bandido óssea andn harmonia

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bandido óssea andn harmonia
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PRIMEIRA COLETÂNEA DE MATERIAL DE APOIO
PARA USO NA APLICAÇÃO DO CURRÍCULO NOS
GRUPOS DE EXERCÍCIO MEDIÚNICO
Outubro de 2009
Versão 1.1
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Nosso maior inimigo é o desconhecimento de quem somos.
Espírito Leocádio José Correia
O Centro espírita deve trabalhar para alcançar o foro
de Universidade aberta.
Espírito Antonio Grimm
Currículo é vida; é, portanto, a totalidade das experiências do ser humano que
são dirigidas, conotadas, para os fins de educação. O exercício mediúnico deve
refletir no seu currículo a conduta de todos, permitindo uma linha processual
educativa com continuidade e seqüência.
Espírito Marina Fidélis
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PROPOSTA DESTA COLETÂNEA
A proposta deste trabalho é reunir um conjunto de documentos que
possam servir de apoio para a leitura, estudo e debate nos grupos de exercício
mediúnico.
O livro ESPIRITISMO E CURRÍCULO; sugere os temas a serem
trabalhados nos grupos; este trabalho sugere alguns artigos, recortes,
reproduções e dinâmicas que podem facilitar a abordagem ao conhecimento
que se pretende explorar.
O conteúdo deste trabalho tem caráter exemplificativo e não deve ser
visto como modelo, mas como padrão da diversidade de meios que o
coordenador pode lançar mão para alcançar os objetivos do exercício
mediúnico.
Os recursos aqui disponibilizados podem servir tanto aos núcleos que já
possuem módulos seqüenciais estruturados, como aos núcleos que por razões
diversas ainda não tem como seguir o currículo proposto no livro Espiritismo e
Currículo editado pela SBEE.
As fontes utilizadas são várias e incluem as obras da codificação espírita;
os livros editados pela SBEE; o Jornal Documento SBEE; artigos de jornais e
revistas; notícias do cotidiano; artigos espíritas; dinâmicas de grupo e outras
técnicas de apoio à condução das reuniões.
Cada tema sugerido pelo currículo pode ser trabalhado com profundidade
variável dependendo do módulo, prontidão ou experiência dos coordenadores e
coordenandos. Para tanto o coordenador pode fazer uso de um documento base
que facilite a abertura do debate e sirva de referencial para o coordenando.
Tipicamente, a reunião do grupo de exercício mediúnico é um debate em
torno de uma questão onde o coordenador convida a opinião dos participantes;
expressa sua opinião sobre o assunto; apresenta um material que sirva de
referencia e conduz para uma conclusão antes da prece de encerramento da
atividade do dia.
Sempre que um grupo, por alguma razão, recebe novos integrantes é
importante relembrar os princípios básicos da Doutrina dos Espíritos para
facilitar aos novos o entendimento e encadeamento das idéias que se está
debatendo.
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SUMÁRIO
Proposta desta coletânea
Filosofia e objetivo do GEM – Grupo de Exercício Mediúnico
Planejamento do semestre de reuniões do GEM
Fase preparatória - antecede o início do semestre
Leitura básica
Sugestões de releitura
Livro Espiritismo e Currículo
Sugestões de leitura complementar
Material de apoio
Programa de atividades do Semestre
Plano de reunião
Avaliação
Coordenando a reunião de exercício mediúnico
Exemplos de técnicas de reunião
Recursos da primeira reunião
Técnicas de reunião
Índice de temas, atividades e imagens disponíveis
Conheça melhor os recursos do site www.sbee.org
Peça cópias deste trabalho pelo e-mail: [email protected]
O que é uma Doutrina?
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Filosofia e objetivo do exercício mediúnico
A filosofia do Grupo Exercício Mediúnico é alcançar o princípio básico da
vida que é o espiritual e o planejamento das reuniões de grupos visa a
aplicação do currículo dentro de uma pedagogia construtivista.
O objetivo é promover em cada pessoa o autoconhecimento e
o
desenvolvimento de uma consciência crítica e ativa de seu próprio processo de
vida, trazendo instrumentos e instruções fundamentais ao gerenciamento das
oportunidades, desafios e contradições do cotidiano.
Planejamento do semestre de reuniões do GEM
Fase preparatória - antecede o início do semestre
Antes do início do semestre é importante organizar o conteúdo e o
material de apoio para o desenvolvimento das reuniões.
Leitura básica
A leitura mínima; recomendada ao coordenador e seu grupo pode ser
encontrada nas páginas 39 e 63 do Livro Espiritismo e Currículo.
Um método que o Coordenador pode utilizar no planejamento das 15 a
18 reuniões do semestre é o de definir um tema para cada reunião e selecionar
um texto ou outro recurso que represente o exemplo ou o apoio lógico do que
se está debatendo ou estudando.
Sugestões de releitura
Como preparação para o início de cada semestre, recomenda-se a
releitura periódica de textos, mensagens e livros de apoio, que permite a
ampliação e o enriquecimento da interpretação alcançada em leituras
anteriores.
1- Textos de apoio e glossário do livro “Espiritismo e Currículo”
2 - Espiritismo e Exercício Mediúnico da Irmã Marina Fidélis
3 - O Médium e o Exercício Mediúnico pelo espírito Leocádio José Correia
4 - Cadernos de Psicofonias pelo espírito Antonio Grimm
5- Textos do jornal Documentos SBEE
6 - A espiritualidade ilumina a vida do homem, entre outros livros pelo espírito
Leocádio José Correia
Livro Espiritismo e Currículo
O livro que orienta a aplicação do currículo dos Grupos de Exercício Mediúnico
apresenta o seguinte conteúdo:
Sugestões para o Ciclo Básico
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Sugestões para o Ciclo Complementar
Glossário
Textos de Apoio:
Deus
Jesus e a Moral Cristã
Livre Arbítrio
Mediunidade
Reencarnação
Espírito
Evolução
Trajetória de Vida
Mediunato Espírita
Homem Integral
Auto atualização permanente
Avaliação no Exercício Mediúnico
Sugestões de leitura complementar
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Filosofia para não filósofos. Albert Jacquard
Iniciação à História da Filosofia. Danilo Marcondes
Introdução à Filosofia Espírita – Herculano Pires
Sementes da descoberta científica. W.I.B. Beveridge
Ética para meu filho. Fernando Savater
As Perguntas da Vida. Fernando Savater
Sociologia básica. Machado Neto, A.L.
Cultura - Um Conceito Antropológico. Roque Laraya
Coleção Caminhos da Ciência. Steve Parker
o Einstein e a Relatividade
o Franklin e a Eletrostática
o Edison e a Lâmpada Elétrica
o Galileu e o Universo
o Darwin e a Evolução
o Newton e a Gravitação
o Pasteur e os Microorganismos
o Marie Curie e a Radioatividade
Material de apoio
Seleção de materiais que permitam fazer o cruzamento do cotidiano com
os princípios doutrinários e que possam ajudar a enriquecer as reuniões:
•
•
•
•
•
editoriais de jornais
artigos de revistas e jornais
textos de apoio do livro Espiritismo e Currículo
quadrinhos de jornais e revistas
imagens e outros recursos.
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Programa de atividades do Semestre
Definição dos temas, estratégias e técnicas que poderão ser aplicadas
para as reuniões do semestre.
Trata-se de um programa genérico, suscetível a mudanças no decorrer
do semestre de acordo com o emergente do grupo.
Plano de reunião semanal do GEM
.
.
.
.
.
.
.
.
Abertura:
Tema:
Assunto:
Objetivo:
Conteúdo:
Técnica:
Recursos:
Encerramento:
Exemplo de um plano reunião (aplicável ao Módulo 4):
. Abertura: Prece
Conversa dois a dois por cinco minutos
. Tema:
Autoconhecimento
. Assunto:
Objetivos de vida
. Objetivo:
Promover reflexão sobre história e trajetória de vida.
. Conteúdo:
. Construção do significado de história de vida;
. Entendimento do que é trajetória de vida e o impacto das escolhas;
. A importância do estabelecimento de objetivos de vida;
. Técnica:
. Primeiro momento: solicitar ao grupo que elabore um cartaz através de
recorte e colagem, respondendo a questão:
“Quais são os meus objetivos (2 ou 3) de vida?”
. Segundo momento: breves apresentações individuais.
. Terceiro momento: fechamento.
. Recursos: Cartolina, cola, tesouras, revistas velhas.
. Encerramento:
Relaxamento rápido e prece final.
Avaliação
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A avaliação das reuniões de grupo de exercício mediúnico é processo e como tal
deve ser contínua, ampla e permanente.
Deve permitir o diagnóstico para manutenção ou correção de rota, assim como
a auto-avaliação (do coordenador).
No processo de avaliação cabe alguns questionamentos, entre outros:
. Como coordenador(a), tenho procurado conhecer cada integrante do meu
grupo?
. Tenho sabido lidar com o emergente do grupo?
. Tenho conseguido perceber o perfil dominante do grupo? (Mais científico. Mais
afetivo. Mais preocupado com fenômenos.)
. Conhecendo o perfil do grupo, tenho conseguido adaptar métodos, linguagem
e conteúdo às suas necessidades?
. Tenho procurado ampliar meu conhecimento através da boa leitura?
. Tenho alcançado os objetivos planejados?
. O grupo vem participando de forma ativa nas reuniões? Tem feito comentários
e/ou perguntas?
. Estou alcançando o que o grupo quer e o que ele precisa?
. Os coordenandos vem compreendendo os conceitos trabalhados?
. Os coordenandos conseguem entender os desdobramentos dos conceitos e
princípios trabalhados?
. Os coordenandos tem conseguido aplicar os conceitos no seu cotidiano?
Coordenando a reunião de exercício mediúnico
O Coordenador do Grupo de Exercício Mediúnico – GEM é misto de
estudante e facilitador de aprendizado. Entre as ferramentas que dispõe está a
leitura da natureza, do mundo, dos textos, das pessoas e das coisas. Uma de
suas grandes contribuições é o exemplo.
A reunião é aberta com uma prece por parte do coordenador, segue com
a leitura de um trecho do Evangelho que pode ou não ter relação com o tema a
ser tratado.
As técnicas devem se alternar de modo a não cansar os participantes. Se
em uma semana a atividade foi uma palestra expositiva, a atividade da semana
seguinte deve propiciar o debate que aprofunde o tema anterior esclarecendo
dúvidas que possam ter ficado.
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Recursos da primeira reunião
-
Lista coletando nomes, fones e e-mails
Crachás com nome legível
Regras de horário
Orientação sobre água fluída
Apresente o colega do lado.
Técnicas de reunião
São inúmeras as técnicas que podem ser adotadas de modo a enriquecer a
prática das reuniões. Alguns exemplos abaixo:
. Apresentação expositiva e interativa. Após o “aquecimento” o apresentador
coloca uma ou várias perguntas para incentivar a participação do grupo;
. Discussão em grande grupo.
Colocado o assunto em questão o coordenador vai estimulando o grupo e
construindo os conceitos a partir da colaboração do grupo.
. Discussão em sub-grupos utilizando textos com mesmo conteúdo ou com
conteúdos diferentes de modo a permitir o cruzamento no momento da
discussão em grande grupo.
. Debate entre dois sub-grupos que defendem posições opostas.
Dependendo da maturidade do grupo em um primeiro momento o coordenador
solicita aos sub-grupos que discutam o assunto assumindo uma posição e no
momento do debate inverte as posições.
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REDE DE CONTATOS DO GRUPO DE EXERCÍCIO MEDIÚNICO
Nome
e-mail
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
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Fone
Fone
Fone
Comercial
Resid
Celular
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Informativo da fase pré-curricular
A filosofia do Exercício Mediúnico é a promoção, preservação e valorização da
vida. Tem como objetivo maior promover em cada pessoa o desenvolvimento
de uma consciência crítica e ativa de seu próprio processo de vida, trazendo
instrumentos e instruções fundamentais ao gerenciamento de seu cotidiano.
A Educação Espírita é libertadora. Procura, através do conhecimento,
conscientizar e desenvolver em cada indivíduo o sentido universal da vida que é
a evolução.
A Educação
Entendemos
ferramentas
espiritismo é
Espírita quer revelar a cada um o que cada um realmente é.
que todas as potencialidades, todos os recursos, todas as
para a vida, existem e subsistem no interior da pessoa. O
a vida e o caminho da vida.
O Espiritismo, através da pedagogia da cultura, demonstra, permanentemente,
que a consciência do homem representa a sua liberdade. Temos consciência de
que o homem alcançará uma maior e melhor constituição do exterior pela força
de seu interior.
Alcançando-se é que o homem alcança o Universo; é sendo que ele é a vida. O
Exercício Mediúnico é encontro, fraternidade, caridade e diálogo, troca de
experiências e informações, é estudo e pesquisa, é construção do
conhecimento.
O grupo de Exercício Mediúnico busca, continuamente, na própria vida, a
descoberta de novos caminhos, para a aprendizagem da vida. Trabalha
permanentemente na abertura de horizontes mais amplos, mais claros, que
permitam a cada um se renovar e crescer no sentido do seu viver.
Secretaria do Exercício Mediúnico
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Natureza e significado do convite para participação do GEM- Grupo de
Exercício Mediúnico
A escassez de pessoas, tempo e recursos nos obriga a concentrar esforços com
pessoas realmente interessadas em ampliar o seu conhecimento dos princípios
espíritas.
O fato de vir até a casa espírita é um indicador da busca por um entendimento
maior sobre o sentido e o significado da vida.
O centro espírita é um laboratório que busca a verdade e deve trabalhar no
sentido de alcançar e manter o foro de universidade aberta.
Através do estudo da filosofia, da ciência e da religião, o Espiritismo busca
oferecer os instrumentos e as instruções para que cada pessoa se revele a si
mesma, alcance a identidade creatura Creador e exerça seu livre arbítrio com
consciência.
CURRÍCULO
Seguimos um currículo que procura auxiliar cada um a fazer um melhor
entendimento dos princípios da Doutrina Espírita:
Deus
Jesus e a moral cristã
Reencarnação
Livre arbítrio
Mediunidade
À medida que o estudioso espírita amplia seu conhecimento do significado de
Deus, Jesus e a moral cristã, reencarnação, livre arbítrio e mediunidade, sua
visão de mundo se altera. Mudando a visão, mudam os valores e com isso o
comportamento vai se alterando.
A assiduidade às reuniões do grupo de exercício mediúnico tem real
importância, pois os temas se interligam uns com os outros e com o tempo o
exercitando vai percebendo, não só a ligação entre os temas, com também o
impacto do conhecimento adquirido no seu comportamento diário. Outro
aspecto a considerar é o respeito aos espíritos que se deslocam para
acompanhar cada exercitando durante o exercício mediúnico.
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Fichamento de leitura do livro
O MÉDIUM E O EXERCÍCIO MEDIÚNICO
da irmã Marina Fidélis
O objetivo do exercício mediúnico é alcançar “o princípio básico da vida, que é o
espiritual”.
pg 14 - "O exercício mediúnico, através da teoria e da prática, deve
redimensionar a visão crítica do exercitando sobre a vida, a evolução e todos os
comportamentos humanos."
pg 19 - "O aprendizado no exercício mediúnico deve sensibilizar o médium para
as grandes responsabilidades doutrinárias, sociais, espirituais."
pg 19 - "Devem os orientadores, continuamente, procurar novas técnicas que
permitam maior equilíbrio, satisfação e espiritualidade para os orientandos."
pg 23 - "O médium, inserido no processo civilizatório materialista, deve estar
atento a não se comprometer com os princípios materialistas que negam o
princípio básico da vida, que é o espiritual."
pg 23 – “A mensagem espírita fortalece a busca de novos elementos, pois
procura afiançar que só há liberdade no espírito quando ele se conhece, sabe
quem é, o que quer, o que faz, por que faz;...”
pg 24 – “O medium, agente do bem, da fraternidade, não pode cultivar uma
bondade aparente. Sua transformação deve ser integral, atingindo, portanto,
toda a extensão da sua vida.”
Pg 30 – “Devemos associar o ensino da Doutrina dos Espíritos ao momento
presente,...”
Pg 31 – “A educação espírita é libertadora, procura conscientizar e desenvolver
em cada indivíduo o sentido universal da vida que é a evolução”.
Pg 33 – “O médium deve descobrir, na Doutrina dos Espíritos, respostas,
suporte para todos os momentos da existência.”
Pg 34 – “O facilitador mediúnico precisa sensibilizar o médium espírita a fazer
reflexão sobre a realidade em que vive, para alcançar o conceitual de sua
origem, da significação do espiritual, da natureza, do semelhante, da finalidade
evolutiva da vida, do exemplo sublime e benevolente de Cristo, da grandeza, da
bondade e da justiça de Deus.”
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Pgs 38 e 39 – Ver questões sugeridas para avaliação do andamento do
exercício mediúnico
Pg 47 – “A vida em qualquer estágio é sempre um processo para alcançar a
plenitude do ser.”
Pg 47 – “Não basta cuidar do corpo, é preciso, é fundamental, cuidar do espírito
na plenitude de todo seu ser. Toda educação sem fundamentação filosófica é
estéril.”
Pg 51 – “Não somos mais fortes do que a nossa convicção. Não aprendemos
senão pela força inspiradora da nossa convicção.”
Pg 52 – “O homem é sempre o seu pensamento, limitado pelo seu ideal; o
homem vive a força da sua convicção.”
Pg 56 – “A comunhão com Deus traz ao espírito humano a saúde, a paz, o
poder, a felicidade, a harmonia.”
Pg 60 – “O importante é a transformação íntima, a reforma moral, a
consciência do que faz, por que faz, por que deixa de fazer, não perdendo
nunca a identidade com o livre-arbítrio.”
Pg 60 – “ O espiritismo explica que não há milagres, tudo se explica
racionalmente no Universo.”
Pg 61 – “Não há médiuns desenvolvidos na escalada da evolução. Todos
caminham em todos os momentos para aprender, modificar comportamentos,
melhor operar o sistema universal da vida.”
Pg 61 – “O médium deve ter consciência crítica da alta responsabilidade de
orientar o próximo sem tirar-lhe a liberdade, de educar sem constranger, de
falar em amor exemplificando, de ajudar e agenciar a caridade sem humilhar,
de ensinar a liberdade com responsabilidade, se aconselhar sem anular o livre
arbítrio, de ser útil sem se sentir indispensável, de participar dos padrões
materiais sem descurar dos princípios espirituais, de ser humilde sem
servilismo, de acreditar sem imaginar que é dono da verdade, de crer em Deus,
no Evangelho de Cristo e na Doutrina dos Espíritos sem perder o raciocínio
crítico”.
Pg 65 – “Método é um caminho para se alcançar um fim; não há Espiritismo
sem Ciência”.
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ESPIRITISMO E ESPIRITUALISMO
Todas as religiões que acreditam na sobrevivência do espírito são
espiritualistas, mas isto não quer dizer que são espíritas.
O Espiritismo é na verdade a interpretação e a prática dos princípios da
Doutrina Espírita.
De uma forma ou de outra, as religiões buscam entender a vida além da vida e
cada uma faz a sua interpretação possível.
A comunicação com os espíritos tem propiciado aos espíritas o acesso a
informações que permitem olhar a vida sob uma nova perspectiva.
REENCARNAÇÃO, LIVRE ARBÍTRIO E MEDIUNIDADE
(BREVE ABORDAGEM)
Grande parte dos religiosos do mundo crê na sobrevivência do espírito.
Ocorre, contudo, que muitas religiões pregam que só se vive uma vez, em
outras palavras é como se fosse proibido voltar para aprender o que não foi
possível aprender em uma vida.
Há outras correntes de pensamento religioso que acreditam na eterna
recorrência, ou seja, que o ser nunca se livra da reencarnação.
O Espiritismo entende que o processo reencarnatório é uma das fases da
evolução do espírito.
O livre arbítrio é conseqüência da evolução do espírito, mas essa liberdade é
equilibrada por outra lei conhecida como causa e efeito ou ação e reação. Na
mesma medida que somos livres, somos também responsáveis pelas
conseqüências dos nossos atos perante nossa própria consciência.
Um dos recursos que a vida disponibiliza como meio de orientação e
crescimento é a mediunidade. Este é um recurso que todos temos em potencial
e que usamos em maior ou menor grau e cujo aperfeiçoamento depende do
exercício.
Mediunidade é um instrumento que auxilia cada pessoa a alcançar novos
referenciais na construção do novo, pelo rompimento de seus limites, pela
ampliando da visão de si mesmo, dos outros, da natureza, de Deus.
Mediunidade é expressão de identidade, é sintonia e troca de experiências.
Mediunidade é interação entre os polissistemas material e espiritual.
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ESPIRITUALIZAÇÃO
Ao olharmos a espiritualização como processo, podemos começar com a
frase de Leon Denis: - “A consciência dorme no mineral, desperta no vegetal,
se move no animal e pensa no ser humano”.
Uma das características de processo é a continuidade e no que diz
respeito à espiritualização ainda não entendemos seu princípio ou seu fim.
Voltando no tempo, encontramos evidências que nos permitem imaginar uma
época em que os humanos primitivos não tinham qualquer consciência do
espiritual. No início os humanos concebiam apenas o mundo material.
Achados arqueológicos parecem sugerir o surgimento da consciência do
espiritual quando as pessoas passaram a enterrar seus pares com alguns dos
seus pertences. Há registros de pessoas enterradas com armas, jóias, símbolos
de nobreza, alimentos, etc.
Os egípcios chegaram a desenvolver a técnica da mumificação, na
esperança de usar seu próprio corpo na vida após a vida. Ao contrário deles, os
rituais gregos incluíam a cremação do corpo com uma moeda em cada olho. As
moedas deveriam servir para pagar Caronte, o barqueiro que os levaria ao
Hades. Esta visão admitia a existência do mundo espiritual.
Com o passar do tempo começam as comunicações entre o mundo material e o
mundo espiritual.
. Moisés edita os 10 mandamentos
. A Pitonisa de Delphos responde aos questionamentos de pessoas que a
procuram demonstrando um crescente reconhecimento da possibilidade da
comunicação entre o mundo material e o espiritual.
No século XIX as comunicações se intensificam e ganham caráter
científico com a presença de várias pessoas, anotação de perguntas e
respostas.
O processo começou a ocorrer em vários países com a participação de homens
e mulheres de várias áreas do conhecimento.
Surge a consciência de que a comunicação entre o polissistema material
e o polissistema espiritual está ao alcance de todos.
A descoberta é maravilhosa, pois o homem finalmente se dá conta de
que é realmente imortal.
Como conseqüência descobrimos que não somos seres materiais vivendo
uma experiência espiritual; somos seres espirituais vivendo mais uma
experiência material.
Neste estágio compreendemos que o mundo material é apenas uma
parte do universo natural que inclui o polissistema espiritual e o polissistema
material.
À medida que o homem descobre que é um espírito sujeito às leis
naturais, estando entre elas a reencarnação, ele alcança a compreensão da
imortalidade e o sentido da reencarnação. Com isso sua visão da vida, do
mundo, do ser e das coisas, se altera por inteiro e suas atitudes antes
despreocupadas, mudam para atitudes cada vez mais conseqüentes.
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Neste estágio o homem encarnado alcança a prontidão e tem início o
processo de reespiritualização onde um dos indicadores é a busca da
harmonização entre o mundo natural e o mundo cultural em que vive.
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Preâmbulo do livro “O QUE É O ESPIRITISMO”
As pessoas que não têm do Espiritismo senão um conhecimento superficial, são
naturalmente levadas a fazer certas indagações, às quais um estudo completo
lhes daria, sem dúvida, a solução. Mas o tempo e, freqüentemente, a vontade,
lhes faltam para se consagrarem às observações continuadas. Quereriam, antes
de empreender essa tarefa, saber ao menos do que se trata e se vale a pena
dela se ocuparem. Pareceu-nos útil, pois, apresentar, em um quadro restrito, a
resposta a algumas das questões fundamentais que nos são diariamente
dirigidas. Isso será, para o leitor, uma primeira iniciação e, para nós, tempo
ganho pela dispensa de repetir constantemente a mesma coisa.
O primeiro capítulo contém, sob a forma de diálogos, respostas às objeções
mais comuns da parte daqueles que ignoram os primeiros fundamentos da
Doutrina, assim como a refutação dos principais argumentos dos seus
opositores. Essa forma nos pareceu mais conveniente, porque não tem a aridez
da forma dogmática.
O segundo capítulo é consagrado à exposição sumária das partes da ciência
prática e experimental, sobre as quais, na falta de uma instrução completa, o
observador novato deve dirigir sua atenção para julgar com conhecimento de
causa. É de alguma forma o resumo de O Livro dos Médiuns. As objeções
nascem, o mais freqüentemente, de idéias falsas que são feitas, a priori, sobre
o que não se conhece. Corrigir essas idéias é antecipar-se às objeções: tal é o
objeto deste pequeno escrito.
O terceiro capítulo pode ser considerado como o resumo de O Livro dos
Espíritos. É a solução, pela Doutrina Espírita, de um certo número de problemas
do mais alto interesse de ordem psicológica, moral e filosófica, que são
colocados diariamente, e aos quais nenhuma filosofia deu, ainda, soluções
satisfatórias. Que se procure resolvê-los por outra teoria, e sem a chave que
nos oferece o Espiritismo, e ver-se-á que elas são as respostas mais lógicas e
que melhor satisfazem à razão.
Este resumo não é somente útil para os iniciantes que poderão nele, em pouco
tempo e sem muito esforço, haurir as noções mais essenciais, mas também o é
para os adeptos aos quais ele fornece os meios para responder às primeiras
objeções que não deixam de lhe fazer, e, de outra parte, porque aqui
encontrarão reunidos, em um quadro restrito, e sob um mesmo exame, os
princípios que eles não devem jamais perder de vista.
Para responder, desde agora e sumariamente, à questão formulada no título
deste opúsculo, nós diremos que:
O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina
filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem
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estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as
conseqüências morais que decorrem dessas relações.
Pode-se defini-lo assim: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da
origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.
O QUE É O ESPIRITISMO? – Alguns conceitos
O Espiritismo é a interpretação e a prática dos princípios fundamentais da
Doutrina dos Espíritos.
Espiritismo é ciência, filosofia e religião.
O Espiritismo procura, na vivência da ciência, fazer a verdade através da prova.
Na filosofia, procura mostrar, afirmar, reunir e expor o pensamento sobre a
evolução da vida à luz do conhecimento. Na concepção religiosa, faz vida
consciente, operando, mediante a história de vida de cada um, a força do autoconhecimento, objetivando o alcance da identidade com o Creador.
Espírito Antonio Grimm
O Espiritismo é a religião da compreensão alcançada, do entendimento
construído, dos valores vivenciados, da modificação consciente do
comportamento através do conhecimento renovado de si mesmo, do
conhecimento renovado do significado e da unidade da vida, do conhecimento
renovado da identidade com o Creador.
O religioso espírita é o que sustenta pensamento, linguagem, comportamento,
que o aproximam cada vez mais, do agenciar conscientemente a organização, o
ordenamento, a harmonia, a estruturação inteligente do universo.
Espírito Leocádio José Correia
O Espiritismo é ciência empírica, reflexão filosófica e religião natural.
O Espiritismo é uma doutrina que abrange todo o conhecimento humano,
acrescentando-lhe as dimensões espirituais que lhe faltam para a visualização
da realidade total. O mundo é o seu objeto, a razão é o seu método e a
mediunidade é o seu laboratório.
J. Herculano Pires
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Evangelho no Lar
O Evangelho tradicional, conhecido e respeitado por todas as religiões; cujo
significado é boa nova , contém os ensinamentos e o código moral do Cristo.
As parábolas e ensinamentos de Jesus contidas no Evangelho Segundo o
Espiritismo são explicados pelos espíritos de maneira acessível ao entendimento
da maioria das pessoas.
Apesar da sua linguagem própria da época de Kardec, o evangelho se mantém
incrivelmente atual e segue como um farol iluminando a escuridão do
entendimento humano sobre a vida, seu sentido e significado.
A leitura semanal do Evangelho no lar é uma prática recomendada que deve ser
iniciada e mantida como hábito da família e recurso de reflexão sobre os
desafios e contradições do cotidiano.
O Evangelho Segundo o Espiritismo é um manual de vida, portanto, sua leitura
tem o potencial iluminador para quem busca conhecer, compreender e praticar
os ensinamentos de Jesus.
Além de ser um referencial moral, serve ainda como recurso educativo e
transformador.
Como fazer o Evangelho no Lar
Escolha um dia e um horário fixo na semana para fazer o Evangelho. Convide
todas as pessoas da casa – incluindo as crianças – mas não obrigue ninguém a
participar. Convide pessoas que trabalham na casa e visitantes eventuais a
participar. O respeito à data e hora permitem que plano espiritual se organize e
esteja presente às reuniões .
Coloque sobre a mesa, ou em outro local próximo, um recipiente, de
preferência que seja de vidro transparente, com água para a fluidificação e
sirva para as pessoas após o término da reunião. Outra forma é a de se colocar
um copo ou uma garrafa de água com o nome de cada um que poderá ser
tomada após a reunião ou durante a semana.
Não existe e nem precisa ser criado nenhum ritual para a leitura do evangelho,
portanto, estar sentado em volta de uma mesa, em outro local qualquer, de
mãos dadas ou não, com esta ou aquela cor de roupa não vai influenciar em
nada. A sinceridade, a boa sintonia, os bons pensamentos e a intenção de fazer
o bem são as únicas coisas que contam.
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
22
Inicie com uma breve prece agradecendo a oportunidade do momento, a
reunião familiar, e o apoio dos espíritos protetores. A prece é uma conversa
com Deus e não uma formula pré-estabelecida.
O Evangelho pode ser aberto ao acaso ou lido de maneira sistemática até
completar sua leitura integral. Como o texto é dividido por mensagens breves
de uma ou duas páginas, o tempo pode ser regulado pela leitura e debate
destes trechos.
Após a leitura incentive os comentários com a participação daqueles que
queiram emitir opinião sobre o conteúdo lido. Debata as dúvidas e as relações
com os acontecimentos do dia-a-dia de cada um, lembrando sempre, que o
momento é de reflexão e não de critica ao comportamento de quem quer que
seja.
Após os comentários pode ser feito um momento de irradiação (pensamentos
positivos emitidos para algumas pessoas que não estão presentes, para os
hospitais, para a paz, por exemplo). Os nomes podem ser expressos em voz
alta ou apenas em silêncio com os pedidos que cada um achar coerente fazer
em benefício do próximo – amigo ou não – Em seguida faz-se o encerramento
da atividade com outra prece agradecendo mais uma vez pela oportunidade do
encontro, os ensinamentos e entendimentos, o apoio dos espíritos protetores, a
iluminação Deus e Jesus.
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Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
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Exemplo de texto do Evangelho para leitura de debate
MORTE PREMATURA
21. Quando a morte ceifa nas vossas famílias, arrebatando, sem restrições, os
mais moços antes dos velhos, costumais dizer: Deus não é justo, pois sacrifica
um que está forte e tem grande futuro e conserva os que já viveram longos
anos cheios de decepções; pois leva os que são úteis e deixa os que para nada
mais servem; pois despedaça o coração de uma mãe, privando-a da inocente
criatura que era toda a sua alegria.
Humanos, é nesse ponto que precisais elevar-vos acima do terra-a-terra da
vida, para compreenderdes que o bem, muitas vezes, está onde julgais ver o
mal; a sábia previdência onde pensais divisar a cega fatalidade do destino. Por
que haveis de avaliar a justiça divina pela vossa? Podeis supor que o Senhor
dos mundos se aplique, por mero capricho, a vos infligir penas cruéis? Nada se
faz sem um fim inteligente e, seja o que for que aconteça, tudo tem a sua
razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos advêm, nelas
encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e os vossos
miseráveis interesses se tornariam de tão secundária consideração, que os
atiraríeis para o último plano.
Crede-me; a morte é preferível, numa encarnação de vinte anos, a esses
vergonhosos desregramentos que pungem famílias respeitáveis, dilaceram
corações de mães e fazem que antes do tempo embranqueçam os cabelos dos
pais. Freqüentemente, a morte prematura é um grande benefício que Deus
concede àquele que se vai e que assim se preserva das misérias da vida, ou
das seduções que talvez lhe acarretassem a perda. Não é vítima da fatalidade
aquele que morre na flor dos anos; é que Deus julga não convir que ele
permaneça por mais tempo na Terra.
É uma horrenda desgraça, dizeis, ver cortado o fio de uma vida tão prenhe de
esperanças! De que esperanças falais? Das da Terra, onde o liberto houvera
podido brilhar, abrir caminho e enriquecer? Sempre essa visão estreita, incapaz
de elevar-se acima da matéria. Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida, ao
vosso parecer tão cheia de esperanças? Quem vos diz que ela não seria
saturada de amarguras? Desdenhais então das esperanças da vida futura, ao
ponto de lhe preferirdes as da vida efêmera que arrastais na Terra? Supondes
então que mais vale uma posição elevada entre os homens, do que entre os
Espíritos bem-aventurados?
Em vez de vos queixardes, regozijai-vos quando praz a Deus retirar deste vale
de misérias um de seus filhos. Não será egoístico desejardes que ele aí
continuasse para sofrer convosco? Ah! essa dor se concebe naquele que carece
de fé e que vê na morte uma separação eterna. Vós, espíritas, porém, sabeis
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que a alma vive melhor quando desembaraçada do seu invólucro corpóreo.
Mães; sabei que vossos filhos bem-amados estão perto de vós; sim, estão
muito perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos
protegem, a lembrança que deles guardais os transporta de alegria, mas
também as vossas dores desarrazoadas os afligem, porque denotam falta de fé
e exprimem uma revolta contra a vontade de Deus.
Vós, que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações do vosso coração
a chamar esses entes bem-amados e, se pedirdes a Deus que os abençoe, em
vós sentireis fortes consolações, dessas que secam as lágrimas; sentireis
aspirações grandiosas que vos mostrarão o porvir que o soberano Senhor
prometeu. - Sanson, ex-membro da Sociedade Espírita de Paris. (1863.)
Se fosse um homem de bem, teria morrido
22. Falando de um homem mau; que escapa de um perigo, costumais dizer:
- "Se fosse um homem bom, teria morrido." Pois bem; assim falando, dizeis
uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de
progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio
do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua
provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais
de que proferis uma blasfêmia.
Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais:
- "Antes fosse este." Enunciais um grande erro, porquanto aquele que parte
concluiu a sua tarefa e o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que,
então, haveríeis de querer que ao mau faltasse tempo para terminá-la e que o
outro permanecesse preso à gleba terrestre? Que diríeis se um prisioneiro, que
cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse conservado no cárcere, ao
mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que à esta não tivesse direito?
Ficai sabendo que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no
rompimento dos laços que o prendem ao corpo e que, enquanto vos achardes
na Terra, estareis em cativeiro.
Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é
justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem.
Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande
todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo
pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes,
diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos
apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência
espiritual, única existência verdadeira. - Fénelon. (Sens, 1861.)
Trecho obtido na Internet em uma cópia on-line do Evangelho Segundo o Espiritismo
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Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
25
Jesus escreve sobre o caráter dos que ocercam
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26
A FORÇA DA PRECE
(1)
- Estudo Brasileiro mostra que o corpo reage a preces.
A espiritualidade exerce ação efetiva sobre o corpo humano?
R: Cientistas do mundo inteiro vêm realizando estudos na tentativa de
esclarecer essa questão. No que depender da primeira pesquisa brasileira nessa
área, a resposta é sim.
Segundo um estudo da UnB (Universidade de Brasília), um dos principais
mecanismos de defesa do organismo - a fagocitose - pode ter a função
estabilizada com preces feitas à distância. O estudo foi realizado com 52
voluntários, todos estudantes de medicina da UnB. A cada semana, uma dupla
fornecia amostras de sangue e respondia a um questionário sobre estresse.
(...) Encaminhava-se uma foto do voluntário, identificada apenas pelo nome, a
um grupo de dez religiosos de diferentes credos, que, por uma semana, faziam
preces para aquela pessoa.
Coordenada pelo professor de imunologia Carlos Eduardo Tosta, a pesquisa
demorou três anos para ser concluída. - "Eu e minha equipe ficamos surpresos
porque, embora no fundo quiséssemos que houvesse influência [das orações],
achávamos que a maior probabilidade seria a de não acontecer nada", diz o
médico.
Ana Paula de Oliveira - da Folha de São Paulo, 09.07.2004.
Como vemos e constata também Joanna de Ângelis, “lentamente, mesmo sem
dar-se conta, os cientistas se tornam sacerdotes do Espírito e avançam
corajosamente ao encontro de Deus e de Suas Leis, que vigem em toda parte”.
Gradativamente, a ciência vai comprovando fatos que a Doutrina Espírita já tem
demonstrado. Na experiência aqui relatada identificamos vários eventos
importantes: a força do pensamento, a ação dos fluidos e o valor da prece
intercessória.
Allan Kardec, ao emitir seus comentários na questão 662 de O Livro dos
Espíritos, afirma que “o pensamento e a vontade representam em nós um
poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A
prece que façamos por outrem é um ato dessa vontade.”
Diz-nos o Espírito Emmanuel que “O homem custa a crer na influencia das
ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de
sons que os seus ouvidos materiais não registram (...)” . E ainda esclarece: “a
eletricidade é energia dinâmica; o magnetismo é energia estática; o
pensamento é força eletromagnética”. É através dessa força que emulamos
nossas preces e também direcionamos nossas vibrações benéficas em favor de
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
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outras pessoas, pois “a prece é a emanação do pensamento bem direcionado e
rico de conteúdos vibratórios”.
Vale a pena considerar a elucidação do Espírito André Luiz ao referir-se aos
passes, que podem também ser transmitidos à distância, através das vibrações
que são doadas e veiculadas pela ação da prece: - “Pelo passe magnético, no
entanto, notadamente naquele que se baseie no manancial da prece, a vontade
fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem para que
essa vontade novamente ajustada à confiança magnetize naturalmente os
milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o estado
orgânico, nessa ou naquela contingência, se recomponha para o equilíbrio
indispensável”.
André Luiz esclarece-nos ainda que “reconhecendo-se a capacidade do fluido
magnético para que as criaturas se influenciem reciprocamente, com muito
mais amplitude e eficiência atuará ele sobre as entidades celulares do estado
orgânico – particularmente as sanguíneas e as histiocitárias -, determinandolhes o nível satisfatório, a migração ou a extrema mobilidade, a fabricação de
anticorpos ou, ainda, a improvisação de outros recursos combativos e
imunológicos, na defesa contra as invasões bacterianas e na redução ou
extinção dos processos patogênicos (...)”.
Verificamos que, na experiência da UnB, os voluntários comportaram-se como
agentes passivos inconscientes do experimento e, apesar disso, foram
beneficiados pela ação das preces, no que se refere à estabilização das funções
da fagocitose. Observou-se também, segundo os questionários que foram
respondidos, que o nível de estresse dos estudantes destinatários das preces
não mudou.
Pode-se concluir com isso que, se os voluntários tivessem consciência do
processo e participassem dele ativamente, - “ativando suas antenas receptoras
destas energias” (4) - seguramente os resultados poderia ser ainda mais
proveitosos. O mesmo aconteceria nos casos de aplicação direta de bioenergia
através de passes.
Quando “Jesus recomendou que orássemos uns pelos outros, num convite à
solidariedade fraternal, (ele assim o fez) a fim de que nos ajudemos através
das ondas mentais da comunhão com Deus”, (5) sem que isso significasse a
instituição de profissionalismo religioso.
Só nos resta sugerir que os estudiosos e investigadores continuem a produzir
experiências que tragam cada vez mais luzes ao conhecimento humano, pois
“são eles os missionários da fé vibrante dos tempos passados, que retornam
com o instrumento da ciência para confirmar o potencial de mediar o bem que
há em cada ser”. (2)
por: Lincoln Barros de Sousa
Bibliografia:
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Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
28
1 - Folha on-line_Folha de São Paulo, Jornal. Estudo Brasileiro mostra que corpo reage a prece. 08 de julho
2004, 07:36h.
2 - FRANCO, Divaldo Pereira. Desenvolvimento Científico. In:___. Dias Gloriosos, 1ª. ed. Salvador: LEAL,
1999. p. 12 e 20.
3 - ______ - Pedir e Conseguir. In:__ Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, 1ª ed, Salvador:
LEAL, 2000. p. 220.
4 - ______ - Orações Encomendadas. In:__ Messe de Amor, 7ª ed., Salvador: LEAL, 1964, p 155.
5 - ______ - Orações Solicitadas. In:__Desperte e Seja Feliz, 4ª ed. Salvador:LEAL, 1998. p.160.
6 - KARDEC, Allan. A Prece, Questão 662. In: ___O Livro dos Espíritos, 83ª.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. p.
320.
7 - XAVIER, Francisco Cândido. Intercessão.In: ___Pão Nosso, 5ª.ed. Rio de Janeiro:FEB, 1977. p.45.
8 - ______ - Vontade. In:___Pensamento e Vida, 9ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991. p.16.
9 - ______ - Passe magnético. In: Evolução em Dois Mundos, 16ª ed. Rio de Janeiro:FEB, 1998, p. 200 e 201
Prece de Francisco de Assis
Senhor,
fazei de mim instrumento do Vosso Amor,
Onde haja ódio, que eu leve o amor.
Onde haja tristeza, que eu leve a alegria.
Onde haja dor, que eu leve o alívio.
Onde haja desespero, que eu leve a esperança.
Onde haja trevas, que eu leve a luz.
Senhor,
Que eu não procure tanto ser compreendido quanto compreender.
Que eu não procure tanto ser consolado quanto consolar.
Que eu não procure tanto ser amado quanto amar.
Porque é dando que recebemos,
É perdoando que somos perdoados,
E é morrendo que nascemos para a vida eterna.
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Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
29
A IGNORÂNCIA TAMBÉM MATA.
ALUMÍNIO: ÚTIL E MORTAL
Se seu cabelo está caindo, desconfie do alumínio. Este metal, quando está excessivo no
organismo, provoca grande oleosidade no couro cabeludo, que vai sufocar a raiz dos
cabelos. Usar xampus contra a oleosidade ajuda, mas se você não eliminar a causa, vai
perder muito cabelo. Muitas vezes a queda de cabelos vem acompanhada de
dormências ou formigamentos quando se fica na mesma posição (com as pernas
cruzadas, por exemplo). Além dos seus cabelos, todo seu organismo está sendo
prejudicado: o alumínio deposita-se no cérebro, causando o mal de Alzheimer
(esclerose mental precoce) e expulsa o cálcio dos ossos, produzindo a osteoporose.
Este cálcio vai se depositar em outros lugares, produzindo bursite, tártaro nos dentes,
bico de papagaio, cálculos renais... E também vai para dentro das suas artérias,
estimulando a pressão alta e a possibilidade de isquemias cardíacas (infarto), cerebrais
(trombose) e genitais (frigidez e impotência). Para o Dr. MauroTarandach, da Sociedade
Brasileira de Pediatria, está bem claro o papel do alumínio nas doenças da infância,
graças ao avanço da biologia molecular no que tange ao papel dos oligoelementos na
fisiologia e na patologia. Os sintomas clínicos da intoxicação por alumínio nas crianças,
além da hiperatividade e da indisciplina, são muitos: anemia microcítica hipocrômica
refratária ao tratamento com ferro, alterações ósseas e renais, anorexia e até psicoses,
o que se agrava com a continuidade da intoxicação. No Rio de Janeiro, pesquisa
realizada pelo Dr. Sérgio Teixeira, membro da Sociedade Brasileira de Medicina
Biomolecular, através do mineralograma (análise dos metais presentes no organismo
mediante a espectrometria dos cabelos humanos) revelou uma média próxima de 17
vezes acima do normal nos 3.000 pacientes estudados durante três anos, entre
crianças e adultos de ambos os sexos. Esse estudo, publicado em seu livro Medicina
Holística - a Harmonia do Ser Humano, da Editora Campus (1998) demonstra bem a
importância que o mineralograma teve para a medicina. Atualmente o Dr. Sérgio
Teixeira utiliza a biorressonância para avaliar o nível do alumínio e outros metais. O
método é muito menos dispendioso, podendo ser utilizado no consultório ou na casa do
paciente. E como é que o alumínio entra no organismo? Através das panelas de
alumínio, por exemplo, que vêm sendo proibidas em muitos países do mundo. Na Itália,
famosa por seus restaurantes, nenhum deles pode usar essas panelas, devido à
proibição do governo italiano. É que as panelas de alumínio contaminam a comida
intensamente. Para você ter uma idéia: pesquisa da Universidade do Paraná
demonstrou que as panelas vendidas no Brasil deixam resíduos de alumínio nos
alimentos que vão de 700 a 1.400 vezes acima do permitido. Isso só ao preparar a
comida. Se esta ficar guardada na panela por algumas horas, ou de um dia para o
outro, este valor pode triplicar ou quintuplicar. Viu por que vale a pena trocar de
panelas? Mas não é só. Sabe as latinhas de refrigerantes e cervejas, hoje tão difundidas
no Brasil? Pesquisa do Departamento de Química da PUC demonstrou que elas não são
fabricadas de acordo com os padrões internacionais. Em conseqüência, seu refrigerante
predileto pode conter quase 600 vezes mais de alumínio do que se estivesse na garrafa.
E além do alumínio, foram demonstrados pelo mesmo estudo mais 12 outros metais
altamente perigosos para a saúde nessas latinhas, como o manganês, que causa o mal
de Parkinson, o cádmio, que causa psicoses, o chumbo, encontrado no organismo de
muitos
assassinos
e
outros.
Que
tal?
Prefira
as
garrafas,
tá?
Descoberto em 1809, o alumínio é um metal muito leve (só é mais pesado do que o
magnésio) e já foi muito caro. Naquela época, Napoleão III, imperador da França,
pagou 150 mil libras esterlinas (mais ou menos 300 mil reais) por um jogo de talheres
de alumínio. Este metal tem espantosa versatilidade, sendo utilizado em muitas ligas
metálicas. Depois do aço, é o metal mais usado no mundo, seja em panelas,
embalagens aluminizadas, latas de refrigerantes e cervejas, antiácidos e desodorantes
antitranspirantes, assim como vasilhames para cães e gatos comerem e beberem.
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
30
Nestes, pode causar paralisia dos membros posteriores que leva ao sacrifício precoce
dos
animais.
Em
suma,
o
alumínio
é
muito
útil...
porém
mortal.
DR. SÉRGIO TEIXEIRA Rua Visconde de Pirajá 608/609 Ipanema - Rio de Janeiro
Fones/Fax 2259-2746 e 2259-2193 e-mail [email protected]
ALIMENTAÇÃO NATURAL
A alimentação ingerida tem efeitos poderosos sobre a vida mental do
homem.
O comportamento humano é resultante do seu estado mental. A
agressão, a passividade, a depressão, a alegria, o otimismo, a felicidade,
resultam da freqüência mental.
A alimentação natural, quando fundamenta no estudo, na pesquisa,
ajuda a manter o equilíbrio mental, a integração moral, a harmonia, a saúde
física, mental e espiritual, desde que realizada conscientemente, sem
fanatismos ou distorções que perturbam a consciência crítica, o livre arbítrio, a
autodeterminação do praticante.
O homem que busca o autoconhecimento deve procurar o potencial da
alimentação natural.
Comer não significa simplesmente satisfação física, mas
fundamentalmente, defesa da vida, portanto, é ato moral. Todo o tempo do
homem pertence ao homem.
A alimentação natural representa energia que ajuda a determinar o
estado de equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito.
Corpo, mente e espírito não atual um sobre o outro porque são um só. O
ator, o portador da cultura e dos comportamentos é o espírito.
Leocádio José Correia
Mensagem psicografada pelo médium
Maury Rodrigues da Cruz
Em 10 de Maio de 1990
Mensagem extraída do livro “No Cenário da Vida” – Leocádio José Correia – Editado
pela SBEE
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
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O Caso da Ponte
João era casado com Maria e se amavam.
Depois de um certo tempo, JOÃO começou a chegar cada vez mais tarde em
casa.
Maria se sentiu abandonada e procurou PAULO, que morava do outro lado da
ponte.
Acabaram amantes e Maria voltava para casa sempre antes do marido chegar.
Um dia, quando voltava, encontrou um BANDIDO atacando as pessoas que
passavam na ponte. Ela correu de volta para casa de PAULO e pediu proteção.
Ele respondeu que não tinha nada a ver com isso e que o problema era dela.
Ela, então, procurou um AMIGO. Este foi com ela até a ponte, mas se
acovardou diante do bandido e não teve coragem de enfrentá-lo.
Resolveu procurar um BARQUEIRO, mais para baixo no rio. Este aceitou levá-la
por R$ 5,00, mas nenhum dos dois tinha dinheiro.
Insistiram, mas o barqueiro foi irredutível. Aí voltaram para a ponte e o bandido
matou Maria.
Coloque os seis personagens em ordem de culpa, isto é, coloque na linha No.1
o maior responsável pelo que ocorreu e os restantes em ordem decrescente,
ficando o número 6 para o menos culpado.
Minha Opinião
Opinião do Grupo
1. _____________________
1. _____________________
2. _____________________
2. _____________________
3. _____________________
3. _____________________
4. _____________________
4. _____________________
5. _____________________
5. _____________________
6. _____________________
6. _____________________
Escreva o nome da maior vítima.______________________________
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
32
Dinâmica de Grupo - O Caso da Ponte - Instruções para o Coordenador:
1. IMPORTANTE: Leia o Caso da Ponte ANTES de ler as instruções.
2. Organize as pessoas em grupos de 4 pessoas (5 no máximo)
3. Um método simples é o de numerar as pessoas de 1 a 4 e pedir que as
pessoas de número 1 se reúnam; a seguir as de número 2 e assim por
diante.
4. Peça que leiam com atenção o texto que será distribuído.
5. Após a leitura cada um deve escrever na própria folha os nomes dos
culpados por ordem de culpa, do mais culpado para o menos culpado onde o
numero 1 é o maior culpado e o numero seis é o menos culpado. Tempo: 5
minutos.
6. Após listar os culpados o pequeno grupo deve escolher uma pessoa para
registrar o consenso do pequeno grupo sobre quem são os culpados
seguindo a mesma ordem do mais culpado para o menos culpado. Tempo 20
minutos.
7. Neste momento surgirão as discussões e discordâncias e o coordenador
poderá ser chamado a dirimir dúvidas. A melhor resposta é que o grupo é
soberano e que os dados são apenas os que estão na folha. Uma boa frase
para ajudar os participantes a fazerem reflexão sobre a complexidade da
interação humana é ... “imaginem como deve ser difícil chegar a um
consenso na Câmara dos Deputados...”
8. Ao final do tempo os grupos se reúnem novamente e cada representante de
grupo informa o consenso do grupo. As opiniões individuais não vêm mais
ao caso, pois foram úteis como ponto de partida para o debate do pequeno
grupo.
9. O coordenador registra no quadro ou cavalete os resultados conforme a o
plano abaixo os nomes dos culpados pela ordem de consenso de cada
grupo:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Grupo 1
__________
__________
__________
__________
__________
__________
Grupo 2
__________
__________
__________
__________
__________
__________
Grupo 3
__________
__________
__________
__________
__________
__________
etc...
Este exercício tem sido usado nos módulos iniciais e apresenta vários
benefícios:
1. Ajuda na integração do grupo devido à interação que gera para construção
do consenso. A opinião do grupo tende a ser diferente da opinião de cada
pessoa.
2. Permite ampliar a consciência sobre as dificuldades de construir um
entendimento quando várias pessoas estão envolvidas.
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
33
3. Permite avaliar as dificuldades do processo de julgar a partir de informações
insuficientes recebidas de terceiros.
Fechamento: Comentários do coordenador
1.
2.
3.
4.
O objetivo não é descobrir quem tem razão ou qual grupo acertou.
Não é possível julgar uma situação que não vivemos.
Como julgar o João ou a Maria, se não conhecemos seus motivos?
Na verdade, ao final que cada situação, processo ou vida, todos seremos
julgados por alguém que viu tudo. Quem é esse alguém ? É comum os
participantes afirmarem que é Deus. A melhor resposta contudo é: seremos
julgados por nossa própria consciência. Nós estávamos lá. Nós agimos
conscientemente. Quando alcançarmos o que fizemos, nós nos cobraremos e
tão logo isso ocorra, o que mais buscaremos é uma nova oportunidade para
refazer o caminho.
5. Estas razões fortalecem as convicções porque muitos já vivemos situações
de arrependimento e podemos avaliar como é importante o perdão e a
oportunidade de refazer o caminho. Compensar o erro cometido. Reencarnar
e fazer melhor desta vez.
6. Conclusão: não estamos preparados para julgar o outro. Somente a nós
mesmos.
7. Para encerrar é importante perguntar: Quem é a maior vítima? O nome que
aparece neste ponto é normalmente o da Maria. Contudo, tão logo alcance
as conseqüências do que fez, a maior vítima do remorso será o bandido que
matou a Maria violando um dos princípios fundamentais que é a vida.
Fora estas sugestões entra o conteúdo já trabalhado pelo grupo no tocante ao
livre arbítrio e a lei de causa e efeito e todas as implicações decorrentes.
O coordenador pode enriquecer muito esta dinâmica e oferecer idéias sobre
melhorias que podem ser incorporadas a estas instruções.
Se você tiver sugestões ou perguntas escreva para [email protected]
Boa reunião!
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
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34
O Dilema da Vacina
Há uma epidemia de gripe que mata em poucos dias não poupando ninguém. Todos os
laboratórios foram convocados a produzir a vacina AEPIRG que protege contra a gripe
fatal.
Descobriu-se que entre as pessoas que já foram vacinadas, algumas adquiriram o vírus e estão
morrendo por causa da vacina.
Técnicos do Ministério da Saúde defendem que a produção sob suspeita seja suspensa, mas ninguém
sabe qual laboratório está produzindo a vacina que mata, ou se todos estão.
A falta da vacina pode multiplicar o número de mortos.
Você faz parte do controle de qualidade de um dos laboratórios e você e sua equipe estão
aqui reunidos para debater o assunto.
A pressão é enorme; a produção é insuficiente e pessoas estão morrendo por falta da vacina.
Seu laboratório tem um lote da vacina e está encarregado de abastecer sua pequena
cidade para a vacinação em massa neste Domingo. Todos terão que ser vacinados,
inclusive você e sua família.
Você e sua equipe descobriram que a causa do problema está na presença de agentes “d”
e “D” que estão no composto de algumas das vacinas produzidas, mas o problema é que
não se sabe quando estarão disponíveis os lotes de vacinas sem os agentes que matam.
São 19h30min de Sábado.
A vacinação iniciará neste Domingo às 07h30min.
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
35
O Dilema da Vacina
Parte 2
Se você está lendo estas instruções é porque a decisão foi de passar a noite em claro para
inspecionar as vacinas.
Se o controle de qualidade conseguir detectar todas as vacinas contaminadas pelos
agentes “d” e “D” a vacinação será segura; do contrário novas mortes ocorrerão.
O pessoal do controle passou a noite verificando os lotes, mas a cada nova inspeção
novos agentes “d” e “D” são encontrados.
Você tem 15 minutos para liberar ou reter o lote.
Antes de liberar informe quantas vacinas contaminadas pelos agentes “D” ou “d” foram
encontradas.
ANOTE AQUI O RESULTADO DA CONTAGEM INDIVIDUAL _______________________
Nome do(a) inspetor (a): ____________________________________________________
EQUIPES
Contagem
1
2
3
4
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
5
6
7
8
9
36
REGRAS PARA VIVER NO PLANETA TERRA
1) Você receberá um corpo.
Você poderá adorá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu durante toda uma vida.
2) Você aprenderá lições.
Você estará matriculado em tempo integral numa escola informal chamada
vida. A cada dia nessa escola, você terá a oportunidade de aprender lições.
Você poderá gostar das lições ou achá-las irrelevantes.
3)
Não existem erros, apenas lições.
Evolução é um processo de tentativas, com erros e acertos chamados
experimentação. As “experiências” que falham são tão importantes para o
processo quanto as experiências que dão certo.
4) Uma lição é repetida até ser aprendida.
Uma lição será apresentada a você de várias formas até que você a tenha
aprendido. Quando você aprendê-la poderá passar para a lição seguinte.
5)
Aprender lições nunca termina.
Não existe parte da vida que não contenha suas lições. Enquanto você estiver
vivo, haverão lições para ser aprendidas.
6)
“Lá” não é melhor do que “aqui”.
Quando o seu “lá” se tornar o seu “aqui”, você simplesmente obterá outro “lá”
que novamente se parecerá melhor do que “aqui”.
7)
Os outros são meros espelhos de você.
Você não poderá gostar ou detestar algo sobre outra pessoa a menos que
reflita algo que você goste ou deteste sobre si mesmo.
8)
O que você fará de sua vida depende de você.
Você tem todos os recursos e ferramentas que necessita. O que você faz com
eles depende de você. A escolha é sua.
9)
Suas respostas estão dentro de você.
As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Tudo que você
precisa é olhar, ouvir e confiar.
10) Você esquecerá todas estas regras.
Chérie Carter-Scott
Traduzido e adaptado do livro “Chicken Soup for the Soul”
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
37
CARTA DO CHEFE SEATLE
No ano de 1854, o presidente dos Estados Unidos
fez a uma tribo indígena a proposta de comprar
grande parte de suas terras, oferecendo, em
contrapartida, a concessão de uma outra reserva. A
CARTA DO ÍNDIO é a resposta dada pelo Chefe
Seatle a essa proposta. Posteriormente foi
distribuída pela ONU em todo o mundo e é
considerada um dos mais belos e profundos
pronunciamentos já feitos a respeito do Meio
Ambiente.
“ Como é que se pode comprar ou vender o céu, o
calor da terra ? Essa idéia nos parece estranha. Se
não possuímos o frescor do ar e o brilho da água,
como é possível comprá-los ?
Cada pedaço desta terra é sagrada para meu povo. Cada ramo brilhante de um
pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra da floresta densa,
cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu
povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças
do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão
caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra,
pois é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são
nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do
corpo do potro, e o homem – todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja
comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará
um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos
seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar a nossa
terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o
sangue de nossos antepassados. Se lhe vendermos a terra, vocês devem
lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é
sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de
acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a
voz de meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas
e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem
lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também.
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
38
E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicam a qualquer
irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção
da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um
forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não
é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho.
Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da
terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e
os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o
céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como
carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente
um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades
fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um
selvagem e não compreenda.
Não há lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se
possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um
inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído
parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não
pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma
lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere
o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento,
limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o
mesmo sopro – o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo
sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um
homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se
vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso
para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda vida que mantém. O
vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também receber seu último
suspiro. Se lhe vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e
sagrada, como um lugar onde até o homem branco possa ir saborear o vento
açucarado pelas flores dos prados.
Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se
decidirmos aceitar, imporei uma condição : o homem branco deve tratar os
animais desta terra como seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um
milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco
que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo
como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o
búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
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39
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem
morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais,
breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de
nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi
enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que
ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer à terra,
acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo
em si mesmos.
Isto sabemos : a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra.
Isto sabemos : todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma
família. Há uma ligação em tudo.
O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não
tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo que fizer ao
tecido, fará a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para
amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos
irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos – e o homem
branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês
podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é
possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem
vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar
seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as
outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos
próprios dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela
força de Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o
domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério
para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados,
os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta
densa impregnada do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída
por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. É o final da vida e o
começo da sobrevivência.
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Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
40
SBEE - Exercício Mediúnico
Módulo 2 (2/ 2002)
–
Deus
1. Deus Interior
2. Deus como justiça não pune
nem castiga
“...não há efeito sem causa.” (Livro
dos Espíritos – Parte 1, Cap. 1)
“...Deus
é
o
fundamento
fundamento...” (Antônio Grimm)
do
“Atribuir a formação primária das
coisas às propriedades íntimas da
matéria seria tomar o efeito pela
causa, porquanto essas propriedades
são, também elas, um efeito que há
de ter uma causa.” (Livro dos
Espíritos – Parte 1, Cap. 1)
“Deus é imutável. Se estivesse sujeito
a mudanças, as leis que regem o
Universo
nenhuma
estabilidade
teriam.” (Livro dos Espíritos – Parte 1,
Cap. 1)
“Todos os homens estão submetidos
às mesmas leis da Natureza. Todos
nascem igualmente fracos, acham-se
sujeitos às mesmas dores e o corpo
do rico se destrói como o do pobre.
Deus a nenhum homem concedeu
superioridade natural, nem pelo
nascimento, nem pela morte: todos,
aos seus olhos, são iguais.” (Livro dos
Espíritos – Parte 3, Cap. 9)
gradualmente
se
apaga?
Desaparecerá quando o egoísmo e o
orgulho deixarem de predominar.
Restará apenas a desigualdade do
merecimento. Dia virá em que os
membros da grande família dos filhos
de Deus deixarão de considerar-se
como de sangue mais ou menos puro.
Só o Espírito é mais ou menos puro, e
isso não depende de posição social.”
(Livro dos Espíritos – Parte 3, Cap. 9)
Questões anteriores:
1) Descreva o ambiente onde está
inserido.
2) Qual o seu objetivo de vida?
3) O que você entende por justiça?
Responda às questões (para auxiliar
na análise, pense em exemplos):
1) O que relaciona um efeito à sua
causa?
2) Qual a origem do elo de ligação
entre uma causa e seu respectivo
efeito?
3) Quais os desdobramentos da
afirmação:
“Deus
é
soberanamente justo e bom.” ?
(Livro dos Espíritos – Parte 1, Cap.
1)
4) Por que “Deus como justiça não
pune nem castiga” ?
“É lei da natureza a desigualdade das
condições sociais? Não; é obra do
homem e não de Deus. Algum dia
essa
desigualdade
desaparecerá?
Eternas somente as leis de Deus o
são. Não vês que dia a dia ela
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
41
Comentários:
O que liga um efeito à sua causa pode
ser chamado de lei (ou regra).
Sempre que determinadas condições
se repetem (causas), manifesta-se o
mesmo efeito. Por exemplo: neve,
evaporação,
gravidade,
vento,
combustão,
etc.
O
estudo
do
ambiente tem nos levado a identificar
diversos “efeitos”. Tudo o que vemos
são efeitos, e gradualmente identificase também suas causas e a
conseqüente relação entre causa e
efeito.
Feita esta constatação, um próximo
passo natural é pensar sobre “a causa
das leis”, ou de outra forma:
- pensar por que a água entre em
ebulição quando sua temperatura
é elevada a 100°C? (respeitadas
outras condições, como a pressão)
- por que alguns planetas tem
gravidade?
- por que existem os elementos
químicos, e suas conhecidas (e
ainda desconhecidas) associações?
Ao avaliar estes princípios identificase sua veracidade, coerência e
aplicação. Então, é possível
questionar:
-
-
preservar a vida é um princípio
básico da humanidade, e é
possível percebê-lo imutável em
qualquer época, mesmo que as
ações resultantes da sua aplicação
sejam
diferentes
segundo
o
entendimento que fazemos;
a liberdade é natural de todos os
seres em qualquer época ou
circunstância;
Estes (assim como outros) princípios
não se alteram. Sua interpretação
porém pode variar segundo quem os
aplica.
Estes
princípios
são,
portanto,
imutáveis? E qual sua origem? Por
que existem?
O Espiritismo entende Deus como “a
causa primária de todas as coisas”.
Nosso entendimento deste conceito,
porém,
evolui
constantemente
segundo estudo individual sobre o
mundo (material e espiritual).
Ao
analisar estes ambientes percebe-se
sua complexidade, bem como o
equilíbrio potencial oferecido pelas leis
que os coordenam.
As leis (ou regras) não orientam
apenas o ambiente material. Quais
princípios básicos estariam apoiando
todas essas leis ou regras?
- preservação da vida
- responsabilidade
- liberdade
- igualdade
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
42
DEUS
•
•
•
•
•
A evolução de um conceito
Como víamos Deus quando morávamos em cavernas?
Quantos deuses havia?
Deus natureza
Trovão – Vulcão – Ventos – Chuva – Sol
Deuses ganham forma animal – humana – combinada
CRENÇA EGÍPCIA
- Anúbis traz Hunefer e pesa seu coração
- Thot anota o resultado - Sobek a devoradora aguarda o julgamento
1250 AC - Moisés – Monoteísmo - 10 Regras
- “Não matarás” x “Olho por olho”
800 AC – Amós -Deus de Justiça
600 AC – Oséas Deus que perdoa
400 AC – Deutero Isaias - Deus de Israel e de toda a humanidade
30 AD – Jesus – Deus amor – Todos são iguais perante o Pai
CONCEITOS MAIS COERENTES PREVALECEM
DEUS DEIXOU DE SER:
1 entre muitos
Deus de um só povo
Deus dos exércitos
Deus que castiga
Deus controlador
Deus que governa pelo medo
Deus de uma igreja
Deus dogmático
Deus criado pelo homem
DEUS NÃO SE RELACIONA AO:
Mágico – Místico – Divinal
Sacro - Infinito – Absoluto
Não
Não
Não
Não
é matéria ou energia
tem forma definida
está restrito à uma pessoa
está no céu
Está nos seres e nas coisas
Mas não se confunde com elas
Não determina comportamentos,
Assim não há desobediência ou pecado
Não vigia, não fiscaliza, não pune
Não aceita oferendas ou promessas
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
43
Não concede dons ou favores
Não intercede, não aceita pedidos
Não protege ou age por milagres
DEUS CÓSMICO
Abrange todas as coisas
Todos os seres,
inteligentes ou não
Encarnados ou desencarnados
Evidente na harmonia
Na estruturação inteligente do Universo
É a totalidade
Nossa identidade com o Cosmo é
identidade com Deus.
Identidade se faz pelo conhecimento,
Entendimento, sabedoria, consciência.
Onipresente pois os seres criam
expressando Deus.
Onisciente pela consciência de cada um
Onipotente, pois age através de suas criaturas
ISAAC NEWTON e o cético.
O que é Deus para você?
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
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44
DEUS
Deus é um princípio fundamental para a Doutrina Espírita.
O entendimento de Deus não está pronto, nem é definitivo. A compreensão
alcançada é a possível em face do seu conhecimento e ao de seu grupo social.
Deus é a causa primeira de todas as coisas.
Entendimento de Deus através do tempo:
. Moisés (1250 a.C): conjunto de regras a serem obedecidas, aliança, decálogo,
monolatria;
. Amós (800 a.C.): Deus de justiça
. Oséas (600 a.C.): Deus de perdão
. Deutero Isaías (400 a.C.): Deus único, o Deus de Israel era o Deus de toda a
humanidade
. Jesus (6 a.C. – 36 A.D.): Deus de amor, todos são iguais perante Deus
. Spinoza: Deus não pessoal, Deus não mais fora do mundo
. os conceitos são abandonados à medida em que deixam de atender às
expectativas das pessoas e de seus grupos.
Deus deixou de ser :
. um deus entre muitos deuses,
. deus de um só povo,
. deus dos exércitos, que esmagava os inimigos,
. deus que a todos castigava, voluntarioso,
. que controlava a vida das pessoas, provocando medo,
. deus de uma igreja, preso a dogmas e doutrinas.
Deus não se relaciona:
. ao mágico
. ao místico
. ao divinal
. ao sacro
. ao infinito
. ao absoluto
Deus não é matéria ou energia, não tem uma forma definida, não está restrito
a uma pessoa, não está no céu.
Deus está nos seres e nas coisas mas não se confunde com elas.
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Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
45
Deus não prescreve comportamentos, não determina um conjunto de regras a
serem obedecidas, logo não há desobediência a sua vontade, não há pecado.
Deus não vigia, não fiscaliza, não pune, não castiga, não executa sentenças.
Deus não aceita oferendas, sacrifícios ou promessas. Não concede graça, dom
ou favores. Não intercede, não aceita pedidos, não protege alguém em
especial, não atua através de milagres.
Deus cósmico: abrange todas as coisas, todos os seres vivos, inteligentes ou
não, encarnados ou desencarnados do Universo, Deus se estende pelo Cosmo e
o mantém (o Universo organizado e ordenado).
Deus torna-se evidente na harmonia de tudo o que existe, na estruturação
inteligente do Universo.
Deus é a totalidade: ao se fazer identidade com o Cosmo, se faz identidade
com Deus, pois os seres, as coisas, as relações, a harmonia presentam Deus.
A identidade com Deus não se faz pela obediência, mas através do
conhecimento, entendimento, sabedoria, consciência.
Deus onipresente: todos os seres criam expressando Deus e nesse sentido
Deus está presente em todos os seres.
Deus onisciente: Deus é consciente através da consciência de todos os seres do
Universo.
Deus onipotente: Deus age, faz, constrói através de suas criaturas, a
estruturação inteligente é operada pelas suas criaturas.
Deus é a expressão da vida.
Deus é a dinâmica da vida.
Deus é a unidade que se revela todos os dias quando nos procuramos.
(Antonio Grimm)
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C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
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47
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48
DEUSA MÃE
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49
DEUSES EGÍPCIOS
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
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50
ZEUS E PALAS ATENA
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51
INTI – o deus Sol dos Incas
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52
Jaguar – deus Maia do submundo
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53
Jesus e a Moral Cristã
Jesus, vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela profundidade e
extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos da humanidade. Para
o Espiritismo, esses valores são conceitos fundamentais, sendo a moral cristã o eixo de sua visão
de mundo e interpretação da realidade.
O Espiritismo entende que o significado de Jesus encontra-se em seu exemplo de vida, fazendo e
demonstrando a viabilidade de um padrão de comportamento. Foi a força de seu exemplo que deu
significado à sua existência e não a série de mitos, interpretações e dogmas que foram agregados
ao entendimento de sua mensagem. Portanto, é fundamental que o espírita possa fazer essas
distinções.
Para a Doutrina Espírita, Jesus, como todo ser humano, nasceu da união entre um homem e uma
mulher e não de uma forma sobrenatural. De origem humilde, não era descendente de Davi e não
possuía nenhuma pretensão ao poder temporal.
O Espiritismo não recorre à idéia de milagre, que não existe para a Doutrina, para justificar algumas
situações da existência de Jesus. Este, ao colocar em prática o seu conhecimento e a sua
capacidade mediúnica, foi interpretado, pelo desconhecimento das pessoas ao seu redor, como o
realizador de acontecimentos maravilhosos e fantásticos.
Para entender Jesus, o Espiritismo não precisa utilizar a idéia de messias, salvador ou cordeiro de
Deus. Não é importante como Jesus nasceu ou morreu, mas, sim, como viveu. Seu significado não
se encontra nas condições de sua morte — não há necessidade de entendê-la como um sacrifício
para salvar a humanidade ou tentar transformá-la em exceção através da idéia de ressurreição.
Apesar de sua importância, Jesus não se confunde com Deus. Não é a Sua encarnação. Era filho
de Deus como todas as criaturas o são. Deixar de confundir Jesus com Deus permite reconhecer o
valor desse espírito que alcançou, pelo exercício de seu conhecimento, a compreensão do amor
como lei fundamental do Universo, a que nenhum homem até então havia alcançado. Considerar
Jesus como divino é retirar dele uma característica fundamental: a de um ideal possível de ser
alcançado, uma referência exeqüível para a humanidade.
Jesus, para a Doutrina, é um espírito que tem uma história ao longo da qual foi construindo seu
conhecimento, diferenciando-se do nível médio da cultura terrena. Na medida em que vivenciou, em
que desenvolveu experiências de vida, foi se fazendo presente, através da força de seu exemplo,
da intensidade de sua coerência, da inovação e clareza do conhecimento que alcançou. O
significado da síntese que construiu a respeito da existência, do ser humano, da vida, pode ser
avaliado em um pequeno resumo de suas idéias:
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Deus único é o pai de todos (todos são iguais perante Deus)
Ame a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o espírito, e ame seu
próximo como a si mesmo, essa é toda a lei e todos os profetas estão contidas nela.
Trate todos os homens da mesma forma que você gostaria de ser tratado
Ame seus inimigos e faça o bem àqueles que o odeiam e ore por aqueles que o perseguem
e caluniam
Aquele dentre vocês que não tiver errado, que atire a primeira pedra
Eu não digo que deva perdoar ao seu irmão até sete vezes, mas até setenta vezes sete
vezes
Reconcilie-se com seu adversário enquanto estiver com ele no caminho
Não julgue a fim de que não seja julgado
Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo
O homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pela de muitos
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54
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Por que vê um cisco no olho de vosso irmão, você que não vê uma trave no seu olho?
Que a sua mão esquerda não saiba o que faz a sua mão direita
Não se acende uma candeia para colocá-la sob o alqueire, mas sobre o candeeiro a fim de
que ela clareie todos aqueles que estão na casa
Não há nada de secreto que não deva ser descoberto, nem nada de oculto que não deva
ser conhecido
Fora da caridade não há condições de se alcançar um conhecimento maior de si mesmo e
da vida.
Bem aventurados os que choram, porque serão consolados; os que tem fome e sede de
justiça porque serão saciados; os humildes porque deles é o reino dos céus; aqueles que
tem o coração puro porque verão a Deus; aqueles que são brandos porque possuirão a
Terra; os pacíficos, porque eles serão chamados de filhos de Deus; aqueles que são
misericordiosos porque eles próprios obterão misericórdia
Jesus, em sua existência cósmica, é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade,
diversidade, alteridade. Seus ensinamentos, seu comportamento e os exemplos de outras pessoas
que se identificaram com sua proposta, foram desenhando, construindo, um código, um padrão de
referência fundamentado na unidade da humanidade e na igualdade entre os seres, e, em
decorrência, no amor ao próximo, na solidariedade, na tolerância, na responsabilidade pessoal, na
liberdade de consciência e na moral como defesa, promoção da vida. Jesus é padrão de
comportamento aberto para auxiliar as pessoas na construção de seu próprio futuro.
Jesus é exemplo claro de comportamento moral que reflete a identidade do ser com o
Universo e com Deus.
Copyright: Todos os direitos reservados. A SBEE autoriza a reprodução dos textos para fins não
comerciais desde que seja mencionada a fonte"
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55
UM HOMEM CHAMADO JESUS
Que homem foi esse?
Não escreveu livros, não pintou quadros famosos, não foi ator de novela,
não foi jogador de futebol e mesmo assim não foi esquecido em mais de 2000
anos de história? Não só não foi esquecido, mas acabou por dividir a história do
ocidente em a.C e d.C.
Durante as reuniões dos grupos de estudos, denominados Grupos de
Exercício Mediúnico, e no atendimento à consultas que recebemos pelo e-mail
da SBEE, temos nos defrontado com algumas perguntas muito interessantes
sobre Jesus.
Algumas destas perguntas estão relatadas abaixo juntamente com a
resposta que no momento entendemos como a mais coerente.
O que sabemos de Jesus?
- Sabemos o que lemos e cremos naquilo que encontra sustentação em nossa
fé crítica raciocinada.
Jesus foi um homem?
- Jesus é um espírito evoluído que encarnou como homem.
De onde veio Jesus?
- Não sabemos, mas pelos seus ensinamentos podemos deduzir ele veio de
uma boa escola, já que muitas de suas idéias não eram conhecidas na Terra
naquela época.
Por quê Jesus veio a Terra?
- Baseados na idéia de que quanto mais esclarecido for o espírito, mais livre
ele é, podemos concluir que Jesus não veio contra a sua vontade. No mínimo
aceitou um convite ou uma missão.
Para quê Jesus veio a Terra?
- Jesus mesmo declarou: “eu não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento
e a Lei é amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo”.
Quem foram os pais de Jesus?
- A lógica de que Deus não vai contra suas próprias leis nos levam a concluir
que seus pais foram um homem e uma mulher.
Jesus é Deus?
- Jesus chamava Deus de pai e seus contemporâneos de irmãos.
Por quê sua mensagem resistiu ao tempo?
- Porque Jesus viveu e sofreu as conseqüências das suas convicções. Havia
coerência entre seu pensar, seu falar e seu agir. Jesus anunciou o novo e nos
deu a conhecer leis e valores maravilhosos como: a continuidade da vida, a
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reencarnação; o amor a Deus e ao próximo, o perdão e tantos outros conceitos
que ainda carecem do entendimento pleno por parte da humanidade.
Jesus ressuscitou?
- Se ressuscitar é voltar à vida material no mesmo corpo, a resposta é
não. Os romanos aplicavam penas capitais muito cruéis aos não romanos. A
crucificação, a morte na fogueira e a morte por animais tinham como objetivo
dar o exemplo e extinguir a pessoa de modo a não sobrar nada para ser
cultuado. Era costume deixar o corpo crucificado ser consumido pelos abutres e
cães carniceiros. Assim sendo, podemos entender que por usar o exemplo e a
prova como método de ensino, Jesus teve que materializar-se para poder
aparecer aos discípulos e provar a continuidade da vida.
Jesus realmente existiu?
- Mesmo que fosse um mito, alguém teria que ter concebido as idéias
superiores que chegam até nós. Quem quer que as tenha concebido é
merecedor da nossa admiração e respeito. Há contudo, relatos de escritores
não cristãos que sustentam as evidências da existência de Jesus.
o Tácito ( 55-120d.C.) escrevendo sobre o incêndio de Roma informa
que “Nero acusa aqueles detestáveis por suas abominações que a
multidão chama de cristãos. Esse nome vem de Cristo, que sob o
principado de Tibério, foi mandado para o suplício pelo procurador
Pôncio Pilatos. Reprimida momentaneamente, essa superstição
horrível rebrotou novamente, não apenas na Judéia mas agora dentro
de Roma” (Anais – cap XV p.54)
o Suetônio ( 55-120 d.C.) falando da vida do imperador Cláudio: “O
imperador expulsou de Roma os judeus que viraram causa
permanente de desordem pela pregação de Cristo” (Vida de Cláudio,
cap 25, p.4)
o Plínio o Jovem (61-114 d.C.) escrevendo para o Imperador Trajano:
“os cristãos tem o hábito de se reunir em um dia fixo para rezar ao
Cristo, que consideram Deus, para cantar e jurar não cometer crime,
abstendo-se de roubo, assassinato, adultério e infidelidade”. (Carta a
Trajano, cap. X, pg 96) Fonte: Revista Superinteressante, abril de
1996, pg 51.
Onde Jesus nasceu?
- Tudo indica que Jesus nasceu em Nazaré e não em Belém.
Quando Jesus nasceu?
- Jesus nasceu em torno do ano 3.790 do calendário judaico. Devido a um erro
do abade Dionísio o Exíguo. Este abade ficou encarregado do recálculo do
calendário devido a adoção do calendário gregoriano estabelecido pelo papa
Gregório em 1582. Segundo ele Jesus deve ter nascido em torno do ano 6 a. C.
da nossa era. Os registros históricos mostram que Quirino que fez o famoso
censo, só assumiu em 6 d.C. ou seja, 12 anos depois do nascimento de Jesus.
Em que dia Jesus nasceu?
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Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
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- Ninguém sabe. A comemoração do nascimento de Jesus em 25 de dezembro,
só foi instituída em 525 d.C. e seu objetivo era coincidir com as festas pagãs de
modo a substituí-las. Somente após 1582 adotou-se a idéia de a.C. e d.C.
Jesus tinha irmãos?
- O texto original em grego usa a palavra adelphos que significa literalmente
irmãos quando se refere aos irmãos de Jesus. Mateus nomeia Tiago, José,
Simão, Judas e menciona suas irmãs sem nominá-las. Há quem afirme que uma
de suas irmãs se chamava Miriam.
Qual a mensagem de Jesus?
- Sua mensagem era forte, complexa, intensa e extensa. Era, sobretudo nova;
tão nova que sua compreensão e aplicação ainda estão em nosso futuro. Jesus
trouxe mensagens revolucionárias para o momento em que viveu e
desafiadoras para a nossa capacidade de mudança. Idéias como todos somos
iguais perante o pai; nossa relação com o pai é de amor e não de medo; é
necessário perdoar os inimigos ainda estão para ser incorporadas em nossos
hábitos diários.
Jesus morreu?
- Desencarnou, pois fazia uso de um corpo material como o de qualquer ser
humano.
Jesus morreu para nos salvar?
- Não, em uma época em que era costume sacrificar animais para conseguir a
purificação, usou-se o assassinato de Jesus como uma figura de linguagem para
passar a idéia que seu sacrifício garantiria o resgate das culpas que cada
pessoa sentia. A salvação que Jesus propunha era a salvação da falta de autoconhecimento, do ódio, do egoísmo e da ignorância. Conhecereis a verdade e
esta os libertará dizia Jesus.
Como Jesus ensinava?
- Jesus aproveitava cada oportunidade para transformar em uma lição. Os
samaritanos por exemplo eram perseguidos por sua dissidência religiosa. Era
uma falta grave para um judeu falar com um samaritano. A situação ficava pior
ainda se a conversa fosse uma mulher que era considerada uma pessoa de
menos valor. Veja a seguir o famoso diálogo com uma Samaritana que ele
encontra em um poço na Samaria;
Dá-me de beber, disse Jesus
- Como sendo tu judeu me pedes de beber a mim que sou mulher
samaritana?
- Se tu conhecesses quem é que te diz dá-me de beber, tu lhe pedirias, e
Ele te daria água viva.
- Senhor! Tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens
a água viva? És tu maior do que o nosso pai Jacó que nos deu o poço,
dele bebendo, ele próprio, seus filhos e o seu gado?
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Qualquer um que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que
beber da água que eu lhe der, nunca terá sede, porque a água que eu
lhe der fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.
- Dá-me dessa água para que não mais tenha sede, e aqui não venha tirála. (Note que a mulher samaritana fica presa ao sentido material da
mensagem sem alcançar seu verdadeiro sentido espiritual)
- Vai chamar teu marido e vem cá.
- Não tenho marido...
- Disseste bem: pois que cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é
teu marido.
- Vejo que és profeta! ( neste ponto ela percebe o valor e passa a procurar
a verdade)
- Nossos pais adoraram neste monte e vós judeus dizeis que é em
Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
- Mulher acredita-me, a hora vem, em que nem neste monte nem em
Jerusalém adorareis o Pai. A hora vem em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade.
- Eu sei que o Messias vem e quando vier nos anunciará tudo.
- Eu o sou, eu que falo contigo!
Quantos de nós percebe o significado das mensagens de Jesus que estão aí
aguardando a compreensão e a prática?
-
Jesus irá voltar?
- Se Jesus voltasse provavelmente não seria reconhecido. Além disso, teria
sentido um professor ensinar redação para quem ainda não aprendeu a ler e a
escrever?
Quando virá o consolador prometido por Jesus?
- Assim como os Judeus ainda esperam o Messias que já veio, alguns de nós,
aguardam o consolador que já se encontra entre nós. Em nossa interpretação o
consolador não é nada mais que o entendimento do significado da mensagem
de Jesus; o conhecimento do significado da vida como oportunidade de
evolução. Cabe a cada um de nós trabalhar na construção da ampliação da
nossa consciência e da consciência daqueles com quem convivemos.
Porque os escritores da época florearam a história de Jesus?
- O estudioso Jaldemir Vitório do Centro de Estudos Superiores da Companhia
de Jesus em Belo Horizonte explica que o texto bíblico segue o gênero literário
conhecido como misdrah . Basicamente, o misdrah é uma forma de contar a
história da vida de alguém usando como pano de fundo a biografia de outras
personalidades históricas. No caso de Jesus a referência a Belém é feita para
associá-lo ao rei Davi do Antigo Testamento, que segundo a tradição teria
nascido lá.
Um outro exemplo desta licença poética é a terrível execução de recém
nascidos ordenada por Herodes e a fuga de Maria e José para o Egito para
simbolizar que Jesus é o novo Moisés, já que esta narrativa é bem semelhante
ao que se contava da vida do patriarca bíblico. A visita dos três reis magos teria
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a função de simbolizar que Jesus foi reconhecido pelos demais povos do
Oriente.
Temos que ter em mente que os encarregados de documentar a base da nova
doutrina cristã tinham que manter coerência com as histórias do velho
testamento dando um sentido de continuidade. Este documento veio a se
chamar biblos ou livros e mais tarde Bíblia Sagrada. A expressão sagrada tinha
como função desencorajar discordâncias.
Qual a diferença entre o Jesus ideal e o Jesus real?
- O Jesus ideal foi criado pelas pessoas que não entenderam o valor da sua
mensagem e precisavam adicionar características misteriosas para criar uma
aura divina em torno da figura de Jesus. Apegados à forma e não ao conteúdo,
temiam que ninguém respeitaria um judeu pobre sem sangue real e filho de um
carpinteiro.
O Jesus real é um espírito evoluído que por estar à frente da mentalidade da
época marcou a todos pela força das suas idéias inovadoras e coerentes com a
moral cósmica.
O que significa Cristo?
- Cristo em grego quer dizer o ungido, ou seja aquele que foi eleito para
receber o óleo sagrado.
Por que Jesus era detestado pelos religiosos da época?
- Como havia muitas doenças e não havia nenhum sistema de saúde as
pessoas recorriam ao templo para tentar se curar. Os doentes eram orientados
a pagar taxas e oferecer sacrifícios no templo. Isto gerava para o doente um
ciclo interminável de sofrimento e dívidas. A casta sacerdotal do templo detinha
o monopólio de conduzir os fiéis aos rituais de purificação. É fácil imaginar o
mal estar que os sacerdotes deviam sentir ao ouvir relatos de que com um
simples toque um judeu pobre da Galiléia andava curando doentes e declarando
que pessoas estavam livres dos pecados.
Jesus era essênio?
- Os essênios viviam no isolamento, tinham hábitos simples, admitiam a
reencarnação, tinham normas morais rígidas e eram vegetarianos. Este grupo
era conhecido como nazarenos. Nos manuscritos de Qunram encontrados em
1947 no Mar Morto não se encontrou até o momento nenhuma referencia a
Jesus, mas o que impressiona segundo o arqueólogo Lankester Harding é a
coincidência de práticas e terminologias antes consideradas exclusivas do
cristianismo. Os essênios praticavam o batismo no estilo de João - o batista e
se reuniam para uma ceia litúrgica de pão e vinho. Sua comunidades eram
dirigidas por 12 sábios e todos os bens individuais eram compartilhados. A
identidade se repete em ensinamentos da não-violência e no costume de curar
doentes.
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Pesquisador : Paulo Henrique Wedderhoff
[email protected]
Referencias Bibliográficas:
SBEE – Espiritismo e Currículo – 1999
www.sbee.org – Princípios – Jesus e a Moral Cristã
A. KARDEC - O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
A. RODRIGUES – Luz do Mundo - psicografado por Divaldo Franco
A. RODRIGUES – Primícias do Reino – Psicografado por Divaldo Franco
Revista Superinteressante – Edição de Agosto de 1996
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61
O LIVRO DA VIDA
Benjamin Franklin, inteligência privilegiada do século 18, mais
conhecido entre nós pela sugestão do uso de pára-raios em grandes
edifícios, escreveu certa vez:
“Quando vejo que nada é aniquilado nos trabalhos de Deus, e nem
uma gota d’água é desperdiçada, não posso acreditar que exista o
aniquilamento das almas. Também não posso acreditar que Deus queira
promover suportar o esbanjamento de milhões de mentes já feitas, que
agora existem, e dar-se ao contínuo trabalho de fazer outras, novas.
Assim, vendo que existo no mundo, acredito que, sob uma forma ou
outra, sempre existirei. E, com todos os inconvenientes que a vida
humana tende a oferecer, não farei objeções a uma nova edição da
minha. Espero, contudo, que a errata da última seja corrigida.”
Possivelmente em um momento de bom humor, mas firme nesse
seu ponto de vista, Franklin escreveu seu próprio epitáfio: “O corpo de
Benjamin Franklin, impressor, como a capa de um livro velho, seu
conteúdo despedaçado e despido de seu título e de seus dourados aqui
jaz. Alimento para os vermes. Mas o trabalho não será perdido. Pois,
como ele acredita, aparecerá mais uma vez, em nova e mais elegante
edição, revista e corrigida pelo autor.”
Vemos que o grande cientista acreditava, não somente na
imortalidade da alma, mas também na reencarnação. E, como ele,
podemos dizer que a nossa vida é um livro que estamos escrevendo e
estudando todos os dias. Os nossos atos vão compondo novas páginas,
os nossos pensamentos vão nele sendo impressos. Cada capítulo que
concluímos, pela maturidade que vamos alcançando, é mais rico.
Nenhum capítulo é somente dor. Como nenhum é de total êxtase.
Lágrimas e dores se confundem, tornando a obra um best-seller. Cada
vida é um livro inédito, sem igual.
É bom lembrar, no entanto, que, quando um autor lança um livro
pede a alguém competente no assunto que faça a apreciação do seu
trabalho. Essa apreciação passa a constar como prefácio da obra. De
outras vezes, é o autor mesmo que apresenta a sua obra. No prefácio ele
oferece ao leitor dados sobre o conteúdo, razão e finalidade dos seus
escritos. As pessoas quase sempre deixam de ler essa parte e começam
a ler o assunto principal. Justamente por essa forma errada de ler,
menosprezando as explicações do autor ou do prefaciador, muito do
conteúdo poderá ficar sem um bom entendimento. O livro da nossa vida
também possui um prefácio. É nele que anotamos os projetos e falamos
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62
dos nossos objetivos na presente existência. É no prefácio que
assinalamos as diretrizes que deveremos seguir. Por essa razão, pelo
menos uma vez por ano devemos reler o prefácio do livro da nossa vida.
Isto para termos refrescada a memória sobre o que desejamos fazer da
nossa existência.
Porque viver não é somente respirar, saciar as necessidades
básicas de alimentação, repouso e lazer. Viver é oportunidade de
crescimento, de progresso. Ninguém nasce para ser um fracassado,
derrotado. Cada qual nasce para um grande objetivo: se tornar melhor,
subir um degrau na evolução. Relendo o prefácio do livro da nossa vida,
recordando porque nos encontramos aqui, poderemos realizar as
correções devidas para aproveitar esta oportunidade, de forma ampla.
Poderemos lembrar de retornar àquele curso que começamos e
desistimos. Ou talvez que devamos retornar ao seio da família que um
dia largamos, em algum lugar. Possivelmente nessa lida do prefácio,
recordaremos da intensa necessidade de Deus, da religiosidade. Talvez,
em algum momento, reguemos com lágrimas as páginas do prefácio,
enquanto a memória reavivada nos remete ao doce aconchego da prece.
Pensemos nisso! Será hoje o momento de proceder à leitura do
prefácio do livro da nossa vida?
Equipe de Redação do Momento Espírita com base no artigo Prólogos e
prefácios de Octávio Caúmo Serrano, da Revista Internacional de
Espiritismo de janeiro/2004 e do cap. Testemunhos sobre a
reencarnação (2ª Parte) do livro A Reencarnação através dos séculos de
Nair Lacerda, ed. Pensamento.
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DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS - A REENCARNAÇÃO – O Livro dos
Espíritos
166. Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar
de depurar-se? R: “Sofrendo a prova de uma nova existência. ”
a) - Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
“Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para
isso necessária lhe é a prova da vida corporal.”
b) - A alma passa então por muitas existências corporais?
“Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem
manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.”
c) - Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo,
toma outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. E assim que se deve entender?
R: “Evidentemente.”.
167. Qual o fim objetivado com a reencarnação? R:“Expiação, melhoramento
progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”
168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna
perpetuamente? R: “A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na
senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais
necessidade das provas da vida corporal.”
169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos? R:“Não; aquele
que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas
são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”
170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação? R: “Espírito bemaventurado; puro Espírito.”
Justiça da reencarnação
171. Em que se funda o dogma da reencarnação? R: “Na justiça de Deus e na
revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus
filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar
para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhoraremse? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a
iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.”
Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la,
proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede
realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira
prova.
PARTE 2ª - CAPÍTULO IV
Não obraria Deus com eqüidade, nem de acordo com a Sua bondade, se condenasse
para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram
colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. Se a
sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte, não seria uma única a
balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade
no tratamento que a todas dispensa.
A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas
existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia que formamos da justiça de
Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode
explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de
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resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a
ensinam.
O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na
doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a
achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele.
Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade não o
deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será
conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho
uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência
tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência.
Encarnação nos diferentes mundos
172. As nossas diversas existências corporais se verificam todas na Terra? R: “Não;
vivemo-las em diferentes mundos. As que aqui passamos não são as primeiras, nem as
últimas; são, porém, das mais materiais e das mais distantes da perfeição.”
173. A cada nova existência corporal a alma passa de um mundo para o outro, ou pode
ter muitas no mesmo globo? R:“Pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se
adiantou bastante para passar a um mundo superior.”
a) - Podemos então reaparecer muitas vezes na Terra? R: “Certamente.”
b) - Podemos voltar a este, depois de termos vivido em outros mundos? R: “Sem
dúvida. É possível que já tenhais vivido algures e na Terra”.
174. - Tornar a viver na Terra constitui uma necessidade? R:“Não; mas, se não
progredistes, podereis ir para outro mundo que não valha mais do que a Terra e que
talvez até seja pior do que ela.”
175. Haverá alguma vantagem em voltar-se a habitar a Terra? R:“Nenhuma vantagem
particular, a menos que seja em missão, caso em que se progride aí como em qualquer
planeta.” a) - Não se seria mais feliz permanecendo na condição de Espírito? R:“Não,
não; estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus.”
176. Depois de haverem encarnado noutros mundos, podem os Espíritos encarnar
neste, sem que jamais aí tenham estado? R: “Sim, do mesmo modo que vós em outros.
Todos os mundos são solidários: o que não se faz num faz-se noutro.”
a) - Assim, homens há que estão na Terra pela primeira vez? R: “Muitos, e em graus
diversos de adiantamento.”
b) - Pode-se reconhecer, por um indício qualquer, que um Espírito está pela primeira
vez na Terra? R: “Nenhuma utilidade teria isso.”
177. Para chegar à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens,
tem o Espírito que passa pela fieira de todos os mundos existentes no Universo?
R: “Não, porquanto muitos são os mundos correspondentes a cada grau da respectiva
escala e o Espírito, saindo de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do
mesmo grau.”
a) - Como se explica então a pluralidade de suas existências em um mesmo globo?
“De cada vez poderá ocupar posição diferente das anteriores e nessas diversas
posições se lhe deparam outras tantas ocasiões de adquirir experiência.”
178. Podem os Espíritos encarnar em um mundo relativamente inferior a outro
onde já viveram? R: “Sim, quando em missão, com o objetivo de auxiliarem o
progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal existência, por lhes
proporcionar meio de se
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adiantarem.”
a) - Mas, não pode dar-se também por expiação? Não pode Deus degredar para
mundos inferiores Espíritos rebeldes? R: R: “Os Espíritos podem conservar-se
estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles
consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza, as
existências mal empregadas.”
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REGRAS PARA VIVER NO PLANETA TERRA
1) Você receberá um corpo.
Você poderá adorá-lo ou odiá-lo, mas ele será seu durante toda uma vida.
2) Você aprenderá lições.
Você estará matriculado em tempo integral numa escola informal chamada
vida. A cada dia nessa escola, você terá a oportunidade de aprender lições.
Você poderá gostar das lições ou achá-las irrelevantes.
3)
Não existem erros, apenas lições.
Evolução é um processo de tentativas, com erros e acertos chamados
experimentação. As “experiências” que falham são tão importantes para o
processo quanto as experiências que dão certo.
4) Uma lição é repetida até ser aprendida.
Uma lição será apresentada a você de várias formas até que você a tenha
aprendido. Quando você aprendê-la poderá passar para a lição seguinte.
5)
Aprender lições nunca termina.
Não existe parte da vida que não contenha suas lições. Enquanto você estiver
vivo, haverão lições para ser aprendidas.
6)
“Lá” não é melhor do que “aqui”.
Quando o seu “lá” se tornar o seu “aqui”, você simplesmente obterá outro “lá”
que novamente se parecerá melhor do que “aqui”.
7)
Os outros são meros espelhos de você.
Você não poderá gostar ou detestar algo sobre outra pessoa a menos que
reflita algo que você goste ou deteste sobre si mesmo.
8)
O que você fará de sua vida depende de você.
Você tem todos os recursos e ferramentas que necessita. O que você faz com
eles depende de você. A escolha é sua.
9)
Suas respostas estão dentro de você.
As respostas para as questões da vida estão dentro de você. Tudo que você
precisa é olhar, ouvir e confiar.
10) Você esquecerá todas estas regras.
Chérie Carter-Scott
Traduzido e adaptado do livro “Chicken Soup for the Soul”
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Reencarnação
Reencarnação é o processo pelo qual o espírito, estruturando um corpo físico, retorna,
periodicamente, ao polissistema material. Esse processo tem como objetivo, ao propiciar
vivência de conhecimentos, auxiliar o espírito reencarnante a evoluir.
O reencarne obedece a um princípio de identidade de freqüências, ou seja, o espírito
reencarna em um determinado continente, em um determinado país, em uma determinada
região desse país, em uma determinada localidade dessa região, com determinadas
características culturais (idioma, usos, costumes, valores, tradições, história etc.), bem
como em uma determinada família, de acordo com a sintonia que a freqüência do seu
pensamento consiga estabelecer em relação a cada um desses elementos.
O espírito realiza a reencarnação conscientemente, inclusive traçando o seu próprio plano
geral para a existência material que está se iniciando. O espírito reencarnante, de acordo
com suas limitações, será mais ou menos auxiliado por espíritos com mais conhecimento e
com os quais tenha afinidade. No entanto, se não estiver suficientemente equilibrado ou
consciente, será orientado no planejamento de sua passagem pelo polissistema material.
Todavia, reencarnado o espírito, inicia-se o processo de existência corporal no
polissistema material. É um processo aberto, pois a trajetória pessoal do encarnado segue
o exercício do seu livre-arbítrio. Portanto, não há que se falar em destino, em caminhos
previamente traçados.
O espírito encarnado, fundamentando-se em seu existente (a bagagem de conhecimentos
e experiências adquiridos ao longo de toda a sua história, seja encarnado, seja
desencarnado), passa a exercitar sua capacidade, a constatar e desenvolver suas
potencialidades, enfim, passa a construir seu momento presente e seu momento futuro.
Vai enfrentando contradições, dificuldades, obstáculos, facilidades, administrando
encontros e desencontros, permanecendo no seu plano geral ou se desviando em função
de algumas variáveis do processo, mas sempre de acordo com sua vontade.
No exercício do livre-arbítrio, o espírito encarnado vai construindo seu equilíbrio ou seu
desequilíbrio, de acordo com a maneira pela qual enfrenta as situações e a vida. Vai, por
assim dizer, determinando-se, segundo a natureza de seus pensamentos e atos. Por
menos que faça, ou por mais que se desequilibre, o espírito sempre alcança progressos
em um ou outro aspecto do seu ser.
A evolução não está necessariamente vinculada ao tempo de vida material, mas à
intensidade com que ela é vivida. A quantidade de experiências e o aproveitamento que é
feito delas é fundamental para o crescimento do espírito, não importando se as
experiências estão sendo vivenciadas no polissistema material ou espiritual.
É de se ressaltar que, entre uma encarnação e outra, o espírito continua trabalhando,
continua aprendendo, continua evoluindo, de modo que ele não reencarna no mesmo
estágio em que desencarnou.
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68
A Doutrina Espírita trabalha, atualmente, com a hipótese de que o processo reencarnatório
envolve os conceitos de missão, provação, expiação e carma.
Vale ressaltar que no entendimento atual da Doutrina, os processos reeencarnatórios
apresentam facetas desses quatro conceitos, mas que algumas reencarnações podem
apresentar o predomínio de algumas dessas características. Eles não são conseqüência
de uma interferência ou controle externo ao espírito reencarnante, descartando-se portanto
qualquer idéia de castigo, punição ou recompensa. Eles são decorrentes da lei de causa e
efeito e das condições de equilíbrio e harmonia do espírito.
Missão é a situação na qual o espírito reencarnante aplica conhecimentos internalizados a
favor de uma pessoa ou do grupo de sua convivência.
Provação é a situação na qual o conhecimento em processo de acomodação e
internalização deve ser vivenciado; é a situação na qual o espírito é desafiado ao limite de
seu conhecimento.
Expiação não se refere à aplicação de conhecimento, mas, sim, a uma conseqüência de
um conhecimento aplicado, que provocou conseqüências difíceis, desagradáveis, muitas
vezes dolorosas, que o seu responsável deverá enfrentar.
Carma ainda é um conceito útil dentro da concepção da Doutrina, desde que se esteja
atento para o seu significado, diverso do de outras Doutrinas. Para o Espiritismo, carma
caracteriza a situação na qual o espírito está enfrentando as conseqüências de atos seus
que lhe provocaram um desequilíbrio muito intenso, tanto em qualidade como em
quantidade, e que, pela sua intensidade, o espírito poderá levar toda uma encarnação, ou
mais de uma, para recuperar seu equilíbrio.
A pessoa em desequilíbrio estará sempre em recuperação tanto pela sua reação própria
como pela ajuda de outras pessoas ( curar, aliviar, consolar; conhecimento técnico, moral
e afetivo). O que varia é apenas o tempo necessário para que o equilíbrio seja novamente
retomado. É importante frisar que as dificuldades que o espírito encarnado encontra em
seu cotidiano muitas vezes não são explicadas pela reencarnação. Reencarnação não
explica tudo. Há muitas situações de desequilíbrio causadas em sua encarnação atual.
Em resumo, rencarnação não serve para explicar tragédias e desgraças; não serve para
esconder a ignorância, não serve como desculpa ao imobilismo; não serve como consolo
para aquelas situações que deveriam ser modificadas e não o são; não serve para
destacar o passado e paralisar o presente. Reencarnação é oportunidade de
aprendizado, é oportunidade de se aplicar o que se sabe e superar as limitações
através de vivências sucessivas no polissistema material. Reencarnação é afirmação
da unidade e da continuidade da vida.
Copyright: Todos os direitos reservados. A SBEE autoriza a reprodução dos textos para fins não
comerciais desde que seja mencionada a fonte"
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Radicais livres
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UM NOVO FIM
Nasceste no lar que precisavas.
Vestiste o corpo que merecias.
Moras onde melhor Deus te proporcionou de acordo com teu
adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades;
nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para tua
realização.
Teus parentes e amigos são as almas que atraíste, com tua própria
afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo
aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua jornada.
Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograme tua meta, busque o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer
um pode começar a fazer um novo fim.
Chico Xavier
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Sexta-feira, 6 de setembro de 2002
A eficiência da 'lei seca'
A cidade de Diadema registrou em agosto o menor número de homicídios desde novembro de 1994.
Esse município da Grande São Paulo passou dois fins de semana consecutivos, em julho, sem registrar
nenhum homicídio, mudança relevante para uma cidade marcada, no ano passado, por uma média de
4 a 5 homicídios por fim de semana. Em julho de 2001 houve na cidade 26 assassinatos, contra apenas
7 neste ano. O motivo da queda da criminalidade em Diadema se deve, em grande parte, à chamada
"lei seca" que proíbe o funcionamento dos bares entre 23 e 6 horas, aprovada pela Câmara Municipal e
em vigor desde o início de junho último. Um trabalho conjunto da Delegacia Seccional de Polícia de
Diadema com a Coordenadoria Social do município mapeou os locais e horários de maior incidência
dos crimes de morte e descobriu que 60% dos homicídios ocorriam entre 11 e 4 horas no interior ou na
saída dos bares, principalmente naqueles que funcionam com mesas nas calçadas. Os "acertos de
contas" que vão desde o pagamento de dívidas banais até resultados dos jogos de bilhar motivaram a
quase totalidade desses crimes caracterizados sempre pela embriaguez dos beligerantes.
O município pioneiro nesse tipo de medida foi Barueri, seguido de Itapevi.
Agora, os bons resultados de Diadema levaram a Câmara de Mauá, na mesma região, a aprovar
idêntico projeto. Os vereadores de Santo André e São Bernardo também estão discutindo se
proíbem a venda de bebidas alcoólicas em lugares públicos a partir das 23 horas. Em Diadema,
uma rigorosa fiscalização garantiu a eficácia da lei. Regina de Luca Miki, coordenadora da
Defesa Social na cidade, diz que cerca de 85% dos 1.200 bares estão obedecendo à proibição. A
fiscalização da prefeitura já fechou 4 que desrespeitaram a lei, multou 18 e notificou 127.
Com os bares fechados durante a madrugada, não foram apenas os homicídios que diminuíram. Os
dados da polícia demonstram que o número de atendimentos a pessoas alcoolizadas em hospitais,
envolvidas em pequenos acidentes, caiu de 164 em maio, antes da proibição, para 53 em junho, depois
da lei. Os acidentes de trânsito despencaram de 150 para 51, no mesmo período, e os registros de
agressões, de 92 para 36.
A resistência dos donos dos estabelecimentos à medida é compreensível, mas o alcance social da lei é
inquestionável. O argumento de que a medida só pode vigorar em cidades pequenas onde não há
custosos empreendimentos destinados a um comércio de horário noturno não procede porque a lei de
Diadema, por exemplo, prevê licenças especiais concedidas por uma comissão que inclui membros da
comunidade, representantes do sindicato dos bares e restaurantes, policiais e funcionários da
prefeitura. Os bares de consumo de classe média, que cumprirem certos critérios, como de proteção
acústica, licença da vigilância sanitária e acesso para pessoas com deficiência física podem ter horário
mais longo de funcionamento. Porém, basta uma única reincidência de crime envolvendo embriaguez
nesses locais para que a licença seja cassada definitivamente. Os donos dos bares de consumo mais
caro, destinados à classe média em Santo André e São Bernardo, omitem, em suas críticas à lei de
Diadema; a possibilidade de obtenção dessa licença.
São Paulo já fez algumas tentativas malogradas de fechar bares de madrugada.
Os resultados obtidos em Diadema sugerem que elas deveriam ser repetidas.
Artigo enviado por Rosa Branco – GEM da SBEE - 5a. Feira - Sede – para [email protected]
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Um pequeno serviço
Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e
começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.
Enquanto pintava, percebeu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que
havia um vazamento, e decidiu consertá-lo.
Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo
cheque. O pintor ficou surpreso:
- O senhor já me pagou pela pintura do barco - disse ele.
- Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Foi um serviço tão pequeno que não quis cobrar. Certamente, não está me pagando uma
quantia tão alta por algo tão insignificante !
Meu caro amigo, você não compreendeu. Deixe-me contar- lhe o que aconteceu.
Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento.
Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria.
Eu não estava em casa naquele momento.. Quando voltei e notei que haviam saído com o
barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me que o barco tinha um furo.
Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos.
Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado!
Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para
pagar-lhe pela sua "pequena" boa ação...
...........................................................................................................................................
Não importa para quem, quando, de que maneira. Sempre que for possível, sempre que
depender de você, e principalmente, dentro de suas possibilidades, vá além ...
Este poderá ser o seu diferencial!
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Livre-arbítrio
843. Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?R: “Pois que tem a liberdade de pensar, tem
igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.”
844. Do livre-arbítrio goza o homem desde o seu nascimento?R: “Há liberdade de agir,
desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que
se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades. Estando seus
pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o seu livrearbítrio àquilo que lhe é necessário.”
845. Não constituem obstáculos ao exercício do livre-arbítrio as predisposições
instintivas que o homem já traz consigo ao nascer? R: “As predisposições instintivas são as
do Espírito antes de encarnar. Conforme seja este mais ou menos adiantado, elas podem
arrastá-las à prática de atos repreensíveis, no que será secundado pelos Espíritos que
simpatizam com essas disposições. Não há, porém, arrastamento irresistível, uma vez que se
tenha a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder.”
846. Sobre os atos da vida nenhuma influência exerce o organismo? E, se essa
influência existe, não será exercida com prejuízo do livre-arbítrio?
“É inegável que sobre o Espírito exerce influência a matéria, que pode embaraçar-lhe
as manifestações. Daí vem que, nos mundos onde os corpos são menos materiais do que
na Terra, as faculdades se desdobram mais livremente. Porém, o instrumento não dá a
faculdade. Além disso, cumpre se distingam as faculdades morais das intelectuais. Tendo
um homem o instinto do assassínio, seu próprio Espírito é, indubitavelmente, quem possui
esse instinto e quem lho dá; não são seus órgãos que lho dão. Semelhante ao bruto, e ainda
pior do que este, se torna aquele que nulifica o seu pensamento, para só se ocupar com a
matéria, pois que não cuida mais de se premunir contra o mal. Nisto é que incorre em falta,
porquanto assim procede por vontade sua.” (Vede n°s. 367 e seguintes - “Influência do
organismo”.)
DA LEI DE LIBERDADE
847. Da aberração das faculdades tira ao homem o livre-arbítrio?
“Já não é senhor do seu pensamento aquele cuja inteligência se ache turbada por
uma causa qualquer e, desde então, já não tem liberdade. Essa aberração constitui muitas
vezes uma punição para o Espírito que, porventura, tenha sido, noutra existência, fútil e
orgulhoso, ou tenha feito mau uso de suas faculdades. Pode esse Espírito, em tal caso,
renascer no corpo de um idiota, como o déspota no de um escravo e o mau rico no de um
mendigo. O Espírito, porém, sofre por efeito desse constrangimento, de que tem perfeita
consciência. Está aí a ação da matéria.” (371 e seguintes)
848. Servirá de escusa aos atos reprováveis o ser devida à embriaguez a aberração
das faculdades intelectuais?
“Não, porque foi voluntariamente que o ébrio se privou da sua razão, para satisfazer
a paixões brutais. Em vez de uma falta, comete duas.”
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A RESPOSTA DA GRATIDÃO
Jim nunca imaginou que as coisas acontecessem daquela forma. Enquanto trabalhava como salva-vidas, amava
o que fazia. Num dia de folga, andando pela praia, ele viu uma mulher em perigo. Jogou-se n’água e a trouxe
para a praia.Depois a carregou até o posto salva-vidas, onde uma ambulância a levou para o hospital.
Victória ficou muito agradecida e passou a visitá-lo, de vez em quando, no posto. Quando sabia que ele estava
trabalhando, mandava-lhe pizza. Jim retribuía com visitas e telefonemas. Os outros rapazes faziam gozação da
sua amizade com aquela senhora. Ele não ligava. Durante anos, mantiveram a amizade.
Certo dia, retornando de uma viagem, Jim ligou para a casa dela. Quem atendeu foi uma jovem, que se identificou
como bárbara. Era sua sobrinha. Contou-lhe que Victoria havia morrido, vítima de um derrame. A sobrinha viera
de outra cidade para resolver alguns negócios da tia. Ela sabia tudo a respeito dele porque sua tia lhe falou. O
tempo passou.
Uma noite, numa festa na praia, com amigos, Jim percebeu que as coisas estavam saindo do controle. Bebidas e
drogas começaram a circular. Ele decidiu ir embora. Logo depois, uma mulher que ele havia conhecido apenas
algumas horas antes, também saiu. Quando ela foi dada como desaparecida e seu vestido esfarrapado foi
encontrado ao lado da estrada, ele foi acusado de assassinato.
Parecia um pesadelo. Ele mal a conhecia. Era uma acusação maluca. Mas a polícia precisava de um suspeito. E
ele era um suspeito.
Um defensor público foi indicado para cuidar do seu caso, porque ele não tinha dinheiro. Foi preso e a fiança
estipulada em um valor elevadíssimo. Jim achou que não teria mais saída. Então, um dia, recebeu um
telefonema. Era bárbara. Formada em direito, ela ouviu o noticiário a respeito da sua prisão e perguntava se ele
aceitaria que ela o defendesse gratuitamente. Jim aceitou de pronto. Ela começou a se inteirar dos detalhes do
caso.
A única testemunha ocular que identificou Jim, como o homem que saiu da festa com a mulher, descreveu o casal
como sendo da mesma altura. Alguma coisa estava muito errada. A suposta morta tinha 1,65m. Jim tinha quase
1,80m. Graças a esse detalhe, ela conseguiu que a fiança fosse reduzida e Jim pôde ir para casa. Aquilo foi um
presente para ele. Ela contratou um detetive que, depois de algum tempo, descobriu que a suposta vítima vivia
num país vizinho.
Ela decidira sair de casa e abandonar o marido para começar uma nova vida, com outra pessoa. Depois de muita
insistência, meses de trabalho, conseguiram que a mulher retornasse e se mostrasse à polícia, provando que
estava viva. Jim estava livre da acusação. Hoje, ele vive com sua mulher e três filhos. Tem uma fazenda e dirige
sua própria fábrica.
Mas nunca vai esquecer aquela amizade especial com Victoria. Comenta ele: “se aquela doce senhora não
falasse de mim para sua sobrinha como o fez, é bem possível que eu estivesse apodrecendo na prisão, pelo resto
da minha vida. Devo minha vida àquela mulher.”
No entanto, bárbara tem uma versão diferente: “ele merecia minha ajuda. Ele salvou a vida de alguém que nem
conhecia, mesmo não estando em serviço naquela hora. Esse tipo de amor pela humanidade não fica sem
recompensa.”
***
Faça o bem, sem nunca aguardar recompensa. Mas guarde a certeza que os benefícios lhe chegarão, de alguma
forma, neste mundo ou no outro. Isto porque à toda ação corresponde uma reação. E o bem somente gera bem
maior.
Equipe de Redação do Momento Espírita com base no cap. Heróis também precisam de heróis, do livro
Triunfos do coração, de autoria de Chris Benghue, ed. Butterfly.
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COMPETÊNCIA E HUMILDADE
No dia 14 de março de 2004, um fato ocorrido em Recife, capital pernambucana, no
Hospital da Restauração, o maior pronto-socorro público do Nordeste, se tornou notícia
nacional.
A reportagem dizia o seguinte:
"Uma mulher que levou um tiro no coração sai andando do quarto do hospital!" Quem
viu a cena ficou imaginando: como é possível alguém escapar vivo de uma situação
dessas?
Naquela segunda-feira de carnaval, o cirurgião João Veiga só deveria dar plantão às 4h
da madrugada. Mas ele teve insônia e resolveu ir mais cedo para o trabalho. Era pra
chegar na unidade de trauma às 4h da manhã. Voltei à meia-noite, contou João.
Uma hora depois, a turista israelense Moran Bomflek deu entrada na emergência
baleada no coração, em estado gravíssimo.
Ela não respirava, o coração não batia, a pupila estava dilatada, quer dizer, o cérebro
estava sofrendo. Então é morte aparente. Não tinha nenhum reflexo, lembrou o
cirurgião.
Um plantonista menos experiente poderia ter dado o caso como perdido. Mas João
Veiga, 17 anos de profissão, agiu rápido: abriu o peito de Moran e tentou um
procedimento arriscado. Massageou o coração da paciente com as próprias mãos.
Eu só fiz puxar um pouquinho o coração para expor melhor a lesão e fiz dois pontos.
Costurei a parte atingida e o coração ficou sem bater. Foi aí que eu comecei o
procedimento de massagem cardíaca, ou seja, segurar o coração e ficar fazendo um
movimento em torno de dois a quatro minutos, relatou o médico.
A vida da paciente dependia de uma transfusão de sangue, urgente. O tipo de sangue
necessário já estava disponível.
Eu tinha pedido, há 20 minutos, sangue para outra paciente que estava estável mas
precisava de sangue e quando este sangue chegou para a outra paciente eu usei pra
ela. O sangue "o" negativo, que foi fundamental, contou Dr. João.
***
Importante lembrar que o médico, que deveria chegar ao hospital somente às 4h da
madrugada, teve insônia e resolveu ir logo para o trabalho. Somente um profissional
que ama o que faz é capaz de tomar uma decisão dessas.
Ele poderia ter ficado em casa descansando, assistindo televisão, ouvindo música,
fazendo algo para passar o tempo...
Mas ele preferiu ir para o hospital. Diga-se, um hospital público. Não é de admirar que
um homem com tamanha competência e humildade, tenha tanto amparo do alto em
suas tarefas.
Por causa da sua extremada dedicação, ele havia solicitado sangue para outra paciente,
e isso o ajudou a salvar uma vida.
Sem dúvida, podemos afirmar que não houve sorte nem coincidências. Houve
competência e dedicação, aliadas á providência divina. Acostumado a lidar com casos
graves, João Veiga não quer ser tratado como herói.
Mais uma prova de que ele é realmente um grande homem, um profissional competente
e um coração generoso.
Ao final da reportagem, João Veiga diz, com simplicidade e sincera humildade: "eu
gosto de fazer exatamente isso, foi para isso que eu treinei."
Somente pessoas verdadeiramente abnegadas conseguem fazer coisas grandiosas com
a naturalidade de quem resolve pequenas questões.
Um fato que nos leva a crer que este mundo tem jeito. Que existem profissionais que
desempenham suas tarefas com competência e dedicação. E, acima de tudo, que Deus
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atende seus filhos através dos seus filhos. Sejam eles médicos, cientistas, agricultores,
ou simplesmente um homem bom.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em reportagem exibida na
Rede Globo, no Fantástico do dia 14/03/2004
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Filhos Pródigos
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o ECO
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SÓ NÃO ERRA QUEM NÃO FAZ
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FESTIVAL DO VINHO
Era uma vez um vilarejo onde a principal atividade era produzir uvas e naquele
ano a colheita havia sido das melhores.
Os moradores então decidiram comemorar com um importante festival de vinho
que iria acontecer em poucos dias.
Para tanto, tomaram emprestado da cidade vizinha, um barril bem grande e o
colocaram no meio da praça do vilarejo.
Combinaram então que cada um dos moradores deveria colocar uma garrafa do
seu melhor vinho no barril, desta maneira haveria bastante vinho para a grande
festa.
Mas um dos moradores do vilarejo, se achando muito esperto pensou: “se eu
colocar uma garrafa de água ao invés de uma garrafa de vinho, ninguém irá
notar, pois haverá tanto vinho bom no barril que a água vai se misturar e
ninguém irá notar!”
E a noite do grande festival chegou. Todos se dirigiram à praça com suas jarras
e taças para provar o tão esperado vinho.
A torneira do barril foi finalmente aberta aos olhos de todos os moradores, mas
o que saiu foi a mais pura água!
Todos os moradores do vilarejo tiveram a mesma idéia!
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Destino ou livre arbítrio?
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cultura e mediunidade
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Mediunidade
2000
SBEE - Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas Maio /
Cultura é a herança social. É todo o conhecimento acumulado pelas pessoas ao
enfrentarem situações e desafios no cotidiano. Cada pessoa, motivada pela necessidade
ou interesse e sustentada pela prontidão, fará continuamente conhecimento ao buscar um
referencial diferente, que permita a construção de conceitos novos e, por sua vez, sustente
comportamentos, atitudes renovados. As ferramentas que estão à disposição do ser
humano nessa busca de referenciais diferentes são muito variadas. A mediunidade é uma
dessas ferramentas que podem ser utilizadas para o crescimento do ser humano, mas o
seu conceito, utilizado pelo senso comum, deve ser modificado.
No entendimento do Espiritismo, mediunidade não é sagrada, não é mística, não é
mágica, não é sobrenatural. Não se alcança através de rituais ou de fórmulas
predeterminadas. A sua prática é racional, equilibrada, transparente, fruto da persistência e
da continuidade. O seu exercício envolve objetivo, planejamento e estruturação do
processo.
A mediunidade não serve para "falar com os mortos", pois os espíritos
desencarnados não se enquadram nesta concepção do imaginário da cultura material. A
mediunidade não se reduz a um balcão de atendimento ao qual se recorre para resolver
problemas. Não serve para dizer o que as pessoas devem fazer ou para decidir seu futuro,
tolhendo o seu livre-arbítrio.
Para a Doutrina Espírita, mediunidade não deve ser vista como "transe".
Mediunidade é sintonia e troca de experiência entre espíritos desencarnados e
encarnados. Não há perda de consciência, não há anulação. Há soma das experiências
das partes envolvidas, trazendo superação.
A mediunidade não "serve contra mau olhado" , não "serve para ganhar na loteria",
não serve para justificar comportamentos anormais. Não "serve para desobsidiar
espíritos". Não é "dom", não é "graça", não é castigo ou punição. É trabalho contínuo para
a construção de um momento diferente, evidenciado no comportamento de cada um.
A mediunidade não faz milagres. Não concede "poderes" especiais. Ela não é fonte
de todo o conhecimento. Os espíritos encarnados e os desencarnados envolvidos no
processo mediúnico só conhecem alguma coisa na medida de suas experiências e de suas
vivências.
A mediunidade não é exclusiva de algumas pessoas. Ela é uma capacidade, uma
faculdade do espírito, que se aperfeiçoa pelo exercício e esforço pessoal. Ela é de todo o
grupo cultural e está intimamente ligada aos seus valores e sentimentos. A mediunidade
não está pronta e acabada, transforma-se e modifica-se ao longo do tempo,
acompanhando o momento emergente, as situações vividas pelo grupo, a evolução das
pessoas.
As pessoas evoluem pela soma de suas experiências e das experiências
acumuladas pelo grupo social. Em constante crescimento interior, cada pessoa é diferente
das outras porque vive experiências únicas ao longo de sua trajetória de vida. Ao ser
colocada diante de novas situações, procura encontrar respostas em seu conhecimento
acumulado ou no conhecimento acumulado de outras pessoas, estejam encarnadas ou
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Monitores\powerpoint\COLETANEA_2006_parcial.doc
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desencarnadas.
Exercitar a mediunidade é buscar e encontrar respostas para as questões das
pessoas e da sociedade, através da comparação dos referenciais de valores, idéias e
sentimentos do polissistema material e do polissistema espiritual, úteis para a evolução da
pessoa e do grupo.
Quando uma pessoa elabora um produto mediúnico está procurando, limitada pela
prontidão do grupo cultural, evidenciar questões e/ou respostas novas para situações do
social. Portanto, o seu produto é, antes de tudo, um produto cultural, com conceitos
universais, alternativos, especialistas e individuais, e caracterizado por uma forma, com um
significado e com uma função.
Mediunidade é instrumento que auxilia cada pessoa na construção do novo, através
do rompimento de seus limites, ampliando a visão de si mesmo, dos outros, da natureza,
de Deus. Mediunidade é expressão de identidade, é sintonia e troca de experiência.
Mediunidade é interação entre os polissistemas material e espiritual.
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MEDIUNIDADE E CULTURA
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88
Hagar – recrutador de tripulações
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89
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90
Exercício da Amnésia:
Se você despertasse em um quarto de hotel, acometido de amnésia, que
perguntas te ocorreriam?
1.
2.
3.
4.
5.
C:\Users\Rui\Documents\SBEE\Curos de
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91
CONSOADA
Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
-Alô, ineludível !
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.
Manuel Bandeira ( 1886 - 1968)
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92
Trajetória de Vida
No processo de aprendizado, a pessoa tem momentos de profunda reflexão na busca do significado
de sua existência: Quem eu sou? De onde eu vim? Por que estou aqui? Para onde eu vou ?São
perguntas cujas respostas são essenciais para o indivíduo deixar de ser passageiro do mundo
imediato e se transformar em agente consciente e conseqüente do seu processo de vida, passando,
dessa forma, a planejar sua evolução.
A proposta da Doutrina Espírita é tentar fornecer instrumentos e instruções para que se possa
compreender e construir a pluralidade de caminhos que compõe a trajetória de vida. Portanto, é
fundamental conhecer as alternativas existentes e ter consciência clara - sabedoria — dos
caminhos que podem ser escolhidos.
É muito importante, ao se falar em trajetória de vida, conceituar passado, presente, futuro e
referencial de vida.
O passado são os acontecimentos vividos, experiências acumuladas. O presente é o que a pessoa
é e o que ela faz. Ao agir, o homem faz transformações — "quem não age não é" (Antonio Grimm).
O futuro é a expectativa do que a pessoa quer ser.
O presente da pessoa possui suas bases no somatório das suas experiências e vivências, portanto
é um resultado único e individual. A observação plena, racional e intensa do presente possui
profundo significado para o homem. Viver o presente, analisá-lo, pesquisá-lo é dar a dimensão do
Universo à vida do homem (Antonio Grimm).
A Doutrina Espírita promove o processo sustentável de vida por meio do encontro do homem
consigo mesmo; ou seja, aquele que vive somente os acontecimentos do passado, ou apenas as
expectativas do futuro, não vive o presente, portanto não age e não transforma.
A análise do passado, do presente e do futuro é feita de acordo com determinado referencial de
vida. Para a Doutrina Espírita, referencial de vida é um sistema de valores utilizado como parâmetro
de avaliação crítica das decisões, das ações e do comportamento.
Pode-se tentar traduzir a idéia de referencial de vida usando o seguinte exemplo: uma pessoa
decidiu viajar. Viajar é uma experiência bastante interessante que permite conhecer outros lugares,
pessoas e viver momentos novos. Ou seja, viajar é uma oportunidade de aprendizagem. Se esta
viagem for planejada previamente, levando-se em conta as experiências anteriores da pessoa,
acrescida das suas preferências e tendências atuais, além de se considerar as informações e
indicações dos lugares a serem visitados, com certeza a viagem será mais condizente com as
expectativas. O planejamento permitirá a escolha de caminhos mais objetivos e, o que é muito
importante, servirá como referência caso, por engano, a pessoa saia do trajeto que escolheu.
Entretanto, supondo-se que a pessoa não fez o planejamento prévio, deixando para o momento e
para o acaso a escolha do caminho a ser tomado, a probabilidade da viagem não ser satisfatória
será maior. Corre-se o risco de levar a trajetos perigosos, muitas vezes difíceis e penosos. Todo
este cenário pode ser agravado pela falta de um ponto de referência para saber se a pessoa está se
aproximando ou se afastando do objetivo desejado.
Dessa forma, a trajetória de vida de um indivíduo pode ser encarada como uma viagem do espírito
a várias culturas, lugares, momentos, situações, desafios, funções e oportunidades. A abordagem
da vida como trajetória e a utilização do referencial como ferramenta são muito úteis na otimização
da evolução de cada pessoa. É importante estar reavaliando continuamente o referencial,
transformando-o e corrigindo-o.
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O sistema referencial proposto pela Doutrina Espírita traz alguns conceitos tais como: capital de
vida, história de vida, inventário de vida, projeto de vida.
Capital de vida é a duração potencial, a quantidade de tempo disponível pelo espírito para
construção de sua trajetória no polissistema material.
História de vida é a resultante singular e universal do somatório contínuo de experiências vividas e
convividas pelo espírito.
Inventário de vida é o levantamento e avaliação de valores agregados pelo espírito ao longo de sua
trajetória; coleção do resultado de suas experiências.
Projeto de vida é a construção da trajetória de vida do indivíduo na expectativa do que ele quer ser projeto de construção do ser na ação de sua consciência.
O objetivo da vida é a evolução. Como evolução é um processo, a vida é necessariamente aberta,
não há destino. A trajetória de vida é construída pela pessoa ao desenvolver os seus potenciais e
superar os seus limites.
Resumindo, trajetória de vida é um caminho construído livremente pelo espírito ao interagir
de forma consciente e conseqüente consigo mesmo, com os outros, com a natureza, com o
Universo.
Copyright: Todos os direitos reservados. A SBEE autoriza a reprodução dos textos para fins não
comerciais desde que seja mencionada a fonte"
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Darwin
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HAGAR - ESTE ANO ESTOU DECIDIO A ME TORNAR UMA PESSOA
MELHOR
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BREVE HISTÓRIA DO ESPIRITISMO
Em toda história humana, principalmente entre os povos mais antigos da India,
Egito, Grécia, aparecem relatos de fatos mediúnicos. Existem registros na Bíblia
de que os Hebreus faziam evocações dos mortos. Também observamos
registros destes fatos nos escritos religiosos dos Gregos e as pitonisas dos
oráculos e entre os Vedas na Índia.
Na Idade Média, devido à intolerância religiosa tornou-se difícil a prática destas
manifestações.
Somente no século XIX, em 1844, acontece o início da corrente espiritualista
nos Estados Unidos da América, liderada por Andrew Jackson Davis
protagonista de diversos fenômenos de desdobramento e experiências fora do
corpo físico que levaram à publicação de um conjunto de livros conhecidos
como Filosofia Harmônica.
Em 1848 houve maior interesse nas manifestações com o caso das irmãs Fox.
O fenômeno ficou conhecido por ruídos, pancadas e movimentos cujas causas
eram desconhecidas. Da América esse fenômeno multiplicou-se por toda
Europa, em particular na França onde por alguns anos pessoas se colocavam
em torno de mesas que emitiam ruídos e produziam movimentos. As mesas
girantes, como foram chamadas na época, viraram moda e criaram
divertimento nos salões da França.
Em 1854, Hippolite Leon Denizard Rivail, pedagogo e educador, foi convidado a
participar de reuniões onde era estudado o fenômeno das mesas girantes. Em
uma destas ocasiões ele conheceu o Sr. Baudin, passando a freqüentar as
reuniões em sua casa, onde a técnica utilizada não era mais a das mesas
girantes e sim a das cestas escreventes. A partir daí passou a estudar
metodicamente os fenômenos, observando, comparando, analisando e
registrando todas as experiências de que participava formando um conjunto de
mais de cinqüenta cadernos de relatos.
Ao concluir que as respostas obtidas através destas manifestações continham
profundo sentido lógico, o estudioso publicou em 1857 o Livro dos Espíritos. O
livro foi publicado sob o pseudônimo de Allan Kardec visto que o professor
Rivail não achava justo publicar algo que não era dele, mas que provinha do
ensinamento de pessoas que já haviam falecido. No ano seguinte fundou a
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e editou a Revista Espírita. Em 1859
publicou "O que é o Espiritismo", em 1861, o "Livro dos Médiuns", em 1864 "O
Evangelho Segundo o Espiritismo", em 1865 "O Céu e o Inferno", e em 1868 "A
Gênese".
Com o desencarne de Allan Kardec em 1869, assumiu a liderança do
movimento o espírita Leon Denis, considerado o consolidador do espiritismo e à
quem se credita o desenvolvimento do lado filosófico da Doutrina Espírita.
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Allan Kardec ( 1804 - 1869)
Nascido em Lyon - França - de uma família
tradicionalmente voltada para a magistratura e
advocacia, Allan Kardec (pseudônimo de Hippolyte
Denizard Rivail) desde jovem sentiu-se inclinado ao
Educado na Escola de
das ciências e da filosofia
Pestalozzi, em Yverdum (Suíça), tornou-se um
desse célebre professor e um dos mais zelosos propagandistas do seu sistema
educação.
Léon
estudo
discípulo
de
O fato de ter nascido de uma família católica e de ter sido educado em um país
protestante, o fez experimentar situações de intolerância religiosa, o que o levou a
conceber, desde cedo, a idéia da necessidade de uma reforma religiosa que culminasse
com a unificação das crenças.
Bacharelou-se em Letras e em Ciências; lingüista insigne, falava alemão, inglês,
italiano, espanhol e holandês, chegando a traduzir diferentes obras de educação e
moral para a língua alemã. Foi membro de várias sociedades culturais e científicas da
época, entre outras, a Academia Real de Arrás.
Em 1832 casou-se com Amélie Gabrielle Boudet, estabelecendo residência em Paris. Na
própria residência, entre 1835 e 1840, fundou cursos gratuitos de Química, Física,
Anatomia, Astronomia, entre outros. Sua preocupação com a Educação, aliás, levou-o a
publicar várias obras, abordando os mais variados assuntos, tais como Instrução
Pública, Aritmética, Gramática Francesa, Geometria, Química, Física, Astronomia e
Fisiologia, sendo que estes últimos eram professados por ele no Liceu Polimático.
Em 1854 Allan Kardec tomou conhecimento dos fatos envolvendo as "mesas girantes e
falantes". Começou a assistir as reuniões sem dar muito crédito. Foi convidado a
estudar os fenômenos junto à família Boudin. Com o decorrer das pesquisas, Kardec
definiu o Espiritismo como uma nova ciência a qual, pelo método experimental, chegou
à conclusão de que estas manifestações provavam a existência da alma e de sua
sobrevivência ao transe da morte. Percebera que cada espírito possuía um grau de
conhecimento e moralidade. A comunicação com os Espíritos resultaram em vasto
material, que consistia em relatos, descrições, desenhos e mensagens e, com a ajuda
de amigos pesquisadores, Allan Kardec, resolveu estudá-los, classificá-los e explicá-los.
Eliminou as repetições ociosas, anotou criteriosamente as falhas, as dúvidas e as
lacunas para futuros esclarecimentos a serem ditados pelos Espíritos.
Note-se que Kardec baseava seus estudos nas mensagens de outros médiuns, pois ele
mesmo não tinha desenvolvido a habilidade da psicofonia ou psicografia.
Fundou em Paris, a 01 de abril de 1858 a primeira sociedade regularmente constituída,
a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
Portador de uma lesão grave no coração, desencarnou a 03 de março de 1869, quando
contava com 65 anos de idade.
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS ESPÍRITAS – SBEE
Material de Apoio dos Grupos de Exercício Mediúnico
Breve história da SBEE
A Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas, instituição filantrópica e beneficente, tem
por objetivo estudar todas as manifestações espíritas; divulgar os princípios da
Doutrina Espírita e proporcionar Assistência Social aos que necessitam. A SBEE é uma
Sociedade de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal e teve seu início em 1953,
quando da fundação do Agrupamento Espírita Afonso Pena, o qual tinha como médium
fundador o médium Maury Rodrigues da Cruz. O planejamento espiritual para a
organização da instituição é missão do espírito Leocádio José Correia, cuja proposta
visa atualizar a interpretação do Espiritismo.
Cronologia Histórica:
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1953 - Fundação do Agrupamento Espírita Afonso Penna - grupo familiar.
1955 - Inaugura a sede do Agrupamento Afonso Penna.
1956 - Criação da Assistência Social
1957 - Mudança da sede para a Rua 29 de Junho s / no
1958 - Alteração de nome para Centro Experimental de Estudos Espíritas Afonso
Pena, para atendimento de uma maior parcela da comunidade.
1963 - Inauguração da sede própria na Rua 29 de Junho, 504.
1963 - Fundação do Lar de Meninos Leocádio José Correia, antecessor do atual
Lar Escola.
1965 - Nova alteração de nome para, Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas SBEE, com a proposta de criar uma massa crítica na interpretação e divulgação
do Espiritismo, sob uma nova visão à luz da Ciência , Filosofia e Religião.
Inaugura também o Museu Nacional do Espiritismo - MUNESPI
1970 - Alteração do Nome Lar dos Meninos Dr. Leocádio José Correia para Lar
Escola Dr. Leocádio José Correia.
1972 - Inaugura da primeira sede do Lar Escola Sr. Leocádio José Correia.
1979 - Inauguração da segunda e atual sede do Lar Escola Dr. Leocádio José
Correia, que visa o atendimento à crianças de famílias de baixa renda da
comunidade.
1984 - Inauguração da sede do Campus de Assistência Social que já vinha
fazendo os atendimentos desde 1956, na sede da SBEE.
1990 - Inauguração do Centro de Estudos Superiores Dr. Leocádio José CorreiaCELEC.
1999 - Lar Escola recebe o Prêmio " Bem Eficiente "
2000 - Autorizada pelo MEC a Faculdade "Dr. Leocádio José Correia", tendo
como entidade mantenedora o Lar Escola Dr. Leocádio José Correia.
2000 - Alteração do nome CELEC para Espaço Cultural da Faculdade Dr.
Leocádio José Correia, com sede na Rua Mateus Leme.
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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS ESPÍRITAS – SBEE
Material de Apoio dos Grupos de Exercício Mediúnico
Obras Sociais e Grupos de Assistência Social
Campus de Assistência Social
Atuando no atendimento de famílias de baixa renda desde 1984, oferece cursos
profissionalizantes, alfabetização de adultos, Clube do Livro para adolescentes e
bazar de objetos usados. Ajuda na alimentação, distribuindo mensalmente cestas
básicas.
Rua Antonio Grochovski, 07 - Jd. Aliança - Bairro Santa Cândida - Curitiba–PR.
Grupo Francisco Fajardo
Formado em 1995 para atender prostitutas, travestis e garotos de programas nas
ruas de Curitiba, procura amenizar a violência que essas pessoas sofrem, sendo a
maior delas, o preconceito. Sem fazer críticas e sem falar em religião, o grupo leva
para as ruas mensagens que falam de amor, esperança e vida.
Grupo Dr. Erasto Gaertner
Desde 1969, o grupo visita mensalmente os enfermos do Hospital de Dermatologia
Sanitária do Paraná (antigo Hospital São Roque). No primeiro domingo do mês, os
médiuns levam alimentos, roupas e apoio espiritual aos internos.
Grupo Ana Sebastiana Patitucci
Atende o Asilo Recanto do Tarumã desde 1980. Durante a visita, no terceiro
domingo do mês, os médiuns procuram amenizar a dor dos idosos, levando até
eles carinho e atenção.
Grupo Eugenia Viana da Silva
O grupo atende algumas famílias moradoras de Campina Grande do Sul.
Grupo Sarah Martin
Atuando desde 1995, o grupo visita mensalmente a penitenciária feminina, levando
mensagens e atendendo a creche do presídio com trabalhos pedagógicos. O grupo
ainda leva apoio espiritual através do envio de cartas e livros para os presídios
feminino e masculino.
Atendimento domiciliar aos idosos
Os voluntários ajudam alguns Idosos que vivem sozinhos. Através de duas visitas
mensais e telefonemas.
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Material de Apoio dos Grupos de Exercício Mediúnico
Introdução à Filosofia
O que é filosofia?
O termo filosofia parece ter origem na junção dos termos gregos philo e sophós.
Desta combinação parece vir o termo philosophos que na atualidade se escreve
filósofos. Philo significa amigo ou amante e sophós significa sabedoria.
É importante conceituar sabedoria como o conhecimento aplicado ao bem, ou o
conhecimento eticamente aplicado, para evitar a confusão entre conhecimento e
sabedoria. Conhecimento é saber, sabedoria é saber usar o saber para o bem.
Com base nisso podemos concluir que todos os que buscam o conhecimento
para produzir o bem, são, em tese, filósofos. Isto não impede que uma pessoa mal
intencionada filosofe; visto que filosofar é buscar um entendimento maior do que o que
a pessoa possui no momento em que questiona seu conhecimento atual.
Quando filosofa, a pessoa pode, entre outras coisas, estar buscando pelo uso da razão,
alcançar o entendimento dos fundamentos e princípios do ser; do mundo; da vida; da
dor; da morte.
Filosofar é, portanto, a atitude de repensar o pensar. É o esforço consciente;
crítico e racional de ampliar o conhecimento. É por assim dizer um processo de
reflexão crítica sistemática. É como se fosse o conhecimento duvidando de si mesmo
para ter certeza de que não está iludindo a si mesmo. O processo de filosofar é
exercido pelo que podemos chamar de atitude filosófica.
Cada vez que usamos nossa razão para questionar o que sabemos ou o que nos
dizem saber, estamos filosofando.
Veja o exemplo de Hagar o Horrível; um dos mais famosos guerreiros Vikings, que
invade diariamente as tirinhas de jornais no mundo todo, graças ao talento do seu
criador Dick Browne. No primeiro quadro, em um esforço de motivar seus homens em
meio à uma luta, ele brada:
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Material de Apoio dos Grupos de Exercício Mediúnico
Em seguida em um belo exemplo de atitude filosófica, seu fiel escudeiro, Lucky
Sortudo diz:
Olhe bem o olhar desapontado do Hagar ao ver a sua verdade questionada de maneira
tão hábil. Não é uma pérola?!
Para que serve a filosofia?
Com este exemplo podemos concluir que a atitude filosófica pode servir para
questionar o conhecimento estabelecido; para construir conceitos novos; para ampliar
o entendimento; para ampliar a consciência do homem sobre si mesmo, sobre os
outros, sobre o mundo, sobre o universo. Pode ainda servir para nortear a ação, servir
de referência.
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Material de Apoio dos Grupos de Exercício Mediúnico
Qual a diferença entre filosofia e mito?
O mito surgiu antes, quando as pessoas não tinham a capacidade de analisar
criticamente e concluir que determinadas explicações não tinham sustentação lógica.
Algo semelhante ocorreu com todos nós durante uma parte da nossa infância quando
éramos alegres prisioneiros do mito do Papai Noel, ou do coelho da páscoa, por
exemplo.
Note que o mito não é lógico, não é coerente, não é consistente, não se adapta à
mudanças, mas é útil em um determinado estágio da evolução. O mito não tem
compromisso com o racional e procura atender o imediato sem se importar com as
contradições. Por outro lado a filosofia tenta ser racional sustentando posições com
coerência, evitando contradições.
Qual a diferença entre filosofia e religião ?
Um dos dicionários atuais define Religião como um conjunto de crenças e dogmas que
definem a relação do homem com sua origem; e quando buscamos a definição de
dogma encontramos: uma crença que se sustenta em uma certeza injustificada.
Com isso podemos concluir que algumas religiões são baseadas em dogmas que
limitam o pensamento crítico; a avaliação e a mudança de entendimento.
A filosofia, por seu lado, questiona os dogmas buscando coerência, consistência. A
filosofia é aberta e está em permanente construção.
Qual a diferença entre filosofia e ciência ?
O mesmo dicionário afirma que ciência é o conjunto organizado de conhecimentos.
Podemos entender ciência também como o estudo metódico que visa testar hipóteses
e permitir a previsão de eventos. A Ciência usa instrumentos como a medição, a
verificação, a comparação para submeter o conhecimento ao estudo sistemático.
A ciência não admite opiniões ou preferências pessoais. Para sustentar-se, uma teoria
tem que resistir às tentativas que buscam provar o contrário. A ciência é, portanto,
objetiva. O conhecimento científico é confiável por que busca a comprovação através
de métodos de maneira que não haja dúvida possível. Seus métodos buscam verificar
que a verdade corresponde à realidade. Na ciência tudo é objeto de estudo; de
observação; de experimentação. Tudo está subordinado ao como, porque e para que ?
A Filosofia investiga os fundamentos do conhecimento sem preocupação de uma
resposta única e pronta, mas ambas trabalham o processo racional e lógico.
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O que é Ciência, Filosofia e Religião?
O que é Ciência?
1. Dicionário: Conhecimento; tomar ciência; ficar ciente;
Exemplos do fazer científico:
1. O domínio do fogo e da manufatura de ferramentas rústicas na idade da
pedra lascada.
2. Se o céu escurece durante o dia é porque vai chover.
No Cap. I - item 16 de A Gênese, Kardec afirma:
"Do mesmo modo que a ciência propriamente dita tem por objeto o estudo das leis do
princípio material, o objeto especial do Espiritismo é o conhecimento das leis do
princípio espiritual ...”.
O que é Filosofia?
1. Dicionário: Reflexão sobre seres e coisas; causas e valores.
2. Philo sophós = amantes da sabedoria
3. A Filosofia é a potencialidade crítica que permite ao homem alterar sua
visão da realidade. Antonio Grimm
4. A Filosofia se afigura como uma interminável curiosidade contaminada por
uma desconfiança sistemática incurável. Autor desconhecido
5. A Filosofia é um instrumento que nos permite abrir o que está fechado.
6. É o pensamento debruçado sobre si mesmo.
7. Qual a diferença entre conhecimento e sabedoria?
8. Busca racional da compreensão do complexo
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Carbono-14 uma máquina de tempo
Análise da presença de elementos químicos radioativos permite estimar a idade dos
fósseis
Seis milhões de anos. Essa é a idade daquela que provavelmente é nosso
ancestral mais antigo, conhecido pelo singelo nome Orrorin tugenensis. Apesar de
bem velhinho, ele tem sido afrontado por muitos paleontólogos, que duvidam do seu
pedigree (será ele realmente um hominídeo ou apenas um chimpanzé?). Assim,
oficialmente, a coroa de vovô ainda pertence ao Ardipithecus ramidus, um garotão de
4,4 milhões de anos, e a briga entre esses dois parece muito longe do fim.
Mas como os cientistas sabem que o Orrorin e o Ardipithecus viveram há tanto
tempo? Ou, então, como poderiam afirmar que o Santo Sudário – o manto que teria
envolvido Jesus Cristo depois da crucificação – deve ser falso, pois teria sido
produzido na Idade Média, por volta de 1300 d.C.? Ou que certas pinturas nas
cavernas de Lascaux, na França, foram feitas por homens pré-históricos há 16 mil
anos?
Resposta: por meio de testes com carbono-14. Mas que método é esse?
Imagine a seguinte situação: um rapaz, aos 20 anos, ostenta uma enorme
cabeleira. Mas, para seu desespero, a partir daí, o destino cruel começa a levar os
cabelos. Aos 30 anos, restam metade dos fios dos 20. Aos 40, metade do que ele tinha
aos 30. E assim por diante. Quer dizer: observando seus cabelos, sempre poderemos
estimar a idade.
Com os fósseis, o raciocínio é semelhante. Claro que ninguém analisa a
cabeleira dos fósseis, mas sim o teor de determinados elementos químicos na sua
constituição, ou nos utensílios e rochas encontrados a eles.
No caso do carbono-14 (C-14), a idéia é a seguinte: as plantas absorvem o C-14
(14 é a soma de prótons e nêutrons no núcleo desse átomo) durante a fotossíntese. O
C-14 passa dos vegetais para os animais pela cadeia alimentar. Assim, todos os seres
vivos apresentam um certo teor fixo de C-14. Quando a planta ou o animal morre,
suas reservas de C-14 diminuem porque, como todos os elementos radioativos, o C-14
decai (transforma-se em outro elemento químico, no caso, o nitrogênio-14). O C-14
perde metade de sua massa a cada 5.730 anos. Em outras palavras, temos um relógio
que começa a funcionar no momento em que o ser morre.
Esses 5.730 anos do C-14 são chamados de meia-vida. Dessa maneira, pode-se
fazer a datação de um fóssil (ou de um artefato de madeira, ou de uma pintura) pelo
raciocínio abaixo, muito parecido com o do caso do nosso amigo ex-cabeludo.
O único porém é que, depois de 70 mil anos, sobra tão pouco que fica difícil
medir. É por isso que esse método não serve para datação de materiais mais antigos.
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Para esses casos, existem outros testes, quase todos baseados nos mesmos
princípios de meia-vida e radioatividade. Um exemplo é o método potássio (k40)/argônio (Ar-40). O K-40, radioativo, decai, originando o Ar-40 (meia-vida: 1,3
bilhão de anos). Por raciocínio semelhante ao do C-14, pode-se estimar a idade, por
exemplo, de rochas – como as lunares, de quatro bilhões de anos, trazidas pela
expedição Apolo 11 – e de fósseis, como os dos nossos avós Orrorin e Ardipithecus.
Até mesmo a idade do nosso planeta já foi calculada (método urânio-238/
chumbo-206) Com o conhecimento da meia-vida do urânio-238 (4,5 bilhões de anos),
chegou-se à estimativa de mais de 4,5 bilhões de anos.
É uma viagem no tempo que parece coisa de ficção científica. Mas que acontece
de verdade, graças à precisão e à criatividade dos pesquisadores.
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O que é religião?
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CAPÍTULO XVIII
Das coisas que presenciaram na terra do Eldorado.
Cacambo manifestou ao hospedeiro toda a sua curiosidade; e este lhe disse: – Sou muito
ignorante, e aliás me dou bem assim; mas temos aqui um velho retirado da Corte, que é o homem
mais sábio do reino, e muito comunicativo. Em seguida conduz Cacambo à residência do velho.
Cândido não desempenhava mais que o papel de segunda personagem, e acompanhava a seu
criado. Entraram numa casa muito simples, pois a porta era apenas de prata e as salas
modestamente revestidas de ouro, mas tudo trabalhado com tanto gosto que nada ficavam a dever
aos mais ricos lambris. A antecâmara, na verdade, era incrustada somente de esmeraldas e rubis;
mas a harmonia do conjunto compensava de sobra essa extrema simplicidade.
O velho recebeu os dois estrangeiros num sofá forrado de penas de colibri, e lhes mandou servir
licores em taças de diamante. Depois disso, satisfez-lhes a curiosidade nos seguintes termos:
— Tenho cento e setenta e dois anos e ouvi de meu falecido pai, escudeiro do Rei, as espantosas
revoluções do Peru, de que ele foi testemunha. O reino onde estamos é a antiga pátria dos incas,
que daqui saíram imprudentemente para ir subjugar uma parte do mundo, e que foram afinal
reduzidos ao aniquilamento pelos espanhóis. Mais sábios se mostraram os príncipes que
permaneceram em seu país natal; ordenaram, com o consentimento da nação, que nenhum
habitante jamais saísse do nosso pequeno reino; e foi isso que nos conservou a nossa inocência e
felicidade. Os espanhóis tiveram um confuso conhecimento deste país, a que chamaram Eldorado, e
um inglês, o cavaleiro Raleigh. chegou até a aproximar-se daqui há cerca de cem anos; mas, como
estamos cercados de rochedos inacessíveis e de precipícios, conservamo-nos até agora ao abrigo da
rapacidade dos europeus, que têm uma inconcebível loucura pelas pedras e a lama da nossa terra, e
que, para as conseguir, são capazes de nos matar a todos, até o último.
A conversação foi longa; versou sobre a forma de governo, os costumes, as mulheres, os
espetáculos públicos, as artes. Afinal Cândido, que sempre tivera gosto pela metafísica, indagou, por
intermédio de Cacambo, se no país não havia uma religião.
O velho enrubesceu um pouco.
— Como pode o senhor duvidar de tal coisa? – perguntou ele. – Será que nos toma por ingratos?
Cacambo perguntou humildemente qual era a religião do Eldorado.
O velho corou de novo.
— Acaso pode haver duas religiões? – disse ele. – Temos, creio eu, a religião de todo o mundo:
adoramos a Deus dia e noite.
— Não adoram senão a um único Deus? – interrogou Cacambo, sempre servindo de intérprete às
dúvidas de Cândido.
— Quer-me parecer – tornou o velho, formalizado, – que não há nem dois, nem três, nem quatro
deuses. Francamente, fazem cada pergunta!
Cândido não se cansava de interrogar o bom do velho; quis saber como rezavam a Deus no
Eldorado.
Não lhe rezamos – disse o bom e respeitável sábio. – Nada temos que lhe pedir; ele nos deu
tudo o que precisamos; nós lhe agradecemos sem cessar.
Cândido teve curiosidade de ver os sacerdotes; e perguntou onde estavam.
O bom do velho sorriu.
— Meus amigos – disse ele, – nos todos somos sacerdotes; cada manhã, o rei e todos os chefes
de família entoam, solenemente, cânticos de ações de graça; e cinco ou seis mil músicos os
acompanham.
— Como, os senhores não têm padres que ensinam, que disputam, que governam, que cabalam,
e que mandam queimar as pessoas que não são da sua opinião?
— Só se fôssemos loucos- disse o velho. – Aqui somos todos da mesma opinião, e não
entendemos o que quer o senhor dizer com os seus padres.
Cândido, a cada uma dessas palavras, cala em êxtase e dizia consigo: “Como tudo isto é
diferente da Vestfália e do castelo do senhor barão! Se o nosso amigo Pangloss visse o Eldorado,
não diria mais que o castelo de Thunder-ten-tronckh era o que havia de melhor sobre a face da
terra; não há dúvida de que é preciso viajar”.
Extraído do livro CANDIDO, e o Otimismo de Voltaire.
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Material de Apoio dos Grupos de Exercício Mediúnico
CAMINHANTE
Caminhante, são suas pegadas,
O caminho e nada mais;
Caminhante, não há caminho
Se faz o caminho ao caminhar
Ao andar se faz o caminho,
E ao olhar para trás
Se vê a trilha que nunca
Voltaremos a pisar.
Caminhante, não há caminho,
Apenas rastros no mar
Caminante, son tus huellas
El camino, y nada más;
Caminante, no hay camino,
Se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
Y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca
Se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
Sino estelas en la mar.
XXIX canto da Antologia Poética de Antonio Machado, em Provérbios Y
Cantares. O espanhol A. Machado (1875-1939) foi o poeta da geração
“noventa e oito “.
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.
Doutrina dos Espíritos
O que é uma Doutrina?
- Doutrina é um conjunto de princípios que servem de base para um sistema de
idéias. O direito, por exemplo, é baseado em princípios doutrinários como aquele
que afirma: “todos são iguais perante a lei”, ou “não se deve penalizar o mesmo
réu duas vezes pela mesma falta”.
O Espiritismo é o conhecimento e a prática dos princípios da Doutrina dos Espíritos
que os espíritas conseguem captar e aplicar no seu dia a dia.
Estes princípios são, Deus como o fundamento do fundamento da vida; Jesus como
exemplo de comportamento; reencarnação como oportunidade de voltar ao
polisistema material para aplicar e ampliar o conhecimento; o livre arbítrio como
meio de permitir o aprendizado da liberdade com responsabilidade e a
mediunidade como meio de comunicação entre o polisistema material e o
polisistema espiritual.
Quanto mais estudamos, mais compreendemos que a Doutrina dos Espíritos faz
parte do existente. Allan Kardec fez uma enorme contribuição para com a
humanidade ao descobrir e registrar seus princípios.
Entendemos que a Doutrina dos Espíritos não está pronta, pois o conhecimento se
expande continuamente. O estudo da Doutrina dos Espíritos em torno dos eixos;
filosofia, ciência e religião nos permite tecer a unidade do conhecimento de forma
transdiciplinar e ir compreendendo os seus princípios e suas relações de causa e
efeito.
A Doutrina dos Espíritos quer ajudar o ser a revelar-se a si mesmo.
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CERCAS OU PONTES?
Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho,
entraram em conflito.
Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado.
Mas agora tudo havia mudado.
O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa
troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta.
- Estou procurando trabalho. Sou carpinteiro. Talvez você tenha algum
serviço para mim.
- Sim, disse o fazendeiro. Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na
realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela
pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão
a pá e os pregos.
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando,
medindo, trabalhando o dia inteiro.
Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi
construída ali, ligando as duas margens do riacho.
Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:
- Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.
Mas as surpresas não pararam ai. Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão se
aproximando de braços abertos.
Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio.
O irmão mais novo então falou:
- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe
disse. De repente, num impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e
abraçaram-se, chorando no meio da ponte.
O carpinteiro que fez o trabalho começou a fechar a sua caixa de ferramentas.
- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.
E o carpinteiro respondeu:
- Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...
Já pensou como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir cercas e muros e
passássemos a construir pontes com nossos familiares, amigos, colegas do trabalho e
principalmente nossos inimigos...
Muitas vezes desistimos de quem amamos por causa de magoas e mal entendidos.
Vamos deixar isso de lado, ninguém é perfeito, mas alguém tem que dar o primeiro passo.
Construa pontes ao seu redor.
1. Quem é o irmão mais velho? - 2. Quem é o irmão mais novo? - 3. Quem é o carpinteiro?
- 4. O que é a caixa de ferramentas?
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Autoavaliação:
1) Quem eu sou?
2) Quem eu amo?
3) Como eu vejo e sinto DEUS?
4) Estou realizando meus objetivos?
5) O que eu quero fazer?
6) O que eu pensava há um ano atrás?
7) O que faço para deixar as pessoas mais alegres?
8) O que posso fazer para melhorar o mundo?
9) Faça um verbete: quem sou? Com se fosse para ser publicado em uma
enciclopédia.
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DUAS HISTÓRIAS, DOIS DESTINOS
1ª História
Certa vez um garoto entrou na sala de emergência de um hospital depois de ter
sido atropelado. O motorista que o socorreu, ao ser interpelado para efetuar o
depósito necessário ao atendimento, informou que não possuía, naquele momento,
dinheiro ou cheque que pudesse oferecer em garantia, mas certamente, se o
hospital aceitasse, poderia efetuar o depósito na primeira oportunidade. O
atendente, na impossibilidade de liberar o atendimento, mas, com a vantagem de
ter um dos diretores do hospital, que também era médico, de plantão naquele
momento, resolveu consultá-lo. Todavia, por não ter dinheiro nem garantias para o
tratamento, não liberou o atendimento, fato que levou a criança atropelada a
falecer. O diretor, novamente chamado para assinar o atestado de óbito do garoto,
ao chegar para o exame cadavérico, descobre que o garoto atropelado era seu
filho, que poderia ter sido salvo, se tivesse recebido atendimento.
2ª História
Antônio, um pai de família, um certo dia, quando voltava do trabalho, dirigindo
num trânsito bastante pesado, deparou-se com um senhor que dirigia
apressadamente. Vinha cortando todo o mundo e, quando se aproximou do carro
de Antônio, deu-lhe uma tremenda fechada, já que precisava atravessar para a
outra pista. Naquela hora, à vontade de Antonio foi de xingá-lo e impedir sua
passagem, mas logo pensou:
- Coitado! Se ele está tão nervoso e apressado assim... Vai ver que está com um
problema sério e precisando chegar logo ao seu destino, pensando assim, foi
diminuindo a marcha e deixou-o passar. Chegando em casa, Antonio recebeu a
notícia de que seu filho de três anos havia sofrido um grave acidente e fora levado
ao hospital pela sua esposa. Imediatamente seguiu para lá e, quando chegou, sua
esposa veio ao seu encontro e o tranqüilizou dizendo:
- Graças a Deus está tudo bem, pois o médico chegou a tempo para socorrer nosso
filho. Ele já está fora de perigo. Antonio, aliviado, pediu que sua esposa o levasse
até o médico para agradecer-lhe. Qual não foi sua surpresa quando percebeu que
o médico era aquele senhor apressado para o qual ele havia dado passagem!
DUAS HISTÓRIAS, DOIS DESTINOS
"Esteja sempre alerta para ajudar o próximo, independentemente de sua aparência
ou condição financeira". "Procure ver as pessoas além das aparências". Imagine
que por trás de uma atitude, existe uma história, um motivo que leva a pessoa a
agir de determinada forma."
(Texto sem autor.)
"JULGAMOS A NÓS MESMOS PELO QUE NÓS SOMOS CAPAZES DE FAZER,
ENQUANTO OS OUTROS NOS JULGAM PELO QUE JÁ FIZEMOS..."
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FILOSOFIA, CIÊNCIA E RELIGIÃO
O Espiritismo é filosofia, ciência e religião.
A verdade tem que ser verdade por estes três caminhos.
A ciência, a filosofia e a religião são interdependentes e se completam, resultando
em um quadro muito mais amplo de entendimento do ser humano e da vida do
que cada uma delas consideradas isoladamente.
Filosofia
O que é filosofia?
Alguns conceitos:
“É o esforço consciente, crítico e racional de ampliar conhecimento”.
“É o estudo das grandes questões do homem no que diz respeito à vida, origens,
universo”.
“É busca da verdade que se faz em processo racional, aberto e contínuo”.
“É o uso da razão e da argumentação como instrumentos para alcançar a
verdade”.
“... potencialidade crítica que permite ao homem alterar a sua visão de realidade”.
Antonio Grimm
Para que serve a filosofia?
. para questionar o conhecimento estabelecido;
. para construir novos conceitos;
. como instrumento, serve para abrir conceitos que se encontram fechados;
. para ampliar a consciência do homem sobre si mesmo, sobre os outros, sobre o
mundo, sobre o universo;
. para nortear a ação, servir de referência;
A filosofia levanta questões e constrói respostas que não são absolutas.
A medida que se alcança uma verdade, ela serve de instrumento para se alcançar
outras verdades.
A filosofia busca pela razão o que está além da experiência.
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TRECHO DO EVANGELHO
Então, levantando-se, disse-lhe um doutor da lei, para o tentar: Mestre, que
preciso fazer para possuir a vida eterna? - Respondeu-lhe Jesus: Que é o que está
escrito na lei? Que é o que lês nela? - Ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus
de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu
espírito, e a teu próximo como a ti mesmo. - Disse-lhe Jesus: Respondeste muito
bem; faze isso e viverás. Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a
Jesus: Quem é o meu próximo? - Jesus, tomando a palavra, lhe diz: Um homem,
que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram,
cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. - Aconteceu em
seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou
adiante. -Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou
igualmente adiante. - Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde
jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. - Aproximou-se
dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu
cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. - No dia seguinte tirou dois
denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: Trata muito bem deste homem e tudo o
que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar. Qual desses três te
parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? - O doutor
respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. - Então, vai, diz Jesus,
e faze o mesmo. (S. LUCAS, cap. X, vv. 25 a 37.)
3. Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas
virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta
essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade: Bemaventurados, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o
reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os
que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o
vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que quereríeis vos
fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser
perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de
julgardes os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o
de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de
combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em
termos explícitos como condição absoluta da felicidade futura. No quadro que
traçou do juízo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é
apenas figura, alegoria. A homens como os a quem falava, ainda incapazes de
compreender as questões puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens
materiais chocantes e próprias a impressionar. Para melhor apreenderem o que
dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das idéias correntes, quanto à forma,
reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos
pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte
acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade
reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau. Naquele julgamento
supremo, quais os considerandos da sentença? Sobre que se baseia o libelo?
Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se
observou mais ou menos tal ou qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de
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uma coisa: se a caridade foi praticada, e se pronuncia assim: Passai à direita, vós
que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para
com eles. Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre
o que crê de um modo e o que crê de outro'? Não, pois Jesus coloca o samaritano,
considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que
falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das
condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a
serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em
primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a
brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação
absoluta do orgulho e do egoísmo.
O mandamento maior
4. Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram;
e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: Mestre, qual o grande mandamento da lei? - Jesus lhe respondeu: Amarás o
Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu
espírito. - Esse o maior e o primeiro mandamento. - E aqui está o segundo, que é
semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e
os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII,
vv. 34 a 40.)
5. Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a
da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos:
"Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e
os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." E, para que não haja
equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: "E aqui
está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro" , isto é, que não se
pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo
sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazêlo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o
próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA
CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
Necessidade da caridade, segundo S. Paulo
6. Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios
anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que
retine; -ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os
mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse a fé
possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. E, quando houver distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse
entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de
nada me serviria. A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é
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invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; - não é
desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa
alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a
verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. Agora, estas três
virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais
excelente é a caridade (S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e
13.)
7. De tal modo compreendeu S. Paulo essa grande verdade, que disse: Quando
mesmo eu tivesse a linguagem dos anjos; quando tivesse o dom de profecia, que
penetrasse todos os mistérios; quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de
transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Dentre estas três
virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade. Coloca
assim, sem equívoco, a caridade acima até da fé. É que a caridade está ao alcance
de toda gente: do ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre, e independe
de qualquer crença particular. Faz mais: define a verdadeira caridade, mostra-a
não só na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do
coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.
Fora da Igreja não há salvação. Fora da verdade não há salvação
8. Enquanto a máxima - Fora da caridade não há salvação - assenta num princípio
universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, o dogma Fora da Igreja, não há salvação -se estriba, não na fé fundamental em Deus e na
imortalidade da alma, fé comum a todas as religiões, porém numa fé especial, em
dogmas particulares; é exclusivo e absoluto. Longe de unir os filhos de Deus,
separa-os; em vez de incitá-los ao amor de seus irmãos, alimenta e sanciona a
irritação entre sectários dos diferentes cultos que reciprocamente se consideram
malditos na eternidade, embora sejam parentes e amigos esses sectários.
Desprezando a grande lei de igualdade perante o túmulo, ele os afasta uns dos
outros, até no campo do repouso. A máxima - Fora da caridade não há salvação
consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência.
Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira
por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros.
Com o dogma - Fora da Igreja não há salvação, anatematizam-se e se perseguem
reciprocamente, vivem como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pelo
pai, nem o amigo pelo amigo, desde que mutuamente se consideram condenados
sem remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do
Cristo e à lei evangélica. 9. Fora da verdade não há salvação eqüivaleria ao Fora
da Igreja não há salvação e seria igualmente exclusivo, porquanto nenhuma seita
existe que não pretenda ter o privilégio da verdade. Que homem se pode
vangloriar de a possuir integral, quando o âmbito dos conhecimentos
incessantemente se alarga e todos os dias se retificam as idéias? A verdade
absoluta é patrimônio unicamente de Espíritos da categoria mais elevada e a
Humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, porque não lhe é dado saber
tudo. Ela somente pode aspirar a uma verdade relativa e proporcionada ao seu
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adiantamento. Se Deus houvera feito da posse da verdade absoluta condição
expressa da felicidade futura, teria proferido uma sentença de proscrição geral, ao
passo que a caridade, mesmo na sua mais ampla acepção, podem todos praticá-la.
O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo a salvação para todos,
independente de qualquer crença, contanto que a lei de Deus seja observada, não
diz: Fora do Espiritismo não há salvação; e, como não pretende ensinar ainda toda
a verdade, também não diz: Fora da verdade não há salvação, pois que esta
máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos.
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
Fora da caridade não há salvação
10. Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados
os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse
estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado
acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna
que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da
Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na
Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita,
benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham
em torno de si Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada
resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não
poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como
regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia,
nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe
o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as
aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a
consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como
também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é
necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação
da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a
despreocupação.
Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do
Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que,
ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos.
Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a
reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma
coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem
embargo da seita a que pertençam. Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)
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