Ficha de Mercado da India
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Ficha de Mercado da India
Mercados informação global Índia Ficha de Mercado Junho 2010 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Índice 1. O País em Ficha 03 2. Economia 04 2.1 Situação Económica e Perspectivas 04 2.2 Comércio Internacional 06 2.3 Investimento 10 2.4 Turismo 11 3. Relações Económicas com Portugal 12 3.1 Comércio 12 3.2 Serviços 17 3.3 Investimento 18 3.4 Turismo 20 4. Relações Internacionais e Regionais 20 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 22 5.1 Regime Geral de Importação 22 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 24 5.3 Quadro Legal 27 6. Informações Úteis 28 7. Endereços Diversos 30 8. Fontes de Informação 35 8.1 Informação Online aicep Portugal Global 35 8.2 Endereços de Internet 36 2 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) 1. O País em Ficha Área: 3.287.263 km 2 População: 1.148 Milhões de habitantes (estimativa 2008) Densidade populacional: 349,8 hab./km (estimativa 2008) Designação oficial: República da Índia (República federal com 28 estados e seis territórios) 2 Chefe do Estado e do Governo: Presidente Pratibha Patil, eleito em Julho de 2007 (mandato de 5 anos) Primeiro-Ministro: Manmohan Singh Data da actual Constituição: Janeiro de 1950 Principais Partidos Políticos: Congresso Nacional Indiano; Partido Bharatiya Janata (BJP); Congresso Índia Trinamool (TMC); Dravida Munnetra Kazhagam (DMK); Partido Samajwad (SP); Rashtriya Janata Dal (RJD); Janata Dal (United); Partido Bahujan Samaj (BSP)Partido Nacional Dravida Munneta Kazhagam (AIADMK); Biju Janata Dal (BJD); Partido do Congresso Nacionalista (NCP); Partido Comunista da Índia (M) Governo: Coligação governamental liderada pelo Congresso Nacional Indiano que venceu as eleições realizadas em Maio de 2009 (não tendo conseguido obter a maioria dos lugares) Capital: Nova Deli (12,8 milhões de habitantes) (censo de 2001) Outras cidades importantes: Mumbai (Bombay – 16,4 milhões); Kolkata (Calcutta – 13,2 milhões); Chennai (Madras – 6,4 milhões); Bangalore (5,7 milhões) e Hyderabad (5,5 milhões) Religião: De acordo com o censo de 2001, 80,5% da população é hindu e 13,4% muçulmana. Existem ainda outras minorias, nomeadamente cristãos (2,3%), sikhs (1,9%), budistas (0,8%) e jaínistas (0,4%) Língua: A língua oficial é o hindi, falado por cerca de 30% da população. O inglês é normalmente utilizado na administração, na área dos negócios e como segunda língua. A Constituição reconhece ainda 14 dialectos regionais, dos quais se destaca o tamil Unidade monetária: Rupia indiana (INR) 1 EUR = 57,6166 INR (média mensal – Maio 2010) 1 EUR = 67,3611 INR (média anual – 2009) Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) “Ranking” em negócios: Risco político BBB (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco de estrutura económica BBB “Ranking” em negócios: Índice 6,09 (10 = máximo) “Ranking” geral 58 (entre 82 países) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado: Exp.+ Imp./ PIB = 41,1% (2009) Imp./ PIB = 22,6% (2009) Imp. / Imp. Mundial = 1,9%( 2009) Fontes: th The Economist Intelligence Unit (EIU) – ViewsWire June 4 2010; Country Report June 2010; WTO - World Trade Organization; UNCTAD – United Nations Conference on Trade and Development; CIA – The World Factbook; Banco de Portugal; COSEC – Companhia de Seguros de Crédito. 3 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspectivas Os níveis de crescimento e desenvolvimento alcançados pela Índia, na última década, levaram o país a uma maior participação na cena política e comercial internacional, sendo considerada uma das mais importantes economias emergentes da Ásia. A Índia foi a 2º economia do mundo que mais cresceu em 1 2009 (crescimento real do PIB +6,5% ), entre as principais economias. Segundo o FMI - International Monetary Fund, a taxa média de crescimento da economia indiana, no período de 1991-2000, tinha sido de 5,6% mas entre 2005 e 2007 a média foi próxima dos 9%. Em 2009 a Índia foi o 22º exportador e o 15º importador a nível mundial, representando as suas exportações 1,2% e as importações 1,9% do comércio mundial de bens (em 2004 as exportações indianas registadas eram menos de metade do valor alcançado em 2008, representaram 0,8% do comercio mundial e a Índia era o 30º exportador mundial). Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População PIB a preços de mercado PIB a preços de mercado PIB per capita Crescimento real do PIB Milhões 2007 a 2008 a 2009 b 2010 c 2011 c 2012 c 1.130 1.148 b 1.166 1.184 1.202 1.220 49.479 55.745 61.642 72.185 81.744 92.745 10 USD 1.187 1.260 1.281 1.555 1.783 2.068 USD 1.050 b 1.100 1.310 1.480 1.690 INR 10 9 9 1.100 % 9,6 5,1 6,8 7,8 8 8,3 Consumo privado Var. % 9,8 6,8 4,1 6,4 6,4 7 Consumo público Var. % 9,7 16,7 8,2 9,3 9,1 9 Formação bruta de capital fixo Var. % 15,2 4 5,2 9,6 12,5 12,6 Taxa de desemprego % 9,8 b 10,7 10,8 10,6 10,6 Taxa de inflação % 6,4 8,3 a 12 5,8 5,2 b 17,3 15,2 14,4 13,7 -6,7 -5,5 -5,2 -4,9 a -27,2 -31,0 -44,1 -2,5 -1,7 -1,7 -2,1 a 46,5 46 45 10,4 Dívida Externa % do PIB 18,6 Saldo do sector público % do PIB -2,6 -5,9 18,6 9 Balança corrente 10 USD -8,1 -31,0 Balança corrente % do PIB -0,7 -2,5 1USD=x INR 41,3 43,5 Taxa de câmbio (média) 10,9 Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) – ViewsWire 4thJune 2010 Notas: (a) Actual -31,5 48,4 (b) Estimativas (c) Previsões INR - Rupia Indiana 1 CIA – The World Factbook – Maio/2010. 4 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Em termos de investimento, em 2008 a Índia posicionou-se como o 22º país receptor de IDE (investimento directo estrangeiro) e o 13º investidor mundial, segundo os dados da UNCTAD. A crise económica e financeira mundial iniciada em 2008 abrandou o ritmo da expansão da economia indiana nos últimos dois anos, cujo impacto não teve outras dimensões porque, por um lado, as politicas implementadas pelo governo foram consideradas bastante adequadas e, por outro, pela baixa dependência das exportações no crescimento deste mercado. Convém referir que o motor de crescimento desta economia teve por base o aumento da procura interna e o aparecimento de uma classe de consumidores em rápida expansão. As exportações decresceram cerca de 13% entre 2008/2009. A economia indiana é muito diversificada, englobando uma agricultura tradicional com uma outra mais desenvolvida, uma ampla gama de indústrias modernas e uma multiplicidade de serviços desenvolvidos nos últimos anos, com grande relevância económica. A composição do PIB por sectores em 2009 foi a seguinte: agricultura (17%) que empregou 52% da população activa, a indústria (28%) que absorveu 14% da força de trabalho e os serviços (55%) e uma ocupação de 34% da mão-de-obra activa. É também um país com uma população muito numerosa (a segunda economia com mais população no mundo, que representa 17% da população mundial), jovem (30% tem menos de 14 anos) e com uma boa formação, e ainda com a vantagem de dominar bem o idioma dos negócios (língua inglesa). Segundo os dados do The Economist Intelligence Unit (EIU) as perspectivas para a economia da Índia, são as seguintes: • Crescimento médio anual do PIB em 2011 e 2012 na ordem dos 8%. Convém referir que estas projecções implicam que o PIB, em moeda local, quase duplique entre 2007 e 2012. • As importações de bens e serviços deverão crescer 31% entre 2010 e 2012 e as exportações acompanha com uma taxa superior (+41%). Realça-se que a previsão aponta para uma balança corrente negativa em 2012. • O consumo privado e o público deverá crescer em média cerca de 7% e 9%, respectivamente entre 2010 e 2012. • A previsão para a formação bruta de capital fixo aponta para um crescimento acima dos 12% em 2010 e 2012. É esperado um aumento de 21% do investimento estrangeiro entre 2010 e 2012, sendo de realçar que em 2013 o valor previsto mais que duplica o registado em 2007 e acresce mais 50% ao valor de 2008 que foi o melhor do periodo 2005-2009. • A taxa de inflação deverá decrescer nos próximos anos, atingindo os 5,2% em 2012 (enquanto que a estimativa para 2009 é uma taxa na ordem dos 10,9%). • O desemprego irá registar uma taxa muito elevada ao longo do periodo 2010-2012. 5 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) A longo prazo, a Índia terá ainda que conciliar todo este crescimento revelado nos indicadores económicos, com o crescimento previsto da população, os impactos ambientais prováveis e os consequentes problemas sociais, sendo que a diminuição da pobreza e o aumento do bem estar continua a ser é uma das prioridades do actual governo. Não devemos esquecer que, segundo o Banco Mundial, a Índia continua na categoria de país com um nível de baixo rendimento. 2.2 Comércio Internacional A economia indiana, nestes últimos anos, aumentou a sua participação no comércio internacional, encontrando-se, em 2009, tal como já referido anteriormente, como exportador na 22ª posição e como importador na 15ª, melhorando as suas posições face aos anos anteriores. Evolução da balança comercial 9 (10 USD) 2005 2006 2007 2008 2009 a Exportação fob 99,6 121 147 177,5 155 Importação fob 142,9 172,8 216,8 293,4 244 Saldo -43,3 -51,8 -69,8 -115,9 -89 69,7 70,0 67,8 60,5 63,5 Como exportador 29ª 28ª 26ª 27ª 22ª Como importador 17ª 17ª 18ª 16ª 15ª Coeficiente de cobertura (%) Posição no “ranking” mundial Fontes: WTO - World Trade Organization Nota: (a) Estimativa Em termos de volume, os fluxos comerciais da Índia representaram, em 2009, cerca de 1,9% e 1,1% das importações e exportações mundiais, respectivamente, ficando próximo de exportadores mundiais como, a Malásia (21ª posição), a Suíça (20ª), o Brasil (24ª), a Austrália (23ª), e de importadores como a Espanha (13ª) Singapura (14ª) e o México (16ª). Entre 2005-2009 as exportações indianas cresceram em média cerca de 13%, enquanto que as importações registaram uma taxa média na ordem dos 16%. Ambos os fluxos referidos registaram uma tendência sempre crescente até 2008, verificando-se em relação a ambos, uma quebra acentuada em 2009, de 13% e 17%, respectivamente. Neste contexto, é de realçar que no período de 2005-2008 a média anual das taxas de crescimento das exportações e importações indianas foram 21% e 27%, respectivamente. Os principais clientes da Índia foram em 2009, por ordem de importância, os Emiratos Árabes Unidos, os Estados Unidos da América, a China, Hong-Kong, Singapura, a Holanda e o Reino Unido que conjuntamente, nos últimos três anos, absorveram 46% (2009) e 45% (2008 e 2007) das exportações indianas. 6 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Entre 2007 e 2009, os mercados dos Emiratos Árabes Unidos, Hong Kong e a Holanda, foram os que ganharam importância contra a perda registada pelos EUA, o Reino Unido e Singapura. Entre 2008/2009, à excepção da Holanda e de Hong Kong, para todos os restantes mercados, a Índia registou decréscimos nas suas exportações, sendo de salientar os verificados nos seguintes mercados: Singapura (-24%), EUA (-15%), EAU (-11%) e o Reino Unido (-7%). A repartição das exportações indianas em 2009, por zonas geográficas, foi a seguinte: 51% para a Ásia, 21% para a Europa (UE27), 21% com destino ao Médio Oriente e a África absorveu cerca de 8%. Em todas estas zonas geográficas as exportações indianas registaram diminuições, sendo de realçar a verificada em África (-16%) e no Médio Oriente (-12%). Principais Clientes 2007 2008 2009 Mercado Quota % Posição Quota % Posição Quota % Posição E.A.U. 9,8 2ª 12,5 1ª 12,6 1ª E.U.A 13,7 1ª 11,5 2ª 11,1 2ª China 6,4 3ª 5,4 3ª 6 3ª 4 6ª 3,6 5ª 4,2 4ª Singapura 4,3 4ª 4,6 4ª 4,0 5ª Holanda 3,0 8ª 3,3 7ª 3,9 6ª U. K. 4,2 5ª 3,6 6ª 3,8 7ª 0,29 52ª 0,27 54ª 0,21 61ª Hong Kong Portugal Fonte: World Trade Atlas (11 de Junho de 2010) Portugal em 2009 foi o 61º cliente da Índia, correspondendo as suas compras 0,2% das exportações totais deste país. As exportações da Índia para Portugal registaram uma diminuição de 23% entre 2007 e 2009. Para além da Holanda e do Reino Unido, da União Europeia, foram ainda, em 2009, parceiros comerciais de relevo da Índia, a Alemanha (8ª posição com um peso de 3,3% sobre o total exportado pela Índia), Bélgica (13ª com um peso 2,1%), Itália (14ª representando 2%), França (16ª com 1,9%) e a Espanha (20ª com um peso de 1,2%). À excepção da França, cujas exportações indianas cresceram cerca de 10% entre 2008/2009, nos restantes mercados foram registados quebras, algumas bastante acentuadas, como por exemplo nas exportações para a Espanha (-28%), nas para a Bélgica (-25%) e nas com destino a Itália (-18%). 7 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Os principais fornecedores da Índia foram os seguintes: Principais Fornecedores 2007 2008 2009 Mercado Quota % posição Quota % Posição Quota % posição China 11,3 1ª 10,5 1ª 11,5 1ª E.A.U. 5,4 4ª 7,6 2ª 6,1 2ª E.U.A. 5,8 3ª 5,9 4ª 5,8 3ª Arábia Saudita 7,6 2ª 7,2 3ª 5,8 4ª Austrália 3,5 8ª 3,5 8ª 4,2 5ª Irão 4,2 6ª 4,3 5ª 4,2 6ª Alemanha 4,1 7ª 3,7 7ª 4,1 7ª Portugal 0,02 103ª 0,02 105ª 0,03 100ª Fonte: World Trade Atlas (11 de Junho de 2010) Estes sete maiores fornecedores citados representaram, 42% em 2009 e 2007, e 43% em 2008, do total das importações efectuadas pela Índia. Todos estes países diminuíram as suas exportações para a Índia entre 2008/2009, sendo de destacar as seguintes situações: EAU (-33%), Arábia Saudita (-34%) e o Irão (-20%). Em termos de evolução, no período de 2007-2009, verifica-se que não obstante a queda das exportações chinesas em 2009 (-10%), este mercado liderou a lista dos maiores fornecedores da Índia nestes últimos três anos e os Emiratos Árabes Unidos e a Austrália ganharam importância, enquanto que a Alemanha e os EUA mantiveram as mesmas posições. Os restantes (Arábia Saudita e o Irão) registaram oscilações perdendo relevância como fornecedores. A repartição das importações indianas em 2009, por zonas geográficas, foi a seguinte: 56% provenientes da Ásia, 26% do Médio Oriente, 14% chegadas da Europa (UE27) e da África cerca de 8%. As importações da Índia com origem, em cada uma destas zonas geográficas registaram quebras entre 2008/2009, sendo de realçar as verificadas no Médio Oriente (-27%) e na Ásia (-19%). Os principais países europeus, para além da Alemanha, fornecedores da Índia, foram em 2009: a Suíça (8º cliente com um peso de 4%), a Bélgica (16º cliente que forneceu 2% do total), o Reino Unido (21º representando 1,6%) e a Itália (22º cliente com um peso de 1,4% de sobre o total importado). Portugal, como fornecedor da Índia, em 2009 ocupava a 100ª posição, representando apenas 0,03% do total das importações indianas, embora entre 2007 e 2009, tenha sido registado um aumento médio anual na ordem dos 29%. 8 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Os principais produtos transaccionados em 2009, pela Índia foram os seguintes: Principais Produtos Transaccionados – 2009 Exportações / Sector Pérolas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipreciosas Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação Máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos % Importações / Sector % 15,6 Combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação 32,7 14,6 Máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos 18,1 Pérolas naturais ou cultivadas, preciosas ou semipreciosas 14,2 9 pedras Produtos químicos orgânicos 4,2 Produtos químicos orgânicos 3,4 Vestuário e seus acessórios, excepto de malha 3,7 Ferro fundido, ferro e aço 3,3 Fonte: World Trade Atlas (11Junho de 2010) Os cincos grupos de produtos mais exportados representaram 47% (em 2009 e 2008) e 45% em 2007 do total do valor importado nesses mesmos anos. Os principais grupos de produtos importados representaram, sobre o total importado pela Índia, 72% em 2009 e 73% em 2008 e 2007. Em termos de evolução dos grupos de produtos transaccionados pela Índia, salienta-se dois aspectos: • A exportação destes grupos entre 2008/2009 decresceu, à excepção do vestuário, que cresceu 7%. Os grupos de produtos que apresentaram uma maior quebra foram o dos combustíveis minerais (20%) e o das máquinas eléctricas(-13%). Entre 2007/2008 todos estes produtos registaram taxas de crescimento positivas com dois dígitos, à excepção do verificado no grupo do vestuário. No período citado, realça-se o aumento de 78% das exportações do grupo das máquinas e equipamento eléctrico. • Todos os cinco principais produtos importados registaram diminuições entre 2008/2009, sendo de salientar, os seguintes: combustíveis minerais (-26%), o ferro e o aço (-19%) e as máquinas mecânicas (-17%). Entre 2007/2008 as importações todos estes produtos tinham registado fortes aumentos, nomeadamente os combustíveis minerais (+47%), Pérolas naturais ou cultivadas (+44%) e as máquinas eléctricas (+27%). Os principais produtos importados mencionados foram, em 2009, fornecidos pelos seguintes mercados: Combustíveis: 16% Arábia Saudita, 12% o Irão e 7% os EAU. Dentro deste grupo 78% do que a Índia importou foi crude. Máquinas eléctricas: 43% China, seguido pela a Alemanha, a Coreia do Sul, a Singapura cada um deles fornecendo 6%, ou seja, cerca de 18% no conjunto. 38% do que a Índia importou neste grupo, foram aparelhos telefónicos, incluindo os telefones para redes celulares e para outras redes sem fio, 10% discos, fitas, dispositivos de armazenamento de dados, não volátil e 5% circuitos integrados. 9 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Máquinas mecânicas: 25% pela China, 14% pela Alemanha, 12% EUA, 7% Japão e 6% Itália. Neste grupo existe uma grande variedade de produtos importados, sendo que os três com maiores valores registados foram: computadores e partes destes, partes de máquinas para escritório e máquinas e aparelhos mecânicos com função própria. Pérolas naturais ou cultivadas: 24% Suíça, 22% EAU, 14% a Austrália e 11% a Bélgica. Neste grupo a Índia importou ouro (59%) e diamantes (38%). Produtos químicos orgânicos: 33% China, 7% Arábia Saudita e 6% os EUA. 13% do importado foram hidrocarbonetos cíclicos, 11% álcoois acíclicos e seus derivados halogenados e 8% antibióticos. Ferro fundido, ferro e aço: 13% da Coreia do Sul, 8% EUA, China (8%) e do Japão (8%). 2.3 Investimento A estabilidade da economia e o ambiente favorável criado nestes últimos anos, entre outros factores, colocam a Índia como um dos países do mundo com um nível elevado de atracção do investimento estrangeiro. Os fluxos de investimento directo estrangeiro (IDE) tenham vindo a registar um crescimento relevante ao longo dos anos, particularmente entre 2006 e 2008. Em 2009 e segundo dados fornecidos pela EIU, o stock de IDE atingiu cerca de 157,9 mil milhões de USD (em 2008 era de 123,3 mil milhões), o que representou 12% do PIB e com uma estimativa de que para 2010 esta percentagem será de 13%. Os dados disponibilizados pela UNCTAD, no quadro seguinte, apresentam valores inferiores em relação aos do EIU, mas os mesmos revelam que o crescimento médio, entre 2004 e 2008, do investimento estrangeiro na Índia foi de 60%, sendo que entre 2006 e 2008 o aumento médio registado foi de 85%. Investimento Directo 6 (10 USD) 2004 2005 2006 2007 2008 Investimento estrangeiro na Índia 5.771 7.606 20.336 25.127 41.554 Investimento da Índia no estrangeiro 2.179 2.978 14.344 17.281 17.685 Como receptor 24ª 30ª 17ª 19ª 13ª Como emissor 34ª 34ª 21ª 22ª 22ª Posição no “ranking” mundial Fonte: UNCTAD - World Investment Report 2009 Esta evolução coloca a Índia no 13º lugar do ranking mundial como receptor de investimento em 2008, ao lado de países como o Brasil (10º), a Arábia Saudita (14º), o Japão (16º), Singapura (17º) e a Turquia (20º), enquanto Portugal se posicionava no 54º lugar. 10 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Para além do já citado, realçar-se que a Índia constituiu uma “Comissão de investimento”, em 2004, com o objectivo de aumentar os níveis do investimento estrangeiro e nacional. Com esta comissão foram fixados objectivos concretos (percentagem a alcançar face ao PIB, sectores prioritários, empresas a abordar e intervenientes a envolver nesta abordagem), com planos de acção e emissão de “ Investment Commission Report”. Estes relatórios têm vindo a reportar a actividade desenvolvida e os resultados alcançados, destacando-se os seguintes sectores considerados prioritários: Infra-estruturas: Energia, Portos, Aviação civil e Telecomunicações; Industria: Metais e Alumínio, Electrónica e hardware, Química, Automóvel, Agro-alimentar; Conhecimento: farmacêutico, Biotecnologia, Saúde, Tecnologias de Informação. 2 Segundo os dados publicados pelo EIU , em 2009 houve um decréscimo do investimento estrangeiro na Índia na ordem dos 20% e a estimativa para 2010 assinala um valor de investimento ligeiramente acima do verificado em 2008. As provisões até 2014 apontam para um crescimento moderado em 2011 e 2012 e forte entre 2013 e 2014. A Índia investiu no estrangeiro em 2008, 17,7 mil milhões de dólares, que a colocou 22º lugar do ranking, enquanto emissora de investimento em mercados externos e ao lado de países como, o Brasil (21º), a Dinamarca (17º), os EAU (23º) e a Malásia (24º), enquanto Portugal se posicionava no 44º lugar. O investimento da Índia no estrangeiro cresceu em média, entre 2003 e 2008, 97%, sendo de realçar a taxa de crescimento, acima dos 300%, verificada entre 2005/2006. 2.4 Turismo O sector do turismo contribui de forma directa e indirecta para o PIB e para emprego do país. Ainda que se tenha verificado um crescimento contínuo ao longo dos últimos anos, o número de entradas de turistas é baixo, alcançando 5,4 milhões em 2008, que representa uma quota de 0,6% em relação ao total de turistas a nível internacional (41º Posição) e 2,9% dos chegados à Ásia e ao Pacifico no mesmo ano (11º posição nesta região) O número de turistas estrangeiros chegados à Índia no período de 2004-2008 cresceu em média 12% e as receitas geradas 18%. Indicadores do Turismo 2004 3 2005 2006 2007 2008 Turistas (10 ) 3.457 3.919 4.447 5.082 5.367 9 6,2 7,5 8,6 10,7 11,8 Receitas (10 USD) Fonte: 2 The World Tourism Organization (UNWTO/OMT) ViewsWire June 4th 2010 11 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Em termos de evolução, convém referir que até 2008, a média anual de crescimento dos turistas chegados à Índia rondou os 14%, enquanto que entre 2007/2008 o aumento verificado foi de apenas 6%. A evolução das receitas foi diferente destacando-se, por um lado, o crescimento acima da média verificado nos anos de 2005 (+21%) e de 2007 (+24%), sendo que entre 2007/2008 foi registado um acréscimo na ordem dos 10%. 3 Segundo a UNWTO , a Índia é dos poucos países com uma taxa de crescimento a dois dígitos nos primeiros meses do ano de 2010 (+13%) comparado com igual período de 2009. Convém referir que no 4 ano 2009, segundo estimativas do Ministério do Turismo da Índia , o número de turistas diminui 3,3%, mas as receitas aumentaram 3% no mesmo período. Deste relatório ainda podermos retirar que 89% das chegadas de turistas à Índia foi por avião, que os aeroportos com mais tráfico foram o de Deli (32%) e o de Mumbai (21%), e ainda que foram os turistas americanos (15,4%) e os ingleses (14,7%) que mais visitaram a Índia em 2008, seguidos pelos seguintes mercados por ordem de importância: Bangladesh, Sri Lanka, Canadá, França, Alemanha, Japão e Austrália. Estes mercados (TOP 10) representaram 64% do total dos turistas chegados em 2008 A posição da Índia no mercado continua enfraquecida pelo facto do mercado ser percebido internacionalmente como um país pobre, no qual têm que ser tomadas precauções e cuidados especiais de saúde (acresce os acontecimentos da gripe H1N1) e ainda alguns acontecimentos pontuais ligados a ataques terroristas. Contudo, a Índia tem um enorme potencial, com importantes atracções naturais (como as maiores montanhas do mundo, uma imensa costa com boas praias, floresta e vida selvagem), atracções culturais de grande impacto, bem como uma localização estratégica em termos de transportes. Este sector constitui uma prioridade para o governo que tem desenvolvido esta actividade económica, destacando-se a criação de novos produtos turísticos (nichos de mercado), como o turismo médico, o turismo de bemestar, aventura (heliporto), cruzeiros, rural e turismo caravana como forma de aumentar a participação desta actividade na economia, nomeadamente para a criação de riqueza e emprego nas zonas rurais. 3. Relações Económicas com Portugal 3.1 Comércio O relacionamento económico entre Portugal e a Índia tem vindo a registar uma evolução positiva, embora a Índia, em 2009, tenha sido o 48º cliente de Portugal (com uma quota de 0,13%) e posicionou-se em 28º lugar enquanto fornecedor (com uma quota de 0,54%). 3 4 UNWTO World Tourism Barometer (April 2010) Annual Report 2009-2010 – Ministry of Tourism – Government of India 12 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Importância da Índia nos Fluxos Comerciais com Portugal 2005 2006 2007 2008 2009 Posição 50ª 48ª 52ª 48ª 48ª % 0,08 0,08 0,08 0,12 0,13 Posição 33ª 32ª 25ª 19ª 28ª % 0,42 0,45 0,61 0,78 0,54 Como cliente Como fornecedor Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Realça-se a perda de importância deste mercado, no último ano, como fornecedor passando de 19º para 28º fornecedor de Portugal. De acordo com os dados do INE, verifica-se que as transacções comerciais bilaterais apresentam um saldo tradicionalmente desfavorável para Portugal, situação que se agravou entre 2005-2008. Em 2009, o montante das exportações e das importações foi de 41,3 milhões de euros (-11% face a 2008) e de 267,9 milhões de euros (-46% face a 2008), respectivamente, o que se traduziu num défice menor para Portugal no montante de 226,6 milhões de euros (-47% do que em 2008). Evolução da Balança Comercial Bilateral 3 (10 EUR) 2005 Exportação 25.855 Importação 208.279 Saldo -182.423 Coef. Cobertura (%) Fonte: Notas: 2006 28.872 2007 2008 2009 Var. % a 2009 2010 Jan/Mar Jan/Mar Var. % b 31.885 46.475 41.296 14,2 8.249 9.084 10,1 237.875 349.308 474.866 267.917 13,4 73.037 93.197 27,6 -209.004 -317.423 -428.391 -226.621 -- -64.788 -84.113 -- 15,4% -- 11,3% 9,7% -- 12,4% 12,1% 9,1% 9,8% INE - Instituto Nacional de Estatística (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009; (b) Taxa de crescimento homóloga No período 2005-2008, as exportações portuguesas para a Índia registaram uma evolução positiva, traduzida numa taxa de crescimento médio anual da ordem dos 23%, sendo de salientar o forte crescimento verificado em 2008 (+46%). As importações tiveram um crescimento médio anual de cerca de 32% ao longo do mesmo período, sendo também de salientar o forte crescimento verificado em 2007 e 2008 (+47% e 36%, respectivamente). Convém no entanto realçar que no actual período de crise económica e financeira internacional (2008 e 2009), as exportações portuguesas resistiram melhor e revelaram uma maior interdependência, comparativamente às importações que acabaram por demonstrar alguma fragilidade nos dois anos. 13 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Analisando os dados estatísticos da Balança Comercial Bilateral já disponibilizados pelo INE, relativos ao 1º trimestre de 2010, verificamos que, em relação ao período homólogo do ano anterior, as exportações aumentaram cerca de 10% e as importações registaram uma variação positiva muito elevada (+28%), o que pode evidenciar uma recuperação com a tendência idêntica à assinalada entre 2005-2008. As exportações portuguesas, em 2009, estiveram concentradas no seguinte grupo de produtos: máquinas/aparelhos com um peso de cerca de 40% e um conjunto de outros cinco grupos de produtos com uma representatividade entre os 9% e os 6%, que conjuntamente perfazem 37% do total. Exportações por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) 2005 % 2008 % 2009 % Máquinas e aparelhos 10.298 39,8 17.113 36,8 16.502 40,0 Plásticos e borracha 3.092 12,0 2.791 6,0 3.624 8,8 Pastas celulósicas e papel 1.464 5,7 1.194 2,6 3.535 8,6 593 2,3 538 1,2 3.200 7,7 Peles e couros 1.634 6,3 2.619 5,6 2.470 6,0 Matérias têxteis 1.346 5,2 2.189 4,7 2.330 5,6 Madeira e cortiça 1.284 5,0 1.623 3,5 1.700 4,1 Metais comuns 2.109 8,2 3.515 7,6 1.547 3,7 215 0,8 1.286 2,8 1.461 3,5 1.217 4,7 1.501 3,2 1.212 2,9 Minerais e minérios 412 1,6 1.152 2,5 1.103 2,7 Combustíveis minerais 618 2,4 4.232 9,1 535 1,3 Produtos alimentares 212 0,8 491 1,1 503 1,2 Instrumentos de óptica e precisão 546 2,1 465 1,0 321 0,8 Produtos agrícolas 186 0,7 537 1,2 209 0,5 Vestuário 120 0,5 319 0,7 14 0,0 Outros produtos 124 0,5 107 0,2 98 0,2 Valores confidenciais 385 1,5 4.803 10,3 931 2,3 25.855 100,0 46.475 100,0 41.296 100,0 Produtos químicos Veículos e outro material de transporte Calçado Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Se somamos o 1º grupo de produtos com o 2º conjunto, temos então um peso global de cerca de 77% do total dos produtos portugueses exportados. Entre 2005 e 2009, a evolução dos grupos de produtos exportados por Portugal para a Índia, registou algumas oscilações, das quais se destacam as seguintes: 14 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) • O grupo das máquinas e aparelhos que em 2009 representou 40% do total exportado e registou um decréscimo entre 2008/2009 (-4%), que contrasta com o aumento de 66% verificado nas exportações dos mesmos entre 2004 e 2008. Dentro deste grupo foram exportados, em 2009, um conjunto diversificado de máquinas e aparelhos, sendo as partes reconhecíveis destas que tiveram maior peso (8%), seguido de outras máquinas/aparelhos de elevação e de carga (6%) e ainda das máquinas para a preparação de matérias têxteis (3%). Ainda que com pesos sobre o total exportado mais reduzidos, destacam-se também as exportações de caixas de fundição, aparelhos emissores de radiofonia e teares para fabricar malhas. • As exportações de plásticos e borracha registaram um aumento em 2009 (+30% face ao ano anterior), atingindo um valor 3,6 milhões de euros, o maior do período de 2003-2009. Neste grupo o produto mais vendido foi os polímeros de cloreto de vinilo (4%). • Os grupos de produtos de pastas celulósicas e papel e dos químicos ganharam importância em 2009, registando as suas exportações um crescimento acima dos 100%, em relação ao ano anterior. Salienta-se que o valor das exportações dos produtos químicos em 2009 mais que quintuplicou de o registado em 2005 (representando 8% em 2009 contra 2% em 2005). Os produtos mais vendidos por Portugal dentro destes grupos foram: o papel e cartão de Kraft (5% do total exportado) e os antibióticos (7%). • A perda de importância e de valor, entre 2008/2009, dos seguintes grupos de produtos; metais comuns, onde se verificada um decréscimo próximo dos 56%, os combustíveis minerais (-87%) e o calçado (-19%). • Em relação aos restantes grupos de produtos, realça-se os seguintes cujas, exportações assinalaram variações positivas entre 2008/2009: veículos e outro material de transporte (+14%), matérias têxteis (+6%) e madeira e cortiça (+5%). Os produtos mais vendidos por Portugal à Índia, nestes grupos, foram: veículos automóveis para transporte, tecidos de algodão e a cortiça natural em bruto. 5 Segundo o GEE , cerca de 22% dos produtos industriais expedidos de Portugal para a Índia, em 2009, continham um grau de intensidade tecnológica alta, 40% média-alta e 29% baixa. Segundo o INE, existiram em 2008, 416 empresas portuguesas exportadores para a Índia e em 2007, o número assinalado era de 434. As importações com origem na Índia apresentaram uma elevada concentração nos seguintes grupos de produtos: matérias têxteis (35% do total em 2009), produtos agrícolas (14%), produtos químicos (9%) e vestuário (7%). Estes quatro principais grupos de produtos representam mais de 64% do total importado por Portugal. 5 GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia e Inovação. Convém referenciar que os produtos expedidos industriais transformados representaram 97,4% do total em 2009. 15 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Importações por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) 2005 % 2008 % 2009 % Matérias têxteis 62.418 30,0 102.571 21,6 93.125 34,8 Produtos agrícolas 20.801 10,0 36.328 7,7 36.568 13,6 Produtos químicos 18.774 9,0 20.176 4,2 23.559 8,8 Vestuário 12.428 6,0 18.089 3,8 19.287 7,2 9.688 4,7 35.344 7,4 15.823 5,9 Calçado 21.006 10,1 19.905 4,2 15.020 5,6 Plásticos e borracha 14.277 6,9 10.965 2,3 14.000 5,2 7.717 3,7 125.144 26,4 13.247 4,9 16.702 8,0 13.974 2,9 10.824 4,0 Veículos e outro material de transporte 2.011 1,0 7.582 1,6 8.739 3,3 Minerais e minérios 1.402 0,7 1.752 0,4 2.544 0,9 Produtos alimentares 6.176 3,0 3.649 0,8 1.473 0,5 Instrumentos de óptica e precisão 993 0,5 1.445 0,3 1.134 0,4 Madeira e cortiça 462 0,2 298 0,1 248 0,1 Pastas celulósicas e papel 158 0,1 260 0,1 224 0,1 0 0,0 61.297 12,9 137 0,1 Outros produtos 5.340 2,6 6.826 1,4 6.316 2,4 Valores confidenciais 7.925 3,8 9.261 2,0 5.650 2,1 208.279 100,0 474.866 100,0 267.917 100,0 Metais comuns Máquinas e aparelhos Peles e couros Combustíveis minerais Total Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Em relação à evolução das importações por grupos de produtos, entre 2005 e 2009, destaca-se o seguinte: • As matérias têxteis voltam a liderar a lista dos grupos produtos importados em 2009, mesmo registando uma quebra em 2009 (-4% face a 2008), sendo os fios de algodão, o produto mais comprado por Portugal dentro deste grupo. • O grupo das máquinas e aparelhos, em 2009, perdeu importância e registou uma quebra em relação ao ano anterior (-89%). Convém referir que este grupo em 2004 representava 3% do total importado, 9% em 2007 e 22% em 2008 e que o valor das importações do mesmo quadruplicou entre 2007/2008, tal como já tinha sucedido entre 2006/2007. • 6 O grupo dos produtos agrícolas tem vindo a crescer nos últimos anos, embora neste último ano tenha registado um aumento muito ligeiro face ao ano anterior (+0,7), sendo que foram os seguintes produtos, por ordem de importância, que mais peso tiveram no total importado por Portugal: crustáceos cozidos, moluscos, café e peixes congelados. 6 Este grupo engloba os produtos classificados na NC- Nomenclatura Combinada com os códigos de 01 a 15 16 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) • Aumento das importações (+17%) do grupo dos produtos químicos entre 2008/2009, passando a representar estas 9% do total importado. Os produtos mais comprados são os medicamentos em doses ou acondicionado para venda a retalho, com grande destaque e depois seguidos de compostos heterocíclicos e insecticidas e herbicidas. • O grupo do vestuário também registou um aumento de 7% entre 2008/2009, sendo que vem assinalando variações anuais positivas desde 2003. Os produtos deste grupo com origem indiana que chegaram a Portugal em 2009 foram: fatos de saia e casaco e vestidos, t-shirts e camisolas interiores de malha, camiseiros, blusas para uso feminino. • Dos restantes grupos de produtos destaca-se, por um lado, o aumento das importações de veículos e outro material de transporte (+277% entre 2005 e 2007 e +15% entre 2008/2009) e, por outro a quebra das importações entre 2008/2009, dos seguintes grupos: metais comuns (-55%), calçado (-25%), peles e couros (-23%) e os produtos alimentares (60%). 7 Segundo o GEE , cerca de 66% dos produtos industriais importados da Índia, em 2009, continham um grau de intensidade tecnológica baixa, 19% média-alta e 6% alta. Segundo o INE, existiram em 2008, 1.800 empresas portuguesas importadoras de produtos de origem indiana e em 2007, o número assinalado era de 1.732. 3.2 Serviços A balança de serviços com Índia, tal como se verifica com a de mercadorias, é desfavorável a Portugal, apresentando saldos negativos entre 2005 e 2009, com excepção do ano de 2007. Balança de Serviços entre Portugal e a Índia 3 (10 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 a 2009 Jan/Mar 2010 Jan/Mar Var% Exportações 4.384 5.177 24.850 35.749 17.768 97,9 n.d. 3.401 Importações 11.864 14.497 23.865 51.707 30.885 40,8 n.d. 6.510 Saldo -7.480 -9.320 985 -15.958 -13.117 -- -- -3.109 Coef. Cob 37,0% 35,7% 104,1% 69,1% 57,5% -- -- 52,2% 0,04 0,04 0,15 0,20 0,11 -- -- 0,10 0,14 0,15 0,23 0,46 0,30 -- -- 0,26 % Export. Total %Import. Total b b Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009 (b) Quota de mercado nas exportações e importações totais de Portugal 7 GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia e Inovação. Convém referenciar que os produtos importados industriais transformados representaram 97,1% do total em 2009. 17 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) No entanto é de salientar que as exportações de serviços portugueses para a Índia registaram um forte crescimento no período de 2005-2009, com uma taxa média anual próxima dos 98%, enquanto que as importações cresceram em média 41%. Não obstante os factos atrás mencionados, as exportações e importações têm ainda pouco significado na estrutura do comércio (serviços), representando apenas 0,1% e 0,3% respectivamente do total de serviços exportados e importados por Portugal em 2009, colocando este país como o 35º cliente e o 25º fornecedor num conjunto de 55 mercados seleccionados para este efeito. Como cliente este mercado posicionou-se, em 2009, ao lado de outros mercado como, a Austrália (34º), a Hungria (33º), o Chipre (32º). Enquanto fornecedor a posição da Índia no mesmo ano, permitiu colocar-se ao lado de outros mercados concorrentes como, a China (22º cliente), Noruega (23º), Turquia (24º) e a Polónia (66º) 3.3 Investimento De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, os fluxos de investimento que existiram 8 com a Índia têm tido pouco significado para Portugal, ocupando este país, em 2009, a 36ª posição , enquanto investidor em Portugal, a que correspondeu uma percentagem quase nula do total de investimento directo estrangeiro (IDE) realizado no nosso país. Importância da Índia nos Fluxos de Investimento para Portugal 2005 Posição Portugal como receptor (IDE) % b Posição Portugal como emissor (IDPE) % a a b 2006 2007 2008 2009 0 24ª 26ª 27ª 36ª 0,00 0,02 0,01 0,01 0,00 41ª 41ª 28ª 40ª 26ª 0,00 0,01 0,04 0,01 0,07 Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Posição enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercados (b) Com base no ID bruto total de Portugal Por outro lado, enquanto destino do investimento directo português no exterior (IDPE), a Índia revelou-se também um mercado pouco expressivo, representando 0,07% do IDPE total em 2009, ano onde o valor de investimento foi o mais elevado de todo do período de 2005-2009. Em 2009 a Índia posicionou-se no 26º lugar do ranking, representando apenas 0,07% do total. Como destino do investimento directo português no estrangeiro, a posição da Índia coloca-a próxima de outros destinos, como, a Venezuela (25º destino do IDPE em 2009), África do Sul (24º) e a Eslováquia (27º). 8 Posição enquanto a Origem do IDE bruto total, num conjunto de 55 mercados 18 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Em termos dos valores de investimento bruto directo registados, verifica-se que no período 2005-2009, apenas existem valores a partir de 2006, sendo que estes assume uma grande oscilação, com três anos com investimento médio na ordem dos 4,7 milhões de euros (2006 a 2008) e um forte decréscimo em 2009 (-83% face a 2008), ano em que o valor do investimento bruto registado foi inferior a 800 mil euros. O desinvestimento verificado no período de 2005-2009 teve uma variação anual negativa com valores bastante reduzidos com excepção do ano de 2008. Investimento Directo da Índia em Portugal a 3 (10 EUR) 2005 Investimento bruto 2007 2008 2009 Var. 08/09 2009 Jan/Mar 2010 Jan/Mar 0 5.995 3.688 4.400 736 -83,3 n.d. 2 15 80 18 666 63 -90,5 n.d. 0 -15 5.915 3.670 3.734 673 -- -- 2 Desinvestimento Investimento líquido 2006 Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Taxa de variação homóloga n.d. – não disponível Os dados já disponíveis para o período de Janeiro a Março de 2010, registaram uma quebra acentuada do investimento bruto indiano em Portugal. O valor de investimento para os três meses deste ano é muito reduzido e inferior à média mensal registada em 2009, representando apenas 0,3% do total deste mesmo ano, que foi aquele que assinalou o valor mais baixo do período 2005-2009. O investimento directo de Portugal na Índia (IDPE) regista valores pouco significativos, embora em 2007 e 2009 se tenham verificado valores de investimento bruto elevados face aos outros anos, atingindo aproximadamente 5,5 milhões de euros em média nos dois anos referidos. O desinvestimento foi muito pouco significativo, com excepção do ano de 2005. Investimento Directo de Portugal na Índia a 3 (10 EUR) 2005 2006 2007 2008 Var. 08/09 2009 2009 Jan/Mar 2010 Jan/Mar Investimento bruto 164 539 5.433 1.411 5.635 299,4 n.d. 39 Desinvestimento 235 0 0 74 0 -100,0 n.d. 0 Investimento líquido -71 539 5.433 1.337 5.635 -- -- 39 Fonte: Nota: Banco de Portugal (a) Taxa de variação homóloga n.d. – não disponível Os dados estatísticos disponíveis, para o 1º trimestre de 2010, registaram já um valor muito abaixo da média mensal registada em 2009, assim como, em relação à média mensal dos dois anos anteriores, representando apenas 0,07% do total do investimento bruto realizado em 2009. O desinvestimento foi muito pouco significativo, com excepção do ano de 2005. 19 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Apesar destes montantes reduzidos, destacam-se algumas empresas portuguesas, que realizaram investimentos na Índia: Aerosoles (calçado), Soprefa (componentes de calçado), Efacec (máquinas e equipamentos), Amtrol - Alfa Metalomecânica, Alcatel, Millennium BCP, Caixa Geral de Depósitos, Grupo Innovation Capital, Sogrape e Grupo Nabeiro. 3.4 Turismo A importância dos turistas provenientes da Índia no sector em Portugal tem pouco significado. Em 2009, as receitas geradas por turistas de origem indiana em Portugal, representaram 0,06% do total, colocando este mercado no 37º lugar (país emissor) num conjunto de outros 55 países seleccionados. Turismo da Índia em Portugal 2005 b 3 Receitas (10 EUR) % do total Posição Fontes: Notas: c d 2006 2007 2008 2009 Var. a 2009 Jan/Mar 2010 Jan/Mar 1.336 1.648 3.476 4.048 4.234 38,8 n.d. 644 0,02 0,02 0,05 0,05 0,06 -- -- 0,05 45ª 46ª 43ª 44ª 37ª -- -- 41ª INE -Instituto Nacional de Estatística; Banco de Portugal (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009 (b) Inclui apenas a hotelaria global (c) Refere-se ao total de estrangeiros (d) Posição enquanto Origem de Receitas Turísticas num conjunto de 55 mercados n.d. – não disponível Em termos de evolução das receitas geradas, no período 2005-2009, verifica-se que as mesmas cresceram a uma taxa média anual de 39%, sendo de assinalar a tendência sempre crescente que foi registada nos valores das receitas ao longo do período considerado. Os dados estatísticos já disponíveis referentes às receitas geradas em 2010 (Janeiro/Março), por turistas provenientes da Índia, apontam para valores que representam 15% do total registado em 2009 e que são inferiores à média mensal verificada em 2009. Não havendo outros dados disponíveis para uma melhor compreensão, realça-se que a maioria da actividade turística em Portugal é sazonal, pelo que deveremos aguardar com expectativa estes números face à tendência registada nestes dois últimos anos de plena crise financeira mundial. 4. Relações Internacionais e Regionais A Índia é membro, entre outras, da Organização Britânica de Nações (Commonwealth), do Banco Asiático de Desenvolvimento (BasD), do Banco Africano de Desenvolvimento (BafD) e da Organização das Nações Unidas (ONU) e das suas agências especializadas, de entre as quais se destacam o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Faz parte da Organização Mundial de Comércio (OMC) desde 1 de Janeiro de 1995. 20 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Ao nível regional é membro da Associação da Ásia do Sul para a Cooperação Regional (SAARC), criada em 1985, e que integrava, como países fundadores, para além da Índia: o Bangladesh; o Butão; as Maldivas; o Nepal; o Paquistão; e o Sri Lanka. Em Abril de 2007 o Afeganistão tornou-se o oitavo membro. Esta organização tem como principais objectivos promover o bem-estar, acelerar o desenvolvimento económico e social, erradicar a pobreza e melhorar as relações entre os seus Estadosmembros. No decurso da 12ª Cimeira da SAARC (Janeiro de 2004), e com vista a reduzir os obstáculos pautais e não pautais ainda existentes no comércio intra-regional, foi criada a Área de Livre Comércio do Sul da Ásia (SAFTA), que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2006, substituindo o Acordo Preferencial de Comércio do Sul da Ásia e que, no futuro, deverá evoluir para uma União Aduaneira e para a União Económica do Sul da Ásia (SAEU). No que respeita ao relacionamento bilateral Índia / União Europeia este rege-se, fundamentalmente, pelo Acordo de Cooperação em Matéria de Parceria e Desenvolvimento (de 1994) e pelo Instrumento de Financiamento da Cooperação para o Desenvolvimento, estabelecido pelo Regulamento (CE) n.º 1905/2006, de 18 de Dezembro. O primeiro visa reforçar os diversos aspectos da cooperação (ex.: trocas comerciais e investimento; aspectos técnicos, económicos e culturais; e protecção do ambiente), de modo a estabelecer uma relação mais estreita e aprofundada entre as partes. A nível das trocas comerciais tem aplicação o Tratamento da Nação Mais Favorecida. No que respeita ao Instrumento de Financiamento da Cooperação para o Desenvolvimento, que tem por objectivo eliminar a pobreza nos países, territórios e regiões em desenvolvimento (a Índia é país elegível), a assistência comunitária à Ásia dá especial atenção aos seguintes domínios de cooperação, tendo em conta a sua situação específica: • Prossecução dos ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio) nos sectores da saúde, nomeadamente em matéria de VIH/SIDA, e da educação, entre outros, através do diálogo político com vista a reformas sectoriais; • Resposta aos problemas de governação, em especial nos Estados frágeis, de modo a contribuir para a criação de instituições públicas legítimas, eficazes e sólidas e de uma sociedade civil activa e organizada, e a reforçar a protecção dos Direitos do Homem; • Promoção de uma maior integração (também a nível regional) através do apoio a diferentes processos de integração e diálogo regional; • Contribuição para o controlo de epidemias, bem como para a recuperação dos sectores afectados; 21 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) • Promoção do desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões, dando especial atenção à protecção das florestas e da diversidade biológica; • Luta contra a produção, consumo e tráfico de drogas, e contra outras formas de tráfico. De destacar também: • A estratégia de cooperação UE/Índia para o período 2007-2013 (Country Strategy Paper), que apresenta as seguintes prioridades: apoiar financeiramente o sector social (saúde e educação) e implementar um programa de acção para a promoção de reformas políticas em áreas de interesse mútuo e da cooperação económica – http://ec.europa.eu/external_relations/india/csp/07_13_en.pdf; • Conclusão das negociações entre a União Europeia e a Índia com vista à celebração de um Acordo de Livre Comércio (previsão - finais de 2011). 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1 Regime Geral de Importação Nos últimos anos, a regulamentação que incide sobre as exportações e importações tem sido liberalizada, com grande parte das restrições quantitativas, licenças e controlos discricionários sobre as trocas comerciais a serem substituídos por processos de desregulamentação e simplificação de procedimentos. Não obstante, o impacto destas medidas foi compensado através de ajustamentos envolvendo direitos aduaneiros mais elevados, mantendo ainda o país um complexo esquema documental e de procedimentos, que obriga à apresentação de certificados e preenchimento de formulários, conforme o produto transaccionado. Em Agosto de 2009 entrou em vigor a nova Política de Comércio Externo 2009/2014 (http://pib.nic.in/archieve/ForeignTradePolicy/ForeignTradePolicy.pdf), com a qual o Governo indiano se propõe atingir os seguintes objectivos: curto prazo (até 2011) – reverter o decréscimo das exportações e providenciar apoio adicional aos sectores afectados pela crise internacional; médio prazo (2011 a 2014) – aumentar as exportações cerca de 25% por ano; e longo prazo – a partir de 2014 – duplicar as exportações de bens e serviços indianos. Para alcançar estes objectivos o Governo prevê implementar várias medidas, designadamente: criação de incentivos fiscais; simplificação de procedimentos; diversificação de mercados de exportação; e descida dos custos das transacções e das tarifas. 22 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Apesar das reformas adoptadas, e de hoje em dia grande parte dos produtos ser de importação livre, para alguns continua a ser necessário obter licenças de importação, podendo-se assistir a três tipos de situação: a) bens cuja importação é proibida; b) bens de importação restrita ou condicionada; c) bens de importação “canalizada” ou orientada. No primeiro caso, importação proibida (por razões de segurança e saúde públicas e salvaguarda do meio ambiente), encontram-se, por exemplo, certos produtos transformados de origem animal, animais selvagens e marfim. Os bens de importação restrita são normalmente aqueles cuja procura pode ser adequadamente satisfeita pela produção local. Há, ainda, alguns bens inseridos nesta categoria que podem ser importados mediante a obtenção de uma licença especial. Entre estes encontram-se certos bens de consumo, pedras preciosas, sementes, animais, insecticidas, alguns aparelhos electrónicos, drogas e químicos, armas e munições. Também os mármores, granitos, papel e derivados são alvo de restrições. No caso do vinho, as empresas exportadoras, não necessitam de se registar junto das autoridades locais, uma vez que a preocupação destas não é tanto a qualidade das bebidas alcoólicas importadas mas sim os volumes importados e as quantidades em circulação no mercado. Neste âmbito, o controlo é exercido via licenciamento à importação e também sobre a armazenagem e venda a retalho. Quanto à importação “canalizada”, a operação deve ser efectuada através de empresas públicas. Nesta categoria integram-se bens como o petróleo e derivados, produtos agrícolas básicos, entre outros. As licenças são emitidas pelo Directorate General of Foreign Trade – http://dgft.delhi.nic.in/ – e as operações comerciais apenas podem ser efectuadas desde que o operador tenha obtido o ExporterImporter Code (IEC). No que respeita à regulamentação técnica de produtos o Bureau of Indian Standards – http://www.bis.org.in/ – é o organismo oficial de normalização, cabendo-lhe a elaboração de normas em vários sectores (ex.: químicos; equipamento electrónico; produtos alimentares; e têxteis). A Índia continua a exigir a certificação de cerca de uma centena de produtos, entre os quais alguns que Portugal produz. No caso do azeite, por se tratar de um mercado ainda incipiente, não se verificam barreiras técnicas ou fitossanitárias (no sentido de proteger uma eventual produção nacional). Importa referir que existe, também, regulamentação de etiquetagem e embalagem, nomeadamente para os produtos alimentares, que estabelece que nos respectivos rótulos deverão constar os seguintes elementos informativos: nome; marca ou descrição do produto; ingredientes em ordem decrescente de acordo com a sua composição por peso e volume; nome e direcção do fabricante ou importador; peso líquido ou volume; mês e ano de fabrico; e data de validade. 23 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Complementarmente, exige-se que nos rótulos seja referido o preço máximo da venda do produto a retalho no mercado de origem, sem o qual a necessária autorização alfandegária de entrada não é conferida. Trata-se de uma barreira técnica importante ao acesso dos produtos europeus e portugueses a este mercado, já que o preço máximo de venda a retalho é, muitas vezes, difícil de determinar dependendo de vários factores como o transporte, seguros e taxas internas. A pauta aduaneira é relativamente complexa, devido principalmente à aplicação de tarifas gerais e específicas. Salvo algumas excepções, as tarifas aduaneiras são aplicadas numa base ad valorem, sendo que a Índia adopta uma estrutura tarifária baseada no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH). Apesar dos compromissos assumidos com a Organização Mundial do Comércio, na sequência dos quais a importação tem vindo a ser substancialmente liberalizada e desregulamentada, o imposto aduaneiro base apresenta tarifas que variam entre os 5% e os 30%, com alguns produtos sujeitos a taxas agravadas (ex.: vinho; café; chá; arroz; leite; açúcar; e couro semi-acabado). Para além dos direitos aduaneiros acrescem, ainda, as seguintes incidências para algumas mercadorias: Aditional Duty (4%); Special Countervailing Duty (taxas variáveis); e Educational Cess (2%). Os direitos aduaneiros e outras taxas incidentes na importação das mercadorias na Índia podem ser consultados, por produto e de forma actualizada, quanto ao momento da exportação, na página web da responsabilidade da União Europeia – Market Access Database / Applied Tariffs Database – http://mkaccdb.eu.int. 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro Não obstante as potencialidades que o país oferece, os empresários que queiram abordar o mercado indiano deparam-se com um certo número de factores inibidores que têm de ser tomados em conta quando da decisão de investir. Desde logo, a burocracia detém o lugar cimeiro na lista das preocupações dos investidores e certas tendências observadas de abrandamento das reformas económicas em curso suscitam dúvidas quanto à sustentabilidade do mercado a longo prazo. De facto, para reforçar a sua capacidade de atracção de IDE, a Índia necessita de intensificar os seus esforços de modo a melhorar a eficiência do Estado e avançar mais rapidamente na via reformista. A relativa falta de transparência na aplicação dos enquadramentos legais, que regem o investimento nos diversos sectores da economia indiana, é outro factor sublinhado pelos investidores. A estrutura federal do Estado e o reconhecimento constitucional das competências estaduais exclusivas em certas áreas, nomeadamente no domínio fiscal, dificultam a visibilidade das efectivas condições de investimento, onde as regras podem mudar, substancialmente, de região para região. 24 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Na óptica da abordagem de uma PME a este mercado, a parceria com uma empresa local será, à partida, fundamental. No entanto, alguma opacidade no sistema empresarial indiano constitui outro obstáculo à segurança do investimento e a tarefa de identificação de uma empresa indiana, com conhecimento em determinado mercado ou produto, caracteriza-se por uma assinalável dificuldade. Tal como na China, os problemas de protecção da Propriedade Intelectual (PI) são uma realidade, mesmo com a existência de legislação consentânea com os compromissos internacionais assumidos neste domínio. Finalmente uma referência à lentidão e carga burocrática comuns ao sistema judicial indiano quando se trata de arbitrar contenciosos entre empresas. No que respeita às formalidades, a maioria dos projectos de investimento estrangeiro na Índia é efectuada ao abrigo do sistema de aprovação automática (automatic route – http://www.rbi.org.in/SCRIPTs/FAQView.aspx?Id=32). Sob este tipo de procedimento, o investidor tem apenas de notificar o Reserve Bank of India – http://www.rbi.org.in/home.aspx – no prazo de 30 dias após a transferência do capital. Para investimentos que necessitem de aprovação governamental, o serviço responsável é o Foreign Investment Promotion Board (FIPB), do Departamento dos Assuntos Económicos – http://www.dipp.nic.in/. O FIPB foi constituído principalmente para promover e captar o investimento estrangeiro, bem como para facilitar os procedimentos institucionais, garantir a transparência do processo, aconselhar e aprovar/recomendar propostas de investimento. Por sua vez, o Secretariat for Industrial Assistance (SIA) – http://www.dipp.nic.in/, criado na dependência do Departamento de Política e Promoção Industrial, do Ministro do Comércio e Indústria, é o principal serviço de assistência empresarial. Recebe e processa todos os pedidos que necessitem de aprovação governamental, além de acompanhar e verificar os projectos em curso. Finalmente, o Foreign Investment Implementation Authority – http://siadipp.nic.in/sia/fiia.htm – actua como entidade intermediária entre o investidor estrangeiro e as diversas agências governamentais com o objectivo de facilitar a implementação dos processos aprovados e os procedimentos burocráticos envolvidos. De entre os investimentos que necessitam de licença prévia encontram-se os realizados nos sectores da aviação civil, serviço de correios, indústrias estratégicas e da defesa e em empresas públicas do sector do petróleo e combustíveis. A participação estrangeira é permitida a 100%, na maior parte dos sectores económicos. O mesmo se verifica quando o investimento se situa em Export-Processing Zones (EPZ), Special Economic Zones (SEZ), Electronic Hardware Technology Park (EHTP), Software Technology Park (STP), Bio-Technology Parks (BTP), ou desde que a produção seja totalmente destinada para a exportação – Export Oriented Units (EOU). 25 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Noutros sectores, tais como em plantações de chá, o investimento pode ser realizado inicialmente a 100% com capital estrangeiro, desde que posteriormente seja aberto em 26% a parceiros indianos ou ao sector público. Nos sectores das telecomunicações, seguros, bancos, aviação e imprensa escrita, entre outros, a participação é limitada, variando a percentagem de caso para caso. Os investimentos na agricultura (excepto floricultura, horticultura e plantações de chá), lotaria e jogo, entre outros, estão vedados ao investimento estrangeiro, e projectos a desenvolver nas áreas da energia atómica e transportes ferroviários são exclusivo de empresas públicas. Outros aspectos inerentes à política de investimento estrangeiro são: a) o investimento original, bem como os lucros, podem ser repatriados livremente, desde que cumpridas as obrigações fiscais; b) é permitido o pagamento de direitos ao fornecedor de tecnologia estrangeira, bem como pela utilização de marcas registadas, sem que seja necessário ocorrer transferência de tecnologia. Em termos de incentivos, o Governo financia parte dos custos fixos dos projectos, sendo que os Estados definem várias áreas para fins de atribuição de incentivo, de acordo com o respectivo nível de desenvolvimento. O incentivo concedido é normalmente superior para grandes investimentos em áreas pouco desenvolvidas e os termos e limites são igualmente diferentes de Estado para Estado, dependendo da natureza da indústria que se está a promover. Ainda estão disponíveis outros incentivos, como sejam apoios ao nível do fornecimento de energia eléctrica, empréstimos, benefícios fiscais, incentivos regionais e preços preferenciais nas compras efectuadas pelo Governo e suas organizações. A Índia dispõe, igualmente, de Free Trade Zones (Falta, Madras Export Processing Zone, Noida Export Processing Zone, Santa Cruz Electronics Export Processing Zone, Visakhapatnam Export Processing Zone, Cochin Export Processing Zone – http://www.welcome-nri.com/info/project/freetradefr.htm), as quais permitem às empresas aí instaladas usufruir de diversos benefícios, entre os quais a isenção de impostos aduaneiros e outras taxas, mediante determinadas condições. De destacar, igualmente, os incentivos à exportação através das Special Economic Zones (AP, Gujrat, Haryana, Navi Mumbai, Jaharkhand, Maharastra, MP, Surat e WB – http://www.sezindia.nic.in/), que facultam às empresas bens e serviços isentos de impostos, infra-estruturas adequadas para facilitar a exportação e incentivos fiscais, e das Export Oriented Units – http://www.eouindia.gov.in/eou_settingup.htm – que disponibilizam às empresas industriais que se registem como EOU um conjunto de apoios/vantagens fiscais e administrativas. À semelhança do que acontece com as trocas comerciais, também ao nível do investimento estrangeiro se verifica uma diversidade de situações, decorrente da própria estrutura política do país. Assim, aconselha-se um estudo aprofundado sobre o funcionamento do mercado indiano e da sua economia em geral antes de se proceder a uma operação de investimento directo. 26 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Para obtenção de informação mais completa sugerimos a consulta do Site India in Business – http://www.indiainbusiness.nic.in/. Os interessados também podem aceder ao documento Consolidated DFI Policy (em vigor desde Abril de 2010) que estabelece as regras aplicáveis às operações de investimento directo estrangeiro na Índia – http://siadipp.nic.in/policy/fdi_circular/fdi_circular_1_2010.pdf. Finalmente, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento, foram celebrados entre Portugal e a Índia o Acordo sobre a Promoção e Protecção Recíprocas de Investimentos (em vigor desde Julho de 2002) e a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento (em vigor desde Abril de 2000). 5.3. Quadro Legal Regime de Importação • Foreign Trade Policy (FTP) 2009-2014, de 2009 – Estabelece o novo quadro da Política de Comércio Externo Indiana. • Foreign Exchange Management Act, 1999 – Consolida a regulamentação relativa às transacções de capitais para a Índia, com vista a facilitar o comércio externo e o pagamento das respectivas operações. • Customs Tariffs Act, 1975 (com alterações posteriores) – Aprova a Pauta Aduaneira dos Direitos de Importação. • Customs Act, 1962 (com alterações posteriores) – Aprova o Código Aduaneiro. Os interessados podem consultar, no Site da União Europeia, tema “Relações Externas”, informação sobre o relacionamento bilateral entre a UE e a Índia – http://ec.europa.eu/external_relations/india/index_en.htm. Regime de Investimento Estrangeiro • Consolidated FDI (Foreign Direct Investment) Policy, 2010 – Define as regras aplicáveis ao investimento directo estrangeiro. • Income-tax Act, 1961 (com alterações posteriores) – Regula a tributação sobre o rendimento das pessoas singulares e colectivas. • Companies Act, 1956 (com alterações posteriores) – Dispõe relativamente às formas de constituição de sociedades na Índia. • Industries (Development and Regulation) Act, 1951 (com alterações posteriores) – Define os sectores de actividade que necessitam de licença de investimento. 27 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) O quadro legal indiano reparte-se pela legislação do Governo Central e dos Governos Estaduais. Dada a sua diversidade, sugerimos consulta a algumas páginas da Internet, nomeadamente: www.laws4india.com. Acordos Relevantes • Resolução da Assembleia da República n.º 20/2002 e Decreto do Presidente da República n.º 18/2002, de 21 de Março – Aprova, para ratificação, e ratifica, respectivamente, o Acordo sobre a Promoção e Protecção Recíprocas de Investimentos entre Portugal e a Índia. • Resolução da Assembleia da República n.º 20/2000 e Decreto do Presidente da República n.º 8/2000, de 6 de Março – Aprova, para ratificação, e ratifica, respectivamente, a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento entre Portugal e a Índia. Para mais informação legislativa sobre mercados externos, os interessados podem consultar o Site da AICEP em: www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx 6. Informações Úteis Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado da Índia é a seguinte (Maio 2010): Curto prazo: Aberta sem condições restritivas. Médio/Longo prazo: Garantia bancária. Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direcção Internacional da COSEC. Formalidades na Entrada É necessário passaporte e visto de entrada o qual deve ser emito pela Embaixada ou consulado indianos. Recomenda-se a consulta do Portal das Comunidades Portuguesas, do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, nomeadamente para a leitura dos conselhos para os viajantes, onde se poderá encontrar as recomendações sobre os costumes, saúde, segurança, etc) – http://www.secomunidades.pt/web/guest/listapaises/IN. 28 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Para obter os endereços das representações consulares portuguesas (postos e secções consulares) no estrangeiro, poderão consultar: http://www.mne.gov.pt/mne/pt/infocidadao/pestrangeiro/embaixadas/ e os endereços das representações estrangeiras (diplomáticas e consulares) em Portugal: Hora Local Corresponde ao UTC: + 5h 30m (Inverno) ou 4h 30m (Março a Setembro) Horários de Funcionamento Serviços Públicos: 9h30-17h30 De Segunda-feira a Sexta-feira (encerram 30 minutos para almoço). Correios: 10h00-17h00 (Segunda-feira a Sexta-feira) Bancos: 10h00-14h00 (Segunda-feira a Sexta-feira) 10h00-12h00 (Sábado) Comércio: 10h00-19h00 (Segunda-feira a Sábado) Monumentos e Museus: 10h00-18h00 De Segunda-feira a Sexta-feira (encerram uma hora para almoço). Quanto aos templos, é normal encerrarem no período das 13h00-16h00. Feriados Em termos estritos, apenas existem os seguintes feriados nacionais: 26 de Janeiro – Dia da República; 15 de Agosto – Dia da Independência; 2 de Outubro – Aniversário de Mahatma Gandhi 29 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Contudo, cada região e religião celebram muitas festividades (em datas móveis), pelo que é aconselhável a consulta da lista oficial junto da Embaixada ou consulado indianos quando da preparação da viagem de trabalho e/ou consultar em http://www.chdpr.gov.in/calendar.asp - Department of Public Relations & Cultural Affairs. Corrente Eléctrica 220-240 volts AC, 50 Hz. O abastecimento de electricidade é irregular no Verão e de voltagem baixa. As tomadas de três pinos são as mais correntes. É recomendável o uso de um estabilizador de corrente. Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico, embora o sistema britânico também seja utilizado. 7. Endereços Diversos Em Portugal Embaixada da Índia em Portugal Rua Pêro da Covilhã, 16 1400-297 Lisboa Tel.: (21) 3041090 | Fax: (21) 3016576 E-mail: [email protected] | http://www.indembassy-lisbon.org aicep Portugal Global O’ Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430, 2º 4150-074 Porto Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt 30 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Câmara de Comércio Portugal - Índia Rua Castilho, 39 – 15º 1250- 068 Lisboa Tel.: (353) 934 713 341 E-mail: [email protected] | http:www.ccpi.pt Na Índia Entidades Oficiais Portuguesas Embaixada de Portugal em Nova Deli No.4, Panchsheel Marg, Chanakyapuri, New Delhi 1100261 - Índia Tel.: (91-11) 460 710 01 | Fax: (91-11) 460 710 03 E-mail: [email protected] | http://www.embportindia.com aicep Portugal Global – New Delhi No.4, Panchsheel Marg, Chanakyapuri, New Delhi 110021 - Índia Tel.: (00 91- 11) 467 103 1/32/33 E-mail: [email protected] Entidades Oficiais Indianas Ministérios Ministry of Commerce and Industry Udyog Bhavan New Delhi 110011 - India Tel.: (91-11) 23010008 | Fax: (91-11) 23019947 http://www.commerce.nic.in Ministry of Finance North Block New Delhi 110001 - India Tel.: (91-11) 23092810 | Fax: (91-11) 23093289 E-mail: [email protected] | http://www.finmin.nic.in 31 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) Ministry of External Affairs South Block New Delhi – 21 - Índia Tel.: (91-11) 23014531 | Fax: (91-11) 23013945 http://www.mea.gov.in Ministry of Tourism Transport Bhavan Parliament St. New Delhi 110001 - India Tel.: (91-11) 23711995 | Fax: (91-11) 23710518 E-mail: [email protected] | http://www.incredibleindia.org Banco Central Reserve Bank of India Shahid Bhagat Singh Rd. Mumbai 400001 - Índia Tel.: (91-22) 22660500 | Fax: (91-22) 22660817 E-mail: [email protected] | http://www.rbi.org.in Banco Estatal Principal State Bank of Índia Corporate Centre - Madame Cama Rd. POB 10021 Mumbai 400021 - Índia Tel.: (91-22) 22022426 | Fax: (91-22) 22851391 E-mail: [email protected] | http://www.sbi.co.in Principais Bolsas de Valores Bombay Stock Exchange th Phiroze Jeejeebhoy Towers - 25 Floor Dalal St. Fort Mumbai 400001 - India Tel.: (91-22) 22721233 | Fax: (91-22) 22655720 E-mail: [email protected] | http://www.bseindia.com 32 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) National Stock Exchange of India Ltd. Exchange Plaza Bandra-Kurla Complex - Bandra (East) Mumbai 400052 - India Tel.: (91-22) 26598100 | Fax: (91-22) 26598120 E-mail: [email protected] | http://www.nseindia.com Câmaras de Comércio e Indústria Associated Chambers of Commerce and Industry of India (ASSOCHAM) 147B, Gautam Nagar Gulmohar Enclave New Delhi 110049 - India Tel.: (91-11) 26512477 | Fax: (91-11) 26512154 E-mail: [email protected] | http://www.assocham.org Federation of Indian Chambers of Commerce and Industry Federation House Tansen Marg New Delhi 110001 - India Tel.: (91-11) 23738760 | Fax: (91-11) 23320714 E-mail: [email protected] | http://www.ficci.com/ Associações Indian Banks’ Association th Unit Nos.1, 2 e 4, 6 Floor Centre I Bldg., World Trade Centre Complex Cuffe Parade Mumbai 400005 Tel.: (91-22) 22844999 | Fax: (91-22) 22835638 E-mail: [email protected]| http://www.iba.org.in/homepage.asp Confederation of Indian Industry 23 Institutional Area - Lodi Rd. New Delhi 110003 - India Tel.: (99-11) 24629994 | Fax: (91-11) 24626149 E-mail: [email protected] | http://www.cii.in/ 33 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) All India Organization of Employers (AIOE) Federation House - Tansen Marg New Delhi 110001 - India Tel.: (91-11) 23316121 | Fax: (91-11) 23320714 Employers’ Association of Northern India 14/113 Civil Lines POB 344 Kanpur 208001 - India Tel.: (91-512) 2210513 Employers’ Federation of Southern India Karumuttu Centre st 1 Floor, 634 Anna Salai Chennai 600035 - India Tel.: (91-44) 24349452 | Fax: (91-44) 24349164 E-mail: [email protected] Outras Entidades Department of Commerce Udyog Bhavan New Delhi 110011 - India Tel.: (91-11) 23010008 | Fax: (91-11) 23019947 E-mail: [email protected] | http://commerce.nic.in Directorate General of Foreign Trade Udyog Bhavan, H-Wing, Gate No.2 Maulana Azad Rd. New Delhi 110011 Tel.: (91-11) 23061562 | Fax: (91-11) 2306225 E-mail: [email protected] | http://dgft.delhi.nic.in/ India Trade Promotion Organization (ITPO) Pragati Bhavan Pragati Maidan New Delhi 110001 Tel.: (91-11) 23371540 | Fax: (91-11) 23371492/3 E-mail: [email protected] | http://www.indiatradefair.com 34 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) 8. Fontes de Informação 8.1 Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre a Índia • Título: “Índia – Relações Económicas com Portugal” Edição: 04/2010 • Título: “Índia – Informações e Endereços Úteis” Edição: 12/2009 • Título: “Índia – Convenção para Evitar a Dupla Tributação” Edição: 08/2009 • Título: “Índia – Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíproca de Investimentos” Edição: 08/2009 • Título: “Índia – Acordo de Cooperação Económica e Industrial” Edição: 08/2009 • Título: “Índia – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 06/2009 • Título: “Índia – Guia Prático de Acesso ao Mercado” Edição: 06/2009 • Título: “Índia – Sites Seleccionados” Edição: 06/2009 Documentos de Natureza Geral • Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático” Edição: 03/2010 • Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 03/2010 • Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2009 35 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) • Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção” Edição: 02/2009 • Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 • Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 • Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 • Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 • Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 • Título: “Dupla Tributação Internacional” Edição: 12/2004 • Título: “A Internacionalização das Marcas Portuguesas através do Franchising” Edição: 11/2004 • Título: “Pagamentos Internacionais” Edição: 06/2004 A Informação On-line pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx 8.2 Endereços de Internet • Agricultural & Processed Food Products Export Development Authority (APEDA) – http://apeda.com/apedawebsite/ • Bureau of Indian Standards – http://www.bis.org.in/ • Central Board of Excise and Customs – http://www.cbec.gov.in/ • Central Information Commission (CIC) – http://cic.gov.in/ 36 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) • Department of Commerce – http://www.commerce.gov.in/ • Department of Industrial Policy & Promotion – http://dipp.gov.in • Department of Statistics – http://mospi.nic.in/stat_act.htm • Directorate General of Commercial Intelligence and Statistics – http://www.dgciskol.nic.in/ • Directorate General of Foreign Trade – http://dgft.delhi.nic.in/ • Directory of Indian Government Websites – http://www.goidirectory.nic.in/ • Export Oriented Units Scheme – http://www.eouindia.gov.in/eou_settingup.htm • Export Promotion Council for EOUs & SEZs – http://www.eouindia.gov.in/index.htm • Federation of Indian Chambers of Commerce & Industry – http://www.ficci.com/ • Foreign Investment Implementation Authority – http://siadipp.nic.in/sia/fiia.htm • Free Trade Zones – http://www.welcome-nri.com/info/project/freetradefr.htm • Income Tax Department – http://www.incometaxindia.gov.in/ • Indianinvest – http://indianinvest.com • Indian Institute of Foreign Trade (IIFT) – http://www.iift.edu/iift/index.asp • Indian Institute of Packaging – http://www.iip-in.com/ • Intellectual Property Appellate Board – http://www.ipab.tn.nic.in/ • Intellectual Property Office (IPO) – http://www.ipindia.nic.in/ • Investment and Trade Promotion Division – http://www.indiainbusiness.nic.in/ • Legislative Department (Ministry of Law and Justice) – http://lawmin.nic.in/legis.htm • Ministry of Corporate Affairs – http://www.mca.gov.in/ 37 aicep Portugal Global Índia – Ficha de Mercado (Junho 2010) • Ministry of External Affairs – http://meaindia.nic.in/ • Ministry of Finance – http://finmin.nic.in/ • Ministry of Labour and Employment – http://labour.nic.in/ • Ministry of Law & Justice – http://lawmin.nic.in/ • Ministry of Micro, Small and Medium Enterprises – http://msme.gov.in/ • National Centre for Trade Information – http://www.ncti-india.com/ • National Portal of India – http://india.gov.in/ • Parliament of India – http://parliamentofindia.nic.in • Planning Commission – http://planningcommission.gov.in/ • Reserve Bank of India – http://www.rbi.org.in/home.aspx • Special Economic Zones – http://www.sezindia.nic.in/ • Tariff Commission – http://tc.nic.in/ 38 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120