Síntese de atualidade econômica e empresarial Brasil

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Síntese de atualidade econômica e empresarial Brasil
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Síntese de atualidade econômica e empresarial Brasil - Ásia-Pacífico
Fevereiro / Março de 2008
Henrique Altemani de Oliveira
Grupo de Estudos Ásia-Pacífico – PUC/SP - www.pucsp.br/geap
Temas:
- Destaque: Interesses em ampliação de investimentos no setor siderúrgico
- Fundo de Cingapura pretende abrir sede no Brasil
- Mitsui amplia investimentos em torrefação
- Santista estuda produzir denim na Ásia
- Intenção de WEG de investimento na Índia
- Embraer investe em serviço de pós-vendas
- Investimento Indiano em Bioenergia
- Importação de Pescado da China
- Acordo Brasil-Vietnã sobre etanol
- Glifosato Chinês: redução de tarifa antidumping
- Mahindra oficializa sua presença no Brasil
- Presença crescente das montadoras asiáticas
- Brasil cobra do Japão a instalação de fábrica de semicondutores
- Exportação de bioaditivo de álcool para o Japão
- Interesse da Indonésia por carne bovina brasileira
- Embraer divulga primeiro cliente de jatos Phenom na Índia
- Parceria Mitsui-Petrobras em biocombustíveis
Destaque
Interesses em ampliação de investimentos no setor siderúrgico
Tata e Sinosteel
A siderúrgica indiana Tata Steel e a chinesa Sinosteel buscam investimentos em
mineração e siderurgia no Brasil em parceria com empresas locais. A Tata, quinta
maior produtora de aço do mundo, admite fazer acordos com companhias do país para
produzir aço, mas tudo depende de custos. Já a Sinosteel, trading que fornece
matérias-primas e serviços para usinas chinesas, quer encontrar jazidas minerais para
explorar minério de ferro no Brasil com sócios nacionais.
A Tata iniciou entendimentos com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) na área
de minério de ferro. A Tata leva em conta o plano da CSN de produzir 100 milhões de
toneladas de minério de ferro por ano a partir de 2012, das quais a maior parte, cerca
de 80%, irá para a exportação.
As negociações entre a Tata e a CSN, se evoluírem, poderiam incluir desde um
simples contrato comercial de compra e venda de minério de ferro até uma jointventure para exploração de novas jazidas do minério, segundo fontes do setor de
mineração.
A Tata e a CSN brigaram pela inglesa Corus há dois anos, com a indiana vencendo a
disputa. A Tata e a CSN têm, respectivamente, os menores custos de produção de
aço do mundo, segundo as consultorias World Steel Dynamics, dos Estados Unidos, e
CRU, da Inglaterra.
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Weixian Zhang, diretor-presidente da Sinosteel Brasil Metalúrgica Trading, disse que o
objetivo da empresa no país é fazer parcerias para explorar minério. O alvo da
negociação são empresas menos conhecidas no mercado e que se localizam em
estados do Nordeste, como a Bahia, e do Norte, caso do Amapá. Weixian não quis
falar em valores, mas previu que o investimento no Brasil não será pequeno. Na China,
a Sinosteel, estatal, está em processo de abertura de capital na bolsa de Xangai.
(Asiáticos buscam parcerias com grupos no Brasil, Valor Econômico, Vera Durão e
Francisco Góes, 14/03/2008)
Dongkuk Steel
A Dongkuk Steel, siderúrgica sul-coreana, informou (29/01/08) que investirá US$ 10
milhões numa sociedade com a Vale para estudar a construção de uma siderúrgica no
Brasil com capacidade de até 3 milhões de toneladas por ano.
(Valor Econômico, 30/01/2008)
Aumento do preço do minério de ferro
Vale, segunda maior mineradora e maior produtora de minério de ferro mundial,
conseguiu aumento de 65% no preço do minério em negociação com contrapartes
chinesas, japonesas e sul-coreanas. O minério de Carajás, de mais alta qualidade,
sofreu reajuste de 71%.
O valor acordado está dentro das amplas margens previstas, entre 30 e 80%, porém
não satisfez as rivais australianas da empresa, BHP Billiton e Rio Tinto, que
reivindicam aumentos superiores alegando diferencial no custo logístico da exportação
do minério. Siderúrgicas chinesas, a exemplo da Baosteel, repassarão aos
consumidores grande parte do aumento do preço do insumo. O efeito multiplicador do
aumento do preço do aço deverá ser visível nas indústrias de linha branca e demais
máquinas, nas quais o aço é a principal matéria-prima, além de impactar diretamente o
saldo comercial brasileiro.
(Demanda asiática impulsiona preço do minério de ferro, Carta da China, Ano 5, no. 35,
29/02/2008, pg. 15)
Investimentos e Empresas
Fundo de Cingapura pretende abrir sede no Brasil
O Temasek Holding, fundo de US$ 100 bilhões do governo de Cingapura, pretende
abrir um escritório no Brasil. O fundo soberano quer estar mais perto das
oportunidades para ampliar os investimentos em uma das economias emergentes que
considera mais promissoras. O GIC (Government of Singapore Investment
Corporation) e a Temasek Holdings participaram de vários IPOs (ofertas públicas
iniciais de ações) brasileiros. Equipes de bancos de investimento sediadas em Nova
York organizaram em setembro do ano passado uma viagem dos principais executivos
do GIC ao Brasil. Por três dias, os investidores assistiram a palestras com previsões
macroeconômicas e visitaram algumas empresas no Rio e em São Paulo.
(“Investimentos de Cingapura já estão no País”, Valor Econômico, Tatiana Bautzer,
22/01/2008; “Fundo de Cingapura abre sede no Brasil”, Valor Econômico, 28/01/2008)
Mitsui amplia investimentos em torrefação
A Mitsui alimentos investiu R$ 15 milhões na ampliação de sua torrefadora, instalada
em Araçariguama (SP). A fábrica começou a operar em 30/01/2008, com capaidade
mensal de 3,6 mil toneladas mensais.
Santista estuda produzir denim na Ásia
A Santista Têxtil, associada à empresa espanhola Tavex, começou a avaliar a
possibilidade de começar a produzir denim na Ásia. Ainda não foram definidas a data
nem o país que poderá abrigar uma unidade fabril. A Santista está apostando na
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produção de denim de maior valor agregado por conta da quase inexistente
concorrência com o tecido produzido na China, que fabrica denim básico.
(“Santista estuda produzir na Ásia”, Valor Econômico, Patrícia Nakamura, 28/01/2008)
Intenção de investimento na Índia
A WEG prevê para ainda neste ano o estabelecimento de uma fábrica na Índia. Desde
2004, a WEG possui uma filial de distribuição e comercialização na Índia e há pelo
menos um ano vem comentando sobre a intenção de adquirir ou mesmo construir uma
planta industrial naquele país, pela forte demanda. Sem maiores detalhes, a empresa
diz que a intenção seria uma indústria para produção de motores e geradores.
(WEG confirma intenção de ter unidade na Índia, Valor Econômico, Vanessa
Jurgenfeld, 20/02/2008)
Embraer investe em serviço de pós-vendas
A Embraer, que desde 2002 possui uma 'joint-venture' para fabricar aviões com a
chinesa Aviation Industries of China (AVIC II) em Harbin, no norte da China, anunciou
que está aumentando o investimento na China. Além da previsão da crescente
demanda chinesa por aviões de médio e grande porte, os atuais investimentos estão
mais concentrados em serviços pós-venda e na ampliação do estoque de peças de
reposição.
A China representa 15% do faturamento da Embraer, o terceiro maior mercado para a
companhia – que também controla a empresa portuguesa OGMA (Oficinais Gerais de
Material Aeronaútico) - logo depois dos Estados Unidos e da UE.
(Embraer aumenta investimento na China, MacauHub, 18/02/2008)
Investimento Indiano em Bioenergia
Dois grandes grupos indianos devem anunciar, na próxima semana, investimentos
para produção de biocombustível no Brasil, durante visita do ministro do
Desenvolvimento, Miguel Jorge, à Índia. O anúncio, aguardado pelo governo brasileiro,
faz parte do esforço do ministro para trazer ao campo dos negócios a forte
aproximação política entre os dois governos. Quase um ano após a visita do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova Déli, os empresários brasileiros, mesmo os
que farão parte da comitiva do ministro, ainda estão na fase de sondagem do mercado
indiano.
A timidez dos empresários brasileiros em relação à Índia pode ser explicada por
incertezas sobre o mercado local (idioma, fornecedores, hábitos de consumo, leis e
tributos muito diferentes), somadas ao atraso na aprovação, pelo Congresso brasileiro,
do acordo de redução de tarifas de importação assinado em 2004 entre os dois
governos.
O acordo, que aguarda há quatro anos aprovação no Senado, é tímido, com pouco
mais de 400 mercadorias de cada lado, na maioria com redução de menos de 20%
nas tarifas de importação. No entanto, sem a aprovação, os indianos não querem falar
em ampliação da abertura comercial.
Miguel Jorge, em palestra aos indianos, deve lembrar que já há 33 companhias
indianas com sociedades no Brasil, quase metade delas no setor farmacêutico. O
governo brasileiro quer estimular associações especialmente no campo da bioenergia
e agronegócio. O ministro falará também das possibilidades no setor automotivo e de
tecnologia da informação.
(País atrai Índia para investir em bioenergia, Valor Econômico, Sérgio Leo,
20/03/2008)
Importação de Pescado da China
A importação de pescados da China pelo Brasil aumentou de forma acentuada em
2007, e a tendência é de incremento ainda maior se considerado o volume importado
somente em janeiro último, equivalente a um terço do total apurado no ano passado.
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De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as importações
brasileiras de pescados da China somaram US$ 7,38 milhões em 2007, 15 vezes mais
que em 2006 (US$ 478,5 mil). Em janeiro de 2008, as compras somaram US$ 2,04
milhões.
A importação de pescados da China foi permitida depois de um acordo bilateral
assinado em dezembro de 2004, pelo qual o Brasil abriu mercado para envoltórios
naturais (tripas) de suínos e para pescados (peixes marinhos e filés de peixes
marinhos de pesca extrativa, polvos, lulas e calamares) de origem chinesa, enquanto
os chineses se comprometeram a comprar suínos e frangos do Brasil.
O que chama a atenção dos empresários brasileiros é a rapidez com que os chineses
entraram e ocuparam espaço depois que a porta foi aberta, e o fato de suas vendas
envolverem filés congelados de pescados similares aos capturados na costa brasileira.
A maior parte das importações é formada por filés congelados, similares à pescada,
abrótea (espécie semelhante ao bacalhau) e pescadinha.
Embora a tendência seja de crescimento, a presença chinesa ainda não é significativa.
Há, hoje, 25 frigoríficos chineses habilitados a exportar pescados ao Brasil, sendo
impedida a importação da área de aqüicultura, que envolveria peixes de cativeiro
como a tilápia. Este segmento, ainda em desenvolvimento no Brasil, tem na China um
dos players de maior competitividade.
(Cresce importação de pescado chinês, Valor Econômico, Vanessa Jurgenfeld,
22/02/2008)
Acordo Brasil-Vietnã sobre etanol
O Brasil pretende atuar em parceria com o Vietnã na produção de etanol. O protocolo
de intenções foi firmado durante a visita do Ministro das Relações Exteriores do Brasil
ao Vietnã. O documento conjunto prevê a cooperação em técnicas de produção e uso
de etanol combustível. Os dois paises fixaram uma meta ambiciosa: pretendem
triplicar o comércio bilateral até 2010, passando dos US$ 323 milhões atuais de hoje
para US$ 1 bilhão.
(Brasil Mira Vietnã, Valor Econômico, 29/02/2008)
Glifosato Chinês: redução de tarifa antidumping
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou redução de 35,8% para 11,7% da
tarifa antidumping aplicada sobre importações brasileiras da China de glifosato,
utilizado na fabricação de herbicidas. A medida é provisória e será revista após
término de novo estudo, liderado pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC), que estabelecerá tarifa ideal a ser aplicada sobre o insumo.
A decisão irá reduzir custos de produção de milho, soja e demais lavouras
transgênicas, uma vez que diminui significativamente preço final de herbicidas mais
utlizados nestas plantações. Estima-se que o faturamento de indústrias brasileiras
produtoras do defensivo seja de US$ 1 bilhão e a norte-americana Monsanto domina
80% da produção e comercialização no mercado doméstico.
(Brasil reduz tarifa antidumping sobre glifosato chinês, Carta da China, Ano 5, no. 35,
29/02/2008, pg. 15)
Mahindra oficializa sua presença no Brasil
Uma das maiores montadoras da Índia, a Mahindra anunciou, em 23/01/2008, sua
entrada oficial no mercado brasileiro. Os primeiros veículos com DNA indiano estão
sendo produzidos na Zona Franca de Manaus, graças a uma parceria com o grupo
nacional Bramont, que também monta motocicletas. A Bramont investiu R$ 30 milhões
na linha de montagem, com capacidade de produção de 200 unidades por mês. A
Mahindra entrou com a tecnologia, baseada em custos enxutos de produção e preços
mais baixos.
Os primeiros modelos da Mahindra começaram a chegar às concessionárias no fim do
ano passado, depois de meses de atraso. São duas picapes e um utilitário esportivo
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Os executivos da empresa descartaram a possibilidade de produzir no Brasil os
chamados veículos ultrabaratos - como o modelo de US$ 2,5 mil fabricado pela
também indiana Tata.
Segundo o presidente da Bramont, os veículos terão índice de nacionalização
(porcentual de peças nacionais no produto final) de 49%, podendo chegar a 70% nos
próximos três anos.
(Montadora indiana inicia produção no Brasil, O Estado de S. Paulo, Marianna Aragão,
24/01/2008)
Presença crescente das montadoras asiáticas
As montadoras asiáticas estão investindo no Brasil para levar uma parte - mesmo que
modesta - do mercado nacional de veículos, que é hoje um dos mais dinâmicos do
mundo. O País já tem 10 marcas de fabricantes e importadores de origem japonesa,
coreana, chinesa e indiana. Em breve, a lista vai crescer.
Depois de quase cinco anos fora do País, a Suzuki está voltando ao mercado
brasileiro. As marcas que atuam no País também estudam abrir novas fábricas. A
coreana Hyundai pode reforçar sua atuação com uma unidade própria. A japonesa
Toyota deve anunciar uma segunda fábrica no País.
No ano passado, os veículos asiáticos ficaram com 9% das vendas no País, um salto
em relação aos 5,7% registrados em 2000. A estratégia dos grupos da Ásia para o
mercado brasileiro tem sido de atuar em nichos, como o de utilitários, ou em
segmentos de carros mais caros, de baixo volume de vendas e maior retorno
financeiro.
Das dez empresas asiáticas presentes no mercado nacional, cinco são japonesas
(Honda, Mitsubishi, Nissan, Subaru e Toyota), três coreanas (Hyundai, Kia e
Ssangyong), uma chinesa (Chana) e uma indiana (Mahindra). Juntas, venderam no
ano passado 223,4 mil veículos em um mercado que comprou 2,486 milhões de
unidades, segundo a Anfavea, a associação das montadoras.
A Suzuki que saiu do país em 2003, já oficializou o seu interesse em retornar, com
previsão para o próximo semestre.
A asiática que mais cresceu foi a Hyundai, com 22,8 mil carros vendidos em 2007, só
um deles feito no Brasil, a picape HR. A produção da Hyundai no País está nas mãos
do brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono do grupo Caoa, que bancou a
construção da fábrica em Goiás. Este ano, ele quer iniciar a produção do utilitárioesportivo Tucson, o mais vendido da marca, com 15,7 mil unidades em 2007.
Paralelamente, a direção mundial da Hyundai tem divulgado que pretende instalar uma
fábrica no Brasil. Para isso, negocia com o governo brasileiro o parcelamento de uma
dívida da antiga Asia Motors, marca coreana falida comprada pelo grupo. A dívida em
impostos é avaliada em R$ 1 bi.
(Montadoras asiáticas avançam e planejam novas fábricas no país, O Estado de S.
Paulo, Cleide Silva, 18/02/2008
Brasil cobra do Japão a instalação de fábrica de semicondutores
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, cobrou em 17/01/2008 o
compromisso do governo japonês de instalar uma indústria de semicondutores no
Brasil. A promessa fez parte das negociações bilaterais que culminaram com a adoção
do modelo japonês de TV Digital pelo País, em meados de 2006. Em dezembro
passado, as transmissões digitais começaram em São Paulo. Mas, até o momento,
não houve nenhum sinal sólido de Tóquio sobre o investimento na planta de
semicondutores.
A cobrança veio no discurso de Amorim na abertura do Ano do Intercâmbio BrasilJapão, no Itamaraty, quando falou também em nome do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. E foi repetida durante seu encontro reservado com o vice-ministro de Negócios
Estrangeiros do Japão, Hitoshi Kimura. “Confiamos que a fábrica de semicondutores
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possa ser instalada no Brasil e venha a completar a nossa parceria estratégica”,
afirmou o ministro.
(Brasil cobra do Japão promessa de fábrica de semicondutores, O Estado de S. Paulo,
Denise Chrispim Marin, 18/01/2008)
Exportação de bioaditivo de álcool para o Japão
A Copesul, empresa do Grupo Braskem, fechou a primeira venda para o Japão de
ETBE (etil tercio butil éter), um bioaditivo para gasolina feito com etanol e isobuteno,
derivado de petróleo. O volume embarcado nesta semana foi de 5 mil toneladas para a
Marubeni Corporation, fornecedora da JBSL (Japan Biofuels Supply), cooperativa de
serviços das operadoras de combustíveis japonesas.
Paulo Moretti, da Copesul, esclarece que, por enquanto, o negócio com o Japão foi
uma venda spot. Mas, o Japão deve aumentar sua demanda pelo produto em 2009.
"Esta é a primeira importação que os japoneses fazem de ETBE produzido na América
do Sul. O país está iniciando seu programa de inclusão de biocombustíveis na matriz
energética e vem utilizando importações experimentais de ETBE", resume o executivo.
(Japão importa bioaditivo de álcool brasileiro, Gazeta Mercantil, Fabiana Batista,
20/02/2008)
Interesse da Indonésia por carne bovina brasileira
Pressionada pela alta dos preços da carne bovina no mercado internacional - em parte
em decorrência da menor oferta do Brasil -, a Indonésia prospecta o produto brasileiro.
O ministro da Agricultura do país, Anton Apriyantono, encontrou-se, em 11/03/2008,
com o ministro brasileiro, Reinhold Stephanes, e disse que o país precisa "muito da
carne bovina do Brasil".
A autoridade indonésia disse que o país "tem uma política de mercado aberta, mas
sempre que o exportador esteja de acordo com as questões sanitárias". A Indonésia
só compra carne proveniente de animais abatidos no método Halal, uma exigência da
religião muçulmana praticada no país.
O país asiático - que precisa importar 50 mil toneladas de carne in natura - tem
comprado da Nova Zelândia, país que ocupa espaço deixado no mercado pela
Austrália. Os preços, contudo, são elevados, devido ao mercado aquecido. Além da
carne, a Indonésia tem interesse na soja e açúcar brasileiros.
(Indonésia prospecta carne bovina brasileira, Valor Econômico, 12/03/2008)
Embraer divulga primeiro cliente de jatos Phenom na Índia
A Embraer divulgou a assinatura de um contrato com a Aviators India Pvt. Ltd., uma
empresa indiana que fornece serviços para aviação executiva, para a compra de dois
jatos executivos Phenom 100, no valor total de US$ 5,96 milhões, referido a preços de
tabela. Este pedido, anunciado no Extravaganza Mumbai 2008, realizado nos dias 22
e 23 de fevereiro, na Índia, já está incluído na carteira de pedidos firmes da Embraer.
As entregas estão programadas para começar em 2009.
Parceria Mitsui-Petrobras em biocombustíveis
A Petrobras deu ontem o primeiro passo para criação de sua subsidiária na área de
biocombustíveis: assinou com a sua sócia, a trading japonesa Mitsui, a documentação
necessária para a constituição da empresa.
Cada empresa terá uma participação de 50% na nova companhia. A subsidiária será
focada em novos projetos de bioenergia, especialmente nos de álcool destinados ao
abastecimento do mercado japonês.
Outro foco da empresa será a geração de energia elétrica a partir do bagaço da canade-açúcar.Os novos projetos terão como foco o atendimento à futura demanda
japonesa de etanol.
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Batizada de Participações Nippo Brasileira em Complexos Bioenergéticos, a empresa
já nasce com um portfólio de projetos analisados, a maior parte de investidores
brasileiros do setor sucroalcoleiro.
(Petrobras e Mitsui fecham parceria em biocombustível, Folha de São Paulo, Pedro
Soares, 14/03/2008)
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