oletim cooperativista

Transcrição

oletim cooperativista
O COOPERATIVISMO
É DE I N I C I A T I V A
POPULAR
EM T U D O . T O D O
ELE É E D I F I C A D O
PELA A C T I V I D A D E D O S C I D A D Ã O S
OLETIM
COOPERATIVISTA
REDACÇÃO
E
A D M I N I S T R A Ç Ã O
N
I
N.° 160
C O O R D E N A D O POR
Rua C 3, Lote 300-A — Olivais-Sul — LISBOA-é
ANTòN-O
V
E
R
S
/
Fevereiro
Publicação mensal
SÉRGIO
A
R
I
—
/
1967
Distribuição aratuita
O
N a passagem do seu 16." a n i v e r s á r i o o B O L E T I M C O O P E R A T I V I S T A s a ú d a :
O grande pedagogo e doutrinador do Cooperativismo, A n t ó n i o Sérgio, que tanto incentivou a sua
fundação;
A U N I C O O P E e as Cooperativas assinantes a quem deve a sua vivência e desenvolvimento;
Todos os cooperadores que t ê m enriquecido as suas colunas, ajudando-o n a sua m i s s ã o ;
Todos os militantes cooperativistas portugueses que erguem e fazem progredir o Movimento Cooperativo Nacional;
A_ Imprensa portuguesa que tem dado guarida à propaganda cooperativista, contribuindo assim para o
d i v u l g a ç ã o dos princípios e dos bens da C o o p e r a ç ã o ;
A F e d e r a ç ã o Sueca da Cooperação de Consumo pela sua ajuda fraternal à cooperação portuguesa de
consumo;
A A l i a n ç a Cooperativa Internacional, expoente mundial da Cooperação.
P a r a os m o v i m e n t o s cooperativos
os seus j o r n a i s s ã o seiva que os alim e n t a e f a z p r o g r e d i r . Á s ideias
que os j o r n a i s cooperativos defendem, as a c ç õ e s que promovem, os
seus apelos aos leitores, c i r c u l a m
a t r a v é s da sua 'rede de d i s t r i b u i ç ã o ,
nas malhas da qual os m o v i m e n t o s
crescem e se f o r t a l e c e m .
O «Boletim Cooperativista» tem
exercido em P o r t u g a l u m a a c ç ã o
i d ê n t i c a e por isso ganhou j u s t a mente a p o s i ç ã o de ó r g ã o do M o v i mento Cooperativo P o r t u g u ê s . Ê i n d u b i t á v e l a sua c o n t r i b u i ç ã o importante para se c r i a r no p a í s u m
m a i o r e s p í r i t o de unidade cooperat i v a e horizontes m a l svastos à cooperação.
U m a n i v e r s á r i o , no entanto, n ã o
deve c o n s t i t u i r apenas p r e t e x t o
p a r a louvar. A p o n t a r d e f i c i ê n c i a s e
erros n ã o vem menos a p r o p ó s i t o
porque nos a n i v e r s á r i o s das i n s t i t u i ç õ e s cooperativistas n ã o se deve
apenas comemorar o passado mas
t a m b é m m e d i t a r sobre o que e s t á
m a l e p r e p a r a r u m f u t u r o melhor.
É evidente que o B O L E T I M COOP E R A T I V I S T A n ã o consegue ainda
a t i n g i r a grande massa dos cooperadores e assim exercer neles o seu
papel de r e f o r m a d o r das c o n s c i ê n cias menos p r o p í c i a s a c o m p a r t i c i par no desenvolvimento da cooperaç ã o portuguesa. C o n t r i b u i para isso
—• n ã o o negamos — n ã o conter m a t é r i a e linguagem mais atraentes
dos cooperadores m a i s passivos.
N ã o é, p o r é m , menos verdade que
o BOLETIM COOPERATIVISTA
n ã o beneficia de u m aparelho de dist r i b u i ç ã o eficiente. U m n ú m e r o
ainda i m p o r t a n t e de cooperativas
continua a n ã o dar a este problema
a i n d i s p e n s á v e l a t e n ç ã o . Dezasseis
anos de protestos dos cooperadores
cont. 2
16
UM C A R Á C T E R
a n i v e r s á r i o
mais conscientes p a r a acabar com a
i n u t i l i z a ç ã o , todos os meses, de m i lhares de exemplares do B O L E T I M ,
d e n t r o de cooperativas que o r e q u i s i t a m mas n ã o o d i s t r i b u e m convenientemente.
M a i s de v i n t e cooperativas t o m a r a m c o n s c i ê n c i a dos seus deveres
p a r a com a f o r m a ç ã o cooperativista
dos seus associados e passaram a
u t i l i z a r o s e r v i ç o c e n t r a l de endereç a m e n t o , fazendo assim o « B o l e t i m
C o o p e r a t i v i s t a » chegar a todos os
seus associados. Outras, p o r é m , e
das mais importantes, c o n t i n u a m a
negar ao B O L E T I M o acesso à
m a i o r i a dos seus associados.
Os p r e t e x t o s s ã o v á r i o s mas
pouco convincentes: n ã o convencem
mesmo os p r ó p r i o s que os apresent a m à guisa de desculpa. M a s continua-se a ladiar a d e c i s ã o que se i m põe desde h á m u i t o p a r a que o B O L E T I M C O O P E R A T I V I S T A possa
desempenhar m a i s largamente a sua
missão informadora e doutrinadora.
A o iniciar-se o 17 ano de v i d a do
B O L E T I M COOPERATIVISTA todos os seus colaboradores e amigos
e s t ã o e s p e r a n ç a d o s — e s t ã o mesmo
certos —• de que todas as verdadeiras cooperativas, sem e x c e p ç ã o , acab a r ã o p o r c u m p r i r os seus deveres
i n e g á v e i s p a r a com o ó r g ã o do mov i m e n t o em que e s t ã o integradas e
p a r a com os seus p r ó p r i o s associados c u j a e d u c a ç ã o lhes compete
fazer.
H o j e , os cooperadores portugueses podem comemorar o 16.° anivers á r i o do seu j o r n a l com l e g í t i m o
o r g u l h o , apesar dos escolhos e d e f i c i ê n c i a s apontados. Mas todos devem querer,
devem lutar por que,
daqui a um ano, todos esses
escolhos estejam
derrubados
e as deficiências
desaparecidas.
GLORIOSO
(à memória de JOSÉ
J O S É D E SOUSA COELHO
No dia 25 de Janeiro faleceu J o s é de
Sousa, um dos cooperadores 'mais conscientes do nosso movimento em que v i a
um meio eficaz de ensinar o povo portug u ê s a melhorar a sua vida. Para Joisé
de Sousa, a felicidade do povo depende
dele p r ó p r i o em primeiro lugar, das instituições de ' c a r á c t e r económico que criar
e da isua educação física.
Encarava as cooperativas como escolas
de civismo e de p r o m o ç ã o social e f o i com
esta ideia que trabalhou pela reestruturação do Ateneu Cooperativo com o f i m de
fazer desta sociedade um centro de desenvolvimento do 'espírito e da educação cooperativos. Pela mesma r a z ã o era u m verdadeiro amigo do «Boletim Cooperativista» no qual v i a o ó r g ã o do todo o movimento cooperativo e u m meio poderoso de
melhorar a consciência popular e que.
por isso mesmo, queria que fosse verdadeiramente independente.
Acreditava na 'capacidade do povo para
se emancipar e tornar-se empreender, l i bertando-se do marasmo e da espera passiva de que outros resolvam os problemas
que lhe respeitam.
Foi, aissim ,sempre que orientou a sua
actividade de cooperativista. Infelizmente
o seu trabalho profissional, que o prendia
de dia e de noite, de modo errgular e
inesperado, e mais tarde a grave doença
que o vitimou, impcdiram-no de continuar
a sua n o t á v e l e esclarecida actividade
cooperativista.
O seu f u n e r a l f o i uma sentida manifest a ç ã o de pesar, tendo-se nele encorporado
mais de uma centena de pessoas, grande
n ú m e r o de representantes de cooperativas
de Lisboa e arredores, da Unicoope e do
«Boletim Cooperativista». Junto da sua.
campa o Prof. Coelho de Sousa proferiu
um discurso de homenagem.
A sua f a m í l i a , bem como ao Ateneu
Cooperativo e à s Cooperativas dos Conferentes M a r í t i m a s e Caixa E c o n ó m i c a Oper á r i a apresentamos as nossas condolências.
DE
SOUSA)
Sucumbiu, vitimado por terrível
doença, este i n c a n s á v e l cooperativista.
Lutador de ideias nobres foi, também, um pacifista de a c ç ã o . Autodidacta por v o c a ç ã o , J o s é de Sousa,
que sofreu muito, foi, ainda, um estudioso e s f o r ç a d o dos problemas sociais. Auxiliado por u m a inteligência robusta impunha-se, naturalmente, à consideração geral, granjeando E s t i m a e P r e s t í g i o . O Senso
e a Tolerância foram atributos básicos do seu Carácter.
Viajante i n f a t i g á v e l e observador
arguto, o grande cooperador, nas
suas a n d a n ç a s , pensava mais nos
outros do que em si, distinguindo-se
pelos c o m e n t á r i o s elevados e a propósito de qualquer assunto em que
se pedia o seu parecer. E l e , que foi
um operário de r a r a capacidade
técnica, nunca se esqueceu dessa
condição, quando se d e b r u ç a v a perante os problemas e os procurava
resolver socialmente.
Parte ,depois de sofrer como poucos, e os seus amigos sentem ainda
mais o seu desaparecimento porque
sabem a falta que ele faz à Cooperação Portuguesa.
A sua palavra, o seu e s t í m u l o e a
sua dedicação eram labaredas vivas
de um coração m a g n â n i m o , que se
consumia a bem da Colectividade,
transmitindo aos outros o calor da
sua e s p e r a n ç a e a f é no triunfo da
Justiça.
Continuaremos, n a medida das
nossas possibilidades a elevar as
ideias que o abrasaram, certos de
que, procedendo assim, cumprimos
um mandato íntimo, homenageando,
igualmente, o seu Carácter Glorioso.
J O S É 'O C O E L H O D E SOUSA
S U M Á R I O
8
Aniversário
•
Página Agrícola
8
O Plano Ames no Rio G r a n d e do
S
Sul
Suécia 1903 — o sonho iinha
aca-
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M
Os novos Corpos Gerentes
da Cooperativa
de Produção
e
Consumo
de Alcântara
2." Comuna e da Cooperativa
Banheirense
de
Assistência,
Abastecimentos,
Cultura
e Recreio
tiveram
a amabilidade
de enviar ao
«.Boletim
Cooperativista»
as suas saudações,
que muito
agradecemos.
bado
•
D e Norte a Sul — Noticiário C o o perativo
•
Mun~o C o o p e r a t i v o
•
Telex Consumo
2 boletim cooperativista
Também
a Direcção
da Cooperativa
de Lordelo
do Ouro enviou à
Comissão
Redactorial
do «Boletim
Cooperativista»
palavras
gentis
de
saudação.
Registamos
as amáveis
referências
e ao mesmo tempo
felicitamos a grande cooperativa
nortenha
pela regularidade
administrativa
que demonstra
depois de um período difícil a que só o esclarecido
amor
à Cooperação
dos seus militantes
conseguiu
pôr
termo.
Coordenação de J. B. Gonçalves
A s cooperativas
devem
ter
todos
os instrumentos
necessários
para
favorecer
o agricultor
no
mercado,
para aumentar
notavelmente
os rendimentos
das comunidades
rurais
e
para
impedir
as tendências
que
1
actualmente
ameaçam
a
vitalidade,
e mesmo
a existência,
das
nossas
pequenas
comunidades.
0 mal é que
os que já existem
ainda
não
estão
integrados
nem coordenados
de maneira
adequada.
A d u p l i c a ç ã o inútil dos serviços
cooperativos, tanto locais corno
regionais, deve íerminar mediante a combinação, consolid a ç ã o o u c o o r d e n a ç ã o e n t r e as
cooperativas afectadas.
2
D e v e h a v e r serviços c o o p e r a t i v o s i n t e g r a d o s p a r a os sócios
mediante financiamento adeq u a d o , associações de crédito
para a p r o d u ç ã o ou outros
m e i o s e e m r e l a ç ã o a o f a b r i c o , o uso
d e m a r c a s r e g i s t a d a s e sua p r o m o ç ã o c o m vista à c o m e r c i a l i z a ç ã o .
As cooperativas devem c o m b i n a r t a n t o os seus recursos
c o m o as suas n e c e s s i d a d e s , d e
m a n e i r a q u e as suas p r ó p r i a s
g e r ê n c i a s p o s s a m f o r m a r escolas e s e r v i ç o s p r ó p r i o s , c o m p a n h i a s
próprias de engenharia, arquitectura
e publicidade e facilidades próprias
centralizadas de investigação, em
escala a d e q u a d a p a r a as suas n e cessidades.
NÃO
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8
e ri \ o s
para
A preparação e a orientação
dos e m p r e g a d o s d e v e c o n s t i tuir um dos primeiros objectivos d e t o d a a c o o p e r a t i v a ; e
a i n d a , t o d a s as c o o p e r a t i v e s
j u n t a s d e v e m o r g a n i z a r escolas e
escolas e i n s t i t u i ç õ e s e d u c a t i v a s d e
a c o r d o c o m as n e c e s s i d a d e s .
Fortalecer
a
Cooperação
3
P a r a estes f i n s as c o o p e r a t i v a s
d e v e m unir-se p a r a a d o p t a r e
fomentar
marcas
registadas
nacionais e proporcionar facilidades adequadas e completas p a r a u m a c o m e r c i a l i z a ç ã o n a cional eficaz.
As cooperativas devem obter
os s e r v i ç o s d o s m e l h o r e s g e rentes e d i r e c t o r e s , o q u e s i g nifica oferecer bons salários,
oportunidades d e fazer carreira, e um p r o g r a m a d e contrato d e
pessoas q u a l i f i c a d a s d e n í v e l m é d i o
e superior.
Dez
M
9
Ag r íco I a
Q u a n d o e necessária a c o m pra de artigos de grande valor
deve efectuar-se m e d i a n t e um
sistema c o o r d e n a d o e c o m b i nado de compras, por meio de
de uniões cooperativas o u , pelo menos,
actuando em conjunto.
u
Devem desenvolver-se plenam e n t e as o p o r t u n i d a d e s p a r a
q u e as c o o p e r a t i v a s r e a l i z e m
negócios entre si, n u m a escala
muito maior que a actual.
Por este motivo,
expõem-se
a seguir dez objectivos
para
as
cooperativas
agrícolas
em geral,
que
são
dignos
do esforço
união de todas
as
cooperativas
de diferentes
tipos
que
trabalham
neste
importante
sector.
C o m o crescimento das cooperativas e a intensificação da
concorrência privada, deve haver cada vez m a i s - — e nunca
menos — uma activação eficaz
da educação, informação e participação dos associados.
10
Esta e d u c a ç ã o e p r e p a r a ç ã o
deve oferecer-se aos empregados, gerentes e associados
e ainda a todos aqueles que
estiverem por a l g u m a f o r m a
ligados
ao
desenvolvimento
cooperativas agrícolas.
6
i as
(Transcrito e adaptado de «Hoja
Mural de Cooperacionv> da Escola de Gerentes
Cooperativos
de Saragoça)
O UE 3 RA SER ENGANADOS
A o comprar vinhos maduros ou verdes
exi|a-os
VINHOS
ESPECIAIS A
das
ADEGAS COOPERATIVAS
PREÇOS CORRENTES
boletim cooperativista 3
NAS COOPERATIVAS A ACTIVI-
SEM
COOPERATIVISMO
N Ã O HÁ C O O P E R A Ç Ã O í
D e s e j á m o s todos n ó s os que trabalhamos neste jornal, na data em que se comemora o seu 16." a n i v e r s á r i o , prestar
uma muito sincera homenagem — miau
grado a sua excessiva simplicidade — a
A n t ó n i o Sérgio, o maior dos doutrinadores cooperativistas portugueses e promotor da f u n d a ç ã o do B O L E T I M .
E n ã o e n c o n t r á m o s medo mais apropriado de homenagear quem, como A n t ó nio Sérgio, despreza cumprimentos e
aplausos mas anseia pelas r e a l i z a ç õ e s
p r á t i c a s , que apoiar, embora assim modestamente, o seu combate pela e d u c a ç ã o
cooperativista ,dando à publicidade nestas
colunas alguns dos muitos textos em que
o nosso maior cooperador aponta, com o
seu ardor de sempre e a sua luminosa, clarividência, o caminho a tomar pelos cooperadores portugueses se quiserem ajudar o povo a construir uma vida mais
feliz na 'Paz e no Amor.
A COMISSÃO
REDACTORIAL
0 TRABALHO DAS COMISSÕES CULTURAIS É DE TANTA IMPORTÂNCIA
COMO 0 DOS ADMINISTRADORES DAS COOPERATIVAS
E s t á bem no e s p í r i t o do nosso
moviineato que as c o m i s s õ e s c u l h i rais e as c o m i s s õ e s f e m i n i n a s exerç a m nas cooperativas r e l e v a n t í s sima a c t u a ç ã o . Quero dizer u m papel de n ã o menor i m p o r t â n c i a do
que aquele que aos corpos da a d m i n i s t r a ç ã o compete.
seu proceder, do verdadeiro espírito
dos Pioneiros de Rochade! Ê que
h a v i a o mecanismo das cooperativas
de consumo; mas n ã o o espírito que
vivifica as coisas; mas n ã o u m a p r o funda doutrinação cooperativista,—
que fosse ao â m a g o , à base, à raiz,
à e s s ê n c i a ; isto é : a r e f o r m a ç ã o das
almas; a iniciativa popular; a comunidade fraterna. Faltou a educação que as ditas c o m i s s õ e s t ê m a
m i s s ã o (e o dever) de realizar à
finca; faltou a n o ç ã o de que os verdadeiros bens s ã o aqueles que nos
v ê m do nosso próprio e s f o r ç o , e n ã o
os que se recebem da benemerência
de « c h e f e s » .
O n ã o se haver hadicado nos nossos homens do povo a ideia de que
o cooperativismo é uma reformação)
social, e ele próprio a finalidade que
se d e v e r á ter em vista (e n ã o ape-J
nas um meio para qualquer outro
intento); o n ã o se ter arreigado, i a
eu dizendo, essa ideia j u s t í s s i m a sobre o que é ele em s i mesmo, — foi
a causa de maior i n f l u ê n c i a na paC o n v e n ç a m o - n o s de que o trabaragem e no retrocesso do cooperati- lho das duas espécies de c o m i s s õ e s
vismo entre n ó s .
J ^ H H —as c o m i s s õ e s culturais e as comisSe tal concepção moral-social ti- s õ e s femininas — é de tanta imporvesse penetrado n a nossa massa t â n c i a como o dos administradores
obreira; se existisse uma faina de das cooperativas, cumprindo-lhes
c o m i s s õ e s culturais, destinada a criar o ambiente e o alicerce em que
alimentar o espírito cooperativista, a obra destes ú l t i m o s se deverá
— é muito de supor que as multi- erguer.
d õ e s portuguesas se n ã o deixassem
ANTÔNIO SÉRGIO
arrastar para o desacerto enorme de
abandonarem as cooperativas que
já em Portugal havia para se lançarem n a aventura de um turbilhão
PÁGINA
político sem verdadeiro c o n t e ú d o
económico-social, como foi a propaDE H O M E N A G E M
ganda para a i n s t r u ç ã o da R e p ú A
blica. Julgou o operariado que poderia obter de políticos os bens que
desistia de conceder a si mesmo.
Que afastados se mostravam, nesse
ANTÓNIO
4 boletim cooperativista
SÉRGIO
D A D E P E D A G Ó G I C A D E V E SER
CONTINUA
Comprova-se que o desvelo na
e d u c a ç ã o dos sócios n ã o é s ó indisp e n s á v e l nas a s s o c i a ç õ e s que começ a m . M u i t o ao i n v é s : esse a f ã i m p õ e - s e cada vez com mais f o r ç a à
medida que as cooperativas v ã o ganhando em i m p o r t â n c i a , quanto ao
n ú m e r o de sócios e à complexidade
orgânica.
I m p o r t a que se combata, em
grande n ú m e r o de associados, a tend ê n c i a a limitarem-se a i r embolsando os retornos, sem nada empreenderem para o m a i o r bem com u m ; ou p a r a de todo se alhearem
da c o n d u ç ã o dos n e g ó c i o s quando
v ê e m que as cousas v ã o de vento em
popa, como se tudo devesse camin h a r por si mesmo; ou, pelo c o n t r á rio, p a r a i r e m t r a t a n d o de se colocar de longe logo que caem na conta
de que elas n ã o v ã o m u i t o bem, ou
quando surgem problemas, óbices,
desacordos, d ú v i d a s — p r e f e r i n d o o
comodismo, a mentalidade, a f u g a . . .
M i l i t a n t e s h á que consideram a r r i s cada u m a a f l u ê n c i a repentina de
m u i t o s sócios novos; estes, t u d o encontrando edificado e em m a r c h a ,
dispensam-se de qualidades de i n i ciativa e arranque. U r g e , pois, i n cutir-lhes a iniciativa, o entusiasmo, a f é .
Por conseguinte, t a n t o nas a n t i gas como nas novas cooperativas a
actividade p e d a g ó g i c a d e v e r á ser
c o n t í n u a . A o s Pioneiros, como se
sabe, n ã o lhes f a l t o u a c o n s c i ê n c i a
de ser isto assim. R e s e r v a r a m f u n dos para as t a r e f a s da e d u c a ç ã o .
ANTÔNIO
SÉRGIO
P A R A C R I A R U M A CIVILIZAÇÃO
SUPERIOR
A p r i m e i r a ideia que as c o m i s s õ e s
c u l t u r a i s devem querer i n c u t i r a
todos os c o n s ó c i o s é a que à cooper a t i v a para a qual e n t r a r a m a n ã o
devem encarar como sendo algo
exterior, criado p o r o u t r e m p a r a
v a n t a g e m deles, mas u m a obra que
se m a n t é m pela c o l a b o r a ç ã o dos s ó cios — u m a c r i a ç ã o deles p r ó p r i o s
—• que depende do e s f o r ç o que os
associados f i z e r e m , quanto à sua
e f i c i ê n c i a , prosperidade e progresso.
Cumpre-lhes a l é m disso, dar-lhes
conhecimentos acerca do cooperat i v i s m o que os t o r n e m cooperadores
p e r f e i t a m e n t e conscientes; e e n f i m ,
l e v á - l o s a sentirem-se participantes,
todos eles, n ã o unicamente de u m a
cooperativa dada, mas de u m g r a n cont. 9
auto-
E S P E C I A L
PARA
G E R E N T E S
O R G A N I Z A D O PELO D E P A R T A M E N T O DE
FORMAÇÃO
TÉCNICA
E COOPERATIVA
N.° 1 0
0
V,
T r
3
Q
N e s t a folha, que é dirigida a o s gerentes, e n c a r r e g a d o s de secção e consumidores em g e r a l , são dados certos conselhos e feitas
algumas sugestões úteis p a r a promover as vendas
UM TESTE
SOBRE
PASTAS
DENTÍFRICAS
Continuamos neste número a transcrever com as necessárias adaptações o teste efectuado pela
Fundação para a Protecção aos Consumidores, sobre um produto que estes mal conhecem e usam todos os dias.
Economia do emprego
Esta a v a l i a - s e d e t e r m i n a n d o o n ú m e r o d e a p l i c a ções n o r m a i s , possíveis c o m l O O g d e p a s t a . N e s t e
c a s o f u n d o u - s e a i n v e s t i g a ç ã o neste p o n t o d e p a r t i d a :
s ã o p r e c i s o s 0,8 c m d e p a s t a p a r a c a d a u t i l i z a ç ã o .
3
Poder a b r a s i v o ( c a p a c i d a d e d e fricção)
A c a p a c i d a d e de f r i c ç ã o resulta d o p o d e r a b r a s i v o
d o a g e n t e d e t e r g e n t e o u d e l i m p e z a . A d u r e z a deste
d e v e ser e m t o d o c a s o i n f e r i o r à d o e s m a l t e d e n t á r i o ,
p o i s c o r r e r i a o risco d e ser r i s c a d o e d e n ã o p o d e r
regenerar-se. A p l i c a n d o um processo n o r m a l i z a d o ,
determinou-se a capacidade de fricção por comparação com a pedra pomes, da qual o poder abrasivo
é bem c o n h e c i d o . A m a i o r parte das pastas exercem
u m a a c ç ã o 15 a 100 v e z e s i n f e r i o r à d a p e d r a p o m e s :
t o d a s d ã o resultados c o m p r e e n d i d o s nos limites e x i g i d o s pelos institutos especialiados.
É n e c e s s á r i o e n t e n d e r p o r este t e r m o a q u a l i d a d e
d o p o d e r m o l h a n t e . A pasta deve p e n e t r a r m e s m o nos
l o c a i s inacessíveis à e s c o v a , a f i m d e e l i m i n a r os r e síduos a l i m e n t a r e s .
Consistência
A p a s t a n ã o d e v e ser n e m m u i t o d u r a , n e m m u i t o
m o l e , a f i m d e q u e se possa f a c i l m e n t e e s p r e m e r o
tubo e que a o mesmo adira bem à escova. Deve a i n d a
e s p a l h a r - s e r a p i d a m e n t e s o b r e os d e n t e s .
q u a n d o o tubo f i c a
É p o r isso q u e a m a i o r p a r t e
estabilizante de humidade q u e
endureça quando o tubo fica
f a z e r o teste, d e i x a r a m - s e os
dois dias.
Comportamento a uma temperatura de 3 5 °
Esta a n á l i s e p e r m i t e e s t a b e l e c e r q u a i s as pastas
q u e p o d e m ser e m p r e g a d a s e m r e g i õ e s q u e n t e s , sem
sofrer liquefacção.
G r a u de acidez
U m a pasta dentífrica n ã o deve conter á c i d o . A presença d e á c i d o t o r n a r i a os d e n t e s m a i s b r a n c o s e o
t á r t a r o desapareceria c o m p l e t a m e n t e , mas atacaria o
esmalte, e a longo prazo destruiria o dente.
V e l o c i d a d e d e diluição na á g u a
Poder d e difusão
Comportamento
n ã o só as c r i a n ç a s . . .
d a s pastas c o n t é m u m
i m p e d e q u e a pasta
a b e r t o . Por isso, p a r a
tubos abertos durante
aberto
O s t u b o s d e v e r i a m ser f e c h a d o s d e p o i s d o seu
e m p r e g o ; entretanto, o esquecimento é humano, e
O i n d i v í d u o a p r e s s a d o , q u e d e s e j a q u e os seus
dentes sejam limpos d e m a n h ã em dez segundos,
a p r e c i a r á o f a c t o d e q u e a p o s t a se d i l u e m u i t o
rapid a m e n t e n a á g u a . Pelo c o n t r á r i o , o h o m e m m a i s r e f l e c t i d o , q u e c o n s a g r a a este a c t o t a l v e z d o i s m i n u t o s
ou mesmo mais, preferirá u m a d i l u i ç ã o um p o u c o
mais lenta.
Acção espumante
M u i t a s pessoas g o s t a m d e u m a e s p u m a a b u n d a n t e ,
a i n d a q u e ela n ã o exerça q u a l q u e r influência no
aspecto de p o d e r de penetração.
(Conclui
no próximo
número)
boletim cooperativista 5
UM PRODUTO SEMPRE PRESENTE
A LEXiVIA
Apesar
do desenvolvimento
a velha lexivia continua
do emprego
a ser largamente
utilizada
Se o total de vendas de lexivia pelos processos
mento da venda de produtos
das máquinas
de lavar e dos detergentes
e não parece prestes a desaparecer
tradicionais
baixou,
tem sido compensado
A lexivia, cujo nome francês é «eau de Javel», deve o seu nome à pequena aldeia de
Javel existente nos arredores de Paris no
séc. XVIII, onde o sábio Berthollet a descobriu,
ao querer imitar artificialmente o branqueamento da roupa pela acção do sol. O uso da
lexivia propagou-se em todo o mundo em parte
devido a ter sido descoberta a sua propriedade
desinfectante na purificação das águas.
Novamente a indústria conseguiu apresentar sob uma forma concentrada e com uma
grande estabilidade este produto usado há três
séculos.
3.
Esterilização da água potável
Uma a duas gotas de lexivia por litro de
água,- agitar bem e esperar uma meia hora
antes de consumir. Este processo é prático e
seguro no campo e também para os campistas.
ATENÇÃO À MANIPULAÇÃO DA LEXÍVIA
CONCENTRADA!
Branqueamento
A acção dos pós detergentes efectua-se durante a lavagem; a lexivia age depois da lavagem,
em água clara e permite a busca do
branco uniforme. É preciso utilizar a lexivia
de modo a preparar primeiro a solução — uma
colher de sopa por litro — e depois mergulhar
nela a roupa durante cinco minutos. Há que
ter em atenção que se a lexivia é concentrada
deve diminuir-se a dose de utilização.
Desinfecção
O emprego dos tecidos que se não passam
a ferro não permite uma desinfecção suficiente
6 boletim cooperativista
pelo au-
da roupa; a lexivia age sobre todos os micróbios e pode ser facilmente adicionada à água
de enxaguamento; se se diminuir a quantidade
de lexivia, é preciso deixar a solução actuar
mais tempo.
UTILIZAÇÃO DA LEXÍVIA
2.
mercado.
concentrados.
O Q U E É A LEXÍVIA
1.
do
modernos,
fNCICLOPioi»
BO
R E A L IZAR AM-SE
EM 1966
Os primeiros cursos para dirigentes de cooperativas
No número anterior assinalámos o facto de
haver já um bom lote de gerentes que frequentaram um curso especializado para a direcção
de um auto-serviço e levado a efeito pelo Departamento de Formação Técnica e Cooperativa. Neste número assinalamos o facto de os
primeiros cursos para dirigentes se terem também ralizado em 1966.
Funcionaram três cursos: dois na Margem-Sul do Tejo, para as cooperativas dessa zona,
e um no Porto para as cooperativas da cidade.
Todos eles se revelaram muito úteis para o debate dos problemas que afligem o movimento.
O programa dos cursos que incluía aspectos
teóricos e práticos do cooperativismo de consumo, foi elaborado de acordo com as sugestões dadas pelo especialista sueco prof. LiI[estro m de acordo com o nível actual do desenvolvimento cooperativo português. Não abrangeu aspectos demasiado complexos mas antes
versou matérias simples e acessíveis a todos os
que o frequentaram fossem pequenas ou grandes as habilitações literárias.
Em dois dos locais, Barreiro e Porto, os cursos foram um êxito pois os inscritos seguiram-no sempre com muito interesse. Infelizmente
o mesmo não aconteceu em relação ao que se
realizou na zona de Almada onde o desinteresse por parte dos dirigentes de algumas
cooperativas foi notório. Fosse como fosse, no
No ano corrente irão fazer-se novos cursos
de iniciação e cursos complementares
entanto, os inscritos reconheceram a sua utilidade e no final manifestaram a sua satisfação
por terem tido a oportunidade de meditar sobre as questões mais importantes da actualidade cooperativa nacional.
Os cursos foram dirigidos pelo Director do
Departamento de Formação Técnica e Cooperativa, Faustino Cordeiro que foi assistido pelos
srs. Fernando Moreira, director da Unicoope,
e Carlos Castro, da Comissão Cultural da
Cooperativa da Foz do Douro, os quais debateram com os participantes os problemas respeitantes à contabilidade das cooperativas.
A todos os participantes foram passados certificados que constituirão motivo de orgulho
para os seus possuidores pelo simbolismo que
representam.
Pode dizer-se para concluir, que, com estes
cursos o movimento cooperativo português
começou, pois como dizia a um dirigente português, um seu colega finlandês com quem falava:
«O cooperativismo começa quando começa a
educação cooperativa».
tf
Alguns dos dirigentes que frequentaram os cursos: na fila de cima, os srs. António José de A l m e i d a d a C o o p e r a t i v a do Pessoal
dos
Telefones do Porto; Sândalo V e i g a Nunes d a C o o p e r a t i v a Banheirense; Sebastião de O l i v e i r a M a i a d a C o o p e r a t i v a d a
Foz
do D o u r o ; Manuel Miranda Santos, d a C o o p e r a t i v a P i e d e n s e ; na fila de b a i x o : os srs. João Eduardo Rodrigues d a Costa
e António d a Silva Monteiro d a «Foz do D o u r o » ; A r m a n d o Fil ipe Marquez d a O p e r á r i a Barreirense e Joaquim Vilarinho da
C o o p e r a t i v a de A l d o a r .
boletim cooperativista 7
DONA
c
o
OAS
M
A
A R R U M A R OS ALIMENTOS NO F R I G O R I F I C O ?
O
Ê o congelador
ou câmara
(nalguns
aparelhos
aparecendo
com o nome inglês «freezer»)
que
produz
frio; evidentemente
que não cria uma temperatura
uniforme
em todos os pontos do frigorífico
. E no interior da câmara o frio é mais intenso (10° a 20° C negativos)
na zona abaixo ou ao lado da câmara, a temperatura já é sensivelmente
mais baixa: entre 0 a 2°; na zona central entre 2 a 6 ; 4 a 7 na zona inferior e 7
a 8 na parte interior ãa porta. Ê necessário
portanto
ter na devida conta estas diferenças
de temperaturas
e
aproveitar
as zonas mais frias para aí colocar os alimentos
mais
sensíveis.
o
CADA ARTIGO
1
N O SEU LUGAR
C a r n e s , a v e s e peixes
S ã o alimentos a l t e r á v e i s que é preciso guardar
na parte mais f r i a do refrigerador.
a)
Crus
a) Restos — devem ser guardados n a prateleira
superior junto à c â m a r a .
b) Massas para pastelaria
— preparados antecipadamente podem ser arrumados n a parte
central.
- "
5
c) Ovos
b)
d)
Cozidos
Atenção!
•
É preciso ter um cuidado especial n a embalagem do peixe a f i m de que ele n ã o espalhe um
odor d e s a g r a d á v e l no vosso aparelho (papel
estampado, sacos p l á s t i c o s ou caixas h e r m é ticas) .
•
•
A carne picada, ou partida em p e d a ç o s pequenos é facilmente alterável. Deve conservar-se
o menos tempo possível.
Os produtos de charcuteria, normalmente mais
gordurosos, s ã o um pouco menos s e n s í v e i s .
P o d e r ã o ser colocados à falta de lugar melhor
n a parte central. •
I
e bebidas
Cremes
NÃO
gelados
— No interior da porta.
— No próprio congelador.
DEVEM METER-SE N O
FRIGORÍFICO
• As bananas, pois escurecem.
• Os ananases, os limões, as laranjas, as toranjas, os melões, as maçãs; unicamente se podem meter lá, durante
meia hora, para refrescar.
• As batatas, as cebolas e os nabos: conservam-se perfeitamente, sem problemas, no exterior
• O vinho tinto; só no verão para refrescar.
QUAL É A DURAÇÃO
CONSERVADOS
DOS ALIMENTOS
NO
FRIGORÍFICO?
Varia evidentemente
com a qualidade
e a frescura dos artigos no momento
em que os coloqueis
no
frigorífico;
também
depende de uma boa
regulação
daquele.
Eis, como orientação,
um pequeno
quadro
da duração em bom estado num refrigerador
a funcionar
perfeitamente:
Leite e produtos afins
T a m b é m estes se conservam n a zona fria. Leite,
manteiga, creme, queijos frescos d e v e r ã o colocar-se
n a zona p r ó x i m a do congelador.
N ã o é aconselhável meter queijos no f r i g o r í f i c o ,
a n ã o ser os que e s t ã o j á «feitos» e dos quais se quer
parar a cura. Metem-se e n t ã o n a zona central.
3.
Diversos
N a p r ó p r i a c â m a r a ou n a gaveta abaixo.
Sobre a prateleira superior, n a zona p r ó x i m a do
congelador.
2.
4.
o
Peixe fresco ou lata de peixe em
Legumes e frutos secos
Depois de cuidadosamente descascados, lavados e
metidos em sacos plásticos ou caixas, o seu lugar s e r á
naturalmente nas zona central e baixa do vosso f r i gorífico.
8 boletim cooperativista
Duração
em bom
estado de
conservação
Alimentos
2
3
1/2
2
dias
dias
dia
dias
1 dia
2 dias
2 dias
Duração
máxima
acessível (*)
5
6
1
4
dias
dias
dia
dias
3 dias
5 dias
4 dias
(•) Atenção:
Estes limites s ã o os m á x i m o s e só podem ser considerados para um aparelho bem regulado, isto é, aquele c u j a temper a t u r a n ã o passe dos 6 C.
o
(Adaptado de «Coopérateur de F r a n c e » )
!
O PLANO ANES NO RIO GRANDE DO SOL
Os ecos da Conferência Latino-Americana sobre Integração Cooperativa,
realizada em Lisboa em Setembro de
1966, não se apagaram ainda, antes se
prolongam no fecundo esforço dos seus
participantes, que procuram levar à
prática as conclusões dessa importante
reunião.
Depois do período de estudo realizado na Europa pelos delegados latino-americanos, que culminou na Conferência de Lisboa, chegam-nos notícias
do Porto Rico, Colômbia e Argentina
sobre os programas que estão sendo estudados ou iniciados para concretização
dos objectivos de integração.
Será importante relatar oportunamente os trabalhos de experiência piloto
que se vai ensaiar no Porto Rico, onde,
correspondendo aos esforços de John
Ames, se constituiu já a Comissão do
Plano.
(BRASID
_ j
nizadora do seu organismo federativo,
com base nos princípios delineados pelo
nosso Plano Ames. Apresentamos um
aspecto dessa reunião, na qual os cooperativistas gaúchos tomaram deliberações importantes e se mostraram decididos a construir o seu futuro por suas
O facto vem comprovar duas verda- próprias mãos.
des: a l . \ que embora o caso escandiA U N Í C O O P E enviou já para Porto
navo ilustre perfeitamente a necessidade Alegre alguma documentação útil, ine vantagem de integração, os países ibé- cluindo: a) novo estatuto; b) regularicos e ibero-americanos muito têm a mento dum Armazém Regional; c) Reganhar com o intercâmbio das respecti- latório da Missão Ames; d) Memória
vas experiências, por se tratar de povos descritiva dos ensinamentos colhidos na
com muitas afinidades e em estado se- nossa experiência. Por limitados que
melhante de desenvolvimento; a 2. , que sejam os nossos recursos, estaremos
estes mesmos países, embora inspiran- sempre ao dispor dos nossos compado-se nos movimentos mais evoluídos, nheiros sulriograndenses, numa colabopodem vir a constituir exemplos origi- ração que desejamos extensiva a toda a
nais de soluções cooperativas, adapta- pátria brasileira irmã, e estamos certos
dos ao seu meio peculiar, e que nesta que os seus esforços serão coroados de
ordem o esforço que está sendo reali- êxito. Daqui os saudamos muito cordialzado pelos cooperativistas portugueses mente, e em especial ao amigo João
é bastante válido e capaz de constituir Alberto Sousa Machado, delegado braresposta às ansiedades doutro movi- sileiro à Conferência de Lisboa sobre
mentos cooperativos em evolução.
Integração Cooperativa, e um dos entuNo passado mês de Outubro de 1966, siastas e impulsionadores da presente
delegados de 34 cooperativas de con- iniciativa integracionista do cooperatisumo do Rio Grande do Sul encontra- vismo gaúcho.
inspirado na nossa ainda modesta experiência, e de terem adoptado como documento de trabalho, com algumas
adaptações, o Plano Ames para Portugal, tal como f o i apresentado pela nossa
Comissão do Plano no Programa Preliminar para 1965.
a
Entretanto, chegou ao nosso conhecimento uma iniciativa muito interessante registada no Estado do Rio Grande do Sul, com vista à constituição de
uma Federação de Cooperativas de Consumo e de montagem dos respectivos
serviços. Com efeito, as cooperativas
do ramo do consumo não possuem ram-se na cidade de Porto Alegre e
ainda neste Estado qualquer organismo decidiram nomear uma Comissão Orsade unidade, e a iniciativa presente deverá constituir um magnífico exemplo
de integração cooperativa, já que beneficia da experiência e do conhecimento
dos erros cometidos em outros empreendimentos semelhantes.
COOPERATOR
O que é sobremodo interessante para
nós, portugueses, é o facto de os cooperadores do Rio Grande do Sul se terem
PARA CRIAR UMA CIVILIZAÇÃO
SUPERIOR
da 9
de movimento de r e f o r m a ç ã o social,
com uma nova concepção das relaç õ e s humanas, para criar no mundo
uma civilização superior.
ANTÓNIO
SÉRGIO
Transcrito do livro «Sobre o
Espírito 'do Cooperativismo» —
Edição do Autor, patrocinada
pelo Ateneu Cooperativo.
Um aspecto da r e u n i ã o p r e p a r a t ó r i a vendo-se à esquerda do orientador o nosso prezado amiffo
J o ã o Alberto Sousa Machado
boletim cooperativista 9
SUECIA-I903
O
SONHO
Cerca do final do século X I X , existiam já muitas cooperativas locais na
Suécia, e em 1899 representantes de 41
destas sociedades reuniram-se num Congresso que resolveu formar uma organização central cooperativa, Kooperativa
Fõrbundet, K F .
Nos primeiros anos da sua existência,
a K F actuou unicamente como organização de informação e difusão das
ideias cooperativistas. Diziam os Estatutos, entre outras coisas, que a K F
devia «encorajar o desenvolvimento e
progresso do Movimento Cooperativo,
por meio de informação e orientação
adequadas, e pela distribuição de literatura apropriada».
O primeiro congresso também decidiu
que a K F agisse como agente de compras forma preliminar de comércio grossista normal, mas no ano seguinte resolveu antes criar uma sociedade cooperativa armazenista, com escritórios em
Malmõ.
TINHA
AO A B A D O
das ideias cooperativas. No ano seguinte
o comércio grossista recomeçou, e
quando terminou o ano de 1904, o balanço mostrava um excedente — só
4.000 coroas, é verdade, mas as fundações estavam firmemente lançadas, e a
fé na cooperação começou a tornar-se
mais forte.
Hoje 25 por cento das vendas alimentares de toda a Suécia, e cerca de 17 por
cento do comércio retalhista total do
país faz-se através das lojas cooperativas, e estas percentagens aumentam dia
a dia».
Esta história verdadeira é contada na
edição recente do livro «Trabalhando
juntos na Suécia», no qual se relatam as
um artigo de
As primeiras cooperativas eram f i nanceiramente muito fracas, e tinham
necessidade de prazos tão grandes de origens e o desenvolvimento moderno
crédito que o armazém cooperativo em do cooperativismo de consumo neste
país escandinavo.
breve se viu em sérias dificuldades.
Merece ser transcrita no nosso «BoleNuma carta escrita na primavera de tim», na medida em que descreve uma
1903, o director-gerente escrevia: «A vitória decisiva mas de proporções ininossa actividade armazenista está con- ciais modestas, sobre dificuldades do
denada; as cooperativas são muito dé- mesmo tipo daquelas que têm barrado
beis para poderem colaborar. Muitas o caminho ao Movimento Cooperativo
Português na sua história recente. Teredelas não conseguem entregar um cenmos, é verdade, de adicionar 60 anos ao
tavo pelas mercadorias que levantam, calendário para obter situações sememesmo quando as ameaçamos com pro- lhantes: ao retrocesso de 1962-63 da
cedimento judicial. Esta é a decepção UNICOOPE, sucedeu-se a histórica
mais amarga da minha vida. As nossas Assembleia Geral de 31 de Maio de
sociedades mais fracas — que são a 1964, na qual se lançou o Plano Ames
maioria — desaparecerão antes de see se oficializou a instituição do Armapoder desenvolver o cooperativismo na zém Regional do Norte.
Também entre nós, durante aquela
Suécia. Não podemos fechar os olhos a
crise
recente, dirigentes dedicados da
esta realidade, por mais desencorajante
UNICOOPE
se lamentavam, tal como
que pareça. N ã o , o nosso sonho acao
dierctor-gerente
da K F em 1903, de
bou!»
que o abandono a que as cooperativas
Nessa mesma primavera aquela mo- filiadas votavam a sua União, condedesta actividade armazenista terminou. nava esta a desaparecer em breve, e os
Parecia realmente que o sonho tinha condenava a eles, seus obreiros, a assisacabado. O Congresso de 1903 nada tirem e a serem actores nesse drama
mais tinha a fazer do que decidir se a onde seriam sepultados 8 anos de injovem Kooperativa Fõrbundet devia de- gentes esforços.
saparecer.
Felizmente, também entre nós, pareMas o Congresso de 1903 chegou à ce-nos que a crise fundamental f o i venconclusão contrária: a Kooperativa Fõr- cida, e que o testemunho f o i devidabundet devia continuar o seu trabalho, mente recebido pelos cabouqueiros do
a actividade armazenista devia ser reto- Plano Ames, em condições que garanmada, e a União era encarregada de tem a continuidade da obra dos que os
iniciar a publicação dum jornal difusor antecederam.
10 boletim cooperativista
Serve também para mostrar a muitos
que pensam o contrário, que o Cooperativismo sueco não deve a sua força
ao facto de o nível do país ser elevado.
Antes, o nível do país elevou-se em
grande parte, na medida em que o M o vimento Cooperativo soube vencer enormes dificuldades e tornar-se poderoso.
A Suécia era até, no início deste século, um país pobre, onde as condições
de vida forçavam a emigração da massa
para os Estados Unidos e Canadá. Estocolmo era em 1900, a cidade mais suja
da Europa, a par de Istambul.
A Cooperação sempre f o i filha da
necessidade, e não da iniciativa dos
bem instalados. A Cooperação serena
não foge a esta regra, e só a capacidade
de trabalho e luta dos cooperativistas
deste pai s permitiu a instituição de uma
K F potente, que tem protegido da maneira mais eficaz os interesses da comunidade, ao longo destas seis décadas, e
tem sido um relevante factor no crescimento económico do país.
A corroborar o facto de que a quota-parte do sector cooperativo sueco no
comércio do país tem vindo a aumentar,
podemos dizer que em 1965, no sector
alimentar, era já de 27 % , mantendo-se
a percentagem na distribuição retalhista
geral, devido ao enorme aumento da
procura dos produtos não alimentares,
registada pelas cadeias particulares de
grandes armazéns. Neste sector também
o movimento cooperativo está já fazendo uma rápida progressão, graças à
sua organização nacional DOMUS.
Os números registados em 1965 foram os seguintes:
Cooperativas
338
Sócios
1.322.634
Pontos de venda
3.906
Lojas em auto-serviço
2.684
Grandes Armazéns
128
Empregados (KF e Coop.) ...
58.057
Milhões
de contos
V
Vendas totais das Coop
28,5
Vendas totais da K F
21,4
Vendas dos Grand. Armazéns
9
Capital próprio das Coop. ...
4.5
Capital próprio da K F
3,1
Aumentos das vendas sobre 1964
8,5%
A história do insucesso de 1903 é
para nós uma bela mensagem, se a soubermos receber em todo o seu significado.
DE HORTE A S U L
NOTICIÁRIO COOPERATIVO
A
Mundo
Cooperativo
Da 12
• CINCO MILHÕES D E DÓLARES
postos à disposição para ampliar
a a c ç ã o cooperativa
UNICOOPE CONTINUOU A SUA EXPANSÃO
Propus, na minha mensagem sobre o
junto se verifica que o paralelismo
da e v o l u ç ã o das vendas foi notório, orçamento, mudanças fundamentais na
E m relação ao ano anterior o au- maneira de pôr em prática a política
mento cifrou-se em cerca de 7000 pública para o desenvolvimento do coocontos o que corresponde a uma
perativismo. Recursos que atingem apropercentagem de 40 %.
ximadamente cinco milhões de dólares
destinados a estas actividades são os
meios para acelerar este programa. Reano de 1966 (em milhares de contos)
comendei a reorganização da estratégia
Total
promotora ao nível público, de maneira
2.» Semestre
de vendas
que
a maior quantidade de recursos f i em 3966
nanceiros sejam dedicados ao desenvolvimento do cooperativismo, em activi6 627
11 930
dades tais, como a distribuição de
produtos alimentares, a satisfazer as
necessidades dos nossos agricultores, o
6 764
12 528
desenvolvimento de programas de habitação e assistência médico-social.
Sem haver ainda n ú m e r o s definitivos podemos no entanto informar
que a e x p a n s ã o da Unicoope em
1966 continuou em ritmo acelerado,
E o mais s a t i s f a t ó r i o ainda, é que
se expandiu harmonicamente, no
Norte e no Sul. Assim, pelo quadro
U N I C O O P E — Movimento do
Sectores
Regio-
Armazém
naí
A
1.° Semestre
do
Norte
5 303
rmazém Regional
do
Sul (')
Totais
5 764
11 067
13 391
24 458
(') Resultante da integração dos Armazéns Regionais de Lisboa e da Margem-Sul.
UNIÃO D E ALGÉS
DIRECÇÃO
Presidente — João F. Rana de Almeida. V ice-Presidente — Joaquim Lopes
ASSEMBLEIA GERAL
Guerreiro. 1° Secretário — José Cardoso de Figueiredo. 2." Secretário — LouPresidente — José Rodrigues Caldeira
rival Martins Guerreiro. Tesoureiro —
Patrão. Secretários — Manuel Augusto
Pedro Alexandre de Matos. Vogais: /.",
Pereira e José Dias Pires.
João R. Mourato Dantes; 2°, José A .
Rodrigues Mascate; 3.°, Hélder Martins
CONSELHO FISCAL
Guerreiro; 4.°, Baltasar Hilário; 5 °, JePresidente — Hermilo de Almeida rónimo da Silva Pinto; <5.°, Feliciano VePereira. Relatores — José dos Santos loso Pereira.
Cruz e Carlos Tiago Crujo Dionísio.
CONSELHO FISCAL
DIRECÇÃO
Presidente—João
C. Pedreiro Louro.
Presidente — Tristão José Gonçalves Secretário — José Gomes. Relator —
Jorge. Vice-Presid. — Júlio Coelho da João Correia C. Dinis. Adjuntos — MaFonseca. Secretário — Manuel Branco nuel A . Mourato Dantos e Jacinto RaDuarte. Tesoureiro — Carlos Orlando poso.
Rodrigues de Almeida. Vogais — A r mando Mendes Madeira, Hugo Ribeiro,
Raul Pedro de Oliveira Rocheteau, Baft
sílio Nobre Baptista.
c
Suplentes — António Manuel Ferreira
B
da Costa Mota e Vladimiro Augusto
Martins Santos.
Corpos Gerentes para 1967
«Ao examinar os mecanismos de trabalho para adiantar esta iniciativa achei
que os mesmos requerem três passos
fundamentais:
1) Reorganizá-los de modo a dar-lhe
flexibilidade operacional;
2) criar novos instrumentos de trabalho;
3) dar a esta iniciativa maiores recursos financeiros.
Empreendemos a marcha em todos
eles. Apresentar-lhes-ei em breve propostas legislativas sobre este assunto.
«Ensaiaremos as novas soluções com
audácia, e esperamos que o cidadão façam também a parte que lhes compete.
O cooperativismo portoriquenho tem
mesmo necessidade de movimentar-se e
procurar o seu próprio caminho.
Essa é a sua tarefa». (América Cooperativa).
A
r
COOPERATIVA BANHEIRENSE
I
•
Corpos Gerentes para o ano
de 1967
ASSEMBLEIA
:
GERAL
Presidente — Joaquim Afonso Estrada. 1." Secretário — Virgílio Ferreira Pereira. 2." Secretário — Ventura Rosa
Faísca.
Ja
\
I
não quero este p ã o ! Estou aqui há lanio tempo, que
[do Magazine Kegisconta)
já está duro :
boletim cooperativista 11
Mundo
Cooperativo
CONSUMO
TELEX
CONSUMO
TELEX
filhos», organizada pela K n i t t e l f e l d Consummer Co-operative Society, em colab o r a ç ã o com o director da Secção de PsiO Governo e as cooperativas de con- cologia da C r i a n ç a e do Adolescente do
sumo intensificam a sua acção m ú t u a Instituto de Psicologia, da Universidade
contra a alta de preços. V á r i o s produtores de Viena. Esta exposição f o i em seguida
de diferentes bens de consumo aceitaram montada noutros estabelecimentos coopeaprovisionar directamente os grandes es- rativos.
tabelecimentos e a r m a z é n s cooperativos
De «Co-operative
Newa
Service
com prioridade, e ao p r e ç o de p r o d u ç ã o
Konsumverband»
correspondente ao p r e ç o de entrega ao
primeiro i n t e r m e d i á r i o anterior.
S U É C I A — A integração de grandes estaEste acordo inclui o papel e os f ó s f o r o s ,
belecimentos cooperativos
os pneus e as c â m a r a s de ar p a r a bicicletas, as l â m p a d a s eléctricas e fluoresA K F , sociedade grossista e união coocentes, os alimentas para bebés, os pro- perativa sueca, decidiu integrar os grandutos f a r m a c ê u t i c o s e os óleos comestí- des estabelecimentos «Kvickly» de Estoveis,, e ainda os t ê x t e i s e os tecidas de colmo nos grandes estabelecimentos em
lã, o querosene e os seus derivados.
sucursais «Domus» a p a r t i r do 1 de Janeiro passado. Tinham-se levantado dúviE S T A D O S U N I D O S — S u p e r m e r c a d o s elec- das quanto à rentabilidade, dos «Kvickly»
e espera-se, g r a ç a s a esta medida, fornetrónicos
cer-lhes u m melhor abastecimento e arSegundo as p r e v i s õ e s do presidente de m á - l o s mais solidamente em face da conuma empresa de i n v e s t i g a ç ã o , entre 15 a corrência privada.
2 5por cento do conjunto dos supermercaDe «Cons-ummer Affairs
Bulletins
cados americanos o r g a n i z a r ã o o seu reaprovisionamento por i n t e r m é d i o de calE U R O P A — E m p r e s a s gigantescas de proculadores electrónicos a t é ao f i m deste
dutos alimentares
ano. O método consiste em renovar os
A E U R O D A , Associação dos 'Distribui«stocks» a t r a v é s da m e m ó r i a de u m ordenador, eliminando virtualmente o tradi- dores Europeus de Produtos Alimentares,
cional e fastidioso inventário, efectuan- criada em F r a n c f o r t em 1961, representa
do-se assim as s a í d a s de mercadorias dos 16 grandes empresas de compras por ataentrepostos abastecedores, no tempo re- cado da Bélgica, Dinamarca, F i n l â n d i a ,
querido e nas melhores condições p r á t i c a s . F r a n ç a , Alemanha, Noruega e Suécia, à s
quais se associaram 1.800 grossistas desÁUSTRIA—Exposição
de
b r i n q u e d o s ses mesmos países. Todos juntos efectuaram no ano passado u m volume global de
«Coop»
vendas de 1.545 milhões de libras dos
As c r i a n ç a s t ê m necessidade de brin- quais cerca de u m quarto pertence ao
quedos que possam amar, a que se dediprimeiro grupo.
quem activamente e que desenvolvam o
seu sentido criador. Os brinquedos que
A L E M A N H A FEDERAL — M o e d a s lavadas e
elas amam tais como as bonecas e os anidesinfectadas
mais, favorecem as suas necessidades de
a f e i ç ã o ; os brinquedos para exercícios
N u m supermercado de Colónia, lê-se
físicos são u m meio de treino e conheci- com surpresa o seguinte: «As moedas que
mento dos seus músculos. G r a ç a s ao brin- recebe na caixa são lavadas e desinfectaquedro a c r i a n ç a adquire e cultiva certas das todos os dias». E é exacto! No distria p t i d õ e s que mais tarde lhes serão neces- buidor de moedas, que dá os trocos, saem
sárias.
moedas que parecem novas, acabadinhas
Í N D I A — A s C o o p e r a t i v a s a j u d a m a suster a alta de preços
PORTO RICO
Honorable
Roberto
Governador
pronuncia-se
na Assembleia
sobre
Sanchez
da Porto
o
Vilela
Rico
cooperativismo
Legislativa
«Na minha primeira mensagem não
lhes falei sobre o esforço cooperativista
porque queria examinar a fundo toda a
iniciativa pública neste campo. A ponderação serena do potencial do cooperativismo para servir o nosso povo reavivou e fortaleceu a minha fé neste tipo
de iniciativa privada. As ideias que compartilharei com vocês,
representam a
meu juízo de que são as acções a curto
prazo que hão-de dar as reorientações
necessárias ao movimento cooperativista
para que este possa libertar toda a sua
energia criadora.
«O esforço cooperativo é o meio para
criar empresas que, sem distinções, são
propriedade, governadas e administradas pelo próprio povo para seu serviço.
Não nos interessa promover cooperativas que façam o mesmo que outras empresas similares na economia. Interessa-nos criar empresas cooperativas com a
clara visão da responsabilidade económica, filosófica e social e com um profundo espírito de serviço aos seus associados e à sociedade portoriquenha, em
geral.
« A s p r o j e c ç õ e s do nosso desenvolvimento e c o n ó m i c o v ã o requerer
u m a muito mais decidida e militante
p a r t i c i p a ç ã o do cooperativismo n a
nossa actividade e c o n ó m i c a . O desenvolvimento cooperativista
tem
que
movimentar-se
num
ritmo
muito mais acelerado se quiser cumprir uma f u n ç ã o normativa e reguladora no desenvolvimento e c o n ó mico e social de Porto Rico. Quero
recordar que ao iniciar-se o novo impulso que demos ao cooperativismo em
Porto Rico tínhamos 178 mil sóciosTendo em conta estes aspectos f o i re-cooperadores e um capital social de 53
centemente
realizada, pela primeira vez
milhões de dólares. Presentemente, cerca
de 4.5 por cento da nossa actividade na Austria, uma exposição denominada
económica realiza-se através da empresa «Os brinquedos que convêm aos nossos
cooperativa. Fixamos como meta ao
cooperativismo um por cento sempre
mais na economia do país. Temos de
BOLETIM
COOPERATIVISTA
trabalhar para que em 1975 as coopeRua C 3, lolo 300-A — C l
rativas alcancem um volume de negócios de cerca de mil milhões de dólares.
Este desenvolvimento requer que se
multiplique o volume actual nove vezes
mais nu mperíodo de nove anos. Os
êxitos conseguidos e o potencial deste
movimento justificam essa fé.
de fabricar. U m a medida higiénica que
os consumidores a l e m ã e s aplaudem, certamente. ..
De 'rCoopérateur
Suisse»
cont. 11
12 boletim cooperativista
G r á f i c a Imperial, Lda. - Lisboa

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