Mondo Bacana :: Pequena Viagem à Música Belga

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Out 05
Música Belga
Postado por
2009
Fanzine Sonoro | Tags:
Pequena Viagem à
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Então amigos do Mondo Bacana, hoje vou escrever a respeito de um país praticamente do
tamanho de Alagoas. O nome desse país é Bélgica. Recentemente, fizemos um programa de
rádio aqui em Floripa, sobre a Bélgica e sua respectiva música. Então vamos lá...
Antiga terra de celtas e germânicos, a Bélgica, que faz parte da economia Benelux (Bélgica,
Holanda e Luxemburgo), tem como capital, a cidade de Bruxelas. Possuí uma cena musical
muito vívida e interessante, a qual vou tentar transcrever aqui para vocês.
Recentemente, "Ne Me Quitte Pas", clássico da música belga, e composta pelo
brilhante Jacques Brel, completou 50 anos que foi composta. Quem não lembra de Mel Lisboa,
atentando as cabeças masculinas (ambíguo mesmo), em Presença de Anita, minisérie que
passou na Rede Globo. A música tema, era justamente "Ne Me Quitte Pas", na voz
de Maysa. Recomendo uma passadinha no You Tube para rever a Mel ao som desse clássico
belga. Ahhhhh!!!! Coisinha linda.
Bom, os mais velhos e roqueiros de plantão, vão lembrar do Front 242, banda de Bruxelas, que
foi formada em 1981, misturavam o rock com synth's, e música industrial - o que era chamado
de Eletronic Body Music (EBM). Consta que até hoje estão na ativa.
Agora, uma banda realmente muito bacana, e que pariu tantas outras sensacionais, atende
pelo singelo nome de dEUS ( isso mesmo, com a letra inicial minúscula). Formada na
Antuérpia, em 1989, consta que o banda começou tocando cover do Velvet Underground.
Logo, influenciados pelo rock e Jazz, deram inicio a uma carreira promissora. Lançaram 5
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discos, sendo que o segundo, o eclético "In a Bar, Under the Sea", foi lançado aqui
no Brasil.
Alguns ex-membros da banda dEUS, formaram outras bandas belgas muito bacanas, entre
elas, vale dar um boa conferida na "Zita Swoon", "Kiss my Jazz",
"Dead Man Ray", na carreira solo de Mauro Paulowski, e na já bem conhecida dos
brasileiros, "Vive La Fête".
Vive la Fête, é um duo formado por Danny Mommens (ex-dEUS), e pela musa do Fanzine
Sonoro, Els Pynoo. Misturam rock, com eletronico e dance, e já passaram por algumas cidades
brasileiras, e inclusive pelo Programa do Jô. heheheh. Quem não conhece, vale conferir, com
certeza vai animar a sua festa.
Para quem curte um lance mais agressivo (no bom sentido), ou mais punk - como queira, recomendo a banda The Agitators, são considerados os representantes do estilo Oi/Streetpunk
da Bélgica, e com uma boa dose de Irish em suas músicas.
Outros sons já conhecidos do mundo belga, são as bandas Hooverphonic e Soulwax. A
primeira navega nos mares do trip hop, pop e ambiente. Lembra Massive Atack e Portishead,
só que com um lado mais pop mesmo. 2Wicky, talvez seja a música mais conhecida, fez parte
da trilha do filme Beleza Roubada, de Bertolucci. A segunda, Soulwax, é encabeçada pelos
irmãos David e Stephen Dewaele, que são mais conhecidos pelas suas contribuições para a
música eletrônica, através dos codinomes "Flying Dewaele Brothers" e "2
Many DJ's". Navegam pelo mundo do electro-rock. Fizeram algumas boas versões de
músicas de grupos como Stones, Klaxons, Gorillaz, Daft Punk, entre tantos outros. Uma das
boas versões fica por conta de "Children of the Revolution", originalmente de Marc
Bolan, do T.Rex. Vale o conferes.
Notamos que a Bélgica não vive só de seus deliciosos chocolates e de suas maravilhosas
cervejas. Aliás, cerveja lá na Bélgica é um assunto seríssimo, só para vocês terem uma idéia,
existem dentro daquele pequeno país, mais de 1500 tipos de cervejas diferentes. Coisa linda,
não? E, é bem provável que se você der uma corridinha à um mercadinho próximo de sua
casa, vá encontrar uma Stella Artois, ou quem sabe até uma Leffe. Que beleza, hein...Não
perca tempo!
E se me permitem, antes de voltar a falar mais um pouco sobre rock belga, vou dar uns pitacos
sobre os Diabos Vermelhos - isso mesmo, é assim que a seleção belga de futebol é conhecida
mundo afora. Recentemente perderam da Armênia por 2x1, e deram praticamente adeus a
Copa do Mundo. Uma pena. Mas quem não se lembra da Bélgica, quarta colocada na Copa do
México, em 1986. Com Preud'homme, Van Der Eslt e Ceulemans. E só para constar, o atual
campeão belga é o Standard Liége, o time que mais conquistou títulos é o Anderlecht (29), e o
primeiro jogo da seleção foi um 3x3 com a França, em 01/05/1904.
E voltando ao que interessa, vou citar aqui mais algumas bandas belgas que merecem uma
boa conferida. São elas: Arsenal (possue algumas músicas no bom português), Millionaire
(formada por Tim Vanhamel - ex-dEUS), Vaya Con Dios ( banda de 86 que vendeu mais de 7
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millhões de álbuns), Irish Coffe ( dos anos 70, meio progressivo, gravaram apenas 1 disco que
hoje é bem raro), Plastic Operator, Evil Superstar (muito boa essa!!!!), Girls in Hawaii (pop
bacana), The Love Substitutes, Busceni, De Mens, e muito outras que fica para uma próxima.
Antes de encerar, não posso deixar passar em branco, outras duas sensações da música
belga. Uma é mais atual, e chama-se Technotronic - quem não conhece???, formada pelo
rapaz que atende pelo sugestivo nome "Thomas de Quincey" ( não, não é o
comedor de ópio). O grupo ficou famosíssimo com o hit "Pump Up the Jam", há
exatos 20 anos atrás. E para encerrar, não posso deixar de citar aqui também, uns dos
pioneiros do jazz na Europa: Django Reinhardt. Tocava violino e banjo, e foi um dos primeiros
músicos de jazz que não era negro. Nascido em Liberchies, cresceu num acampamento
cigano. Morreu novo, aos 43 anos, mas deixou belas obras para a eternidade.
Então, essa é uma pequena síntese sobre a música/rock da Bélgica, há muito mais, mas
enfim...Ai está um pouco sobre esse simpático país, que é dividido entre as regiões dos
Frandes (região rica que fala a língua flamenga), e a região da Valônia (região mais pobre que
fala a língua francesa). Interessante, é que o nome do bairro do Flamengo no Rio, é uma
homenagem ao navegador flamengo/holandês Oliver Van Noort, conhecido como Le Blond
(outro bairro), e que aportou no Rio, no século XVII, num navio do tipo Urca(mais outro). Olha,
que beleza!!! Três bairros do Rio de Janeiro com influência belga, que naquela época pertencia
aos Paises Baixos, junto com a Holanda e Luxemburgo.
Isso aí amigos, agora é deleitar-se com os bons sons da Bélgica. Boa viagem
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