contos das crianças - BÚ! Historias de Medo e Coragem
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contos das crianças - BÚ! Historias de Medo e Coragem
Ministério da Cultura e Endesa Brasil apresentam contos das crianças contos das crianças ÍNDICE Apresentação 6 O Terror da Cidade 34 A Flor Enfeitiçada 64 O projeto em números 92 O que é BÚ! Histórias de Medo e Coragem 10 A Lenda do Bosque 36 O Grito 66 93 Palavra da Endesa Brasil 12 Uma Noite no Cemitério 38 O Esqueleto 68 Quem participou de BÚ! Histórias de Medo e Coragem A Árvore que Assobiava 40 A Armadilha da Morte 70 Créditos 100 Noite de Sexta-Feira 42 A Maldição da Mula 72 Agradecimentos 101 A Menina do Giz 44 Ataque de Zumbis 74 O Lago Negro 46 O Grito da Meia-Noite 76 Formiguinha Lili 48 A Lenda da Surumba 78 Noite de Sexta-Feira 13 50 80 Irmãos Coragem 52 A Lenda da Cobra-Boi Que Gostava de Mamar O Bebê Amaldiçoado 54 A Menina dos Olhos de Fogo 82 A Flor do Cemitério 56 O Galpão Assombrado 84 Magia Negra 58 O Buraquinho da Casa 86 A Casa Vizinha 60 Vou Te Pegar! 88 O Espírito que Perturba 62 A Bruxa Genoveva 90 O Sonho Monstruoso 14 O Homem e os Animais 16 A Bruxa Sem Cabeça 18 Boneca Demoníaca 20 A Princesa e o Sapo 22 O Mistério da Meia-Noite 24 Uma Noite Terrível 26 A Bruxa e as Crianças 28 O Segredo das Sapatilhas 30 O Garoto que foi Enfeitiçado pela Bruxa 32 Apresentação Desde o tempo dos homens das cavernas usamos as histórias de medo e terror para tentar nomear o “inominável” que habita nossos corações e mentes. Ainda bebês somos imersos nas canções de ninar que trazem temas assustadores para as crianças: “nana, neném, que a Cuca vem pegar...", "boi, boi, boi, boi da cara preta, pega esse (a) menino (a) que tem medo de careta...” “O medo foi um dos meus primeiros mestres. Antes de ganhar confiança em celestiais criaturas, aprendi a temer monstros, fantasmas e demônios...” Mia Couto (Conferência do Estoril, 2011) Um pouco mais para frente, ainda na infância, os adultos leem histórias aterrorizantes, que mantêm as crianças no registro do medo (João e Maria, Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos). O bicho papão, a Cuca, o lobo mau, as bruxas acompanham a infância das crianças mesmo que atualmente os adultos façam um grande esforço para evitar esse assunto... o medo. Alguns chegam a mudar o conteúdo das histórias e das músicas infantis. Por mais que os adultos tentem evitar o assunto, porém, de algum modo ele surge. Nas brincadeiras, na escola, com outras crianças... Muito além de serem contos, lendas, estas histórias refletem os medos que todas as crianças têm e que são fundamentais para que possam ir criando coragem para enfrentar os obstáculos da vida, e encontrar saídas a partir de suas próprias histórias. Afinal, algum de nós nunca teve medo? E não o superamos depois? O projeto BÚ! Histórias de Medo e Coragem foi inovador. A palavra medo nos remete, num primeiro momento, a um lugar do qual desejamos nos manter distantes, um lugar que não desejamos visitar, tendo a crença equivocada de que assim nos manteremos num lugar seguro. A pergunta é: este lugar existe? No senso comum circula a ideia de que aquilo que deixamos de falar, de expressar não existe e não incomoda. Fica lá, num canto, quietinho. 6 7 Ledo engano... Sabemos que, para poder elaborar um assunto, é preciso falar sobre ele. É mexendo e remexendo em nossos monstros que temos a possibilidade de atribuir-lhes um significado e, aí sim, mandá-los embora ou criar saídas interessantes para os medos. Para esquecer é preciso lembrar, dar algum sentido para aquilo que nos ocupa de maneira intensa, mesmo sem nos darmos conta. Este projeto mostra o quanto as crianças, se acompanhadas, mergulham sem medo neste universo e podem se jogar neste espaço construindo histórias fantásticas, possibilitando elaborar questões inerentes a todo ser humano. As crianças, no seu universo, recontam e transformam as histórias sempre revestidas de medos. Lendo atentamente os textos, vemos que as temáticas se repetem. O horror e o medo aparecem nos contos sempre ligados ao que é desconhecido, à morte, ao abandono, à separação, ao desamparo e tocam as grandes questões humanas: quem somos? de onde viemos? para onde vamos? o que o outro espera de mim? Questões presentes nos seres humanos desde que o mundo é mundo e que estão nas histórias da maioria das crianças. As crianças são capazes de mergulhar com facilidade neste oceano fértil e farto de ideias e conseguem construir textos interessantíssimos, capazes de prender nossa atenção. Lendo-os percebemos o quanto é intenso o medo de não corresponder aos ideais dos adultos. Em “A Menina do Giz” aparece o medo do abandono de uma aluna que não responde ao que a professora espera dela. Os adultos e suas reações são um espelho para as crianças e ajudam na formação de quem eles irão se tornar no futuro. Neste texto os autores encontram uma saída criativa, transformam o abandono em presença: a aluna abandonada retorna e marca um lugar para sempre, pelo barulho do giz todas as vezes que um professor escreve na lousa. é apropriado, seremos intensamente punidos. Poder reescrever sobre seus receios cria alternativas para falar do assunto e encontrar outras saídas. Quando começamos a ler os textos, foi inevitável lembrarmos e comentarmos sobre nossos medos de infância, mostrando que de certa maneira ainda nos identificamos com eles e deixando claro que eles ainda habitam nosso mundo adulto. Talvez esta seja a maior riqueza deste trabalho: proporcionar às crianças que participaram da escrita do livro entrar em contato com aquilo que de alguma maneira as aterroriza, e às crianças leitoras do livro, saber que não estão sozinhas. Alivia saber que outros partilham dos monstros que até então pareciam somente habitar seu quarto escuro. Alivia saber que bruxas, fantasmas e lobos não são exclusividade da sua fantasia. As histórias de medo e horror são histórias arrepiantes e não podemos esquecer que somente nos arrepia aquilo que toca nossas almas. Parabéns a todas as crianças que aceitaram o desafio e puderam entrar de cabeça nesse projeto. Sintam-se representadas pelas 39 histórias que tão bem ilustram esta linda trajetória. Preparem-se para a leitura e principalmente deixem seu medo correr solto... porque para se ter coragem é preciso encarar nossos monstros de frente! Andréa Maia Assali, Deborah Meniuk e Paula Giraldes Belotti Psicólogas e Psicanalistas O texto “A armadilha da morte” fala sobre a ambição e rivalidade inerentes a todo ser humano. As autoras encontram uma forma, mesmo que assustadora, de obedecer os adultos. Pode ser muito ameaçador saber que, se não fizermos o que culturalmente 8 9 O que é BÚ! Histórias de Medo e Coragem BÚ! Histórias de Medo e Coragem é uma iniciativa do Programa Endesa Brasil de Educação e Cultura e do Ministério da Cultura. Tem por objetivo contribuir para a qualificação do processo de alfabetização e letramento de crianças de escolas públicas do 4° e 5° anos do Ensino Fundamental. Realizado durante o ano de 2013, BÚ! Histórias de Medo e Coragem inscreveu 1000 professores e esteve presente em 516 escolas de 19 municípios: Ceará: Aquiraz, Caucaia, Fortaleza, São Gonçalo do Amarante e Iguatu; Goiás: Cachoeira Dourada de Goiás, Goiânia, Itumbiara; Rio de Janeiro: Cabo Frio, Macaé, Niterói, Petrópolis, Teresópolis e São Gonçalo; Rio Grande do Sul: Garruchos, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo; Minas Gerais: Cachoeira Dourada de Minas Gerais e Capinópolis. Os professores inscritos foram convidados a participar de um encontro de formação e receberam um conjunto de materiais didáticos com propostas de atividades para serem realizadas em sala de aula. Durante o percurso, os alunos e alunas foram convidados a ouvir histórias de medo, a encontrar seres estranhos, poções, feitiços, encantamentos e paisagens assustadoras. O medo é uma travessia, uma passagem, um pedaço do caminho. Ao adentrar no mundo das narrativas assustadoras, as crianças acolheram seus medos e corajosamente criaram histórias para eles. As histórias produzidas pelas crianças foram encaminhadas pelos professores ao Concurso Cultural BÚ! Histórias de Medo e Coragem. Foram avaliados 3067 trabalhos e os 39 enredos finalistas foram encenados pelos seus autores durante os eventos de premiação. Uma pequena parte dessa travessia de escuta, acolhimento e bom humor está contemplada neste livro. 10 11 Palavra da Endesa Brasil A Endesa Brasil é uma empresa comprometida com a educação e cultura das crianças e adolescentes brasileiros. As iniciativas do Programa Endesa Brasil de Educação e Cultura e do Ministério da Cultura visam contribuir para a qualificação do processo de alfabetização e letramento de crianças em escolas públicas de todo o país. O resultado dessa contribuição pode ser visto nesta coletânea de contos, que reflete a diversidade cultural do país e a imensa capacidade de nossas crianças de criar e contar suas histórias. Desde seu nascimento, em 2011, o programa realizou o projeto Contadores de Histórias Encantadas, que convidou estudantes de mais de 3 mil escolas para criarem suas próprias narrativas. Depois veio Teatro de Brinquedo, em 2012, em que mais de 8 mil alunos e alunas participaram da criação de pequenas dramaturgias. Em 2013, BÚ! Histórias de Medo e Coragem convidou 1000 educadores de 19 municípios brasileiros e seus mais de 30 mil estudantes para ler, ouvir, escrever e encenar histórias que falam de sentimentos que todos têm: o medo e a coragem. Com esses dois sentimentos, os alunos e alunas realizaram um percurso inusitado para identificar os elementos da narrativa: criaram uma coleção de personagens de arrepiar; um livro com poções, feitiços, encantamentos e antídotos; escreveram um guia turístico de lugares sombrios e tenebrosos e, no final da trajetória, produziram suas próprias histórias – que foram encaminhadas pelos professores para o Concurso Cultural que deu origem a esta publicação. Em pesquisa realizada com os professores participantes de BÚ! Histórias de Medo e Coragem, 93% concordaram que o projeto melhorou de forma significativa a capacidade de se expressar dos alunos. Esse resultado, por si só, já é uma amostra de que investir com qualidade em educação é uma escolha que, além de refletir o que a Endesa Brasil acredita, tem gerado resultados que de fato contribuem para o futuro das nossas crianças. Ana Paula Caporal Responsável pela área de Responsabilidade Social Corporativa da Endesa Brasil 12 13 O Sonho Monstruoso Era uma noite escura como breu, quando surgiu em minha frente um enorme bicho de pele clara, horrível e com aspecto de sono. O bicho eu não sabia o que era, mas queria descobrir. Então rodeei o bicho. Ele tinha a pele tão macia. Fiquei fazendo carinho nele, mas ele me deu um susto enorme, eu quase desmaiei. Então ele cresceu 2 vezes mais. Eu estava tremendo muito de medo quando pensei que ele poderia me comer e tremi 3 vezes mais. Me acalmei, então continuei a tentar descobrir, mas o bicho cresceu 4 vezes mais e eu me tremi 5 vezes mais que antes. Então senti um frio, na barriga, nos braços, nas pernas, no corpo todo. Tentei me acalmar, mas parecia que não estava dando certo. Então o bicho me deu um susto e eu por pouco não morri. Eu me assustei, me senti inseguro. Me tremi 10 vezes mais do que antes, e o bicho? Cresceu 20 vezes mais, e aí foi que deu, deu mesmo, caí duro no chão. Então o bicho veio para cima de mim, mostrou os dentes e, de um pulo, me comeu, nhac. Dei um grito, acordei, pensei estar na barriga do bicho, mas caí na real que era um sonho. O monstro era só o travesseiro. Minha mãe me acalmou. E todos os dias antes de dormir falava comigo mesmo: “Não sonhe, não sonhe”. 14 Autores: João Vitor Souza Paz – 10 anos – 5° ano Vanderson dos Santos Rodrigues – 12 anos – 5° ano Professora: Maria Evenilta Costa Falcão Escola: EMEF Padre Heribert Kloos Cidade: Aquiraz 15 O Homem e os Animais Há algum tempo atrás tinha um homem chamado Calasar. Ele maltratava muito os animais. Matava os bichos não para comer, só para matar. Um dia ele morreu e ninguém foi no seu velório porque ele era muito ruim. Só tinha o coveiro que enterrou. Mas o coveiro estava aprendendo agora e colocou o caixão virado do outro lado. À meia-noite vieram vários “ratos” e roeram o caixão todo. Ele saiu lá de dentro sem o nariz, sem as orelhas e com a cabeça virada para as costas. E até hoje toda meia-noite ele anda assombrando os moradores daquela rua e matando os seus bichinhos de estimação. 16 Autores: Soraya Nogueira de Sousa – 10 anos – 5° ano Rayssa Rocha da Silva – 11 anos – 5° ano Professora: Marciana Rocha da Silva Escola: EMEF Juvenal Pereira Façanha Cidade: Aquiraz 17 A Bruxa Sem Cabeça Autores: Maria Naiane Costa Paiva – 10 anos – 5° ano Ingridy Vitória Lima de Almeida – 11 anos – 5° ano Professora: Marcus Roberto Damasceno Maia Escola: EM Ulisses Guimarães Cidade: Fortaleza Um certo dia uma feiticeira estava para dar à luz, só que ela estava sozinha porque o marido ia trabalhar das 23:00 até as 5:00. Ela colocou tanta força que a menina saiu normal. Ela batizou a menina de Feurinha. Aí de repente a cabeça da bebê começou a inchar sem parar até explodir. A feiticeira fez um feitiço para a cabeça de Feurinha nascer. Só que o marido dela chegou e não sabia de nada. Ele viu uma bebê e disse: - Nossa filha nasceu!!! Ela foi crescendo. Quando completou 14 anos, deu meia-noite e ela levantou dormindo como uma sonâmbula. De repente, Feuirinha se transformou em uma bruxa muito horripilante, arrancou a cabeça e foi em direção ao cemitério. Ela começou a acordar os mortos dizendo: - Acordem, seus preguiçosos, é hora de diversão!!! Eles foram levantando e seguindo ela cantando: - Tomba lá, tomba tá... Ela continuou fazendo isso. Um dia Feuirinha cansou de virar bruxa e disse: - Ai, quero tanto virar uma pessoa normal. Aí veio uma luz colorida. Essa luz entrou nela e ela virou uma linda moça. E foi vivendo feliz. 18 19 Boneca Demoníaca Era vez uma menina chamada Jaquelynnie. Ela morava em uma casa encantadora, com as paredes cobertas de diamante, escadas com pérolas e o seu quarto cheio de bonecas lindas. Ela estava completando 9 anos de idade. Tinha uma feiticeira que odiava Jaquelynnie e colocou uma praga em uma boneca, dizendo: - Abra, cadabra, demônios e pragas venham das trevas e desperte acordada. A feiticeira deu a boneca para Jaquelynnie. Ela ficou muito feliz e passou a brincar todos os dias com essa boneca. Um dia a menina não quis brincar com a boneca. Autores: Barbara Paiva de Sousa – 10 anos – 5° ano Nathally de Souza Marques – 11 anos – 5° ano Professora: Kenya de Sousa Lobo Escola: EM Henriqueta Galeno Cidade: Fortaleza - Menina, menina, se comigo você não brincar, ora bolas, vou ter que te matar. A menina correu até a cozinha, achou o antídoto e cantou: - Há, há, há, não tem como me pegar, porque se eu ler isso você vai se acabar! Hi, hi, hi não tem como fugir, vou acabar com você, você vai explodiiiiiiiir!! A menina conseguiu derrotar a boneca e viver em paz!!! Essa foi a história da Boneca Demoníaca. Meia-noite a boneca despertou e disse, cantando: - Menina, menina, se comigo você não brincar, ora bolas, vou ter que te matar. A menina saiu gritando, mas a boneca correu atrás dela com uma faca, cantando: 20 21 A Princesa e o Sapo Autores: Fabyolla Dhenesser A. da Silva – 11 anos – 5° ano Vitória Hellen Silva Matias – 11 anos – 5° ano Professora: Tereza Raquel Alves Araújo Escola: EMEF Carlota Távora Cidade: Iguatu Era uma vez uma princesa que tinha tudo que queria, mas nunca cansava de esnobar as pessoas pobres. Todo mundo que pedisse esmola no castelo, ela mandava os empregados dizerem que pobres não eram nem pra pisar lá. Mas as pessoas tinham era pena dela. O maior medo dela era sapo. Um dia ela disse para seu pai: - Pai, estou precisando de um sapato novo. O pai dela respondeu: - Tá, pode ir. E a princesa se arrumou e foi para as compras. Ela viu uma loja com sapatos lindos, mas era a loja da gruta. A princesa entrou. Quando ela entrou a bruxa falou: - Entre, querida princesa. Você quer algum sapato de cristal? - Vamos, eu quero testar, disse a princesa. A bruxa olhou, olhou, olhou e no pensamento a bruxa disse: “Eu vou transformá-la em sapa”, porque a bruxa sabia que ela tinha medo de sapa. Aí a bruxa pá!, transformou a princesa em sapo e disse: - Você só vai virar humana se beijar um sapo. Ela desesperada saiu pulando atrás de um sapo. 22 Ela encontrou e com nojo beijou o sapo. Os dois viraram princesa e príncipe, e se tornaram marido e mulher. 23 O Mistério da Meia-Noite Autores: Lucas Bezerra de Souza – 10 anos – 5° ano Linich da Silva Vieira – 10 anos – 5° ano Professora: Tereza Raquel Alves Araújo Escola: EMEF Carlota Távora Cidade: Iguatu Era uma vez um garoto de 11 anos que se chamava Mateus. Ele era muito feliz. Um dia ele já ia deitar pra dormir quando chegou a meia-noite e todos os objetos e coisas que estavam no quarto de Mateus voaram. Ficou uma bagunça só, a única coisa que não voou foi a cama dele. No dia seguinte Mateus ficou apavorado, no outro dia aconteceu a mesma coisa. Então Mateus bolou um plano. Ele iria ficar acordado até meia-noite. O plano falhou, ele não conseguiu ficar acordado até meia-noite. No outro dia depois de arrumar seu quarto ele bolou outra ideia. Dessa vez ele pensou que seria infalível: ele inventou de colocar seu cachorrinho no seu quarto. Mas infelizmente não deu certo de novo, seu cachorrinho dormiu. 12 Ele ficou sem saber o que fazer. Depois de uns dias arrumando seu quarto teve uma ideia: ia filmar tudo que acontecia no quarto durante a madrugada, com uma câmera escondida. De repente, de madrugada, tudo aconteceu. Papéis voaram e a estante caiu, e isso provocou um barulho forte que deu pra acordar Mateus. Então Mateus acordou e viu algo saindo pela janela. Bem rápido Mateus saiu atrás do monstro. Ele teve que correr muito para alcançar o monstro, mas finalmente conseguiu alcançar. Ele viu que o monstro realmente era um fantasma muito brincalhão, o fantasma pediu desculpas e disse que só estava se divertindo. 24 Então Mateus voltou para sua casa e foi dormir. 25 Autores: Bruna Vitória de O. N. da Silva – 10 anos – 5° ano Darlene da Silva P. Ladislau – 10 anos – 5° ano Professora: Elizabeth Almeida de Carvalho Escola: EEIEF Estevam Matias de Paula Cidade: Iguatu Uma Noite Terrível Era uma noite de Sexta-Feira 13. Meu avô gostava de contar histórias de assombração para seus netos. Justamente na Sexta-Feira 13, ele resolveu contar história de bruxa. Ele contou uma história de uma bruxa corcunda, o nome dela era Dona Bruxela. Dona Bruxela tinha uma vizinha que ela não gostava, vivia discutindo pra ver se a vizinha iria embora. Certo dia resolveu que iria fazer uma bruxaria para afastar a vizinha para bem longe. Pegou uns fios de cabelos da vizinha, perna de cururu, cabeça de calango, teias de aranhas, veneno de cobra, dente de cachorro e olho de jacaré. Mas quando foi realizar a bruxaria e começou a falar “sim salabim salabim bim bim”, de repente a Bruxela começou a sentir uma quentura que vinha do chão. Saía de dentro de seu caldeirão um mostro muito assustador. Ele tinha só um olho que parecia um olho de jacaré, os seus cabelos eram de pessoas, o braço dele era de calango, a cabeça de aranha e a perna de cachorro. Quando ela viu este mostro ela se assustou. O mostro não gostou dela. Começou a querer pegar ela, e veio um vento forte derrubando tudo. O mostro disse: “Vou te pegar”. De repente, ele desapareceu e ela ficou muito assustada. Ela saía embora quando de repente ele pegou no ombro dela e ela morreu de susto. No outro dia, quando foram enterrá-la, a casa dela encheu de morcego, cheio de fantasma, todos dizendo “Cadê a Bruxela?”. A vizinha foi embora e o mostro ficou muito alegre. Toda noite de Sexta-Feira 13 a Bruxela vai assombrar a vizinha. 26 27 A Bruxa e as Crianças Era uma vez duas crianças curiosas e corajosas que moravam numa fazenda e foram passear numa floresta que havia próxima. Resolveram brincar de esconde-esconde e entraram numa casinha de chocolate que havia por lá. Não sabiam eles que era a casa de uma bruxa muito má. Quando a bruxa os avistou deu gargalhadas de felicidade, ah! ah! ah!, e disse: “Querem chocolates, garotinhos?” Os meninos comeram tanto que adormeceram, e a bruxa os prendeu num quarto escuro e todo dia dava comida para eles. Passaram longos anos e os meninos cresceram cheios de sabedoria. Um dia eles chamaram a bruxa e a convenceram de que não havia mais necessidade deles ficarem presos, pois nem o caminho de volta para suas casas eles sabiam. E seria melhor eles livres, pois iriam ajudar a cortar lenha, caçar animais, enfim, fazer as tarefas de casa, pois ela já estava velha e cansada para fazer tanta coisa. A bruxa, convencida com o papo deles, abriu a porta e os deixou livres. Todos os dias eles faziam tudo direitinho e a bruxa ficava muito contente. Os dois mais uma vez tentaram convencer a bruxa a fazer uma festa para eles, afinal, só viviam trabalhando e mereciam uma festa. A bruxa concordou e começou os preparos para a festa. Eles cortaram muita lenha e pegaram muita caça e a bruxa fez muitos bolos e doces de chocolates. No dia da festa vieram muitos animais e o feiticeiro da floresta. A bruxa começou a dançar com o feiticeiro perto de um caldeirão e os dois meninos os empurraram dentro do fogo e jogaram muita lenha, deixando-os sufocados. 28 Eles morreram queimados. Os meninos deixaram a casa de chocolate e voltaram para casa. Autores: Alice de Lima Freitas – 9 anos – 4° ano Kaylane Malta dos Santos – 9 anos – 4° ano Professora: Maria Inês Vasconcelos Escola: EEIEF Luiz de Gonzaga Fonseca Mota Cidade: Caucaia 29 O Segredo das Sapatilhas Em um belo dia, Cristina estava fazendo uma apresentação de balé. Quando acabou a apresentação, ela sentou-se em um pequeno banquinho e, quando olhou para o lado, viu um velho caixote. Ela o abriu e viu um par de sapatilhas. Assim que ela olhou se encantou e as levou para casa. As sapatilhas tinham um brilho especial. Quando ela voltou à escola de balé perguntou a muitas pessoas se alguém conhecia o dono dessas sapatilhas, mas ninguém o conhecia. Até que uma senhora apareceu e disse: - Você precisa ir até o fim do lago e encontrará a resposta. Cristina foi até o fim do lago mais próximo da cidade e encontrou uma velha bruxa. Essa bruxa falou: - O dono, ou melhor, a dona era uma moça chamada Catarina. E essas sapatilhas tinham sido enfeitiçadas, então desde que Catarina morreu ninguém teve a coragem de reverter o feitiço. Por isso, o espírito de Catarina não pode descansar em paz. Cristina estava com muito medo, mas tinha que libertar o espírito de Catarina. Então ela tomou coragem e perguntou à bruxa: - Como eu faço para reverter o feitiço? A bruxa disse: - Você precisa invocar o espírito, jogar uma poção nas sapatilhas, dizer o nome de quatro sentimentos e estará feito. Autores: Raynara Jucá Amorim – 10 anos – 5° ano Raynará Sá Matias – 10 anos – 5° ano Professora: Antonia Silvania Pinto Braga Spinosa Escola: EEF Joaquim Pacheco de Menezes Cidade: São Gonçalo do Amarante 30 Cristina foi até o porão da escola de balé e disse: - Apareça espírito, e o espírito apareceu. Ela jogou a poção e disse: - Medo, liberdade, ódio e coragem! De repente o espírito e as sapatilhas desapareceram. Cristina tirou um grande peso das costas e voltou para casa muito feliz. 31 O Garoto que foi Enfeitiçado pela Bruxa Há muito tempo atrás havia um garoto que gostava de assustar as pessoas. Um dia ia passando em frente a sua casa uma velhinha e o garoto tentou assustar a pobre velhinha. Mas, para sua surpresa, a velhinha era uma bruxa. E a bruxa lançou um feitiço no garoto e o garoto logo foi transformado em um gato preto. Depois de alguns dias uma menina encontrou o gato preto, gostou dele e o colocou no colo, mas quase deu um desmaio quando o gato falou: - Me dê um beijo, menina, para eu me transformar em uma pessoa. A menina assim fez. Ela beijou o gato preto e o feitiço foi quebrado, e logo o gato se transformou em uma pessoa, num menino. Mas tinha uma profecia que dizia que quem beijasse esse gato seria amaldiçoado, e assim a profecia foi realizada. Mas o menino ficou com pena e resolveu beijá-la novamente, e então os dois se transformaram em gato e gata e viveram muitas aventuras felizes como gatos. 32 Autores: Diego Rocha da Silva Monteiro – 4° ano Antonio Carlos Soares de Sousa – 4° ano Professora: Artemízia Matos Bezerra Escola: EEF Dona Filomena Martins Cidade: São Gonçalo do Amarante 33 O Terror da Cidade Um dia em uma cidadezinha qualquer nasceu uma criança, que mesmo sem falar ou andar já fazia o mal. Seu olhar era obscuro e assustava todo mundo, até os seus pais. Quando era bem pequeno ainda, pegou álcool no armário da cozinha, jogou na casa do vizinho e tacou fogo, só porque esse vizinho tinha reclamado dele para seus pais, devido a ele sempre bater no seu filho. O tempo passou e o menino cresceu cada dia mais malvado, fez muita coisa errada e até sofreu um acidente quando pulava um muro roubando seus vizinhos. Nesse acidente ele ficou paralítico. E mesmo assim não aprendeu a ser melhor. Até mesmo velho e de cadeira de rodas aprontava das suas. Um dia ele estava andando pela rua e viu um menino passando com um senhor. O senhor o encarou, pois reconheceu que aquele velho era o garotinho que incendiou a casa dos seus pais, fazendo-os ficarem na rua. O senhor contou tudo para seu filho que, zangado, empurrou o velho da calçada. Ele ficou caído no chão, no meio da rua, quando um carro em alta velocidade o atropelou. O velho perdeu muito sangue e morreu. Inesperadamente, do meio do sangue dele saiu um bicho ruim, dizem que era o diabo que veio buscá-lo. Então o velho virou um monstro terrível. O diabo deu o nome para ele de “O terror da Cidade”. Agora ele era um espírito do mal, dos seus olhos saía sangue todas as vezes que via crianças malcriadas. Dizem que todas as noites de Sexta-Feira 13 seu espírito ainda aparece para se vingar das crianças. Quando ele vê uma criança fazendo maldade, vai até a porta da frente e bate, chamando a atenção dos pais. Enquanto isso, ele aparece no quarto para pegá-las e transformá-las em monstrinhos escravos, que são obrigados a fazer tudo o que ele quer. É por esse motivo que os pais não deixam seus filhos sozinhos e nem atendem à porta nas noites de Sexta-Feira 13. Autores: João Pedro Silva – 11 anos – 5° ano Anderson Felix Figueiredo Filho – 11 anos – 5° ano Professora: Eliane Silva Oliveira Escola: EM Instituto Novo Goiás Cidade: Cachoeira Dourada de Goiás 34 35 A Lenda do Bosque Era uma vez um bosque perto de uma pequena cidade. Nessa cidade tinha uma pequena empresa, e nessa empresa os rendimentos não estavam muito bons. No bosque morava um espírito de um menino. Este espírito era o guardião do bosque. Com a ajuda desse menino, o bosque se mantinha sempre limpo, vivo e protegido. Esse espírito a cada ano dormia por um mês. Em um mês que ele estava dormindo, a empresa decidiu destruir o bosque para ampliar seus negócios, e assim aconteceu... Quando o espírito despertou, ficou muito triste, e da sua tristeza saíram nuvens escuras, e das suas lágrimas surgiu uma tempestade, uma terrível tempestade... Tudo escureceu... Enquanto essa tempestade aumentava e passava sobre as árvores caídas e sobre as máquinas que estavam no local, o bosque ia se reconstruindo. De repente a tempestade parou. E um clarão tomou conta do bosque. Autores: Leonardo Araújo Machado – 13 anos – 5° ano Gustavo Augusto Evangelista de Sousa – 10 anos – 5° ano Professora: Eliane Silva Oliveira Escola: EM Instituto Novo Goiás Cidade: Cachoeira Dourada de Goiás 36 Vieram pessoas de todos os lados ver o que havia acontecido, uma surpresa! O bosque havia voltado mais bonito ainda! E daquele dia em diante ninguém mais ousou mexer no Bosque do Espírito Menino, e o espírito viveu em paz para sempre. 37 Uma Noite no Cemitério — — — — — — 38 — Autores: Andressa G. Dimarães – 11 anos – 5° ano Thays Aparecida Silva – 10 anos – 5° ano Professora: Eliane Silva Oliveira Escola: EM Instituto Novo Goiás Cidade: Cachoeira Dourada de Goiás 39 A Árvore que Assobiava Era uma vez um menino que se chamava Lázaro. Quando ele era pequeno teimava muito com seus pais. Ele morava em uma fazenda que se chamava Boa Vista. Lázaro gostava de ficar brincando no terreiro de sua casa perto de uma árvore morta. Toda vez que ele teimava com seus pais a árvore assobiava para ele. O garoto pensava que era apenas um pássaro, mas quando ele olhava para a árvore não tinha nada, apenas uma árvore seca. O menino foi crescendo cada dia mais teimoso e malcriado, e a árvore não parava de assobiar. Até que um dia, ele resolveu pegar o machado e cortá-la para acabar com aquele tormento. Na primeira machadada que Lázaro deu na árvore, sentiu uma coisa estranha, muito estranha... Um arrepio pela espinha! Quando foi dormir à noite, começou a sonhar sem parar com a árvore. Com muito medo ele acordou... Pegou um isqueiro e foi para queimá-la. Quando ela já estava pegando fogo, ele viu um fantasma saindo de dentro da árvore. O menino aterrorizado caiu desmaiado no chão. Ao acordar, ainda estendido no chão e quase morrendo de medo, viu o fantasma se aproximar, falando: – Se você queimar essa árvore e continuar teimando com seus pais, eu irei te assombrar para o resto de sua vida! Desde então, o menino virou exemplo para todos. 40 Autores: Keniel Patric Gomes – 11 anos – 5° ano Claiton Oliveira Borges – 12 anos – 5° ano Professora: Eliane Silva Oliveira Escola: EM Instituto Novo Goiás Cidade: Cachoeira Dourada de Goiás 41 Noite de Sexta-Feira Certa noite de uma sexta-feira, eu e uma amiga minha estávamos passando perto do cemitério até que nós vimos uma luz que estava muito chamativa e resolvemos entrar. Quando entramos, escutamos um barulho estranho. Fomos chegando e chegando até que era um monte de cadáveres estudando matemática. Ficamos com muito medo porque tinha um professor que era fantasma. Então nós começamos a chorar, tremíamos de medo e até arrepiamos os cabelos. Ficamos sem fala, mas ainda tivemos força nas pernas para correr e chegar em casa. Quando chegamos em casa, a mãe da minha amiga estava com dois copos de chocolate quente nos esperando. Foi o chocolate mais gostoso que tomamos na nossa vida. E tudo não passou de um sonho, ou melhor, de um pesadelo. Autores: Maria Isabela T. de Sousa – 9 anos – 4° ano Gabrielle Sousa Silva – 10 anos – 4° ano Professora: Itamária Maria da Silva Escola: EM Bom Jesus Cidade: Goiânia 42 43 A Menina do Giz Autores: Jhennyfer Tauanny R. de Souza – 10 anos – 5° ano Breno da Silva Ferreira Costa – 10 anos – 5° ano Professora: Elaine de Sousa Lisboa Escola: EM Bernardo Élis Cidade: Goiânia Contam que há muito tempo atrás numa escola tinha uma menina muito arteira. Ela sempre se sentava na primeira carteira, conversava demais, brigava com seus colegas e não respeitava a sua professora. Todos os dias, quando chegava à sala, escondia giz e durante a aula, enquanto a professora passava a matéria na lousa, a menina jogava pedaços de giz nas costas dela. E toda vez a professora deixava a menina de castigo no final da aula, obrigando-a a escrever várias vezes que nunca mais iria jogar giz nas costas da professora. Certo dia, numa sexta-feira, em um dia de muita chuva, a professora perdeu a paciência com a aluna e, como de costume, a deixou de castigo na sala de aula escrevendo na lousa a mesma frase de sempre “Nunca mais vou jogar giz na professora”. Só que desta vez a professora acabou por ir embora e esqueceu a menina o fim de semana inteiro dentro da sala de aula. Na semana seguinte, quando voltou à escola, lembrou-se que havia deixado a aluna na sala de aula e ficou desesperada. Para a surpresa dela, a criança não estava lá, mas a frase estava escrita na lousa “Nunca mais vou jogar giz na professora”. A professora saiu pela escola à procura da menina, perguntou aos funcionários, aos colegas e acabou por não encontrá-la. A menina havia desaparecido, não estava em lugar algum. Os dias se passaram e ela não apareceu mais, mas para espanto da professora, todos os dias que ela chegava à sala de aula via escrito na lousa a frase “Nunca mais vou jogar giz na professora”. E daquele dia em diante a sala da professora passou a ser chamada da sala da menina do giz. E quando a professora ia escrever na lousa com um giz inteiro, fazia barulho que parecia uma criança gritando. Por isso, hoje em dia, quando um professor vai escrever com giz inteiro parece que uma criança está gritando para ser libertada, e é por isso que os professores quebram o giz no meio. 44 45 O Lago Negro Numa noite de verão uma família se mudou para uma casa antiga que tinha um lago muito grande nos fundos... Essa família era composta pelo pai, a mãe e três filhos, uma menina mais velha, o menino do meio e o caçula. O pai achou que tinha feito um bom negócio comprando aquela casa e realmente tudo ia bem, quando, em uma noite, o casal teve que sair e deixou seus três filhos sozinhos. Nesta mesma noite, as crianças curiosas foram até o porão e retiraram a tampa de um caixão velho onde estava aprisionado o espírito de uma velha bruxa que morou naquela casa. Sem saber, estavam libertando uma velha e terrível criatura. Mais tarde os pais das crianças chegaram e logo foram dormir. Durante a noite, a bruxa sai de seu caixão e começa a andar pela casa. Chega no quarto das crianças, abre a porta e fica em frente à cama do pequeno Felipe, o caçula, talvez se lembrando do tempo em que comia criancinhas. A menina acorda de repente e vê aquela mulher feia, suja de sangue com roupa preta em frente à cama de seu irmão. 46 A menina se assusta e grita, mas em seguida ela desaparece. Seus pais acordam e chegam correndo, perguntando o que tinha acontecido. A menina conta tudo que viu, mas os pais a tranquilizam dizendo que é apenas um pesadelo e que é para ela voltar a dormir. Algumas horas se passam e ela volta a dormir. Enquanto isso, a terrível bruxa anda pela casa fazendo a maior bagunça, revirando lençóis, almofadas, virando quadros. Ela volta ao quarto das crianças e arrasta o pequeno Felipe para a margem do lago para tentar afogá-lo, pois era lá que afogava suas vítimas e depois comia sua carne. O menino acorda, vê a bruxa e grita, seus irmãos acordam e vão tentar ajudá-lo. A terrível bruxa tenta afogar o menino, os irmãos apavorados gritam e pedem socorro. O irmão do meio corre de volta para casa para acordar os pais. Quando entra na casa, se lembra de um arco que encontrou no porão. Imediatamente pega o arco com flechas de prata, mira na bruxa e dispara uma flecha só. A bruxa solta o menino, que sai correndo, e a bruxa cai no lago. As crianças voltam para dentro da casa, se abraçam e vão dormir, pois os pais nem acordaram. No dia seguinte, os pais acordam e ficam bravos com as crianças por causa da bagunça. As crianças arrumam tudo e não contam a história para os pais, sabem que eles não vão acreditar. Lá no lago dorme a terrível bruxa presa por uma flecha. Autores: Lisandra Lustosa de Sousa – 11 anos – 5° ano Gabriel Henrique Sampaio do Rosário – 11 anos – 5° ano Professora: Ivani Francisca Galvão Escola: EM Doutor Nicanor de Assis Albernaz Cidade: Goiânia 47 Formiguinha Lili Lili tinha medo de tudo! Da terra, do sol, da lua... Sua mãe sempre dizia: - Ooo, Lili, o que é isso? Você tem medo de tudo! E ela sempre retrucava: - Mas, mamãe! Foi você mesma quem disse que lá fora é perigoso! Se eu for lá fora vou desobedecer suas regras. E todos os dias as mesmas discussões. Um dia, Lili tomou coragem e saiu, tremendo de medo! Ela pensava que a cada passo que dava tudo ficava mais perigoso. Ficou com tanto, mas tanto medo do perigo, que esqueceu de todos os seus medos, principalmente o medo de aranha! Andando se deparou com uma aranha inofensiva, mas para ela era o pior ser possível! Ela olhou a aranha de cima a baixo, e entrou em desespero, pânico, paralisada, petrificada! Mas ela não sabia de uma coisa. A aranha tinha pavor de formiga! Ainda mais aquelas que ficavam paralisadas te encarando. De repente, Lili começou a gargalhar: - KKK... KKK... A aranha olhou para ela e fez cara de dúvida. Não entendia por que aquele serzinho assustador ria da cara dela. Mas Lili explicou: - É, RSRSRS, porque você tá muito engraçada com esse olhão arregalado! E acabou que o medo de Lili foi embora, e o da dona aranha também. 48 As duas riram juntas! E todos os dias brincam de superar seus medos. Autores: Eduarda Ferreira Silva – 9 anos – 5° ano Raysa C. Vasconcelos – 9 anos – 5° ano Professora: Rosângela Maria de Oliveira Maia Escola: EM Professor Moacir Monclar Brandão Cidade: Goiânia 49 Noite de Sexta-Feira 13 Numa noite escura, era Sexta-Feira 13. Em um hotel chamado Mares, havia um menino que estava na frente do elevador e que, por coincidência, estava no décimo terceiro andar. E o ponteiro apontava meia-noite. O menino escutou um barulho vindo do corredor. Ele entrou no elevador para sair daquele lugar, mas a energia acabou. Ele permaneceu no 13º andar morrendo de medo, suando frio. Quando de repente ele escutou uns uivados, alguma coisa estranha se aproximando. O menino se abaixou dentro do elevador, todo encolhido, fechou os olhos. E apareceu um lobisomem assustador. Ele cheirou o menino e, quando abriu a boca para engoli-lo, apareceu uma bruxa, com umas risadas sinistras, que falou para o lobisomem: - Esse jantar é meu, saco de pelos. E o lobisomem, com raiva, se aproximou dela e começou a briga. A bruxa decidiu jogar um feitiço. Autores: Vitória Francisca da Silva – 9 anos – 4° ano Matheus Fernando Domingos Silva – 9 anos – 4° ano Professora: Nayara Ramos Mendes Batista Escola: EM Dona Venância Magalhães Cotrim Cidade: Itumbiara 50 - Agora você vai ver só: piolho de mico, escorpião venenoso, fedor de esgoto, pum de urubu, leite de cabra, faça esse lobisomem virar um sapo. O lobisomem virou um sapo e saiu de lá... - Webber... Webber... Webber. A bruxa deu aquelas gargalhadas malucas e se aproximou do menino que estava no elevador. Em frente ao espelho, ela jogou um feitiço nele, pois ele não parava de gritar e nem de chorar. A bruxa falou: - Que menino tagarela, vou te jogar um feitiço, seu imprestável: remela de criança pálida, meleca de menino, catarro de vaca louca, faça essa criança calar a boca. O menino se abaixou e o feitiço bateu no espelho do elevador e voltou na bruxa. O feitiço tinha virado contra o feiticeiro, e a bruxa ficou mudinha da silva. E não podia fazer mais nada contra o menino. Saiu de lá furiosa, sem dar suas gargalhadas. E o menino desceu as escadas e nunca mais entrou no elevador. E diz a todos que foi salvo pela sorte! 51 Irmãos Coragem Em uma fazenda no Mato Grosso do Sul morava um casal que tinha dois filhos homens. Jacó e Eduardo. Jacó era o mais velho e obedecia a seus pais. Já o Eduardo era caçula e era muito trabalhador, porém, desobediente. Já estava na hora de estudarem, então o pai resolveu colocar seus filhos na escola. Mas era muito difícil para eles irem à escola e voltarem para casa. Um dia, enquanto conversavam com alguns colegas, chegou um homem vestido de preto e perguntou se eles estavam sabendo de algum animal que tinha sido morto naquela região. Os garotos ficaram muito assustados com a história que o homem contou, mas Jacó falou para seu irmão e amigos que não era para eles se importarem com as histórias do homem, que ele deveria estar ficando doido doidinho. Então eles foram estudar. No outro dia apareceram uma vaca e um cavalo mortos na fazenda. Então Eduardo disse a Jacó: - A história que o homem falou está acontecendo. 52 Jacó decidiu ficar a noite acordado para pegar esse bicho que tinha comido a vaca e o cavalo. Eduardo não quis acompanhá-lo, pois estava com muito medo. A noite caiu e Jacó estava lá, firme e forte esperando o bicho. Foi quando ele escutou um barulho vindo de dentro da mata e o medo foi consumindo o seu corpo. Quando ele viu aquele bicho estranho, grande e todo peludo, vindo em sua direção, saiu correndo. Tropeçou em uma pedra. Viu seu arco e flecha jogados naquela direção, pegou com bastante rapidez, fez o nome do pai e disse: - Meu Deus, é agora ou eu viro espetinho de monstro, lobisomem, vaca louca, sei lá que bicho é esse. E ele acertou com a flecha bem no coração do tal bicho, e o amarrou em um tronco de árvore, mas ele já estava morto. Ninguém sabia dizer que bicho era aquele. Deram o nome de lobismonva. E Jacó ficou conhecido como o herói de Mato Grosso do Sul. E Eduardo, seu parceiro conselheiro. Apesar de na hora do sufoco ele fugir... Mas ninguém sabe disso, não é mesmo! Autores: Vitória Francisca da Silva – 9 anos – 4° ano Matheus Fernando Domingos Silva – 9 anos – 4° ano Professora: Nayara Ramos Mendes Batista Escola: EM Dona Venância Magalhães Cotrim Cidade: Itumbiara 53 O Bebê Amaldiçoado Havia uma mulher que toda noite saía da sua casa e se encontrava com seu amado, e seu amado era amaldiçoado. E ele falou: - Não, não eu não vou morrer. Quem vai morrer é Pincatuba. Toda noite de lua cheia ele virava um Pincatuba. Era meio homem, meio lobisomem e meio mulher. Laura perguntou o que iria acontecer com a filha e ele respondeu que quando ela matasse Pincatuba a maldição acabaria. Um dia ele descobriu que sua amada Laura estava dando à luz uma menina e ela era meio homem. Então quando chegou o dia de lua cheia, Laura criou coragem e enfiou a faca no peito de Pincatuba. Ele ficou estrebuchando, enquanto o sangue corria. Laura ficou desesperada e correu pra ver a filha. Quando viu que a menina era somente menina e não tinha mais nada de menino ficou aliviada. Mas o coração estava partido. Ele contou a sua amada que em noite de lua cheia ele virava Pincatuba e sua amada não aguentou e perguntou: - Como posso acabar com a maldição? E ele respondeu: - Matando o Pincatuba. E falou que o bebê era amaldiçoado e ela começou a chorar. Ele disse que quando fosse noite de lua cheia era pra ela enfiar uma faca dourada no meio do seu coração. 54 Autores: Brenda Brasil Medeiros – 10 anos – 4° ano Luana Rodrigues Ferreira – 11 anos – 4° ano Professora: Silvana Muniz Xavier Escola: EM Prof. Zélio Jotha Cidade: Cabo Frio Ela falou: - Você vai morrer! Sete dias se passaram. Laura estava dando de mamar para a filha quando escutou um barulho no quintal. Depois bateram na porta e quando ela foi olhar levou um susto, nem acreditou no que estava vendo. E começou a gritar: - Não acredito que você voltou, meu amado! E ele respondeu: - Sim, minha amada. E graças a você a maldição acabou. Assim a maldição do bebê amaldiçoado chegou ao fim. 55 A Flor do Cemitério Era uma vez uma menina que gostava de estudar no cemitério. Um dia ela viu uma flor linda num caixão e não resistiu, cheirou, colocou em sua mochila e foi para sua casa. Ao chegar em casa, o telefone tocou e a menina ao atender ouviu uma voz rouca: - Cadê minha flor? Cadê minha flor? Autores: Cassiane Alves da Silva – 10 anos – 5° ano Vivian Lara Lemos Cassimiro – 10 anos – 5° ano Professora: Tatiana Rosa Santana de Carvalho Escola: EM Profª. Patrícia Azevedo de Almeida Cidade: Cabo Frio Ela desligou de imediato o telefone e, muito assustada, ficou sem entender nada. De repente, o telefone tocou e ela não atendeu, de um salto foi parar no seu quarto. O telefone não parou de tocar e sempre aquela voz rouca dizia: - Cadê minha flor? Cadê minha flor? Passou um dia – Cadê minha flor? Cadê minha flor? Uma semana – Cadê minha flor? Cadê minha flor? Um mês – Cadê minha flor? Cadê minha flor? Um ano – Cadê minha flor? Cadê minha flor? Aquela tormenta não deixava a menina em paz até que um dia... A menina enlouqueceu e foi parar no hospício. 56 57 Magia Negra Autores: Lidiane da Silva Moretti – 11 anos – 5° ano Alyce Cordeiro Carvalho – 11 anos – 5° ano Professora: Marcia Magalhães Rodrigues Coelho Escola: EM Vera Lúcia Machado Cidade: Niterói Um dia em uma cidade estranha chamada Feitiçolândia havia uma mulher feiticeira e também havia um mago que moravam em uma caverna mal-assombrada. Eles tinham poderes de controlar o mundo dos feiticeiros e dos magos. Numa noite fria, os feiticeiros e os magos saíram de suas moradias para roubar as crianças de todo o planeta para transformá-las em seus servos. E para não serem notados durante o dia, eles se transformavam em humanos. Eles tinham um segredo que não podia ser revelado para as pessoas. O segredo era que a fraqueza deles era um feitiço para que eles virassem pó. Esse feitiço ficava guardado no alto da montanha tenebrosa e muito assustadora, em que só a Rainha de todos os magos e feiticeiros poderia encontrar. Alguns dizem que para quebrar os feitiços e as magias devemos encontrar um virgem que acenda a vela de chama negra e o feitiço só quebra se ela derreter toda. Esse virgem tem que ter no máximo 60 anos de idade. E essa vela de chama negra tem de ser a vela mais antiga de todo o mundo de feitiço. Cuidado! A próxima vítima pode ser você! 58 59 A Casa Vizinha Um dia se mudou alguém para a casa do lado onde morava uma menina, só que era um homem sem mulher, sem filhos e sem nenhum animal. Esse homem tinha umas pernas gigantes, os braços verrugados e era muito estranho. Depois disso, quando a menina voltou da escola lembrou que sua mãe disse: - Filha, quando você voltar entre e tranque a porta, não abra para ninguém e não deixe ninguém entrar. 60 Autores: Millena da Silva Cortes – 10 anos – 5° ano Raphaella da C. Sousa – 10 anos – 5° ano Professora: Patrícia Ferreira Yamamoto Escola: EM Professor André Trouche Cidade: Niterói estava lá, com os olhos vermelhos, como se dentro dos olhos tivesse sangue. A menina deu um grito igual filme de terror assim: - Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh. Debaixo do bruxo tinha um tapete e a menina teve uma ideia brilhante, como se fosse um cientista. De repente, ela ouviu uma voz bem grossa falando assim: - Latre de gato, rabo de leão, dedo de um morto e, para terminar, língua de uma bruxa velha de 395 anos. A menina se abaixou bem rápido e puxou o tapete. O bruxo caiu no chão e a garota subiu as escadas e se escondeu na lavanderia dentro da roupa suja. O bruxo nem viu lá, os pais da garota chegaram e o bruxo fugiu pela janela do segundo andar. Ela ficou horrorizada com tudo isso e foi correndo para casa. O homem ouviu e desconfiou que ela soubesse que ele era um bruxo mau de 122 anos, mas que tinha a aparência de 33 anos. Os pais não viram nenhuma bagunça e a mãe deu um grito: -Raquelllllllll, você conseguiu deixar tudo limpo. Assim, amanhã comprarei um presente pra você. Ela trancou a porta como se o bruxo estivesse atrás dela. De repente, a garota olhou pra trás e o bruxo A menina respondeu: - Mãe, já sei o que eu quero. A filha continuou, com uma cara de medo: -Quero me mudar daqui. A mãe perguntou: - Por que, minha filha? A garota respondeu com uma mentira: -Ah porque, porque não tem muitas meninas. A mãe disse: - Tá bom, amanhã nós vamos. Tá bom? A garota disse: - Claro, mãe. Eles se mudaram, aí o mago fez uma bruxaria e falou: - Garota, garotinha, bem maluquinha você vai ficar com a cabeça bem tortinha. A menina ficou com a cabeça torta por um bom tempo, até os 84 anos. 61 O Espírito que Perturba Era uma vez... Uma família que tinha acabado de se mudar para uma casa muito sinistra, no meio do nada, às margens de um lago. A família era formada por 6 pessoas: o pai – Rodrigo, a mãe – Paula e mais 4 filhos, Clarise, Melissa, Lúcia e Renato. Eles estavam felizes com a mudança, mas não sabiam que à noite na hora de dormir iria acontecer algo terrível. A noite chegou... Todos foram para os seus quartos. E de repente Clarise ouviu um barulho muito alto vindo do porão da casa. Ela ficou com medo e acordou Melissa. As duas desceram as escadas até o porão. Quando chegaram lá, encontram uma boneca sentada em cima de uma cadeira. E ao lado da boneca tinha uma caixinha de música com um vestido branco, todo rasgado e bem sujo. A caixinha de música estava com o vidro quebrado. As meninas não se assustaram muito, só que de repente a boneca gargalhou e começou a se mexer. Melissa, como era muito medrosa, saiu correndo, pedindo por socorro! 62 Clarise estava com tanto medo que não conseguia falar. Com os gritos de Melissa, a mãe e o pai acordaram e seguiram o som da voz dela. Os pais chegaram no porão, mas a porta trancou sozinha e a luz se apagou. E a bonequinha virou uma pessoa muito assustadora, uma bruxa! E a luz acendeu, as meninas viram um machado, e então Clarise resolveu agir. Pegou o machado e começou a bater na bruxa. A bruxa morreu, as portas destrancaram e os pais vieram correndo. As meninas contaram para os pais e eles se mudaram para outra casa em uma vila. Mas eles queriam saber mais sobre a história da antiga casa e pesquisaram. Descobriram que há 107 anos atrás naquela casa morava uma bruxa que matou as próprias filhas e depois se enforcou. A família toda ficou meio “sem palavras”, mas eles seguiram a vida e a antiga casa foi derrubada. Em cima dela foi criado um cemitério que existe até hoje. Autores: Julia Santiago Soares – 11 anos – 5° ano Dayane da Silva Tavares – 11 anos – 5° ano Professora: Marli de Souza Dias Escola: EM Professora Margarida Rosa M. Galvão Cidade: São Gonçalo 63 A Flor Enfeitiçada Era uma vez uma menina muito ingênua. Um dia ela foi passear e, no meio do caminho, encontrou uma velhinha que vendia flores. Ela comprou uma flor, mas não sabia que aquela flor tinha feitiço. Autores: Jamilly Victória de S. Sales – 10 anos – 5° ano Izabela Araújo Marques – 10 anos – 5° ano Professora: Ana Cleide do E. Oliveira Escola: CM Amaral Peixoto Cidade: São Gonçalo No dia seguinte a mãe perguntou à filha por que ela tinha chegado tão tarde no dia anterior. A menina disse que estava só passeando, mas não falou que tinha comprado a flor e nem da velhinha. A menina foi para escola e, quando chegou, um grupo de meninas disse que atrás da escola tinha uma mulher dando doce de graça. Como ela era muito ingênua, acreditou na conversa das meninas e foi. Ao chegar atrás da escola as garotas começaram a bater na menina até que ela morreu. Os pais souberam o que tinha acontecido e, desperançosos, enterraram a garota. Alguns dias depois a mãe viu a flor que a garota tinha comprado da velhinha, então pegou a flor e a colocou na sepultura da garota. Alguns dias depois a campainha tocou. A mãe abriu a porta e viu a filha dela vivinha. Ela estava impecável, nem um arranhão, e naquela noite a velha apareceu na frente da mãe e disse que a flor era enfeitiçada e que só ajudava as pessoas boas e de bom coração. A velhinha também disse que sempre havia protegido a menina desde que ela era criança. A mãe não acreditou na velhinha e botou ela pra fora. A mãe foi dormir e, quando ela fechou os olhos, de repente a velhinha apareceu no quarto com uma faca e, furiosa, matou a mãe da menina. A feiticeira pegou a menina e a levou para o além. 64 65 O Grito Dizem que todo dia 7 do mês 7 de um ano que termina em 7 na casa 777 no escuro do porão ouve-se um grito de desespero aterrorizante. 77 anos depois, uma família de 6 pessoas se mudou para lá. A casa era de um azul desbotado, de janelas pretas, um jardim malcuidado e cortinas de véu rasgado. Um tempo depois nasceu um filho. Ele era o 7º membro da família. Quando ele completou 27 anos, encontrou uma chave velha de prata em formato de 7. Ele achou isso muito estranho. Depois, ele foi ao porão guardar umas coisas e lá achou uma caixinha de madeira, com partes de prata e 7 diamantes. De lá saía uma névoa azul. Ele pensou logo na chave e a usou para abri-la. E lá tinha um pergaminho rasgado escrito em uma língua estranha. Coincidência ou não, era o dia 07/07/2007. Às 6:59 ouviu-se o grito até que mudou pra 7:00. Ele correu para o porão escuro até que se sentiu preso por algo. Correu de volta desesperado. E reuniu os objetos, ou seja, a caixa, a chave e o pergaminho. Ele viu que na chave tinha um endereço e foi lá, mas a casa estava abandonada e aberta. Ele entrou, explorou a casa e achou um pedacinho de papel parecido com o pergaminho. Foi para casa, juntou-os e recitou o pergaminho no porão. Do escuro surgiu uma adolescente pálida de cabelos negros, de camisola velha e rasgada e toda ensanguentada, que o matou lenta e cruelmente. 66 Autores: Gabriela Rodrigues da Silva – 11 anos – 5° ano Victória Barreto Martins – 11 anos – 5° ano Professora: Cristina Mosqueira Rocha Escola: EM Paulo Freire Cidade: Teresópolis E dizem que até hoje todo dia 7 do mês 7 de um ano que termina em 7 em casas que tenham 7 ouve-se “O grito”. 67 O Esqueleto Em um belo dia de sol, um menino chamado Gabriel viu um Esqueleto no cemitério e, de repente, neste mesmo cemitério assustador, o menino viu um pedaço de osso no chão. Gabriel foi pegar o osso, mas o Esqueleto apareceu atrás dele e quando ele virou levou um baita susto. E o Esqueleto falou com aquela voz horrorosa: - Deixa meu osso aí no chão. Gabriel colocou o osso no mesmo instante no chão e saiu correndo. Foi quando se escondeu ao lado de um túmulo. Autores: Evelin de Paula Santos de Assis – 10 anos – 4° ano Isabella de Andrade Feliciano – 11 anos – 4° ano Professora: Cristina Mosqueira Rocha Escola: EM Hermínia Josetti Cidade: Teresópolis O Esqueleto não desistiu e apareceu junto com outras caveiras, e o Gabriel começou a correr. E só parou quando chegou em sua casa. Já era noite, ele mesmo não acreditava no que estava acontecendo e resolveu contar para seu irmão. Que também não acreditou. Aí eles foram dormir. O Esqueleto então foi até a casa deles, foi na janela do quarto. E o Gabriel viu, mas pensando que estava sonhando nem ligou. Então o Esqueleto voltou ao cemitério, chamou algumas caveiras e juntos foram atormentar mais uma vez o menino. O caminho era longo e um novo dia foi chegando. E as caveiras que não suportavam a luz do sol viraram pó. Quando Gabriel e seu irmão acordaram não tiveram dúvidas, tudo não passava de um sonho... Ou não. 68 69 A Armadilha da Morte Na antiga Macaé, onde muitos morriam por causa da peste negra, três amigas fizeram um pacto. Juraram ficar sempre juntas, proteger umas às outras e acabar com a Morte. - Não encontrei ninguém que quisesse trocar sua juventude por minha velhice. Gosto da vida simples e a Morte jamais quis me levar. Vou lhes dar um conselho, não sejam assim tão rudes com as pessoas idosas. Saíram para uma viagem e caminharam muito até encontrar um velho muito estranho, parecia um mendigo. Elas precisam de carinho e atenção. Agora preciso partir. Adeus. - Que Deus as proteja! – disse o velho. A mais orgulhosa das três não agradeceu a bênção do velho. - Seu azarado. Como conseguiu viver tanto? Autores: Juliane Novaes de Sá – 11 anos – 5° ano Marcelly Reis Cordeiro – 11 anos – 5° ano Professora: Adriane da Silva Lima Escola: EEM Fazenda Santa Maria Cidade: Macaé 70 - Seu velho mentiroso, aposto que você é amigo da Morte. Diga-nos onde ela está para que possamos derrotá-la – disse a outra menina. - Bem. Se vocês querem tanto encontrar a Morte é só virar aquela esquina sentar sob uma figueira que fica bem no meio da encruzilhada e aguardar. As meninas foram até a figueira e entre suas raízes encontraram um grande baú repleto de moedas. A mais orgulhosa disse: - Achado não é roubado, esse tesouro nos pertence. Vamos nos dividir, duas ficam aqui tomando conta do tesouro enquanto a outra vai buscar um lanche. A mais nova se propôs a comprar o lanche. Enquanto caminhava rumo à lanchonete, as outras duas resolveram roubar sua parte do tesouro e combinaram de matá-la assim que voltasse. Entretanto, a mais nova também teve uma ideia terrível. - Bem que eu poderia ficar com o tesouro só pra mim. Para isso, preciso me livrar das outras. Então foi até a farmácia e comprou um vidro de veneno fortíssimo. Colocou dentro de uma garrafa de suco e voltou. Assim que chegou perto das amigas foi morta por elas. - Agora vamos fazer um brinde à nossa fortuna! Beberam o suco envenenado e morreram instantaneamente. Foi assim que a Morte saiu mais uma vez vencedora, levando consigo as três jovens, enquanto o velho continuou vivendo em sua calma sabedoria. Dizem que o tesouro ainda se encontra no pé da figueira à espera de jovens ambiciosos que muitas vezes caem nas terríveis armadilhas da Morte. 71 A Maldição da Mula Existe um lugar onde nunca penso em pisar. Este lugar se chama Portal, um sítio bem no meio de uma mata. Seu dono é um senhor baixo, com cabelos brancos e longas barbas brancas, falta-lhe ainda muitos dentes na boca e tem enormes verrugas, principalmente na região do nariz. Seu nome é Sr. Maldonato, até o nome assusta, parece mal do mato. Todo mundo que nesse sítio trabalha jura que coisas estranhas acontecem ao anoitecer. Dizem que um portal se abre no meio de uma enorme árvore de tronco muito grosso, uma figueira centenária. Nenhum dos trabalhadores teve coragem de se aproximar da árvore e descobrir o que tem nesse portal. Sabe-se que, durante a noite, quando se escuta o pio da coruja ela está anunciando a chegada da mula. Esta sai do portal no tronco da figueira, com muitas correntes penduradas no pescoço. Ela sai na madrugada pelo povoado, arrastando suas correntes, fazendo sair riscas de fogo pelas ruas. 72 Os moradores ficam muito assustados com o barulho. Dizem que os que tiveram a curiosidade de abrir as janelas e olhar diretamente a mula ficaram loucos, outros perderam a visão ou até morreram alguns dias depois. Autores: Catarina Freitas N. Rasma – 12 anos – 5° ano Millena Freitas N. Rasma – 10 anos – 4° ano Professora: Elaine de Oliveira da Fonseca Alves Escola: EEM Fantina de Mello Cidade: Macaé Essa mula carrega uma terrível maldição. Falam os mais antigos que essa mula era uma linda moça que morava nesse sítio. Ela se apaixonou perdidamente pelo seu padrinho. Esse amor proibido ficou em segredo durante algum tempo. Mas a madrinha descobriu tudo, e rogou-lhe uma terrível praga: - Maldita seja! Que se torne uma mula e vague por toda eternidade nas ruas desse povoado. A moça não era mais bem-vinda à casa de sua madrinha, envergonhada e decepcionada ela não tinha para onde ir. Acorrentou-se numa árvore e morreu. Muito cuidado, se escutar à noite o trote de uma mula e o barulho de correntes sendo arrastadas. Nunca olhe, pois nunca se sabe o que pode acontecer. 73 Ataque de Zumbis Um dia Caio pediu para a Morte reviver o seu amigo. Ele não esperava uma resposta, mas a Morte respondeu. A Morte disse com uma voz de dar medo: Um cientista chamado Paulo e sua equipe criaram uma empresa antizumbi. O nome era SAIZUMBI. Eles levaram um zumbi para fazer estudos e fizeram um antídoto para curar as pessoas mordidas por eles. Esse antídoto era feito de asa de morcego, olho de sapo, ossos de gaivota, sangue humano O positivo, pó de café e tinta. No início, o antídoto não funcionou muito bem, mas com o tempo vários cientistas foram contratados pela SAIZUMBI e foram aperfeiçoando o produto. Hoje, não existem mais zumbis. O antídoto curou toda a cidade. - Eu reviverei o seu amigo com uma condição: eu tirarei metade da sua vida para dar ao Richard. Caio e Richard voltaram a ser humanos e a Morte não ficou muito feliz com isso. Depois eles foram rever suas famílias e ficou tudo bem. Era uma vez um garoto. Ele morava com a mãe e ia todos os dias com um amigo dele para a escola. O nome dele era Caio e o nome do amigo era Richard. Um dia, Richard morreu de uma doença misteriosa e Caio virou um cara muito solitário. Triste, assustado e gaguejando Caio aceitou a condição e a Morte fez ele virar um morto vivo chamado Zumbi. Caio também virou um Zumbi. Eles fizeram um micróbio que infectava os humanos, um por um. E aí a cidade toda ficou doente. Autores: Juliana Ventura Camara – 10 anos – 4° ano Kauê Reis Guedes – 9 anos – 4° ano Professora: Tânia Maria Cabral Lopes Escola: Santa Maria Goretti Cidade: Petrópolis 74 75 O Grito da Meia-Noite Em uma pacata cidade no interior do estado de Minas Gerais havia um homem cujo nome era Alberto, mas era conhecido como Sombrio. Era de pouco falar, olhar profundo, andava meio curvado, com sapatos pretos e sempre sujos de barros, usava um sobretudo preto. Tendo sol ou chuva lá estava Sombrio com a mesma roupa e sapatos. e descobrir todo o mistério que havia por trás daquele homem calado de semblante amargurado. E assim fez a moça. Alguns diziam que ele em noites de lua cheia sumia da pacata cidade em que morava, e só reaparecia quando a lua mudava. Outros ainda diziam que ele matou toda sua família, mas ninguém sabia ao certo. Só se sabia que era medo que sentiam toda vez que Sombrio passava. Aquele homem olhava para ela com ternura, como nunca olhou ninguém. Um dia (noite de lua cheia), Sombrio disse à moça que teria que fazer uma viagem de aproximadamente uma semana. Ela insistiu em ir junto, mas ele não deixou. O dia chegou, passou-se uma semana. Sombrio voltou a andar pela cidade, agora mais cabisbaixo do que antes de conhecer a moça. Verônica nunca mais apareceu e todos tinham receio de perguntar por ela. No entanto, todos já sabiam a resposta. Havia um boato na cidade de que quando Sombrio sumia sempre apareciam animais mortos na fazenda vizinha à sua. Porém, poderia ser só coincidência, ou não? Porém, curiosa que só, esqueceu tudo que ouviu falar a respeito de Sombrio e o seguiu. Já era 23:50 quando a menina se aproximou da cerca que estava ao redor de casa de Sombrio e viu que uma sombra grande se movia na casa, como se fosse a sombra de um urso. Verônica aproximou-se da janela para ver se não era algum ladrão. Tocou o sino da Depois daquele grito que ouviram, o medo tomava conta da pequena e pacata cidade. Por decisão dos moradores e depois dos fatos ocorridos, não mais saíam de casa após as 23:00, e permaneciam assim por toda a semana em que a lua brilhava no céu, cheia de medo e de perguntas sem respostas. Um dia Verônica, uma menina muito bonita e curiosa que morava na cidade, resolveu que iria se aproximar de Sombrio 76 Autores: Antônia de Abreu R. Simoni – 10 anos – 4° ano Isabelle Souza Grijó – 10 anos – 4° ano Professora: Alexandra Vila da Silva Oliveira Escola: EM Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra Cidade: Petrópolis O que ela não contava era que apesar do medo que sentia dele iria se apaixonar, e foi o que aconteceu. igreja, já era meia-noite. Foi neste instante que se ouviu um grito muito assustador, e logo após um silêncio mais assustador ainda. As luzes das casas dos moradores daquela pequena cidade acenderam-se e todos se perguntavam amedrontados o que foi aquilo. 77 A Lenda da Surumba A Surumba, pra quem não conhece, têm olhos roxos, cabeça de touro, corpo de rato, braço de homem e rabo de lagarto. A Surumba ataca qualquer ser vivo. É um monstro que aterrorizou a cidade de Garruchos em 1980. Ela atacava todos os dias, destruía todas as coisas que você possa imaginar. Ninguém conseguia matar aquele monstro, até a Aeronáutica brasileira veio tentar matá-la. Até que um dia chegou à cidade um homem muito valente chamado Huck. Ele nunca perdia para os monstros, lutar com monstros era a rotina dele. Huck era um jovem destemido, um campeão e muito, mas muito corajoso! Logo se entrelaçou mato adentro à caça do maldito monstro que aterrorizava a cidade. Autores: Gabriel A. B. Acosta – 10 anos – 4° ano Geison T.B. Scapini – 10 anos – 4° ano Professora: Luciane Scarton Escola: EMEF 21 de Abril Cidade: Garruchos 78 Quando de repente uma mulher apareceu na sua frente, seu rosto brilhava tanto que Huck não podia vê-lo. A mulher fez uma revelação a Huck. “Para você destruir o monstro, deverá cortar seus chifres com a espada da coragem, mas antes você deverá encontrá-la na caverna do monstro. Tenha cuidado, o monstro é muito poderoso!” Huck seguiu em direção à caverna em seu lindo e forte cavalo negro. Ao avistar a caverna, pulou de seu cavalo e já podia ouvir o som amedrontador de sua fúria. Certo que Huck era mesmo um jovem de coragem inigualável e jamais iria desistir. Logo avistou a espada que brilhava como diamante, pegou e partiu pra cima do temido monstro. Huck lutou tanto e antes do nascer do sol cortou-lhe os dois chifres. O monstro se transformou numa linda jovem que passou a ser a guardiã da cidade. O Huck... Bom, ele se transformou em um monstro, tão temido quanto a Surumba e dizem que ele vive por aí, entranhado no meio do mato, esperando a hora certa de atacar você. 79 A Lenda da Cobra-Boi Que Gostava de Mamar Quem conhece o Rio Paraíba sabe quantas riquezas vivem em suas águas tortuosas, escuras, barrentas e misteriosas. - Meu filho mama feito touro – dizia a mãe cheia de lágrimas. O rio guarda muitos peixes. Mas o rio tem muitos mistérios, também tem cobras. E das grandes, cobra braba, serpente inesperada. O nenê minguava, minguava, minguava, já estava que nem pele e osso. Contam que principalmente quando anoitece, uma cobra enfeitiçada costuma aparecer de vez em quando no meio do Rio Paraíba. É aparição. É bicho fantasma. É coisa de meter medo. Falam que a bicha é enorme, grossa e muito comprida, mas o que mais assusta é que esse minhocão danado tem cabeça de boi, com chifre e tudo. Há pescadores que juram de pé junto que viram essa cobra chifruda, beiçuda e rabuda. E tudo é coisa do diabo. 80 Autores: Lara dos Santos da Silva – 11 anos – 5° ano Cláudia Renata Ferreira – 12 anos – 5° ano Professora: Sirlene Anchieta de Moura Escola: EMEF Doutor Orlando Sparta de Souza Cidade: Santo Ângelo O certo é que ninguém tinha certeza. Uma vez, faz tempo, uma moça e um moço recém-casados vieram morar ali perto do rio. Meses depois a moça teve filho. Dizem que o bebê nascera forte, foi muito bem tratado, mas não demorou e o bebê ficou só pele e osso. Um dia uma velha que morava perto dali disse ao moço: – Isso é coisa da danada da cobra – explicou com voz baixa. – É coisa da serpente enfeitiçada do diabo. A serpente que mora no rio – e mandou o rapaz não dormir à noite e ficar escondido. O homem, que morria de medo de cobra, criou coragem e ficou ali na janela esperando a cobra-boi vir. Quando deu meia-noite, uma serpente imensa saiu do rio, lisa e silenciosa, tirou o bebê do colo da mãe, colocou o bebê no seu rabo e ficou mamando no peito da mãe. Dizem que o pai ficou de butuca esperando. E a cobra mamou, mamou, mamou. Quando deu 7:00 da manhã a cobra foi embora arrotando. Foi quando o moço chegou de surpresa e Bum!, matou a cobra e acabou com o feitiço do diabo. Coitada da cobra. 81 Autores: Stephanie França Freitag – 10 anos – 4° ano Ketlin Mello – 10 anos – 4° ano Professora: Marta Giziane da Rocha França Escola: EMEF Mário Pirotini Oliveira da Rosa Cidade: Santo Ângelo A Menina dos Olhos de Fogo Era uma vez a Menina dos Olhos de Fogo, e você sabe por que ela é chamada assim? É porque essa menina não pode olhar para nada sem que a coisa que ela olhou pegue fogo. Quando ela passa numa rua todo mundo entra para dentro de casa e tranca tudo, tudo mesmo. Até os cachorros se assustam. Um dia uma mulher estava passando na rua e queria saber uma informação. Quando a menina olhou para a mulher, tudo que estava em volta pegou fogo, e da mulher nem o cadáver restou. A menina, chorando, voltou para casa e perguntou para si mesma: “Por que Deus me fez assim? Eu não posso olhar para nada que isso acontece”. Ela não tinha mais família, ela não tinha mais amigos, ela não tinha mais ninguém porque todos se assustavam com a chegada dela. A menina vivia sofrendo porque não tinha mais ninguém. Foram anos e anos de sofrimento. Ela já tinha destruído tudo naquela cidade. Matado quase todas as pessoas dali e as que sobreviveram se mudaram de cidade. Até que um dia ela tomou uma decisão, sabe qual foi? Ela arrancou os seus olhos, colocou em uma bandeja e se matou. Depois virou uma alma penada, e aparece para pessoas ruins com as suas bandejas nas mãos. 82 83 O Galpão Assombrado Era uma vez um peão que acreditava em um cavalo negro que já tinha morrido. O cavalo ganhou o nome de Corcel Negro. Porque esse cavalo, quando era vivo, era um cavalo de corrida. Mas quando faltava uma volta para ganhar ele parou, e quando ele voltou para casa o dono pegou uma faca e matou o cavalo. Depois transformou o cavalo em mortadela. E o espírito ficou assombrando o galpão. O dono do cavalo quando ia tratar os outros cavalos ouvia barulhos, relinchos e barulhos de casco troteando. E o homem teve uma ideia. Foi até uma feiticeira e falou: - Não aguento mais o fantasma do Corcel Negro atrás de mim. E a feiticeira disse: - Pegue uma ferradura e as medalhas do cavalo e enterre, e faça uma reza. Autores: Luan Wesley da Silva – 10 anos – 5° ano Alexandre Paulos Aires – 10 anos – 5° ano Professora: Léia Aparecida Wailand Rei Escola: EMEF Professora Mathilde Ribas Martins Cidade: Santo Ângelo 84 O homem pegou a ferradura e as medalhas do cavalo, enterrou e começou a rezar. No mesmo instante começou a chover. E a reza começou assim: “Oh, Corcel, que um dia foi um grande corredor, me desculpe pela facada”. E o homem chorou, e começou a sair aquele temporal e saiu sol. Ele acreditou que o cavalo tinha sumido e nunca mais matou outro animal. 85 O Buraquinho da Casa Lá na Vila Harmonia, onde a Carol e a Camila moram, tinha uma mulher que tinha medo de buracos. Em casa, tapava todos os buracos com papel, panos, mas no assoalho tinha um buraquinho especial. Diziam que tinha ouro embaixo de sua casa. Então ela pediu para seu vizinho: - Você pode tirar os assoalhos da casa? - Sim, dona Zeni, eu arranco os assoalhos. No outro dia, o homem foi na casa de dona Zeni. Quando começou a arrancar o assoalho, ela disse: - Tem buracos na casa! O que você fez? - Eu não fiz nada, embaixo da sua casa tem um buraco muito grande. Se você deixar cair coisas dentro desse buraco vai crescer mais ainda. A mulher apavorada deixou a casa, saiu às pressas e não avisou o homem que o buraco estava crescendo tanto que iria engolir a casa toda. Dizem que ela nunca mais foi encontrada e que a casa ficou mal-assombrada. 86 Autores: Luan Wesley da Silva – 10 anos – 5° ano Alexandre Paulos Aires – 10 anos – 5° ano Professora: Léia Aparecida Wailand Rei Escola: EMEF Professora Mathilde Ribas Martins Cidade: São Luiz Gonzaga 87 Vou Te Pegar! Era uma sexta-feira, noite de lua cheia. Estava na minha casa no bairro Gruta quando ouvi toc... toc... toc.... Pensei: “Será que é meu vizinho, que é meio doidão?” Mas gritava “vou te pegar... vou te pegar...”. Fiquei com medo e fui deitar com minha mãe. Corri para o quarto dela. - Mamãe, que barulho é esse? Toc... toc... toc... Vou te pegar, vou te pegar... Ela me contou a história do homem que cortava as árvores de facão. - Então, meu filho, esse barulho pode ser ele. - Mas cadê meu pai, mãe? - Está trabalhando. Senti sede e fui até a cozinha pegar um copo de água, quando escutei toc... toc... toc... vou te pegar, vou te pegar... Escondi-me atrás do sofá e tremia igual vara verde. Escutei novamente toc... toc... toc... vou te pegar, vou te pegar... Fiquei branco de medo e continuava ouvindo toc... toc... toc... vou te pegar, vou te pegar... De repente: - Volta aqui, Totó! Volta aqui, Totó! Traz a minha chave! Comecei a rir, então entendi que o toc... toc... toc... era meu pai batendo na porta porque o cachorro tinha pegado sua chave. O pai, cansado, sem a chave, gritava “vou te pegar... vou te pegar...” para o cachorro. Fiquei quieto e entendi que tudo não passou de um susto. Mas tive muito medo. 88 Autores: Vinicius Chaves Bataglin – 11 anos – 5° ano Igor Gustavo Santos Machado – 12 anos – 5° ano Professora: Lena Marli Escolar Sarmento Escola: EMEF Professora Francisca Lencina Cidade: São Luiz Gonzaga 89 A Bruxa Genoveva Numa floresta muito escura e sinistra morava uma bruxa chamada Genoveva. Sempre estava testando poções, feitiços e encantamentos e também muitas armadilhas. Um dia a bruxa ouviu de longe a voz de um menino que cantarolava floresta adentro. Autores: Bernardo S. Novaczinski – 9 anos – 4° ano Tayná Kauãni Soares Goltz – 9 anos – 4° ano Professora: Karina de Souza Zborowski Escola: EMEF Professora Francisca Lencina Cidade: São Luiz Gonzaga 90 A bruxa o prendeu para depois cozinhá-lo em seu caldeirão. O menino implorou e chorou, mas de nada adiantou. Pensou: “preciso ter coragem, já tenho 12 anos”, e foi pensando que começou a cantar: - Oh, bruxinha bonitinha, da vassoura de capim... A bruxa Genoveva, com raiva por haver intrusos em seu território, escondeu-se rapidamente. A bruxa irritadíssima, pois odiava elogios, desamarrou o menino para cozinhá-lo. E mais que depressa, o menino mordeu sua perna. Desesperada, a bruxa Genoveva gritava de dor e tropeçou, caindo dentro da caldeira quente. Quando o menino avistou a casa estranhou, mas logo a curiosidade tomou conta. Encheu-se de coragem e valentia e entrou devagarinho na casa. E o menino correu, correu, correu e correndo encontrou seus pais, que o procuravam pela floresta. O menino se arrepiou todinho de medo com o caldeirão borbulhante, morcegos, sapos, aranhas e um gato negro olhando-o fixamente. Gritou apavorado... Enquanto os pais felizes retornavam para casa com seu menino, a bruxa Genoveva, que havia conseguido sair do caldeirão, ardia, cheia de bolhas, e resmungava: - “Oh, bruxinha bonitinha...” Ah, se eu pego esse menino! Com um toque de mágica, a bruxa Genoveva trancou portas, janelas e deu aquela gargalhada: Ah, ah, ah, ah... O pânico tomou conta do menino, que tentou fugir, em vão. 91 O projeto em números ESTADO CIDADE Aquiraz CE RJ RS ESCOLAS PROFESSORES 633 39 64 Caucaia 163 14 21 Fortaleza 304 16 47 Iguatu 36 5 9 São Gonçalo do Amarante 306 13 28 1442 87 169 Cachoeira Dourada GO 19 2 2 Goiânia 102 7 8 Itumbiara 57 7 12 Total GO 178 16 22 Cabo Frio 128 9 11 Macaé 63 11 14 Niterói 105 9 12 Petrópolis 456 39 62 São Gonçalo 207 18 25 Teresópolis 128 9 12 Total RJ 1087 95 136 Garruchos 10 3 5 Santo Ângelo 273 13 20 São Luiz Gonzaga 77 7 11 Total RS 360 23 36 Total 3067 221 363 Total CE GO N° DE PRODUÇÕES Quem participou de BÚ! Histórias de Medo e Coragem 14.052 acessos ao site BÚ! Histórias de Medo e Coragem (de setembro de 2013 a março de 2014) 92 93 UF CIDADE ESCOLA CEC Manuel Assunção Pires CEI Raimunda de Freitas Façanha CEM Ferdinando Tansi EMEF Aloísio Bernardo de Castro EMEF Antônio de Brito Lima EMEF Batoque EMEF CEL Francisco Gomes Farias EMEF Clarêncio Crisóstomo de Freitas EMEF Dionísia Guerra EMEF Francisca Monteiro da Silva EMEF Francisco da Silva Sampaio EMEF Guilherme Janja EMEF Henrique Gonçalves da Justa Filho EMEF Jarbas Passarinho EMEF João Jaime Gadelha EMEF João Pires Cardoso CE Aquiraz EMEF Joaquim de Souza Tavares EMEF José Almir da Silva EMEF josé Câmara de Almeida EMEF José Ferreira da Costa EMEF José Isaac Saraiva da Cunha EMEF José Raimundo da Costa EMEF José Rodrigues Monteiro EMEF Juscelino Kubitschek EMEF Juvenal Pereira Façanha EMEF Lagoa de Cima EMEF Lagoa do Mato EMEF Lais Sidrim Targino EMEF Luiz Eduardo Studart Gomes EMEF Maria Façanha de Sá EMEF Maria Margarida Ramos Coelho EMEF Maria Soares de Freitas EMEF Padre Heribert Kloos EMEF Plácido Castelo EMEF Professora Carmelita de Oliveira EMEF Raimundo Ramos da Costa EMEF Rita Paula de Brito 94 EMEF Tia Alzira NOME DO (A) PROFESSOR (A) Maria Oliveira da Silva Nanda Régis X. de Oliveira Karla Rejane V. de Freitas Maria Ivanilda Rodrigues da Costa Maria José G. Dias Turíbio Virginia Matos de Lima Enédia Rita de Menezes Benedita Andrea de Abreu João da Silva Lima Vânia Maria R. de Sousa Paulo André Gois Cosmo dos Santos Silva Iris Pereira Lima Ivelma Maria Bezerra Lima Bárbara Maria Lopes Luciene do Nascimento Douglas Brito dos Santos Francileide Barbosa Monte Rosely Batista de Almeida Eliziene G. da Silva Ysla Cássia A. Sales Larissa Nobre Moreira Sônia Werlane Damasceno Silvia Adriana Sousa de Oliveira Adriana de Fátima L. Vasconcelos Paula Andréa Ferreira Ana Cristina Marques Maria Virgílio Lucinio Peres Cavalcante Rogélia Barbosa Felito Maria Rejane Sousa Silva Elisangela Oliveira Jamylli Gomes Vera Lúcia F. de Abreu Eliane Tavares Rodrigues Claudete Queiroz Santos Francisca Célia Ramos Maria da Conceição Marciana Rocha da Silva Francisco Cláudio Santiago Joabes Nunes de Melo Elenir Rodrigues Pimenta Marcélya Câmara Gomes Zulenice da Silva Maria Amélia Matias da Silva Idalina Zeta T. Cruz Lorena Gomes de Oliveira Daniele Araújo Ribeiro Tâmara Muniz Campos Maria Tânia R. Cavalcante Ozélia Cesártio Crisóstomo Maria Evenilta Costa Falcão Elizângela Costa de Araujo Maria Imeuda dos S. Costa Maria Luiza Ferreira da Silva Kassandra Assef e Maria Sampaio Sônia de Alencar Antônio e Ana Claudia Maria do Socorro D. de Oliveira Nelta Moisés Carlos André B. da Silva Marília Gabriela UF CIDADE Aquiraz ESCOLA EMEF Vindina Assunção de Aquino EDEIEF Abá Tapeba EEIEF César Nildo Gondim Pamplona EEIEF Domingos Abreu Brasileiro EEIEF Doze de Outubro Caucaia EEIEF Estevam Matias de Paula EEIEF Fausto Dário Sales EEIEF Iná Arruda EEIEF João Cordeiro de Miranda EEIEF Luiz de Gonzaga Fonseca Mota EEIEF Luiza Morães Correia Távora EEIEF Nely Caúla de Carvalho EEIEF Santa Joana Darc EEIEF São Sebastião EEIEF Tiradentes EM Alaíde Augusto de Oliveira EM Conceição Mourão EM Demócrito Dummar CE EM Doutor Sérvulo Mendes Barroso EM Henriqueta Galeno EM Herbert de Sousa EM Joaquim Alves EM João Paulo II Fortaleza EM Noelzinda Sátiro Santiago EM Padre Antônio Monteiro da Cruz EM Professor Américo Barreira EM Rachel Viana Martins EM Santa Isabel EM Santos Dumont NOME DO (A) PROFESSOR (A) Marciano Vieira de Araújo Vanessa Maria C. Azevedo Deborah Kelly F. P. Veras Daniela de Santana Teixeira Lino Rozeli Marques Soares Ana Cristina de S. Gondim Rosa Maria de Souza Santos Maria Elizabeth Rusoalpe Medeiros Elizabeth Almeida de Carvalho Roberta Mesquita Maria Selma M. Cavalcante Maria de Lourdes Érica Nascimento Elizabeth Almeida de Carvalho Rosiane Belém de Bina Gildo Pessoa de Araújo Weber Sampaio Souza Francisca Cipriano Waleska da Silva Alessandra Dória de Lima Tarciana V. de Almeida Helena Mariano Cristiane Viana de Freitas Maria Jucileide B. de Sousa Ocezina C. Bezerra Ingrid Geovanna do Nascimento Costa Maria Elenice da Silva Maria Socorro Catunda de Mesquita Yaysnaya dis Santos Bernardo João Teles de Aguiar Cristina Maria Alves Maria Edileuda Freitas Edilma Menezes da Silva Gerluce Abreu N. Ferreira Kenya de Sousa Lobo Elaine Nunes da Silva Maria de Jesus da Silva Viviane Rodrigues Adilsa Luíza A. da Silva Idinéia P. da Silva Izabel M. S. de Sousa Laura Maria C. P. Nascimento Alessa L. do Nascimento Katia Emanoela S. Mota Rozenilce Maria de Oliveira João Teles de Aguiar Ana Paula de Almeida Fábia de O. M. Lima Luciana Silva Lima Suzana Pereira Viana Iolanda de Abreu Pereira Terezinha Henrique Viana Ana Cleide Silva Alves Celiane Maria Moreira da Costa Elane Saraiva Rodrigues Francisca Evinelle T. Damasceno Hayanara Ezequiel Joana Darc Fernandes de Souza Maria Solange Marques Silvana Bezerra de Morais Virginia Mª L. de Oliveira Suely Souza 95 UF CIDADE ESCOLA EM Ulisses Guimarães Fortaleza EMEIF Murilo Aguiar CAIC Francisco das Graças Alves Berto Iguatu EEF Cartola Távora EEF Elze Lima Verde Montenegro EEF Marta Maria Sobreira EEF Onélia Pereira de Lavor EEB Professora Alba Herculano Araújo EEF Dona Filomena Martins CE EEF Euclides Pereira Gomes EEF Governador Tasso Jereissati São Gonçalo do Amarante EEF João Pinto Magalhães EEF Joaquim Pacheco de Menezes EEF José Pereira Barros EEF Leonice Alcântara Brasileiro EEF Porfírio de Araújo EM Almirante Alfredo Carlos Soares Dutra EM Pastor Alverto Goulart da Silva EM Professora Zulmira Mathias Netto Ribeiro Aparecida de Goiânia Cachoeira Dourada GO Goiânia GO EM São Cristóvão Escola Rotary Oeste EM Instituto Novo Goiás EM Bom Jesus EM Benedito Soares de Castro EM Bernardo Élis EM Doutor Nicanor de Assis Albernaz EM Jardim Atlântico EM Professor Moacir Monclar Brandão EM Zevera Andrea Vecci CE Doutor José Feliciano Ferreira Itumbiara EM Dona Venância Magalhães Cotrim EM Floriano de Carvalho EM Oscar Domingos da Costa 96 NOME DO (A) PROFESSOR (A) Marcus Roberto Damasceno Maia Patrícia Dilzimar Vieira Glassylene Ramos Irandilma Maria Bezerra de Oliveira Lúcia Magalhães Dias Regina Lúcia Carneiro Cosma Rolin Matos José C. de Araújo Maria Iva B. de Carvalho Pedrina Pinheiro Tereza. Araújo Francisca Eridam Fernandes Pinto Angela Lemos Cosma Rolin Matos Jose Clenilton de Araujo Maria do Socorro O. de Goes Michele de S. Florindo Artemizia M. Bezerra Raimunda Claudênia Anne Karoline Bezerra Antônia da Silva Lopes Eveline de S. Noronha Lidiane Costa Moura Marli B. M. da Silva Sonia Maria Rocha R. Silva Angela Cassia M. Oliveira Maria Conceição M. Martins Maria Fabíola L. Duarte Josinelma da Silva Antonia Silvania B. P. Spinosa Luiza Cristina Nascimento Silva Ana Claudia Sales Rocha Maria Eliene F. de Almeida Joana D’Arc G. B. Cruz Roberta José M. Viana Aparecida Maria de Lira Carmem Lúcia Débora Leidimar Vanessa Rodrigues Galvão Maria Helena Brasil Lombello Renata Thaís Torres da Silva Sandra Serieiro Alberto Pinho Jakeline Pereira Nunes Eliane S. Oliveira Itamária Maria da Silva Silvana Helmer Elaine de Sousa Lisboa Ivani Francisca Galvão Macimeire Soares dos Santos Rosângela Maria de Oliveira Maia Irismar Ribeiro Rita Nunes Lindalva C. Ribeiro Edna Alves Ferreira Maria Fátima Santos Mônica Pinheiro Pereira Oliveira Nayara Ramos Mendes Batista Angela M. Guimarães Mariana Ap. da Silva UF CIDADE ESCOLA EM Peixoto da Silveira GO Itumbiara Cabo Frio EM Tempo Integral Antônio Luiz Alves Pequeno EM Tempo Integral Juca Andrade EM Peró EM Professor Achiles Almeida Barreto EM Professor Oswaldo Santa Rosa EM Professor Zélio Jotha EM Professora Cilea Maria Barreto EM Professora Lucélea Rodrigues da Costa EM Professora Marília Plaisant EM Professora Patrícia Azevedo de Almeida EM Santos Anjos Custódios CM Tarcísio Paes de Figueiredo EEM Fantina de Mello EEM Fazenda Santa Maria EEM Jacyra Tavares Durval EM Professora Eda Moreira Daflon EM Dolores Garcia Rodriguez Macaé EM Joaquim Breves EM Joffre Frossard EM Lions EM Maria Augusta de Aguiar Franco EM Onilda Maria da Costa RJ EM Doutor Alberto Francisco Torres EM Ernani Moreira Franco EM Felisberto de Carvalho EM Padre Leonel Franca Niterói EM Paulo Freire EM Professor André Trouche EM Professor Antônio Álvares Parada EM Sitio do Ipê EM Vera Lúcia Machado ASVP Colégio Santa Isabel ED de Nossa Senhora do Amparo EM Amélia Antunes Rabello EM Américo Fernandes Ribeiro EM Augusto Pugnaloni Petrópolis EM Carlos Canedo EM Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra EM Doutor Rubens de Castro Bomtempo EM Duque de Caxias EM Felix Wan Erven de Barros NOME DO (A) PROFESSOR (A) Carolina A. Ferrada Carolina C. Matus Cirlene Ap. Souza Marli Dantas da Silva Edna A. Ferreira Rossana dos Santos Marly Solano Flávia Rodrigues Lemos Honório Silvana Muniz Xavier Patrícia Rodrigues Thayssa Genero Fabiana Fernandes Ana Paula Batista Nathália Caroline Tatiana Rosa Santana de Carvalho Raquel da C. Peixoto Laureci L. Augusto Elaine de Oliveira da Fonseca Alves Adriane da Silva Lima Aricelma Belo de Souza Rita de Cassia Magaldi Gonçalves Rogéria Maria Gomes Ana Claudia Batista Renata Costa Rejane Patrícia de Oliveira Fabrine Almeida Medeiros Rodrigues Lívia Schueler Odineá Junior Melo Isis P. Pinto Luciana Menezes Cintia Pereira Jacqueline Mary Maria do Carmo Souza Márien Alves da Costa Ana Lúcia Bernardino Janaina Neves Marli de Souza Dias Patrícia Ferreira Yamamoto Tatiana Pereira Gomes Raquel Viana de Souza Moreira Alexandra Vidante Marcia Magalhães Rodrigues Coelho Maria Cristina Vieira Alessandra Nunes da Cruz Claudia Regina Honorato Maria Cecília Peres Regina Duarte de Lima Carla Bruno Motta Pavão Eliane de Medeiros Bruna N. R. Costa Elis Aparecida Pinheiro Alexandra Vila da Silva Oliveira Amanda de Oliveira Vieira Ana Lucia Valle Vera Rita Francelino Ribeiro Andréa de Oliveira Alexandra Aparecida Bulhões Branco 97 UF CIDADE ESCOLA EM General Heitor Borges EM Geraldo Ventura Dias EM Governador Marcello Alencar EM Hildebrando de Carvalho EM João Kopke EM Leonardo Boff EM Luiz Carlos Soares EM Moysés Furtado Bravo EM Odette Fonseca EM Oswaldo Cruz EM Oswaldo da Costa Frias EM Professor Joaquim Deister EM Professor Prado EM Professora Jandira Peixoto Bordignon EM Salvador Kling Petrópolis EM Santa Terezinha EM Sérgio Ribeiro Rocha EM Soroptimista Escola Nossa Senhora de Fátima Escola Paroquial Nossa Senhora da Glória RJ Escola Paroquial Santa Bernadete Escola Paroquial São Pio X Escola Santa Luiza de Marillac Escola Santa Maria Goretti Escola Santa Rita de Cássia Escola São Cristóvão Escola São Geraldo Escola São José do Caetitu Escola São Judas Tadeu CIEP Brizolão 125 Professor Paulo Roberto Macedo do Amaral Municipalizado CM Amaral Peixoto São Gonçalo EEM Coronel Amarante EEM Guaxindiba EM Alfredo de Freitas Dias Gomes EM Darcy Ribeiro EM Deputado José Carlos Brandão EM Doutor Armando Leão Ferreira EM Duque Estrada EM Elpídio dos Santos 98 NOME DO (A) PROFESSOR (A) Merieli A.B.M. da Silva Ana Paula M. Carvalho Patrícia G. Rodrigues Sirlene de Souza Lopes Waldecir Pereira Marlene Pereira Santos Lidiane Maria Fogel Rafaela S. Ferreira Leila Cristina Pinto Rosane Loçasso Regina Lúcia da Silva Isabel Cristina M. Costa Marcela Cardozo Machado Carla Ferreira Teixeira Janaina Leite da Silva Adriane G. Loureiro Eliana de Souza Araújo Juliana Soares Sampaio Marcia S. T. de Lima Glicia Mendes Pereira Marcela Cardozo Machado Sheila Ferreira Gonçalves Elizabete Peres Lenir M. Loth Costa Gisele de Castro Rosemere Mussel Eliana de Souza Araújo Marianna de Barcelos Varella Cíntia Barbosa de Oliveira Carla Verônica de Moura Alves Maria Cristina E. G. Ribeiro Sonia de Fátima Silva Renata Gorges Leandro Coutinho Maria Isabel M. Mota Raquel S. B. Pisco Suzana de Sá Klôh Tânia Maria Cabral Lopes Nádia Maria Gonçalves Alexandra V. de Oliveira Lúcia Helena F. Pessoa Monique L. Bernardo Valle Rosemere M. Annecchini Paula Moreira da Rocha Rogéria Ap. M. Pinheiro Juliana Souza de Carvalho Maria Regina da Silva Sandra Faria da Costa Patrícia Gabriela Magdala Ana Cleide do E. Oliveira Claudia Alves Daniella Barbosa Angela Rodrigues Valéria Claudia Marta Cavalcanti da Silva Crisalina Neves Soraya Maria Rose Mary Castro Ana Claudia Perni Sueli Paulo Carvalho Gomes UF CIDADE ESCOLA EM Florisbela Maria Nunes Haase EM Luiz Gonzaga EM Nossa Senhora da Boa Esperança EM Pastor Haroldo Gomes São Gonçalo EM Professor Paulo Roberto Azeredo EM Professora Aurelina Dias Cavalcanti EM Professora Margarida Rosa M. Galvão EM Santa Luzia Centro Pedagógico Rocha Falcão EM Estolino Peixoto da Rocha RJ EM Hermínia Josetti Teresópolis EM José Alves Ferreira EM Maço Lino Oroña Lema EM Paulo Freire EM Professor Paes de Barros EM Rui Barbosa EM Vera Maria Vianna Pedrosa EMEF José Rodrigues Garruchos EMEF Pedro Nunes de Oliveira EMEF Vinte e Um de Abril EMEF Antônio Manoel EMEF Coronel Eurico de Morais EMEF Doutor Orlando Sparta de Souza EMEF Doutor Ulisses Rodrigues Santo Ângelo EMEF José Alcebíades de Oliveira EMEF Liberato Salzano Vieira da Cunha EMEF Marcelino José Bento Champagnat EMEF Margarida Pardelhas EMEF Mario Piratini Oliveira da Rosa RS EMEF Nossa Senhora dos Navegantes EMEF Professora Mathilde Ribas Martins EMEF Sagrada Família EMEF Sargento Pedro Krinski EMEF Boa Esperança EMEF Coração de Jesus NOME DO (A) PROFESSOR (A) Cristiane dos Santos Karla G. da Silva Márcia Figueredo Barros Silva Lilia de F. Ribeiro Marta Lúcia Soares Sonia de Oliveira Elaine de Oliveira Batistone Lima Flavia Dias dos Santos Maria Regina Maria Regina Souza de Paula Carine da Conceição Marli de Souza Dias Elizangela Bruski de Jesus Denise dos Santos Leonardo de Oliveira Cristina Mosqueira Rocha Kátia Borges Rego Katia de Almeida Fernanda Ely Fonseca Ana Paula Ferreira Ana Paula Ferreira Luiz Miranda Cristina Mosqueira Rocha Marcia Sampaio Juliana de Souza Vanda Filomena Jociéli de Oliveira Deise Francieli Moraes Mara Sonia da Rosa Ana Maria da Silva Gazana Luciane Scarton Roseli Rodrigues da Silva Cíntia Grzywinski Veronica Lucia Maciel Marcia Simone Colpo Sirlene Anchieta de Moura Daiane Tartari Denise de Fátima Marlei da Silva Sandra Marli Carla Adriane Franco Leticia Trindade de Carvalho Marcia Sloma Fernandes Eliane Fátima Marta Giziane da Rocha França Eugenis Jaskulski Krebs Léia Aparecida Wailand Rei Márcia Bella Silva Juliane de Fátima Maria Dalila Oliveira Cerise Ribas Oliveira Ereni Role Melo Mariza Amaral Maribel Lobo de Melo Beatriz Pacheco EMEF Ernestina A. Langsch São Luiz Gonzaga EMEF Padre Augusto EMEF Professora Francisca Lencina EMEF Santa Rita de Cássia EMEF União Denise Figueiredo Geisa Waleski Helena Fabricio Trindade Karina de Souza Zborowski Lena Marli Escolar Sarmento Neusa Maria Hoff Marta Machado 99 Créditos Agradecimentos Lei de Incentivo à Cultura – PRONAC 129106 patrocínio Patrocínio: Endesa Brasil: Ampla, Coelce, Endesa Cachoeira, materiais didáticos e site Criação e redação de conteúdo: Fabiana Marchezi, Lilian Ana Endesa Cien e Endesa Fortaleza Petillo Faversani e Kiara Terra Coordenação: Endesa Brasil – Ana Paula Caporal e Joice Portella Criação das histórias: Kiara Terra Ilustrações: Aurora Orlandi equipe la fabbrica Diretora de projetos: Fabiana Marchezi Diretor administrativo: Mauro Mantica Relacionamento institucional: Elaine Marin Coordenação geral: Rita Kerder Assistente de coordenação: Luciana Cunha Design gráfico: Bárbara Scodelario Central de Relacionamento: Thais Rigolon Projeto gráfico e diagramação: Bárbara Scodelario Assistentes de diagramação: Júlia Vargas e Júlia Carvalho Desenvolvimento de marca e blog: Paulo Henrique Martins Conteúdo do site e revisão: Caroline Mazzonetto dvd – uma conversa sobre o medo e a infância Produção e gravação: Estúdio Zut Controladoria: Edson Gonçalves Depoimentos: Ana Paula Giraldes Belotti, Andrea Maia Assali, Assistente de Controladoria: Vanessa Correa Deborah Meniuk, Lilian Ana Petillo Faversani À comissão julgadora: Julia Alves, Ivone Ávila, Alex Tomilin, Solange Battirola, Eida Maria Teixeira, Joice Portella, Débora Pinho, Sandra Lima, Fernanda Frambach, Rogéria Maria Gomes Martins, Stanley Siqueira Pratti, Ana Carolina Santos Gomes, Alan de Sousa e Silva, João Batista Garcez, Roger Ferreira Suruagy, Julia Barros, Mara Monteiro, Flamsteed Flamarion Machado Rodrigues, Emanuelle Oliveira, Osiel Gomes. Ao Ministério da Cultura. Às Secretarias de Educação de Fortaleza (CE), Caucaia (CE), São Gonçalo de Amarante (CE), Aquiraz (CE) e Iguatu (CE); Cachoeira Dourada de Goiás (GO), Goiânia (GO) e Itumbiara (GO); Cachoeira Dourada de Minas Gerais (MG) e Capinópolis (MG); Niterói (RJ), São Gonçalo (RJ), Petrópolis (RJ), Cabo Frio (RJ), Macaé (RJ) e Teresópolis (RJ); Garruchos (RS), São Luiz Gonzaga (RS) e Santo Ângelo (RS). A todos professores e alunos que participaram do projeto. Código ISBN: 978-85-64439-17-7 livro das crianças Texto de abertura: Andréa Maia Assali, Deborah Meniuk e Paula Giraldes Belotti Ilustrações: Aurora Orlandi Idealização e coordenação geral: La Fabbrica Comunicação e Marketing Projeto gráfico: Paulo Henrique Martins Impressão: Pancrom 100 101 Patrocínio Realização