PROJETO DE PRODUÇÃO INTEGRADA MANDALLA

Transcrição

PROJETO DE PRODUÇÃO INTEGRADA MANDALLA
PROJETO DE PRODUÇÃO INTEGRADA MANDALLA
MÓDULOS I e II
Filosofia e Montagem da Mandalla, Plantio, Adubação, Defensivos
Alternativos, Tecnologias Sociais, Manejo de Pequenos Animais, Nutrição
Básica, Alimentação Alternativa, Verticalização da Produção
Lavras da Mangabeira
Junho - 2012
Filosofia e Montagem da Mandalla
1 - A Filosofia Processual
O Processo de Desenvolvimento Holístico Sistêmico Ambiental adotado pelo PROJETO
MANDALLA é um dos exemplos de integração permacultural orientado pela busca da Qualidade
de Vida aliada a Produtividade Econômica e ao Equilíbrio Ambiental com Qualidade,
Produtividade, Responsabilidade Social e Exercício de Cidadania.
O Sistema MANDALLA busca contribuir para o resgate da dignidade das famílias, facilitando
ações necessárias a uma melhor oportunidade de vida em seu habitat. Através do trabalho, da
educação, da alimentação e da renda, as pessoas podem perfeitamente viver e produzir da sua terra
como seus antepassados faziam, adequando-se à modernidade.
Com base em um criterioso planejamento de uso de recursos, em obediência aos princípios
universais da permacultura, a racional distribuição das fontes energéticas, a Mandalla possibilita
através de um atendimento educativo-produtivo-sistêmico, o desenvolvimento orgânico de
autossuficiência alimentar das mais diversificadas culturas, vegetais e animais para tanto projetadas:
legumes, tubérculos e hortaliças; leite, carnes e peixes; frutas, cereais, ornamentais, reflorestais,
abelhas, fitoterapia com plantas medicinais etc, além da reorganização orientada do conhecimento e
tradições já existentes, como forma de aproveitamento de suas potencialidades, direcionando-as, em
um primeiro plano, para a autossuficiência alimentar da família rural envolvida, tornando cada
UPFR - Unidade de Produção Familiar Rural - peça fundamental da estruturação de uma arquitetura
de resgate da dignidade humana, através do trabalho organizado em cada ambiente que convive.
Esta sistemática de trabalho, devidamente motivada pelo conhecimento, conduz ao raciocínio de
que a desinformação é a maior das pragas até então já existentes, única responsável pelos processos
crescentes de pobreza e miséria, a escravizar e condenar mais e mais populações, desestabilizando
economias, tradições e costumes, desertificando campos e nossas florestas, desestruturando toda
sociedade.
O manejo capacitivo e profissionalizado de uma área semente produtiva, de baixo custo
operacional, é validado pela adequação de conhecimentos técnicos – científicos disponibilizados e
aliados ás práticas decorrentes de tecnologias apropriadas, em respeito aos usos, costumes e
tradições de cada ambiente, na melhor definição de: Sabedoria.
Satisfazendo as necessidades básicas alimentares de uma família rural, normalmente constituída por
cinco pessoas, nossos processos viabilizam o surgimento alternativo de uma infinidade de
empreendimentos produtivos e integrados ao meio ambiente, gerando emprego e renda em
comunidades interioranas, contribuindo para a diminuição de êxodos rurais, desmatamento e
degradação, possibilitando a reestruturação econômica, social e ambiental dessas regiões. A partir
das oportunidades produtivas locais, com soluções simples, fáceis, de baixo custo e em curto espaço
de tempo, o processo contribui como gênese para a implementação de um processo associativo de
agroindústrias multiparticipativas derivadas, garantidoras de nichos mercadológicos em um
mercado justo.
A busca de metodologias simples e de efeitos amplos, que são possíveis de viabilizar de forma
constante e crescente o ansiado resgate da dignidade humana em uma comunidade, leva a aplicação
de princípios racionais produtivos e a utilização das potencialidades locais, possibilitando o
2
atendimento das necessidades primárias dos envolvidos no seu próprio ambiente de vida.
A holística da adequação desta visão estratégica de ver e querer fazer, está configurada pela
capacidade adquirida através da execução do saber fazer. O facilitar fazendo, acontecerá com coisas
certas, de uma forma certa, com as pessoas certas e... No tempo certo.
Todo este processo pode ser iniciado a partir de uma área semente, de ¼ de hectare da propriedade
envolvida, normalmente ao fundo do quintal: 2.500 m² ou 50 m x 50 m, semente Mandalla,
evoluindo com o tempo, de uma forma satisfatória de crescimento, a partir da evolução
multiplicativa dos seus nove círculos de distribuição de água, organizados ao redor de um
reservatório central de características côncavas, com 06 m de diâmetro, profundidade central de
1,85m e cerca de 18 a 30m³ de armazenamento, onde são criados peixes, patos, gansos e marrecos,
na melhor utilização dos conceitos permaculturais em sua integração produtiva.
2 – O que é o Processo Permacultural Mandalla?
Uma pequena área inicial possibilita o início de um sistema de organização produtivo familiar a
partir do próprio quintal da residência, na forma de sua semente, como melhor maneira de atingir
resultados compensatórios para continuidade de cada processo a custos mínimos, predispondo todos
os integrantes da família, liderados pela figura matriarcal, à um processo crescente e educativo ao
início de uma ação de empreendedorismo familiar associativa e multiparticipativa, culminando com
o envolvimento de volumes e vizinhanças.
A produção de parte dos itens necessários a satisfação das necessidades alimentares diária de uma
família de 05 pessoas, minimiza substancialmente os gastos inerentes ao item alimentação, no
orçamento familiar.
Os excedentes resultantes, com o tempo, do exercício organizado desta produção contribuem para a
inserção mercadológica das famílias envolvidas e associadas, proporcionado a reestruturação de
inúmeras oportunidades produtivas a baixo custo, tornando-as assim, as principais responsáveis
diretas pela reestruturação econômica do comércio e por conseguinte do desenvolvimento local.
Por sua vez, a semente Mandalla em área de 50m x 50m, ou seja, ¼ de hectare, é a porta de entrada
para um processo crescente de redenção social, através da implementação da excelência de um
processo compacto simplificado, ausente de desperdício produtivo e agropecuário, com
multiplicação em volumes de adesão, formador de massas produtivas em grupos, ao ponto de
alavancar a estruturação de uma rede de gerenciamento social de Mercado Justo e da
implementação futura de até 06 agroindústrias diversificadas, a partir de pequenas criações de
animais domésticos, a exemplo de: peixe, patos, marrecos, coelhos, cabras, ovelhas, vacas,codornas,
capotes, minhocas e chegando até a 450 fruteiras variadas, trazendo para a mesa da família rural
leite, ovos, peixe, carne, frutas e derivados; além da inserção da floricultura e da utilização de
plantas medicinais diversas, garantindo o sustento da Unidade Familiar com produtos
essencialmente orgânicos e, contribuindo de forma significativa para o abastecimento do mercado
local urbano, com produtos de baixo custo e origens essencialmente naturais, isentos de agrotóxicos
e e demais insumos químicos nocivos a saúde e meio ambiente, inacessíveis as populações urbanas
de baixa renda.
Estas novas opções produtivas dão margem, também ao desenvolvimento do artesanato a partir do
uso de produtos e conservas e da pele dos animais ali criados, novos materiais até então sem
emprego identificado ou inadequado.
3
Nesta área de 50 x 50 m, podem ser plantados 06 pés de fruteiras diversas, cada uma ao final das 06
linhas mestras de distribuição, os quais são irrigados por ocasião das limpezas programadas destas
linhas compostas por 06 mangueiras plásticas de 25 m de comprimento. Também poderão ser
implantados, a partir da linha terciária, derivada da linha mestra ou secundária, 48 pés de mamão,
um em cada final “cabeça” de canteiro.
A estrutura energética do nosso sistema solar é o sol. No Sistema MANDALLA, este centro
energético está irradiado no reservatário central de água, organicamente enriquecida, pela criação de
galinhas, patos, gansos e peixes e oportunamente distribuída entre as culturas, inicialmente por meio
de uma pequena bomba centrifuga de ¾ CV com capacidade de 4.000 l de água por hora (com um
custo muito baixo).
Numa estrutura de concreto, coberta, construída ao lado de reservatório, instala-se a bomba
centrífuga, responsável pela captação e distribuição da água de irrigação em toda a área de 2.500
m².
Cada uma das linhas, alimenta a distribuição de 09 círculos de mangueiras de ½”, controlando um
total de 700 micros aspersores distribuídos por grupos individuais, confeccionados a partir de hastes
de cotonetes de ouvido ou palitos de pirulito, controlados por pequenos registros de ½”,
responsáveis pela aspersão total de uma área produtiva de 1.856m² distribuída pelos 09 círculos de
configuração concêntrica.
Pendente da estrutura que segura a tubulação de adução, coloca-se uma armadilha luminosa, que se
constitui de uma lâmpada fluorescente, que ligada ao entardecer funcionará como armadilha para
insetos. Estes ao invés de irem para as plantas serão atraídos pela luminosidade, caindo na água,
além de morrerem, quebrando o ciclo reprodutivo, contribuem para alimentação das aves e dos
peixes.
Com sua autossustentação alimentar garantida as famílias assim, evitam a evasão de dinheiro para
fora da comunidade, propiciam alimentos sadios para a população em cada município, o que
contribuirá em muito para a reabilitação da economia local, criando novas oportunidades de
empreendimentos urbanos, com um possível fortalecimento ascendente no comércio local.
3. Construindo uma Mandalla
Veremos nas próximas páginas como é fácil construir uma Mandalla. Com poucos recursos e
esforço, logo você e sua família estarão trabalhando como em uma empresa, só que como donos,
produzindo alimentos saudáveis, por serem agroecológicos, garantindo o pão do dia a dia e ainda
gerando emprego e renda. É o começo de uma nova vida a construção de sua primeira Mandalla.
I.
Como Fazer o Reservatório
O reservatório é o centro de energia do processo Mandalla é nele que ficará armazenado toda a água
(de 18 a 30m³ de volume) que servirá para a irrigação da plantação, criação de galinhas, patos,
gansos e peixes, dependendo do planejamento e da realidade de cada região. A água que é utilizada
neste processo pode ser proveniente de rios, açudes, poços ou chuva, etc.
Material Utilizado:
4
 Materiais para escavação (pá, enxada, picareta, chibanca e carro-de-mão);
 09 sacos de cimento;
 27 carros de mão de areia, num traço de 1:3 (um saco de cimento para 3 carros-de-mão de
areia);
 Tela de galinheiro (opcional dependo do terreno);
 Tijolos furados- 150 unidades (para a borda da calçada do perímetro do reservatório).
Como Fazer Passo a Passo:
Marca-se, com dois estacotes de madeira amarrados em uma corda, a partir do centro do terreno
num raio 3,00 m e traça-se um círculo;
DESENHO DA MANDALLA
Detalhes da marcação do terreno para escavar reservatório
Escava-se nesta área circular definida, iniciando da borda para o centro, em fatias de 50 cm,
aprofundando-se em camadas sucessivas de 50 cm, até atingir uma profundidade, no centro do
cone, de aproximadamente 1,85 m; Detalhes do Perfil do reservatório
5
Detalhes da marcação para escavação do reservatório
Depois da escavação atingir a profundidade desejada, no fundo e no centro do reservatório,
procede-se o corte para a regularização do gradiente do talude interno, para em seguida promover a
suavização do mesmo de forma concava, para não deixar cantos e concedo-lhe um formato de cone
invertido.
Detalhes escavação do reservatório
6
Na borda do reservatório será construída uma calçada com aproximadamente 50 cm de largura. Na
parte externa da calçada, circulado-o construiremos uma mureta, com de tijolos de oito furos “ a
galga”, para contenção da água e dar suporte às aves ao saírem e adentrarem ao mesmo.
Detalhes marcação e construção da borda do reservatório
Caso o terreno não tenha muita resistência (arenoso), revestiremos o reservatório com a tela de
galinheiro, tendo o cuidado em trançar, entre si, cada peça colocada;
Detalhes do revestimento do reservatório com tela
7
Rebocaremos o reservatório, a borda e, a calçada com uma argamassa de areia e cimento no traço
1:3( um saco de cimento para 03 carros-de-mão de areia). Esta operação deve se iniciar e ocorrer
no segundo expediente e de forma continua até o final, com o objetivo de evitar emendas que
venham causar vazamentos e, serem seguidas da noite para ajudar na cura do cimento.
Detalhes do reboco do reservatório
Na manhã seguinte, após a cura (secagem) do cimento, faremos a impermeabilização do
reservatório, utilizando-se de uma mistura de cimento e cola branca comum, em duas demãos. Na
primeira demão aplicaremos a mistura na proporção de, 1,0 litro de cola para 20 litros de água e
aplicada no sentido horizontal, na segunda, a proporção será de 1,5 litros de cola para 20 litros de
água e aplicado no sentido vertical. A aplicação será no reboco, com o auxílio de uma brocha.
Após a aplicação e a secagem do impermeabilizante no reservatório, iniciaremos aplicações de
irrigações da superfície impermeabilizada, em intervalos de 3 em 3 horas, durante 7 dias. Neste
processo, o excedente de água que ficar acumulada no fundo, deverá ser esgotado diariamente até o
4° dia e, somente após este período, deveremos deixar a água acumular até o enchimento total do
reservatório.
8
Ao redor do reservatório, num raio de 2,0 metros, construiremos um cercado com tela de galinheiro
ou madeira, área que será utilizada como proteção do reservatório e abrigos para criação das aves.
Detalhes da área de proteção do reservatório e das instalações para as aves
II. Como Instalar a Bomba Centrifuga e Montar as Conexões de Distribuição Radial.
O sistema de distribuição é formado de uma bomba centrífuga e, das conexões de distribuição dos
seguimentos em cada delta, que servirão para alimentar as linhas mestras do sistema de irrigação da
Mandalla.
Detalhe montagem motor e saída para tubulação primária
Material Utilizado:







Uma moto bomba centrifuga de ¾ de CV, monofásica de 450W;
02 T's rosqueados de 1”
02 niples 1” rosqueados
02 Adaptadores de 1”p/ ¾” mangueira
01 bujão de 1”
01 vara de cano de ¾”
06 T ¾” saída para mangueira;
9











01 Válvula de retenção de ¾”
06 Registros de poli de ¾”
25 m de mangueira de ¾”;
01 cruzeta de ¾ rosqueada,( se houver substitui os 2 T's rosqueados)
01 curva de ¾ 90°;
Arame número 16;
Um disjuntor de 10A;
Uma lâmpada de 20 Watts com bocal impermeável (armadilha luminosa);
Uma chave liga desliga para lâmpada;
10,00 m de fio duplo;
Uma fita isolante;
Como Fazer Passo a Passo:
Instala-se o motor bomba sobre uma estrutura de apoio, ao lado da porta de entrada do reservatório.
Inicia-se a instalação a partir do motor, com a colocação da cruzeta e adaptadores ou das conexões
substitutas(T's e niples). Em seguida instala-se a tubulação (cano) de adução com a válvula de
retenção. A Tubulação (mangueira) de distribuição primária de ¾”, será instalada a partir da cruzeta
de ¾ ” ou das conexões substitutas e, circundará o reservatório. Em seguida abre-se uma pequena
vala distando +/- 20cm da borda do reservatório circundado-o, com profundidade de +/- 25cm,
onde a tubulação primária de ¾ ” será enterrada, após a instalação dos 06 T's de derivação, dos
quais sairão as tubulações secundarias, compondo as linhas mestras, que distribuirão água para os
deltas da Mandalla.
Depois de instalar as tubulações para as 06 linha mestras, e logo após a ultrapassagem da cerca que
delimita a área das aves, será implantado, em cada linha, um registro de ¾” que permitirá a
independência no controle da irrigação dos deltas.
Obs. Em todas as conexões devemos amarrar as mangueiras com arame, para evitar vazamentos.
Fazer a ligação do fio da bomba ao disjuntor que está ligado à fonte de energia tomando o cuidado
de deixar o fio e o disjuntor protegido de chuva e isolado com o auxilio da fita isolante;
III. Como Montar Cada Linha de Distribuição do Sistema Mandalla
A partir dos registros, as linhas mestras de distribuição secundárias são compostas de 6 segmentos
de mangueira de ¾” com 25 m de comprimento cada, distribuídas na radial de divisão dos deltas,
em ângulo de 60° uma da outra .
Estas linhas secundárias serão responsáveis pela distribuição da água para os 09 círculos de
irrigação (tubulações terciárias) do Sistema Mandalla. Estes círculos estão qualificados em três
funções: os três primeiros - Qualidade de Vida, os quatro seguintes - Produtividade Econômica e o
ultimo - Equilíbrio Ambiental.
De cada linha secundária sairão, através de T's de ¾” com saída para ½”, as linhas de tubulação
terciárias com ½” de diâmetro,onde será instalado 01 registro de ½”, responsáveis pela condução e
distribuição da irrigação através de aspersores artesanais feitos de cotonetes ou palitos de pirulitos,
nos 09 segmentos de canteiros de cada delta da Mandalla.
10
Material Utilizado:
 06 segmentos de mangueira de ¾” de diâmetro e 25,00 m de comprimento cada;
 Arame número 16 ou 18 para amarrar as mangueiras;
 09 segmentos de mangueira de ½ “de diâmetro, de tamanhos variados conforme o
comprimento de cada segmento de canteiro;
 09 T's de ¾” com saída para ½ ”
 09 registros de ½ “.
Como Fazer Passo a Passo:
Encaixar em cada T de ¾” da linha primaria uma mangueira secundária de ¾. de diâmetro, com
25,00 m de comprimento, a qual será secionada logo após a cerca de limite das aves, para a
colocação do registro de ¾ ” , seguindo daí até o final dos canteiros.
Amarrar as todas as conexões com arame para evitar vazamento;
Fechar as pontas de cada mangueira, apenas dobrando-as e amarrando-as com um pedaço de arame
ou da própria mangueira vazada, no final de cada linha.
IV. Como Fazer os Microaspersores
Os microaspersores são utilizados para distribuir racionalmente a água, estando encaixados nas
mangueiras distribuídas nos 9 círculos do sistema Mandalla para irrigação das culturas.
Material Utilizado:





Cotonetes de ouvido ou palitos de plásticos de pirulitos;
Uma vela ou qualquer outro instrumento que possa queimar;
Faca e canivete amolados ou estilete;
Alicate, para pressionar a ponta do cotonete após o aquecimento;
Pedaço de arame cozido ou galvanizado Nº 18.
Como Fazer Passo a Passo
 Pegar uma haste de plástico (cotonete ou palito de pirulito) e, com o auxílio de uma vela,
esquentar uma das pontas até um leve amolecimento;
 Depois com a ajuda de um alicate, pressionar a ponta do palito já amolecido, até vedar;
 Teste se há vazamento, soprando na extremidade ainda aberta;
 Por fim, introduza o arame n°18 dentro do cotonete ou palito de pirulito, até esbarrar na parte
vedada, fazendo em seguida um corte transversal próximo à ponta que foi vedada, até tocar no
arame, para fazer então o microaspersor. Desta forma o arame servirá para padronizar o corte
dado no material.
11
Detalhes confecção aspersores e instalação
Obs. Também pode ser utilizado fio de cadeira, conhecido por macarrão.
V. Como Montar os Círculos de Irrigação ( tubulação terciária) do Sistema Mandalla
O sistema Mandalla é composto por 9 círculos de irrigação, tubulação terciária, seguindo o modelo
do sistema solar, podendo ser aumentado o número dependendo da potência da bomba que distribui
a água através das linhas de distribuição. Os círculos de irrigação do sistema têm a finalidade de
alimentar com água as culturas que neles serão produzidas.
Círculos de Irrigação
Este sistema é composto por nove círculos circunscritos ( C1,C2,C3,C4,C5,C6,C7,C8 e C9) com
tubulações terciárias de ½” derivadas e alimentadas pelas 06 linhas mestras ou tubulações
secundárias.
C1 – Mercúrio C4 – Marte C7-Urano
C2 – Vênus
C5 – Júpiter C8-Netuno
C3 – Terra
C6 – Saturno C9-Plutão
Material Utilizado, para cada circulo:
 Mangueira de ½” (16 mm) de diâmetro;
 6 registros de ½” (16 mm) de diâmetro;
12
 6 T's de ¾”. de diâmetro com saída de ½”. (16mm);
 Microaspersores de cotonetes ou palitos de pirulitos, instalados a 80 cm entre si, a partir do
primeiro piquete;
 Piquetes de madeira com 50 cm de comprimento cada, que serão instalados a 1,0m entre si;
 Arame n°18 para a fixação nos piquetes.
Como Fazer Passo a Passo:
A partir da tubulação secundária, na altura da “cabeça” de cada circulo saindo do T de ¾” de
diâmetro e saída de ½”, conectamos a tubulação terciária de ½”, e a uma distância de
aproximadamente 30 cm da extremidade do T da linha mestra, conectamos um registro de ½”(16
mm) de diâmetro; Detalhe da saída da tubulação secundária para terciária com registro.
Quando a tubulação terciária do círculo, atingir a linha seguinte de divisão do delta, cortá-la, e
fechar a extremidade da mangueira dobrando-a e enlaçando-a com arame ou um pedaço vazado da
mesma.
Detalhe do fechamento da tubulação
Repetir a ação para todas as 6 linhas.
13
Fixar os piquetes a cada 1,00 m de distância um do outro. Amarrar as mangueiras aos piquetes com
arame;
Conectar os microaspersores ao longo de todo o círculo a uma distância de 80cm cada, utilizando-se
para isso de um vazador (prego ripal) de forma que, os microaspersores fiquem bem presos as
mangueira do círculo. Tubulações terciárias e aspersores
Depois destes passos, testar se as conexões se estão bem presas e os microaspersores estão bem
conectados, verificando se toda a tubulação não apresenta nenhum vazamento.
Obs. Amarrar todas as conexões, T's e válvulas com arame para evitar vazamentos.
Técnicas de Plantio
Locais Para Plantar
Deve-se dar preferência a áreas com solos de textura média (areno-argilosos). Os solos argilosos ou
barrentos são difíceis de serem trabalhados. Os solos muito arenosos, além de menos férteis e
secarem rapidamente, são facilmente lavados e arrastados pelas águas das chuvas. Solos muito
barrentos ou muito arenosos podem ser corrigidos com a aplicação maciça de matéria orgânica. As
terras turfosas de baixada, além de geralmente encharcadas e de difícil drenagem, são normalmente
muito ácidas.
As melhores terras são as de textura média, boa drenagem, fraca acidez e boa fertilidade. Uma
ligeira inclinação do terreno facilita o escoamento das águas.
Escolha das Espécies
Cada espécie de hortaliça tem suas características próprias.




Algumas são cultivadas em épocas quentes, outras nas épocas de clima ameno,
outras em épocas de pouca chuva.
Algumas precisam de tutoramento, amarração e desbrota, e outras, não.
Algumas necessitam de preparos especiais de terreno como melhor destorroamento do solo nos
canteiros.
14
Escolha de Variedades
As hortaliças de folhas e raízes desenvolvem-se melhor em condições de temperatura amena,
enquanto as de frutos produzem melhor em temperaturas mais baixas, como couve e repolho, e
outras, como tomate, suportam temperaturas de 30 a 35ºC, mas a frutificação é bastante afetada.
Outro fator climático que afeta o desenvolvimento das hortaliças é o fotoperíodo, ou seja, números
de horas com luz natural/dia. Este fator influi especialmente na floração e na formação dos bulbos e
tubérculos.
Escolha do Terreno e Construção dos Canteiros
A escolha da área e o bom preparo do solo asseguram o bom desenvolvimento das plantas e
compreende diversas práticas.
Escolha dá área: Buscar terrenos de topografia plana, preferencialmente próximo a residência, com
disponibilidade de água e energia elétrica, não passíveis de encharcamento ou inundação. As terras
encharcadas dificultam a germinação das sementes e o desenvolvimento das plantas, pois o excesso
de umidade pode causar apodrecimento das raízes;
Limpeza: Escolhido o local, o primeiro trabalho é limpar o terreno capinando ou roçando toda a
vegetação, selecionando a que deva ser preservada, amontoando-as em pontos estratégicos, pois
serão utilizadas nas fundações dos canteiros.
Detalhe da limpeza da área e amontoo do material para canteiros
15
Construção dos Canteiros: Os canteiros serão escavados, a partir do circulo limite da área
reservada às aves, logo após a cerca de proteção do reservatório, ao longo das linhas de divisão dos
06 deltas . Cada canteiro deverá ser escavado, com 1,70 cm de largura na base, em camadas de 20
cm dispostas uniformemente ao lado do canteiro, até uma profundidade de 50 cm. Em seguida será
preenchido com material vegetal emanente do roço e complementado se necessário até a borda, daí
coberto com o solo proveniente da escavação retornando as mesmas camadas. Detalhes da
escavação e enchimento dos canteiros
Confecção das Pilhas Compostagens- Para cada bloco de três canteiros, deveremos confeccionar,
sobre um deles, uma pilha de compostagem durante a implantação e, depois, anualmente,
preferencialmente no período das chuvas.
Detalhes confecção da pilha de compostagem
16
Sementeira: É o local próprio para a produção de mudas. As sementes de hortaliças são geralmente
muito pequenas e necessitam de boas condições para germinar. As sementes devem ser preparadas
com um bom revolvimento, destorroamento e adubação com esterco, incorporação de matéria seca
e o adubo orgânico previamente preparado, para isso podemos fazer uso de copinhos de jornal ou
palhas, bandejas de isopor, copos descartáveis, embalagens de plástico ou papel, em fim existem
muitas alternativas a serem utilizadas.
Sementeira auto irrigável
17
Sistemas de Plantio
Existem dois sistemas de plantio de hortaliças: o direto e o de transplantio. O primeiro é o plantio
ou semeadura direta no local definitivo onde a planta desenvolverá todo o ciclo até a colheita. O
segundo consiste na produção prévia de mudas para posterior transplantio desta vez para o local
definitivo, onde a planta completará o seu ciclo até a colheita.
Na prática, a maioria das espécies de hortaliças podem ser plantadas diretamente no local definitivo
ou transplantadas. A produção de mudas propicia a seleção das melhores plantas a serem
transplantadas, assegurando melhores condições de desenvolvimento, desde a fase inicial das
plantas, melhor uniformidade do stande, vigor e menor gastos por ciclo.
Alguns exemplos:
1. Plantio direto em canteiros: Abobrinha, agrião, almeirão, beterraba, cenoura, coentro, ervilha,
feijão vagem, nabo, rabanete, rúcula, salsa, pepino, quiabo. Estas espécies podem ser plantadas
também em pequenas covas em terreno plano.
2. Transplantio em canteiros: Alface, aspargo, alho-porro, Banana, cebola, cebolinha, chicória,
couve- chinesa, couve-flor, repolho, espinafre,pimenta, pimentão, tomate . Em áreas grandes,
cebola, couve, couve-brócolos, couve-de-bruxelas; couve-flor, e repolho podem ser transplantados
em sulcos em terrenos planos.
3. Plantio direto em covas em terreno plano: Abóbora, abacaxi, banana, mamão, manga maxixe,
melão, moranga e outras arvores.
Produção de Mudas
1. Em sementeiras ou caixas: Tanto em sementeiras quanto em caixas, a distribuição de sementes
deve ser uniforme; em sulco, observar a distância de 10 cm umas das outras e a profundidade de 1,0
a 2,0 cm. A cobertura das sementes é feita com terra ou esterco peneirado. Cobrir a sementeira ou
caixa com pano saco de estopa ou palhada. Devem-se fazer irrigações diárias com jato bem leve
para que as gotas d‘água não enterrem demais as sementes. Quando as plantas começarem a
germinar, retirar a cobertura.
2. Em copinhos de jornal: Primeiramente são confeccionados copinhos de papel-jornal com 5,0 a
7,0 cm de diâmetro e 7,0 a 10 cm de altura. Estes copinhos são cheios com uma mistura, em partes
iguais, de terra e adubo orgânico e um condicionador de umidade, que pode ser vermiculita ou casca
de coco triturada ou outro tipo. Após, cheios, eles devem ser arrumados no solo ou em caixas. Em
cada copinho semeiam-se 3 a 4 sementes. Quando as plantas estiverem emitindo as primeiras folhas
definitivas, faz-se o raleamento, deixando-se uma ou as duas mais vigorosas. O transplantio para o
local definitivo é feito quando as mudas estão com 4 a 5 folhas definitivas e mais ou menos 10 cm
de altura. Não há necessidade de retirar o papel do copinho. Esse sistema facilita o transporte, o
transplantio e o pegamento das mudas. Podem ser semeadas em copinhos as seguintes espécies:
berinjela, couve, couve-brócolos, couve-de-bruxelas, couve-flor, couve-chinesa, espinafre, jiló,
melancia, melão, moranga, pepino, pimenta, pimentão, repolho e tomate. Para a confecção dos
copinhos, usam-se, como formas, garrafa, latas de refrigerantes ou pedaço de tubo de PVC feito
com uma ponta em bico de gaita. Podemos utilizar na mesma forma copos plásticos, sendo que
estes devem ser retirados ao ser feito o transplantio ao local definitivo.
18
Detalhes confecção de copinhos de jornal
3. Em bandejas de isopor: Consiste na semeação em bandejas de isopor apropriadas, cujas células
são preenchidas com um substrato que pode ser semelhante ao dos copinhos de jornal.
Detalhes de bandejas
4. A bandeja pode ser encontrada à venda em casas especializadas em produtos para agricultura. O
sistema tem as mesmas vantagens do copinho de jornal e, desde que manuseada com cuidado, a
bandeja pode de ser reutilizada várias vezes. Na bandeja de isopor podem ser semeadas as mesmas
espécies indicadas para o copinho de jornal, observando-se o tamanho das células, que deve ser
adequado ao porte da muda. Nos três sistemas, as mudas devem receber todos os cuidados,
principalmente a irrigação desde a semeação até o transplantio.
5. Transplantio: Consiste no plantio das mudas no local definitivo. Deve ser feito quando as mudas
estão com 5 a 6 folhas definitivas, 8 a 10 cm de altura. Não se recomenda a poda das folhas ou das
raízes antes do transplantio. O transplantio deve ser feito em dias chuvoso ou nublado, ou durante as
horas mais frescas, principalmente no fim da tarde, para garantir melhor pegamento. Em
sementeiras, uma irrigação abundante antes do transplantio facilita o arranque das mudas. Devem
ser transplantadas somente as mudas sadias e vigorosas. No local definitivo, as mudas devem ser
enterradas até a profundidade em que se encontravam na sementeira, copinho de jornal ou bandeja,
com cuidado para não cobrir a gema.
6. Tratos Culturais: Para o bom desenvolvimento das plantas é necessária a execução de diversos
tratos culturais, descritos a seguir. Todas as operações devem ser executadas na época certa e com
todo o cuidado.
 Raleamento: é feito na cultura de hortaliças de semeação direta, tanto nas covas quanto no
19





canteiro eliminando as plantas menos desenvolvidas e deixando um espaçamento adequado
entre as plantas remanescentes. Na produção de mudas em copinhos ou bandejas de isopor
também se faz o raleamento, para deixar uma ou duas, as mais vigorosas, em cada copinho ou
célula;
Desbaste: é feito para eliminar o excesso de frutificação e os frutos defeituosos, para permitir
maior e melhor desenvolvimento dos frutos que são deixados. Recomendável no caso do tomate
tipo salada, melão e melancia;
Estaqueamento: é feito para algumas hortaliças, para evitar o seu crescimento em contato com
a terra, facilitar a aeração e insolação e evitar quebra de ramos, tais como: Fava, feijão vagem,
pepino, tomate, pimentão e berinjela;
Amarração: consiste em amarrar as plantas nas estacas, para a sua melhor fixação. É feita em
culturas com pepino e tomate;
Desbrota: é a eliminação dos brotos que saem das axilas das folhas (galhos ladrão) ou na haste
de algumas espécies, como couve, berinjela, pimentão e tomate;
Amontoa: consiste em chegar mais terra junto às plantas, para melhorar sua fixação ao solo e
evitar que tubérculos como batata, beterraba e cenoura se desenvolvam fora da terra, expostos
ao sol. É feita em alguns casos no cultivo de berinjela, pepino, pimentão e tomate.
7. Irrigação ou Rega: As hortaliças só se desenvolvem bem quando a terra é mantida sempre
úmida. A frequência e o volume da água a aplicar dependem das condições do solo, clima e estado
de desenvolvimento das plantas. De modo geral, logo após a semeação e transplantio são
necessárias irrigações diárias. Para hortaliças do grupo das folhas, como alface, almeirão, agrião,
chicória, coentro, couve, repolho, espinafre, salsa e outras, é aconselhável irrigar diariamente
durante todo o ciclo, para obter folhas tenras. Para hortaliças como abobrinha, berinjela, jiló, pepino
e tomate, à medida que as plantas forem crescendo, as irrigações podem ser espaçadas de 3 em 3
dias até o final da colheita. Para batata, batata-doce, cenoura, beterraba, alho e cebola, não há
necessidade de continuar a irrigação quando já estiverem condições de serem colhidas. Deve-se
umedecer a terra até a profundidade em que se encontra a maioria das raízes, isto é, cerca de 20 a 25
cm. O excesso de água diminui o crescimento, prejudica a qualidade do produto e acelera a
maturação. Para sabermos se a terra esta com um quantidade boa de água podem fazer alguns teste
que tem resultados satisfatório, como o caso do teste de consistência, que nada mais é do que
pegarmos um punhado de solo do canteiro e apertamos, caso este forme um bolo bem definido ao
abrirmos a mão, esta no ponto adequado de água, caso fique esfarelado nas mãos ao abrir tem pouca
água e caso pingue entre os dedos existe água em excesso.
Colheita e Rotação de Colheitas
Cada hortaliça apresenta, em determinada fase de seu crescimento, suas melhores características de
sabor palatabilidade, aparência e qualidade. É nessa ocasião que ela deve ser colhida. Quando
colhida antes do seu completo desenvolvimento, a hortaliça apresenta-se tenra, mas sem sabor. E se
for colhida tardiamente, estará fibrosa ou com sabor alterado.
1. As hortaliças folhosas são colhidas quando as folhas e hastes estão tenras; e as de flores quando
os botões florais estão fechados. O ponto de colheita é reconhecido pelo aspecto.
2. Entre as hortaliças e frutos existem aqueles cujos que são colhidos quando estão ainda em fase
de desenvolvimento, novos, tenros, verdes, e as sementes ainda não se formaram. São casos da
abobrinha, abóbora verde, berinjela, pepino, maxixe, pimentão e quiabo.
20
3. Outros são colhidos quando completaram o desenvolvimento fisiológico e iniciaram a maturação
ou já estão maduros, como a abóbora, moranga, melão e melancia. A idade da planta, tamanho e
coloração do fruto são indicativos da maturação.
4. O tomate e o pimentão podem ser colhidos quando estão no início da maturação ou quando já
estão completamente maduros ou vermelhos. Há um cultivo de pimentão amarelo em que o fruto é
colhido quando atinge o tamanho natural da cultivar e a coloração característica em quase toda a
superfície do fruto.
5. As hortaliças raízes, rizomas, bulbos e tubérculos são colhidos quando completam o
desenvolvimento e entram em fase de maturação. Esta fase é reconhecida pelo amarelecimento e
secamento natural da parte aérea da planta. A idade da parte também é um indicativo para a
colheita.
Encerrada a colheita em uma área, deve-se fazer a rotação de cultura., plantando espécies cuja
família seja diferente daquela que ocupou o terreno anteriormente. O plantio sucessivo de plantas da
mesma espécie ou da mesma família numa mesma área diminui a produção e favorece o ataque de
certas doenças e pregas. Isto acontece porque as plantas de uma mesma família retiram do solo os
mesmo elementos nutritivos e porque as pragas e doenças em geral ocorrem em plantas da mesma
família.
Alguns exemplos de plantas da mesma família que não devem ser cultivadas sucessivamente no
mesmo local:
1. Família das SOLANÁCEAS: tomate, pimentão, berinjela, e jiló;
2. Família das CUCURBITÁCEAS: melancia, melão, jerimum e pepino;
3. Família das CRUCÍFERAS: couve, couve-flor, couve brócolis, repolho.
21
Consórcio de Plantas.
Consórcio de plantas
Culturas
Plantas companheiras
Abóbora
Milho, vagem, acelga, taioba,
chicória, amendoim, nastúrcio,
borragem, cenoura.
Acelga
Salsa, nabo, couve-flor, feijão,
rabanete, cenoura.
Alface
Abobrinha, cenoura, rabanete,
morango, alho-poró, beterraba,
rúcula,
acelga,
feijão,
alho,
chicória, milho, alho, nabo, hortelã,
ervilha, cebola, couve-flor, tomate.
Alho
Alface,
beterraba,
cenoura,
camomila, morango, rosa, tomate,
salsa.
Alho-poró
Cebola, alho, cenoura, cravo-dedefunto, tomate, salsão.
Aspargo
Tomate, salsa, manjericão, cravode-defunto, rabanete, malmequer.
Banana
Macaxeira, feijão, batata, milho,
repolho, rábano, favas, ervilha,
cereja, alho, berinjela (isca), urtiga,
raiz-forte, cravo-de-defunto, caruru.
Bardana
Cenoura e funcho
Batata
Feijão, milho, repolho, couve, alho,
favas, urtiga, raiz forte, cravo-dedefunto, caruru, ervilha, salsão,
banana, salsa, cebola, espinafre.
Berinjela
Feijão, vagem,
Beterraba
Alface, alho, cebola, couve, nabo,
vagem, couve, rábano.
Cebola
Beterraba, macela, salsa, pepino,
abóbora,
morango,
cenoura,
camomila,
tomate,
sálvia,
segurelha, alface, rosa, alecrim,
couve, caruru.
Cebolinha
Cenoura,
mostarda,
espinafre,
tomate, rosa, repolho, couve-flor.
Chicória
Alface, tomate, cenoura.
Cenoura
Ervilha, alface, manjerona, feijão,
rabanete, tomate, cravo-de-defunto,
sálvia, cebola, cebolinha, bardana,
salsa, hortelã, chicória, abóbora,
alho, alho-poró, alecrim, bardana,
Couve
Feijão, ervilha, salsão, nastúrcio,
camomila, hortelã, endro, sálvia,
alecrim, tomilho, losna, cebolinha,
aipo, salsa, acelga, espinafre,
alface, pepino, rabanete.
Plantas inimigas
Batatinhas
Pepino, salsa, morango, aipo.
Ervilha, feijão, couve-flor,
aspargo.
Cebola, alho.
-
Aipo, beterraba, couve-flor,
tomate.
Mostarda, milho, batata.
Ervilha, feijão, couve-flor,
espargo.
Ervilha, feijão.
-
Beterraba, alho, cebola, batata,
tomate.
22
Culturas
Ervilha
Espinafre
Frutíferas
Feijões arbustivos
Feijão
Girassol
Laranjeira
Macela
Maxixe
Milho
Morango
Nabo
Pepino
Quiabo
Rabanete
Repolho
Rúcula
Salsa
Salsão
Serralha
Plantas companheiras
Cenoura, feijão, nabo, rabanete,
pepino, milho, couve, abóbora,
batata, salsa, couve-rábano, couveflor, alface.
Morango, feijão, beterraba, couveflor, cebolinha.
Tanásia, nastúrcio.
Girassol, batata, pepino, milho,
salsão, morango, segurelha.
Milho, girassol, berinjela, alface,
alho-poró, batata, cenoura, pepino,
couves, repolho, petúnia, alecrim,
segurelha, nabo, aipo, salsa,
beterraba, rabanete, tomate, ervas
aromáticas.
Pepino, feijão, milho.
Seringueira, goiabeira.
Cebola
Quiabo, milho.
Batatas, ervilha, feijão, pepino,
abóbora, melão, melancia, trigo,
rúcula, nabo, rabanete, quiabo,
maxixe,
mostarda,
serralha,
moranga,
girassol,
endro,
beldroega,
caruru,
mucuna,
berinjela,
feijão-de-porco,
amendoim, salsa, tomate, alface.
Feijão,
espinafre,
borragem,
tomate.
Ervilha, milho, alecrim, hortelã,
acelga, espinafre, alface, tomate.
Girassol, feijão, milho, ervilha, aipo,
salsa, beterraba, cebola.
Maxixe, milho.
Aspargo, tomate, ervilha, salsa,
couve, batata, feijão, agrião,
cenoura,
espinafre,
vagem,
chicória, cerefólio, milho, nastúrcio,
alface.
Batata, beterraba, alface, aspargo,
tomate, endro, alecrim, salsão,
nastúrcio,
estragão,
cebola,
cebolinha,
ervas
aromáticas,
hortelã.
Chicória, vagem, couve-flor, milho,
alface.
Tomate, aspargo, pimenta, salsa.
Alho-poró,
batata,
cravo-dedefunto, ervilha, tomate, repolho,
feijão, couve-flor, feijão arbustivo,
couve.
Tomate, cebola, milho.
Plantas inimigas
Alho, cebola, cebolinha, tomate.
Mandioca, alho, ervilha, cebola.
Batatinhas.
Funcho, aipo, beterraba.
Repolho, alface.
Rabanete, tomate, alface.
Pepino.
Morango.
Alface.
-
-
23
Culturas
Taioba
Plantas companheiras
Abóbora.
Tomate
Aspargo, alecrim, alho, cebola,
cebolinha, hortelã, salsa, cenoura,
calêndula, serralha, salsão, sálvia,
tomilho, malmequer , aipo, nabo,
chicória, espinafre, alface, milho,
feijão, rabanete, nastúrcio, urtiga,
borragem, erva-cidreira, menta,
manjericão, cravo-de-defunto.
Milho, abóbora, rúcula,
Vagem
Plantas inimigas
-
Pimenta, soja, batatinha, ervilha,
pepino, batata.
Orientação de Plantio em Consórcios
Produção Modular de Alimentos Naturais - Olerícolas
Orientação de Plantio
Numeração
Hortaliças
Quantidade
Colheita
1
Abobrinha
1 Kg/m²
2 meses
2
Alface
2 Kg/m²
2 meses
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
Berinjela
Beterraba
Cebola
Cebolinha
Cenoura
Couve
Espinafre
Pepino
Pimentão
Quiabo
Rabanete
1 Kg/m²
44 pés/m²
44 pés/m²
10 molhos/m²
8,5 pés/m²
1,6 molhos/m²
5 molhos/m²
24,4 frutos/m²
30 frutos/m²
5 Kg/m²
85 pés/m²
3 meses
3 meses
3 a 4 meses
2 meses
3 meses
2 meses
2 meses
2 meses
3 meses
2 meses
1 mês
14
15
Repolho
Tomate
3,6 pés/m²
6,4 Kg/m²
4 meses
4 meses
16
17
Coentro
Milho
12 molhos/m²
6 espigas/m²
2 meses
3 meses
18
Feijão
0,18 Kg/m²
2 a 3 meses
19
Salsa
12 molhos/m²
2 meses
Consórcio
1+7+17
1+2+7+13+4+18+17+5+
15
3+18
4+5+8
5+4+19+10+7+15+2
7+9+15+14+19
7+2+18+13+15+5+6+19
8+18+6+19+9+2+10+13
9+18+4+6
10+17+18+19+4+5
11+2+16+8+9
12+17
13+15+19+8+18+7+9+1
7+2
14+4+2+15+5+6
15+5+6+19+7+9+2+17+
18+13
16+2+4+5+6+14+15
17+18+10+1+13+12+3+
19+15+2
18+3+2+7+10+8+14+19
+4+13+15
19+15+17+7
24
Adubação Orgânica Básica
O que é melhor curar? A febre ou a doença que a provoca? Responder a essa pergunta significa
optar pelo tratamento do efeito (a febre) ou da causa (doença) de um determinado problema. Assim
como no corpo humano habita uma série de micro-organismos que coexistem pacificamente
conosco, na lavoura esses organismos também se encontram no solo, nas plantas e nos organismos
dos animais. Só quando o corpo e a agricultura se tornam fracos e desequilibrados em seu
metabolismo, é que esses organismos oportunistas atacam, tornando-se um problema. Isso significa
que a origem do problema não é a existência desses organismos, mas o desequilíbrio presente ou no
corpo humano ou no ambiente agrícola.
Adubo Orgânico
O adubo orgânico, exerce 3 funções :
Como Fertilizante como Corretivo e como melhorador ou Condicionador do solo.
É um fertilizante, embora de baixa concentração, sendo necessário usá-lo em maiores quantidades,
contém:
 Nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, magnésio e enxofre, além dos micronutrientes boro,
cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco.
É um corretivo porque corrige a composição do solo, combinando-se com o manganês, o alumínio
e o ferro, por exemplo, reduz ou neutraliza os efeitos tóxicos desses elementos, quando em excesso,
sobre as plantas.
É um condicionador pela forma que age no solo, melhorando suas condições e propriedades
físicas, facilitando o desenvolvimento e a alimentação das plantas.
O adubo orgânico pode, perfeitamente, substituir os adubos minerais, com vantagens econômicas e
ambientais, bastando, para isto, que ele seja empregado em quantidades mais elevadas,
compensando os menores teores de nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, magnésio e enxofre, além
dos micronutrientes boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco.
Alimento para o Solo
Incorporar no Início do Plantio:
 Palhas – Gramas – Restos de culturas - Folhas bananas;
 Leguminosas (mucuna preta) etc.- são ricos em minerais e potássio.
Colocar por Cobertura:
 Esterco de Aves - liberam em poucos dias a maioria dos nutrientes. são ricos em nitrogênio e
fósforo.
Usar Curtido:
25





Esterco de Ruminantes – Bovinos – Caprinos – Ovinos;
Esterco de suínos;
Matéria orgânica de rápida decomposição;
Fezes ricas em nutrientes diretos para alimento das plantas.
Entram como partes nas compostagem, juntamente com palha e resíduos vegetais.
Usar 2 Kg a 4 Kg / M².
Adubação Verde:









Maior produção de biomassa;
Proteção do solo contra a erosão;
Aumento na retenção de umidade d solo;
Redução na variabilidade térmica;
Redução das populações de patógenos fúngicos;
Redução nas perdas de nutrientes por lixiviação;
Controla pragas causadoras de doenças;
Controla plantas invasoras;
Aumenta o teor de K nas folhas , no desenvolvimento das raízes e da parte vegetativa das
plantas cultivadas.
 Estimula ao máximo, a reciclagem dos nutrientes.
 Usar plantio conjunto de: (Guandu - Milho - Mucuna Preta – Labe-Labe – Calopogônio - Feijão
Bravo – Girassol – Feijão de Porco – Leucena – Gergelim etc.
Usar a lanço, todas as sementes misturadas, na proporção de 109 / M².
Rochas Moídas Ou Trituradas:
Recuperar solos pobres e desequilibrados em minerais.
As melhores são as rochas básicas porque são ricas em minerais, ferro, magnesianos e micro
nutrientes (mb - 4)
São de grande valor para plantas, animais e solos.
Húmus de Minhocas – Um Rico Adubo do Solo:





Aumento de 3 a 11 vezes a quantidade de fósforo assimilável;
Aumento de 3 a 11 vezes a quantidade de potássio e mg trocáveis;
Elevação de 5 a 10 vezes o teor de nitrogênio;
Elevação de 30% o teor de cálcio;
Diminuição da acidez do solo;
Preparar a compostagem com camadas alternativas de palhadas (carbono) e esterco (nitrogênio),
curtir por 40 a 45 dias – traçar e repousar por 15 dias. Fornecer ás minhocas, adicionando de tempo
em tempo, restos de frutas e verduras;
após mais de 40 dias, peneirar e usar.
26
Fertilizante de Urina de Vaca (Base de Nitrogênio)
Ingredientes:
 2 litros de urina de vaca;
 Água limpa.
Modo de Preparo:
 Colocar 2 litros de urina de vaca leiteira em uma garrafa de refrigerante e vedar bem;
 Deixar descansar por 3 dias;
 Diluir, após os 3 dias, 01 litro da urina, em 100 litros de água, ou seja: 200 ml em 20 litros de
água e misturar.
Modo de Aplicação:
Pulverizar a solução sobres às plantas, no inicio da manhã ou no final da tarde, quando a insolação
estiver mais fria.
Período de Aplicação:
Aplicar pulverizando sobre as folhas num intervalo mínimo de uma semana, entre cada aplicação.
Biofertilizante À Moda Tob/(Emater - RJ)
Ingredientes:








60 kg de esterco verde;
100 litros de água;
01 lata de folhas verdes (diversas) picadas;
01 kg de pó de rochas finamente picadas;
01 lata de terra vegetal peneirada;
01 litro de leite;
01 litro de sangue (opcional);
02 litros de tiririca com raiz, picada (opcional);
Modo de Preparo:






Utiliza-se um reservatório colocado a meia sombra .
Colocar o esterco verde, a água e o resto do material. (e os opcionais) TWM;
Mexer bem diariamente e deixar fermentar por 30 dias;
Repor o volume inicial de água, se necessário;
Em caso de chuvas, cobrir o reservatório;
Usar após 30 dias.
Modo de Aplicação:
 20 litros do biofertilizante + 20 litros de água;
 Aplicar, para cada 1 m² de terreno, 15 litros da mistura;
 Fazer cobertura morta (palha seca).
27
Novo Enriquecimento Opcional (Twm)
 Colocar 2 litros de urina de vaca leiteira em uma garrafa de refrigerante e tampar bem;
 Deixar descansar por 3 dias;
 Diluir, após os 30 dias, 01 litro da urina, em 100 litros de água, ou seja: 200 ml em 20litros de
água e misturar a 20 litros do biofertilizante;
Aplicar por pulverização; 01 litro do biofertilizante, para cada 20 litros de água pura.
Adubos à base da cal hidratada (fonte de cálcio)
A falta de Ca e a presença de Al na subsuperfície do solo restringem o crescimento das raízes. A
eficiência da calagem aplicada na superfície do solo na neutralização da acidez subsuperficial é
limitada. A acidificação do solo é um processo natural resultado da lixiviação de cátions básicos
solúveis (Ca, Mg, K) seguida pela sua substituição por cátions ácidos (H e Al) no complexo de troca
catiônica. Nos solos agrícolas, este processo tem sido acelerado principalmente pela adição de
certos fertilizantes nitrogenados. A calagem é a prática mais utilizada para o controle da acidez do
solo devido ao seu efeito no aumento do pH e de cátions básicos e na diminuição do Al trocável.
Para solos em nosso país, tem sido documentado que o calcário aplicado na superfície do solo
apresenta uma mobilidade lenta diminuindo a sua eficiência na redução da acidez subsuperficial
(Raij et al., 1982; Pavan et al., 1984). Para a neutralização da acidez nas camadas subsuperficiais do
solo são necessárias técnicas especiais, tais como a incorporação mecânica profunda do calcário
(Farina & Channon, 1988), o uso de sais de Ca mais solúveis (Adams et al., 1967; Shainberg et al.,
1989) e a utilização de compostos orgânicos (Wright et al., 1985; Watt et al., 1991). O principal
objetivo destas técnicas é o de incrementar a concentração de Ca na zona de crescimento das raízes
uma vez que o Ca é imóvel no floema das plantas (Barber, 1984). O movimento de Ca no solo
através de compostos orgânicos é de especial interesse devido a alta capacidade de produção de
biomassa das plantas utilizadas nos sistemas brasileiros de cultivo (Igue & Pavan, 1984; Calegari et
al., 1993)
O cálcio é considerado um dos macronutrientes das plantas, ou seja, elemento do qual necessitam
em maior proporção. O cálcio é considerado um elemento essencial que, em quantidade
insuficiente, impede o desenvolvimento das raízes e prejudica os processos de absorção de água,
sais e sustentação dos vegetais. Na sua falta, os tecidos de manutenção se tornam frágeis, pois as
paredes das células, de cuja formação participa, não se desenvolvem da maneira adequada.
No interior do vegetal, o cálcio é um elemento que não se redistribui com facilidade. Se houver falta
de cálcio no solo, portanto, os órgãos mais novos são os primeiros a acusar: as folhas ficam
amareladas e flácidas.
Fonte: Associação Brasileira dos Produtores de Cal.
Utilidades da Cal no Meio Rural (Eng º José Epitácio Passos Guimarães); 2ª Edição, 1996.
Cláudio M. Ziglio; Mario Miyazawa; Marcos A. Pavan*
Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Caixa Postal 481, CEP 86001-970, Londrina, PR
28
Defensivos Alternativos
O Que São Defensivos Alternativos
São considerados para uso como defensivos alternativos todos os produtos químicos, biológicos,
orgânicos naturais, que possuam as seguintes características: Praticamente não tóxicos (grupos
toxicológico IV), baixa a nenhuma agressividade ao homem e à natureza, eficientes no combate aos
insetos e micro-organismos nocivos, não favoreçam a ocorrência de formas de resistência, de pragas
e micro-organismos, custo reduzido para aquisição e emprego, simplicidade quanto ao manejo e
aplicação, e alta disponibilidade para aquisição.
Defensivos Alternativos
Os produtos considerados como defensivos alternativos, com maiores possibilidades de emprego
em cultivos comerciais são: calda bordalesa, calda viçosa, calda sulfo cálcica, pó sulfo cálcico,
super magro, biofertilizante, calda de fumo, sabão, cal virgem, cal hidratada, óleos vegetais, alho,
leite cru, etc.
Considerações Importantes
As pragas não atacam a planta por caso. Elas só aparecem quando a planta está fraca e indefesa.
Para que a planta seja sadia é preciso que a terra seja bem alimentada adubada com restos de
vegetais, estercos de animais, fazendo adubação verde.
Também não se deve plantar monocultura na área, mas diversificar, observando as plantas
companheiras que se dão bem ao lado de outras plantas amigas, se protegendo contra pragas e
doenças.
1. Estas informações são resultantes de observações em testes regionais e de trabalhos de revisão da
literatura, servindo apenas como sugestões quanto ao potencial de uso das caldas;
2. Para o emprego das caldas, recomendamos que sejam feitas observações preliminares em poucas
plantas, considerando o local, clima, cultivo etc. O tratamento em área total deverá ser efetuado
somente após os testes iniciais;
3. O emprego das caldas fora das recomendações, uso de matéria prima de baixa qualidade, preparo
e aplicações inadequadas, poderão causar problemas, baixa eficiência e até fito toxicidade.
Como Manter sua Propriedade Saudável
1. Não fazer as queimadas;
2. Conservar sempre uma área de caatinga proporcional às áreas plantadas favorecendo o
controle natural das pragas;
3. Quando preparar a terra para o plantio, incorporar os restos da cultura que estavam na área.
4. Adubar sempre usando compostagem orgânica;
5. Fazer rotação de culturas. Não semear a mesma cultura que antes foi colhida na área.
6. Usar sementes e mudas de boa procedência;
7. Plantar seguindo as fases da lua;
8. Observar a melhor época de plantio;
9. Não plantar uma só cultura na área, diversificar, prestando atenção nas plantas que são
companheiras;
10. Cultivar plantas de cheiro forte para afugentar as pragas;
11. Se suspeitar que uma planta está doente, arranque para queimar longe;
29
12. Fazer quebra ventos na área, protegendo as plantas dos insetos voadores e contágio de
pragas, trazidas pelo vento.
Inimigos Naturais das Pragas
Quanto mais se plantam de forma diversificada na área, mais aparecem os predadores, os inimigos
naturais das pragas.






Joaninhas – se alimentam de pulgões e ovos de mariposa;
Sapos e Rãs - são grandes predadores de larvas, lagartas, gafanhotos e mariposas;
Lagartixas e Aranhas – comem insetos;
As Aves – comem as ervas invasoras, insetos, camundongos e outras pragas;
As Andorinhas – se alimentam de moscas, 60 a 80 insetos por dia;
O Bem-te-vi, O Anu Preto, O Socó e O Carcará – São inimigos naturais do carrapato reduzindo
a necessidade do uso do carrapaticida;
 Os Morcegos – que comem insetos, são capazes de comer, por noite, até a metade do seu peso;
 O Capote– é predador da cigarrinha.
PREPARO E APLICAÇÃO DOS DEFENSIVOS ALTERNATIVOS
Alho
O Alho pode ser utilizado na agricultura como defensivo agrícola, tendo ampla ação contra pragas e
moléstias. Segundo STOLL (1989), quando adequadamente preparado tem ação fungicida,
combatendo doenças como míldio e ferrugens; tem ação bactericida e controla insetos nocivos
como a lagarta da maçã, pulgões, etc. Sua principal ação é de repelência sobre as pragas, sendo
inclusive recomendado para plantio intercalar de certas fruteiras como a macieira, para repelir
pragas. Quando pulverizado sobre as plantas depois de 36 horas não deixa cheiro, nem odor nos
produtos agrícolas.
No Brasil o uso do alho está restrito ainda a pequenas áreas, como na agricultura orgânica, enquanto
que em outros países como nos EUA, pela possibilidade de empregar o óleo de alho, obtido através
de extração industrial, já é possível empregá-lo em larga escala em cultivos comerciais.
Uma formula para o preparo de um defensivo com o alho compreende a mistura de 1,0Kg de alho +
5,0 litros de água + 100g de sabão + 20 colheres (de café) de óleo mineral.
Os dentes de alho devem ser finamente moídos e deixados repousar por 24h, em 20 colheres de óleo
mineral. Em outro vasilhame, dissolve-se 100g de sabão (picado) em 5 litros de água, de preferência
quente. Após a dissolução do sabão, mistura-se a solução de alho. Antes de usar filtra-se e dilui-se a
mistura com 20 partes de água. As concentrações são variáveis de acordo com o tipo de pragas que
se quer combater. STOLL (1989)
Cal Virgem
A cal virgem é um produto na forma de pó micronizado, com elevado teor de óxido de cálcio, acima
de 90% e alta reatividade (PRNT em torno de 175%). Difere da cal hidratada que é um cal virgem
que foi hidratado, rico em hidróxido de cálcio (PRNT em torno de 130%).
30
Recomendações de uso da cal virgem
A cal virgem é um tipo de cal empregada no preparo das caldas bordalesa, sulfo cálcica e viçosa. É
também recomendado para desinfecção de covas de fruteiras, de terrenos de hortaliças
contaminados com fungos de solo, e canteiros em estufas e viveiros de mudas.
Na cultura do tomate é recomendado a aplicação cada semana, em aplicação direta aos frutos,
reduzindo a ocorrência de podridão e fundo preto.
Em fruteiras de caroço, quando misturado com sulfato de zinco, reduz a ocorrência de
Xanthomonas pruni. Na cultura da batata, este tratamento diminui o problema de talo oco.
Em floricultura a cal virgem pode ser empregada para a desinfecção de bancadas e em estufas, no
tratamento de canteiros de hortaliças, em pré-plantio.
Na piscicultura, a cal virgem pode ser empregada para desinfecção da água contra a ocorrência de
vermes (lernea) e para precipitação do material orgânico que infestam as represas.
É marcante o efeito do cálcio no aumento da resistência dos tecidos vegetais. Aplicando na fase de
crescimento e pré-colheita, conferem acentuada resistência às podridões, e ao transporte.
Pode ser empregado a cal hidratada no preparo das caldas bordalesa e viçosa, desde que esta seja
nova e em quantidade superior a cal virgem.
Recomendação de uso da cal hidratada
A cal virgem depois de hidratada pode ser empregada no tratamento de desinfecção, como
recomenda .Guimarães, (1996):
Indicações: desinfecção de batata semente; nematoide dourado da batata (Globodea aostochiensis);
fungos e bactérias das batatas.
Ingredientes: 4,0Kg de hidróxido de cálcio comercial ou 3,0 Kg de cal virgem + 1.000 litros de água
+ 250g de detergente caseiro com pouca espuma.
Preparo: pulverizar esta solução nas batatas sementes antes do seu plantio.
Como fazer a hidratação da cal virgem
Para pequena quantidade de cal virgem pode ser feita a hidratação na mesma hora. Para isso,
coloque a cal virgem em pó numa lata de metal de 20 litros, adicione e misture um pouco de água
fria.
Deve-se formar uma pasta pouco mole, que irá aquecer pela hidratação da cal, havendo uma reação
exotérmica. Deve-se tomar cuidado com a exalação dos gases e a alta temperatura do produto,
durante o processo de hidratação.
Após o resfriamento do pó, coloque 20 a 30 litros de água, obtendo um leite de cal.
Para quantidades elevadas de cal, por exemplo, acima de 5Kg, deve ser feita à hidratação da cal
virgem sempre na véspera. Neste processo, coloque no tambor de metal, três a quatro vezes e
volume de água a quantidade de cal virgem a ser hidratada.
31
Como exemplo para hidratar 20Kg de cal virgem, colocar antes no tambor de cimento ou latão: 80
litros de água. Importante: somente depois de ter colocado a água é que deve ser colocada a cal
virgem. A cal virgem irá hidratar-se e no dia seguinte poderá ser utilizada na forma de leite de cal.
Calda Bordalesa
Características
É um tradicional fungicida agrícola, resultado da mistura simples de sulfato de cobre, cal virgem e
água.
Tem eficiência comprovada sobre diversas doenças fúngicas, como míldio, septoriose, manchas
foliares, etc. Possui também ação contra bactérias e repelência para diversas pregas. Oferece
elevada resistência à insolação e as chuvas. A calda bordalesa pode ser considerada o melhor
fungicida protetor de folhas, pelo seu múltiplo efeito.
Não deve ser misturado a outros defensivos agrícolas, devido a sua elevada alcalinidade. Os
defensivos aplicados depois da calda bordalesa ou viçosa devem ser compatíveis com produtos de
reação alcalina, senão terão baixa eficiência.
Aplicação
A metodologia de aplicação e preparo são importantes para o êxito do tratamento, assim como a
concentração e qualidade dos ingredientes.
A calda oferece riscos de fito toxicidade quando aplicada com tempo úmido (garoa ou chuva) e
folhas molhadas. A aplicação deve sempre ser feita com tempo bom e seco.
Fazer sempre a pulverização pela manhã ou à tardinha, quando as folhas estão mais túrgidas.
Aplicações com temperaturas elevadas, acima de 30°C, podem favorecer a evaporação da calda,
provocando elevadas concentrações de sais sobre as folhas, que podem causar fito toxicidade.
Deve-se tomar cuidado quando é feita a aplicação da calda em estufas, devendo sempre ser reduzida
à concentração em relação ao campo.
A aplicação da calda bordalesa deve ser feita com pulverização em alta pressão, acima de 150
libras, pois permite a formação de uma finíssima camada de proteção sobre tecidos vegetais,
impedindo a instalação e desenvolvimento da doença.
Preparo da calda bordalesa
Para preparar a calda bordalesa deve ser empregado sempre tanque ou vasilhame de plástico,
cimento ou madeira. Não utilizar tambores de ferro, latão ou alumínio, pois reagem com o sulfato
de cobre.
Dissolver o sulfato de cobre
O primeiro passo é dissolver o sulfato de cobre. Quando está na forma de pedra, deve ser bem
triturado e colocado dentro de um pano de algodão e mantido imerso, em suspensão na parte
superior de um balde, com bastante água (20 a 50 ou mais litros).
32
A dissolução do sulfato de cobre em pedra levará algum tempo para se completar. Pode ser
empregado o sulfato de cobre na forma cristalizado, de mais fácil solubilidade, podendo ser
dissolvido na mesma hora do preparo, em um pouco de água quente ou normal.
Colocar a solução cúprica pronta, na caixa ou tanque de pulverização, que já deve conter a água
necessária para a pulverização, agitando a mistura.
Preparo de leite de cal
Em outro vasilhame, que pode ser de plástico, misture a cal já hidratada com 20 a 50 litros de água,
mexendo bem para formar um leite de cal. É recomendável filtrar esta solução para evitar
entupimento no pulverizador.
Pode ser empregada a cal hidratada para o preparo da calda bordalesa, porém esta deve ser nova
quanto à fabricação e aumentada a quantidade em relação à cal virgem.
Mistura das soluções cobre/cal
Uma vez dissolvida à cal, colocar esta solução (leite de cal) no tanque de pulverização, onde já foi
misturada a solução cúprica. Derramar o leite de cal, lentamente, mexendo bem. Pode ser feita a
mistura ao inverso, isto é, derramar primeiro a solução de cal e por último a cúprica, desde que de
maneira bem lenta e com forte agitação.
Depois de misturadas ambas soluções, deve-se medir o pH da calda. Para medir o pH, usa-se um
peagômetro, papel indicador ou fita de tornassol (adquirida em farmácia). Estando ácida (pH abaixo
de 7,0) deve-se acrescentar mais cal, ou seja, o leite de cal até que esteja neutralizado o cobre (pH
igual a 7,0).
Faça o teste: É preciso fazer o teste para saber se a calda está muito ácida ou não. Para isso pegue
uma faca de aço, que não seja inoxidável e mergulhe parte de sua lâmina por uns três minutos. Se a
parte da lâmina que estava dentro da calda não oxidar (escurecer), a calda está no ponto, mas se
oxidar, a calda está ácida, então é necessário adicionar mais um pouco de cal virgem e repetir o
teste.
Fazer a aplicação da calda bordalesa imediatamente após o seu preparo.
Recomendação de uso da calda bordalesa
A concentração dos ingredientes difere de uma espécie, condições climáticas, grau de infestação e
da fase de crescimento da planta. Utilizar dosagens menores nas fases iniciais e em plantas mais
sensíveis. Testar em poucas plantas e depois fazer o tratamento ideal para o local.
Para as fruteiras tropicais (abacate, laranja , limão, manga, acerola etc) a concentração é 0,6 a 1,0%
(600 a 1.000 g de sulfato de cobre + 600 a 1.000g de cal virgem em 100 litros de água).
As fruteiras temperadas como figo, morango,uva e outras, pelo risco da fito toxicidade do cobre,
devem ter maiores teores de cal virgem, sendo indicadas 300 a 800g de sulfato de cobre + 600 a
1.600g de cal virgem.
33
As hortaliças como batata, tomate, etc aceitam bem a concentração de 0,8 a 1,0%, porém com
dosagem menores na fase inicial. Nas cucurbitáceas deve-se fazer o teste empregando dosagens de
0,3 a 0,5%, dependendo das condições locais.
Calda Biofertilizante
Desenvolvida e pesquisada pela EMATER-RIO, a calda biofertilizante demonstrou excelente efeito
no aumento da resistência às pragas e moléstias e como adubo foliar para inúmeras plantas. O
processo de produção é bastante simples, sendo viável sua produção na propriedade, desde que se
tenha esterco de gado disponível. Não há contraindicação ao seu uso.
Adubo Foliar e Aumentar a Resistência Contra Pragas e Moléstias
Ingredientes: 10 litros de esterco de curral (curtido ou não); um punhado de esterco de galinha; um
punhado de açúcar e água.
Preparo: numa lata de 20 litros, coloque meia lata (10litros) de esterco de curral (curtido) e um
punhado de esterco de galinha (em torno de 250ml) e um punhado de açúcar, cristalizado ou
refinado, (em torno de 250 ml). Completar com água, deixando um espaço de 8 a 10 centímetros
antes da borda acima, para evitar transbordar.
Fechar muito bem com um saco plástico e amarrar com arame. Deixar 5 dias bem fechado,
(fermentação anaeróbica).
Aplicação: a calda pronta deve ser diluída, misturando 1,0 litros da calda obtida para cada 10 litros
de água.
Indicações como adubo foliar e como aumentar a resistência das plantas contra doenças e
pragas.
Ingredientes:
50Kg de esterco de gado fresco, 50Kg de capim e 50 litros de água ou então outra receita: 75Kg de
esterco de gado fresco e 75 litros de água.
Preparo: num tambor de 200 litros colocam-se uma das receitas acima. Fecha-se hermeticamente a
parte superior com um plástico ou tampa hermética. Entre o líquido e a tampa deve ficar um espaço,
mínimo de 20 cm que abrigará os gases formandos pela fermentação anaeróbica. Para evitar a
expansão desses gases, deve-se inserir uma mangueira plástica, que é submergida num balde ou
garrafa com água, para que o ar possa escapar, mas não possa entrar.
Aplicação: a fermentação leva de 20 a 40 dias. Dilui-se a calda. Para cada litro de biofertilizante
pode-se misturar 1, 2 ou 3 litros de água, isto é, 50 litros de biofertilizante para 50 litros de água; 33
litros de biofertilizante para 66 litros de água e 25 litros de biofertilizante para 75 litros de água,
respectivamente. Quanto mais diluída menor será o efeito defensivo.
Calda Sulfo cálcica
Esta calda é um tradicional defensivo agrícola, resultado do preparo à quente da mistura de enxofre,
cal virgem e água. Tem ampla ação fungicida, inseticida e acaricida.
34
Tratamento de inverno
No tratamento de inverno é recomendado para fruteiras de clima temperado (folhas caducas) em
cobertura total e também para fruteiras tropicais, aplicada nos troncos e ramos, como citros e
silvestres, para erradicação de líquens, pragas e moléstias.
A densidade empregada no período invernal é de 4 a 5° Baumê, que corresponde à concentração de
1,0 litro de calda concentrada (30°Be) em 8 a 12 litros de água.
Tratamento de Verão
Ultimamente vem sendo utilizada para tratamento fitossanitário no período vegetativo com êxito,
pois tendo custo baixo e eficiência, tornando muito econômico o seu emprego.
No verão doses concentradas podem queimar a folhagem, deve-se utilizar diluições fracas,
mantendo, no entanto, boa ação como fungicida, acaricida e inseticida.
A densidade recomendada para o período vegetativo é de 0,5 a 0,8°Be, que corresponde às
concentrações de (1:30 a 1:120) 1 litro de calda concentrada para 30 a 120 litros de água. A calda
sulfo cálcica pode ser recomendada para citros (1:30 a 1: 50), pêssego, caqui, figo, goiaba, maracujá
e hortaliças (1:80 a 1:100).
Preparo da Calda Sulfo Cálcica
A fabricação da calda é feita à quente, requerendo recipiente de metal (latão ou inox). No caso de
preparar 100 litros, utilizar um tambor de 200 litros, dissolver primeiro o enxofre (25Kg) em um
pouco de água quente, no fundo do tambor, formando uma pasta mole.
Colocar fogo sob o tambor e completar com 80 litros de água fria ou quente. Quando iniciar a
fervura, derramar lentamente a cal virgem (12,5Kg) na solução, mexendo com uma vara comprida.
Deixar ferver por 50 a 60 minutos, mexendo sempre. Tomar o cuidado durante a fervura, evitando
os vapores exalados pela reação e queima dos produtos.
É necessário manter disponível uma lata com 20 litros de água fria, para adicionar à medida que a
mistura sobe durante a fervura. Manter o nível da solução em 100 litros, com o acréscimo da água,
no final.
Quando atingir a coloração pardo avermelhada (cor de âmbar), a calda estará pronta. Tirar do fogo e
deixar esfriar. Coar a calda com pano, e guardar os resíduos (borra) para caiação dos troncos de
fruteiras.
Importante:
 Para guardar num vasilhame por curto período, cobrir com uma fina camada de óleo mineral,
óleo de lubrificação ou de máquina. Na pulverização deve ser adicionado adesivo espalhante.
 Após o uso do equipamento, inclusive as mangueiras, devem ser lavadas com solução
amoniacal ou solução diluída de ácido acético.
35
Caldas Atrativas e Toxicas para Mosca de Frutas (Fonte;ENG.º AGRº. SÍLVIO ROBERTO PENTEADO)
Calda atrativa (iscas) para mosca de fruta
Ingredientes: 600g de sulfato de cobre + 600g de enxofre ventilado + 600g de melaço, em 10 litros
de água.
Preparo e aplicação: misturar os ingredientes e pulverizar em plantas alternadas no pomar (1m²
por copa). Pode ser pincelada com uma brocha, no tronco ou ramos principais, evitando assim
manchar os frutos. Aplicar principalmente nas plantas da bordadura, vizinhas de mato ou capoeiras.
Para melhorar o controle pode ser mergulhado na solução: estopa, corda de sisal e fitas de serragem
e suspensos sob abrigo na árvore.
Calda tóxica para moscas de fruta
Ingredientes: 1,0 litro de leite + 1,0 litro de vinagre branco + 1,0 litro de melaço de cana ou 0,5 Kg
de açúcar cristal + 1,0 litro de EM4 + 300 a 400 litros de água.
Preparo e aplicação: misturar os ingredientes e diluir em 300 litros de água, para aplicação em
tempo chuvoso e em 400 litros de água, para tempo seco. Repetir semanalmente.
Calda atrativa para caça-moscas
Ingredientes: solução com 75% de água + 25% de vinagre de vinho ou suco de uva ou suco de
laranja ou 50% de água + 50% de suco de outras frutas.
Aplicação: cada caça mosca com 150ml da solução atrativa, colocado no interior da copa, protegida
do sol. Instalar 1 armadilha, para cada 10 plantas.
Calda Viçosa
Características
Viçosa é uma variação da Calda Bordalesa, sendo na verdade uma mistura da Calda Bordalesa com
micronutrientes. Ela foi testada com sucesso pela Universidade Federal de Viçosa nas culturas do
tomate e do café, tendo apresentado excelentes resultados no controle fitossanitário, melhoria do
estado nutricional e aumento da produtividade.
As suas principais características são: mistura de pós-solúveis, compreendendo a calda bordalesa
(sulfato de cobre e cal hidratada), acrescentada de micronutrientes (sulfato de zinco, sulfato de
magnésio e boro). O produtor deve acrescentar os micronutrientes de acordo com a exigência de sua
cultura.
Preparo da Calda Viçosa
Para 10 litros de água, utiliza-se: 50g de sulfato de cobre + 20g de sulfato de zinco + 80g de sulfato
de magnésio + 20g de ácido bórico + 50g de cal hidratada.
Utilize duas caixas reservatórios, sendo uma de 5,0 litros (A) e outra de 5,0 litros (B).
Na caixa. A. Com 5,0 litros de água, coloque o cobre, zinco, magnésio, ácido bórico, dentro de um
saco poroso.
36
Na caixa. B. com 50 litros de água coloque 50gr de cal hidratada, formando o leite de cal.
A solução da caixa. A. é despejada sobre o leite de cal da caixa .B., agitando energicamente para
obter uma boa calda.
A ordem da mistura não pode ser invertida. Se a mistura tiver aspecto de leite talhado. é porque a
cal hidratada está velha, recarbonatada e imprópria para este uso. Recomenda-se utilizar cal virgem
hidratada ou uma hidratada nova. Uma calda viçosa bem preparada, quando em repouso mantém a
suspensão por mais de 10 minutos. A Calda Viçosa para ter uma boa eficiência deve ter uma reação
levemente alcalina. O pH ideal da solução deve estar de 7,5 a 8,5 e apresentar cor azul. Os
vasilhames de preparo e uso devem ser de plástico pois os metais são atacados pelos sais. As sobras
não devem ser guardadas, desse modo, deve-se calcular com cuidado a quantidade a ser utilizada.
Antes de colocar a calda viçosa no pulverizador (através da peneira existente no reservatório,)
utilize um coador de tecido fino .A quantidade a ser aplicada depende da altura da planta.
A aplicação deve ser feita de 30 em 30 dias, com calda viçosa concentrada. Caldas com baixo teor
de micronutrientes podem ser utilizadas semanalmente. O produto deve ser preparado no próprio
dia da pulverização.
Cinzas
A cinza de madeira é um produto que pode ser empregado na mistura com outros produtos naturais,
para controle de pragas e até algumas doenças. A cinza deve ser colocada em água, deixando
repousar pelo menos 24 horas, coada, e pulverizada.
Recomendações
1º Modo
Indicações: lagartas , pulgão (Mysus persicae) e vaquinha (Diabrotica sp.);
Ingredientes:
1/2 taça de cinza de madeira, 1/2 taça de cal para 4 litros de água.
1,0Kg de cinza de madeira + 1,0Kg de cal para 100 litros de água.
Preparo e aplicação: misturar os componentes e deixar repousar durante um tempo e logo filtrar.
2º Modo
Indicações: insetos sugadores e larva minadora.
Ingredientes: 20g de cinzas de madeira(1 colher de sopa) e 6 colheres pequenas de querosene, para
5 litros de água.
Preparo e aplicação: misturar e aplicar preventivamente.
3º Modo
Indicações: contra insetos e doenças fúngicas, como oídio, míldio, etc.
37
Ingredientes: 1,0 litro de água, uma colher grande de cinzas (20 gramas) e uma taça de soro de leite
(50 ml). Para 20 litros de calda: 7 litros de água, 150 g de cinzas e 350 gramas de soro de leite e 13
litros de água para diluição final.
Preparo e aplicação: misturar um litro de água e a cinza. Deixar repousar por uma noite. Filtrar no
dia seguinte, com um pano. Misturar 1,0 litro da solução com soro de leite e diluir em 3 partes de
água.
Farinha de Trigo
A farinha de trigo de uso doméstico pode ser efetiva no controle de ácaros, mosca branca, pulgões e
lagartas. O seu emprego é favorável em dias quentes e secos, com o sol. Aplicar de manhã em
cobertura total nas folhas. Mais tarde, as folhas secando com o sol, formam uma película que
envolve as pragas e caem com o vento. Ela pode ser pulverizada em vegetais sujeitos ao ataque de
lagartas.
Preparo: diluir 1 colher de sopa (20 g) em 1,0 litro de água e pulverize nas folhas atacadas. Repetir
depois de 2 semanas.
Fumo (Nicotina) (Nicotiana tabacum )
A nicotina contida no fumo é um excelente inseticida, tendo ação de contato contra pulgões, trips e
outras pragas. No entanto, é tóxico para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. O seu
preparo e aplicação requerem cuidados. Quando aplicada como cobertura do solo, pode prevenir o
ataque de lesmas, caracóis e lagartas cortadeiras, porém pode prejudicar insetos benéficos do solo
como a minhoca. O fumo em pó sobre os vegetais é um defensivo contra pragas de corpo mole,
como lesmas e outras, sendo menos tóxico empregado nesta forma. A calda pronta pode ser
acrescida de sabão e cal hidratada, melhorando a sua atividade e persistência na folha.
Carência- A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do fumo.
Obs. Não deve ser empregado o fumo em plantas da família da batata. O tratamento com
concentrações acima do recomendado pode causar danos para muitas plantas. (VUCASIN E OU,
1995).
Recomendações do uso do fumo
Indicações: controle de pulgões, cochonilhas, grilos, vaga-lumes.
Ingredientes: 15-20 cm de fumo de corda e água.
Preparo: 15-20 cm de fumo de corda deixando de molho durante 24 horas, com água suficiente
para cobrir o recipiente.
Aplicação: para cada litro de água, use 5 colheres de sopa dessa mistura, usando no mesmo dia. A
nicotina é pouco tóxica para o homem e animais de sangue quente e 24 horas depois de pulverizada,
torna-se inativa. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo do
12 dias antes do consumo.
38
Leite
O leite fresco pode controlar várias doenças fúngicas e algumas viróticas. Ele pode ser empregado
contra ácaros e ovos de diversas lagartas. Um dos métodos recomendados é diluir 1 litro de leite em
3 a 10 litros de água e pulverizar as plantas. Repetir depois de 10 dias para doenças e 3 semanas
quando aplicado contra insetos. A mistura de leite azedo com água e cinzas de madeira é citado
como efetivo no controle de míldio.
Há indicações do uso do leite como atrativo para lesmas. Distribuir no chão, ao redor das plantas,
estopas ou sacos de aniagem molhado com água e um pouco de leite. De manhã, virar a estopa ou o
saco utilizado e mate as lesmas que se reuniram embaixo. (EMATER-RO (sd)).
Pode ser utilizado como fungicida no pimentão, pepino, tomate, batata. Sem contraindicação para
hortaliças. Preparar uma mistura com 2,5 litros de leite, 1,5 Kg de cinzas de madeira, 1,5 Kg de
esterco fresco de bovino e 1,5 Kg de açúcar. Aplicar no tomate a cada 10 dias, aplicar no café a cada
15/ 30 dias.
Óleo
O óleo tem ação inseticida, principalmente contra cochonilhas. É indicado para as culturas do
abacate, café, citros, figo, manga e plantas ornamentais (hibiscos e azaleias). Controla cochonilhas
de carapaça (cabeça de prego escama virgula, escama farinha, parlatória, piolho de São José, etc) e
cochonilhas sem carapaças (cochonilha verde, marrom e pardinha).
O óleo utilizado deve ser de grau leve, podendo ser de origem mineral (princípio ativo: 80 a 85%),
vegetal (93%) ou de peixe. Este último tem sido muito indicado para controle de pragas.
A dosagem do óleo mineral na primavera/ verão é de 1 litro/ 100 litros de água, enquanto que no
outono/ inverno deve-se aumentar para 1,5 a 2,0 litros em 100 litros de água.
Os óleos devem ser utilizados com cuidado, pois podem também afetar os predadores benéficos.
Recomendamos aplicar óleo somente nas horas frescas da tarde. Não aplicar com intervalo menor
de 20 dias da aplicação de enxofre ou calda bordalesa, pois pode causar fito toxicidade.
Algumas plantas com folhas lustrosas ou brilhantes, como a manga e citros, possuem características
de não serem afetadas pelo óleo, no entanto, outras podem ser prejudicadas. Em plantas de clima
temperado aplicar na fase de dormência.
Indicações de Uso dos Óleos
É indicado no combate a pulgões, lagartas, moscas, mosquitos, ácaros, ovos e larvas de insetos,
ácaros vermelho, cochonilhas, trips, mosca branca, viroses (óleo mineral de parafina).
O óleo pode ser adicionado em vários defensivos melhorando sua efetividade, como na calda
bordalesa.
Preparo das Misturas de Óleo
 Pulverizar com uma mistura de 1 litro de óleo vegetal + 100 g de sabão neutro ou 100 ml de
sabão líquido e 15 litros de água. Agitar até dar uma emulsão turva. Óleo mineral emulsionável
pode ser usado como alternativa, misturando 30 ml em 1 litro de água;
 Pulverizar óleo vegetal ou mineral puro, diluindo 10 a 20 ml de óleo em 1,0 litro de água;
39
 Pincelar 2 ml de óleo mineral ou vegetal sobre o fim da espiga de milho, depois de murchar,
mas antes de começar a secar para proteger o sabugo contra ataques de insetos.
Emulsão de Óleo
Ações de inseticida de contato, contra sugadores: ácaros, pulgões e cochonilhas.
Ingredientes: 1,0 Kg de sabão comum ou feito com óleo de peixe + 8,0 litros de óleo mineral + 4,0
litros de água.
Preparo: ferver e dissolver o sabão picado em 4 litros de água. Retirar do fogo e dissolver
vigorosamente 8 litros de óleo mineral, ainda quente. Diminuir uma parte do produto obtido em 10
a 50 partes de água.
Pasta Bordalesa
É indicado para controle de Gomose (Phytophthora) e Rubelose (Corticium salmomicolos).
Ingredientes e preparo: misturar 1,0 Kg de sulfato de cobre + 2,0 Kg de cal virgem + 10 litros de
água.
Aplicações: passar esta pasta após a poda e eliminação dos galhos afetados por doenças fúngicas
(Rubelose); e a raspagem das áreas doentes com uma escova macia.
Pasta de Enxofre
Indicação: pincelamento ou caiação do tronco e ramos na prevenção do ataque de brocas e
cochonilha.
Ingredientes: 1,0 Kg de enxofre ventilado em pó; 2,0 Kg de cal virgem extinta, (fazendo o leite de
cal); 0,5 Kg de sal de cozinha e 15 litros de água;
Preparo: em um tambor, diluir o enxofre com pouco de água quente até formar uma pasta. Depois,
completar com o restante da água. Em seguida, colocar lentamente a cal mexendo bem. Incluir em
seguida o sal de cozinha.
Aplicação: pincelar ou caiar o tronco e pernadas principais com uma brocha de pintura. Pincelar o
tronco e a base dos ramos principais com pasta bordalesa pelo menos 4 vezes por ano (maio-junho);
pulverizar o tronco e o solo ao seu redor com calda bordalesa. (Fonte: Guimarães, (1996))
Permanganato de Potássio
Produto utilizado como defensivo agrícola na África do Sul, Estados Unidos e Europa. Falta
maiores pesquisas no Brasil. Recomendado para controle de pulgões, lagartas, besouros, ácaros,
mosca branca, e as doenças: botriites, míldio e oídio.
Pimenta vermelha ( Capsicum frutescens)
A pimenta (vermelha ou malagueta) pode ser empregada como um defensivo natural em pequenas
hortas e pomares. Tem boa eficiência quando concentrada e misturada com outros defensivos
naturais.
Carência - Obedecer a um período de carência mínima de 12 dias de colheita, para evitar obter
frutos com fortes odores.
40
1º Modo
É indicado no combate a pulgões, vaquinhas, grilos e lagartas.
Ingredientes: 50gr de fumo em rolo, picado + 1 copo americano de pimenta vermelha + 1 litro de
álcool + 250gr de sabão em pó.
Preparo: dentro de 1 litro de álcool, coloque o fumo e a pimenta, deixando essa mistura curtir
durante 7 dias. Para usar essa solução, dilua o conteúdo em 10 litros de água contendo 250gr de
sabão em pó dissolvido ou então, detergente, de modo que o inseto grude nas folhas e nos frutos, no
caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da
colheita.
(Fonte: SILVA & DORIELO (1988))
2º Modo
Indicado no combate de pulgões e vaquinhas
Ingredientes: 500gr de pimenta vermelha (malagueta) + 4 litros de água + 5 colheres de sopa de
sabão de coco em pó.
Preparo: bater as pimentas em um liquidificador com 2,0 litros de água até a maceração total. Coar
o preparado e misturar com 5 colheres de sopa de sabão de coco em pó, acrescentando então os 2,0
litros de água restantes. Pulverizar sobre as plantas atacadas. (Fonte: ANDRADE (1992))
Pó Sulfo cálcico
Características
É uma mistura de cal virgem e enxofre ventilado. O produto é resultante da queima do enxofre
ventilado durante o processo de hidratação da cal virgem (reação exotérmica). É um produto para
aplicação foliar, sendo fornecedor de cálcio e enxofre às plantas, além da ação fungicida (oídio,
ferrugens, etc), acaricida e inseticida. É recomendado como substituto da calda Bordalesa em
fruteiras delicadas, sensíveis ao cobre, no tratamento do período vegetativo. Pode ser empregado
com sucesso na aplicação em troncos e ramos grossos como repelente de brocas, como exemplo em
figueiras, mangueiras, citros, etc.
Preparo do Pó Sulfo cálcico
Num tanque de cimento ou tambor de latão, colocar 2,0Kg de cal virgem de ótima qualidade e
misturar 2,0Kg de enxofre ventilado e um pouco de água, formando uma pasta consistente. A reação
térmica da cal virgem irá provocar a queima do enxofre, obtendo um produto de coloração amarelo
pálido. O preparo deve ser feito em pequenas quantidades e sob acompanhamento técnico, pois
ocorre forte reação exotérmica, com elevadas temperaturas, com risco de queimaduras graves,
assim como na exalação de vapores.
Depois que a mistura esfriar, acrescentar 100 litros de água e estará pronta para a pulverização.
Pode ser adicionado adesivo espalhante.
Preparação de Sal
Indicações: é indicado no combate a pulgões, lagarta do repolho, lesma, caracol e mosca branca.
41
Métodos:
1º - pulverize contra pulgões, lagartas e mosca branca com a mistura de 5ml (colher de chá) de sal
para 20ml de vinagre e misture em 1 litro de água. Acrescente 2,5 ml (meia colher de chá) de
sabão. A mistura funciona como repelente de pragas.
2º - aplique sal seco sobre as lesmas e caramujos.
Recomendações: pulverize a cada 5 a 7 dias. No controle de lesmas, aplicar sal com a frequência
necessária para manter baixa a população. À noite ou em dias nublados e úmidos são os melhores
para controlar as pragas.
Não pulverizar a mesma área frequentemente com a solução de sal, a não ser que tenha quantidade
suficiente de água para lavar o sal para fora do solo.
Aplicar com menor frequência sal seco, para impedir afetar a fertilidade natural do solo.
Primavera ou Buganvília Ou Maravilha
É um defensivo natural resultante da extração do suco das folhas de primavera ou buganvília ou
maravilha. Tem sido utilizado no tomateiro com o objetivo de dar resistência a infecções de viracabeça. Aplicar em tomateiros 19 a 15 dias após a germinação (2 pares de folhas) e repetir a cada
48/ 72 horas até quando iniciar a frutificação.
Objetivo do extrato: evitar a ocorrência do vírus do vira cabeça do tomateiro (SANTOS – 1995)
Ingredientes: 1,0 litro de folhas maduras e lavadas, de primavera ou maravilha (rosa ou roxa)
(Bougainvillea spectabilis/ Mirabilis jalapa) + 1,0 litro de água.
Preparo e aplicação: junte estes ingredientes e bata no liquidificador. Coe com pano fino de gaze e
dilua uma parte em 20 litros de água. Pulverize imediatamente (em horas frescas). Não pode ser
armazenado. (NORONHA - 1989)
Outros Tipos de Plantas Defensivas (Para Serem Testadas)
CHÁ DE CAVALINHA (Uquisetum Arvense Ou E. Giganteum)
(fonte: Geraldo Deffune, 1992)
Indicação: inseticida em geral
Ingrediente: 100 g de cavalinha seca ou 300 g de planta verde; 10 litros de água para maceração e
90 litros de água para diluição.
Preparo: ferver as folhas de cavalinha em 10 litros de água por 20 minutos. Diluir a calda
resultante em 90 litros de água.
Aplicação: regar ou pulverizar as plantas, alternando com a urtiga.
CONFREI ( ( Symphytum officinale)(fonte: ZAMBERLAN & FRONCHETI (1994))
Indicações: pulgões em hortaliças e fruteiras e adubo foliar.
42
Ingrediente: 1,0 Kg de confrei e água para diluição.
Preparo: utilizar o liquidificador para triturar 1 quilo de folhas de confrei com água ou então deixar
em infusão por 10 dias. Acrescentar 10 litros de água.
Aplicação: pulverizar periodicamente as plantas.
CRAVO DE DEFUNTO ( Tagetes erecta)
(fonte: ZAMBERLAN & FRONCHETI (1994))
Indicações: pulgões, ácaros e algumas lagartas.
Ingredientes: 1,0Kg de folhas de talo de cravo de defunto e 10 litros de água.
Preparo: misture 1Kg de folhas de talo de cravo de defunto em 10 litros de água. Leve ao fogo e
deixe ferver durante meia hora ou então deixar de molho (picado) por dois dias.
Aplicação: coar o caldo obtido e pulverizar as plantas atacadas.
URTIGA ( Urera baccifera) (Urera caracasana) (Blumenbachia urens) (Jatopha vitifolia) (fonte:
ANDRADE (1992))
Indicação: pulgões e lagartas
Ingredientes: 500 g de urtiga fresca ou 100 g de urtiga seca e 10 litros de água
Preparo: colocar 500 g de urtiga fresca ou 100 g de urtiga seca em 10 litros de água por 2 dias ou
então deixar curtir por 15 dias. A primeira forma é para aplicação imediata sobre as plantas
atacadas. A segunda deve ser diluída, sendo uma parte da solução concentrada para 10 partes de
água.
Sabão
O sabão (não detergente) tem efeito inseticida e quando acrescentado em outros defensivos naturais
pode aumentar a sua efetividade. A solução feita com sabão tem boa adesividade na planta e no
inseto praga. O sabão sozinho tem bom efeito sobre muitos insetos do corpo mole como: lagartas e
mosca branca. O preparo mais comum consiste em dissolver, mexendo bem, 50gr de sabão (picado)
para 2 até 5 litros de água quente. Pulverizar sobre as folhas e pragas.
A emulsão de sabão e querosene é um inseticida de contato, que foi muito empregado no passado,
contra insetos sugadores, sendo indicada para combater aos pulgões, ácaros e cochonilhas. Depois
de preparada a emulsão deve ser aplicada dentro de um ou dois dias, para evitar a separação do
querosene, o que acarretaria queimaduras nas folhagens.
Nas plantas delicadas e árvores novas, no verão ou período quentes, utilize-se à solução de sabão e
querosene bem diluída, ou seja, uma parte para 50 a 60 partes de água. No inverno, em plantas
caducas, utilizam-se dosagens mais concentradas, assim como a pincelagem do tronco contra
cochonilhas.
43
Controle de lagartas, pulgões e cochonilhas
Ingrediente: 50 g de sabão de coco + 5 litros de água.
Preparo: utilize uma colher de sopa de sabão de coco raspado e misture em 5 litros de água
agitando bem até dissolver o mesmo. Essa calda deve ser pulverizada frequentemente no verão e na
primavera.
(ANDRADE – 1992)
Controle de pulgões, ácaros, brocas, cochonilhas, mosca da fruta e formigas.
Ingredientes: 1Kg de sabão picado + 3 litros de querosene + 3 litros de água.
Preparo: Derreter o sabão picado numa panela, com água, ao fogo brando. Quando estiver
completamente derretido, desligue o fogo e acrescente o querosene mexendo bem a mistura. Em
seguida, para a sua utilização, dissolva 1 litro dessa emulsão em 15 litros de água, repetindo a
aplicação com intervalos de 7 dias. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um
intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.
(SILVA & DORILEO (1988), PAIVA (1995))
Manipueira:
(Suco de aspecto leitoso, extraído quando se comprime a mandioca ralada).
Modo de Preparo e Uso:
Para o controle de formigas, utilizar 2 litros de manipueira no formigueiro para cada olheiro,
repetindo a cada 5 dias.
Em tratamento de canteiro contra pragas de solo, regar o canteiro, usando 4 litros de manipueira por
metro quadrado, 15 dias antes do plantio.
Para o controle de ácaros, pulgões, lagartas, usar uma parte de manipueira e uma parte de água,
acrescentando 1% de açúcar, ou farinha de trigo. Aplicar em intervalos de 14 dias.
Função:
Controlar formigas, pragas de solo, ácaros, pulgões, lagartas.
Óleo Neem (Nim) (Azadirachta indica)
Indicação: pragas de hortaliças, traças, lagartas, pulgões, gafanhotos, etc. Recomendada como
inseticida e repelente de pragas em geral. É uma das plantas de maior potencial no controle de
pragas, atuando sobre 95% dos insetos nocivos. Já é utilizada comercialmente em vários países do
mundo. Tem como princípio ativo Azadiractina, podendo ser aproveitado as suas folhas e frutos
para extrair esse ingrediente ativo de largo emprego inseticida. Nas doses recomendadas é um
produto sem efeitos de toxicidade ao homem e aos animais.
Modo de fazer: Óleo de Nim é empregado na dosagem de 0,5% (0,1 litro em 20 litros de água)
pulverizado sobre as folhagens e frutos. No caso do emprego de sementes, o procedimento é o
seguinte: 50 g de sementes moídas (amarradas em um saco de pano); 1 litro de água, 1,0 litro de
álcool deixando repousar por 1 dia.
44
Indicação: lagarta do cartucho, lagarta das hortaliças, gafanhoto.
Ingredientes:1 Kg de sementes secas e moídas; 1 litros de água e 10 g de sabão.
Modo de fazer: Colocar 1,0 quilo de sementes de Nim moídas em um saco de pano, amarrar e
colocar em 1 litro de água e 1,0 litros de álcool. Depois de 24 horas, espremer coar e dissolver 10
gramas de sabão neste extrato. Misture bem e acrescente água para obter 20 litros de preparado.
Aplique sobre as plantas infestadas, imediatamente após preparado. O prensado de Nim pode ser
utilizado misturando-se com o solo na base de 0,5 a 1,0 kg/m². Esta medida protege as berinjelas
contra minadoras e tomates contra nematoides e septorioses.
As folhas podem ser usadas, mas contém menor porcentagem de óleo de nim. O extrato de nim
perde seu efeito em 8 horas e mais rapidamente ainda se for exposto ao sol. Desse modo, a
pulverização com extrato de nim deve ser feita ao entardecer, imediatamente após o preparo
(UNCTAD, 2003).
Extrato das folhas secas de Nim
FUNÇÃO: Combater as pragas de hortaliças, atuando sobre 95% dos insetos nocivos ás plantas.
Modo de fazer: Cortar ramos de NIM e colocar para secar á sombra, até que as folhas se tornem
quebradiças. Triturar as folhas secas até obter um pó. Pesar 500g desse pó e colocar de molho em
2,0 litros de água, durante 12 horas. No dia seguinte, coar a calda em um pano, adicionar 200ml de
detergente neutro, colocar no pulverizador, completando o volume com água.
Como usar: Pulverizar as plantas. O melhor controle da lagarta é obtido com três aplicações da
calda, com intervalo de dois dias entre as aplicações. Esse número de aplicações se faz necessário
devido ao crescimento dinâmico da planta, surgindo novos tecidos foliares que não estarão
protegidos pelo extrato e sujeitos ao ataque da lagarta. O extrato deve ser aplicado quando a lagarta
estiver com menos de oito dias de idade, ou seja, com tamanho inferior a 1,0 cm de comprimento. A
eficiência do controle se reduz para as lagartas mais desenvolvidas.
TIMBÓ (Derris elliptica):
Ingredientes:
100 litros de água;
500 gramas de sabão;
1,0 Kg de raízes de timbó com diâmetro de 1,0 cm.
Modo de fazer e usar: Misturar as raízes de timbó lavadas e cortadas em pedaços ou transformadas
em pó com a água e sabão. Deixar descansar por 24 horas, filtrar e aplicar sobre as plantas.
Indicação: Inseticida.
CABAÇA ( Lagenaria vulgaris)
Planta trepadeira, tem folha semelhante a folha da abóbora. O fruto maduro é usado para cuia de
chimarrão. Como usar: Os frutos verdes são cortado ao meio e colocados aleatoriamente no meio
da lavoura. O líquido junto a semente atrai os insetos.
Indicação: Atrair vaquinha ou patriota, protegendo a lavoura de seus ataques.
45
Chá de Arruda ( Ruta graveolens L)
O chá de arruda é um ótimo inseticida para acabar com os pulgões.
Como fazer e usar: Cozinhar as folhas da arruda em água por alguns minutos; coar, misturar mais
água e pulverizar; a quantidade de água a ser misturada ao chá variará de acordo com os resultado
observados após a aplicação. Se o controle da praga não foi total, deve ser misturado menos água ao
chá, para que ele fique mais forte.
Outra receita com arruda
Ingredientes: 8 ramos de 30 centímetro de comprimento com folhas; 1 litro de água; 19 litros de
água com espalhante adesivo de sabão de coco.
Modo de Preparo e Uso: Bater os ramos de folhas de arruda no liquidificar, com 1 litro de água.
Coar com pano fino e completar com 19 litro de água. Acrescentar na solução, espalhante adesivo.
Função: Controlar pulgões, cochonilhas (Sem carapaça), alguns ácaros.
Cravo de defunto (Tagetes erecta)
Ingredientes: 1 Kg de folhas e talo de cravo de defunto; 10 litros de água.
Modo de Fazer e Usar: Misturar 1,0 Kg de folhas e talos de cravo de defunto em 10 litros de água.
Levar ao fogo e deixar ferver durante meia hora ou então deixar de molho (talos e folhas picadas)
por 2 dias. Coar e pulverizar sobre as plantas.
Função: Controle de pulgões, ácaros e algumas lagartas.
Extrato de ALECRIM PIMENTA ( Lippia sidoides)
Ingredientes: 100 gramas de alecrim pimenta, 250 ml de álcool, 250 ml de água.
Preparo:
Pegar 100 gramas de alecrim pimenta e juntar com o álcool e água em vidro ou garrafa, com tampa.
Deixar em repouso por uma semana; Diluir de 20 a 40 ml para 20 litros de água.
Controle de pulgão, cochonilha, mosca branca, traça das crucíferas e para alguns fungos e
bactérias.
Uso do Nim + alecrim + citronela
16 kg Folhas frescas de Nim
4kg Folhas de Alecrim Pimenta
4kg Folhas de Citronela
Cobrir com água, deixar por 48 horas.
46
Diluir 1:3.
Tintura de JAMBU ou agrião bravo (Spilanthes oleracea)
Ingredientes:
Flores do jambu
500mL de álcool
500mL de água
Como fazer e usar: Coloca as flores em um recipiente fechado com álcool e água, deixar em
repouso por 5 dias.
Indicações: Pulgões, cochonilha e traça das crucíferas
Controle de lesmas:
Em verduras e moranguinhos frequentemente aparecem lesmas.
Na biodinâmica prepara-se o seguinte defensivo: Catam-se 10 a 15 lesmas ou caracóis, sempre da
espécie que se quer combater, e faz-se uma infusão com 1,0 litro de água fervendo. Deixa-se
fermentar durante 2 a 3 dias até estar com cheiro podre. Diluir em 5 a 10 litros de água e regam-se
abundantemente as plantas atacadas. Aplica-se a solução preferencialmente de tarde, quando já não
tiver muito sol. Normalmente deve-se repetir a aplicação 2 a 3 vezes em espaços de 5 em 5 dias.
Armadilhas: Enterra-se uma vasilha rasa até a metade e enche-se com cerveja e bastante sal. Mais
ou menos para 1 copo de cerveja uma colher (sopa) de sal. As lesmas, atraídas pela cerveja, tomamna e morrem.
Colocar dentro de latas rasas como as de leite cortadas ao meio, pedaços de chuchu. Adicionando
sal. Esta mistura é bastante atrativa para lesmas e caracóis, possibilitando seu controle mecânico.
Distribuir na lavoura pratos de sobremesa com casca de batata. No dia seguinte, eliminar as pragas
mecanicamente.
Extrato de mastruço (mastruz) (Coronopus didymus)
Ingredientes: 300 gramas de mastruço, 250 ml de álcool, 500 ml de água.
Preparo: Colocar 300 gramas de mastruço, juntar com os 250ml de álcool e 500 ml de água em
vidro ou garrafa, com tampa.
Deixar em repouso por 5 dias; Diluir de 100 a 200 ml para 20 litros de água. Controle de lesmas,
caracóis e helmintos em geral.
Calda Nutritiva ou Biofertilizante Para Adubação Foliar
Trata-se de uma espécie de fortificante, que ajuda a saúde das plantas, diminuindo as possibilidades
de serem atacadas por pragas ou doenças.
A preparação da calda leva mais ou menos 45 dias. Durante esse período de tempo a cada 5 dias,
são colocados num tambor os diferentes elementos que comporão a calda, de maneira como segue:
47
Primeiro dia: Num tambor de 200 litros, colocar 12 Kg de esterco fresco de gado, completar com
água pura até metade do vasilhame e misturar bem.
Quinto dia: Acrescentar meio litro de leito ou soro + 150 g de cinza.
Décimo dia: Acrescentar 250 g de rapadura raspada + 150 g de cinza + 0,5 Kg de folhas, ramos ou
bredo pisado ou de outra planta verde.
Décimo quinto dia: Acrescentar uma colher de sopa de sangue fresco + 150 g de cinza + 0,5 Kg de
folhas de marmeleiro ou mata-pasto pisado ou de outra planta verde.
Vigésimo dia: Acrescentar 100 g de restos moído de fígado + 150 g de cinza + 0,5 Kg de folha de
catingueira ou jurema pisada ou outra planta verde.
Vigésimo quinto dia: Acrescentar mais 8 Kg de esterco fresco e completar com o vasilhame de
água.
Período de repouso: Depois de colocado todos os ingredientes, a calda deverá ficar em repouso por
20 ou 30 dias. Nesse período, convêm sempre mexer o conteúdo do tambor com o auxílio de uma
estaca, para facilitar a mistura de todos os ingredientes. A calda assim preparada pode ser usada a
partir de 45 dias desde de que foi iniciada a sua preparação.
Aplicação: Coar muito bem em um pano, 2,5 litros de calda e colocar num pulverizador de 20
litros. Em seguida, completar com água e pulverizar as plantas.
A calda assim preparada poderá ser guardada por muitos meses, sem perder o efeito nutritivo. É
importante manter o tambor sempre vedado com um plástico amarrado na boca.
Durante o verão, quando não é possível conseguir ramos verdes das plantas indicadas para o
preparo da calda, convém substituir por outras plantas que geralmente podem ser encontradas nos
baixios ou juntos das fontes de água.
Atenção: a qualidade da água é muito importante na preparação da calda. Assim, deve-se evitar
água salobra ou salgada, de preferência água de chuva.
TECNOLOGIAS SOCIAIS
Neste módulo vamos conhecer algumas tecnologias apropriadas de baixo custo, como também,
técnicas na criação de pequenos animais.
O nosso objetivo é fazer com que se obtenha uma melhor produtividade, utilizando de forma
racional os recursos naturais, humanos, financeiros e materiais.
Esperamos com esse trabalho, poder contribuir de forma simples e prática para obtenção de sucesso
na sua propriedade.
CHOCADEIRA DE ISOPOR
MATERIAL UTILIZADO
 01-Caixa de isopor de 45 cm comprimento, 35 cm largura, 35 cm altura;
48



















01-Pedaço de vidro (10 X 20 cm) — vidro;
50 cm -Tela verde plástica fina;
02-Ripas de madeira (43 cm comprimento. x 02 cm largura x 02 cm espessura) madeira mole;
02-Ripas de madeira (33 cm x 02 cm de largura x 02 cm de espessura) madeira mole;
30-Percevejos, .tipo brochas., para pregar a tela nas ripas;
04-Pregos finos de 03 cm para pregar o quadrado da ripa;
11-Pedaços de arame grosso com 08 cm comprimento;
02 Pedaços de cano de esgoto branco 40mm, com 28 cm de comprimento, cada;
04 Tampas para os canos de 40mm;
01 Soquete simples para lâmpada;
03 Lâmpadas de 15 volts (transparente) sendo: 02 de reserva e 01 para uso imediato;
01 Tomada elétrica;
01 m Fio duplo;
01 Recipiente plástico (tipo embalagem de doce ou prato) 15 cm de diâmetro e 03 de
profundidade;
07 Pedaços de cano esgoto 40mm, medindo 04 cm, cada;
01 Tubo de cola branca;
01 Estilete para corte do isopor adaptado;
04 Pedaços de isopor 5 cm x 5 cm.
04 Pedaços arame liso grosso com 18 cm cada;
MODO DE USAR
1. Deixar a chocadeira em um lugar tranquilo, onde não haja incidência solar e nem correntes de ar
frio;
2. Vinte e quatro horas antes da colocação dos ovos, devem ser seguidas os seguintes
procedimentos:
a) Encher de água morna as canaletas e o prato inferior, testando o seu equilíbrio para não
derramar ou escorregar.
3. Ligar a tomada e tampar as quatro aberturas superiores da chocadeira, usando os tampões de
isopor retirados para colocação dos suspiros com tela, que só poderão sair após 48 horas de
incubação.
4. Manter sempre três lâmpadas de reserva, e faltando eletricidade, não vire os ovos durante o
período de falta de energia.
5. Os ovos são colocados, após 24 horas da ligação da chocadeira, obs. se os ovos estiverem na
geladeira devem ser colocados logo na chocadeira, sem deixá-los “suar”.
6. Após a colocação dos ovos na chocadeira, não mexer na chocadeira, durante 48 horas.
7. Após 48 horas retirar os tampões de isopor dos respiradouros superiores e mexer pela primeira
vez:
a) Fazer sempre sistema de rodízio para que os ovos fiquem a cada “virada”, em lugares diferentes
e
virados em outra posição, para possibilitar a cada um, uma mesma quantidade de calor.
b) Estabelecer horários fixos para “virar” os ovos três vezes ao dia: entre 6 h e 8 h (manhã), 12 h e
14 h (tarde) e 18 e 20 h (noite).
c) Fazer este trabalho, até três dias antes do nascimento.
d) Programar, quando possível, o nascimento, para coincidir com a lua cheia.
8. A água no interior, não deve ser trocada, mas sempre completada com água morna.
9. No antepenúltimo dia, (no 19° dia) após a colocação dos ovos, deslocar as janelas superiores para
primeira marca. No penúltimo dia (20° dia) deslocar para a segunda marca. No último dia (21º dia)
retirar por completo todas duas janelas.
10.Os pintos não necessitam de ajuda para nascer
49
11.Não retirar as aves da chocadeira, antes de 24 a 30 horas após seu nascimento.
12.Não alimentá-las durante este tempo.
13.Após o nascimento completo, retirar os pintos e colocá-los em um círculo de papelão,
compensado ou equivalente, com cama de maravalha ou casca de arroz e uma lâmpada.
a) Se os pintos estiverem amontoados no centro baixar a lâmpada.
b) Se estivessem dispersos pelas beiradas do círculo, levantar a lâmpada.
c) Se estiverem bem distribuídas no círculo, a lâmpada, “o calor materno”, é o ideal.
14. Colocar água para os pintinhos no primeiro dia, comida balanceada, a disposição, também
dentro do círculo.
15. Vacinar contra o NEW CASTLE com um pingo no olho.
16. Revacinar após 35 dias
TEMPO DE INCUBAÇÃO
Galinha
Marreco, peru, pato
Capote
Cisne
Ganso
Codorna
21 dias
28 dias
25 dias
35 a 42 dias
30 dias
16 dias
50
51
Sementeira com Tubos PVC
Uma alternativa prática para confeccionarmos uma sementeira móvel e funcional, é fazermos uso de
tubos de PVC, sombrite e cotonetes.
Esta alternativa possibilita utilizarmos à estrutura tanto para sustentar o sistema, como também para
distribuir a água em aspersão.
Material Necessário:









18m de canos de PVC de 20 mm;
07 T's de 20 mm ou 05 T's de 20 mm e 01 cruzeta de 20 mm;
03 joelhos de 20 mm;
Arame n. 18;
01 tubo de cola de cano;
08m de tela (pano) sombrite 50% ou 70%;
08 estacadas de madeira (piquete) ou 08 ganchos de ferro;
30 microaspersores de cotonetes;
02 pedaços de corda de 2m cada.
Como Fazer:
1 - Primeiro é necessário que os 18m de canos sejam cortados em 06 partes iguais de 3m
2 - Devemos pegar 04 peças de cano de 3m cada e colocar 3 joelhos e 1 T nas extremidades, e unilas,formando assim um quadrado.
3 – Devemos cortar os lados dos quadrados ao meio e colocar 01 T em cada parte cortada e uni-las
formando a estrutura quadrada.
52
4 - Em seguida, devemos pegar as 2 peças restantes e cortá-las em parte iguais, ficando cada com
1,50m, unimos esses pedaços as 04 pontas da cruzeta( caso não tenha uma cruzeta usamos 2 T's
desencontrados).
5 – Devemos unir pelos T's as partes formadas no passo 4 com as partes formadas no passo 2,
formando assim a estrutura.
6 – Com o auxilio de um pedaço de corda amaramos em um lado da estrutura e segurando a outra
parte, devemos puxar a corda até formar um arco, tomando cuidado para não desprender nenhuma
parte.
7 – Depois de montada e armada, devemos prender a sementeira com piquetes ou ganchos de ferro,
em seguida nas extremidades frontais da estrutura, esticamos com arame para dar sustentação fixada
ao chão com piquetes.
8 – Em seguida devemos cobrir com o pano sombrite, e amarrá-lo, deixando passar, 50 cm dos 4
lados da sementeira.
9 – Devemos furar na parte de baixo dos canos da estrutura a cada 01m de distância com o auxilio
de um prego ripal quente, para colocar os microaspersores.
10 – Por fim devemos ligar na extremidade da base que contém o T a mangueira de 16 mm, para
fazer a ligação da água.
Gotejadores de garrafas PET
Material
 Garrafas PET;
 Haste de cotonetes de ouvido ou tubo de carga de caneta esferográfica usadas ou
macarrão de cadeira ou taquara de bambu ou palito de pirulito usado;
 Um pedaço de arame 18 ou 16;
 Um estilete ou canivete bem afiado;
 Três gravetos com aproximadamente 50 cm cada;
 Pedaço de barbante para fixação da garrafa.
Como fazer os GOTEJADORES:
Faça um furo no meio da tampa da garrafa;




Faça um pequeno arco com alicate na ponta, para formar a gota;
Corte um cotonete ao meio e introduza um dos pedaços na tampa;
Coloque o pedaço de 5 cm de arame 18 que foi feito o arco dentro do cotonete;
Coloque o cotonete com o arame na tampa da garrafa e feche;
53




Faça um tripé com estacotes e prenda no fundo da garrafa com o barbante;
Corte uma parte do fundo da garrafa para por a água;
Coloque uns 10 cm cascalho para evitar insetos e entupimento do cotonete;
Coloque água e deixe gotejar no pé da planta.
MANEJO DE PEQUENOS ANIMAIS
Galinha Caipira Confinada
Como iniciar uma criação
Para iniciar uma criação é necessário escolher uma raça que sirva tanto para a produção de ovos
como para a produção de carne. Os pintinhos devem ser de boa procedência e ter boa saúde. Se for
chocar os ovos na propriedade, escolha o das boas poedeiras, cruzadas com um bom galo. Para
carne e ovos, você pode optar pelas seguintes raças ou mestiços:
 VERMELHAS
New Hampshire, Rhode Island Red
 CARIJÓ ou Pedres
Plymouth Rock Barrada
 BRANCA
Sussex
Plymouth Rock Branca
 PRETA
Menora Orpington Label Rouge
De carne mais consistente, sabor mais forte e ovos característicos, a galinha ou o frango caipira é
diferente dos frangos criados em granjas que estão inteiramente à disposição do consumidor
brasileiro em qualquer supermercado. Mas para criar a galinha caipira, é necessário tomar algumas
atitudes para controlar a sua alimentação e cuidados na postura dos ovos, pois a boa qualidade do
produto depende inteiramente do seu modo de criação. Algumas técnicas podem ser implementadas
na propriedade rural ou mesmo em um grande quintal. As aves ocupam um pequeno espaço e com
poucos investimentos, pode-se ter um maior rendimento com esta atividade.
54
INSTALAÇÃO
O galinheiro tem a finalidade de proteger as aves durante os dias de chuva e durante a noite, além
de oferecer as condições ideais de postura. Nestas instalações, as aves podem ser confinadas para a
coleta de ovos e as protegem no dia, do sol e do ataque de animais predadores de hábitos noturnos.
Estas construções podem ser feitas de materiais rústicos. O local escolhido para construir o
galinheiro deve ser alto, seco e ventilado e também ter uma pequena inclinação para evitar o
acúmulo de água e ser mais fácil de limpar. Evite construí-lo próximo de pocilgas, estábulos ou
locais sombreados. A presença de sol é importante para evitar a umidade.
O criador pode escolher o material que será utilizado na construção de acordo com a
disponibilidade existente no local. Quando o galinheiro for construído com piquete de pastoreio
podem ser criadas até 10 aves por metro quadrado, mas se a construção for para uma criação sem
piquete, diminui-se para cinco aves por metro quadrado. A instalação deve ser dividida para que
haja espaço para as galinhas chocas com pintinhos, para aves em crescimento e adultas. A altura não
deve ultrapassar 3 metros nem ser inferior a 1,60m e o espaço deve permitir a circulação de uma
pessoa para o manejo de criação. A cobertura pode ser de telha (caimento de 25%). Outros tipos
também podem ser usados, o importante é manter a proteção em dias chuvosos. O espaço deve ser
bem ventilado. O piso pode ser de chão batido, tijolos, de madeira ou cimento. Uma pequena
camada de serragem ou palha de arroz são indicados para proteger o piso e facilitar a remoção das
fezes. Construa o piso interno com pelo menos 20 cm acima do piso externo, para que a água de
enxurrada não entre.
Poleiros
Os poleiros são madeiras colocadas no interior do galinheiro e, é sobre eles que as aves sobem para
dormir ou descansar. A forma é importante para dar conforto aos animais, evitando machucar os
seus dedos. Os poleiros são colocados a 30 cm do chão e a 40 cm uns dos outros. Cada galinha
ocupa, aproximadamente, 30 cm de poleiros. A melhor forma de colocá-los é na posição paralela ao
chão para que todos fiquem na mesma altura. Quando colocados em forma de escada, gera uma
disputa pelos lugares mais altos, provocando inclusive brigas dentro do galinheiro.
CUIDADOS ESPECIAIS COM A CRIAÇÃO
Higiene
A limpeza é necessária em uma criação de galinhas. Os bebedouros devem estar sempre limpos e a
água deve ser trocada todos os dias. Limpe bem os cochos e coloque alimentos novos
periodicamente. Se o comedouro estiver no piquete, cubra com um telhado para evitar chuva e sol. e
A cada dois ou três meses, pulverize as instalações com um desinfetantes naturais para evitar
doenças. Evite que as aves circulem por chiqueiros e estábulos.
Vacinação
Além do controle da higiene do local e das aves, dê vermífugo e faça as vacinações.
Newcastle
1ª dose aos dez dias e a 2ª dose aos 30 dias e a 3ª aos 80 dias, repetindo a dose a cada três meses.
55
Piolhos, Carrapatos e Barbeiros
Podemos prevenir usando nos ninhos e nas camas, folhas e sementes de nim. Quando aparecerem,
pulverize as aves e as instalações com produtos adequados.
Alimentação
Para que as galinhas tenham uma boa produção, a sua alimentação é fundamental. Um bom
programa de alimentação pode ser feito assim: água limpa e fresca em boa quantidade, grãos como
milho, soja e girassol são ótimos alimentos que, quando triturados, dão um bom resultado. Dê o
correspondente a um punhado, duas vezes ao dia, por ave. Sempre que possível, ofereça alimento
verde às aves (restos das colheitas da Mandalla), pois são fontes de vitaminas e minerais e dão uma
boa coloração para as gemas. Restos de hortaliças e frutas podem ser aproveitados e dados à
vontade. As galinhas precisam de muito cálcio para a formação das cascas dos ovos, a casca de
ovos moídos pode ser usada para suplementar a alimentação. Dê um punhado por cada ave/semana.
NINHO
O ninho é o local onde as galinhas vão botar os ovos, ele deve ser seco, limpo e sempre com alguma
forração para proteger os ovos. Para isso, pode se usar serragem de madeira, capim seco e folhas de
nim indiano. Esse forro deve ser trocado a cada dez dias para evitar a proliferação de bactérias.
Receitas de Ração para Fases da Criação
Postura inicial 1 a 7 semanas
Milho moído................................... 65%
Farelo de soja..................................18%
Farinha de carne/ossos ...................05%
Farelo de Algodão............................06%
Capim elefante/feno.........................04%
Carbonato de Cálcio........................ 01%
Premix - vitaminas e sais Minerais...01%
Postura Crescimento 8 a 12 semanas
Milho moído....................................31%
Feijão guandu...................................20%
Farinha de carne/ossos.................... 17%
Farelo de trigo..................................20%
Capim elefante/feno.........................10%
Triptofano.........................................01%
Premix - vitaminas e sais minerais..1,9%
Pré-Postura 13 a 19 semanas
Milho moído......................................28%
Feijão guandu....................................19%
Farinha de carne/ossos.......................16%
Farelo de trigo....................................16%
Capim elefante/feno...........................13%
Fosfato bicálcico...............................07%
56
Premix - vitaminas e sais minerais.....01%
Postura 20 a 76 semanas
Milho moído.......................................12%
Feijão guandu.....................................34%
Farinha de carne/ossos.......................11%
Farelo de trigo....................................21%
Capim elefante/feno...........................14%
Fosfato de bicálcico............................07%
Premix - vitaminas e sais minerais......01%
ALIMENTAÇÃO
O comedouro é o equipamento utilizado para dar alimento às aves e você mesmo pode fazer um.
Ele deve ter 10 cm de altura e 15 cm de largura. O comprimento deve permitir que todos os animais
se alimentem juntos. O ideal é que cada ave ocupe 15 cm de cocho. Para os pintinhos, pode ser
usado um comedouro do tipo bandeja, que mede 30X30 e 5 cm de altura, colocado dentro de um
cercado no galinheiro para que somente os pintinhos tenham acesso a ele.
Para a água, utiliza-se um bebedouro, que pode ser de madeira, tijolos, zinco ou outro material que
retenha a água. Para determinar a sua capacidade, leve em conta a necessidade de dois a três litros
para cada dez galinhas. Para pintinhos, utilize um bebedouro menor, com bordas de fácil acesso aos
pequenos animais.
Cuidados com os pintinhos
Mantenha o local de criação dos pintinhos sempre limpo e seco. Lave todos os dias o bebedouro e
coloque água fresca. Crie os pintinhos separados das outras aves até completarem 30 dias de vida.
Se preferir, libere a choca para postura antes. Neste caso, adote algumas providências para proteger
os pintinhos. Em dias de temperaturas baixas, aqueça os pintinhos. Para isso, use de criatividade:
uma lâmpada com a luz acesa próxima ao chão são algumas alternativas funcionais. No 1° dia de
vida, pode-se adicionar açúcar em uma proporção de uma colher de sopa para cada litro de água,
isso dá mais energia aos recém-nascidos. Depois de 6 horas do nascimento, dê quirera fina de
milho.
Piscicultura Sustentável – Criação de Tilápias
Características:
- Temperatura Ideal: 18 a 28°C
- Temperatura Letal: Acima de 42°C e Abaixo de 08°C.
- PH Ideal : 7 a 8 . Suporta: PH 5 a 11.
- Teor de oxigênio dissolvido: Acima 5 ppm. . Suporta 1 ppm.
- Salinidade admitida: até 35%.
- Suporta até 04 horas fora d'água (à sombra)
- Alimentação: onívora baixa exigência de proteínas (22%)
- Reprodução: 500 alevinos por fêmea / mês (NORDESTE)
- Base de Reprodução: 01 Reprodutor + 03 Matrizes.
57
Alimentação:
Fases e Vida:
a) Ovulo + Esperma = Ovo
b) Eclosão – Larva: Alimentação Do Saco Vitelino
c) Pós-Larva: Alimentação de Rotíferos, Ração em Pó, ou Pasta.
d) Alevinos: Alimentação Com Plâncton, Ração, Esterco Animal.
e) Peixe em desenvolvimento: Alimentação com plâncton, subprodutos, ração etc...
Obs.
a) Uma alimentação em cochos possibilita um bom controle de qualidade e quantidade do alimento
fornecido.
b) Cochos: Madeira, Plástico, Metal, Cerâmica, Etc.
c) A ração deve ser fornecida em forma de bolo ou pasta, colocada no recipiente ainda fora d'água e
a seguir, mergulhada a água.
d) A quantidade de alimentos a fornecer, varia de acordo com:
- A espécie e o crescimento
- A temperatura da água
- O tamanho do peixe
- O Teor de oxigênio dissolvido na água.
Rações Caseiras:
a) 36% Proteínas:
25 Kg Farinha de Carne
25 Kg Farelo de Soja
25 Kg Farelo de Arroz
25 Kg Concentrado proteico para Suínos.
b) 22% Proteínas:
10 Kg Farinha de Carne
04 Kg Farinha de Peixe
12 Kg Farelo de Soja
62 Kg Farelo de Milho
11 Kg Farelo de Trigo
01 Kg Sal Comum
c) 30% Proteínas
15 Kg Farelo de Trigo
17 Kg Farinha de Carne
32 Kg Fubá de Milho
33 Kg Torta de Soja
01 Kg Sal
01 Kg Premix Vitamínico de Aves bicálcico
58
Noções Básicas sobre Higiene e Manipulação de Alimentos
Contaminação de Alimentos
Os alimentos são excelentes substratos onde se desenvolvem numerosas espécies e variedades de
micro-organismos, por vários fatores ambientais. De todos os organismos microscópicos, como as
bactérias são as de maior participação nos processos de contaminações de alimentos, pois atuam sob
numerosos tipos de substratos, sob diferentes faixas de temperatura e de PH, bem como de
condições do meio ambiente. A contaminação microbiana do alimento acontece direta ou
indiretamente. Na forma direta ela ocorre no tecido animal ou vegetal vivo, antes do abate ou
colheita, já na forma indireta, acontece depois do abate ou colheita dos alimentos, por mecanismo
cruzado ou não. A higiene pessoal dos manipuladores de alimentos, higiene do ambiente de trabalho
e de utensílios utilizados para o preparo de alimentos, são itens imprescindíveis para o cuidado de
uma alimentação sem contaminação e de boa qualidade.
Qualidade da água em alimentos
A água na preparação de alimentos deve seguir padrões de potabilidade. Deve ser isenta de
substâncias poluentes e cuidadosamente protegida contra possíveis contaminações durante o uso. A
água deve ser limpa, potável, clara, incolor, insípida, inodora, isenta de íons tóxicos e aceitáveis
micro biologicamente.
As mãos são uma importante fonte de contaminação para os alimentos, estas devem seguir algumas
regras:
- Estar sempre limpas, as unhas curtas e de preferência sem verniz;
- Nas mãos ásperas, com fissuras, cortes ou feridas os microrganismos podem instalar-se e
constituir um perigo para os consumidores, se não forem tomadas as devidas precauções;
- Se usar luvas para a manipulação dos produtos alimentares estas devem ser mantidas em boas
condições de higiene.
Depois de usados os utensílios de limpeza devem ser:
- Lavados em água corrente;
- Mergulhados numa solução de detergente/desinfetante
- Passados por água corrente;
- Secos ao ar;
- Guardados em local protegido, limpo e destinado para o seu efeito.
Nutrição Básica
A alimentação exerce grande influência sobre o indivíduo, principalmente sobre sua capacidade de
trabalhar e divertir-se, sua aparência e sua longevidade.
Pessoas má nutridas são fracas, irritadiças, desanimadas, sem vontade ou ânimo para trabalhar,
andar, pensar, enfim, de realizarem qualquer atividade que dependa do esforço muscular ou
cerebral.
Assim, cuidar da alimentação é cuidar de uma necessidade básica do homem de extrema
importância em sua vida. Saber alimentar-se de acordo com assuas necessidades, significa .comer
para viver., e não .viver para comer..
59
O que procuramos na alimentação?
Para o organismo manter e desempenhar suas funções vitais, ele retira dos alimentos, nutrientes que
são indispensáveis para ele poder funcionar, os quais são proteínas, gorduras, carboidratos,
vitaminas, minerais, fibras e águas.
Uma alimentação correta tem que fornecer estes em quantidades adequadas e de modo equilibrado,
de maneira que haja uma relação de quantidade entre eles.
A importância da água
Você toma água somente para matar a sua sede ou refrescar-se? Em algum momento já pensou se
ela possui alguma utilidade? Pois, a água é o único nutriente mais abundante dos seres vivos,
compreendendo cerca de 60 a 75% do peso do organismo. Ela é mais importante para a vida do que
os alimentos, as pessoas podem viver semanas sem comida, porém, alguns dias sem água.
E para que serve toda essa água?
1º A água é necessária para o funcionamento de cada órgão do nosso corpo;
2º Ela é componente estrutural das células;
3º Auxilia na digestão, absorção e excreção;
4º É necessária para regular a temperatura do corpo;
5º É a substância na qual se dissolvem os princípios nutritivos fornecidos pela alimentação;
6º Transporta os nutrientes do intestino para o sangue.
É necessário, no mínimo, 6 copos de água ou outros líquidos para garantir a quantidade suficiente
para as funções do corpo.
Aproveitamento Integral dos Alimentos
Os alimentos que nós consumimos são a chave para uma boa saúde, o que parece muito simples
para alguns, mas é muito difícil para quem não tem informação, conhecimento e não sabe como
tirar proveito do que temos na nossa roça ou mesmo no nosso quintal. Alimentos alternativos são
aqueles que geralmente não são comumente usados na nossa alimentação do dia dia, mas que nem
por isso deixam de ser nutritivos, saborosos, quando são preparados de forma correta além de muito
baratos. Nos pratos alternativos são usados aquilo que considerávamos como restos ou que não tem
utilidade para o homem e sim para animais como cascas, folhas, farelos etc. A chave da alimentação
sadia, é que todos os pratos devem ser ricos em vitaminas, minerais, energia, e proteínas, nutrientes
necessários para nos mantermos sadios e prontos para trabalharmos e produzirmos aproveitando
melhor o tempo, garantindo nossa saúde.
As vantagens da alimentação alternativa são muitas como: produzimos pratos ricos em nutrientes,
sadios, baratos, saborosos e sem que seja necessário mudar nossos hábitos alimentares. As técnicas
utilizadas na alimentação alternativa não são novas, pelo contrário são conhecimentos praticados
por nossos antepassados, pais avós, bisavós etc., mas devido ao avanço da tecnologia, televisão,
modas, confortos, estes conhecimentos foram sendo deixados de lado para serem substituídos por
tudo aquilo que consideramos modernos e que não podemos viver sem eles, o que não quer dizer
que são necessariamente melhores, mas sim apenas mais fáceis de serem adquiridos, como o pão
que compramos na padaria, cuscuz, refrigerante, doce, que comparamos no mercadinho, entre
tantos outros, ocasionando o empobrecimento nutricional dos pratos, além de empobrecimento e
saída cada vez maior do dinheiro dos municípios e regiões uma vez que estes produtos, .modernos.
são fabricados nos grandes centros econômicos. Acontecendo em muitos casos até de pagarmos
60
mais pela embalagem do que pelo próprio produto. Uma das metas do PROJETO MANDALLA é
mostrar que podemos produzir nossa própria alimentação, sadiamente, a um custo muito baixo, sem
agredirmos a natureza, utilizando conhecimentos e informações simples, porem eficientes, acima de
tudo assegurando a dignidade do homem do campo e sua família.
Formulações alternativas
Farofa de palma mangará de bananeira com jabá
Ingredientes:
500g de folhas novas de palma;
500g de jabá;
Suco de 1 limão;
1 tomate;
1 pimentão além outros vegetais que tiver;
Sal e pimenta a gosto;
2 dentes de alho;
Óleo ou banha para fritar;
1kg de farinha de mandioca.
Preparo:
Retirar os espinhos (pelos) das folhas de palma, cortar em quadrados pequenos, colocar o suco de
um limão, escaldar em água fervente 3 vezes trocando a água, fritar o jabá em óleo quente, depois
fritar a palma acrescentando a cebola, pimentão, farinha e todo o tempero.
Macarrão com Jerimum
Ingredientes:
1 pacote de macarrão;
300g de creme de leite ou nata;
1 cebola;
2 colheres de maisena ou farinha de trigo;
1 litro de leite;
500g de jerimum;
Sal e tempero a gosto.
Preparo:
O molho:
Cozinhe o jerimum com casca, cortado em pedaços pequenos;
Triture o jerimum fazendo uma pasta homogênea;
Adicione temperos a gosto na massa triturada, junte a maisena, cebola picada, tomate, creme de
leite, sempre em fogo brando;
Prepare o macarrão e ponha o molho, misture bem e sirva.
61
Patê de abacate
Ingredientes:
2 abacates maduros;
Suco de meio limão;
2 tomates picados;
Meia cebola ralada, ou outros vegetais;
Sal, cominho, pimenta do reino ou outro tempero a gosto;
1 dente de alho amassado.
Preparo:
Retirar a polpa dos abacates e amassar como um purê junto com o limão;
Adicionar o tempero, sal, cebola, tomate e alho;
Misturar bem e usar no pão, cuscuz, biscoito etc.
Bife de casca de banana ou chuchu ou berinjela ou manga verde
Ingredientes:
Cascas de 5 bananas (lavadas em vinagre ou água sanitária, na quantidade de uma colher de vinagre
para 1 litro de água, deixando descansar por 5 minutos, depois lavando em água);
1 xícara de farinha de rosca ou de trigo;
2 dentes de alho, sal e tempero a gosto;
2 ovos;
Óleo ou banha para fritar.
Preparo:
Após, lavadas e secas as cascas, cortar as pontas, deixar as mesmas como um bife sem parti-las;
Prepare o tempero do bife juntando o alho amassado, sal e os outros temperos que tiver como um
bife normal;
Tempere as cascas, passe no ovo e cubra com a farinha;
Frite em óleo bem quente até dourar.
Repolho com coco e beldroega
Ingredientes:
1 repolho;
1 tomate;
1 pimentão;
1 cebola;
Coentro
Leite de coco (pode ser feito ralando o coco, moendo e coando o caldo);
Sal e tempero a gosto;
Leite 250 ml, (1 copo);
Água.
62
Preparo:
Juntar os ingredientes e ferver em fogo brando.
Farofa de folhas de beterraba, batata, cenoura, jerimum
Ingredientes:
1 maço de folhas;
200g jerimum;
200g de cenoura;
200g de batata;
1 cebola picada;
2 colheres de óleo ou manteiga ou banha ou margarina;
Sal a gosto;
500g de farinha de mandioca.
Preparo:
Picar as folhas, fritar junto com a cebola;
Depois de frito, juntar à farinha e misturar bem e servir.
Massa de banana verde no feijão
Ingredientes:
5 bananas verdes;
500g feijão;
Tempero e sal a gosto.
Preparo:
Descascar e lavar as bananas, colocar em panela de pressão com água até cobrir as bananas;
Tampar a panela e levar ao fogo, quando começar a apitar contar em torno de 10 segundos;
Retirar a panela do fogo sem abrir, até parar de apitar, passar as bananas em liquidificador ou
amassar muito bem até ficar uma pasta;
Colocar 2 colheres da massa de banana no feijão preparado normalmente, dar nova fervura.
OBS: O rendimento do feijão, será o dobro.
Cuscuz Nutritivo
Ingredientes
2 colheres de sopa de cebola ralada ou 1 cebola média
2 xícaras de sopa de óleo
1 / 4 ou 2 colheres de sopa de pimentão picadinho
3 dentes de alho moído
1 colher de sobremesa de sal
molho de tomate
1 colher de sopa de azeite de dendê ( se houver )
1 colher de chá de coentro
63
1 xícara de chá de queijo de coalho
2 ovos cozidos e picados
2 xícaras de flocos de milho
2 xícaras de banana picada
Modo de Preparo
Refogar a cebola, o alho e o pimentão no óleo, a salsa e o coentro, acrescentar o molho de tomate, o
azeite de dendê, a banana, o queijo e os ovos cozidos e picados.
Assim que levantar fervura acrescentar os flocos de milho aos poucos, mexer rapidamente, para não
empelotar.
Estará pronto assim que começar a desprender do fundo; porem, não poderá estar nem muito mole e
nem muito duro. Colocar em forma de furo central, esperar esfriar para desenformar. Enfeitar a
gosto.
Bolinhos de batata doce
Ingredientes
2 xícaras de batata com casca cozidas e batidas
2 xícaras de farinha de trigo
2 ovos
2 colheres de salsinha picada
sal a gosto
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
Óleo para fritar
Modo de Preparo
Ferver as cascas de batata e bater no liquidificador. Colocar a massa numa tigela, acrescentar os
ovos, a farinha, sal e o fermento. Misturar bem. Aquecer o óleo e ir fritando os bolinhos às
colheradas.
Falso feijão tropeiro
Ingredientes
1 cebola picada
2 dentes de alho amassado
1/2 pimentão picado
3 colheres (sopa) de óleo
1 xícara (chá) de farinha de mandioca
2 ovos cozidos
sal a gosto.
1 1/2 xícara (chá) de feijão cozido
500g de carne seca
Modo de Preparo
Refogar a cebola e o alho. Acrescentar o feijão e a farinha de mandioca até obter uma farofa solta.
Para finalizar, decore com os ovos cozidos em pedaços, acrescentar carne desfiada.
64
Sopa de jerimum
Ingredientes:
500g de jerimum;
1 cebola picada;
1 pés, asas, pescoço, carcaça de galinha;
Sal, tempero e coentro (ou folhas de cenoura) a gosto.
Preparo:
Cozinhar a abóbora com a casca até ficar bem mole;
Amassar bem até ficar um mingau;
Levar novamente ao fogo até ferver com a água que cozinhou a abóbora, na quantidade
suficiente para ficar como sopa, colocando as partes de galinha, o sal e tempero;
Quando estiver no ponto, colocar o coentro e servir.
Multimistura
Ingredientes:
2 copos de farelo de trigo torrado;
1 copo de fubá de milho;
1 copo de farinha de mandioca;
1 copo de amendoim torrado;
1 copo de castanha torrada;
1 copo de sementes de abóbora (jerimum) torrada;
1 copo de sementes de girassol torrado;
Meio copo de sementes de melancia torrada;
Meio copo de sementes de melão torrado;
1 copo de folhas de batata, beterraba, cenoura, couve e jerimum secos na sombra;
250g (1 xícara) de rapadura moída bem fina;
1 colher de sal.
Preparo:
Moer ou pisar no pilão todos os ingredientes, passando na peneira em seguida;
Misturar todos os ingredientes bem misturados;
Colocar a mistura em um vidro ou lata com tampa.
Modo de usar:
Adultos: 1 colher rasa de sopa em cada refeição (como farinha, no leite, em água etc.);
Crianças: Meia colher de chá em cada refeição (no leite, mingau, papa sopa, etc).
ATENÇÃO: A Multimistura não deve ser dada como única fonte de alimento, ele é apenas um
complemento na alimentação, como também se for consumida em grandes quantidades poderá
causar diarreia e outros efeitos negativos.
65
Bolo de casca de abacaxi
Ingredientes
2 ovos
1 colher (sopa) de fermento em pó
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de caldo de casca de abacaxi
2 xícaras (chá) de açúcar
Modo de Preparo
Para obter o caldo de casca do abacaxi, retirar as cascas de um abacaxi e ferver com 4 xícaras (chá)
de água por cerca de 20 minutos. Reservar. Bater as claras em neve, misturar as gemas e continuar
batendo. Misturar aos poucos o açúcar e a farinha de trigo, sem parar de mexer. Acrescentar o
fermento e uma xícara de caldo de casca de abacaxi. Misturar bem e assar em forma untada e forno
moderado. Depois de assado, virar em um prato e, ainda quente, furar com um garfo e jogar sobre
ele o restante do caldo de casca do abacaxi com 1 colher (sopa) de açúcar.
Doce de entrecascas de melancia ou de mamão
Ingredientes
2 kg de entrecascas de melancia ou de cascas de mamão
5 cravos da Índia
1 copo de água (faça um chá com os 5 cravos da Índia)
1/2 coco ralado (opcional)
Açúcar (de acordo com a quantidade da massa)
Modo de Preparo
Cortar em pedaços pequenos (em lâminas) ou raspar a parte branca das cascas da melancia. No caso
de usar cascas de mamão, cortá-las bem pequenas. Juntar o chá de cravo e o coco ralado. Colocar
para ferver e medir a quantidade da massa. Pôr açúcar na mesma quantidade. Levar ao fogo até
soltar da panela. Se não for servir o doce no momento, guardar em vidro esterilizado.
OBS.: Caso queira fazer o doce mais cremoso, passar a massa das cascas de frutas, ainda cruas, no
liquidificador; A utilização do coco é opcional.
Sucos
Ingredientes:
Folhas: beterraba, seriguela, couve, batata, hortelã, mastruz, erva-doce;
Cenoura, beterraba, limão, laranja, abacaxi, goiaba, carambola, caju, acerola, mamão, abacate,
banana;
Açúcar;
Água.
66
Preparo Indicado por Combinações:
Cenoura + Laranja;
Cenoura + Casca de laranja;
Cenoura + Laranja + Beterraba + Maracujá + Limão + Abacaxi
Beterraba + Laranja;
Beterraba + Abacaxi (ou casca do abacaxi batida em liquidificador ou amassada);
Beterraba + Maracujá;
Laranja + Hortelã;
Limão + Hortelã;
Limão + Folhas de: beterraba, seriguela, couve, batata, hortelã, mastruz, erva-doce;
Laranja + Folhas de: beterraba, seriguela, couve, batata, hortelã, mastruz, erva-doce;
Abacaxi (ou suco da casca do abacaxi batida em liquidificador ou amassada) + Folhas de:
beterraba, seriguela, couve, batata, hortelã, mastruz, erva-doce;
Laranja + Goiaba
Caju + Folhas de: beterraba, seriguela, couve, batata, hortelã, mastruz, erva-doce;
Acerola + Folhas de: beterraba, seriguela, couve, batata, hortelã, mastruz, erva-doce;
Caju + Acerola;
Laranja + Acerola;
Laranja + Caju;
Limão + Caju;
Acerola + Limão;
Mamão + Abacate;
Mamão + Banana;
Banana + Abacate.
Pães
Pão Enriquecido
Ingredientes:
3 copos de farelo de trigo torrado e moído;
1 copo de sementes de girassol torrado e moído;
100g de rapadura raspada bem fina;
3 ovos;
1 copo de fubá de milho;
2 xícaras de açúcar;
1 colher de sopa de sal;
1 pacote de 10g de fermento para pão (ou 1 colher de fermento de padaria);
1 litro de leite;
6 xícaras de farinha de trigo;
1 copo de óleo ou banha ou manteiga ou margarina.
Preparo:
Dissolver o fermento em um copo de água
Juntar todos os ingredientes, inclusive o fermento, pouco a pouco mexendo bem até ficar uma
massa bem igual.
Deixar descasar a massa, coberta com um pano molhado até crescer na forma.
67
Obs. Para saber se a massa está no ponto de ir para o forno, basta colocar um pouco em um copo
com água, quando subir estará no ponto de assar;
Levar ao forno quente em forma untada.
Pão de Jerimum
Ingredientes:
2 xícaras de jerimum cozido
1 colher de fermento de padaria ou 1 pacote de 10 g de fermento granulado seco para pão
1 xícara de água morna;
Meia xícara de açúcar;
1 xícara de leite;
1 pitada de sal;
4 xícaras de farinha de trigo;
2 colheres de sopa de óleo ou manteiga ou banha ou margarina;
1 xícara de fubá.
Preparo:
Dissolver o fermento em água morna;
Colocar os outros ingredientes em uma vasilha e misturar bem adicionando o fermento;
Misturar bem a massa até soltar das mãos;
Cobrir com pano molhado e deixar crescer na forma;
Assar em forno aquecido.
Ketchup
Ingredientes:
1 kg de tomate
1 colher de sopa de sal
5 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa de maisena
Temperos variados a gosto( salsa,cheiro verde,pimenta etc)
Preparo:
Colocar os tomates para cozinhar com casca e tudo;
Retirar do fogo quando estiver soltando a casca;
Retire as cascas dos tomates;
Bata as tomates no liquidificar depois peneire para separar as sementes;
Dissolva a maisena em um copo de água;
Junte a maisena, o suco dos tomates, o açúcar, temperos e o sal e leve a fogo até dar o ponto e
consistência
68
Arroz enriquecido
Ingredientes:
1 kg de arroz
½ xícara de folha de beterraba
½ xícara de folha de cenoura
½ xícara de folha de jerimum
½ xícara de folha de bredo
½ xícara de folha de beldroega
½ xícara de couve
½ xícara de talos de batata
Tempero a gosto
Preparo:
Refogue todos os ingredientes adicione o arroz e depois acrescente água.
Bolo Enriquecido
Ingredientes:
½kg Batata doce
½ kg Jerimum cozido e triturado
1 copo de semente de jerimum torradas, moídas e peneiradas
1 copo de semente de girassol torradas, moídas e peneiradas
1 copo de sementes de amendoim torradas, moídas e peneiradas
1 copo de caroço de jaca cozido e retirado a casca
1 copo de rapadura
1 copo de mel
2 copos de fubá de milho
5 copos de farinha de trigo
1 copo de coco ralado
2 copos de açúcar
1 copo de banana cortada
1 litro de leite
1 pitada de sal
1 colher de sopa de fermento
½ copo de manteiga
Água até dar o ponto.
Preparo:
Mistura tudo até obter a consistência de bolo.
Leve ao fogo.
69

Documentos relacionados