fascínio - Mercedes-Benz
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fascínio - Mercedes-Benz
N fascínio texto christof vieweg fotos nils hendrik müller 36 Música para os ouvidos Sedeada em Postdam, a orquestra Deutsche Filmorchester Babelsberg aceitou o desafio para TESTAR O NOVO SISTEMA DE SOM BeoSound AMG, da Bang & Olufsen. Concluiu que o Classe S proporciona uma experiência acústica excepcional. ão, ele não quer sair. Ainda não. Mais alguns minutos. Uma última oportunidade para ouvir a cena de abertura, com a entrada de piano a dominar um poderoso crescendo orquestral de violinos, instrumentos de sopro, baixos e tambores – música plena de paixão. Klaus-Peter Beyer fecha os olhos e imagina que está numa das grandes salas de espectáculos do mundo, só, acompanhado apenas pela música – com o som a encher a casa. “Fantástico, é assim que se deve ouvir música.” O curioso é que Beyer não se encontra numa sala de espectáculos, mas sim num automóvel – mais precisamente o novo Mercedes-Benz Classe S 65 AMG, cujo interior está equipado com 15 altifalantes e um sistema de som capaz de fazer as delícias dos audiófilos mais esclarecidos. Músico de profissão e por vocação, Beyer é o director artístico da Deutsche Filmorchester. Nas duas últimas décadas, tem trabalhado com grandes nomes da indústria cinematográfica e musical, como Rammstein, Rosenstolz e Celine Dion. Deve-se a ele a criação, em 2007, de um sofisticado sistema de gravação com surround nas instalações do Universum Film Aktien Gesellschaft (UFA), um histórico estúdio cinematográfico localizado em Babelsberg – o maior distrito do estado federal de Brandemburgo, cuja capital é Postdam. Foi aí que Beyer e a sua orquestra produziram bandas sonoras para várias películas. O director artístico, que tem um ouvido apurado para definir como é que deve soar a música, começou logo por esclarecer que, até agora, nenhum equipamento áudio em automóveis satisfez as suas exigências. Talvez já tenha mudado de ideias. Juntamente com o director de espectáculos Hartmut Zell e o primeiro-violinista, Beyer aceitou o convite da Mercedesmagazine para testar o som no Classe S 65 AMG. O sistema deste automóvel foi desenvolvido pelos especialistas em alta-fidelidade da dinamarquesa Bang & Olufsen (B&O), em conjunto com os engenheiros da AMG. Cabe ao gestor de produto da AMG, Jörg Letzel, fazer a demonstração, mas até ele está reticente. Afinal, submeter o BeoSound AMG ao escrutínio impiedoso de músicos profissionais poderia não correr bem. Mas correu e Letzel está feliz com o resultado deste desafio. Expressividade, emoção, uma experiência sonora que faz vibrar e que se apodera da alma – é este o grande crivo da excelência musical. A forma apaixonante como a Filmorchester toca e a extraordinária reprodução desse momento, proporcio> 37 < O amplificador de 750 watts ICEpower é um exemplo de eficiência, convertendo 90% da energia de entrada em potência de saída. < Os tweeters com lentes acústicas proporcionam uma sonoridade impressionante. > Músicos da Deutsche Filmorchester testam o Classe S como se este se tratasse de uma sala de espectáculos. 38 39 O som puro de 15 altifalantes O sistema de som Bang & Olufsen BeoSound AMG faz parte do equipamento de série no novo Classe S 65 AMG, estando disponível como opção para as restantes versões do Classe S. A par do processador de som digital e do amplificador ICEpower, que oferecem, no conjunto, uma potência de 1.200 watts, o som é reproduzido por 15 altifalantes: Um altifalante (80 mm de diâmetro) no centro do painel de instrumentos. Quatro tweeters com lentes acústicas e iluminação LED – um em cada extremo das portas frontais e outros dois no pilar B. Um altifalante para frequências médias (90 mm) e um woofer (140 mm) com uma caixa especial em cada porta da frente. Um woofer (140 mm) em cada uma das portas traseiras. Dois subwoofers (165 mm) e dois surround (90 mm) sob a chapeleira. nada por uma avançada tecnologia de surround, combinam-se para oferecer uma experiência virtuosa. O fantástico efeito surround do sistema B&O confere ao habitáculo do Classe S uma incrível acústica de 360o. Aqui a música flui sem barreiras, com a qualidade da reprodução a equiparar-se à de uma sala de concertos ou à de um estúdio de gravação. “Tão importante como os próprios instrumentos, a acústica do espaço funciona quase como mais um instrumento, daí que seja tão relevante para os profissionais”, explica Beyer. É por isso que os estúdios possuem microfones, cuja missão é a de configurar um efeito espacial. Só assim se garante ao ouvinte uma experiência autêntica, desde que a reprodução se faça num sistema de alta-fidelidade. s nossos convidados chegam a um consenso: o BeoSound AMG é bom e recomenda-se. “É surpreendente! Parece que estou no Hall 1”, diz Thorsten Scholz ao seu colega Hartmut Zell, que corrobora. O Hall 1 é o estúdio onde a orquestra grava, um espaço de 600 m2 com características acústicas pouco vulgares. “É impressionante. Nem parece que estou num automóvel.” O desenvolvimento deste sistema ocupou os engenheiros da B&O e da AMG perto de ano e meio. “As características, a configuração e o design dos altifalantes foram feitos à medida”, justifica Jörg Letzel. Este trabalho envolveu a criação de caixas especiais para os altifalantes colocados nas portas, o os quais funcionam como câmaras de ressonância para baixos precisos e distribuem as frequências médias. Mas, talvez o pormenor mais refinado seja a inclusão de tweeters nos extremos das portas frontais e no pilar B. A ilusão do espaço acústico que tanto tem surpreendido os nossos músicos deve-se em grande parte a esta inovação, denominada de Tecnologia de Lentes Acústicas. Esta implica a colocação de discos elípticos, voltados para cima, nos altifalantes. Funcionando como lentes acústicas, os discos reconvergem os tons de frequência elevada e distribuem-nos na horizontal (para que o som se reflicta pouco no chão e no tecto) com uma dispersão de 180o. Para rivalizar com o som envolvente a 360o do cinema, são necessárias dois altifalantes surround e um central, que estão ocultos no Classe S, juntamente com os subwoofers. A AMG e a B&O também se entendem em termos de design, pois ambas partilham um objectivo: o de oferecer tecnologia exclusiva e esteticamente apelativa. Para prová-lo, basta olhar para os tweeters. As suas lentes acústicas incorporam LED, cuja luminosidade varia de acordo com a luz no habitáculo. Um Processador de Som Digital (DSP) controla os 15 altifalantes. Funcionando como o “cérebro” do sistema, esta unidade armazena os algoritmos que optimizam a reprodução de diferentes sons e formatos de gravação. A configuração do surround permite que todos os ocupantes do Classe S usufruam da mesma experiência de envolvimento sonoro, a qual foi Os ocupantes do veículo estão na posição ideal. originalmente concebida a pensar nas salas de cinema. O único pré-requisito é um DVD que suporte os formatos de reprodução DTS 5.1 ou Dolby Digital 5.1. Este sofisticado sistema de som também apresenta um modo “Referência”, no qual o som é reproduzido respeitando as características das tradicionais gravações estéreo. Jörg Letzel esclarece: “Acusticamente falando, nada é adicionado, ampliado ou subtraído. O nosso objectivo é evidente: uma reprodução precisa, que se apoia exclusivamente na qualidade dos altifalantes e do amplificador.” Os graves são secos, as frequências médias estão livres de ressonâncias e os agudos são puros e discretos. O som que escutamos é, simplesmente, magistral. s amantes da alta-fidelidade sabem que a melhor experiência sonora só se obtém num determinado ponto, em função das características do espaço e da disposição dos o > > Klaus-Peter Beyer, Thorsten Scholz e Hartmut Zell testaram o sistema BeoSound AMG com música do seu próprio estúdio. < Para Klaus-Peter Beyer, o teste é conclusivo: “É assim que deve ser o sistema de som de um automóvel.” 40 41 Um surround digno de uma sala de cinema. > Tom, volume e distribuição de som podem ser ajustados individualmente no Comand APS. elementos do sistema de som. No Classe S 65 AMG esse ponto seria ao centro, entre os bancos da frente. Aí, o DSP faz milagres: controla individualmente o atraso dos sinais sonoros, para que as ondas do tweeter direito demorem mais tempo a chegar ao ouvido direito do condutor do que as do tweeter esquerdo. Isso coloca virtualmente o condutor no tal ponto óptimo. E, recorrendo a uma função no menu do Comand APS, os ocupantes deste Mercedes-Benz podem decidir se querem concentrar o som nos passageiros da frente ou de trás. Os especialistas introduziram recentemente na discussão o conceito de “sem fadiga auditiva”. É sabido que ouvir música em viagens mais longas pode contribuir para o cansaço, já que o cérebro está sistematicamente a lutar contra interferências (som do motor, rolamento, vento). Para contrariar esta tendência, os engenheiros desenvolveram uma tecnologia que compensa dinamicamente o ruído. Utilizando um microfone mon- tado no habitáculo, esta tecnologia permite ao DSP analisar as bandas de frequência, adaptar o volume para frequências diferentes (se for esse o caso) e tornar imperceptíveis os ruídos parasitas. Essa equalização dinâmica processa-se individualmente em cada altifalante. Através de cinco canais separados, o processador envia o som surround ou o sinal estéreo para o amplificador principal (de 450 watts), onde ele recebe um reforço adicional de 750 watts para alcançar um total de 1.200 watts. O amplificador integra uma tecnologia patenteada pela B&O, a ICEpower – cujas iniciais abreviam inteligente, compacta e eficiente. São estes atributos que possibilitam que a unidade converta mais de 90% da potência de input em output, mantendo extremamente baixo o consumo de energia. Já os amplificadores convencionais têm um índice de eficiência que ronda os 30%. Além disso, como o amplificador ICEpower gera menos calor, dispensa refrigeração e ventilador. As vendas do SLS AMG Asas de Gaivota, que desde meados de 2010 disponibiliza como opção o BeoSound AMG (1.000 watts, 11 altifalantes), provam que valeu a pena o esforço no desenvolvimento deste sistema. Agora, todos os clientes deste superdesportivo encomendam o seu Mercedes-Benz com este inovador sistema de som. Demonstram que não só têm olho para a melhor tecnologia automóvel, como também têm ouvido para um som excepcional. wwww.mercedes-amg.com Protagonista na grande tela Fundada em Berlim em 1918, a Deutsche Filmorchester é a única deste género na Europa. Os seus músicos tocavam durante as filmagens para entreter os actores e actuavam ao vivo nos cinemas para ilustrar a acção. Em 1932, a orquestra mudou-se para umas instalações especialmente construídas nos estúdios da UFA, em Potsdam-Babelsberg, onde foram gravadas as bandas sonoras de mais de 2.500 filmes. Após a Segunda Guerra Mundial, os músicos continuaram a tocar, mas sob o nome de DEFA-Sinfonieorchester e, a partir de 1989, como parte da Brandenburgische Philharmonie Potsdam. A Filmorchester ressurgiu em 1993 graças a Klaus-Peter Beyer, o qual esteve envolvido em mais de 220 filmes para cinema e TV. Em 2007, Beyer regressou à sala de 1932, estúdio que é hoje considerado uma obra-prima para gravações surround. A Deutsche Filmorchester reúne 63 colaboradores, 55 dos quais são músicos. wwww.filmorchester.de