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2 ` 3 ` Predispor um Plano Estratégico é um modo para fazer com que possam convergir as decisões e as prioridades de diversas pessoas e organizações, sejam estas entidades locais ou empresas, instituições culturais ou associações de categoria, cujo objetivo é identificar uma idéia de desenvolvimento que seja compartilhada para um determinado território e atuar projetos em comum. A vantagem desse tipo de instrumento, que define um verdadeiro programa de trabalho com as indicações sobre os objetivos a serem alcançados bem como as ações consideradas úteis para cada objetivo, é coordenar os recursos não apenas econômicos, mas também as idéias, os projetos, as propostas que os signatários do acordo pretendem colocar à disposição do sistema local. A filosofia dos planos estratégicos se baseia no desenvolvimento equilibrado, no qual a saúde econômica está nivelada com o crescimento cultural, a qualidade social, a preservação do ambiente urbano e natural. A característica peculiar dos planos estratégicos é que estes podem ser instrumentos muito versáteis, reforçados pela adesão voluntária as suas indicações: é por essa razão que a adoção de um Plano Estratégico pressupõe um sistema que controla os relacionamentos entre os aderentes do tipo absolutamente paritário e que introduza as modalidades novas de aproximação ao governo de um determinado território. 4 ` 5 ` Torino foi, no ano 2000, a primeira cidade italiana a adotar um Plano Estratégico, percorrendo um caminho que, nos anos sucessivos, foi seguido por muitas outras cidades. O 1º PLANO ESTRATÉGICO PARA A PROMOSSÃO DA CIDADE nasce no momento em que era perceptível a crise da industria manufactureira e da sociedade fordista, decorrente das mudanças sócio-econômicas nos países ocidentais. Trabalhando o Plano Estratégico, Torino se comprometeu a elaborar um projeto cujo objetivo era manter a própria capacidade para produzir riquezas e inovações, através da diversificação do sistema produtivo e do projeto de renovação da imagem internacional da cidade, cujo ponto culminante foi a organização das Olimpíadas do Inverno. No mês de julho de 2006, aquele primeiro documento foi renovado para que pudesse responder às exigências de um contexto sócio-econômico ulteriormente mudado, com novas necessidades e outros objetivos que visavam o crescimento. De acordo com o 2º PLANO ESTRATÉGICO PARA A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO, a chave de volta para completar a transformação é investir no capital humano e na inovação, valorizando o patrimônio de competências locais para adaptá-lo ao novo contexto global. Os trabalhos para a construção do 2ºPlano Estratégico iniciaram no mês de janeiro de 2005 e foram coordenados pelas comissões temáticas com a função de explorar cenários, objetivos e possibilidades. As comissões se reuniram em sessões plenárias e em grupos restritos, que experimentaram os diversos modos para envolver a cidadania, promovendo congressos e organizando encontros políticos e institucionais, descreveram o processo de planejamento através de instrumentos editoriais e de comunicação. Assim como aconteceu no ano 2000, o processo de planejamento envolveu mais de 1000 pessoas. 6 ` O 2° Plano Estratégico se articula na economia do conhecimento e é um modelo de desenvolvimento que vem se afirmando nos países mais avançados, levando a uma evolução dos sistemas econômicos tradicionais em direção à produção com fortes conteúdos de projetação, estudo e pesquisa. As raízes deste modelo devem ser procuradas na crise que, no início da década de oitenta, envolveu os países com uma antiga industrialização devido à entrada de novos produtores nos mercados internacionais com baixo custo de mão-de-obra. As empresas reagiram diante dessa situação adotando novos modelos produtivos, levando para outros lugares as atividades manufatureiras e concentrando-se nos serviços de alto conteúdo de conhecimento, tais como a logística, finanças, comunicação e informática que aumentam sensivelmente o número de adeptos. O novo modelo muda também o modo de trabalhar: a participação que é solicitada ao trabalhador está cada vez menos associada à execução dos procedimentos predefinidos e está sempre mais ligada à participação ativa, à capacidade criativa, à disponibilidade de conhecimentos e competências especialísticas. A área metropolitana de Torino possui os recursos preliminares para um desenvolvimento deste tipo; isto é verdade tanto que, num momento em que as estruturas importantes da economia local estão em fase de rápidas mudanças e esta cidade encontra-se entre as mais envolvidas, em nível europeu, pelos processos de redistribuição internacional do trabalho que fazem com que se redimensione a própria função em relação a isso. Se a mudança de prospectiva parece ser inevitável, todavia, requer um contexto local que seja capaz de não sofrer, aliás, captar, as oportunidades que surgem. O âmago da questão é que o desenvolvimento baseado no conhecimento, embora ofereça grandes possibilidades, traz consigo enormes conseqüências sociais e pode se transformar num potente vector da desagregação. Ao contrário, é essencial que as vantagens ligadas à adoção desse tipo de modelo sejam usufruídas por todos os cidadãos, não apenas por aqueles que possuem um título de estudo, a rede social e os instrumentos culturais para poder se propor mais facilmente no mercado de trabalho. Torino deve, portanto, valorizar o próprio capital humano agindo contemporaneamente em mais direções: contrastando a dispersão escolar, integrando os filhos dos imigrantes, fazendo com que a universidade seja de interesse para os estudantes e para os pesquisadores estrangeiros, opondo-se à emigração dos jovens talentos. Ao mesmo tempo, se trata de adotar instrumentos para entesourar o percurso do trabalho escolhido, acumulando competências e experiências a fim de facilitar a aprendizagem nas diversas fases da vida, e reforçar os relacionamentos entre a universidade, empresa e política em prol do desenvolvimento, para orientar a pesquisa aplicada em relação às exigências do mercado de trabalho. Se trata de governar, numa ótica estratégica, a competitividade, a atratividade, a coesão social e territorial, garantindo a cidade de Torino um futuro com inovação e desenvolvimento, fazendo que essa cidade tenha um ambiente aberto e acolhedor. O modelo de desenvolvimento definido pela sociedade do conhecimento dá muita importância às cidades, que retornam à função originária de intercâmbio na qual se mesclam e coexistem serviços modernos em favor das empresas, dos consumidores e da administração pública. Uma outra função importante é exercida pelas áreas metropolitanas, territórios compostos por diversas cidades onde a concentração e a diversificação de populações, das funções, dos interesses e das possibilidades alcançam um nível de complexidade interessante e uma dimensão competitiva. É exatamente por esta razão que o 2º Plano Estratégico se destina a toda área metropolitana de Torino, um território que conta com milhão e seiscentos habitantes, composto de mais de 30 municípios que se encontram ao redor desta cidade. Somente quando forem capazes de ativar uma gestão dinâmica e projectual dos próprios recursos, liberando energia para construir projetos urbanos, é que as áreas metropolitanas poderão se tornar um elemento importante capaz de conduzir ao desenvolvimento, assumindo uma posição ideal em relação à nova indústria, atenta para entrelaçar relacionamentos virtuosos com a sociedade civil, os institutos de formação, os centros de pesquisa, as grandes infra-estruturas, o sistema cultural e a qualidade urbana. 7 ` 8 ` ESTRUTURA ORGANIZACIONAL O Plano Estratégico é descrito, ativado, promovido e monitorado pela Associazione Torino Internazionale, que representa um organismo especializado que atua desde o mês de maio do ano 2000. O presidente é o Prefeito da Cidade e também o Presidente da Província. A associação conta com 97 sócios dentre os quais fazem parte as entidades públicas, instituições, universidades, centros culturais, sindicatos, associações e empresas. O funcionamento desta associação é garantido por um pequeno staff com funções operativas e também por diversos órgãos do governo: a assembléia dos sócios; um comitê para de coordenação constituído pelos representantes das entidades locais, instituições bancárias e quatro prefeitos da área metropolitana; um comitê científico do qual fazem parte os acadêmicos e os expertos em desenvolvimento local; as comissões temáticas que representam a sede permanente do confronto entre atores para a realização dos projetos do Plano. Co-presidentes COMITÊ CIENTÍFICO Sergio Chiamparino Coordenador Prefeito de Torino Antonio Saitta Presidente da Província de Torino Vice-presidente Giuseppe Berta Universidade Bocconi Milano Diretor Giuseppe Berta Universidade Bocconi Milano Arnaldo Bagnasco Faculdade de Letras e Filosofia Universidade de Torino Fabrizio Barca Ministério da Economia e Finanças Luigi Bobbio Faculdade de Ciências Políticas Universidade de Torino Elisa Rosso Aldo Bonomi Comissões temáticas Franco Corsico Carlo Alberto Barbieri Coordenador do Território Metropolitano Giuseppe Berta Coordenador do Desenvolvimento Econômico Marco Demarie Coordenador Potencial Cultural Nicola Negri Instituto Aaster Faculdade de Arquitetura Politécnico de Torino Giuseppe Dematteis Faculdade de Arquitetura Politécnico de Torino Bruno Dente Politécnico de Milano, Instituto Pesquisa Social Milano Bruno Manghi Sociólogo do trabalho Coordenador da Qualidade Social Marco Mezzalana Comitê de coordenação Angelo Pichierri Sergio Chiamparino Municipio de Torino Politécnico de Torino Ires Piemonte Giovanni Zanetti Antonio Saitta Faculdade de Economia Universidade de Torino Alessandro Barberis Os coordenadores das comissões temáticas são membros do comitê científico. Província de Torino Câmera de Comércio de Torino Angelo Miglietta Fondação CRT Piero Gastaldo Compagnia di San Paolo Giuseppe Berta Vice-presidente Torino Internazionale Os Prefeitos de Nichelino, Grugliasco, Settimo Torinese e Chieri, em representação dos Municípios de área metropolitana. Os coordenadores das comissões temáticas do comitê científico participam com função de consultoria. 9 ` SÓCIOS Município de Beinasco Município de Borgaro Torinese Município de Bruino Município de Caselle Torinese Município de Chieri Município de Collegno Município de Grugliasco Município de Ivrea Município de Moncalieri Município de Nichelino Município de Orbassano Município de Pinerolo Município de Pino Torinese Município de Piossasco Município de Rivalta di Torino Município de Rivoli Município de San Mauro Torinese Município de Settimo Torinese Município de Torino Município de Trofarello Município de Venaria Reale Município de Volpiano Município de Volvera /Agenzia Servizi Pubblici Locali /Alenia Spazio /Amiat Azienda Multiservizi Igiene Ambientale Torino /Api Torino Associazione Piccole e Medie Imprese /Ascom Associazione di Imprenditori del Commercio del Turismo e dei Servizi /Atc Torino Agenzia Territoriale per la Casa della Provincia di Torino /Aurora Due Fabbrica Penne Stilografiche /Autoservizi M. Canuto /BasicNet /Camera di commercio di Torino /Casartigiani Torino /Castello di Rivoli Museo d’Arte Contemporanea /Centro Luigi Einaudi /Cgil Piemonte Confederazione Generale Italiana del Lavoro /Cida Piemonte Confederazione Italiana dirigenti e alte professionalità /Cisl Piemonte Confederazione Italiana Sindacato Lavoratori /Club Dirigenti di Informatica /Cna Torino Confederazione Nazionale Artigianato e Piccola e Media Impresa /Coltivatori Diretti /Collegio Costruttori Edili /Compagnia di San Paolo /Confcooperative Torino /Csi Piemonte Consorzio per il Sistema Informativo /Cus Torino Centro Universitario Sportivo /Edt /Ente Parco Fluviale del Po tratto torinese /Environment Park /Ersel Wealth Management & Corporate Finance /Etf European Training Foundation /Fiat /Film Commission /Fondazione Crt /Fondazione del Teatro Stabile di Torino /Fondazione Giovanni Agnelli /Fondazione per il Libro la Musica e le Attività Culturali /Fondazione Rosselli /Fondazione Torino Musei /Geodata /Giulio Einaudi Editore /Gruppo Dirigenti Fiat /Gtt Gruppo Torinese Trasporti /Ifil Investments /Ires Piemonte Istituto Ricerche Economico Sociali /Iride Energia /Istituto Piemontese Antonio Gramsci /Istituto Superiore Mario Boella /Italdesign Giugiaro /Lavazza /Lega Cooperative e mutue del Piemonte /Lingotto Fiere /Museo Nazionale del Cinema Fondazione Maria Adriana Prolo /Olsa /Ordine degli Architetti della Provincia di Torino /Paralleli Istituto Euro Mediterraneo del Nord Ovest /Pastorale Sociale del Lavoro /Pininfarina /Politecnico di Torino /Provincia di Torino /Sagat Società Azionaria Gestione Aeroporto Torino /Siti Istituto Superiore sui Sistemi Territoriali per l'Innovazione /Smat Società Metropolitana Acque Torino /Società degli Ingegneri e degli Architetti /Teatro Regio /Telecom Italia Telecom Italia Lab /Torino Convention Bureau /Torino Incontra /Turismo Torino e Provincia /Uil Piemonte Unione Italiana del Lavoro /Unione Agricoltori Provincia di Torino /Unione Industriale di Torino /Università degli Studi di Torino /Virtual Reality & Multimedia Park /Willis Italia ` 10 ` 11 ` 12 ` 13 O 2º Plano Estratégico está articulado em quatro áreas temáticas – território metropolitano, qualidade social, potencial cultural e desenvolvimento econômico – às quais se acrescenta uma quinta área temática de natureza mais transversal que corresponde à visão. A partir dessas áreas surgem doze direções de intervenção que se referem aos grandes argumentos nos quais se baseia o desenvolvimento do território: formação; criatividade; transformação industrial; trabalho; transformações urbanas e territoriais; recursos culturais; promoção e turismo; imigração; acessibilidade, transportes e mobilidade; logística; saúde e prevenção; casa e regeneração urbana. Cada direção se articula dentro de um número variável de objetivos – esses totalizam cinqüenta e quatro – que revelam os diversos aspectos da intervenção propostos pelo Plano Estratégico num determinado âmbito ou setor. Embora parta de uma área temática específica, cada objetivo produz efeitos, exercita uma influência ou então, sofre uma influência de outros objetivos referidos às áreas temáticas limítrofes, entrelaçando relacionamentos virtuosos que representam a condição essencial para que se possa alcançar cada objetivo. O total de objetivos propostos pelas áreas temáticas, pelas direções de intervenção e pelos objetivos dão origem a um leque de oportunidades e projetos que o território poderá acolher. ` 14 DIREÇÕES E OBJETIVOS Numa economia avançada, na qual a vantagem competitiva depende das idéias, da inovação e da capacidade de produzir novos conhecimentos, a formação representa um instrumento fundamental para o esenvolvimento. O argumento de base do 2° Plano Estratégico se baseia no fato de que, fazendo com que o conhecimento se torne o eixo principal das estratégias de crescimento para a área de Torino, é possível alcançar, contemporaneamente, dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a segurança social, dando aos cidadãos os instrumentos culturais necessários para que possam se mover num mundo de mudanças contínuas. Objetivos 1 [FOR] 2 [FOR] 3 [FOR] AUMENTAR O NÍVEL DE INSTRUÇÃO DE BASE DOS JOVENS. REFORÇAR O SISTEMA REGIONAL DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL. AUMENTAR A QUALIDADE DOS PROCESSOS DE APRENDIZAGEM NA INSTRUÇÃO 4 [FOR] 5 [FOR] E NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL. PROMOVER A INTEGRAÇÃO DOS ALUNOS ESTRANGEIROS NA ESCOLA. FAVORECER A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA UNIVERSITÁRIO 6 [FOR] E A ATRAÇÃO DE TALENTOS. REPENSAR OS PERCURSOS UNIVERSITÁRIOS NUMA ÓTICA DE MÉDIO 7 [FOR] 8 [FOR] 9 [FOR] E LONGO PRAZO. REFORÇAR O SISTEMA DAS ESCOLAS DE DOUTORADO. APOIAR A VOCAÇÃO LOCAL PARA A CULTURA TÉCNICO-CIENTÍFICA. PROMOVER UM SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DA FORMAÇÃO. A DIREÇÃO EXAMINA TRÊS CADEIAS INTERDEPENDENTES: A FORMAÇÃO DE BASE PARA JOVENS, A FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA ADULTOS, A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA. • Quanto concerne a geração jovem, o valor do conhecimento dentro da sociedade contemporânea obriga a escola a passar por constantes renovações, inclusive em relação à metodologia didática, a fim de proporcionar aos estudantes os instrumentos culturais úteis para que possam se relacionar com o contexto sócio-econômico. Em segundo lugar, a escola deve se tornar um veículo destinado a melhorar a inclusão social, favorecer o multiculturalismo, aumentar a equidade social, principalmente em relação à população imigrante para a qual a escola deve agir como um forte vector de integração com a sociedade local. • No caso específico dos adultos, está comprovado que a “life long learning”, ou seja, a formação durante toda a vida, representa um instrumento potente capaz de reduzir o risco de saída do mercado de trabalho depois da obsolência das capacidades profissionais. Num modelo de desenvolvimento econômico no qual os conteúdos de trabalho mudam rapidamente, os institutos profissionais também devem melhorar a qualidade, garantindo uma formação sólida e versátil. • Quanto concerne enfim a formação universitária, o impulso em direção ao desenvolvimento econômico e social não depende apenas do conhecimento disponível, mas da construção de conhecimentos e novas competências. Neste sentido, os investimentos específicos devem ser destinados à internacionalização do sistema universitário, para atrair os estudantes estrangeiros e docentes de prestígio, e também para entrar de maneira estável na rede de universidades com as quais colaborar nos projetos de pesquisa transnacionais. È também importante reforçar as escolas de doutorado, cujos programas didáticos são atualmente muito desequilibrados em relação às profissões acadêmicas, e objetivo é favorecer a relação com as empresas, nas quais os profissionais devem ser capazes de interpretar, orientar e difundir uma exigência de conhecimento científico avançado. ` 15 DIREÇÕES E OBJETIVOS Quanto mais a competição se baseia em fatores não materiais mais o crescimento econômico de um território depende da força expressa na criatividade, na inovação, nas novas idéias e nas novas linguagens que constituem uma bagagem de conhecimentos acumulados e desenvolvem nos indivíduos a capacidade para resolver problemas complexos. Promovendo a produção da criatividade cultural e qualificando o território de Torino como uma meta interessante para as pessoas criativas, será possível alcançar contemporaneamente dois objetivos: diversificar a base econômica e apoiar o desenvolvimento do território, ciente de que é no contexto urbano que a versatilidade criativa encontra mais modalidades e campos de aplicação. Objetivos 1 [CRI] QUALIFICAR OS RECURSOS HUMANOS ATRAVÉS DOS SISTEMAS FORMATIVOS, 2 [CRI] 3 [CRI] ESTÁGIO E DISCIPULADO. APOIAR O NASCIMENTO DAS EMPRESAS CULTURAIS E O ACESSO AO MERCADO. FAVORECER A EXPERIENCIALIDADE, A EXPERIMENTAÇÃO, AS TÉCNICAS E AS 4 [CRI] AÇÕES DE PROMOÇÃO DA CRIATIVIDADE. PROMOVER O DESIGN NA SUA DIMENSÃO HORIZONTAL E EXPANSIVA. A DIREÇÃO ACENTUA OS QUATRO ARGUMENTOS: A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, AS EXIGÊNCIAS DAS EMPRESAS CULTURAIS, O LADO INFORMAL DA CRIATIVIDADE, AS OPORTUNIDADES DO DESIGN. • Promover a produção da criatividade significa, antes de mais nada, oferecer um percurso formativo de qualidade e que responda a uma exigência de profissionalismo complexo e mutável. Neste sentido, é importante o confronto constante entre as instituições culturais e os sistemas formativos, o apoio à mobilidade dos artistas, a promoção de programas de intercâmbio internacional, a oferta de bolsas de estudo, a disponibilidade de prêmios e concursos. • Em Torino e na Região Piemonte muitas empresas culturais se ativaram em setores tais como: a editoria, o áudio-visual, a música, a animação, as produções multimediais, o espetáculo ao vivo e a arte visual. Geralmente estas empresas são de pequenas dimensões, são pouco estruturadas, têm pouca disponibilidade de capital e tudo isso reduz a capacidade competitiva: a fim de superar estes pontos críticos, algumas ações específicas devem ser promovidas para que possam sensibilizar o sistema creditício, tutelar melhor a propriedade intelectual, qualificar a dimensão gerencial, organizativa, de promoção e comunicação das empresas. • É importante lembrar que a produção cultural é fruto de ações largamente espontâneas e imprevisíveis, se nutre de interseções e pouco se presta a congelamentos disciplinares. Portanto, as atividades de socialização, de encontro e intercâmbio internacional exercem um papel importante. È por este motivo que é necessário prever espaços abertos, que sejam preparados para o trabalho, com equipamentos, competências e colocá-los a disposição dos operadores culturais locais. Neste sentido, o setor específico do espetáculo ao vivo – teatro, música e dança – este setor, mais do que qualquer outro, pode desempenhar a função de unir, colocando em relação as diversas cadeias de produção cultural para se tornar um laboratório natural de inovação para o campo das artes e das diferentes tecnologias. • Um dos setores que mais aumenta a força expressa no âmbito da criatividade, inovação e novas idéias é o design, a indústria criativa considerada de excelência que combina habilidades técnicas, eficiência, capacidades artísticas e formais. Em Torino, o design é profundamente entrelaçado com a cultura do projeto e do trabalho que esta cidade herdou do próprio passado industrial e, neste sentido, foi objeto de diversas ações de apoio ao desenvolvimento promovidas pelas entidades locais. Dentre os resultados obtidos, citamos a designação por parte da ICSID de Torino (International Council of Societies of Industrial Design) considerada como a primeira World Design Capital de 2008 e a próxima abertura de um Centro de Design na área do histórico complexo automobilístico Fiat Mirafiori. ` 16 DIREÇÕES E OBJETIVOS O desenvolvimento da área de Torino, futuramente, dependerá cada vez mais da capacidade de inserir a economia do conhecimento dentro das tradicionais especializações do contexto produtivo local. A economia do conhecimento não requer, de fato, que a histórica vocação industrial de Torino seja renegada. A indústria pode continuar a ser a base da produção, contanto que se trate de uma indústria diferente, na qual a produção esteja imbuída de conteúdos de estudo, pesquisa e serviço para a clientela. Objetivos 1 [IND] PERSEGUIR UMA ESTRATÉGIA DE INTERNALIZAÇÃO DO CONTEXTO 2 [IND] 3 [IND] 4 [IND] 5 [IND] 6 [IND] PRODUTIVO LOCAL . ADOTAR A PROSPECTIVA DA COLABORAÇÃO ENTRE EMPRESAS E SUJEITOS EXTERNOS. PROMOVER AÇÕES DE FORMAÇÃO GERENCIAL. FAVORECER PROCESSOS DE INOVAÇÃO NAS EMPRESAS. REPENSAR O PAPEL DO APOIO PÚBLICO PARA O SETOR ICT. CONSOLIDAR UMA COMUNIDADE OPEN SOURCE AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS 7 [IND] 8 [IND] LOCAIS. FAVORECER A DINÂMICA INDUSTRIAL NO SETOR ICT. PROMOVER UM PROJETO COMUM PARA UM DISTRITO TECNOLÓGICO NO SETOR 9 [IND] AEROESPACIAL. ANALISAR O SISTEMA LOCAL DAS FINANÇAS E AS POSSÍVEIS INTERAÇÕES ENTRE SETOR PÚBLICO E OPERADORES PRIVADOS. A DIREÇÃO SE CONCENTRA EM QUATRO SETORES ESTRATÉGICOS, EM RAZÃO DAS PROSPECTIVAS QUE OFERECEM À ECONOMIA LOCAL: AUTOMOTIVAS, ICT, AEROESPAÇO E FINANÇAS. • O setor automotivo é o mais importante da indústria piemontese, não obstante a geral flexão deste setor. Na cadeia automobilística atuam diversas empresas, em alguns casos, são muito dinâmicas e habituadas à competição internacional, em outros, são presas aos velhos modelos produtivos. Para estas últimas é necessário ativar medidas para enfrentar a internacionalização ainda insuficiente, a falta de colaboração por parte das empresas, uma formação gerencial muitas vezes inadequada, a necessidade contínua de inovação. A nova indústria se deve concentrar nos produtos com alto valor acrescentado investindo na pesquisa e na inovação. Um símbolo desta filosofia é o projeto de reconversão de uma parte do complexo automobilístico Fiat Mirafiori em Torino cedida pela empresa, para que pudesse ser transformada em parque tecnológico no qual podem ser realizadas as atividades de pesquisa, formação e experimentação no campo da mobilidade, com base numa colaboração entre indústria e universidade. • O que torna o ICT interessante é a capacidade para entrar em relação com outras indústrias, trazendo muitos elementos de inovação: este é o aspecto mais prometedor para o sistema em Torino e para os seus centros de pesquisa. As instituições públicas podem estimular a solicitação por parte da ICT, destacando algumas plataformas tecnológicas (interessante é a área logística, a info-mobilidade e a assistência sanitária) e definir um quadro de ações legislativas e programas garantidos, com o objetivo de fazer com que as empresas possam investir em atividades inovativas e ligadas a uma demanda pública dentro de um razoável contexto de risco. • Em Torino existem cinco prestigiosos grupos que fazem parte do setor aeroespacial – Alenia Aeronautica, Alenia Spazio, Avio, Galileo Avionica e Microtecnica – que juntamente com as instituições locais estão trabalhando no projeto que visa construir um distrito tecnológico. Aliás, para um setor estritamente dependente de financiamentos públicos nacionais e europeus, a capacidade de fazer lobby das instituições locais representa um aspecto fundamental. ` 17 DIREÇÕES E OBJETIVOS A crise do modelo industrial fordista caracterizado pelo vínculo duradouro entre o trabalhador e a empresa, o surgimento de problemas ligados à flexibilidade e à instabilidade, os novos conceitos de racionalização produtiva e a globalização da economia tornaram crucial para os trabalhadores a questão de como governar a passagem de trajetórias profissionais contínuas a trajetórias descontínuas. Todos os fatores de mudança que surtiram efeitos diferenciados em relação ao mundo de trabalho que atualmente é atravessado por muitos dualismos – estável ou precário, rico ou desqualificado, autônomo ou dependente – que desenham um mapa de riscos e oportunidades bem variado. Objetivos 1 [TRA] EVITAR QUE A FLEXIBILIDADE SE TRANSFORME EM PRECARIEDADE 2 [TRA] NO TRABALHO JUVENIL. TORNAR SEGURAS E VALORIZAR AS TRAJETÓRIAS PROFISSIONAIS NUMA POPROSPECTIVA BASEADA NA LIFE LONG 3 [TRA] LEARNING. APOIAR O TRABALHO DAS MULHERES DANDO ATENÇÃO ESPECIAL ÀS FAMÍLIAS 4 [TRA] 5 [TRA] 6 [TRA] CARENTES E COM CRIANÇAS. APOIAR O DESENVOLVIMENTO DE UM ENVELHECIMENTO ATIVO. APOIAR A INTEGRAÇÃO DOS IMIGRANTES NO TRABALHO E NA SOCIEDADE. DESENVOLVER A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA. A DIREÇÃO CONCENTRA TODA A ATENÇÃO EM ALGUMAS AÇÕES QUE PODEM SER REALIZADAS A FIM DE FORTALECER A POSIÇÃO PROFISSIONAL DOS JOVENS PARA INGRESSAR NO MERCADO DE TRABALHO E DOS ADULTOS QUE RISCAM DE SAIR ANTECIPADAMENTE. • A introdução do princípio de flexibilidade nas carreiras foi acompanhada pelo aumento da precariedade do trabalho, que atingiu, primeiramente, os jovens no início da carreira e também aqueles que possuíam um modesto nível de formação. Em relação ao mercado de trabalho que se delineia, muitos se encontram trapaceados em trabalhos precários, desqualificados, modestamente retribuídos e, muitas vezes, regidos por sistemas de pontuação das fases de desocupação que podem se prolongar até a idade adulta. O primeiro objetivo que visa favorecer o trabalho juvenil é, portanto, desunir o binômio flexibilidade e precariedade, por exemplo, introduzindo uma boa normativa em relação aos contratos de estagio a fim de fortalecer o entrelace entre formação e trabalho considerando-os como dois momentos de um único percurso de crescimento profissional. • Instrumentos diversos podem ser utilizados para requalificar tempestivamente os adultos que devem se colocar novamente e, com novas funções, no mercado de trabalho, pois se encontram sem competências e formação atualmente solicitadas. Se trata de introduzir o princípio da “life long learning”, ou seja, a formação que dura por todo o curso da vida que, assim como foi indicado pela União Européia, representa uma ação-chave para reduzir os riscos da descontinuidade profissional e facilitar a mobilidade entre as ocupações, dotando as pessoas de todos os recursos necessários a fim de realizar os percursos de trabalho desejados, fazendo com que se tornem livres para determinar o próprio projeto de vida social e profissional. • Os investimentos no capital humano que a economia do conhecimento requer se tornam menos eficazes caso não se procurem novas vias de colaboração com as empresas, a partir daquelas mais comprometidas em processos de inovação e que estejam interessadas nos seguintes pontos: presidir o desenvolvimento das capacidades profissionais dos funcionários; atrair e conservar os trabalhadores qualificados e tutelar a saúde e a segurança. É o modelo da Responsabilidade Social da Empresa, que deve ser incentivado através de políticas públicas que premiam as empresas capazes de tomar decisões que vão também na direção da tutela do interesse coletivo. ` 18 ` 19 ` 20 DIREÇÕES E OBJETIVOS O modelo de desenvolvimento previsto pela economia do conhecimento dá grande valor à forma da cidade e à presença de lugares físicos e redes sociais predispostos a favorecer a circulação de um capital muito precioso: as idéias. A cidade do conhecimento deve ser policêntrica, aberta, adaptada para unir as pessoas e os projetos ao invés de isolá-los. Ela deve prestar muita atenção na qualidade da paisagem e fazer com que o ambiente urbano seja cada vez mais atraente e isso faz chamar a atenção dos setores sociais mais criativos e propensos à inovação. A cidade do conhecimento deve também cuidar das áreas verdes considerando-as como elementos essenciais para garantir um bom nível da qualidade de vida. Objetivos 1 [TER] • A qualidade dos projetos de transformação urbana depende muito da capacidade de considerá-los numa ótica de sistema, onde não conta apenas cada METROPOLITANA. realização, mas o seu relacionamento com as demais, dentro de uma idéia REFORÇAR O SISTEMA PAISAGISTICOunitária de cidade, na qual a reorganização funcional e competitiva do território AMBIENTAL E DA ÁREA VERDE se conjuga com a atenção em relação à qualidade do ambiente e do contexto EM RELAÇÃO COM A CIDADE E AS TRANSFORMAÇÕES. urbano. Um exemplo disso é a “Cittadella Politecnica”, um projeto do VALORIZAR OS SISTEMAS LOCAIS Politécnico de Torino para ampliar a sede histórica do ateneu com novos METROPOLITANOS NA PROSPECTIVA espaços para a didática, pesquisa, atração de investimentos e transferência POLICÊNTRICA. tecnológica para as empresas. Um elemento qualificador deste projeto é ORGANIZAR O TERRITÓRIO COMO UNIÃO a importância dada à construção de espaços idôneos para propor ocasiões DE REDES PARA GERAR CONHECIMENTOS, DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE culturais e esportivas, agregação social e estudantil, dentro de um programa URBANA. de requalificação urbana que possa ser de interesse para o bairro inteiro. • As transformações efetuadas em Torino, nas últimas décadas, atingiram a qualidade da paisagem e do ambiente natural e agrícolo. Um projeto de valorização do patrimônio verde metropolitano, com os seus parques fluviais, os grandes parques da cidade, o sistema das Residências Sabaudas que circundam a cidade, prevendo também os mecanismos de compensação ambiental ligados às transformações e às infraestruturações, pode ser uma ocasião importante para reequilibrar e tornar o território mais atraente, para formar uma área verde metropolitana, um ponto de encontro entre as cidades, a natureza e a agricultura. • A valorização dos sistemas locais reevoca a idéia da área metropolitana, um espaço de governo onde os confins administrativos de cada município são superados para responder, de modo novo, às exigências dos cidadãos, aos fluxos de mobilidade, à construção de um eficiente sistema de transporte público alternativo à mobilidade privada, à localização das atividades produtivas e logísticas, à tutela das zonas naturais. Visto a complexidade que o caracteriza, planificar o território metropolitano é, antes de mais nada, uma ocasião para experimentar formas de governo baseadas na colaboração entre as administrações, para cuidar dos projetos comuns dentro de uma única idéia de cidade. • Uma capacidade que pode ser considerada, por alguns aspectos, análoga é aquela solicitada a quem faz parte também das redes nacionais e européias de cidades. Todavia é exatamente esse um dos elementos de maior debilidade das relações internacionais de Torino, que deve, por outro lado, reforçar a própria posição, a imagem externa, as funções e as especializações setoriais, a própria estratégia territorial. IDENTIFICAR OS ESTORVOS DA TRANSFORMAÇÕES INOVATIVAS NA ÁREA 2 [TER] 3 [TER] 4 [TER] A DIREÇÃO ENFRENTA QUATRO ARGUMENTOS: A QUALIDADE DOS PROJETOS DE TRANSFORMAÇÃO, O CUIDADO COM A PAISAGEM E AMBIENTE, A VALORIZAÇÃO DOS SISTEMAS LOCAIS, A PRESENÇA DE TORINO DENTRO DA REDE INTERNACIONAL DE CIDADES. ` 21 DIREÇÕES E OBJETIVOS A cultura vista como produção, tutela, conservação, gestão e fruição dos depósitos acumulados constitui um elemento fundamental da identidade e do tecido social de um território, além de representar também um recurso indispensável para o desenvolvimento local. No caso de Torino, a centralidade da cultura é prevista no 2º Plano Estratégico e isso se dá por diversas razões: porque contribui à diversificação econômica, porque qualifica a ocupação e porque promove a imagem internacional do sistema metropolitano. Objetivos 1 [REC] • Aumentar o envolvimento dos privados nas atividades culturais, em qualidade de comitente, doadores, patrocinadores, financiadores ou investidores é DO CONHECIMENTO. um objetivo a ser alcançado não apenas para a prospectada limitação dos MELHORAR A ACESSIBILIDADE recursos públicos que estarão disponíveis nos anos futuros, mas também para DA OFERTA CULTURAL. os benefícios que o confronto entre mundo empresarial, mundo da cultura PROMOVER A CULTURA COMO FATOR DE TRANSFORMAÇÃO URBANA E TERRITORIAL. e sociedade civil pode produzir. Os instrumentos para arrecadar e promover INCENTIVAR A CONTRIBUIÇÃO DOS o apoio econômico por parte dos privados podem ter formas diversas: entre as PRIVADOS NAS POLÍTICAS E NOS mais interessantes, citamos a “community foundation”, prosperada nos Estados RECURSOS PARA A CULTURA. Unidos e que atualmente está presente também na Italia. VALORIZAR A CULTURA COMO • Promover um desenvolvimento baseado no conhecimento quer dizer melhorar INSTRUMENTO DE ATRATIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO. o acesso e o uso da cultura, investir nos instrumentos de educação e divulgação permanente, aumentar a demanda de cultura. Para as instituições de Torino isto significa contribuir a cobrir o déficit dos recursos culturais de base da população, êxito do passado fordista da cidade, e qualificar as competências das novas gerações e das populações de imigrantes para as quais a escola não basta. O processo de reorganização iniciado, nos últimos anos, por parte das instituições culturais deve ser concluído (qualificando e diversificando os serviços) inclusive através do uso de novas tecnologias. Se serão capazes de interceptar as diversas produções culturais, favorecer a circulação de idéias, promover espaço, vocações e oportunidades, as instituições culturais poderão também contribuir para transformar Torino numa cidade cosmopolita • A cultura dentro de seus múltiplos aspectos, ou seja, das artes visuais ao espetáculo ao vivo, da paisagem histórica aos festivais, da arquitetura ao design, pode dar origem processos complexos de regeneração urbana, tornando-se um modo para ler, fazer ler e representar um território, consolidando as suas identidades tradicionais e esboçando outras novas. Nos próximos anos, as numerosas transformações culturais que interessam a área de Torino, partindo do “Distretto Museale Centrale” às Residências Sabaudas, do rio Pó à renovação do Museu Egípcio, deverão ser acolhidas exatamente nesta prospectiva • A cultura representa um dos principais recursos para atrair investimentos, para desenvolver a indústria turística, produzir imagens da cidade que sejam reconhecíveis, comunicáveis e eficazes. A tarefa dos atores locais é investir os recursos naqueles elementos de atração – a vivacidade contemporânea, o patrimônio histórico, a civilização egípcia – que podem ser utilizados para a promoção da cidade, a sua política expositiva e a programação de eventos de forte interesse internacional. VALORIZAR AS INSTITUIÇÕES CULTURAIS A SERVIÇO DA SOCIEDADE 2 [REC] 3 [REC] 4 [REC] 5 [REC] A DIREÇÃO SE CONCENTRA EM QUATRO ASPECTOS: A PRIORIDADE DOS INVESTIMENTOS PRIVADOS PARA A CULTURA, A IMPORTÂNCIA DE TER ACESSO À CULTURA, O PAPEL DA CULTURA NA TRANSFORMAÇÃO URBANA, A CULTURA COMO RECURSO PARA A ATRATIVIDADE. ` 22 DIREÇÕES E OBJETIVOS Para uma cidade que sediou as Olimpíadas, a herança deixada pelos Jogos não se refere apenas aos aspectos materiais como, por exemplo, as grandes infra-estruturas esportivas, mas também os aspectos não materiais, tais como a visibilidade em relação à cenário internacional e o desenvolvimento de uma competência organizativa em tema de grandes eventos. Num mercado que é cada vez mais competitivo da atratividade urbana, as Olimpíadas de Inverno 2006 representaram para Torino uma ocasião formidável, mas deixaram claro também o quanto é importante estabilizar a imagem positiva, alimentando o círculo virtuoso na base das políticas de promoção. Objetivos 1 [PRO] 2 [PRO] PROMOVER A IMAGEM DO TERRITÓRIO E ATRAIR GRANDES EVENTOS. EXPLORAR OS GRANDES ATRATIVOS E OS PONTOS DE FORÇA LOCAIS PARA 3 [PRO] APOIAR O TURISMO SHORT-BREAK. REFORÇAR AS POLÍTICAS PARA O TURISMO FIERÍSTICO E CONGRESSUAL. A DIREÇÃO EXAMINA TRÊS ARGUMENTOS: A PROMOÇÃO DA IMAGEM DO TERRITÓRIO E A ESTRATÉGICA DOS GRANDES EVENTOS, AS PROBLEMÁTICAS DO TURISMO DE DIVERSÃO E AQUELAS REFERENTES AO TURISMO DE NEGÓCIOS. • O projeto que visa promover uma nova imagem internacional de Torino e da Região Piemonte, renovada em relação à identidade industrial que a caracterizou durante todo o século vinte, teve o seu momento mais importante com as Olimpíadas de Inverno. O sucesso obtido com os Jogos Olímpicos coloca hoje a cidade de Torino no rol das cidades que podem se candidatar a acolher grandes eventos como aqueles já previstos futuramente: as “Universiadi Invernali” (2007), o Congresso Mundial dos Arquitetos UIA e a Capital Mundial do Design (2008), as celebrações para os150 anos da Unidade de Italia (2011). • A promoção internacional da cidade vem acompanhada pela atividade de apoio ao setor turístico que conta com muitas ações de requalificação urbana concluídas, da recuperação do patrimônio cultural e histórico, da construção de novas infra-estruturas de transporte e dos investimentos na receptibilidade hoteleira. Terminada esta importante fase inicial de investimentos, Torino pode se propor como uma válida meta para uma breve permanência, o denominado turismo de “short-break”, destinado para quem tem interesse em permanecer na cidade por apenas alguns dias, combinando cultura, artes, diversão, shopping e enogatronomia. No futuro, se tratará de valorizar melhor o binômio entre a cidade principal e o território piemontês com as suas montanhas, lagos e “Le Langhe”, fazendo destas localidades uma meta de permanência mais longa. • No campo do turismo de negócios, feiras e congressos, Torino ativou também uma política de desenvolvimento com a previsão de utilizar uma parte das instalações das Olimpíadas já projetadas com uma lógica polivalente. Um trunfo para o futuro não é propor-se de maneira generalizada, mas de selecionar as ocasiões que sejam mais próximas à identidade do território – a história, a tecnologia, o setor automotriz, o design, a arte contemporânea – onde a cidade pode oferecer um valor a mais a partir dos seus pontos de excelência. ` 23 DIREÇÕES E OBJETIVOS A população estrangeira faz parte da sociedade nos países ocidentais, porém o impacto da imigração na qualidade social e no desenvolvimento do território permanece ambivalente: embora exista um certo consenso que confirma que a imigração constitui um recurso cultural, social e econômico de grande importância, existe o risco de que se transforme num fator de crise para a coesão social. Para evitar que prevaleça este segundo aspecto, é necessário ativaruma política que possa favorecer a integração dos novos cidadãos, que se baseie, primeiramente, na possibilidade de usufruir plenamente das oportunidades e dos serviços disponíveis. Objetivos 1 [IMI] 2 [IMI] PROMOVER A PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS ESTRANGEIROS. TRANSFORMAR AS AÇÕES EXPERIMENTAIS DESTINADAS AOS IMIGRANTES EM POLÍTICAS ESTRUTURAIS E ORDINÁRIAS. A DIREÇÃO DISCUTE DOIS GRANDES TEMAS: COMO AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS ESTRANGEIROS E COMO TRANSFORMAR EM INTERVENÇÕES ORDINÁRIAS ALGUMAS POLÍTICAS EXPERIMENTAIS PARA A INTEGRAÇÃO. • No panorama nacional, Torino se destaca por seu empenho em favor da participação dos estrangeiros nas formas e nas organizações da sociedade civil, admitindo os imigrantes residentes nos referendos, instituindo a primeira consulta dos estrangeiros na Italia em 1995, apoiando a extensão destes ao direito ao voto. A participação dos imigrantes é vista como um valor a mais na projetação das políticas e dos serviços que se referem à qualidade social, principalmente quando envolve a segunda geração que faz parte da sociedade local. • As tantas intervenções experimentais ativadas cujo objetivo era apoiar a integração dos estrangeiros consentiram enfrentar os específicos problemas, que geralmente eram impostos por razões de emergência. Porém, com o passar do tempo, atuar projetos especiais pode correr o risco de não nutrir a sensibilidade difundida sobre o tema da multiculturalidade: o objetivo é, então, capitalizar as intervenções especiais, fazendo com que possam levar a um aumento global da qualidade social e urbana, construindo uma cidade acolhedora e fruível por todos, estrangeiros e cidadãos italianos. • O âmbito formativo é um dos mais delicados do processo de integração, sendo a escola um meio potente para reduzir, assim como para acentuar, as desigualdades sociais das novas gerações. Em relação ao tema da imigração, a condição é institucionalizar a capacidade da escola para coordenar a multiculturalidade, não deixando que em mãos de um só professor ou instituto. É importante melhorar a condição dos adultos no mundo de trabalho pois a presença de trabalhadores estrangeiros tem aumentado desde a década de oitenta e estes têm se tornado, inclusive por causa da mudança demográfica, um elemento importante para a promoção do bem-estar local. Finalmente, é necessário garantir aos estrangeiros a possibilidade de fruir dos serviços sanitários e de resolver a precariedade das condições habitacionais e de trabalho. Neste sentido, o impacto da imigração no sistema sanitário dependerá muito da capacidade dos atores locais para integrar políticas de trabalho e aquelas de caráter sanitário, ambiental, urbanístico e social. ` 24 ` 25 ` 26 DIREÇÕES E OBJETIVOS As infra-estruturas de transportes exercem uma grande influência no desenvolvimento e no funcionamento de um território, elas podem também modificar o aspecto de uma paisagem e dar uma certa consistência às políticas ambientais. O estreito relacionamento entre as infra-estruturas e o território torna o tema da acessibilidade muito complexo, pois este envolve numerosos fatores e contém referimentos a projetos de vários tipos e dimensões: a sua característica é, de fato, entrelaçar as exigências de escala diferente daquela local, tais como a mobilidade interna à cidade, àquela global como a alta velocidade ferroviária. Objetivos 1 [MOB] 2 [MOB] APOIAR A INSERÇÃO E O PAPEL DE TORINO NO CORREDOR V DA UNIÃO EUROPÉIA. COMPLETAR AS AÇÕES NO SISTEMA DA ACESSIBILIDADE E DA MOBILIDADE, 3 [MOB] POTENCIANDO A RETICULARIDADE. AUMENTAR A APLICAÇÃO DAS TECNOLOGIAS INOVATIVAS NOS TRANSPORTES E NA MOBILIDADE. A DIREÇÃO DISCUTE DOIS ARGUMENTOS: COMO FAVORECER O ACESSO À TORINO E COMO MELHORAR A MOBILIDADE INTERNA À ÁREA, INTRODUZINDO TAMBÉM QUOTAS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA APLICADA AOS TRANSPORTES. • No campo das ligações com o externo, a maior obra de Torino é a ligação com alta velocidade com Lione, vista como um trecho fundamental do Corredor V das redes Tem (Trans European Network). É essencial levar a cabo esta infra-estrutura por várias razões: a competitividade e a coesão do território europeu, o modelo de desenvolvimento industrial que vem se afirmando, a posição de Torino no contexto internacional, a energética e a inovação tecnológica, a garantia de alternativas eficazes para o transporte rodoviário. • Diversos projetos importantes foram ativados com o objetivo de melhorar a mobilidade interna, trazendo enormes recaídas para a requalificação urbana e para o desenho da mobilidade, assim como demonstram o “Passante Ferroviario”, a requalificação da chamada “Spina centrale” , a inauguração do metrô. Todavia são ainda necessárias outras intervenções para que se possa adotar uma estratégia de mobilidade e uma articulação dos serviços que esteja adequada a uma cidade que quer ser atrativa e competitiva. Entre estes, citamos o “Corso Marche”, o projeto para realizar um eixo que atravessa a área metropolitana de norte a sul da cidade, atuando ligações em outros níveis: em superfície um boulevard urbano; no subterrâneo uma estrada com fluxo rápido e um trecho ferroviário ligado à Alta Velocidade. São estratégicos também o acesso rápido com o aeroporto; o serviço ferroviário metropolitano para potenciar o sistema de transporte público; a conclusão do entroncamento a leste da cidade; a realização de uma segunda linha do metrô. • A gestão inteligente da mobilidade é um problema de grande importância, pois o congestionamento do trânsito chegou a tal ponto que coloca em crise a viabilidade das cidades, determinando grandes impactos ambientais. Para projetar os transportes de modo novo foi difundida a utilização dos ITS (Intelligent Transport System), que são tecnologias informatizadas com diversas funcionalidades: melhorar a gestão do trânsito, do transporte público, a informação aos cidadãos, o pagamento automático, o controle do veículo e da navegação, a gestão das emergências. Os ITS em relação aos quais Torino amadureceu diversas experiências, representam também uma interessante oportunidade econômica: segundo os estudos neste setor, os ITS representam um mercado em crescimento constante que pode estimular a criação de novas empresas e criar empregos. ` 27 DIREÇÕES E OBJETIVOS O ponto de encontro entre produção, serviços e consumo, a logística reúne um total de atividades em grande expansão, onde as funções dos transportes se apóiam aos serviços destinados à produção, ao tratamento das mercadorias, à rede de distribuição e venda, e exercitam uma influência sobre a mesma organização empresarial. Dispor de uma logística eficiente é um impulso competitivo importante para um território dentro do novo modelo industrial, onde a economia de escala e a produção em massa estão superadas pelas novas regras, tais como a integração e a cooperação entre as empresas e a produção personalizada em massa, que presta atenção ao vasto público mas costumiza os produtos em base às exigências de cada cliente. Objetivos 1 [LOG] CRIAR AS CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PÓLO LOGÍSTICO AVANÇADO NA ÁREA SUL DE TORINO. 2 [LOG] APOIAR O EMPREGO DE TECNOLOGIAS ICT NO PÓLO LOGÍSTICO. A DIREÇÃO DISCUTE A POSSIBILIDADE DE DESENVOLVER UM GRANDE PÓLO NA ÁREA SUL DA CIDADE, GESTIDO GRAÇAS AO EMPREGO MASSISSO DAS TECNOLOGIAS ICT. • A logística representa um campo de elevada importância estratégica para a área de Torino, devido a sua posição central em relação aos portos do Mediterrâneo e do sistema europeu. O desenho das grandes infra-estruturas de transporte, como o percurso da Alta Velocidade e o “Corso Marche”, e importantes projetos de transformação urbana em fase de definição reforçam a hipótese de construir um grande pólo logístico no quadrante sudoeste de Torino, onde já estão presentes o interporto Sito, estação ferroviária de Orbassano e alguns estabelecimentos dedicados à distribuição como, por exemplo, o Centro Agroalimentar. Dentre as condições de sucesso do projeto existe a capacidade de introduzir políticas normativas e tarifárias a fim de incentivar concretamente a transferência das mercadorias da estrada para a ferrovia. È importante também manejar uma reorganização geral dos pólos logísticos na parte nordeste da Italia, incluindo o porto de Gênova e a cidade de Milão, chegando a uma estratégia comum para se propor no mercado. • Uma experimentação importante ligada ao funcionamento do pólo logístico é a gestão dos fluxos de entrada e saída, a serem atuados através da utilização das ICT, aproveitando as informações oriundas de todas as fontes disponíveis sobre o tráfico: a sociedade de apoio rodoviário para os fluxos nos postos de saídas das rodovias, os operadores logísticos que usufruem do pólo, inclusive o satélite para indicar a chegada dos veículos. As ulteriores experimentações podem se referir aos seguintes pontos: o potencial da “city logistic”para racionalizar o sistema de distribuição das mercadorias em zonas críticas tais como o centro histórico ou os bairros com alta concentração comercial e de tráfico: a ativação das “riverse logistic” a fim de reduzir o impacto ambiental através da gestão dos materiais, das embalagens e do transporte em direção aos centros de tratamento do lixo. ` 28 DIREÇÕES E OBJETIVOS As ações para a tutela da saúde, quando são destinadas a garantir um direito fundamental, possuem um valor em si só. Todavia estas ações representam uma importância econômica, ou seja, se é verdade que, assim como indicam os dados, que, nos próximos anos, este setor alcançará percentuais cada vez mais relevantes do PIB. Além disso, demonstram ter um valor estratégico, no sentido que a ação preventiva em relação aos fatores que se referem à saúde mantém uma forte ligação com diversos aspectos da qualidade de vida: partindo do saneamento urbano até chegar à gestão de uma mobilidade fluida, que seja pouco poluente e segura, ou da redução dos acidentes no trabalho à difusão de modelos de um comportamento saudável. Objetivos 1 [SAU] • A necessidade principal é introduzir um modelo de assistência integrada para administrar, com métodos modernos, a saúde através da personalização dos SOCIAIS E SANITARIOS. serviços, da não internação em hospitais, do apoio aos serviços domiciliares, DESENVOLVER TECNOLOGIAS PARA da simplificação e flexibilidade de acesso aos serviços, ativando, todavia, DOMICILIAR OS SERVIÇOS estratégias de controle dos custos para garantir a sustentabilidade econômica SÓCIOSANITÁRIOS E DIPOSITIVOS DE TELEMEDICINA. da assistência e a tutela dos direitos sociais que são ligados a ela. Os objetivos COORDENAR A AÇÃO SÓCIOSANITÁRIA COM que podem ser alcançados com a ajuda do Plano Regulador Social, que é um O COMPLEXO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE. instrumento que serve para coordenar e racionalizar as ações por parte GARANTIR AOS CIDADÃOS ESTRANGEIROS das administrações locais no âmbito da saúde social e da qualidade de vida. O EFETIVO EXERCÍCIO DO DIREITO À SAÚDE. • O crescente aumento das doenças crônicas e o envelhecimento da população DEFINIR O PROJETO PARQUE TORINESE DA SAÚDE E DAS CIÊNCIAS. estão mudando os modelos de referência do sistema sanitário e dos serviços sociais, que tendem hoje em dia a serem vistos como aspectos complementares de uma mesma necessidade. É o caso clássico dos anciãos, dos doentes crônicos ou dos portadores de deficiência que poderiam ser acompanhados de modo eficaz por uma rede de pequenos centros territoriais. O ponto-chave deste raciocínio é deslocar a atenção dada aos hospitais para os domicílios, organizando um modelo de serviço baseado numa equipe flexível e integrada, constituída de especialistas, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, profissionais na assistência domiciliar. • A integração sócio-sanitária e o aumento da assistência domiciliar são áreas de intervenção estratégica que reúnem geralmente o interesse por parte de financiadores privados, disponíveis para aplicar recursos em ações seguras. Aliás, é evidente que o sucesso do modelo de assistência proposto e a sua sustentabilidade econômica dependem também da capacidade de utilizar a inovação tecnológica, para reduzir os custos mantendo alto o padrão das prestações. O território de Torino possui, neste campo, uma certa competência, considerando a presença de avançados centros de pesquisa: o incorporamento de tecnologias avançadas na assistência se tornar um fator de atração para uma cadeia de empresas inovativas. A este propósito responde o projeto Parque Torinese de Saúde e das Ciências, que representa uma sede para um grande hospital de aprendizagem que conta com espaços para a instalação de laboratórios, a experimentação de novas tecnologias e a construção de empresas ligadas a estas experimentações. INTEGRAR O COMPONENTE HOSPITAL NA REDE TERRITORIAL DOS SERVIÇOS 2 [SAU] 3 [SAU] 4 [SAU] 5 [SAU] A DIREÇÃO DISCUTE COMO MODERNIZAR O SISTEMA SANITÁRIO LOCAL, INCLUSIVE ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS. ` 29 DIREÇÕES E OBJETIVOS A casa é um tema que ocupa uma posição central entre os filões estratégicos que reúnem desenvolvimento econômico e qualidade social. O hábito de favorecer a propriedade, por anos convergente com a exigência de poupar e de investir, de modo seguro por parte das famílias, responde sempre menos às solicitações difusas na sociedade. A habitação se entrelaça, em seguida, com o tema da regeneração urbana, âmbito no qual a área de Torino tem representado, nos últimos anos, um lugar de experimentação de ações inovativas, que produz, de um modo geral, efeitos positivos embora demonstre alguns elementos de fragilidade. Objetivos 1 [REG] AUMENTAR E DIVERSIFICAR A OFERTA E A ACESSIBILIDADE DOS IMÓVEIS A SEREM 2 [REG] ALUGADOS. VALORIZAR AS PRÁTICAS E OS RESULTADOS DAS EXPERIÊNCIAS DE REGENERAÇÃO URBANA. A DIREÇÃO DISCUTE DOIS ASPECTOS: A NECESSIDADE DE MODIFICAR O MODO COM O QUAL É REGULADA A OFERTA DE CASA , E A OPORTUNIDADE DE VALORIZAR AS EXPERIÊNCIAS DE REGENERAÇÃO URBANA QUE TEM ATINGIDO A ÁREA METROPOLITANA NOS ÚLTIMOS ANOS. • A mudança de modelos familiares e da organização do trabalho que atingiram a sociedade determinou uma profunda diversificação de necessidades e de expectativas relativas ao tema habitação. Para aqueles que devem permanecer na cidade por apenas alguns dias da semana por causa do trabalho, os jovens que têm um contrato atípico, os estudantes que chegam de fora, para aqueles que ainda não constituíram uma família tradicional, os imigrados para os quais a casa representa uma condição indispensável para obter o visto de moradia na Italia e também para a junção da família representam, portanto, categorias em relação às quais o modelo tradicional da propriedade não parece ser adequado. Se trata então de aumentar a quota dos imóveis a serem alugados, ativando também uma série de instrumentos, inclusive de um novo papel desempenhado por parte das entidades locais que, em cada caso, podem propor-se como mediadores e fiadores no relacionamento entre proprietários e potenciais inquilinos. • A herança mais importante dos programas complexos de regeneração urbana que mais tem interessado Torino, nestes últimos anos, é a certeza de que este tipo de ação deve manter juntos dois aspectos: o da regeneração física dos lugares e aquele relativo ao apoio ao contexto social e econômico local. O objetivo deste duplo mecanismo é a mobilização de recursos do território, o apoio à participação por parte daquela faixa da sociedade civil organizada que representa um terreno fértil para as ações de solidariedade social ligadas aos programas de regeneração urbana. Se os resultados alcançados forem para esta direção, será melhor que, no momento da avaliação e do relance, seja dada uma atenção especial a fim de colocar a regime as ações e fazer com que estas se tornem um patrimônio publico que possa ser compartilhado, para inspirar novas políticas graças também aos efeitos positivos garantidos pelo acumulo de recursos, ações e estratégias. ` 30 ` 31 ` 32 DESIGN Badriotto Palladino FOTOGRAFIA Michele d’Ottavio TESTOS Annalisa Magone TRADUÇÕES Il Melograno Centro Servizi Os textos são emitidos com licença da Creative Commons. Atribuição, Uso Não-Comercial, Não a Obras Derivadas. As fotografias são de propriedade do autor. Associaçione Torino Internazionale www.torino-internazionale.org [email protected] Città di Torino / Settore Cooperazione Internazionale e Pace www.comune.torino.it/cooperazioneinternazionale [email protected]