SÉRIE CEPPAC 019 Comunicação, Ambiente e Novos Atores Sociais

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SÉRIE CEPPAC 019 Comunicação, Ambiente e Novos Atores Sociais
SÉRIE CEPPAC
ISSN Formato Eletrônico 19822693
019
Comunicação, Ambiente e Novos Atores Sociais:
A Pan-Amazônia na Imprensa Diária Européia.
Carlos Potiara Castro
Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas
Brasília
2008
1
Reitor da UnB: José Geraldo de Sousa Júnior
Diretor do ICS: Gustavo Lins Ribeiro
Diretor do CEPPAC: Lucio Remuzat Rennó Jr.
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Série Ceppac, n. 019, Brasília: CEPPAC/UnB, 2008.
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Série Ceppac, n. 019, Brasília: CEPPAC/UnB, 2008.
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Comunicação, Ambiente e Novos Atores Sociais: A Pan-Amazônia na Imprensa
Diária Européia
Carlos Potiara Castro1
Resumo
Essa proposta de trabalho versa sobre a transformação, observada ao longo de duas
décadas, do discurso jornalístico sobre a Pan-Amazônia em órgãos de imprensa
europeus. Essa transformação se reporta às mudanças concomitantes na própria
sociedade européia que vai dar um significado político à maior floresta tropical do
planeta ao mesmo tempo em que há um recrudescimento do interesse da opinião pública
pelos grupos ecólogos e ambientalistas, assim como pelos partidos verdes, que vão
conhecer um momentâneo sucesso eleitoral em eleições municipais. A imprensa escrita,
espaço público mediatizado por excelência nas sociedades de capitalismo avançado, vai
acompanhar os movimentos da opinião pública, influenciando nas agendas políticas
nacionais. Os partidos políticos tradicionais vão internalizar o discurso ambientalista,
fazendo uma concessão a uma miríade de grupos ativistas de esquerda, cujos resultados
políticos resultariam na elaboração e execução de medidas para a área ambiental a nível
internacional. Os efeitos dessas medidas seriam sentidos na própria política interna de
vários países nos anos seguintes.
1. Apresentação
O processo através do qual se vai ter uma real dimensão de finitude dos recursos
naturais de nosso planeta vai levar a um debate sobre a relação que o ser humano
estabeleceu desde sempre com a natureza em suas atividades econômicas e sociais. A
dominação da natureza era visto como uma dádiva divina, um tipo de relação que estava
na própria essência das coisas. Dominação essa que se expandiu aos mais remotos
espaços geográficos do planeta. Essa “descoberta” da finitude dos recursos naturais vai
ter, sobretudo a partir da segunda metade do século XX, várias etapas, havendo uma
modificação de seu próprio conteúdo, passando de uma preocupação mais tópica, com a
possibilidade de acidentes ecológicos localizados, a uma noção muito real de problemas
ambientais globais, que afetam a todos, sem distinção de classe ou de área geográfica.
Exemplo de problema ambiental é o das mudanças climáticas, que vai trazer consigo
sua resposta conceitual, o de desenvolvimento sustentável (GUIMARÃES, 2003).
O nosso estudo se volta para esse processo de modificação da percepção do
próprio ambiente, por um lado, e da ação antrópica e suas conseqüências por outro. É
um estudo que se quer de certa maneira confundir com a própria historia da opinião
pública e dos movimentos sociais, que vão dar uma conotação política, mas também
científica, ao próprio debate sobre esse tema. Para tal escolhemos como eixo discursivo
a questão das florestas tropicais úmidas, de um modo geral e mais especificamente, da
floresta amazônica, enquanto valor simbólico no discurso ambientalista. Nossa
preocupação não é portanto com aspectos físico-naturais da floresta e sua função
enquanto reserva de biodiversidade para as futuras gerações e de estabilização do clima
1 Professor e Bolsista PRODOC/CAPES no Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas
(CEPPAC), UnB.
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do planeta.
Duas observações devem ser feitas aqui no que tange escolhas feitas, deve-se
admitir com certa dose de intuição sobre a relevância de certos aspectos que ainda não
são dados definitivos. O debate em torno da questão ambiental tal como se deu nas
últimas três décadas está intimamente ligado aos avanços científicos que permitiram que
se tivesse uma visão de conjunto do planeta. As informações dando conta de forma
conclusiva ou não da situação alarmante em que se encontra o ambiente vão pouco a
pouco chegar junto ao público em geral. Mas será sobretudo o público dos países
europeus e da América do Norte que se sentirão num primeiro momento o mais
concernido com esse estado de coisas. Serão esses membros das classes médias urbanas
dos países mais industrializados que tomarão as primeiras atitudes para proteger o
ambiente da ação predatória do próprio ser humano. E, como veremos, as ações de
política interna, através das legislações nacionais e sobretudo as ações ao nível
internacional, através das agências multilaterais e de organizações não-governamentais
irá influenciar de forma fundamental todo o debate em torno da Amazônia e de outras
florestas tropicais úmidas. Influência tal que definirá termos e conceitos dominantes,
posicionamentos diante de novos fatos, eixos de novas pesquisas, os itens relevantes,
enfim, da agenda ambiental mundial.
A influência dos países do norte em todas as etapas da evolução do debate
internacional sobre o ambiente será marcante. A inclusão da participação das populações
locais dos países do sul no debate é bastante recente. Pois, “a dificuldade reside no fato
que a realidade local faz toda a diferença. Um discurso globalizante fabricado nos países
do norte que deseja aplicar em todos os lugares as mesmas receitas herdadas das lições
de silvicultura ensinada na Europa nos anos 1950, ou pior, elaborado por economistas e
ecólogos que nunca passaram mais que dois dias na floresta. Esse discurso não tem
nenhuma chance de ser frutífero fora dos circuitos internacionais onde ele se autoalimenta” (SMOUTS, 2001).
Restituir a dinâmica dos debates que aconteceram no exterior, nos países do
norte, põe certamente uma série de dificuldades. Mas a sua compreensão pode constituir
uma contribuição legítima no debate sobre as políticas públicas na América Latina para
a proteção do ambiente. Pois, foi a partir dessas dinâmicas entre atores estatais e
sociedade civil do Norte que surgiram ações concretas nos países do Sul. A começar
pelo transplante legislativo, com a adoção de textos de leis retirados diretamente do
aparato legal de outros países, principalmente os Estados-Unidos. Mas também pela
política multilateral de investimentos e pela ação de Ongs que já trazem, dependendo da
época, algumas de idéias prontas.
Como no modelo da caixa preta na sistêmica (cibernética), não existe maneira de
trazer de volta à tona o que se passou a não ser indagando a própria caixa. E podemos
fazer isso buscando compreender o sentido dos discursos das Ongs e das instituições
oficiais, buscando analisar as conseqüências em termos práticos no real. Aqui também
fazemos a nossa aposta naquilo que foi publicado na grande imprensa. É preciso mitigar
o valor desses artigos visto que eles não refletem sempre os fatos, mas também, e cada
vez mais, estratégias comerciais empresariais. Ao mesmo tempo levaremos em conta
nestas páginas preferencialmente a dinâmica européia no que diz respeito ao ambiente.
E como precisaremos fazer escolhas, trabalharemos especialmente com a questão
amazônica, em período entre o final dos anos 1970 e início dos 1990, sem contudo
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deixar de ligar o que se passou nesse tempo com os fatos que ocorreram antes e depois.
2. Introdução
A Amazônia passou a ser, há alguns anos, um símbolo político, portador de um
significado específico. De uma região geográfica que possui a sua importância enquanto
floresta tropical tornou-se um dos temas mais importantes na agenda política mundial.
Esse processo de mudança é perceptível ao longo do tempo, mas não se trata de um tipo
de temática que entra por si só nas esferas de discussões e na cena política. Podíamos
antecipar inclusive que é o contrário disso. Essa transformação simbólica se dá de uma
forma concomitante com a ação militante e a pressão da opinião pública, que vai passar
a demonstrar uma série de preocupações com o futuro do planeta. O mundo político
teve de incluir os últimos espaços verdes das florestas tropicais úmidas de países do sul
em seus horizontes.
O nascimento de partidos políticos verdes em vários países europeus e na
América Latina é sintomático dessa mudança de rumos. Críticos da concepção mesma
de política praticada pelos partidos tradicionais, eles tomam uma parte do espaço
deixado pelos movimentos esquerdistas ao final dos anos 1960.
Pode-se tentar retraçar a partir daquilo que foi publicado na imprensa o
surgimento da Amazônia, enquanto símbolo, na Europa. Essas informações constituem
uma importante base de documentação que pode ajudar na compreensão da evolução
das mentalidades.
Foi sem dúvida graças às lutas realizadas conjuntamente pelos cidadãos
diretamente tocados pelos projetos econômicos nos países em questão e pelos grupos
militantes nos países mais desenvolvidos, que são as fontes de financiamentos, que
houve alguns avanços na relação entre capital e ecologia.
O interesse do público da Europa do Oeste pela Amazônia nasce ao mesmo
tempo em que há uma tomada de consciência pelos cidadãos dos perigos que pode
acarretar os desequilíbrios ecológicos. O destino da maior floresta tropical do mundo se
transformou, com esse processo de elaboração, símbolo de uma das principais
preocupações ecológicas do mundo. A Amazônia entra por assim dizer na agenda
política mundial com a emergência de uma certa idéia de proteção ao meio ambiente, do
mesmo modo e quase concomitantemente com a ascensão eleitoral de uma nova força
política, a dos partidos que representam as reivindicações ambientalistas.
Essa tomada de consciência aparece em intervalos a partir dos anos cinqüenta e
sessenta. E se origina a partir de diversos fatos, desde os problemas das grandes
indústrias poluidoras nos Estados-Unidos nas décadas que seguem imediatamente o
pós-guerra, passando pelos problemas colocados pela bipolaridade do mundo, onde
começaria a aparecer de forma bastante palpável no imaginário ocidental uma guerra
sem vencedores. É quando os problemas ambientais mais próximos vão se tornar mais
palpáveis e visíveis para uma parte crescente da população. Dentre esses problemas
observados a partir do período do pós-guerra podemos citar os perigos vistos na
indústria nuclear civil, o crescimento das grandes cidades do mundo e, em conseqüência
disso o aumento da poluição – em conseqüência principalmente da queima de
combustível fóssil – esses problemas são seguidos pelo choque petroleiro de 1973 que
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exigiu de vários setores produtivos um maior esforço no sentido de se estabelecer uma
maior racionalidade no consumo de energia e de bens que eram anteriormente usados de
forma descontrolada. O ecológico passa a ser também o fruto de um mundo que
reivindica para si uma outra forma de produção de bens e uma reforma no sistema
capitalista de forma a torná-lo menos destruidor dos bens comuns.
Mas o fato individual mais importante talvez tenha sido a confirmação pelos
cientistas já nos anos 1980 do processo de aquecimento global causado pelos gases
liberados pela combustão de derivados de petróleo que provocam o efeito estufa. Em
oposição ao processo de aquecimento provocado pelos gazes de efeito estufa, as
florestas tropicais úmidas, que ainda significam para o mundo urbano e ocidental
lugares protegidos, ainda não tocados pelas mãos desastradas dos seres humanos. As
florestas são os espaços onde a esperança por um mundo mais justo vai morar. E a
floresta amazônica estará em primeiro lugar por suas dimensões A Amazônia constitui
então "uma figura emblemática da ligação entre uma crise ecológica e a crise do
desenvolvimento. A Amazônia pode ser vista como um mito mobilizador" (LIPIETZ,
1990).
O rápido crescimento dos movimentos ambientalistas demonstra que a
problemática do impacto da ação do homem sobre o ambiente ficou presente na
memória das pessoas, desde o início dos anos 1970. No entanto, o número de questões
levantadas, junto com a definição de uma "agenda ambientalista", foi bastante diverso,
da mesma forma que as interpretações e possíveis soluções aos problemas levantados. O
discurso polivalente de "desenvolvimento sustentável" abriu espaço para movimentos
relativamente radicais colaborarem com a definição de pautas para as políticas públicas.
Ao mesmo tempo, outros movimentos radicais continuaram à margem, ocupando seu
espaço, e por vezes recebendo cobertura positiva por parte da mídia sobre seus atos.
3. Imprensa e novos movimentos ambientalistas
Para podermos trabalhar sobre essa temática com arquivos de material
jornalístico devemos partir do pressuposto de que a imprensa representa o pensamento
de uma determinada classe social, uma certa elite, ou pelo menos de um feixe de forças
presentes na sociedade. O jornalista se posiciona, nessa ótica, como um observador de
seu tempo que adota esse ponto de vista dominante.
Encontramos vários tipos de imprensa nos países estudados. De um modo geral,
há jornais que se declaram de direita ou de esquerda, que vão deslocar o seu
posicionamento favoravelmente ao ponto de vista de determinado ator ou classe social,
seja ele representante dos interesses do capital, no primeiro caso, ou representante dos
interesses do trabalho no segundo.
Teremos um terceiro tipo de posicionamento diante dos fatos que, na falta de
outro termo melhor, é chamado pelos estudiosos da área de “neutro”. Está claro, no
entanto, que toda produção jornalística terá uma tendência de opinião em maior ou
menor grau. Ao contrário do que se poderia pensar, de acordo com pesquisas realizadas
a imprensa dita neutra adota um ponto de vista próximo àquele assumido pelo aparato
estatal (GUMG, 1993). Trata-se, portanto, de uma imprensa que, fazendo parte do
establishment, vai se comportar como uma instituição necessária ao funcionamento do
estado. Esse posicionamento pretende dar representação, através da apresentação dos
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diversos discursos sobre o real, ao ponto de vista dos representantes das forças que estão
presentes no estado burguês contemporâneo. Como tal, esses diários, cujo Le Monde
talvez seja o melhor exemplo, aceita dar vazão a uma certa diversidade de discursos.
Diversidade, no entanto, que se encontra dentro do estado e dentro da república.
Quando falamos, portanto, de neutralidade, estamos descrevendo o
funcionamento de uma mídia que adota claramente os pontos de vista e as crenças de
uma larga classe média que reproduz os valores de uma cultura burguesa e que vai
encontrar os seus limites de abertura à diversidade de discursos presentes na sociedade
na própria participação ao contrato dominante que rege as relações de poder na
sociedade.
Ora, o discurso dos grupos esquerdistas e ambientalistas que produziram as
informações que nos interessam neste trabalho não eram reconhecidos por esse
establishment e sua imprensa a não ser como marginais aos processos capitalistas
dominantes. Não havia elementos que fizessem esperar toda a abertura que eles
conheceram posteriormente.
Quando falamos que a imprensa representa em suas páginas o debate que se está
dando na sociedade, estamos falando de um determinado tipo de confronto de idéias,
com atores sociais bem definidos e desempenhando um certo tipo de papel.
Quando estudamos a produção jornalística temos que ter a exata medida do grau
de representatividade do discurso do órgão de imprensa. Deparamos-nos com a
necessidade de conhecer pelo menos parcialmente as forças políticas presentes em
determinado momento histórico e as formas específicas de embate de cada uma. Tratase de uma tarefa com certo grau de dificuldade mesmo para alguém que se dedica ao
estudo da área. Fazer uma história do tempo contemporâneo requer ferramentas e
experiências nem sempre disponíveis e por isso mesmo se faz necessária a leitura de
fontes secundárias e terciárias.
Os historiadores dos movimentos sociais nos ajudaram de forma definitiva
durante o trabalho. A história da esquerda européia nos ajuda a situar a origem e a
filiação política dos grupos ambientalistas.
Se por um lado os movimentos ambientalistas vão nascer um pouco em todas as
partes da Europa como forças autônomas, vamos ver um fenômeno político diverso com
a organização e participação nas eleições dos partidos verdes. Fenômeno que vai ser
observado em dimensão única na Alemanha. Esses novos partidos vão, no entanto, ser
organizados em vários países. Fora da Alemanha o sucesso eleitoral desses partidos vai
ser menor e excluindo certos períodos, seu peso nas coligações governantes vai ser
menos determinante.
4. Quadro teórico
4.1. Espaço público mediatizado e princípio liberal da informação
Será necessário voltar às origens da imprensa de grande público, no início do
século XVII na Inglaterra para se fazer uma genealogia e poder ter uma idéia precisa da
função desempenhada pelos jornais nas sociedades modernas e contemporâneas. Eles
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começam a substituir nessa época os panfletos para se tornar órgãos com uma
publicação regular, concomitante com as mudanças pelas quais passa a vida política,
econômica e social da Europa. É quando a monarquia perde parte de seu poder em um
movimento dialético de confronto de classes e que a vida pública começa a se
concentrar nas atividades do parlamento que a imprensa se faz necessária sobretudo a
uma parcela da sociedade que passa a gerar uma demanda por informações relativas ao
funcionamento do estado de então.
A publicidade da esfera pública torna possível a uma classe gozando das
capacidades intelectuais de produção de críticas ao poder a criação de um debate em
torno dos temas em discussão no parlamento. A agenda das discussões parlamentares
entra então em círculos literários, clubes, no seio do grupo familiar, para ser submetido
a um ponto de vista que reivindica a moralização da atividade política.
Assim nascia a opinião pública, um novo elemento nas confrontações pelo poder
que constituía antes de tudo uma arma das classes burguesas. Esse modelo se
desenvolveu ainda mais quando o número de eleitores aumentou e quando a alternância
dos partidos Tories e Whigs passa a se institucionalizar. Assim apareceram os grandes
jornais dos séculos XVIII e XIX, que tinha por função informar a opinião pública
burguesa.
O princípio de publicidade é então o princípio de controle que o público burguês
opõe ao poder para colocar um termo à falta de clareza dos atos do estado absolutista.
Criador de uma verdadeira esfera pública, esse princípio circunscreve a partir do século
XVIII, um novo espaço político onde se tenta efetuar uma mediação entre a sociedade e
o estado, sob a forma de uma opinião pública que visa transformar a natureza da
dominação. Se apoiando em um determinado conjunto institucional, que permite o
desenvolvimento de discussões públicas que têm por objeto questões de interesse geral,
o princípio de publicidade submete a autoridade política ao tribunal de uma crítica
racional.
Para Habermas, esse modelo liberal de funcionamento da esfera pública, além de
repousar também na repressão de uma outra opinião pública, plebéia, se releva
inadequado para dar conta do espaço político das democracias de massa, regidas por um
estado social (Habermas, 1993). No seio desse estado, a esfera pública é caracterizada
pelo desmembramento de suas funções de crítica. A publicidade hoje integra o tecido
social, a opinião pública não sendo mais a força motriz desse esquema, mas a tentativa
de construção de um consenso dividido por todos.
Ele considera que é na sociedade e no estado criado pelos valores liberais que as
condições institucionais da comunicação política chegou mais longe. Mas como ela
entra em choque com a lógica de funcionamento da economia capitalista, ela foi pouco
a pouco esvaziada de sua substância e desviada de seus objetivos em proveito de um
estado dominado pela elite e potências econômicas em suas mais diversas formas.
Habermas resume a sua tese nessas poucas palavras:
"É de um lado no sistema político do estado constitucional burguês que se
institucionalizou pela primeira vez de maneira eficaz a ficção da formação para a
discussão de uma vontade capaz de pôr fim à dominação; por outro lado surge a
impossibilidade de conciliar os imperativos do sistema econômico burguês com as
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exigências próprias à formação de uma vontade democrática. O princípio de
publicidade, que, baseado na existência de um público composto de indivíduos cultos,
amadores de arte e capazes de razão, se impôs antes de tudo por meio da imprensa
burguesa como uma função crítica indiscutível em face das práticas secretas do estado
absoluto e que se protegiam atrás dos rituais dos órgãos constitucionais do estado, se
encontra desviado de seu objetivo inicial e usado para fins de justificação de atos de
manipulação" (Habermas, 1975).
Certos pesquisadores se perguntam sobre a pertinência de se admitir a existência
da opinião pública enquanto tal. Habermas aceita essa ficção e a reconhece como sendo
constituinte do próprio princípio da estrutura do campo político no estado moderno e é
para ele necessário examinar o seu porvir e a sua eficácia.
Podemos questionar a existência ou não de uma opinião pública enquanto
instituição representativa da vontade de um coletivo não homogêneo. Podemos lembrar
que os humores da opinião pública, tal como são apresentados para a sociedade, nada
mais são do que os resultados da aplicação, por especialistas da área, de métodos
qualitativos e quantitativos das ciências sociais a um determinado objeto. É portanto
legítima a discussão em torno da validade de tal conceito. No entanto não se pode negar
a existência de uma opinião majoritária sobre determinados assuntos públicos, formada
ou não por influência de elites econômicas, políticas e intelectuais. Não podemos apenas
discutir se ela existe, mas também que ela pode ser influenciada e manipulada. O
exemplo do trabalho de gestão da comunicação feito pelos militares durante os períodos
de guerra desde a década de oitenta demonstra que a opinião pública medida pelos
institutos de pesquisa, mais do que ser vista enquanto apenas instituição independente e
reguladora, pode na verdade, como nesse caso, ser a reação dos cidadãos a um ato de
comunicação estratégica (HARRIS: 1983; CASTRO: 19961).
Sobre a relação entre a opinião pública e a questão ambiental, é necessário
observar que a cobertura midiática de um modo geral e especificamente sobre a
Amazônia não é uniforme. As diferentes perspectivas mudam de acordo com muitas
variáveis, como a proximidade do mundo político e institucional, daquele que produz
informação, do ponto de vista das empresas ou ainda dos argumentos adiantados pelos
ecologistas e outros atores sociais. Essas perspectivas não são apenas diferenças de
estratégias de comunicação, mas modos diferentes de compreender o objeto, com uma
linguagem e uma terminologia específica. Em sentido mais largo, se trata de maneiras
diferentes de pensar o lugar que deve ocupar os ambientalistas em nossas sociedades ou
sobre o direito que possui uma empresa de fazer o máximo para obter os lucros mais
elevados.
4.2. Imprensa e simbolismo do campo político
Em trabalho relevante para nossa pesquisa, Louis Queré faz um estudo sobre o
trabalho social que levam a cabo os meios de comunicação de massa e as mudanças
provocadas nas sociedades quando se transforma a estrutura das possibilidades simbólicas e técnicas - de comunicação.
Para esse pesquisador da EHESS,
"O poder (dos meios de comunicação) não é um poder entre outros, posicionado num
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universo de interesses e de relação de forças. Ele reside em seu papel de fundação. Ele é
correlativo do funcionamento enquanto suporte prático de um modo histórico de
objetivação da mediação simbólica constituinte de um sistema sociocultural. Ele está
ligado à produção narrativa que eles organizam. Eles constroem o teatro das práticas
sociais; eles dão um assento à identidade e à ação individual e coletiva. Mas em sua
função de fundação do campo social, eles entram em concorrência e muitas vezes em
contradição com outros rituais, outras formas de discursos e outros procedimentos de
objetivação do espaço social" (QUERÉ, 1982: 154).
Quer dizer que se o simbólico é de fato a forma através da qual o campo político
se expressa, então são os meios de comunicação, enquanto repetidores dos discursos
presentes nas sociedades e que alimentam o imaginário do público, que fazem a difusão
da mensagem que as formas tradicionais de poder querem fazer passar. Uma das fontes
de legitimação dos meios de comunicação junto ao público desempenha portanto, esse
papel de mediação2.
Os meios de comunicação de massa têm a tendência intrínseca a informar o
público de todas as atividades do estado, inclusive dividindo os produtos jornalísticos
produzidos em seções que se assemelham com as divisões das funções de estados em
pastas ministeriais. Do ponto de vista da estrutura de funcionamento dos meios de
comunicação, eles vão guardar sempre uma estreita relação com o estado.
Para De Certeau, outro autor que trabalhou com esse tema,
"Esses atributos (do jornalista, de fazer a ponte entre o poder do príncipe e o resto da
população e o discurso que os articula continuam a definir o campo das práticas
jornalísticas. Esse campo comporta três pólos, entre os quais se estabelece um conjunto
de interações que interessa desvendar: o poder (essencialmente o poder político), o
público e o jornalista com o arsenal tecnológico que ele dispõe para cumprir sua missão
(...)"...
De Certeau diz ainda, explicando melhor essa forma de interpretação, de fundo
habermasiano da imprensa:
"Colocado próximo ao príncipe para o tornar visível, ele constrói um discurso coerente
destinado a relatar, distanciado, sua estratégia, suas tergiversações, seus golpes. Ele dá
lições de governo sem conhecer as responsabilidades nem os riscos, ele pensa o poder
que ele não tem. Ele fica em permanência à escuta da opinião comum da qual incorpora
as esquematizações e as representações em seu relato sobre os gestos e as palavras do
poder" (CERTEAU, 1975).
Na verdade essa proximidade marca uma grande distância, que acaba por colocar o
público em posição de mero espectador. Esse distanciamento se transforma então em
uma relação pedagógica e o discurso jornalístico toma uma forma didática. "Seu ato de
palavra se metamorfoseia em ato de autoridade, ele se coloca como apóstolo do
iluminismo" (QUERÉ, 1982:163).
Em nossas sociedades, o poder tem necessidade de ser representado e mais
precisamente, relatado. A identificação ficcional do jornalista ao poder que é ator da
história e ao poder mestre da organização social, expressa essa reciprocidade necessária
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entre a posição de poder total procurada pelo campo político e a representação narrativa
dos gestos, das palavras e dos atos onde se manifestam esse poder. Ora, esse relato deve
ser produzido por uma instância formalmente distinta do poder, para que ele seja
produtor de verdade e de universalidade. O sujeito narrador de tal discurso, caso fosse o
próprio poder que o produzisse, nada mais seria senão um eu entre outros. Ora, o poder
não conta a sua própria história, ele faz a história.
Representando assim o cálculo estratégico do poder, a posicionar o poder como
potência, a informação vem a criar um espaço em perspectiva e a distribuir os
personagens. Ela institui o espaço social como teatro fazendo coexistir numa mesma
cena de ficção manequins aos quais os atores históricos se identificam. A história é o
relato da maneira segundo a qual o poder se assegura do domínio desse campo.
“Quando ele representa o cálculo estratégico desse, ele compõe e descreve o campo
perspectivo que se descobre desde esse ponto de vista; de mesmo que distribui os atores
da história tais quais eles aparecem percebidos desse local do poder” (QUERÉ: 1982).
O jornalista, que age como o tradutor da racionalidade do poder, se posiciona
para ver o mundo a partir do ponto de vista adotado pelo estado. Por outro lado, tudo o
que não está em seu campo de visão ou tudo o que não entra na racionalidade do estado
vai ficar para o jornalista uma atividade social sem legitimidade, uma atividade
inexistente, que não tem espaço e direitos. Quer dizer que uma parte maciça das práticas
sociais, aquelas muitas vezes mais próximas do cotidiano dos cidadãos, se torna
subterrânea, opaca, inacessível, porque ela é regida por uma outra lógica de ação
(obrigações simbólicas ou táticas). Esse princípio explica porque os novos movimentos
sociais e grupos de ativistas políticos alternativos têm tanta dificuldade em passar seus
discursos. Eles devem, antes disso, se legitimar, nem que seja através de suas ações (e
não de discursos) diante do estado. Essa foi uma das dificuldades encontradas por certos
grupos organizados de militantes na Amazônia. Mas também se pode dizer o mesmo de
ONGs européias que não conseguem divulgar o seu ponto de vista sobre os mais
diversos temas. Isso aconteceu apenas quando do assassinato de Chico Mendes e a
subseqüente reação do público estrangeiro.
Na realidade, a fonte desse poder reside em um mecanismo muito simples cuja
fórmula é dada pela equação segundo a qual "relatar é fazer conceber" (Marin, 1979).
Representar é colocar em cena fragmentos de situações, de ações e de eventos para que
em forma de concepções, imagens ou semblantes elas sejam convertidas e lembradas.
Em sua análise do poder, Marin colocou em evidência que nunca há coincidência entre
o referencial do discurso endereçado e aquele do discurso recebido, e que é na
capacidade em manter essa distância e assimetria que reside o segredo do poder de
representação.
Nessa relação comunicacional as instâncias de emissão e de recepção têm cada
uma o seu lugar, cada uma o seu papel. Quando o jornalista informa o leitor ele
estabelece uma relação hierárquica onde um possui o saber e outro não. Uma relação
que se quer didática, portanto. O primeiro se endereçando ao seu leitor ideal e o
segundo tentando ocupar esse lugar imaginário.
De repente, a história se mostra conforme a esses esquemas cujo público é
equipado antes de toda leitura. Trata-se da comunhão de uma estrutura universal do
discurso (Barthes, 1979). Aliás, o fato que o discurso jornalístico explique a causalidade
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pela sucessão temporal facilita essa projeção. A história se torna atualização de
esquemas pré-construídos de interpretação, preenchimento de imagens e por atos e por
discursos transmitidos.
5. Análises:
5.1. O imaginário do longínquo e do exótico:
Os artigos que consultamos, cobrindo o final dos anos setenta têm em comum
uma visão muito distanciada da realidade latino-americana em geral e amazônica em
particular. Existe de fato uma consciência de que a floresta poderia ser preservada, ao
contrário do que aconteceu nos países da Europa e Estados-Unidos.
Essas "fórmulas" que voltam com maior ou menor intensidade nos artigos
consultados remetem à questão, que aliás é objeto de discussão para os antropólogos, da
relação do viajante com o outro e a sociedade onde vive.
No entanto, no caso dos jornalistas, eles podem vir a ter uma atitude igual àquela
que eles imaginam que o seu leitor médio teria em seu lugar (QUERÉ: 1982). Ou seja,
desejando adotar um ponto de vista fictício sobre um lugar longínquo, semelhante
àquele que compra um jornal em Londres, Barcelona ou Paris, o jornalista nada mais
faz senão se afastar mais ainda do mundo no qual se encontra de fato. Ele tenta então
encontrar no ambiente cultural das grandes cidades européias princípios explicativos
àquele objeto que ele está se negando ou tem dificuldade de conhecer. Ele receia de
certo modo de cair um vazio simbólico, de não encontrar um meio de descrever em seu
artigo a experiência que está tendo.
Segundo a teoria do espaço público que remete à idéia de um jornalista narrador
da história do Estado, em contato com o outro, distanciado da sociedade à qual pertence,
o comunicador teria uma tendência a se remeter a princípios explicativos presentes nas
grandes narrativas da cultura de onde é proveniente e, por conseguinte querendo ou não
a perder precisão na descrição dos fatos. Fazendo parte do mundo das instituições,
desempenhando papel fundamental no funcionamento mesmo da vida política destas
sociedades, ele não pode se passar desse contato íntimo com o sentido da história do
Estado e da Nação.
O jornal francês Libération colocou em seu título por exemplo no dia 20 de
outubro de 1980.
"Amazone: les vandales multinationaux. Dans cinquante ans l'enfer vert ne sera
peut-être qu'un désert."
Em artigo escrito pelo enviado especial do jornal inglês The Times do dia 8 de
março de 1980 podemos ler o seguinte:
"The glittering jewel in green hell"
Deep in the Amazon jungle lies the city of Manaus, a thousand miles from de the
sea, and from anywhere else for that matter (...). The jungle encroached, the ships
stopped coming.
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But somebody had the idea of making a free zone. Once again prosperous, once
again an incongruous oasis in the endless sea of green.
The city is now an incongruous juxtaposition of the most primitive in Brazil,
with the country's, even the world's, most sophisticated (...). But the hut will have no
floor, its roof may be made of leaves, there will be no drains, and its occupants may
well be suffering from tropical disease.
There's really not much to do in the isolated city, either, and the torrid climate,
coupled with money to spend, sometimes brings violence. But this is the Green Hell of
Amazonia after all.
Figura 1:
Principais Temas:
1977-1997
Violência e
Direitos Hum anos
22%
Viagem / Turis m o
5%
Am biente /
Ecologia
32%
Sociedade
15%
Econom ia /
Des envolvim ento
26%
Fonte: Pesquisa junto ao Cidic
Podemos citar igualmente esses títulos publicados com certa conotação
ficcional.
"The opening-up of the Amazon". "End of the bandit era" - no Financial Times,
13 de Janeiro de 1978.
"Jungle story, or how the west is being won" - The Times, 11 de Março de 1978.
"L'Amazonie ou la conquête de l'Ouest" - La Croix, 25 de outubro de 1978.
"La saga des garimpeiros ou quand les Etats se mêlent de surveiller leurs
13
frontières" - Journal de Genève, 18 de janeiro de 1980.
No Figaro de 6 de julho de 1983 podemos ler ainda o seguinte resumo:
Enfer vert, poumon du monde, fascinante et inquiétante, cachant l'or et la
pierrerie sous la pourriture d'une végétation en décomposition, dissimulant la mygale
sous le chatolement de l'orchidée, l'Amazonie a toujours suscité les rêves les plus fous
où se mêlent la fortune et l'aventure. Depuis quelques dizaines d'années, les hommes se
sont lancés à l'assaut de la jungle, bien décidés à exploiter cette nouvelle caverne d'Ali
Baba enfouie dans l'enchevêtrement des arbres et des lianes, gardée par les jaguars, les
piranhas, les fourmis mangeuses d'hommes, les caïmans et les serpents (...).
E no Le Monde de 9 de outubro de 1978 encontramos um artigo de Pierre
Monbeig, do CNRS, que dá uma breve explicação dessas idéias prontas sobre a
Amazônia. Esse artigo foi publicado quando do lançamento de um vôo Air France entre
Paris e Manaus.
Les Français profitent de l'escale d'Air France à Manaus pour découvrir la forêt
équatoriale (...).
Il est d'usage d'attribuer aux conditions naturelles la responsabilité du retard
amazonien: le milieu équatorial avec sa chaleur, ses pluies, ses sols médiocres, sa fragile
forêt dense, le risque annuel des inondations dans une plaine infinie, le cortège des
germes pathogènes inhérent à un tel environnement - autant de causes généralement
avancées pour expliquer la précarité de la condition humaine dans ces parages.
Or, si, avec Pierre Gourou, on compare le "bilan" amazoniens à celui
d'ensembles régionaux analogues - au bassin congolais par exemple - on voit qu'il n'est
pas défavorable.
No final dos anos setenta e início dos oitenta, a imprensa se preocupa pouco com
a questão amazônica. Nessa época, a região ainda não ganhou a importância que ela terá
posteriormente na cena internacional. Os assuntos tratados na imprensa nessa época
serão, no entanto, retomados em contexto diferente, quando surgir, a partir do final dos
anos oitenta, uma nova consciência ecológica. A descrição do funcionamento e do papel
da imprensa em nossas sociedades, portanto, feita por Louis Queré, parece se aproximar
da realidade.
Podemos confirmar isso nos seguintes títulos:
"Amazon jungle invaded by land-hungry settlers" - The Times, 1 de Julho de
1977.
"Costly mistakes in the Amazon" - Financial Times, 8 de Novembro de 1977.
"Destroying the world's lung" - The Guardian, 12 de Março de 1979.
"Un grand trou dans la forêt" - Le Monde, 24 de agosto de 1980.
"Un échec désastreux: la transamazonienne" - La Croix, 15 de setembro de 1980.
14
Os temas tratados nesses artigos serão retomados posteriormente com uma nova
roupagem.
5.2. Economia, Desenvolvimentismo e Capital Internacional:
A partir de um dado momento – notadamente em meados dos anos 1980 - os
artigos consultados passaram a demonstrar une preocupação maior, sobretudo com os
rumos tomados pelos grandes projetos de desenvolvimento regional implementados
pelo governo federal com o apoio de banco multilaterais.
O primeiro grande projeto será a construção da barragem de Tucuruí, etapa
necessária aos projetos seguintes. Os primeiros problemas ligados a esse projeto vão
surgir quando do preenchimento do reservatório da barragem - tanto do ponto de vista
das populações locais que serão deslocadas quanto do ambiental quando serão
inundados milhares de quilômetros quadrados de floresta virgem. Outros problemas
surgirão quando da construção das linhas de transmissão da energia gerada pela usina
hidrelétrica. Para desmatar de forma permanente o terreno por onde passariam os cabos
de alta tensão, a Eletronorte, empresa dona da hidrelétrica, utilizou um produto
conhecido como "agente laranja", de usa militar durante a guerra do Vietnã. Ocorreram
dezenas de mortes, abortos involuntários, doenças graves de diversos tipos decorrentes
de intoxicação pelo veneno presente na água que escoou para os igarapés e rios da
região.
O segundo grande projeto, chamado de Grande Carajás foi implantado de tal
forma que ele também provocou uma série de problemas para as populações locais e
para o ambiente. Havia a necessidade para se assegurar o escoamento dos minerais da
construção de uma ferrovia. As indenizações propostas pela Companhia Vale do Rio
Doce foram contestadas pelos interessados, gerando inclusive a interdição da via férrea
por uma tribo indígena com as terras atravessadas pelos trilhos.
Os garimpeiros da região do Grande Carajás estavam em permanente conflito
com a CVRD que queria industrializar todas as minas de ouro da região,
desempregando aqueles que trabalhavam de forma artesanal. Nesse conflito o Estado
esteve de forma constante ao lado da empresa mineradora. Um protesto foi organizado
pelos garimpeiros de Serra Pelada que interditaram uma ponte da ferrovia. A polícia foi
deslocada para Marabá com a missão de desobstruir a ponte a qualquer custo. Houve
conflito com tiros. Muito se jogaram de cima da ponte. O número de desaparecidos e
mortos é incerto, mas aproxima-se de 95 pessoas.
Durante o trabalho de pesquisa em jornais vamos ver a publicação de algumas
notícias sobre o primeiro desses projetos. No Libération, de Paris, vemos no dia 18 de
dezembro de 1983 o seguinte título:
"Amazonie: la peur de l'Agent Orange".
L'utilisation d'un défoliant par une entreprise chargée de la construction de
centrales électriques dans le nord du Brésil, a entraîné la mort de 42 personnes. Une
enquête est ouverte pour déterminer la nature du produit utilisé, très vraisemblablement
des stocks d'"agent orange", cette arme chimique utilisée durant la guerre du Vietnam..
15
O artigo de Christian Martin continua: Dioxine, "Agent Orange": deux mots qui
font peur, associé à la catastrophe écologique de Seveso en Italie et à la guerre du
Vietnam. Les deux terribles agents défoliants viennent-ils de frapper de nouveau au
Brésil, sou le nom local de Tordon? Selon les autorités de l'Etat amazonien du Para, 42
personnes et "d'innombrables animaux" sont morts après le déboisement d'une longue
percée dans la forêt pour l'installation de pylônes d'une ligne de haute tension. Enjeu:
acheminer à Belem, en Amazonie orientale, l'électricité produite au barrage de
Tucurui(...). Il fallu donc déboiser massivement. Avec quels produits? L'enquête
ouverte par le gouvernement de Brasilia le dira peut-être, mais on d'ores et déjà de
bonnes raison de rappeler ce qui s'est passé au Vietnam, puis à Seveso. (...)
No Le Monde será publicada uma nota no dia 7 de junho de 1984 informando
que no Brasil (segundo a AFP):
"Toute une région de l'Amazonie serait menacée d'empoisonnement par des
défoliants".
(...) Toujours selon le secrétaire à l'agriculture de l'Etat, les
d'herbicides répandues sur le chantier aurait déjà tué (...)
16 tonnes
Depuis le lancement des travaux , en 1977, le barrage a été à l'origine d'autres
scandales, notamment la faillite de l'entreprise chargée d'évacuer le bois de coupe.
L'entreprise, appartenant à la Capemi (Mutuelle des Militaires) a dû être remplacée par
des petites sociétés (...)
São esses exemplos de notícias que a opinião pública européia começará a
receber. O fluxo de informação é extremamente reduzido, havendo apenas de vez em
quando uma nota e mais raramente um artigo. Como veremos, o assassinato de Chico
Mendes marcará o período de maior publicação de notícias referentes à Amazônia na
imprensa européia.
O Le Monde de 11 de novembro de 1984 abre uma manchete com a seguinte temática:
"Tucurui, l'hydre de l'Amazonie", puis en bas:
Un barrage dévore tout sur son passage. L'électricité produite par la barrage de
Tucurui alimentera les mines de Carajas et les usines d'aluminium de Barcarena, près de
Belem, et de Sao-Luis.
Réfugiés ou manifestants? à voir le campement et ses habitants, on pencherait
pour des réfugiés (...) il y a aussi abondance de banderoles, avec slogans revendicatifs et
même vengeurs: "A bas les multinationales qui dépouillent le pauvre!"; "nous voulons
des terres et une maison!"; "le progrès, oui, mas pour qui?"...
Voilà des années qu'ils se battent contre le projet de barrage. Ils ont reçu l'appui
des intellectuels contestataires de Belem, la capitale de l'Etat et bénéficient du soutien
de la Commission Pastorale de la Terre - CPT (...) ainsi que du parti des travailleurs PT, où se retrouvent militants catholiques, trotkistes ou maoïstes.
16
(...) Une commission a même été formée à Brasilia pour trouver un arrangement.
Les indiens et le Syndicat des travailleurs de la terre, dont le président local a été
assassiné le 4 juillet dernier, ont chacun envoyé une délégation.
"S'il n'y avait pas le CPT et le PT rien n'arriverait", explique tranquillement M.
Claudio Formen, sorte de play-boy tropézien, propriétaire d'une fazenda de 26 000
hectares, nommé maire par le gouvernement militaire. Pour lui, aucun doute, le
campement des paysans dépossédés n'est qu'un coup monté par l'extrême gauche. "Il y
en a trente de Tucurui. Tous les autres sont infiltrés", dit-il en matière de preuve.
Infiltrés? Il oublie simplement que c'est au contraire l'eau du barrage qui se répand sur
leur terres. L'industrialisation à marche forcée ne s'infiltre pas. Elle submerge.
Variação anual do número de Artigos com temática sobre a Amazônia
na Imprensa diária européia 1977-1997
19
77
19
78
19
79
19
80
19
81
19
82
19
83
19
84
19
85
19
86
19
87
19
88
19
89
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Fonte: Pesquisa no Cidic.
5.3. A morte de Chico Mendes e a imprensa
Como foi dito anteriormente, o assassinato de Chico Mendes vai tomar uma
significação toda particular aos olhos da opinião pública estrangeira. O seringueiro de
Xapuri, sindicalista e militante do Partido dos Trabalhadores, que lutava contra a
derrubada da floresta pelos criadores de gado vai dar, mesmo na hora de sua morte, uma
contribuição de grande valor na luta pela manutenção dos modos de vida, da cultura
local e do meio onde sempre se viveu na Amazônia. Não o primeiro e nem o último
líder sindical e militante amazônida que foi assassinado por aqueles que trazem o
modelo “moderno” de se viver na região da floresta.
O maior símbolo dessa modernidade é a savanização dos territórios florestais
para a produção de produtos de baixo ou muito baixo valor agregado. Aspecto esse que
adentrou de forma depreciada nos discursos políticos de todos os matizes, mas que não
17
permite que se esconda com isso de que se trata de uma marca cultural de maior
importância tanto na história dos países da Bacia Amazônica, como da própria expansão
mundial da cultura européia.
Essas questões são aos poucos levantadas. Mas na realizada fica a questão de se
saber o porquê, quando o Brasil começou a incentivar a destruição maciça da floresta
amazônica, os homens que operacionalizaram essa etapa da história brasileira
reivindicavam para si um pertencimento de raça e cultural à esfera de influência
européia. Pois na América Latina e esse deve ser um dos temas primordiais a serem
tratados por nossas ciências sociais, a arena política é fortemente definida por um
embate manifesto entre defensores de um europeanismo e outros que são apenas os
excluídos dessa área cultural. O europeanismo é o caráter definidor e que dá os
contornos mais nítidos do pensamento conservador e reacionário presente nos países
latino-americanos. Manter viva a cultura que invadiu, colonizou e destruiu milhares de
culturas locais é o sacerdócio do conservador no Brasil e na América Latina, o que
significa a exclusão mais violenta de que se pode pensar, a simbólica, de parte
expressiva, senão a quase totalidade da população de vastas regiões desses países.
Quando Chico Mendes foi morto, ele o foi também porque o seu assassino
estava autorizado a fazê-lo pela própria lógica intrínseca presente na cultura européia,
de exclusão, de exclusividade de direitos a um único grupo étnico. Quando Chico
Mendes foi morto ele o foi como um brasileiro típico, mestiço, caboclo, cuja negação da
existência é uma atividade cotidiana tanto das elites conservadoras, quanto das
instituições nacionais.
A contribuição da filósofa alemã Hannah Arendt é importante aqui para nós.
Com ela é feita a ligação dos totalitarismos do século XX, centrados na Europa, e os
processos de expansão colonial e imperialista do passado. Essa face visível, porque
ocorre no centro irradiador da cultura dominadora, é reveladora de parte de seus
caracteres mais importantes e constantes ao longo da história. Contrasta com uma face
invisível, a de uma realidade cotidiana, do desprezo pelo ser humano presente de forma
tão arraigada na história latino-americana e que se reproduz de forma impressionante
com forças renovadas. Quando Chico Mendes foi morto, ele repetiu uma história que é
parte integrante e fundadora dos países desta região.
Chico Mendes ganhou o prêmio Global 500 da ONU, que o fez se tornar
conhecido dos ecologistas do mundo. Quando a notícia de seu assassinato chega aos
jornais há um certo número de pessoas capacitadas ao redor do mundo para informar a
imprensa sobre quem era ele.
A floresta tropical destruída ganha um rosto. Chico Mendes, morto, vai
personificar a luta pela proteção das florestas, pela vida harmônica junto com o meio
natural. A maneira como a destruição da floresta e dos pequenos produtores se dá se
torna inteligível, talvez pela primeira vez para o grande público europeu. Os textos dos
artigos que relatam sua morte são simples, mas haverá de qualquer forma toda uma
simbologia em torno de seu assassinato.
Esse fato vai marcar o ponto culminante do interesse da opinião pública
européia, expresso pela imprensa, em relação à ecologia mundial. O gráfico abaixo é
bastante representativo.
18
De uma maneira geral, podemos dizer que a preocupação com a questão
amazônica está diretamente relacionada com fatores exteriores a ela mesma. A
preocupação principal das pessoas está relacionada com a preservação da natureza, ou
seja, saúde, bem-estar. Da mesma forma, houvera mudanças quanto à forma de se
escrever sobre a Amazônia em vinte anos.
6. Conclusão:
De um modo geral, e na tentativa de responder às questões iniciais, podemos
dizer que a importância que a questão ambiental, e a Amazônia, enquanto símbolo,
tomou, está em estreita relação com fatores tanto internos quanto externos a si, como
por exemplo os diversos aspectos econômicos envolvidos na percepção do ambiente
enquanto portador de novos valores ligados a classes sociais bem determinadas.
A preocupação com o ambiente faz parte de uma esfera de valores pósmaterialistas desligados das necessidades básicas de sobrevivência, que surge a partir
dos anos 1960-70. Nesse sentido, a proteção ambiental é desejada de forma diferenciada
segundo as classes e segundo os períodos históricos, sendo sobretudo uma aspiração dos
extratos da sociedade mais abastados e com nível educacional mais elevado. É
necessário que se faça novos estudos sobre a variação de apoio à proteção ambiental de
acordo com variáveis como: períodos de crescimento econômico, recessão, variação da
taxa de emprego, para se compreender melhor o comportamento do cidadão em relação
a esses temas específicos.
O crescimento do interesse observado na Europa pela Amazônia precisa ser
analisado como tendo beneficiado de aspectos conjunturais. Por um lado, por um
período, apesar de curto, de prosperidade generalizada. E por outro lado, pelo aparato
estatal de proteção ao ambiente ainda não existir institucionalmente. Alguns anos
depois, a bandeira de luta pela proteção do ambiente vai se transformar de maneira
significativa - o espaço imediato, local e nacional, passa a receber atenção redobrada.
Políticas públicas locais estão em medida de satisfazer as preocupações com o
ambiente de parte significativa dos cidadãos dos principais países europeus. Isso não
significará uma descontinuidade da popularidade dessas temáticas no que diz respeito às
florestas tropicais. Muito pelo contrário, percebe-se que o ambiente continua sendo uma
preocupação central para uma parcela importante da população, que se situa, de forma
constante ao longo dos anos, sobretudo entre a esquerda e o centro-esquerda.
Os partidos políticos tradicionais aparentemente não perceberam ainda a
constância com que perdura a preocupação com a proteção do ambiente na população
em geral. No Reino Unido o Labor possui o seu conjunto de propostas de política
ambiental, mas a população julga que as medidas tomadas não são suficientes. Na
Alemanha e na França, a centro-esquerda incorpora em seus projetos de governo as
políticas ambientais abrangentes dos partidos verdes através de coligações, o que muitas
vezes criou dificuldades entre diversas pastas quando essas chapas venceram as eleições
(MAIR: 1996; JAHN: 1997; ROSS e JENSON: 1996).
Isso terá um duplo significado. Por um lado, as questões relativas à proteção do
ambiente não podem ser compreendidas como capital político-eleitoral específico - que
19
possui grande volatilidade, que surge em determinado período histórico e virá a
desaparecer rapidamente segundo os efeitos da moda. Muito pelo contrário, podemos
falar com bastante segurança que se trata de um capital difuso - complexo, enraizado em
diferentes extratos da sociedade e que se mostra duradouro ao longo do tempo.
Os partidos de centro-esquerda que dirigem ou dirigiram a máquina
governamental desses três países ainda não possuem uma real dimensão da importância
do meio ambiente para a sociedade, o que é demonstrado pela expectativa do eleitorado
nas pesquisas de opinião (WORCESTER: 1997).
Por outro lado, o ambientalismo, enquanto movimento, não pode ser reduzido a
uma ideologia política que visa simplesmente suplantar o capitalismo, apesar de
apresentar de fato uma contradição fundamental com este. O ambiente efetivamente se
apresenta como um limite natural ao desenvolvimento e à reprodução do sistema
capitalista de produção (O’CONNOR: 1996; BENTON: 1989; WILLIAMS: 1994).
O objetivo do movimento ambientalista não será de apresentar um novo modelo
de produção econômica. Será mais acertadamente a apresentação de uma pauta de
políticas públicas e de modelos de regulação do modo de produção existente. Apesar
dos discursos que colocam em questão o modelo de consumo nos países ocidentais, a
pauta política do movimento ambientalista, na maioria dos casos, apresenta proposições
para modificar a atual forma de produção.
No entanto, apesar disso, as bandeiras ambientalistas não são tão facilmente
incorporadas pelos partidos de centro-esquerda tradicionais pelo fato deles
representarem justamente um modelo político-institucional cujos atos e decisões no
campo da proteção ambiental são ainda tateantes ou claramente questionados.
O movimento ambientalista, seja através de ONGs, seja através dos partidos
políticos, vai possuir, portanto, uma legitimidade própria e específica. Especificidade
verificável sobretudo na forma de reconhecimento dado pela população ao seu discurso
que inclui a incorporação de discursos de fundo científico. Com efeito, o movimento
ambientalista, mais que o governo e as indústrias, consegue legitimar a sua
interpretação científica aos fatos que ocorrem com o ambiente. Esse movimento, que
pode vir a ser o avalista de um discurso sobre o real, portanto, foi quem criou e
modificou, enquanto ator portador de significado social e político, a Amazônia.
Conjunto simbólico que teve o seu papel discursivo numa determinada conjuntura
histórica, que corporificou um modelo de planeta, em que a natureza, protegida, poderia
voltar a ser um dado cultural significativo para os seres humanos, sem que a
racionalidade desses últimos buscasse a sua submissão incondicional.
Notas:
1.Falaremos da guerra das Malvinas como a primeira guerra da era digital. O
desenvolvimento de uma técnica de tratar a informação proveniente do front
desenvolvido pelo governo Tatcher durante o conflito com a Argentina foi retomado
mais tarde pelos militares de outros países na guerra do Golfo Pérsico. Podemos citar
como exemplo essa passagem de um artigo publicado no Le Monde sobre a Guerra do
Golfo: "certas 'revelações' publicadas em Londres ou em Washington poderiam ser
interpretadas como uma 'preparação' da opinião pública. O Sunday Times acredita saber
20
que os iraquianos dispõem de uma terrível arma secreta, um avião sem piloto suscetível
de espalhar vírus de antraz, fabricado a partir de um rústico aparelho de uso agrícola,
lento, barulhento e fumacento, comprado há tempos na Polônia. O Washington Times,
inspirado em fontes da CIA, olha do lado da República Checa, que estaria se preparando
a vender a Bagdá radares modernos" (KRAUZE: 1997).
2.Ora, isso pede uma relação de confiança entre as instâncias de emissão das mensagens
e de recepção. O tema da credibilidade do discurso dos meios de comunicação e sua
relação com o mundo político é discutido pela ciência social, em por exemplo
(BURGELIM: 1978).
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21
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22
ANEXOS:
A Amazônia na Imprensa Internacional
Classificação por DATA
#
Título
Subtítulo
Fonte
1
End of the bandit era
The opening-up of the Amazon
The opening-up
of the Amazon
13/1/1977
2
Radar Discloses Resources of
Amazon Area
International
Herald Tribune
12/3/1977 Inglaterra
3
La seconde vie de l'Amazonie
4
Conquering the Amazon Jungle
5
Die Aasgeier über der Trasamazónica
6
L'Avenir est dans la jungle
7
Paradis du caoutchouc retourné à l'enfer
vert, Manaus et l'Amazonie renaissent
grâce à une industrie nouvelle et à de
fabuleux produits agricoles
Data País
EUA
L'Express
4/4/1977
França
The Wall Street
Journal
5/4/1977
EUA
Trasse durch grüne Hölle.
Siedlerexperiment scheiterte. Multis
spekulieren mit "Lunge der Welt"
Neue
Deutschland
14/5/1977
Alemanh
a
Freinée par le renchérissement du prix
du pétrole, l'expansion brésilienne
cherche à s'appuyer sur le richesses de
l'Amazonie. Un pari qui pour le moment
coûte cher
Le Point
16/5/1977
França
L'Amazonie ou la conquête de l'Ouest
La Croix
25/10/1977
França
8
L'Amazone cache des trésors (Edition
de été)
Commerce
Canada
1/12/1977
Canadá
9
Jungle story, or how the west is being
won
The Times
11/3/1978
EUA
10
Problems with overseas connections
Financial Times
11
La conquista de la Amazonia
12
L'Amazonie: du grandiose
Le Monde
9/10/1978 França
13
Brazil's wild west
Newsweek
15/1/1979
Pacto ambicioso de cooperación
multinacional
America Latin
21/7/1978 Inglaterra
28/7/1978
EUA
23
14
Opening the Amazon
Newsweek
15/1/1979
EUA
15
Amazon pioneers find dreams turn to
nightmares
International
Herald Tribune
6/2/1979
Inglaterra
16
Destroying the world's lung
The Guardian
12/3/1979 Inglaterra
Financial Times
3/10/1979 Inglaterra
17 Bauxite bonanza in the Amazon basin
18
L'Amazone: un univers amphibie
fermé et infim...
Les Grands Fleuves
Le Monde
20/10/1979
França
19
La saga des garimpeiros ou quand les
Etats se mêlent de surveiller leurs
frontières
Lettre de Boã Vista (nord du Brésil )
Le Journal de
Genève
18/1/1980
Suiça
20
L'ampleur des inondations provoque
des interrogations sur la politique de
construction de grands barrages
Le Monde
27/2/1980
França
21
The private Amazon Kingdom of Mr
Daniel K Ludwig
The Times
27/2/1980 EUA
22
The glittering jewel in green hell
The Times
8/3/1980
EUA
23
Brazil's forest policy teeters
The Guardian
2/7/1980
Inglaterra
24
Unionism a new faith
The Times
23/7/1980
EUA
25
Un échec désastreux: La
transamazonienne
La Croix
15/9/1980
França
26
Les sentiers de la guerre
Temoignage
Chretien
6/10/1980
França
27
Projet de production d'engrais de 81
millions de dollars pour la région de
l"amazonie au Brésil
Société
Financière
Internationale
9/10/1980
França
28
Un grand trou dans la forêt
Le Monde
24/10/1980
França
Libération
28/10/1980
França
29 Amazone: les vandales multinationaux
30
How Brazil ended decades of decline
in Manaus
Financial Times 11/11/1980 Inglaterra
24
31
Wilderness invaded in search of
wealth
32
Greater Carajas scheme 'the project
of the century'
33
Countdown for the Amazon
34
Brazil's Amazonian dream ends up as
a nightmare
35 The man who inherited a jungle dream
Financial Times
Lettre from Manaus
29/6/1981 Inglaterra
19/11/1981
EUA
Financial Times 17/12/1981
EUA
The Guardian
13/1/1982 Inglaterra
Financial Times
15/1/1982 Inglaterra
36
Grandeur et décadence d'un empire
amazonien
Le Monde
14/2/1982
França
37
Natural Resource utilization in eastern
Amazônia
Centre for
Development
Studies
1/6/1982
Inglaterra
38
Carajás Iron Ore Project Brings
Reality to Amazon Dreams
International
Herald
Trisubune
7/9/1982
Inglaterra
39
Lettre D'amazonie
Le grand capital et les hommes
La Croix
22/9/1982
França
40
Tackling the Last Frontier
The rush is on to develop - and
preserve- the Amazon
Time
18/10/1982
EUA
41
Brazil Pursues Amazon's Riches With
a Project On a Huge Scale Befitting
the Region's Vastness
The Wall Street
26/10/1982
Journal
EUA
42
All along the timeless, Tropical
Amazon
International
Herald Tribune
12/11/1982 Inglaterra
43
Where to stay, where to eat
The New York
Times
12/11/1982
EUA
Le Figaro
6/7/1983
França
44 En Amazonie, le Brés joue son avenir..
45
Loin de la crise: L'Amazonie
La Croix
20/9/1983
França
46
Amazonie: La Peur de L' '' Agent
Orange"
Libération
18/12/1983
França
47
Les colts et les sarbacanes du
Rondônia
Le Monde
5/3/1984
França
48
The $62 billion questioned
The Amazon forest and its peolpe are
being invaded by EEC-backed
developers
New Statesman 23/3/1984 Inglaterra
25
49
Toute une région de l'Amazonie serait
menacée d'empoisonnement par des
défoliant
Au Brésil
50 Brazil's dispossessed look northwards
Le Monde
7/6/1984
França
Financial Times
29/8/1984 Inglaterra
51
Brazil's prospecting hordes discover
tons of gold, but country finds their
quest a mixed blessing
The Wall Street
Journal
5/10/1984
EUA
52
Tucurui, l'hydre de l'Amazonie
Le Monde
11/11/1984
França
53
Brazil opens sluice gates to energy
profits
Financial Times
54
Brasilsar: un point de rencontre pour
le désert vert
Le Monde
8/2/1985
França
55
Pioneers on the last frontier
South
1/5/1985
EUA
56
'Frontier where men lose their moral
brakes'
Financial Times
13/7/1985 Inglaterra
57
The unpolished Emerald Forest
Financial Times
9/11/1985 Inglaterra
58
La "dernière frontière"du Brésil
Le Monde
59
Les Indiens et les chercheurs d'or sont
finalement tous victimes de l'inferan
Eldorado amazonien
60 Le mythe des dernières terres vierges
11/1/1985 Inglaterra
14/1/1986
França
17/1/1986
França
L'Amazonie Sous La Nouvelle
République (I)
Le Journal de
Genève
17/2/1986
Suiça
L'Amazonie Sous La Nouvelle
République (II)
Journal de
Genève
18/2/1986
Suiça
61
Grands projets et démesure
62
Allez France-Bresil!
Libération
19/4/1986
França
63
Odeur de poudre dans la miine d'or de
Serra Pelada
Libération
4/1/1988
França
64
Amazone: la poussée brésilienne vers
le Nord-Ouest
Le Journal de
Genève
6/1/1988
Suiça
65
133 chercheurs d'or sont portés
disparus aprés des affrontements
avec l'armée
Le Monde
11/1/1988
França
Brésil: selon un rapport de la police
fédérale
26
66
Serra Pelada: la these du massacre
se précise
67
Ceci n'est pas un film de Cecil B.
DeMille
68
Battle brews over rush to Brazilian El
Dorado
Libération
Serra Pelada, la plus grande mine d'or
du monde à ciel ouvert
11/1/1988
França
14/1/1988
The Times
5/5/1988
EUA
El País
6/6/1988
Espanha
Naturalistas de Brasil piden apoyo
69 europeo para frenar la destrucción del
Amazonas
70
Guerra du feu em amazonie
Libération
5/9/1988
França
71
Threat from Amazon burn-off
The Times
6/9/1988
EUA
72
Le Brésil faitun geste pour ses forêts
Libération
10/10/1988
França
73
Samba-blasters up the Amazon
The Times
15/10/1988
EUA
74
Brésil: 1er congrès des chercheurs
d'or
Libération
9/11/1988
França
75
L'Amazonie à feu et à fer
12/11/1988
França
76
O Brésil
77
Brésil: assassiné le 22 décembre
78
Les tueurs de la forêt
79
Le Monde
26/12/1988 França
Francisco Mendes a été enterré em
Amazonie
Le Monde
27/12/1988
França
Brésil: L'assassinat de "Chico" Mendes
Le Monde
30/12/1988
França
Brésil: combats sanglants pour
conserver la terre
3/1/1989
França
80
Chronique d'une mort annoncée
6/1/1989
81
The man who loved trees
Alexander Cockburn reportes on the
murder of Chico Mendes, head of the
Amazonian rubber toppers' union
6/1/1989
EUA
27
82
Les commanditaires présumés de
l'assassinat de Mendes encerclés
83
Forester without honour
84
Au Brésil
Le Monde
9/1/1989
França
Ivo Dawnay examines Brazil's anti-green
Financial Times
reaction
7/2/1989
Inglaterra
Lés Indiens se mobilisent pour
l'Amazonie
Seize cents délégués, représentant vingt
"nations indiennes", se réunissent pour
faire obstacle à um projet d'usine
hydroéletrique
Le Figaro
21/2/1989
França
85
L' inexorable massacre de la forêt
Derniére terre vierge à conquérir, cette
immense forèt attire tous les aventuriers
Le figaro
22/2/1989
França
86
Destruction in the Amazon
87
L'Amazonie tient sommet
88
Financial Times
Trois cents représentants de tribus
manacées par la construction d'um
barrage sont réunis depuis lundi à
Altamira. Inédit.
23/2/1989 Inglaterra
Lbération
23/2/1989
França
Brazil launches programme to protect
Amazon
Financial Times
8/3/1989
França
89
Brazil rejects Western fears about
destruction of the Amazon
The
Independent
8/3/1989
90
Au Brésil, le sort de la forêt
amazonienne suscite un âpre débat
Le Monde
9/3/1989
França
91
Une surface supérieure à celle de la
Belgique détruite chaque année
Le Monde
9/3/1989
França
92
Amazonie: le chantage nationaliste
contrel " impérialismo écologiste"
Le Jois de
Bruxelle
10/3/1989
Bélgica
93
It's our forest to burn if we want to
The Economist
11/3/1989 Inglaterra
How Brazil subsidises the destruction Autor: such na alarming rate? Surpringly,
The Economist
not because it benefits by cutting the
of the Amazon
18/3/1989 Inglaterra
Why is Brazil losing its tropical rain forest
94
Amazon down
95
A smouldering anger hangs over the
forest
On brazil's reaction to outrage over
ecological destruction in the Amazon
basin
Financial Times
25/3/1989 Inglaterra
96
Bumpy ride on Brazil's railway to
nowhere
Bad timing corruption claims put
Sarney's project in doubt
Financial Times
7/4/1989
Inglaterra
28
97
Brasilia lance la chasse aux
orpailleurs
98
Accord pour le retrait des cherceheurs
d'or du territoir des Indiens Yanomami
La police fédérale brésilienne a lancé,
lundi, l'opération "Canaime" pour tenter
de déloger de la jungle amazonienne les
chercheurs d'or qui mettent en péri les
Indiens du territoire
Libération
10/1/1990
França
Le Monde
11/1/1990
França
Libération
12/1/1990
França
99
Imbroglio juridique autour des
orpailleurs
Le procureur de la République a décleré
illégal l'accord conclu mardi entre le
gouvernement et les garimpeiros
prévoyant leur instalation dans trois
"réserves d'orpaillage" sur le terrotoire
yanomami
100
La grande détress des Indiens
Ianomami
Une partie de la plus importante ethnie
indigène du Brésil est menacée
d'extinction par la ruée des chercheurs
d'or
Le Monde
12/1/1990
França
101
La guerre de l'or
Le gouvernement s'oppose à la
présence des "garimpeiros" sur le
territoire des Indens Yanomami menacés
de disparition
Le Figaro
13/1/1990
França
102
Le procureur fédéral annule láccord
avec les chercheurs d'or
Le Monde
15/1/1990
França
103
La fièvre de l'or monte dans le
Roraima
Libération
24/1/1990
França
Libération
31/1/1990
França
2/7/1990
Inglaterra
Dans la Serra Parima, les garimpeiros
ramassent l'or et le minerai d'étain.
Simples porteurs, prostutuées ou pilotes
gagnent ici dix fois plus qu'en villee. De
quoi faire rêver...
104
Amazonie, le dernier Eldorado
brésilien
105
Balancing man and nature
106
La sociedad moderna vive uma orgía
del despilfarro
José Lutzenberg, Secretario de Medio
Ambiente del Gobierno de Brasil
El País
107
Brésil: L"environnement
Environnement ou developpement
Prospective
Fiche Sectorielle
2/3/1992
108
Collor met son Joker vert hors jeu
José Lutzenberg, le secrétaire brésilien à
l' Environnement, a été limogé pour avoir
dénoncé la corruption qui enoure la
protection de la nature
Libération
24/3/1992
Jose Lutzenberg, Brazil's Minister of
Financial Times
Environment, speaks to Robert Graham
30/9/1990 Espanha
França
29
109
The man who had to go
Bazil has fired its charismatic
environment chief just before the Earth
Summit. Jan Rocha on why a nuclear
scientist might be better
110
En bref
Le Brésil est rsponsable de 12% des
émissions d'oxyde de carbane dans le
monde
Le Monde
111
Reaper of a Whirlwind
Environmentalism does not come
naturally to the new man in charge of
Brazil's ecology
Financial Times
112
Brazil will offer the Earth Summit
delegates a chance to see the
problems for themselves (Special
Edition)
The Guardian
27/3/1992 Inglaterra
10/4/1992
França
20/5/1992 Inglaterra
There they can study first-hand all the
issues being discussed, from rain forest
destruction to Brazil's urban degradation. The Guardian
And all of it cheek by jowl with Rio's
wealth and beauty
1/6/1992
Inglaterra
113
La désertification sous la loupe des
satellites
Des satellites vont surveiller les progrés
de la déforestation sur l'ensemble de la
planète. Une innovation qui intéresse les
Brésiliens, qu'inquiète le devenir de la
forêt amazonienne
Libération
2/6/1992
França
114
Scientist with impeccable green
credentials
José Goldemberg makes no effort to
disguise his contempt for what he calls
the "hypocrisy of the developed world"
Financial Times
2/6/1992
Inglaterra
115
L'avenir du Brésil passe par l'écodéveloppement
Les Echos
3/6/1992
França
116
Mme Danielle Mitterrand a rencontré
des écologistes
Le Monde
21/9/1992
França
117
Le coeur de palmier dans le Pará
brésilien
Caractéristiques d'une filière
Marches
Tropicaux
1/1/1993
França
118
A la recherche de l'or propre
Dans les mines d"amazonie, on recycle
le mercure
Courrier
International
14/4/1994
119
La forêt amazonienne sous
surveillance életronique
Courrier
International
18/8/1994
120
Kayapo chiefs, once hailed as
Rain forest falls victim to the root of all
The wall Street
environmental heroes exploit logging and
30/12/1994
Journal
evil as indians cut deals
mining
121
La route de l'Amazonie passe par le
Pérou
122
L'ombre de Chico Mendes
Deux modèles de développement
s'affrontent dans la forêt amazonienne
EUA
Le Journal de
Genève
5/1/1995
Suiça
Le Journal de
Genève
6/1/1995
Suiça
30
Sur fond de rumours d'espionnage et de
Brasilia réxamine le contrat des radars pots-de-vin, Brasilia veut revoir le contrat
123
de surveillance de l'Amazonie, emporté
amazoniens
La Tribune
Desfossés
13/3/1995
Le Brésil ajourne la signature du
Thomson a été "doublé" par l'américain
Raytheon
contrat de surveillance de l'Amazonie
Le Monde
20/3/1995
França
França
par l'ameéricain Raytheon
124
125
Le feu couve toujours dans la forêt
d'Amazonie
Le président brésilien vante le tourismo
vert mais laisse le défrichement se
poursuivre
Libération
6/4/1995
126
Forêt en détresse
Guyana et Surinam courtisés par des
investisseur asiatiques
Courrier
International
15/7/1995
127
L'armée de beautpe en campagne
Avon et ses cosmétiques à la com quête
de l'Amazonie
Courrier
International
27/7/1995
128
Deux massacres de paysans sans
terre font plusiers dizaines de morts
au Brésil
L'un met en cause des policiers, l'autre
des mercenaires
Le Monde
11/8/1995
França
129
La police massacre des paysans qui
occupaient une propriété au Brésil
Libération
11/8/1995
França
130
Un fleuve qui ressemble à la mer
Le Monde
24/8/1995
França
131
Burning of the Amazon forest is worst
in years
132
L'Amazonie s'assèche à la
cartographie
133
Politics Imperils Shield for Amazon
134
A storm in the rain forest
135
Le dirigeant du mouvement des
paysans sans terre
136
Scandalous threat to image of new
Brazil
137 Le rêve amazonien de Daniel Ludwig
International
13/10/1995 Inglaterra
Herald Tribune
Les zones inondées par l'Amazone sont
vingt fois plus réduites qu'on ne le
pensait
Libération
International
Herald Tribune
Payoof charges imperil a big Raytheon
contract inthe Amazon
The Guardian
Le Monde
França
5/12/1995 Inglaterra
Business Week 11/12/1995
Libération
Chancellor flies into the eye of a storm
over billion-dollar contract to police the
Amazon basin electronically
31/10/1995
26/12/1995
EUA
França
29/12/1995 Inglaterra
23/3/1996
França
31
138
La tragédie séculaire des paysans du
Brésil
Le Monde
23/4/1996
França
139
Les brésiliens sans terre défient la
violence
La Croix
29/4/1996
França
140
Modern-day slavery in the Amazon
8/5/1996
Inglaterra
141
Um des assassins de l'écologiste
brésilien Chico Mendes a été arrêté
2/7/1996
França
142
Brazil's rain forest is under the Ax
New figures show increased losses since
Earth Summit in Rio
Internatinal
Heral Tribune
13/9/1996 Inglaterra
143
Amazonie
Que vive la forêt
Courrier
International
10/11/1996
144
Costly errors drain Brazil's funds
Little to show for Amazon bonanza
The Times
26/6/2001
145
Costly mistakes in the Amazon
The Time
EUA
146
Le gouvernment part en guerre contre
le tourisme sexuel
Le Monde
França
147
Amazon jungle invaded by landhungry settlers
The Times
Brazil's campaign to combat rural labour
Financial Times
abuses
Le Monde
01/07/198
EUA
EUA
32
A AMAZÔNIA NO JORNAL LE
MONDE
Classificação por data
Data
Tamanho
14/5/1987
Nota
18/5/1987
Médio
Les économistes relaient les
écologistes pour sauver les forêts
tropcales
7/7/1987
Curto
4
Manifestation de propriétaires terriens
à Brasilia
15/7/1987
Curto
5
Polémique entre Brasilia et la Banque
Mondiale au sujet des Indiens
27/7/1987
Nota
6
Au moins trente morts lors du naufrage
d'un bateau en Amazonie brésilienne
10/9/1987
Nota
7
Le ministre de la réforme agraire se
tue dans un accident d'avion
10/9/1987
Curto
8
La mort du général Golbery
L'idéologue du régime militaire
21/9/1987
Médio
9
Polémique sur l'exploitation minière
des réserves
L'Eglise au secours des Indiens
30/12/1987
Longo
10
Lors d'affrontements avec la police
Une centaine de chercheurs d'or
auraient été tués
5/1/1988
Curto
#
Título
1
Environement. Rupture de barrage en
Amazonie
2
Un projet ferroviaire au relent de
scandale
3
Subtítulo
Le retour des "éléphants blancs"
33
Selon un rapport de la police fédérale
133 chercheurs d'or sont portés
11
disparus après des affrontements avec
l'armée
11/1/1988
Médio
12
Massacre d'Indiens en Amazonie
4/4/1988
Nota
13
En remontant le cours du temps (... et
du rio Negro)
25/4/1988
14 L'ouverture des terres du Mato-Grosso
Médio
Sur les nouvelles frontières
agricoles du Brésil
26/4/1988
Longo
Au détour du fleuve Maroni Claude
Massot a découvert un peu par
hasard, en 1970, à l'occasion d'un
voyge en Guyane.
11/7/1988
Médio
15
Chronique de quelques indiens
Wayana au détour du fleuve Maroni
16
Assassinat de l'un des militants
écologistes les plus célèbres de la
cause amazonienne
26/12/1988
Nota
17
Assassiné le 22 décembre Francisco
Mendes a été enterré en Amazonie
27/12/1988
Curto
18
L'assassinat de "Chico" Mendes
30/12/1988
Médio
19
Les commanditaires présumés de
l'assassinat de Mendes encerclés
9/1/1989
Curto
11/1/1989
Nota
28/2/1989
Médio
Les tueurs de la forêt
Arrestation de l'un des commanditaires
20 présumés de l'assassinat de "Chico"
Mendes
21
Les controverses sur le
"développement"de l'Amazonie
Des Indiens en colère à Altamira
34
Une surface supérieure à celle de la
Belgique détruite chaque année.
22
Polémique sur la forêt amazonienne
23
Le sort de la forêt amazonienne
suscite un âpre débat
24
La tournée européenne de "Lula"
25
Echos
26
Mise en place du plan "nature"
8/4/1989
27
Sauver l'Amazonie
12/4/1989
Curto
28
Un chef Indien à l'Elysée
14/4/1989
Nota
29
Environnement
15/4/1989
Curto
30
Sting et les Indiens
15/4/1989
Curto
15/4/1989
Longo
17/4/1989
Nota
9/3/1989
Curto
9/3/1989
Longo
L'Amazonie contre la dette?
10/3/1989
Médio
Sauvons l'Amazonie avec TF1
3/4/1989
Curto
La campagne pour sauver la forêt
amazonienne
31 Un réservoir génétique extraordinaire
32
Echos
33
De Raoni à Jean-Pierre Foucault
34
Aidez-le!
Planète Amazone (Suite)
24/4/1989
A propos de "Sacrée soirée" du 12
avril et du journal qui précédait sur
TF1
2/5/1989
Nota
Médio
Curto
35
35
La critique est aisée
36
Aggravation préoccupante de la
criminalité
37
Le "Radeau des cimes" expulsé du
Brésil
Les "pistoleiros"sèment la terreur
dans la forêt amazonienne
38 M. Brice Lalonde ajourne son voyage
39
Disparition d'un Boeing brésilien en
Amazonie
40 La catastrophe aérienne de la Havane
15/5/1989
Curto
16/8/1989
Médio
17/8/1989
Nota
22/8/1989
Nota
5/9/1989
Nota
6/9/1989
Nota
41
L'accident d'un Boeing de la Varig
Les rescapés de l'Amazonie
7/9/1989
Curto
42
L'Assemblée généralde de l'ONU.
Les débats sur la drogue et
l'environnement mettent en lumière
les clivages Nord-Sud
30/9/1989
Longo
Chercheurs d'oiseaux en Amazonie
Comment se porte la forêt
amazonienne? Un petit groupe
d'Anglais passionés d'oiseaux
ouvre la route pour nous faire
pénétrer au coeur d'une Amazonie,
ici, péruvienne.
7/10/1989
Longo
Avant d'être assassiné, l'an dernier,
Chico Mendes avait formulé le voeu
que sa mort, qu'il pressentait, mette 19/10/1989
un terme aux agressions contre les
"seringueiros"
Longo
43
44
Défense posthume de l'Amazonie
36
45
Trois Français et un Péruvien tués par
des Indiens dans la jungle
Michel Honorin est parti en
Amazonie, au Zaire, en Australie,
aux Philippines et en Sibérie, à la
recherche des "pionniers" des
temps modernes. Il a filmé un
quotidien souvent sordide, sur des
territoires en cours de civilisation.
Une série impressionante
30/10/1989
Nota
8/1/1989
Médio
11/1/1990
Curto
12/1/1990
Médio
46
Derniers Far-West. Les conquérants
du XXe siècle
47
Accord pour le retrait des chercheurs
d'or du territoire des Indiens Yanomami
48
La grande détresse des Indiens
Ianomami
49
Le procureur fédéral annule l'accord
avec les chercheurs d'or
15/1/1990
Curto
50
Dynamitage des aérodromes
clandestins
28/3/1990
Nota
23/4/1990
Médio
28/5/1990
Nota
51
L'Opéra dans la jungle.
52
Les Verts interdits
Une partie de la plus importante
ethnie indigène du Brésil est
menacée d'extinction par la ruée
des chercheurs d'or
Aprés trois ans de restauration,
l'Opéra de Manaus a été arraché
aux termites de la forêt
amazonienne et a l'espoir
d'acceuillir la Scala de Milan
37
53
Un écologiste sous protection
54
Environnement
Projet de reboisement de la forêt
amazonienne
17/7/1990
55
La détresse des Indiens Yanomami.
Malgré les promesses du nouveau
gouvernement brésilien le grand
pillage de l'Amazonie continue
2/8/1990
Longo
56
Destruction d'un puits pouvant servir à
des explosions nucléaires
20/9/1990
Nota
57
Au Tribunal permament des peuples
réuni à Paris.
Le Brésil accusé de non-assistance
18/10/1990
à Indiens en danger
Curto
58
La soupe aux piranhas
20/10/1990
Médio
59
Trois délinquants lynchés par une foule
en colère
26/11/1990
Nota
12/12/1990
Longo
13/12/1990
Médio
1/6/1990
60
La lutte pour la forêt en Amazonie
Le procès des assassins de Chico
Mendes, qui s'ouvre le 12
décembre, remet en lumière le
combat des "seringueiros" contre
les "fazendeiros"
61
Le procès de Xapuri
Les preuves contre les assassins
présumés de Chico Mendes sont
nombreuses
Nota
Nota
38
Les aveux de l'assassin de Chico
Mendes
62
Le procès de Xapuri
63
Un procès exemplaire
64
Une réserve indienne envahie par les
garimpeiros
29/12/1990
Nota
65
L'utilisation du DDT suspendue en
Amazonie
29/12/1990
Nota
66
Vague de suicides dans une réserve
d'Indiens
7/1/1991
Curto
7/2/1991
Nota
19/2/1991
Curto
5/3/1991
Nota
5/3/1991
Curto
9/3/1991
Curto
14/12/1990
Curto
Les assassins de Chico Mendes ont
été condamnés à dix-neuf ans de 18/12/1990
prison
Médio
67 L'assassinat d'un syndicaliste agricole
68
Pour se protéger de l'épidemie
69
Des guérilleros colombiens ont tué
trois soldats brésiliens
70 Surveillance renforcée des frontières
71
Les rives de l'Oyapock
Le Brésil prend des mesures de
prévention contre le choléra
Le Brésil se protège contre
l'épidemie de choléra qui sévit ai
Pérou
39
72 La polémique sur le sort des Indiens
Le Président Collor interdit l'accès
au territoire des Ianomamis
73 Visite "écologique" du prince Charles
24/4/1991
Curto
26/4/1991
Nota
74
47 blessés dans des affrontements
entre étudiants et policiers à Belem
17/5/1991
Nota
75
Massacre dans une mine d'or du Mato
Grosso
24/5/1991
Nota
76
Limogeage du directeur des affaires
indiennes
24/6/1991
Curto
77
Vaste opération contre les chercheurs
d'or d'Amazonie
19/7/1991
Nota
78
Fermeture de la plus grande mine
d'étain du monde
9/8/1991
Nota
79
Plus d'une tonne de cocaïne saisie à
travers le pays
24/8/1991
Curto
80
Des évêques brésiliens protestent
contre les agressions visant les
paysans et les prêtres
12/9/1991
Curto
17/9/1991
Longo
81
Attention au poumon vert
Le Brésil est devennu une plaque
tournante du trafic de drogue
Avec l'hélicoptère et le bulldozer,
les forestiers peuvent sortir le bois
de n'importe quel massif, même le
plus reculé
40
82
Un disciple de Chico Mendes
grièvement blessé dans un attentat
20/9/1991
Nota
83
Une réserve pour les Indiens
Yanomamis
19/11/1991
Nota
84
Victime de la crise brésilienne
85
La zone franche de Manaus connaît
9/12/1991
la décadence
Médio
Choléra au Brésil
11/12/1991
Médio
86
La seconde jeunesse d'un opéragouffre
16/12/1991
Curto
87
Esclavage et assassinats
5/2/1992
Curto
88
Le travail forcé se répand dans les
campagnes, selon la Commision
pastorale de la terre
6/2/1992
Nota
89
A quatre mois de la conférence de
l'ONU sur l'environnement
6/2/1992
Médio
90
Forte réduction de l'aide internationale
pour la protection des forêts
13/3/1992
Nota
91
Les nouvelles frontières des Indiens
Ianomamis
18/3/1992
Médio
Le combat du Père Rezende
Rio de Janeiro tente de se mettre à
l'heure de l'écologie
41
Le Brésil est responsable de 12% des
92 émissions d'oxyde de carbone dans le
monde
10/4/1992
Nota
93
M. Mitterrand participera au "sommet
de la Terre"
25/4/1992
Nota
94
Le gouverneur de l'Etat de l'Acre a été
assassiné
19/5/1992
Curto
95
Supplement: la Conférence de Rio sur
l'environnement forêt
L'Amazonie entre utopie et
résignation
2/6/1992
Longo
96
La conférence de Rio sur
l'environnement
Un retour au passé...
3/6/1992
Médio
97
Le sommet de la Terre à Rio
Routine onusienne
5/6/1992
Curto
98
La conférence des Nations unies sur
l'environnement à Rio
Folklore français et art amazonien
9/6/1992
Médio
Les rois de l'écobusiness
10/6/1992
Médio
13/6/1992
Longo
99 Une foire internationale à Sao Paulo
10
Le dernier Eldorado des Yanomamis
0
10
1
La fin du sommet de la Terre à Rio
Fastes journées pour le Brésil
16/6/1992
Curto
10
2
La fin du sommet de la Terre à Rio
M. Mitterrand plaide pour
l'obligation "d'assistance mutuelle
écologique"
16/6/1992
Longo
42
10 Un chef indien accusé de viol accepte
3
de se livrer à la justice
10
4
L'image ternie de Paulinho Paiakan
19/6/1992
En Amazonie, le chef d'une tribu
indienne prospère, convertie à
30/6/1992
l'écologie, est au centre d'une grave
affaire judiciaire
Plusieurs dizaines d'indiens
10
Ianomamis sont morts de malaria en
5
quinze jours
Nota
Longo
5/9/1992
Nota
1/10/1992
Curto
10
6
Bulletin Brésil
10
7
Des Indiens prennent quatre cents
personnes en otage
6/11/1992
Nota
10
8
Les Indiens Araras obtiennent une
réserve dans le Mato-Grosso
28/11/1992
Nota
10
9
Un rapport accablant d'Amnesty
international sur le sort des Indiens
16/1/1993
Nota
110
L'ayant experimenté au Brésil contre la
Leishmaniose
22/1/1993
Curto
111
Vol d'une capsule de césium-137 à
Manaus
6/2/1993
Nota
Un pays adulte
Une équipe de chercheurs français
et brésiliens aurait mis au point le
premier vaccin antiparasitaire
43
112
Évasion des assassins de Chico
Mendes
17/2/1993
Curto
113
La condamnation du commanditaire du
meurtre de Chico Mendes confirmée
26/3/1993
Nota
114
Un fermier blanc acquitté du meurtre
d'un chef Indien
1/4/1993
Nota
115
Au moins 500 000 enfants se
prostituent, selon une enquête
parlementaire
30/6/1993
Nota
14/7/1993
Longo
21/8/1993
Curto
23/8/1993
Nota
116
Rio-Maria ou la loi de la Jungle
Une trentaine d'Indiens Yanomamis
117 ont été massacrés par des chercheurs
d'or
118
Incarcération d'un grand propriétaire
terrien accusé du massacre des
Yanomamis
119
Après le massacre de plusieurs
dizaines d'Indiens
12 Le président Franco crée un ministère
0
de l'Amazonie
Assassinats en série, pratique de
l'esclavage: la colonisation
anarchique de l'Etat du Para
autorise tous les excès
Les Yanomamis exigent le départ
24/8/1993
des chercheurs d'or de leur territoire
26/8/1993
Médio
Nota
44
12 Le bilan du massacre des Yanomamis
1
ramené à seize morts
3/9/1993
Nota
12 Le président de la Funai démis de ses
2
fonctions
4/9/1993
Nota
12
3
La grande mine "écologique" de
Carajas
7/9/1993
Longo
12
4
Dépaysement
28/12/1993
Curto
12
5
Le paradoxe Jivaro
7/1/1994
Longo
12 Le sort des Indiens Tapirapés du Mato6
Grosso
13/6/1994
Curto
Le groupe américain Raytheon préféré
12
à Thompson pour la surveillance radar
7
de l'Amazonie
23/7/1994
Curto
12
8
Les bûcherons de l'Amazonie
12
9
Acquittement du cacique Paiakan
13 Le "modèle Cardoso" pour l'Amérique
0
latine
Une action d'éclat de Greenpeace
pour dénoncer le "massacre" de la
forêt équatoriale
Artigo de Alain Touraine
7/11/1994
Médio
30/11/1994
Nota
27/1/1995
Longo
45
A AMAZÔNIA NO
THE TIMES
Classificação por data
N#
Título
Data
Tamanho
1
Ecology fighter buried
26/12/1988
Nota
2
Suspect surrenders over his rol in death of
Mendes
28/12/1988
Médio
3
Mendes case suspects
29/12/1988
Nota
4
'Robin Hood' holds sway from his Amazon
lair
2/1/1999
Longo
5
Amazon murder suspect gives up
9/1/1999
Nota
Subtítulo
46
SÉRIE CEPPAC
Últimos números publicados
010. SOBRAL, Fernanda; RENNÓ, Lucio & SILVA, Cristhian T. da (orgs.).
Paradigmas em Ciências Sociais: Cinco ensaios interdisciplinares – Textos de Le-lyne
Paes Leme Vasconcelos Nunes; Ticiana Nascimento Egg; Daniel Capistrano; Renata
Motta; Irmina Walczak. Série Ceppac, 2007, 68p.
011. CASTRO, Henrique Carlos de O. de. A Political and Cultural Cross-National
Comparative Research as a Tool to Develop a Framework to Improve Social
Policymaking. Série Ceppac, 2007, 9p.
012. VÁSQUEZ, Ladislao Landa.
Los fantasmas de la subalternidad (La
transformación de/en los discursos (sobre los) indígenas em América Latina). Série
Ceppac, 2007, 26p.
013. MARTINS, Cristian F. Campos negros, sertões e favelas: Campo de reprodução da
experiência subalterna na sociedade brasileira? Série Ceppac, 2007, 22p.
014. PINTO, Simone Rodrigues. Multiculturalismo e Pluralismo Jurídico na América
Latina. Série Ceppac, 2008, 15p.
015. O’DWYER, Eliane C. Profetismos e práticas de cura: Saber tradicional dos
remanescentes de quilombo de Oriximiná-PA. Série Ceppac, 2008, 13p.
016. SILVA, Cristhian T. da. O Quebec e a Etnologia Indígena. Série Ceppac, 2008,
16p.
017. ÁVILA, Nuria Rodríguez; RANINCHESKI, Sonia & NOVAES, Paola Ramos.
Aproximación al Proceso Social de Jubilación en el Adulto Mayor. Série Ceppac, 2008,
17p.
018. BAINES, Stephen & SILVA, Cristhian Teófilo da. Antropólogos, Usinas
Hidrelétricas e Desenvolvimentalismo na América Latina. Série Ceppac, 2008, 19p
47
Instruções para os autores
Para tornar mais eficiente o preparo de cada número da série, toda e qualquer matéria
destinada à publicação deve ser enviada ao Editor da Série Ceppac por meio eletrônico
(arquivo .doc, .rtf, .odt). As margens do texto deverão ser espaçosas (esquerda 3cm,
direita 3cm, superior 2cm e inferior 2cm), espaço entre linhas “simples”, fonte “Times
New Roman”, tamanho 12. O texto deverá ser entregue com alinhamento à “esquerda”.
As citações com mais de quatro linhas devem ser destacadas do texto normal em um
novo parágrafo e manter o espaço entre linhas “simples”. As notas de rodapé deverão
ser breves e excluir simples referências bibliográficas; estas deverão ser incluídas no
texto principal entre parêntesis, limitando-se ao sobrenome do autor, ano e páginas, por
exemplo: (CARDOSO DE OLIVEIRA, 1998: 09). A referência bibliográfica completa
deverá ser indicada na BIBLIOGRAFIA, conforme o seguinte modelo:
Livro
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. O trabalho do antropólogo. São Paulo: Editora
Unesp; Brasília: Paralelo 15, 1998.
Capítulo de livro
LÓPEZ, Claudia Leonor. Processos de formación de fronteras en la región del Alto
Amazonas/Solimões: La historia de las relaciones interétnicas de los Ticuna. In:
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto & BAINES, Stephen G. (orgs.) Nacionalidade e
etnicidade em fronteiras. Coleção Américas. Brasília: Editora UnB, 2005, pp. 55-83.
Artigo científico
CRESPO, Carolina. Del ocaso del pasado a la reliquia del presente: Una trayectoria de
vida alrededor del arte rupestre em Patagonia argentina. Campos – Revista de
Antropologia Social, 06/1-2, 2005, pp. 125-137.
Página da internet
KELLY, R. Electronic Publisching at APS: Its not just online journalism. APS News
Online,
Los
Angeles,
Nov.
1996.
Disponível
em:
http://www.aps.org/apsnews/196/11965.html. Acessado em: 25 de novembro de 1998.
Deve-se evitar o uso de negritos, itálicos e sublinhados, assim como o uso de tabulações
que afetem a diagramação do texto e dos parágrafos.
Os quadros, gráficos, figuras e fotos devem ser apresentados em folhas separadas,
numerados e titulados corretamente, com indicação de seu lugar no texto e de forma
pronta para impressão.
Grato por sua colaboração com a Série Ceppac.
48

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