimentares no processo de consumo, entender qual o papel das entidades de certificação no processo de obtenção 44 duma certificação, interpretar os logótipos de qualidade exibidos pelos produtos (Marketing e Certificação); f) adquirir conhecimentos sobre metodologias da investigação que atribuirá competências específicas para a investigação, inovação e empreendedorismo, que se entende ser de grande relevância para o sucesso da realização da dissertação/projeto/estágio que conduz à obtenção do grau de Mestre. g) avaliar a legislação actual relacionada com Saúde e Bem-Estar, identificar e avaliar os factores principais que regulam a Saúde Animal e discutir a sua aplicação prática, com particular ênfase na profilaxia de doenças, através do uso adequado de estratégias e políticas sanitárias. Incorporar os conhecimentos de assistência veterinária e medicamentos homeopáticos. Terapêutica alopática e terapêutica convencional (Saúde e Bem-Estar Animal); h) identificar, interpretar e implementar medidas de política (quadro da PAC, regime normativo e legislativo interno), conducente à melhoria da qualidade dos produtos agrícolas e agro-alimentares; tomar decisões em contexto de gestão, identificar recursos necessários à concretização de objectivos, monitorar actividades e resultados, e propor eventuais acções correctivas (Política, Planeamento e Gestão da Empresa); i) desenvolver as técnicas de análise espacial relativamente à formação e ao uso das diversas componentes dos sistemas de informação geográfica, com destaque para a gestão do território e para as acções de decisão publicas e privadas, suportadas pela constituição e manutenção de infra-estruturas de dados espaciais (Sistemas e InfraEstruturas de Informação Geográfica); j) Analisar tecnologia dos alimentos obtidos a partir do Modo de Produção Biológico; compreender os fundamentos físicos e químicos da tecnologia de pós colheita; conhecer os principais perigos alimentares associados ao processamento e às tecnologias de produção aplicadas; compreender os princípios de Segurança Alimentar e de rastreabilidade dos alimentos (Pós Colheita e Transformação). 8.2 8.2 Carga média de trabalho necessária aos estudantes e sistema de avaliação O Mestrado em Agricultura Biológica estrutura-se em quatro semestres, perfazendo um total de 120 ECTS. O cálculo e atribuição de ECTS às várias unidades curriculares, 45 integrantes de determinada área científica, assentaram nos princípios gerais definidos no Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro. Neste cálculo considerou-se ainda o peso da matéria disciplinar de cada unidade curricular, avaliada em função das competências a adquirir ao longo da sua frequência, e também a forma como é assegurada a aprendizagem por parte do aluno de acordo com os princípios preconizados pelo Processo de Bolonha. O cálculo de ECTS das novas unidades curriculares baseou-se nas seguintes considerações: 1. O tempo de trabalho anual dos alunos (1620 horas) realiza-se em 40 semanas: a) Cada semestre (30 ECTS) corresponde portanto a 810 horas de trabalho, distribuído por 20 semanas. b) Um ECTS corresponde a 810/30 = 27 h de trabalho do estudante. 2. Adota-se um calendário escolar semestral, com 20 semanas/semestre, sendo 15 semanas letivas e 5 semanas para a preparação de avaliações, completar trabalhos e relatórios, preparação de apresentações orais, seminários, etc. 3. As Horas de Contacto (HC) subdividem-se em ensino Teórico (T); Teórico-Prático (TP); Seminário (S); Prático e laboratorial (PL); Trabalho de Campo (TC); Orientação Tutorial (OT). 4. Estimativa de workload do estudante foi feita com base na experiência dos docentes responsáveis pelas unidades curriculares. Considera-se, neste ponto, um aumento do número de horas de trabalho individual por hora de contacto relativamente à licenciatura, justificado pela maior profundidade e especificidade com que os conteúdos programáticos serão abordados e no maior detalhe exigido nos trabalhos. Daí que nesta proposta o número de horas de contacto é inferior ao número de horas de trabalho individual do estudante. O número créditos de cada unidade curricular encontra-se no quadro 2 deste relatório e fundamenta-se de acordo com as necessidades das unidades curriculares. A visão e a orientação estratégica deste ciclo de estudos regem a organização, o funcionamento e as metodologias de ensino e de aprendizagem, incluindo a avaliação. Os objetivos e as capacitações implícitas a este curso de mestrado implicam uma forte coordenação entre alguns temas e exercícios de carácter horizontal ou vertical entre as diversas unidades curriculares, na perspetiva do aprofundamento ou integração do 46 conhecimento, respetivamente. O curso de Mestrado segue os princípios orientadores de Bolonha, designadamente no que respeita à cooperação e responsabilização docente/discente e à formação ao longo da vida. A avaliação de conhecimentos e competências é efetuada de acordo com o sistema de avaliação que consta em cada unidade curricular (UC), apresentada aos alunos no início das mesmas, respeitando os aspetos que se seguem: a) Todos os elementos de avaliação previstos e os respetivos contributos para a classificação final são mencionados e discutidos no início de cada unidade curricular; b) Os elementos de avaliação incluem provas escritas e/ou orais, trabalhos individuais ou de grupo, que podem ser escritos, orais ou experimentais, trabalhos de campo ou laboratoriais com relatório, projetos ou seminários, e a apresentação de comunicações orais na sala de aula; c) O acesso à avaliação final pode ser condicionado pela aprovação a um ou mais elementos de avaliação a realizar ao longo do período letivo, que incida sobre matérias consideradas fundamentais para a aquisição de competências, e que não possam ser devidamente obtidas mediante avaliação final; d) A avaliação será sempre individual, mesmo quando entre os elementos a apreciar existirem trabalhos de grupo; e) A aprovação a uma unidade curricular implica a obtenção de uma classificação mínima de 10 valores a todos os elementos de avaliação previstos. Para todas as unidades curriculares há uma época de avaliação final, que se segue ao período letivo do módulo em que se insere a UC, e uma época especial de finalistas, para obtenção de aprovação ou melhoria de classificação, a decorrer em Setembro. A classificação da avaliação, a publicação da classificação, a melhoria da classificação e a revisão de provas é efetuada de acordo com o Artigo 14º, o Artigo 15º, os pontos 1 ao 4 do Artigo 16º, e o Artigo 17º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos e Transição de Ano dos Cursos de Licenciatura. Aos alunos que completam os 60 ECTS do 1º ano do plano de estudos apresentado no Quadro 2, pode ser emitido um Certificado de Pósgraduação em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território. A classificação final corresponde à média das classificações obtidas nas unidades curriculares do ciclo de 47 estudos, ponderada pelo de créditos ECTS de cada unidade curricular, de acordo com a seguinte equação: C MAB em que : CPG_GAOT uc i ECTS i 60 é a classificação final da Pós-graduação em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território; UCi é a classificação de cada unidade curricular i; e ECTSi é o número de créditos ECTS de cada unidade curricular. Aos alunos que completam, para além dos 60 ECTS do 1º ano do curso, os 60 ECTS, referentes ao 2º ano do curso, que inclui a realização da Dissertação/Projeto/Estágio (Quadro 1) é emitido o diploma do grau de Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território. A classificação final do curso de mestrado é calculada pela média ponderada com base nos ECTS, arredondada às unidades, das classificações obtidas nas unidades curriculares que integram o respetivo plano de estudos e na dissertação/projeto/estágio. 8.3 Integração dos estudantes na investigação científica Os estudantes são integrados na investigação científica desde o início do curso através dos temas que abordam com os docentes nas diferentes unidades curriculares e do incentivo dado à pesquisa bibliográfica, à análise de resultados e ao planeamento de atividades. Na unidade curricular de Investigação e Inovação que decorre no 1º semestre do curso são atribuídas competências específicas para: i) compreender a importância e os processos da investigação, e as formas da comunicação científica; ii) introduzir as teorias de decisão estatística na análise e interpretação de resultados; iii) apresentar as regras elementares de delineamento experimental e condução de ensaios; iv) entender as relações entre a investigação, a inovação e geração de novas economias. Os trabalhos de pesquisa bibliográfica realizados no âmbito de outras UC’s que se lhe seguem, treinam os alunos para interpretar e discutir dados e informação de natureza científica, que será aplicado no trabalho de tese, de projeto ou relatório de estágio de natureza profissional. Os estudantes integram-se com maior robustez na investigação científica através dos trabalhos que desenvolvem durante a dissertação/projeto/estágio que realizam no 2º ano do curso, recorrendo aos sistemas informáticos e de pesquisa 48 bibliográfica, aos laboratórios da ESA, mas também, com o apoio de investigadores e recursos de outras entidades onde trabalham ou estagiam. Os temas tratados e os locais onde os trabalhos práticos da Dissertação/Projeto/Estágio dos alunos foram desenvolvidos inserem-se nos objetivos do curso, e incluem nos Quadro 8.1 a Quadro 8.3. Quadro 8.1 Temas tratados e locais onde os trabalhos práticos Dissertação/Projeto/Estágio dos alunos tiveram lugar - 1ª edição - 2008/2010 Tema Estudo da qualidade da carne de vitelos da raça Cachena em MPB da Obs. Concluído Projecto de produção de mirtilos no MPB Potencialidades da raça de bovinos Ramo Grande explorada no MPB, nas ilhas do Faial e Pico O papel das micorrizas no modo de produção biológico da alface (Lactuca sativa L.) Ecologia e sustentabilidade de paisagens agrícolas: Efeito das práticas agrícolas na diversidade funcional, no funcionamento e na provisão de serviços de ecossistema Elaboração de um plano de amostragem para Empoasca Vitis Goethe (Homoptera; Cicadellidae) em vinha na sub-região do Lima da Região Demarcada dos Vinhos Verdes Criação de uma modelo piloto de aproveitamento integrado dos recursos rurais envolvendo o MPB Acção de insecticidas de origem natural sobre o escaravelho-da-batateira e influência na produtividade e na qualidade de batata Influência do fosfato de Gafsa, da correcção orgânica e da reacção do solo, na produtividade da alface e da couve repolho Concluído Concluído Concluído Concluído Influência das fases lunares e do substrato na germinação de culturas hortícolas Desenvolvimento de um sistema de informação geográfica para gestão de áreas vitícolas em regime de produção integrada e modo de produção biológica Avaliação biológica de extractos de plantas aromáticas e medicinais no controlo de bactérias e fungos fitopatogénicos do tomateiro Modelação do clima em estufa climatizada para produção e enraizamento de estacas de Eucalyiptus globulus Labill. Estudo da implementação do sistema HACCP em secagem de plantas aromáticas e medicinais no MPB Avaliação da vida útil e da qualidade pós-colheita de kiwi produzido no modo de produção biológico e convencional Avaliação da incisão anelar em diferentes datas na produtividade e qualidade dos frutos da Actinidia deliciosa cv. Hayward Efeito da correcção orgânica e da reacção do solo numa rotação hortícola no MPB Concluído Concluído Concluído Concluído Concluído Pesquisa de fungos ocratoxicogénicos em uvas cultivadas no MPB e no modo de produção convencional Atributos de qualidade da carne do cabrito de raça Bravia em modo de produção biológico Concluído 49 Quadro 8.2 - Temas tratados e locais onde os trabalhos práticos Dissertação/Projeto/Estágio dos alunos tiveram lugar - 2ª edição - 2009/2011 Tema da Obs. MPB de caprinos da raça Bravia: análise das condições de bem-estar animal Efeito da compostagem de resíduos vegetais na concentração de fitoquímicos Concluído Avaliação da fertirega na cultura de kiwi em MPB vs modo de produção convencional Avaliação da conversão produtiva nos espaços peri-urbanos classificados do concelho de Matosinhos, dos sistemas agrícolas actuais para os sistemas de agricultura biológica ou de produção integrada Citrinos em modo de produção biológico. Tecnologia de produção e qualidade do fruto Concluído Dinâmica populacional de fitoseídeos (Acari: Phytoseiidae) associados ao ecossistema vinha no MPB e convencional MPB de caprinos da raça Bravia: avaliação da importância da vegetação espontânea na dieta de caprinos Valorização da sustentabilidade agrária. O caso do Modo de Produção Biológico Vs Convencional Programa Anual de Horticultura Terapêutica para Idosos Concluído Comparação e validação de modelo de desenvolvimento epidémico do míldio da videira (Plasmopara vitícola) para a Região dos Vinhos Verdes Plano de conversão da vinha na região do Douro Concluído Plano de conversão de exploração agro-pecuária para o MPB Aldeias sustentáveis em territórios de baixa densidade: Metodologias para a sua implementação Modelo para a determinação de dotações e estratégias de rega em espaços verdes Estudo de implantação de uma rede de PAM no MPB - Impacto social e económico 50 Quadro 8.3 - Temas tratados e locais onde os trabalhos práticos Dissertação/Projeto/Estágio dos alunos tiveram lugar - 3ª edição - 2010/2012 Tema da Obs. Produção e Transformação de PAM - Projecto de Investimento Projecto de extracção de óleos essenciais de PAM Aplicação de citoquininas de origem natural na quebra de dormência em Actinidia deliciosa Entregue Fatores de risco de claudicação em explorações de bovinos de leite em MPB Entregue Avaliação da agricultura social em pessoas inadaptadas Projeto de conversão de exploração de caprinos leite vs. carne para o MPB Entregue Consumo de Alimentos de Agricultura Biológica vs Agricultura Convencional Entregue Compostagem de espécies lenhosas invasoras e avaliação agronómica dos compostos 8.4 Periodicidade da Revisão curricular A revisão curricular tem sido discutida na comissão de curso tendo-se identificado pontualmente necessidades de aperfeiçoamentos. Está em curso o fim da terceira edição do mestrado, com a avaliação das dissertações/projetos do mestrado, enquanto os alunos da quarta edição estão a iniciar a dissertação/projeto. Durante o ano letivo de 2012/2013 a comissão de curso irá analisar detalhadamente os relatórios de atividades e auscultar docentes e discentes do curso para deliberar sobre a eventual necessidade de uma reestruturação do curso a submeter ao Conselho Técnico-Científico. A opinião de alguns alunos que concluíram o mestrado em Agricultura Biológica, e se encontram a exercer atividade nesta área, ou a realizar trabalhos de investigação conducentes à obtenção de Doutoramento, indica que poderá ser vantajoso introduzir algumas reformulações no plano atual, procurando um melhor equilíbrio entre as diferentes áreas científicas. 51 9 Resultados Académicos 9.1 Sucesso Escolar Dos alunos inscritos, e para o conjunto das várias unidades curriculares, em média, 94% foram avaliados e 93,7% ficaram aprovados (Quadro 9.1). Dos alunos avaliados às diferentes unidades curriculares, em média, 99% ficaram aprovados. Uma análise das estatísticas do desempenho permite constatar que o aproveitamento dos alunos que se submeteram a avaliação foi de 100% na grande maioria das unidades curriculares, sendo exceção as UC’s de Investigação e Inovação e Olericultura e Plantas Aromáticas e Medicinais no MPB, cujos aproveitamentos foram de 92% e 96 % respetivamente (Quadro 9.1). Conclui-se portanto, que o grau de aproveitamento foi excelente. A nota média para o conjunto das várias unidades curriculares foi de 14,2 valores, variando entre 11,3 e 17,1 valores (Quadro 9.2). A nota média mais baixa verificou-se à unidade curricular de Protecção das Culturas no MPB (12,9 valores) e a nota média mais elevada verificou-se à unidade curricular de Sistemas e Infraestruturas de Informação Geográfica (16,3 valores). O número de diplomados no período em análise foi de 15 (Quadro 9.3). Quadro 9.1 - Aproveitamento escolar (Fonte: Relatórios das UCs do MAB, ano letivo 2011/12) Avaliados/ Inscritos (%) Aprovados/ Inscritos (%) Aprovados/Av aliados (%) Análise de Sistemas Ambientais 100 100 100 Gestão da Fertilidade do Solo e da Nutrição das Culturas 100 100 100 Protecção das Culturas no MPB 93 93 100 Pecuária Biológica 92 92 100 Marketing e Certificação 100 100 100 Investigação e Inovação 100 100 92 Olericultura e Plantas Aromáticas e Medicinais no MPB 96 92 96 Fruticultura, Viticultura e Olivicultura no MPB 92 92 100 88,5 88,5 100 93 93 100 Sistemas e Infra-Estruturas de Informação Geográfica 77,8 77,8 100 Pós-Colheita e Transformação 96,2 96,2 100 MÉDIA 94,0 93,7 99 UC Saúde e Bem-Estar Animal Política, Planeamento e Gestão da Empresa 52 Quadro 9.2 - Aproveitamento escolar 1 UC Nota Média Nota Nota Máxima Mínima Análise de Sistemas Ambientais 13,9 18 10 Gestão da Fertilidade do Solo e da Nutrição das Culturas 13,1 15 10 Protecção das Culturas no MPB 12,9 18 10 Pecuária Biológica 14,9 17 13 Marketing e Certificação 13,5 16 11 Investigação e Inovação 14,7 18 8 Olericultura e Plantas Aromáticas e Medicinais no MPB 15,9 17 14 Fruticultura, Viticultura e Olivicultura no MPB 13,9 18 11 Saúde e Bem-Estar Animal 13,3 17 10 Política, Planeamento e Gestão da Empresa 14,3 16 11 Sistemas e Infra-Estruturas de Informação Geográfica 16,3 17 15 Pós-Colheita e Transformação 13,8 19 11 MÉDIA 14,2 17,1 11,3 Quadro 9.3. Diplomados Agricultura Biológica N.º diplomados 2010/12 15 A conclusão da Dissertação/Projeto/Estágio não teve o mesmo sucesso registado nas unidades curriculares em geral, tendo-se constatado que, dos alunos inscritos no 2º ano da terceira edição do curso (ano letivo 2011/12), apenas metade dos estudantes entregaram a Dissertação/Projeto/Estágio, aguardando neste momento a sua discussão. Até ao presente, a unidade curricular de Dissertação/Projeto/Estágio foi concluída por 11 alunos da primeira edição e por 4 alunos da segunda edição do mestrado que, assim, já concluíram o curso. Estão actualmente a aguardar a data da discussão da Dissertação/Projeto/Estágio, 4 alunos. Entre as medidas de apoio à promoção do sucesso escolar destacam-se: a) Definição clara dos conteúdos, objetivos e sistema de avaliação das unidades curriculares; 53 b) essão de abertura do curso e recepção dos estudantes do 1º ano, com entrega do guia de curso no qual consta entre outras informações a respetiva calendarização anual. Apresentação do curso pela comissão de curso do mestrado, esclarecendo-se os alunos sobre as facilidades da escola e de acesso à bibliografia internacional on-line. Ainda na sessão de abertura, os alunos participam no Seminário de apresentação dos planos de dissertação/projeto/estágio dos alunos do 2º ano, contactando desde logo com a dinâmica de trabalho existente no Mestrado de Agricultura Biológica. c) Disponibilização dos planos de estudo, sumários, informação bibliográfica e outra documentação na plataforma Moodle; d) Funcionamento das aulas presenciais apenas às sextas-feiras (8 h) e aos sábados (7 h), aspeto que permite valorizar a assiduidade dos estudantes, de modo a que haja continuidade no acompanhamento e sequência da unidade curricular por parte dos alunos (a participação tem sido muitíssimo elevada, apesar da grande percentagem de trabalhadores-estudantes); e) Participação eficaz dos alunos em contexto de sala de aula e incentivo à colaboração +ara trabalho de grupo; f) Valorização do trabalho realizado em grupo nos dias em que não decorrem aulas na escola, situação que é potenciada pelas novas tecnologias de comunicação à distância e de participação coletiva por meios virtuais; g) Participação na leccionação do curso, de docentes, investigadores e técnicos de outras instituições nacionais e internacionais; h) Apoio tutório, individual ou em grupo, durante a semana, sempre que o aluno manifeste necessidade de apoio, e entreajuda entre alunos para transmissão de informação aos alunos que eventualmente não possam estar presente em alguma aula; i) Avaliação dos conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares de forma contínua, através de trabalho de grupo, trabalho individual, elaboração de projetos, apresentação de comunicações, para além da avaliação final através de teste escrito; j) Participação coletiva em visitas de estudo interdisciplinares, que permitem completar a formação mais teórica adquirida e discutida em contexto de sala de 54 aula, conferindo aos alunos competências em diversos domínios e que, permitindo o contacto com a realidade produtiva e comercial deste sector, abre portas para futuros contactos entre alunos e empresários. As visitas de estudo realizadas no âmbito das diferentes UC’s são fundamentais para o processo de aprendizagem, devido à diversidade de matérias versadas no curso e à sua grande interdisciplinaridade. Acresce todo o enquadramento legal associado à produção e comercialização de alimentos produzidos no modo de produção biológico, que é clarificado durante as visitas de estudo. Para além de uma prévia apresentação da origem da empresa, as visitas acompanhadas por dois ou mais docentes do MAB, são guiadas pelos empresários com explicação pormenorizada das tecnologias de produção, dos equipamento específico e dos produtos finais obtidos, as principais dificuldades e estratégias de produção, de gestão e de comercialização. Estas visitas de estudo têm sido realizadas desde a 1ª edição do curso MAB, sendo uma referência importante para os alunos que frequentaram o curso, o que os tem levado a testemunhar esse interesse aos alunos candidatos ao curso. Considera-se, portanto, que a realização das visitas de estudo são sem qualquer dúvida uma das medidas que mais e melhor promovem o incentivo e o sucesso escolar, devendo, assim, ser realizadas. Por estes motivos, a disponibilização de verbas para estas visitas é uma prioridade, garantindo a necessária qualidade científica e técnica que até agora se tem alcançado. Espírito de equipa promovido pela comissão de curso. É dada grande ênfase ao acompanhamento dos alunos, nomeadamente para que não faltem com elementos necessários à avaliação contínua, no sentido de maximizar a taxa de aprovação. Por esta via, procura-se desenvolver o espírito de equipa, em que o êxito coletivo se sobrepõe frequentemente ao êxito individual, e em que se desenvolve a ajuda mútua, inclusivamente para além da sala de aulas. Quando se atingem níveis de incentivo coletivo, é possível que o grupo prossiga com êxito, evitando as possíveis desistências, em caso de adversidades pessoais, frequentes quando existem muitos alunos com compromissos profissionais e familiares. 55 9.2 Empregabilidade O IPVC encontra-se neste momento a promover a auscultação dos seus antigos estudantes através de um inquérito online. Esta metodologia de auscultação é recente e está implementada desde Fevereiro de 2012, não tendo sido possível obter um conjunto de respostas que permita, desde já, a resposta sobre a empregabilidade dos alunos de mestrado. No que respeita à inserção na vida ativa o Mestrado em Agricultura Biológica caracteriza-se por um ensino marcadamente aplicado e uma formação predominantemente profissionalizante, promovendo a continuidade de formação, a requalificação profissional, ou ainda o aprofundamento e consolidação de conhecimentos na área da agricultura biológica, com competências que lhes permitam actuar ao nível do sector agrário e, em particular, na agricultura biológica, contribuindo para a promoção de um desenvolvimento sustentável. O Mestre em Agricultura Biológica apresenta um perfil marcado de gestor, projetista e executor, em paralelo com uma atitude de investigação e inovação, assim como de coordenação e comunicação contínua, entre os elementos presentes nas ações em que participa. A organização curricular do curso habilita o Mestre em Agricultura Biológica com conhecimentos técnico-científicos especializados, que estão na base da procura dos empregadores de sectores que urge desenvolver no nosso país. Deste modo, o Mestre em Agricultura Biológica poderá aplicar as competências adquiridas num conjunto alargado de atividades do sector público e sector privado, associativo e empresarial, tendo conhecimentos interdisciplinares como a agronomia - produção vegetal e animal (práticas e técnicas da agricultura biológica), a legislação, inspecção, certificação e rotulagem dos produtos, segundo o MPB e a análise sócio económica de mercados da agricultura biológica. Especificamente, o Mestre em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território poderá exercer a sua atividade em: a) Assessoria técnica em explorações e empresas de Agricultura Biológica. b) Assessoria técnica e participação em projetos de desenvolvimento da Agricultura Biológica, junto de associações e organizações de produtores e associações interprofissionais do sector. 56 c) Assessoria técnica em empresas de comercialização, marketing e distribuição dos produtos alimentares biológicos. d) Empresário agrícola. e) Organismos públicos e privados de inspeção e certificação. f) Empresas na área do desenvolvimento e comercialização dos fatores de produção para o modo de produção biológico. g) Serviços da administração central, regional e local com competências no desenvolvimento rural sustentável, conservação da natureza e turismo em espaço rural. h) Instituições promotoras de ensino e de formação profissional. i) Empresas de prestação de serviços. j) Empresas na área da consultoria e elaboração de projetos de investimento, planeamento e de desenvolvimento A realização de visitas técnicas a empresas com atividade, ou empresas que incorporem operações no domínio da Agricultura Biológica; a realização de trabalhos de dissertação, estágios e projetos em parcerias com empresas do sector privado ou instituições do sector público, a realização de conferências e palestras com especialistas convidados; e a realização de eventos como o III Encontro Nacional de Horticultura Biológica, I Encontro Nacional de Pecuária Biológica, revelam-se, também, fundamentais como medidas de estímulo à inserção dos estudantes na vida ativa. O mestre em Agricultura Biológica, para além de dominar as principais questões científicas e técnicas relacionadas com a produção, transformação e comercialização de produtos vegetais e animais no modo de produção biológico deverá ficar motivado para continuar a aprender ao longo da vida em contextos de mudança científica, tecnológica e organizacional; ficar apto para organizar, planear e executar tarefas, em parceria intelectual, integrando equipas de trabalho multidisciplinares; possuir capacidade de comunicação oral e escrita. Além das competências curriculares de natureza científica, deve possuir iniciativa e espírito empreendedor, que lhe permitam executar estudos técnicos e projetos de I&D; demonstrar capacidade de análise e síntese, a par da capacidade de gestão da informação e do conhecimento que lhe permitem desenvolver e validar competências em desenvolvimento e gestão da inovação, gestão da propriedade intelectual assim como a gestão de projetos de natureza empresarial ou social. 57 9.3 Internacionalização No que respeita à mobilidade de docentes, no ano letivo de 2010-2011, foi atribuída uma bolsa de mobilidade à docente do MAB, Professora Doutora Isabel de Maria Mourão para se deslocação à Universidade de Kassel / Faculdade de Ciências Agronómicas, com os objetivos de: i) apresentar seminários técnicos temáticos; ii) divulgar os projetos de ensino, de investigação e de inovação da ESA-IPVC; iii) reforçar a criação de parcerias nestes domínios entre as duas instituições, nomeadamente no incentivo dos alunos da Instituição de acolhimento a realizarem períodos de formação na ESA-IPVC; iv) potenciar a integração e o reconhecimento da ESA-IPVC na rede de instituições Europeias com competências nos domínios da agricultura biológica, biotecnologia agrícola, alimentar e ambiental, da engenharia do ambiente e da engenharia agronómica. Quadro 9.4 – nível de internacionalização no ciclo de estudos Percentagem de alunos estrangeiros 0% Percentagem de alunos em programas internacionais 0% Percentagem de docentes estrangeiros Percentagem de docente em programas internacionais 15 % (1) 0% (1) % dos docentes convidados 58 10 Análise SWOT do Ciclo de Estudos 10.1 Missão e Objetivos Pontos Fortes Conceito claro, cuja mensagem é facilmente perceptível para os potenciais interessados no CE; A missão do Ciclo de Estudos está fortemente ligada ao conceito de missão da ESA‐IPVC, em particular, ao nível das suas componentes de ensino e partilha de conhecimento; Oportunidades Desenvolvimento de parcerias para a cooperação no ensino, intercâmbio de estudantes e docentes, com os Países de Língua Oficial Portuguesa Desenvolver sistemas de ensino à distância, designadamente e‐learning e b‐learning. Constrangimentos É reduzida a informação sobre o sucesso do curso em termos de empregabilidade dos mestres, de monitorização do sucesso na obtenção do primeiro emprego e das saídas profissionais dos graduados; As acuais restrições económicas podem ainda ser um impedimento de desenvolvimento de atividades, ações, e diversas medidas de melhoria para melhor desempenho de todos os envolvidos neste projeto de formação 10.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade Pontos Fortes SGGQ certificado pela ISO 9001 desde Janeiro de 2009.O âmbito do Sistema centra-se no processo ensino & aprendizagem mas considerando todos os processos de suporte ao mesmo (ver Manual da Qualidade), incluindo os processos de gestão estratégica, cooperação internacional, gestão académica, RH, projetos, infraestruturas, higiene e segurança e serviços de apoio (bibliotecas, alojamento, alimentação ,bolsas). Existência de metodologias de monitorização e controlo de actividades, com definição anual de objetivos, indicadores e metas para cada processo com base no Plano Estratégico e na Politica da Qualidade Destaca-se o Inquérito de aval. da qualidade de ensino, realizado semestralmente aos estudantes, as auditorias internas ao longo do ano e os inquéritos de 59 aval. da satisfação de estudantes, colaboradores e entidades externas e os balanços da qualidade relativos ao desempenho do SGGQ. Com os novos estatutos, o IPVC definiu uma estrutura de decisão hierárquica eficiente e congregando vários níveis de participação. Permanente ligação e interacção entre os docentes da ESA e os alunos do curso, criando laços de trabalho consistentes e acrescida vinculação institucional; Os sistemas de gestão de qualidade implementados no IPVC, garantem aos alunos a elevada qualidade formal de todos os processos administrativos e académicos; A organização interna da ESA e a sua reduzida dimensão institucional favorecem a aproximação aos alunos e, por essa via, o maior êxito académico dos mesmos, bem como a sua realização pessoal. Pontos Fracos Reconhecimento do sistema interno de garantia da qualidade por parte dos estudantes e a sua participação no mesmo ainda reduzido. São ainda pouco robustas as metodologias de auscultação de antigos estudantes e das entidades empregadoras, a participação das mesmas e a inclusão de especialistas externos nos processos de criação e revisão dos ciclos de estudos. Baixa eficiência do sistema de gestão documental, de sistemas de acompanhamento de indicadores de desempenho e de recolha de informação. A realização do curso, exclusivamente às sextas‐feiras e sábados, com um programa de aprendizagem intensivo, compromete a integração dos alunos em actividades práticas no espaço agrícola da Escola; A limitação do curso a dois dias por semana impede o desenvolvimento de rotinas consistentes de trabalho em conjunto e uma maior contextualização académica; O facto de o sábado não ser, na ESA, um dia académico normal (há alguns sectores encerados), impede que os alunos tenham acesso à totalidade dos serviços disponibilizados pela escola. Oportunidades Integrar o Programa de avaliação institucional da Ass. das Universidades Europeias. Participação no exercício experimental de auditoria, por parte da A3ES, ao SIGGQ do IPVC e possível acreditação do mesmo. Envolver mais os estudantes nas auditorias internas ao 60 sistema e na elaboração dos relatórios de curso. Maior envolvimento dos órgãos consultivos e de gestão na estrutura e gestão dos processos do SIGGQ. Ajustar as metodologias de auditoria aos critérios e referenciais propostos pela A3ES. Melhorar os SI e comunicação, tornando mais eficiente o fluxo de informação/documentos de suporte, a monitorização de indicadores de desempenho e a tomada de decisão para melhoria continua. Implementação de sistema de workflow, que reduza o papel nos fluxos documentais e melhorar integração dos SI administrativos entre si. Propor certificação pelas normas internacionais de TIC do IPVC DataCente, dotado de características de segurança de dados e de estrutura de rede que permitem a sua submissão. A forte organização do curso, bem como a sua reconhecida qualidade, podem permitir o estabelecimento de sinergias e parcerias com outras instituições de ensino superior, nacionais ou internacionais; A qualidade formal do curso pode potenciar a sua atractividade, mesmo junto de públicos mais afastados, como é o caso da Galiza; A qualidade e a consistência formal, académica e científica do curso podem permitir a sua “exportação” para outros países, muito em particular, os países da CPLP. Constrangimentos Poucos recursos humanos disponíveis e elevados custos financeiros associados às oportunidades identificadas para a melhoria do sistema interno de garantia da qualidade. As limitações orçamentais da escola, decorrentes da atual situação económica, podem ameaçar o elevado grau de qualidade do curso; A aceitação de alunos no curso, sem formação de base específica em agronomia, pode não permitir o aprofundamento de algumas matérias para esses alunos; 10.3 Recursos materiais e parcerias; Pontos Fortes Localização da Escola num contexto fortemente agrícola; Disponibilidade relativa em meios de transporte para realização de visitas de estudo; Disponibilidade da escola em equipamentos e outros meios de produção agrícolas; 61 Existência de acordos pontuais e informais com docentes de outras instituições de ensino, nacionais e internacionais. Pontos Fracos Inexistência de parcerias formais para o ensino e/ou formação com outras instituições de ensino superior, ou outro tipo de empresas ou associações; Redução do orçamento do curso, com impacto assinalável na diminuição do número de técnicos e docentes convidados. Oportunidades Potencial de crescimento ao nível da intervenção prática dos alunos, considerando as disponibilidades que a exploração agrícola da Escola possibilita; Notoriedade crescente do curso legitima a capacidade em aumentar de forma significativa o grau de parcerias, formais e informais, com outras instituições e/ou empresas. Constrangimentos O condicionalismo orçamental a que o presente curso está sujeito, poderá diminuir globalmente a qualidade do mesmo. 10.4 Pessoal docente e não docente; Pontos Fortes Corpo docente sintonizado com o objetivo genérico do Curso, ou seja, a valorização da Agricultura Biológica; Corpo docente altamente qualificado nas diferentes áreas científicas do curso, tendo a grande maioria o grau de doutor; Para além dos docentes internos, o corpo docente incorpora um número de professores e técnicos externos, aportando riqueza e diversidade à formação dos alunos. Pontos Fracos Redução do número de técnicos e docentes externos à ESA‐IPVC, a qual pode minimizar a valia global do curso; 62 Corpo docente envolvido noutras áreas do conhecimento, impossibilitando assim uma maior especialização e dedicação à investigação no âmbito da agricultura biológica; Oportunidades Os docentes da ESA, mais envolvidos no MPB, podem desenvolver projetos de investigação relevantes com os alunos do curso, tirando partido da experiência pessoal e profissional que alguns destes já detêm; Possibilidades crescentes de êxito na candidatura a projectos de investigação, nacionais e internacionais, na área da produção biológica; O elevado e crescente grau de atractividade que o presente CE vem manifestando pode favorecer a contratação de docentes especializados nesta área, ou, por outro lado, justificar de forma acrescida a orientação para o MPB de projectos pessoais de investigação e valorização pessoal, como são o caso dos mestrados e doutoramentos. Constrangimentos A crescente limitação da lecionação a docentes da escola pode diminuir a riqueza curricular do curso. 10.5 Estudantes Pontos Fortes Forte identificação com o curso; Vontade genuína de aprender; Reduzida taxa de desistência (e sempre por razões externas ao curso); Área de captação dos estudantes deste ciclo de estudos vai para além dos limites de incidência geográfica da Escola, ou até mesmo do IPVC, expresso num elevado nível de atração do curso; Diversidade de formações académicas, o que se traduz frequentemente numa partilha de conhecimentos com os colegas e os docentes, na sala de aula. Pontos Fracos 63 Excessiva dispersão curricular de base (muitos alunos com formação de 1º Ciclo afastada da área agronómica), traduzida numa insuficiente formação em algumas áreas básicas do conhecimento; Existência de um número significativo de trabalhadores estudantes, condicionando a sua disponibilidade para aprofundamento do trabalho e do estudo, fora da sala de aula. Oportunidades Realização de um número crescente de trabalhos finais de curso, promovendo os seus autores e a ESA nesta área Elevadas possibilidades de estabelecimento de uma rede de diplomados na área, favorecendo o sector e criando notoriedade para o Ciclo de Estudos; Oportunidades de emprego para os diplomados, como resultado da notoriedade do curso e da crescente procura nacional e internacional de produtos biológicos; Diminuição do mercado de trabalho em Portugal, o que tem orientado recém‐licenciados no sentido de continuar e aprofundar os seus conhecimentos, frequentando cursos pós‐ graduados. Constrangimentos Diminuição do número de inscrições e frequência do curso em resultado da crescente dificuldade económica do país. 10.6 Processos; Pontos Fortes Elevado número de visitas de estudo (sobretudo no espaço nacional, mas também algumas em Espanha); Estrutura organizativa ao nível das visitas de estudo, que permite aos alunos obter um bom conhecimento da estrutura organizativa de empresas envolvidas no MPB; Coordenação do curso fortemente centrada no aluno e nas suas necessidades académicas e de realização pessoal. Pontos Fracos Reduzido contexto prático de aprendizagem na escola; 64 A concentração das aulas em dois dias (sendo um deles, o sábado), traduz‐se em pouca representatividade e reduzida participação dos alunos nos órgãos e na vida académica da escola. Oportunidades Os processos de acreditação que se aproximam podem constituir ocasiões importantes para reequacionar e corrigir processos passíveis de melhoria; A implementação generalizada de sistemas de gestão de qualidade na instituição abre um espaço de crescente melhoria no processo de transmissão e partilha de conhecimento. Constrangimentos Os custos e as dificuldades da normalização de processos 10.7 - Resultados Académicos. Pontos Fortes Níveis de aprovação das Unidades Curriculares muito próximos dos 100%; Obtenção de boas classificações nas Unidades Curriculares. Pontos Fracos Dificuldade de articular/agendar as atividades letivas e de avaliação. Os alunos demoram tempo excessivo para terminar a tese/projeto final, penalizando-os, e penalizando os indicadores de aprovação final global do curso; Oportunidades Criação de um grupo de ex‐alunos de excelência, com grandes potencialidades futuras, para eventuais parcerias em projectos técnicos e de investigação na área da agricultura biológica; Oportunidade para exigir e/ou procurar alcançar resultados ainda mais elevados em edições futuras do mestrado. Constrangimentos Dificuldade de articular o trabalho de Tese/Dissertação/Estágio com as obrigações profissionais. 65 11 Proposta de ações de melhoria 11.1 Missão e Objetivos Debilidades A formação técnica de alguns alunos é limitada principalmente ao nível das Ciências Agrárias, dificultando a obtenção de alguns objetivos de aprendizagem e de competências no curso. Proposta de melhoria Algumas UCs deverão contemplar uma abordagem aos ciclos biológicos e tecnologias de produção, adequando posteriormente os programas das UCs com eles relacionados, de modo a apresentarem uma adequação às necessidades e potencialidades dos estudantes. Tempo de implementação da medida: 1 – 12 meses; Prioridade: 1 – Alta Indicador de implementação 1 – Apresentação de propostas de alteração de programas de UCs. 11.2 Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade; Debilidades 1. Reduzido reconhecimento do sistema interno de garantia da qualidade por parte dos estudantes e a sua participação no mesmo. 2. Gestão documental e de sistemas de acompanhamento de indicadores de desempenho e de recolha de informação pouco eficiente. 3. Ferramentas de avaliação de desempenho do sistema interno de garantia da qualidade ainda não totalmente adaptados aos referenciais e critérios propostos pela A3ES. Proposta de melhoria 1. Melhorar a participação dos estudantes no sistema interno de garantia da qualidade, incluindo aumento da taxa de participação nos inquéritos à qualidade de ensino, integração 66 nas equipas de auditorias internas ao sistema e nas equipas de elaboração dos relatórios de curso. 2. Melhorar os sistemas de informação e comunicação, tornando mais eficiente o fluxo de informação/documentos de suporte ao sistema e a monitorização de indicadores de desempenho e a tomada de decisão para a melhoria continua. Implementação de sistema de workflow. que permita a redução do papel nos fluxos documentais e melhorar integração dos sistemas de informação administrativos entre si. 3. Adaptação do sistema interno de garantia da qualidade aos princípios, referenciais e critérios propostos pela A3ES (aplicação do Guião de Auto-avaliação). Tempo de implementação da medida:1. 9 meses; 2. 18 meses; 3. 12 meses Prioridade: 1. Alta; 2. Média; 3. Alta Indicador de implementação 1. Taxa de participação dos estudantes nos inquéritos online à qualidade de ensino; Número de auditorias com participação de estudantes 2. Número de processos com sistema de workflow implementado; Tempo de decisão de ações para resposta a não-conformidades detetadas no sistema; tempo de resposta a reclamações 3. Nível de cumprimento dos referenciais de autoavaliação (com base no relatório de auditoria realizada pela agência) 11.3 Recursos materiais e parcerias Debilidades 1 – Dificuldade de manutenção e de atualização de equipamento existente assim como para aquisição de novos equipamentos 2 – Reduzida bibliografia disponível sobre a temática da AB na biblioteca da ESA 2 – Relativamente pouco envolvimento de atividades práticas das UCs nas atividades agrícolas da exploração agrícola; 3 – Reduzido número de parcerias formais para o ensino e/ou formação com outras instituições de ensino superior, ou outro tipo de empresas ou associações ligadas ao tecido empresarial, nacionais e internacionais. 67 Proposta de melhoria 1 – Aquisição, manutenção e atualização de equipamentos existentes pela sua maior relevância e atualidade para as diferentes áreas de ensino/aprendizagem. 2 – Adquirir bibliografia tecnicamente e cientificamente atualizada. 3 – Utilizar, integrar, envolver ainda mais os recursos agrícolas e laboratoriais na Exploração Agrícola da Escola, nas atividades letivas de algumas UCs. 4 - Reforço dos protocolos com instituições parceiras que permitam um aumento da quantidade e diversidade dos recursos disponíveis para o curso, com destaque para as visitas de estudo. Prioridade: 1 – Alta; 2 – Alta; 3 – Alta; 4 - alta Indicador de implementação 1 – Numero reparações e número de novos equipamentos 2 – Número de obras e tipologia adquiridas 3 – Número de horas práticas envolvendo atividades na exploração agrícola; 4 – Número de protocolos realizados; Tempo de implementação da medida: 1 – 12 meses; 2 – 12 meses; 3 – 12 meses; 4 – 12 meses 11.4 Pessoal docente e não docente Debilidades 1 – Insuficiente formação de docentes nalgumas áreas técnicas da AB. 2 – Dificuldades financeiras para um maior apoio à formação de docentes e não docentes. Proposta de melhoria 1 – Reforço da colaboração, visitas de estudo, e mobilidade com docentes externos em particular docentes estrangeiros para colmatar lacunas em áreas técnicas. 2 – Organização de cursos de formação profissional, envolvendo como formadores docentes e não docentes, revertendo os proveitos para a sua própria formação. 68 Tempo de implementação da medida: 1 – 12 meses; 2 – 12 meses. Prioridade: 1 – Alta; 2 – Média; Indicador de implementação 1 – Número de horas de formação frequentada por docentes e não docentes. 2 – Número de cursos e número de alunos. 11.5 Estudantes Debilidades 1 – Deficiente formação em UCs tecnológicas, para alunos de áreas não afins das ciências agrárias. 2 – Reduzida frequência, por parte dos trabalhadores estudantes, para participação nas atividades práticas e laboratoriais, trabalhos de grupo. 3 – Reduzido número e reduzido período de mobilidade de alunos do MAB instituições de ensino superior no âmbito dos acordos ERASMUS ou de qualquer outro enquadramento. 4 – Reduzido apoio ao aluno ao nível da inserção profissional e em projetos de empreendedorismo. 5 – Participação diminuta de alunos estrangeiros do espaço europeu e PALOPS com interesse e capacidade em participar no MAB. Proposta de melhoria 1 – Restruturação curricular das UCs tecnológicas. 2 – Definição de horários das sessões lectivas e dos momentos de avaliação que não criem exclusão aos Estudantes Trabalhadores, sugerindo-se também uma revisão das metodologias de ensino/aprendizagem que sejam mais adequadas a este tipo de alunos sem que o nível de exigência e qualidade seja diminuído 3 - Aumentar o número e o período de mobilidade de alunos do MAB em universidades estrangeiras no âmbito dos acordos ERASMUS ou de qualquer outro enquadramento. 69 4 - Melhorar o apoio direto e continuo ao aluno ao nível da inserção profissional e em projetos de empreendedorismo seja no quadro da Comissão de Curso ou por outros órgãos do IPVC. 5 - Aumentar os alunos estrangeiros do espaço europeu e PALOPS com interesse e capacidade em participar no MAB. Tempo de implementação da medida: 1 – 6 meses; 2 – 12 meses; 3 - 24 meses; 4 – 24 meses; 5 24 meses Prioridade: 1 – Alta; 2 – Alta; 3 – Alta; 4 – Média; 5 - Média Indicador de implementação 1 – Reestruturação do curso. 2 – Número de Estudantes Trabalhadores que participam nas sessões de letivas e na avaliação e taxa de aprovação de Trabalhadores Estudantes. 3 – Número de alunos e período de mobilidade 4 – Participação em projectos de poliempreenddedorismo 5 - % de alunos estrangeiros do espaço europeu e PALOPS 11.6 Processos Debilidades 1 – Insuficiente supervisão, análise, debate interno e produção de opinião, por parte de docentes e estudantes, quer ao nível de Seminários ou Outro tipo de Encontros, quer ao nível institucional, na Comissão de Curso, no Conselho Pedagógico e Conselho Académico, sobre desenvolvimento, articulação, atualização, dos programas das UCs do Curso; 2 – Alguns procedimentos administrativos e académicos que não se encontre claros. Proposta de melhoria 1– a) Realização sistemática de análise específica dos programas das UCs, nomeadamente pela Comissão de Curso; b) Realização de eventos (seminários, workshops, etc.) e reuniões ao nível de órgãos como os Grupos Disciplinares e Conselho Pedagógico que permitam contributos para desenvolvimento, articulação, atualização, dos programas das UCs; 70 2 Estabelecimento formal de alguns procedimentos administrativos e pedagógicos que não estejam claros atualmente. Tempo de implementação da medida: 1 – 12 meses; 2 – 12 meses Prioridade: 1 – Alta; 2 – Média; Indicador de implementação 1– a) Número de Programas de UCs analisados, e que originaram recomendações de melhoria dos programas das UCs; b) Número de eventos e de reuniões que produziram recomendações 2 – Atualização dos procedimentos 11.7 Resultados Académicos Debilidades 1 - Demasiado tempo para um número significativo de alunos terminarem a sua dissertações, projetos ou relatórios de estágio, de fim de curso. 2 – Relativa reduzida divulgação dos trabalhos dissertações, projetos ou relatórios de estágio, de fim de curso. Proposta de melhoria 1 - As classificações académicas e o sucesso do curso de mestrado na parte curricular apresentam valores elevados que importa manter e monitorizar, sendo necessário desenvolver mecanismos de apoio direto, e de colaboração contínua, com todas as instituições e parceiros com vista a melhorar o sucesso ao nível do limite do prazo estabelecido para as dissertações, projetos ou relatórios de estágio, de fim de curso. 2 - É essencial divulgar os resultados de trabalhos académicos realizados no âmbito do curso, com destaque para eventos e publicações de divulgação técnica e científica, com trabalho realizado no âmbito das dissertações ou projetos dos alunos. O tempo de implementação da medida 1 e 2 é de 6 meses e 12 meses, respetivamente sendo a prioridade considerada alta. Os indicadores de implementação são a realização de Seminários de avaliação da evolução das Teses e o número de artigos publicados. 71