DF2010/2009Ecogen Soluções

Transcrição

Ecogen Brasil Soluções Energéticas S.A.
(Companhia fechada)
Demonstrações financeiras
em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Companhia fechada)
Demonstrações financeiras
Conteúdo
Relatório da Administração
3-5
Relatório dos auditores independentes
sobre as demonstrações financeiras
6-7
Balanços patrimoniais
8
Demonstrações de resultados
9
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
10
Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto
11
Notas explicativas às demonstrações financeiras
2
12 - 46
Relatório da Administração
Mensagem da Administração
Prezados acionistas,
Em conformidade às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as
Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2010. Permanecemos à
disposição para eventuais esclarecimentos.
A Administração
São Paulo, 30 de março de 2011
Análise corporativa
A Ecogen é especializada no desenvolvimento de projetos de co-geração e eficiência energética
para clientes com consumo energético expressivo e dispõe de profissionais altamente qualificados
para fornecer consultoria especializada e desenvolver projetos adequados às necessidades de cada
cliente. Atua principalmente nos setores comercial e industrial e tem como maiores clientes
indústrias, edifícios comerciais, shopping centers e hotéis, sendo que, no âmbito da atividade de
produção e co-geração de energia, utilizando-se, conforme o caso, de combustíveis alternativos
para gerar eletricidade e energia térmica. Os projetos desenvolvidos pela Ecogen podem utilizar
gás natural, diesel, biogás e biomassa, entre outros combustíveis alternativos.
Modelo de negócios e estratégia mercadológica da controlada Ecogen
i.Soluções oferecidas
 Cogeração: Implementação de sistemas integrados (motogerador / chiller / caldeira /
turbina) para geração de energia elétrica e energia térmica (água gelada, água quente ou
vapor). A solução engloba todo o projeto dimensional da matriz energética aplicável ao
cliente, definição dos equipamentos, instalação, manutenção e operação.
 Geração de energia elétrica: Implementação de motores a diesel ou a gás natural
utilizados na geração de energia elétrica no horário de ponta e também no horário fora de
ponta para locais onde a diferença entre o preço do combustível e energia elétrica seja
particularmente favorável. A solução engloba todo o projeto dimensional da matriz
energética aplicável ao cliente, definição dos equipamentos, instalação, manutenção e
operação.
 Frio/Vapor: Implementação de equipamentos de alta eficiência (chiller / caldeira) para a
geração de água gelada, água quente ou vapor. A solução engloba todo o projeto
dimensional da matriz energética aplicável ao cliente, definição dos equipamentos,
instalação, manutenção e operação.
3
As soluções energéticas normalmente propiciam uma redução de custos para seus clientes
desde o início da operação e durante toda a vida do contrato, já que as soluções
implementadas pela Ecogen são mais eficientes do que as soluções convencionais praticadas
no mercado, bem como os equipamentos são operados eficientemente devido ao excelente
processo de manutenção preventiva a que são submetidos.
ii.Modelo de negócios
O modelo de negócios da Ecogen segue uma estratégia padrão:
1. Concepção da solução e venda do contrato;
2. Desenvolvimento do projeto, instalação dos equipamentos, comissionamento e
manutenção (fornecedores “turn-key” com contratos de O&M); e
3. Gestão do contrato.
Os clientes são atendidos de forma integral por meio de um modelo de negócio que lhe
proporcione suporte e garantia de serviços por meio de um processo integrado com
fornecedores de primeira linha em cada uma de suas especialidades.
A Companhia encerrou o exercício de 2010 com 74 funcionários contratados (58 em 2009).
Análise dos negócios
Os comentários a seguir referem-se às informações financeiras da Companhia.
Receita bruta e Resultado Operacional
Durante o ano de 2010 a Ecogen iniciou a operação de 3 novas centrais de energia, atingindo 27
centrais em operação, com uma capacidade de geração total de 68,6 MWeq (informação não
auditada).
Além da instalação dessas 3 novas centrais, em 2010 encerrou-se o primeiro ano completo de
faturamento de outras 3 centrais, cujas operações foram iniciadas ao longo de 2009. Esse fator,
aliado a melhorias operacionais como o aumento significativo no índice de disponibilidade das
centrais de energia, resultou em um crescimento na receita bruta em 2010 da ordem de 19% em
relação a 2009.
4
RECEITA BRUTA, em R$ milhões
44,52
37,35
15,15
9,73
2007
2008
2009
2010
Devido a esse crescimento significativo das receitas, o EBITDA (*) da Ecogen atingiu R$ 13,23
milhões positivos em 2010, contra R$ 10,61 milhões registrados em 2009.
EBITDA, em R$ milhões (*)
13,23
10,61
0,46
2007
2008
2009
2010
-2,71
As informações financeiras da Companhia aqui apresentadas estão de acordo com os critérios da legislação societária brasileira, a
partir de informações financeiras auditadas. As informações não financeiras, assim como outras informações operacionais, não foram
objeto de auditoria por parte dos auditores independentes.
(*) O EBITDA representa o resultado do exercício antes do resultado financeiro, contribuição social e imposto de renda e depreciação
e amortização. O EBITDA não deve ser considerado como uma alternativa para o resultado do exercício, como um indicador de
desempenho operacional da Companhia, ou uma alternativa para fluxos de caixa como um indicador de liquidez. A Administração da
Companhia acredita que o EBITDA é uma medida prática para aferir seu desempenho operacional e permitir uma comparação com
outras companhias. Entretanto, ressalta-se que o EBITDA não é uma medida estabelecida de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil e pode ser definido e calculado de maneira diversa por outras companhias.
5
KPMG Auditores Independentes
R. Dr. Renato Paes de Barros, 33
04530-904 - São Paulo, SP - Brasil
Caixa Postal 2467
01060-970 - São Paulo, SP - Brasil
Relatório dos auditores
demonstrações financeiras
Central Tel
Fax Nacional
Internacional
Internet
independentes
55 (11) 2183-3000
55 (11) 2183-3001
55 (11) 2183-3034
www.kpmg.com.br
sobre
as
Ao
Conselho de Administração e à Diretoria da
São Paulo - SP
Examinamos as demonstrações financeiras da Ecogen Brasil Soluções Energéticas S.A.
(“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as
respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de
caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis
e demais notas explicativas.
Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras
A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos
controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por
fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com
base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a
auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as
demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a
respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os
procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos
de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude
ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a
elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar
os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de
expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria
inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das
estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das
demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
6
KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e
firma-membro da rede KPMG de firmas-membro independentes e
afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”),
uma entidade suíça.
KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member
firm of the KPMG network of independent member firms affiliated
with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a
Swiss entity.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião sobre as demonstrações financeiras
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Ecogen Brasil Soluções
Energéticas S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos
de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil.
São Paulo, 30 de março de 2011
KPMG Auditores Independentes
CRC 2SP014428/O-6
Rosane Palharim
Contadora CRC 1SP220280/O-9
7
(Companhia fechada)
Balanços patrimoniais
em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009
(Em milhares de Reais)
Ativo
Nota
31/12/2010
31/12/2009
Reclassificado
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber de clientes
Partes relacionadas
Estoque
Imposto a recuperar
Outros créditos
Não circulante
Impostos a recuperar
Contas a receber clientes
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Total do ativo
4
5
8
3.c
6
7
6
5
9
10
01/01/2009
Passivo
6.563
4.750
4.255
565
253
1.768
2.447
12.907
540
209
28.331
16.386
17.871
Circulante
Empréstimos bancários
Fornecedores
Fornecedores (projetos)
Impostos e contribuições a recolher
Salários, provisões e encargos sociais
Contas a pagar - Indenização de seguros
Partes relacionadas
5
576
1
89.136
10.011
116
953
1
80.119
8.915
256
1
77.152
5.922
Não circulante
Imposto de renda e contribuição social diferidos
99.729
90.104
83.331
Patrimônio líquido
Capital social
Prejuízos acumulados
106.490
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
Reclassificado
15.087
6.326
5.418
128
795
577
128.060
Nota
101.202
Total do passivo
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
8
12
11
13
14
15
8
12
21
17
5.627
666
831
422
1.712
2.700
5.528
1.180
768
680
1.224
407
2.700
2.853
630
548
255
692
407
-
11.958
12.487
5.385
33.350
1.113
11.763
-
12.147
-
34.463
11.763
12.147
117.912
(36.273)
117.912
(35.672)
114.929
(31.259)
81.639
82.240
83.670
128.060
106.490
101.202
(Companhia fechada)
Demonstrações de resultados
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
(Em milhares de Reais, exceto lucro por ação)
Nota
Receita
2010
2009
37.250
31.217
(27.125)
(26.914)
10.125
4.303
(5.115)
27
(3.967)
(1.975)
5.037
(1.639)
19
19
(4.866)
341
(2.958)
184
19
(4.525)
(2.774)
18
Custos dos produtos vendidos e serviços prestados
Lucro bruto
Receitas (despesas) operacionais
Administrativas e gerais
Outras receitas (despesas) operacionais
20
Resultado antes das receitas (despesas) financeiras líquidas
Despesas financeiras
Receitas financeiras
(Despesas) financeiras líquidas
Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social
Imposto de Renda Diferido
Contribuição Social Diferida
512
21
21
Prejuízo do exercício
(812)
(301)
(601)
9
(4.413)
(4.413)
(Companhia fechada)
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de 2009
Nota
o
Saldos em 1 de janeiro de 2009
Capital
social
114.929
Aumento de capital por incorporação realizada em 31 de janeiro de 2009
Saldos em 31 de dezembro de 2009
Saldos em 31 de dezembro de 2010
10
1
2.983
Prejuízos
acumulados
(31.259)
-
Total
83.670
2.983
-
(4.413)
(4.413)
117.912
(35.672)
82.240
-
(601)
117.912
(36.273)
(601)
81.639
(Companhia fechada)
Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009
2010
2009
(601)
(4.413)
8.153
4.866
(8)
(341)
1.113
10.278
2.816
1.975
-
(1.199)
(128)
(256)
(119)
(269)
(258)
488
(407)
(3.256)
(44)
115
550
425
532
-
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais
11.034
8.978
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Aquisições de ativo imobilizado
Aumento de fornecedores - projetos
Recebimento na venda de ativo imobilizado
Adiantamento recebido para futura venda de ativos
Caixa proveniente de incorporação da Prime Energy Ltda.
(18.413)
34
156
-
(5.495)
92
2.700
3
(18.223)
(2.700)
(1.409)
35.083
(13.397)
(4.564)
(958)
5.083
(2.723)
(2.885)
15.713
(1.483)
8.524
4.795
6.563
15.087
1.768
6.563
8.524
4.795
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Ajustes por:
Depreciação e amortização
Provisão de juros/encargos sobre empréstimos
Provisão para redução ao valor recuperável de ativos
Ganho na venda do imobilizado
Juros apropriados sobre aplicação financeira
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Variações nos ativos e passivos
Aumento em contas a receber de clientes
Aumento em estoques
Aumento em outros créditos
(Aumento) redução em impostos a recuperar
(Redução) aumento em fornecedores
(Redução) aumento em impostos e contribuições a recolher
Aumento em salários e encargos a pagar
(Redução) contas a pagar - indenização de seguros
Caixa líquido usado nas atividades de investimento
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Empréstimos concedidos para empresas relacionadas
Empréstimos tomados
Empréstimos Pagos
Juros/encargos pagos sobre empréstimos
Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades de financiamentos
Aumento de caixa e equivalentes de caixa
Demonstração do aumento de caixa e equivalentes de caixa
No início do exercício
No fim do exercício
11
(Companhia fechada)
1
Contexto operacional
A Ecogen Brasil Soluções Energéticas S.A. (“Companhia”), com sede na cidade de São Paulo,
Estado de São Paulo, foi constituída em 31 de outubro de 2002 com a razão social de Iqara
Energy Services Ltda., sendo controlada em sua totalidade pela BG Overseas Holdings Ltd.
Em 8 de julho de 2008, a totalidade das quotas pertencentes a BG Overseas Holdings Ltd. foi
adquirida pela Ecogen Brasil Participações S.A. e a razão social foi alterada para Ecogen Brasil
Soluções Energéticas Ltda.
Em 31 de janeiro de 2009, por meio do instrumento particular de alteração do contrato social da
Companhia, foi aprovada a incorporação do acervo líquido contábil da empresa ligada Prime
Energy Ltda., subsidiária integral de sua controladora Ecogen Brasil Participações S.A., no
montante de R$ 2.983, contendo elementos de ativos e passivos, tomando-se por base os registros
contábeis daquela empresa em 31 de janeiro de 2009, conforme protocolo de incorporação e
justificação de incorporação na mesma data.
Em 15 de setembro de 2010, o tipo de organização societária foi alterado de sociedade por quotas
de responsabilidade limitada para sociedade anônima de capital fechado, adotando a razão social
de Ecogen Brasil Soluções Energéticas S.A..
A Companhia tem por objeto desenvolver projetos de centrais elétricas em seus clientes,
concentrando suas principais atividades na:
i.
Aquisição de bens móveis necessários à implementação e modernização de centrais de
geração de energia elétrica, co-geração, água gelada, refrigeração, sistemas de recuperação de
calor e unidades de climatização, de fornecedores locais ou de estrangeiros;
ii. Instalação, operação e manutenção, diretamente ou por meio da contratação de terceiros, de
bens próprios relativos a motores, compressores, câmaras de combustão, trocadores de calor,
resfriadores de líquidos dos tipos por absorção e por compressão, bem como todos os demais
equipamentos, acessórios, peças e ferramentas necessários ao desenvolvimento de centrais de
geração de energia elétrica, co-geração, água gelada, refrigeração, sistemas de recuperação de
calor e unidades de climatização;
12
(Companhia fechada)
iii. Produção e comercialização de energia elétrica para atendimento exclusivo aos seus clientes,
como produtora independente de energia (PIE), vapor, água quente e gelada e outros
produtos derivados de centrais de geração de energia elétrica, co-geração, água gelada,
refrigeração, sistemas de recuperação de calor e unidades de climatização; e
iv. Prestação de serviços técnicos relacionados à exploração de centrais de geração de energia
elétrica, co-geração, água gelada, refrigeração, sistemas de recuperação de calor e unidades
de climatização.
A Companhia tem como clientes as indústrias, edifícios comerciais, shopping centers e hotéis.
Os projetos de centrais elétricas desenvolvidos pela Companhia e acordados com os seus clientes
podem utilizar gás natural, diesel, biogás e biomassa, entre outros combustíveis alternativos.
2
Base de preparação
2.1
Declaração de conformidade com relação às normas do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC)
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil, as quais abrangem a legislação societária, os Pronunciamentos, as Orientações e as
Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e as normas emitidas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
As demonstrações de resultados abrangentes não estão sendo apresentadas, pois não há valores a
serem apresentados sobre esse conceito, ou seja, o resultado do exercício é igual ao resultado
abrangente total.
A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração em 30
de março de 2011.
13
(Companhia fechada)
2.2
Base de mensuração
As demonstrações financeiras foram preparadas utilizando o custo histórico como base de valor,
com exceção dos instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado
reconhecidos no balanço patrimonial.
2.3
Moeda funcional e moeda de apresentação
Essas demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da
Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o
milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.
2.4
Uso de estimativas e julgamentos
A elaboração das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil requer que a Administração da Companhia use de julgamentos na determinação e no
registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos sujeitos a estimativas e premissas incluem,
entre outros, o valor residual do ativo imobilizado e intangível, provisão para redução ao valor
recuperável, provisão para crédito de liquidação duvidosa e provisão para contingências. A
liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos
estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo da sua determinação. A Companhia
revisa as estimativas e as premissas pelo menos anualmente.
2.5
Explicação dos principais efeitos de adoção de novas normas CPCs
Conforme estabelecido no CPC 43 – Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a
41, as novas normas foram implementadas retroativamente a 1º de janeiro de 2009, sendo que
não houve ajustes em relação às demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31
de dezembro de 2009 e no balanço de adoção das normas CPCs em 1º de janeiro de 2009.
14
(Companhia fechada)
Os saldos contábeis reclassificados estão demonstrados a seguir:
1º de janeiro de 2009
Saldo em
31/12/2008
Publicado Reclassificação
Ativo não circulante
Imobilizado (a)
Diferido (a)
Intangível (a)
79.111
3.963
-
(1.959)
(3.963)
5.922
31 de dezembro de 2009
Saldo
Ajustado em
1º/01/2009
Saldo em
31/12/2009
publicado
77.152
5.922
85.441
3.593
-
Reclassificação
(5.322)
(3.593)
8.915
Saldo
Ajustado em
31/12/2009
80.119
8.915
(a) Gastos com projetos na fase pré-operacional registrados nos ativos imobilizado e diferido até
31/12/2008, e reclassificados para o ativo intangível no balanço patrimonial de abertura em
1º de janeiro de 2009 e em 31 de dezembro de 2009, por atenderem aos critérios de
capitalização conforme CPC 4 – Ativo Intangível. Não houve efeito da amortização no
resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009, como resultado dessa
reclassificação, em função da Companhia ter mantido o mesmo período de amortização de 10
anos para estes ativos até 31 de dezembro de 2009.
3
Principais políticas contábeis
As políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a
todos os períodos apresentados nessas demonstrações financeiras e na preparação do balanço
patrimonial de abertura apurado em 1o de janeiro de 2009, com a finalidade da transição para as
normas CPC.
a. Moeda estrangeira
Transações em moeda estrangeira são convertidas pela taxa de câmbio nas datas de cada
transação. Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras na
data de apresentação são convertidos para a moeda funcional à taxa de câmbio apurada
naquela data. Os ganhos e as perdas de variações nas taxas de câmbio sobre os ativos e os
passivos monetários são reconhecidos na demonstração do resultado.
15
(Companhia fechada)
b. Instrumentos financeiros
Ativos financeiros não derivativos
A Companhia reconhece os empréstimos e recebíveis inicialmente na data em que foram
originados. Todos os outros ativos financeiros (incluindo os ativos designados pelo valor
justo por meio do resultado) são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual se
torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento.
A Companhia tem os seguintes ativos financeiros não derivativos: ativos financeiros
registrados pelo valor justo por meio do resultado e empréstimos e recebíveis.
Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado
Um ativo financeiro é classificado pelo valor justo por meio do resultado caso seja
classificado como mantido para negociação e seja designado como tal no momento do
reconhecimento inicial. Os ativos financeiros são designados pelo valor justo por meio do
resultado se a Companhia gerencia tais investimentos e toma decisões de compra e venda
baseada em seus valores justos de acordo com a gestão de riscos documentada e a estratégia
de investimentos. Os custos da transação, após o reconhecimento inicial, são reconhecidos no
resultado como incorridos. Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do
resultado são medidos pelo valor justo, e mudanças no valor justo desses ativos são
reconhecidas no resultado do exercício.
Caixa e equivalentes de caixa abrangem saldos de caixa e investimentos financeiros com
vencimento original de três meses ou menos a partir da data da contratação e que são
prontamente convertidos em montante conhecido de caixa e sujeito a um insignificante risco
de mudança de valor. As aplicações financeiras estão apresentadas ao custo de aquisição,
mais rendimentos incorridos até a data do balanço, e ajustado, quando aplicável, ao seu
equivalente valor de mercado.
16
(Companhia fechada)
Empréstimos e recebíveis
Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que
não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo
acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os
empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros
efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável.
Os empréstimos e recebíveis abrangem contas a receber de clientes, outros créditos e partes
relacionadas.
As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado, incluindo os respectivos
impostos diretos de responsabilidade tributária da Companhia, menos os impostos retidos na
fonte, os quais são considerados créditos tributários.
Passivos financeiros não derivativos
Todos os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual
se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia baixa um
passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou vencidas.
Os ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço
patrimonial quando, e somente quando, tenha o direito legal de compensar os valores e tenha
a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo e quitar o passivo
simultaneamente.
A Companhia tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: empréstimos bancários,
debêntures, fornecedores e contas a pagar.
Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de
quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos
financeiros são mensurados pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.
17
(Companhia fechada)
Instrumentos financeiros derivativos
A Companhia não detém instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2010 e
2009.
Capital social
Ações ordinárias são classificadas como patrimônio líquido.
Os dividendos mínimos obrigatórios conforme definido em estatuto e quando consignados ao
final do exercício, são reconhecidos como passivo.
c. Estoques
Os estoques são mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido.
Referem-se a materiais utilizados nas centrais de energia, na operação e manutenção da
prestação dos serviços, e são registrados ao custo médio de aquisição, não excedendo ao
valor de mercado.
d. Arrendamento
A Companhia efetua análise dos acordos existentes com seus clientes para desenvolvimento
dos projetos de centrais elétricas, na data de transição e em datas subseqüentes, com base nos
fatos e circunstâncias existentes naquelas datas, para determinar se os acordos contêm um
acordo de arrendamento, conforme requerido pelo ICPC3. A Companhia não identificou
acordos que contêm arrendamento como resultado dessa análise.
e. Imobilizado
Reconhecimento e mensuração
Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção,
deduzido de depreciação acumulada e perdas de redução ao valor recuperável (impairment)
acumuladas, quando necessária.
18
(Companhia fechada)
A Companhia optou por não avaliar os ativos imobilizados pelo valor justo (deemed cost)
como custo atribuído no balanço de abertura de 1o de janeiro de 2009, por entender que: (i) o
método de custo, deduzido de provisão para perdas, é o melhor método para avaliar os ativos
imobilizados da Companhia e (ii) a Companhia possui controles eficazes sobre os bens do
ativo imobilizado que possibilitam a identificação de perdas e mudanças de estimativa de
vida útil dos bens.
Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas
como itens individuais (componentes principais) de imobilizado.
Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado são apurados pela comparação
entre os recursos advindos da alienação com o valor contábil do imobilizado, e são
reconhecidos líquidos dentro de outras receitas no resultado.
Custos subsequentes
O custo de reposição de um componente do imobilizado é reconhecido no valor contábil do
item caso seja provável que os benefícios econômicos incorporados dentro do componente
irão fluir para a Companhia e que o seu custo pode ser medido de forma confiável. Os custos
de manutenção no dia-a-dia do imobilizado são reconhecidos no resultado conforme
incorridos.
Depreciação
A depreciação é calculada sobre o valor depreciável, que é o custo de um ativo, ou outro
valor substituto do custo, deduzido do valor residual.
A depreciação é reconhecida no resultado baseando-se no método linear com relação às vidas
úteis estimadas de cada parte de um item do imobilizado, já que esse método é o que mais
perto reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo.
As vidas úteis estimadas para os períodos correntes e comparativos estão demonstradas na
Nota Explicativa nº 9.
19
(Companhia fechada)
Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais serão revistos a cada
encerramento de exercício financeiro e eventuais ajustes são reconhecidos como mudança de
estimativas contábeis.
f. Ativos intangíveis
Os ativos intangíveis compreendem custos de projetos que são mensurados pelo custo total
de aquisição, deduzido da amortização acumulada.
Esses ativos são amortizados pelo prazo contratual a partir de 1o de janeiro de 2010 em
uniformidade à prática de depreciação dos ativos vinculados a estes custos de projetos. Até
31 de dezembro de 2009 eram amortizados linearmente pelo período de 10 anos.
g. Redução ao valor recuperável
i.
Ativos não monetários
Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia são revistos a cada data de
apresentação para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal
indicação, então o valor recuperável do ativo é determinado.
O valor recuperável de um ativo ou unidade geradora de caixa é o maior entre o valor em
uso e o valor justo menos despesas de venda. Ao avaliar o valor em uso, os fluxos de
caixa futuros estimados são descontados aos seus valores presentes através da taxa de
desconto antes de impostos que reflita as condições vigentes de mercado quanto ao
período de recuperabilidade do capital e os riscos específicos do ativo.
Para a finalidade de testar o valor recuperável, os ativos que não podem ser testados
individualmente são agrupados juntos no menor grupo de ativos que gera entrada de
caixa de uso contínuo que são em grande parte independentes dos fluxos de caixa de
outros ativos ou grupos de ativos (a “unidade geradora de caixa ou UGC”).
A Administração da Companhia não identificou qualquer evidência que justificasse a
necessidade de redução ao valor recuperável em 31 de dezembro de 2010, 31 de
dezembro de 2009 e 1o de janeiro de 2009.
20
(Companhia fechada)
ii. Ativos financeiros:
Os ativos financeiros são avaliados ao final de cada exercício quanto a sua
recuperabilidade. São considerados ativos não recuperáveis quando há evidencias
objetivas de que um ou mais eventos tenham ocorrido após o reconhecimento inicial do
ativo financeiro e que eventualmente tenha resultado em efeitos negativos no fluxo
estimado de caixa futuro do investimento.
Os critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda
por redução ao valor recuperável incluem: (i) dificuldade financeira relevante do
devedor; (ii) uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos
juros ou principal; (iii) razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira
do tomador de empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não
consideraria; e (iv) possibilidade provável que o tomador declare falência ou outra
reorganização financeira.
h. Provisões
Uma provisão é reconhecida no balanço patrimonial quando a Companhia possui uma
obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, e é provável que um
recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas tendo
como base as melhores estimativas do risco envolvido.
Os passivos circulantes e não circulantes são demonstrados pelos valores conhecidos ou
calculáveis acrescidos, quando aplicável dos correspondentes encargos, variações monetárias
e/ou cambiais incorridas até a data do balanço.
i. Receita
A Companhia possui receitas de vendas de mercadorias, de locação de equipamentos e de
prestação de serviços, obedecendo a especificidade de cada contrato. Uma receita não é
reconhecida se há uma incerteza significativa na sua realização.
21
(Companhia fechada)
Vendas
A receita de venda de mercadorias é reconhecida no resultado quando todos os riscos e
benefícios inerentes à mercadoria são transferidos para o comprador.
Serviços
A receita de serviços prestados é reconhecida no resultado em função de sua realização.
Locação
A receita de locação é reconhecida no resultado seguindo a alocação e utilização do ativo por
parte do cliente.
j. Pagamentos de arrendamentos
Os pagamentos efetuados sob arrendamentos operacionais são reconhecidos no resultado pelo
método linear pelo prazo do arrendamento. Os incentivos de arrendamentos recebidos são
reconhecidos como uma parte integrante das despesas totais de arrendamento, pelo prazo de
vigência do arrendamento.
k. Receitas financeiras e despesas financeiras
As receitas financeiras abrangem basicamente as receitas de juros sobre aplicações
financeiras, que são reconhecidas no resultado, por meio do método de juros efetivos.
As despesas financeiras abrangem basicamente as despesas com juros sobre empréstimos,
reconhecidos no resultado, por meio do método de juros efetivos.
22
(Companhia fechada)
l. Imposto de renda e contribuição social
O imposto de renda e a contribuição social do exercício corrente são calculados com base nas
alíquotas de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240
para Imposto de Renda e 9% sobre o lucro tributável para Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição
social, limitada a 30% do lucro real.
A Companhia apresenta prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e diferenças
temporárias na data do balanço. A decisão da Administração da Companhia quanto ao nãoreconhecimento dos benefícios fiscais futuros pela recuperação desses créditos, leva em
consideração o histórico de não-geração de lucros tributáveis em pelo menos de três dos
últimos cincos anos.
O imposto diferido passivo é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os
valores contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados
para fins de tributação. O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem
aplicadas às diferenças temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que foram
decretadas ou substantivamente decretadas até a data de apresentação das demonstrações
financeiras.
A Companhia para fins de apuração do lucro tributável e seus efeitos sobre as demonstrações
financeiras, considera a adoção do Regime Tributário Transitório (RTT), conforme
determinado na MP nº 449/08 (Lei nº 11.941/09), cuja opção foi confirmada quando da
entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ do ano
calendário 2008.
m. Resultado por ação
O resultado por ação básico é calculado por meio do resultado do período atribuível aos
acionistas e a média ponderada das ações ordinárias em circulação no respectivo período.
23
(Companhia fechada)
n. Valor presente
O cálculo do valor presente é efetuado para cada transação com base numa taxa de juros que
reflete o prazo, a moeda e o risco de uma transação. A Companhia não registrou o ajuste a
valor presente sobre ativos e passivos financeiros em virtude de não ter efeitos relevantes nas
demonstrações financeiras.
4
Caixa e bancos
Aplicações financeiras
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
788
14.299
1.242
5.321
730
1.038
15.087
6.563
1.768
As aplicações financeiras de liquidez imediata são prontamente conversíveis em um montante
conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor de mercado das
aplicações financeiras, e referem-se, substancialmente, a certificados de depósitos bancários
(CDB) remunerados as taxas que variam entre 100,4% e 110% do Certificado de Depósito
Interbancário (CDI).
5
No País
(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Circulante
Não circulante
24
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
6.902
-
5.703
-
2.702
( 255)
6.902
5.703
2.447
6.326
4.750
2.447
576
953
-
(Companhia fechada)
Os valores justos das contas a receber de clientes se aproximam do seu valor contábil.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída com base no histórico de perdas da
Companhia, análise individualizada dos títulos vencidos e negociações em andamento dos saldos
com seus clientes.
A análise de vencimentos das contas a receber são como seguem:
Contas a receber - Vencidos
De 1 a 30 dias
De 31 a 60 dias
De 61 a 90 dias
De 91 a 180 dias
Acima de 181 dias (a)
Total
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
1.340
137
139
127
319
761
293
57
139
148
1.340
1.483
637
(a) Do saldo do contas a receber vencidos acima de 181 dias em 31 de dezembro de 2010, a
Companhia possuía os seguintes acordos de confissão de dívida, no montante de R$ 1.006, os
quais estão sendo cumpridos pelos clientes nos prazos estabelecidos:
Cliente
Vcto. 1ª
Nº Parc. parcela
Bangu
Caxias
Ahlstrom
40
48
20
dez/09
dez/09
jan/10
Valor da
parcela
(R$)
Total
(R$)
Pagamentos
efetuados
R$
Saldo em
31/12/2010
(R$)
Circulante
(R$)
Não
circulante
(R$)
20
12
5
793
566
90
(236)
(153)
( 54)
557
413
36
240
142
36
317
271
-
1.006
418
588
A exposição da Companhia a riscos de crédito e moeda relacionados ao contas a receber é
divulgada na Nota Explicativa nº 22.
25
(Companhia fechada)
6
Impostos a recuperar
Imposto de renda retido na fonte
ICMS a recuperar (a)
Impostos retidos sobre serviços (b)
Circulante
Não circulante
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
275
126
399
156
260
265
85
584
127
800
681
796
795
565
540
5
116
256
(a) Refere-se basicamente ao ICMS sobre aquisição de ativo imobilizado para os projetos
industriais que são tributados na emissão da nota fiscal de venda de energia, especificamente
aos projetos Inapel, Ahlstron e Levorin.
(b) Refere-se a retenção de PIS - Programa de integração social, COFINS - Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social, e Contribuição Social Retenção sobre a prestação de
serviços (Lei nº 10.833/03).
7
Outros créditos
Adiantamento a fornecedores de serviços
Adiantamentos diversos
Outras contas a receber
Despesas antecipadas
26
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
41
106
205
225
36
41
15
161
29
28
15
137
577
253
209
(Companhia fechada)
8
Partes relacionadas
Os principais saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e 1º de janeiro de
2009 relativos às operações com partes relacionadas, profissionais-chave da Administração e
outras partes relacionadas, decorrem de transações com a Companhia e sua controladora.
Os principais saldos e transações com partes relacionadas são demonstrados como segue:
Ativo circulante
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
5.418
-
4.255
-
3.297
9.610
Total circulante
5.418
4.255
12.907
Passivo circulante
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
2.700
2.700
-
2.700
2.700
-
Valores a receber:
Ecogen Brasil Participações S.A. (i)
Prime Energy Ltda. (ii)
Adiantamento para futura venda de ativos:
Jampar-Jam Participações Ltda. (iii)
Total circulante
(i) Valores a receber da controladora Ecogen Brasil Participações S.A., que estão suportados por
contrato de mútuo sem oneração financeira, com vencimento em 31 de dezembro de 2010,
conforme aditivo contratual assinado pelas partes.
(ii) Em 31 de janeiro de 2009, os valores a receber da Prime Energy Ltda. foram liquidados em
virtude da incorporação desta empresa, conforme apresentado na Nota Explicativa n° 2.
27
(Companhia fechada)
(iii) Refere-se a adiantamento recebido como resultado do Instrumento Particular de Compra e
Venda de Ativos e Outras Avenças firmado entre Ecojam Soluções Energéticas Ltda.,
Ecogen Brasil Soluções Energéticas Ltda, Jampar-Jam Participações Ltda. e Ecogen Brasil
Participações S.A. Referido contrato foi celebrado em 14 de maio de 2009, prevendo a venda
de 50% dos ativos do projeto Shopping Caxias, pelo montante de R$ 6.276 para a Ecojam
Soluções Energéticas Ltda. Tal valor foi calculado com base na previsão inicial dos
investimentos para a operacionalização do projeto, considerando-se o valor total dos ativos.
Abaixo estão apresentados os valores de custo e depreciação dos ativos, bem como o
resultado da operação do projeto Shopping Caxias, gerados nos exercícios de 2009 e 2010:
31 de dezembro
de 2010
Máquinas e equipamentos
(-) Depreciação acumulada
Total imobilizado
Lucro operacional do projeto
31 de dezembro
de 2009
6.651
( 786)
6.411
( 449)
5.865
5.962
352
523
Em 31 de dezembro de 2010, o saldo de R$ 5.865, referente ao projeto Shopping Caxias,
encontra-se registrado no ativo imobilizado da Companhia, pelo fato da Ecojam Solucões
Energéticas Ltda. não ter realizado a totalidade dos pagamentos, conforme o cronograma
estabelecido no Instrumento Particular de Compra e Venda de Ativos e Outras Avenças. O
projeto de central de energia do Shopping Caxias está em operação, sendo depreciado
mensalmente, e é base para análise de recuperação pela Administração anualmente. A
previsão da Administração da Companhia é que a venda seja concluída no primeiro semestre
de 2011.
28
(Companhia fechada)
A estrutura societária da Companhia é a seguinte:
A Ecogen Brasil Participações S.A. detém 100% da Ecogen Brasil Soluções Energéticas S.A.
Acionistas da controladora Ecogen Brasil Participações S.A.:
Guilherme de Alvares Otero Fernandes
Paulo Souza Queiroz Figueiredo
Marko Jovovic
Álvaro Luiz Alves de Lima de Álvares Otero
Eduardo Augusto Mattar
GPAN Participações S.A.
49%
12%
10%
4%
1%
24%
100%
Remuneração do pessoal chave
Os montantes referentes à remuneração do pessoal chave da administração estão apresentados
abaixo:
Remuneração, incluindo encargos sociais
Indenizações
Total
2010
2009
01/01/2009
1.955
114
2.382
-
1.492
489
2.069
2.382
1.981
Durante os exercícios de 2010 e 2009, a Companhia não efetuou transações com outras partes
relacionadas diferentes das descritas acima.
29
(Companhia fechada)
9
Imobilizado
a. Composição
Taxa de
depreciação
a.a.
Custo
10%
10%
5-14%
20%
20%
10%
20%
33,33%
1.857
201
107.755
594
444
165
1.576
112.592
Custo dos bens sujeitos a depreciação:
Instalações
Máquinas e equipamentos - Escritório
Máquinas e equipamentos - Operacional
Equipamentos informática
Sistemas aplicativos
Móveis e utensílios
Veículos
Benfeitorias em imóveis de terceiros
31/12/2010
Custo dos bens não sujeitos à depreciação:
Adiantamento a fornecedores
Imobilizado em andamento
31/12/2009
01/01/2009
Líquido
Líquido
Líquido
( 825)
(
63)
(27.147)
( 466)
( 273)
(
74)
( 320)
1.032
138
80.608
128
171
91
1.256
1.173
126
76.227
139
165
84
29
886
1.354
120
72.649
185
188
98
46
60
(29.168)
83.424
78.829
74.700
5.551
161
665
625
1.827
625
89.136
80.119
77.152
Depreciação
5.551
161
118.304
(29.168)
b. Movimentação do custo
Instalações
Máquinas e equipamentos Escritório
Máquinas e equipamentos Operacional
Veículos
Benfeitorias em imóveis de
terceiros
Saldo
1º/01/2009
Adições
Incorporação
Prime
(Nota 2)
1.803
7
-
-
Provisão para
redução ao
valor
recuperável
(iii)
-
148
22
-
-
-
170
83.952
493
319
143
85
1.441
53
42
1
-
5.834
-
7.316
-
(1.975)
-
96.568
546
361
144
85
63
1.827
625
667
980
-
6.274
-
221
(8.416)
-
-
951
665
625
89.458
3.213
12.108
(879)
(1.975)
101.925
30
Transferências
Saldo
31/12/2009
1.810
(Companhia fechada)
Instalações
Máquinas e equipamentos - Escritório
Máquinas e equipamentos - Operacional (i)
Veículos
Saldo
31/12/2009
Adições
Baixas
1.810
170
96.568
546
361
144
85
951
665
625
47
31
9.369
48
83
21
625
6.304
-
( 85)
( 3)
( 61)
101.925
16.528
(149)
Transferências
1.818
(1.415)
( 403)
Saldo
31/12/2010
1.857
201
107.755
594
444
165
1.576
5.551
161
-
118.304
c. Movimentação da depreciação acmulada
2009
Taxa média
anual de
depreciação
Saldo
01/01/2009
Adições
Saldo final
10%
10%
5-14%
20%
20%
10%
20%
33,33%
449
28
11.303
308
131
45
39
3
188
16
9.038
99
65
15
17
62
637
44
20.341
407
196
60
56
65
12.306
9.500
21.806
Instalações
Máquinas e Equipamentos - Escritório
Máquinas e Equipamentos - Operacional (i)
Veículos
31
(Companhia fechada)
2010
Taxa média
anual de
depreciação
Saldo
31/12/2009
Adições/
Baixas
Saldo final
10%
10%
(ii)
20%
20%
10%
20%
33,33%
637
44
20.341
407
196
60
56
65
188
19
6.806
59
77
14
( 56)
255
825
63
27.147
466
273
74
320
21.806
7.362
29.168
Instalações
Máquinas e Equipamentos - Escritório
Máquinas e Equipamentos - Operacional
Veículos
(i) O valor do custo das máquinas e equipamentos - operacional, no montante de R$ 107.755
em 31 de dezembro de 2010 (R$ 96.568 em 31 de dezembro de 2009), refere-se aos
ativos que fazem parte das 27 Centrais de Energia (23 em 2009) pertencentes à
Companhia.
(ii) Taxa de depreciação atrelada a prazo contratual, limitada a 20 (vinte) anos.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a Companhia não identificou a
existência de indicadores de que determinados ativos desta poderiam estar reconhecidos
contabilmente por montantes acima do valor recuperável, e dessa forma nenhuma
provisão foi reconhecida nas demonstrações financeiras.
(iii) Redução ao valor recuperável
Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia constituiu provisão para redução ao valor
recuperável de ativos de cinco chillers do projeto Shopping Brás, no montante de
R$ 1.975, por constatar que os mesmos encontravam-se fora de condições de uso e
obsoletos.
32
(Companhia fechada)
d. Revisão da vida útil
Em 1º de janeiro de 2010, a Companhia revisou a vida útil remanescente dos bens do ativo
imobilizado para a categoria de Máquinas e Equipamentos - Operacional. O levantamento
foi realizado com base em laudo técnico emitido por avaliadores internos da Companhia, na
mesma data base. O valor do efeito estimado no resultado do exercício tem como base a
posição do cálculo da depreciação atual em 31 de dezembro de 2010, comparada com a
mesma data base deste imobilizado, porém calculado pela nova vida útil remanescente.
Demonstramos abaixo o efeito estimado no resultado do período, e comparativo entre as
taxas utilizadas até 31 de dezembro de 2009 com as taxas revisadas da nova vida útil
remanescente.
Base 31/12/2010
Depreciação Depreciação
- Vida útil
- Vida útil
anterior
revisada
Máquinas e equipamentos Operacional
9.909
6.806
Variação
CS/IR Diferido
Longo Prazo
(Nota 21)
Valor
líquido
3.103
1.030
2.073
Para efeitos de comparação, a Companhia apurou o valor estimado da variação das taxas
acima para a depreciação no exercício de 2009, sendo que o montante é de R$ 2.648. Este
montante está sendo somente apresentado para fins de comparação, não tendo sido ajustado
nas demonstrações financeiras de 2009.
e. Bens dados em garantia
A Companhia não possui equipamentos que foram dados em garantia de financiamentos.
33
(Companhia fechada)
10
Intangível
31/12/2010
Gastos com projetos (i)
Amortização acumulada
31/12/2009
01/01/2009
11.904
( 1.893)
10.019
( 1.104)
6.249
( 327)
10.011
8.915
5.922
(i) A movimentação do custo do intangível em 2009 no montante de R$ 3.770 refere-se
basicamente aos gastos com novos projetos de centrais de energia realizados naquele
exercício.
Esses ativos são amortizados pelo prazo contratual a partir de 2010 (até 31/12/2009 eram
amortizados linearmente pelo período de 10 anos), em uniformidade a prática de depreciação dos
ativos vinculados a estes custos iniciais.
Veja abaixo o efeito estimado no resultado do período, e comparativo entre as taxas utilizadas até
31 de dezembro de 2009 com as taxas revisadas pelo prazo contratual. Este montante está sendo
somente apresentado para fins de comparação, não tendo sido ajustado nas demonstrações
financeiras de 2009.
Base 31/12/2010
Amortização eríodo anterior
Amortização
- Período Revisado
Variação
CS/IR Diferido
Longo Prazo (Nota 21)
Valor líquido
1.031
789
242
83
159
34
(Companhia fechada)
11
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
831
768
548
Os valores descritos referem-se especificamente aos fornecedores de projetos das centrais de
energia.
12
Empréstimos bancários e debêntures
Banco
Banco ABC Brasil S.A.(a)
Banco ABC Brasil S.A. (b)
Banco Panamericano (c)
Debêntures - Banco Itaú
BBA S.A.(d)
Vencimento
Encargos
20/09/2012
16/07/2012
03/11/2012
100% do CDI + 12,6825% a.a
100% do CDI + 7,4424% a.a.
100% do CDI + 0.65% a.m.
22/11/2015
100% do CDI + 3,55% a.a.
Total
Circulante
Não circulante
31/12/2010 31/12/2009 01/01/2009
3.026
5.414
408
4.233
7.989
5.069
5.000
10.000
-
30.129
-
-
38.977
17.291
15.000
5.627
5.528
2.853
33.350
11.763
12.147
Empréstimos
A Companhia possui empréstimos bancários para a realização de investimentos em novas
centrais de energia, de acordo com os projetos contratados.
Os empréstimos bancários não contêm cláusulas restritivas (covenants) com exigências de
cumprimento de índices financeiros e não financeiros.
35
(Companhia fechada)
Debêntures
Em 09 de novembro de 2010, foi realizada Reunião do Conselho de Administração aprovando a
1ª (primeira) emissão pública, pela Companhia, do total de 50 de debêntures simples, não
conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia real adicional, em 2 (duas) séries, a
serem distribuídas com esforços restritos nos termos da Instrução CVM n° 476, de 16 de janeiro
de 2009 (“Instrução CVM nº 476/09”), no valor total de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
reais), sendo R$30.000.000,00 (trinta milhões) para a 1ª Série e R$20.000.000,00 (vinte milhões)
para a 2ª Série, com prazo de vencimento de 5 (cinco) anos contados da data de emissão para a 1ª
Série e prazo de vencimento de 3 (três) anos e 4 (quatro) meses contados da data de emissão para
a 2ª Série (“Oferta Restrita”, “Emissão”, “Debêntures” e “Séries”); (ii) as características da
Emissão e das Debêntures de cada Série; e (iii) a prática pela Diretoria da Companhia de todo e
qualquer ato necessário à formalização da Emissão.
O objetivo da emissão das debêntures é, da mesma forma, financiar a realização de investimentos
em novas centrais de energia, de acordo com os projetos contratados.
A escritura de emissão das debêntures prevê a manutenção de índices de endividamento e
cobertura de juros com parâmetros pré-estabelecidos, conforme segue:
•
Dívida líquida/ebitda: <= 3,00 em 2011, <=2,25 em 2012, <= 2,00 em 2013 e <=1,75 a partir
de 2014;
•
Ebitda/serviço da dívida: => 1,2
A apuração dos índices acima mencionados será aplicável a partir das demonstrações financeiras
a findar-se em 31 de dezembro de 2011.
Garantias
(a)Cessão fiduciária dos direitos de crédito dos projetos Shopping Bangu e Shopping Ilhaplaza.
(b)Cessão fiduciária dos direitos de crédito dos projetos Shopping Taboão, Inapel, Caesar
Guarulhos e Caesar Ipanema.
(c)Cessão fiduciária dos direitos de crédito do projeto Rochaverá.
(d)Cessão fiduciária dos direitos de crédito dos projetos Levorin, Shopping Interlagos, Torre
Gafisa, Norte Shopping, Shopping Campo Grande, Shopping Conjunto Nacional Brasília
Shopping Jardim Sul, Torre IGW.
36
(Companhia fechada)
As parcelas classificadas no passivo não circulante em 31 de dezembro de 2010 têm o seguinte
cronograma de pagamento:
Ano de vencimento:
2012
2013
2014
2015
6.058
3.334
12.500
11.458
Total
13
33.350
Impostos e contribuições a recolher
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
147
255
147
144
31
43
57
212
46
25
142
72
15
8
13
422
680
255
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS
Contribuição para o Financiamento para Seguridade Social COFINS
Programa de Integração Social – PIS
Imposto sobre Serviços – ISS
Outros impostos
14
Salários, provisões e encargos sociais
Salários a pagar
Previdência social a recolher
FGTS a recolher
Pro labore
IRRF sobre folha de pagamento
Provisão de férias e encargos
Provisão para bônus
Outros valores
37
31/12/2010
31/12/2009
01/01/2009
10
171
29
257
39
335
779
92
3
81
18
370
47
282
368
55
19
63
12
111
40
81
333
33
1.712
1.224
692
(Companhia fechada)
15
Contas a pagar - Indenização de seguros
Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia possuía contas a pagar no montante de R$ 407
referente à indenização de seguro recebida da companhia seguradora de bens de terceiros em
2008. Este valor foi integralmente liquidado em 2010.
16
Provisão para contingências
A Companhia não é parte em ações judiciais e processos administrativos envolvendo questões
tributárias, trabalhistas, aspectos cíveis e outros assuntos.
17
Patrimônio líquido
a. Capital social
O capital social subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2010 e 2009 é de R$ 117.912
e está representado por 117.912.242 ações ordinárias, sem valor nominal (R$ 114.929 com
114.929.381 ações em 1º de janeiro de 2009), assim distribuídas:
Ecogen Brasil Participações S.A.
GPan Participações S.A.
117.912.241
1
b. Reserva de lucros
Reserva legal
É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício social nos termos do
art. 193 da Lei nº 6.404/76.
c. Dividendos
Aos acionistas é assegurado um dividendo não inferior a 25%, calculado com base no lucro
líquido ajustado na forma da Lei das Sociedades por Ação.
38
(Companhia fechada)
18
Receita
Abaixo apresentamos a conciliação entre as receitas bruta para fins fiscais e as receitas
apresentadas na demonstração de resultado do exercício:
2010
Venda de mercadorias
Locação de equipamentos
Serviços prestados
Impostos sobre os serviços, locação e mercadorias
Descontos e abatimentos
Total da receita contábil
19
2009
17.053
21.150
6.319
( 7.272)
-
14.647
19.510
3.192
( 6.054)
(
78)
37.250
31.217
2010
2009
(3.737)
( 938)
( 99)
( 68)
( 24)
(2.816)
(
7)
( 83)
( 48)
(
4)
(4.866)
(2.958)
Resultado financeiro
Despesas financeiras
Juros
Comissões sobre empréstimos
IOF
Tarifas bancárias
Outros
Total das despesas financeiras
Receitas financeiras
Receitas aplicações financeiras
Juros
Descontos recebidos
335
1
5
168
16
-
Total das receitas financeiras
341
184
(4.525)
Resultado financeiro líquido
39
(2.774)
(Companhia fechada)
20
Outras receitas (despesas) operacionais
2010
2009
8
19
(1.975)
-
27
(1.975)
Provisão para redução ao valor recuperável de ativos (Nota 9)
Resultado na venda de ativo imobilizado
Outras receitas
21
Composição dos passivos fiscais diferidos
O IRPJ e a CSLL diferidos passivos no montante de R$ 1.113 foram registrados para refletir os
efeitos fiscais futuros atribuíveis aos efeitos gerados pela adoção do Regime Tributário de
Transição (RTT), conforme segue:
31/12/10
Sobre RTT - Depreciação e amortização (notas 9 e 10)
Alíquota vigente
Tributos diferidos
Imposto
de renda
Contribuição
social
3.345
25% (i)
3.345
9%
812
301
(i) 15% mais adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240.
40
(Companhia fechada)
22
Instrumentos financeiros
A Companhia mantém operações com instrumentos financeiros. A administração desses
instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais e controles internos visando
assegurar liquidez, rentabilidade e segurança. A política relativa à contratação de instrumentos
financeiros com o objetivo de proteção é aprovada pelos acionistas, sendo subsequentemente
analisada de forma periódica em relação à exposição ao risco que a administração pretende
proteger. A Companhia não efetua aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou
quaisquer outros ativos de risco. Os resultados obtidos com estas operações estão condizentes
com as políticas e estratégias definidas pela Administração da Companhia.
Os valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Companhia foram
determinados por meio de informações disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de
avaliações. Julgamentos foram requeridos na interpretação dos dados de mercado para produzir
as estimativas dos valores de realização mais adequada. Como consequência, as estimativas a
seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado de
troca corrente. O uso de diferentes metodologias de mercado pode ter um efeito material nos
valores de realização estimados.
As políticas de administração de risco da Companhia foram estabelecidas pelos acionistas a fim
de identificar e analisar riscos enfrentados pela Companhia, para estabelecer apropriados limites
de riscos e controles e monitorar riscos e aderência aos limites. Políticas de gerenciamento de
riscos e sistemas são revisados regularmente para refletir mudanças nas condições de mercado e
nas atividades da Companhia.
a. Classificação dos instrumentos financeiros
Em atendimento à Resolução CFC Nº. 1.196/09, de 21 outubro de 2009, que aprovou os
Pronunciamentos Técnicos CPC 38, 39 e 40, a Companhia efetuou uma avaliação de seus
instrumentos financeiros.
41
(Companhia fechada)
Considerações gerais:
Em 31 de dezembro de 2010, os principais instrumentos financeiros estão descritos a seguir:
•
Caixa e equivalentes de caixa - são classificados como mantido para negociação. O valor
de mercado está refletido nos valores registrados nos balanços patrimoniais.
•
Contas a receber de clientes e outros créditos - decorrem diretamente das operações da
Companhia, são classificados como recebíveis e estão registrados pelos seus valores
originais, sujeitos a provisão para perdas e ajuste a valor presente, quando aplicável.
•
Fornecedores - Decorrem diretamente das operações da Companhia e são classificados
como passivos financeiros.
•
Empréstimos Bancários:
O principal propósito desse instrumento financeiro é gerar recursos para financiar os
projetos de expansão da Companhia e eventualmente gerenciar as necessidades de seus
fluxos de caixa no curto prazo. As operações são classificadas como passivos financeiros
e estão contabilizadas pelos seus valores contratuais, atualizadas pela taxa efetiva de
juros da operação. Os valores de mercado destes empréstimos são equivalentes aos seus
valores contábeis.
Os empréstimos bancários incluem emissão de debêntures simples, não conversíveis em
ações, junto ao Banco Itaú-BBA, único detentor dos papéis emitidos. As debêntures estão
contabilizadas pelos seus valores contratuais e atualizadas pela taxa efetiva de juros da
operação.
A classificação dos instrumentos financeiros está apresentada no quadro a seguir, e não
existem instrumentos financeiros classificados em outras categorias além das informadas
(em 31 de dezembro de 2010):
42
(Companhia fechada)
Ativos
Outros créditos
Partes relacionadas
Passivos
Fornecedores
Debêntures
Partes relacionadas
Valor justo
através
do resultado
Empréstimos
e recebíveis
Total
15.087
-
6.902
577
5.418
15.087
6.902
577
5.418
-
1.495
8.848
30.129
2.700
1.495
8.848
30.129
2.700
As operações da Companhia estão sujeitas aos fatores de riscos abaixo descritos:
Risco de crédito
Decorre da possibilidade de a Companhia ter perdas decorrentes de inadimplência de suas
contrapartes ou de instituições financeiras depositárias de recursos ou de investimentos
financeiros. Para mitigar esses riscos, a Companhia adota como prática a análise das
situações financeira e patrimonial de suas contrapartes, assim como a definição de limites
de crédito e acompanhamento permanente das posições em aberto. No que tange às
instituições financeiras, a Companhia somente realizam operações com instituições
financeiras de baixo risco avaliadas por agências de rating.
A Administração da Companhia acredita que constitui provisões suficientes para fazer
frente ao não recebimento e não temos diferenças entre o valor justo e contábil destas
provisões. (vide valor da provisão para créditos de liquidação duvidosa na Nota
Explicativa nº 6).
43
(Companhia fechada)
Risco de liquidez
A previsão de fluxo de caixa é realizada nas entidades operacionais da Companhia pelos
profissionais de finanças que monitoram continuamente a liquidez. Essa previsão leva em
consideração os planos de financiamento da dívida, cumprimento das metas internas do
quociente do balanço patrimonial e, se aplicável, exigências regulatórias externas ou
legais. Através de sua Política de Gestão de Riscos, a Companhia define limite mínimo
de caixa consolidado e indicadores financeiros de gestão da dívida.
Risco de taxas de juros
Decorre da possibilidade de a Companhia estar sujeita aos ganhos ou perdas decorrentes
de oscilações de taxas de juros incidentes sobre seus ativos e passivos financeiros.
Visando à mitigação desse tipo de risco, a Companhia busca manter seus ativos e
passivos financeiros com os mesmos indexadores.
b. Compromissos
A Companhia possui contratos de fornecimento de gás com a Concessionária de gás
canalizado Comgás – Companhia de Gás de São Paulo, de maneira a garantir o suprimento de
gás para os projetos nos quais a Companhia é produtora de energia. As quantidades anuais
mínimas contratadas, multiplicadas pelas tarifas vigentes em 31 de dezembro de 2010,
perfazem os seguintes valores:
Levorin
Ahlstrom
Inapel
Jardim Sul
Total
2011
2012
2013
2014
2015
após 2015
3.625
1.947
1.465
386
3.625
1.947
1.465
386
3.625
1.947
1.465
386
3.625
1.947
1.465
163
3.625
1.947
1.465
-
28.094
11.193
6.961
-
7.423
7.423
7.423
7.200
7.037
46.248
44
(Companhia fechada)
As quantidades de gás contratadas que originaram os valores acima estão de acordo com a
necessidade de cada Central de Energia e implicam em obrigação de compra somente na hipótese
de continuidade das Centrais de Energia e, portanto, caso haja continuidade no fornecimento de
gás. Em caso de rescisão antecipada, a obrigação de compra futura inexiste e as multas
contratuais nesse caso seriam aplicáveis somente ao volume mínimo não consumido até a data da
rescisão. Além disso, como contrapartida, os clientes das Centrais acima também possuem
compromissos de consumo mínimo com a Companhia, os quais são suficientes para assegurar o
cumprimento de quaisquer obrigações oriundas dos contratos com a concessionária de gás.
23
Gestão de capital
A política da Administração é manter uma sólida base de capital para manter a confiança do
acionista, credor e mercado e manter o desenvolvimento futuro do negócio.
A Administração da Companhia procura manter um equilíbrio entre os mais altos retornos
possíveis com níveis mais adequados de empréstimos e as vantagens e a segurança proporcionada
por uma posição de capital saudável.
24
Outras garantias
Em 25 de março de 2010, a Companhia firmou contrato de Fiança Bancária com o Banco Fibra,
no valor de R$ 460, válido até 25 de março de 2011, referente a locação de imóvel localizado à
Av. Santo Amaro, na cidade de São Paulo, onde estão estabelecidas a administração e a
supervisão operacional da Companhia. Como garantia, a Companhia ofereceu um depósito no
valor de R$ 230, a ser remunerado pelo Banco à taxa de 100,4% do CDI.
45
(Companhia fechada)
25
Prejuízos fiscais a compensar
Em 31 de dezembro de 2010, a Companhia possuía prejuízos fiscais a compensar sobre os
seguintes valores-base:
R$
a. Prejuízos fiscais
34.616
b. Base negativa de contribuição social
34.616
A compensação dos prejuízos fiscais de imposto de renda e da base negativa da contribuição
social está limitada à base de 30% dos lucros tributáveis anuais, sem prazo de prescrição.
26
Cobertura de seguros
A Companhia adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por
montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de
sua atividade. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo
de uma auditoria de demonstrações financeiras, conseqüentemente não foram examinadas pelos
auditores independentes.
Em 31 de dezembro de 2010, a cobertura de seguros contra riscos operacionais era composta por:
R$ 10.200 para danos patrimoniais e R$ 8.500 para responsabilidade civil.
27
Eventos subsequentes
No exercício de 2011, a Companhia realizou a venda de ativos referentes aos projetos Sonda
Santo Amaro, Sonda São Bernardo e Sonda Penha. O valor dos ativos vendidos, líquido de
depreciação, era de R$ 2.546 e o valor recebido pela venda foi de R$ 2.800, o que resultou em
um lucro de R$ 254.
46
(Companhia fechada)
Composição da Diretoria
Nelson da Silva Cardoso de Oliveira - Diretor
Edison Gaspar Muniz - Diretor
João Perez Neto - Diretor
Paulo Hiray
Contador CRC 1SP151003/O-1
47

DF2010/2009Ecogen Soluções

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