oletim cooperativista
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O COOPERATIVISMO É DE I N I C I A T I V A POPULAR EM T U D O . T O D O ELE É E D I F I C A D O PELA A C T I V I D A D E D O S C I D A D Ã O S OLETIM COOPERATIVISTA REDACÇÃO E A D M I N I S T R A Ç Ã O N I N.° 160 C O O R D E N A D O POR Rua C 3, Lote 300-A — Olivais-Sul — LISBOA-é ANTòN-O V E R S / Fevereiro Publicação mensal SÉRGIO A R I — / 1967 Distribuição aratuita O N a passagem do seu 16." a n i v e r s á r i o o B O L E T I M C O O P E R A T I V I S T A s a ú d a : O grande pedagogo e doutrinador do Cooperativismo, A n t ó n i o Sérgio, que tanto incentivou a sua fundação; A U N I C O O P E e as Cooperativas assinantes a quem deve a sua vivência e desenvolvimento; Todos os cooperadores que t ê m enriquecido as suas colunas, ajudando-o n a sua m i s s ã o ; Todos os militantes cooperativistas portugueses que erguem e fazem progredir o Movimento Cooperativo Nacional; A_ Imprensa portuguesa que tem dado guarida à propaganda cooperativista, contribuindo assim para o d i v u l g a ç ã o dos princípios e dos bens da C o o p e r a ç ã o ; A F e d e r a ç ã o Sueca da Cooperação de Consumo pela sua ajuda fraternal à cooperação portuguesa de consumo; A A l i a n ç a Cooperativa Internacional, expoente mundial da Cooperação. P a r a os m o v i m e n t o s cooperativos os seus j o r n a i s s ã o seiva que os alim e n t a e f a z p r o g r e d i r . Á s ideias que os j o r n a i s cooperativos defendem, as a c ç õ e s que promovem, os seus apelos aos leitores, c i r c u l a m a t r a v é s da sua 'rede de d i s t r i b u i ç ã o , nas malhas da qual os m o v i m e n t o s crescem e se f o r t a l e c e m . O «Boletim Cooperativista» tem exercido em P o r t u g a l u m a a c ç ã o i d ê n t i c a e por isso ganhou j u s t a mente a p o s i ç ã o de ó r g ã o do M o v i mento Cooperativo P o r t u g u ê s . Ê i n d u b i t á v e l a sua c o n t r i b u i ç ã o importante para se c r i a r no p a í s u m m a i o r e s p í r i t o de unidade cooperat i v a e horizontes m a l svastos à cooperação. U m a n i v e r s á r i o , no entanto, n ã o deve c o n s t i t u i r apenas p r e t e x t o p a r a louvar. A p o n t a r d e f i c i ê n c i a s e erros n ã o vem menos a p r o p ó s i t o porque nos a n i v e r s á r i o s das i n s t i t u i ç õ e s cooperativistas n ã o se deve apenas comemorar o passado mas t a m b é m m e d i t a r sobre o que e s t á m a l e p r e p a r a r u m f u t u r o melhor. É evidente que o B O L E T I M COOP E R A T I V I S T A n ã o consegue ainda a t i n g i r a grande massa dos cooperadores e assim exercer neles o seu papel de r e f o r m a d o r das c o n s c i ê n cias menos p r o p í c i a s a c o m p a r t i c i par no desenvolvimento da cooperaç ã o portuguesa. C o n t r i b u i para isso —• n ã o o negamos — n ã o conter m a t é r i a e linguagem mais atraentes dos cooperadores m a i s passivos. N ã o é, p o r é m , menos verdade que o BOLETIM COOPERATIVISTA n ã o beneficia de u m aparelho de dist r i b u i ç ã o eficiente. U m n ú m e r o ainda i m p o r t a n t e de cooperativas continua a n ã o dar a este problema a i n d i s p e n s á v e l a t e n ç ã o . Dezasseis anos de protestos dos cooperadores cont. 2 16 UM C A R Á C T E R a n i v e r s á r i o mais conscientes p a r a acabar com a i n u t i l i z a ç ã o , todos os meses, de m i lhares de exemplares do B O L E T I M , d e n t r o de cooperativas que o r e q u i s i t a m mas n ã o o d i s t r i b u e m convenientemente. M a i s de v i n t e cooperativas t o m a r a m c o n s c i ê n c i a dos seus deveres p a r a com a f o r m a ç ã o cooperativista dos seus associados e passaram a u t i l i z a r o s e r v i ç o c e n t r a l de endereç a m e n t o , fazendo assim o « B o l e t i m C o o p e r a t i v i s t a » chegar a todos os seus associados. Outras, p o r é m , e das mais importantes, c o n t i n u a m a negar ao B O L E T I M o acesso à m a i o r i a dos seus associados. Os p r e t e x t o s s ã o v á r i o s mas pouco convincentes: n ã o convencem mesmo os p r ó p r i o s que os apresent a m à guisa de desculpa. M a s continua-se a ladiar a d e c i s ã o que se i m põe desde h á m u i t o p a r a que o B O L E T I M C O O P E R A T I V I S T A possa desempenhar m a i s largamente a sua missão informadora e doutrinadora. A o iniciar-se o 17 ano de v i d a do B O L E T I M COOPERATIVISTA todos os seus colaboradores e amigos e s t ã o e s p e r a n ç a d o s — e s t ã o mesmo certos —• de que todas as verdadeiras cooperativas, sem e x c e p ç ã o , acab a r ã o p o r c u m p r i r os seus deveres i n e g á v e i s p a r a com o ó r g ã o do mov i m e n t o em que e s t ã o integradas e p a r a com os seus p r ó p r i o s associados c u j a e d u c a ç ã o lhes compete fazer. H o j e , os cooperadores portugueses podem comemorar o 16.° anivers á r i o do seu j o r n a l com l e g í t i m o o r g u l h o , apesar dos escolhos e d e f i c i ê n c i a s apontados. Mas todos devem querer, devem lutar por que, daqui a um ano, todos esses escolhos estejam derrubados e as deficiências desaparecidas. GLORIOSO (à memória de JOSÉ J O S É D E SOUSA COELHO No dia 25 de Janeiro faleceu J o s é de Sousa, um dos cooperadores 'mais conscientes do nosso movimento em que v i a um meio eficaz de ensinar o povo portug u ê s a melhorar a sua vida. Para Joisé de Sousa, a felicidade do povo depende dele p r ó p r i o em primeiro lugar, das instituições de ' c a r á c t e r económico que criar e da isua educação física. Encarava as cooperativas como escolas de civismo e de p r o m o ç ã o social e f o i com esta ideia que trabalhou pela reestruturação do Ateneu Cooperativo com o f i m de fazer desta sociedade um centro de desenvolvimento do 'espírito e da educação cooperativos. Pela mesma r a z ã o era u m verdadeiro amigo do «Boletim Cooperativista» no qual v i a o ó r g ã o do todo o movimento cooperativo e u m meio poderoso de melhorar a consciência popular e que. por isso mesmo, queria que fosse verdadeiramente independente. Acreditava na 'capacidade do povo para se emancipar e tornar-se empreender, l i bertando-se do marasmo e da espera passiva de que outros resolvam os problemas que lhe respeitam. Foi, aissim ,sempre que orientou a sua actividade de cooperativista. Infelizmente o seu trabalho profissional, que o prendia de dia e de noite, de modo errgular e inesperado, e mais tarde a grave doença que o vitimou, impcdiram-no de continuar a sua n o t á v e l e esclarecida actividade cooperativista. O seu f u n e r a l f o i uma sentida manifest a ç ã o de pesar, tendo-se nele encorporado mais de uma centena de pessoas, grande n ú m e r o de representantes de cooperativas de Lisboa e arredores, da Unicoope e do «Boletim Cooperativista». Junto da sua. campa o Prof. Coelho de Sousa proferiu um discurso de homenagem. A sua f a m í l i a , bem como ao Ateneu Cooperativo e à s Cooperativas dos Conferentes M a r í t i m a s e Caixa E c o n ó m i c a Oper á r i a apresentamos as nossas condolências. DE SOUSA) Sucumbiu, vitimado por terrível doença, este i n c a n s á v e l cooperativista. Lutador de ideias nobres foi, também, um pacifista de a c ç ã o . Autodidacta por v o c a ç ã o , J o s é de Sousa, que sofreu muito, foi, ainda, um estudioso e s f o r ç a d o dos problemas sociais. Auxiliado por u m a inteligência robusta impunha-se, naturalmente, à consideração geral, granjeando E s t i m a e P r e s t í g i o . O Senso e a Tolerância foram atributos básicos do seu Carácter. Viajante i n f a t i g á v e l e observador arguto, o grande cooperador, nas suas a n d a n ç a s , pensava mais nos outros do que em si, distinguindo-se pelos c o m e n t á r i o s elevados e a propósito de qualquer assunto em que se pedia o seu parecer. E l e , que foi um operário de r a r a capacidade técnica, nunca se esqueceu dessa condição, quando se d e b r u ç a v a perante os problemas e os procurava resolver socialmente. Parte ,depois de sofrer como poucos, e os seus amigos sentem ainda mais o seu desaparecimento porque sabem a falta que ele faz à Cooperação Portuguesa. A sua palavra, o seu e s t í m u l o e a sua dedicação eram labaredas vivas de um coração m a g n â n i m o , que se consumia a bem da Colectividade, transmitindo aos outros o calor da sua e s p e r a n ç a e a f é no triunfo da Justiça. Continuaremos, n a medida das nossas possibilidades a elevar as ideias que o abrasaram, certos de que, procedendo assim, cumprimos um mandato íntimo, homenageando, igualmente, o seu Carácter Glorioso. J O S É 'O C O E L H O D E SOUSA S U M Á R I O 8 Aniversário • Página Agrícola 8 O Plano Ames no Rio G r a n d e do S Sul Suécia 1903 — o sonho iinha aca- A U D A Ç Õ E S A O B O L E T I M Os novos Corpos Gerentes da Cooperativa de Produção e Consumo de Alcântara 2." Comuna e da Cooperativa Banheirense de Assistência, Abastecimentos, Cultura e Recreio tiveram a amabilidade de enviar ao «.Boletim Cooperativista» as suas saudações, que muito agradecemos. bado • D e Norte a Sul — Noticiário C o o perativo • Mun~o C o o p e r a t i v o • Telex Consumo 2 boletim cooperativista Também a Direcção da Cooperativa de Lordelo do Ouro enviou à Comissão Redactorial do «Boletim Cooperativista» palavras gentis de saudação. Registamos as amáveis referências e ao mesmo tempo felicitamos a grande cooperativa nortenha pela regularidade administrativa que demonstra depois de um período difícil a que só o esclarecido amor à Cooperação dos seus militantes conseguiu pôr termo. Coordenação de J. B. Gonçalves A s cooperativas devem ter todos os instrumentos necessários para favorecer o agricultor no mercado, para aumentar notavelmente os rendimentos das comunidades rurais e para impedir as tendências que 1 actualmente ameaçam a vitalidade, e mesmo a existência, das nossas pequenas comunidades. 0 mal é que os que já existem ainda não estão integrados nem coordenados de maneira adequada. A d u p l i c a ç ã o inútil dos serviços cooperativos, tanto locais corno regionais, deve íerminar mediante a combinação, consolid a ç ã o o u c o o r d e n a ç ã o e n t r e as cooperativas afectadas. 2 D e v e h a v e r serviços c o o p e r a t i v o s i n t e g r a d o s p a r a os sócios mediante financiamento adeq u a d o , associações de crédito para a p r o d u ç ã o ou outros m e i o s e e m r e l a ç ã o a o f a b r i c o , o uso d e m a r c a s r e g i s t a d a s e sua p r o m o ç ã o c o m vista à c o m e r c i a l i z a ç ã o . As cooperativas devem c o m b i n a r t a n t o os seus recursos c o m o as suas n e c e s s i d a d e s , d e m a n e i r a q u e as suas p r ó p r i a s g e r ê n c i a s p o s s a m f o r m a r escolas e s e r v i ç o s p r ó p r i o s , c o m p a n h i a s próprias de engenharia, arquitectura e publicidade e facilidades próprias centralizadas de investigação, em escala a d e q u a d a p a r a as suas n e cessidades. NÃO 5 i\ ti "j 8 e ri \ o s para A preparação e a orientação dos e m p r e g a d o s d e v e c o n s t i tuir um dos primeiros objectivos d e t o d a a c o o p e r a t i v a ; e a i n d a , t o d a s as c o o p e r a t i v e s j u n t a s d e v e m o r g a n i z a r escolas e escolas e i n s t i t u i ç õ e s e d u c a t i v a s d e a c o r d o c o m as n e c e s s i d a d e s . Fortalecer a Cooperação 3 P a r a estes f i n s as c o o p e r a t i v a s d e v e m unir-se p a r a a d o p t a r e fomentar marcas registadas nacionais e proporcionar facilidades adequadas e completas p a r a u m a c o m e r c i a l i z a ç ã o n a cional eficaz. As cooperativas devem obter os s e r v i ç o s d o s m e l h o r e s g e rentes e d i r e c t o r e s , o q u e s i g nifica oferecer bons salários, oportunidades d e fazer carreira, e um p r o g r a m a d e contrato d e pessoas q u a l i f i c a d a s d e n í v e l m é d i o e superior. Dez M 9 Ag r íco I a Q u a n d o e necessária a c o m pra de artigos de grande valor deve efectuar-se m e d i a n t e um sistema c o o r d e n a d o e c o m b i nado de compras, por meio de de uniões cooperativas o u , pelo menos, actuando em conjunto. u Devem desenvolver-se plenam e n t e as o p o r t u n i d a d e s p a r a q u e as c o o p e r a t i v a s r e a l i z e m negócios entre si, n u m a escala muito maior que a actual. Por este motivo, expõem-se a seguir dez objectivos para as cooperativas agrícolas em geral, que são dignos do esforço união de todas as cooperativas de diferentes tipos que trabalham neste importante sector. C o m o crescimento das cooperativas e a intensificação da concorrência privada, deve haver cada vez m a i s - — e nunca menos — uma activação eficaz da educação, informação e participação dos associados. 10 Esta e d u c a ç ã o e p r e p a r a ç ã o deve oferecer-se aos empregados, gerentes e associados e ainda a todos aqueles que estiverem por a l g u m a f o r m a ligados ao desenvolvimento cooperativas agrícolas. 6 i as (Transcrito e adaptado de «Hoja Mural de Cooperacionv> da Escola de Gerentes Cooperativos de Saragoça) O UE 3 RA SER ENGANADOS A o comprar vinhos maduros ou verdes exi|a-os VINHOS ESPECIAIS A das ADEGAS COOPERATIVAS PREÇOS CORRENTES boletim cooperativista 3 NAS COOPERATIVAS A ACTIVI- SEM COOPERATIVISMO N Ã O HÁ C O O P E R A Ç Ã O í D e s e j á m o s todos n ó s os que trabalhamos neste jornal, na data em que se comemora o seu 16." a n i v e r s á r i o , prestar uma muito sincera homenagem — miau grado a sua excessiva simplicidade — a A n t ó n i o Sérgio, o maior dos doutrinadores cooperativistas portugueses e promotor da f u n d a ç ã o do B O L E T I M . E n ã o e n c o n t r á m o s medo mais apropriado de homenagear quem, como A n t ó nio Sérgio, despreza cumprimentos e aplausos mas anseia pelas r e a l i z a ç õ e s p r á t i c a s , que apoiar, embora assim modestamente, o seu combate pela e d u c a ç ã o cooperativista ,dando à publicidade nestas colunas alguns dos muitos textos em que o nosso maior cooperador aponta, com o seu ardor de sempre e a sua luminosa, clarividência, o caminho a tomar pelos cooperadores portugueses se quiserem ajudar o povo a construir uma vida mais feliz na 'Paz e no Amor. A COMISSÃO REDACTORIAL 0 TRABALHO DAS COMISSÕES CULTURAIS É DE TANTA IMPORTÂNCIA COMO 0 DOS ADMINISTRADORES DAS COOPERATIVAS E s t á bem no e s p í r i t o do nosso moviineato que as c o m i s s õ e s c u l h i rais e as c o m i s s õ e s f e m i n i n a s exerç a m nas cooperativas r e l e v a n t í s sima a c t u a ç ã o . Quero dizer u m papel de n ã o menor i m p o r t â n c i a do que aquele que aos corpos da a d m i n i s t r a ç ã o compete. seu proceder, do verdadeiro espírito dos Pioneiros de Rochade! Ê que h a v i a o mecanismo das cooperativas de consumo; mas n ã o o espírito que vivifica as coisas; mas n ã o u m a p r o funda doutrinação cooperativista,— que fosse ao â m a g o , à base, à raiz, à e s s ê n c i a ; isto é : a r e f o r m a ç ã o das almas; a iniciativa popular; a comunidade fraterna. Faltou a educação que as ditas c o m i s s õ e s t ê m a m i s s ã o (e o dever) de realizar à finca; faltou a n o ç ã o de que os verdadeiros bens s ã o aqueles que nos v ê m do nosso próprio e s f o r ç o , e n ã o os que se recebem da benemerência de « c h e f e s » . O n ã o se haver hadicado nos nossos homens do povo a ideia de que o cooperativismo é uma reformação) social, e ele próprio a finalidade que se d e v e r á ter em vista (e n ã o ape-J nas um meio para qualquer outro intento); o n ã o se ter arreigado, i a eu dizendo, essa ideia j u s t í s s i m a sobre o que é ele em s i mesmo, — foi a causa de maior i n f l u ê n c i a na paC o n v e n ç a m o - n o s de que o trabaragem e no retrocesso do cooperati- lho das duas espécies de c o m i s s õ e s vismo entre n ó s . J ^ H H —as c o m i s s õ e s culturais e as comisSe tal concepção moral-social ti- s õ e s femininas — é de tanta imporvesse penetrado n a nossa massa t â n c i a como o dos administradores obreira; se existisse uma faina de das cooperativas, cumprindo-lhes c o m i s s õ e s culturais, destinada a criar o ambiente e o alicerce em que alimentar o espírito cooperativista, a obra destes ú l t i m o s se deverá — é muito de supor que as multi- erguer. d õ e s portuguesas se n ã o deixassem ANTÔNIO SÉRGIO arrastar para o desacerto enorme de abandonarem as cooperativas que já em Portugal havia para se lançarem n a aventura de um turbilhão PÁGINA político sem verdadeiro c o n t e ú d o económico-social, como foi a propaDE H O M E N A G E M ganda para a i n s t r u ç ã o da R e p ú A blica. Julgou o operariado que poderia obter de políticos os bens que desistia de conceder a si mesmo. Que afastados se mostravam, nesse ANTÓNIO 4 boletim cooperativista SÉRGIO D A D E P E D A G Ó G I C A D E V E SER CONTINUA Comprova-se que o desvelo na e d u c a ç ã o dos sócios n ã o é s ó indisp e n s á v e l nas a s s o c i a ç õ e s que começ a m . M u i t o ao i n v é s : esse a f ã i m p õ e - s e cada vez com mais f o r ç a à medida que as cooperativas v ã o ganhando em i m p o r t â n c i a , quanto ao n ú m e r o de sócios e à complexidade orgânica. I m p o r t a que se combata, em grande n ú m e r o de associados, a tend ê n c i a a limitarem-se a i r embolsando os retornos, sem nada empreenderem para o m a i o r bem com u m ; ou p a r a de todo se alhearem da c o n d u ç ã o dos n e g ó c i o s quando v ê e m que as cousas v ã o de vento em popa, como se tudo devesse camin h a r por si mesmo; ou, pelo c o n t r á rio, p a r a i r e m t r a t a n d o de se colocar de longe logo que caem na conta de que elas n ã o v ã o m u i t o bem, ou quando surgem problemas, óbices, desacordos, d ú v i d a s — p r e f e r i n d o o comodismo, a mentalidade, a f u g a . . . M i l i t a n t e s h á que consideram a r r i s cada u m a a f l u ê n c i a repentina de m u i t o s sócios novos; estes, t u d o encontrando edificado e em m a r c h a , dispensam-se de qualidades de i n i ciativa e arranque. U r g e , pois, i n cutir-lhes a iniciativa, o entusiasmo, a f é . Por conseguinte, t a n t o nas a n t i gas como nas novas cooperativas a actividade p e d a g ó g i c a d e v e r á ser c o n t í n u a . A o s Pioneiros, como se sabe, n ã o lhes f a l t o u a c o n s c i ê n c i a de ser isto assim. R e s e r v a r a m f u n dos para as t a r e f a s da e d u c a ç ã o . ANTÔNIO SÉRGIO P A R A C R I A R U M A CIVILIZAÇÃO SUPERIOR A p r i m e i r a ideia que as c o m i s s õ e s c u l t u r a i s devem querer i n c u t i r a todos os c o n s ó c i o s é a que à cooper a t i v a para a qual e n t r a r a m a n ã o devem encarar como sendo algo exterior, criado p o r o u t r e m p a r a v a n t a g e m deles, mas u m a obra que se m a n t é m pela c o l a b o r a ç ã o dos s ó cios — u m a c r i a ç ã o deles p r ó p r i o s —• que depende do e s f o r ç o que os associados f i z e r e m , quanto à sua e f i c i ê n c i a , prosperidade e progresso. Cumpre-lhes a l é m disso, dar-lhes conhecimentos acerca do cooperat i v i s m o que os t o r n e m cooperadores p e r f e i t a m e n t e conscientes; e e n f i m , l e v á - l o s a sentirem-se participantes, todos eles, n ã o unicamente de u m a cooperativa dada, mas de u m g r a n cont. 9 auto- E S P E C I A L PARA G E R E N T E S O R G A N I Z A D O PELO D E P A R T A M E N T O DE FORMAÇÃO TÉCNICA E COOPERATIVA N.° 1 0 0 V, T r 3 Q N e s t a folha, que é dirigida a o s gerentes, e n c a r r e g a d o s de secção e consumidores em g e r a l , são dados certos conselhos e feitas algumas sugestões úteis p a r a promover as vendas UM TESTE SOBRE PASTAS DENTÍFRICAS Continuamos neste número a transcrever com as necessárias adaptações o teste efectuado pela Fundação para a Protecção aos Consumidores, sobre um produto que estes mal conhecem e usam todos os dias. Economia do emprego Esta a v a l i a - s e d e t e r m i n a n d o o n ú m e r o d e a p l i c a ções n o r m a i s , possíveis c o m l O O g d e p a s t a . N e s t e c a s o f u n d o u - s e a i n v e s t i g a ç ã o neste p o n t o d e p a r t i d a : s ã o p r e c i s o s 0,8 c m d e p a s t a p a r a c a d a u t i l i z a ç ã o . 3 Poder a b r a s i v o ( c a p a c i d a d e d e fricção) A c a p a c i d a d e de f r i c ç ã o resulta d o p o d e r a b r a s i v o d o a g e n t e d e t e r g e n t e o u d e l i m p e z a . A d u r e z a deste d e v e ser e m t o d o c a s o i n f e r i o r à d o e s m a l t e d e n t á r i o , p o i s c o r r e r i a o risco d e ser r i s c a d o e d e n ã o p o d e r regenerar-se. A p l i c a n d o um processo n o r m a l i z a d o , determinou-se a capacidade de fricção por comparação com a pedra pomes, da qual o poder abrasivo é bem c o n h e c i d o . A m a i o r parte das pastas exercem u m a a c ç ã o 15 a 100 v e z e s i n f e r i o r à d a p e d r a p o m e s : t o d a s d ã o resultados c o m p r e e n d i d o s nos limites e x i g i d o s pelos institutos especialiados. É n e c e s s á r i o e n t e n d e r p o r este t e r m o a q u a l i d a d e d o p o d e r m o l h a n t e . A pasta deve p e n e t r a r m e s m o nos l o c a i s inacessíveis à e s c o v a , a f i m d e e l i m i n a r os r e síduos a l i m e n t a r e s . Consistência A p a s t a n ã o d e v e ser n e m m u i t o d u r a , n e m m u i t o m o l e , a f i m d e q u e se possa f a c i l m e n t e e s p r e m e r o tubo e que a o mesmo adira bem à escova. Deve a i n d a e s p a l h a r - s e r a p i d a m e n t e s o b r e os d e n t e s . q u a n d o o tubo f i c a É p o r isso q u e a m a i o r p a r t e estabilizante de humidade q u e endureça quando o tubo fica f a z e r o teste, d e i x a r a m - s e os dois dias. Comportamento a uma temperatura de 3 5 ° Esta a n á l i s e p e r m i t e e s t a b e l e c e r q u a i s as pastas q u e p o d e m ser e m p r e g a d a s e m r e g i õ e s q u e n t e s , sem sofrer liquefacção. G r a u de acidez U m a pasta dentífrica n ã o deve conter á c i d o . A presença d e á c i d o t o r n a r i a os d e n t e s m a i s b r a n c o s e o t á r t a r o desapareceria c o m p l e t a m e n t e , mas atacaria o esmalte, e a longo prazo destruiria o dente. V e l o c i d a d e d e diluição na á g u a Poder d e difusão Comportamento n ã o só as c r i a n ç a s . . . d a s pastas c o n t é m u m i m p e d e q u e a pasta a b e r t o . Por isso, p a r a tubos abertos durante aberto O s t u b o s d e v e r i a m ser f e c h a d o s d e p o i s d o seu e m p r e g o ; entretanto, o esquecimento é humano, e O i n d i v í d u o a p r e s s a d o , q u e d e s e j a q u e os seus dentes sejam limpos d e m a n h ã em dez segundos, a p r e c i a r á o f a c t o d e q u e a p o s t a se d i l u e m u i t o rapid a m e n t e n a á g u a . Pelo c o n t r á r i o , o h o m e m m a i s r e f l e c t i d o , q u e c o n s a g r a a este a c t o t a l v e z d o i s m i n u t o s ou mesmo mais, preferirá u m a d i l u i ç ã o um p o u c o mais lenta. Acção espumante M u i t a s pessoas g o s t a m d e u m a e s p u m a a b u n d a n t e , a i n d a q u e ela n ã o exerça q u a l q u e r influência no aspecto de p o d e r de penetração. (Conclui no próximo número) boletim cooperativista 5 UM PRODUTO SEMPRE PRESENTE A LEXiVIA Apesar do desenvolvimento a velha lexivia continua do emprego a ser largamente utilizada Se o total de vendas de lexivia pelos processos mento da venda de produtos das máquinas de lavar e dos detergentes e não parece prestes a desaparecer tradicionais baixou, tem sido compensado A lexivia, cujo nome francês é «eau de Javel», deve o seu nome à pequena aldeia de Javel existente nos arredores de Paris no séc. XVIII, onde o sábio Berthollet a descobriu, ao querer imitar artificialmente o branqueamento da roupa pela acção do sol. O uso da lexivia propagou-se em todo o mundo em parte devido a ter sido descoberta a sua propriedade desinfectante na purificação das águas. Novamente a indústria conseguiu apresentar sob uma forma concentrada e com uma grande estabilidade este produto usado há três séculos. 3. Esterilização da água potável Uma a duas gotas de lexivia por litro de água,- agitar bem e esperar uma meia hora antes de consumir. Este processo é prático e seguro no campo e também para os campistas. ATENÇÃO À MANIPULAÇÃO DA LEXÍVIA CONCENTRADA! Branqueamento A acção dos pós detergentes efectua-se durante a lavagem; a lexivia age depois da lavagem, em água clara e permite a busca do branco uniforme. É preciso utilizar a lexivia de modo a preparar primeiro a solução — uma colher de sopa por litro — e depois mergulhar nela a roupa durante cinco minutos. Há que ter em atenção que se a lexivia é concentrada deve diminuir-se a dose de utilização. Desinfecção O emprego dos tecidos que se não passam a ferro não permite uma desinfecção suficiente 6 boletim cooperativista pelo au- da roupa; a lexivia age sobre todos os micróbios e pode ser facilmente adicionada à água de enxaguamento; se se diminuir a quantidade de lexivia, é preciso deixar a solução actuar mais tempo. UTILIZAÇÃO DA LEXÍVIA 2. mercado. concentrados. O Q U E É A LEXÍVIA 1. do modernos, fNCICLOPioi» BO R E A L IZAR AM-SE EM 1966 Os primeiros cursos para dirigentes de cooperativas No número anterior assinalámos o facto de haver já um bom lote de gerentes que frequentaram um curso especializado para a direcção de um auto-serviço e levado a efeito pelo Departamento de Formação Técnica e Cooperativa. Neste número assinalamos o facto de os primeiros cursos para dirigentes se terem também ralizado em 1966. Funcionaram três cursos: dois na Margem-Sul do Tejo, para as cooperativas dessa zona, e um no Porto para as cooperativas da cidade. Todos eles se revelaram muito úteis para o debate dos problemas que afligem o movimento. O programa dos cursos que incluía aspectos teóricos e práticos do cooperativismo de consumo, foi elaborado de acordo com as sugestões dadas pelo especialista sueco prof. LiI[estro m de acordo com o nível actual do desenvolvimento cooperativo português. Não abrangeu aspectos demasiado complexos mas antes versou matérias simples e acessíveis a todos os que o frequentaram fossem pequenas ou grandes as habilitações literárias. Em dois dos locais, Barreiro e Porto, os cursos foram um êxito pois os inscritos seguiram-no sempre com muito interesse. Infelizmente o mesmo não aconteceu em relação ao que se realizou na zona de Almada onde o desinteresse por parte dos dirigentes de algumas cooperativas foi notório. Fosse como fosse, no No ano corrente irão fazer-se novos cursos de iniciação e cursos complementares entanto, os inscritos reconheceram a sua utilidade e no final manifestaram a sua satisfação por terem tido a oportunidade de meditar sobre as questões mais importantes da actualidade cooperativa nacional. Os cursos foram dirigidos pelo Director do Departamento de Formação Técnica e Cooperativa, Faustino Cordeiro que foi assistido pelos srs. Fernando Moreira, director da Unicoope, e Carlos Castro, da Comissão Cultural da Cooperativa da Foz do Douro, os quais debateram com os participantes os problemas respeitantes à contabilidade das cooperativas. A todos os participantes foram passados certificados que constituirão motivo de orgulho para os seus possuidores pelo simbolismo que representam. Pode dizer-se para concluir, que, com estes cursos o movimento cooperativo português começou, pois como dizia a um dirigente português, um seu colega finlandês com quem falava: «O cooperativismo começa quando começa a educação cooperativa». tf Alguns dos dirigentes que frequentaram os cursos: na fila de cima, os srs. António José de A l m e i d a d a C o o p e r a t i v a do Pessoal dos Telefones do Porto; Sândalo V e i g a Nunes d a C o o p e r a t i v a Banheirense; Sebastião de O l i v e i r a M a i a d a C o o p e r a t i v a d a Foz do D o u r o ; Manuel Miranda Santos, d a C o o p e r a t i v a P i e d e n s e ; na fila de b a i x o : os srs. João Eduardo Rodrigues d a Costa e António d a Silva Monteiro d a «Foz do D o u r o » ; A r m a n d o Fil ipe Marquez d a O p e r á r i a Barreirense e Joaquim Vilarinho da C o o p e r a t i v a de A l d o a r . boletim cooperativista 7 DONA c o OAS M A A R R U M A R OS ALIMENTOS NO F R I G O R I F I C O ? O Ê o congelador ou câmara (nalguns aparelhos aparecendo com o nome inglês «freezer») que produz frio; evidentemente que não cria uma temperatura uniforme em todos os pontos do frigorífico . E no interior da câmara o frio é mais intenso (10° a 20° C negativos) na zona abaixo ou ao lado da câmara, a temperatura já é sensivelmente mais baixa: entre 0 a 2°; na zona central entre 2 a 6 ; 4 a 7 na zona inferior e 7 a 8 na parte interior ãa porta. Ê necessário portanto ter na devida conta estas diferenças de temperaturas e aproveitar as zonas mais frias para aí colocar os alimentos mais sensíveis. o CADA ARTIGO 1 N O SEU LUGAR C a r n e s , a v e s e peixes S ã o alimentos a l t e r á v e i s que é preciso guardar na parte mais f r i a do refrigerador. a) Crus a) Restos — devem ser guardados n a prateleira superior junto à c â m a r a . b) Massas para pastelaria — preparados antecipadamente podem ser arrumados n a parte central. - " 5 c) Ovos b) d) Cozidos Atenção! • É preciso ter um cuidado especial n a embalagem do peixe a f i m de que ele n ã o espalhe um odor d e s a g r a d á v e l no vosso aparelho (papel estampado, sacos p l á s t i c o s ou caixas h e r m é ticas) . • • A carne picada, ou partida em p e d a ç o s pequenos é facilmente alterável. Deve conservar-se o menos tempo possível. Os produtos de charcuteria, normalmente mais gordurosos, s ã o um pouco menos s e n s í v e i s . P o d e r ã o ser colocados à falta de lugar melhor n a parte central. • I e bebidas Cremes NÃO gelados — No interior da porta. — No próprio congelador. DEVEM METER-SE N O FRIGORÍFICO • As bananas, pois escurecem. • Os ananases, os limões, as laranjas, as toranjas, os melões, as maçãs; unicamente se podem meter lá, durante meia hora, para refrescar. • As batatas, as cebolas e os nabos: conservam-se perfeitamente, sem problemas, no exterior • O vinho tinto; só no verão para refrescar. QUAL É A DURAÇÃO CONSERVADOS DOS ALIMENTOS NO FRIGORÍFICO? Varia evidentemente com a qualidade e a frescura dos artigos no momento em que os coloqueis no frigorífico; também depende de uma boa regulação daquele. Eis, como orientação, um pequeno quadro da duração em bom estado num refrigerador a funcionar perfeitamente: Leite e produtos afins T a m b é m estes se conservam n a zona fria. Leite, manteiga, creme, queijos frescos d e v e r ã o colocar-se n a zona p r ó x i m a do congelador. N ã o é aconselhável meter queijos no f r i g o r í f i c o , a n ã o ser os que e s t ã o j á «feitos» e dos quais se quer parar a cura. Metem-se e n t ã o n a zona central. 3. Diversos N a p r ó p r i a c â m a r a ou n a gaveta abaixo. Sobre a prateleira superior, n a zona p r ó x i m a do congelador. 2. 4. o Peixe fresco ou lata de peixe em Legumes e frutos secos Depois de cuidadosamente descascados, lavados e metidos em sacos plásticos ou caixas, o seu lugar s e r á naturalmente nas zona central e baixa do vosso f r i gorífico. 8 boletim cooperativista Duração em bom estado de conservação Alimentos 2 3 1/2 2 dias dias dia dias 1 dia 2 dias 2 dias Duração máxima acessível (*) 5 6 1 4 dias dias dia dias 3 dias 5 dias 4 dias (•) Atenção: Estes limites s ã o os m á x i m o s e só podem ser considerados para um aparelho bem regulado, isto é, aquele c u j a temper a t u r a n ã o passe dos 6 C. o (Adaptado de «Coopérateur de F r a n c e » ) ! O PLANO ANES NO RIO GRANDE DO SOL Os ecos da Conferência Latino-Americana sobre Integração Cooperativa, realizada em Lisboa em Setembro de 1966, não se apagaram ainda, antes se prolongam no fecundo esforço dos seus participantes, que procuram levar à prática as conclusões dessa importante reunião. Depois do período de estudo realizado na Europa pelos delegados latino-americanos, que culminou na Conferência de Lisboa, chegam-nos notícias do Porto Rico, Colômbia e Argentina sobre os programas que estão sendo estudados ou iniciados para concretização dos objectivos de integração. Será importante relatar oportunamente os trabalhos de experiência piloto que se vai ensaiar no Porto Rico, onde, correspondendo aos esforços de John Ames, se constituiu já a Comissão do Plano. (BRASID _ j nizadora do seu organismo federativo, com base nos princípios delineados pelo nosso Plano Ames. Apresentamos um aspecto dessa reunião, na qual os cooperativistas gaúchos tomaram deliberações importantes e se mostraram decididos a construir o seu futuro por suas O facto vem comprovar duas verda- próprias mãos. des: a l . \ que embora o caso escandiA U N Í C O O P E enviou já para Porto navo ilustre perfeitamente a necessidade Alegre alguma documentação útil, ine vantagem de integração, os países ibé- cluindo: a) novo estatuto; b) regularicos e ibero-americanos muito têm a mento dum Armazém Regional; c) Reganhar com o intercâmbio das respecti- latório da Missão Ames; d) Memória vas experiências, por se tratar de povos descritiva dos ensinamentos colhidos na com muitas afinidades e em estado se- nossa experiência. Por limitados que melhante de desenvolvimento; a 2. , que sejam os nossos recursos, estaremos estes mesmos países, embora inspiran- sempre ao dispor dos nossos compado-se nos movimentos mais evoluídos, nheiros sulriograndenses, numa colabopodem vir a constituir exemplos origi- ração que desejamos extensiva a toda a nais de soluções cooperativas, adapta- pátria brasileira irmã, e estamos certos dos ao seu meio peculiar, e que nesta que os seus esforços serão coroados de ordem o esforço que está sendo reali- êxito. Daqui os saudamos muito cordialzado pelos cooperativistas portugueses mente, e em especial ao amigo João é bastante válido e capaz de constituir Alberto Sousa Machado, delegado braresposta às ansiedades doutro movi- sileiro à Conferência de Lisboa sobre mentos cooperativos em evolução. Integração Cooperativa, e um dos entuNo passado mês de Outubro de 1966, siastas e impulsionadores da presente delegados de 34 cooperativas de con- iniciativa integracionista do cooperatisumo do Rio Grande do Sul encontra- vismo gaúcho. inspirado na nossa ainda modesta experiência, e de terem adoptado como documento de trabalho, com algumas adaptações, o Plano Ames para Portugal, tal como f o i apresentado pela nossa Comissão do Plano no Programa Preliminar para 1965. a Entretanto, chegou ao nosso conhecimento uma iniciativa muito interessante registada no Estado do Rio Grande do Sul, com vista à constituição de uma Federação de Cooperativas de Consumo e de montagem dos respectivos serviços. Com efeito, as cooperativas do ramo do consumo não possuem ram-se na cidade de Porto Alegre e ainda neste Estado qualquer organismo decidiram nomear uma Comissão Orsade unidade, e a iniciativa presente deverá constituir um magnífico exemplo de integração cooperativa, já que beneficia da experiência e do conhecimento dos erros cometidos em outros empreendimentos semelhantes. COOPERATOR O que é sobremodo interessante para nós, portugueses, é o facto de os cooperadores do Rio Grande do Sul se terem PARA CRIAR UMA CIVILIZAÇÃO SUPERIOR da 9 de movimento de r e f o r m a ç ã o social, com uma nova concepção das relaç õ e s humanas, para criar no mundo uma civilização superior. ANTÓNIO SÉRGIO Transcrito do livro «Sobre o Espírito 'do Cooperativismo» — Edição do Autor, patrocinada pelo Ateneu Cooperativo. Um aspecto da r e u n i ã o p r e p a r a t ó r i a vendo-se à esquerda do orientador o nosso prezado amiffo J o ã o Alberto Sousa Machado boletim cooperativista 9 SUECIA-I903 O SONHO Cerca do final do século X I X , existiam já muitas cooperativas locais na Suécia, e em 1899 representantes de 41 destas sociedades reuniram-se num Congresso que resolveu formar uma organização central cooperativa, Kooperativa Fõrbundet, K F . Nos primeiros anos da sua existência, a K F actuou unicamente como organização de informação e difusão das ideias cooperativistas. Diziam os Estatutos, entre outras coisas, que a K F devia «encorajar o desenvolvimento e progresso do Movimento Cooperativo, por meio de informação e orientação adequadas, e pela distribuição de literatura apropriada». O primeiro congresso também decidiu que a K F agisse como agente de compras forma preliminar de comércio grossista normal, mas no ano seguinte resolveu antes criar uma sociedade cooperativa armazenista, com escritórios em Malmõ. TINHA AO A B A D O das ideias cooperativas. No ano seguinte o comércio grossista recomeçou, e quando terminou o ano de 1904, o balanço mostrava um excedente — só 4.000 coroas, é verdade, mas as fundações estavam firmemente lançadas, e a fé na cooperação começou a tornar-se mais forte. Hoje 25 por cento das vendas alimentares de toda a Suécia, e cerca de 17 por cento do comércio retalhista total do país faz-se através das lojas cooperativas, e estas percentagens aumentam dia a dia». Esta história verdadeira é contada na edição recente do livro «Trabalhando juntos na Suécia», no qual se relatam as um artigo de As primeiras cooperativas eram f i nanceiramente muito fracas, e tinham necessidade de prazos tão grandes de origens e o desenvolvimento moderno crédito que o armazém cooperativo em do cooperativismo de consumo neste país escandinavo. breve se viu em sérias dificuldades. Merece ser transcrita no nosso «BoleNuma carta escrita na primavera de tim», na medida em que descreve uma 1903, o director-gerente escrevia: «A vitória decisiva mas de proporções ininossa actividade armazenista está con- ciais modestas, sobre dificuldades do denada; as cooperativas são muito dé- mesmo tipo daquelas que têm barrado beis para poderem colaborar. Muitas o caminho ao Movimento Cooperativo Português na sua história recente. Teredelas não conseguem entregar um cenmos, é verdade, de adicionar 60 anos ao tavo pelas mercadorias que levantam, calendário para obter situações sememesmo quando as ameaçamos com pro- lhantes: ao retrocesso de 1962-63 da cedimento judicial. Esta é a decepção UNICOOPE, sucedeu-se a histórica mais amarga da minha vida. As nossas Assembleia Geral de 31 de Maio de sociedades mais fracas — que são a 1964, na qual se lançou o Plano Ames maioria — desaparecerão antes de see se oficializou a instituição do Armapoder desenvolver o cooperativismo na zém Regional do Norte. Também entre nós, durante aquela Suécia. Não podemos fechar os olhos a crise recente, dirigentes dedicados da esta realidade, por mais desencorajante UNICOOPE se lamentavam, tal como que pareça. N ã o , o nosso sonho acao dierctor-gerente da K F em 1903, de bou!» que o abandono a que as cooperativas Nessa mesma primavera aquela mo- filiadas votavam a sua União, condedesta actividade armazenista terminou. nava esta a desaparecer em breve, e os Parecia realmente que o sonho tinha condenava a eles, seus obreiros, a assisacabado. O Congresso de 1903 nada tirem e a serem actores nesse drama mais tinha a fazer do que decidir se a onde seriam sepultados 8 anos de injovem Kooperativa Fõrbundet devia de- gentes esforços. saparecer. Felizmente, também entre nós, pareMas o Congresso de 1903 chegou à ce-nos que a crise fundamental f o i venconclusão contrária: a Kooperativa Fõr- cida, e que o testemunho f o i devidabundet devia continuar o seu trabalho, mente recebido pelos cabouqueiros do a actividade armazenista devia ser reto- Plano Ames, em condições que garanmada, e a União era encarregada de tem a continuidade da obra dos que os iniciar a publicação dum jornal difusor antecederam. 10 boletim cooperativista Serve também para mostrar a muitos que pensam o contrário, que o Cooperativismo sueco não deve a sua força ao facto de o nível do país ser elevado. Antes, o nível do país elevou-se em grande parte, na medida em que o M o vimento Cooperativo soube vencer enormes dificuldades e tornar-se poderoso. A Suécia era até, no início deste século, um país pobre, onde as condições de vida forçavam a emigração da massa para os Estados Unidos e Canadá. Estocolmo era em 1900, a cidade mais suja da Europa, a par de Istambul. A Cooperação sempre f o i filha da necessidade, e não da iniciativa dos bem instalados. A Cooperação serena não foge a esta regra, e só a capacidade de trabalho e luta dos cooperativistas deste pai s permitiu a instituição de uma K F potente, que tem protegido da maneira mais eficaz os interesses da comunidade, ao longo destas seis décadas, e tem sido um relevante factor no crescimento económico do país. A corroborar o facto de que a quota-parte do sector cooperativo sueco no comércio do país tem vindo a aumentar, podemos dizer que em 1965, no sector alimentar, era já de 27 % , mantendo-se a percentagem na distribuição retalhista geral, devido ao enorme aumento da procura dos produtos não alimentares, registada pelas cadeias particulares de grandes armazéns. Neste sector também o movimento cooperativo está já fazendo uma rápida progressão, graças à sua organização nacional DOMUS. Os números registados em 1965 foram os seguintes: Cooperativas 338 Sócios 1.322.634 Pontos de venda 3.906 Lojas em auto-serviço 2.684 Grandes Armazéns 128 Empregados (KF e Coop.) ... 58.057 Milhões de contos V Vendas totais das Coop 28,5 Vendas totais da K F 21,4 Vendas dos Grand. Armazéns 9 Capital próprio das Coop. ... 4.5 Capital próprio da K F 3,1 Aumentos das vendas sobre 1964 8,5% A história do insucesso de 1903 é para nós uma bela mensagem, se a soubermos receber em todo o seu significado. DE HORTE A S U L NOTICIÁRIO COOPERATIVO A Mundo Cooperativo Da 12 • CINCO MILHÕES D E DÓLARES postos à disposição para ampliar a a c ç ã o cooperativa UNICOOPE CONTINUOU A SUA EXPANSÃO Propus, na minha mensagem sobre o junto se verifica que o paralelismo da e v o l u ç ã o das vendas foi notório, orçamento, mudanças fundamentais na E m relação ao ano anterior o au- maneira de pôr em prática a política mento cifrou-se em cerca de 7000 pública para o desenvolvimento do coocontos o que corresponde a uma perativismo. Recursos que atingem apropercentagem de 40 %. ximadamente cinco milhões de dólares destinados a estas actividades são os meios para acelerar este programa. Reano de 1966 (em milhares de contos) comendei a reorganização da estratégia Total promotora ao nível público, de maneira 2.» Semestre de vendas que a maior quantidade de recursos f i em 3966 nanceiros sejam dedicados ao desenvolvimento do cooperativismo, em activi6 627 11 930 dades tais, como a distribuição de produtos alimentares, a satisfazer as necessidades dos nossos agricultores, o 6 764 12 528 desenvolvimento de programas de habitação e assistência médico-social. Sem haver ainda n ú m e r o s definitivos podemos no entanto informar que a e x p a n s ã o da Unicoope em 1966 continuou em ritmo acelerado, E o mais s a t i s f a t ó r i o ainda, é que se expandiu harmonicamente, no Norte e no Sul. Assim, pelo quadro U N I C O O P E — Movimento do Sectores Regio- Armazém naí A 1.° Semestre do Norte 5 303 rmazém Regional do Sul (') Totais 5 764 11 067 13 391 24 458 (') Resultante da integração dos Armazéns Regionais de Lisboa e da Margem-Sul. UNIÃO D E ALGÉS DIRECÇÃO Presidente — João F. Rana de Almeida. V ice-Presidente — Joaquim Lopes ASSEMBLEIA GERAL Guerreiro. 1° Secretário — José Cardoso de Figueiredo. 2." Secretário — LouPresidente — José Rodrigues Caldeira rival Martins Guerreiro. Tesoureiro — Patrão. Secretários — Manuel Augusto Pedro Alexandre de Matos. Vogais: /.", Pereira e José Dias Pires. João R. Mourato Dantes; 2°, José A . Rodrigues Mascate; 3.°, Hélder Martins CONSELHO FISCAL Guerreiro; 4.°, Baltasar Hilário; 5 °, JePresidente — Hermilo de Almeida rónimo da Silva Pinto; <5.°, Feliciano VePereira. Relatores — José dos Santos loso Pereira. Cruz e Carlos Tiago Crujo Dionísio. CONSELHO FISCAL DIRECÇÃO Presidente—João C. Pedreiro Louro. Presidente — Tristão José Gonçalves Secretário — José Gomes. Relator — Jorge. Vice-Presid. — Júlio Coelho da João Correia C. Dinis. Adjuntos — MaFonseca. Secretário — Manuel Branco nuel A . Mourato Dantos e Jacinto RaDuarte. Tesoureiro — Carlos Orlando poso. Rodrigues de Almeida. Vogais — A r mando Mendes Madeira, Hugo Ribeiro, Raul Pedro de Oliveira Rocheteau, Baft sílio Nobre Baptista. c Suplentes — António Manuel Ferreira B da Costa Mota e Vladimiro Augusto Martins Santos. Corpos Gerentes para 1967 «Ao examinar os mecanismos de trabalho para adiantar esta iniciativa achei que os mesmos requerem três passos fundamentais: 1) Reorganizá-los de modo a dar-lhe flexibilidade operacional; 2) criar novos instrumentos de trabalho; 3) dar a esta iniciativa maiores recursos financeiros. Empreendemos a marcha em todos eles. Apresentar-lhes-ei em breve propostas legislativas sobre este assunto. «Ensaiaremos as novas soluções com audácia, e esperamos que o cidadão façam também a parte que lhes compete. O cooperativismo portoriquenho tem mesmo necessidade de movimentar-se e procurar o seu próprio caminho. Essa é a sua tarefa». (América Cooperativa). A r COOPERATIVA BANHEIRENSE I • Corpos Gerentes para o ano de 1967 ASSEMBLEIA : GERAL Presidente — Joaquim Afonso Estrada. 1." Secretário — Virgílio Ferreira Pereira. 2." Secretário — Ventura Rosa Faísca. Ja \ I não quero este p ã o ! Estou aqui há lanio tempo, que [do Magazine Kegisconta) já está duro : boletim cooperativista 11 Mundo Cooperativo CONSUMO TELEX CONSUMO TELEX filhos», organizada pela K n i t t e l f e l d Consummer Co-operative Society, em colab o r a ç ã o com o director da Secção de PsiO Governo e as cooperativas de con- cologia da C r i a n ç a e do Adolescente do sumo intensificam a sua acção m ú t u a Instituto de Psicologia, da Universidade contra a alta de preços. V á r i o s produtores de Viena. Esta exposição f o i em seguida de diferentes bens de consumo aceitaram montada noutros estabelecimentos coopeaprovisionar directamente os grandes es- rativos. tabelecimentos e a r m a z é n s cooperativos De «Co-operative Newa Service com prioridade, e ao p r e ç o de p r o d u ç ã o Konsumverband» correspondente ao p r e ç o de entrega ao primeiro i n t e r m e d i á r i o anterior. S U É C I A — A integração de grandes estaEste acordo inclui o papel e os f ó s f o r o s , belecimentos cooperativos os pneus e as c â m a r a s de ar p a r a bicicletas, as l â m p a d a s eléctricas e fluoresA K F , sociedade grossista e união coocentes, os alimentas para bebés, os pro- perativa sueca, decidiu integrar os grandutos f a r m a c ê u t i c o s e os óleos comestí- des estabelecimentos «Kvickly» de Estoveis,, e ainda os t ê x t e i s e os tecidas de colmo nos grandes estabelecimentos em lã, o querosene e os seus derivados. sucursais «Domus» a p a r t i r do 1 de Janeiro passado. Tinham-se levantado dúviE S T A D O S U N I D O S — S u p e r m e r c a d o s elec- das quanto à rentabilidade, dos «Kvickly» e espera-se, g r a ç a s a esta medida, fornetrónicos cer-lhes u m melhor abastecimento e arSegundo as p r e v i s õ e s do presidente de m á - l o s mais solidamente em face da conuma empresa de i n v e s t i g a ç ã o , entre 15 a corrência privada. 2 5por cento do conjunto dos supermercaDe «Cons-ummer Affairs Bulletins cados americanos o r g a n i z a r ã o o seu reaprovisionamento por i n t e r m é d i o de calE U R O P A — E m p r e s a s gigantescas de proculadores electrónicos a t é ao f i m deste dutos alimentares ano. O método consiste em renovar os A E U R O D A , Associação dos 'Distribui«stocks» a t r a v é s da m e m ó r i a de u m ordenador, eliminando virtualmente o tradi- dores Europeus de Produtos Alimentares, cional e fastidioso inventário, efectuan- criada em F r a n c f o r t em 1961, representa do-se assim as s a í d a s de mercadorias dos 16 grandes empresas de compras por ataentrepostos abastecedores, no tempo re- cado da Bélgica, Dinamarca, F i n l â n d i a , querido e nas melhores condições p r á t i c a s . F r a n ç a , Alemanha, Noruega e Suécia, à s quais se associaram 1.800 grossistas desÁUSTRIA—Exposição de b r i n q u e d o s ses mesmos países. Todos juntos efectuaram no ano passado u m volume global de «Coop» vendas de 1.545 milhões de libras dos As c r i a n ç a s t ê m necessidade de brin- quais cerca de u m quarto pertence ao quedos que possam amar, a que se dediprimeiro grupo. quem activamente e que desenvolvam o seu sentido criador. Os brinquedos que A L E M A N H A FEDERAL — M o e d a s lavadas e elas amam tais como as bonecas e os anidesinfectadas mais, favorecem as suas necessidades de a f e i ç ã o ; os brinquedos para exercícios N u m supermercado de Colónia, lê-se físicos são u m meio de treino e conheci- com surpresa o seguinte: «As moedas que mento dos seus músculos. G r a ç a s ao brin- recebe na caixa são lavadas e desinfectaquedro a c r i a n ç a adquire e cultiva certas das todos os dias». E é exacto! No distria p t i d õ e s que mais tarde lhes serão neces- buidor de moedas, que dá os trocos, saem sárias. moedas que parecem novas, acabadinhas Í N D I A — A s C o o p e r a t i v a s a j u d a m a suster a alta de preços PORTO RICO Honorable Roberto Governador pronuncia-se na Assembleia sobre Sanchez da Porto o Vilela Rico cooperativismo Legislativa «Na minha primeira mensagem não lhes falei sobre o esforço cooperativista porque queria examinar a fundo toda a iniciativa pública neste campo. A ponderação serena do potencial do cooperativismo para servir o nosso povo reavivou e fortaleceu a minha fé neste tipo de iniciativa privada. As ideias que compartilharei com vocês, representam a meu juízo de que são as acções a curto prazo que hão-de dar as reorientações necessárias ao movimento cooperativista para que este possa libertar toda a sua energia criadora. «O esforço cooperativo é o meio para criar empresas que, sem distinções, são propriedade, governadas e administradas pelo próprio povo para seu serviço. Não nos interessa promover cooperativas que façam o mesmo que outras empresas similares na economia. Interessa-nos criar empresas cooperativas com a clara visão da responsabilidade económica, filosófica e social e com um profundo espírito de serviço aos seus associados e à sociedade portoriquenha, em geral. « A s p r o j e c ç õ e s do nosso desenvolvimento e c o n ó m i c o v ã o requerer u m a muito mais decidida e militante p a r t i c i p a ç ã o do cooperativismo n a nossa actividade e c o n ó m i c a . O desenvolvimento cooperativista tem que movimentar-se num ritmo muito mais acelerado se quiser cumprir uma f u n ç ã o normativa e reguladora no desenvolvimento e c o n ó mico e social de Porto Rico. Quero recordar que ao iniciar-se o novo impulso que demos ao cooperativismo em Porto Rico tínhamos 178 mil sóciosTendo em conta estes aspectos f o i re-cooperadores e um capital social de 53 centemente realizada, pela primeira vez milhões de dólares. Presentemente, cerca de 4.5 por cento da nossa actividade na Austria, uma exposição denominada económica realiza-se através da empresa «Os brinquedos que convêm aos nossos cooperativa. Fixamos como meta ao cooperativismo um por cento sempre mais na economia do país. Temos de BOLETIM COOPERATIVISTA trabalhar para que em 1975 as coopeRua C 3, lolo 300-A — C l rativas alcancem um volume de negócios de cerca de mil milhões de dólares. Este desenvolvimento requer que se multiplique o volume actual nove vezes mais nu mperíodo de nove anos. Os êxitos conseguidos e o potencial deste movimento justificam essa fé. de fabricar. U m a medida higiénica que os consumidores a l e m ã e s aplaudem, certamente. .. De 'rCoopérateur Suisse» cont. 11 12 boletim cooperativista G r á f i c a Imperial, Lda. - Lisboa
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