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O BANCÁRIO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DA BAHIA • FILIADO À FEEB-BA/SE E CTB Edição Diária 4673 | Salvador, quarta a segunda-feira, 23 a 28.06.2010 Presidente Euclides Fagundes Neves SISTEMA FINANCEIRO Em todo o país, empregados protestam por respeito e valorização O secretário Nilton Vasconcelos fala sobre o esporte na Bahia Página 2 Em maio, foram registradas 749 reclamações contra bancos Página 4 Dia de Luta contra a reestruturação Os funcionários da Caixa realizam, nesta terça-feira, mais um Dia Nacional de Luta. Novamente, contra a falta de transparência no processo de reestruturação das filiais que está ocorrendo na instituição financeira. Insegurança e medo são os principais sentimentos dos empregados que trabalham nas áreas afetadas. Isso porque a Caixa está fazendo as mudanças de forma arbitrária, sem conversar com o movimento sindical. Além disso, os bancários lutam pela isonomia no banco. Página 3 Em mais uma manifestação contra as arbitrariedades da Caixa, o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, chama a atenção dos empregados para a necessidade de união e fortalecimento da luta em defesa dos direitos e valorização dos trabalhadores, além da isonomia na instituição financeira www.b an car i os b ah i a.org .b r GOVERNO DO ESTADO Os atletas baianos contam hoje com eficiente estrutura de apoio e estímulo as atividades esportivas Atenção especial para o esporte Na segunda parte da entrevista concedida ao jornal O Bancário, o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, fala do novo momento vivido pelo esporte baiano e os investimentos que contribuem, indiscutivelmente, para a inclusão social da população. Além de programas referências como Faz Atleta, Segundo Tempo, desenvolvido em parceria com o governo federal, e o Bolsa Esporte, o Estado investe na construção de novas quadras esportivas, reforma e construção de estádios e de piscinas semiolímpicas. Atenção jamais dada ao esporte baiano. O Bancário: O que tem haver trabalho, renda e esporte? NV: Essa secretaria até o governo anterior era assistência social, trabalho e esporte. Então, eram três grandes áreas. Sendo que a assistência social ainda abrigava outra secretaria que era a de combate a pobreza. Quando o governador Wagner assumiu, achou mais conveniente criar a secretaria de desenvolvimento social, mas ainda não houve condições de desmembrar o esporte. Só que muito mais do que em outro momento, trabalho e esporte estão muito ligados, porque com a Copa muitos empregos serão gerados. O Bancário: Porque a Bahia é tão fraca no esporte? NV: Por falta de investimento. Não há um ginásio na Bahia que possa atrair eventos de esporte internacional. Agora, por exemplo, vamos trazer a Copa de Judô no final de julho e para viabilizar tivemos que montar uma arena dentro do Centro de Convenções da Bahia. Nem para o futebol tínhamos uma estrutura boa, porque a Fonte Nova estava em uma situação muito ruim. Também há outras modalidades em que falta investimento. Por exemplo, os nadadores têm apenas duas piscinas olímpicas em todo o estado: uma em Sal- vador e a outra em Valença. O Bancário: Mas, nós estamos fechando... NV: Nós estamos fechando, mas vamos abrir pelo menos mais duas de imediato em Salvador e futuramente um parque olímpico de qualidade. Agora estamos investindo em piscinas semiolímpicas. Já construímos seis no interior do Estado e vamos construir aqui também. Nunca se havia construído piscina no interior. Estamos fazendo quadras poliesportivas em diversos municípios, além de reformas de estádios e a construção de pequenos estádios no interior. Ou se investe ou não teremos resposta, principalmente quando se fala de esporte olímpico. E esporte olímpico ainda tem o seguinte: você tem de criar uma certa cultura para atrair atletas, até porque a vida útil deles é curta e, às vezes, o atleta sai com muitas seqüelas. Devemos ver o esporte em sua abrangência. O Bancário: E o esporte de rendimento e o de lazer? NV: Temos de diferenciar ainda o esporte de rendimento com o esporte de lazer, que é uma coisa, e o escolar que é outra. O esporte de lazer não está vinculado ao esporte de alto rendimento. O BANCÁRIO Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 2 O Bancário Fundado em 4 de fevereiro de 1933 www.bancariosbahia.org.br O Bancário: Com relação ao esporte amador, o governo oferece algum estímulo? NV: Oferece. Tem o olímpico e o amador. O Faz Atleta é um programa que destina R$ 3,2 milhões por ano para o apoio do atleta em viagens, pagamento de técnico e desenvolvimento do próprio jovem que se dedica à vida esportiva, mas também apóia diversos eventos esportivos. O Faz Atleta tem uma particularidade. É preciso ter uma empresa que banque, podendo deduzir até 80% do ICMS. Além disso, criamos o Bolsa Esporte. Esse é mais para o atleta que já se desenvolveu. Por que? Depois que formávamos o esportista pelo Faz Atleta, por exemplo, perdíamos para grandes clubes, especialmente do Centro Sul, que oferecem boas condições financeiras. Por isso, desenvolvemos o Bolsa Esporte. O Bancário: O que precisa... Primeiro o Estado investir e depois o empresariado patrocinar ou preci- sa ser concomitante? O setor privado não está tomando iniciativa para apoiar o desenvolvimento do esporte olímpico, aquele de busca resultados e gera recursos? NV: Nós temos alguns esportes de destaque, como boxe, natação e canoagem. E agora estamos nos preparado para as Olimpíadas. A Sudesb, com o plano que elabora, vai priorizar alguns esportes porque não dá para financiar tudo. Primeiro, os grandes financiadores estão no Centro Sul. É lá que tem escalas grandes de investimentos. Lá também estão os clubes fortes. Então, o governo do Estado tem de apoiar e criar mecanismos, como temos feito, e a iniciativa privada precisa se aproximar também. Hoje, temos pouquíssimas empresas na Bahia que investem no esporte. Mas, não podemos deixar de destacar as empresas estatais que investem. Uma é a Embasa, que apóia o esporte aquático, e temos a Bahiagás, que também investe em atletas. Nilton Vasconcelos destaca os investimentos do governo Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Euclides Fagundes Neves. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade. Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] Jornalista responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-BA. Repórteres: Maiana Brito - Reg. MTE 2.829 DRT-BA, Eliane Costa - Reg. MTE 2.209 DRT-BA e Rose Lima. Estagiárias em jornalismo: Nadja Pereira e Renata Andrade. Projeto gráfico: Danilo Lima. Direção de arte e diagramação: Márcio Lima. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. ∙∙∙∙∙∙ TEMAS & DEBATES ∙∙∙∙∙∙ Dunga expõe modelo de jornalismo da Globo Maurício Medeiros* Repercutiu bastante na imprensa nativa a interpelação que o treinador da Seleção Brasileira fez ao repórter Alex Escobar, da Rede Globo, durante a coletiva após o triunfo dos Canarinhos sobre a Costa do Marfim. Durante o evento oficial da FIFA, Dunga se dirigiu a Escobar: “Algum problema?”. O jornalista respondeu: “Nem estou olhando para você, Dunga”. Alex falava ao celular com Tadeu Schmidt sobre a negativa do comandante brasileiro para que o programa Fantástico fizesse uma entrevista exclusiva com três atletas da Seleção, entre eles o atacante Luís Fabiano. Após o entrevero entre Dunga e Escobar, o treinador brasileiro murmurou algumas palavras mirando o jornalista. “Besta, burro e cagão”, conforme relatam os profissionais presentes à coletiva, foram os adjetivos utilizados pelo gaúcho para Alex Escobar. Dunga errou ao utilizar uma coletiva para falar mal do jornalista Alex Escobar. Mas, o problema entre o comandante da Seleção e a Globo começou porque a empresa carioca insiste em agir de formar torpe, ferindo todos os princípios do bom jornalismo. O jornalista Maurício Stycer, do portal UOL, publicou que a Globo negociou a exclusiva diretamente com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, atropelando o treinador e o assessor de imprensa, Rodrigo Paiva. À noite, durante o programa dominical, Tadeu Schmidt leu um editorial que falava da falta de postura de Dunga para o cargo que exerce. Porém, como de costume, a Globo não mencionou o motivo da zanga. Jornalista não “negocia” entrevista. O pedido deve ser aceito ou não pela pessoa requisitada para falar. Mas, o pior é que a negociata foi feita pela cúpula da emissora e da CBF. Não foi o departamento de jornalismo e a assessoria de imprensa que conversaram. Por quê? Esse fato demonstra mais uma vez que o jornalismo da Globo atua como meio, nunca como fim. O treinador brasileiro pode até levar o hexa, mas, a partir de agora, deve ser mais um inimigo da Vênus Platinada. Isso significa a satanização do gaúcho. *Maurício Medeiros é jornalista Os textos para esta coluna têm de ter no máximo 1.900 toques SISTEMA FINANCEIRO Dia Nacional de Luta por transparência e isonomia Protesto contra as mudanças na Caixa Em todo o país, o processo de reestruturação das filiais mobiliza trabalhadores da Caixa para o Dia Nacional de Luta, nesta terça-feira. A manifestação será marcada por atos e protestos em diversos estados, e também pela isonomia de direitos, bandeira antiga dos bancários. As mobilizações devem ser intensificadas pelos empregados, com o objetivo de chamar a atenção do banco para a necessidade de respeito aos trabalhadores e transparência. “A Caixa, ao impor uma reestruturação de cima para baixo, gera revolta entre os empregados. Vamos nos mobilizar para evitar que haja reflexos negativos para os funcionários”, ressalta o presidente da Federação da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza. Apesar da facilidade, os juros do cartão de crédito chegam a 238,3% ao ano Cheque especial dá lugar a cartão de crédito Depois de dar muita dor de cabeça aos brasileiros e passar anos reinando como principal linha de crédito do país, o cheque especial perde espaço para o cartão de crédito. Dados do Banco Central indicam que hoje o limite da conta é fonte de 34% dos empréstimos realizados pelas famílias. Há 10 anos, eram 60%. Apesar de começar a se livrar de um grande mal, o consumidor deve ficar atento, pois o cartão de crédito tem a maior taxa de juros entre todas as operações bancárias. Somente em abril, 26,8% de todo o crédito da pessoa física foi tomado no dinheiro de plástico, um novo recorde no país. A nova situação pode gerar ainda mais problemas para o cliente uma vez que os juros do cartão são maiores do que o praticado no cheque: o uso do limite da conta cobra 161,3% ao ano; o rotativo do cartão cobra 238,3%. Em outras palavras, os brasileiros trocam um juro caro por outro mais caro ainda. O Bancário www.bancariosbahia.org.br 3 SISTEMA FINANCEIRO Em maio, o Banco Central registrou 749 ocorrências. Número superior ao verificado em abril Reclamações crescem 18,7% Os clientes não estão mais calados diante dos abusos dos bancos. Segundo informações do Banco Central, as reclamações contra as organizações financeiras cresceram 18,7% no mês de maio. No total, foram registrados 749 casos em empresas com mais de um milhão de clientes, contra 631 do mês de abril. O campeão de queixas é o Banco do Brasil, seguido pelo HSBC, Bradesco, Santander Real e Itaú Unibanco. As quei- xas mais comuns são débitos não autorizados, saques e depósitos divergentes nas contas. O Sindicato dos Bancários da Bahia alerta que o cliente deve acompanhar constantemente o extrato ou saldo da conta corrente. Com os comprovantes em mãos, o cliente deve procurar o gerente para resolver o problema. Caso não resolva, os próximos passos são procurar a ouvidoria da organização financeira e os órgãos de defesa do consumidor. Resultado das oficinas artísticas O Espaço Cultural Raul Seixas será palco do resultado das oficinas de artes no dia 15 do próximo mês, às 20h. A entrada é franca. Os alunos de dança de salão, composta por bolero, salsa, forró, samba e outros ritmos, também fazem apresentação. Em seguida tem a performance do professor Ilmar Sérgio com a dançarina Irá Lima. Também ocorrem apresentações individuais e em grupos dos alunos de canto, sob a coordena- ção de Vanessa Paixão. A turma de violão, do professor Vetto Silva, faz performances musicais. A professora Anna Cravo ministrou as aulas de dança do ventre, que resgatam a energia feminina, como sensualidade, intuição, graça e criatividade. As atividades, promovidas pelo Departamento de Cultura do Sindicato da Bahia, contaram com a participação de bancários, dependentes e da comunidade. A duração dos cursos é de quatro meses. O Banco do Brasil é o líder no ranking de reclamações do BC ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ SAQUE ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ OBESIDADE Conforme a pesquisa do Ministério da Saúde, a obesidade, quadro mais grave do excesso de peso constatado na população, cresceu e já atinge 13,9% dos brasileiros. Em 2006, a taxa estava em 11,4%. A capital com a pior posição é o Rio de Janeiro, com 17,7% de obesos. São Paulo tem 13,1% e na melhor posição está Palmas, com 8,8%. INDEPENDÊNCIA O dia em que os baianos comemoram a sepa- ração definitiva do Brasil do domínio português está chegando e nem parece que o 2 de julho é a data mais importante para os baianos. Nas ruas, não se fala em mobilizações nem se discute o verdadeiro significado da independência da Bahia. O assunto do momento é mesmo a Copa do Mundo e as festas juninas. Uma pena para o ano em que a população vai às urnas escolher presidente, governador, deputado e senador. FUMANTES O brasileiro está poluindo menos os pulmões. Pes- quisa divulgada pelo Ministério da Saúde indica que, entre 2006 e 2009, o percentual de fumantes caiu de 16,2% para 15,5%. A maior queda ocorreu na faixa etária dos 35 aos 44 anos. Algumas ações do governo ajudaram a reduzir o índice, como a proibição da publicidade do tabaco e o aumento de impostos sobre o produto. 4 O Bancário www.bancariosbahia.org.br REFERÊNCIA Salvador mais uma vez ganhou destaque na imprensa internacional. O jornal britânico The Guardian, ressaltou a cultura, o samba, a religiosidade e a culinária da Bahia. A reportagem diz ainda que não é por acaso que o Estado é o destino turístico preferido dos brasileiros, numa referência à pesquisa feita pelo Ministério do Turismo, em parceria com o Instituto Vox Populi. Sinal de que as ações desenvolvidas pelo governo de fomento ao turismo estão dando certo. CONVENÇÃO A convenção do PCdoB esquenta a disputa eleitoral na Bahia. O partido tem 40 candidatos à Assembléia Legislativa e três à Câmara Federal: Daniel Almeida, Alice Portugal e Edson Pimenta. O partido ainda apóia a reeleição do governador Jaques Wagner (PT) e à candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República. “O PCdoB conta com a força da militância para atingir os objetivos na disputa eleitoral”, destaca o presidente do partido na Bahia, Daniel Almeida. RECORDE A Bahia bateu novo recorde em maio e criou 16.301 postos de trabalho com carteira assinada. No acumulado do ano, o Estado tem um saldo de 57.629 empregos, o melhor da região Nordeste. O crescimento de 1,1 %, em relação ao mês anterior, foi o maior de toda a série histórica para o período.