Prova de Habilidades: destaque no 40º tEot

Transcrição

Prova de Habilidades: destaque no 40º tEot
Jornal da sbot
Órgão Oficial de Divulgação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Nº 97 jan/fev/2011
Prova de Habilidades: destaque no 40º TEOT
Informativo Semanal
é a novidade on-line
Criado o Mérito Ortopédico
Brasileiro Nicolas Andry.
George Bitar é o primeiro
homenageado. Pág. 30
E mais: entrevista exclusiva
com Maria do Patrocínio Tenório
Nunes. Págs. 10 e 11
Na era das mídias sociais:
portal: www.sbot.org.br
Twitter: @sbotnacional
www.youtube.com/SBOTBR
Informativo Semanal
Sumário
Expediente
NESTA EDIÇÃO
Prova de Habilidades é
destaque no 40º TEOT
Presidente
Inédita no TEOT, a prova avaliou o conhecimento do residente ao realizar um procedimento cirúrgico e sua familiaridade
com os instrumentos . . . . . Págs. 18 e 19
Osvandré Lech
1° Vice-presidente
Geraldo Rocha Motta Filho
2° Vice-presidente
Flávio Faloppa
Perfil – Uma trajetória
de Ética e Defesa
Profissional
Secretário-geral
Jorge dos Santos
1° Secretário
Marcelo Tomanik Mercadante
George Bitar é exemplo para a Ortopedia Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . Pág. 30
2° Secretário
Ney Coutinho Pecegueiro
do Amaral
Reformulação da CBHPM
1° Tesoureiro
Presidentes de comitês e a diretoria da SBOT reuniram-se para discutir e
estudar a reformulação da tabela CBHPM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pág. 06
2° Tesoureiro
Reynaldo Jesus Garcia
Jornal da sbot
SBOT Entrevista
Entrevista exclusiva com Maria do Patrocínio Tenório Nunes Págs. 10 e 11
Conselho Editorial
Editor Chefe
Wilson de Mello (SP)
Notícias da Tesouraria
Editores Associados
Alteração da linguagem contábil para a financeira demonstra o efetivo
dinheiro que entrou e saiu da SBOT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pág. 22
TODA EDIÇÃO
Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Palavra do Presidente . . . . . . . . . .
Hiperagenda . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Radar SBOT . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Caderno de Defesa Profissional . .
Resgate Histórico . . . . . . . . . . . . . .
Opinião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Espaço das Regionais . . . . . . . . . .
Espaço dos Comitês . . . . . . . . . . .
Adalberto Visco
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. . . . . Pág.
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. . . . . Pág.
Págs. 13 a
. . . . . Pág.
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. . . . . Pág.
. . . . . Pág.
04
05
06
07
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Rene Jorge Abdalla (SP)
Pedro Doneux Santos (SP)
Rodrigo Galinari (MG)
Narcisio S. do Nascimento (RN)
Antonio Marcos Ferracini (BA)
Projeto e Execução
Phototexto
Comunicação & Imagem
Jornalista Responsável
Bárbara Cheffer
(MTB 53.105/SP)
Fotografia
Arquivos da SBOT e Laureni Fochetto
Revisão
Carmen Garcez
Projeto Gráfico e Editoração
Wagner G. Francisco
Painel Profissional – O site da SBOT disponibiliza um espaço para divulgar oportunidades de trabalho. Se sua clínica ou hospital precisa de
ortopedistas, basta enviar um e-mail com as informações para [email protected].
Comente as notícias publicadas nesta edição – Envie comentários sobre as matérias publicadas neste número do Jornal da SBOT por e-mail
([email protected]) ou por carta (Al. Lorena, 427 – 14º – CEP 01424-000 – São Paulo – SP).
Sua participação é fundamental para tornar o seu JORNAL DA SBOT ainda melhor!
3
Jornal da SBOT - jan/fev/2011
Editorial
Missão e Valores
Este é o primeiro número do Jornal da SBOT da Diretoria 2011. O nascimento de um jornal é pautado
pela necessidade de informar, agregando aos seus leitores notícias e informações relevantes. O Jornal da
SBOT nasceu desta necessidade e foi desenvolvido por pessoas de visão com a missão de informar os
membros da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia sobre o que acontece com a nossa Sociedade, mostrar as ações, definir o que é, o que faz e o que pode fazer por seus membros. Conhecer o que a
SBOT faz traz união, forma opinião e difunde ideias. Esta é a missão do Jornal da SBOT.
Esta iniciativa, a criação do Jornal da SBOT, aconteceu no passado e vem sendo construída de forma
vigorosa e eficiente ao longo dos anos por todos que aqui trabalharam e colaboraram para que o jornal
se consolidasse como uma ferramenta eficiente. A história deste jornal mostra que todos os que colaWilson Mello
boraram com ideias e trabalho tinham um conhecimento intuitivo e prático da missão e dos valores
desta publicação. O que são valores em uma atividade como a do Jornal da SBOT? Sem dúvida, seus leitores, aqueles que são
influenciados pelas notícias e aqueles que produzem notícia. São valores as várias matérias publicadas no passado, a qualidade
da informação veiculada. Os valores do Jornal se confundem com os valores da SBOT, como, por exemplo, o TEOT mostrado
neste número, com inovações no processo de avaliação dos candidatos ao Título de Especialista, ou a excelente entrevista da Dra.
Patrô, secretária executiva da Comissão Nacional de Residência Médica, apontando nossos avanços no processo de avaliação: “a
SBOT é exemplo e vanguardista em várias áreas do ensino”.
Valores pessoais como o Dr. George Bitar, um exemplo de dedicação e trabalho para a Ortopedia Brasileira e para os ortopedistas. O resgate de nossa história para que as futuras gerações conheçam o que foi feito no passado.
Preservando os valores e entendendo a missão do Jornal da SBOT, estamos introduzindo algumas mudanças no formato
da publicação. Procuramos levar as notícias de uma maneira fácil de acessar. A agenda de eventos, o espaço dos Comitês e das
Regionais mostram um panorama de todas as áreas da nossa Sociedade. As páginas centrais são dedicadas à Defesa Profissional,
uma área extremamente importante para o ortopedista nos dias de hoje. O leitor poderá destacar e colecionar, de modo a ter fácil
acesso aos artigos e dúvidas de nossos colegas.
Nosso objetivo para o Jornal da SBOT de 2011 é levar a informação de forma clara, de fácil e agradável leitura. Tudo sem perder
de vista a preservação de valores e a missão do jornal.
Esperamos que gostem e aproveitem o conteúdo.
Wilson Mello
Editor
Parceiros SBOT
www.sbot.org.br
4
Palavra do Presidente
60 dias escrevendo
um novo capítulo
Indivíduos fazem uma Sociedade. Não o contrário
Individuis Faciunt Societatem. Non Contra
Terceira reunião dos presidentes de Regionais na sede da SBOT. Idealização do “Mérito Ortopédico Brasileiro
Nicolas Andry”. Café da manhã com todos os presidentes de Comitês. “Discutindo a Ortopedia de Hoje”, um
bate-papo franco entre as lideranças presentes no TEOT. Desenvolvimento do Informativo Semanal, uma publicação inteiramente on-line enviada todas as sextas-feiras para atualizar as ações da SBOT. Participação dos
presidentes de Comitês no programa institucional da AAOS em San Diego. Troca do conceito “contábil” para
“financeiro” para melhor entendimento da situação econômica da instituição. Desmistificar o tamanho da nossa sede – ocupamos 453 m2 de um prédio, não todo o prédio. Ferrenho programa de contenção de gastos,
a começar pela própria diretoria. Introdução de novo conceito de relacionamento com a indústria, na figura
do próprio ortopedista, modelo amplamente utilizado por outras sociedades. Organização orçamentária, ou
o conceito de “gastar somente o que está previamente orçado”. Limpeza e organização da sede, identificando
10.100 itens a ser distribuídos para Serviços, Regionais e Comitês. Reuniões. Dezenas de reuniões de planejamento e estruturação – SLAOT, AAOS, SICOT, CEC, CET, TI, empresas de TI, editoras etc. A simples troca de placa
“Sala do Presidente” para “Sala da Diretoria”, sinalizando uma mudança de conceito administrativo. Participação
na posse das Regionais de MG, GO e DF. Homenagens públicas, através de placa assinada por toda a diretoria,
a Flory Machado Sobrinho (DF), Ricardo Esperidião (GO), José Márcio Gonçalves de Souza (MG) e José Saggin
(RS), colegas que dedicaram toda a vida profissional à prática ética e competente da Ortopedia. Jesse Jupiter,
John Callaghan, Joseph Iannotti e Sumant Krishann, todos norte-americanos, também receberam semelhantes
homenagens. Reunião de diretoria com a participação permanente dos presidentes da CEC, CET, TI e Defesa
Profissional, podendo se estender às demais Comissões – uma ampla mesa de discussão democrática, onde
ações são decididas com a opinião de muitos. Outras ações que não são de menor importância.
Um resumo dos primeiros 60 dias da nova gestão desta instituição com grande credibilidade no país e no
exterior. Já somos grandes numericamente e estamos crescendo cientificamente. Somente é possível realizar
tanto com o apaixonado empenho de uma verdadeira legião de pessoas que comungam da mesma emoção
de mover para a frente e trazer benefício para todos. Um novo capítulo está sendo escrito para se incorporar a
este fascinante livro chamado SBOT.
Adalberto, Reynaldo, Osvandré, Geraldo, Fallopa, Jorge, Marcelo e Ney
5
Jornal da SBOT - jan/fev/2011
Hiperagenda
Nos primeiros três meses de trabalho da gestão 2011, a diretoria da SBOT e seus representantes participaram de diversas reuniões. É a equipe SBOT trabalhando em prol da Ortopedia Brasileira.
Janeiro
12/01 3ª Reunião Anual dos Presidentes de Regionais
13/01 Reunião da Comissão Executiva – Criação do Mérito Ortopédico Brasileiro Nicolas Andry
14/01 Café da Manhã com Presidentes dos Comitês e Reunião
SICOT 2011
18/01 Reunião da Comissão Executiva do 43º CBOT
20/01 Reunião da Comissão de Órteses e Próteses do CFM
27/01 Reunião SBOT/ANVISA/GHC – Projeto “Monitoramento
da Qualidade, Segurança e Efetividade de Implantes
Ortopédicos”
28 e 29/01 II Encontro do Fórum de Revisão dos Conteúdos dos
Programas de Residência Médica (PRM)
15 a 17/02 Meeting AAOS 2011
18/02 Reunião Ampliada da Comissão de Saúde Suplementar,
Comissão de Defesa e Consolidação da CBHPM
24/02 Reunião de Diretoria Sede da SBOT
25/02 Reunião Portal SBOT e Comissão de Interatividade
Social
25/02 Fórum “Ética, Dignidade e Defesa Profissional” na
SBOT-MT
Março
03/03
Reunião: Editora Manole, Reunião: Living TV e Reuniões
Internas e Posse da Diretoria SBOT-MG 10/03 Reunião da Comissão Executiva do 43º CBOT e Dia
dos “5S”
11/03 Reunião da Câmara Técnica de Implantes da AMB, Reunião da Comissão Controle de Material Ortopédico,
Reunião da CEC
12/03 Reunião do Comitê Asami
15/03 Reunião SBOT/ANVISA/GHC – Projeto “Monitoramento
da Qualidade, Segurança e Efetividade de Implantes
Ortopédicos”
17/03 Reunião do Conselho Científico da AMB, Reunião com
Representantes do Serviço do Hospital São Francisco,
Reunião Doc Press, Max2 - Projetos para Campanhas
Públicas, Reunião Comitê de Integração dos Comitês
“CBHPM”
18/03 Reunião: João Batista, FK, Lunes Tour e Meeting,
CET e Patricia Logullo
Produção de Livros, Reunião da Comissão de TI, Reunião SBOTPrev
18 e 19/03 Reuniões da CET
19/03 Reunião do Comitê do Ombro e Cotovelo
25/03 Reunião do Conselho Deliberativo da AMB
31/03 Reunião da CET
Fevereiro
02/02 Reunião – Presidente do Comitê de Osteoporose Planos e Estratégias Futuras
03/02 Reunião – ELP Advogados: Renovação de Parceria e
Reunião Editor-chefe do Jornal e Jornalista
04/02 Reunião – 1º e 2º Tesoureiros, Posse Diretoria da SBOTDF, Reunião Mensal da CEC, Reunião Mensal da TI e
Reunião da Câmara Técnica de Implantes da AMB
05/02 Reunião do Comitê Asami e Posse Diretoria da SBOTGO
09/02 Projetos On-line – Atitude Mídia Digital
10/02 Reuniões Internas, Pré-Congresso durante o CBOT, Comissão História da Ortopedia, Assessoria de Imprensa
SBOT e Max 2 Marketing Digital e Fundação AO e a
SBOT
11/02 Reunião CET – 40 Anos de TEOT e História dos Serviços
de Ortopedia no Brasil, Simpósio das OPMS, promovido
pela SBACV – Sociedade Brasileira de Angiologia e de
Cirurgia Vascular
15/02 EMS – Reinventando o Futuro
Radar SBOT
SBOT estuda reformulação da CBHPM
Discussão sobre a tabela CBHPM entre os
Comitês da SBOT
No dia 17 de março, foi realizada uma
reunião na sede da SBOT para discutir
uma sugestão de reformulação da parte
ortopédica da CBHPM. O assunto, apesar
de complexo e de condução politicamente trabalhosa, é de extrema relevância para todos os membros da SBOT. “As
informações enviadas por algumas Regionais da SBOT e o trabalho já realizado
www.sbot.org.br
por alguns Comitês foram amplamente
discutidos nessa oportunidade. Um dos
grandes desafios é conseguirmos montar
uma relação de procedimentos que valorize o trabalho do ortopedista, mas que
também respeite os níveis de hierarquização entre os vários procedimentos para
as diversas regiões do aparelho locomotor e que seja coerente com as outras especialidades médicas reconhecidas pela
AMB”, ressaltou Arnaldo Hernandez, presidente da Comissão de Integração dos
Comitês, presente na reunião – que teve
participação também de Osvandré Lech
(presidente da SBOT), Robson Azevedo
(presidente da Comissão de Dignidade e
Defesa Profissional), juntamente com presidentes ou representantes dos Comitês
de Cirurgia do Joelho, Doenças Osteome6
tabólicas, Coluna, Quadril, Mão, Trauma
e Tumores Ósseos.
“O primeiro passo está dado. Temos
como continuidade desse trabalho
o compromisso de, nas próximas semanas, elencar os procedimentos de
cada região por cada um dos Comitês
da SBOT.” As sugestões elencadas serão compiladas em uma única lista de
procedimentos que será encaminhada
formalmente para a AMB. “Acreditamos
que com uma tabela mais consistente
e atualizada, nossa Sociedade terá mais
força para conseguir uma melhor remuneração pelas fontes pagadoras. Embora, ao longo do tempo, essa batalha tenha muitas vezes parecido inglória, não
podemos ficar esperando que o outro
lado faça isso por nós”, finaliza Arnaldo.
Radar SBOT
Prêmios do 42º CBOT
Durante o 42º CBOT, foram premiados os melhores trabalhos científicos. Confira a
relação de premiados:
Inscreva seu trabalho
no 43º CBOT
Antonio Severo (a dir.), vencedor do Prêmio
UNIFESP, ao lado de Cláudio Santili e Paulo Lobo
André Pedrinelli (à esq.) recebe seu prêmio de
Marco Antônio Percope, da CEC
Categoria Podium – SBOT
Prêmio UNIFESP
2º Colocado – Prêmio Prof. José Laredo Filho – R$ 2.000,00
Vencedor: Análise biomecânica e histológica em tendões flexores reparados em
coelhos, usando três técnicas de sutura
(quatro ou seis passadas), associada à
mobilização ativa precoce.
Autor: Antonio Lourenço Severo.
Coautores: Aluizio Otavio Vargas Avila;
Francisco Jose Berral de La Rosa; Marcelo Lemos; Darian Bocaccio; Luiz Eduardo
Silva; Rodrigo Rooca; Rodrigo Aranhart;
Daniela Silveira; Osvandre Lech.
1º Colocado – Prêmio Prof. Luiz Resende Puech – R$ 5.000,00
Vencedor: Avaliação do Hidrogel de Polivinil Álcool associado a duas diferentes
nanopartículas de carbono no reparo de
defeito osteocondral em ratos.
Autor: William Dias Belangero.
Coautores: Ana Amélia Rodrigues; Nilza
Alzira Batista; José Ricardo Lenzi Mariolani; Vanessa Petrilli Bavaresco; Helder José
Ceragioli; Alfredo Carlos Peterlevitz; Vitor
Baranauskas.
2º Colocado – Prêmio Prof. Bruno
Maia – R$ 3.000,00
Vencedor: Revisão sistemática de ensaios clínicos com portadores de escoliose idiopática do adolescente submetidos
a enxertia homóloga.
Autor: Ricardo Shigueaki Galhego
Umeta.
Coautores: Osmar Avanzi; Élcio Landim;
Robert Meves; Maria Fernanda Silber Caffaro; Bruno César Aprile.
Categoria Tema Livre Oral
Prêmio SBOT
1º Colocado – Prêmio Prof. Gastão
Veloso – R$ 3.000,00
Vencedor: Regeneração do terço central do tendão patelar doador de enxerto
com plasma rico em plaquetas. Estudo
prospectivo randomizado.
Autor: André Pedrinelli.
Coautores: Adriano Marques de Almeida;
Arnaldo José Hernandez; Marcelo Bordalo; Marcel Faraco Sobrado; Julio César C.
Nardelli; André Pedrinelli; Marco Antonio
Ambrósio; Thiago Lazaretti Fernandes.
Categoria Pôster Eletrônico
Prêmio SBOT
1º Colocado – Prêmio Prof. Orlando
Pinto de Souza – R$ 2.000,00
Vencedor: Correção das deformidades
sagitais fixas pela técnica de osteotomia
de subtração pedicular (PSO).
Autor: Rodrigo José Fernandes da
Costa.
Coautores: Luis Eduardo Carelli Teixeira
da Silva; André Luiz Loyelo Barcelos; Antônio Eulálio Pedrosa Araújo Júnior; Luiz
Cláudio Villela Schetino.
Prêmio Hospital Ortopédico
de Goiânia
2º Colocado – Prêmio Prof. Geraldo
Pedra – R$ 2.000,00
Vencedor: Experiência de 10 anos com
artroscopia do punho. Análise crítica.
Autor: Carlos Henrique Fernandes.
Coautores: Luis Renato Nakachima; Marcela Fernandes; João Baptista Gomes
dos Santos; Flavio Faloppa; Walter Manna Albertoni.
7
As inscrições de trabalhos científicos
para o 43º CBOT, que será realizado de
13 a 15 de novembro na cidade de São
Paulo, finalizam no dia 31 de maio,
impreterivelmente. Para inscrever o
trabalho científico, o ortopedista deverá preencher todo o formulário de
inscrição com os dados do autor, do
apresentador, dos coautores e instituições envolvidas. Coautores adicionais
não poderão ser incluídos após a aceitação e os trabalhos somente serão
recebidos após a inscrição do autor
principal e do apresentador no congresso. Os trabalhos serão submetidos
sob a forma de Resumo Estruturado,
contendo obrigatoriamente o objetivo, material e métodos, resultados, discussão e conclusão, com no máximo
250 palavras. As inscrições devem ser
feitas pelo site: www.cbot2011.com.br.
Não serão aceitos trabalhos enviados
por e-mail, fax ou correio.
Seguro de Vida Gratuito
de R$ 10.520
A SBOT oferece, de forma gratuita, um
seguro de vida para os associados que
estão quites com a Sociedade, no valor de R$10.520,00. Para ter acesso e direito a esse benefício exclusivo, basta
acessar o site da SBOT (www.sbot.org.
br), clicar em Seguro de Vida, localizado no lado direito da página, e preencher o formulário para adesão da proposta individual. O preenchimento das
informações solicitadas é obrigatório e
fundamental para a seguradora. Após
preenchimento, o formulário deverá ser assinado e encaminhado para
a Harmonia Corretora de Seguros e
Resseguros Ltda., no endereço: Av. das
Nações Unidas, 10.989 – 2º andar. CEP:
04578-000 – São Paulo – SP. Informações pelo telefone: (11) 3054-4789.
Jornal da SBOT - jan/fev/2011
Radar SBOT
União de Comitês cria a SBRATE
Sérgio Checchia,
ex-presidente da
Artroscopia
Rogério Teixeira,
ex-presidente do
Trauma Ortopédico
A junção do Comitê de Artroscopia
com o Comitê de Trauma do Esporte resultou na criação da Sociedade
Brasileira de Artroscopia e Trauma do
Esporte – SBRATE. “Desde o ano passado, quando iniciamos os contatos
para esta fusão, tínhamos a certeza
de que este novo caminho seria o
ideal e agradecemos, aqui, a visão de
futuro de pessoas como os doutores
Sérgio Checchia, Jaime Wageck e
José Luiz Runco”, diz André Pedrinelli,
presidente da nova sociedade. Para
efeitos legais, um novo estatuto foi
elaborado, levando em consideração
a união de funções e a nova vigência
da diretoria (um ano de mandato). A
SBRATE já está elaborando o 1º Programa de Intercâmbio Profissional,
que selecionará de dois a três médicos ortopedistas, membros da SBOT,
para visitar dois grandes centros internacionais e vários centros de Trauma do Esporte no Brasil.
No exterior, os escolhidos visitarão a
Stanford University, em São Francisco (Califórnia), e seu centro de Traumatologia do Esporte, coordenado
por Marc Safran.
Reunião com Presidentes das Regionais
Dia dos “5S”
disponibiliza mais de 10
mil itens para doação
Organização na sede da SBOT
No dia 10 de março, a equipe administrativa da SBOT reuniu-se exclusivamente para organizar a sede administrativa. Seguindo a lógica dos “5S”,
que surgiu no Japão em 1950, todos
os colaboradores limparam seus locais de trabalho com o objetivo de
evitar desperdícios, facilitar as atividades e liberar áreas. Após a arrumação,
foram disponibilizados mais de 10 mil
itens para doação aos Serviços, Regionais e ortopedistas interessados.
AAOS 2011
Vice-presidente Geraldo Motta e a equipe
de Ombro do INTO/RJ, autores de vídeo
apresentado na AAOS
Presidentes das Regionais em frente à sede da SBOT
No dia 12 de janeiro, os presidentes das Regionais conheceram o escritório sede,
os colaboradores e suas rotinas administrativas. Realizada pela terceira vez, a reunião estabeleceu um planejamento e estratégias para todas as Regionais em 2011.
Patrocinada exclusivamente com recursos da SBOT, os presidentes debateram o
que esperam da Sociedade e apresentaram seus problemas. Osvandré Lech (RS),
Adalberto Visco (BA), Robson Azevedo (GO), João Simionatto (DF), Adimilson Cerqueira (SP, administrador), Luiz Roberto de Queiroz (SP, assessor de imprensa) conduziram os trabalhos.
www.sbot.org.br
8
O congresso anual da Academia Americana de Ortopedia (AAOS) foi realizado em San Diego, Califórnia, de 16 a 21
de fevereiro. O maior evento ortopédico do mundo teve a participação de
15 mil inscritos, sendo 539 brasileiros.
Novamente, o Brasil foi a maior delegação estrangeira no evento. O destaque
deste ano não foi apenas numérico.
A Ortopedia Brasileira evidenciou-se
igualmente pelo desempenho científico. Os pesquisadores brasileiros tiveram 12 participações, entre pôsteres,
temas livres, curso (Instructional Course) e vídeo de técnica cirúrgica, que foi
apresentado pelo vice-presidente da
SBOT, Geraldo Motta, e equipe em sessão especial com anfiteatro lotado.
SBOT Entrevista
SBOT é exemplo para a CNRM
Maria do Patrocínio Tenório Nunes
Para Maria do Patrocínio Tenório Nunes, secretária executiva da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e representante da Associação das Escolas Médicas do Estado de São Paulo, a SBOT é exemplo e vanguardista em várias áreas do ensino. Em entrevista ao Jornal
da SBOT, ela ressalta a importância do envolvimento da Sociedade
com o CNRM e seus inovadores programas, como o Programa de Capacitação de Preceptores, considerado admirável e completo, em um
formato de imersão que trata de diferentes e importantes assuntos
presentes no dia a dia do residente. Ela fala também sobre a atual procura pela especialidade e como capacitar profissionais baseando-se
nas necessidades da população.
Durante o II Fórum de Preceptores, realizado pela SBOT em agosto
de 2010, a senhora disse que é necessário haver pré-requisitos para ser
preceptor e uma remuneração adequada. Como a CNRM enxerga o preceptor e quais são os projetos para
regulamentar a preceptoria?
Para a CNRM, o preceptor é o indivíduo fundamental no processo de residência médica, por ser o mentor do médico especialista em formação. É modelo
de conhecimento, habilidades e atitudes.
No entanto, a imensa maioria de nós é
apenas médico, sem formação específica
para essa atividade. Assim, é fundamental
reconhecer, capacitar e remunerar esse
profissional. Na prática formativa atual temos pelo menos três tipos de preceptores
que precisam ser devidamente cuidados:
o preceptor do serviço – UBS, ProntoSocorro, Enfermarias etc.; o preceptor
médico dos hospitais universitários e de
ensino; e o preceptor docente das universidades e escolas médicas. Cada um de
acordo com sua necessidade carece de
programa e cuidados para o exercício da
função.
Reconhecimento e capacitação vêm
por educação para a função, direito a
usar bibliotecas, cursar pós-graduação,
entre outros.
A valorização deve advir de um projeto paralelo de percebimento mensal
diferenciado, mas principalmente pela
escolha para a função. É importante para
qualquer função que queira valorizar-se
que haja seleção! Parece contraditório,
mas é verdade. Temos que estabelecer
pré-requisitos para função e, a partir
www.sbot.org.br
daí, selecionar de acordo com tais critérios. É uma missão especial e temos que
trabalhar em conjunto com sociedades
de especialidades e entidades médicas,
no benefício dessa modalidade de elevada função.
Como a SBOT pode colaborar com
a CNRM e vice-versa? Como é a relação da SBOT com a Comissão?
A relação da SBOT com a CNRM tem
se estreitado e é excelente. Trabalhamos
conjuntamente para aprimorar a formação em Ortopedia. Respeito muito a SBOT
que, de maneira madura e responsável, é
vanguarda em termos de avaliação de
egressos (avaliando não só conhecimento, mas habilidades e atitudes), por meio
de sua famosa e atualmente copiada
prova de título, fonte de inspiração para
as provas práticas de ingresso nos Programas de Residência Médica (PRMs). Continua inovando, quando inicia o programa de capacitação de preceptores, que
é exemplar! Achei admirável o formato
(congrega preceptores de todo o país),
numa imersão que trata de diferentes e
importantes assuntos (comunicação em
saúde, pesquisa científica, ética médica
etc.). Assisti pessoalmente ao empenho
dos organizadores, tendo como resposta
o interesse e a dedicação dos participantes que ficaram numa atividade até dez
da noite e acordaram cedo, participando
ativamente da programação proposta.
Outro aspecto inovador é a busca
por compor com as diferentes facetas
da prática profissional, interagindo muito
com todas as entidades médicas e entes
relacionados à formação profissional. Não
10
podemos esquecer que a SBOT elaborou
e patrocinou um programa de avaliação
nacional e contemporânea de todos os
PRMs na área, credenciados pela CNRM
ou não. E mais, muito do formulário atual
de avaliação dos PRMs em uso pela CNRM
deriva daqueles que a SBOT criou e utiliza.
Resultado de tudo isso é a sensação positiva de cuidado percebido por preceptores e residentes e a determinação de todo
ortopedista pela educação permanente.
Temos que estabelecer
pré-requisitos para a
função e, a partir daí,
selecionar de acordo com
tais critérios.
Fiquei muito surpresa ao entender
que a SBOT resolveu de maneira “cirúrgica” a questão da duplicidade de chancela.
Ou seja, existem locais de treinamento
que não eram credenciados pela CNRM e
podiam até ser pela SBOT ou vice-versa.
No último encontro do qual participei foi
anunciado que a SBOT só avaliará locais
já credenciados pela CNRM, reduzindo
a tensão eventual ou a duplicidade de
chancela. Isso é muito bom! Temos que
avançar analisando e tornando todo serviço credenciado pela CNRM com a chancela de qualidade da SBOT e sua participação ativa nesse processo. Enfim, somos
muito parceiros, sem deixar de respeitar
nossas diferenças.
SBOT Entrevista
II Fórum de Preceptores, realizado em 2010, abordou as principais características dos serviços de todo o Brasil
A SBOT tem cerca de 150 serviços
credenciados em todo o Brasil e a realidade de cada um é muito particular.
Como a senhora avalia esses serviços
de treinamento e, em sua opinião,
quais são os caminhos que a SBOT
deve seguir para aprimorar a qualidade dos serviços?
Avaliação séria, calcada em aprimoramento, busca identificar as situações
de risco, ofertando soluções. Ninguém é
obrigado a fazer nada. A função do MEC,
no entanto, é garantir a qualidade da formação, oferecendo supervisão qualificada
para esse fim. A SBOT conhece e se atualiza constantemente sobre o ortopedista
a ser formado, de acordo com as reais
demandas populacionais. Assim, a SBOT
pode aprimorar o processo indicando e
sugerindo caminhos a serem trilhados,
sempre com base nas melhores evidências científicas e na ética profissional.
Como está a procura por residência médica em Ortopedia e Traumatologia? Como a SBOT pode intervir
para colaborar com a formação de
seus residentes?
Acho que a SBOT já contribui muito
para a formação dos residentes. Chegou
o momento de pensar e buscar junta-
mente com as autoridades em Saúde,
saber quantos e onde devem ser formados novos ortopedistas. A procura
contínua e crescente pela especialidade não é só positiva. Verdadeiros interessados na boa formação profissional
precisam também se preocupar com a
alocação desses profissionais no mercado de trabalho, a fim de evitar o desvio
de função, de indicação precisa de procedimentos, da busca por alternativas
obscuras de rendimento que colocam
em risco os pacientes, banalizam os atos
médicos e comprometem a profissão e
no caso, a especialidade. Veja que não
estou aqui defendendo o corporativismo no sentido negativo da palavra, mas
a formação baseada em competências
e necessidades da população.
A relação da SBOT com a
CNRM tem se estreitado e
é excelente. Trabalhamos
conjuntamente para
aprimorar a formação
em Ortopedia.
11
Também a luta por melhores condições de trabalho e remuneração justa,
além da educação continuada, são atribuições fundamentais das sociedades
de especialidade, no caso da SBOT.
Quais têm sido os principais trabalhos da Comissão atualmente? Quais
são os projetos para 2011?
Fazemos muito e parece que não
fazemos nada. São muitos os planos,
sendo fundamental e prioritário:
a) revisão dos conteúdos dos PRMs,
tecendo-os na lógica das competências ao término de um PRM, incluindo requisitos essenciais para a
instituição, corpo docente (preceptores) e infraestrutura. Estabelecendo a motivação pedagógica para
cada estágio proposto (objetivos) e
os critérios e mecanismos (variados)
de avaliação do residente ao longo
e ao final do Programa;
b) estabelecimento e capacitação de
avaliadores de PRM, em parceria
com sociedades de especialidades,
entidades médicas e gestores;
c) desenvolvimento de um Programa
Nacional de Capacitação e reconhecimento de preceptores.
Jornal da SBOT - jan/fev/2011
CADERNO DE DEFESA PROFISSIONAL
d e s t a q u e
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Dia Nacional de Paralisação
do Atendimento Médico aos
Planos de Saúde
As entidades médicas nacionais, AMB, CFM e FENAM,
reunidas em São Paulo, juntamente com representantes das Sociedades de Especialidades e demais
entidades estaduais, definiram uma MOBILIZAÇÃO
NACIONAL para o próximo dia 7 de abril, denominada
“DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO DO ATENDIMENTO
MÉDICO AOS PLANOS DE SAÚDE”. Na data que celebra o Dia Mundial da Saúde, a intenção é que sejam
feitos protestos e alertas à coletividade usuária da
saúde suplementar.
pender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a
qual trabalhe não oferecer condições adequadas para
o exercício profissional ou não o remunerar digna e
justamente, ressalvadas as situações de urgência e
emergência, devendo comunicar imediatamente sua
decisão ao Conselho Regional de Medicina”.
Ao dispor sobre o assunto, o Código de Ética estabelece exceções ao direito, contemplando que as urgências e emergências devem ser atendidas. Ocorre
que a assistência médica hospitalar é considerada
serviço essencial pela Lei 7.783/89, que regulamenta
o exercício do direito de greve e, como tal, durante
a greve, os sindicatos, trabalhadores e empregadores
estão obrigados a garantir os serviços indispensáveis
que coloquem em perigo iminente a saúde e a sobrevivência da coletividade.
Segundo as entidades, o evento inaugurará a agenda para 2011, cujas diretrizes visam três fundamentais
frentes:
1 – Reajustes de honorários;
2 – Regularização dos contratos entre médicos e operadoras;
Além da ressalva, o Conselho Regional de Medicina deve ser comunicado imediatamente, o que
vale dizer, com a antecedência devida e necessária, assim como a administração do serviço para as
devidas providências. Nesse caso, recomenda-se
que as operadoras de planos de saúde sejam comunicadas.
3 – Promoção de ações junto ao Congresso Nacional
para a aprovação de projetos que disciplinem a relação entre médicos e planos de saúde.
Todas as Sociedades estão sendo chamadas pelas entidades nacionais a instruírem e motivarem seus associados a suspenderem suas atividades no dia 7 de
abril, à exceção das situações de urgência e emergência que devem ser atendidas.
Portanto, para que o Dia Nacional de Paralisação do
Atendimento Médico aos Planos de Saúde atinja os
objetivos pretendidos, as urgências e emergências
não podem ser suspensas, sob pena de que os médicos sofram consequências éticas, civis e penais
se algum dano decorrer aos pacientes pela falta de
atendimento.
Diante desse cenário, aproveitamos a oportunidade
para lembrar a todos que o Capítulo II do Código de
Ética Médica, que disciplina os Direitos dos Médicos,
estabelece no item V, que é direito do médico “sus-
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Jornal da SBOT - jan/fev/2011
CADERNO DE DEFESA PROFISSIONAL
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Cobrança complementar
de honorários sob o ponto
de vista ético
Considerando este momento de reivindicação e revisão de
novos honorários médicos, especialmente por parte do repasse ínfimo ainda praticado pelas empresas de saúde suplementar, vale entender em que condições a cobrança complementar de honorários é ou não é ética, sob a luz do
atual Código de Ética Médica:
 Iniciamos pelo Capítulo II,
Direitos dos Médicos, em seu inciso X:
X – Estabelecer seus honorários
de forma justa e digna.
Esse dispositivo é novo, pois no Código anterior não havia tal
previsão, nem de forma similar. É direito do médico receber
honorários de forma justa e digna, ou seja, é considerada
eticamente correta a cobrança de honorários particulares, no patamar considerado satisfatório pelo médico, não
existindo, portanto, uma tabela sugestiva de valores em correspondência com o ato praticado, até mesmo porque são
vários fatores que interferem nessa questão, como, por exemplo, o grau de especificidade, intitulação, preparo intelectual,
prática, instalações do consultório, bairro em que atua etc.
Porém, o atendimento particular é uma realidade em extinção no Brasil, pois somente 2% dos médicos no Brasil conseguem atualmente viver da medicina atendendo só pacientes
que pagam particularmente.
Por outro lado, para a maioria dos médicos credenciados/
contratados de planos de saúde, o valor dos honorários, predefinidos contratualmente, ainda está muito aquém do minimamente aceitável, e, enquanto isso não for modificado, são
obrigados a atender o paciente, se o contrato está vigente.
Então, se o médico ainda tiver o contrato em vigência com
os planos de saúde, não pode “cobrar em duplicidade” pelo
mesmo ato médico, ou seja, receber uma parte do convênio
e outra parte direto do paciente, por mais que o valor dos
honorários seja considerado indigno ou injusto.
O melhor a fazer nesses casos é o médico discordante e insatisfeito com o valor de honorários infimamente pagos pelo
convênio reivindicar uma base de remuneração mais
alta junto ao convênio/plano de saúde e, em último caso,
se tal medida não resolver, só restará mesmo partir para a rescisão contratual.
 Capítulo VIII, Remuneração Profissional.
É vedado ao médico:
Art. 65 – Cobrar honorários de paciente assistido em
instituição que se destina à prestação de serviços
públicos, ou receber remuneração de paciente como
complemento de salários ou de honorários.
Este artigo proíbe que o médico cobre honorários de paciente assistido pelo SUS ou, ainda, receber complemento de honorários particulares de paciente do SUS, sob a justificativa
www.sbot.org.br
de que seus honorários são infimamente pagos pelo Poder
Público.
Vale comentar desde já que, na esfera privada (§ único do
art. 66 deste Código, abaixo comentado – a complementação
de honorários em serviço privado pode ser cobrada quando prevista em contrato), é permitida a existência de honorários
complementares.
Entretanto, na esfera pública, tal prática é veementemente proibida, já que o médico recebe seus honorários diretamente do Poder Público, não sendo permitida qualquer tratativa de honorários adicionais com o paciente, sob pena de
prática de cobrança de honorários em duplicidade.
Art. 66 – Praticar dupla cobrança por ato médico
realizado.
§ único. A complementação de honorários em serviço
privado pode ser cobrada quando prevista em
contrato.
Conforme exposto acima, a cobrança de honorários adicionais em serviço privado é perfeitamente possível e considerada conduta ética, quando prevista em contrato.
Diante disso, para que o médico possa praticar (de forma ética e segura) a cobrança de honorários adicionais, recomenda-se a utilização de um contrato escrito à parte com
o paciente, pois, não obstante o contrato da prestação de
serviços médicos possa ser estipulado de forma verbal, será
de difícil prova o acordo de honorários complementares, em
favor do médico, se não possuir um documento como prova
da anuência do paciente.
Entretanto, a dupla cobrança (do mesmo serviço) é vedada em
qualquer situação. Tanto nos atendimentos realizados em usuários/pacientes atendidos através do sistema suplementar de
saúde (planos de saúde etc.) como em pacientes atendidos em
serviço público e/ou em serviço particular.
Por fim, vale reiterar que não é considerado como antiético o
médico acordar à parte (em contrato escrito) com o paciente
outro serviço complementar que ainda não foi pago na modalidade particular, bem como na modalidade de atendimento via plano de saúde.
Juliane Pitella é advogada da ELP
– Rede Nacional de Advogados Especializados na Área da
Saúde e coautora dos livros Segurança Jurídica para Médicos
– Gestão de Riscos (2005) e Novo
Código de Ética Médica – Análise
e Orientação aos Médicos (2010).
E-mail: [email protected]
Site: www.advsaude.com.br
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CADERNO DE DEFESA PROFISSIONAL
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Espaço Aberto
Existe uma grande propaganda em relação
aos benefícios com o seguro DPVAT, inclusive
na TV. Tenho um número crescente de usuários
SUS e até particulares pedindo preenchimento
dos papéis deste seguro. Tenho dúvidas sobre
a obrigatoriedade deste preenchimento e se
existe lei que me ampare em cobrança de honorários para este preenchimento. Eu poderia
levá-los para consultório particular para preenchimento?
seg. Logo, o relatório, ou melhor, o laudo médico
sobre o atendimento, naturalmente, deve ser elaborado e entregue ao paciente, sem custo algum.
É obrigação ética do médico fornecer o laudo ao
paciente (art. 86 Código de Ética Médica). Por outro lado, quanto ao preenchimento de formulários
de seguradoras para recebimento de benefícios, a
Resolução do CFM 1.076/81 dispõe sobre o assunto. Segundo a norma, o médico pode cobrar por
tais serviços. Nesse caso, é importante estabelecer
a diferença entre relatório/laudo médico e formulários de seguradoras.
Tendo em vista a indagação proposta, passamos a
esclarecer o quanto segue. Trata-se de Seguro de
Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores, instituído através da Lei nº 6.194/74, com
a finalidade de amparar as vítimas de acidentes
de trânsito causados por veículos automotores
em todo o território nacional, independentemente de quem seja o responsável pelo acidente. A
princípio, o referido seguro, obrigatório a todos
os proprietários de veículos, além de valores provenientes de acidentes que causem a morte ou a
invalidez permanente do acidentado, reembolsa
despesas com assistência médica, hospitalar, fisioterapia etc. após análise de prescrição médica,
desde que o atendimento seja feito em caráter
particular. O pagamento da indenização é feito
mediante comprovação do acidente, através de
certidão de ocorrência policial – BO, e comprovação com os gastos médicos, mediante relatório
médico com discriminação do tratamento e alta.
Para tanto, a vítima, ou seu beneficiário, deve dirigir-se a qualquer companhia seguradora credenciada, com os documentos já citados. Assim, é a
vítima quem recebe a cobertura e combina com o
profissional de que forma acertará seus honorários,
sendo que, já há alguns anos, os acidentes atendidos em hospitais conveniados com o SUS têm
gerado reembolsos através do DPVAT, desde que
o acidentado tenha optado pelo atendimento em
caráter particular, conforme orientação da Fena-
Quero trabalhar em clínica ortopédica (propriedade de outros colegas médicos) sem vínculo empregatício. Como devo proceder para
evitar qualquer problema com o Ministério do
Trabalho? No site da prefeitura do Rio de Janeiro, onde a clínica fica localizada, constam
dois tipos de trabalhador autônomo, o estabelecido e o não estabelecido. Qual devo usar?
O trabalho sem as devidas formalizações legais
pode gerar consequências de difícil solução prática. É sabido que, normalmente, no início, a relação
informal contenta ambas as partes. Entretanto,
com o passar do tempo, começam a surgir as divergências, afinal, o médico nessas circunstâncias
exerce a função como se empregado fosse: respeita horários, faz plantões e responde a superiores
hierárquicos, sem nenhum benefício equivalente,
principalmente diante do rompimento da relação.
É a partir dessa fase que os problemas surgem e,
fatalmente, o assunto é encaminhado à Justiça,
visando a comprovação de vínculo trabalhista.
Nesse sentido, a recomendação é que tal “maquiagem” seja evitada e que cada uma das partes cumpra com suas obrigações legais. Posto isso, uma
forma de efetuar uma relação sem vínculo é através da prestação de serviços de forma autônoma.
Tal formato demanda providências que envolvem
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Jornal da SBOT - jan/fev/2011
CADERNO DE DEFESA PROFISSIONAL
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a criação de uma pessoa jurídica, o que importa
em gastos para a abertura da mesma, sem contar
a consequente emissão de notas fiscais geradoras
de impostos. A outra possibilidade é a emissão de
RPA – Recibo de Prestação Autônoma –, que dependerá da aceitação dos representantes da clínica. Por fim, sabemos que, se tais formalizações
visam esconder uma relação trabalhista de fato,
apenas para driblar o fisco, tal arranjo é facilmente
desmascarado judicialmente. Vale dizer, o vínculo
pode se comprovar com a exigência de todos os
cumprimentos legais pelo empregador.
da, precisa ter normas que regulamentem o funcionamento interno reunidas num Regimento do
Corpo Clínico. Normalmente, nele estão inseridas
regras sobre o atendimento de emergência. São
essas regras que precisam ser consultadas para
que possamos orientá-lo. Tal documento tem que
ser registrado no CRM. Geralmente, feito o atendimento emergencial, há o encaminhamento, sendo que tal conduta deve estar descrita no prontuário médico.
Temos um serviço de trauma no qual utilizamos rotineiramente implantes ortopédicos da
Synthes. Deu entrada no PS um paciente apresentando fratura exposta dos ossos da perna,
o qual foi submetido a tratamento cirúrgico
com fixação externa. Após alta solicitamos ao
convênio liberação de uma haste intramedular
da Synthes para conversão.
Nos papéis veio liberada uma haste de outro
fornecedor, do qual eu desconheço o material.
Optamos por suspender o procedimento após
contato telefônico com o convênio devido a
não termos a haste liberada no hospital na data
programada para a cirurgia. Estou ciente das
orientações da Anvisa a este respeito, porém tenho experiência com o material de uso rotineiro e a haste solicitada é um material nacional.
Gostaria de orientações de como proceder.
Um ortopedista que tem aparelho de raio X no
seu consultório e o utiliza esporadicamente
(quando o técnico de raio X não está presente)
é obrigado por lei a usar dosímetro? O técnico
de raio X, logicamente, usa.
Salientamos que todas as medidas de segurança devem ser praticadas para controlar os efeitos
nocivos da radiação. Assim, a proteção radiológica tem um papel fundamental na rotina do ortopedista. Em razão disso, salientamos que a SBOT
firmou uma parceria com escritório de advocacia
para auxiliar o ortopedista exposto à radiação a
obter aposentadoria especial. Para mais informações, acesse: www.advsaude.com.br/sbot.
Informações sobre o plantão remunerado de
Ortopedia: os pacientes atendidos no seu dia
de plantão deverão ter seguimento pelo mesmo ortopedista na unidade pública de saúde
que faz o atendimento? Se não atender em
rede pública, é de responsabilidade do mesmo
dar continuidade ao tratamento do paciente
em ambulatório da Santa Casa? Ortopedista
que não faz plantão remunerado a distância
e faz atendimento em unidade básica de saúde municipal tem responsabilidade dar seguimento em pacientes atendidos por outro colega de plantão?
Em atenção à solicitação, vimos, pelo presente, recomendar que as regras do CFM e Anvisa sejam
observadas. Nesse caso, é importante que seja
feita uma justificativa sobre a escolha do material
de forma consistente. Se for mantida a recusa pela
operadora, deverá ser solicitada a designação de
terceiro para resolução do conflito, a expensas da
operadora. Recomendamos, ainda, que todos os
fatos sejam registrados em prontuário do paciente, que deverá ter ciência de tudo. Por fim, persistindo as dificuldades, a SBOT está à disposição
para ser um canal com a ANS e, para tanto, enviará
à Agência a denúncia dos fatos, mantendo sigilo
quanto à identidade.
Toda instituição hospitalar, seja pública ou privawww.sbot.org.br
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TEOT 2011
Prova de Habilidades é
destaque no 40º TEOT
Inédita no TEOT, a prova avaliou o conhecimento do residente ao realizar um procedimento
cirúrgico e sua familiaridade com os instrumentos
De 13 a 15 de janeiro deste ano,
em Campinas, foi realizado o 40º TEOT,
Exame para Obtenção de Título de Especialista da Sociedade Brasileira de
Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
Com participação de 570 candidatos,
o Exame deste ano teve como grande
destaque a Prova de Habilidades. Realizada pela primeira vez, a prova não
teve valor na pontuação final, mas devido ao sucesso, deverá ser incorporada ao Exame no próximo ano. “A Prova
de Habilidades demonstrou-se muito
útil na avaliação da capacidade prática
dos participantes e deve se consolidar
como mais uma maneira de avaliar o
candidato”, diz Osvandré Lech, presidente da SBOT.
O anseio de implementar uma
prova que mensurasse a destreza manual dos futuros cirurgiões é antigo na
SBOT. A Comissão de Ensino e Treinamento (CET), juntamente com todas
as diretorias, vinha trabalhando para
que a prova virasse realidade. “No 41º
CBOT, em 2009, a CET fez um laboratório com uma das empresas parceiras
e apresentou como seria o modelo da
prova. Com o aval da SBOT, desenvolvemos todos os protótipos que seriam
necessários e estruturamos a avaliação”, explicou Vincenzo Giordano Neto,
membro da CET e grande incentivador
da introdução desta prova.
A Prova de Habilidades foi realizada
nos dias 14 e 15 de janeiro, juntamente
com os Exames Oral e Físico, e os candidatos precisaram fazer uma técnica
básica de osteossíntese e uma sutura
de tendão, porém a ideia é que entrem
mais algumas técnicas para serem avaliadas. “Não queremos que o candidato faça uma haste intramedular de tíbia do começo ao fim, mas queremos
que ele faça um tempo da cirurgia. Um
tempo que a Comissão julga crítico e
importante ele dominar. Nessa linha
de pensamento, vamos elaborar outras
www.sbot.org.br
Comissão de Ensino e Treinamento durante o 40º TEOT
situações para implementarmos nos
próximos anos”, acrescenta Vincenzo.
Prova de Habilidades avaliou a destreza manual
dos candidatos
Interação dos candidatos com os
preceptores, respaldo na execução da
técnica cirúrgica e padronização do en18
sino em todos os Serviços do Brasil são
uns dos principais objetivos da nova prova. “O grande mérito da avaliação é que
irá provocar um redimensionamento em
todos os Serviços que vão estudar como
treinar o residente para a prova e isso
afetará de maneira positiva a formação
do futuro ortopedista”, explanou André
Pedrinelli, membro da CET.
Desenvolvimento dos materiais: um
desafio à parte
O desenvolvimento do tendão e todos os materiais para a realização da prova foi um grande esforço da Comissão
de Ensino e Treinamento, em particular
de André Pedrinelli, que acompanhou
todo o processo de execução. “Prover o
equipamento básico para a realização
do Exame foi a nossa maior preocupação, buscando desenvolver todo esse
conhecimento dentro da SBOT”, diz ele.
Ele ressalta ainda que a ideia é oferecer
esse material para os Serviços de Residência Médica, possibilitando o melhor
treinamento dos residentes.
TEOT 2011
A produção dos tendões contou
com a parceria da empresa Nacional
Ossos, que já tinha a tecnologia do
manejo do silicone. “No processo, chegamos à conclusão de que o tendão
tubular era o melhor. Imaginávamos
que fosse precisar trocar os tendões a
cada exercício, mas o tendão aguentou
rodadas e rodadas e isso foi muito bom”,
comemora Pedrinelli. Para o futuro, a
Comissão pretende simular outros tipos
de tendões corporais. “Vamos produzir
tendões chatos e largos, que permitem
fazermos outros tipos de simulação de
tendão”, ressalta ele.
Simulação de um tendão suturado
É durante o TEOT que a nova diretoria da SBOT toma posse e realiza as
primeiras reuniões do ano definindo o
planejamento estratégico da instituição. Discussões de temas relevantes
também fazem parte da rotina do Exame. Neste ano, a grande novidade foi
o Fórum: Discutindo a Ortopedia de
Hoje, dividido em quatro blocos com
30 minutos de duração cada e que
contou com a participação de vários
ortopedistas convidados, dois sorteados na hora, além de perguntas da
plateia.
Mediado pelo jornalista Sidney Resende, o Fórum abordou temas relevantes como: Defesa Profissional: Aqui
e Agora; Macro SBOT – Pensando no
Futuro; Regionais e Comitês Eficientes;
Ensino: Estamos no Caminho Certo? O
evento foi elaborado com a finalidade de servir de base para a execução
das ações administrativas deste ano.
Sidney Resende ficou impressionado
com o que viu: “Muita transparência e
vontade de discutir os assuntos relevantes à Ortopedia. Acho que este é
o caminho para a evolução da especialidade”.
Fórum: Discutindo a Ortopedia de Hoje foi
sucesso no 40º TEOT
André Pedrinelli em entrevista, explicando o
funcionamento da mesa e o tendão
TEOT: um exame de excelência
Instituído em 1972, o Exame para
Obtenção de Título de Especialista da
SBOT cresce de maneira vertiginosa a
cada ano e é considerado exemplo de
avaliação por todas as sociedades médicas. Neste ano, foram aprovados 414
novos ortopedistas, que passam a fazer
parte do quadro de membros da SBOT.
Números do TEOT
570 candidatos inscritos
340 examinadores convidados
80 observadores convidados
30 empresas envolvidas direta e
indiretamente na realização do evento
Momentos de alegria e comemoração: mais de 400 novos ortopedistas aprovados no Exame
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Jornal da SBOT - jan/fev/2011
Resgate Histórico
O resgate da história da Ortopedia
Criada na gestão de 2011, a Comissão da História da Ortopedia começa seu trabalho de
registro e organização de importantes documentos da SBOT
A Gestão 2011 inicia uma
ação de grande importância
para a SBOT e para a Ortopedia Brasileira: o registro
sistemático de sua história.
A recém-criada Comissão da
História da Ortopedia está
trabalhando na organização,
catalogação e criação de
uma sistemática para que os
fatos que envolvem a instituição e a especialidade no
país possam ficar preservados para sempre.
O trabalho envolve várias atividades desenvolvidas simultaneamente: a primeira meta
é organizar, catalogar e cuidar
da preservação de documentos muito antigos, para que
não se deteriorem e para que
possam sem conhecidos por
todos. “Temos arquivadas cartas de 1934 e 1935, manuscritas pelos fundadores da
SBOT, na época em que ainda
estavam discutindo a criação
da Sociedade e as regras sobre como ela deveria funcionar”, revela um dos membros
da Comissão, Samuel Ribak.
“São documentos que, se
não forem acondicionados
adequadamente, em material próprio, terão acelerada a
deterioração natural do papel
e poderão se perder. Além
disso, uma vez catalogados e
digitalizados, poderão chegar
ao acesso de todos”.
Além da organização e da
identificação de todos os
documentos, a Comissão trabalha na digitalização deles,
de maneira que possam ser
consultados sem a manipulação dos originais e possam
ser até objeto de estudo. “A
SBOT sempre se preocupou
em registrar a sua história”,
www.sbot.org.br
fias. Os documentos ficarão
protegidos de rasgos, dobraduras e, principalmente, da
perda. Uma sala na sede da
SBOT, climatizada, está sendo especialmente preparada
para o arquivo e a proteção
deles.
Samuel Ribak e Patricia Logullo em reunião de trabalho da Comissão,
examinando a encadernação de volumes de atas da década de 1940
reconhece o presidente,
Osvandré Lech. “Porém, isso
era feito de forma individual,
em iniciativas importantes,
mas desarticuladas. Publicamos alguns livros contando
a história da SBOT, mas nunca
havíamos instalado uma comissão com um método definido de trabalho, com metas
estabelecidas por ano e com
a guarda responsável do material. Isso agora está sendo
sistematizado”, comemora.
Material antigo
Acervo atual da Comissão, que
precisa ser organizado, catalogado,
higienizado e preservado
O material que a SBOT tem
reunido em sua sede é composto de cartas manuscritas
ou datilografadas trocadas
entre os membros da diretoria ou enviadas pela secretaria aos sócios, relações
de membros ao longo dos
anos (movimentação do
quadro social), programas de
congressos e aulas, atas das
reuniões e assembleias, prestação de contas, recortes de
jornais de época e fotografias
antigas. Esse conjunto foi utilizado para a edição de livros
como o primeiro registro histórico publicado pela SBOT,
assinado por Bruno Maia na
década de 80, e também os
mais recentes. Porém, não foi
guardado de maneira organizada e foi transportado várias
vezes. Agora, com o auxílio
de uma consultoria com a
arquivista Fernanda Brito,
conservadora da Fundação
Energia e Saneamento, os
documentos serão higienizados e acondicionados em
material próprio, que retarda
reações químicas que provocam manchas amareladas
nos papéis e deterioração
das emulsões das fotogra20
“O exame de todos esses
documentos vai permitir trazer à superfície uma série de
detalhes sobre a história da
Ortopedia no Brasil”, conta
Samuel Ribak. “Como eram
tratadas as fraturas na década
de 40? Qual a importância da
tuberculose óssea nessa época? Por que é que certos procedimentos e instrumentos
caíram em desuso enquanto
outros continuam a ser praticados até hoje por nós?” Tudo
isso vai ser possível observar
pela leitura do material, e vai
gerar conhecimento.
A Comissão tem como membros Samuel Ribak e Patricia
Logullo, que estão trabalhando mais diretamente na
organização do material e na
publicação de obras sobre o
TEOT e sobre os Serviços Credenciados de Treinamento
em Ortopedia. Também fazem parte Márcio Ibrahim de
Carvalho, que trabalhou na
criação dos primeiros TEOTs,
Manlio Nápoli, que publicou
obra sobre a história da SBOT
e é testemunha dos mais importantes acontecimentos da
Sociedade, José Carlos Affonso Ferreira, que desenvolveu
os exames de certificação
informatizados, nas décadas
de 80 e 90, e Edison José Antunes, que presidiu a SBOT
entre 1991 e 1992.
Patricia Logullo
Opinião
Do jeito que está, pior não fica
É impossível continuar aceitando as
regras do jogo comandadas pelos planos de saúde e apoiadas pela ANS, que
“em nome do consumidor” quer limitar o
tempo que temos de cumprir para marcar consulta NO NOSSO CONSULTÓRIO,
a duração da consulta e nunca cobrar
dos convênios a promessa de implantar a CBHPM, com valores defasados há
sete anos e correção anual dos valores.
George Bitar
O CFM deliberou que cada consulta tem
direito a um retorno, não importa em
que época seja. Quero ver se a ANS irá obrigar os planos a seguirem
essa orientação.
Ao lado de tudo isso, os nossos honorários chegaram ao patamar mais baixo desde o início da medicina suplementar. Os valores vis da nossa tabela não permitem que possamos prosseguir
operando qualquer tipo de patologia ortopédica ou traumatológica. Não pensem que apenas a nossa especialidade reivindica
novos valores.
Quando lutamos – e faz muito tempo – por melhores condições
de trabalho e remuneração, e não temos nenhuma resposta até da
nossa cooperativa, é chegada a hora de pôr a “boca no trombone”. Porém, isso não tem nenhum efeito se a grande imprensa não
publicar e a TV não divulgar como o médico está escravizado pela
ditadura e cartéis da medicina suplementar através da ANS, cujos
membros em sua maioria são ou já foram empregados da AMIL.
Como confiar nessa Agência, quando durante a realização do
40º TEOT, foi realizada uma longa reunião com um representante da
mesma que prometeu mundos e fundos, e que a ANS iria interceder
neste ano junto aos planos para atender às nossas reivindicações?
Quando se fala em acionar a imprensa que não a classista, isso
significa que, como médicos, podemos usar o nosso prestígio
junto aos clientes para divulgar aquilo que está nos prejudicando e, principalmente, prejudicando o paciente. Cartas do leitor
em jornais e revistas, provocar entrevistas em qualquer situação
que diga respeito ao interesse do nosso paciente são fórmulas
que fazem muito efeito, principalmente para os empresários que
“compram” planos para os seus funcionários. Esses precisam saber que os médicos são explorados e que eles próprios e seus
empregados precisam receber um bom atendimento.
Outro aspecto do atendimento médico aos planos de saúde
é a famigerada “autorização” para cirurgia. Somos desrespeitados
por funcionários leigos e até por médicos “auditores” desde que
o nosso paciente seja internado. A partir daí passamos por uma
dolorosa via-crúcis com exigências absurdas para liberar uma
cirurgia. A tensão por que o cirurgião passa, que o pessoal da
enfermagem e nossos funcionários sofrem nos faz ter a sensação de que somos bandidos querendo roubar o convênio com
cirurgias mal indicadas e material hiperfaturado. Se estão à disposição três marcas de materiais, supõe-se que o custo daquele
material já está orçado e que a qualquer momento podemos
escolher um ou outro.
A absurda distinção entre Emergência e Urgência não tem
nenhum sentido.
Por isso tudo acho que devemos suspender inicialmente nosso
atendimento aos doentes eletivos, e posteriormente aos doentes
de trauma, fazendo a primeira avaliação e encaminhando-os ao
SUS, que é o responsável pela assistência médica a todos os brasileiros. Só assim criamos notícias e talvez sejamos respeitados.
George Bitar
Noticias da Tesouraria
“Quando assumimos a tesouraria, verificamos que todas as informações financeiras apresentadas na Comissão Executiva eram
baseadas no Balanço Contábil, aquele que é apresentado para a
Receita Federal. Nele, estão contempladas as informações sobre os
ativos, passivos, depreciações etc., que, se não forem analisadas criticamente, não dão uma visão clara da posição de caixa da entidade”,
afirmam Adalberto Visco e Reynaldo Jesus-Garcia Filho, tesoureiros
da Gestão 2011.
O primeiro passo foi alterar a linguagem “contábil” para a “financeira”, para demonstrar o efetivo dinheiro que entrou e saiu da
SBOT, proporcionando então uma ideia clara de quanto a SBOT
pode investir nas suas ações presentes e futuras, além de auxiliar na análise daquilo que pode ser economizado
para reverter em benefícios para os sócios. Para exemplificar, foi mostrado na
Executiva e no Fórum de Campinas que a
SBOT teve um superávit de R$ 108.539,49
em 2010. No entanto, o balanço financeiro mostrou que houve um déficit de
R$ 507.679,73. Ou seja, a SBOT ficou mais
pobre no período. Para aprofundar esta
www.sbot.org.br
análise, foi contratada a auditoria da Ernst & Young para avaliar os
anos de 2009 e 2010.
“A percepção inicial é de que a SBOT é uma entidade que tem
empobrecido, e que a contenção de gastos veio para ficar. Isto terá
impacto em algumas ações e projetos”, afirmam os diretores após
análise da situação durante a primeira reunião de diretoria, em 24
de fevereiro passado.
Também não havia um orçamento estabelecido para o ano
de 2011, e as diversas Comissões não tinham previsão de receita
e despesas. Tal solicitação já foi feita, com resposta rápida das Comissões. Por fim, foi constatado
que o programa financeiro da SBOT é incompleto
e inseguro, facilitando a manipulação, não disponibilizando relatórios que possam ajudar na
tomada de decisões. A Comissão de Tecnologia
de Informação (TI) trabalha junto com a diretoria para identificar e implantar um programa
financeiro ágil e seguro. “A Gestão Empresarial é a única saída para uma SBOT economicamente estável. O cenário exige e isto será
feito”, conclui o presidente Osvandré Lech .
22
Informe Publicitário
Marketing médico: duas
palavras que combinam
Por Renato Gregório*
É difícil entender a relação entre os termos marketing e médico. O termo marketing
vem do inglês to market, que significa negociar no mercado, com o sentido particular
de mercadologia. Porém, como a Medicina não é um comércio, não é tão óbvio, em um
primeiro momento, fazer a conexão entre os termos. Veremos neste artigo que estas
palavras não apenas combinam como, juntas, fazem todo o sentido.
Ao contrário do que alguns imaginam, o marketing não tem como objetivo apenas
vender produtos ou serviços. Na realidade, marketing não precisa ter nenhuma ligação
com a venda direta. Outra confusão comum é com os termos propaganda e publicidade. Marketing não se resume a fazer anúncios, nem está diretamente vinculado a
qualquer tipo de atividade publicitária. Em muitos casos, é possível fazer um excelente
trabalho de marketing sem recorrer a estas ferramentas.
Mas se marketing não é apenas para vender e também não necessariamente significa fazer propaganda, qual o verdadeiro objetivo de se fazer marketing? Na realidade,
existem vários tipos de marketing. Em alguns casos, como em um comércio, ele será
realmente voltado para gerar vendas. Em outros, será utilizado com o objetivo de tornar
uma marca conhecida ou consolidá-la. Uma organização sem fins lucrativos, por sua
vez, pode se utilizar das ferramentas e estratégias de marketing para garantir determinado posicionamento na sociedade, conquistar novos patrocinadores e parceiros
institucionais.
Na área da saúde, o marketing também se aplica. O marketing médico atua em
diversas dimensões, como, por exemplo: relacionamento com os pacientes, layout, estrutura e procedimentos dentro do consultório, localização geográfica, relacionamento
com os formadores de opinião, seleção, treinamento e capacitação dos funcionários,
padronização dos serviços e processos de atendimento, segmentação do público-alvo,
comunicação eficiente, construção de um nome forte, dentre outras.
Em cada uma destas esferas, o médico deverá desenvolver ações que gerem confiança, credibilidade e principalmente valor para o paciente. Ações para identificação
do público-alvo, análise de informações e dados para a tomada de decisão, construção
de redes de relacionamento e networking, planejamento de um negócio: todos estes
são aspectos com os quais o médico, conscientemente ou não, lida todos os dias em
sua rotina de trabalho.
O marketing médico pode auxiliá-lo neste processo, pois representa um conjunto
de ações e estratégias que tem por objetivo agregar valor à prática médica, através da
identificação de oportunidades de mercado, dos desejos e das necessidades dos pacientes. De maneira simples e direta, fazer marketing médico significa fazer a diferença
com qualidade para os seus pacientes e para o público em geral. Significa redescobrir o
próprio valor, criando valor para as pessoas que procuram pelo atendimento.
Para aqueles que buscam a construção de um diferencial e de um nome forte, convém estudar melhor a articulação das palavras marketing e médico. Pode ter certeza
de que elas combinam verdadeiramente, gerando resultados impressionantes quando
trabalhadas de maneira ética e inteligente.
*Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial, Renato Gregório é um dos maiores especialistas
em gestão de carreira médica do país. Escritor e professor com MBA em Gestão Estratégica, ministra cursos e
palestras, além de publicar diversos trabalhos neste campo. Ao longo de sua carreira tem assessorado diversas
sociedades de especialidades, associações médicas e instituições de saúde no Brasil. É autor dos livros Marketing
Médico – Criando valor para o paciente, Bem-vindo Doutor, O Dossiê Paciente e Um Sonho de Profissão,
todos publicados pela Editora DOC.
23
Jornal da SBOT - jan/fev/2011
Espaço das Regionais
Santa Catarina
Novo site da SBOT-SC
Minas Gerais
1º colocado no TEOT é mineiro
O 1O colocado no
Exame para Obtenção de Título de Especialista (TEOT) de
2011 foi o mineiro
Eduardo Frois Temponi. A colocação
referenda o esforço
do candidato e também o Serviço de
Ortopedia em que
atua.
“Minas Gerais possui
inúmeros serviços
O mineiro Eduardo Frois Temponi,
com competência
1º colocado no TEOT
igual a centros importantes da Europa e Estados Unidos. Este fato se deve
principalmente ao trabalho das preceptorias, que vêm formando, há décadas, excelentes profissionais, e da SBOT-MG
que, através de seu programa de Educação Continuada,
vem preparando centenas de R3s para a prova de título”,
ressalta Frois, ao comentar sobre sua colocação no Exame.
Eduardo Frois fez residência em um dos mais importantes
serviços de Ortopedia do país – o Serviço de Ortopedia
Professor Matta Machado, do Hospital da Baleia, referência
no atendimento às doenças infantis, com destaque para
as cirurgias da coluna, tumor, reconstrução, alongamento
ósseo e, sobretudo, Ortopedia Pediátrica. Além disso, participou de todos os módulos do programa de Educação
Continuada da SBOT-MG em preparação para o TEOT, ficando sempre em primeiro lugar em todas as provas dos
seis módulos do curso. “Para mim, a classificação foi o reconhecimento do trabalho de uma equipe. Valeu meu esforço e a assistência e orientação dos meus preceptores. Foi
o reconhecimento do Serviço de Ortopedia do Hospital da
Baleia”, destaca.
Após ter conquistado o primeiro lugar no referido Exame,
entre 570 candidatos, Eduardo Frois iniciou a subespecialidade de Cirurgia do Joelho no Hospital Madre Tereza, em
Belo Horizonte, também outro importante serviço de Ortopedia do país.
Desde março o novo site da SBOT-SC está no ar, totalmente reformulado e modernizado, ampliando a comunicação com os
ortopedistas associados, colegas médicos e a população. No
site estão dispostas as principais informações sobre a Regional
Santa Catarina, seu histórico e diretoria, além de uma ampla
agenda científica, com as datas e locais dos principais eventos
da Ortopedia no estado, no país e também no exterior. Notícias de interesse dos médicos do setor e de defesa profissional
da medicina também farão parte da nova página na internet,
que disponibilizará ainda as últimas edições do Jornal SBOTSC, dicas de saúde, links especiais, artigos e fotos de eventos
com a participação de ortopedistas de Santa Catarina.
Para o presidente da SBOT-SC, André Luís Fernandes Andújar, a reformulação do site é uma importante ferramenta de
integração, estimulando o médico associado a se informar sobre as notícias da especialidade. Além disso, a página oferecerá espaço para a interação com os ortopedistas, que poderão
mandar suas mensagens de opinião, imagens que queiram
divulgar e artigos científicos. “A comunicação on-line é hoje
uma ferramenta de primeira ordem para qualquer instituição
que queira estar mais próxima de seu público. A SBOT-SC tem
como meta congregar os ortopedistas catarinenses em torno
de seus objetivos e interesses comuns e para isto vai utilizar a
internet e todos os recursos de que ela dispõe como instrumento de informação e de integração”, conclui o presidente.
Piauí
Administração atuante
O principal objetivo da diretoria da Regional Piauí, desde o início de sua gestão em maio de 2010, é aproximar cada vez mais os
associados da Sociedade. Para isso, são realizadas reuniões científicas mensalmente com aulas, estudos de casos e informações
diversas sobre a especialidade, além de divulgação dos eventos. Para o ano de 2011, além dos eventos realizados rotineiramente,
foi elaborado um extenso calendário de atividades que incluem jornada acadêmica para os estudantes, uma jornada médica com
a realização de procedimentos cirúrgicos e jornadas regionais nas principais cidades do estado. “Nosso objetivo é proporcionar
uma maior integração com os nossos associados que moram longe do centro urbano, visando aprimorar os conhecimentos de
nossos colegas e oferecer uma medicina de qualidade e excelência para a população”, explica Orlando Amorim Leite, presidente
da Regional.
25
Jornal da SBOT - jan/fev/2011
Espaço das Regionais
Mato Grosso
Aproximação
A SBOT-MT pretende se aproximar dos Serviços de Residência através de simulados para os residentes. “Nosso objetivo é proporcionar uma maior integração de todos os serviços com a nossa regional”, diz o presidente José Milton Pelloso Júnior.
Serviço de Residência de Ortopedia do Hospital
Geral Universitário de Cuiabá
Serviço de Residência em Ortopedia do Hospital
Santa Rosa de Cuiabá
Ceará
45 anos de muito trabalho
Espírito Santo
Posse de diretoria
O ortopedista e traumatologista Adelmo Rezende Ferreira da Costa foi empossado,
no dia 17 de fevereiro, como
novo presidente da Regional Espírito Santo (SBOT-ES).
A cerimônia foi aberta pelo
presidente da gestão 2010,
Alceuleir Cardoso de Souza,
que apresentou um balanço
contábil e das realizações
científicas, administrativas
e sociais durante o ano em
Adelmo Rezende
que permaneceu à frente da
Ferreira da Costa
SBOT-ES. Antes de passar o
cargo para o novo presidente, Alceu falou sobre os desafios
enfrentados em sua gestão e também sobre as conquistas.
Ao final, desejou boa sorte a Adelmo, agradeceu à sua diretoria e aos parceiros que o apoiaram durante o mandato.
Em sua primeira palavra como presidente, Adelmo disse
que, como Alceu, não medirá esforços para continuar valorizando os eventos científicos, a educação continuada, a
comunicação com os membros da SBOT-ES e com a sociedade, a defesa profissional, entre outros. “Neste ano, já programamos três importantes jornadas com foco no trauma,
manteremos o curso preparatório para o exame do TEOT,
daremos atenção especial à questão da defesa profissional
e, principalmente, desenvolveremos campanhas educativas
para a população com uma série de temas comportamentais que vão desde a segurança no trânsito à casa segura
para idosos.” Estiveram presentes colegas, colaboradores,
amigos, o presidente da Cooperativa dos Ortopedistas e
Traumatologistas do Estado do Espírito Santo (COOTES),
Hélio Barroso dos Reis, e o vice-presidente da SBOT-ES, Marcelo Rezende da Silva.
Da esquerda para a direita: José Nami Jereissati Tajra,
Manuel Bomfim Braga Júnior, Ronaldo Silva Oliveira e
Lauro Cosme dos Reis Filho
A SBOT-CE encerrou sua programação de 2010 em grande estilo, celebrando, em sua tradicional festa de confraternização
de final de ano, os 45 anos da Sociedade. Durante a comemoração, realizada juntamente com a Cooperativa dos Médicos em Traumatologia e Ortopedia do Ceará (COOMTOCE),
tomou posse a diretoria da SBOT-CE para o biênio 2011-2012,
que conta com Ronaldo Silva Oliveira como presidente. Os especialistas que vêm se destacando pelos relevantes serviços
prestados à SBOT-CE e à COOMTOCE também foram homenageados. Os ortopedistas José Nami Jereissati Tajra e Lauro Cosme dos Reis Filhos foram consagrados com a medalha “Ordem
Cearense do Mérito em Ortopedia e Traumatologia” e Manuel
Bonfim Braga Júnior com a Menção Honrosa da COOMTOCE.
Programação científica de 2011
A diretoria da SBOT-CE já trabalha ativamente para garantir o
sucesso de sua programação científica de 2011. Estão previstos quatro simpósios, além da realização do XVI Congresso de
Ortopedia e Traumatologia do Estado do Ceará (COTECE 2011).
Os simpósios abordarão temas como Trauma Ortopédico, Artroscopia e Trauma Esportivo, Ortopedia Pediátrica e Reconstrução Articular. “Nosso objetivo é contemplar os principais
assuntos com os quais os traumato-ortopedistas lidam no seu
dia a dia, assegurando a reciclagem de seus conhecimentos”,
afirma Ronaldo Silva, presidente da SBOT-CE.
www.sbot.org.br
26
Espaço dos Comitês
Cirurgia do Joelho
Quadril
SBCJ dá início aos Cursos Regionais 2011
Primeira reunião de 2011
A Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) iniciou em março a programação 2011 dos Cursos Regionais. De acordo com o presidente da SBCJ, Ricardo Cury,
os Cursos Regionais promovem o conhecimento e a troca
de experiência, mas também têm papel fundamental na
aproximação da entidade com seus membros. “Por serem
menores e mais intimistas, conseguimos uma importante aproximação com os profissionais de cada região, trocando ideias e tirando dúvidas. Também estimulamos a
discussão após as aulas, dando liberdade às pessoas para
participarem com perguntas e comentários”, ressalta.
Programação:
12 e 13 de maio:
Regional Rio de Janeiro e II
Jornada Luso-Brasileira
17 e 18 de junho:
Regional São Paulo
5 e 6 de agosto:
23 e 24 de setembro:
14 e 15 de outubro:
Sentados (da esq. para a dir.): Nelson Ono, Marco Antonio Pedroni e
Luis Sérgio Marcelino. Em pé: Edmilson Takata, Julio Rigol, João Wagner Pellucci, Ademir Schuroff, Marco Giordano, Ronaldo, Paulo Silva e
Edison Fujiki
Regional Bahia, Sergipe,
Pernambuco, Alagoas e
Paraíba
No dia 13 de janeiro, durante o 40º TEOT, aconteceu a
primeira reunião de diretoria da Sociedade Brasileira de
Quadril. Destaque para a nomeação dos ortopedistas
que irão compor o Registro Multicêntrico de Procedimentos Operatórios da SBQ, o REMPRO-SBQ, que tem
como objetivo estruturar, implementar e manter um
sistema de registro para procedimentos operatórios em
Cirurgia do Quadril e será constituído por três grandes
grupos de procedimentos operatórios: Artroplastia (primária e revisão), Fraturas (fêmur proximal, acetábulo e
pelve) e Cirurgia Preservadora (Artroscopia, Osteotomias
e Osteocondroplastias). O REMPRO-SBQ fica constituído
pelos membros permanentes: Edson Noboru Fujiki, João
Antonio Matheus Guimarães, Luiz Sérgio Marcelino Gomes, Milton Valdomiro Roos e Nelson Ono. Como membros rotativos foram indicados os ortopedistas Giancarlo Cavalli Polesello e Henrique Berwanger Cabrita. Esta
primeira constituição do REMPRO-SBQ terá a função de
criar a estrutura operacional para o início dos procedimentos de registro.
Regional Norte, Nordeste e
Centro-Oeste
Regional Sul
Informações e inscrições no site:
www.sbcj.org.br.
Cirurgia da Mão
Congresso de Cirurgia da Mão
A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) convida
todos a participarem do 31º Congresso Brasileiro de Cirurgia
da Mão, que será realizado dos dias 12 a 14 de maio no Sauípe Park Hotel, na Costa do Sauípe, Bahia. A programação
científica foi feita de uma maneira compacta e focada na
atualização de assuntos que são comuns na prática diária e
em medicina baseada em evidências para auxiliar na tomada de decisões. Já estão confirmadas as presenças de Jesse
Jupiter, Lee Ostermann e Scott Wolfe, que farão palestras
que contemplam vários assuntos de interesse.
Durante a reunião, também foi discutida a necessidade
de regularização do quadro associativo da Sociedade.
Para isso, está sendo feita a numeração sequencial dos
sócios pela data de ingresso do Comitê de Quadril; levantamento dos associados que se enquadram na categoria de sócios históricos e a elaboração de um cartão
do associado com seu número específico, que servirá de
login para acesso ao site: www.sbquadril.org.br. “Desta
forma, a partir desta data, todos os sócios serão numerados sequencialmente, organizando assim, definitivamente, o quadro associativo”, ressalta o presidente do
Comitê, Luis Sérgio Marcelino Gomes.
A vasta rede hoteleira local disponibiliza diversas opções
de acomodações, mas o Sauípe Park Hotel está oferecendo
um pacote excepcional para os familiares e participantes do
Congresso, proporcionando uma maior interação e um convívio intenso nesses dias. Inscreva-se no Congresso, reserve
o seu apartamento, envie o seu trabalho e desfrute de um
congresso na Bahia totalmente inusitado.
www.sbot.org.br
28
Espaço dos Comitês
Trauma Ortopédico
Ombro e Cotovelo
Em 2010, duas ações foram marcantes para definir os rumos
do Comitê. A primeira delas foi o patrocínio de uma pesquisa
realizada pelo instituto Datafolha, onde foram analisadas as
condições e necessidades de trabalho dos ortopedistas brasileiros dedicados à atenção do Trauma Ortopédico. Os resultados desta pesquisa serão divulgados ao longo de 2011
por meio impresso e na página eletrônica do nosso Comitê:
www.traumaortopedico.com.br. Outra ação marcante foi o
fórum dos ex-presidentes do Comitê liderado pelo então
presidente, Jorge Santos Silva, da FMUSP. “Este fórum reuniu
as principais lideranças do país e procurou estabelecer um
plano de metas para os próximos anos e próximas gestões.
O resultado disso é um Comitê mais sintonizado com as
necessidades do especialista”, ressaltou Maurício Kfuri, presidente do Comitê de Trauma Ortopédico.
Para 2011, dois grandes desafios foram lançados. O Congresso
Brasileiro do Trauma Ortopédico, que ocorrerá de 12 a 14 de
maio em Salvador, terá a apresentação da medicina baseada em
evidências clínicas. “Será um congresso onde apresentaremos o
estado da arte no tratamento das fraturas mais frequentes, no
que diz respeito à evidência hoje existente. Esta abordagem é
importante porque cada vez mais os auditores de planos de
saúde questionam indicações e práticas médicas, muitos deles
amparados por dados existentes em literatura médica. O Comitê de Trauma Ortopédico se sente no dever de dar ao ortopedista não apenas a informação mais atualizada, como também
elementos para que possa justificar os seus pleitos e tomadas
de decisões”, explica Kfuri. O CNPq apoia a proposta do Comitê.
Já estão confirmadas as presenças de Marvin Tile, Michael Blauth, Mohit Bhandari, Beate Hanson e Juan Concha. O Trauma
Geriátrico, tema muito atual e amplamente discutido, também
será abordado no evento. “Inscreva-se agora e junte-se a nós
no maior evento do Trauma Ortopédico da América Latina em
2011: www.traumaortopedico.med.br”, diz o presidente.
O segundo desafio será buscar atender a uma das principais reivindicações dos ortopedistas brasileiros, segundo a
pesquisa Datafolha: cursos presenciais no interior do Brasil.
Para isso, foi elaborada uma proposta para que, nos próximos
meses, cursos itinerantes enfocando a atenção às principais
urgências ortopédicas percorram todo o país. A proposta dos
cursos itinerantes é reforçar os princípios na tomada de decisões em situações emergenciais tais como fraturas expostas,
síndromes compartimentais, atendimento ao idoso com fratura. É objetivo também chamar a atenção para a prevenção
de complicações relacionadas ao Trauma Ortopédico e a prevenção do próprio trauma em acidentes domésticos.
“Nossas propostas não se esgotam por aqui. Há muito mais
em termos de campanhas ligadas ao Ministério da Saúde e
ações conjuntas com a SBOT. Estamos dando continuidade a
um trabalho de grandes líderes. Esperamos oferecer alicerce
sólido para as gestões que irão nos suceder. Participe conosco. Esteja em contato pela página www.traumaortopedico.
com.br”, finaliza Maurício Kfuri.
Diretoria 2011:
Nelson Ravaglia (presidente)
Arildo Paim (vice-presidente)
Arnaldo Amado Ferreira Neto (1º secretário)
Geraldo Motta (2º secretário)
Glauco Manso (1º tesoureiro)
Alberto Naoki Miyazaki (2º tesoureiro)
XVII Congreso Latinoamericano de Hombro y Codo
Data: 6 a 8 de outubro de 2011
Local: Rosário, Argentina
www.slahoc.org
Projetos do Comitê:
• Consolidação da implantação do novo site da SBCOC;
• Criação de normas definitivas para escolha de cidades
sedes de futuros congressos da SBCOC;
• Adequações do estatuto da SBCOC e implantação do regimento interno.
A SBCOC lamenta o falecimento de
Charles Neer, um líder da Ortopedia
mundial. Suas contribuições transformaram a simples articulação em especialidade ortopédica.
Ortopedia Pediátrica
Nova diretoria
A nova diretoria para o biênio 2011-2012 da Sociedade
Brasileira de Ortopedia Pediátrica ficou constituída por: Rui
Maciel de Godoy Júnior (presidente), Alexandre Francisco Lourenço (vice-presidente), Miguel Akkari (secretáriogeral), Gilberto Francisco Brandão (1º secretário), Gilberto
Waisberg (1º tesoureiro), Pedro Henrique Barros Mendes
(2º tesoureiro). A Comissão Científica é composta por Mauro César de Morais Filho, Luís Eduardo Munhoz da Rocha,
Jamil Faissal Soni e André Luis Fernandes Andújar.
TROIA 2011
O TROIA 2011 acontecerá na cidade de Santos, em São
Paulo, nos dias 5 e 6 de agosto. O presidente do TROIA
2011, Fabio Peluzo, junto com a sua equipe, está trabalhando para realizar um evento de alto nível científico. Santos,
com suas grandes atrações turísticas, permitirá também
diversão para todos os familiares dos participantes.
As inscrições já podem ser realizadas no site do evento:
www.troia2011.com.br.
29
Jornal da SBOT - jan/fev/2011
Perfil
Uma trajetória de Ética
e Defesa Profissional
Em 14 de janeiro de 2011, durante o 40º TEOT, George Bitar recebeu o diploma de Mérito Ortopédico
Brasileiro Nicolas Andry das mãos do presidente da SBOT, Osvandré Lech, do presidente da Comissão
de Dignidade e Defesa Profissional, Robson Azevedo, e do seu filho, também ortopedista, Rogério
Bitar. O prêmio foi idealizado pela Gestão 2011 e tem por objetivo homenagear um ortopedista
por ano durante o exame do TEOT que tenha efetivamente contribuído para o progresso da
Ortopedia Brasileira pelo seu esforço e dedicação ao longo da vida profissional.
George Bitar nasceu no dia 1O de janeiro de 1943, na Síria. Aos 6 anos de
idade veio para o Brasil, onde morou na
cidade de Piraju (SP) até 1962. Seu interesse por direitos iguais e justos sempre
norteou sua trajetória. Ainda adolescente, ele liderou uma campanha política contra a desigualdade social e criou
a União dos Estudantes Pirajuenses, no
mesmo dia da fundação de Brasília.
Em 1963 entrou na Faculdade de Medicina de Sorocaba da PUC, onde atuou
como presidente do Centro Acadêmico
Vital Brasil. Participou de diversas peças
do “Show Medicina”, onde sempre abordava assuntos polêmicos com críticas
sociais, políticas e muita comédia.
Formado em 1968, tornou-se bolsista
de Ortopedia no Hospital das Clínicas da
USP, mudou-se para Santos, onde casou
e teve cinco filhos e sempre se dedicou à
Ortopedia. Chegou a ser preso em 1971,
por ter operado um paciente ligado a
uma organização clandestina contra a
ditadura militar. Bitar é membro da SBOT
desde 1972, mesmo ano em que assumiu a chefia do Serviço da Beneficência
Portuguesa, onde ainda trabalha.
Em 1979, George Bitar foi eleito presidente da Associação Médica de Santos, em 1987 assumiu a Comissão de
Dignidade Profissional da SBOT, cargo
que exerceu durante 14 diretorias, tendo também se dedicado ao jornal da
entidade, do qual foi editor por 15 anos.
Sob sua direção, a publicação ganhou
grande penetração, mercê das denúncias e campanhas que promoveu, caracterizadas por manchetes como “Hospital sem médico é hospedaria”, “Médico:
perseguido, empobrecido, explorado e
desunido”, “O bom médico não faz autopromoção”, “A corrupção é um câncer
que mata” e “Próteses de sucata”.
www.sbot.org.br
George Bitar é aplaudido de pé por seus colegas por anos de dedicação à Ortopedia Brasileira
Prêmio Nicolas Andry
Em 14 de janeiro de 2011, durante
o 40º TEOT, Bitar recebeu o diploma de
“Mérito Ortopédico Brasileiro – Nicolas Andry”, das mãos do presidente da
SBOT, Osvandré Lech. O prêmio é dedicado pelos anos de serviços prestados
à Ortopedia durante toda a sua vida
profissional. “Ele inicia uma homenagem para ortopedistas que merecem
esse reconhecimento.
George Bitar fez esforços para construir uma
Sociedade mais forte”,
disse Lech.
Bitar é reconhecido como um eterno
batalhador por ideais e
princípios que até hoje
norteiam a sua vida. Durante toda a sua carreira,
30
O encontro de duas gerações de líderes da
defesa profissional: Robson Azevedo e George
Bitar, sob o olhar satisfeito do filho, Rogério Bitar
ele levantou a bandeira de reivindicação
por melhores honorários médicos e condições de trabalho. Seu principal foco
sempre foi a luta em prol da saúde brasileira. “A maior homenagem para o médico é ser reconhecido pelos seus pares”,
disse ele, emocionado, para uma plateia
lotada que o aplaudiu de pé, reafirmando
sua importância para a especialidade.

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