Folheto - Centro Científico e Cultural de Macau

Transcrição

Folheto - Centro Científico e Cultural de Macau
Centro Científico e Cultural de Macau, I.P.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
curso de formação contínua
UT PICTURA THEATRUM
PROBLEMÁTICAS E TEMAS DE PINTURA NO MUNDO PORTUGUÊS
Entrada de Jesus em Jerusalém (pormenor), por António Leitão, c.1575-80. Igreja matriz de Vila Nova de Foz Côa.
SÉC. XVI, XVII e XVIII
PROFESSOR DOUTOR VÍTOR SERRÃO
6, 11, 13, 18, 20, 25, 27 de MAIO e 1 de JUNHO 2010
Rua da Junqueira, 30 - 1300-343 Lisboa | Tel. 213617570 | [email protected] | www.cccm.pt
PROGRAMA
OBJECTIVOS
6 MAIO
Uma visão ecumenista do Oriente na arte portuguesa
quinhentista: as primeiras representações de asiáticos
na obra do pintor-fidalgo António Leitão.
11 MAIO
Acordar as cores das imagens - pigmentos, tintas e outras
matérias do ofício dos pintores durante a Idade Moderna.
Desenvolver conhecimentos sobre a História da Arte em Portugal e nos espaços
que formaram o antigo Império português, muito designadamente nos períodos do
Renascimento, do Maneirismo e do Barroco; analisar as obras de arte com ênfase na
História e na Iconologia, segundo os conceitos globalizantes da trans-memória imagética e
da trans-contextualidade dos discursos estéticos; criar linhas de convergência de práticas de
estudo em áreas patrimoniais a partir de uma via o mais possível alargada e pluridisciplinar;
combater o atavismo, a auto-enorização e a colossal desmemoria dos portugueses em
relação às suas importantes valências histórico-artísticas; estimular os estudos da arte
portuguesa com um sentimento de pertença e mais-valia comunitária e segundo uma visão
de identidade que, tal como a língua falada, é espaço de partilha e de reconhecimento.
13 MAIO
A ‘Maniera’, o nu e a carne, as contradições da fé
- o êxtase do pintor entre erotismo e sexualidade, grotesco
e brutesco, amor casto e profano, pornografia, luxúria e
amores lascivos.
18 MAIO
Ut Pictura Rhetorica Divina - arte e representação,
discursos dissimulados e sinais de devoção na Índia
portuguesa e nos espaços do Índico.
DESTINATÁRIOS
Estudantes universitários, investigadores, professores, museólogos, técnicos
de conservação e restauro, trabalhadores da área do Património e de serviços
culturais do Estado, de autarquias e de organismos privados, criadores de
arte, gestores e curadores de bens culturais, coleccionadores, agentes dos
mercados da arte, de empresas antiquárias e casas leiloeiras e, de um modo
geral, todos os que se dedicam à fruição e ao estudo da arte portuguesa. (Em
todas as sessões será distribuído texto de apoio e bibliografia específica).
HORÁRIO
16 horas (8 sessões de 2 horas), Terças e Quintas, das 18:30 às 20:30
20 MAIO
Prática do Iconoclasma e querela das imagens no antigo
Império durante a Idade Moderna - uma regesta entre
censuras e devoções e uma reflexão sobre os sentidos
das imagens.
INFORMAÇÕES | INSCRIÇÃO
25 MAIO
Entre a Pintura e a Caligrafia: de Giraldo Fernandes de
Prado a Manuel Barata, um percurso pela engenhosa arte
das letras no largo tempo do Renascimento.
27 MAIO
Recepção do CCCM, das 10:00 às 18:00
Rua da Junqueira, 30 - 1300-343 Lisboa
Tel. (00351) 213617570
[email protected]
www.cccm.pt
Benito Arias Montano e o conceito da ‘ideia’: uma
teorização das artes ao serviço do Humanismo cristão.
1 JUNHO
Ut Pictura Theatrum - conceito, formas, narratividade representação cénica, ilusão, retórica, trans-contextualidade,
um percurso pelos discursos da Pintura.
Professores e estudantes: 30 €
Público em geral: 60 €
(inclui fornecimento de material didáctico)
CERTIFICADO
A frequência de pelo menos 6 sessões é atestada por certificado emitido pelo
Centro Científico e Cultural de Macau, I.P. / Ministério da Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior.
BIBLIOGRAFIA
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CURRICULUM VITAE
Vítor Serrão (n. Toulouse–França em 1952) é Professor Catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde
dirige o Instituto de História da Arte e a revista Artis. Autor, entre outros, dos livros A Pintura Maneirista em Portugal (ICALP,
1982), O Maneirismo e o Estatuto Social dos Pintores Portugueses (IN/CM, 1983), Estudos de Pintura Maneirista e Barroca
(Caminho, 1989), André de Padilha e a pintura quinhentista, entre o Minho e a Galiza (Estampa, 1998), (Livros Horizonte, 2001),
O Renascimento e o Maneirismo e O Barroco (Presença, 2002-03), A Trans-Memória das Imagens. Estudos Iconológicos de Pintura Portuguesa (Cosmos, 2007), Palmela Histórico-Artística, com José Meco, (CM Palmela, 2007) e O Fresco Maneirista no
Paço de Vila Viçosa, Parnaso dos Duques de Bragança (Fundação da Casa de Bragança, 2008). Foi comissário das exposições
Josefa de Óbidos e o tempo barroco (IPPC, 1991), Pintura Maneirista em Portugal. Arte no tempo de Camões (CNCDP, 1995) e
Rouge et Or. Trésors d’Art du Baroque Portugais (Paris-Roma, 2001-02). É comendador da Ordem de S. Tiago (2008), pertence às
Academias das Ciências, História e Belas-Artes, e ao conselho redactorial das revistas Archivo Español de Arte e Monumentos.
Centro Científico e Cultural de Macau, I.P.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR
Portugal

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