Amebas e Amebíase

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Amebas e Amebíase
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Amebas e Amebíase
1 – Definição – é a infecção causada pela Entamoeba histolytica que é um protozoário que se
move e incorpora alimentos por meio de pseudópodes. Estes são processos citoplasmáticos
transitórios emitidos pela porção periférica do corpo celular, e variáveis em número, tamanho e
forma.
A amebíase é muito difundida em todo o mundo, variando sua prevalência em decorrência de
oscilações climáticas, condições sócio–econômicas, grau de educação sanitária, entre outros.
Cerca de 10% (em torno de 620 milhões de pessoas) alberga este protozoário, sendo capaz de
determinar doença grave numa proporção de 1 a 10% desses infectados. Na sua forma invasiva
atinge cerca de 50 milhões de indivíduos em todo o mundo, ocasionando entre 40.000 a 100.000
mortes anuais. As formas graves de amebíase aguda intestinal e extra–intestinal têm sido
registradas com mais freqüência em regiões de clima quente, tal como acontece na Índia, Egito,
México e América do Sul. Ao contrário, em países como os Estados Unidos, Canadá e outros, de
clima frio, é mais comum a infecção assintomática, sendo raro o registro de enfermidade
invasiva. No Brasil, estima–se em torno de 2,5 a 5,0% para as formas intestinais, enquanto que
os abcessos hepáticos são raros.
2 – Sinonímia – conhecida também como disenteria amebiana e hepatite amebiana (se o fígado
for afetado).
3 – Agente Etiológico – a Entamoeba histolytica é um protozoário que se apresenta com quatro
tipos morfológicos distintos:
3.1 – Trofozoíto – encontrado no ceco e no reto–sigmóide, medindo 20 a 40 m de diâmetro e
podendo atingir até 60 m (formas invasoras). Apresenta movimentos amebóides (pseudópodes)
contínuos, porém sem apresentar forma definida.
3.2 – Pré–Cisto – é uma fase intermediária entre o trofozoíto e o cisto, sendo oval, ou
ligeiramente arredondado, menor que o trofozoíto.
3.3 – Metacisto – é uma forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, onde
sofre divisões, dando origem aos trofozoítos.
3.4 – Cistos – encontrados nas fezes (forma de resistência contra as intempéries do meio), são
esféricos ou ovais e medem de 8 a 20 m de diâmetro. A parede é dupla e nos cistos jovens
existe apenas um núcleo e um vacúolo de glicogênio, que quando corado pelo lugol apresenta
uma coloração castanha. O cisto maduro apresenta–se com quatro núcleos e corpos cromatóides
em forma de bastão.
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4 – Habitat – os trofozoítos são encontrados em colônias na luz do intestino grosso ou nas
úlceras que provocam na mucosa e submucosa, com freqüência decrescente, no ceco, cólon
ascendente, reto, sigmóide, apêndice e cólon transverso. Algumas vezes podem–se encontrá–los
em lesões hepáticas, pulmonares, cutâneas e cerebrais, sob a forma de abscessos.
5 – Ciclo Biológico – é do tipo monoxênico, começando pela ingestão de cistos maduros com
água, alimentos contaminados ou mãos sujas, estes passam incólume pelo estômago (resistem a
acidez gástrica) e no intestino delgado (região ileocecal), deixam sair por uma fenda o metacisto
(ameba com quatro núcleos). Sob a ação de sucos intestinais, em um meio pobre de O2 e na
presença de uma microbiota bacteriana (Clostridium perfringens), ocorre o desencistamento. O
metacisto sofre processo de divisão produzindo quatro trofozoítos metacísticos que se
reproduzem novamente por divisão binária (em oito, dezesseis, etc.). Em seguida, são arrastados
até o intestino grosso, onde se estabelecem podendo desenvolver uma forma de trofozoíto de
dimensões menores, que vivem em comensalismo na luz intestinal alimentando–se de bactérias,
Esta forma é destituída de patogenicidade, pode sofrer encistamento e ser eliminada pelas fezes.
O número de cistos eliminados com as fezes pode variar de 330 mil a 45 milhões por dia. Sob
influência de vários fatores, e na dependência de seu perfil genético e imunoenzimático, os
trofozoítos assumem dimensões maiores, invadem a parede do intestino, fagocitam hemácias e
destroem tecidos. Ao invadirem a mucosa intestinal, produzem ulcerações (com aspecto de
“botão de colarinho”), portanto, tratam–se de formas vegetativas da E. histolytica, de grande
potencial patogênico, capaz de translocar–se e atingir vários órgãos.
6 – Mecanismo de Transmissão – através da ingestão de cistos maduros com água e alimentos
contaminados, ou das mãos sujas.
7 – Manifestações Clínicas – a classificação clínica da OMS (1.969) é a seguinte:
7.1 – Amebíase Intestinal:
7.1.1 – Formas Assintomáticas – enquadram–se neste grupo a grande maioria das infecções
humanas pela E. histolytica, visto que cerca de 80 a 90% delas são assintomáticas e a infecção é
detectada pela presença de cistos nas fezes.
7.1.2 – Formas Sintomáticas:
A – Colite Não Disentérica – é a forma clínica mais freqüente de amebíase e sua sintomatologia
é variada e inespecífica. Caracteriza–se por um inicio insidioso, com aparecimento de crises de
diarréia com um número menor de dejeções (duas a três evacuações moles ou pastosas por dia),
com muco ou sangue, que se acompanham de dores abdominais (periumbilicais) em cólica,
flatulência e sensação de desconforto abdominal. Estas crises se intercalam com períodos de
acalmia e obstipação intestinal (“prisão de ventre”) ao lado de dores e plenitude gástrica. Pode
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ocorrer ainda, distensão abdominal, meteorismo, anorexia, emagrecimento, náuseas, vômitos,
tenesmo, empachamento, astenia, insônia, nervosismo, irritabilidade, sudorese, cefaléia, tonturas,
e outros.
B – Colite Disentérica – é a forma clínica menos freqüente, porém a mais expressiva da
amebíase aguda não complicada. Após um período de incubação difícil de ser determinado,
variando entre dias e meses, podendo ainda os infectados permanecer sem queixa por anos, o
quadro clínico se exterioriza geralmente de forma aguda, tendo como sintomas dominantes:
diarréia, dores abdominais e tenesmos. Subitamente o paciente é acometido de diarréia com
evacuações muito freqüentes, chegando às vezes de 8 a 10, ou mesmo até 20 por dia, com fezes
líquidas, muco–sanguinolentas ou mesmo muco–pio–sanguinolentas, já traduzindo lesão
ulcerativa e inflamação do intestino. Concomitantemente, há o aparecimento de dor abdominal
do tipo cólica, que atinge o abdômen inferior ou que se localiza no quadrante direito,
acompanhando–se de tenesmos e outras manifestações dispépticas tais como dor epigástrica,
pirose, plenitude e flatulência. Podem ocorrer ainda, náuseas, vômitos, mal estar geral,
prostração, anorexia e febre de pequena intensidade (37,5 a 38o C).
7.2 – Amebíase Extra–Intestinal – ao invadir a submucosa intestinal e penetrar na corrente
circulatória a partir de pequenos vasos, a Entamoeba histolytica pode deslocar–se para outros
setores do organismo, atingindo principalmente o fígado e mais raramente os pulmões, o cérebro,
rins e pele, configurando a chamada amebíase extra–intestinal.
7.2.1 – Amebíase Hepática – representa a forma mais comum da amebíase extra–intestinal.
Pode ser encontrada em todos os grupos etários, especialmente entre 20 e 60 anos, e com mais
freqüência no sexo masculino. Através da veia mesentérica superior e daí para o sistema porta,
na corrente sangüínea, resistindo à lise mediada pelo complemento, o trofozoíto chega ao fígado
e inicia nesta glândula um processo inflamatório difuso, com alterações celulares degenerativas,
infiltrado predominante de polimorfos nucleares e áreas de necrose, ocasionando um quadro de
hepatite amebiana aguda, que clinicamente se traduz por dor no hipocôndrio direito, febre e mal
estar geral, podendo ser detectada hepatomegalia discreta ao exame físico. Entretanto, em
conseqüência da ação das proteólises do parasito aumentam as áreas de necrose pela formação de
múltiplos abscessos, que posteriormente se fundem num só, de localização preferencial no lobo
direito, atingindo dimensões variadas, às vezes podendo atingir até 90% da superfície hepática. O
quadro clínico do abcesso hepático amebiano é bem característico e nas regiões onde o problema
é freqüente, como na Amazônia, sugere o diagnóstico. As principais manifestações clínicas são
representadas pela tríade: dor, febre e hepatomegalia. A dor se localiza no quadrante superior
direito do abdômen (hipocôndrio direito), com hepatomegalia dolorosa em 90% dos pacientes.
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Se a dor é sentida no hipocôndrio esquerdo é sugestiva de uma lesão do lobo esquerdo. Trata–se
de uma dor aguda, persistente, aumentando com os movimentos e com a própria respiração. A
febre é freqüente na maioria dos casos, variando de 38 a 400 C, com exacerbações noturnas. São
comuns os calafrios, suores noturnos, anorexia, perda de peso e, às vezes, surtos diarréicos. O
aparecimento de icterícia não é freqüente, indicando presença de múltiplos abcessos ou grande
comprometimento hepático. Queixas de tosse, dispnéia e dor no hemitórax direito fazem pensar
em envolvimento pleuro–pulmonar.
7.2.2 – Abcesso em Outros Órgãos – pode ocorrer abcessos no pulmão, cérebro, pele, rins, e
outros. Os abscessos pulmonares e cerebrais são raros (assim como em outros órgãos ou tecidos),
especialmente este último e ocorrem geralmente quando há ruptura do abscesso hepático. Pode
ocorrer também complicação torácica, causando amebíase pleuro–pulmonar, e às vezes
pericardite. Essas complicações graves são, felizmente raras em nosso país.
8 – Diagnóstico:
8.1 – Clínico – o diagnóstico clínico da amebíase intestinal, principalmente de sua forma
invasiva, é difícil de ser feito, por apresentar sintomatologia comum a várias doenças intestinais.
No caso da amebíase hepática é importante atentar para os sintomas, especialmente a tríade
sintomatológica.
8.2 – Laboratorial:
8.2.1 – Exame Parasitológico de Fezes – é o melhor método para diagnosticar os casos de
amebíase intestinal, tanto na fase aguda quanto na fase crônica da doença.
8.2.2 – Hemograma Completo – ajuda no diagnóstico da amebíase hepática. Pode–se encontrar
uma leucocitose moderada de até 15.000 leucócitos por mm3, com desvio à esquerda e
eosinofilia.
8.2.3 – Provas de Função Hepática – mostram elevação da fosfatase alcalina, um ligeiro
aumento das aminotransferases e da bilirrubina direta nos pacientes ictéricos.
8.2.4 – Sorologia – estes testes são importantes no diagnóstico do abcesso hepático amebiano,
especialmente o teste hemaglutinação indireta que se mostra positivo em 90% dos casos de
amebíase invasiva. Outros testes podem ser feitos como o de imunofluorescência indireta, que
revela títulos superiores a 1:800 em 70% dos suspeitos. A enzima imunoensaio (ELIZA) é
importante nas fases iniciais do abcesso hepático amebiano.
8.2.5 – Outros Exames – são importantes para o diagnóstico do abcesso hepático, tais como,
exame radiológico (raios X), tomografia computadorizada, cintilografia hepática, ultra–
sonografia. Apesar de todos os métodos de investigação, o diagnóstico etiológico definitivo do
abcesso hepático amebiano é formado pela demonstração do trofozoíto da Entamoeba
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histolytica na secreção ou a partir de material diretamente da cavidade dos doentes submetidos a
laparotomia exploradora, e ainda por biópsia hepática da parede do abcesso.
9 – Profilaxia – está bastante relacionada com a Engenharia Educação Sanitária, entretanto, nos
países desenvolvidos ainda encontra–se grande disseminação desse protozoário, indicando ser o
“portador são” o grande responsável por isso. Uma medida bastante proveitosa seria detectar os
portadores e tratá–los. Outras medidas devem ocorrer:
9.1 – Medidas Gerais de Higiene – através da higiene pessoal, dos alimentos e do ambiente
físico.
A – Lavar os Alimentos Crus – as verduras devem ser mergulhadas durante 15 minutos em
uma solução de permanganato de potássio (0,3 g de permanganato de potássio para 10 litro de
água) ou 3 gotas de iodo para 1 litro de água. Assim, os cistos morrem. Em seguida lavar as
verduras com água corrente (limpa).
B – Destino Adequado dos Dejetos – através do uso de privadas e fossas adequadas.
C – Ferver a Água de Consumo – em área onde não existe o tratamento.
D – Exterminar os Insetos Vetores – como baratas e moscas, através de inseticidas, assim
como tomar as medidas que evitem a sua proliferação, e outros.
E – Conscientizar os Manipuladores de Alimentos – como cozinheiras, garçonetes, copeiras
(principais disseminadores de cistos).
F – Sugestão da OMS – a OMS sugere ainda, como profilaxia para várias doenças que, “em
uma comunidade com pequeno recurso financeiro, todo ele deve ser aplicado em
saneamento básico”.
10 – Tratamento – alguns medicamentos tais como, o Metronidazol (Metronidazol, Flagyl),
Tinidazol (Facyl 500, Fasigyn, Pletil, Amplium), Teclosan (Falmonox), Etofide (Kitnos),
Ornidazol (Tiberal).
Amebas de Vida Livre
1 – Introdução – várias espécies de amebas de vida livre podem se tornar parasitos oportunistas
do homem. Esses organismos são encontrados em água doce ou salgada, solo úmido e vegetação
em decomposição. As formas trofozoíticas são ativas e alimentam–se de bactérias e os cistos são
encontrados nos solos secos ou em poeira. O desencistamento ocorre quando os cistos entram em
ambiente úmido, principalmente em presença de Escherichia coli e outras bactérias. Dentre as
inúmeras espécies de amebas de vida livre, existem dois grupos de pequenas amebas encontradas
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no solo e na água, responsáveis por numerosos casos de enfermidades humanas, muitos deles de
encefalite. Os patógenos potenciais reconhecidos pertencem ao gênero Naegleria e, com menor
freqüência, o gênero Acanthamoeba. No primeiro gênero a espécie Naegleria fowleri, e no
segundo gênero, as espécies Acanthamoeba culbertsoni e Acanthamoeba rhisodes. Na maior
parte dos casos, não apresenta qualquer tipo de enfermidade para o homem, porém em alguns
deles há conseqüências graves.
A Naegleria fowleri, encontrada com bastante freqüência em lagos e brejos é um rizoflagelado
que no seu estádio de vida livre alterna uma fase amebóide com outra, que possui dois flagelos.
Sua forma amebóide é alongada, com região posterior afilada e medindo de 7 a 20 m. A forma
arredondada possui 15 m e possui um cariossoma nuclear grande e central. O citoplasma é
granuloso e vacuolizado. Somente a fase amebóide é encontrada nos tecidos do hospedeiro. Estas
formas flageladas entrariam em contato mais facilmente com os banhistas, especialmente nos
meses de verão, quando a doença ocorre com mais freqüência. O parasito consegue penetrar
através da mucosa nasal quando o hospedeiro está mergulhando ou nadando em açudes ou
pequenos lagos colonizados pelo protozoário. Esse parasito resiste à água clorada, e pode ser
encontrado até em piscinas cobertas. Além disso, têm sido adquiridas infecções pela ingestão de
água clorada não filtrada.
As espécies de Acanthamoeba não apresentam as formas flageladas, o que explica o menor
número de casos humanos provocados por amebas desse gênero. Os cistos são arredondados,
com núcleo único e membrana cística dupla; medem 30 m de diâmetro e tem um grande
cariossoma central no núcleo. Também são resistentes a cloração e a dessecação.
2 – Manifestações Clínicas – os casos de meningoencefalite podem apresentar–se sob duas
formas: aguda e cônica. Os casos agudos em geral têm como agente etiológico a Naegleria
fowleri e em geral está relacionado com banhistas jovens que nadaram em lagos ou piscinas mal
cuidadas. A maioria dos casos humanos registrados na literatura compreende pessoas na faixa de
7 a 20 anos de idade em indivíduos de ambos os sexos.
A partir da infecção os sintomas clínicos são muito intensos, e a doença possui evolução muito
rápida e comumente fatal. Os sintomas de meningoencefalite amebiana primária (MAP)
começam com cefaléia e ligeira febre, acompanhada às vezes de dor na garganta ou de rinite,
náuseas e vômitos dentro de um a dois dias. Nos três primeiros dias a seguir os sintomas tende a
agravar–se consideravelmente, aumentando a cefaléia, a febre e aparecendo vômitos e rigidez de
nuca. No fim do terceiro dia, o paciente encontra–se desorientado e os sintomas de
meningoencefalite prosseguem, levando ao comportamento irracional, coma e morte, visto que,
evolução clínica raramente ultrapassa os 6 dias.
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Os casos crônicos de meningoencefalite, encefalite amebiana granulomatosa (EAG) têm sido
associados às espécies de Acanthamoeba. Foram descritos casos de lesões oculares (úlceras,
opacificação da córnea e cegueira) e casos de pneumonia provocada por espécies de
Acanthamoeba polyphaga. Os pacientes infectados possuem freqüentemente o sistema
imunológico comprometido e o surgimento dos sintomas é lento, geralmente em torno de 10 dias
ou mais. Lesões granulomatosas crônicas no tecido cerebral podem albergar tanto trofozoítos,
quanto cistos. Os parasitos tem sido encontrados nos pulmões, nas fossas nasais, nos olhos, nos
ouvidos, nas lesões de pele e na vagina. Existe, também, centenas de casos de ceratite provocado
por este parasito relacionados com a contaminação de lentes de contatos.
3 – Diagnóstico:
3.1 – Clínico – a maioria dos casos clínicos reportados na literatura foram hospitalizados como
sendo de meningites bacterianas fulminantes, que apresentam uma sintomatologia semelhante,
sendo os respectivos diagnósticos feitos em geral após a morte dos pacientes. Entretanto, alguns
poucos casos de pacientes com os sintomas acima descritos, foram diagnosticados em vida e
devidamente tratados.
3.2 – Laboratorial – é feito através do exame microscópico de material nasal ou do próprio
líquor. O LCR purulento com grande número de neutrófilos (200 a 20.000/L) e na ausência de
bactérias pode auxiliar o diagnóstico diferencial de meningoencefalite amebiana. Amebas
móveis podem ser observadas em preparações não coradas. Uma gota de sedimento de LCR, não
refrigerado (as amebas não resistem a baixas temperatura), deve ser examinada entre uma lâmina
e lamínula, para observar a motilidade.
4 – Tratamento – o tratamento geralmente é ineficaz, pois não se conhece ainda uma medicação
específica eficiente, porém, a Anfotericina B e o Miconazole injetados de forma associada via
intravenosa; assim como a sulfadiazina, têm sido eficazes em muito poucos casos quando
administrada precocemente e somente nos casos de infecção por Acanthamoeba, pois eles não
atuam contra a Naegleria.
Nota – este texto é, na realidade, uma breve introdução, por isso queremos esclarecer aos
interessados no assunto, que para obter o texto na íntegra (total), basta solicitá-lo, que
atenderemos todos os pedidos e enviaremos os mesmos pelos Correios e Telégrafos; portanto,
entre em contato conosco através dos nossos telefones ou e-mail.
À Direção.
Maceió, Janeiro de 2.012
Autor: Mário Jorge Martins.
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Prof. Adjunto de Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL).
Mestre em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Médico da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

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