Tijuca e Mangueira se destacam na Sapucaí

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GERAL
PARAÍBA, TERÇA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 2011
GRUPO ESPECIAL/ Truques de ilusionismo reproduziram magia do cinema; Paradinhas da bateria para homenagear Nelson Cavaquinho
Tijuca e Mangueira se destacam na Sapucaí
DA FOLHAPRESS
A
FOTOS: RAFAEL ANDRADE/ FOLHAPRESS
s escolas de samba Unidos
da Tijuca e Mangueira foram os dois destaques do
primeiro de dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval no Rio. O
destaque da Tijuca ficou por conta
das coreografias e dos truques de
ilusionismo, enquanto o ponto alto
da Mangueira foram as alegorias
gigantes e as paradinhas da bateria.
Na Unidos da Tijuca, integrantes da escola usaram truques de
ilusão que fizeram a plateia crer
que eles desprendiam as cabeças de seus corpos. Uma
alegoria ainda acompanhava a comissão,
com o titulo “Pague
para entrar, reze
pra sair”, uma
referência a um
clássico dos filmes de terror.
Já o abre-alas
era uma enorme
barca decorada com
caveiras e outros elementos de terror. Sobre
ela, desfilaram ainda mais de cem
pessoas vestidas de fantasmas. Este
carro provocou apreensão entre os
participantes ao apresentar dificuldade para passar pela dispersão
devido ao seu tamanho. Organizadores precisaram desmembrá-lo.
Entre outros filmes que ganharam destaque estão “Avatar”, “Tubarão”, “Harry Potter” e “Indiana
Jones”, com carros alegóricos sobre
eles. Na alegoria sobre Tubarão, por
exemplo, havia um
tanque
cheio de água em que uma pessoa
era “devorada” por um tubarão mecânico. O cinema brasileiro também
foi lembrado, com a presença de Zé
do Caixão.
Na Mangueira, a homenagem
ao compositor Nelson Cavaquinho
começou antes do desfile, em um
texto lido pelo ator Milton Gonçalves. Na comissão de frente, que retratava diferentes fases da vida de
Cavaquinho, a escola emocionou o
mangueirense com um sósia dele.
A bateria, como sempre, reinou
na avenida e abusou das paradinhas. Nos momentos em que a Sapucaí
ficava no silêncio
dos instrumentos, o canto do
mangueirense tomou conta. Já as
alegorias chamaram a atenção pela
grandeza dos carros.
A rainha de bateria foi
Renata Santos.
Além da Tijuca e da Mangueira, o público também ficou
bastante empolgado com a passa-
gem da Portela pela avenida. A es- lembrados ainda alguns cartões
cola, que foi uma das afetadas pelo postais do Rio, como o Pão de Açúincêndio que atingiu a Cidade do car, a baía de Guanabara e o Jardim
Samba, em fevereiro, abusou dos Botânico. Já as praias, o surfe e a
tons de azul nas fantasias e alego- bossa nova foram destacados como
rias, com o tema “Rio, azul da cor o lazer e a cultura da população do
do mar”.
Rio. Uma das alas que mais empolComo não estava sendo julgada gou o público foi a Embalos do Rio,
neste ano, por conta
onde 20 casais dando incêndio, a Portela Imperatriz
çaram pela avenida
aproveitou para se solrepresentando a mutar. A bateria abusou mostrou que a
sicalidade.
de paradinhas e core- música ajuda a
Cheia de perucas,
ografias. A rainha de
contabilizando mais
curar as feridas
bateria, a atriz Sheron
de 800 kg de cabelo
Menezes, se mostrou à
sintético, desfilou a
vontade no papel. Esta foi a primei- Vila Isabel, penúltima escola a pasra vez da atriz como rainha.
sar na Sapucaí. Várias celebridades
A Unidos de São Clemente le- desfilaram com apliques para marvou à Sapucaí um enredo de home- car o enredo, que contou a história
nagem ao Rio. A escola lembrou as do cabelo. Com cabelos naturais, a
enchentes, os problemas de urba- bela Gisele Bündchen desfilou no
nização, além da cultura e da mu- último carro da escola.
sicalidade carioca. Um dos carros
Uma dos grandes destaques
alegóricos mostrou um grande bote da Vila Isabel foi a comissão de
salva-vidas, fazendo uma referência frente, que tinha uma ninfa que
às enchentes, além de lembrar ain- se transformava em uma Medusa
da os problemas de urbanização e após uma maldição. Os integrantes
das favelas.
seguravam nas mãos as serpentes
Com muito brilho e cor foram que saíam da cabeça da Medusa,
que veio em forma de alegoria e
era sustentada por quatro homens.
Cada cobra pesava 10 kg e tinha os
movimentos comandados por um
chip.
Além do deus Shiva, personagens como Sansão, Dalila e Rapunzel fizeram parte da apresentação. A
bateria fez as famosas paradinhas,
com a musa Sabrina Sato à frente
dos ritmistas.
Com o enredo “A Imperatriz
Adverte: Sambar Faz Bem à Saúde”,
a escola Imperatriz Leopoldinense
mostrou de forma divertida e criativa que a música ajuda a curar as
feridas do corpo. O carnavalesco
levou os doutores da alegria para a
comissão de frente.
Na Sapucaí, a escola mostrou
alas que faziam referências à saúde
e ao corpo humano, como as alas
do microscópio, células, homeopatia, raio-X, vacinas, antibióticos,
DNA e medicamentos genéricos. O
carro “Medicina Moderna” mostrou
esculturas do clone da ovelha Dolly,
do mosquito da dengue e da vaca
louca. rio usados nas experiência
para a descoberta de doenças.
Modelo Gisele Bündchen desfila na Vila Isabel
A presença da modelo Gisele Bündchen no
destaque do último carro alegórico da Vila Isabel quase atrasou o desfile da agremiação.
A multidão de componentes da escola que
se amontoaram na dispersão
para ver a
top model quase
impediu o
avanço da
alegor ia.
Gisele foi
retirada do
carro por
uma empilhadeira, tarefa complicada devido
BELEZA Alegorias deslumbram
plateia e rainhas de bateria como
Renata Santos, da Mangueira,
mostram ‘samba no pé’
ao curto vestido que ela usava.
Com as irmãs Rafaela e Gabriela, que
também foram destaque na alegoria, Gisele
passou pela arquibancada da dispersão da
Sapucaí do alto da empilhadeira e assim foi
até o carro que a esperava do lado de fora do
sambódromo.
De baixo da empilhadeira, a ex-BBB
Ariadna mancava devido a um corte na sola
do pé enquanto observava a modelo passar.
Ela também desfilou pela primeira vez e também pela Vila Isabel. “Eu gostei, mas é muito
cansativo. Só senti o machucado doer depois
do desfile, quando esfriou”, disse Ariadna.
RONALDINHO GAÚCHO
Gisele passaria despercebida se Ronaldinho Gaúcho não voltasse para beijar sua
mão. Próximo ao fim do desfile da Portela,
o jogador viu Gisele na primeira fila de um
camarote e fez questão de voltar para falar
com ela.
Depois de falar com a modelo, o jogador
também apertou a mão do namorado de
Gisele, o jogador de futebol americano Tom
Brady.
“ESCOLTA”
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB),
iniciou sua maratona em baterias de escolas de samba com desempenho mediano na
Portela. Tocou agogo no ritmo, mas se perdeu
nas paradinhas e coreografias da ala.
Antes de chegar à bateria, Paes andou ao
lado de Ronaldinho Gaúcho, que provocou
mais confusão do que o prefeito. Vascaíno
assumido, ele disse que “faz parte” caminhar
ao lado do craque rubro-negro. (Folhapress)
EM CASA
Pessoenses aproveitam feriado
para
curtir
as
praias
da
capital
Últimas agremiações desfilam
hoje na ‘Duarte da Silveira’ C
CARNAVAL TRADIÇÃO
VALÉRIA SINÉSIO
VALÉRIA SINÉSIO
H
oje, encerramento do Carnaval Tradição, é dia de ir
para a avenida Duarte da
Silveira (Beira Rio), em João Pessoa, para ver as apresentações de
tribos indígenas, escolas de
samba e clubes de orquestras. O público esperado é
de 30 mil pessoas, conforme previsão dos organizadores. Ontem, a avenida se
rendeu aos encantos das ala
ursas e batucadas. A apuração
das notas será feita amanhã, às
15h, em local ainda indefinido. Em
2011 o Carnaval Tradição completa 92 anos de fundação.
O desfile de hoje começa às
18h30, com apresentação da tribo
indígena Xavantes,da comunidade
Bola da Rede; o tempo do desfile é
de aproximadamente 30 minutos.
Em seguida, o público vai assistir
a apresentação da escola de samba Mirasol, do Padre Zé; às 19h50,
será a
vez
d o
clube de
orquestra 25 Bichos, do bairro de
Jaguaribe. A tribo indígena Pele
Vermelha, do Rangel, se apresenta às 20h20. Às 20h55, a escola de
samba Pavão de Ouro, do bairro
São José, toma conta da avenida.
A folia não para por aí. Quem
for prestigiar o último dia do
Carnaval Tradição poderá conferir muitas outras atrações. O
clube de orquestra Sai da Frente
Dona Emília, do Rangel, se apresenta às 21h40; a tribo indígena
Papo Amarelo, do bairro de
Cruz das Armas, desfila às
22h10. O público ainda verá
ainda mais três tribos indígenas desfilarem na Duarte
da Silveira: Tupinambás, de
Mandacaru; Tabajaras, do Alto
do Mateus; e Tupi Guarani, de
Mandacaru. O último clube de
orquestra a se apresentar é o São
Rafael Frevo e Folia, da comunidade São Rafael, às 23h20. O
evento tem o apoio da Fundação
Cultural de João Pessoa (Funjope), da Prefeitura Municipal de
João Pessoa (PMJP).
omo acontece em todo período de Carnaval, as ruas
de João Pessoa ficaram
praticamente vazias. Isso porque
muitos pessoenses aproveitaram
o feriadão para curtir a folia nas
praias dos litorais sul ou norte,
e também da capital. Para quem
não viajou, as praias de Cabo
Branco e Tambaú foram as opções
mais recorrentes na segunda-feira
de Carnaval. Com um pouco mais
de tranquilidade que os últimos
feriados, as praias começaram a
ficar lotadas a partir do meio-dia.
A concentração maior foi no Busto
de Tamandaré.
O sol de ontem também possibilitou o passeio à ilha de Areia
Vermelha. Em alguns pontos de
saída foi preciso fazer fila para garantir a diversão. Segundo Mauro
Germóglio, da Vida Mansa Passeios Náuticos, a procura foi intensa, como já era esperado. “Sempre
o movimento melhora durante o
Carnaval, as famílias aproveitam o período
para conhecer (ou voltar)
Areia Vermelha”,
explicou. Areia Vermelha atrai turistas de
toda parte do mundo pela
beleza natural que possui, como o
banco de areia avermelhado pelas
algas.
Picãozinho foi outro ponto de
bastante movimento. Para chegar
a esse banco de corais é preciso ir
de barco, o que torna
o passeio ainda
mais divertido.
“Picãozinho e
Areia Vermelha
estão sempre
no roteiro durante o Carnaval,
este ano não seria diferente”, afirmou. Hoje, os barcos saem
de dois pontos: da avenida Nego,
em Tambaú, em João Pessoa; e da
praia do Poço, Grande João Pessoa. O horário previsto é às 11h,
conforme informou Germóglio.
KLEIDE TEIXEIRA
‘VIDA MANSA’ Além da praia, passeios de catamarã são opção de lazer
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