Os distritos industriais italianos e a globalização O modelo italiano
Transcrição
Os distritos industriais italianos e a globalização O modelo italiano
Os distritos industriais italianos e a globalização O modelo italiano de desenvolvimento industrial sempre foi considerado "diferente" em respeito ao dos outros países industrializados. Baseia-se em constelações de pequenas e médias empresas (PME), cuja força é caracterizada pela capacidade de aglomeração em clusters sob fortes vínculos não formalizados ao longo prazo, que evitam a não economia de escala. Isso resulta em um produto altamente especializado, que é peculiar para às exportações nacionais. Contudo, a Itália não tem os benefícios sinérgicos de capacidade adequada para o investimento transnacional. Várias são as causas desta anomalia, incluindo a forte resistência pelas próprias empresas, condicionadas por uma cultura marcadamente comércial (produzir em casa para vender no mercado externo) e contrárias a comprometer recursos organizacionais, recursos gerenciais e financeiros para facilitar a transferência de sua capacidade de produção em um ambiente econômico diferente e longe, superando as barreiras da linguagem, conhecimento das instituições e da cultura organizacional. Certamente a ausência de uma projeção multinacional adequada, tornando-se um constrangimento real na produtividade, pode resultar, a médio e longo prazo, especialmente em uma era 'de globalização, uma deterioração da mesma performance das exportações e, finalmente, da competitividade do país, como, aliás, está acontecendo na Itália. No entanto, são as áreas distritais, mais adequadas ao mercado italiano, aquelas que melhor podem facilitar uma reviravolta em termos de investimento estrangeiro. É necessário, entretanto, que os fatores competitivos por trás do sucesso das exportações possam ser transferidos da area mercantil a modalidades mais exigentes do envolvimento estrangeiro, sejam essas formas "leves" - através de acordos e parcerias internacionais que não envolvem a participação do capital de risco - o formas mais "vinculantes", baseado no investimento estrangeiro direto (IED) em joint ventures e atividades subsidiárias controladas diretamente. Itália até agora não conseguiu, por esses problemas congênitos, explorar o quadro de forte abertura e integração internacional dos mercados, não sabendo aproveitar muitas das oportunidades atuais para enraizar-se firmemente tanto em grandes e difíceis mercados oligopolistas, tanto em áreas da América Latina (os culturalmente mais semelhantes e agradáveis), e em áreas do Leste da Europa, Mediterrâneo e Ásia, que se abrem sempre mais ao jogo competitivo de economias mais fortes, liberalizando-as, reduzindo as barreiras comerciais e incentivando o afluxo de investimento estrangeiro, especialmente através de políticas de atração garantidas pelos incentivos financeiros e fiscais para os assentamentos de produção. Página 6: Foto 3 pessoas + Embaixada Apresentação do "Projeto Campus Empresarial" na Embaixada do Brasil em Roma 25 de novembro de 2004 Página 7: O projeto "Campus Empresarial" Nascido para superar estas desvantagens o projeto "Campus Empresarial" é apresentado como um paradigma, um modelo de desenvolvimento e exportação do distrito industrial italiano que processa e interpreta, de forma nova, as tradições italianas das pequenas e médias empresas fazendo-as um modelo de sucesso fora da Itália. Como tal, o Projeto não tem como único objetivo a conclusão de seu programa-piloto que está sendo realizado no sul do Brasil na assim denominada Serra Gaúcha. O próximo desafio do Projecto "Campus Empresarial" está na sua reprodutibilidade em outras áreas ou para diferentes indústrias. O Projeto Piloto "Campus Empresarial" é um distrito com base de joint ventures bi-nacionais entre empresas e garantido pela presença no local, bem como tecnologia de ponta, centros de pesquisa, treinamentos e desenvolvimento de universitários altamentes qualificados, e também pela presença de um desk das principais organizações italianas representativas do "Sistema País Itália". Ele encontrou, de fato, a adesão e o apoio, das administrações locais (através, dos incentivos e concessões), e também dos governos dos dois países que se comprometeram através de um esforço conjunto a promoção da sua realização. Em conformidade com tais acordos, em novembro de 2009, durante uma missão de sistema, mesmo para ajudar o financiamento e a construção do projeto, foi assinado um addendum aos acordos entre os dois bancos institucionais de investimento SIMEST e BNDES. Até o momento, três PME italianas foram instaladas no local, uma das quais (de Bergamo) em 2011 começou a produzir no local. Página 8: Foto: Mapa do Brasil Brasil: O "B" do "BRICs", a 6° sexta economia mundial desde dezembro 2011 Sabe-se que para a Goldman Sachs, no seu famoso relatório de 2003 sobre a economia da primeira metade deste século, intitulado "Sonhando com o BRICs: The Path to 2050", também conhecido como "papel n º 99," Brasil, Rússia , Índia e China deveriam passar, dentro de algumas décadas, todas as economias mais fortes da Europa, alterando substancialmente o panorama econômico global. Assim, em 2050, apenas os Estados Unidos e o Japão poderão, não sem dificuldades, manter o ritmo com estes quatro mercados principais. No Brasil, as quatro regiões mais ricas em termos industriais, produtivos e economicos são: São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Eles estão concentrados nestas áreas de excelência em setores chave: desde a química até a indústria têxtil, da engenharia até materiais avançados, e da tecnologia da informática. E estão também presentes algumas das mais prestigiadas instituições da América Latina no campo acadêmico, científico e de pesquisa. Página 9: O Estado do Rio Grande do Sul É precisamente no Rio Grande do Sul, um dos estados mais ricos do Brasil, o segundo em renda per capita mais alta, que está localizado - na metade do caminho entre São Paulo e Buenos Aires - o Projeto Piloto Campus Empresarial. Com pouco mais de 3% do território brasileiro, o Rio Grande do Sul, que abriga 5,5% da população nacional, produz um PIB de 152 bilhões de dólares, o segundo centro comercial e o segundo centro indústrial de transformação nacional e é um dos maiores produtores de grãos do país. O Rio Grande do Sul é um estado com caracteristicas europeias, e apresenta, de fato, um bom índice de desenvolvimento humano. De acordo com os critérios das organizações da ONU, o IDH do estado é 0,832, refletindo a menor mortalidade infantil no Brasil, altas taxas de alfabetização (95,5% com mais de 15 anos) e um serviço de saúde excelente. Abundância de água, energia, transportes e comunicação são distribuídos sobre um território de cenários encantadores, onde existe um povo multiétnico, com uma cultura de trabalho e uma riqueza de altos valores sociais. O Rio Grande do Sul é um estado hospitaleiro, aberto a qualquer pessoa que queira produzir, trabalhar ou simplesmente desfrutar de suas belas paisagens, de um cozinha atraente e de fortes tradições. É o estado mais meridional do Brasil, na fronteira com Uruguai e Argentina, ajudando a estabelecer, com a parte do seu território fronteiriço caracterizado por planaltos, a área conhecida mundialmente como os Pampas. Possui, portanto, uma posição privilegiada entre os países que compõem o bloco econômico Mercosul. Em uma área de aproximadamente 282 quilômetros quadrados vivem 10,7 milhões de pessoas, descendentes de índios, portugueses, italianos, alemães e asiáticos. No planalto da Serra Gaúcha (o Rio Grande do Sul é chamado também de "gaúcho", nome dos cowboys (vaqueiros) dos Pampas), de fato, é comum sentir-se brasileiro e falar em alemão ou italiano. O PIB do Rio Grande do Sul é o quarto mais alto do Brasil. Em 2011 cresceu cerca de 5,7% do PIB de 274 bilhões de reais, e a renda per capita cresceu 5,2% no mesmo ano, subindo para 25 mil reais. Esta realidade, combinada com as boas condições das estradas, telecomunicações, energia e os programas oferecidos pelo governo do estado (sem considerar que esta ainda entre os estados com o imposto ICMS mais baixo do país - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços no Brasil) fazem do Rio Grande do Sul um grande atrativo para investimentos, tanto nacional como internacional. Em 2011, foram lançados 60 projetos em investimento privado e o investimento privado foi de aproximadamente R $ 15 bilhões. Além disso, o Rio Grande do Sul é considerado um dos estados mais tecnologicamente avançado do Brasil tendo 14 parques tecnológicos, respondendo por 18,66% dos parques tecnológicos em todo o Brasil, bem como as incubadoras de empresas e centros de inovação tecnológica em 20 regiões do Estado, por uma rede de cerca de 450 municípios. Um dos maiores fabricantes e exportadores de grãos do Brasil, o estado gaúcho baseia também muito de sua economia (47%) no setor industrial. Entre os maiores municípios com altas taxas de densidade populacional e participação na composição econômica do Estado, estão a capital Porto Alegre (sede do Fórum Social Mundial), Caxias do Sul (centro do Campus Projeto Empresarial, o principal centro da cidade de engenharia - segunda no Brasil, depois de São Paulo), Canoas (no interior), Santa Maria (no centro do estado), Pelotas, Passo Fundo, Rio Grande e Uruguaiana (fronteira com a Argentina). As cidades de Gramado e Canela se destacam turisticamente por recordar os cenários e a atmosfera montanhosa da Europa Central e Alpinas. Em Porto Alegre também é sede do segundo banco público de desenvolvimento econômico do país o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), o que favorece o crescimento das regiões ao sul do Brasil, incluindo a partir de 2010 o estado de Minas Gerais. Desde a sua criação, o BRDE já investiu mais de 65 bilhões de reais para os estados do sul. Somente em 2010, o Banco destinou R $ 2,2 bilhões em investimentos. Página 10: Fotos Verde Página 11: Serra Gaúcha e da cidade de Caxias do Sul A segunda maior cidade do Rio Grande do Sul, Caxias do Sul se destaca na economia nacional ancorada na indústria, especialmente no setor de engenharia. A força da cidade é o resultado do trabalho dos descendentes de imigrantes italianos (especialmente triveneto), aos quais foram adicionados os alemães, os austríacos, os luso-brasileiros, os polonêses e outros. Eles desembarcaram no que é, então, conhecido como "Campo dos Bugres", um local de passagem de pastores, pelas terras altas da Serra Gaúcha, entorno de 1875. Eles começaram a desenvolver produtos para consumo próprio e instalaram a primeira oficina, fonte de futuros negócios. Os atuais habitantes têm orgulho de preservar essa história italiana. Além da "Festa da Uva", há itinerários que cobrem a saga dos primeiros italianos. Os turistas também podem visitar museus, igrejas e adegas fortemente relacionadas com as tradições culturais italianas. Localizado no nordeste do estado, cerca de 760 metros acima do nível do mar, e habitada por mais de 500 mil habitantes, dos quais mais de 80% contabilizados pelos italianos, ou nativos. Caxias do Sul tem um espírito empreendedor, onde estão localizadas duas das maiores corporações da indústria automotiva brasileira, como Marco Polo e o Grupo Randon. Basta percorrer os números para verificar a força econômica que a levou a ser o 2 º maior centro de engenharia no Brasil. Num raio de pouco mais de 50 quilômetros, são fabricados tanto talheres quanto ônibus, e peças de reposição para caminhões. No campo da fundição, as fábricas fornecem, por exemplo, peças para a indústria militar, componentes para a agricultura, as formas standard e matrizes. As 5,345 indústrias instaladas no município são responsáveis por 45,68% do produto interno bruto (PIB) local, calculado em $ 30,499.00 per capita. Possui ainda 10.202 de empresas comerciais, 10.128 empresas de serviços e 1.164 que estão envolvidas na construção civil e 445 no setor agro-pastoril e de transformação agrícola, totalizando 27,284 empresas. O resultado deste desenvolvimento pode ser visto na qualidade de vida da população. A expectativa de vida é 74,1 anos, e a mortalidade infantil é 12,89 por mil nascimentos. A força trabalho é especializada. Além das escolas primárias e secundárias, existem escolas profissionais que são de grande importância. O "Senai mecatrônica" e o "Senai Autotronics" são referências proeminentes em todo o Brasil. Depois, há o "Senai Construção Civil", o "Senai José Gazola", o "Senai Nilo Peçanha", o "Senac", a "Escola de Metalurgia" e a "Escola Técnica", e mais de 11 escolas técnicas profissionais . A Secretária de Desenvolvimento Econômico (SDE) está promovendo uma série de ações para o benefício da indústria, comércio, serviços, ciência e tecnologia. Trata-se principalmente dos programas de "econômia solidária", incentivando o associativismo e oferecendo suporte aos membros da sociedade, porque eles constituem "Arranjos Produtivos Locais" (APL), " Associações de Recicladores", ou clusters da "Informática", " Moda "e" MetalMecanico ", a "Certificadora de gás natural ", a "Associação de Garantia de Crédito" da Serra Gaúcha (AGC), a "Instituição Comunitária de Crédito"(ICC - Banco do Povo), bem como projetos, conferências, programas e acordos de cooperação com entidades públicas e privadas. Página 12: Universidades, pesquisas e centros de formação a serviço do território Foto: Cidade Para desenvolver o recurso humano, a Serra Gaúcha pode contar com uma rede de universidades e centros de pesquisa bem articulados, tanto em termos de graduação como do ponto de vista territorial. E também pelo alto nível de qualidade; com uma educação que reflite as necessidades e habilidades de produção mundial. Além das tradicionais facultades de Ciências Humanas, o Rio Grande do Sul, Porto Alegre e Caxias do Sul possuem centros universitários, centros de pesquisa e centros de tecnologia de absoluta liderança no Brasil e na América do Sul, que estão envolvidos em pesquisa aplicadas e transferência de tecnologia para as PME nos principais setores indústrias, de informática, de telecomunicações, de gestão e organização de empresas, de design e gráfica. No ensino superior, a cidade se orgulha da Universidade de Caxias do Sul (UCS), com cerca de 35 000 alunos, da "Faculdade da Serra Gaúcha" (FSG), da "Faculdade dos Imigrantes" (FAI), da "Universidade Estadual do Rio Grande do Sul "(UERGS), da "Faculdade de Nossa Senhora de Fátima" e da "Faculdade de Tecnologia" (FTEC). Página 13: Campus Empresarial: o diálogo entre cultura empresarial, acadêmica e tecnológica. No limiar de Caxias do Sul, perto do aeroporto, algumas dezenas de quilômetros de Porto Alegre, localizado em uma área de particular importância estratégica encontramos o Projeto Piloto Campus Empresarial. Nascido com a intenção de incentivar a instalação de PME italianas no Brasil, no coração do segundo maior polo metalmecânico brasileiro, de DNA italiano (expressão utilizada na Missão do Sistema Itália em 2006 pelo então presidente da pequena indústria que definiu a área geográfica em questão como "o berço das PME de origem italiana no exterior"), quer constituir uma combinação de empresas com uma forte propensão inovativa e de instituições científicas e centros de pesquisa e desenvolvimento das áreas mais avançadas. Um lugar privilegiado para o diálogo entre a cultura empresarial, acadêmica e tecnológica. Equipado com infra-estrutura avançada e flexível, oferece todos os serviços técnicos, logísticos e informáticos e telemáticos e, também, aquelos serviços de promoção, formação, apoio e assistência necessária para a deslocalização de empresas italianas. A lógica da complementaridade, especialização, e interdisciplinaridade permite de conectar áreas da experiência profissional de setores aparentemente distantes e incompatíveis, permitindo em última análise, alcançar novas fronteiras na produção industrial e tecnologia. O Campus Empresarial Ltda é a empresa que está envolvida, diretamente ou indiretamente, na gestão de todos os serviços de apoio às empresas do distrito, e no desenvolvimento da formação e da investigação, a promoção da área, e das empresas específicas pertencentes a ela. Várias oportunidades que fazem parte de uma oferta diversificada de pacotes de diversos serviços por conta das necessidades de cada específica empresa. O objetivo é: ofertas únicas na medida dos interesses de cada empresa, tendo em conta as diferentes necessidades de instalação, como a simples locação de escritórios e laboratórios já existentes, a inclusão no pacote, "chaves na mão", de um edifício já existente ou de construção (em conjunto com qualquer outro serviço que possa ser solicitado, tais como: fiscal, financeiro, pesquisa de pessoal, jurídico e logístico) ou a identificação da terra sobre a qual construir um projeto encomendado pele empresa ao terceiro . Evidentemente, neste último caso, o projeto deve ser aprovado por uma comissão de engenheiros e arquitetos, a fim de avaliar as características de inovação e estética para uma integração mais harmoniosa na paisagem global, de acordo com a filosofia de arquitetura que inspirou o inteiro Projeto Campus Empresarial. Basicamente, a intenção que se pretende realizar com uma gama completa de serviços personalizados é permitir que as PME italianas não desperdicem energia em problemas físicos e econômicos da organização, permitindo-lhes concentrar exclusivamente no seu negócio principal. Página 14: As atividades do Campus Empresarial O contexto de produção, ambiental e arquitetônico do Campus Empresarial permite que as empresas, tanto italianas quanto brasileiras, possam conduzir seus negócios em um lugar na medida adequada, ao mesmo tempo aumenta a atividade produtiva porque dotado de instalações e equipamentos de vanguarda, localizados em estreita colaboração com as principais realidades industriais e educacionais de uma das regiões mais ricas da América do Sul. Isto é possível porque o Campus Empresarial reune a melhor experiência em Itália-Brasil e tem como objetivo desenvolver o investimento italiano no exterior em uma terra fértil para a produção industrial, em virtude do tecido industrial favorável, talvez já desenvolvidos através de joint ventures entre empresas locais e internacionais. Os prestadores de serviços, formadores e centros de pesquisa, bem como empresas e laboratórios que trabalham no Campus Empresarial, irão desfrutar destas condições a fim de desenvolver melhor a lógica do "Campus", compartilhando dados, criando sinergias, novas parcerias, cultivando relacionamentos, todos aproveitando uma ampla gama de pacotes de serviços de alto valor agregado. A gama de serviços, alguns já previstos a partir do pacote inicial de instalação, serão organizados e disponibilizados pela Administração, responsável pela gestão e pelo desenvolvimento do Campus Empresarial, ou por indivíduos delegados com esta finalidade. Campus Empresarial não limita a suas fronteiras físicas, sendo aberto, através das tecnologias mais inovadoras, ao mundo inteiro: na verdade, em diferentes condições, os serviços também são oferecidos a instituições, empresas, centros de pesquisa e laboratórios externos a ele. Tudo isso com a intenção de criar uma rede, seja dentro que fora, daquilo que não só o Campus pode beneficiar. Página 15: Assessoria e Serviços de assistência ou formação: 1. aconselhamento e assistência na análise das características da empresa, a identificação da posição competitiva, na avaliação de estudos de viabilidade, em desenvolvimentos posteriores; 2. ajuda na identificação das estratégias gerais de marketing, daqueles da oferta e de distribuição; 3. assistência na organização comercial, no marketing das redes de vendas e nas pesquisa de mercado; 4. assistência e aconselhamento para avaliar as melhores oportunidades de acesso e de entrada no mercado através da busca de parceiros, de assinatura de acordos de distribuição e marketing, para valorização, industrialização e desenvolvimento de produtos e serviços; 5. assistência e aconselhamento para a pesquisa de financiamento tanto para a fase de "start up" quanto para o acompanhamento até a produção plena; 6. Serviço de Pesquisa & Desenvolvimento, para a criação e desenvolvimento de novos empreendimentos e "spin-off" de negócios; 7. consultoria de engenharia e arquitetura para a construção da fábrica no Brasil; 8. ampla assistência jurídica (em contratos nacionais e internacionais, a proteção da propriedade intelectual e regulamentação de patentes, no sistema legal dos países sulamericanos, em nível nacional e planejamento tributário internacional, etc.); 9. serviço de consultoria para as relações institucionais internacionais e nacionais, que assinam acordos de cooperação no setor da produção e pesquisa, representando as empresas integrantes do projeto e as instituições; 10. implementação e desenvolvimento de relações entre as empresas instaladas, a Universidade, os Centros de Formação e as Instituições locais, regionais, nacionais e internacionais; 11. suporte técnico-científico às administrações públicas supporto tecnico scientifico alle Amministrazioni Pubbliche, em competência das empresas do Campus e nas relações de questas empresas com a administração pública; 12. atividade de formação universitária, com a cooperação das universidades nacionais e internacionais, também por meio da criação de programas de formação de tipo pós-láurea, master ou de formação especializada de excelência; 13. atividade de formação superior não universitária, espécie técnica, de qualquer forma com função de dar continuidade e valorizar os resultados de pesquisa; 14. assistência e desenvolvimento para a criação de novas empresas e tecnologia inovativas, graças ao intercâmbio entre empresas e atividade de formação. Serviços promocionais e de suporte: • Recolhimento, elaboração, publicação e difusão por meio de acordos com os interessados diretos dos resultados das pesquisas efetuadas internamente nela área distrital, úteis ao fim dela sua valorização, com referência às vantagens produtivas e aos avanços obtidos de empresas específicas que tenham requerido ou apoiado a pesquisa; • Organização de conferências e seminários no Campus ou fora do mesmo, com o objetivo de promover e valorizar todas as atividades desenvolvidas no próprio Campus da oferta de serviços à aividade de formação, da pesquisa à difusão de inovação, do transferimento de tecnologias às empresas ao desenvolvimento de tecnologias prioritárias para a indústria, da produção à comercialização para a conquista de novos setores ou de novos nichos de mercado; • Preparação de feiras e exposições para a valorização do nome e do funcionamento de empresas e de instituições instaladas no Campus; • Desenvolvimento e gestão do portal www.campusempresarial.com.br, contendo amplas seções dedicadas às empresas instaladas, à sua atividade de produção e ao link de seu respectivo site. Página 16: Serviços logísticos Serviçoes de organização e gestão – atividade de segurança e controle: • • • • • segurança; controle de acesso; monitora mento interno 24 horas; prevenção anti-incêndio; presídio médico (enfermaria). Atividade de Limpeza: • • • supervisão periódica dos equipamentos para a verificação do cumprimento dos padrões higiênicosanitários; limpeza periódica e regular de todas as infra-estruturas – eliminação de resíduos químicos; eliminação e coleta diferenciada. Atividade de mnutenção: • • manutenção dos istalações tecnológicas e civis manutenção das áreas de uso comum. Serviços telemáticos avançados: • • conexões e transmissões de dados (telefônicos e informáticos); gestão de serviços telemáticos. Seviços e instrumentos tecnológicos para o controle da produção, armazenamento, venda de produtos e relações entre fornecedores e clientes: • • • • • • • • • • identificação de peças e produco com sistema de radiofrequência que garantem a qualidade e a origem do produto - RFDI; individuação de target com sistemas de radiofrequência (ex.: pessoas, equipamentos, veículos, embalagens e recipientes, etc.); instrumentos de EDI - Eletronic Data Interchange (trasferimento eletrônico de documentação) e WEBEDI (trasferimento eletrônico de documentação via internet); instrumentos VASP - Value Added Solution Provider (soluções para aplicações de internet); instrumentos de controle do fluxo financeiro; instrumentos de controle da comercialização e distribuição dos produtos; instrumentos de promoção comercial; Data-Center; VOIP Voz com IP com alcance global; Global Fax com alcance global. Infraestrutura para as instalações: • Laboratórios para a inovação tecnológica, realizados seja sobre uma base de modelo "standard", seja modificados segundo a exigência de um único instalado e de sua atividade; • • • • • • escritórios, construídos de acordo com as tecnologias mais avançadas e dotadas de infraestruturas mais atualizadas; cogeração (energia elétrica e térmica); ar-condicionado; infraestrutura de rede; armazéns e outras instalações; equipamentos de produção de green energy também integrada nas estruturas. Página 17: Infraestrutura de uso comum para empresas instaladas e externos • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • reception; centro de impressão (serviço de copiadora); salas de reunião; salas para vídeoconferência; centro de convenções; seminar Rooms; teachingLabs; serviços de restaurante; estacionamento de veículolos e motos (aberto e coberto); recepção; bar e cafeteria; agências bancárias (com caixa eletrônico); correios; livrarias (autorizada também para a revenda de revistas, jornais e outros produtos editorias); transportes públicos (com conexão entre as estações de ônibus e o aeroporto mais próximo); hote; ciclovia; vias de pedestres; área verde; desk Itália para qualquer ente. Desevolvimento do território A presença do Campus Empresarial no território terá impacto de caráter econômico, laborativo e social. Em particolar, prevê-se que, no fim dos próximos 5 anos o Parque terá nas seus iniciais 40 hectares de propriedade do Campus Empresarial cerca de 100 lotes de dimensão variável, destinados prevalentemente a uma centena de pequenas e médias empresas italianas, mas as administrações locais comprometeram-se em favorecer nos próximos anos a expansão de hectares adicionais, oferecendo adicionalmente incentivos fiscais. A atividade do Campus Empresarial determinará, ainda, vários benefícios de caráter social, entre os quais: • • • • • • um forte impacto potencial sobre pequenas e médias empresas; um aumento do nível tecnológico médio da indústria no intorno; o crescimento de um aglomerado de empresas caracterizadas por uma dinâmica competitiva e inovativa – em nível global e de um ou mais "distritos de inovação e de altas tecnologias"; a melhoria qualitativa e competitiva dos setores especializadas e o crescimento de novas atividades - percursos inovativos para as políticas locais e para o marketing territoriais; uma oportunidade para a pesquisa e a inovação industrial; uma região mais competitiva, com forte característica e presença ítalo-brasileira. Página 18: Foto Página 19: O local O projeto arquitetônico do "Campus Empresarial" abrange uma área de 300 hectares, em grande parte localizada na cidade de Caxias do Sul e em menor parte no nordeste em Farroupilha. Tem uma forma quase trapezoidal, na qual o lado mais curto, no nordeste, alonga-se em cerca de mil metros; é delimitado pela auto-estrada 122 com controle de acesso, e varia entre 744 e 760 metros acima do nível do mar. O Projeto Arquitetônico O lado em direção norte-sul, que se estende ao longo da estrada municipal "Para Linha Palmeira" mede cerca de 2.500 metros, diminuindo lentamente em direção norte de 760 a 750 metros acima do nível do mar. A topografia geral caracteriza-se por áreas quase planas (geralmente utilizadas para cultivo) e declives com várias gradações descendo do lado leste ao lado oeste, formando em algumas áreas de sulcos de água de chuva. Página 20: Foto: Mapa 3D Proposta de zoneamento geral O princípio orientador do zoneamento foi definir as áreas de edificação (lotes industriais, centros de serviços, etc.) nas partes menos acidentadas do distrito (lado leste), mantendo a zona recoberta de vegetação de mata nativa, existente ao lado oeste, o mais íntegra possível. Outro princípio foi a realização por fases. Pode-se iniciar com um primeiro núcleo de lotes industriais e com um centro de serviços, enquanto fases posteriores de ampliação podem ser realizadas em tempos diversos e sucessivos sem interferir sobre o funcionamento das partes pré-existentes. O complexo é estruturado apoiando-se em uma rede rodoviária principal, de uma seção de 24 metros, que começa ao sul ao início da estrada municipal citada (ponto de acesso ao Campus) e que, seguindo em grande parte a viabilidade pré-existente, atravessa toda a área noroeste. A rede rodoviária secundária (18 metros de seção), que se colega a aquela principal, será organizada de modo a atender os vários segmentos/fases de construção e ser realizada conforme necessário. Durante a construção das áreas dos segmentos/fases colegam-se diretamente com a referida estrada municipal por meio de acessos secundários, a fim de evitar o cruzamento com os meios de construção dos compartimentos já realizados e em funcionamento e, em particular, da área destinada ao centro de serviços. A rede de distribuição interna virá diversamente dimensionada conforme a disponibilidade, seja em um ou em ambos os sentidos. O "Campus Empresarial" poderia articular mais recursos (a título esemplificativo foram indicados 8), realizáveis em fases temporais diversas sem causar impedimento para o funcionamento global. O primeiro segmento (Fase 1A e 1B) abrange uma área destinada aos lotes industriais, localizada no município de Farroupilha (1A) e na área vizinha situada na cidade de Caxias do Sul entre o anterior e o ponto de acesso ao "Campus" (1B). Essa segunda área é destinada basicamente a "centro de serviços" e, em parte, a lotes industriais. O tamanho do segmento 1A é de aproximadamente 21,5 hectares, enquanto o segmento de 1B é de aproximadamente 18,8 hectares. A identificação dos sucessivos possíveis segmentos foi feita levando-se em conta: • a previsão das dimensões “conformes” para a realização de núcleos contendo um número equilibrado de lotes para a realização de redes tecnológicas de serviços; Página 21: Foto: mapa 3D • que sua realização possam ser realizados juntamente com o delineamento da estrada principal e a essa conexas (que gradualmente poderá formar um tipo de "anel"); • que a sua implementação possa ser feita, sem interferir com os equipamento móveis necessários para a organização e a realização do cantiero, nos lotes já construídos e em funcionamento. Os segmentos sucessivos ao primeiro, individuados em primeira aproximação, e a títilo esemplificativo, serão articulados no curso do desenvolvimento successivo do Projeto “Campus Empresarial”. Fase 1A: Loteamento Industrial. O sub-setor, localizado dentro do município de Farroupilha, mede cerca de 21,5 hectares, dos quais 2,4 (11%) correspondem a áreas de proteção ambiental localizadas no extremo norte. A área é bastante plana, com exceção de uma pequena porção localizada na parte nordeste que desce íngreme de uma altitude de 744 a 724. A destinação do segmento 1A é predominantemente a lotes industriais e, mais precisamente: • • • • • lotes industriais: 145.000 m2; cruzamento de estradas principais: 9.300 m2; outras avenidas de distribuição interna: 24.700 m2; estacionamento: 4.200 m2; Áreas verdes: 31.600 m2. Foi prevista uma subdivisão em 61 lotes industriais, agregados ou subdividido entre eles de acordo com diferentes exigências. Na hipótese apresentada, ainda indicativas, 52 lotes têm um tamanho entre 1.500 e 3.000 m2 e 9 lotes têm dimensões maiores (máximo 4.500) para atender às necessidades específicas e particulares. Uma lei especial (válido para todo o "Campus empresarial" a) irá definir alguns padrões para o projeto (tipo de cercas, árvores, destinos compatíveis, tratamento de áreas livres, etc.) com objetivo de assegurar a uniformidade ao complexo, ainda que haja liberdade de escolha do projeto da parte dos arquitetos dos lotes individuais. E também prever a constituição de uma comissão especial para garantir o respeito à qualidade do projeto necessária para o sucesso do "Campus". Fase 1B: Centro de gerenciamento O sub-setor, localizado dentro da cidade de Caxias do Sul, mede aproximadamente 18,8 hectares, dos quais 3,3 (igual a 17,5%) correspondem a áreas de proteção ambiental. A área é topograficamente ondulada, variando de 736 a 756 metros. É atravessada pela estrada de acesso ao sub-setor 1A e é limitada a norte pela estrada principal que atravessa todo o"Campus". A fase 1B é destinada fundamentalmente ao centro de gerenciamento de serviços. Página 22: Foto: planta do lugar Do Campus inteiro e, em parte, do loteamento industrial. O centro de gerenciamento é o coração de todo complexo e o caracteriza com as suas funções especiais. Colocado à disposição de todo o "Campus" em posição emergente, está estruturado da seguinte forma: • • • • • • uma área para ensino, pesquisa, formação, onde são previstas salas de aula e de estudos para os docentes, laboratórios e biblioteca; área de hi-tech; área expositiva e de realização de feiras, em grande parte abertas e diretamente acessíveis ao público; auditório, à disposição para reuniões e eventos de particular relevância; área de restaurante; área de escritórios (administração, sede de associações industriais, relações nacionais e internacionais, balcão de informação, etc.) e de serviços (correio, banco, consultoria comercial jurídica e financeira, certificação da qualidade do produto, etc.). O modelo apresentado é meramente indicativo. É suscetível a alterações em relação a particulares exigências e ao estudo do impacto ambiental que deverá ser feito em um segundo momento. O segmento 1B completa-se, prvalentemente no setor norte-oeste, com uma série de lotes industriais. O destino do segmento será a seguinte: • • • • • • centro de gerenciamento e de serviços: 8.000 m2; lotes industriais: 105.300 m2; rodovias de travessia: 8.200 m2; outras vias de distribuição interna: 19.600 m2; estacionamento: 10.300 m2; áreas verdes: 36.800 m2. Foi prevista uma subdivisão em um total de 49 lotes industriais, agregados entre eles ou divididos de acordo com diferentes necessidades. Na hipótese apresentada, ainda indicativa, 43 lotes têm um tamanho que varia entre 1.500 e 3.000 m2 e 6 lotes têm dimensões mais amplas (máximo 4.500 m2) para atender a necessidades específicas. Particularmente, uma pequena série de lotes foi localizada numa área suficientemente isolada, com possível acesso direto a partir da estrada municipal, para ser destinado a laboratórios de alta tecnologia que requerem condições especiais de isolamento e de privacidade. Os projetistas O projeto é acompanhado por uma equipe da Universidade “La Sapienza” de Roma dirigida pelo Professor e Engenheiro Umberto De Martino e pelo Professor e Arquiteto Lucio Carbonara, com auxílio em Roma dos arquitetos Francesco Marchegiani, Cinzia Bellone, Cristina Volpetti, Enrica Silvestri, Giorgio Moroni, e para as atividades no Brasil pelo arquiteto Elio Trusiani. Agradecem pela colaboração: Os Professores e Advogados Paolo Carbone e Fabio Vicenzi, idealizadores e diretores do Projeto, sem os quais tudo isso não seria possível, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), o governo do Estado do Rio Grande do Sul, a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul, a cidade de Caxias do Sul, a cidade de Farroupilha, a Universidade de Caxias do Sul, o SIMECS (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul), o Ministério do Desenvolvimento Econômico Italiano, SIMEST (Sociedade Italiana para as Empresas no Exterior), ICE (Instituto Nacional para o Comércio Exterior) e Confindustria.